jornal entreposto | março de 2013

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Safra de caqui anima atacadistas da Ceagesp Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 154 | março de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br PÁGINA 27 PÁGINA 26 PÁGINA 11 Índice Ceagesp - fevereiro 2013 Frutas Geral Legumes Verduras Diversos -4,27 % -1,42 % 10,23 % -5,83 % 8,11% -1,49% Baixa Baixa Alta Baixa Alta Baixa Pescado Cá entre nós| Agrícola | Política| Entrevista: DPaschoal lança programa de vantagens para caminhoneiros Estatal completa 39 anos com perspectiva de ampliar mercados e mantém o foco na sustentabilidade Cartão de relacionamento oferece benefícios exclusivos PÁGINA 20 PÁGINA 19 PÁGINA 25 PÁGINA 16-17 PÁGINA 10 Agronegócio| Qualidade| Sustentável| Artigo| Importação| Transporte | PÁGINA 12 PÁGINA 20 PÁGINA 24 Dia Internacional da Mulher puxa alta das vendas de flores Financiamentos para agricultura sustentável aumentam 337,4% Alho chinês: somente livre de resíduos vegetais e material de solo Cuidados básicos podem aumentar a durabilidade e eficiência de pneus presidente da CeasaMinas João Alberto P. Lages Bom desempenho da fruta no mercado é resultado do aumento simultâneo da demanda e qualidade registrado nos últimos anos Setor de máquinas projeta expansão de até 15% em 2013 Segurança e qualidade dos alimentos nas Ceasas brasileiras Dilma empossa novo ministro da Agricultura Nossa Turma comemora 15º aniversário Soluções para adequação ambiental rural em São Paulo

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Março de 2013

Safra de caqui anima atacadistas da Ceagesp

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 154 | março de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 27 PÁGINA 26 PÁGINA 11

Índice Ceagesp - fevereiro 2013

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos-4,27 %-1,42 % 10,23 % -5,83 % 8,11% -1,49%BaixaBaixa Alta Baixa Alta Baixa

Pescado

Cá entre nós| Agrícola | Política|

Entrevista: DPaschoal lança programa de vantagens para caminhoneiros

Estatal completa 39 anos com perspectiva de ampliar mercados e mantém o foco na sustentabilidade

Cartão de relacionamento oferece benefícios exclusivos

PÁGINA 20

PÁGINA 19

PÁGINA 25PÁGINA 16-17

PÁGINA 10

Agronegócio|

Qualidade|

Sustentável|

Artigo|

Importação|

Transporte |

PÁGINA 12

PÁGINA 20

PÁGINA 24

Dia Internacional da Mulher puxa alta das vendas de flores

Financiamentos para agricultura sustentável aumentam 337,4%

Alho chinês: somente livre de resíduos vegetais e material de solo

Cuidados básicos podem aumentar a durabilidade e eficiência de pneus

presidente da CeasaMinasJoão Alberto P. Lages

Bom desempenho da fruta no mercado é resultado do aumento simultâneo da demanda e qualidade registrado nos últimos anos

Setor de máquinas projeta expansão de até 15% em 2013

Segurança e qualidade dos alimentos nas Ceasas brasileiras

Dilma empossa novo ministro da AgriculturaNossa Turma

comemora 15º aniversário

Soluções para adequação ambiental rural em São Paulo

Page 2: Jornal Entreposto | Março de 2013

02 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Turismo no siteAcesse e leia as dicas para a Páscoa no Brasil : www.jornalentreposto.com.br/turismo

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

FEMETRAN2013

VEM AÍMAIS UMA EDIÇÃO

DA TRADICIONAL

FEIRA DE TRANSPORTES

NA CEAGESP

www.femetran.com.br

21-24 | maio

Page 3: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2011 03Editorial 03março de 2013Um jornal a serviço do agronegócio

JORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Março de 2013

04 Mercado e ProduçãoJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Previsão de queda na produção paulista, a princípio, não afeta volume comercializado no entreposto

Segundo aponta o merca-do da Ceagesp, a safra paulista do caqui não deve ser tão boa quanto a de anos anteriores. Influenciada pelo clima des-favorável, especialistas calcu-lam uma redução em torno de 25%. Piedade provavelmente vai fugir a regra e registrar nú-meros iguais aos apresentados em 2012, suprindo a queda de produção (ver página ao lado). Além disso, o boom no desem-penho do caqui registrado pelo entreposto entre 1998 e 2012 é “impressionante” - segundo o Centro de Qualidade em Horti-cultura da Ceagesp - e não deve desanimar permissionários e produtores. No ano passado, a Ceagesp comercializou 30.863 toneladas da fruta, sendo que a variedade Rama Forte foi a campeã em vendas (16.652), seguida da Giombo (9.751) e Fuyu (3.214). Impulsionados pelo aumento da demanda a cada safra, os produtores estão mais preocupados com a quali-dade. É o que comenta o vende-dor Antonio Alves da Costa, da atacadista Sol Brilhante: “Pre-ferimos trabalhar com frutas selecionadas, produzidas com alto padrão de qualidade do que ter um box cheio de merca-doria ‘encalhada’”.

O caqui é uma fruta originá-ria da China e do Japão. Cultiva-do em praticamente todo o Bra-sil, o caquizeiro se desenvolve em regiões mais amenas, de clima temperado e subtropical. Introduzido no país na última década do século XIX, se expan-diu nos anos 1920 juntamente com a imigração japonesa.

Com tamanho aproximado de uma maçã, aparência de to-mate, a fruta é excelente fonte de vitaminas A, C e E. Além de cálcio, ferro e proteínas, é rica em betacaroteno, um compo-nente que atua como antioxi-dante no organismo e combate

a formação de radicais livres. Contudo, o caqui é calórico. Contém, em média, 75 calorias em 100 gramas.

Por ser uma fruta delicada, com casca fina, precisa ser bem embalada para a comercializa-ção. Tem consistência macia e fibrosa. Cerca de 70 a 80% de sua composição é formada por água.

Comumente consumido in natura, na hora da comprar é importante atentar a cor, fir-meza e rachaduras na casca. A fruta deve ser armazenada na geladeira ou em local fres-co por no máximo cinco dias e lavada somente antes do con-sumo, caso contrário pode per-der o sabor, azedando. Quando industrializado, pode ser usa-do tanto no preparo de passa, quanto de vinagre.

Quanto à cultura, o cresci-mento do caquizeiro pode ser visto como lento, pois a pri-meira colheita acontece, geral-mente, no terceiro ano após o plantio. Por ser perene e com períodos bem estabelecidos de plantio e colheita, faz com que o produtor tenha uma época determinada para enviar seus produtos para a venda. Segun-do a Ceagesp, os picos na co-mercialização do caqui aconte-cem nos meses de abril e maio.

Bom desempenho do caqui é reflexo do aumento na demanda e qualidade

Começou a contagem re-gressiva para a 11ª Festa do Caqui & Cia., realizada pela Prefeitura de Itatiba, que acontecerá entre os dias 5 e 14 de abril, no Parque Luís Latorre. O evento é uma das atrações do Circuito das Frutas.

“A Festa do Caqui já é uma atração nacional que divulga o estilo de vida e a cultura do itatibense. E esse ano as atrações estão ain-da melhores, com grandes artistas e muita coisa boa”, disse o Prefeito João Fattori.

Serão dois finais de se-mana com programação para toda a família e shows para todos os gostos mu-sicais. A grande atração da Festa do Caqui & Cia. 2013 é a cantora Daniela Mer-cury, que promete balançar o Parque Luís Latorre. E tem muito mais: Naldo, Gaby Amarantos, Ícones dos Anos 80, Lucas Moraes, Edson & Luís e muitos artistas locais de diversos estilos. A entra-da é gratuita.

Solidariedade

Além de toda a estrutu-ra de uma grandiosa feira de negócios, a Festa do Ca-qui de Itatiba é sinônimo de solidariedade. Solicita-se apenas a doação de 1 Kg. de alimento não perecível (não obrigatório) que será entregue ao Fundo Social de Solidariedade. Todo o mate-rial arrecadado será enca-minhado às entidades que assistem pessoas carentes do município. Além disso, a Prefeitura cede o espaço na praça de alimentação para as entidades venderem suas especialidades gastro-nômicas.

“A Festa do Caqui é um evento de suma importân-cia para a economia do mu-nicípio, não estando restrito à esfera do agronegócio. O setor hoteleiro, gastronô-mico e moveleiro da cidade também sente os reflexos positivos do evento. O pú-blico flutuante (turistas) na cidade durante a Festa do Caqui & Cia chega a 15 mil pessoas por dia”, dis-se o Secretário de Cultura e Turismo, Luis Soares de Camargo.

Festa do Caqui & Cia valoriza a produção rural

Page 5: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

EXPOSIÇÃO

PIEDADE - SÃO PAULO

Mercado e Produção

Após dois anos de recordes consecutivos, a produção pau-lista de caqui em 2013 deverá ficar abaixo do esperado, in-fluenciada pelo clima desfavo-rável. A redução pode chegar a 30%, passando de 98 mil tone-ladas na safra anterior – pouco mais de 32 milhões de caixas de 3 kg – para aproximadamente 68 mil toneladas – 22 milhões de caixas. Uma exceção nesse prognóstico negativo deverá ser a região de Piedade, onde os agricultores acreditam, pelo menos, na repetição dos nú-meros de 2012: cerca de 1.020 toneladas, o equivalente a 340 mil caixas, e faturamento apro-ximado de R$ 10 milhões.

Em Mogi das Cruzes, o pro-dutor rural Hideo Furuoka acredita que terá produtivida-de abaixo da média em três das quatro variedades da fruta que cultiva. O pior resultado, acre-dita ele, deverá ser nos cultiva-res de caqui fuyu, o tipo mais produzido em Piedade. “Está um pouco abaixo do esperado. Eu acredito que seja em razão da estiagem que nós tivemos na época da floração e da brotada também”, lamentou o lavrador.

Alessio Hamaguchi, presi-dente da Associação dos Produ-tores de Caqui de Piedade, ga-rante que não há motivos para

pessimismo no município. Ele concorda que a safra local não deverá atingir os níveis que po-deria se a quantidade de chuva e a temperatura tivessem fica-do nos patamares ideais para a cultura, mas revela que se con-tinuar como está não há do que reclamar. Segundo ele, a menos que ocorra uma reviravolta no clima – como a chuva de grani-zo de abril de 2011, por exem-plo –, a economia piedadense não terá prejuízo.

Caqui de Piedade deve suprir queda de produção em outras regiões

Lucro acumulado

Mesmo com a redução da produtividade e, consequente-mente, do volume de caqui, os produtores da fruta não devem se desestimular. De acordo com declarações do técnico agrí-cola Renato Alves, da Casa da Agricultura de Mogi das Cru-zes, ao Canal Rural, as perdas não devem prejudicar tanto porque as safras anteriores fo-ram muito boas. “Nós temos a

Jornal Folha de Piedade

Juliana Diniz

variedade predominante que é a rama forte, que nos últimos dois, três anos, veio com a sa-fra enorme. Mas esse ano nós vamos ter uma safra normal. Esta variedade é aquela que a gente consome macio. Já sobre a fuyu, que nós consumimos de forma crocante, da forma de uma maçã, a resposta dos pro-dutores é que a queda está em torno de 30%. E a variedade biomo também tem queda de 30% na região”, analisou o es-

pecialista. Em Piedade, embora o cenário econômico não seja o mesmo descrito por Renato Alves para a região de Mogi das Cruzes, a maioria dos lavrado-res consultados pela Folha de Piedade não vê motivos para alarmes. Uma diferença básica na comparação com as demais regiões produtoras de São Pau-lo é que a safra piedadense já vem de uma quebra de aproxi-madamente 20% em 2012. No entanto, como no ano passado, a qualidade das frutas deverá compensar a menor quantida-de por pé e ajudar a manter os preços no mesmo patamar das safras anteriores.

Se forem confirmadas as previsões de colher 340 mil caixas de 3 quilos – pouco mais de 1.000 toneladas – e a cota-ção variar entre R$ 15,00 e R$ 35,00 durante os três meses de colheita – de maio a junho –, a cultura não só repetirá o giro de R$ 10 milhões para o muni-cípio, como manterá o nível de remuneração do caqui na lista dos agronegócios vantajosos.

Em Piedade, são produzidas diversas variedades de caqui, como Coração de Boi, Taubaté e Fuyu. Este último, no entanto, de origem japonesa, continua concentrando a maior parte dos investimentos e ocupando a maioria da área, sendo pre-dominante, atingindo cerca de 80% da produção.

A Prefeitura Municipal de Louveira realizará a 46ª edi-ção da Festa da Uva e 3ª Ex-poCaqui, nos dias 11, 12, 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de maio, na Área de Lazer do Trabalha-dor. A data oficial do evento foi firmada durante a primei-ra reunião da Associação de Produtores Rurais de Louvei-ra de 2013, realizada no início do ano.

46ª Festa da Uva de Louveira 3ª ExpoCaqui acontece em abril

Segundo o Setor de Esta-tística da Central de Abaste-cimento do Piauí (Ceapi), em dezembro de 2012 foram co-mercializados no entreposto mais de quatro mil quilos da fruta. Na primeira quinzena de janeiro deste ano, as vendas de caqui já totalizaram 2.436 qui-los e o preço médio tem sido cotado, no atacado, por 55 re-ais a caixa com cinco quilos. Em relação à procedência, a maior parte vem do estado de São Paulo, que contribuiu com mais

da metade do que é comerciali-zado na Ceapi, seguido de San-ta Catarina e Espírito Santo.

“O caqui é uma fruta rica em vitamina A, ajuda o sistema imunológico, no crescimento e desenvolvimento dos ossos. Possui potássio, que aumenta a elasticidade dos vasos san-guíneos, contribuindo para o controle da pressão arterial e auxilia a combater o estresse. Garante o bom desempenho mental, como também, cola-bora para o funcionamento do

intestino, por conter fibras”, explica o médico José Cícero Ribeiro, que atende os feiran-tes do órgão, gratuitamente, no ambulatório da Ceapi.

