jornal entreposto | novembro 2013

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 162 | novembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Frutas Legumes Verduras Diversos -0,42 % 1,27% -3,81% --12,24% -1,85 % Baixa Baixa Alta Baixa Baixa Baixa Índice Ceagesp - outubro 2013 Geral -1,18 % Pescado PÁGINAS 6 a 11 Produção de melancia no mundo Tributos | Dieese | PÁGINA 12 PÁGINA 16 PÁGINA 2 Conheça nossas obras literárias Isenção do ICMS e as frutas e hortaliças frescas Alimentos elevam custo de vida na cidade de São Paulo Origem | PÁGINA 19 Rastreabilidade já é preocupação entre permissionários Agro | PÁGINA 5 Segurança alimentar e sustentabilidade em foco ENCARTE Ceagesp | Informativo da companhia circula junto com o JE Temperatura alta aquece vendas PAULO FERNANDO PAULO FERNANDO E N T R E P O S T O D O L I V R O Dados do IBGE apontam que a pro- dução brasileira de melancia saltou de 146 mil toneladas, em 1990, para 2 mi- lhões, em 2011 – um volume 13 vezes maior. Os números impressionam e o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial, onde o líder é a China. O Cen- tro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp reuniu os principais índices sobre a fruta e comparou seu desem- penho no entreposto paulistano e na Ceasa Ceará. Já no mercado atacadista do Rio Grande do Sul, a Donato Melancias re- aliza uma inovadora técnica de manu- seio americana e embala a fruta mais robusta do mercado em contêineres de papelão que suportam 350 quilos. A prática melhora o acondicionamento, protege e facilita a carga e descarga. Permissionários do en- treposto paulistano devem encerrar dezembro venden- do mais de 300 mil tonela- das de alimentos. “Grande parte dessa alta se deve à demanda maior no setor de frutas”, explica o chefe da se- ção de economia e desenvol- vimento da Ceagesp, Flávio Godas. O aumento da tem- peratura tem beneficiado os produtores, principalmente aqueles que investem em modernas tecnologias de produção e transporte. Apesar da maior procu- ra, a alta de preços é descar- tada devido às boas safras registradas ao longo ano. De janeiro a outubro, o índice de preços das frutas comer- cializadas na Ceagesp variou apenas 0,15%.

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Novembro 2013

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 162 | novembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Frutas Legumes Verduras Diversos-0,42 % 1,27% -3,81% --12,24% -1,85 %BaixaBaixa Alta Baixa Baixa Baixa

Índice Ceagesp - outubro 2013

Geral-1,18 %

Pescado

PÁGINAS 6 a 11

Produção de melancia no mundo

Tributos |

Dieese |

PÁGINA 12

PÁGINA 16

PÁGINA 2

Conheça nossas obrasliterárias

Isenção do ICMS e as frutas e hortaliças frescas

Alimentos elevam custo de vida na cidade de São Paulo

Origem | PÁGINA 19

Rastreabilidade já é preocupação entre permissionários

Agro | PÁGINA 5

Segurança alimentar e sustentabilidade em foco

ENCARTECeagesp |

Informativo da companhia circula junto com o JE

Temperatura alta aquece vendas

PAULO FERNANDO

PAULO FERNANDO

EN

TREPOSTO

DO LIVRO

Dados do IBGE apontam que a pro-dução brasileira de melancia saltou de 146 mil toneladas, em 1990, para 2 mi-lhões, em 2011 – um volume 13 vezes maior. Os números impressionam e o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial, onde o líder é a China. O Cen-tro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp reuniu os principais índices sobre a fruta e comparou seu desem-penho no entreposto paulistano e na Ceasa Ceará.

Já no mercado atacadista do Rio Grande do Sul, a Donato Melancias re-aliza uma inovadora técnica de manu-seio americana e embala a fruta mais robusta do mercado em contêineres de papelão que suportam 350 quilos. A prática melhora o acondicionamento, protege e facilita a carga e descarga.

Permissionários do en-treposto paulistano devem encerrar dezembro venden-do mais de 300 mil tonela-das de alimentos. “Grande parte dessa alta se deve à demanda maior no setor de frutas”, explica o chefe da se-ção de economia e desenvol-vimento da Ceagesp, Flávio Godas. O aumento da tem-peratura tem beneficiado os

produtores, principalmente aqueles que investem em modernas tecnologias de produção e transporte.

Apesar da maior procu-ra, a alta de preços é descar-tada devido às boas safras registradas ao longo ano. De janeiro a outubro, o índice de preços das frutas comer-cializadas na Ceagesp variou apenas 0,15%.

Page 2: Jornal Entreposto | Novembro 2013

02 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

Voltado para usuários e visitantes da Ceasa paulistana, o projeto cultural Entreposto do Livro estimula a leitura entre os frequentadores do mercado atacadista. Formado através de doações, o acervo do bolsão de livros não parou de crescer desde o lançamento da inicia-tiva, há quatro meses.

São vários gêneros disponíveis, in-clusive obras infantis, como o “Meu 1º Larousse do mundo” que traz informa-ções completas sobre a geografia do nosso planeta.

Para pegar esse ou outros títulos emprestados, basta apresentar um do-cumento com foto e se cadastrar gratui-tamente na recepção do Grupo de Mídia Entreposto, localizado ao lado da farmá-cia, no Edifício Sede II.

Entreposto do LivroTelefone: (11) [email protected] *Lembramos que a Sala de Cultura Ce-agesp, localizada no segundo andar do prédio da diretoria e mantida através do trabalho voluntário do funcionário José Carlos Cruz, possui um grande acervo literário e também disponibiliza livros para empréstimo seguindo regulamen-to interno. Sala de Cultura CeagespJosé Carlos CruzTelefone: (11) [email protected]

Entreposto do Livro empresta obras literárias

• Introdução à Economia, Rosseti

• A Queda, Diogo Mainardi

• Paratii Entre Dois Pólos, Amyr Klink

• A Cama na Varanda, Regina Navarro Lins

Confira alguns dos livros disponíveis no bolsão:

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

Anita Gutierrez/ Hélio Junqueira e Marcia Peetz/ Manelão

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

Cultura

Page 3: Jornal Entreposto | Novembro 2013

março de 2011 03Editorial 03novembro de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Novembro 2013

04 Mercado e Produção JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

Frutas elevam movimento na CeagespAlimentos coloridos, saudáveis e saborosos não ficam de fora do cardápio das ceias e festas de fim de ano

Paulo FernandoDe São Paulo

Estimativas da Ceagesp indi-cam que os permissionários do entreposto paulistano deverão encerrar o último mês do ano comercializando mais de 300 mil toneladas de frutas, hortali-ças e pescados.

Em dezembro, época marca-da por festas, o fluxo de merca-dorias aumenta 30%, revela o economista Flávio Godas, chefe da seção de economia e desen-volvimento da empresa.

