jornal entreposto | abril 2013

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Abracen reafirma compromisso de modernizar Ceasas Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 155 | abril de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Índice Ceagesp - março 2013 Frutas Geral Legumes Verduras Diversos 1,22 % 3,43 % 14,78 % -4,69 % 18,6 % 1,36 % Alta Alta Alta Baixa Alta Alta Pescado PÁGINA 14 Conferência| Artigo| PÁGINA 12 Mercado brasileiro de hemerocallis PÁGINA 20 Evento| Ceasa Curitiba sedia o HortiFruti Brasil Show 2013 PÁGINA 26 PÁGINA 31 Índice| Ceagesp fecha mês de março com alta de 3,73% e pressiona inflação PÁGINA 28 Cá entre nós| Única etapa beneficiente da Queima do Alho acontece dia 5 de maio PÁGINA 8 PÁGINA 4 a 11 PÁGINA 15 a 19 LUIZ BARROS FEMETRAN 2013 21 a 24 de maio CEAGESP A culpa é do tomate? Está na época... 9º Encontro de Fruticultura de Jarinu e região Destaque na mídia nas últimas semanas, a inflação do tomate esconde outra realidade: as perdas dos produtores quando seu preço não remunerava os gastos da produção Max Renault Marginal Tiête lança a especialização Pro+ que oferece atendimento diferenciado para frotistas, taxistas e portadores de deficiência, seguindo modelo europeu Após período de queda no cultivo, retomada e investimentos na produção de quiabo em Piacatu e região anima agricultores e permissionários do Entreposto Terminal de São Paulo Encontro realizado em Brasília reuniu representantes das Cea- sas e de mercados atacadistas internacionais. Líderes e técni- cos dos entrepostos discutiram a importância das centrais de abastecimento e os rumos que o país deve seguir para assu- mir, no futuro, a posição de ce- leiro do mundo.

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Abril 2013

Abracen reafirma compromisso de modernizar Ceasas

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 155 | abril de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Índice Ceagesp - março 2013

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos1,22 %3,43 % 14,78 % -4,69 % 18,6 % 1,36 %AltaAlta Alta Baixa Alta Alta

Pescado

PÁGINA 14Conferência|

Artigo| PÁGINA 12

Mercado brasileiro dehemerocallis

PÁGINA 20Evento| Ceasa Curitiba sedia o HortiFruti Brasil Show 2013

PÁGINA 26

PÁGINA 31

Índice| Ceagesp fecha mês de março com alta de 3,73% e pressiona inflação

PÁGINA 28Cá entre nós| Única etapa beneficiente da Queima do Alho acontece dia 5 de maio

PÁGINA 8 PÁGINA 4 a 11

PÁGINA 15 a 19

LUIZ BARROS

FEMETRAN 2013 21 a 24 de maioCEAGESP

A culpa é do tomate?

Está na época...

9º Encontro de Fruticultura de Jarinu e região

Destaque na mídia nas últimas semanas, a inflação do tomate esconde outra realidade: as perdas dos produtores quando seu preço não remunerava os gastos da produção

Max Renault Marginal Tiête lança a especialização Pro+ que oferece atendimento diferenciado para frotistas, taxistas e portadores de deficiência, seguindo modelo europeu

Após período de queda no cultivo, retomada e investimentos na produção de quiabo em Piacatu e região anima agricultores e permissionários do Entreposto Terminal de São Paulo

Encontro realizado em Brasília reuniu representantes das Cea-sas e de mercados atacadistas internacionais. Líderes e técni-cos dos entrepostos discutiram a importância das centrais de abastecimento e os rumos que o país deve seguir para assu-mir, no futuro, a posição de ce-leiro do mundo.

Page 2: Jornal Entreposto | Abril 2013

02 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

A 12º edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Lo-gística de Produtos Hortifrutícolas destacará, mais uma vez, a evolução tecnológica dessa cadeia produtiva e as múltiplas oportunidades que o seg-mento oferece.

De 21 a 24 de maio, os exposito-res da Femetran mostrarão aos pro-dutores, permissionários, supermer-cadistas, feirantes e transportadores de frutas, legumes, verduras, flores e pescados que operam em Centrais de Abastecimento (Ceasas) os mais recentes avanços do setor, como os veículos menos poluentes e mais eco-nômicos com motorização Euro 5.

Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte e manutenção de veículos, a Feme-tran apresentará ao público todas as inovações necessárias ao correto escoamento da produção agrícola brasileira, do campo até a mesa do consumidor, tendo como temática promocional o futebol, uma vez que o Brasil será a sede da Copa das Confe-derações este ano.

“Atualmente, a questão da logísti-ca tem sido ressaltada como uma das mais cruciais para a manutenção do nível de competitividade das empre-sas, pois a adequação desse processo

visando à maior racionalidade no uso dos recursos e à maior redução possí-vel de custos tornou-se imprescindí-vel para garantir a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e disputado”, salienta o economista e técnico em abastecimento Neno Sil-veira.

Segundo especialista, o setor pro-dutivo deve enxergar a logística como uma estratégia competitiva mais efi-caz. “É preciso planejar e coordenar as ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o proces-so, desde o fornecimento da matéria--prima, embalagem, armazenagem e transporte adequado, até a certeza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue”, avalia.

Expectativas

No fim de 2012, os fabrican-tes de caminhões tiveram uma ótima surpresa. Após meses de vendas em baixa, o setor conseguiu se recuperar no último quadrimestre e fechou o ano com 139.140 unidades comercia-lizadas.

E as previsões para 2013 são ex-celentes, já que o governo brasileiro manteve o pacote de juros baixos e IPI

reduzido. De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), as vendas devem crescer 16% este ano, dado que aumenta a expectativa de sucesso da mostra a ser realizada no mês que vem em São Paulo

Segundo as indústrias, 2013 deve-rá ser o segundo melhor ano da his-tória para o mercado de caminhões no Brasil. “Incentivar a renovação da frota sempre foi o objetivo principal da exposição realizada na Ceagesp. Ao longo de suas 12 edições, a feira sempre criou novas possibilidades de investimentos para a aquisição de ve-ículos modernos e menos poluidores”, diz o diretor comercial do evento, Fe-lipe de Jesus.

“A Femetran é o único evento do setor que reúne as principais mon-tadoras do País no maior entreposto atacadista de alimentos da América Latina”, acrescenta o executivo.

A lista de expositores da Feme-tran abrange fabricantes de cami-nhões e outros veículos comerciais, implementos rodoviários, autopeças, embalagens, equipamentos para mo-vimentação de cargas, segurança e monitoramento de transporte, ban-cos, financeiras, seguradoras e pres-tadores de serviços.

Feira traz à Ceagesp veículos com motorização Euro 5Previsão de 16% de crescimento nas vendas de caminhões aumenta as expectativas de sucesso do evento que acontece em maio no entreposto da capital

Femetran 2013

Page 3: Jornal Entreposto | Abril 2013

03Editorial 03abril de 2013Um jornal a serviço do agronegócio

JORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Abril 2013

04 Mercado e ProduçãoJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

Fase de retomada do quiabo em Piacatu entusiasma produtores e permissionáriosApós período de queda no cultivo, Associação dos Produtores Rurais mostra otimismo para as próximas safras

A Associação dos Produtores Rurais de Piacatu, maior cidade produtora de quiabo do Estado de São Paulo, foi criada em 21 de maio de 1990, com o nome Associação dos Produtores de Leite de Piacatu, mas como a produção leiteira entrou em de-clínio no município, em abril de 2002 recebeu o atual nome.

Segundo o presidente, José Mansueto Vendrame, a entida-de contabiliza, atualmente, 35 associados, um trator e vários implementos e exerce papel de prestador de serviços em, por exemplo, preparo do solo, pul-verização, adubação, silagem, levantamento de curvas de nível e realização de plantio direto e convencional. Os associados e não associados pagam pelo aluguel dos implementos e óleo diesel utilizado no trator. O va-lor é calculado com base nas ho-ras trabalhadas, e revertido na manutenção desse maquinário.

Seu irmão, Luiz Celso Ven-drame, empresário rural asso-ciado, participa e realiza traba-lho voluntário desde a fundação. “Eu juntamente com meus cinco irmãos formamos uma socieda-de. Nós trabalhamos com café e leite até 1988 e então migra-mos para o quiabo”, conta. Em 1995 fundaram a Transportado-ra Vendrame com o objetivo de comercializar na Ceagesp e se especializaram na produção e transporte de quiabo e abóbora paulista.

Em Piacatu existe outra as-sociação de produtores e hoje, na cidade, mais de 200 famílias trabalham na cultura do quiabo.

Em entrevista ao Jornal En-treposto, Luiz Vendrame explica que, apesar do cultivo de cana--de-açúcar ter avançado como “um rolo compressor” sobre as outras culturas da região, a ex-pectativa é boa para as próxi-mas safras.

Jornal Entreposto: Como o senhor avalia a atual safra de quiabo?

Luiz Celso Vendrame: A nossa região produz quiabo 365 dias por ano, quando uma área termina já temos outra área plantada. Este mês, estamos no final de colheita da atual área de 40 hectares que produziu cerca de 54 mil caixas de quiabo, cada uma com 15 quilos, o que cor-

responde a 810 toneladas. Os outros associados, no mesmo período, produziram 2000 to-neladas. Toda essa mercadoria foi vendida na Ceagesp. Estima-mos que outras 40 mil caixas abasteceram o mercado re-gional. Então, a atual safra foi bem produtiva, mas os preços

foram poucos satisfatórios.

JE: Foi divulgado na mí-dia diminuição na produção de quiabo em Piacatu, talvez causada pelo avanço da cana--de-açúcar. O senhor confir-ma?

Vendrame: A nossa região

sofreu grandes transformações, consequentemente nas lavouras também. A cana-de-açúcar tem avançado como rolo compres-sor e não conseguimos com-petir com a indústria. Todas as culturas diminuíram, outras já desapareceram, estamos em uma fase de retomada graças a colaboração de alguns fazendei-ros que continuam apostando na pecuária. Cultivamos quiabo em áreas de refora de pastagens.

JE: Quais os problemas en-frentados na produção e qual seria melhor solução para amortecê-los?

Vendrame: Os problemas começam no arrendamento. De-vido à concorrência com a cana o preço subiu muito chegando a 2500 reais por alqueire. Ou-tro grande problema é colocar a produção na Ceagesp. Quan-do demos início em 1995, no trecho de Piacatu até São Paulo existiam apena três pedágios, que cobravam um real por eixo. Hoje são 25, totalizando 420 re-ais por viagem. O aumento no preço dos combustíveis, o preço das embalagens... Tudo isso di-ficulta a comercialização. A me-lhor solução seria investimen-tos na qualidade da produção,

como classificação dos produtos e tecnologia.

JE: Qual é a expectativa para as próximas safras e os futuros projetos da associação para alavancar a produção de quiabo?

Vendrame: A associação recebeu da prefeitura, no início da fundação, através de um con-trato de comodato, um trator e implementos. Mas, para que haja uma melhoria na prestação de serviços realizados, há a ne-cessidade de, por meio de doa-ções, investimentos em novos equipamentos e tratores mais modernos. Outro objetivo em pauta é concluir a construção da sede. As obras foram iniciadas, porém faltam recursos para o término. Assim, as expectativas para os próximos anos são: pro-duzir com mais qualidade, sem a preocupação com a quantida-de e colocar nossos produtos na Ceagesp nas primeiras horas do dia, para ajudar a agregar valor. Para alcançar esses objetivos estamos renovando a nossa frota com o apoio do PRONAF - Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricultura Familiar -, assim atenderemos melhor a logística de mercado.

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abril de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado e Produção

Ainda no início do merca-do, na Cantareira, a Agro Co-mercial Fazenda Cachoeira já comercializava legumes no atacado. “A empresa começou com meu pai. O nosso foco era a venda de tomates, mas teve um momento em que essa cul-tura ficou muito cara e resolve-mos diversificar”, explica Wag-ner Temugin Torigoe, sócio da empresa.

Wagner começou a traba-lhar no box da Ceagesp em 1993. A Fazenda Cachoeira, apesar do nome, não produz hortifruti, mas oferece legu-mes durante o ano inteiro. “Para facilitar a escolha do cliente e o trabalho da admi-nistração, dividimos os pro-dutos em três boxes”, conta o empresário. Além disso, a atacadista oferece hortaliças de todos os tipos, inclusive se-

Fazenda Cachoeira garante oferta de legumes o ano todolecionadas e embaladas, para clientes mais exigentes.

