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Edição do Semmais de 18 de Julho

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A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

Sábado 18 | Julho | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 864 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

POLÍTICA PÁGINA 8MOTA SOARES GABA TRABALHO DA MISERICÓRDIA DE SETÚBAL NO CATIO ministro da Solidariedade e da Segurança Social visitou o CATI de Setúbal, gerido desde há dois anos pela Misericórdia de Setúbal e ficou «muito satisfeito». O contrato de conces-são deste centro de apoio à terceira idade tem a duração de 20 anos.

NEGÓCIOS PÁGINA 10DISTRITO VOLTA A REGISTAR AUMENTO DE FALÊNCIAS DE EMPRESAS A península de Setúbal faz parte do lote restrito de regiões do país que ainda não conseguiram reduzir o número de falência de empresas. Há mesmo a um aumento de 191 insolvências nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o período homólogo do ano passado.

SOCIEDADE PÁGINA 6ENSINO DO CHINÊS VAI CHEGAR A DUAS ESCOLAS DE ALMADA Apenas duas escolas no distrito vão passar a lecionar mandarim no próximo ano escolar, ao abrigo de um acordo entre o Ministério da Educação e o Instituto Confúcio da Repúbli-ca Popular da China. São 40 alunos. A nível nacional serão 400.

PESCA DA SARDINHA ALERTA VERMELHOOs armadores da pesca artesanal da região estão preocupados com a possibilidade de no próximo ano só poderem capturar 1500 toneladas de sardinha. Dizem que estão a matar a pesca e a gerar pobreza do setor.SOCIEDADE PÁGINA 5

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OPINIÃO

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coorde-nação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98semmais

Barroso imerecidoNeste ano do 40º Aniversário das Conquistas da Revolução dos Governos de Vasco Gonçal-ves, é oportuno retomar os objectivos fundamentais do Programa aprovado pelo VI Congresso do PCP, realizado em 1965 na clandestinidade, definidos no quadro de uma etapa conducente à «Revolução democrática e nacional, consti-tutiva da luta pelo socialismo»: «Destruir completamente o aparelho de Estado fascista e instaurar um regime democráti-co; liquidar o poder dos mono-pólios e promover o desenvolvi-mento económico geral; realizar a Reforma Agrária, entregando a terra a quem a trabalha; elevar o nível de vida das classes trabalhadoras e do povo em geral; democratizar a instrução e a cultura; libertar Portugal do imperialismo; reconhecer e assegurar aos povos das colónias portuguesas o direito à imediata independência; seguir uma política de paz e amizade com todos os povos». É sabido quão cedo a recupe-ração capitalista, latifundista e

imperialista, de que Mário Soares e o PS foram os fautores principais, teve início, ao ponto de, dois anos e meio depois, o PCP já fazer um balanço que identificava «os perigos para a democracia» e a «abertura do caminho para a reacção», mas concluindo taxativamente: «… de todas as frentes foi a da luta anti-imperialista aquela em que menos se avançou, fundamen-talmente pelas cedências, ligações, colaborações e com-promissos com o imperialismo da parte de forças reaccionárias - CDS, PPD, CIP, etc. -, que até solicitam e aplaudem pressões e ingerências estrangeiras» (VIII Congresso). Mas em que exacta medida? É bem provável que tenha sido a célebre frase de Marx do «18 de Brumário de Luís Napoleão» - «Hegel observava algures que todos os grandes factos e personagens da história univer-sal aparecem como que duas vezes. Mas esqueceu-se de acrescentar: uma vez como tragédia e a outra como farsa» - a originária de uma cadeia de

outras até à introdutória, se bem me recordo, de um filme de Costa Gravas (talvez «A Confissão», de 1970), cuja trama resvalava já no próprio percurso direitista do actor principal, Yves Montand: «A história não se repete, gagueja». A votação pelo PS, PSD e CDS-PP do Tratado de Lisboa na Assembleia da República (esco-lha-se um dos anos que se seguem), nesta lógica, não esqueceu ou fez esquecer o Programa do PS do tempo eleitoral segundo o qual o necessário reforço da legitimação democrática do processo de construção europeia deveria implicar, antes da aprovação e ratificação do tratado, um referen-do popular - pelo qual se bateu o PCP - que aquela troikazinha logo mandou às urtigas. À pergunta acima fazemos

seguir: em que anos estamos? 2007? 8?? Ajuda o Durão Barroso de 10 de Julho de 2007, em Estrasbur-go???: «Por vezes gosto de comparar a União Europeia, enquanto criação, à organização dos impérios… mas há uma grande diferença. Os impérios foram habitualmente construí-dos pela força, como um “diktat” impondo do centro a sua vontade aos outros. Agora o que nós temos é o primeiro “império não imperial”» («Portugal e a UE», nº 52, Abril de 2008). Assim caímos, conclua o leitor, na tentação de evocar os últimos acontecimentos na Grécia, porque logo Barroso foi macio telefonando a Coelho para lhe por os pontos nos ii: «Que é isso? - eu é que tive a boa ideia!»

De Geração em GeraçãoA cultura e as tradições populares foram, ao longo dos séculos, grandes “facilitadoras”, quando não coniventes, das muitas formas que a violência assume, em particular a violência doméstica.Os chamados ditos populares, expressões e provérbios que toda a gente conhece e que muitos de nós ainda dizemos, sem consciência aparente do que realmente significam, são parte integrante do nosso património cultural coletivo.Estes provérbios foram passan-do de pais para filhos, de geração em geração, consoli-dando e consentindo práticas agressivas e violadoras da dignidade humana.Expressões como “quanto mais te bato mais gostas de mim” ou “lá em casa manda ela e nela mando eu” continuam a ser encaradas com normalidade por diversos setores da nossa sociedade.Quem nunca ouviu também a célebre “entre marido e mulher não metas a colher”?Estes são alguns exemplos que ilustram, de forma impressiva, a maneira como a igualdade de género era (e, infelizmente, ainda é) vista socialmente.Perdem-se no tempo os conceitos que estas expressões encerram, não fazendo qual-quer sentido, nos dias de hoje, os respetivos conteúdos.

À sua sombra, muitas injustiças foram cometidas, com as vítimas a serem a parte mais fraca, geralmente as mulheres, fazendo objetivamente a apologia do domínio e poderio do chamado “ sexo forte” contribuíram, também, para a resignação e conformismo sociais perante os casos de violência doméstica.A sociedade “aprovou”, por conseguinte, muitos crimes passados, não só, entre quatro paredes, em situações de desequilíbrio de força e poder entre agressor e vítima.O peso e a resiliência social e cultural, que estes lamentáveis exemplos da sabedoria popular, promotores de preconceitos autoritários e machistas, levaram a que a sua erradicação fosse feita de forma muito lenta, pois a mudança de mentalida-des é, como se sabe, um proces-so complexo.Perante esta realidade, a família representava para alguns indivíduos o espaço onde eram vítimas de diversas agressões e não o lugar privilegiado dos afetos e da realização pessoal.Felizmente, a partir da década de 80 do século passado, muito por força de recomendações internacionais e da ação de setores nacionais mais avança-dos (médicos, juristas, sociólo-gos, ONG`s, comunicação social, etc.) a violência domésti-

ca passou a ser encarada como um problema da sociedade que se tornou mais sensível e intolerante face aos comporta-mentos violentos.O ano de 2007 torna-se decisivo e é um marco civilizacional: a lei consagra o crime de violên-cia doméstica que faz hoje parte integrante do Código Penal, no seu art.º 152.Este crime pune o exercício de maus tratos físicos ou psíqui-cos, incluindo castigos corpo-rais, privações da liberdade e ofensas sexuais sobre pessoas com quem se tem uma particu-lar relação, tal como aquele com quem se vive ou viveu ou com quem se namora ou namorou, ou ainda filhos ou pessoas dependentes.O crime consuma-se através de agressões, físicas ou psicológi-cas, que demonstram crueldade, insensibilidade ou vingança por parte do agressor e que ofen-dem a dignidade da vítima, atentando contra a sua saúde emocional e psíquica.Importa notar que este crime é, hoje em dia, punido, desde que