“Grande parte dessa alta se deve à demanda maior no setor de frutas”, explica, lembrando que cerca de 1,44 milhão de to-neladas de frutas foram comer-cializadas de janeiro a outubro no mercado.

Segundo o economista, a procura por variedades da esta-ção, como pêssego, lichia e uva aumenta significativamente. “Laranja, limão, melancia, figo, manga tommy, banana nanica, maracujá e maçã gala se tornam ótimas opções de compra”, in-forma.

“Entretanto, produtos im-portados, como nozes, figos, damasco e avelã, também são muito procurados nesse perío-do”, acrescenta. Apesar da de-manda maior, Godas descarta alta de preços, devido às boas safras registradas ao longo ano. De janeiro a outubro, o índice de preços das frutas comercializa-das na Ceagesp variou apenas 0,15%. “As condições climáticas favoreceram o setor”, diz.

Para os especialistas da área,

o aumento da temperatura tem beneficiado os produtores, prin-cipalmente aqueles que inves-tem cada vez mais em moder-nas tecnologias de produção e transporte.

“Esses investimentos elevam a escala de produção e reduzem o desperdício, o que faz com que os preços dos produtos agríco-las permaneçam estáveis para os varejistas e consumidores”, avalia o economista e técnico em abastecimento Neno Silvei-ra.

De acordo com o permissio-nário Marco Tavares, da Impor-tadora e Exportadora Tavares, os preços de alimentos como batata, cebola e alho chegaram a cair durante o ano, devido à ampla oferta.

“Esse cenário favorece quem compra. Então, esperamos que o valor menor dessas mercado-rias impulsione sua demanda no período das festas típicas de dezembro. Também estamos muitos otimistas quanto às ven-das de coco, castanhas e frutas secas, já que esses produtos têm saída garantida nessa época”, explica o empresário.

Segundo o vendedor An-tônio Olegário Dias, da Fênix Hortifruti, o movimento típico de fim de ano já começou. “As vendas de melão, abacaxi, kiwi, laranja, melancia, manga, mara-cujá, morango e papaia devem crescer cerca de 30%”, confirma.

Atualmente, o entreposto de São Paulo da Ceagesp escoa a produção agrícola oriunda de 1,5 mil municípios brasileiros e 18 países.

Movimento típico de final de ano já começou, lembra o vendedor Antônio Olegário Dias

Época de Natal e Ano Novo é favorável aos negócios, ressalta o empresário Marco Tavares

Page 5: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Agrícola

Frutas elevam movimento na CeagespAlimentos coloridos, saudáveis e saborosos não ficam de fora do cardápio das ceias e festas de fim de ano

O processo de fiscalização do uso e comércio de agrotóxi-cos em alimentos passa, no Bra-sil, por diversas etapas e é rea-lizado pelos governos estaduais e do Distrito Federal. Apesar de não ser de competência do go-verno federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) também auxilia com ações para promover o uso correto dessas substâncias pe-los agricultores.

É de responsabilidade do Mapa o registro dos agrotóxicos após manifestação do órgão de saúde e meio ambiente e tam-bém a realização da fiscalização de rotina da produção, importa-ção e exportação.

No entanto, outras ações também são realizadas para au-xiliar no controle do uso desses produtos, seja repassando in-formações para os órgãos locais competentes, procedendo estu-dos visando facilitar o registro de agroquímicos para culturas menores conhecidas como Cul-turas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), e incenti-vando o agricultor a adotar prá-ticas sustentáveis de produção.

O controle das etapas de fis-calização garante um produto de qualidade na mesa do consumi-dor, segundo o coordenador-ge-ral de agrotóxicos, Luís Rangel. “Não há riscos para a população. Todos podem consumir frutas e verduras tranquilamente e com toda a segurança, conforme re-comenda a organização mundial da saúde”, destaca

Segurança alimentar pauta ações do Ministério da Agricultura Práticas sustentáveis e outras medidas de auxílio ao produtor estão na lista de prioridades da pasta

“As não-conformidades em produtos alimentícios no Bra-sil são apenas de ordem regu-latória e burocrática e não re-presentam risco real científico, conforme mostrou trabalhos re-alizados por pesquisadores da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Universidade de Bra-sília (UnB)”, acrescenta

Uma das ações realizadas

pelo Mapa é o Plano Nacio-nal de Controle de Resíduos e Contaminantes de Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vege-tal), pelo qual é feito o monito-ramento dos produtos vegetais para verificar se o agrotóxico utilizado na cultura atende ao Limite Máximo de Resíduos (LMR) permitido no produto.

A partir dos resultados das análises, os governos estaduais

e do Distrito Federal são infor-mados dos resultados encontra-dos visando subsidiar as ações de fiscalização do uso dos agro-químicos no campo.

Um dos principais motivos de violação do LMR é a falta de produtos regulamentados às culturas menores, o que leva alguns agricultores a utilizarem produtos autorizados para pro-duções semelhantes, o que é ilegal.

Isso ocorre devido à falta de interesse das indústrias de agro-tóxicos em registrar produtos para os cultivos de menor ex-pressão econômica. Com o obje-tivo de fomentar o aumento de estudos que viabilizem opções de defensivos às CSFI, o gover-no federal publicou a Instrução Normativa Conjunta (INC) nº 1, de 23 de fevereiro de 2010.

A INC prevê a autorização de uso dos produtos para as peque-nas culturas enquanto ocorre a condução dos estudos, baseado em critérios técnicos e de segu-rança, sem que incorra riscos à saúde humana e ao meio am-biente.

O ministério ainda incentiva os produtores a adotarem práti-cas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente, por meio do fomento à Produção Integra-da Agropecuária (PI Brasil) e à produção orgânica. A pasta tem programas específicos de in-centivo às duas práticas, como linhas de crédito para financiar a adoção de produção orgânica no campo.

Exportações do agronegócio somam US$ 86,42 bi em 2013De acordo com a Secretaria

de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (SRI/Mapa), as exportações do agro-negócio brasileiro de janeiro a outubro deste ano somaram US$ 86,42 bilhões, valor que representa um crescimento de 6,9% em relação aos US$ 80,88 bilhões obtidos no mesmo perí-odo do ano anterior. As impor-tações alcançaram US$ 14,29 bilhões e o saldo da balança co-

COMÉRCIO EXTERIOR

mercial foi de US$ 72,13 bilhões.No período, os produtos de

origem vegetal foram os que mais contribuíram para o cres-cimento de US$ 5,54 bilhões nas exportações. O principal setor, em termos de valor exportado foi o complexo soja, com US$ 29,19 bilhões, isto é, 18,4% superior à cifra alcançada em 2012. As carnes apresentaram o segundo melhor resultado em vendas, alcançando US$ 13,96 bilhões, enquanto o sucroalco-

oleiro foi o terceiro, com US$ 11,64 bilhões.