Atento às demandas do mercado, Temugin procura orientar o produtor quanto ao uso de embalagens e rótulos adequados. “Pagamos mais para o agricultor que investe e se preocupa com o cultivo e pós--colheita. Exigimos o bom ma-nuseio a partir da roça”, avisa.

Com a experiência de quem conhece o mercado atacadista de FLV desde o início, a Fazen-da Cachoeira já se estabilizou no entreposto e está satisfei-ta com o sucesso alcançado. O objetivo agora é manter a qualidade e não deixar faltar mercadoria. “Nunca sabemos como serão as próximas sema-nas, mas podemos prever e es-tar preparados para garantir a venda de legumes ao longo de todo ano”, comemora Wagner.

Iguape vai disponibilizar serviço de entrega de FLV

A variedade e qualidade dos produtos que comercializa no entreposto São Paulo destacam a Iguape Comércio de Legumes, que recebeu esse nome em ho-menagem à região onde o pai do proprietário iniciou uma produção de chuchu. Apesar de não produzir, a empresa conta com especialistas que colabo-ram para suprir a demanda com qualidade. Emerson Bue-

A produtora e atacadista L.A Ferreti é um dos destaques na comercialização de quiabo no Entreposto Terminal São Paulo. O fator determinante nos negó-cios, segundo Zózimo Rodrigues de Brito, vendedor, “é ter o pro-duto a disposição dos clientes, todos os dias, infalivelmente”.

Enquanto alguns produtores desistem de plantar quiabo, de-vido ao avanço da cana-de-açú-car e a falta de mão-de-obra, a L.A Ferreti continua dando importância a esse hortifruti e segue com o objetivo de ofere-

Rotatividade no estoque da L.A Ferreti assegura hortifruti fresco diariamente

no, por exemplo, cultiva quia-bo na região de Araçatuba e fornece para a atacadista legu-mes selecionados e que foram produzidos seguindo padrões de manuseio, classificação e embalagem.

O planejador técnico da Iguape, Miguel Alves da Silva, conhecido como Sassá, revela a preocupação da companhia em manter a comunicação com

os agentes do agronegócio que trabalham no cultivo.

O técnico foi colaborador do Centro de Qualidade em Horti-cultura da Ceagesp realizando pesquisas de mercado sobre pós-colheita. “Esse trabalho me deu muita bagagem e conheci-mento específico. Hoje eu apli-co o que aprendi na lavoura, junto aos agricultores”, conta.

Através de Sassá, a atacadis-ta, que tem diminuído a utiliza-ção de caixas de madeiras, bus-ca conscientizar agricultores quanto à importância do sabor, qualidade, embalagem e rotula-gem dos produtos. Ele acredita que o mercado tem apresenta-do melhoras no manejo, mas que ainda é preciso avançar no trabalho de conscientização e profissionalização. “Dentro da empresa estamos fazendo o máximo para evitar a ma-nipulação, afinal quanto mais tocamos o alimento, mais o deixamos suscetível à perecibi-lidade. A cada dia nos prepara-mos para atender melhor e ter o consumidor mais satisfeito”, explica, destacando a impor-tância da etiqueta, não só para cumprir a lei, mas para fixar a marca no mercado. Além disso, a Iguape está encaminhando rótulos para serem preenchi-dos pelos produtores.

Para atingir uma maior fatia do mercado, a atacadista tem pesquisado locais com déficit na entrega de FLV, visando su-prir essa falta. Essa necessida-de foi observada, por exemplo, na Baixada Santista, litoral sul paulista. “Queremos chegar até o varejista. Estamos nos equi-pando”, planeja Sassá.

cer produtos frescos, evitando o manuseio e renovando o esto-que diariamente. “A orientação que recebemos é para sempre vender os legumes no dia que chegam”, conta Brito, acrescen-tando que o rápido escoamento do alimento armazenado no box garante a integridade do mes-mo e proporciona movimenta-ção às vendas.

Além do quiabo, que é pro-duzido na cidade de Santo Anto-nio de Posse e colhido em caixas plásticas, a companhia trabalha com jiló, abacate e limão.

“ Valorizamos o agricultor que

investe e se preocupa com

o cultivo e o pós-colheita.

Exigimos o melhor manuseio

desde a roça”.

Page 6: Jornal Entreposto | Abril 2013

06 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Um dos maiores problemas da produção de frutas e horta-liças frescas é a falta de infor-mações necessárias à tomada de decisão de que produto e variedade plantar, em que épo-ca plantar, onde plantar, quan-to plantar, que tecnologia usar, que preço esperar e como ven-der para obter o melhor custo--benefício. O Brasil conta com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que le-vanta em cada município a área e a produção agrícola. As infor-mações de várias culturas es-tão na internet. Infelizmente o quiabo é uma das culturas que a informação não está disponí-vel. O Estado de São Paulo con-ta com o IEA- Instituto de Eco-nomia Agrícola, que pertence à Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. O quiabo é uma das muitas culturas do Banco de Dados do IEA, que in-forma a área e a produção por região e por município.

O Estado de São Paulo tem 645 municípios, 43 regionais

agrícolas, 16 regiões adminis-trativas, 16 polos regionais e 22 bacias hidrográficas.

O número de regionais agrí-colas que produz quiabo vem crescendo – foi de 20 regionais em 1992, para 36 em 2002, 35 em 2007 e 39 em 2012, num total de 43 regionais agrícolas.

A produção foi ficando mais distribuída. A região de Araça-tuba continua a maior produ-tora, mas vem perdendo espa-ço. Ela respondia por 85% da produção em 1992, por 40% em 2002, por 25% em 2007 e por 28% em 2012. A região de Mogi-Mirim foi responsável por 16% da produção paulista de quiabo em 2012 e a de Soroca-ba por 8%.

A produção e a produtivida-de do quiabo paulista está pra-ticamente parada no tempo ou diminuindo. A produção que foi de 21.871 toneladas em 2002, chegou a 23.702 toneladas em 2012 - um crescimento de 8% em 20 anos. A produtividade foi, no mesmo período, de 17 toneladas por hectares para 13 toneladas por hectares – uma queda de 4 toneladas por hec-tare, um comportamento muito

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O quiabo é da mesma fa-mília botânica do algodão e do hibisco, como bem mostram as suas flores vistosas.

A cultura já era planta-da, nas várzeas do Nilo, pe-los egípcios 12 séculos antes de Cristo. Existem relatos de sua introdução no Brasil, com o comércio de escravos em 1658 e no Suriname em 1686. Existem relatos do seu plantio nos estados americanos da Fi-ladelfia em 1748 e na Virginia em 1781.

O quiabo é conhecido em alguns países de língua ingle-sa como ‘lady´sfinger’ (dedo de moça) e nos Estados Uni-dos como ‘ochra’ – uma va-riação do seu nome original ‘okwuru’ da África Ocidental. A denominação em português ‘quiabo’ e em espanhol ‘quim-bombó e guigambó’e ‘gumbo’ utilizada em uma parte dos Estados Unidos deve vir da língua africana Bantu ‘kin-gombo’. É também comum que ele seja denominado na Ingla-terra como ‘bhindi,rbhendi ou bendai’.

O quiabo é um alimento saudável por seu alto conteú-do de fibra, vitamina C,ácido fólico, antioxidantes e é boa fonte de cálcio e potássio. Uma xícara de quiabo cozido (em torno de 100 gramas) contém 20% das necessida-des diárias de vitamina B e de ácido fólico de um adulto.

As suas sementes são fon-te de óleo comestível, de sa-bor e odor agradáveis, ricas em gorduras insaturadas. As sementes maduras e secas de

quiabo, depois de torradas e moídas, forame podem ser usadas como substitutas de café, sem cafeína. No mercado americano é possível encon-trar ‘driedochra chips’ – chips de quiabo, muito valorizados. Existem muitas receitas de sua preparação, disponíveis na Internet. As folhas do quia-bo são consumidas, em alguns lugares como as de beterraba.

O fruto imaturo do quia-beiro é utilizado em muitos pratos tradicionais como ‘frango com quiabo’ no Bra-sil, ‘gumbo’ no sul dos Esta-dos Unidos, ‘dishcahchua’ no Vietnam, ‘garri’ na Nigéria, ‘’callaloo’ no Caribe. O caruru é comida tradicional da Festa de São Cosme e Damião mui-to celebrada no Nordeste e o quiabo é o seu principal ingre-diente como mostra a receita.

Existem muitas varieda-des de quiabo no mundo – di-ferentes variedades, forma-tos, sabores. As fotos anexas mostram algumas variedades mais quinadas, mais largas ou finas, mais coloridas que a brasileira.Um só experimento de competição de varieda-des de quiabo, realizado por uma universidade americana, testou mais de 25 variedades de quiabo. No Brasil prati-camente só uma variedade é plantada, a‘Santa Cruz’. Uma empresa de semente apresen-ta em seu catálogos outras va-riedades como ‘Amarelinho’, ‘Clemson’ e o IAC – Instituto Agronômico de Campinas lan-çoudois cultivares. No varejão da Ceagesp, aos sábados e domingos, uma variedade de quiabo quinada é muito pro-curada pelo seu sabor. O me-lhoramento genético de quia-bo no Brasil tem muito a fazer.

A origem doQUIABO

diferente de grande parte das culturas agrícolas.

A regional agrícola de Ara-çatuba – EDR, com seus 11 municipios, continua a maior produtora de quiabo o Estado de São Paulo. Os municípios de Araçatuba, Brejo Alegre e Piacatu são os maiores produ-tores.

A participação destes mu-nicípios vem mudando ao lon-go dos anos. O município de Araçatuba, que em 2002, res-pondia por 40 % da produção de quiabo da região, passou a 22% em 2012. Brejo Alegre, no mesmo período, cresceu de 0% para 11%. A produção do município de Piacatu cresceu– 22%, de 2304 toneladas em 2002 para 2816 toneladas em 2012. A participação na pro-dução regional foi de 22% em 2002 para 43% em 2012 (12% da produção paulista).

O município de Piacatu, par-te da Região Agrícola de Araça-tuba, da Região Administrativa de Araçatuba, ao Polo Regio-nal Extremo-Oestee da Bacia Hidrográfica Aguapeí, é hoje o maior município produtor de quiabo do Estado de São Paulo.

Os números da produção de quiabo no estado de São Paulo

Page 7: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado e Produção

No início do ano, quinze assentados rurais de Castilho acompanharam o en-genheiro agrônomo Pedro Duarte Boa-ventura, da Cati, em uma visita técnica a um projeto pioneiro implantado há seis anos pela prefeitura municipal de Piacatu. Localizado na microregião de Birigui e distante 530km de São Paulo, o município de pouco mais de 5 mil habi-tantes está se destacando como um dos maiores produtores estaduais de quiabo selecionado.

Tudo isso só foi possível graças à implantação de um projeto de “assen-tamento” municipal promovido pela prefeitura que ajuda 24 famílias a cus-tearem o arrendamento de uma área de 10 alqueires destinada exclusivamente ao plantio de quiabo. Cada parte (pre-feitura e colonos) responde por 50% do valor total do arrendamento e o De-partamento Agrícola do Município entra também com o apoio técnico e logístico para garantir o sucesso da produção.

Após a colheita, todo o quiabo pro-duzido é cuidadosamente selecionado e encaixotado para ser comprado pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). A úni-

Prefeitura cria espécie de “mini assentamento municipal” e lidera produção de quiabo na microregião de Birigui

Produtores castilhenses conhecem projeto pioneiro em Piacatu-SP

ca outra atividade desenvolvida na área além da produção do quiabo é o projeto “balde cheio” que consiste na pecuária leiteira como forma complementar e se-cundária de renda. O projeto bem suce-dido já garantiu a compra de três trato-res pela associação de produtores além do serviço de irrigação para o plantio. Eles explicaram aos visitantes castilhen-ses que a utilização de cada área segue um sistema de rodízio que dura aproxi-

madamente 15 meses. Após este perío-do, outra propriedade é arrendada para dar continuidade ao projeto enquanto o solo anterior se recupera.

O sistema adotado pelo Município é altamente lucrativo para os produtores. Em média, cada família lucra entre R$ 25 e R$ 30 mil por ano somente com a ven-da do quiabo produzido. Outro detalhe é que não existe a colheita terceirizada nestes assentamentos: todo o traballho

de plantio, colheita e separação é feito pelos membros das próprias famílias associadas.

