semmais 27 setembro 2014

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Pub. Sábado | 27 setembro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 827 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Cultura 9 O cantautor Samuel Úria relembra êxitos no teatro Joaquim d'Almeida, no Montijo Atual 6 Península em Bruxelas prepara 'ataque' aos fundos Atual 6 Dia Mundial do Mar aporta este sábado grandes veleiros na Baia do Sado NEGÓCIOS PÁG. 13 Fotos: DR DECO chumba três escolas do distrito por poluição do ar ATUAL As escolas Emídio Navarro e Básica 2,3 Antónia da Costa, em Almada, e a Básica Barbosa du Bocagem, em Setúbal, estão entre as que apresentam pior qualidade de ar nas salas de aula. PÁG. 7 Região está entre as mais afetadas por doenças reumáticas ABERTURA Sete em cada dez habi- tantes da região de Setúbal sofrem de doenças ósseas, segundo um estudo a que o Semmais teve acesso. O distrito atinge uma média de 70 por cento de casos , enquanto que a média nacional fixa-se nos 50 por cento. PÁG. 3 SONDAGEM 62 António Costa 22 António José Seguro 17 Não sei Costa 'bate' Seguro nas primárias do PS POLÍTICA Os resultados da sondagem da DIGITAL4ACTION, que publi- camos em exclusivo, dá António Costa muito à frente do atual líder do PS. Semmais/Digital4Action As mudanças bruscas de temperatura estão a deixar os agricultores da região à beira de um ataque-de-nervos. Segue-se a lista de prejuízos a apresentar à tutela, enquanto as produções vão registar quedas muito significativas. Chuva e calor arrasam com tomate, retiram pasto a gado e limitam produção de vinho

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Edição de 27 de Setembro do Semmais

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Sábado | 27 setembro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 827 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Cultura 9O cantautor Samuel Úria relembra êxitos no teatro Joaquim d'Almeida, no Montijo

Atual 6Península em Bruxelas prepara 'ataque' aos fundos

Atual 6Dia Mundial do Mar aporta este sábado grandes veleiros na Baia do Sado

NEGÓCIOS PÁG. 13

Fotos: DR

DECO chumba três escolas do distrito por poluição do arATUAL As escolas Emídio Navarro e Básica 2,3 Antónia da Costa, em Almada, e a Básica Barbosa du Bocagem, em Setúbal, estão entre as que apresentam pior qualidade de ar nas salas de aula.

PÁG. 7

Região está entre as mais afetadas por doenças reumáticas ABERTURA Sete em cada dez habi-tantes da região de Setúbal sofrem de doenças ósseas, segundo um estudo a que o Semmais teve acesso. O distrito atinge uma média de 70 por cento de casos , enquanto que a média nacional fixa-se nos 50 por cento.

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António José Seguro

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Não sei

Costa 'bate' Seguro nas primárias do PSPOLÍTICA Os resultados da sondagem da DIGITAL4ACTION, que publi-camos em exclusivo, dá António Costa muito à frente do atual líder do PS.

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As mudanças bruscas de temperatura estão a deixar os agricultores da região à beira de um ataque-de-nervos. Segue-se a lista de prejuízos a apresentar à tutela, enquanto as produções vão registar quedas muito significativas.

Chuva e calor arrasam com tomate, retiram pasto a gado e limitam produção de vinho

2 ESPAÇO PÚBLICO Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Em quatro meses apresentamos três estreias e acolhemos outras duas. Aos espectáculos

em Almada junta-se a digressão, até ao final do ano: Matosinhos, Guimarães, Coimbra, Sesimbra, Braga, Torres Vedras…

Em Outubro teremos simulta-neamente dois espectáculos nas duas margens do Tejo: Negócio fechado, no Teatro da Trindade, e Cais Oes-te, em Almada. Três semanas (car-reiras longas, à moda antiga) em sa-las com mais de trezentos lugares.

As várias equipas trabalham no limite do possível. Fazem-se

mapas e planos de trabalho nos quais cada um dirigirá, actuará, montará, gerirá, limpará, cozinha-rá — com a urgência de quem está consciente da importância de cada uma destas tarefas para o mesmo projecto comum.

Enquanto noutros países da União Europeia os fundos estru-

turais já estão a ser investidos, em Portugal começou por compôr-se um nome pomposo (Cultura 2020) para a suposta fatia de investimen-to destinada à Cultura da “pipa de massa” que virá de Bruxelas. Esta-mos quase no fim de 2014 e, tiran-do umas vagas considerações di-vulgadas a conta-gontas, os agen-tes culturais ainda nada sabem acer-ca da estratégia do Governo para a aplicação desses fundos.

Com o apoio do programa QREN, que se concluiu no fim de 2013, criámos uma rede de teatros municipais (a rede ACTO 5) com extensão nacional (Braga, Mato-sinhos, Aveiro, Almada e Olhão).

Apresentámos 47 espectáculos du-rante os cinco anos que durou o projecto em co-produção e/ou co--apresentação. Pusemos em prá-tica uma verdadeira política de cooperação intermunicipal que não criou burocracia (para além daquela a que estávamos obriga-dos pelos regulamentos); que não fez fogacho (eram espectáculos de teatro, ópera, música e dança: não eram sardinhadas disfarçadas de música de câmara); e que não ce-deu a clientelas (não contratámos gestores, não convidámos os ami-gos, não organizámos galas da pas-sadeira vermelha).

Uma rede de teatros municipais,

Cultura 2020?

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Estando o tema da sustentabi-lidade económica-financeira na agenda das IPSS, dada a

atual conjuntura do país e os termos dos Acordos de Cooperação cele-brados com a Segurança Social, importa avaliar se uma pequena organização com fins não lucra-tivos pode ser viável economica-mente.

Tendo por base o conceito que a sustentabilidade económica e fi-nanceira só se atinge pela via do equilíbrio entre os custos e os pro-veitos, no plano teórico, utilizan-do uma simples folha de Excel, ou até mesmo usando manualmen-te as quatro operações básicas da matemática, podemos dizer que qualquer IPSS pode ser sustentá-vel economicamente.

Contudo, uma coisa são mode-los empíricos sobre sustentabili-dade económica e “contas de mer-ceeiro”, outra é a realidade da ges-tão económica e financeira de uma IPSS. Vejamos alguns exemplos.

Ao invés de uma empresa, a qual numa situação de quebra das receitas, para garantir a sustenta-bilidade, optimiza os recursos hu-manos e reduz o quadro de pes-soal, numa IPSS o ajustamento em termos de categorias profissionais pode implicar a revogação do Acor-do de Cooperação com a Seguran-ça Social, na medida em que exis-tem normativos legais a que as res-postas sociais estão sujeitas em termos dos recursos humanos.

Resulta desta situação o facto que nas IPSS os custos com pes-soal serem fixos, enquanto que nas empresas são variáveis, i.e., quer existam ou não utentes nas res-postas sociais, não podem ser fei-tos ajustamentos no quadro de pessoal, sob pena ainda dos tra-balhadores apresentarem queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho alegando que não têm

condições de trabalho.Outro exemplo está relaciona-

do com o facto das receitas rece-bidas pelas IPSS, decorrentes a dos acordos de cooperação, serem su-jeitas a ajustamento em função das frequências mensais dos utentes, dando origem ao reembolso no caso de existir discrepância no nú-mero de utentes da resposta so-cial, i.e., menos utentes menos re-ceitas, sendo que há respostas so-ciais cuja gestão de vagas não de-pende da instituição mas da Se-gurança Social.

Se acrescentarmos à questão da gestão dos recursos humanos, os sucessivos aumentos nos últi-mos anos do IVA nos bens de con-sumo, nos combustíveis e da elec-tricidade, não tendo sido actuali-zado na mesma proporção o cus-to por utente dos Acordos de Coo-peração, assistindo-se ainda à re-dução das frequências de utentes, sobretudo nas respostas sociais para idosos e nas creches, não é preciso ser gestor ou ter uma li-cenciatura, para se concluir que no curto e médio prazo a susten-tabilidade económica e financei-ra das IPSS está fortemente com-prometida.

A questão da sustentabilidade económica e financeira das IPSS não pode ser tratada meramente com base em ratios de gestão; como se tudo fosse números.

Quer do lado da receita como da despesa inscritos num balan-cete analítico de uma IPSS por de-trás dos números estão pessoas que merecem ser respeitadas na sua dignidade, existindo o dever moral de solidariedade e de justi-ça destas instituições lhes prestar um serviço adequado à sua con-dição humana; caso contrário, se assim não for, são postos em cau-sa os propósitos inscritos nos Es-tatuto de IPSS.

Gato escondido com o rabo de fora Paulo G. Lourenço

Investigador Social

No próximo domingo, dia 28 vão realizar-se as elei-ções primárias no PS para

a escolha do candidato a primeiro ministro.

Não cabe aqui e agora avaliar a bondade do mérito da iniciativa.

O que se pode dizer é que ela não é conforme às experiências realizadas em França ou Itália, por exemplo.

Interessa agora olhar o futu-ro, admitindo que os eleitores re-censeados se irão pronunciar a favor pelo candidato António Cos-ta, como espero. Deve antes de mais dizer-se que é natural num partido estruturante da demo-cracia, como o PS que António Costa se manifestasse disponí-vel para assumir a liderança por-que isso era conforme à vontade esmagadoramente expressa pelo povo português e politicamente justificada por razões patrióticas.

Dificilmente seria concebível continuarmos com um governo que tantos malefícios fez ao país. Apesar disso o PS durante o pe-ríodo da liderança do atual Se-cretário Geral do PS não conse-guiu descolar de forma clara, como os fatos impunham.

E é preciso que se diga que as atuais sondagens dão ao PS exa-tamente a mesma percentagem que o partido tinha antes da ma-nifestação de disponibilidade de António Costa. Não vale a pena iludir os números.

É que antes das eleições para o parlamento europeu os votos

que beneficiou Marinho Pinto saí-ram do PS como todos os analis-tas reconhecem.

É minha profunda convicção de que após a vitória de António Costa no próximo domingo os es-tudos de opinião e as sondagens refletirão a nível nacional outros resultados.

E refletirão porque para além da vontade do povo português tudo que se passa com o atual go-verno é mau demais para conti-nuar.

Não se trata apenas do total descalabro em que se encontra a justiça em Portugal, um verda-deiro caos depois da previsível entrada em vigor do nosso mapa judiciário e das consequências da colocação dos professores pe-rante a inação total do Ministé-rio da Educação.

Agora é o primeiro ministro que não só mentiu aos portugue-ses quanto à situação que tinha quando era deputado, como en-volveu nesta trapalhada o Secre-tário Geral da própria Assembleia

Vítor RamalhoEconomista

O Pantano da direita e a esperança no PS

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços

Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Telem.: 93 538 81 02. E-mail: redaç[email protected];

“ A eventual saída do primeiro ministro a serem provados os factos que o parecem incriminar, resulta das regras mínimas da vida politica num país democrático.”

Parece que a Europa é ainda uma miragem...

A esmagadora maioria dos portugueses ainda não percecionam como as

políticas europeias e as suas decisões influenciam a vida de todos nós. As famílias, as empresas, até às universi-dades.

Sobretudo porque parte do desenvolvimento regista-do no país nos últimos trin-ta anos ficou a dever-se, de forma indelével, à chegada de dezenas de milhares de mi-lhões de euros. A maior par-te saberá da sua existência mas, no concreto, não iden-tificam a origem do proces-so, a sua impressão digital, bem como as suas consequên-cias diretas.

Os resultados do mais re-cente “Eurobarómetro” são, por si mesmo, avassaladores, quando concluem que ape-nas 9 por cento dos portu-gueses conseguem ter per-ceção do “Fundo de Coesão” e apenas pouco mais de 30 por cento tem conhecimen-to idêntico em relação ao FE-DER – Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional.

Julgo não ser por falta de informação. As instituições europeias, com as suas ‘fi-liais’ em Portugal, as autar-quias e muitas outras fontes, têm feito chegar ao destino, e de múltiplas formas, essas realidades concretas.

Sou tentado a percecionar que o problema continua a residir na opaca falta de in-teresse da sociedade portu-guesa, da sua tentadora ligei-reza na aquisição de conhe-cimentos e na vetusta e ne-gligenciável genética de ‘abrir a cabeça’ apenas ao raspão. Se for bera, comenta-se, a in-formação flui, faz o seu ca-minho mimético e atinge o contágio. Pelo contrário, mir-ra, apenas aconteceu.