Entre os blocos econômicos e regiões demográficas, a Ásia foi o principal destino das ex-portações brasileiras do agro-negócio no acumulado até ou-tubro. As vendas somaram US$ 36,51 bilhões, ou seja, 42,2% do total exportado pelo Brasil para o mundo no período. Em rela-ção ao mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 21,3%.

LILIAN UYEMA

Page 6: Jornal Entreposto | Novembro 2013

06 Mercado e Produção JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

Melancia: uma fruta do calor

Gabriel Vicente Bitencourt de AlmeidaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Estudo compara os índices da fruta na Ceagesp e Ceasa Ceará

Por ser uma planta rasteira, anual e de ciclo rápido - do tem-po do plantio à colheita são ape-nas 85 a 105 dias - o cultivo da melancieira dentro da ciência agronômica é colocado na Ole-ricultura e não na Fruticultura. Olericultura e Fruticultura são duas subdivisões da grande ci-ência da Horticultura. A primei-ra é a técnica e oestudo do cul-tivo das hortaliças e a segunda das frutas produzidas em plan-tas perenes ou de ciclo maior que anual. Mas no mercado, por causa do sabor doce e do tipo de consumo o fruta da melancieira, a melancia, é considerado uma fruta, o mesmo ocorre com o melão e o morango.

A polpa da melancia possui uma alta quantidade de água, superior a 90%. Quanto à parte sólida, mais de metade é consti-tuída por carboidratos simples, ou seja, de gosto doce e é tam-bém muito rica em potássio. Es-tas características tornam a me-lancia refrescante e hidratante e por isto o consumo é muito mais atraente e estimulado nas épo-cas quentes, quando as pessoas sentem muito mais necessidade de se hidratar para repor o lí-quido perdido pela transpiração e maior atividade física. É muito bom saborear uma melancia ge-lada em dia calorento.

Sendo assim, nos meses ou períodos mais quentes o con-sumo e, consequentemente, a demanda são muito maiores e os dados de duas Ceasas brasi-leiras, São Paulo (Ceagesp) e Ce-asa Ceará, confirmam isto. São Paulo está situada quase que so-bre o Trópico de Capricórnio e o clima é do tipo subtropical, com uma boa diferença nas tempera-turas médias ao longo do ano, o período final da primavera, o ve-rão e o início do outono costuma registrar altas temperaturas e o inverno é relativamente ameno mas entrecortado por ondas de frios mais rigorosas. Fortaleza, que fica bem mais próxima à linha do Equador, registra altas temperaturas durante o ano todo com pouquíssima variação ao longo dos meses. É fácil traba-lhar com as duas Ceasas porque ambas disponibilizam seus da-

dos de comercialização no PRO-HORT (Programa de Moderniza-ção do Mercado Hortigranjeiro) da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Na Ceagesp de São Paulo a melancia é o sexto produto em volume de comercialização- fo-ram 117 mil toneladas em 2012 - e o décimo sétimo em volume financeiro.O montante faturado chegou a 117 milhões de reais. A Tabela 1 mostra a evolução da melancia na Ceagesp de 2009 a 2012. E a Tabela 2 as mesmas informações para a Ceasa de Fortaleza.

Os gráficos das Figuras 1 e 2 exibem a relação de sazona-lidade versus preços para as duas Ceasas. Nas duas centrais parece não haver uma relação muita clara entre volume de co-mercialização e preço de venda,

ou seja, a formação de preços não acontece por simples ofer-ta e demanda. A variação da quantidade não é capaz de in-terferir diretamente no preço. Já quando se compara o faturado, melhor indicador do volume de negócios, na Ceagesp acontece uma relação quase perfeita com a temperatura média, o gráfico da Figura 3 mostra claramente como os negócios com melan-cia vão diminuindo na Ceagesp conforme os meses vão ficando mais frios. Na Ceasa do Ceará, onde praticamente não há va-riação de temperatura, o volu-me de negócios parece ter a ver com a quantidade ofertada (Fi-gura 4).

Conclui-se que temperatu-ras altas, como é senso comum, tem grande poder de estimular o consumo de melancia.

Page 7: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado e Produção

Melancia: uma fruta do calorTabela

1

Ano Quantidade

(t) Produção Brasil (t;

IBGE) Participação da CEAGESP (%) Faturado (R$)* Preço Médio (R$/kg)

2008 109.365 1.995.206 5,48 120.986.650,87 1,11 2009 100.695 2.065.167 4,88 106.934.539,90 1,06 2010 102.094 2.052.928 4,97 110.715.117,20 1,08 2011 109.973 2.198.624 5,00 97.137.372,51 0,88 2012 117.052 2.079.547 5,63 129.025.879,03 1,10

Evolução da comercialização de melancias na Ceagesp

Fonte: PROHORT (2013) * valores atualizados pelo IGP-M para setembro de 2013

Tabela 2

Ano Quantidade

(t) Produção Brasil (t;

IBGE) Participação da CEASA Fortaleza

(%) Faturado

(R$)* Preço Médio

(R$/kg) 2008 21.275 1.995.206 1,07 14.674.250,27 0,69 2009 23.757 2.065.167 1,15 14.858.124,99 0,63 2010 26.923 2.052.928 1,31 14.280.072,95 0,53 2011 22.559 2.198.624 1,03 15.818.479,62 0,70 2012 21.380 2.079.547 1,03 14.785.585,82 0,69

Evolução da comercialização de melancias na Ceasa CE

Fonte: PROHORT (2013) * valores atualizados pelo IGP-M para setembro de 2013

R$ 0,00

R$ 0,20

R$ 0,40

R$ 0,60

R$ 0,80

R$ 1,00

R$ 1,20

R$ 1,40

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Volume de entrada (var. %/ média mensal anual) Preço Médio (R$/kg)

Figura 1. Sazonalidade versus preços da melancia na Ceagesp (média 2009/12)* valores atualizados pelo IGP-M para setembro de 2013

Figura 1. Sazonalidade versus preços da melancia na Ceasa de Fortaleza (média 2009/12)* valores atualizados pelo IGP-M para setembro de 2013

R$ 0,00

R$ 0,20

R$ 0,40

R$ 0,60

R$ 0,80

R$ 1,00

R$ 1,20

R$ 1,40

-15

-10

-5

0

5

10

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Volume de entrada (var. %/ média mensal anual) Preço Médio (R$/kg)

Preocupados com proble-mas de viroses que nos últi-mos meses têm afetado a cul-tura da melancia, produtores do município de Uruana, no estado de Goiás, pediram ajuda à Embrapa Hortaliças com o objetivo de realizar a diagnose dessas doenças que estariam ocorrendo na cul-tura e, dessa forma, auxiliar na definição das medidas de manejo a serem adotadas, visando minimizar os seus efeitos.