Para se ter uma ideia da produção obtida nestes pequenos lotes, basta com-parar a colheita: a cada dois dias são apa-nhadas cerca de 700 caixas de quiabo.

Todas as dúvidas dos castilhenses fo-ram esclarecidas em campo pelo enge-nheiro Valdeir José dos Santos (da Cati em Piacatu) e também pelo primeiro secretário da associação de produtores e atual vereador Marcos Belaci (PTB). Eles também acompanharam os visitan-tes até a sede da Vendrame Transportes - ponto onde toda a colheita é recebida antes de ser encaminhada à Ceagesp.

A experiência foi bastante elogiada pelo grupo castilhense. O assentado ru-ral Cláudio - da Cafeeira, por exemplo, considerou o projeto inovador: “parece fácil de se implantar, apresenta poucos gastos e um bom lucro; basta colocar as mãos à obra e trabalhar”, concluiu.

Departamento agrícola - A visita dos produtores castilhenses foi promovida em parceria pela Cati e o Departamen-to Agrícola de Castilho. O vice-prefeito Paulo Boaventura, que não pode acom-panhar o grupo a Piacatu devido a ou-tros compromissos em sua agenda mas fez questão de estar presente durante a partida dos mesmos à cidade, disse que esta e outras experiências serão cuida-dosamente estudadas para direcionar as possibilidades de parcerias que a Administração Joni Buzachero pretende firmar com os produtores rurais afim de incrementar a safra local.

PROJETO

Ilustrações:Bertoldo Borges FilhoCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

• Morfologia do quiabo

Santa Cruz Roxo Híbrido

Variedades de quiabo comercializadas no ETSP

Marco ApolinárioPortal Castilho

Page 8: Jornal Entreposto | Abril 2013

08 QualidadeJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

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IV. Distribuição mensal da oferta das duas maiores regiões fornecedoras de quiabo

Araçatuba

Itapeva

A falta de informações é uma das maiores dificuldades apon-tadas por produtores na comer-cialização dos seus produtos. Entretanto a utilização das in-formações disponíveis coletadas pelas ceasas ou outros organis-mos, disponíveis sem custo, é muito pequena ou quase inexis-tente.

Aqui estão alguns dos resultados das informações coletadas pela Ceagesp em 2012

1. O quiabo foi comercializa-do por 161 empresas atacadistas da Ceagesp em 2012, sendo 31 empresas responsáveis por 80% do volume. As cinco primeiras por 31% e as dez primeiras por 48% do volume total.

2. Oito estados forneceram quiabo para a ceasa paulistana – São Paulo, Minas Gerais, Goi-ás, Espírito Santo, Bahia. Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina – São Paulo responde por 72% e os três primeiros por 99% do volume total.

3. O estado de São Paulo é o maior fornecedor em todos os meses do ano. A sua participação cai próximo de 50% nos meses de maio a setembro, quando os estados de Goiás e Minas Gerais entraramm com mais força – Goiás com mais de 20% nos me-ses de junho a setembro e Minas Gerais forte em maio (36%) nos meses de junho a outubro (Figu-ra III).

4. Cento e trinta municípios paulistas enviaram para a ceasa paulistana 10. 463 toneladas de quiabo em 2012. Dois muni-cípios respondem por 45% do volume – Piacatu(30%) e Itaberá (15%).

5. Os municípios de Piacatu, Itaberá, Gabriel Monteiro, Santo Antonio do Aracanguá, Promis-são, Mogi Guaçu, Ribeirão Bran-co, Aguaí, Casa Branca e Santo Antonio de Posse, responderam por 80% do volume de quiabo em 2012.

6. O município de Piacatu pertence à região agrícola de Araçatuba, o de Santo Antonio de Aracanguá à de General Salgado, os de Itaberá e Ribeirã Branco à de Itapeva, o de Promissão à re-gião de Lins, os de Mogi Guaçu e Santo Antonio da Posse à região de Mogi Guaçu e os de Aguaí e Santo Antonio da Posse à região agrícola de São João da Boa Vista.

7. A necessidade de agrupa-mento de municípios vizinhos e

de características de solo e cli-ma semelhantes foi a razão da criação das regiões agrícolas do estado de São Paulo. Duas regi-ões dominam o fornecimento de quiabo da Ceagesp – a região

O quiabo na Ceagesp em 2012Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

agrícola de Araçatuba, com 41% a oferta e 12 municípios produ-tores, e a região de Itapeva com com 20% da oferta e 6 municí-pios que enviam quiabo para a ceasa paulistana.

São duas regiões muito dife-rentes, quanto ao clima e locali-zação. A região de Itapeva con-centra a sua oferta nos meses de fevereiro, março e abril (68%) e a oferta da região de Araçatuba é bem distribuída. Os meses de novembro, outubro e fevereiro foram os de maior oferta com pouco mais que 10% de partici-pação (Figura IV).

8. Ao compararmos a pro-dução registrada pelo IEA – Ins-tituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo e o volume comercializado na Ceagesp, ob-servamos que:

- O volume total comercia-lizado na ceasa paulistana em 2012 – 23.702 toneladas, repre-senta 61% da produção paulista registrada pelo IEA – 23.702 to-neladas.

- O volume originário da re-gião agrícola de Araçatuba, co-mercializado na ceasa paulistana em 2012 – 4288 toneladas, repre-senta 65% da sua produção regis-tra pelo IEA – 6.558 toneladas.

- Já o volume originário da região de Itapeva – 2.099 tone-ladas, foi maior que o registrado pelo IEA -1.754 toneladas, no mesmo período.

Os preços de diversos produtos alimentícios, en-tre eles o tomate, devem reduzir ainda no primei-ro semestre deste ano, de acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade. Ele esteve no dia 16 de abril, em evento com a presidente da República, Dilma Rousseff, em Minas Gerais.

Segundo Antônio An-drade, a soma de diversos fatores acarretou em eleva-ções de preços momentâ-neas, mas os valores devem voltar à normalidade nos próximos meses. Ele afir-mou que a supersafra do fruto no ano passado, que reduziu o valor do produto no mercado, fez com que “vários produtores dimi-nuíssem a plantação de to-mate”, levando-os a cultivar outros alimentos. As chu-vas também interferiram no resultado da colheita, este ano.

“Houve um período muito bom de chuva no mês de março e abril. Ago-ra, na segunda quinzena de abril já começa a estiagem, e as plantações de tomate, assim como de outros pro-dutos, começam a ser aque-cidas. Com isso, os preços vão cair para um patamar aceitável”, destacou Antô-nio Andrade.

Preço do tomate deve cair

PRODUTO

Diversos fatores acarretaram elevação de preço momentânea

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III. Participação % do volume, por mês, dos maiores estados fornecedores de quiabo

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abril de 2013 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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COSTA SUL CAMINHÕESRUA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, 1.172 - J. CASQUEIRO (PARALELA À ROD. ANCHIETA)CUBATÃO - SPTEL.: (13) 3365-8890

DIVEPEAV. DR. JOSÉ FORNARI, 1.700FERRAZÓPOLISS. BERNARDO DO CAMPO - SPTEL.: (11) 3504-8600

CARUEME JUNDIAÍAV. PROFESSORA MARIA DO CARMO GUIMARÃES PELLEGRINI, 334 (KM 60 DA ROD. ANHANGUERA)RETIRO - JUNDIAÍ - SPTEL.: (11) 3379-5999

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DIVEPE ABCAV. DOS ESTADOS, 2.257 JARDIM ALZIRA FRANCOSANTO ANDRÉ - SPTEL.: (11) 3594-9600

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10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013Qualidade

Raio X do quiabo

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abril de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Qualidade

A evolução do volume e do preço do quiabo na Ceagesp de 2001 a 2012Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleIdalina Lopes RochaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Todos os dias os técnicos da SEDES – Seção de Econo-mia e Desenvolvimento da Ceagesp prestam dois servi-ços muito importantes para produtores, atacadistas e seus clientes – o registro das entradas de produtos no en-treposto e o monitoramento dos preços na venda do ata-cado para o varejo.

Estas informações retra-tam o comportamento do produto – volume por re-gião e por época, evolução ao longo do anos, meses e semanas e do comprador, o per�il dos atacadistas com-pradores, a relação do preço entre a oferta e demanda.

Aqui estão algumas delas:

1. O volume de quiabo

comercializado na Ceagesp, cresceu quando compa-ramos 2002 e 2012 – foi de 13.664 toneladas para 14.508 toneladas – um cres-cimento de 6% em 10 anos. Houve grande variação de oferta ao longo dos anos, com queda expressiva nos anos de 2006, 2007 e 2008 (acima de 20%), quando comparada a 2002 (Figura I).

2. O estudo da variação de preços ao longo do ano, de 2002 a 2012, mostrou menores preços em relação ao preço médio do ano, nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e dezembro.

A variação de compor-tamento do mês foi peque-

na para os meses de janei-ro, fevereiro e março e para os meses de agosto, setem-bro e outubro – que apre-sentaram preços consiste-mente altos em relação ao preço médio do ano nos últimos 10 anos (Figura II).

3. O estudo da varia-ção de preços e de volume mostrou uma relação in-versa muito consistente, entre oferta e preço. A va-riação da oferta no mesmo mês ao longo dos anos foi mais alta que a de preços.

As maiores ofertas mensais se dão, com mne-ro coe�iciente de varia-ção, nos meses de janeiro a março e as menores nos meses de setembro e outu-bro (Figura II).

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I. Evolução da oferta de quiabo na CEAGESP, em mil toneladas, de 2002 a 2012

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II. Variação % média do preço e do volume em relação ao desempenho de cada ano, de 2002 a 2012

Preço Volume

II. Variação % média do preço e do volume em relação ao desempenho de cada ano, de 2002 a 2012

I. Evolução da oferta de quiabo na Ceagesp, em mil toneladas, de 2002 a 2012

COMERCIALIZAÇÃO

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201312 Artigo

* Engenheiro agrônomo, dou-torando em Ciências da Co-municação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-gradu-ado em Desenvolvimento Ru-ral e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Trei-namento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

O hemerocale (Hemero-callis sp) é um planta rizomato-sa originária da Europa e Ásia (China, Coréia e Japão), onde, desde os tempos mais remo-tos, constitui-se em uma das plantas mais conhecidas. São encontrados, registros ances-trais a respeito de seus usos ali-mentares e medicinais. A espé-cie é também conhecida como lírio-de-são-josé, lírio-amarelo e lírio-de-um-dia. Neste últi-mo caso, a sabedoria popular refere-se a uma das principais caraterísticas desta espécie or-namental, que é a durabilidade das flores ser mesmo restrita a um único dia.

A espécie foi introduzida e naturalizada nos EUA no sécu-lo XIX, sendo que por volta de 1890 praticamente todas as variedades conhecidas já eram conhecidas e cultivadas na América do Norte.

No Brasil, a espécie tornou--se especialmente valorizada pelo mestre paisagista Burle Marx, a partir do uso abun-dante dos híbridos americanos

em seus projetos. Até então no País existiam apenas as antigas formas de Hemerocallis fulva, H. flava e H.liliasphodeus. Nos seus revolucionários projetos paisagísticos, Burle Marx gos-tava de utilizar essas plantas em manchas puras, com ape-nas uma cor ou misturando di-versas cultivares. Outras pos-sibilidades exploradas eram também as mesclas com ou-tras espécies ornamentais, tais como Setcreasea purpurea, Clorophytum comosum “Va-riegatum”, Eragrostis curvula e Crinum americanum, forman-do arranjos e desenhos geomé-tricos ou de formato orgânico.

As variedades americanas então introduzidas no Brasil como “Alegreto”, “Buffy’s Doll”, “By Myself”, “Berlie Ferris”, “Cora Ofter”, “Little Fellow”, “Loonie”, “Red Waves”, “Shady-side”, “Sirococo”, “Stella D’oro” e “Summerwine” serviram de base para um programa de melhoramento genético desen-volvido durante muitos anos em colaboração com o Insti-tuto Agronômico de Campinas – IAC e a empresa Agrícola da Ilha Ltda., do Estado de Santa

visitantes, entre profissionais do ramo e consumidores finais. O festival é realizado sempre no mês de novembro, época em que a cidade atrai milhares de visitantes para a Festa das Flo-res, que acontece desde 1936.

Para saber mais, recomen-damos a leitura do artigo: TOMBOLATO, A.F.C.;UZZO, R.P.; JUNQUEIRA, A.H.; PEETZ, M.S; STANCATO, G.C.; ALEXANDRE, M.A.V. Bulbosas ornamentais no Brasil. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.16, n.2, 2010, p.127-138.