ACTUALIDADES

Lina GonzalezConsultora

seja conhecido das autoridades judiciárias ou policiais, inde-pendentemente da queixa da vítima, prosseguindo o proces-so mesmo contra a sua vontade.Igualmente importante é o facto da denúncia da violência doméstica poder ser feita por qualquer pessoa, abstraindo a sua relação com a vítima, sendo obrigatória para agentes policiais e funcionários públi-cos quando no exercício das suas funções tenham conheci-mento deste crime.Um dos desafios que se colo-cam às Mulheres Social Demo-cratas do Distrito é a sensibili-zação da sociedade, homens e mulheres, para que tome consciência da verdadeira dimensão da questão, a fim de minimizar e erradicar este flagelo da sociedade. O art.º 152 veio pôr termo ao significado da tal lastimável expressão popular “entre marido e mulher não metas a colher”. No pilar de cidadania, passa a valer outra máxima ‘ENTRE MARIDO E MULHER A LEI E A JUSTIÇA METEM A COLHER´.

POLITICA E CULTURA

Valdemar Santos Militante do PCP

Desde a entrada na comu-nidade europeia que a pesca e todo o setor pri-mário tem sido o parente pobre da nossa economia.Durante anos, abateram--se barcos, que engrossa-vam uma frota competen-te, competitiva e relevante para as economias locais e nacional. E na agricultu-ra pagou-se (ainda se paga) para não se produ-zir ou produzir-se aquilo que a PAC – Política Agrí-cola Comum ditava. Estas realidades objeti-vas carregaram o país para baixo, em nome das grandes potências euro-peias, num quadro que se designou de propor-cionalidade, sem ter em conta as realidades espe-cíficas de cada país.A pesca, no caso verten-te, definhou de tal modo, que se perderam milha-res e milhares de homens de mar, numa razia difícil de entender, quando se fala de um país que está entre os dez maiores consumidores de pesca-do do mundo.As chamadas cotas de captura, e as interdições sazonais, são medidas po-sitivas, se forem coerentes. Não o têm sido sempre. Se, com estas políticas abatemos a nossa frota de pesca de alto mar, agora está em risco a pesca artesanal, de costa. É preciso pensar nisto.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

O embate da pesca da sardinha

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

É grande a preocupação entre os pescadores do distrito, depois das notícias que limitam a pesca da sardinha a 1500 toneladas para o próximo ano, segundo o parecer do Conselho Internacio-nal para a Exploração dos Ma-res, que, embora não seja vincu-lativo, é habitualmente seguido pelas autoridades comunitárias. «Se isto for em frente é coisa para matar, de vez, a nossa ativi-dade», avançou ao Semmais Ro-drigo Veloso, armador e pesca-dor da Trafaria, para quem a sardinha «ainda continua a ser uma das mais-valias do setor». Mais: «Já vivemos com tantas dificuldades, não nos arranjem mais uma».

Os limites a dividir por Portugal e Espanha dá 900 toneladas

Daí que os pescadores da região prometam estar atentos, en-

PESCAS CONSELHO INTERNACIONAL PARA EXPLORAÇÃO DOS MARES DÁ PARECER PARA QUE SE CAPTURE APENAS 1500 TONELADAS NO PRÓXIMO ANO

Alerta vermelho na pesca da sardinha

Os armadores da pesca artesanal estão à beira de um ataque de nervos com o anúncio da limitação da captura de sardinha para o próximo ano. Afirmam que estão a «matar» a atividade.

quanto Humberto Jorge, da As-sociação das Organizações de Pesca de Cerco, reforça que «este parecer deve ter sido feito por alguém que está sentado na secretária e que não faz ideia do mal que vai fazer às pessoas», insiste, alertando que as 1500 toneladas são para dividir entre

Portugal em Espanha, cabendo cerca de 60% ao nosso país. «Isso daria 900 toneladas que não alimentavam a nossa pesca durante uma semana», alerta o dirigente. Este ano o limite foi de 16 mil toneladas, sendo que Humberto Jorge assegura que a situação

dos stocks de sardinhas não jus-tifica este alarmismo, embora o parecer do Conselho Internacio-nal para a Exploração dos Mares defenda que a quantidade do peixe jovem de sardinha tem es-tado a diminuir na última déca-da, encontrando-se, atualmente, num mínimo histórico.

A câmara sadina lançou ontem uma nova marca, designada “Setúbal Terra de Peixe”, que procura valorizar a indústria pesqueira da cidade. Para a edil Maria das Dores Meira, «Setúbal é Sado, Bocage, inconformismo e acima de tudo terra de milenares pes-cadores, que merecem que o seu trabalho seja reconhecido e ho-menageado». Assim, segundo a autarca, a aposta nesta marca gastronómica partiu da necessi-dade de valorizar a gastronomia

setubalense, que anualmente atrai 1500 a 2000 visitantes. “Setúbal Terra de Pei-xe” prevê a criação de uma li-nha de merchandising de aventais para serem utilizados pelos comerciantes do Merca-do do Livramento e dos res-taurantes locais. No âmbito do projeto, entre os meses de fe-vereiro e dezembro serão le-vadas a cabo várias aborda-gens gourmet, workshops, sessões de show cooking e ainda ações de sensibilização nas escolas, com o intuito de educar as crianças para a in-trodução do peixe na sua ali-mentação.

A caminho da certificação de origem de pescado de Setúbal

ATIVIDADE DE RESTAURAÇÃO É O PARCEIRO DE PRIMEIRA LINHA DAS CAMPANHAS DE MARKETING

Câmara Municipal de Setúbal lança marca “Setúbal Terra de Peixe”

TEXTO CAROLINA BICOIMAGEM SM

A marca é mais uma tentativa de valorização da gastronomia sadina e da importância da atividade piscatória da cidade. A iniciativa prevê a criação de uma linha de merchandising.

De salientar que uma das principais concretizações da mais recente iniciativa do executivo municipal será a cer-tificação de origem do pescado de Setúbal, nomeadamente do carapau manteiga. Em declara-ções ao Semmais, Elisete Jar-dim, diretora regional de Agri-cultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo considerou «abso-lutamente justificável a atribui-ção desta marca ao concelho, que alberga uma variedade de peixes única no país». Recorde-se que a fase de proteção de origem da espé-cie será da responsabilidade da direção regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, em estreita colaboração com a câmara municipal de Setúbal.

A praia da Adiça, na Fonte da Telha, acaba de ser reconheci-da oficialmente naturista, após decisão da Assembleia Munici-pal de Almada. Na zona, já existia à disposição dos naturistas a praia da Bela Vista, vizinha desta nova estrela das praias a nu. Agora, da Caparica à Fonte da Telha, o concelho de Almada passa a ter duas praias naturis-tas oficiais. Na região de Lis-boa, há ainda uma terceira praia naturista oficial, a do Meco, em Sesimbra. “A prática de naturismo na Praia da Adiça já era tolerada há cerca de trinta anos, pelo que foi entendido proceder à

sua legalização”, resume o Tu-rismo de Lisboa em comunica-do. A Assembleia Municipal de Almada aprovou a decisão nos finais de Junho, após positivo do Turismo da Região de Lisboa e da autarquia. Entre as razões apon-tadas para a declaração de praia naturista oficial estão o crescimento da prática de na-turismo a nível mundial e o facto de contribuir para a “que-bra da sazonalidade” na região. O processo de legalização da praia da Adiça, informa a Fede-ração Portuguesa de Naturis-mo, começou em Setembro de 2014 “com os primeiros pedi-dos de reuniões”.