“Segundo os produtores, no ano de 2013, observou--se nas lavouras de melancia, um aumento significativo na população de tripes, um dos vetores de vírus em cucurbi-táceas, e que até bem pouco tempo possuíam pouca im-portância na região. Também foram observados sintomas um pouco diferentes dos sintomas causados por vírus transmitidos por pulgões e que já eram conhecidos dos produtores”, informa Mirtes Lima, pesquisadora da Em-brapa Hortaliças, na área de Virologia, que compartilhou a visita a Uruana com Rita de Cássia Dias, pesquisadora da Embrapa Semi-Árido (Petro-lina-PE), na área de Melhora-mento Genético.

A realização das análises revelou incidência significa-tiva do vírus da clorose letal da abobrinha de moita (Zuc-chini lethal chlorosis virus – ZLCV; gênero Tospovirus) que é transmitido por tripes. “Entretanto, em menor inci-dência, detectou-se também a presença de outros vírus, mais comuns, transmitidos por pulgões, principalmente, o vírus da mancha anelar do mamoeiro, estirpe melancia (Papaya ringspot virus – type watermelon – PRSV-W)”, acrescenta Mirtes. Vale res-saltar que também neste ano situação semelhante foi veri-ficada em plantios de melan-cia em outros municípios de Goiás, onde se detectou tam-bém incidência significativa do ZLCV.

www.diadecampo.com.br

Viroses preocupam produtores em Goiás

EMBRAPALILIAN UYEMA

LILIAN UYEMA

Page 8: Jornal Entreposto | Novembro 2013

08 Mercado e Produção JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

Registros arqueológicos mos-tram que no antigo Egito, 5.000 anos Antes de Cristo - AC, as melancias eram colocadas no túmulo dos faraós para alimen-tá-los depois da morte.

Os estudos mostram que a melancia teve a sua origem no Deserto de Kalahari – região da atual África do Sul. Existem registros de melancia no Egi-to5000 AC, na China no Século X, na Europa no século XIII e nas Américas no século XIV.

O crescimento da produ-ção mundial de melancia é im-pressionante. – de 18 milhões de toneladas em 1970 para 91 milhões de toneladas em 2011 – mais de cinco vezes segundo os dados da FAOSTAT. O grande crescimento aconteceu entre 1990 e 2000 – a produção do-brou em dez anos.

No período entre 1970 e 2013 a produção chinesa cres-ceu de 5 milhões para 69 mi-lhões – 14 vezes entre 1970 e 2011. A produção brasileira cresceu de 247 mil para 2 mi-

A humanidade e a melanciaAnita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

lhões de toneladas – 9 vezes.A população mundial cres-

ceu de 2,5 bilhões para 7 bi-lhões de pessoas, no mesmo período - quase 3 vezes.

os 20 maiores produtores, com menos de 1% da produção mundial.

O comércio internacional de melancia é grande - 2 milhões de toneladas importadas e 2,5 milhões de toneladas exporta-das em 2011. Dois países, gran-des produtores, Estados Unidos e China são também grandes importadores, seguidos pela Alemanha, Canadá, França, Po-lônia, Holanda, Tchecoslová-quia , Inglaterra e outros. O Mé-xico com 22%, a Espanha 17%, o Irã 13%, os Estados Unidos e o Vietnã com 8 % cada uma são os maiores exportadores de melancia. A China aparece em 20º lugar com 2% do volume de exportação.

O crescimento do comércio internacional de melancia, en-tre 1970 e 2011 foi ainda maior que o crescimento da sua pro-dução – de 212 mil toneladas para 2,5 milhões de toneladas em 2011 – um crescimento de 12 vezes.

A melancia tem sido notícia por acontecimentos estranhos como o estouro misterioso das melancias que aconteceu na China e as melancias quadradas produzidas no Japão.

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O IBGE registrou, em 2012, 28 estados brasileiros produ-tores de melancia, sendo dez responsáveis por 85% do volu-me e cinco por 58% - Rio Gran-de do Sul – 17%, Goiás – 13%, Bahia – 12%, São Paulo – 10% e Rio Grande do Norte – 6%.

A produção brasileira foi de 146 mil toneladas em 1990 para 2 milhões em 2011 – um crescimento de 13 vezes. A produção de todos os estados cresceu. Alguns estados como o Espírito Santo e o Distrito Fe-deral são produtores recentes. Alguns estados nordestinos ti-veram um grande aumento de produção – o Rio Grande do Norte foi de 942 toneladas em 1990 para 128 mil toneladas em 2012 e o Ceará foi de 712 toneladas para 75 mil tonela-das. Os três estados maiores produtores cresceram menos – Rio Grande do Sul – 9%, Goiás – 27%, Bahia – 7% e São Pau-lo – 10%. A Lagoa da Confusão no Tocantins e o Arroio dos Ratos são lugares importantes

A melancia e as estatísticas agrícolas

de produção de melancia. A La-goa da Confusão é considerada como um dos melhores locais para a produção de melancia. Ela se estende até Goiás, que mostra grande crescimento de produção - de 9 mil toneladas em 1990 para 273 mil tonela-das em 2012 – 28 vezes. A pro-dução no Tocantins cresceu de 2 mil toneladas em 1990 para 96 mil toneladas em 2012 – 48 vezes. Na Lagoa da Confusão a produção de arroz por inunda-ção vem antes da melancia. A

seca de cinco meses permite a produção de melancia por ele-vação do lençol freático e com menor ocorrência de proble-mas fitossanitários.

O IEA - Instituto de Econo-mia Agrícola do Estado de São Paulo registra a produção agrí-cola paulista no seu Banco de Dados. Os seus dados mostram um grande crescimento da pro-dução de melancia entre 1985 e 2005 – de 80 mil toneladas para 301 mil toneladas e uma ex-pressiva queda em 2012 – 182

Evolução da produção de melancia do Estado de São Paulo

Ano Toneladas

1985 80.215,00 1990 123.902,00 1995 200.064,00 2000 206.865,00 2005 300.562,50 2012 181.647,24

mil toneladas. O Estado de São Paulo é dividido em 42 regiões agrícolas. Cada região agrícola agrupa municípios de clima, solo e relevo semelhantes. A produção de melancia foi regis-trada em 33 regiões agrícolas em 2012. A produção está con-centrada em 5 regiões (51%), sendo 11 regiões responsáveis por 80% da melancia paulista. As seis maiores regiões pro-dutorasforam, em 2012, Presi-dente Prudente – 17%, seguida por Itapetininga – 10%, Tupã

– 9%, Marília – 8%, Dracena e Jaboticabal com 6% cada uma. A participação das regiões mais tradicionais no plantio de me-lancia vem caindo como Presi-dente Prudente, Tupã e Marília. A participação de regiões me-nos tradicionais como Itapeti-ninga, Jaboticabal, Piracicaba e Itapeva está crescendo.

O IEA registrou a produção de melancia em 113 municí-pios, em 2012, sendo 14 deles responsáveis por 51% da pro-dução, 34 por 80%. O municí-pio de maior produção (11% do total) foi Rancharia da Re-gião Agrícola de Presidente Prudente.