É um fenómeno mais cul-tural, que tem muito a ver ain-da com a dimensão maior da iliteracia e com o ostracismo de outros tempos. Por isso, continuo a pensar que o ca-minho da cidadania plena em Portugal é ainda uma mira-gem e, nesse campo, não há fundos que nos salvem.

EDITORIALRaul Tavares

ABERTURA

Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 3

Região está entre as mais afetadas pelo reumático

O envelhecimento em algumas zonas mais interiores do distrito explica o facto de

a região estar à cabeça das mais afetadas por doenças reumáticas. Um estudo agora revelado demonstra que, em média, 50% da população do país sofre desta patologia, mas o distrito exibe locais em que o valor sobe para os 70%. Quer isto dizer, que em cada dez habitantes, sete sofrem de, pelo menos, uma doença reumática, segundo avança Jaime Branco, da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e coorde-

nador do estudo. Contudo, há muitos pacientes que desconhecem estar a ser afetados por algum tipo de doença óssea.

«Existem múltiplas doenças nos ossos e nem todas são graves. Mas, de facto, encontrámos vá-rias queixas de reumáti-co em mais de metade da população, embora só 22% tenham referido que so-friam desta patologia», su-blinha Jaime Branco, garantindo que são, simultaneamente, as pessoas que testemunham a pior qualidade de vida, quando comparadas com doentes que sofrem de «problemas cardiovasculares, respiratórios, neu-

rológicos e até oncológicos», acres-cente o mesmo responsável.

Cabe ainda a este especialista alertar que o acesso aos cuidados de saúde «não é igual em todos os pon-tos da região», havendo zonas mais

interiores, onde se inse-rem os quatro concelhos alentejanos, que sofrem maiores carências, o que explica a dificuldade em diagnosticar a maioria dos

casos existentes.Aliás, já em 2013 a SPR alertava

que a região tinha carências de reu-matologistas, apesar de ser uma zona do país onde a doença faz mais víti-mas, sendo que cerca de 70% da po-

pulação já apresenta queixas de os-sos, lombalgias e de tendões

Ainda segundo o mesmo estu-do, os dores de coluna são hoje em dia a queixa reumática mais fre-quente, tratando-se de uma doen-ça que implica mesmo uma forte incapacidade de trabalho, afetan-do mais as mulheres do que os ho-mens.

Uma das recomendações fei-tas ao Governo pelo relatório ago-ra divulgado alerta para as ale-gadas desigualdades regionais no acesso a cuidados de saúde para esta doença, com muitos hospitais a não terem esta espe-cialidade.

Estudo da SPR infere que em cada dez habitantes do distrito sete sofrem de maleitas ósseas

DR

A média do país está fixada nos 50 por cento, mas a região atinge 70 por cento da média da sua população. O estudo da Sociedade Portuguesa de Reumatologia afirma que muitos desconhecem estar afetados.

Dimensão do fenómeno difere nas diversas zonas da região

Roberto Dores

cujas programações dialoguem e tenham pontos de contacto, projec-ta-se com um a dois anos de ante-cedência. Não se pode pôr em prá-tica “atando e pondo ao fumeiro”. Não haver ainda, a esta data, uma definição acerca daquilo em que consiste efectivamente o Programa Cultura 2020 já custou aos teatros municipais, e às populações que es-tes equipamentos servem, dois anos de não-aproveitamento dos fundos estruturais comunitários.

A este ritmo temo que quando cheguemos ao ano 2020 a única coi-sa a apoiar seja já só o leite derra-mado de não termos conseguido aplicar esses mesmos fundos.

da Republica. Acresce que está por clarificar a situação dos or-denados pagos ou não pagos à sua pessoa pela Tecnoforma en-quanto exerceu funções nela e ainda se, a terem sido pagos, fo-ram ou não declarados ao fisco.

Tudo isto é grave demais para passar incólume.

A provar-se que, para além de mentir recebeu renumerações que não podia face ao regime de exclusividade enquanto deputa-do e ainda assim não os declarou ao fisco, será impensável que con-tinue em funções enquanto pri-meiro ministro.

Há regras, princípios e valores que não podem ser ultrapassados e se o forem tudo passa a ser con-sentido.

Neste caso concreto um pri-meiro ministro tem de ser exem-plo do comportamento que exige aos seus concidadãos, particular-mente numa altura em que se che-gou ao limite do possível nos im-postos.

A eventual saída do primeiro ministro a serem provados os fac-tos que o parecem incriminar, re-sulta das regras mínimas da vida politica num país democrático.

Acresce que a eventual e de-sejada vitória de António Costa re-força a esperança no futuro.

E reforça-a porque ao contrá-rio do que pensa a direita o PS no seu conjunto saberá reagrupar-se na base dos princípios e valores que são a sua razão de ser.

Nenhuma guerra partidária vai ter lugar. Pelo contrário.

O PS é um partido com uma lon-ga experiência e sempre que levou a efeito processos democráticos internos saiu mais reforçado.

Com a direita atolada no pân-tano o PS é mesmo a esperança.

[email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Tribunal da Comarca de Setúbal marcou julgamentos só para OutubroO TRIBUNAL de Setúbal decidiu não marcar julgamentos para este mês – tal como o Semmais anun-ciou na edição da semana pas-sada - como medida de precau-ção, segundo o próprio juiz pre-sidente, Manuel Sequeira. Ainda assim, registam-se poucos adia-mentos, mesmo com a paragem do sistema informático ‘Citius’, sendo que, sobretudo, os julga-mentos urgentes e outros têm sido assegurados com auxílio do designado ‘Citius 2’ (o sistema antigo). A tudo isto acresce o fac-to de o Palácio da Justiça sadino está ainda condicionado pelas obras iniciadas este verão.

Em Outubro já há julgamen-tos marcados, pelo que os ma-gistrados receiam que os proble-mas possam vir a sofrer agrava-mentos, mas Manuel Se-queira garante que ape-sar dos entraves impos-tos pelas alterações in-troduzidas no Citius, com a reforma da jus-tiça e da criação de novas comar-cas, os funcionários do tribunal estão a fazer um «esforço» para que tudo funcione melhor.

«Já recebemos algu-mas coisas, já há mais distribuição, já há mais peças recebidas, mas os dados ainda são desco-nexos, ainda há muita

incongruência. E ainda há mui-tos magistrados sem acesso ao Citius», sublinha o juiz presiden-te, numa altura em que na comar-

ca de Setúbal se estão apenas a tramitar os processos urgentes.

A juntar aos problemas do programa informático, surgem ainda as obras que, segundo os próprios advogados e juízes agra-varam o caos na justiça sadina, embora as demolições já este-jam terminadas e o rés-do-chão devidamente isolado, permitin-

do reduzir ruído, que estava a per-turbar os julgamentos, e pó.

Manuel Sequeira recorda que o Palácio da Justiça de Setúbal tem apenas seis salas de audiência, «que já eram manifestamente insufi-cientes». Após esta intervenção passará a ter 12.

Roberto Dores

Obras iniciadas este verão na comarca de Setúbal e problemas informáticos condicionam julgamentos

DR

Funcionários estão a fazer esforço para normalizar

ATUAL

4 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Três escolas do distrito têm ar de má qualidade

Há três escolas no distrito de Setúbal identificadas no estudo divulgado

pela DECO, que detetou ar com má qualidade nas salas de aula. Dois dos estabelecimentos que constam na lista estão sedeados em Almada (Secundária Emídio Navarro e Básica 2,3 António da Costa), enquanto a terceira escola citada pela revista Teste Saúde de Outubro pertence a Setúbal (Básica Barbosa du Bocage).

Na avaliação do ar que foi rea-lizada em 23 escolas do país, os três estabelecimentos do distrito esca-pam, para já, à exigência de remo-ção imediata das placas de amian-

to que é feita pelos especialistas da Deco para outros edifícios públicos, por estarem já em risco de liberta-rem fibras perigosas.

Porém, os estabelecimentos de ensino do distrito acabaram por chumbar no estudo ao revelaram outros poluentes do ar, tão ou mais perigosos do que o amianto, já que

foram detetados níveis elevados de partículas finas PM2,5 e também de dióxido de carbono em plenas sa-las de aula, segundo avançou ao Sem-mais Sílvia Menezes, dirigente da Deco.

«Estamos a falar de uma amea-ça para a saúde publica, que se tra-duz, por exemplo, nas poeiras mui-

to finas que têm origem no exterior, mas também nos deparámos com a utilização de materiais típicos da sala de aula», diz Sílvia Menezes, dando o giz como um exemplo, a que se jun-ta ainda a taxa elevada de dióxido de carbono que provem a respiração.

Um problema atribuído pela DECO a turmas grandes em salas pequenas, que requerem uma rigo-rosa renovação do ar. Mas também aqui as escolas da região não pas-saram no exame, havendo situações em que a taxa de renovação de ar se fica pelos quatro metros cúbicos por ocupante e por hora quando deve-ria de ter um caudal de 14 metros cúbicos.

Sílvia Menezes recomenda o are-jamento das salas de aula, com por-tas e janelas abertas durante os in-tervalos e cuidados redobrados com os materiais de limpeza, fazendo ain-da votos para a lei seja alterada obri-gando à monitorização regular de qualidade do ar. É que uma parte substancial dos problemas fica a de-ver-se à ventilação desadequada.

Secundária Emídio Navarro, Básica 2,3 António da Costa, ambas de Almada, e Básica Barbosa du Bocage, em Setúbal

Poluentes do ar considerados ameaça à saúde pública

DR

Especialistas sem surpresasApesar de considerarem a má qualidade do ar «preo-cupante», os especialistas da DECO não se mostram sur-preendidos com o resultado do estudo porque a lei não obriga ao controlo no inte-rior dos edifícios públicos ou de uso público. «Um retro-cesso face à legislação ante-rior, que impunha o contro-lo, por exemplo, nos estabe-lecimentos de ensino a cada dois anos», alertam, recor-dando não ter sido esta a pri-meira análise deste tipo, já que em 2007 a DECO tinha feito outro estudo que tam-bém já apontava para a má qualidade do ar e baixas tem-peraturas nas salas de aula.

Roberto Dores

O alerta está alicerçado num Estudo da DECO, que identifica perigo maior que amianto.

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Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 5

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Torneio Juvenil do Comércio e Indústria juntou 120 atletas e foi um sucesso organizativo O CAMPO da Bela Vista foi palco, no passado fim-de-semana, da pri-meira edição do “Torneio de Fu-tebol U.F. Comércio e Indústria Su-perCup 2014”, que juntou mais de 120 jovens futebolistas, numa ini-ciativa de grande sucesso organi-zada pelos pais da equipa de ‘in-fantis B’ do clube Alvi-negro sa-dino.

O evento, que promete vol-tar no próximo ano ainda com mais fulgor, contou com a pre-sença de oito equipas, entre as quais, para além do “Comércio e Indústria”, o “Sporting Clube de

Portugal”, “Alfarim”, “Fabril”, “Al-mada”, “Belenenses”, “E.A. Spor-ting da Moita” e “Brejos de Azei-tão”. A equipa leonina acabaria por conquistar o primeiro tro-féu da prova, com o clube da casa a garantir a sexta posição, mer-cê de duas vitórias, alcançadas ante o Brejos de Azeitão e Fabril, respetivamente.

Para além dos jovens atletas, o torneio, cujo patrono é o anti-go futebolistas do Vitória de Se-túbal e Benfica, Hernâni, juntou dezenas de familiares e muito pú-blico, numa autêntica jornada de

promoção do futebol juvenil, que pode vir a tornar-se a mais im-portante da cidade e da região nes-te escalão, de acordo com os ras-gados elogios que a organização mereceu.

É também a prova de que a ‘aca-demia’ do “Comércio e Indústria” está bom caminho, com o envol-vimento empenhado de muitos pais, que fizeram questão em nada deixar faltar aos jovens futebolis-tas, em receber de forma exem-plar as comitivas dos clubes par-ticipantes e divulgar a gastrono-mia setubalense.