Praia da Adiça, na Fonte da Telha, ganhou estatuto de naturista

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SOCIEDADE

ENSINO PROTOCOLO CELEBRADO ENTRE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E INSTITUTO CONFÚCIO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

Chinês só chega a escolas de AlmadaTEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO CAROLINA BICOIMAGEM SM

TEXTO RITA MATOSIMAGEM PATRÍCIA OLIVEIRA

Duas escolas de Almada vão ser os únicos dois estabelecimentos de ensino do distrito que irão re-ceber aulas de mandarim no próximo ano letivo, beneficiando cerca de 40 alunos, de acordo como protocolo celebrado esta semana entre o Ministério da Educação e o Instituto Confúcio da República Popular da China. De acordo com o mesmo do-cumento, os professores serão chineses e vão contar com o apoio de oito instituições portu-guesas de ensino superior para ensinar os estudantes do 10.º ano que queiram aderir ao projeto--piloto, permitindo aprender mandarim como língua estran-geira. O ministro da Educação e Ci-ência, Nuno Crato, o Embaixador da República Popular da China em Portugal, Huang Songfu, e re-presentantes das cinco universi-dades e três institutos politécni-

O acordo abrange cerca de 40 alunos e os professores serão chineses. Os especialistas afirmam que num ano se domina a língua mandarim, atualmente a mais falada no mundo.

Noites de verão do SummerSpot animam o Forum Montijo

Sequestrou idoso e foi detido seis meses depois no Montijo

INart’s continua a encher de arte as ruas de Pinhal Novo

Entre os dias 18 de julho e 12 de setembro, o Fórum Montijo irá transformar-se numa grande es-planada de verão animada por várias atuações de DJ’s conheci-dos, músicos e humoristas. Este sábado marca o início do pro-grama, que contará com a pre-sença do reconhecido DJ Pedro Cazanova, às 21h. Localizado na esplanada ex-terior do centro comercial, o novo spot vai estar aberto todos os dias, a partir das 16h. Ao lon-go dos meses de verão, as sex-tas-feiras e os sábados serão ainda ocupadas com as perfor-

A forte e crescente adesão por parte dos jovens artistas está a levar ao prolongamento do INart´s, uma iniciativa organiza-da pelo grupo Os INdiferentes”, como o apoio da Camara de Pal-mela e da EDP Distribuição, e que leva a arte urbana às ruas de Pinhal Novo. Assim, o INart’s vai continua a animar e a embelezar as ruas de Pinhal Novo graças ao núme-ro elevado de interessados em participar, e à necessidade de fa-zer alguns intervalos “INespera-dos” devido à época de exames escolares que ainda está a de-correr. Deste modo, as “telas” utili-zadas pelos pintores – as caixas de eletricidade da EDP Distribui-

Os três homens suspeitos de te-rem sequestrado um idoso no seu próprio automóvel, que vi-riam a agredir e a roubar, duran-te uma viagem de quase 400 quilómetros, entre Vila Real e Fernão Ferro (Seixal), estão em prisão preventiva, após a deten-ção agora do último elemento do trio, de 30 anos, a zona o Montijo. Os suspeitos respon-dem pelos crimes de sequestro, roubo agravado e dano. O caso remonta a 5 de Janei-ro e acabaria por alcançar me-diatismo no país, ao ter gerado alarme social na localidade de Justes (Vila Real). A vítima, de 69

mances de humoristas, como António Raminhos, Francisco Menezes e algumas bandas con-vidadas. Para o dia 25 de julho, os visi-tantes poderão assistir a um mo-mento de stand-up comedy com Francisco Menezes e no dia 1 de agosto, com o vlogger António Raminhos. A 8 de agosto, a músi-ca segue com Berg, vencedor da última edição do programa Fac-tor X. Nos dias 15, 22 e 29 de agosto, será a vez dos DJ’s Caro-lina Torres, Fernando Alvim e Isabel Figueira animarem as noi-tes quentes. No dia 5 de setem-bro, Eduardo Madeira será o hu-morista da noite, sendo que o mês encerrará a 12 de setembro,

cos envolvidos no processo assinaram contratos para que em setembro os alunos possam começar a aprender a língua, sa-bendo-se que o mandarim é atu-almente a língua mais falada em todo o mundo e uma das mais difíceis de aprender.

Projeto nacional vai chegar a 21 escolas e 400 alunos

«Um ano não é suficiente para dominar a língua”, sublinhou Huang Songfu, acreditando, con-tudo, que o mandarim poderá revelar-se uma ajuda para os jo-vens: «os que dominam bem a língua chinesa terão mais facili-dade de manter contactos com amigos chineses». O projeto é nacional, pela que vai chegar a um total de 21 escola se 400 alunos, sendo que noutros países europeus os go-vernos também celebraram

protocolos semelhantes com o Instituto Confúcio, mas acaba-ram por suspender o acordo por considerarem que havia um controlo por parte do governo chinês sobre os alunos e maté-rias ensinadas.

Nuno Crato garantiu que «não há controlo absolutamente nenhum por parte do Governo. Nós temos falado sobre isto e es-tes professores vêm ensinar mandarim», sustentou o gover-nante.

anos, esperava ser atendida numa oficina que foi surpreendi-da pelos três indivíduos que se apoderaram da sua viatura. Obrigaram o homem a entrar no carro, que conduziriam em dire-ção ao sul do país, para percor-rerem mais de 400 quilómetros, mantendo o idoso sob ameaça para o forçar a entregar-lhes di-nheiro. Numa paragem em Macedo de Cavaleiros, os indivíduos vi-riam a realizar o primeiro levan-tamento de 400 euros, enquanto numa segunda operação levan-taram mais 400. Pelo caminho, os assaltantes ainda realizaram

outras tentativas de obter di-nheiro via Multibanco, mas sem êxito, uma vez que o plafond do cartão ficaria esgotado logo no primeiro dia. O trio procurou aguardar pelo dia seguinte (6), mas já não conseguiria fazer mais levanta-mentos, acabando antes por li-bertar o homem, embora lhe ti-vesse levado o carro. A vítima ficou a pé e longe da localidade mais próxima (Fernão Ferro). Os suspeitos viriam a abandonar o automóvel na zona da Moita, onde foi encontrado carboniza-do. Apesar das horas de pânico, a vítima encontrava-se bem.

com o concerto de D8, também finalista do formato de talentos da SIC. Recorde-se que nos domin-gos ao final da tarde, a iniciativa prevê a realização de provas de degustação dos produtos regio-nais.

ção – vão continuar a ser pinta-das durante o mês de julho. Os INdiferentes – associação juvenil sediada em Pinhal Novo e que tem como principal objecti-vo sensibilizar os jovens pinhal-novenses para questões sociais e culturais – contam terminar esta acção maciça de arte urbana em agosto, com a pintura de um posto de transformação da EDP Distribuição e com a apresenta-ção das obras e dos seus autores à entidades apoiantes. Paralelamente, Os INdiferen-tes têm promovido actividades como, por exemplo, uma viagem ao Buddha Eden Garden (Bom-barral), no passado dia 11, em que conseguiram preencher de jo-vens um autocarro de 50 lugares. Num futuro próximo, Os INdi-ferentes pretendem organizar mais caminhadas, que até podem ser te-máticas, e um torneio de Futsal.