O quadro abaixo mostra a evolução da produção paulista e os municípios paulistas maio-res produtores de melancia e suas regiões.

A China produz 75% de toda a produção mundial, se-guida pela Turquia (4,23%), Irã (3,56%), Brasil (2,41%), EUA (1,85%), Rússia (1,72%), Egi-

to (1,65%), Algéria (1,41%) e México (1,10%). Cazaquistão, Espanha, Síria, Grécia, Coréia, Marrocos, Tailândia, Mali, In-donésia e Vietnã estão entre

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novembro de 2013 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013Qualidade

O endereço eletrônico www.ceasa.gov.br abriga o PROHORT que congrega as informações das Ceasas brasileiras. A maio-ria das Ceasas brasileiras co-leta informações de volume de entrada e monitora o preço

Melancia nas Ceasas do Brasil

Anita de Souza Dias GutierrezCláudio InforzatoFanaleIdalina Lopes RochaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

praticado. Poucas Ceasas en-viam suas informações para o PROHORT. Estão cadastradas 26 Ceasas no sistema, de 10 diferentes estados brasileiros: AC, BA, CE, GO, MG, PR, RJ e SP. A participação das Ceasas está crescendo – de 13 Ceasas em 2000 para 24 em 2012.

A participação da melancia no volume total de frutas e hor-taliças varia muito – 9% na Cea-sa de Foz Iguaçu, 7% nas Ceasas

de Porto Alegre e de Campinas e 3% na Ceagesp paulistana. O volume de frutas e hortaliças registrado pelo PROHORT em 2012 foi de 10.877.346 tonela-das, sendo a melancia responsá-vel por 472.492 toneladas.

As Ceasas paulistas respon-dem por 37% do volume total de frutas e hortaliças, registra-do pelo PROHORT e por 36% do volume de melancia. As Ceasas do Rio Grande do Sul respon-

dem por 5% do volume total de frutas e hortaliças e por 13% do volume total de melancia.

A origem por município e estado é registrada pelo PRO-HORT. Vinte estados enviam melancia para as Ceasas, sen-do cinco estados responsáveis por 88% do volume – São Pau-lo (27%), Rio Grande do Sul (22%), Goiás (18%), Tocantins (10%).

O IBGE registra, em 2012, uma produção brasileira de me-lancia de 2 milhões de tonela-das. O volume registrado pelo PROHORT é 24% da produção brasileira.

O SIEM – Sistema de Infor-mação e Estatística do Mercado da Ceagesp registra as informa-ções das notas fiscais, retidas na portaria– produto, varieda-de, origem e destino no merca-do, dia a dia, entrada por en-trada. Aqui estão algumas das informações sobre a comercia-lização de melancia na Ceagesp paulistana em 2012.

• 104 atacadistas comer-cializam melancia – o primeiro responde por 17% do volume, os cinco primeiros respondem por 48% do volume, os dezes-seis primeiros por 81% do vo-lume total (117 mil toneladas).

• Sessenta e oito atacadistas comercializam só as variedades grandes e 48 só as pequenas,

sendo que 12 comercializam as variedades grandes e pequenas.

• As variedades de menor tamanho, que já chegam em-baladas e refrigeradas ao mer-cado, responderam por 3% da oferta.

• O peso médio porcarga de entrada das variedades de me-nor tamanho foi de 2 toneladas e das variedades de maior ta-manho de 15 toneladas.

• Os estados fornecedores de melancia pequena são o Cea-rá (58%) e Rio Grande do Norte (33%), seguidos por Pernam-buco, São Paulo e Paraíba.

• 14 estados fornecem va-riedades grandes de melancia para a Ceasa de São Paulo.

• 4 são responsáveis por 95% do volume: São Pau-lo (39%), Rio Grande do Sul (22%), Rio Grande do Sul (22%), Goiás (20%), Tocantins (12%).

• A oferta de melancia está concentrada nos meses mais quentes chegando a 14% em dezembro e 5% em junho. O mês de janeiro, apesar de quente, apresentou em 2012, uma queda na participação das variedades grandes de melancia – 9%.

Principais variedades de melancia comercializadas na Ceagesp

LILIAN UYEMA

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novembro de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

O Brasil consumiu o equivalente a US$ 423,2 milhões em 118,9 milhões de litros de bebidas esportivas em 2012 - um crescimento de 30% sobre o fatura-mento de 2010 e de 14% sobre o volume de vendas. O ritmo de expansão é anima-dor, mas o consumo brasileiro fica abaixo do chinês (US$ 899 milhões) e longe do americano. Só em 2011, os Estados Uni-dos consumiram 5,2 bilhões de litros e gastaram US$ 7,6 bilhões em bebidas iso-tônicas (EuroMonitor).

Todos sabem que a melancia é uma fruta de grande importância econômica e de grande consumo no mundo todo.

Poucos sabem que o suco de melan-cia pode substituir as bebidas isotônicas, cada vez mais consumidas pelos brasi-leiros. A melancia é muito rica em fito nutrientes como o licopeno, precursor doβ-caroteno e um carotenóide de gran-de interesse pela sua capacidade antixoi-dante evitando danos oxidativos e perda de função celular.

A melancia é também uma fonte rica em aminoácidos como o L-citrulina – um forte anti-oxidante. Experimentos em laboratório demonstraram a transfor-mação de citrulina em arginina nos rins de camundongos. Arginina é um amino-ácido essencial muito importante para os sistemas reprodutivo, respiratório, renal, gastrointestinal, hepático e imunológico. Até pouco tempo a comunidade científica não tinha muito interesse no aminoáci-do L-citrulina – visto somente como não

Suco de melancia para os atletasAnita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Há mais de duas décadas, a Ceasa de Porto Alegre recebia uma nova atacadista na comercia-lização de citros. A Donato J. Gos-sler vendia frutos produzidos em seus próprios pomares.

Com o tempo a empresa se expandiu e por conta da demanda passou a comercializar melancias. “Com a conquista de bons clien-tes, nos especializamos no comér-cio exclusivo da fruta e nos torna-mos uma das maiores empresas do ramo no Rio Grande do Sul”, conta Fabiane Gossler, diretora da atacadista, em parceria com o ir-mão Neimar e o pai Denisio.

Para manter a empresa nessa posição, a Donato conta com o au-xílio do engenheiro agrônomo Jai-ro Sergio Kupsinskü, que desen-volve, por exemplo, trabalhos de informação sobre o manejo das lavouras e aspectos de qualidade. Constantemente são promovidas ações preventivas para controle de pragas que possam deteriorar ou contaminar as frutas.

Focada em assegurar a me-lhor qualidade do alimento ao

Donato Melancias utiliza embalagem exclusivaconsumidor, a atacadista também se destaca em aspectos como treinamento, higiene, classifica-ção, armazenamento e logística. Para conservar as melancias, as instalações da Donato possuem um sistema natural de aeração e a empresa conta, também, com uma frota de caminhões própria, adequada ao transporte da fruta.