AGRADECIMENTOS

PATROCINADORES CASA AGRÍCOLA ERMELINDA FREITAS, SPM CONSTRU-ÇÕES E OS LINCES – SEGURANÇA PRIVADA

APOIOS – C.M.S / J.F.S.S. /PSP/BSS/TCM GÁS/ATLANTIC FERRIES/BRAIN DA-MAGE/SIVIPA/CASA AGRÍCOLA HORÁCIO SIMÕES/CASA AGRÍCOLA ASSIS LOBO/APLAUDIR SOC. EVENTOS/SEMMAIS JORNAL/SECIL/RÁDIO AZUL /GRÃO DE BICO CATERING/GARCIA & FILHOS/DOCINHO DE MEL/C.N.C./AUTORENT/ NAFCS

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ATUAL

6 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Península procurou em Bruxelas pistas para ‘enfrentar’ nova carteira de fundosALGUMAS câmaras da Península de Setúbal estão a preparar uma es-tratégia conjunta com vista a poten-ciarem as candidaturas aos futuros fundos comunitários, cujo quadro está a ser gizado pelas autoridades de Bruxelas, apurou o Semmais du-rante uma deslocação a semana pas-sada de autarcas, dirigentes e técni-cos da região à Comissão Europeia.

Esta iniciativa, cuja integração dos municípios ainda não está totalmen-te ‘fechada’, conta à partida com as autarquias do chamado ‘arco dos três castelos’, Setúbal, Palmela e Sesim-bra, os quais lideraram, na desloca-ção a Bruxelas, «as aspirações de de-senvolvimento» para este território. «O que estamos a desenvolver de mo-mento é a criação de um grupo infor-mal para estudar as possibilidades de integrar projetos intermunicipais, ganhando peso e força numa estra-tégia comum», confirmou ao Sem-mais Maria Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal.

Durante o seminário “A Política Regional da União Europeia”, os re-presentantes da península de Setú-bal, puderam manifestar as preocu-pações e dúvidas sobre a estratégia da nova Comissão liderada por Jean--Claude Juncker, que riscou da sua carteira de ‘dez prioridades’ o apoio ao investimento de ‘betão’. Segun-do os autarcas, esta política «coloca tudo no mesmo saco», nomeada-mente a reabilitação urbana, tão cara aos municípios. «Estamos a falar de projetos em que os fundos foram bem aplicados e agora cortam a sua continuidade. Só no caso de Setúbal foram reabilitadas 6000 habitações, que representa bem-estar para mui-tas famílias», alertou Dores Meira.

Posição também assumida pelo

presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, para quem este ‘corte’ de verbas, vai prejudicar a construção de habitação social. «É um retrocesso estratégico», porque, afirmou, «ainda há muito a fazer».

Dúvidas para as quais Ana Pau-la Laissy, chefe da Unidade de Polí-tica Regional e Urbana da Comissão Europeia, não encontra ainda res-postas. «Os envelopes financeiros estão a ser negociados, há novas re-gulações em preparação e muitos dos fundos vão ter que ser negocia-dos, no caso português, entre gran-des regiões como Lisboa e Porto», confessou a responsável.

Estes impasses «estão a pre-judicar o conjunto de ações a de-senvolver», reafirmou Álvaro Ama-ro, o edil de Palmela. Segundo o autarca, «há atrasos e contradi-ções que prejudicam o trabalho dos técnicos», nomeadamente no que toca «a montantes, formas de articulação e operacionalização» dos projetos. O trabalho desenvol-vido ao longo de meses para de-senvolver os acordos de parceria, «até agora não totalmente tidos em conta», é um dos exemplos des-te vazio regulamentar» quanto ao novo quadro 2014-2020, acres-centou José Alexandre, chefe de gabinete do presidente da Câma-ra de Palmela.

Na mesma linha de raciocínio, Manuela Sampaio, responsável da Adrepes, confirmou que «muitos contributos no quadro do ‘Guia de Parcerias Europeu’ foram retirados, com alterações ao nível das CCDR’s». E acrescentou que a negociação dos programas operacionais «devem continuar a ter em conta as entida-des locais e regionais».

Comitiva do CIED/PS incluiu autarcas, técnicos, gestores e outras autoridades regionais

DR

Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia 22 de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 135 livro 271 – A, de escrituras diversas, na qual:a) Palmira Maria Gonçalves, viúva, residente na Praça Marquês de Pombal, n.º 28, em Grândola, contribuinte número 110206118;b) Maria Fernanda Gonçalves Grosso, divorciada, residente na Rua Vasco Gonçalves, n.º39, Bairro de São João, em Grândola, contribuinte número 127095675; ec) Luísa do Rosário Gonçalves, divorciada, residente na Avenida da Guiné Bissau, n.º8, 7º Esquerdo em Setúbal, contribuinte número 133853888, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel:Prédio Rústico composto de courela com a área de quatro mil duzentos e cinquenta metros quadrados, sito em Melides, Enxueiros, freguesia de Melides, concelho de Grândola, descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola, sob o número três mil cento e sessenta e três, da mencionada freguesia, e inscrito na matriz sob o artigo 125 da secção 1.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 22 de Setembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1483

Uma comitiva de ‘multiplicadores’ para ajudar a melhor perceção da UE e dos fundos comunitários

A comitiva que se deslocou à Comissão Europeia, a convite do Centro de Informação Europe Direct da Península de Setúbal (CIED/PS) teve ainda ocasião de participar em outros quatros seminá-rios subordinados aos temas: “A União Europeia e o Futuro”; “Es-tratégia para sair da crise e Consolidação da Economia”, “Política Energética da EU” e “Desenvolvimento Sustentável”. Para além dos três presidentes de câmara e de técnicos e dirigentes da Adre-pes e de várias outras autarquias, contou ainda com a presença da Diretora Regional de Agricultura e Pescas, Elisete Jardim, direto-ra do Centro de Emprego de Setúbal, Carmo Guia e do presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos.

Com a chancela de potenciar a realidade das instituições eu-ropeias, trabalho que o CIED/PS tem desenvolvido nos últimos anos, os ‘multiplicadores de informação’ ficaram a conhecer al-guns dados do “Eurobarómetro” sobre a perceção dos portugue-ses em relações aos fundos comunitários - cerca de 70 mil milhões entrados em Portugal nos últimos 30 anos, excluindo os estrutu-rais. E as médias são das mais baixas da Europa, sendo que por exemplo apenas 9 por cento dos portugueses reconhecerem e iden-tificarem os fundos de coesão.

Grandes veleiros para visitar em SetúbalNO ÂMBITO das comemorações do Dia Mundial do Mar, três das embarcações ícones da navega-ção à vela nacional - Sagres, Creoula e Vera Cruz -, atracam no porto de Setúbal, na zona dos Armazéns da Lota, nos dias 26 e 27 de setembro, para visitas gratuitas para o público geral.

No dia 26, as visitas realiza-ram-se entre as 10 e as 18 horas, e, este sábado, das 9 às 12h30 as visitas à Sagres e, das 10 às 20 horas, à Creoula e à Vera Cruz.

Organizadas pela Adminis-tração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e pelo município lo-cal, as celebrações do Dia Mun-dial do Mar incluíram ainda, on-tem, um seminário internacio-nal, subordinado ao tema “Ci-dades Portuárias e a relação por-to-cidade, a Náutica de Recreio e o Turismo Náutico”, e uma ex-posição de banda-desenhada so-bre temáticas marítimas, paten-te na Casa da Baía até 19 de ou-tubro, com entrada gratuita.

A “Sagres” aporta no Sado

Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

Uma mão cheia de atividades de risco para combater riscos maiores

O que representa e como surgiu a hipótese de a vossa instituição liderar, a nível europeu, este projecto? O projecto ARPI, que signifi-ca Atividades de Risco e Peda-gogia Institucional, é o resul-tado da apresentação, pela as-sociação “Questão de Equilí-brio”, de uma candidatura ao Programa Europeu Leonardo da Vinci, em 2011, no âmbito da Transferência de Inovação.O projeto, que teve início em outubro de 2012 e que irá ter-minar em dezembro de 2014, implica a disseminação da me-todologia empregue pela “Questão de Equilíbrio” na in-tervenção com crianças e jo-vens com problemas emocio-nais e do comportamento so-cial, em situação de risco de exclusão.Que é a principal atividade da vossa associação…

Na génese da “Questão de Equilíbrio” está a prática de actividades de risco, como a escalada em rocha na Arrábi-da, de julho a outubro de 1994, com um grupo de jovens que vivia nas ruas de Setúbal com práticas delinquen-tes. Em 2002 tive-mos a oportunida-de de ter contacto com o Professor Ja-cques Pain, da Universidade de Paris X, Nanterre, e dois anos após, com a escola de la Neuville, nos arredores de Pa-ris, que nos fez reconhecer a pertinência que a pedagogia institucional poderia repre-sentar na intervenção social que desenvolvíamos e que continuamos a aprofundar e disseminar.Qual é o conceito, a progra-mação e a sua importância no quadro e no âmbito do universo de atividade da vos-sa e de outras organizações parceiras? O método ARPI utiliza as ati-

vidades físicas e desportivas como recurso motivador dos jovens mais resistentes à in-tervenção clínica e social, pre-dispondo-os para uma atitu-de de abertura e de colabora-ção com a equipa técnica e educativa. No projeto ARPI, cada um dos parceiros estabeleceu proto-colos com empresas e clubes desportivos locais, com vista a garantir a prestação de ser-viços nas diversas áreas das atividades, garantindo que os profissionais que intervêm com os jovens partilhassem essas mesmas atividades, vi-vências, medos e estratégias de ultrapassagem dos mes-mos. A relação assim estabe-lecida entre jovens e técnicos permitiu uma proximidade sem precedentes, acelerando o processo de abertura e apro-ximação dos jovens aos téc-nicos, facilitando a aquisição de competências pessoais e sociais, cuja ausência está na origem dos comportamentos sociais desadequados.O recurso às atividades físi-cas e desportivas afigura-se como fundamental no pro-

cesso de motivação e “despertamento” para um novo tipo de atitudes e com-portamentos por

parte dos jovens envolvidos mas tal só se verifica com a continuidade da intervenção e com a existência de uma equipa técnica multidiscipli-nar, integrando especialistas da área psicosocial, da psico-logia clínica e da área do so-cial.Quais são os parceiros, ini-ciativas e valores de apoio comunitário. Os parceiros europeus deste projecto são: L´École de la Neu-ville, na região norte de Paris; a Associación Altea España, na Região Valenciana, a asso-ciação Camino – Werkstatt fur

Fortbildung, praxisbegelitung und Forschung im sozialen Bereich gGmbH de Berlim e as associações “OESSE-Offi-cina Sociale” e “Chiara e Fran-cesco” da região de Roma.Os parceiros espanhóis e ita-lianos, tal como a “Questão de Equilíbrio”, possuem resi-dências para os jovens que acolhem, com idades maio-ritariamente entre os 14 e os 18 anos, que são enviados pe-los tribunais, alguns dos quais para serem protegidos e ou-tros por práticas delinquen-tes. O parceiro francês acolhe jovens desfavorecidos mas desde que os mesmos este-jam motivados para ficar na instituição, com vista à sua formação escolar e pessoal, sendo maioritariamente mais novos que os jovens envolvi-dos pelos restantes parceiros. O parceiro alemão trabalha num bairro de Berlim, com pessoas desfavorecidas, per-tencentes a diversas etnias…

Há envolvimento das enti-dades institucionais nacionais e regionais? Claro que a existência deste tipo de intervenção só é pos-sível com recursos mais alar-gados do que habitualmente as instituições de acolhimen-to dispõem, pelo que o apoio dos programas europeus é fundamental, como foi o caso do Programa Leonardo da Vin-ci e atualmente com o Pro-grama Erasmus+.A nível regional, é necessário que os resultados obtidos no âmbito destes projetos sejam amplamente disseminados, dando origem à multiplica-ção de redes locais ou ao re-forço das existentes, tentan-do-se rentabilizar recursos técnicos e financeiros. Só as-sim é que as entidades locais poderão e deverão reforçar e incentivar este tipo de inter-venção.

No caso concreto do projeto ARPI, não nos podemos quei-xar. A Câmara de Setúbal in-tegrou o colóquio final do se-minário em Setúbal, no dia 13 de Setembro, nas Comemo-rações Bocageanas, colabo-rando na divulgação do mes-mo e facilitando a sua divul-gação no Cinema Charlot. Para o desenvolvimento das ativi-dades ao longo do projeto, con-tamos com a cola-boração e apoio da Associação Jorge Pina, de Lisboa, na prática de Boxe, e do Campo de Golfe de Tróia na área da prática desta mo-dalidade.Sem esta abertura e colabo-rações o projeto não teria ob-tido os resultados que se ve-rificaram. No caso mais re-cente do Golfe, que se ini-ciou há um mês, ficou de-monstrada a sua enorme po-tencialidade pedagógica e educativa, contrariando-se as ideias preconcebidas de que esta prática não interes-sa aos jovens e é apreciada apenas pelos mais idosos, de que é uma atividade de elite e de que o esforço físico é re-duzido. Até no sentido de des-truição de preconceitos o Golfe afigurou-se como po-sitivo para a educação de jo-vens com comportamentos problemáticos.