O médico afirma ainda que o caqui é considerado um an-tioxidante por retardar o en-velhecimento, e ainda, atua na defesa do organismo. “Apesar dessas propriedades benéficas, a fruta possui quantidade con-siderável de açúcar e frutose, o que não é indicado para os diabéticos, por isso, o consumo

Safra do caqui movimenta a comercialização da fruta na Ceapi

deve ser moderado”, alerta José Cícero.

De acordo com a permis-sionária Flávia Moura, que co-mercializa frutas e verduras na Ceapi, o caqui é uma fruta que não possui comercialização ex-pressiva, mas sempre que dis-ponível no mercado, tem seus clientes certos.

“Essa fruta costuma ser muito procurada por seu pala-dar saboroso e diferente, bem como, por ter proteínas e bas-tante líquido”, assegura.

Page 6: Jornal Entreposto | Março de 2013

06 Mercado e Produção JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Em dois anos, José Shinka-wa, o Cabeção, completa 50 anos de trabalho nos pavilhões da Ceagesp. Tanta experiên-cia lhe trouxe a oportunidade de abrir o próprio negócio, 12 anos depois. “Mas para chegar a empresário, muitas coisas aconteceram”, relembra. Cabe-ção, que era lavrador, chegou a “pousar” sob viadutos quando chegou à São Paulo e encontrou no entreposto a chance que precisava para mudar de vida. “A vida na roça era muito difícil. Não existiam as leis trabalhistas que hoje protegem o homem do campo”, explica.

José passou por todos os car-gos dentro do mercado de FLV. Começou como carregador e em apenas um ano já tinha sido promovido a vendedor. “Fui muito bem acolhido no setor de frutas. Virei gerente, comprei um terreno, comecei a plantar e evolui”, conta orgulhoso, o dono da Comério de Frutas Araçatu-ca. A evolução foi tanta, que a plantação de morangos em Ibi-úna chegou a ter um milhão de pés. O cultivo no sítio vai bem. O problema está na escassez de mão-de-obra. “Ninguém mais

se habilita a trabalhar e morar no campo. Todo mundo quer a mordomia da cidade”, observa o produtor. Para driblar essa situação, Cabeção oferece casa de graça na fazenda e todas as contas básicas pagas. Segundo ele o sonho, que um dia já foi o dele, de sair do campo e procu-rar uma vida melhor na cidade ainda não acabou.

Nesta safra, a produção de caqui em São Paulo, cerca de nove mil pés, foi atingida por uma forte chuva de granizo. O prejuízo foi imenso e agora Shinkawa está trabalhando uma maneira de pulverizar o cultivo em outras áreas e recuperar as vendas. Os agregados que for-necem morango também estão sendo estimulados a começar a plantar mais cedo, cerca de dois meses antes. Alterando um pouco o calendário de sazonali-dade, a Araçatuba acredita que vai escapar das intepéries. Além disso, o sítio é assistido por um agrônomo que orienta os cola-boradores.

A maioria do caqui comer-cializado no box da atacadista vem parceiros de Minas Gerais e para garantir a qualidade no

A Fruta Boa Estrela está com-pletando 25 anos no segmento de fruticultura e comemora a 20ª safra de caqui. Ao todo, são 20 variedades de frutas padrão exportação que têm sabor, co-loração e durabilidade diferen-ciados. O caqui, que é referência no mercado, tem a maturação padronizada para que todas as frutas da caixa cheguem ao seu ponto ideal de consumo ao mes-mo tempo.

A produtora e atacadista, cuja razão social é João Marques da Silva Comercial Ltda., existe há 96 anos e atua em todos os seg-mentos da cadeia de produção frutífera: cultivo, beneficiamen-to, logística e comercialização. Atuando de acordo com normas internacionais, a empresa rece-beu o certificado da Global Gap, organização privada que estabe-lece normas voluntárias para a certificação de produtos agríco-las em todo o mundo.

Produzindo cerca de cinco mil toneladas de caqui de diver-sas variedades a cada safra, Ra-fael Marques, sócio-gerente da Boa Estrela, garante que a dife-rença de seus produtos e dos de-mais disponíveis na Ceagesp é o

Araçatuba avança no mercado e valoriza o trabalhador do campo

sabor e no manuseio, o empre-sário explica que existe um tra-balho de conscientização feito junto aos produtores. “Basica-mente, a regra é a seguinte: se não serve para eles, não serve para ser comercializado”, resu-me. “Há três anos cobrar essa postura dos agricultores era mais complicado. Hoje eles já percebem que precisam acom-panhar as tendências do mer-cado se quiserem continuar vi-vendo do campo”.

Cada agregado da Araçatuba tem a sua própria embalagem, o que o torna responsável pelo produto. Dessa maneira, as fru-tas já chegam à Ceagesp selecio-nadas e embaladas, reduzindo o manuseio. “Aqui é proibido sentar nas caixas, tossir ou es-pirrar em cima da mercadoria e ter contato manual direto com o alimento”, garante Cabeção. Na roça, os trabalhores usam rou-pas de proteção e higiene. Tudo conforme a lei exige. “O resulta-do são frutas diferenciadas du-rante o ano todo e a certeza de que processo de produção foi bem elaborado para atender os requisitos exigidos pelo merca-do”, completa.

Boa Estrela comemora20ª safra de caqui

frescor. “O nosso slogan resume as característica das nossas fru-tas: ‘Colhidas ontem, embaladas ontem e hoje estão aqui, dispo-níveis para você’. Não trabalha-mos com câmaras frias, ou seja, a mercadoria precisa ser comer-cializada em menos de 24 horas após a colheita, oferecendo mui-to mais durabilidade, sabor e vi-sual”, explica Rafael.

A variedade Rama Forte re-presenta 90% da produção, mas a empresa também cultiva Fuyu, Giombo e Kioto. A maioria é es-coada no mercado interno - na própria Ceagesp e Ceasas de outros estados. Cerca de10% é exportada para países da Comu-nidade Europeia.

A Boa Estrela oferece trei-namento a cada início de safra e realiza a reciclagem quando necessário, de acordo com os manuais de operações e proce-dimentos de qualidade internos. Além disso, realiza um constante trabalho de renovação e varieda-de de embalagens, especialmen-te planejadas e produzidas para melhor armazenamento, prote-ção e praticidade no transporte e comercialização de cada tipo de fruta.

Page 7: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado e Produção

A produtora e atacadista Irmãos Parise começou produ-zindo uva, ameixa e pêssego, este último, muito conhecido no entreposto, é considerado o carro-chefe até hoje. Com o intuito de expandir o mercado e diversificar a produção, este ano a empresa resolveu intro-duzir o caqui Fuyu na lista de cultivo. Muito saborosa, a no-vidade já está disponível para comercialização.

Seguindo a mesma linha das outras frutas, o novo caqui é produzido nos padrões com-patíveis com as exigências dos compradores. “Por serem mui-to frágeis, instruímos funcioná-rios e estamos sempre de olho no manuseio, principalmente na descarga. Além disso, somos muito caprichosos na embala-gem, que praticamente elimina perdas”, garante Miguel Silva

Mota, gerente da Irmãos Parise e 27 anos de Ceagesp.

O próximo passo é aumen-tar ainda mais a produção. Os produtos cotados para as próxi-mas safras são atemoia e lichia, que serão plantados na fazenda localizada em Jarinu, interior de São Paulo. “Resolvemos diversi-ficar para oferecer frutas o ano todo. Vamos incluir variedades a cada safra”, diz o administra-dor, acrescentando que técnicos auxiliam no desenvolvimento dos novos frutos.

Com clientes espalhados por todo o Brasil, a Irmãos Pa-rise comercializa 80% da pro-dução na Ceagesp. O restante é distribuído diretamente na roça. Mota acredita que o seg-mento de FLV está em expansão e tem bastante espaço. “Traba-lhando bem, os clientes apare-cem”, esclarece.

A Agro Comercial Liberty fez história no mercado da Cea-gesp priorizando frutas da épo-ca, ação que evita desperdícios e garante a venda. A maioria dos produtos que chega ao box da atacadista já foi comerciali-zada. Para não faltar varieda-de quando encerra a safra de determinada fruta, a Liberty acompanha a sazonalidade.

Preocupada em manter a tradição, a empresa entende

Antonio Alves da Costa tra-balha como vendedor na ataca-dista Sol Brilhante desde 2005 e se especializou na comercia-lização de pêssego, kiwi e todas as variedades de caqui. Desde então, absorveu a política da empresa e entende as necessi-dades do público. “Por isso, só trabalhamos com frutas de alto padrão”, explica, referindo-se aos produtos selecionados, que recebem tratamento diferen-ciado.

A Sol Brilhante é especialis-ta na comercialização de frutas exóticas e pouco cotidianas dos brasileiros. Os clientes va-rejistas que compram frutas distintas vão repassá-las a um público consumidor muito exi-gente. Por isso, o cuidado no manuseio é imprescindível. “O comprador sempre retorna. Esse caqui fuyu do produtor Masuda, por exemplo, é o me-lhor caqui do mercado. Você não vai encontrar uma fruta tão bem tratada e saborosa como essa”, garante.

Nem todo permissionário tem a disposição da Sol Bri-lhante para trabalhar com hor-tifrutis muito delicados, como a pinha e a atemoia, por isso, a empresa virou referência no mercado e tem sempre produ-tos frescos à disposição. “Da-mos preferência à qualidade. Preferimos ter menos quanti-dade à disposição, mas nunca pecar na qualidade”, explica

Irmãos Parise

Liberty acompanha a sazonalidade e garante frutas frescas o ano todo

que priorizando qualidade não faltará mercado e que isso pode ajudar na evolução do agrone-gócio. Vender apenas produtos de bons fornecedores, agrega à atacadista uma série de ações que garante frutas frescas e muito saborosas, tratadas com cuidado no cultivo, manuseio e transporte. Apesar da correria na comercialização, a Liberty procura dar um tratamento diferenciado aos funcionários

Sol Brilhante se especializa em frutas nobres

Costa. “Nossos produtos não sofrem rejeição e não precisa-mos nos preocupar com recla-mações e trocas”, comemora. Até os clientes são instruídos quanto ao cuidado no manu-seio da mercadoria.

Há um ano, a atacadista ini-

e tratá-los com igualdade. Em dias de pico na movimentação, até o gerente coloca a mão na massa, ajudando na seleção e embalagem.

Para seguir o padrão do mercado, a mercadoria é reem-balada em caixas menores ou de acordo com a necessidade do cliente. Além disso, durante o processo de seleção, frutas que não estão nos padrões de venda são descartadas.

ciou a venda de longan, fruta pequena e exótica. “Apesar de apresentar uma grande semen-te, ela é carnuda, macia e muito saborosa”, comenta Antônio, acrescentando que São Paulo e Rio de Janeiro são os maiores consumidores.

Empresa diversifica produção e amplia mercado com nova safra de caqui

Page 8: Jornal Entreposto | Março de 2013

08 QualidadeJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Números do caqui no Entreposto Terminal de São Paulo

CRESCIMENTO

O desempenho do caqui na ceasa de São Paulo é impressio-nante. É só olhar os números registrados pelo SIEM – Siste-ma de Informação e Estatística de Mercado da Ceagesp.

• O volume total de caqui cres-ceu de 7,9 mil toneladas para 30,9 mil toneladas, entre 1998 e 2012 (quatro vezes)

• A variedade que mais cresceu foi o Rama Forte - de 1,6 mil to-neladas para 16,6 mil toneladas (dez vezes).

• A variedade Giombo foi de 3,5 mil toneladas em 1998 para 10,4 mil toneladas em 2012 (três vezes)

Anita de Souza Dias GutierrezClaudio Inforzato FanaleIdalina Lopes RochaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Evolução, entre 1998 e 2012, do volume de caqui na Ceasa de São Paulo em mil toneladas

0

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Oferta % por mês do caqui nacional e importado

Nacional

Importado

• A variedade Fuyu cresceu me-nos - de 2,2 mil toneladas para 3,2 mil toneladas (44%)

• A participação do Giombo que foi de 45% do volume total em 1998, caiu para 34% em 2012.

• A participação da Rama Forte cresceu de 20% em 1998 para 54% em 2012

• Houve um grande crescimen-to do caqui importado, com iní-cio de registro de entrada em 2007 com 85 toneladas e che-gou a 490 toneladas em 2012 - triplicou em 5 anos.

Os dados de 2012 mostram grande concentração do caqui importado e alta participa-ção no volume total nos meses sem caqui nacional – outubro (61%), novembro (82%) e de-zembro (80%). A participação

dao caqui importado no ano todo se restringiu a 1,2% do volume total.

A safra forte de caqui na-cional (88%) aconteceu entre março e junho. O estado de São Paulo é o maior fornecedor com quase 79% da oferta, se-

guido por Minas Gerais (9,6%), Rio Grande do Sul (8,5%), Para-ná (3%) e SC (0,15%). Os meses mais fortes de São Paulo, Minas Gerais e Paraná são semelhan-tes – de março a junho. A pro-dução no Rio Grande do Sul é mais tardia de maio a julho. Ju-

lho é o mês de maior oferta de Santa Catarina com 60% da usa oferta total.

Cento e onze municípios brasileiros enviaramcaqui para serem comercializados na Ce-asa de São Paulo, em 2012. A variedade Taubaté veio de 17 municípios, a variedade Rama Forte de 92, a variedade Fuyu de 63 e a variedade Giombo de 69 municípios diferentes.

A oferta da variedade Giom-bo se concentrou nos muni-cípios de Mogi das Cruzes, Turvolândia e Guararema, a da Fuyu em Piedade em São Miguel Arcanjo, Pilar do Sul e Caxias do Sul, a da Taubate em Jundiaí e Louveira e a da varie-dade Rama Forte em Guarare-ma, Taqurivaí, São Miguel Ar-canjo e Pilar do Sul.

O caqui é um vencedor. O consumo e a qualidade do fruto cresceram com a produção.

MATRIZ: Rua Lourival Sales, 501 Jabuti | Eusébio - CE - 85 3216.8100

FILIAL: Rua do Manifesto, 2501 - Ipiranga | São Paulo - SP - 11 2063.0635

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Redes eContentoresC

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ANUNCIO entreposto.pdf 1 05/03/2013 13:03:11

Page 9: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 09Mercado e produçãoUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

• Giombo •

Tem formato ovalado e cor vermelha alaranjada. É popularmente conhecido como “caqui-chocolate” pois a incidência de sementes torna a sua polpa escura. Por ser suculento, doce e ter óti-ma durabilidade, é bem acei-to no mercado externo.