Catarina. Este trabalho foi de-senvolvido durante cerca de 5 anos e contou também com a colaboração do melhorista ale-mão Ernest Stoberg, atualmen-te residente no município de Joinville. Desde então, dezenas de novas cultivares foram sele-cionadas e são comercializadas em todo o mercado nacional.

Os híbridos criados e cul-tivados pela Agrícola da Ilha possuem flores que variam entre os tons de amarelo, la-ranja, rosa, vermelho, marrom, púrpura até o quase azul, per-mitindo soluções únicas e forte impacto visual em pequenas ou grandes áreas. O constante desenvolvimento de novas cul-tivares possibilita sempre di-ferenças como bordas mais ou menos enrugadas, extraordiná-rias combinações de cores, me-lhores fragrâncias e uma ampla variedade de tamanhos, formas e texturas das flores.

Esteticamente podem

ser observadas matizes mais sofisticadas. Duas cultivares chegam bem próximo da cor branca. Muitas delas apresen-tam diâmetros especiais da flor,

chegando a 16,5 cm. Além dis-so, desenvolvem um maior nú-mero de hastes por touceira e um maior número de flores por haste. Algumas chegam a desa-brochar 60 botões, em uma só haste, durante a época da flora-ção.

Atualmente, são ofere-cidas 53 diferentes cultivares e um total de mais de um milhão e trezentas mil mudas produ-zidas anualmente. A produção comercial e o consumo em pro-jetos paisagísticos concentra--se nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, pois as condições climáticas mais quentes do res-tante do País não permitem o florescimento do hemerocale. A melhor época para o plantio é o mês de outubro ou no final da florada. Cada haste pode flo-rescer pelo período de 3 a 6 se-manas e produzir até 50 botões florais.

Para promover os seus pro-dutos, a Agrícola da Ilha or-ganiza anualmente o Festival Brasileiro de Hemerocallis, na cidade de Joinville, Estado de Santa Catarina. O evento abran-ge 14 hectares de área ao ar li-vre, recebendo mais de 10 mil

Mercado brasileiro dehemerocallis

Page 13: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Mapa oferecevagas

Com o objetivo de ca-pacitar pro�issionais da agricultura para o uso da Agricultura de Pre-cisão (AP), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o apoio da Comissão Brasileira de Agricultu-ra de Precisão (CBAP) e parceria com a Univer-sidade Federal de Santa Maria (UFSM) - realizará o primeiro o curso de ca-pacitação em gestão da propriedade em AP. As aulas devem ter inicio no �inal de abril ou começo de maio.

A AP é um conjunto de ferramentas e tec-nologias aplicadas que permite um sistema de gerenciamento agríco-la baseado na variação espacial e temporal da unidade produtiva. O uso desse método tem cresci-do no Brasil nos últimos anos. Um dos objetivos do Mapa é fomentar o conhecimento sobre a AP com a capacitação de pro�issionais agrícolas. O processo de seleção é feito pela Coordenação de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária - CAPTA, que irá convocar técni-cos, professores, consul-tores, técnicos de coo-perativas e empresas de assistência técnica para participarem do curso. “A intenção é capacitar os pro�issionais para que eles possam levar os co-nhecimentos aos produ-tores”, explica o secretá-rio de Desenvolvimento Agropecuário e Coope-rativismo (SDC), Caio Ro-cha. O curso acontecerá em dois módulos e terá como parceira a Univer-sidade Federal de Santa Maria do Rio Grande do Sul (UFSM). Serão 480 vagas para todo o Brasil, sendo 320 para aulas à distância e 160 para pre-senciais. No dia 17 de abril ocorrerá uma reu-nião da CBAP para ajus-tar os últimos detalhes do curso.

CAPACITAÇÃO

Job: iveco-2013 -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 27449-019-Iveco-An-Daily-Premio-Entreposto-21x28_pag001.pdfRegistro: 115142 -- Data: 18:00:21 15/04/2013

O�icina ensina como plantar sem o uso de agrotóxicosCom o objetivo de ensinar a

importância das hortas sem o uso de agrotóxicos em pequenos es-paços, explicar sobre a �iloso�ia da Agricultura Natural no preparo de mudas e hortaliças, a o�icina do Programa Horta em Casa & Vida Saudável ocorrerá no dia 18 de abril, na cidade de São Paulo.

Na ocasião, os participantes

Serviço:O�icina Horta em Casa e Vida Saudável

Local: Rua Morgado de Mateus, 77, Vila Mariana, São PauloData: 18 de abril, das 14 às16 horasTelefone: (11) [email protected]

terão uma aula prática na qual aprenderão a plantar temperos, verduras e legumes e o cuidado que cada uma deve ter para que se mantenha saudável e frutífera.

A atividade é ministrada pelo biólogo Carlos Daniel Rodrigues e é uma iniciativa da Fundação Mokiti Okada e tem duração de duas horas.

Page 14: Jornal Entreposto | Abril 2013

14 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

9º Encontro de Fruticultura de Jarinu e regiãoFundada em 2002, a Asso-

ciação Hortifruti�lores de Jari-nu tem como objetivo principal enfrentar as di�iculdades da agricultura nacional e encontrar soluções como o nivelamen-to técnico entre os produtores através de cursos de aplicação de defensivos, capacitação ru-ral, cursos de tratoristas, pa-lestra de motivação e liderança para funcionários e produtores. Além disso, a instituição englo-ba diversos conceitos para ca-pacitar a mão de obra agrícola e conscientizar ambientalmente os colaboradores, promovendo programas de devolução de em-balagem de agrotóxico, coleta seletiva de lixo doméstico e pre-servação dos mananciais.

Dentre as diversas ativida-des desenvolvidas pela entida-de, o Encontro de Fruticultura de Jarinu e região se destaca. O último, realizado no dia 12 de abril, teve como público alvo produtores rurais, funcionários, meeiros, estudantes, empre-sários do segmento agrícola, universitários e pesquisadores. Segundo o presidente da entida-de, Waldir Parise, a intenção do projeto é aguçar o potencial e a responsabilidade do empresário rural disponibilizando informa-ções técnicas e conhecimento essenciais para que ele produza com mais qualidade. “Queremos disponibilizar mecanismos para os agricultores trabalharem da

forma correta”, completa.Em parceria com o Prof. Dr.

Angelo Zanaga Trapé, da Uni-camp, a associação está reali-zando uma pesquisa que mo-nitora os trabalhadores rurais da cidade para descobrir se há problemas por intoxicação de agrotóxicos e desmisti�icar os perigos que envolvem a inges-

Conferência

Os agroquímicos, defensivos agrícolas ou, no Brasil, agrotó-xicos, compõem uma tecnologia extremamente necessária e fun-damental para a produção agrí-cola do país e no mundo.

Muito tem se falado sobre os impactos da utilização dos agro-químicos na saúde das pessoas tanto que se expõem no traba-lho como na ingestão de alimen-tos que podem conter resíduos dos agroquímicos. Os dados de programas de análise de resídu-os de agrotóxicos em alimentos governamentais de estados e da federação mostram uma ex-celente segurança não haven-do níveis residuais su�icientes em alimentos capazes de gerar qualquer efeito na saúde dos consumidores em geral.

Em relação aos agricultores e trabalhadores agrícolas com potencial exposição na produ-ção dos alimentos há, ainda, muitas dúvidas e incertezas so-bre qual é a realidade da saúde destas pessoas em relação ao uso da tecnologia agroquímica.

Os dados o�iciais apresen-tados pelo SINITOX, Sistema Nacional de Informações Toxi-cofarmacológicas do Ministério da Saúde aponta 1168 casos de intoxicação ocupacional com 3 óbitos em 2009.

Baseando-se nesses núme-ros o problema dos agroquími-cos parece pouco relevante em termos de saúde pública, pois a população brasileira com po-tencial exposição, contadas aqui também os familiares segundo

o IBGE é de cerca de 20 milhões de pessoas no país.

Porém há uma discussão la-tente que diz respeito à chama-da subnoti�icação de casos pelos serviços de saúde públicos e pri-vados.

Os epidemiologistas cha-mam de “o silêncio epidemioló-gico das intoxicações por agro-tóxicos”, ou seja, para cada caso noti�icado muitos deixaram de ser por diversos motivos, mas o principal é o desconhecimento técnico cientí�ico por parte da grande maioria dos pro�issio-nais de saúde, especialmente os médicos, da toxicologia dos agroquímicos.

A maior parte das escolas formadoras de pro�issionais de saúde não tem em sua grade

curricular disciplinas de Toxico-logia em especial a Toxicologia Clínica. Fica, então, di�ícil gerar uma base estatística con�iável. Na ausência de dados e no des-conhecimento técnico, é que se agarram propostas contrárias ao desenvolvimento de uma agricultura sustentável com uso da tecnologia agroquímica bradando impactos sociais prin-cipalmente na saúde pública. O agronegócio brasileiro, carro chefe da economia nacional, vem sofrendo fortes ataques nesse campo sendo.

Monitorar a saúde de todas as pessoas envolvidas na pro-dução agrícola , gerar um ban-co de dados com base cientí�ica que possa ser apresentado e divulgado para toda socieda-de regularmente, anualmente, mostrando os resultados de avaliação clinico epidemiológica e laboratorial dessas pessoas de acordo com protocolos cientí�i-cos previamente estabelecidos, este é o desa�io moderno que o agronegócio brasileiro deveria enfrentar e realizar.

A avaliação laboratorial deve ser realizada regularmente com

a dosagem das colinesterases, plasmática e eritrocitária. A re-alização de controles somente com a dosagem da colinesterase plasmática não traz conclusões diagnósticas pois a mesma iso-ladamente, pode ter resultados alterados por diferentes situ-ações clinicas, de hábitos e até genéticas, o que descrebiliza sua análise de forma isolada. O con-trole sistemático e obrigatório deve ser sempre com a dosagem das duas colinesterases, a plas-mática e a eritrocitária.

O método TESTEMATE ACHe EQM está sendo utilizado em di-versos estados brasileiros com excelentes resultados inclusive na região de Campinas, em vá-rios municípios e associações de produtores agrícolas, como a Associação Hortifruti�lores de Jarinú.

Seria extremamente rele-vante que os distintos segmen-tos do agronegócio brasileiro pudessem gerar dados com uma mesma metodologia cientí�ica apresentando à sociedade bra-sileira a real situação de saúde dos agricultores e agricultoras do Brasil.

Prof. Dr. Angelo Zanaga Trapé - coordenador da área de Saúde Ambiental da Unicampe membro do Conselho Científi co para a Agricultura Sustentável (CCAS)

Monitoramento da Saúde de Agricultores e Trabalhadores Agrícolas Potencialmente Expostos a Agroquímicos - Um Desa�io do Agronegócio Brasileiro

tão de alimentos hortifrutícolas considerados “não-orgânicos” e a exposição a agroquímicos. “Na primeira etapa, foram monitora-dos cem agricultores e nenhum deles apresentou qualquer tipo de contaminação”, observou o doutor na palestra que minis-trou aos participantes do encon-tro em Jarinu.

Para falar sobre o novo Có-digo Florestal Brasileiro, foi convidado Nelson Ananias, as-sessor técnico da CNA que deu uma verdadeira aula sobre as mudanças na lei e orientou os presentes quanto à importân-cia da atuação de cada um na cadeia de alimentos e no trata-mento dispensado ao solo. “O solo é o principal patrimônio da propriedade rural”, lembrou Nelson, destacando que o novo código se baseia não apenas na preservação das reservas nati-vas, mas também na produção de alimentos e desenvolvimento econômico das áreas rurais. José

Luiz Hernandes, pesqui-sador cientí�ico do Instituto Agronômico de Campinas, apro-veitou o momento para contar, emocionado, que um simples método de combate à mosca da fruta -embalamento dos cachos em sacos TNT - foi implantado em uma área de cultivo orgânico comercial e, pela primeira vez em sete anos, a praga não des-truiu a plantação.