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SOCIEDADE

INICIATIVA DESFILE NOTURNO DE HOJE SERÁ PONTO ALTO DA INICIATIVA “SAMBA NA AVENIDA”

Carnaval de Setúbal regressa hoje no “sambódromo” da Luísa TodiTEXTO CAROLINA BICOIMAGEM SM

Inserido na Feira de Verão, que decorrerá entre os dias 16 e 19 de julho, o Samba na Avenida – Carnaval de Verão regressará hoje a uma das principais arté-rias da cidade de Setúbal, com um grande desfile noturno de escolas de samba, grupos carna-valescos e trios elétricos. Organizado pela Associação de Carnaval e Outros Eventos de Setúbal (ACOES), em estreita co-

Escolas de samba, grupos carnavalescos e trios elétricos vão animar a principal avenida sadina. De noite… para animar as gentes.

laboração com a câmara de Se-túbal, «o evento de entrada livre pretende animar a noite da Ave-nida Luísa Todi e valorizar as coletividades dos concelhos vi-zinhos», segundo afirmou ao Semmais, Pedro Pina, vereador da cultura da autarquia. O orça-mento do evento rondará os 23 e os 25 mil euros, contando com uma contribuição de 20 mil eu-ros dada pelo executivo munici-pal, ainda que os valores defini-tivos não se encontrem fechados. Com especial incidência no fim de semana, o programa de sábado do ‘sambódromo setu-balense’ arrancará às 22h, com o desfile dos foliões e terminará à 01h00 com um baile animado por Hélder Afonso. Para ama-nhã, está também prevista a rea-lização de um baile de verão en-tre as 22h00 e a 00h00, dinamizado por João Tendeiro. Deste modo, nos dois dias o lado poente da Avenida Luísa Todi, que servirá de palco ao festival será cortado ao trânsito, sendo que a partir das 21h45, nas

restantes áreas circundantes será também vedado o acesso a automóveis. Registando um ligeiro au-mento de participantes face ao ano passado, o encontro contará com a participação das escolas de samba Unidos Vila Zimbra, Trepa no Coqueiro, Saltaricos do Castelo, Gres Bota no Rego, Ba-tuque do Conde, Costa Prata e o Trio Elétrico Tripa Associação. De relevar que este ano se junta-rá uma nova escola de samba à apresentação, uma associação originária de Ovar, que já rece-beu um prémio nacional, no âm-bito da arte do samba.

Vereador promete reforçar iniciativas em época de frio

Contudo, ainda que a iniciativa acolha todos os anos um consi-derável número de visitantes, é de salientar que na época pró-pria de Carnaval, a cidade carece de iniciativas que se adequem à quadra festiva. Em resposta a essa limitação, Pedro Pina des-

taca a instabilidade climática verificada nesses meses de in-verno, o corte do feriado do En-trudo pelo Governo e ainda os acrescidos investimentos leva-dos a cabo pela câmara para a implementação de «um corso de Carnaval de qualidade». Ainda assim, o autarca dei-xou em aberto a possibilidade de realização de eventos alter-nativos nessa época mais fria do ano. «Estamos disponíveis para

articular com as instituições da cidade e pensar em atividades para essa altura mais delicada do ano, como por exemplo a maior concentração de palhaços do mundo ou a eleição dos reis do Carnaval», concluiu. Recorde-se que o evento de-correu o ano passado na rua Jai-me Rebelo, em virtude das obras de requalificação do Largo José Afonso e de toda a área envol-vente.

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POLÍTICA

SOCIAL MINISTRO DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL VISITOU CENTRO DE APOIO À TERCEIRA IDADE DE SETÚBAL

Pedro Mota Soares mostra-se satisfeito com a gestão da Santa Casa da MisericórdiaTEXTO CAROLINA BICOIMAGEM SM

Em visita às instalações do Centro de Apoio à Terceira Ida-de (CATI), Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Em-prego e Segurança Social sa-lientou que «os objetivos do go-verno para as parcerias estabelecidas com as institui-ções do setor social foram cum-pridos», felicitando Cardoso Ferreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia pelo su-cesso da gestão. Em declarações ao Semmais, o provedor da instituição mos-trou-se satisfeito com a consta-tação do membro do executivo, afirmando que «esta prova de confiança proveniente do Go-verno foi naturalmente acolhi-da com grande simpatia por parte dos dirigentes e gestores da Misericórdia». Durante o seu discurso, Pe-dro Mota Soares reforçou ainda a importância de instituições como a Santa Casa da Miseri-

Dois anos depois da celebração do con-trato de comodato, que entregou à Santa Casa da Misericórdia de Setúbal a gestão do equipamento social anteriormente da responsabilidade da Segurança Social, Mota Soares visitou as instalações do lar da cidade e fez um balanço positivo do trabalho efetuado até agora.

córdia de Setúbal para «a me-lhoria dos cuidados prestados, nomeadamente no apoio técni-co e medicamentoso para pes-soas dependentes e doentes neurológicos». Para além de Cardoso Fer-reira, estiveram também pre-sentes no encontro, D. Gilberto Canavarro dos Reis, bispo de Setúbal, Ana Clara Birrento, di-retora do Centro Distrital de Se-gurança Social (desde esta se-mana presidente do Instituto da Segurança Social), a diretora do CATI, bem como técnicos e co-laboradores da Santa Casa da Misericórdia. Situado na Estrada das Ma-chadas, o CATI serve atualmen-te 78 utentes em regime resi-dencial, 40 em apoio domiciliário e quatro em centro de dia. Como valências princi-pais dispõe de alojamento tem-porário de emergência para cinco utentes e fornece 100 re-

feições diárias, no âmbito do programa de emergência ali-mentar. Recorde-se que o contrato

de concessão e gestão da insti-tuição foi assinado em dezem-bro de 2013 e tem a duração de 20 anos.

O que vale mais? A palavra do poder ou poder da palavra?Estamos a pouco menos de três meses dos portugueses serem chamados a exercer o seu direito e dever cívico num ato eleitoral, com particularida-de de neste momento chegar-mos ao fim de uma legislatura difícil, séria, empenhada e com enormes sacrifícios por parte de todos os portugueses. Obvia-mente, que se pressente um resultado favorável para quem governou o país nos últimos quatro anos.Em 2011, as opções eram entre o bem e o mal. Em 2015, estamos perante o previsível e consoli-dado de um lado e desempe-nhado pela confiança na “Coligação” e no lado oposto o imprevisível e o irreal onde se agrupa a oposição parlamentar vinda da esquerda política.