• Taubaté •

Tem cor avermelhada, formato globoso e uma con-sistência mole no período em que está próprio para o consumo.

• Rama Forte •

É a variedade mais con-sumida e produzida no Brasil, pois é o mais macio quando está maduro. Outras características marcantes desta variedade são a casca vermelha e a polpa macia e suculenta.

• Fuyu •

Tem coloração aver-melhada e polpa alaranja-da. Além disso, sua textura crocante e o sabor neutro e agradável fazem com que a produção brasileira seja ex-portada para China, Dubai, Canadá e países da Europa.

• Kyoto•

Tem formato ovalado e coloração amarelada. Por ter a polpa com sementes in-ternas, torna-se também um “Caqui Chocolate”. A sua boa aceitação no mercado bra-sileiro acontece por ter um sabor muito doce.

Qualidade

Cada um dos tipos de caqui tem uma subclassi-ficação que é determinada pelo tamanho e qualidade do fruto. As frutas são divi-didas em A, B e C, onde A são as melhores e maiores fru-tas, comercializadas por um maior valor. As intermediá-rias são consideradas B e as de pior qualidade são con-sideradas C, tendo assim o menor preço gradativo com a qualidade.

CONSUMO

Variedade: TaubatéFormato: GlobosoColoração da casca:VermelhaColoração da polpa:AmareladaTextura de consumo polpa: Mole Grupo: Taninoso

Variedade: Rama-forteFormato: AchatadoColoração da casca:VermelhaColoração da polpa:Amarelo - pardaTextura de consumo polpa:MoleGrupo: Variável

Variedade: FuyuFormato: Globoso achatadoColoração da casca:LaranjaColoração da polpa:Amarelo - alaranjadaTextura de consumo polpa:CrocanteGrupo: Doce

Variedade: KyotoFormato: OvóideColoração da casca:LaranjaColoração da polpa:Amarelo - pardaTextura de consumo polpa:CrocanteGrupo: Doce

Variedade: GuiomboFormato: OvóideColoração da casca:LaranjaColoração da polpa:Amarelo - avermelhadaTextura de consumo polpa:CrocanteGrupo: Variável

Principais variedades de caqui comercializadas na Ceagesp

Tipos de caqui mais consumidos e comercializados no Brasil

Ilustrações: B. Borges - Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Page 10: Jornal Entreposto | Março de 2013

10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013Qualidade

A caracterização do tamanho e da classificação do caqui é uma necessidade para a comunicação entre comerciantes e produtores sobre o tipo de produto: tama-nho, qualidade, maturação. As denominações de classificação do caqui utilizam o número de frutas na caixa para todas as va-riedades com exceção da varie-dade ‘Giombo’ que utiliza a lín-gua do A – de 5ª até 2 A.

O desenvolvimento da ficha de equivalência exigiu muitas pesquisas no mercado e mensu-rações de produtos de diferentes classificações. Ela estabelece a equivalência entre as denomina-ções de classificação da Cotação de Preços da Ceagesp, do merca-do atacadista e uma característi-ca mensurável de tamanho.

O tamanho das variedades de caqui

Variedades: principais variedades comercializadas e registradas pela Ceagesp Cotação Ceagesp: denominaçãodeclassificaçãoutilizadapelacotaçãodepreçosdaCeagespMercado atacadista: denominaçãodeclassificaçãoutilizadanacomercializaçãopeloscomercianteseprodutoresTamanho: medido pelo maior diâmetro em cm

Equivalência entre denominações de classificação e uma medida de tamanho

Variedade Cotação da Ceagesp Mercado Atacadista Camadas

17 e 24 18 e 24 26 e 34 213 e 16 135 e 40 218 e 20 1

A EXTRA 5A e 6AB EXTRA 3A e 4AC EXTRA 1A e 2A

30 e 32 2 15 e 16 136 e 42 218 e 21 160 e 64 2 30 e 32 130 e 32 215 e 16 1

36, 40 e 42 218 e 21 160 e 64 2 30 e 32 1

Variedades: principais variedades comercializadas e registradas pela CEAGESPCotação CEAGESP: denominação de classificação utilizada pela Cotação de Preços da CEAGESP Mercado Atacadista: denominação de classificação utilizada na comercialização pelos comerciantes e produtores Tamanho: medido pelo maior diâmetro em cm

A diferença entre o diâmetro do maior e do menor fruto deve ser no máximo de 15%, para garantia da homogenidade visual de tamanho.

2

Rama Forte

A

B

C

Kyoto

A

B

C

Fuyu

A

B

C

GiomboGuiombo

Rama Forte

Equivalência entre denominações de classificação e uma medida de tama

A diferença entre o diâmetro do maior e do menor fruto deve ser no máximo de 15%, para garantia da homogenidade visual de tamanho.

CLASSIFICAÇÃO SUSTENTABILIDADE

Financiamentos para agricultura sustentável

O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbo-no (ABC) apresentou níveis de aplicação de recursos elevados entre os meses de julho de 2012 e janeiro de 2013. Os desembolsos tota-lizaram no período R$ 1,9 bilhão, 56,1% dos recursos programados de R$ 3,4 bi-lhões.

Assim, o aumento regis-trado em relação ao mesmo período da safra anterior foi de 377,4%. Os dados foram divulgados pelo Departa-mento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A região Sudeste foi a que registrou os maiores volumes de financiamento de investimentos no âmbito do Programa ABC, com des-taque para São Paulo e Mi-nas Gerais. Foram aplicados R$ 874 milhões no período de julho/12 a janeiro/13. O segundo lugar no ranking ficou com o Centro Oeste, com aplicações de R$ 432,4 milhões, seguido pelo Sul, R$ 421,5 milhões.

Para o secretário de De-senvolvimento Agropecuá-rio e Cooperativismo, Caio Rocha, na medida em que o programa se torna mais co-nhecido pelos produtores rurais, mais eles procuram as instituições financeiras para a liberação de recursos.

A avaliação do secretário é de que até o final do Plano Agrícola e Pecuário, os R$ 3,4 bilhões disponibilizados para a implementação de projetos devem ser contra-tados pelo produtor rural. “Isso possibilitará a adoção de práticas conservacionis-tas nestas propriedades que devem resultar em mais pro-dução, maior produtividade e sustentabilidade ambien-tal”, destacou Rocha.

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Page 11: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 12: Jornal Entreposto | Março de 2013

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 201312 Artigo

* Engenheiro agrônomo, dou-torando em Ciências da Co-municação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-gradu-ado em Desenvolvimento Ru-ral e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Trei-namento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

O Dia Internacional da Mu-lher, celebrado em 08 de março, vem conquistando, a cada ano, maior expressividade no calen-dário anual de vendas de flores no mercado interno brasileiro. Representa, hoje, uma das da-tas mais importantes para o comércio setorial, sendo supe-rada pelos tradicionais campe-ões de vendas – Dia das Mães e dos Namorados – porém, eventualmente, ultrapassando os valores de vendas em outras relevantes ocasiões como Fina-dos, Natal e Réveillon.

A menor contabilização de resultados financeiros do co-mércio nesta data ocorre em anos em que a sua celebra-ção coincide com o Carnaval – como ocorreu em 2011 –, ou se apresenta muito próxima dele (como em 2012), ou, ain-da, quando cai em finais de semana. Como entre os princi-pais compradores de presentes para as mulheres encontram-se clientes institucionais de esta-belecimentos que não traba-lham aos sábados e domingos (bancos, escritórios, escolas e outros), costuma ocorrer, nes-tes últimos casos, uma redução significativa nas compras e dis-tribuição dos presentes fres-cos, os quais são então anteci-pados na forma de itens menos perecíveis, como chocolates, perfumes, cosméticos e outros gêneros similares. Em 2013, contudo, isso não deverá ocor-rer, uma vez que o Dia Interna-cional da Mulher será comemo-rado em uma sexta-feira, e em período já mais distanciado das festas carnavalescas.

A data comemorativa dedi-cada às mulheres marca a efe-tiva abertura anual do mercado nacional de flores, apresentan-do importantes acréscimos nos fluxos de produção e comercia-lização setorial, já que sucede os meses de janeiro e fevereiro onde o consumo sofre impor-tantes níveis de queda após as festividades de final de ano, se-guidas do período de férias.

Observa-se que o consumo brasileiro de flores tem se man-tido em níveis ascendentes nos últimos anos, crescendo a taxas médias anuais entre 8% e 10% em quantidade e entre 12% e 15% em valor, no período de 2006 a 2011. Já em 2012, fren-

Dia Internacional da Mulher puxa alta das vendas de flores

te ao arrefecimento de alguns indicadores socioeconômicos, o setor diminuiu o seu ritmo de expansão comercial, mas, ainda assim, sustentou níveis bastante aquecidos. Assim na-quele ano, contabilizou-se um crescimento médio de 7% a 8% na oferta física de mercado-rias e de 10% a 12% em valor, níveis extremamente mais ele-vados do que o desempenho do próprio PIB nacional. O valor global do mercado, em 2012, fechou em R$ 4,8 bilhões.

O abastecimento desse mercado aquecido tem sido garantido principalmente pela produção interna. No entan-to, as importações se mostram também crescentes ao longo dos últimos anos, completando a pauta de produtos oferecidos ao consumo notadamente no que se refere a rosas e alstroe-mérias provenientes da Colôm-bia e do Equador.

As flores de corte preferidas para presentear as mulheres continuarão sendo, em 2013, as rosas (solitárias ou em bu-quês de diferentes tamanhos),

seguidas pelos lisianthus – que também fazem sucesso cres-cente –, lírios, tulipas e giras-sóis. No segmento de vasos – proporcionalmente maiores a cada ano – as escolhas deve-rão recair sobre as orquídeas (especialmente Phalaenopsis), mini rosas, begônias, lírios, ci-clamens, violetas, kalanchoes e calandivas, entre outras.

Estima-se que para o Dia In-ternacional da Mulher de 2013 as vendas nas floriculturas, co-mércio eletrônico, supermer-cados e outros canais de dis-tribuição cresçam em torno de 5% a 8% em relação ao ano an-terior. Os resultados deveriam ser, contudo, mais expressivos, caso o mercado pudesse apre-sentar-se melhor abastecido, especialmente de rosas impor-tadas.

Acontece que nestes pri-meiros meses do ano o mer-cado ofertante dos vizinhos latinoamericanos encontra-se desguarnecido. Tal fato se deve a um relativo aquecimento das compras de rosas colom-bianas e equatorianas pelos

importadores dos EUA para o Valentine´s Day (14 de feverei-ro), seguido dos deslocamentos preferenciais das vendas para a Rússia, para o Dia Internacional da Mulher, que chega a pagar de duas a três vezes mais do que o Brasil pelas mesmas mercado-rias. Desta forma, faltarão rosas no mercado, o que desde já vem pressionando os preços e limi-tando as possibilidades de um melhor desempenho comercial do setor nesta data.

Segundo estimativas da Hórtica Consultoria, baseadas em projeções calculadas a par-tir da performance observada nos três últimos anos, no mês de março de 2013, deverão ser contabilizadas importações pelo Brasil entre US$ 750 e US$ 800 mil em flores de corte, sen-do 80 % desse valor composto pelas rosas e os restantes 20 % por outras flores frescas, entre as quais se destacam especial-mente as alstroemérias. Esses valores significação um cresci-mento entre 27% e 30% sobre as importações efetivamente realizadas em março de 2012.

Conforme já dito, tais resulta-dos poderiam chegar a ser bem mais expressivos caso não se observasse escassez de oferta junto aos produtores colombia-nos e equatorianos.

Toda a importação é cen-tralizada pelas empresas loca-lizadas no Estado de São Paulo - especialmente na cidade de São Paulo, seguida por impor-tadores de Holambra e região -, de onde se distribuem por todo o País.

O Dia Internacional da Mu-lher, celebrado a cada ano no dia 8 de março, foi oficialmente instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977. Dois anos antes, a mesma orga-nização decretou 1975 como o Ano Internacional da Mulher. Contudo, a iniciativa de home-nageá-las data do início do sé-culo XX, quando nos EUA e Eu-ropa elas foram, em diferentes ocasiões, destacadas por suas lutas por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito ao voto.

Ocupando espaços socioe-conômicos e culturais crescen-tes na sociedade brasileira, as mulheres deverão movimentar no mercado, em 2013, R$ 1,1 trilhão , sendo identificadas como as grandes impulsiona-doras das principais mudanças no ambiente social, especial-mente na redução dos índices de fecundidade, no aumento nos níveis médios de escolari-dade, nas conquistas de novos postos de trabalho, na maior autonomia de renda e no com-partilhamento ou substituição dos homens na chefia dos do-micílios.

A todas elas, portanto, nos-sas mais justas homenagens nesta data. E sempre!

-

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

Page 13: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 13PolíticaUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Da Agência Brasil

O novo ministro da Agri-cultura, deputado Antônio Andrade, é natural de Patos de Minas e está em seu segundo mandato como deputado fede-ral pelo PMDB. Andrade subs-titui na pasta o também de-putado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), que vai retomar seu assento no Legislativo.

O novo ministro é enge-nheiro civil e produtor rural. Começou a carreira política como prefeito de Vazante (MG) no período de 1989 a 1992. Depois foi deputado estadual em Minas por três legislaturas. Membro da bancada ruralista na Câmara, Andrade ocupou a presidência da Comissão de Finanças e Tributação até o úl-timo dia 7.

Antônio Andrade foi presi-dente do Sindicato Rural de Va-zante, presidente da Associação Microrregional dos Municípios do Noroeste de Minas Gerais e diretor da Associação Mineira

de Municípios.Como deputado federal, o

novo ministro integrou as co-missões de Agricultura, Pecu-ária, Abastecimento e Desen-volvimento Rural, de Minas e

Energia, de Finanças e Tribu-tação, de Constituição e Justiça, de Desenvolvimento Econômi-co, e ainda a comissão especial Agroindústria e Produtor Ru-ral. Também integrou Frente Parlamentar da Cadeia Produ-tiva do Leite, entre outras.