De que forma é que este pro-grama pode influenciar, com resultados, um apoio aos jovens em causa e sua rein-serção? O projeto decorreu nos vários países como previsto e pos-sibilitou aos jovens a prática de atividades como a Escala-da em Rocha e a Espeleolo-gia (numa primeira fase, de despertamento, de choque, de contacto com o medo e de va-lorização da vida), o Boxe e o Karaté (numa segunda fase,

de confronto com o outro, de respeito e de aprendizagem de controlo de impulsos vio-lentos), a atividade náutica de “Bóias”, o Sky Náutico e o Gol-fe (numa terceira fase, de tra-balho de descoberta e valori-zação pessoais, de aquisição de competências, como a aten-ção, a concentração, o auto--controlo emocional, o equi-líbrio, a perseverança), a Ca-

noagem e a BTT (Bi-cicleta Todo o Ter-reno, numa quarta fase, pelo reconhe-cimento da neces-

sidade de prevenir e contro-lar situações de risco e parti-lha de esforço em equipa), o Futebol e outros desportos coletivos, numa quinta e últi-ma fase, como reconhecimen-to da dificuldade de jogar e lu-tar em conjunto, de unir es-forços coletivos com vista a alcançar um objetivo comum. No conjunto, é necessário re-forçar três ideias base: 1º to-das estas atividades têm es-sencialmente um carácter edu-cativo, o que não reduz, em qualquer aspeto, a questão da competitividade; 2º Estas prá-ticas só têm interesse social se as suas vivências e apren-dizagens forem transpostas para a vida quotidiana e em sociedade; 3º resultados mais eficazes só poderão ser obti-dos se a intervenção for devi-damente prolongada, contan-do-se com uma equipa técni-ca transdisciplinar e especia-lizada na área psicosocial, ga-rantindo a intervenção psico-terapêutica, nos casos mais complexos.Que outros projetos estão na calha? Neste momento estamos em fase de conclusão do projeto “ARCO”, que envolveu (Por-tugal, Espanha, Itália, Holan-da, Chipre e Inglaterra, que coordenou através da associa-ção WAC de Londres, projeto

que utiliza a expressão e a pro-dução musical para a aquisi-ção de competências que pos-sam facilitar as aprendizagens escolares e a procura de for-mação profissional, bem como facilitadores da aquisição de competências de comunica-ção interpessoal e trabalho co-laborativo, essenciais para toda a vida em sociedade.Como coordenadores euro-peus, vimos recentemente aprovado o projeto” Escola da Floresta”, envolvendo 4 paí-ses (Portugal, França, Bélgi-ca e Dinamarca), que decor-rerá de Outubro de 2014 a Ou-tubro de 2016, envolvendo gru-pos e estruturas escolares, ten-do como objetivo a formação de professores para a inter-venção pedagógica com alu-nos com comportamentos violentos e socialmente desa-dequados, como com alunos desmotivados, com vista a um melhor desempenho profis-sional que promova o suces-so escolar e educativo, a re-dução do abandono escolar, a redução da violência, a mo-tivação para a aprendizagem e consequentemente uma perspetiva de inclusão social.Estamos neste momento tam-bém envolvidos com outros parceiros europeus na prepa-ração de outros projetos fu-turos, em particular no âm-bito da Prevenção do consu-mo de estupefacientes e na Prevenção de Abusos, nomea-damente sexual, em crianças Institucionalizadas. Mas so-bre estes poderemos falar numa outra ocasião.A nível apenas local, espera-mos que a curto espaço pos-samos usufruir e oferecer ati-vidades em “espaços verdes aventura”, mas são ainda pro-cessos que não estão con-cluídos e se têm arrastando ao longo dos anos, esperan-do nós que brevemente se resolvam.

“Questão de Equilíbrio” lidera projeto europeu com jovens em risco de exclusão

A “Questão de Equilíbrio” está a liderar um projeto na Europa aplicando a sua experiência e metodologia em intervenção com crianças e jovens em risco de exclusão. Um exemplo e um caminho a seguir. O mentor, Ricardo Martinez, explica ao Semmais como e porquê a sua associação está na linha da frente.

Golfe é a atividade mais recente do programa

Atividades físicas servem para motivar e ‘despertar’

CULTURA

8 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Porta, portão, portada, portagem, portal, portaria, porteiro. As portas do Céu

ou do Inferno, as portas da cidade, porta dianteira, traseira, dos fundos, porta de embarque.

No imaginário infantil, a boca é uma porta e a porta a boca das casas.

«Bater à porta de alguém»: pedir ajuda; «casa roubada, trancas à porta»: o a-destem-po; entrar «pela porta diantei-ra»: sem vergonha, de cabeça erguida e por meios lícitos; ou pela «porta do cavalo»: o sub-terfúgio; «porta sim, porta não»: a proliferação; «fora de por-tas»: de difícil acesso; «bater com a porta»: enfurecer-se, vi-rar costas e sair. «Ficar entre portas como a mãe de S. Pe-dro»: a indecisão. É também sabido que «o dinheiro abre todas as portas» e que a Mor-te «nos vem bater à porta quan-do menos esperamos». Quan-to à sorte «bate apenas uma vez» e o Diabo «nem sempre está atrás da porta» - mas pode estar.

Brincadeira de criança: «Mão morta, mão morta, vai bater àquela porta!» - e toca--se com a mão mole da crian-ça no próprio rosto.

«O que é que vai e que vem sem nunca sair do seu lugar?» Resposta: a porta. «Papalagui» é o nome dado pelos poliné-sios aos brancos que vivem «como o mexilhão do mar, den-tro duma concha dura. (…) En-tra-se e sai-se da concha de pedra por um só e mesmo sí-tio. O Papalagui chama a esse sítio «entrada» quando entra na cabana, e «saída» quando sai (…)» Também Janus, o deus das portas, tem duas caras.

A ficção está cheia de por-tas que se abrem e fecham para outros mundos. A porta é um dos grandes objectos da ima-ginação e da interdição. «Po-des abrir todas as portas, me-nos esta!», avisa Barba Azul: a porta determina a curiosi-dade e a subversão. Códigos: porta aberta – o convite; por-ta fechada – o interdito; por-ta entreaberta – o mistério.

«Fechar à chave», «a sete chaves»: as portas guardam--se, têm guardiões, dragões; as portas selam-se, trancam--se, aferrolham-se para não permitir (geralmente) a entra-da. Mas há também as portas

que se fecham para não dei-xar fugir: celas, prisões, quar-tos de castigo, castelos e tor-res sem porta de onde a prin-cesa não pode sair. A porta veda e isola os espaços do dentro e do fora, permite ou proíbe a passagem – é marca de pos-se, determina o dono e o po-der que se (de)tem.

Importar e exportar: para dentro e fora de portas; inte-rior e exterior definido e de-marcado pela porta imaginá-ria. Toda a fronteira é uma por-ta. Porta levadiça, lenta – a pon-te que se faz porta.

Porta – espaço de um ou-tro espaço maior (parede, muro, edifício, castelo); espa-ço único que permite a bre-cha, a passagem ou a sua in-terdição. A porta entreabre--se, escancara-se, abre-se tí-mida ou bruscamente, de for-ma violenta ou velada. A por-ta é um espaço binário. A por-ta é sobretudo o espaço da vi-são: vê-se, não se vê; mostra--se, oculta-se; espreita-se ou não. O espaço privado e a pri-vacidade começam com uma porta.

«Entre-portas»: espaço fe-minino, a casa. «Fora de por-tas»: espaço masculino, o ex-terior.

Para William Blake «Se as Portas da Percepção estives-sem limpas, tudo apareceria ao homem tal como é: Infinito». Aldous Huxley, a partir deste pensamento de Blake, escre-veu, «The Doors of Perception» onde descreve e relata as suas experiências com a mescalina. Jim Morrison serviu-se do con-ceito de ambos para nomear a sua Banda - «The Doors».

«A Porta do Destino», de Agatha Christie; «A Porta», de Magda Szabó; «A Sétima Por-ta», de Richard Zimler; «A Por-ta da Escuridão», de João Aguiar.

«O Amor bate à porta / O Amor bate à aorta / Fui abrir e constipei», escreveu Carlos Drummond de Andrade. Mas, «Pode um carpinteiro conser-tar a porta de um coração?», pergunta Egito Gonçalves. A porta é a abertura possível para toda a intrusão ou sentimen-to. A porta é um princípio ou um fim; a porta é, em si mes-ma, um princípio e um fim. A porta é um não ou um sim…mas afinal, a quem é que isso im-porta?

Porta

Semmais – Como surgiu o con-vite para trabalhar com o Teatro Extremo? Ana Nave - Estreei-me como atriz profissional em 1986 na Compa-nhia de Teatro de Almada, onde conheci o Fernando Jorge Lopes, atual diretor do Teatro Extremo. Não nos voltámos a encontrar profissionalmente até o Fernan-do me ter convidado para ence-nar no Extremo, agora, por oca-sião do 20.º aniversário da com-panhia. Aceitei com a única con-dição de ensaiarmos 7 horas por dia. Foi a busca da cumplicida-de artística a base do nosso tra-balho.

De que nos fala “Depois de Da-rwin”?“Depois de Darwin”, da premia-da autora Timberlake Werten-baker, faz uma ponte entre as teo-rias da seleção natural, a sobre-

vivência do mais apto e o século XX, a consciência dos limites da ciência, as guerras e a queda das ideologias políticas. Millie é uma encenadora que convida dois ato-res, Ian e Tom, para representa-rem as personagens de Darwin e Fitzroy. A peça é sobre a viagem do Beagle que irá fornecer a Da-rwin as bases para o seu livro, “A Origem das Espécies”. A teoria de Darwin irá ameaçar a visão do mundo em que o Capitão Fitzroy, homem temente a Deus, acredi-ta. Ian e Tom também lutam pela sobrevivência do mais apto, só que esta luta é complicada por questões de ética.

Como está a decorrer o trabalho no Extremo?Estreámos “Depois de Darwin” a 19 de Setembro, no teatro de Cas-tro Verde. Fizemos dois espetá-culos; um para o público esco-lar e outro, esgotado, para o pú-blico em geral. Ontem, dia 26, es-treámos o espetáculo no Extre-

mo, em Almada. Vale a pena as-sistir.

Que outros projectos tem em mãos? Em outubro vou começar um fil-me da realizadora Patrícia Sequei-ra, que é uma co-autoria com as atrizes Maria João Luís, Rita Blan-co, Fátima Belo e Ana Padrão. Em novembro começo os ensaios com o ator João Reis de Portugal, “Meu Remorso”, a partir de textos de Alexandre O’Neill, compilados por Maria Antónia Oliveira, que estreará em fevereiro de 2015 no Teatro S. Luiz, em Lisboa.

Ana Nave é a encenadora da nova produção do Teatro Extremo, “Depois de Darwin”, da premiada Tiberlake Wertenbaker. Com alguns projectos de cinema em mãos, Ana Nave afirma que «vale a pena» assistir à 45.ª peça do Extremo, a qual celebra o 20.º aniversário da companhia de Almada.

«Aceitei trabalhar no Extremocom a única condição de ensaiarmossete horas por dia»

Ana Nave, encenadora de “Depois de Darwin”, no Teatro Extremo

A conhecida fadista Raquel Tavares atua este sábado, a partir das 21h30, no Forum Cultural do Seixal. O espetáculo integra-se nas come-morações dos 40 anos do 25 de Abril. A fadis-

ta é acompanhada por Ricardo Rocha (guitar-ra portuguesa); Jaime Santos (viola fado); e Francisco Gaspar (viola baixo). O ingresso cus-ta 7,5 euros.

Raquel Tavares canta o fado no Seixal

Ana Nave ensaiou no Extremo

António Luís

DR

Rainha Joana Silva eleita 1.ª Dama de Honor nacional das Vindimas em Barcelos JOANA Silva, Rainha das Vindi-mas de Palmela 2013, foi eleita 1.ª Dama de Honor no concurso Rai-nha das Vindimas de Portugal 2014. O certame decorreu no passado dia 20, na cidade de Barcelos, atual Cidade do Vinho, numa organi-zação da Associação de Municí-pios Portugueses do Vinho (AMPV) com os municípios associados.