Como habitualmente, a personificação da campanha eleitoral acontecerá entre duas personalidades bem diferentes: Pedro Passos Coelho tem a palavra do poder, porque tem dado mostras da prudência presente para que o futuro não seja incerto. O atual Primeiro--ministro depois de conhecer os dossiers e saber a base de partida governativa tem honrado os compromissos que assume, com a honestidade política que os cidadãos gostam percecionar nos agentes políticos. No líder socialista existe uma excelente retórica do discurso, no que é comum dizer-se “vende bem a banha da cobra”, falta a competência para exercer o poder real e consolidar o

crescimento económico de Portugal.A geração mais nova do eleitorado acompanha a política de uma forma completamente diferente daquela que muitos dirigentes se habituaram a viver. Afirmamos isto pelo seguinte: o modelo de fazer politica ainda tem muitas práticas com origem no século XIX onde a comunicação se fazia pelos jornais, até aos dias hoje surgiu a importância das rádios e mais tarde as televi-sões, hoje nenhum candidato eleitoral pode descurar a dinâmica do digital e rapidez como a comunicação / infor-mação circula. Dito isto, hoje há uma preponderância de intervenientes com poder da palavra, no entanto a consolida-

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

Zeferino BoalConsultor da Sitel Portugal

ção da ação governativa faz-se pela palavra do poder.Muitos fatores contribuíram para alteração destas caracte-rísticas exigidas aos agentes políticos, mas sem sobra de dúvida o peso de contas certas e equilibradas dos Estados ou no caso concreto de Portugal é de enorme relevância. E nesta avaliação a visão objetiva dos resultados económicos e financeiros não permite dizer e agir com desejos do tipo:

“gostaria que fosse deste modo….”, ao invés a folha de Excel não deixa pintar os quadros de cor-de-rosa.Avizinham-se excelentes debates entre os dois eixos bem diferentes: o pragmatismo e o irrealismo, entre o poder da ação em fazer e corrigir e o ação do poder para que outros corrijam.Hoje, os portugueses saberão fazer a escolha certa na “palavra do poder”!

LEGISLATIVAS ANA CATARINA MENDES (PS), MARIA LUIS ALBUQUERQUE (PSD/CDS) E FRANCISCO LOPES (CDU) SÃO CABEÇAS DE LISTA

Forças políticas com poder eleitoral já escolheram candidatos e mantêm principais deputadosAna Catarina Mendes, pelo PS, Maria Luís Albuquerque, pela coli-gação PSD/CDS-PP e Francisco Lopes, pela CDU, são os cabeças de lista pelas forças políticas com po-der eleitoral para eleger deputados pelo Círculo de Setúbal. Os socialistas apresentam uma lista de paridade total, com 50 por cento de mulheres e de ho-

mens, sendo que para além de Ana catarina Mendes, líder da fe-deração, cabem ainda Eurídice Pereira e Catarina Marcelino, en-tre os cinco primeiros. Em segundo lugar é também reconduzido Eduardo Cabrita que já integrou diversos gover-nos socialistas. E há ainda dois lugares a indicar pelo secretário-

-geral do PS, nomeadamente as 4.ª e 7.ª posições. As fontes socia-listas reafirmam ter a expetativa de eleger seis a oito deputados. A coligação reunia ontem à noite a Assembleia Distrital para definir as primeiras investidas. à hora de fecho desta edição, o nome mais cogitado para liderar a lista era o da ministra das Finanças,

Maria Luís Albuquerque, indicada pela Comissão Nacional. O segun-do lugar, ao abrigo do acordo entre a coligação, deverá ser ocupado por Bruno Vitorino, líder da distri-tal do PSD, e o terceiro por Nuno Magalhães, líder, respetivamente do Grupo Parlamentar centrista e da distrital do CDS-PP. A lista ficará fechada até 31 deste mês.

A CDU, por seu turno, reconduz Francisco Lopes, como cabeça de lista, e também os três seguintes lu-gares: Paula Santos, Heloísa Apoló-nia (PEV) e Bruno Dias. O quinto lugar é ocupado pelo ex-vereador da Câmara de Setúbal, Rui Higino e o sexto por Margarida Botelho, res-ponsável pela Direção da Organi-zação Regional de Setúbal do PCP.

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No primeiro seminário sobre Empreendedorismo do Mar do Distrito de Setúbal, promovido pela associação MAR7, o Secre-tário de Estado, Manuel Pinto de Abreu, falou sobre a estratégia nacional para o mar, apoiada pela Comissão Europeia para os assuntos do mar. «Esta é uma es-tratégia que está aberta à mu-dança e que precisa do contribu-to de todos os portugueses para poder colmatar as suas insufici-ências». A estratégia nacional para o mar assenta no desenvolvimento de projetos relacionados com to-das as áreas ligadas ao sector marítimo, com destaque, para as pescas. «Mais de 70 por cento dos projetos são dirigidos ou têm algo a ver com as pescas e os pescadores», afirmou o Secretá-rio de Estado. O governante falou ainda so-bre a Lei de Bases de Gestão e Ordenamento dos Espaços Ma-rítimos, cuja regulamentação está a ser finalizada. «Uma lei de bases que tem insuficiências, que pode se melhorada, mas que existe e que está já hoje a ser co-piada a nível internacional», as-segurou. Manuel Pinto de Abreu su-blinhou ainda que uma das principais dificuldades prende--se com o licenciamento, um processo que «deverá ser agili-zado, para que se torne mais célere».

Distrito assiste ao aumento de falências em relação ao ano passado

A península de Setúbal está entre o lote restrito de regiões do país que ainda não conse-guiram reduzir o número de falências de empresas, assis-tindo a um aumento nos pri-meiros seis meses face a igual período de 2014. Setúbal soma 191 insolvências, mais 6,11% do que no ano passado, quando a região atingia as 180 empresas que bateram com a porta. Ain-da assim, regista-se uma redu-ção face às 207 falências de 2013. Os números que confirmam que há cada vez menos empre-sas a pedir falência pelo país – exceto em Setúbal, Portalegre, Braga e Vila Real – traduzindo um recuo de 8,4%, são do Ins-tituto Informador Comercial (IIC), uma consultora de ges-tão de crédito que faz o cálculo diário de insolvências de em-presas e singulares, através

NEGÓCIOS

ASSOCIAÇÃO MAR7 PROMOVEU 1º SEMINÁRIO SOBRE EMPREENDEDORISMO DO MAR DO DISTRITO DE SETÚBAL

Chamar negócios ao porto de Setúbal e apostar tudo na nossa economia do marTEXTO RITA MATOSIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORES

A escolha de um local para imple-mentar o negócio, o tipo de financia-mento e a obtenção dos licenciamentos foram temas em destaque no primeiro seminário sobre Empreendedorismo do Mar do Distrito de Setúbal organizado pela associação MAR 7. A iniciativa contou com presença do Secretário de Estado do Mar.

Despertar sociedade civil para o empreendedorismo

«Este primeiro seminário teve como principal intuito despertar a sociedade civil para a necessi-dade de sermos nós, enquanto cidadãos destinatários das deci-sões políticas, mais empreende-dores no que toca à economia do mar», afirmou o presidente da MAR7, Paulo Ribeiro. Vítor Cadeirinha, presidente da APSS, frisou que, muito em-bora nos últimos anos, a APSS tenha contribuído para o desen-volvimento de todas a activida-des existentes no Porto de Setú-bal, este esforço não deverá ser feito apenas pelas entidades pú-blicas. «É fundamental que as pequenas e médias empresas in-vistam e se desenvolvam, pois são elas que depois vão criar emprego e riqueza, e podem ex-plorar adequadamente o que há aqui no estuário». No seminário, a APSS, lançou ainda um desafio aos futuros empreendedores: «No Porto de setúbal não existe nenhum esta-leiro naval para embarcações de pequeno e médio porte. Há mui-tos espaços desocupados e voca-cionados par o exercício da ati-vidade de manutenção e reparação naval e o estaleiro mais próximo de Setúbal locali-za-se em Sesimbra», chamou a atenção Jorge Montalvão, da APSS.