Durante a cerimônia em 16 de março na qual mais dois mi-nistros – Manoel Dias (Traba-lho) e Moreira Franco (Secreta-ria de Aviação Civil) – tomaram posse, a presidente Dilma Rousseff disse que as mudan-ças fortalecem a base aliada do governo.

“Aprendi que em uma coa-lização você tem que valorizar as pessoas que contigo estão, esses parceiros na luta, que são companheiros que nos acompanham numa jornada diuturna, então tem que estar

conosco, nos momentos bons e nos ruim. Não acredito que seja possível esse país ser di-rigido sem essa visão de com-partilhamento e de coalização”, justificou.

Ao agradecer ao ex-minis-tro da Agricultura, Mendes Ri-beiro, Dilma disse que, além do caráter político, a relação entre eles tem “fortes bases afetivas”, o que levou o ex-ministro às lá-grimas. Em tratamento contra um câncer, mesmo debilitado nos últimos meses, Ribeiro se manteve à frente do ministério.

“O Mendezinho (sic) é, so-bretudo, uma pessoa de grande lealdade política e pessoal. Ao Mendes, vou dizer, com muito carinho, obrigada pelo seu tra-balho, e resista às dificuldades porque nós, no Brasil, precisa-mos de você”, afirmou.

Novo ministro da Agricultura é produtor rural em Minas GeraisDurante a cerimônia de posse, presidente Dilma Rousseff diz que a troca simultânea de titulares em mais dois ministérios fortalece coalização de partidos que governa o Brasil

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Page 14: Jornal Entreposto | Março de 2013

14 Artigo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Em seu aguardado e mais re-cente relatório, o Fundo Mone-tário Internacional (FMI) prevê para este ano um crescimento global de 3,5%, índice ligeiramen-te acima dos 3,2% alcançados no ano passado.

Com economias mais robustas e equilibradas, os países em de-senvolvimento serão os responsá-veis, em grande parte, por garan-tir esse resultado, com estimativa de crescimento em torno de 5,3%. O temor maior continuará sendo a chamada zona do Euro, com di-ficuldade para virar o jogo depois de uma crise sem precendentes.

Diante do cenário sombrio, ex-plica-se o fato de a palavra “crise” ocupar o centro das discussões sobre os desafios globais entre líderes políticos, empresários e acadêmicos de mundo. Explica, mas não se justifica. A lamentar é o fato de, ao analisarem temas candentes, sem dúvida, como a crise econômica, estar ausente das discussões uma de suas prin-cipais consequências. Ou seja, é preciso recolocar na pauta de prioridades um capítulo crucial para o ser humano e as aspirações de um futuro melhor: a desnutri-ção e fome no mundo.

De acordo com a FAO, órgão das Nações Unidas para a agricul-tura e alimentação, o drama atin-ge cerca de 870 milhões de pesso-as, ou seja, 12,5% da população mundial. “A desnutrição infantil leva à morte, por ano, mais de 2,5 milhões de crianças”, alertou, recentemente, Hélder Muteia, re-presentante da entidade no Brasil, durante o Fórum Inovação, Agri-cultura e Alimentos, realizado em São Paulo pela FAO e entidades do agronegócio.

PREMIAÇÃO

* João Sereno Lammel O assunto, embora possa pa-recer distante para a maioria de nós, na verdade está bastante pró-ximo da nossa realidade. A pobre-za extrema no Brasil regrediu nos últimos anos, mas ainda atinge 8% da população - cerca de 15 mi-lhões de brasileiros. Em setembro de 2000, na véspera da virada do milênio, os 191 países-membros da ONU declararam os Objetivos do Milênio, com oito metas para o desenvolvimento. Reduzir a fome à metade foi eleita como a primei-ra das metas. Observa-se, contu-do, a tímida repercussão inter-nacional deste tema, ausente nas discussões em Davos, e a postura pusilânime de todos nós frente a este flagelo humano.

É equivocada a ideia de que existe fome devido ao desperdício de alimentos. Estudo recente da Institution of Mechanical Engine-ers, da Inglaterra, admitiu a exis-tência do descarte de alimentos mesmo em bom estado, mas tam-bém criticou outros dois fatores: os prazos de validade determina-dos por órgãos regulatórios, que avalia como exagerados, e a falta de infraestrutura de transportes e armazenamento.

Somem-se a isso as intem-péries climáticas que frequen-temente frustram as colheitas: nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Uni-dos, USDA, reduziu a previsão da safra mundial de soja 2011/2012, de 257 para 251 milhões de tone-ladas - quebra de 5,5 milhões de toneladas -, devido à estiagem nos principais países produtores, Es-tados Unidos, Brasil e Argentina.

A lei da demanda versus pre-ços também é implacável no caso de produtos in natura: um exem-plo tem sido a queda nas vendas quando a ANVISA, do Ministério da Saúde, divulga de forma alar-mista os índices de resíduos em

frutas e hortaliças. “Além de re-cebermos até 50% menos pelo que conseguimos vender, grande parte da produção sobra e acaba indo para o lixo”, afirma Mariliza Soranz, horticultora e secretária de Agricultura do município de Jarinu (SP).

Por fim, outro fator a ser con-siderado é a baixa produtividade das culturas em países pobres e em desenvolvimento, em conse-quência da ainda reduzida adoção de tecnologias como sementes de qualidade, mecanização, fertili-zantes, defensivos agrícolas e ar-mazenagem adequada.

Nesse ponto, vale destacar o exemplo brasileiro. O País dispõe, hoje, segundo estudo da consulto-ria Andrade & Canellas, de apro-ximadamente 200 milhões de hectares livres para o cultivo - a maior área entre os grandes paí-ses agrícolas -, sem precisar avan-çar um palmo sobre biomas como o Cerrado e a Amazônia.

As tecnologias incorporadas nas três últimas décadas resul-taram em expressivos ganhos de produtividade, ocupando menor área (poupança de 74 milhões de hectares). Ou seja, o Brasil alcan-çou lugar estratégico na seguran-ça alimentar mundial.

Portanto, se a maioria dos líderes mundiais tem passado ao largo de tema tão importante como a fome, cabe às lideranças brasileiras - governo, especialis-tas, empresas e a sociedade civil organizada -, assumirem a rele-vância e o protagonismo do País e recolocarem, na pauta de debates, esta agenda decisiva para o futuro da humanidade.

* JOÃO SERENO LAMMEL, engenheiro agrônomo, é presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef.

SegurançaAlimentar

A área de educação da Associação Nacional de De-fesa Vegetal (Andef) pro-moveu o lançamento do livro “Pequenas histórias de plantar e de colher”, da autora Ruth Bellingini.

A obra traz conceitos e retrata a história da agricul-tura: como apareceram as culturas, a ajuda das máqui-nas, a ciência das plantas, a revolução verde e a agrono-mia como ciência e o agro. “Nosso objetivo é levar co-nhecimento sobre o dia a dia do campo para as esco-las de todo o Brasil. Quere-mos aproximar a cidade das áreas rurais, apresentando informações ricas para os nossos jovens que serão os nossos consumidores e pro-fissionais do futuro”, explica José Annes Marinho, geren-te de educação da Andef.

O livro pode ser usado entre o 5º e 9º ano do En-sino Fundamental. Dentro dele há um encarte cha-mado de Guia do Professor para auxiliar os docentes. A distribuição é gratuita e tem sido feita pela própria Andef, porém a associação procura apoio do gover-no e entidades afins para ampliar o envio dos livros. “Queremos que os livros cheguem para todas as es-colas, porém não temos acesso a todas elas. Se ti-vermos uma colaboração de prefeituras ou órgãos estaduais, poderemos al-cançar mais alunos”, finali-za Marinho.

ANDEFedu lança livro sobre a história da agricultura

“Pequenas histórias de plantar e de colher” fala sobre a evolução e importância da agricultura

LITERATURA

A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef)já abriu as inscrições para quem quer concorrer ao prê-mio Andef 2013, que home-nageia as pessoas que ajuda-ram no desenvolvimento do agro brasileiro. Conhecido como Oscar da agricultura, o prêmio “valoriza os pro-fissionais que atuam como parceiros e tem papel funda-mental no desenvolvimento do agronegócio. As expec-tativas para 2013 são ainda melhores já que o setor cres-ce dia a dia contribuindo e equilibrando a economia do nosso país”, segundo relata José Annes Marinho, gerente de educação da Andef.

Os participantes (exce-to jornalistas) podem fa-zer as inscrições até o dia 30/04/2013 através do site: http://www.andefedu.com.br. Serão três categorias para cada uma das premia-ções: Boas Práticas Agríco-las, Responsabilidade Am-biental e Responsabilidade Social.

“Iremos premiar as uni-versidades que tenham de-senvolvido trabalhos em prol da comunidade brasi-leira”, explica Marinho. Já os profissionais da imprensa disputarão a categoria Jor-nalismo. Poderão partici-par jornalistas que tenham produzido matérias no pe-ríodo de 01/05/2012 até 29/03/2013. Os temas e os locais para envio estão dis-poníveis no site. A entrega oficial será no dia 24 de ju-nho, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. A comissão julgadora será composta por profissionais ligados ao agronegócio, governo, ONGS, universidades e im-prensa. Participe!

16ª Edição do Prêmio Andef abre as inscrições

Page 15: Jornal Entreposto | Março de 2013

Agrícolamarço de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 16: Jornal Entreposto | Março de 2013

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 201316 Mercado

A CeasaMinas chegou aos 39 anos de operação no último dia 28 de fevereiro, com perspecti-vas de ampliação da oferta, sem perder o foco na sustentabili-dade. É assim que o presidente da estatal, João Alberto Paixão Lages, pretende atuar ao longo de 2013. Em 2012, Lages teve sua recondução aprovada pelo Conselho de Administração da CeasaMinas, ampliando o man-dato de presidente, iniciado em 2007, por mais três anos.

A sustentabilidade tem sido um dos pontos mais valoriza-dos pela Administração. Uma das principais iniciativas nessa área é a instalação das lâmpa-das de LEDs, iniciada no ano passado. Esse tipo de lâmpada, que deverá iluminar todo o en-treposto de Contagem até mea-dos de 2013, traz vários benefí-cios, dentre eles uma economia de 40% no consumo, o equiva-lente a R$ 100 mil/mês, como parte do Programa de Eficiên-cia Energética da Cemig.

Outra ação que tem mere-cido destaque na avaliação de João Alberto é a instalação dos ecopontos, que inclui compac-tadores de lixo e gaiolas onde comerciantes, produtores e de-mais usuários depositam sepa-radamente resíduos orgânicos (restos de alimentos) e rejeitos, papéis e plásticos. “Essa medi-da é importante porque reduz os gastos com o descarte no aterro sanitário e aumenta a renda dos catadores que pas-sam a ter mais volume de ma-teriais descartáveis”, explica o presidente da CeasaMinas.

Novos pavilhões

No segmento da comer-cialização, a CeasaMinas tem apostado na abertura de no-vos espaços para oferta de produtos. No entreposto de Contagem, está em operação desde novembro de 2012 o galpão X, com 2.658 m2, am-pliando a oferta do segmento de hortigranjeiros. Segundo o presidente, o espaço tem di-ferenciais como sistema para captação de água da chuva, que é reservada e usada para lavar pisos no entreposto, e abertura no telhado, que diminui o con-sumo de energia elétrica. O pre-sidente da CeasaMinas informa que o entreposto de Contagem deverá contar com dois novos galpões em 2013, o V e o Z.

Em parceria com o Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm), o entreposto de Contagem tem oferecido diver-sos cursos de extensão princi-palmente ao público do merca-do e moradores do entorno. A novidade neste ano é um curso de pós-graduação sobre abas-tecimento agroalimentar, que começou em março. “Conheci-mento é a chave que abre muitas portas no mundo atual e, no caso do abastecimento, é peça-chave para garantir mais competitivi-dade às empresas e aos produto-res”, afirma o presidente.

Qualificação

A CeasaMinas também for-malizou no ano passado a par-ceria com a Fundação CDL/BH, pela qual jovens aprendizes tem a oportunidade de mesclar os conhecimentos da escola com a experiência prática na Adminis-tração da empresa.

A CeasaMinas também tem sido decisiva nos principais avanços pelos quais passa o se-tor de abastecimento em nível nacional, uma vez que João Al-berto também é presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).

Entre as principais conquis-tas em 2012 está a entrega do Plano Nacional de Abasteci-mento (PNA) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa). O documento, elaborado por técnicos das cen-trais de abastecimento de todo o país, serviu de base para um gru-po de trabalho criado pelo Mapa para propor e articular ações necessárias à modernização, reorganização e gestão das cen-trais de abastecimento. O grupo é formado por representantes Abracen, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do próprio Ministério.

“Sabemos que temos muito a avançar em todos os entrepos-tos, mas estamos no caminho certo, ao levar ao público deba-tes necessários como o das em-balagens, classificação de produ-tos e de novos investimentos na reestruturação dos entrepostos”, explica João Alberto.

CeasaMinas completa 39 anos e prevê ampliar mercados

Já na CeasaMinas-Governa-dor Valadares, três áreas estão sendo licitadas para construção de novos galpões de comércios de pneus e serviços correlatos; ração e outros insumos agro-pecuários; e beneficiamento e venda de citros.

UniCeasa abre as portas do conhecimento

CeasaMinas lidera debate nacional

No entreposto de Juiz de Fora, as obras do GP2, com ca-pacidade para 40 lojas, devem ter início no primeiro semestre de 2013. O galpão de aproxima-damente 1,3 mil m2 possibi-litará aumentar a variedade e volume de produtos ofertados.

Em Uberlândia, uma das prin-cipais novidades na área de co-mercialização é o pavilhão GP III, que diversificou a oferta de produtos.

O espaço conta com 52 lo-jas, também erguidas de modo ecologicamente correto.

Pavilhão Z já está pronto, mas não foi oficialmente inaugurado

Pavilhão X está em funcionamento desde o final de 2012

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março de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Entrevista

Jornal Entreposto - Como o senhor tem encarado o desafio de lidar com a responsabilidade de comandar a mais diversifica-da Ceasa e a segunda maior em volume ofertado do país?