Prof. Dr. Angelo Zanaga Trapé

Waldir Parise Nelson Ananias Luiz Hernandes

Page 15: Jornal Entreposto | Abril 2013

AbracenEncontro Nacional da

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Page 16: Jornal Entreposto | Abril 2013

1716 Encontro Nacional da Abracen Encontro Nacional da Abracen abril de 2013JORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 2013JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio

LUIZ BARROS

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LUIZ BARROSLUIZ BARROS

Page 17: Jornal Entreposto | Abril 2013

1716 Encontro Nacional da Abracen Encontro Nacional da Abracen abril de 2013JORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 2013JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio

LUIZ BARROS

LUIZ BARROS

LUIZ BARROSLUIZ BARROS

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Abracen discute em Brasília propostas de modernização das CeasasEncontro reuniu dirigentes de mercados atacadistas europeus e latino-americanos

O último Encontro da Asso-ciação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) foi marcado por importan-tes resoluções e contou com a presença de representantes de mercados atacadistas in-ternacionais. Entre os dias 19, 20 e 21 de março, no Hotel San Marco, em Brasília, dirigentes e técnicos das Ceasas brasileiras destacaram a importância dos entrepostos e os rumos que o país deve seguir para assumir, no futuro, a posição de celeiro do mundo.

Ainda no primeiro dia, foi eleito por unanimidade o novo presidente da associa-ção. Quem assume o comando até 2015 é o atual presiden-te da Ceagesp, Mário Maurici que agradeceu a confiança dos dirigentes das centrais, do plenário, dos companhei-ros da Abracen e, em especial, a João Alberto Lages. “Vamos preparar uma gestão que dá continuidade à eficácia da atu-al direção, mantendo a união e espírito colaborativo”, afirmou Maurici. Outra novidade apre-sentada foi a reorganização

das diretorias específicas para cada região do Brasil (detalhes no site www.abracen.org.br). Gustavo Hoffman, dirigente acadêmico e diretor de proje-tos institucionais da Universi-dade Presidente Antônio Car-los, mostrou a primeira vídeo aula de educação a distância (EAD) voltada para os colabo-radores da cadeia de abasteci-mento. Trata-se de uma inicia-tiva para capacitar e informar os agentes que lidam com a distribuição de hortigranjeiros para enfrentar os desafios do desenvolvimento do sistema alimentar no século XXI. Se-gundo o mentor do projeto e diretor técnico da CeasaMinas, Altivo Roberto Andrade Cunha, o objetivo é transformar o ma-nual técnico operacional das Ceasas em uma linguagem que unifica o conhecimento do sis-tema. “Quero parabenizar a Abracen por essa iniciativa que tem o potencial de levar co-nhecimento a todas unidades”, cumprimentou.

O ex-presidente da Abra-cen, João Alberto Paixão Lages, disse que considera o projeto de capacitação virtual o mais ousado trabalho em andamen-

to na entidade. “É um instru-mento importante na formação dos nossos técnicos e demons-tra a importância das Ceasas no contexto econômico, finan-ceiro e social do país”, concluiu. Futuramente, Altivo acredita que o curso possa se transfor-mar em uma pós-graduação a distância e se dispôs a divulgar maiores detalhes e cronogra-ma assim que estiverem acer-tados com Gustavo Hoffman.

Aproveitando a assembleia, Luiz Damaso Guzzi, presidente da Ceasa Paraná, convidou a todos para a primeira edição da Hortifruti Brasil Show 2013, evento de agrobusiness que acontece entre os dias 16 e 18 de maio no entreposto de Curi-tiba e engloba fórum de discus-são, encontro de negócios e fei-ra com expositores. “Teremos a participação de empresários italianos parceiros no nosso projeto de modernização da companhia e pretendemos transformar a iniciativa em um evento itinerante e anual”, completa Guzzi.

Ainda durante a abertura, foi lançada a primeira fase da Campanha Nacional de Incen-tivo ao Consumo de Frutas,

Legumes e Verduras. O obje-tivo é estimular a população a aumentar o consumo destes produtos. Em todo o Brasil, 51 Centrais já aderiram à ação que será implantada por cada unidade.

Fazendeiro em Minas Ge-rais, Antônio Andrade, recém--nomeado para o cargo de mi-nistro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrou em-patia com os presentes e pro-meteu apoiar as demandas da associação. “Conheço de per-to a realidade do produtor e suas dificuldades. Darei muita importância ao setor”, enfati-zando que espera contar com parceiros como Conab e as próprias Ceasas para “planejar o futuro do abastecimento com diálogos e planos de ações que tragam resultados imediatos”.

Especialistas em logística de abastecimento e mercados atacadistas do Brasil, Uruguai, Chile e Espanha marcaram presença, compartilhando co-nhecimento e ampliando o campo a ser estudado para a modernização dos entrepostos brasileiros. Ao lado do secretá-rio geral da Comissão de Admi-nistração do Mercado Modelo

do Uruguai, Marcelo Amado, o analista de sistemas da Agro-pec, José Carlos Silva Neto, mi-nistrou a palestra “Tecnologia da Informação em Mercados de Abastecimento”. Para falar sobre a “Logística da Cadeia de Suprimentos”, foram convi-dados o diretor internacional da rede espanhola de abaste-cimento Mercasa, Manuel Es-trada, e o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, Paulo Protássio. Representando o Mercado Atacadista Lo Valle-dor do Chile, Gonzalo Bravo, di-retor do entreposto, explanou sobre “Sustentabilidade e Fon-tes de Energias Limpas” com a colaboração do presidente da Neolux da Espanha, José Fer-reño Lopes.

Representantes dos minis-térios da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social tam-bém estiveram presentes e dis-cutiram os rumos que devem tomar para estruturar o abas-tecimento no Brasil. No último dia do encontro, representan-tes das Ceasas conheceram os processos e as técnicas de pro-dução na Fazenda Malunga, re-ferência no cultivo de produtos orgânicos.

18 Encontro Nacional da Abracen JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

CAROLINA DE SCICCO

Carolina de SciccoDe Brasília

Page 19: Jornal Entreposto | Abril 2013

Ministérios se unem em prol da campanha de incentivo ao consumo de FLVPrimeira etapa conscientiza agentes e consumidores dos entrepostos brasileiros

No primeiro dia do Encontro Na-cional da Abracen, representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde e do Desen-volvimento Social e Combate à Fome se encontraram para apresentar a primeira fase da Campanha Nacional de Incentivo ao Consumo de Frutas, Legumes e Verdu-ras. A iniciativa, que surgiu de uma soli-citação da Abracen, conta também com a colaboração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ibrahort (Instituto Brasileiro de Horticultura).

O objetivo principal é estimular o au-mento do consumo de FLV pela popula-ção brasileira. A primeira etapa será vol-tada para agentes das Ceasas. Questões como oferta de produtos com qualidade, segurança alimentar voltada, rotulagem, valorização de alimentos regionais e re-dução do desperdício serão alguns dos temas abordados. Em todo o Brasil, 51

19Encontro Nacional da Abracen

INCENTIVO

AGENDA

abril de 2013JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio

centrais já aderiram à campanha. A se-gunda fase vai conscientizará consumi-dores e frequentadores dos entrepostos. “Entendemos que as Ceasas representam uma política pública importante: a polí-tica do abastecimento. Por isso, e com-preendendo as ações fundamentais para o desenvolvimento da nossa sociedade, lançamos a primeira fase desse projeto que trata de alimentação saudável”, des-tacou João Lages.

Lúcio Valadão, Secretário de Agricul-tura do Distrito Federal, lembrou que Brasília é uma das poucas capitais do mundo que ainda possui área rural, o que significa que o abastecimento não ficou para trás quando a cidade foi planejada, na década de 1950. “Queremos inserir muito mais agricultores nos mercados atacadistas”, disse Lúcio, sem deixar de citar a importância do banco de alimen-tos para comunidades carentes da região.

O Mercado Lo Valledor, lo-calizado na cidade de Santia-go, Chile, foi o escolhido para receber o 28º Congresso da WUWM 2013 (Worl Union of Wholesale Markets, em por-tuguês União Mundial dos Mercados Atacadistas). Entre os dias 23 e 26 de outubro, representantes dos principais mercados do mundo estarão reunidos para discutir temas como rastreabilidade e ino-cuidade nos mercados ataca-distas.

Gonzalo Bravo Baltra, diretor do mercado e presi-dente do comitê organizador do Congresso WUWM, apro-veitou o último Encontro da Abracen para convidar todos os agentes da cadeia de abas-tecimento do Brasil a visitar o Mercado Lo Valledor durante o evento e conhecer o mode-lo desenvolvido no Chile para o comércio varejista e para o pequeno e médio agricultor.

Com um modelo de negó-cio 100% privado, a Central de Abastecimento Lo Valledor é o principal canal de comer-cialização de produtos horti-frutícolas do país, negociando 2 milhões de toneladas anual-mente. Além de FLV, o entre-posto chileno oferece produ-tos de mercearia e alimentos para animais.

Chile recebe próximo Congresso da

WUWM

PLANEJAMENTO

Presidente da CNA leva ao governo sugestões para o plano agrícola e pecuário 2013/2014Senadora Kátia Abreu saiu otimista de reunião de mais de três horas na Casa Civil da Presidência da República

Depois de uma reunião que durou mais de três horas na Casa Civil da Presidência da República, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sena-dora Kátia Abreu, saiu otimis-ta quanto à possibilidade de o

ANTONIO CRUZ/ABr

Governo aceitar as sugestões e argumentos que encaminhou ao Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014. Além da mi-nistra Gleisi Hoffmann, também participaram do encontro, na segunda-feira à noite, os mi-nistros da Agricultura, Antônio

Andrade, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas e o pre-sidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. A vigência do Plano, redução de juros para os financiamentos e volume de re-cursos para o seguro rural estão entre os temas abordados pela presidente da CNA.

A presidente da CNA sugeriu que o próximo PAP tenha um prazo de vigência intermediá-rio, de 18 meses, ao contrário do que vigora hoje, de um ano, para permitir a preparação de um plano agrícola de quatro a cinco anos em 2015. “Desta for-ma, teríamos maior segurança para o planejamento da ativi-dade, não só quanto ao custeio, mas principalmente dos inves-timentos na produção agrícola”, afirmou. Para ela, um dos mais importantes segmentos da eco-nomia, como a agropecuária, precisa ter segurança para in-vestir com base em projeções e planejamento, como já acontece nos principais países produto-res mundiais.

Para a política de subsídio ao seguro rural, a senadora Kátia Abreu defendeu a aloca-ção de R$ 850 milhões na safra

2013/2014, aumentando signi-ficativamente os valores de R$ 400 milhões e de R$ 260 mi-lhões obtidos nas safras anterio-res. Para ela, uma política efetiva para o seguro rural contribuirá para a redução dos juros dos fi-nanciamentos agrícolas, porque o risco da atividade será menor.

A alocação do valor sugerido pela CNA cobrirá 20% da área plantada do Brasil, ainda bem menor do que nos Estados Uni-dos, que tem 86% de sua área plantada cobertura por seguro.

A redução dos juros, de 5,5% para 4,5%, dos financiamentos com recursos do crédito rural foi outra sugestão encaminha-da pela presidente da CNA. Ela também discutiu com os minis-tros temas como capacidade de armazenagem de grãos e defesa agropecuária.

Algumas situações especiais também foram abordadas no encontro, como os casos do lei-te, café e trigo. “São produtos de grande sensibilidade, que en-frentam situações específicas”, afirmou a senadora. Também foram discutidos investimentos para projetos de inovação e pes-quisa pública e privada.

Page 20: Jornal Entreposto | Abril 2013

20 Evento JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

Ceasa Curitiba sedia o HortiFruti Brasil Show 2013O HortiFruti Brasil Show

2013, que acontecerá entre os dias 16 e 18 de maio, na Ceasa Curitiba, reunirá a cadeia pro-dutiva do setor de hortifruti e �lores e compreenderá também, o Encontro Nacional da Abracen, com presença de diretores, téc-nicos e permissionários de todo o país.

Segundo a organização, o objetivo é apresentar inovações tecnológicas e ferramentas para a modernização dos entrepos-tos, bem como aparelhar os pro-dutores rurais para que estejam aptos a produzir com mais quali-dade e produtividade. No campo internacional, o HortiFruti Brasil Show visa ampliar laços com a região Emilia Romagna, na Itália, possibilitando acesso às novas tecnologias da Europa, utilizan-do-a como porta de acesso ao Mercado Europeu.

O encontro vai agregar diferentes formas de comunicação com os

visitantes:

Feira - formada por estandes para comercialização de produ-

tos, implementos, tecnologia, apresentação de projetos para investimento e parceria tecnoló-gica. HortiFruti Contact - even-to de caráter internacional mas também com foco no mercado interno, destinado a promoção de negócios entre produtores e mercado, tecnologia e indús-tria, através da aproximação de

partes interessadas em realizar negócios, captação de recursos e joint venture para o Complexo Agroindustrial HortiFruti, atra-vés de reuniões marcadas du-rante o evento.