APOIOS COMUNITÁRIOS, FORMAÇÃO DE RECURSOS E CRIAÇÃO DE UM NINHO DE EMPRESAS EM SETÚBAL O Seminário contou também com as intervenções de Carlos Se-rôdio, do Centro de Formação Profissional FOR-MAR, que subli-nhou a necessidade de criar um ninho de incubação de empre-sas em Setúbal, de Francisco Canelas, da Casalmar, que falou sobre a criação das empresas e os fundos comunitários dispo-níveis, de Custódio Coelho, da Aquasacrum, cujo testemunho se centrou no caso de sucesso da ostras de Setúbal, de Elsa ca-brita, da Caixa Geral de Depósitos, que apresentou os princi-pais instrumentos de financiamento para projetos na área do mar, e de Isabel Pinheiro, da Agência Portuguesa do Ambiente, que abordou a questão da escolha de um local para o desenvol-vimento de atividades ligadas ao mar e à orla costeira. A finalizar as intervenções, José Manuel Marques, da DGRM, falou sobre o decreto-lei que desenvolve a Lei de Bases da Polí-tica de Ordenamento e Gestão dos Licenciamentos no espaço marítimo nacional, que vai tornar obrigatório a criação de um balcão único do empreendedor.

dos despachos do Diário da República. Analisando por setor de ativi-dade, há um que se destaca pela negativa: as atividades dos servi-ços de informação. Este setor re-gistou a maior subida percentual de empresas que pediram insol-vência, de 400%, explicada pelo facto de ter passado de apenas uma empresa insolvente em 2014 para cinco este ano.

Comércio a retalho continua a registar no topo das insol-vências

Mas é o comércio a retalho, ex-ceto o de veículos automóveis e motociclos, que continua a ser aquele que apresenta o maior número de empresas a decretar falência. O pódio fica completo com o comércio por grosso, exceto nos veículos automóveis e mo-tociclos e com a promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios) e construção de edifícios.

Em sentido inverso, e pela positiva, estiveram os setores da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio; e da fabricação de artigos de borra-cha e de matérias plásticas, ambas com as maiores desci-das percentuais, de -100% e -83,3%, respetivamente. De acordo com o Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), a insol-vência é um processo de exe-cução universal que tem como finalidade a satisfação dos cre-dores pela forma prevista num plano de insolvência, baseado, nomeadamente, na recupera-ção da empresa compreendida na massa insolvente, ou, quan-do tal não se afigure possível, na liquidação do património do devedor insolvente e a re-partição do produto obtido pe-los credores. Assim, é conside-rado em situação de insolvência o devedor que se encontre impossibilitado de cumprir as suas obrigações vencidas.

No dia em que comemorou um ano de existência no nosso país, a Mecachrome Portugal, empresa francesa especializada no ramo da aeronáutica entregou 12 certi-ficados e diplomas de formação aos colaboradores, que frequen-taram os cursos para obtenção de conhecimentos no domínio de técnicas de produção aeronáuti-ca, ministrados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissio-nal de Setúbal (IEFP). Sem um discurso de abertura, a cerimónia arrancou com a entrega dos certificados pela mão de Alain Guichard, o formador dos módu-los de 400 horas, que garantiram aos seus alunos a obtenção de duas normas técnicas na área, designa-damente a de produção aeronáuti-ca e mecânica de estruturas (PAME 1) e a relativa às técnicas de aero-náutica de chaparia (TAC 3). Na assinatura formal dos di-plomas também marcaram pre-sença Maria do Carmo Guia, dire-tora do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Setú-bal, Paul Mirad, administrador da empresa, o engenheiro Armando Gomes, da LAUCK e Ana Silva,

coordenadora dos recursos hu-manos da Mecachrome.

Empresa fala em «dever cum-prido» e vontade de crescer

No encerramento da cerimónia, Alain Guichard mostrou-se satis-feito com os resultados obtidos pela ‘família’ Mecachrome ao longo deste ano. «Hoje sinto que cumprimos o nosso objetivo, foi um ano muito bom e difícil ao mesmo tempo, mas certamente vamos continuar a crescer». O administrador indicou ain-da os investimentos que irão ser feitos no equipamento da empre-sa, nomeadamente na aquisição de uma máquina a laser para cor-te de materiais duros, fator que a permitirá inovar. O final do encontro ficou re-servado a um convívio entre os familiares dos colaboradores e os membros das estruturas diretivas da empresa. Recorde-se que a Mecachro-me opera em França, Portugal e Tunísia e pretende ganhar um lu-gar de destaque na indústria do setor a longo prazo.

Mecachrome Aeronáutica entrega certificados de formação

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DESPORTO

PROVA ÚNICA EM PORTUGAL, COM EXTENSÃO DE 43 QUILÓMETROS, E TODA CORRIDA NA PRAIA

Domingo há Ultra Maratona Atlântica entre as praias de Melides – Tróia

Este domingo, a partir das 9 horas da manhã, os areais das praias do Litoral Alentejano re-cebem a 11ª edição da Ultra Ma-ratona Atlântica Melides – Tróia e a 2ª Corrida Atlântica Com-porta – Tróia, duas provas de extrema dureza face às circuns-tâncias do terreno em que são disputadas, aliado às tempera-turas de Verão que se fazem sentir. Esta é uma prova única em Portugal e na Europa, com 43 km de extensão e corrida na areia da praia. A Ultra Maratona Atlântica Melides - Tróia integra ainda a 2ª edição da Corrida Atlântica uma competição num percurso de 15km, com início na Comporta e término em Tróia. A 11.ªUltra Maratona Atlânti-ca Melides-Tróia que arranca na praia de Melides, com passagem à beira mar pelas praias da Aber-ta Nova, Galé, Pinheiro da Cruz, Pego, Carvalhal, Comporta, Sol-tróia, e chegada à praia Bico das Lulas, em Tróia, é acompanhada pelos milhares de veraneantes que se encontram nas praias.

Já vai na 11.ª edição e integra, pela segunda vez, a Corrida Atlântica. Os atletas vão correr nas areias de Melides até Tróia, passando pelas praias de Aberta Nova, Galé, Pinheiro da Cruz, Pego, Carvalhal, Comporta, Soltróia e Bico das Lulas.

TEXTO MARTA DAVIDFOTOS SM

Perto de duas centenas de atletas nacionais e internacio-nais, com idades entre os 10 e os 64 anos, participam este sá-bado, ao longo do dia, nos Campeonatos Europeus de Biatle que se realizam no Par-que Urbano de Albarquel. A prova, integrada no pro-grama dos Jogos do Sado, rea-liza-se em Setúbal pelo tercei-ro ano consecutivo, é já considerado um dos momen-tos altos a nível desportivo pela Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno, e começa a ganhar grande relevo a nível nacional e internacional. O biatle é uma competição que combina uma prova de natação seguida de uma prova de corrida cujos percursos va-riam consoante a faixa etária. Grã- Bretanha, Itália, Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão são alguns dos países representa-dos nos Campeonatos deste ano, sendo que a equipa inglesa é, por norma, aquela que apre-senta um conjunto de atletas mais fortes e numeroso.