João Alberto Paixão Lages - Em primeiro lugar, é preciso ter muita capacidade para ouvir e dialogar. Nosso entreposto de Con-tagem, por exemplo, é uma verda-deira cidade com seus problemas típicos. A diversidade de públicos é proporcional às demandas, seja de produtores, lojistas, compradores, carregadores, chapas e demais tra-balhadores. Por isso, uma receita que tem dado certo é a do diálogo permanente com as entidades re-presentativas desses públicos.

JE - Sabemos que a demanda por espaços é grande na Ceasa-Minas. Como o senhor lida com este desafio?

João Alberto - Temos imple-mentado formas alternativas para construir novos pavilhões, como a venda “na planta”, a fim de cap-tar recursos a serem usados nas obras. Com isso, inauguramos em 2012 os pavilhões X em Contagem e GP3 em Uberlândia. E para 2013, o entreposto de Contagem deverá contar com dois novos galpões, o V e o Z.

Já na CeasaMinas-Governador Valadares, três áreas estão sendo licitadas para construção de novos galpões de comércios de pneus e serviços correlatos; ração e outros insumos agropecuários; e benefi-ciamento e venda de citros. No en-treposto de Juiz de Fora, as obras do GP2 devem ter início no primei-ro semestre de 2013. Nosso foco tem sido ampliar nossos espaços com diversificação da oferta e de modo sustentável.

JE - O senhor citou a preocu-pação com a sustentabilidade. Quais as principais iniciativas da CeasaMinas nessa área?

João Alberto - A sustentabili-dade é uma preocupação mundial e não poderia ser diferente em uma empresa do porte da Ceasa-Minas. Uma das principais inicia-tivas nessa área é a instalação das lâmpadas de LEDs, iniciada no ano passado. Esse tipo de lâmpada, que deverá iluminar todo o entre-posto de Contagem até meados de 2013, traz vários benefícios, den-tre eles uma economia de 40% no consumo, o equivalente a R$ 100 mil/mês, como parte do Programa de Eficiência Energética da Cemig. Outra ação que tem merecido des-taque são os ecopontos, que inclui compactadores de lixo e gaiolas onde comerciantes, produtores e demais usuários depositam se-paradamente resíduos orgânicos (restos de alimentos) e rejeitos, papéis e plásticos.

Essa medida é importante por-que reduz os gastos com o descar-te no aterro sanitário e aumenta a renda dos catadores que passam a ter mais volume de materiais des-cartáveis. Os novos pavilhões tam-bém são ecologicamente corretos, com sistemas de aproveitamento de águas da chuva e da luz natural.

JE - Outro grande desafio para as Ceasas é o uso adequado das embalagens. Como o senhor avalia o desenvolvimento do Banco de Caixas na unidade de Contagem?

João Alberto - Na verdade, te-mos avançado bastante nessa área. Nos últimos dois anos, consoli-damos a implantação das caixas plásticas higienizáveis nas nossas unidades de Governador Valada-res e Caratinga e em Contagem o

processo tem evoluído bastante. Nossa unidade em Uberlândia foi pioneira nesse processo, sendo referência desde 2004 para outras Ceasas do país. As caixas de ma-deira e de papelão devem ser, de acordo com a lei, descartadas após o primeiro uso. Já as caixas plásti-cas podem ser reutilizadas, desde que higienizadas a cada uso. Daí a importância de se ter um banco de caixas plásticas, onde é possível higienizar, alugar e realizar o ro-dízio de caixas por meio da troca de vales-caixas. Seja alugando ou comprando essas caixas, o resul-tado para produtores e comercian-tes é a redução de custos e a pos-sibilidade de oferecer produtos de melhor qualidade.

JE - A CeasaMinas há muitos anos também é referência em se-

gurança alimentar, com o Prodal Banco de Alimentos. O que esse programa tem de tão especial?

João Alberto - O Prodal Banco de Alimentos da CeasaMinas de Contagem é uma maneira de com-bater dois problemas: o do des-perdício de produtos e, de outro lado, a carência de muitas pessoas, por alimentação adequada. No ano passado, nós comemoramos os 10 anos do programa, com a marca de 10 milhões de quilos de produtos doados desde sua fundação. São alimentos que estão em condições de consumo mas perderam valor comercial, por estarem com algum defeito ou muito maduros para o atacado. Temos hoje cerca de 200 entidades diretamente cadastra-das e cerca de 35 mil pessoas be-neficiadas. Mas se somarmos as entidades redistribuidoras, como

Presidente da estatal aposta no diálogo com representantes dos usuários do entreposto

os outros bancos de alimentos, serão cerca de 90 mil pessoas be-neficiadas. São principalmente creches, casas de abrigo e asilos, todos filantrópicos, cadastrados conosco.

JE - O senhor também é pre-sidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Quais as principais conquistas à frente da entidade?

João Alberto - A CeasaMinas também tem sido decisiva nos principais avanços pelos quais passa o setor de abastecimento em nível nacional. Entre as prin-cipais conquistas em 2012 está a entrega do Plano Nacional de Abastecimento (PNA) ao Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O docu-mento, elaborado por técnicos das centrais de abastecimento de todo o país, serviu de base para um gru-po de trabalho criado pelo Mapa para propor e articular ações ne-cessárias à modernização, reor-ganização e gestão das centrais de abastecimento. Participamos ativamente da elaboração do tex-to que originou o Projeto de Lei 174, que fixas as diretrizes para os entrepostos públicos. Realiza-mos encontros periódicos com dirigentes das Ceasas do país, para os desafios e compartilhar experi-ências positivas. Ao longo de nossa gestão, também criamos a Revista Abastecer Brasil que completou 11 edições e é um importante ins-trumento para disseminar idéias e alavancar o debate nacional.

Sabemos que temos muito a avançar em todos os entrepostos, mas estamos no caminho certo, ao levar ao público debates necessá-rios como o das embalagens, clas-sificação de produtos e de novos investimentos na reestruturação dos entrepostos

JE - O que esperar do futuro do abastecimento?

João Alberto - Temos boas perspectivas para nosso abasteci-mento. Hoje as centrais de abas-tecimento têm outro status. Du-rante quase três décadas, a maior parte dos entrepostos ficou em segundo plano no planejamento das políticas públicas do país. Até meados dos anos 80, tínhamos o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento, o Sinac do gover-no federal, que formava uma rede. Com o fim do Sinac e o repasse das Ceasas para os governos estaduais e municipais, houve o desmantela-mento do sistema. Hoje os gover-nos, principalmente o federal, nos veem de outra maneira. Sabem que não podem prescindir das Ce-asas para sua política de segurança alimentar, que significa alimentos em quantidade e em qualidade adequadas a toda a população.

Funcionários e usuários do entreposto durante aula no UniCeasa

600 mil caixas plásticas são higienizadas por mês em Contagem

Ecopontos no entreposto contribuem com a coleta seletiva

CeasaMinas marca presente na maior feira su-permercadista de MG

Page 18: Jornal Entreposto | Março de 2013

18 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013Qualidade

CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

As previsões catastróficas de Malthus em 1798 em sua famosa publicação “EssayonPo-pulation” - “A população cresce em progressão geométrica, en-quanto a produção de alimen-tos aumenta em progressão aritmética. A solução para evi-tar epidemias, guerras e outras catástrofes provocadas pelo excesso de população, é a res-trição dos programas assisten-ciais públicos de caráter carita-tivo e na abstinência sexual dos membros das camadas menos favorecidas da sociedade” – não se realizaram.

Os agricultores mostraram, ao longo dos séculos, serem capazes de garantir o abaste-cimento de alimentos com o crescimento da área cultivada e da produtividade (produção por área).

O problema atual de escas-sez de alimentos é de acesso das populações mais pobres ao alimento, não de sua falta.

A população continua cres-cendo, auxiliada pela diminui-ção da mortalidade infantil e pela maior longevidade. Até o século XIX o crescimento da população mundial foi lento e depois explodiu – um bilhão de pessoas em 1.850, seis bilhões em 1.999, 6,9 bilhões em 2.010 e previsão de 8 bilhões em 2.022 e 9 bilhões em 2.050.

A demanda por alimen-tos está crescendo mais que a população. A demanda por alimentos cresceu conduzida pelo aumento da população, aumento da afluência, mudan-ça nos hábitos de consumo, competição pelo uso da terra entre a produção de alimentos e a produção de energia (como nos EUA com o milho).

A melhoria das condições de vida trouxe para o mercado 3,5 bilhões de pessoas - metade da população mundial - que até então não tinha renda. Países de grandes populações, como a China e a índia, crescem rapida-

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

ACADEMIA

Tomás Sassetti Coimbra, 23 anos, estuda no Instituto Superior de Agronomia em Lis-boa, Portugal (ISA/UTL). Após ter terminado a licenciatura em engenharia agronômica, ele faz o mestrado em agronomia tropical e desenvolvimento sustentável. Vale desta-car que, diferente daqui, o termo mestrado em Portugal remete ao último ano do curso, equivalente à residência ou projeto de fim de curso, característicos da graduação no Brasil.

Durante um almoço na casa de familia-res, um brasileiro amigo da família lhe disse que, caso quisesse estudar no Brasil, deveria procurar pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq). “É a melhor do Brasil”, disse ele.

Como projeto de final de curso, o estu-dante conta ser fundamental ter a experiên-cia de viver pelo menos um ano fora, em um país tropical. Para tanto, precisou selecionar um produto cultivado em ambiente tropical para aprofundar seus conhecimentos.

“Optei, então, pela mandioca e, pelo avan-ço tecnológico, pela importância social da agricultura e pela dimensão deste país esco-lhi o Brasil e, claro, a Esalq, seguindo a suges-tão daquele amigo”, conta Sassetti.

Mandioca

A escolha da tuberosa é justificada uma vez que a mandioca tem imensa importância na quase totalidade da área terrestre dos tró-picos. “Para as sociedades mais pobres é um bem de subsistência muito importante! Na África, milhões de pessoas sobrevivem dia-riamente graças ao consumo de mandioca, sob várias formas. Inclusive aqui no Brasil, nos estados do Norte, a ingestão in natura ou da farinha é essencial para uma alimen-tação adequada em calorias. Por outro lado, para sociedades com níveis de renda mais

elevados, a raiz pode ser transformada na indústria do amido, para fabrico de muitos produtos que conhecemos, como o chocola-te, papas de criança, ou ainda na alimentação animal, perdendo, desta forma, importância no consumo in natura”, lembra.

Apesar destas inúmeras aplicações, Sas-setti ressalva que a mandioca continua a ser uma cultura pouco prestigiada, pouco estu-dada e deixada aos agricultores de subsis-tência ou de pequena escala. “Sendo aluno quase formado de Agronomia Tropical devo me preocupar com este tipo de assunto. Cul-turas onde as pessoas têm investido pouco estudo, ou pouca atenção, são exatamente aquelas que um engenheiro agrônomo deve recair o olhar para aumentar a produção, ou melhorar pelo menos o conhecimento de como produzir”.

Em Piracicaba

No segundo semestre de 2012, o portu-guês cursou disciplinas na Esalq e, essa se-mana, chegou a Piracicaba pela segunda vez. “Agora realizarei o trabalho sob o tema “A cultura da Mandioca: a cadeia produtiva no Brasil”, complementa.

Na Esalq, o graduando terá orientação de Marcos Silveira Bernardes, docente do Departamento de Produção Vegetal (LPV) e, concomitante, será e co-orientado pelo pro-fessor Bernardo Pacheco de Carvalho (ISA/UTL). De acordo com o aluno, seu trabalho será composto, na primeira parte, por uma descrição da cultura, englobando aspectos da economia, história e caraterísticas fisio-lógicas. Em uma segunda parte, será feita a avaliação da cadeia produtiva deste bem, quando o autor observará as vias dos produ-tos e subprodutos da mandioca e o valor ge-rado em cada uma. Para o professor Marcos

Bernardes, a vinda de um aluno estrangeiro para um semestre letivo, participando das aulas, é algo importante. “O fato de o Tomás estudar o caso da cultura da mandioca, tipi-camente tropical e ausente no país de origem (Portugal) trata-se de uma oportunidade de trabalho e pesquisa em âmbito mundial, seja no Brasil, seja em outros países tropicais”, comenta.

Bernardes reforça ainda a importância de o estudo ter apoio das duas instituições. “Fundamental ainda a disposição de profes-sores, de ambas as intuições (ISA-Portugal e Esalq), em diferentes departamentos, em apoiar um estudo interdisciplinar envolven-do produção vegetal, agroindústria, admi-nistração, economia, política agrícola, entre outros”, complementa.

SolidarISA

Em Portugal, Tomás Sassetti Coimbra participa do projeto SolidarISA. A iniciativa teve início em 2011, com o objetivo de aju-dar instituições de cunho social a partir de recursos disponíveis nas práticas agrícolas da Universidade.

“A finalidade é reverter os benefícios re-sultantes de cada atividade agrícola, quer sejam bens alimentícios ou dinheiro resul-tante da venda dos produtos finais para o Banco Alimentar”. No primeiro ano, o projeto ocupou-se da sementeira de três hectares de grãos cedidos pelo Instituto.

A colheita foi a meados de setembro, com uma colheita manual que juntou alunos e vo-luntários e resultou em 1.830 quilos de grão de bico. Em 2013, o SolidarISA doará couve--lombarda. “Acredito que na Esalq é possível praticarmos algo semelhante, temos áreas produtivas e muita gente envolvida em gru-pos de estudo e atividades práticas”, finaliza.

Estudante português aperfeiçoa estudos sobre mandioca na Esalq

O projeto de campanha de valorização da mandioca foi apresentado aos participantes da Câmara Setorial da cadeia produtiva da raiz dia 7 de feve-reiro, em Brasília.

De acordo com o represen-tante da Organização das Co-operativas Brasileiras (OCB), Eloísio Barbosa Lopes, a pro-moção da tuberosa no mercado nacional será feito por intermé-dio do Festival Sabor Mandioca 2013, onde os bares e restau-rantes poderão apresentar di-versos pratos de um alimento tradicional.

“A cadeia produtiva da man-

dioca enfrenta uma das mais sérias crises, especialmente no Nordeste, por causa da es-tiagem. Isso exige a adoção de medidas de fortalecimento do setor”, aponta Lopes. “É opor-tuno aproveitar a visibilidade do Brasil por causa dos gran-des eventos esportivos, como a Copa das Confederações, para difundir alimentos tipicamente brasileiros”, acrescenta.