Embalagem exclusiva

Quando as melancias são re-cebidas na Ceasa, é realizado um processo de classificação visando constituir lotes uniformes quanto ao tamanho, coloração, aspecto e grau de maturação.

As melancias da Donato são embaladas em containers de pa-pelão que suportam 350 quilos – ou seja, entre 30 e 40 unidades. Esse manuseio é uma inovação no comércio dessa fruta no Brasil, que normalmente é acondiciona-da diretamente sobre palha no caminhão.

Segundo Fabiane, a própria atacadista trouxe a técnica dos Estados Unidos. “O container de papelão agrega muitos benefícios na comercialização da melancia, como melhoria do condiciona-mento, proteção e facilidade na carga e descarga”, esclarece.

Donato MelanciasCeasa RS - Av. Fernando Ferrari, 1001- Pav. E-2 Box 4 e 5 / Porto Alegre - RS Fone: (51) [email protected]

proteico e participante do ciclo da uréia. O aminoácido L-citrulina é quase ausente dos alimentos frescos – a melancia é uma exceção notável. O elevado conteúdo de L-citrulina é que torna a planta resistente a ambientes secos e inclementes.

As suas propriedades antioxidantes, associadas à habilidade de produção de

óxido nítrico, torna a citrulina um exce-lente candidato para o tratamento de situações patológicas decorrentes de estresse oxidativo e de diminuição da disponibilidade de arginina como hiper-tensão, falhas cardíacas, arteriosclerose e outros.

Outros benefícios da ingestão de L-

-citrulina são a melhoria do desempenho atlético pela síntese do óxido nítrico e me-lhoria do transporte da glicose nos mús-culos estriados. Ficou demonstrado que o malato de citrulina aumenta os níveis de arginina e ornitina (importantes para o crescimento do músculo) e influencia os níveis do hormônio de crescimento.

Um estudo feito na Espanha inves-tigou o potencial do suco de melancia como bebida funcional para atletas. A melancia é rica em L-citrulina, um ami-noácido que pode ser utilizado na redu-ção de dor muscular.

Foi feita a comparação da absorção intestinal in vitro da L-citrulina (biodis-ponibilidade) na forma de suco de me-lancia pasteurizado e não pasteurizado, padrãod e L-citrulina e controle. O me-lhor resultado, de maior absorção de L--citrulina foi o do suco de melancia sem pasteurização.

Foi feita ainda a comparação entre o desempenho de sete atletas, submetidos a diferentes tratamentos: 500 ml de suco natural de melancia (1,17 g de L-citruli-na), suco de melancia enriquecido (4,83 g de L-citrulina mais 1,17 g de L-citrulina do suco de melancia) e placebo. Ambos os sucos ajudaram na recuperação das batidas cardíacas e dor muscular depois de 24 horas. Está na hora dos produtores e atacadistas de melancia brigarem pelo espaço da melancia no grande mundo dos isotônicos.

Fonte: Martha P. Tarazona-Díaz †‡, Fernando Alacid §, María Carrasco §, Ignacio Martínez #, andEncarna Aguayo*†‡J. Agric. FoodChem.,2013, 61 (31), pp 7522–7528Publication Date (Web): July 17, 2013

Qualidade

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 201312 Tributo

O termo horticultura é de-rivado das palavras latinas hortus, jardim, e celere, culti-var. A horticultura é uma par-te da agricultura que trata da produção vegetal de culturas de jardim, em contraste com a agricultura de campo, princi-palmente grãos e forrageiras e com a silvicultura, que se ocu-pa das árvores e seus produ-tos.

A horticultura engloba uma imensa diversidade de plan-tas - frutas, hortaliças, flores, plantas ornamentais, condi-mentos e plantas medicinais. A maioria é consumida fresca, pronta para o consumo natural ou para o preparo culinário, com suas características sen-soriais naturais preservadas.

A produção de produtos hortícolas é a principal ativi-dade agrícola que garante so-brevivência digna aos peque-nos produtores e é uma grande geradora de empregos. Ela exi-ge cuidados muito especiais e grande capricho do produtor para a obtenção de um produ-to de boa aceitação no merca-do: bom tamanho, boa aparên-cia, saboroso e túrgido.

Ela é caracterizada pela fragmentação de produção e de origem: milhares de peque-nos produtores, áreas peque-nas, diferentes regiões produ-toras com diferentes épocas de colheita. A comercialização dos produtos hortícolas fres-cos é uma corrida contra o tempo.

Os produtos hortícolas frescos são imprescindíveis na alimentação, por sua diversi-dade de cores, formatos, tex-turas e sabores, por suas ca-racterísticas nutricionais e da preservação da saúde.

O consumo de frutas e hor-taliças cresce com o desenvol-vimento econômico. No Brasil o consumo per capita das fru-tas e hortaliças frescas na clas-se de maior renda econômica é muito maior que na classe de menor renda e o seu consumo médio vem crescendo, mas é ainda muito inferior ao consu-mo de países como a Itália e a Espanha.

O maior consumo de fru-tas e hortaliças frescas é re-comendado para prevenir os principais problemas de saú-

O ICMS e as frutas e hortaliças frescas

de do brasileiro – doenças do aparelho circulatório, aciden-te vascular cerebral – AVC e câncer. O excesso de peso e a obesidade, reconhecidos como causas importantes destas do-enças, estão crescendo rapi-damente e já atingem mais de 30% das crianças e 60% dos adultos brasileiros e o consu-mo de produtos hortícolas é altamente recomendado para a prevenção dessas anomalias.

A concentração da popula-ção em grandes centros urba-nos, o trabalho da mulher fora do lar, o menor tempo dispo-nível em casa para o convívio com a família e para o preparo das refeições, as dificuldades na aquisição frequente e na preparação de frutas e horta-liças frescas levaram ao cres-cimento da oferta das frutas e hortaliças minimamente pro-cessadas, no mundo todo.

As frutas e hortaliças mi-nimamente processadas são vegetais que passaram por al-

terações físicas simples, corte e limpeza, mas continuam no estado fresco e metabolica-mente ativo.

As características e a com-plexidade da produção dos produtos hortícolas frescos, a sua importância na geração de empregos e na alimentação humana exigem um tratamen-to diferenciado.

É preciso incorporar à legislação de ICMS para os produtos hortícolas frescos as seguintes alterações:

1ª - Alterar o termo ‘horti-frutigranjeiros’ para ‘produtos hortícolas frescos íntegros ou minimamente processados’, já que as frutas e hortaliças mi-nimamente processadas são vegetais que passaram por al-terações físicas, mas mantêm o estado fresco e metaboli-camente ativo, ou seja, têm a mesma natureza e finalidade que os produtos hortícolas

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

íntegros (Artigo 36 do Anexo I do Regulamento do ICMS de São Paulo).