Campeonato da Europa de Biatle no Sado

Estatísticas internacionais revelam que a palavra crise tem sido a que maior número de referências, escritas ou faladas nos mais diversos “mass-media” do mundo inteiro.Também em Portugal, evidente-mente, e sabemos todos porquê.Entre as várias formas de crise, com adjectivação mais ou menos intensa, optamos por vos falar de futebol, referindo a grave crise dos “pontas de lança” nas 18 equipas da 1ª Divisão e pensando nos presu-míveis seleccionados portugue-ses, dando aso a muitas “dores de cabeças” ao responsável-mór Fernando Santos.Ao nível do escalão máximo encontramos nada menos do que 24 “pontas-de-lança” estrangeiros, constituindo um inevitável “tampão” ao acesso competitivo dos mais jovens. Só como exemplo referimos o que se passa no trio de vanguarda (Benfica, Porto e Sporting) com 9 jogadores estrangeiros em acção, a saber: Jonas, Lima, Derley, Boubakar, Jackson Martinez, Slimani, Montero, Tanaka e Diego Rubio.Nas outras formações primo--divisionárias há mais de 15 elementos oriundos de países tão diferentes como Brasil, Egipto, Costa do Marfim,

A grande crise dos “pontas de lança”

Uruguai, Bélgica e Coreia do Sul.E quem são os portugueses susceptíveis de chamar a atenção dos Seleccionadores de sequentes escalões?Vale a pena ensaiar uma resposta a tal demanda.Já utilizados na Selecção principal restam os “trintões” Hélder Postiga e Hugo Almeida e o irregular Éder, do Braga.Depois de um quarteto de reconhecida valia constituído por Rui Fonte (Belenenses), Tomané (Vit. Guimarães), Guedes (Penafiel) e o promissor Gonçalo Paciência (F.C. Porto).Também jovens, justificando referências, tem conseguido aparecer ao 1º nível André Silva (F.C. Porto) e Diogo Jota (Paços Ferreira). Ainda junior, com apreciada qualidade, há ainda o benfiquista Guedes, que esteve ao serviço dos “Sub-20”, na Nova Zelândia.No estrangeiro, a dar boa conta de si, actuam Orlando Sá e os gémeos Paixão, na Polónia e,

por suposta adaptação, Ivan Cavaleiro, no Corunha.É pouco, demasiadamente pouco, integrando a convic-ção de que é grave a crise dos denominados “pontas-de--lanças”.E na divisão secundária, não se “pesca” nada? O goleador-mór desse escalão, Tozé Marreco, do Tondela, já não é um jovem. Os vimaranenses Areias e Alexan-dre Silva permitem progressos e há um junior originário da Guiné, José Correia, que trocou Alcochete pela Grã-Bretanha, aos 18 anos bastante promissor.Tal como acontece na 1ª Divisão, são perto de 20 os “pontas-de-lança” estrangeiros que militam no escalão secundário.O panorama, assim exposto, é motivo de natural preocupa-ção. Com o lógico empenha-mento de Fernando Santos, a Federação tem que ponderar formas de minimizar a grande crise. E quanto mais depressa melhor.

As inscrições para as diferentes provas da Alegro Meia Maratona de Setúbal, cuja 26.ª edição se realiza a 20 de setembro, já se encontram abertas desde esta semana. A prova que vai na sua 26ª edição conta com duas corridas diferentes, a meia maratona, percurso de 21 quilómetros que passa pela frente ribeirinha da cidade, Gávea, Serra da Arrábida e Avenida Luísa Todi, e as Corri-das das Famílias e Mais Solidá-ria da Cruz Vermelha Portugue-sa de Setúbal, iniciativas dirigidas às famílias, com 5,5 quilómetros de extensão e que

Alegro Meia Maratona de Setúbal já mexe

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRAColaborador

Prova será disputada individu-almente e por equipas

Nesta edição a Ultra Maratona será disputada individualmente e por Equipas em representação de Instituições, pontuando para efeitos de classificação da Equi-pa, os 3 melhores atletas que concluam a prova antes das 17h00.

O enquadramento da Frente Atlântica com a Serra da Arrábi-da e as longas praias de areias finas e douradas, galardoadas com Bandeira Azul e classifica-das como praias com qualidade de ouro, transformam este cená-rio num palco com condições únicas e excecionais para imple-mentar esta corrida de resistên-cia física e psicológica.

têm início pouco depois da cor-rida principal. Para além das provas, o Ale-gro organiza no dia 19 de se-tembro um programa de ativi-dades dirigidas ao público infantil, que inclui a Corrida dos Miúdos Alegro. As inscrições para a Meia Maratona têm o valor de 10 eu-ros até 31 de agosto. Para a Cor-rida das Famílias e a Corrida Mais Solidária da Cruz Verme-lha Portuguesa de Setúbal as inscrições custam seis euros até 31 de agosto, 8, entre 1 e 17 de setembro, e 10, de 18 a 20 de se-tembro.

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TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

CULTURA

As “Noites na Fonte” estão a animar a aldeia de Águas de Moura, numa iniciativa da Câ-mara Municipal de Palmela, em parceria com a União de Fregue-sias de Poceirão e Marateca. Cante alentejano, com os grupos “Ausentes do Alentejo” e “Modalentejo”, zumba, desfile de cabeçudos do TELA, marchas populares e um baile de danças tradicionais com Leónia de Oli-veira e o grupo “A Batalha do Modesto Camelo Amarelo” são as propostas de animação para

as duas noites de festa, que ar-rancaram ontem, sempre apoia-das pelas tasquinhas dinamiza-das pelo Centro Comunitário de S. Pedro (Cáritas), pela União Social Sol Crescente da Marate-ca (Cenourinhas) e pelo Grupo de Zumba de Águas de Moura. As “Noites da Fonte” consti-tuem uma boa oportunidade de divulgação da atividade desen-volvida pelas parcerias locais, contribuindo para o convívio e socialização entre a população, no contexto do espaço público.

Águas de Moura vive noites na fonte

Os LogicMusic, de setúbal, aca-bam de preparar a mixtape de Zlátan intitulada “Faz Aconte-cer”, a qual já está disponível para download gratuito. Além disso, estão a trabalhar também no EP de Maria Carreira, “Mu-danças”, e nas mixtape do DJ Teklas, “Versátil”, e na própria mixtape da LogicMusic, intitula-da “Logic, a mente”. A banda LogicMusic, que nasceu no verão de 2014, em se-túbal, já deu concertos em esco-las de palmela e de setúbal, no Forum Municipal Luísa Todi, em setúbal, e em Óbidos, entre ou-tros locais. O grande sonho dos Logic-Music passa pelo reconheci-mento do seu trabalho, a nível nacional e internacional, porque «somos humildes e dedicados ao nosso trabalho e não há di-nheiro e fama que possam com-prar o amor por aquilo que faze-mos todos os dias», o realça o mentor do projeto Zlátan. As mensagens dos temas dos LogicMusic, transmitem, segundo

LogicMusic mostram talento nas plataformas digitais

Zlátan, «um pouco de tudo, como esperança, força e amor próprio». Os temas são românticos mas também tocam temas de inter-venção social, de amor às origens de todos os elementos do grupo e de amor à cidade de Setúbal. «Todos os temas que faze-mos são escritos e preparados por nós. Os instrumentais estão gratuitamente online», sublinha, acrescentando que «aplicamos o conceito de música com lógica

ao nosso projeto, porque todos pesamos assim e trabalhamos ficados nisso», realça. A gravação de um CD «não depende apenas de nós», uma vez que para lançar um disco em Portugal «não está fácil». «O País atravessa um momento di-fícil que afeta todos os portu-gueses e todos os setores, mas, fica a promessa, com ou sem editora, um disco acontecerá, sem dúvida», vinca Zlátan.

David Carreira, Badoxa, Nel-son Freitas, Mastiksoul, Gregor Salto, Djodje, Mika Mendes e Malvado são alguns dos artistas que constam no cartaz do 1.º Amora Summer Fest. O festival, agendado para os dias 24, 25 e 26 deste mês, no estádio da Medideira, na Amo-ra, Seixal, é organizado pela ACeventos e conta com o apoio do município seixalense. António Carvalho, coorde-nador-geral do Amora Summer Fest, realça que o festival pre-tende ser «um marco dos festi-vais de verão portugueses, onde o cartaz, produção e parceiros associados prometem boa mú-sica e surpresas diversas».

Amora Summer Fest sonha ser marco dos festivais de verão

O ingresso diário custa 15 euros e o passe para os três fica em 35 euros.