Fórum Internacional - am-biente proativo de entendimento entre empresas, universidades, institutos de pesquisa, órgãos

Maiores detalhes poderão ser obtidos com José Carlos PamplonaE-mail: [email protected] Telefone: (41) 3072-1000 Site:www.hortifrutibrasilshow.com.br

governamentais, organismos internacionais, entidades da sociedade civil, interessados na discussão de temas relacionados ao desenvolvimento comercial, institucional, tecnológico �inan-ceiro e de inovação do Complexo Agroindustrial no Brasil.

Dentre os temas abordados estão os Principais Desa�ios

do Setor Hortifruti na Europa, o Caso da Região da Emilia Ri-magna (IT), Boas Práticas Agrí-colas, Agroecologia na Europa, Qualidade da Água na Produção, Segurança Alimentar, Design de Rotulagem e de Embalagem, Modelo do Mercado de Flores de Campinas e Organização da Produção de Flores através de Associativismo.

O HortiFruti Brasil é promo-vido pela Abracen em parceria com a Ceasa Paraná, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, Federação da Agricultura do Estado do Pa-raná – Faep, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Horta-liças e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater.

Page 21: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 22: Jornal Entreposto | Abril 2013

22 Rotulagem JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

O Brasil continua sendo líder na destinação de embalagens vazias de produtos agrotóxicos. Atual-mente, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), ONG responsável pela destinação final do material, recolhe 94% do total descartado.

Nos últimos 13 anos foram mais de 246 mil tone-ladas de embalagens recicladas. Somente em 2012, foram encaminhadas 37.379 t. A quantidade repre-senta um crescimento de 9% quando comparada a 2011. A expectativa para 2013 é destinar 40 mil to-neladas de embalagens vazias.

De acordo com o coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Rangel, o principal objetivo é dar a destinação correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos e diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação do meio ambiente.

“A fiscalização é rígida pelas leis de agrotóxicos e de crimes ambientais. As multas podem chegar a R$ 20 mil no caso de não cumprimento da legislação”, alerta.

Os estados líderes na devolução de recipientes de agrotóxicos, segundo o (inpEV), são Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Goiás. De janeiro a dezembro de 2012, os produtores rurais do Mato Grosso devolve-ram 8,6 mil toneladas (t) de embalagens vazias de agrotóxicos.

No Paraná, no mesmo período, foram recolhidas 4,8 mil t, em São Paulo 3,7 mil t e em Goiás foram 3,5 mil t. Os países que mais encaminharam para desti-nação final, neste mesmo período, foram Alemanha (76%) Canadá (73%) França (66%) Japão (50%) Polônia (45%) Espanha (40%) Austrália (30%) e Estados Unidos (30%).

As embalagens de agrotóxicos são obrigatoria-mente recolhidas desde 2002. A nova legislação fe-deral determinou a responsabilidade da destinação final de embalagens vazias para o agricultor, o fabri-cante e o revendedor.

Brasil lidera reciclagem de embalagens de agrotóxicos

BANCO DE ALIMENTOS LOGÍSTICA REVERSA

A Ceasa paulista recebe inú-meros produtos hortifrutigran-jeiros, vindos de 1.500 cidades brasileiras e diversos países. A rotulagem é uma parte impor-tante para garantir a rastreabili-dade na cadeia de abastecimen-to de frutas, legumes e verduras. Mas, embora obrigatória por lei, na prática ainda enfrenta alguns percalços.

Atenta as exigências do mer-cado e com colaboração ativa do Centro de Qualidade em Hor-ticultura, o CHQ da Ceagesp, a atacadista Gato Preto, há cinco anos no ramo de FLV, busca solu-cionar as dificuldades de rastre-abilidade. Assim, firmou parce-ria com a Associação Brasileira de Automação, GS1 Brasil, para aperfeiçoar e otimizar o sistema de etiquetagem, praticado pela empresa há aproximadamente um ano, por solicitação de clien-tes do sul do país.

Gato Preto inicia projeto para otimizar rastreabilidadeAtacadista firma parceria com CQH e GS1 para aperfeiçoar sistema de etiquetagem de FLV

Segundo José Maria Santos, proprietário da empresa, a in-tenção é que, muito em breve, esse rótulo já venha do produ-tor, por enquanto o processo é realizado dentro do box na cea-sa. “A conscientização está difí-cil, os produtores estão se esqui-vando o máximo possível. Mas todos eles tem computador em casa. Todos. Então é viável. An-tes era mais complicado, tinha que mandar pra gráfica. Hoje o valor da etiqueta é insignifican-te”, esclarece.

Para o gerente Marcelo Gi-monski o rastreamento tem que ser feito. “Na roça tem que ser como lei. Mas é complicado. En-tão, tem que se adequar”. A so-lução encontrada pela empresa será levar o software utilizado no processo aos produtores. “Assim, não tem com os agricul-tores fugirem da responsabili-dade e dizer que não tem como

fazer”, completa José Maria.A falta de fiscalização tam-

bém compromete o cumpri-mento das normas. “Eu acho que a lei só vai pegar mesmo quan-do a Ceagesp começar a cobrar. Enquanto continuar entrando mercadoria vai ser difícil. Já que é lei, que está em vigor, não po-dia entrar sem identificação”, acredita o empresário.

A Gato Preto é, também, produtora de pimentão na re-gião de Pirajuí, interior de São Paulo. A embalagem do grupo é personalizada e, algumas vezes, caixas acabam sendo vendidas e reutilizadas, fazendo com que a empresa perca o controle sob o conteúdo das mesmas, mas que seu nome continue vinculado a elas. “Nesse contexto, destaca--se a importância da rastreabili-dade, que garante pronta identi-ficação da origem dos produtos”, concluiu.

Em atividade desde 1972, a Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, que acolhe e trata portadores de transtornos mentais, é um hospital filantrópico man-tido pela Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, fundada em Madrid, Es-panha, em 1881. No local são servidas diariamente 900 refeições - café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia - para 190 pacientes e 170 colaboradores.www.hospitaleiras.org Av. Jornalista Paulo Zingg, 1078 - São Paulo - SPTelefone: (11) 5627-7777E-mail: [email protected] um doador Banco Ceagesp de AlimentosTelefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929 Nextel: 55*45*4964E-mail: [email protected]

Resumo BCA - Março / 2013 Cinco alimentos mais doados1. Laranja2. Banana3. Limão 4. Alface5. Cenoura

Cinco maiores doadores1. H.Shimizu2. Roque Neves3. Frutas Franchi4. AGP5. Luis Leite

Volume de doações recebidas: 43.169 toneladasDescarte BCA: 10.461 toneladasVolume de doações distribuídas: 32.708 toneladasPermissionários doadores: 29Entidades beneficiadas: 48

Casa de Saúde N. Sa. de Fátima recebe doações do BCA

Page 23: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 23AgrícolaUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Autoridades agropecuárias do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estudam mecanismos de apoio à prática de agricultu-ra irrigada. O objetivo é garan-tir a qualidade e o aumento da produção agropecuária fazendo o uso consciente da água e da energia.

Segundo o chefe da Divi-são da Agricultura Irrigada do Mapa, José Silvério, as ativida-des relacionadas à agropecu-ária, são as que mais usam os recursos hídricos. “Estima-se que de mil a 3 mil m3 de água são utilizados para produzir uma tonelada de alimentos de origem vegetal”, disse Silvério, ao reforçar que o consumo de água para produzir um hectare de grãos está em torno de 10 mil m3. Esse número chega a ser cinco vezes maior para ali-mentos de origem animal.

De acordo com Silvério, a tecnologia de irrigação intensi-�ica o uso dos solos reduzindo a pressão por abertura de novas áreas, o que contribui para pre-servação ambiental.

No Brasil, dos 60 milhões de hectares de área plantada,

Prática de irrigação apresenta melhores resultados em relação ao método de sequeiro

cerca de 4,7 milhões utilizam a prática de agricultura irrigada. Estudos mostram que o méto-do permite a produção de mais de uma safra anual e minimiza os problemas climáticos, espe-cialmente em época de estia-gem.

José Silvério explica que é notório o aumento de produ-

tividade das culturas e pasta-gens onde se utiliza essa tec-nologia. “Cada hectare irrigado corresponde a três hectares de sequeiro em termos de produ-tividade �ísica e sete hectares em termos de produtividade econômica”, explicou.

O Plano Brasil Maior atribui ao Mapa à responsabilidade de

aperfeiçoar o desenvolvimento tecnológico da agricultura irri-gada e sua difusão. Por este mo-tivo, está em processo de aná-lise no ministério o Programa de Incentivo da Agropecuária Irrigada (Pro-Irriga), que pre-tende ampliar a área irrigada, a produtividade e a qualidade dos produtos agrícolas.

Visando melhorias e o crescimento na produção de alimentos e produtos orgâni-cos, o governo de São Paulo, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente e da Agri-cultura, lançou o projeto São Paulo Orgânico. Trata-se de uma linha de �inanciamento bene�iciária a agricultores e fabricantes orgânicos. Na solenidade de lançamento, o Governador anunciou a abertura de linha do FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista para a agricultura orgânica (o teto do �inanciamento é de até R$ 100 mil por agricultor pes-soa �ísica ou jurídica e de até R$ 400 mil por cooperativa ou associações de agriculto-res) e a participação do esta-do de São Paulo na BioBrazil Fair | Bio Fach América Lati-na – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agro-ecologia, que acontece entre os dias 27 e 30 de Junho, na Bienal do Ibirapuera.

Também foi divulgado o calendário 2013 de capacita-ção dos técnicos da pasta do Meio Ambiente, da Agricul-tura e do ITESP – Instituto de Terras do estado de São Paulo e distribuídas carti-lhas com receitas orgânicas. Em 2013, o governo provi-denciará a capacitação dos produtores rurais do Assen-tamento Mario Covas, loca-lizado no munícipio de São Simão.

Outro anúncio foi da as-sinatura do termo de doação de cinco mil títulos da biblio-teca Ana Maria Primavesi.

O governado de São Paulo lançou dia 6 o Projeto Poupa-tempo do Produtor Rural. O Projeto da Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) tem por objetivo integrar os mais de 50 serviços já oferecidos pela Pasta em um só lugar, facilitando o acesso aos produtores rurais. A atuação será de forma itinerante por meio de três unidades móveis que atenderão mais de 70 mu-nicípios da região administrati-va de Sorocaba. Os trailers são equipados com computadores com acesso à internet, impres-soras, telefones e apoio da equi-pe de técnicos da SAA que farão trabalhos de gestão e atendi-mento ao público.

Poupatempo do produtor

Programa subsidia agricultura orgânica

Governo incentiva agricultura irrigada

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Page 24: Jornal Entreposto | Abril 2013

24 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

Os 1.262 produtores rurais do Espírito Santo que investem no cultivo de manga faturaram cerca de R$ 2 milhões com a co-mercialização na produção da última safra, encerrada no iní-cio do mês. Ao todo, a produção capixaba atingiu 3.400 tone-ladas, um recorde, numa área plantada de 1.200 hectares.

Esses números são ainda mais relevantes ao conside-rar que há apenas nove anos o cultivo da manga não era uma atividade organizada comer-cialmente, existindo apenas em plantios nativos.

Para ampliar mais os culti-vos, o Governo do Espírito San-to repassará agora em 2013, 60 mil mudas de manga da varie-dade Ubá, aos agricultores ca-dastrados no Polo, quantidade suficiente para ampliar a área plantada capixaba em 50%, com novos 600 ha.

“As mudas adquiridas são dis-tribuídas seguindo um rigoroso cadastro realizado pelo Incaper, que tem como foco os agricul-tores familiares e o zoneamento econômico e ecológico para as plantações de manga. Trata-se de um fomento assistido, onde os agricultores contarão com assistência técnica, capacitação intensiva e controle rigoroso das operações”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Abas-tecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.

Atualmente, somente no Polo de Manga, são 800 ha im-plantados em 17 municípios da Região Noroeste do Estado, onde as condições de clima e de solo são as mais indicadas para o cultivo da fruta.

Os principais destinos da produção capixaba são a em-

Produtores de manga do ES faturam R$ 2 milhões na safra 2012/2013

presa de produção de polpa TROP BRASIL (2.4 mil t), a CE-ASA-ES (768 t) e os programas governamentais de aquisição de alimentos (230 t).