A campanha da mandioca vai valorizar além dos atribu-tos culinários e nutricionais, aspectos sociais, econômicos, ambientais e históricos para consolidar a produção agrícola

e industrial. Cerca de dois mi-lhões de agricultores familiares brasileiros vivem da produção da maniva.

Os organizadores do XV Congresso Brasileiro de Man-dioca, que ocorre de 21 a 26 de outubro, em Salvador, apre-sentarão palestras e montarão um estande da campanha de valorização da raiz. Está previs-to, para o dia 15 de junho, a pu-blicação trilíngue de um Guia Internacional Sabor Mandioca, em Brasília. A obra contará com 48 pratos e aproveitará também a Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

SABOR BRASILEIRO

Campanha para fortalecer produção de mandiocaUma das ações será o Festival Sabor Mandioca. Bares e restaurantes apresentarão pratos a base da raiz

Segurança e qualidade dos alimentos nas Ceasas brasileiras

Page 19: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Qualidade

CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

consumo.No caso dos produ-tos agrícolas industrializados, o agricultor é fornecedor de matéria prima e a indústria es-tabelece os padrões para essa matéria prima, os volumes de compra e a época do forneci-mento. A indústria desenvolve novos produtos, novas embala-gens, estuda o mercado consu-midor, faz propaganda dentro e fora dos estabelecimentos comerciais, tem sistema de venda e distribuição, SAC, SOC, assessora o comprador e assim por diante, ou seja, a indústria coordena a cadeia, o que de ne-nhum modo ocorre no caso dos hortícolas frescos, em que nin-guém coordena a cadeia.

A produção hortícola é uma das únicas atividades agrícolas que permite a sobrevivência digna do pequeno produtor. A produção na melhor época e re-gião permite maior produtivi-dade, menor custo de produção, menor ocorrência de pragas e doenças e menor aplicação de

insumos e defensivos, frutos de melhor qualidade e menor cus-to para o consumidor.A diver-sidade geográfica do Brasil ga-rante, para a maioria das frutas e hortaliças frescas, a oferta do produto ao consumidor todos os dias do ano ao longo do ano.

O produtor é especializa-do por produto e a produção é sazonal. O produto é perecí-vel, sensível: alto conteúdo de água,metabolismo intenso, ma-cio. Existe grande diferenciação de valor por qualidade (sabor, frescor, beleza). A melhor qua-lidade acontece no momento da colheita.A comercialização é uma corrida contra o tempo, com grande fragilidade comer-cial do produtor. O produto mais valorizado é o mais pere-cível: a fruta colhida mais ma-dura, a hortaliça colhida mais tenra.Todos os cuidados da co-lheita até o consumo só conse-guempreservar a qualidade do produto, nunca melhorá-la.

O abastecimento de frutas e

hortaliças frescas é uma opera-ção logística muito complexa – a logística do pequeno, do pere-cível, da luta contra a perda de valor e do produto. Ele exige a existência de centros eficientes de consolidação e distribuição dos produtos, com regras de comércio justas e transparen-tes, um sistema de informação de apoio à tomada de decisão ao longo da cadeia e um siste-ma de gestão que preserve a segurança e a qualidade do ali-mento – as Ceasas.

As Ceasas devem ser cen-tros de informação, de capa-citação, de monitoramento da qualidade e de apoio ao pe-queno produtor, ao pequeno varejo e ao pequeno serviço de alimentação, trabalhando para eliminar as atuais distorções em favor dos grandes e favo-recendo a concorrência leal. A sobrevivência do pequeno pro-dutor, do pequeno varejo e do pequeno serviço de alimenta-çãodepende da sua existência.

mente, fortalecendo a demanda por volume e diversidade de alimentos. Em 1984, havia 1,1 bilhão de chineses pobres e nenhuma classe média. Atual-mente a classe média chinesa de 250 milhões de pessoas, é 30% maior que toda a popula-ção brasileira.

A expectativa é de um gran-de aumento de consumo per capita de calorias e de carne nos países emergentes como a China e a Índia: de 2.900 calo-rias em 2000 para 3.300 calo-rias em 2040 e de 15 kg para 46 kg de carne per capita na China. Hoje os países industrializados consomem 3.500 calorias per capita por dia.

Durante os últimos 50 anos, os preços declinantes dos ali-mentos, em termos reais, e os custos crescentes achataram os lucros das fazendas e dizima-ram o número de fazendeiros. O aumento atual de preços dos alimentos pagou uma dívida vencida há muito tempo.

A falta de água e a deserti-ficação restringirá a produção de alimentos, especialmente em países densamente povoa-dos como a China e a Índia. O Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda podem ex-pandir a sua área de produção de alimentos.

A população brasileira cres-ceu 2,8 vezes nos últimos 50 anos: 70 milhões em 1.960, 170milhões em 2000 e 195 mi-lhões em 2011. A produtivida-de agrícola brasileira cresceu muito. A desnutrição diminuiu e aobesidade é um problema nacional.

O Brasil é o5º maior terri-tório do mundo, ocupa 47% da América do Sul, com 851 milhões de hectares, sendo 160 milhões de hectares ocu-pados por agricultura e pecu-ária (19%). A grande maioria dos solos brasileiros é de baixa fertilidade, exigindo grande in-vestimento em insumos e tec-nologia. As leis ambientais de-terminam a destinação de uma grande parte das propriedades rurais para reserva legal: 20% no Cerrado e outros, 35% na

Pré-Amazônia e 80% na Ama-zonia e ainda para as APPs – Áreas de Proteção Ambiental próximas à agua.

A população, a urbaniza-ção, as exigências legais (saú-de, meio ambiente, segurança alimentar crescem. É preciso buscar maior produtividade, maior eficiência na utilização de insumos, menores perdas entre a produção e o consumo. Hoje 0,30 hectares alimentam uma pessoa, vinte cinco anos precisaríamos de 0,50 hectares (67% mais), a previsão é de que em trinta anos 0,15 hectares se-rão suficientes para alimentar uma pessoa – um crescimento de 233% em 55 anos.

A área possível de expan-são agrícola no Brasil é grande quando comparada aos outros países mas pequena, cerca de 1%, quando consideramos o crescimento da demanda.

O desafio da produção de alimentos no Brasil e no mundo é aumentar o alimento disponí-vel através do crescimento da produtividade e do seumelhor aproveitamento - diminuição de perdas e melhoria da quali-dade.

A produção e o abasteci-mento da população brasileira como produtos hortícolas fres-cos é uma tarefa muito comple-xa.

O consumo de frutas e hor-taliças frescas cresce com o desenvolvimento, com a rique-za. A preocupação com saúde, variedades, marcas e o consu-mo de frutas e hortaliças fres-cas predominam em países de renda per capita acima de US$ 15.000 por ano. No Brasil o consumo é maior nas classes de renda mais elevadas: a clas-se de renda mais alta consome 5 vezes mais frutas e 3 vezes mais hortaliças que a classe de menor renda.

As frutas e hortaliças fres-cas são alimentos especiais, únicos. Elas são a conexão en-tre o consumidor e a Natureza, símbolosde sabor, frescor, bele-za, saúde,prevenção de doença, capacidade física. Não existe indústria entre a produção e o

Segurança e qualidade dos alimentos nas Ceasas brasileiras

Page 20: Jornal Entreposto | Março de 2013

20 Importação JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

A Instrução Normativa que aprova os re-quisitos fitossanitários para a importação de bulbos de alho produzidos na República Popu-lar da China, foi publicada no Diário Oficial da última quinta-feira dia 28 de fevereiro de 2013. Com base no documento, o alho importado de-verá estar livre de resíduos vegetais e material de solo.

Esta Instrução Normativa SDA N. 2 de 26 de fevereiro de 2013 é resultado de um pleito en-caminhado em 2006 pela Associação Nacional dos Produtores de Alho – ANAPA ao Ministério da Agricultura, no qual solicitava a Análise de Risco de Pragas sobre o alho importado, com base em um estudo pormenorizado realizado juntamente com a EMBRAPA, que identificou mais de 20 pragas quarentenárias que colocam em risco a produção nacional.

O presidente da ANAPA Rafael Jorge Corsi-no buscou incessantemente a finalização desse processo, tendo em vista tratar-se de assunto de extrema urgência e de segurança nacional, pois todo o alho importado da China ingressa ao Brasil sem nenhum tipo de controle fitossa-nitário. “Nossa preocupação é garantir a qua-lidade e continuidade da produção nacional. As importações, sem regulação fitossanitária, podem colocar em risco a segurança das la-vouras em nosso país, uma vez que há algumas pragas que podem vir juntamente com a carga, das quais não temos controle e nem pesquisas para combatê-las. O que buscamos é diminuir as possibilidades de contaminação em solo na-cional”, afirma Corsino.

Para Olir Schiavennin, vice-presidente da ANAPA, a publicação da Instrução Normativa é um marco ao setor: “É uma conquista impor-tante, que garante a produção nacional e leva a certeza de que o alho chinês passará por uma análise minuciosa e acarretará em um maior controle das importações. Além disso, ressalta a credibilidade da ANAPA e traz consequências positivas ao produtor nacional.”, finaliza Olir.

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) empreendeu todos os esforços necessários ao acompanhamento do processo de Análise de Risco de Pragas – ARP do Alho, que desdobrou--se na Instrução Normativa e destaca que essa é uma conquista importante para os produto-res brasileiros, que poderão produzir com mais segurança e garantir a qualidade da produção sem correr riscos.

A Análise de Risco de Pragas foi uma soli-citação inicial do então presidente da ANAPA Gilmar Dallamaria e sua continuidade trans-correu pelos sucessores Jorge Kiryu e Rafael Corsino.

Importação de alho chinês:somente livre de resíduos vegetais e material de solo

INSTRUÇÃO NORMATIVA

Confirmando as expectativas dos empresá-rios do segmento, a indústria brasileira de má-quinas e implementos agrícolas fechou 2012 com uma receita bruta de R$ 11,2 bilhões, o que representa um crescimento de 13% sobre o de-sempenho do ano anterior.

Este resultado final é fruto da consolidação dos dados referentes a 2012, realizada em feve-reiro de 2013 pelo Departamento de Economia e Estatística da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Os da-dos fechados do ano passado foram divulgados junto com os de janeiro deste ano, quando foi registrado um faturamento de R$ 715 milhões, apontando um crescimento de 4,3% em relação a janeiro de 2012.

Para este ano, as projeções dos empresários ligados à Câmara Setorial de Máquinas e Imple-mentos Agrícolas (CSMIA) também são otimis-tas. Estima-se um crescimento da ordem de 10% a 15%. Tal otimismo se baseia nas excelentes perspectivas do agronegócio para este ano. Além disso, a redução nas taxas de juro do Finame PSI, do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econômico e Social até o fim do ano também colabora para manter aquecidos os negócios na área de máquinas e implementos agrícolas.

“A medida não soluciona todos os problema de competitividade do setor, mas sinaliza o com-prometimento do governo com a criação das condições mínimas que possam contribuir para incentivar a mecanização no setor, além de pro-piciar a renovação da frota nacional”, diz Celso Casale, presidente da CSMIA.

Ele enfatiza que tão importante quanto a instituição de instrumentos de crédito é a sua permanência. Analisando os dados fechado de 2012, Casale chama a atenção para o declínio das exportações, simultaneamente ao aumento das importações do setor.

Pelos dados consolidados de 2012, houve um crescimento acumulado nas importações de 22,9%, com a entrada de máquinas e implemen-tos agrícolas de países como Estados Unidos, Itália, França e Coreia, enquanto as exportações recuaram 12,1%.

Segundo Casale, o fortalecimento da indús-tria nacional de máquinas e implementos agrí-colas e o atendimento da crescente demanda dos produtores rurais estarão assegurados pela manutenção da oferta de financiamento, todos eles com as mesmas condições oferecidas pelo Finame-PSI.

O presidente da CSMIA assegura também que os fabricantes nacionais continuam empe-nhados no desenvolvimento de novos produtos, em consonância com os avanços demandados pela modernização do setor nos últimos anos.

ECONOMIA AGRÍCOLA

Setor de máquinas projeta expansão de até 15% em 2013Otimismo está baseado nas excelentes perspectivas do agronegócio para este ano

Por Mariana LealANAPA

Page 21: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 22: Jornal Entreposto | Março de 2013

22 Ceasas do BrasilJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

ECONOMIA

CEASA CAMPINAS

Ashortaliças ficaram 4,6% mais caras e as frutas tiveram redução de 7,2% no preço mé-dio, em fevereiro na compara-ção com janeiro, no entreposto de Contagem daCeasaMinas. A alta dos legumes e verduras continua influenciada pelo cli-ma chuvoso em várias regiões produtoras. Já no grupo das fru-tas, o período de safra de vários produtos contribuiu para ga-rantir boas opções de consumo, a exemplo do mamão formosa, melancia, goiaba e limão.

De acordo com o chefe da Se-ção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim),Ricardo Fernandes Martins, os produtos que mais influenciaram a alta do grupo de hortaliças foram os mais sensíveis às chuvas. Entre as principais altas, estão a do repolho (80,3%), berinje-la (65,5%), cenoura (35,5%), chuchu (18,8%),cebola (16%) e batata (3,2%).

O tomate apresentou que-da de 7,7% no preço médio no comparativo de fevereiro em relação a janeiro, fechando em R$ 1,93/kg no atacado. Apesar da queda, o preço ainda é consi-derado alto para o consumidor, porque em janeiro o tomate ha-via ficado 64,61% mais caro. A

Preço médio de hortaliças fica 4,6% maior, e o de frutas cai 7,2% na CeasaMinas

previsão é de que o preço das hortaliças se mantenha estável até o fim de abril.

Entre as hortaliças, é pos-sível encontrar produtos mais acessíveis, a exemplo dacouve--flor, milho-verde, moranga hí-brida, quiabo e mandioquinha.