O vereador de Palmela, Luís Calha, marcou presença nesta fes-ta que, anualmente, escolhe a re-presentante maior dos valores culturais e identitários ligados ao mundo do vinho e da vinha, as-sociados à beleza e à juventude.

A representante de Barcelos venceu o concurso, que contou com

a participação de 15 jovens, avalia-das por um júri composto pela es-tilista Ana Sousa, por Mário Lou-ro, diretor do concurso de vinhos

La Selezione del Sindaco 2015, por Cristina Gonçalves, empresária e relações públicas na área da moda, por Jorge Sampaio, da comissão instaladora das Rotas do Vinho de Portugal, e por José Arruda, secre-tário-geral da AMPV.

Palmela elege a sua Rainha das Vindimas desde 1963, numa tra-dição repleta de simbolismo, que continua a cativar a imaginação e os sonhos de muitas jovens do concelho, que desejam represen-tar a Festa das Vindimas e a sua comunidade. Enquanto municí-pio associado da AMPV, Palme-la participa na eleição da Rainha das Vindimas de Portugal desde a sua primeira edição.

Joana Silva brilhou em Barcelos

DR

Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 9

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A AIP – Feiras, Congressos e Eventos organiza na FIL, em Lisboa, entre 4 e 12 de Outubro vários eventos que se complementam focados nas áreas da decoração, design nas suas diferentes formas de expressão, produ-tos Vintage e imobiliário - compra, arrendamento ou investimento em casas, escritórios ou outros produ-tos imobiliários. Estamos a falar do Intercasa - Feira Internacional de Decoração Interiores e Exteriores; LXD – Lisboa Design Show; SIL – Salão Imobiliário de Portugal e Vintage Festival. Ligue 918 047 918.

Darwin“Depois de Darwin”, de Timberlake Wertenbaker e en-cenação de Ana Nave, é a nova produção do Teatro Extremo, com interpretações de Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira. Para ver até final de Novembro.Teatro Extremo, Almada, 21h30

Celebrar o Dia Mundial da Música A Orquestra Metropolitana de Lisboa re-gressa a Setúbal, para apresentar um concerto comemorativo do Dia Mundial da Música, 1 de outubro, com direcção do maestro Pedro Amaral. A Metropolitana de Lisboa apresenta sinfonias

de Richard Strauss e de Tchaikovsky.Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

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Ciclo de concertos no Pinhal Novo Integrado no ciclo de concertos “Sábado à Noite”, a Orquestra Philarmónica de Lisboa promete momentos de grande qualidade

musical. Este ciclo de concer-tos aposta numa oferta cultural diferenciada.Auditório do Pinhal Novo, 21h30

A 22.ª QUINZENA de Dança de Al-mada, organizada pela Companhia de Dança de Almada e apoiada pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, arrancou ontem e decorre até 12 de outubro. A ini-ciativa está a ter lugar, pela primei-ra vez, nas novas instalações da com-panhia, bem como na renovada Aca-demia Almadense.

O intérprete/criador Peter Mi-chael Dietz é homenageado nes-ta edição, através de uma insta-lação e de uma sessão especial.

O seu percurso na dança ao lon-go dos últimos 25 anos e o seu papel no desenvolvimento da companhia são relembrados ao longo da quinzena.

Com o objetivo de apoiar a prática da dança como

forma de desenvolvi-mento psico-cultural

e artístico de diferentes grupos, o programa do evento inte-gra, além de master classes

para bailarinos, workshops

para seniores, crianças ou jovens em situação de inserção social.

Destaque ainda para o novo pro-grama da companhia, com coreo-grafia de Ricardo Ambrózio. Da pro-gramação faz também parte a apre-sentação d’ “O Livro Escuro e Cla-ro”, de Madalena Victorino, bem como diversos workshops e aulas abertas.

A Plataforma Coreográfica In-ternacional, um dos pontos altos do evento, reúne representantes das novas tendências da Dança Contem-porânea de Alemanha, Bélgica, Bra-sil, USA, França, Israel, Itália, Japão e Portugal.

Com vista a reforçar o intercâm-bio artístico internacional, o coreó-grafo Nadar Rosano junta-se à com-panhia polaca Zawirowania Dance Theatre para apresentar duas peças da sua autoria.

O festival procura ainda levar a dança contemporânea a diversos espaços culturais, organizando, com esse propósito, uma Mostra de Ví-deodança e o “DanCidades”.

Quinzena da Dança de Almadacelebra 22.ª edição

Êxitos de Samuel Úria O cantautor Samuel Úria, com a sua banda, relembra alguns temas incon-tornáveis dos seus anteriores discos e apresenta o seu CD de 2013 intitulado “O Grande Medo do Pequeno Mundo”, com sonoridades punk, rock´n´ rol e low-fi. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30.

Danças do Mundo O espetáculo de dança “Todo o Mundo”, pela DançArte, foi pensado pela DançArte com base numa criação de rua, propondo o cruzamento entre a dança e outras áreas, o trabalho em pormenor e uma intera-ção com o público, que completa o todo.Fórum José Manuel Figueiredo, Baixa da Banheira, 21h30

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As Jornadas Europeias do Património decorrem este fim-de-semana com inicia-

tivas em Grândola, Lousal e Tróia.O auditório municipal recebeu,

ontem, dia 26, a apresentação do projeto “Arqueologia até Debaixo de Água: à Descoberta dos Nau-

frágios do Litoral Grandolense”, pelo arqueólogo Alexandre Mon-teiro.

Enquadrando-se no Plano Es-tratégico de Salvaguarda e Valo-rização do Património Cultural do Concelho e seguindo um plano de investigação elaborado de acor-do com os mais recentes parâme-tros ético-científicos preconiza-dos pela Convenção da Unesco so-bre a Protecção do Património Cul-tural Subaquático, este projeto con-templa a realização de trabalhos arqueológicos subaquáticos de prospeção e de sondagem no sen-tido da valorização da Carta Ar-queológica Subaquática nacional, visando localizar, posicionar, ava-liar e caracterizar todo o patrimó-nio cultural subaquático jazente mas águas que confrontam o con-celho de Grândola - património

esse que se suspeita ser abundan-te e de enorme valor científico.

Nesta conferência divulgar-se--ão as mais recentes descobertas efetuadas ao largo da costa gran-dolense e discutir-se-ão os dados compilados até agora pela pesqui-sa histórico-documental.

O Centro Ciência Viva do Lou-sal propõe a 27 e 28 “Lousal a Céu Aberto”, que consiste num percur-so pedestre, de dificuldade inter-média, com a extensão de 2 qui-lómetros cujo objetivo é mostrar o enquadramento geológico da área do Lousal, incluindo a anti-ga exploração a céu aberto. Será também exibido um Filme de Épo-ca do Lousal (1958) e efetuada uma visita ao Museu Mineiro. Em Tróia, no dia 27, realiza-se o “Percurso Arqueológico na Orla do Estuário do Sado”.

LOCAL

10 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

LOCAL LOCAL

Grândola debate património europeu e regional

Setúbal substitui floreiras na baixa comercial

Luz solar de Santiago estudada por investigadores

Sines celebra jornadas europeiasdo património

A LUZ solar na região está a ser ob-jeto de estudo por parte de investi-gadores da Universidade de Wu-ppertal, na Alemanha. O projeto está a decorrer desde 6 de setembro, em Santiago, e é pioneiro no país.

«Desde o tempo da antiga Miró-briga romana, a luz nesta região é mencionada como diferente. Pela altitude sobre o mar, a distância para o Atlântico, a distribuição sobre mon-tes e vales, é suposto a luz quebrar--se aqui de forma própria». É assim que os responsáveis da universida-de justificam a pertinência da inves-tigação, orientada para os efeitos da luz solar na saúde e no bem-estar do ser humano em vários domínios.

Durante 3 meses, sensores ins-talados em Santiago vão transmitir dados para a universidade na Ale-manha, onde serão avaliados. O gru-po de investigadores que conduz este estudo virá depois a Portugal apresentar os resultados. O muni-cípio já saudou os investigadores alemães, enaltecendo os «valores ecológicos» da investigação e o im-pacto positivo que a mesma pode-rá ter em vários domínios, como a eficiência energética, alimentação e saúde.

O MUNICÍPIO promove até este do-mingo, a comemoração local das Jor-nadas Europeias do Património, su-bordinadas ao tema “Património sem-pre uma descoberta”.

Ontem, os alunos descobriram como se vivia em Sines no tempo dos seus avós, através de pequenos do-cumentários e dos objetos guarda-dos no museu.

Este sábado e domingo, realizam--se duas visitas ao Museu de Porti-mão, instalado numa antiga fábrica de conservas pertencente à família Júdice Fialho.

As Jornadas Europeias do Patri-mónio são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Eu-ropeia, realizada com o objetivo de sensibilizar os povos europeus para a importância da salvaguarda do pa-trimónio.

AS FLOREIRAS da baixa comer-cial estão a ser substituídas pelo município. Durante esta semana foi executada a 1.ª fase do proje-to, a qual implicou um investimen-to de 7 mil euros, com a instalação de 50 floreiras novas.

Dotadas de sistema antirrou-bo, são constituídas por peque-nas torres em aço corten, as quais não necessitam de manutenção.

O projeto, realizado no âmbi-to da estratégia municipal de au-mento da atratividade da baixa co-mercial, inclui, numa 2.ª fase, em outubro, a instalação de mais meia centena de floreiras nas restantes ruas da baixa.

Com a instalação do novo equi-pamento, os serviços da autarquia, responsáveis pela execução da in-tervenção, estão a remover as flo-reiras antigas naquela zona da ci-dade.

O 3.º Festival da Canção Infanto-Juvenil Pedra d’Ouro realiza-se este domingo, às 15h30, no Grupo Desportivo da Volta da Pedra. A concurso estão 7 canções no es-

calão infantil e 5 no juvenil. À semelhança dos anos anteriores, a organização conta com o apoio da autarquia, de várias em-presas e de particulares.

O Dia Mundial do Turismo é assinalado no Barreiro este sábado, às 9h30, com a aber-tura do Posto de Turismo num novo espa-ço. Durante o dia, haverá segways e bicicle-

tas disponíveis para a população darem uma volta, de forma gratuita. Neste novo espa-ço, no Mercado 1.º de Maio, estarão paten-tes ao público duas exposições.

Festival da Canção Pedra d´Ouro Barreiro tem novo posto de turismo

Nas Jornadas Europeias do Património serão divulgadas recentes descobertas ao largo da costa grandolense

Jornadas europeias do património decorrem este fim-de-semana no Litoral

A FEIRA Medieval de Palmela, que decorrer até domingo, está a levar os visitantes a uma via-gem no tempo, pelos momen-tos mais marcantes da história da vila.

O castelo e o centro histó-rico estão a ser palco de bailes e danças populares, música, jo-gos tradicionais, falcoaria, de-monstrações de armas e tor-neios, desfiles temáticos e arte de rua.

Do programa faz ainda par-te um mercado medieval, no qual serão apresentados petis-

cos e sabores da época, contri-buindo, de forma lúdica, para a melhor compreensão e vivên-cia do património cultural de Palmela.

Esta viagem pelo passado pretende recordar o papel da vila como palco das lutas da con-quista cristã aos Mouros, sem esquecer o momento de atribui-ção do seu primeiro foral, em 1185, por D. Afonso Henriques.

As entradas para a feira me-dieval custam 2 euros, para o bi-lhete diário, e 4 euros para o bi-lhete de 3 dias.

DR

Alunos descobrem como se vivia

DR

António Luís

Palmela faz viagem no tempo e vai até à época medieval

Do programa, é de destacar o “Lousal a Céu Aberto”, que consiste num percurso pedestre de 2 quilómetros, e em Tróia, o “Percurso Arqueológico”.

Sábado • 27 setembro • www.semmaisjornal.com 11

Almada dá chave de Ouro à antiga presidente Maria Emília de Sousa

O MUNICÍPIO decidiu atribuir a Chave de Ouro da Cidade à antiga presidente da Câmara Municipal, Maria Emília de Sousa, em reconhe-cimento pela obra realizada no con-celho.