“Nosso trabalho é ofertar ao agricultor familiar boas opções e as melhores condições de di-versificar a produção agrope-cuária. O Incaper é um parceiro sólido do produtor rural e gra-dativamente estamos amplian-do esse apoio que é fundamen-tal para a ampliação da renda e da melhoria da qualidade de vida”, ressalta o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo.

Além da manga, outros 12 Polos de Frutas estão organiza-dos no Espírito Santo, em todas as regiões do Estado. Com eles, é possível promover a diversi-ficação da produção agrícola e gerar renda para os agriculto-

res de base familiar, viabilizar a produção em regiões com vo-cação e aptidão para o cultivo de frutas, organizar e fortalecer as associações de produtores e suas cooperativas, aproveitar áreas de pastagens degradadas com baixo retorno econômico e atender a demanda das in-dústrias instaladas em terras capixabas.

A implantação e manuten-ção dos Polos faz parte de uma ação conjunta entre o Governo do Espírito Santo, por meio da Seag, Incaper, Idaf e Ceasa, Se-brae/ES, Faes, Senar, Fetaes, Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Prefeituras Municipais, OCB-ES e Cooperativas, Indús-trias processadoras de frutas e de polpa e Associações de Pro-dutores Rurais.

“A ampliação e consolidação

dos Polos de Fruticultura é uma estratégia para a diversificação da produção e da renda no in-terior capixaba. O Governo do Estado investe no Polo de Man-ga, e na fruticultura como um todo, porque é uma atividade que gera renda e emprego em pequenos espaços, e essa é a realidade para 80% de nossos agricultores, que são de base familiar e dispõem de peque-nas glebas de terra para produ-zir”, afirma Enio Bergoli.

Terceira atividade em im-portância da agropecuária ca-pixaba, a fruticultura gera apro-ximadamente 60 mil empregos diretos e está presente em 85 mil ha.

Com produção anual de 1,3 milhão de toneladas, apresenta faturamento superior a R$ 700 milhões.

CeasaMinas tem novo presidente

O novo presidente da Ce-asaMinas, o engenheiro civil Marcos Lima, realizou no fi-nal do mês de março, na Ad-ministração do entreposto de Contagem, sua primeira reu-nião com os líderes e chefes de departamentos envolvidos no planejamento estratégico da empresa. Lima assumiu o cargo no dia 26 de março, du-rante reunião extraordinária do Conselho de Administra-ção da CeasaMinas. Ao falar aos chefes de de-partamento e demais funcio-nários da empresa, Marcos Lima destacou a responsabi-lidade da central de abaste-cimento para a promoção da segurança alimentar. “Cada um de nós deve buscar a meta de continuar a fazer da Ceasa uma referência na-cional”, afirmou, ao elogiar o corpo técnico da empresa. Lima assume a presidência em substituição a João Alber-to Paixão Lages, que exercia o cargo desde agosto de 2007.Marcos Guimarães de Cer-queira Lima foi deputado federal por seis legislaturas, entre os anos de 1983 e 2003, período em que ajudou a ela-borar a Constituição Federal de 1988. Entre 2009 e 2011, voltou a ser deputado federal.

Além de exercer a ativi-dade parlamentar, Marcos Lima foi diretor de Relações Institucionais de Furnas Cen-trais Elétricas e presidente da Fundação Universitária de Itaúna. Vinculada ao Minis-tério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa), a CeasaMinas administra entrepostos em Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Ca-ratinga, Governador Valada-res e Barbacena.

Page 25: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 26: Jornal Entreposto | Abril 2013

26 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

ECONOMIA

Limão taiti

-29,2 %Brócolis

-32,4 %

Cenoura

44,6 %

Ovos

17,5 %

Pescada

26,65 %

Índice Ceagesp fecha mês de março com alta de 3,73% e pressiona in�lação

Em março, o Índice de pre-ços Ceagesp aumentou 3,73%, com elevação em todos os se-tores, exceto pelo de verduras. Condições climáticas adversas nas regiões produtoras, como excesso de chuvas e altas tem-peraturas, além de problemas sazonais em algumas culturas, voltaram a interferir negativa-mente na qualidade e volume ofertado, principalmente nos setores de legumes e diversos.

Produtos com grande re-presentatividade destes setores como tomate, vagem, pimen-tão, batata, cebola, entre outros, apresentaram acentuadas ma-jorações de preços e in�luencia-ram na elevação do Índice Cea-gesp no último mês.

No ano, o indicador registra elevação de 5,69% e, nos últi-mos 12 meses, o aumento foi

de 19,71%. O setor de diversos registrou a maior elevação, de 18,06%. Principais altas: cebo-la (26,6%), amendoim (19,5%), batata comum(15,7%) e milho pipoca (15,5%).

Não houve redução de pre-ços no setor.

A seguir, os legumes regis-traram alta de 14,78%. Prin-cipais aumentos: vagem ma-carrão (46,5%), jiló (45,3%), pepino japonês (38%), pimen-tão verde (31,2%) e tomate (19,2%). Principais baixas: chu-chu (-20,2%), abobrinha italia-na (-11,5%), maxixe (-9,7%)e cará (-4,1%).

O setor de pescados apre-sentou alta de 1,36%. Principais aumentos: bagre (30%), pesca-da (26,65), anchovas (19,9%), abrotea (19,2%) e robalo (7,5%).

Principais quedas: atum

(-26,9%), pacu (-11,7%), tilápia (-9,3%) e cavalinha (-7,5%).

As frutas registraram eleva-ção de 1,22%. Principais altas: goiaba vermelha (30,2%), aba-caxi pérola (16,1%), uva beni-taka (15,9%), caju (15,4%) e �igo (10,4%).

Principais baixas: maracujá azedo (-22,5%), jaca (-17,1%), pera estrangeira (-9,2%), e kiwi estrangeiro (-9,9%). Já as ver-duras apresentaram retração de 4,69%.

Principais elevações: bróco-lis (45,6%), couve-�lor (38,4%), salsa (16,5%), e agrião (8,34%). Principais quedas: alface ame-ricana (-20%), alface crespa (-18,9%), escarola (-19,5%), coentro (-17,1%), almeirão (-16,8%), alface lisa (-16,8%), rabanete (-15%) e espina-fre(-13%).

TendênciaAlém das condições climá-

ticas adversas que afetaram a oferta, o aumento da procura devido à Páscoa impulsionou a demanda. Assim, os preços mantiveram-se em alta durante praticamente toda a segunda quinzena de março. Em abril, com a diminuição das chuvas nas regiões produtoras, a expec-tativa é de que volumes oferta-dos e preços iniciem processo de retorno aos patamares habi-tuais.

Índice CeagespComo objetivo de traduzir

melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens.

Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares du-rante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade.

O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

Neste ano, o indicador registrou elevação de 5,69% e, nos últimos 12 meses, o aumento foi de 19,71%

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Ceasa do Ceará terá farmácia para atender à comunidadecomerciantes e colaboradores, mas para a saúde da população como um todo. A Ceasa é um ponto estratégico para esse tipo de ação e nós pretendemos rea-lizar outras parceria com o Mu-nicípio e a Prefeitura”, salientou Reginaldo Moreira, presidente da Ceasa Ceará.

Na entrada de pedestres, os agentes de combate às ende-mias abordarão o público orien-tando e distribuindo material impresso com informações so-bre a doença e as formas de pre-venção. Nos galpões, a visita do mosquito transmissor da doen-ça conscientizará os comercian-tes e consumidores. Uma blitz educativa também está prevista para alcançar as pessoas que passam em frete ao entreposto em veículos automotores.

FarmáciaO projeto da farmácia tem

como objetivo proporcionar à comunidade o acesso à medica-ção necessária aos tratamentos indicados pelos pro�issionais da saúde, sendo uma atividade complementar ao trabalho re-alizado pelo Posto. O bene�ício dos medicamentos acontecerá de forma gratuita, em parceria com o atendimento e a prescri-ção médica realizada na própria unidade de saúde, localizada no prédio administrativo da Ceasa.

A farmácia funciona de se-gunda a sexta-feira, das 7h às 13h, e conta com o acompa-nhamento de um pro�issional farmacêutico. A instalação do equipamento e sua manutenção é uma iniciativa da Secretaria de Saúde do município, por meio da Prefeitura de Maracanaú.

A Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e ao Governo do Estado, já conta com uma far-mácia para atender às necessi-dades da população.

O equipamento, integrado ao posto de saúde Menino Jesus de Praga foi instalado na unida-de de Maracanaú, e inaugura-do no �inal do mês passado. Ao mesmo tempo, a Ceasa recebeu também uma mobilização de prevenção contra a dengue, com ações desenvolvidas em vários pontos do mercado. “O entreposto de Maracanaú rece-be até 15 mil pessoas por dia, são 184 municípios buscando abastecimento na nossa central, e uma parceria como esta é um bene�ício não só para nossos

Além da inauguração da farmácia, uma mobilização de prevenção contra dengue acontece no entreposto de Maracanaú

Page 27: Jornal Entreposto | Abril 2013

abril de 2013 27Ceasas do BrasilUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Desde o fim de março, as unidades armazenadoras que não estão certificadas em am-biente natural ficam impedidas de prestar serviços de armaze-nagem de estoques governa-mentais ou receber produtos de operações realizadas pela Companhia Nacional de Abaste-cimento (Conab).

O último prazo determina-do pela Instrução Normativa nº

041, que trata sobre os requi-sitos para certificação, era até 31/12/2012, mas como o novo sistema de cadastro e consulta das unidades armazenadoras certificadas só ficaria pronto no dia 25/03/2013, o Ministério da Agricultura, por meio de ofício, estendeu o prazo para esta data.

A partir da disponibilização do novo sistema ao público, as unidades armazenadoras não

certificadas passaram à condi-ção de impedidas, ou seja, fi-caram impossibilitadas para o exercício de qualquer operação com a Conab, pelo menos até que regularizem a situação. De acordo com a área de armaze-nagem da Companhia, o núme-ro de unidades nesta situação representa cerca de 1 milhão de toneladas da capacidade estáti-ca credenciada.

ABASTECIMENTO

Armazéns sem certificação ficam impedidos de atuar para governoDe acordo com a Conab, número de unidades nesta situação representa cerca de 1 milhão de toneladas da capacidade estática credenciada

“Nós fizemos um apelo ao setor armazenador no senti-do de adotar as providências necessárias para adequar suas unidades”, explica o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos. “Inclusive, foram avisa-das da necessidade de que este-jam comprovadamente certifica-das junto ao Sistema Nacional de Cadastro de Unidades Armaze-nadoras (Sicarm), mantido pela

Companhia”, acrescenta. Segun-do as regras do Sistema de Cer-tificação, toda pessoa jurídica que presta serviço, remunerado ou não, de armazenagem de pro-dutos agropecuários, seus deri-vados, subprodutos e resíduos de valor econômico a terceiros, inclusive dos estoques públicos sob responsabilidade da Conab, deverá estar certificada para permanecer em funcionamento.

Desde o dia 23 de dezembro de 2012, usuários e visitantes da Ceagesp contam com uma ambulância da Agilmed para atendimentos de emergência durante 24 horas todos os dias. Edson Procidelli, assessor técni-co do Departamento de Entre-posto da Capital (Depec), setor responsável pelo novo serviço, explicou que o projeto era um anseio da administração do mercado e dos permissionários. “Em uma comunidade de 50 mil pessoas como a Ceagesp, um atendimento emergencial é im-prescindível. Antes, acionava-se o SAMU (Serviço de Atendimen-to Móvel de Urgência), que nem sempre atendia com rapidez”, esclarece Edson, acrescentando que os permissionários dividem a conta do benefício. “Cada um paga cerca de R$ 0,37 por metro quadrado da área de comercia-lização”.

Todo mês, a Agilmed aten-de cerca de 70 casos dentro da companhia. Para José Durvai-zen, funcionário da Fiscalização, a novidade lhe devolveu a vida. Em dezembro do ano passado, ele sofreu um princípio de infar-to, foi atendido pela ambulância e removido para o hospital. “Eu

Ceagesp disponibiliza ambulância para atendimentos emergenciais

ressuscitei”, brinca José. Segun-do os médicos que o atenderam, a agilidade no primeiro aten-dimento, ainda no entreposto, possibilitou a total recuperação do funcionário.

Em caso de emergência, ligue: Segurança: 3643-3852 ou 3643-3990Portaria: 3643-3921Fiscalização: 3643-3858 ou 3643-3859

“Em uma comunidade de 50 mil pessoas

como a Ceagesp, um serviço de atendimento

emergencial é imprescindível”.