Frutas

No grupo das frutas, as prin-cipais quedas foram dos ma-mões havaí (-47,8%) e formosa (-26,5%), limão (-42,6%), figo (-27,2%), melancia (-25%), uva rubi (-17,3%), abacaxi (-10,4%) e goiaba (-7,1%). Também são boas dicas de consumo a bana-nananica, pequi, laranja pêra, manga, abacate, caqui e maçã nacional.

Ovos

Os ovos ficaram 13% mais caros em fevereiro, influencia-dos por fatores como a altade custos e o aumento da deman-da, comum no período da Qua-resma.

O entreposto de Contagem ofertou, ao todo, no mês passa-do cerca de 160 milhões de qui-los de hortigranjeiros, cereais e industrializados, movimentan-do R$ 292,37milhões.

Couve-florMilho-verdeMoranga híbridaQuiaboMandioquinha

Dicas de consumoAbacaxiBanana nanicaLaranjapêraLimão tahiti Mamão formosaH

orta

liças

Frut

as Mamão havaí Pequi Figo Goiaba Melancia

Abacate Caqui Maçã nacionalUva rubi

O Dia Internacional da Mulher, co-memorado em 8 de março, movimenta o Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da Centrais de Abasteci-mento de Campinas (Ceasa). A rosa é a preferida para a data, por isso há aumen-to de até 40% nas vendas da flor nesta semana comparada com outros períodos normais.

Segundo Ana Rita Pires Stenico, ge-rente do Mercado, a oferta da rosa sobe de 80 mil dúzias comercializadas em uma semana sem data festiva para 115 mil dúzias nos dias que antecedem o Dia da Mulher. O tom mais procurado da rosa é o vermelho. Também têm boa saída, con-forme a gerente, diversas flores em vasos de vários tamanhos como violetas, lírios e crisântemos.

São bastante comercializadas as or-quídeas - em especial a mais comum, a phalaenopsis. Em março de 2012 foram ofertados 36 mil vasos de orquídeas no Mercado da Ceasa, 70% mais que em meses onde não há datas especiais para o setor. Além do Dia da Mulher, este au-mento da venda de orquídeas foi resulta-

do da estratégia dos produtores no ano passado, conta Ana Rita, que investiram na phalaenopsis e colocaram uma grande quantidade da planta no mercado.

Em março 2012, a calandiva e o kalan-choe também tiveram a oferta aquecida, com aumentos de 30 e 35%, respectiva-mente. Foram comercializados 20 mil vasos de calandiva e 65 mil de kalanchoe naquele mês, ambos nos potes mais ven-didos no tamanho médio com cerca de 11 centímetros de diâmetro.

A gerente explica que a data ganha força a cada ano. “Há uns 10 anos este dia passava quase despercebido. Mas existe uma valorização muito maior das mulhe-res que conquistam cada vez mais espaço na vida social e no trabalho e esta impor-tância reflete, inclusive, neste comércio de flores”, ressalta.

Empresas

O dia da semana em que a data é co-memorada influencia no desempenho da oferta de produtos. Neste ano, o Dia Inter-nacional da Mulher será numa sexta-feira,

dia útil, o que, conforme Ana Rita, favore-ce a comercialização, pois boa parte das homenagens com entrega de flores acon-tecem no ambiente de trabalho.

“Há grande procura de empresas, ban-cos, condomínios, mercados e outros es-tabelecimentos que têm por tradição ofe-recer flores as funcionárias ou as clientes. Todos querem prestar uma homenagem às mulheres. É uma forma de valorizá-las e de fidelizar a marca”, explica Ana Rita.

Para a vendedora Patrícia Passadori - da Mart Flora, permissionária do Mer-cado da Ceasa - presentear e homenagear mulheres com flores é um acerto garan-tido. “Recebemos muita encomenda de comércio e empresas. A flor é um símbolo de carinho e toda mulher gosta de rece-ber”, avaliou.

O Mercado de Flores da Ceasa-Cam-pinas funciona para o público em geral às segundas e quintas-feiras, das 13h às 16h30 às terças, quartas e sextas-feiras, das 8h às 16h30 e aos sábados, das 8h às 13h. Os clientes cadastrados têm horários exclusivos às segundas e quintas-feiras, das 6h30 às 13h.

Dia da Mulher aumenta em 40% a venda de rosas na Ceasa

Page 23: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Ceasas do Brasil

ECONOMIA

Limão taiti

-29,2 %Brócolis

-32,4 %

Cenoura

44,6 %

Ovos

17,5 %

Cação

4,3 %

Índice Ceagesp recua 1,42% em fevereiroAté o fim de março, preços de legumes e verduras devem voltar aos patamares habituais

Em fevereiro, o Índice de preços Ceagesp recuou 1,42%. No último mês, os setores de frutas, verduras e pescados re-gistraram retração e impulsio-naram a desaceleração depre-ços no atacado. Neste ano de 2013, entre os meses de janeiro e fevereiro, o Índice acumulou 1,89% e nos últimos 12 meses registrou alta de 20,73%.

“Apesar das condições cli-máticas adversas, como exces-so de chuvas e altas temperatu-ras nas regiões produtoras de toda a região sudeste, o volume ofertado e a qualidadedas hor-taliças começam a apresentar ligeira melhora”, explica Flávio Godas, economista da Ceagesp.

Conforme o cenário des-crito, a baixa mais expressiva foi a das Verduras, que caí-ram 5,83%. Sendo asquedas mais relevantes as do coentro (-37,6%), do brócolis (-32,4%), docouve-flor (-28,9%), da alfa-

ce crespa (-21%) e do agrião (-11,7%). Entre asprincipais al-tas do setor estão as do repolho (26,1%), da mostarda (24,3%) e do espinafre (16,8%).

A seguir, o setor de Frutas fechou o mês com retração de 4,27%. Entre as principais-baixas estão as do limão taiti (-29,2%), da manga palmer (-25,2%), do mamão havaí (-23,9%), da goiaba (-21,7%) e da uva itália (-16,1%). Por outro lado, subiram principalmente o maracujá azedo (21,3%), o caju (14,3%) e a melancia(13,3%).

Os Pescados registraram queda de 1,49% e tiveram como principais quedas as da sar-dinha (-37,9%), da cavalinha (-30,3%), do robalo (-16,8%) e do badejo(-12,7%). As al-tas mais significativas foram as das anchovas (27,7%), do pacu(16,5%) e do cação (4,3%).Por outro lado, o setor de Legu-mes subiu 10,23%, sendo as

principais elevações as da ce-noura (44,6%), da ervilha torta (29,6%), da beterraba(25,8%), do tomate (25,1%) e da abobri-nha italiana (24,2%). Já as prin-cipaisretrações foram as do jiló (-27,8%), do chuchu (-21%), da vagem (-18,5%) e do pepino ja-ponês (-11,9%).

E, finalmente, o setor de Diversos elevou 8,11%, com destaque para a alta dos ovos (17,5%), da cebola nacional (12,3%) e da batata lisa (4,9%). Somente o coco seco (-6,6%) registrou queda neste setor.

Tendência

Até o final de março, os pre-

ços de legumes e verduras de-verão iniciar o processo de re-torno aos patamares habituais. Para estes dois setores, preser-vadas as condições atuais, não há mais perspectivas de eleva-ção dos preços praticados.

O setor de frutas apresen-ta ótimas opções para o con-sumidor e a entrada em maior volume de produtos sazonais deverá manter este quadro inalterado. Já no setor de di-versos, batata e cebola devem permanecer com preços em pa-tamares elevados.

O setor de pescados deverá apresentar acentuada elevação do volume ofertado em razão da Semana Santa. Mesmo com a elevação da quantidade, os preços deverão sofrer majora-ções, principalmente na última semana de março, em razão da maior procura, característica nesta época.

Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir

melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos

à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abó-boras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os me-ses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensal-mente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponde-rados de acordo com a sua re-presentatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp que é referência nacional em abastecimento.

Page 24: Jornal Entreposto | Março de 2013

24 Transporte JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

DESTAQUE

A grife “iF” é reconhecida mundialmente como marca de excelência em design – um selo que agora foi agregado ao novo

Actros ganha mais um prêmio internacional de design

Conceituado prêmio “iF” foi conquistado pelo novo Mercedes-Benz na categoria design de produto

O pneu é um item básico dos veículos e faz parte do cotidia-no de milhões de motoristas de carros de passeio, ônibus, cami-nhões e máquinas agrícolas. Para garantir a segurança e durabili-dade deste item tão importante, alguns cuidados são fundamen-tais.

A Associação Nacional da In-dústria de Pneumáticos (ANIP), entidade que representa a indús-tria de pneus e câmaras de ar ins-taladas no país desde 1960, tem um guia com dicas para fazer a

Cuidados básicos podem aumentar a durabilidade e eficiência de pneusRosalvo StreitDa Agência CNT de Notícias

manutenção correta e aumentar a vida útil dos pneus. De acordo com a entidade, os fabricantes também investem em tecnolo-gia para atender a consumidores cada vez mais exigentes.

A primeira dica é respeitar o desgaste máximo de 1,6 mm de profundidade dos sulcos, limi-te de segurança em que o pneu passa a ser considerado “careca”. A ANIP alerta que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe o tráfego de veículos neste estado, o que pode causar apreensão.

Pneus com sulcos abaixo do limite de segurança aumentam

as chances de derrapagens la-terais e requerem mais espaço para frenagem, mesmo em pista seca. Em pistas molhadas, tam-bém causam instabilidade, uma vez que não dão drenagem ade-quada à água.

Existem componentes me-cânicos do veículo – amortece-dores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas - que interferem na quilometragem rodada dos pneus. Sem a manutenção cor-reta, eles podem ocasionar des-gastes prematuros. Outra dica importante é o balanceamento das rodas para evitar perda de tração, estabilidade e desgastes

Mercedes-Benz Actros europeu. Neste ano, 49 especialistas das áreas de design, indústria e edu-cação escolheram seus favoritos

entre mais de 3.000 inscritos.Essa competição faz parte da

premiação “iF design awards”, agora em seu 60º ano, organiza-

da pelo International Forum De-sign, que tem sede em Hanover e abriga trabalhos do mundo todo. Anualmente, os prêmios por ex-celência em design são apresen-tados em três categorias: produ-to, comunicação e embalagem.

O júri passou três dias, a portas fechadas, vendo, experi-mentando e analisando os tra-balhos inscritos. “Todos os cases premiados são exemplos excep-cionais em design de produtos”, afirma o veredicto do júri de es-pecialistas internacionais.

Os critérios-chave são a atra-tividade e o conteúdo para o público-alvo, qualidade e criati-vidade do design, importância para o cliente, economia, origi-nalidade e inovação. Os ganhado-res do “iF”refletem as tendências atuais de design e as credenciais econômicas de objetos bem pro-jetados.

“O fato de nosso Actros ter conquistado um prêmio de de-sign tão importante é um reco-nhecimento magnífico de nosso empenho diário,” afirma Kai Sieber, chefe de Design da Mer-cedes-Benz Trucks& Vans. “Nos-

so foco é atingir a mais perfeita harmonia entre forma e função.”

O novo Actros da Mercedes--Benzj á havia conquistado, an-teriormente, o prêmio “reddot” conferido pelo Design Zentrum Nordrhein-Westfalen, o prêmio “German Design Award 2013” na categoria Transportand Public Space e o “Focus in Gold 2012” do Design Center Stuttgart. O caminhão que é o top de linha-da Mercedes-Benz conquistou os júris internacionais pela alta qualidade e ergonomia do inte-rior de suas cabinas e pelo de-sign externo consistente das di-ferentes versões do veículo.

O novo ActrosA nova série de caminhões

Actros, produzida na fábrica da Mercedes-Benz em Wörth, na Alemanha, foi concebida para o transporte de longo percurso. Os designers voltaram às suas pran-chetas para desenvolver um Ac-tros totalmente novo, que atende às exigências sempre crescentes com relação a conforto, econo-mia, dinâmica de condução e di-versidade.

acentuados. Desvios mecânicos provocam o desgaste prematu-ro de pneus e o desalinhamento da direção, o que deixa o veículo instável e inseguro.

O carro deve ser alinhado sempre que sofrer impactos na suspensão, na troca de pneus ou quando eles apresentarem desgastes irregulares, quando o veículo estiver puxando para um lado ou a cada 10 mil km. Cali-brar os pneus é outro cuidado para garantir a durabilidade. A baixa pressão acelera o desgaste, consome mais combustível, di-minui a estabilidade nas curvas, deixa o veículo mais ‘pesado’ e

interfere na capacidade de ma-nejo. O excesso de pressão tam-bém é prejudicial porque causa maior desgaste no centro de ro-dagem e reduz a estabilidade nas curvas por causa da menor área de contato com o solo.

Para garantir mais eficiência e estabilidade, especialmente em curvas e freadas, o rodízio dos pneus deve ser feito para compensar a diferença de des-gaste. As últimas dicas são evitar o contato do pneu com derivados do petróleo ou solventes, que atacam a borracha e não dirigir com freadas fortes ou mudanças bruscas de direção.

Page 25: Jornal Entreposto | Março de 2013

março de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Transporte

SERVIÇO

DPaschoal lança programa de fidelização para clientes

Novo programa “TruckCard” beneficia caminhoneiros em produtos e serviços da rede

A DPaschoal, uma das maio-res redes de serviços automoti-vos do Brasil, lança uma novida-de direcionada aos clientes do Varejo Pesado/Caminhoneiros, o cartão de relacionamento “TruckCard”. O novo programa tem como principal objetivo tra-balhar a fidelização destes clien-tes, oferecendo benefícios exclu-sivos da rede. Segundo William Bossolani, gerente de marketing da DPaschoal, o programa é uma forma de estreitar relacio-namento e também divulgar a variedade de produtos e servi-ços que a empresa oferece aos caminhoneiros.

Para se cadastrar, o cami-nhoneiro precisa ser cliente DPaschoal e ter realizado uma compra no mesmo dia da emis-são do cartão “TruckCard”. O cliente deve fazer a atualização do seu cadastro, informando da-dos pessoais e do veículo.

Efetuado o cadastro, o novo fidelizado receberá na hora um kit especial, composto pelo car-tão “TruckCard”, uma carteiri-nha do Clube Vantagens e um porta documentos feito espe-cialmente para o cliente guardar os documentos pessoais e do veículo. O porta documentos, de acordo com Bossolani, foi identificado em pesquisas da empresa como um item impor-tante de uso do público alvo. O caminhoneiro também receberá informativos via SMS de garan-tias e ofertas da DPaschoal.