O edilidade deliberou, no passa-do dia 10 de setembro, atribuir a Cha-ve de Ouro da Cidade de Almada à autarca, pela obra realizada enquan-to autarca no concelho ao longo de 34 anos, 26 dos quais como presi-

dente da autarquia.Como fundamento desta distin-

ção é sublinhado “o extraordinário contributo e impulso que Maria Emí-lia de Sousa deu ao desenvolvimen-to e progresso de uma terra que, não sendo a sua, adotou e tratou como se sua fosse, destacando-se por ser-viços distintos e altamente meritó-rios, estando intrinsecamente liga-da à vida e à história do Município de Almada”.

Motard s de Alcochete festejam 8.º aniversário com música

O GRUPO Motard de Alcochete celebra o seu 8.º aniversário este sábado, a partir das 14 horas, na Avenida D. Manuel I.

Impropérios e The Wine-a-Bi-lliy Rollers são as duas bandas que vão garantir a animação musical nesta tarde, em que o convívio e a confraternização entre motociclis-tas estão garantidos. Haverá feira motard.

Sesimbra acolhe II Mostra de Maçã Camoesa

Moita venera Nossa Senhora da Graça ATÉ AO DIA 29, a localidade de Sarilhos Pequenos vai estar ani-mada com a realização das Festas em Honra de Nossa Senhora da Graça.

As embarcações tradicionais do rioTejo a enfeitarem as ruas, o arraial e as casas típicas de cores garridas são já motivos suficien-tes para visitar a freguesia de Sa-rilhos Pequenos e as suas festas populares.

A isto junta-se a hospitalida-de destas gentes e também a noi-te da sardinha assada, oferecida pela União de Freguesias do Gaio/Rosário e Sarilhos Pequenos, a tra-dicional procissão em Honra de Nossa Senhora da Graça, missa so-lene, largadas de touros, bailes, um festival de folclore, animação mu-sical e o sempre aguardado fogo--de-artifício e a “Queima do Ba-tel”, a fechar as festas.

A MOAGEM de Sampaio recebe a 4 e 5 de outubro, a 2.ª Mostra de Maçã Camoesa, que conta com a partici-pação de vários produtores.

Este fruto é produzido na fregue-sia do Castelo e distingue-se pela mancha avermelhada na face de maior incidência do sol, sobre um fundo amarelo, e pela polpa ácida, de cor branca e consistência firme. Colhida em setembro, pode ser con-sumida de imediato, embora seja co-mum ficar a amadurecer durante al-gumas semanas, de forma a ser con-sumida durante o inverno. Além des-ta particularidade, tem níveis de an-tioxidantes e polifenóis muito supe-riores aos das restantes, sendo re-comendada a doentes anémicos e diabéticos.

O evento visa divulgar o fruto junto do público e despertar o inte-resse de novos agricultores, contri-buindo assim para aumentar a sua produção de modo tradicional.

Seixal investe 2 milhões de eurosnuma nova escola básica

Mês do idoso no Barreiro celebrado com várias iniciativas

A ESCOLA básica dos Redondos, em Fernão Ferro, foi inaugurada on-tem. O investimento municipal é de 2 milhões de euros.

O equipamento acolhe 375 alu-nos do 1.º ciclo (12 salas) e jardim de infância (3 salas) e dispõe de biblio-

teca, cozinha e refeitório, além de sala de apoio educativo.

A escola a funcionar desde o dia 19, vem responder às necessidades educativas sentidas pela população dos Redondos que tem vindo a au-mentar significativamente.

O MÊS de outubro no concelho Barreiro é, entre muitas outras iniciativas, também ele dedica-do à população sénior. Da variada programação é de destacar uma mostra de doces e salgados, um mercado social e uma acção de sensibilização sobre “Prevenção da Osteopo-rose”.

Anualmente promovida pelo município, a programação do ‘Mês Sénior’ reúne um vasto e diversi-ficado leque de atividades habi-

tualmente participadas por largas centenas de habitantes.

Associações e instituições de solidariedade social do concelho do Barreiro também ‘abraçam’ esta ideia e acolhem dentro de portas as mais variadas atividades.

Exposições, gastronomia, de-bates, caminhadas, jogos tradicio-nais, teatro, ações de sensibiliza-ção, aulas abertas e matinés estão reunidos num único programa que decorre até ao final do presente mês de setembro.

O município aprovou na reunião pública do dia 17 a abertura de dois concursos

públicos internacionais na área da manutenção do espaço público, como forma de fazer face às necessi-dades dos seus munícipes e à manu-tenção da qualidade de vida das populações.

Foi aprovado, com três votos a favor do PS, duas abstenções do PSD e dois votos contra da CDU, a abertura de um concurso para a celebração de contrato de aquisi-ção de serviços de manutenção de espaços verdes na União de Fre-guesias de Montijo e Afonsoeiro; na União de Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia e na Fre-guesia de Sarilhos Grandes.

A abertura deste procedimen-to prende-se com a necessidade da Câmara conseguir executar ade-quadamente a manutenção e con-servação das áreas verdes nas fre-guesias referidas que tiveram um aumento significativo devido ao crescimento imobiliário nesta zona. O concurso tem um encargo total de 750 mil euros anuais e a dura-

ção de três anos. Com a mesma votação, foi tam-

bém aprovado a abertura de um concurso para a aquisição de ser-viços de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos, manu-tenção e lavagem de contentores na Freguesia de Canha e na União de Freguesias de Pegões.

Esta situação prende-se com a

necessidade de assegurar uma boa qualidade de serviço às populações do concelho, nomeadamente à po-pulação da zona Este, onde a Câ-mara não dispõe de recursos pró-prios para a realização direta dos serviços de recolha e transporte de resíduos sólidos. O concurso tem um valor total de 320 mil euros e é executado durante 3 anos.

DR

Montijo reforça manutenção do espaço público

Melhorar a qualidade de vida das populações é a intenção do município

Alcácer conserva riquezas do passado

A LIMPEZA da estação ar-queológica da Fonte Santa, no Torrão, que pôs a descoberto um complexo termal associa-do a uma villa romana, vai du-rar mais uma semana.

A intervenção, a cargo da equipa do gabinete de arqueo-logia, destina-se a conservar as estruturas daquele núcleo dos séculos I /V d. C. Durante as es-cavações feitas na construção do novo Centro Escolar, fica-ram à vista vários tanques e par-te de um mosaico ainda não es-cavado na íntegra. No interior de um dos tanques foram des-cobertos três enterramentos, o que corresponde a uma práti-ca bastante frequente depois do abandono de um espaço.

INICIATIVAS

Sons de Almada Velha

Dia do Coração

Arte ao ar livre

Casa da Cultura em festa

Peripécia atua em Palmela

O “Livre Arte ao Ar Livre” tem lugar este sábado, das 15 às 20 horas, na Galeria Natural (ilha), no parque Catarina Eufémia, no Barreiro, no âmbito da ini-ciativa “A Escola Somos To-dos Nós” promovida pelo mu-nicípio. Para assinalar o arran-que do ano letivo, vários ar-tistas barreirenses vão dar cor-po a esta iniciativa que pre-tende evidenciar a harmonia entre a natureza e diferentes tipos de arte.

De 27 de setembro a 26 de outu-bro regressa o festival “Os Sons de Almada Velha” às igrejas do centro de Almada e Cacilhas. Aos sábados, a partir das 19 horas, pode assistir a concertos de mú-sica europeia da primeira me-tade do século XVII. Uma opor-tunidade única para conhecer melhor parte do património re-ligioso do concelho.

O Dia Mundial do Coração é as-sinalado no Seixal, este domin-go, das 9 às 12.30 horas, no par-que da Quinta dos Franceses, com uma aula aberta de aeró-bica, várias atividades despor-tivas e o passeio Família pelo Coração, ao longo da zona ri-beirinha. O município volta a associar-se à data e a promo-ver atividades físicas e de sen-sibilização da população para a importância de um estilo de vida saudável.

A Casa da Cultura, em Setúbal, assinala o 2.º aniversário a 3 e 5 de outubro com exposições, con-certos, palestras e tertúlias. O es-paço foi inaugurado a 5 de ou-tubro de 2012, na sequência da requalificação de um edifício histórico. Conta com centros de documentação, espaços para concertos e produção musical e para as artes plásticas, áreas multiusos e zonas de lazer.

Este sábado, às 16 horas, o tea-tro S. João, em Palmela, recebe o Peripécia Teatro, que apresen-ta o espetáculo “A Cores”. Não perca um conjunto de histórias, que pretendem tocar, de forma poética e divertida, assuntos hu-manos e universais. Trata-se de um espetáculo visual com ele-mentos de grande interesse, para os públicos infantil e adulto, onde os protagonistas são as cores.

POLÍTICA

12 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

«Resultados não me surpreendem»Ficou surpreendido com o re-sultado desta Sondagem?RICARDO RIBEIRO (RR)Antes demais deixe-me dizer--lhe que sondagens são sonda-gens... em eleições não nem der-rotados, nem vencedores ante-cipados... o voto real é que con-ta... dito isto.. Sinceramente não!... Antes, fiquei surpreendido com o bom resultado dos candidatos afetos ao António Costa nas elei-ções para as Federações como foi o caso da eleição da Ana Ca-tarina para Presidente da Fede-ração do Distrito de Setúbal.Quanto aos resultados desta Son-dagem eles não me surpreen-dem, pois, tratando-se de elei-ções primárias, (das quais tenho duvidas sobre a conformidade estatutária das mesmas) elas per-mitem a participação da socie-dade civil, assim sendo, refletem o seu pensamento e opção... hoje é um dado adquirido que o elei-torado maioritariamente opta por António Costa e isso reflete--se aqui!

Esta Sondagem tem uma dife-rença em relação a todas as que têm sido apresentadas... quer explicar?Sim... esta Sondagem, foca-se no publico alvo destas Primárias... Militantes e Simpatizantes, ao contrario de outras que a “amos-tra” é o “eleitorado geral”.

Porque tem duvidas sobre a legalidade das Primárias?RRPorque houve uma rejeição das mesmas em Congresso Nacio-nal e portanto, na minha modes-ta opinião, só em Congresso po-deriam ser marcadas... aliás, acho que o António José Seguro, po-deria ter resolvido tudo isto com o Congresso Nacional Eletivo...

Do extrato da Sondagem, fica claro que as classes Médias e Médias Altas têm menos ape-tência para a participação nas Primárias...Acredito que sim... essas classe são menos sensíveis à realidade social que vivemos, além de que

identificam-se menos com a Dou-trina do Socialismo Democráti-co que o PS defende.

Um outro aspeto que se perce-be é que os apoiantes de Antó-nio José Seguro, demonstram mais empenho em ir votar...

É verdade... os dados apontam isso e os apoiantes de Antonio Costa, deveriam estar preocu-pados com isso, pois apesar da difença entre um e outro ser enor-me a favor de António Costa, a verdade é que a diferença pode encolher pela abstenção, pelo que, na minha opinião António Costa deve direcionar o seu dis-curso para motivar os seus elei-tores-simpatizantes a irem vo-tar!

Mas na sua opinião qual a razão desta “nuance”?Acredite que não tenho uma ex-plicação... mas se calhar... mas se calhar são os que mais têm a per-der, ou... a ganhar... (risos)...Depois das eleições, como vai ser?Bom, depois terá de haver um período de “trabalho” e de afir-mação da “Nova Direção”, seja ela qual for (Seguro ou Costa), e quem perdeu deixar o Partido fazer o trabalho politico de opo-sição ao PSD.

Acredita que o resultado vai ser o que esta sondagem apresen-ta?Sim... embora ache que pode ha-ver alguma variação para cima ou para baixo... mas acho que o António Costa, para o bem do PS e de Portugal vai vencer as eleições!

A opinião de Ricardo Ribeiro

Mariana Aiveca, do BE, preocupada com o despejo de 41 famílias em Azeitão, que já pagaram as casas por completo, pergun-tou se o Ministério do Ambiente tem co-

nhecimento deste caso, das posições to-madas pelo IHRU no processo, e da situa-ção dos moradores. Quer saber que medi-das serão tomadas para evitar os despejos.

Ao longo deste domingo, dia 28, no Barrei-ro, a partir das 9 horas, decorrem várias iniciativas que vão desde a caminhada, al-moço, conversas e jogos tradicionais. A ini-

ciativa insere-se no programa comemo-rativo dos 40 anos do 25 de Abril promo-vido pelo município e pelas freguesias, a decorrer até 6 de dezembro deste ano.