PAULO FERNANDO

Agilmed atende cerca de 70 casos por mês

Page 28: Jornal Entreposto | Abril 2013

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

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28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013

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Neste mês, o agito está no se-tor de legumes e batatas. Tomate, pimentão, batata e cebola estão dando show de preços e receben-do cachê de pop star. Aí, o pro-dutor vai se empolgar, aumentar o plantio, o preço vai baixar e a dona de casa vai gostar.

A Nossa Turma completou 15 anos em 31 de março e a família ceagespiana foi lá comemorar. No evento, foram homenageados personagens que fizeram a enti-dade acontecer: o antigo presi-dente da companhia Fuad Nassif Baur, a ex-primeira dama do go-verno estadual Dona Lila Covas, o ex-secretário de agricultura Xico Graziano e os saudosos entusias-mados com a criação do projeto social Nelson Fortes, Herman Le-cher e o bom de bola José Carlos Vaz de Lima.

A Ceagesp era estadual. A comunidade e as crianças ouvi-ram a mensagem positiva que foi transmitida a todos os presentes na época. Hoje, passados 15 anos, vamos relembrar e comemorar os bons momentos. No início, a enti-dade vivia com a contribuição que era colocada no boleto do aluguel dos permissionários. Até que mu-dou o presidente da companhia e extinguiu essa taxa social. Aí, a Nossa Turma saiu à luta e pedin-do contribuição para as mais de mil empresas que estão baseadas nesse central de abastecimento.

E eu, Manelão, como presiden-te da associação, o meu poder de convencimento é pouco, pois me-nos de cem empresas contribuem com o nosso projeto social. A coisa só foi melhorar quando Gil-berto Dimenstein colocou a nossa turma em seu livro e Carlos Tra-montina, da Globo, no programa Antena Paulista, me elegeu como modelo de responsabilidade so-cial brasileira. Aí, o presidente da Ceagesp era Valmir Procidelli, que, atendendo aos nossos an-seios, assinou uma parceria e a Ceagesp passou a repassar R$ 12 mil mensais para a Nossa Turma.

Os anos se passaram as despe-sas aumentaram. Hoje, a Ceagesp repassa para a escolinha R$ 20 mil. Os boletos dos permissioná-rios atingem R$ 8 mil. Mais R$ 6 mil de empresas fora dos muros do mercado. Todo mês, para fe-char o caixa, faltam R$ 8 mil. E vamos torcer para a Queima do Alho, que será no próximo dia 5 de maio, o bom Deus abençoe e você venha se divertir saborear uma boa comida, ouvir a dupla prata da casa J. Garcia e Marinen-se, que vai cantar músicas de Mi-lionário e Zé Rico, além de canto-res, cantoras e bailarinas-mirins que se apresentam no Raul Gil e darão show e alegria à criançada presente.

Ramon Violeira e banda vão saudar o público com músicas de Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e João Mineiro e Marciano. A banda Red Fox é quem melhor toca mú-sica country no Brasil estará en-cantando a galera nesta festa dos 15 anos da Nossa Turma.

Os personagens mais impor-tantes são as crianças atendidas e vocês que acreditam no nosso trabalho. A Fundação Dom Cabral nos enviou um grupo de alunos de MBA que, em conjunto com a nos-sa diretoria, está elaborando um plano de gestão em capitalização de recursos que com certeza vai nos levar à sustentabilidade.

De 21 a 24 de maio, outro grande evento sacode o mercado. Nesta edição, a Femetran trará o que há de melhor no segmen-to caminhão. No dia 30 de maio, haverá missa solene de Corpus Christi, no Galpão dos Carregado-res. E o celebrante que hoje é pa-dre, já derramou suor carregando e descarregando mercadorias no mercado.

A organização será do diáco-no Luiz Carlos de Laete. O coral amigos do padre Quirano, da pa-róquia São Mateus em Rio Peque-no, e Agnaldo Timóteo vão cantar músicas para Nossa Senhora. Não deixe de participar desse momen-to de fé. Horário: 9h.

Cá entre nós

Page 29: Jornal Entreposto | Abril 2013

29abril de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 30: Jornal Entreposto | Abril 2013

30 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013Transporte

O Porto de Santos é o maior e mais importante do país. Na cida-de portuária estima-se que circu-lem cerca de seis mil caminhões, responsáveis por levar e descar-regar dos e para os navios merca-dorias fundamentais para a eco-nomia brasileira. No entanto, esse transporte tem sido prejudicado pela idade avançada dos veículos.

Para mudar esse cenário, o governo de São Paulo implantou o Programa de Incentivo à Renova-ção da Frota de Caminhões (Reno-va SP). Os veículos são financiados pela Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e contam com juros zero – o subsídio é do estado.

O projeto piloto começou na cidade de Santos. “Dos seis mil caminhões da região, quase me-tade ou têm mais de 30 anos ou estão bem próximos de chegar a essa idade. O Renova SP foi muito bem recebido pelo caminhoneiro, ele está tendo uma oportunida-de única. Se antes as prestações de um veículo novo chegavam a R$ 6 ou R$ 7 mil, hoje é possível comprar, com esse programa, pa-gando R$ 3 mil por mês”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindi-cam-Santos), Clayton Domingues de Oliveira, à Agência CNT de No-tícias.

Qualidade de vida

Segundo o Departamento Es-tadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), cerca de 30% dos 610 mil caminhões registrados

junto ao órgão têm mais de 30 anos e não respeitam as regras de redução de emissões, prejudican-do a qualidade do ar, o trânsito e a vida dos profissionais do setor. O foco do Renova SP são os cami-nhoneiros autônomos e pessoas jurídicas enquadradas como mi-croempreendedores individuais que prestam serviços no Porto de Santos, limitando o financiamen-to a um caminhão por beneficiá-rio. São financiados a aquisição de caminhões, chassis, caminhões--tratores e cavalos mecânicos.

“Os caminhoneiros terão 96 meses para pagar e não pagarão juros. Esse programa da Desen-volve SP é pioneiro com foco na melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida do motorista. Todos os caminhões novos são certificados e os velhos serão reci-clados ou destruídos pra que não voltem a poluir”, explicou o gover-nador Geraldo Alckmin (foto abai-xo, no centro) durante a entrega

simbólica de veículos no dia 23 de março, em Santos. O prazo de carência é de seis meses.

O programa Renova SP prevê que o novo caminhão financiado seja da fase P7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Procon-ve). Essa fase é mais conhecida como Euro 5, e os veículos que se encaixam nesta categoria são me-nos poluentes que as anteriores. Além disso, o governo de São Pau-lo também estipula que o veículo antigo seja retirado de circulação e suas peças totalmente inutiliza-das e recicladas por empresas es-pecializadas e licenciadas pela Ce-tesb e participantes do programa.

Os recursos são da Linha BN-DES Pró-caminhoneiro com a equalização dos juros feita pelo governo do estado. O interessado pode simular seu financiamento diretamente no site da Desen-volve SP para saber exatamente quanto irá pagar em cada par-

cela. De acordo com o sindicato dos autônomos, o governo deve financiar, com essas taxas espe-ciais, mil caminhões. “A procura está bem grande. Os caminhonei-ros, para aderir ao programa, têm que nos procurar. Já estamos com uma lista de 250 a 350 pedidos encaminhados para aprovação da linha de crédito. Até agora, 30 fi-nanciamentos já foram aprovados pelo Renova SP”, explicou o vice--presidente do Sindicam-Santos, Clayton Domingues. Há, inclusive, uma cartilha para tirar a dúvida dos profissionais.

Benefícios

Para o presidente do Sindica-to das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), Manoel Sousa Lima Jr, os benefícios com a adoção do Re-nova SP são indiscutíveis. “Os ca-minhões velhos que circulam em Santos causam uma série de pre-

juízos, quebram constantemente, interditando o acesso aos portos, exigem maiores gastos com ma-nutenção, isso sem falar da polui-ção excessiva”, reforça.

Segundo ele, o programa para renovação de frota deve ser estendido. “Os transportadores também precisam de mais facili-dades, não vamos esperar que os caminhões cheguem a 30 anos para renovar. Hoje temos uma idade média de 18 anos, mas claro que queremos reduzir isso, che-gar a uma média de cinco anos. O Pro-caminhoneiro, do BNDES é um bom programa, mas há muita burocracia, ele é muito insípido. É preciso facilitar o crédito para in-centivar o setor”, reivindica Sousa Lima.

RenovAr

Desde 2009, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) dialoga com o governo federal para a implantação do Plano Na-cional de Renovação de Frota de Caminhões – RenovAr. O projeto considera mecanismos econô-micos, financeiros e fiscais, com ênfase num programa especial de crédito ao caminhoneiro e re-tirada de circulação dos veículos velhos.

Para a CNT, a implantação do Renova SP é considerada uma grande conquista que deve ser es-tendida a todo o país. O RenovAR e o programa em vigor em Santos possuem vários pontos semelhan-tes e que podem se tornar referên-cia sobre o tema para o restante do Brasil. Investir na renovação da frota tem como consequência direta a modernização do trans-porte, impulsionando a economia nacional.

São Paulo inicia programa de renovação de frota de caminhõesPrograma Renova SP oferece financiamento com juros zero para caminhoneiros. Setor comemora

Aerton GuimarãesAgência CNT de Notícias

Page 31: Jornal Entreposto | Abril 2013

31abril de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Transporte

A concessionária Max Re-nault Marginal Tietê, do grupo Max Motors, lançou, no dia 13 de abril, a especialização Pro+, ou seja, a revenda passa a oferecer uma solução de serviços inte-grados para frotistas, taxistas e portadores de deficiência. A loja apresenta diferenciais nas áreas comercial e de pós venda, além de espaço exclusivo, oficina com elevadores que suportam até cin-co toneladas e uma equipe pre-parada para atender as necessi-dades dessa clientela.

A intenção da montadora é chegar ao fim desse ano com 53 Renault Pro+ instaladas, ocasio-nando a cobertura de 86% do mercado. A cidade de São Paulo, que representa 40% da fatia de utilitários, contabiliza, agora, três dessas unidades. O programa se-gue o modelo europeu, lançado na França em 2007. “Antes de trazer esse projeto para o Brasil, já exis-tia o Renault Empresas. Ou seja, nós já havíamos dado o primeiro passo. A Pro+ veio para definir a participação da companhia nesse nicho, para estruturar e especiali-zar”, define Dimitri Castiglia, con-sultor nacional de veículos utilitá-rios Renault.

Localizada a aproximada-mente dez minutos do entrepos-to paulista, a revenda assegura velocidade para esses negócios, tanto na hora de vender como na manutenção dos veículos, e promete cumprir os parâmetros estabelecidos pela montadora, lí-

Max Renault Marginal Tietê lança serviços exclusivos

Programa Pro+ segue modelo europeu e oferece atendimento diferenciado para profissionais

der no segmento de vans grandes durante os últimos cinco meses de 2012. “Aquilo que nós preco-nizamos foi desdobrado em al-gumas promessas ao cliente, que abrangem desde o atendimento prioritário às revisões programa-das. O pilar principal é agilidade. A velocidade dentro de uma con-cessionária Pro+ é inúmeras ve-zes maior”, esclarece Castiglia.

Segundo Attila Fleury, geren-te de frota de proximidade da Renault, a fabricante está sem-pre em busca de soluções para atender frotistas: “Temos uma série de serviços e negócios para aproximar esse cliente. Quere-mos sempre facilitar e inovar”. A esse exemplo, o conceito Solução Renault Pro+, um programa de aluguel e gestão de veículos para clientes profissionais que oferece custo mensal acessível – com se-guro, documentação completa e manutenção preventiva -, inclu-sive para os utilitários Master e Kangoo, os contratos variam de 24 a 48 meses.

A recém-lançada linha de co-merciais leves Renault Master 2014, veio modernizada e mais robusta. “Além de ser um veículo que se enquadra na regulamenta-ção dos Vucs, é o maior deles e é tido como car like, ou seja, parece um carro na forma de dirigir, mas tem aptidão de um utilitário”, ex-plica Fleury. O novo motor traz maior desempenho e potência. Oferecido em quatro versões - Mi-nibus, Furgão, Chassi-cabine e Vi-tré -, a nova geração Master conta com duas opções de altura e três de comprimento e favorece car-

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DANIELLE FORTE

Page 32: Jornal Entreposto | Abril 2013

32 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 2013