O novo programa de fideli-zação da DPaschoal surgiu após um estudo etnográfico enco-mendado pela empresa para identificar o perfil consumidor do caminhoneiro no Brasil. A pesquisa mostrou que os pro-fissionais não conhecem todos os serviços oferecidos pela rede. Para Bossolani, o “TruckCard” tem o objetivo de mostrar ao caminhoneiro a quantidade de benefícios da DPaschoal.

Benefícios

O programa “TruckCard” tem como objetivo mostrar ao caminhoneiro as vantagens de utilizar os produtos e serviços DPaschoal. “Queremos mostrar que o caminhoneiro pode con-tar conosco não apenas para a troca de pneus, mas também para a recapagem e cuidados com bateria, câmaras, lonas e

itens de uso frequente como cordas e óleo”, afirma Bossolani.

Além de utilizar os servi-ços oferecidos pela DPaschoal, quem se cadastrar no programa “TruckCard” terá benefícios ex-clusivos da marca. O caminho-neiro pode ganhar até R$300 em descontos e prêmios ofere-cidos anualmente. No mês de seu aniversário, o cliente recebe um desconto de R$50 em duas recapagens. No mês de julho, quando se comemora o mês

do caminhoneiro, cada cliente “TruckCard” receberá um Che-que Bônus no valor de R$100 com vale descontos em produ-tos e serviços.

“Queremos fidelizar nossos clientes e, acima de tudo, con-cretizar nossa excelência em atendimento”, afirma Bossolani.

Clube Vantagens

Junto com o seu kit “Truck-Card”, cada cliente receberá uma

carteirinha. A cada aquisição nova, será marcado nessa tabela o produto ou serviço comprado na loja DPaschoal e, com isso, o caminhoneiro pode ganhar prê-mios exclusivos do Clube Vanta-gens.

Funcionando no sistema “Comprou>Ganhou”, a cada três produtos ou serviços adquiridos pelo cliente, ele recebe um brin-de personalizado DPaschoal.

A pontuação e entrega de

prêmios ocorrerá da seguinte forma:

• Na compra de três itens: uma bolsa térmica;

• Na compra de mais três itens: um galão térmico;

• Na compra de mais três itens: uma bolsa de viagens ex-clusiva DPaschoal.

“Os brindes foram pesquisa-dos justamente por serem itens de uso diário dos caminhonei-ros”, afirma o gerente. O Clube Vantagens é válido por um ano e após esse período novos prê-mios estarão disponíveis para os cliente.

Expectativa

Bossolani diz que a expec-tativa da DPaschoal é atingir 50 mil clientes no primeiro ano de execução do “TruckCard”. “Já temos aproximadamente 3 mil cadastrados utilizando os bene-fícios do programa. O número está crescendo devido a equipe explicar todos os benefícios do “TruckCard” aos clientes e mos-trar a quantidade de benefícios oferecidos”. De acordo com a Agência Nacional de Transpor-tes Terrestres (ANTT), existem mais de 600 mil caminhoneiros atuando no ramo. Na lista de clientes já cadastrados, a DPas-choal conta com mais de 300 mil nomes.

Confira mais informações no site: truck.dpaschoal.com.br

Sobre a Dpaschoal

A DPaschoal é uma empresa brasileira que atua desde 1949 na prestação de serviços auto-motivos especializados, contan-do com 3.800 funcionários, em mais de 500 lojas distribuídas pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Para o segmento de linha pesada, a DPaschoal conta com 11 unidades de recapagem e 17 Truck Centers. A empresa fornece pneus, serviços e aces-sórios para veículos de passeio, caminhões, ônibus, tratores, máquinas agrícolas e indus-triais. O Grupo DPaschoal com-preende também a Fundação Educar e as empresas Daterra, DPK e portal AutoZ. Saiba mais em www.dpaschoal.com.br.

Queremos fidelizar nossos

clientes e, acima de tudo,

concretizar nossa excelência em atendimento

William Bossolani, gerente de marketing da DPaschoal

Page 26: Jornal Entreposto | Março de 2013

26 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomarço de 2013

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

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Acesse o site:

RESTAURAÇÃO FLORESTAL

A burocracia, a falta de re-cursos financeiros e dúvidas sobre quais são as exigências da legislação ambiental são as principais dificuldades men-cionadas por proprietários de terra quando o assunto é recu-peração de áreas degradadas.

Uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Grupo Abril, porém, tem colaborado para mudar esse panorama. O Clickarvore, pro-grama de restauração florestal que consiste em uma rede de parcerias entre internautas, empresas patrocinadoras, vi-veiros fornecedores e proprie-tários rurais, já recuperou mais de 13 mil hectares da Mata Atlântica.

Agora, em seu V Edital, o programa recebe propostas de projetos de restauração flores-tal de proprietários de terra do Espírito Santo, Norte do Para-ná, Santa Catarina, São Paulo e Sudoeste e Leste do Mato Gros-so do Sul, que têm interesse em recuperar áreas degradadas de suas propriedades. Juntas, essas regiões correspondem a uma população de mais de 5 milhões de habitantes.

A região de Santa Catarina que pode ser beneficiada tem hoje cerca de 24% de rema-nescentes florestais de Mata Atlântica, seguida de São Paulo com 14%, Espírito Santo com 11%, o Norte do Paraná com quase 7% e o Sudoeste e Leste do Mato Grosso do Sul, com um pouco mais de 5%.Neste edital, serão doadas 600 mil mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica. Com este edital, a ONG espera promover a res-tauração e a conservação de 360 hectares do bioma. O lançamen-to do quinto edital conta com re-cursos do Bradesco Cartões.

Os interessados devem en-caminhar suas propostas até o dia 20 de maio de 2013. Podem participar proprietários rurais, pessoas físicas ou jurídicas, as-sociações, Organizações da So-ciedade Civil de Interesse Pú-blico (OSCIP) e ONGs. O edital completo está disponível nos endereços www.sosma.org.br e www.clickarvore.com.br. Dú-vidas podem ser esclarecidas pelo email [email protected] ou pelo te-lefone (11) 4013-3445/4598.

Os contemplados

Para serem contemplados com a doação das mudas, os projetos devem ter como obje-tivo: a restauração florestal; a conservação da biodiversidade regional; a proteção dos recur-sos hídricos; conectividade de fragmentos florestais e a pro-ximidade de Unidades de Con-servação (UCs). Serão apoiados

Programa apresenta soluções para adequação ambiental rural em São PauloO programa Clickarvore, da Fundação SOS Mata Atlântica, já recuperou mais de 13 mil hectares de floresta.Proprietários de São Paulo interessados em participar do projeto têm até o dia 20/5 para se inscrever

pelo programa apenas projetos para a restauração de áreas en-tre 1,5 e 30 hectares.

Para o senhor Aldo Rossetti, administrador da Fazenda Pira-cicaba, de Presidente Epitácio (SP), contemplado no IV Edital do programa, um dos princi-pais benefícios de ter participa-do do Clickarvore foi o sistema de plantio e todo o acompa-nhamento oferecido. “Além de

receber as mudas de graça, re-cebemos um técnico para nos orientar no plantio e depois para saber se tudo correu bem. Isso foi de muita valia para que o plantio desse certo”, diz Ros-setti, que recebeu quase 12 mil mudas plantadas em uma Área de Preservação Permanente (APP) de 7 hectares.

Outro aspecto apontado pe-los proprietários é a questão

econômica. Muitas vezes, mes-mo com o interesse de recupe-rar uma área degradada, eles desistem da ideia após percebe-rem que não terão as condições financeiras para essa ativida-de. “Algumas pessoas pensam que recuperar área é ruim, que terá perda econômica, mas não. Recebemos as mudas de graça, mas o que faz toda a diferença é o modo como esse plantio é feito. Por isso, decidimos nos inscrever no Clickarvore. Com o projeto tivemos uma perda mí-nima de mudas e ainda pode-mos ganhar com isso”, explica Antônio Felipe Reis, de Tamara-na (PR), que recebeu cerca de 5 mil mudas no Rancho Universo Real, de seu pai, contemplado no primeiro edital.

Ao dizer que ainda pode ga-nhar com isso, Reis se refere ao incentivo financeiro que pode receber pelo programa com a restauração florestal realizada. Depois da doação de mudas para os proprietários, a SOS Mata Atlântica faz, ainda, vis-torias para verificar como está sendo conduzido o projeto de restauração florestal contem-plado pelo edital. Constatado o sucesso do plantio, após o perí-odo de três anos, os proprietá-rios recebem esse incentivo.

Ele ainda aproveita e man-da um recado aos internautas e proprietários interessados em participar do programa. Ele pede para que “façam uma con-ta”: “Analisem o que uma área preservada pode dar de renta-bilidade e verão que vale a pena plantar”, diz ele.

Outro grande parceiro do Clickarvore é o senhor Petrônio Pereira, proprietário da Fazen-da Califórnia, de Rubiácea (SP), selecionado no primeiro edital. “Sou o maior incentivador des-sa iniciativa. O Clickarvore é um programa que está à disposição da gente, basta se enquadrar ao que ele pede.

O projeto indica tudo para a gente. Já tentei plantar três vezes de outras formas e não deu certo, não adianta plantar e largar. Com o Clickarvore isso não aconteceu. O programa dá a receita e depois o bolo já vem feito”, avisa.

Page 27: Jornal Entreposto | Março de 2013

27março de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

A Associação Nacional de Assistência ao cardíaco (ANAC) foi fundada em se-tembro de 1963, na sede do Instituto de Cardiologia de São Paulo, atual Instituto Dante Pazzanese de Cardio-logia, com a finalidade de prestar assistência material e moral ao cardíaco e a sua família, promovendo a rea-bilitação do paciente.

Os pacientes e acompa-nhantes recebem na sede da ANAC, diariamente, alimen-tação (almoço com sobre-mesa), além de vestuário, enxoval infantil, e todos os cuidados assistenciais ne-cessários. Para isso, conta com a generosidade do Ban-co Ceagesp de Alimentos, assim como de outros par-ceiros que nos incentivam a continuar trabalhando na busca de recursos financei-ros e humanos que serão empregados na melhoria de aportes materiais para a manter a Casa do Cardíaco.www.anacar.org.brRua Caravelas, 527Vila Mariana-SPTelefone: (11) 5579-0609

Seja um doadorBanco Ceagespde Alimentos

Telefones: (11)3643-3832 (11)3643-3850 (11)3643-3920 Nextel: 55*45*4964

E-mail: [email protected]

Resumo banco de alimentos fevereiro

Ranking Banco de Alimen-tos Fevereiro/2013

Cinco alimentos mais doados

1. Melão 2. Mamão 3. Cenoura 4. Manga 5. Melancia

Cinco maiores doadores

1. Itaueira 2. H. Shimizu 3. Jks 4. Agrícola Famosa 5. Guepardo

Volume de doações recebidas:

253.782 toneladasDescarte BCA:

14.166 toneladasVolume de doações

distribuídas: 239.616

Total de entidades beneficiadas:

107

ANAC recebe doações do Banco Ceagesp de Alimentos

CÁ ENTRE NÓSBCA

A Páscoa vem chegando e trazendo a mesagem do novo papa Francisco I que, por ter formação de jesuíta e se ins-pirar na vida de São Francisco de Assis, teremos um chefe da Igreja Católica humilde que de-verá olhar com carinho para as nações onde a pobreza e a mi-séria imperam. Ao papa, saúde e coragem para fazer as refor-mas necessárias.

No setor de frutas, a plura-lidade de cores e sabores reina mais que absoluta. Nesta época do ano é o caqui que está deli-cioso e com uma super oferta. O preço está convidativo.

No dia 10 de março, realiza-mos o bingo da páscoa. Rece-bemos as famílias das crianças atendidas pelo projeto social que vieram de vários lugares da Grande São Paulo: Rio Pe-queno, Pirituba, Carapicuíba, Cajamar, Perus, Franco da Ro-cha e Lapa. Ficamos contentes com a presença do produtor rural José Eugênio, que cultiva carambolas na cidade de Ta-quaritinga. Ele rodou mais de 300 quilômetros e se admirou com o samba na interpretação magistral de Royce do Cavaco, que cantou, encantou e auto-grafou o seu mais recente CD.

Compareceram vários asso-ciados da Ciesp Oeste, convida-dos pela Laura, que é gerente da unidade Lapa. A Luciana, da Luciana Imóveis, trouxe uma prenda e ficou contente em saborear os deliciosos pastéis que foram preparados pelas quituteiras voluntárias da Pa-róquia São Mateus: tias Elza, Maria Giarola, Eni e Isabel. Elas ficaram alegres em saber que a galera adorou o seu tempero. O garoto Pietro, cujo pai é torce-dor do Inter, lá no Sul, ganhou a camisa autografada do Vasco da Gama e ele deu um belo sor-riso.

No próximo dia 31 de mar-ço, a querida Escolinha Nossa Turma, completará 15 anos. E com a graça do bom Deus, va-mos organizar uma grande fes-ta para recordar com carinho das pessoas que lá no início da criação da entidade, se doaram. Esperamos contar com a pre-sença dos familiares dos saudo-sos Nelson Fortes e do senhor Herman Letcher, que sempre tinham uma palavra de otimis-mo pelo futuro da Nossa Turma e do destino da Ceagesp. A ceri-mônia oficial vai ocorrer no dia 02 de abril. Convidamos o pre-

sidente da Ceagesp, Mário Mau-rici, para fazer um pronuncia-mento. Esperamos contar com a presença de todos que traba-lham pelo engrandecimento do mercado, pois vocês abastecem a nossa despensa com frutas,

verduras, legumes, ovos, pei-xes fresquíssimos. Queremos que nessa Páscoa, o menino Jesus renasça no coração de todos. Obrigada pelas orações e contribuições que nestes 15 anos foram destinadas a nossa

Nossa Turma completa 15 anos

entidade. O tio Edu e a tia Cida da padaria vão confeccionar o bolo mais gostoso dessa cidade.

E você é nosso convidado para saborear e cantar na com-panhia das crianças. Aleluia! Aleluia!

Por Manelão

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