Bloco preocupado com despejos em Azeitão Barreiro celebra 40 anos do 25 de Abril

Estudo de opinião - Digital4ActionEleições primárias do partido socialista

Quem?Homens & Mulheres

57% Homens43% Mulheres

Com mais de 18 anos8% entre 18 e 24 anos29% entre 25 e 34 anos33% entre 35 e 44 anos16% entre 45 e 54 anos10% entre 55 e 64 anos4% com mais de 65 anos

100% Militantes ou Simpatizantes do PS

Onde?

32% Grande Lisboa17Centro9% Inte% Grande Porto17% Litoral Norte15% Litoral rior Norte9% Sul

Como? CAWI*(Computer Aided Web Interwiew)

Quantos?443 entrevistas(margem de erro amostral de 4,7% com um intervalo de confiança de 95%)

Duração do questionário? 5 minutos

Quem?Homens & Mulheres

57% Homens43% Mulheres

Com mais de 18 anos8% entre 18 e 24 anos29% entre 25 e 34 anos33% entre 35 e 44 anos16% entre 45 e 54 anos10% entre 55 e 64 anos4% com mais de 65 anos

100% Militantes ou Simpatizantes do PS

Onde?

32% Grande Lisboa17Centro9% Inte% Grande Porto17% Litoral Norte15% Litoral rior Norte9% Sul

Como? CAWI*(Computer Aided Web Interwiew)

Quantos?443 entrevistas(margem de erro amostral de 4,7% com um intervalo de confiança de 95%)

Duração do questionário? 5 minutos

27

26

27

21

Estou seguro que irei

Estou a pensar em ir

Não sei se irei ou não

Não irei

A B C1(xxx) (xxx) (xxx)

29 23 29

31 24 24

24 26 34

16 27 13

II Quais as Intenções de voto para as próximas eleições pri-márias do PS?

1 Quais as intenções de voto?

2 Quem o candidato favorito?

7

93

Militantes

Simpatizantes

PRINCIPAIS RESULTADOS

I quem são os militantes/simpa-tizantes do partido socialista em portugal?

1 Militantes vs. Simpatizantes?2 Quem são?

Intenção negativa

73

32

31

12

14

14

Ainda não me decidi em quem iria votar

Não posso/não quero

Nenhum dos candidatos me agrada

Outra razão

Não sei

Porquê?

% Afinidade com o PS Intenção de ir votar?

INTENÇÃO DE VOTOS

% Intenção positiva - que candidato

53

3215

Não sei

57

22 22

27

26

27

21

Estou seguro que irei

Estou a pensar em ir

Não sei se irei ou não

Não irei

● Dentro dos que demonstram uma intenção positiva em ir votar, António Costa será o candi-

dato eleito.● A notar que A. José Seguro ganha significativamente intenções de votos com os que segu-

% Candidato favorito

Não sei

62

22 17

Foi identificada uma fraca intenção de voto por parte do eleitorado:● nomeadamente das classes socias Média (C1) e Média/Alta (B) são aquelas que manifestam menor interesse em votar;● As principais razões apontadas para uma reduzida intenção de voto são, essencialmente o desinteresse e a dúvida em rela-ção ao candidato.

António Costa aparece como sendo o candidato vencedor das eleições primárias do Partido Socialista Português● Dentro dos que irão votar, é o candidato que reúne as maiores intenções de voto;● Os apoiantes do António José Seguro manifestam uma maior firmeza nas intenções de voto no seu candidato.

CONCLUSÕES

Estreamos nesta edição uma parceria com a reputada empresa DIGITAL4ACTION, especializada, entre outras atividade, estudos de opi-nião. A oportunidade ve-rificou-se com as primárias socialistas, que decorrem este domingo, e juntam, pela primeira vez, militantes e simpatizantes na escolha de um candidato primeiro--ministro de uma força par-tidária.

Convém sublinhar que o referido estudo de opinião é mais extenso e comple-to, sendo que por razões de espaço e opção editorial não incluimos determina-das variáveis.

Por: Mónica Maia | Digital Project Manager | DIGITAL4ACTION, Lda | Carolina Gonçalves | Marketing Research Manager | DIGITAL4ACTION, Lda

NEGÓCIOS

Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 13

Tomate destruído e gado sem pasto com dias de chuva e calor

A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) exige ser recebida pela ministra

da Agricultura, Assunção Cristas, para apresentar a lista dos prejuízos regis-tados na produção de tomate, por causa do mau tempo. Perderam--se mais de 30 hectares de tomate para a indústria pelos campos dos pequenos e médios produtores de Montijo e Palmela. Trata-se de um sector que chegou a dar trabalho a cerca de 500 pessoas na região, mas que hoje não emprega mais de 30.

Avelino Antunes, dirigente da AADS, sublinha que o Estado tem obri-gações para com os cidadãos e «não pode só ter obrigações, nem sequer devia ter, com uma oligarquia finan-ceira que é a banca». Pelo que, avisa, «O Governo nem precisa de dizer que não tem dinheiro. Não aceitamos esse argumento. Todos sabemos que, se fosse uma inundação, numa banca

qualquer, apareciam os milhões que fossem necessários».

Para já, os prejuízos não estão totalmente apurados, sendo que a contabilidade está a ser feita, na me-dida do possível, avançando a as-sociação com uma estimativa de perda de entre as 250 e as 300 tone-ladas de tomate.

Paulo Vidas, um dos pequenos produtores afetados pelo mau tem-po em Palmela, exibe no seu terre-no centenas de quilos de tomate já podre. «Nem consegui entrar na ter-ra para tentar salvar alguma coisa. Não havia condições e o tomate apo-dreceu depressa com tanta chuva que caiu em Setembro. Tem sido uma luta de quase dez anos para manter o negócio, mas este ano pode ser o fim alerta», garantindo que os seguros não dão resposta às neces-sidades dos produtores.

A abundância de chuva que se

tem feito sentir na em pleno mês de Setembro já está a prejudicar o sec-tor pecuário. Pelos campos da re-gião começou a nascer erva, mais atrativa para a alimentação do gado, mas, dizem os produtores, nesta al-tura do ano os bovinos deveriam era de estar a comer pasto, por ter mais proteína. É por isso que os animais se encontram mais magros do que num ano dito normal. A fileira receia perder as pastagens de Inverno.

José Varela, dono de mais de 100 cabeças de gado, sustenta que por causa do tempo quente acompa-

nhado da chuva inesperada do fi-nal do verão, as pastagens germi-nam mais cedo do que é habitual, sendo provável que acabem por se perder, sobretudo se as próximas semanas forem secas e igualmente quentes.

«Os animais deveriam estar ape-nas a comer restolho», sublinha o mesmo dirigente, alertando, ainda assim, que os agricultores terão que começar a estar mais preparados para os fenómenos extremos im-postos pelo clima. Das chuvas mais intensas fora das épocas habituais,

aos períodos de seca prolongados, passando pelas ondas de calor.

As previsões agrícolas do Insti-tuto Nacional de Estatística, em 31 de Agosto, apontam para quebras de produção em praticamente to-das as regiões vitivinícolas, que glo-balmente rondarão os 10% face à campanha anterior. As humidades de Agosto promoveram o apareci-mento de míldio, oídio e podridão cinzenta, com reflexos na produti-vidade, na qualidade e nos encar-gos das explorações com tratamen-tos fitossanitários.

No que diz respeito às culturas de primavera/verão, o INE realça que há «alguma apreensão quanto aos efeitos que as condições clima-téricas de Setembro poderão ter na colheita do tomate para a indústria, numa altura (final de Agosto) em que apenas cerca de 50% da produção foi colhida».

Setor, que já chegou a dar trabalho a 500 pessoas, emprega cerca de trinta

Setembro mais chuvoso desde 1931 Setembro é dos mais chuvosos desde 1931 - desde que há registos -, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, sendo que se as previsões de chuva para os próximos dias se confirmarem, este mês será o décimo Setembro mais chuvoso dos últimos 84 anos.

Pub.

Associação de Agricultores diz que o mau tempo é responsável pela perda de 30 hectares de tomate.

NEGÓCIOS

14 Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Câmara de Comércio e Industria Luso-Francesa visitou porto de Sines

UM GRUPO de associados da CCILF - Câmara de Comércio e Industria Luso-Francesa visitou a infraes-trutura portuária de Sines, no pas-sado dia 23.

A comitiva foi recebida no au-ditório da Administração dos Por-tos de Sines e do Algarve, pelo pre-sidente do Conselho de Adminis-tração, João Franco, e pelo dire-tor da ZILS – Zona Industrial e Lo-gística de Sines, Miguel Borralho.

O porto e a ZILS, suas prin-cipais valências e factores de competitividade foram aspec-tos apresentados aos associa-dos da CCILF, que demonstra-ram especial interesse no enqua-dramento do porto de Sines à escala internacional, enquanto que no que diz respeito à ZILS o principal tema abordado foi o estabelecimento de PME no par-que industrial de Sines.

A visita culminou com uma vi-sita técnica aos cinco terminais especializados do porto, onde pu-deram constatar ‘in loco’ a assem-blagem do 8.º pórtico super post--panamax, e à Zona Industrial e Logística de Sines, uma das prin-cipais da Europa, com cerca de 4 200ha.

Produtores queixam-se de menos vendas nas Vindimas AS CONDIÇÕES climatéricas, com duas noites de chuva, fizeram de-crescer as vendas de vinhos nos stan-ds da Festa das Vindimas, em Pal-mela. Contudo, os produtores mos-tram-se satisfeitos com a divulga-ção dos seus vinhos de qualidade no certame mais emblemático da região. O vinho maios vendido foi, no geral, Moscatel de Setúbal.

Filipe Cardoso, enólogo da Si-vipa, admite que a quebra do negó-cio atinja os 20 por cento. O Mos-catel de Setúbal é sempre o vinho mais vendido nas festas. A grande novidade do stand foi o Licoroso de 2005, com um custo de 12 euros, que tem tido «uma excelente aceitação» e que é ideal para acompanhar com «queijo ou sobremesa».

Luís Silva, da Adega de Palme-la, mostrou-se satisfeito com a «promoção» dos seus vinhos nas festas. «É sempre bom o retorno

desta divulgação», vincou. O Vale dos Barris branco foi o néctar mais vendido. O espumante Bruto, lan-çado em vésperas de Natal e que tem sido um «grande sucesso», foi a atracção do stand.

Já Fernando Santana, da Xavier Santana, revelou que o moscatel de Setúbal (lote especial) foi o mais apetecido. «É um vinho de quali-dade que ganhou este ano uma me-dalha de prata no Muscats du Mon-de e é ideal para acompanhar com torta de Azeitão», frisou. No que concerne ao cortejo, a adega mos-trou-se «satisfeito» com a partici-pação, embora reconheça que «já houve cortejos mais bonitos».

Hélder Galante, director da Malo Tojo, admite que a quebra de ven-das do stand ronde os «20 ou 30 por cento» em comparação com 2013. O Moscatel de Setúbal vendeu bem. A empresa, apesar de ter sido con-

vidada, ainda não participou no cor-tejo das Vindimas, por uma ques-tão de «custos e logística».

Ana Maria Lobo, da Casa As-sis Lobo, notou decréscimo «mui-to grande» de público às festas. O Moscatel Roxo esteve no Top e o

Lobo Pink, um licoroso rosé, foi a grande aposta. «Com sabor a fru-tos silvestres, acompanha muito bem com sobremesas», vincou, acrescentando que este ano a ade-ga não entrou no cortejo por uma questão de «redução de custos».

O Moscatel de Setúbal foi o vi-nho mais comercializado pela Ve-nâncio da Costa

Lima. A grande aposta desta ade-ga confirmou, assim, o galardão de Melhor Moscatel do Mundo alcan-çado num concurso em França. Joa-na Vida, porta-voz da empresa, diz que a participação no cortejo foi «positiva» mas que «a continuida-de será avaliada em 2015».

Pedro Simões, da Casa Horá-cio Simões, prevê um decréscimo das vendas entre os 30 e os 40 por cento. Com o Moscatel de Setúbal a ser rei, o Bastardo 2010 foi a apos-ta da empresa para as Vindimas deste ano. «É um vinho licoroso, lançado há cerca de um ano, e vie-mos reforçar a divulgação deste produto, ideal para acompanhar com queijos de pasta mole».

António Luís

A Caetano Auto em Setúbal, Barreiro e Montijo promove este sábado o seu Por-tas Abertas. Junte a família e venha can-tar com o novo Toyota Yaris e divirta-se

também a conhecer a nova geração Toyo-ta Aygo. Aproveite ainda para fazer um check-up gratuito à sua viatura. É ofer-ta da casa.