A exposição “O Olhar do Fotó-grafo – Memórias de um Percur-so”, que assinala os 20 anos da Passos e Compassos, foi inaugu-rada, ontem, dia 17, em Palmela, podendo ser vista até dia 31 de dezembro. No Largo de S. João, podem ser apreciadas seis fotografias de grande formato, de Carlos Teixei-ra, João Belchior, José Carvalho, Paulo Alexandre Ferreira, Paulo Nobre e Pedro Soares que, ao lon-go do tempo, têm acompanhado a estrutura, e o teatro S. João, acolhe três dezenas de fotos que retratam a história da Passos e Compassos. Além da mostra, a Passos e Compassos marca duas déca-das de trabalho em prol da arte com um investimento no design de comunicação, que passa pela criação de uma “marca” 20

Passos e Compassos mostra 20 anos de trabalho em exposição

anos, o lançamento de um novo logotipo e ações pontuais. O plano de atividades para o se-gundo semestre de 2015, no concelho de Palmela, é diversi-ficado e abrangente, garantindo a continuidade do trabalho jun-to do público. O município de Palmela mantém, desde o início, um rela-

cionamento próximo com a Passos e Compassos – Associa-ção para a Divulgação e Desen-volvimento das Artes do Espetá-culo, que enquadra a DançArte, companhia residente no teatro S. João, através de um protocolo de cooperação que aposta na di-vulgação e descentralização das artes do espetáculo.

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CULTURA

SETÚBAL18SÁBADO21H30A SECRETA OBSCENIDADE DE CADA DIAFórum Municipal Luísa Todi

Os atores Gonçalo Diniz e João Ricardo, de “Mar Salgado”, pro-tagonizam a comédia “A Secreta Obscenidade de Cada Dia”, de Marco António de La Parram. A dupla dá vida a Freud e Marx, respetivamente, e colocam frente a frente duas poderosas cor-rentes do pensamento moderno, a Psicanálise e o Marxismo.

PALMELA18SÁBADO22HDIÁLOGOS IMPREVISTOS Terraço do Mercado Municipal

“Diálogos Imprevistos” é um documentário que foi criado no âmbito da Quarentena – projeto comemorativo dos 40 anos do Teatro O Bando. Não perca este registo de encontros de personalidades reais detentoras de conhecimentos associados às tradições ou práticas culturais da região, com personagens ficcionais inusitadas e curiosas.

ALMADA18SÁBADO22HCICLO DE MÚSICA NO CONVENTO Convento dos Capuchos, Caparica O ciclo de música arranca com a música de Guy Ropatz, Frédéric Chopin e Ottorino Respighi. O espetáculo intitula-se “Comtempo” e inclui as obras “Sérenade pour instruments à archets”, entre outras.

SESIMBRA18SÁBADO21H30NOITE DE HIP-HOPAnfiteatro da Boa Água, Quinta do Conde Os MG Boos, grupo de Hip-Hop pertencente à Associação Des-portiva, Cultural e Social da Quinta do Conde, vão abrilhantar mais um concerto da Hot Crazy Nights.

ALCÁCER DO SAL18SÁBADO9H-17HSÉNIORES MOSTRAM TALENTOMuseu Etnográfico do Torrão Pelo terceiro ano consecutivo, este museu acolhe uma exposi-ção composta pelos trabalhos de pintura realizados no âmbito das aulas de Expressão Plástica da Universidade Sénior do Torrão.

AGENDALER DE CARREIRINHA

Fátima R. SantosLeitora

O dia em que Estaline encontrou Picasso na biblioteca, o segundo romance de Alice Brito, leva-nos para uma viagem entre dois mundos tão distantes quanto próximos. Toda a tragédia, escuridão e medo que o “fin de siècle” projeta nos tempos que se lhe seguem é vivido pelas personagens que Alice Brito, com o envolvimento entusiasmado que lhe é ca-racterístico, cria para descrever acontecimentos de uma história, ainda não completamente esquecida, de Portugal e Espanha.Uma história de capitulações, traições, cinismo e violência que tem o seu início em Setúbal aturdida pelos aconteci-mentos que servirão de legitimação ao golpe de 28 de maio. Alice Brito trás até ao leitor uma Setúbal que recorda ainda os tempos das lutas vividas para ajudar a implantar uma República que se revelou frágil, ainda que atuante. «A República Portuguesa tinha criado o registo civil obriga-tório. Até então as pessoas só constavam nos assentos de baptismo encarcerados nas sacristias. Ou então nos assen-tos dos funerais. Tudo muito paroquial. A República acabou com essa treta. Registo civil. Na certidão constava a data de nascimento. Vinte e seis de Setembro de 1921. João Santos, filho de Áurea Santos e de pai incógnito.»Por seu turno, Espanha assiste ao avanço de Franco e é nes-se terreno de luta que se move uma das personagens cen-trais deste romance que Alice Brito entrega nas mãos do narrador que conhece, domina, e conduz com pulso forte a ação descrevendo e dando a conhecer opiniões fortes e bem vincadas.Alice Brito nos seus romances não deixa que as persona-gens se construam sem estarem fortemente escoradas na vida real que foi a sua origem e a sua motivação.«Sou um contentor da História do século XX.Assisti a tudo. Ao fascismo, ao estalinismo, à guerra, ao vili-pêndio brutal da pobreza e da miséria e finalmente à trégua do estado social, esse espaço em que o mundo tirou folga, gozou férias, mandou as crianças à escola, tratou os doen-tes. Durou tudo muito pouco. Trinta, quarenta anos depois começava-se já a ouvir a fanfarra a anunciar o fim da festa.Vi muros a levantarem-se e a caírem.»O dia em que Estaline encontrou Picasso na biblioteca que-rerá também mostrar o valor atribuído na História a estas personagens que se constituíram como elite da sociedade do seu tempo. A importância do conhecimento que é preci-so para que uma sociedade inane, adormecida e distraída em torno de si mesma, possa compreender o que está a acontecer no mundo em que vive, isto é num planeta com biliões de pessoas que não podem ou não querem ver os muros que voltam a ser levantados.

Histórias com História

Alice BritoO dia em que Estaline encontrou Picasso na biblioteca

2015Capa - Design e fotografias:

José Teófilo Duarte | João Silva DDLX

Revisão: Eulália Pyrrait

Paginação: Segundo Capítulo

Edição: Planeta Manuscrito

Data de lançamento: 13 de Maio 2015

António Xavier foi o vencedor do Concurso de Quadras Popu-lares 2015, promovido há 20 anos pela Câmara Municipal de Almada em parceria com a SCA-LA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, com o objeti-vo de distinguir, pela sua quali-dade, as melhores quadras alusi-vas aos festejos de São João, no concelho de Almada. A entrega dos prémios às me-lhores quadras populares de 2015 aconteceu no dia 11, no Convento dos Capuchos, na Ca-parica. Este ano participaram no concurso cerca de 800 quadras escritas por cerca de 270 concor-rentes oriundos de vários pontos do país. Almada e Revolução fo-ram as palavras de inclusão obrigatória nas quadras a con-curso. Além do prémio pecuniário atribuído pela organização (1.º prémio – 450 euros; 2.º prémio – 350 euros; 3.º prémio – 250 eu-ros), os vencedores e as duas de-zenas de concorrentes distinguidos com as menções honrosas receberam também um troféu alusivo à Revolução dos Cravos e às festas populares, con-cebido por Luísa Becho. A todos os participantes foram ainda atri-buídos diplomas de participação. A encerrar a cerimónia de en-trega dos prémios houve ainda lugar a um momento musical protagonizado por Joana Melo, com direção musical de André Santos.

Almada distingue poetas populares

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