2ª - Substituiçãoda lista de produtos hortifrutigranjei-ros, pelo conceito de produtos hortícolas frescos íntegros ou minimamente processados, como segue: ‘Os produtos hor-tícolas frescos englobam fru-tas, hortaliças, flores, plantas ornamentais, condimentos e plantas medicinais, consumi-dos e utilizados frescos e me-tabolicamente ativos’. (Artigo 36 do Anexo I do Regulamento do ICMS de São Paulo).

A justificativa para essa al-teração está no fato de que a grande diversidade de produ-tos é uma das características que diferencia a horticultura e que torna impossível a lis-tagem completa dos produtos comercializados.

A ausência, na lista, de menção a um dado produto acarreta a injusta presunção

de que ele não está isento de ICMS. Esse é, por exemplo, o caso que ocorre com o alho, uma hortaliça bulbo utilizada como condimento.

O Brasil está, como outros países grandes produtores de alho, sendo esmagado pela concorrência chinesa. Hoje, apesar de sua qualidade mui-to superior, o alho brasileiro só consegue abastecer 33% do consumo nacional e, ainda assim, não está isento do ICMS. Outro exemplo é o que ocor-re com a ausência das plantas ornamentais na lista, o que faz com que as flores sejam isentas, mas não as plantas ornamentais. Flores e plantas ornamentais não podem, por justiça, serem diferentes pe-rante o fisco: têm a mesma na-tureza e finalidade.

Não haverá jamais a pos-sibilidade de que uma lista se pretenda completa: há cen-tenas de espécies de vegetais hortícolas e a cada ano, como consequência da tendência à sofisticação da alimentação e ainda da globalização dos costumes alimentares, várias espécies são incorporadas ao mercado.

3ª - Retiradado artigo, que trata da maçã e da pera (Artigo 140 do Anexo I do Regulamen-to do ICMS de São Paulo).

O Brasil é um grande pro-dutor e exportador de maçã e a sua produção abastece noven-ta e cinco por cento do consu-mo brasileiro. A produção de pera no Brasil vem crescendo em São Paulo e nos estados do sul do Brasil. A pera e a maçã de produção nacional não de-vem, por justiça, ser tratadas diferentemente dos outros produtos hortícolas: essas es-pécies têm, do mesmo modo, a mesma natureza e finalidade que as demais frutas.

4ª Alteração da defini-ção de industrialização para ‘industrialização, qualquer operação que modifique a na-tureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para o consumo, exceto para os produtos hor-tícolas frescos minimamente processados (Item I do Artigo 4º do Regulamento do ICMS de São Paulo).

ISENÇÃO

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novembro de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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14 Artigo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

* Engenheiro agrônomo, douto-rando em Ciências da Comunica-ção (ECA/USP), mestre em Co-municação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desen-volvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio adminis-trador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abas-tecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

As celebrações e as homena-gens simbólicas prestadas aos entes falecidos possuem gran-des dimensões cultural, histó-rica e também econômica em todo o Brasil. A principal data que concentra tais manifesta-ções é o Dia de Finados, celebra-do no País em 2 de novembro, em sequência à comemoração do dia da Festa de Todos os Santos, ambos fixados pela Igreja Católica desde o século 13. Entre os principais ícones simbólicos da data, a oferta de flores ocupa uma das posições de maior destaque, acompa-nhada das de velas e de outros itens e práticas religiosas, como celebrações litúrgicas, terços, imagens de santos e anjos entre outros itens de grande valor e significado religioso e cultural.

Os vasos de crisântemos lideram historicamente a pre-ferência de compra dos consu-midores no momento de pres-tar homenagens aos parentes e amigos falecidos em cemitérios de todo o Brasil. Segundo o Sin-dicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo – Sin-diflores, essas plantas chegam a representar 53% das vendas setoriais no varejo para a data, seguidos pelas margaridas, an-túrios, lírios, violetas e outras flores, principalmente envasa-das. No atacado das Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa Campinas), SP, essas flo-res chegam a representar até 80% das vendas para essa fina-lidade. Em meses normais o vo-lume de crisântemos envasados ofertado naquele mercado é de, em média, 200 mil vasos, mas em novembro sobe para 300 mil, com um aumento de 50%. Na CEAGESP, em todo o Estado, são movimentadas mais de 1,2 mil toneladas de flores neste período, sendo Finados con-siderado a terceira data mais importante do setor de flores, ficando atrás apenas do Dia das Mães e dos Namorados, com um crescimento nas vendas entre 5% a 10% em relação aos perí-odos normais do ano.

O consumo de crisântemos envasados em Finados inten-sificou-se substancialmente ao longo dos últimos anos, não apenas devido à sua maior du-rabilidade e rusticidade e aos preços competitivos, mas tam-bém dada a intensificação das campanhas de saúde pública fo-cadas no combate ao mosquito transmissor da dengue (Aedes

Finados: características e tendências no

consumo de flores no Brasilaegypti). Neste contexto, os con-sumidores vêm sendo crescen-temente desincentivados, ou até mesmo proibidos, de ofer-tarem flores cortadas dispostas em vasos com água parada, que podem servir à proliferação dos agentes da doença. A mídia tem, inclusive, noticiado iniciativas sanitárias destinadas à elimi-nação e destruição das flores deixadas nos cemitérios nos dias seguintes aos da oferta e celebrações, com o mesmo pro-pósito de minimização desses riscos biológicos. Como reflexo desses movimentos, também o aumento do consumo de flores artificiais – embora mais caras que as naturais – tem sido ob-servado.

Para a Cooperativa Vei-ling Holambra (SP) – principal central atacadista de flores e plantas ornamentais do Brasil – as estimativas de crescimento global das vendas para Finados 2013 foi de 2%, em quantidade de mercadorias, comparativa-mente aos resultados obtidos no mesmo período do ano pas-sado. Essa performance mos-trou-se mais intensa do que a verificada em Finados de 2012, quando o crescimento em rela-ção ao volume de vendas, frente

à mesma data em 2011, atingiu a marca de 8%. Naquela coope-rativa, o ranking dos produtos mais vendidos para a data, em 2013, foi liderado pelos antú-rios, seguido de perto por lírios, violetas e crisântemos em va-sos. Para essas flores envasadas - líderes do segmento -, o cres-cimento estimado foi de 13%, em volume. Mesmo para as orquídeas Phalaenopsis, cujas vendas não são consideradas tradicionais para o período, o crescimento estimado de ven-das foi de 4%. Naquele merca-do, o pico de vendas ocorreu – como nos anos anteriores - durante as duas últimas sema-nas do mês de outubro, período em que foram comercializadas mais de 13 milhões de unidades de flores e plantas ornamentais. Para a Cooperativa Veiling Ho-lambra, as vendas de flores em Finados representam em torno de 5% a 6% da sua movimen-tação anual de mercadorias. Entre os estados que mais com-pram flores para a data estão: São Paulo (53% dos pedidos), Minas Gerais (10%), Rio de Ja-neiro (6,5%), além da região Sul (15%).