A ostra está em destaque no festival gas-tronómico a realizar entre 27 de setembro e 12 de outubro em 50 restaurantes de Se-túbal, certame que inclui uma sessão de

cozinha ao vivo e exposição. Durante os 16 dias do evento, os restaurantes participan-tes apresentam ementas com receitas des-te molusco bivalve.

Portas Abertas na Caetano Auto Festival da Ostra em Setúbal

As adegas de Palmela fizeram um brinde às festas das Vindimas deste ano

«O sector da suinicultura é a base económica do concelho»

Semmais - Quais as expectativas que deposita na edição deste ano da Feira do Porco?Nuno Canta – As expectativas são muito elevadas. É um certame mui-to importante para o concelho do Montijo, pela sua componente eco-nómica, o qual tem tido um gran-de sucesso em anos anteriores, do ponto de vista comercial. Tem ha-vido um grande interesse dos ex-positores nacionais e internacio-nais.

Quantos expositores estão este ano na feira e são esperados quantos visitantes?Nós estamos à espera de alguns mi-lhares de pessoas. Quanto ao nú-mero de expositores, devo dizer que

são mais de cem. São bons núme-ros e isso enche-nos de orgulho e de alegria. Não vão faltar as tasqui-nhas para o público provar os pi-téis à base da carne de porco e os vinhos locais.

Há alguma novidade que queira realçar na feira? A grande novidade da feira é a re-trospectiva que é feita aos proble-mas que o sector da suinicultura atravessa e atravessou, ao longo dos tempos. Em particular a situação que tem a ver com a interligação de toda a fileira suinícola, bem como as questões que têm a ver com as dificuldades da crise económica. Uma série de eventos paralelos à feira, nomeadamente seminários e conferências, vão abordar estas pro-

blemáticas da suinicultura.

Qual o peso do sector da suinicul-tura no concelho?É um peso muito grande. Este sec-tor é a base económica do Montijo. No nosso concelho estão instaladas três empresas de grande dimensão de transformação de carnes de por-no, como a Carmonti, STEC/Vapo-ral e o grupo Montalva. São das em-presas mais importantes da Penín-sula e até mesmo a nível nacional. Além disso, existem cerca de 4 a 5 dezenas de suiniculturas espalha-das pelo concelho do Montijo e ter-ras limítrofes. Mas nos anos 70 e 80 já foram centenas. As atuais instala-ções estão apetrechadas de meios de ponta em Portugal.

Estamos a falar de quantos traba-lhadores nestas três empresas?São cerca de duas a três centenas de pessoas que trabalham em cada uma destas empresas. A Carmon-ti prevê alargar em breve as suas instalações e a STEC/Vaporal está também a aumentar a sua capaci-dade de laboração. Prevê-se, com esta expansão, a criação de mais de 120 postos de trabalho, o que é um bom sinal para ultrapassar este cenário de crise.

Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, otimista com Feira

Nuno Canta, edil do Montijo

O edil Nuno Canta, deposita grandes expectativas na 22.ª Feira Nacional do Porco, que decorre até domingo, na Montiagri, com debates e tasquinhas.

António Luís

Assunção Cristas visita a feira do porcoA 22.ª Feira Nacional do Porco, que arrancou ontem, no parque de exposições do Montijo, com as presenças do secretário de Estado da Alimentação e Inves-tigação Agroalimentar, Vieira e Brito, e do presidente do muni-cípio, Nuno Canta.

Assunção Cristas, ministra da Agricultura, irá conhecer ‘in loco’, este sábado, às 10h30, o evento, um dos maiores certa-mes nacionais do sector da sui-nicultura.

Na feira, que prolonga até este domingo, estarão presen-tes mais de duas centenas de em-presas ligadas ao sector da sui-nicultura. O município está, tam-bém, representado com um stand dedicado ao turismo e ativida-des económicas do concelho com o objetivo de demonstrar as potencialidades do Montijo em diversas áreas.

O certame promete ativida-des para todo o tipo de público, como jornadas técnicas e workshops, dirigidos aos em-presários e especialistas do sec-tor, mas também atrativos para o público em geral, como o es-petáculo de Fernando Rocha ou a área das tasquinhas.

DESPORTO

Sábado • 27 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com 15

A Associação de Jovens Diabéticos pro-move, este domingo, a partir das 10 horas, uma caminhada e um passeio de canoa na Lagoa de Albufeira para estimular a acti-

vidade física. De manhã decorre uma ca-minhada pelos trilhos que rodeiam a La-goa de Albufeira e também um piquenique de convívio ao almoço.

Perto de cem participantes são esperados este fim-de-semana, em Alcácer do Sal, em mais uma etapa do BMX Series 214 – Cam-peonato Nacional de BMX Freestyle. O ska-

tepark de Alcácer volta assim a receber uma etapa desta competição com atletas distri-buídos pelos escalões de iniciados, ama-dores e profissionais.

Caminhada e canoagem na Lagoa de Albufeira Campeonato de BMX Freestyle passa por Alcácer

Muito recentemente o Vitória de Setúbal, a merecer justa felicitações, homenageou

em memória um seu futebolista que na cidade do Sado fez furor e gran-jeou alargadas simpatias: Yekini, de origem nigeriana, que a morte ceifou demasiado cedo.

Sua filha, de visita a Setúbal foi o alvo dessa homenagem, que fez lembrar uma boa série de bons fu-tebolistas de raízes africanas que têm passado pelas hostes do Vitória: os irmãos José Maria e Conceição, o inesquecível J.J.- Jacinto João e, mais recentemente, o jovem Vezo e o se-negalês Francois. E podíamos adian-tar mais alguns nomes de menor pro-jecção futebolística.

Essa homenagem ao goleador Yekini, com justificado elogio pós-tumo, deu-nos o mote para falar-mos, elogiosamente, de um cada vez mais ampliado contingente de joga-dores africanos na Europa.

Começando por cá, ao nível da Selecção Nacional, é de lembrar que da recente escolha de Paulo Bento para as exigências do “Eu-ropeu” fizeram parte nada menos do que 6 elementos de raízes afri-canas: William Carvalho, Nani, Éder, Ivan Cavaleiro, e os muitos jovens Bruma e Vezo.

Ainda mais flagrante é o que se passa com a França, próximo adversário de Portugal no jogo par-ticular aprazado para 11 de Outu-bro p.f.

Metade dos seleccionados gau-leses tem origens em países de Áfri-ca, embora nascidos na Europa. No-mes: Sagna, Sacko, Mangala, Evra, Matudi, Pogba, Gomis e Mandala.

Ao nível da classe “Espoirs”, abai-xo dos 21 anos, a França que com-petiu há meses na 41ª edição do Fes-tival de Toulon, defrontando e ven-cendo Portugal (2-1) tinha 10 joga-dores africanos, dois dos quais ru-maram ao Sporting, prometendo boas carreiras – o defesa Sarr e o ata-cante Sacko, ambos de 20 anos.

E já agora refira-se o caso do Sporting B, a competir bem na Divi-são de Honra, com outro bom con-tingente de africanos: Riquicho, Sam-binha, Fokobo, Enoh, Gerson Mar-tins e Alexandre Silva.

É, pois, verdadeiramente notá-vel o contingente de futebolistas afri-canos no âmbito da velha Europa.

Atente-se nessa realidade e faça-se, a propósito, o merecido elogio.

No próximo França-Portugal de 11 de Outubro talvez se defrontem, vis a vis, uma significativa dúzia de “craques” com origens em África. Curioso e a dar que pensar

David SequerraColaborador

O elogio aos africanos

Região é cada vez mais destino para competições desportivas de elite

Até domingo, o campo de golfe do Montado, em Palmela, recebe a Taça da Federação

Portuguesa de Golfe, a segunda competição mais importante da época onde participam perto de uma centena de jogadores mascu-linos e femininos. Entre os atletas presentes na compe-tição destaque para o campeão nacional absoluto, Tomás Silva, do Clube de Golfe do Estoril, e Susana Mendes Ribeiro, do Clube de Miramar, que é também a principal favorita à conquista do título já conquis-tado a época passada.

A existência de um conjun-to significativo de campos de golfe no distrito tem permitido

o crescimento da modalidade na região e, simultaneamente, a qualidade dos mesmos tem le-vado a federação portuguesa a apostar nos designados campos da Costa Azul.

São cada vez mais as com-petições internacionais que têm também lugar na região. Na úl-tima década esse aumento tor-nou-se ainda mais significati-

vo e o distrito come-ça a ser visto também como um destino de turismo desportivo, uma nova aposta quer das autarquias quer

dos operadores.Setúbal recebe desde 2006 a

única etapa europeia da Taça do Mundo de Águas Abertas tendo realizado o apuramento para os Jogos Olímpicos na maratona de águas abertas, em 2012. A prova

traz a Setúbal a elite da natação mundial e é uma das mais parti-cipadas a nível mundial.

No passado fim-de-semana, na Herdade de Vale Sabroso, em Alcácer do Sal, teve lugar o Cam-peonato da Europa de Jovens Ca-valeiros onde participaram 45 conjuntos em representação de uma dúzia de países.

A prova composta pelas mo-dalidades de Dressage, Cross e Saltos de Obstáculos foi ganha individualmente pela alemã Char-lotte Hachmeister e pela Irlan-da, em equipas.

No mês que vem, entre 25 de Outubro e 1 de Novembro, a ca-pital de distrito recebe também o “World Championship Boat An-gling Clubes”, o Campeonato Mundial de Clubes de Pesca Des-portiva Embarcada, onde parti-cipam dezenas de atletas. .

DR

O distrito está na moda do desporto de elite e tem conseguido ser palco de grandes competições nacionais e internacionais. A sua dimensão turística, os novos equipamentos e a localização privilegiada são os grandes trunfos.

Marta David

Provas desportivas animam SesimbraA MARGINAL DE Sesimbra e a Baía da vila voltam a receber, neste iní-cio de Outono, um conjunto de pro-vas desportivas onde se espera a participação de algumas centenas de atletas.

Provas de atletismo, natação e a tradicional regata de aiolas regres-sam ao convívio dos sesimbrenses.

A Corrida de Sesimbra, este do-mingo, às dez da manhã, traz o atle-tismo de novo à Marginal da vila, depois de uma interrupção de qua-tro anos. Com um percurso de dez quilómetros, a prova disputa-se num a zona plana e junto ao mar que, normalmente, é do agrado dos atle-tas participantes.

No mesmo dia, sensivelmente uma hora depois, a Baía de Sesim-bra recebe uma vez mais a Regata de Aiolas, que contará com perto de 30 embarcações de madeira, tí-

picas de Sesimbra. Esta é uma das provas emblemáticas deste ciclo de eventos desportivos especialmen-te pelo caráter das embarcações.

O ciclo de provas desportivas termina no domingo, 5 de outubro, com a Travessia da Baía em Nata-ção, que decorre entre a Praia da Califórnia e a Praia de Ouro, num percurso com aproximadamente 1500 metros. A iniciativa, com mais de 60 anos de história, é uma das mais prestigiadas competições de mar que se realizam em Portugal, e recebe anualmente centenas de na-dadores de todo o país.

Open de Ténis em Cadeira de Rodas até domingo em SetúbalO I OPEN Baía de Setúbal de Té-nis em cadeira de rodas está a de-correr desde quinta-feira no Clu-be de Ténis de Setúbal.

A prova que decorre até do-mingo está integrada no calendá-rio dos 12ºs Jogos do Sado e con-ta com a participação de mais de duas dezenas de atletas em repre-

sentação de nove países.O I Open Baía de Setúbal con-

ta com competições nas varian-tes singulares e pares e é organi-zado parceria do Clube de Ténis de Setúbal, com a Federação Por-tuguesa de Ténis, a Federação In-ternacional de Ténis e a Câmara Municipal de Setúbal.

Entre os vários atletas que marcam presença no open setu-balense destaque para os portu-gueses Carlos Leitão, João Sa-nona, Paulo Santo, João Lobo e Pedro Silva. Entre os atletas es-trangeiros de nomeada contam--se o holandês Berry Korst e o espanhol Alvaro Illobre.

Montado, em Palmela, recebe Taça da Federação Portuguesa de Golfe

Elite mundial da natação, pesca e equitação escolhe região

O golfe é um dos desportos que mais tem atraído grandes provas