Cultural e simbolicamente, as flores e plantas ornamentais

que são fortemente incorpora-das ao consumo ornamental fu-nerário tendem a ser estigmati-zadas como “flores de mortos”, perdendo, em consequência, posições no mercado para ou-tras datas e comemorações, tais como casamentos, bodas, for-maturas, aniversários e outras dedicadas à expressão da ale-gria, promessas futuras de feli-cidade e de realização e às ce-lebrações da vida. Dessa forma, flores de importância econô-mica regional, como cravos-de--defunto (Tagetes sp), perpé-tuas (Gomphrena globosa), sorrisos-de-maria (Aster sp) e cristas-de-galo (Celosia cris-tata), entre outras, passaram a ser cultivadas apenas para con-sumo no Dia de Finados.

Outras flores de maior ex-pressão econômica nacional, como, por exemplo, palmas-de--santa-rita (Gladiolus sp) e os próprios crisântemos experi-mentam, também, processos de redução no consumo social da mesma natureza, ou seja, devi-dos ao mesmo motivo de serem abundantemente utilizados na oferta em cemitérios.

Iniciativas importantes das áreas da Comunicação e do Ma-rketing vêm buscando alternati-

vas para a gradativa superação de tais fenômenos. Entre essas, no cenário atual da floricultura comercial brasileira, vale desta-car o lançamento e a promoção de novas cultivares diferencia-das e modernas das espécies tradicionalmente aviltadas no mercado em virtude do desgas-te cultural.

Nesta direção, têm se ob-servado, não apenas no Brasil mas no cenário internacional, iniciativas como: a) lançamento de novas cores – fortes e ousa-das – para os gladíolos (verde limão, roxo), seguidas da reali-zação de eventos promocionais junto a artistas florais, decora-dores e formadores de opinião, em geral; b) criação de nomes comerciais para variedades tra-dicionais, que levam à ideia de tratar-se de uma nova espécie, como é o caso recente do cri-sântemo “Anastácia”; c) lança-mento de novos híbridos, com cores, formatos, tamanhos e ap-tidões culturais muito diferen-ciadas em relação às caracterís-ticas das espécies tradicionais, particularmente importantes no caso de tagetes, cristas-de--galo, perpétuas e outras flores afins, e d) limitação da importa-ção e da oferta de determinadas espécies no período de Finados – com consequente forte ele-vação de preços ou desabas-tecimento do mercado - como forma de inibir a sua oferta aos mortos, que pode deteriorar so-cial e culturalmente a imagem do produto. Essa prática tem sido particularmente visada em relação aos cravos.

A par da elevação dos pre-ços das flores para consumo em Finados – decorrente do forte crescimento momentâneo da demanda – outra prática tem se mostrado desastrosa para a estruturação e a governança da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais: a inten-sificação do comércio informal na data. Dada a importância do tema, trataremos da questão em um de nossos próximos artigos.

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Agrícolanovembro de 2013 15BiotecnologiaUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

APOIO LANÇAMENTO

O Conselho Monetário Na-cional (CMN) aprovou, em 31 de outubro, o preço mínimo de R$ 10,10 por caixa com 40,8 kg de laranja para a sa-fra 2013/14. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa) deverá ini-ciar em breve leilões de apoio à comercialização, visando a contribuir para o crescimento do mercado interno de laranja e suco de laranja. Além disso, haverá a possibilidade de con-tratar operações de Financia-mento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

O preço mínimo da laranja foi estabelecido pela primei-ra vez em 2012 e vigorou até o dia 28 de março de 2013, como parte de um conjunto de medidas adotadas pelo gover-no federal para dar suporte ao setor citrícola, que envolveram renegociação de dívidas, finan-ciamento para estocagem de suco de laranja, além dos lei-lões de PEP e Pepro.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, diante da conjun-tura atual de mercado, com baixos preços pagos ao pro-dutor e estoques elevados de suco de laranja, adotar o preço mínimo também para esta sa-fra é uma medida para garantir renda ao citricultor. “A expec-tativa é de que haverá mercado para toda esta safra de laranja, chegando ao final do ano com estoques mais baixos, o que deverá ajustar os preços para cima na safra seguinte”, ressal-tou Neri Geller.

Estoques - Segundo a Ci-trusBr, os estoques globais de suco de laranja concentrado e congelado brasileiro, em 30 de junho de 2013, eram de 766 mil toneladas, equivalente a 35 semanas de consumo; para 30 de junho de 2014 espera-se um volume de 476,6 mil tone-ladas, equivalente a 22 sema-nas de consumo no mercado mundial.

Governo define preço mínimo para a laranjaValor aprovado pelo Conselho Monetário Nacional ficou em R$ 10,10

O professor de biologia Shimon Gepstein, da Technion University, de Haifa, foi pionei-ro em uma pesquisa que pode representar um grande avanço no fornecimento mundial de alimentos.

Ele descobriu a caracterís-tica de suas plantas genetica-mente modificadas quando es-queceu de regá-las por algumas semanas. Referenciadas pelos pesquisadores como “super-plantas”, elas não apenas sus-tentam a produção do hormônio citocinina, que previne o enve-lhecimento e facilita a fotossín-tese contínua, como exigem me-nos água para seu crescimento.

“Essas plantas conseguem sobreviver a secas, conseguem ficar até um mês sem água e, mesmo que sejam regadas, pre-cisam de apenas 30% da quan-tidade de líquido que plantas normais necessitam”, explica Gepstein.

“Os vegetais e as frutas agora duram o dobro e, às vezes, três

vezes mais, após serem corta-dos, caso venham de plantas geneticamente modificadas. Co-lhi uma alface modificada e esta levou 21 dias até começar a ficar amarronzada, enquanto que al-faces normais já ficam ruins em cinco ou seis dias”, acrescenta.

Já que as superplantas vi-vem mais, geram safras maio-res, o que pode ajudar inúmeros países que atualmente vem so-frendo com a escassez de água e com a falta de alimentos causa-das pelas secas.

De acordo com o Programa

Israel cria ‘superplanta’ para combater a fomeEspécies modificadas geneticamente exigem menos água para seu crescimento

Alimentar Mundial, “desastres naturais, como enchentes, tem-pestades tropicais e longos perí-odos de seca estão aumentando — com consequências calamito-sas para a segurança alimentar dos países pobres e em desen-volvimento”.

“A seca é hoje a causa mais comum da escassez de comida no mundo. Todos os anos, secas recorrentes causam prejuízos em safras e perdas pesadas na pecuária, em partes da Etiópia, da Somália e do Quênia. Em mui-tos países, mudanças climáticas estão amplificando condições naturais já adversas por nature-za”, lembra o pesquisador.

“Descobrimos que depois de um mês sem serem regadas, elas estavam tão bem quanto se tivessem recebido água, e assim poderíamos levar suas semen-tes para zonas áridas, onde há riscos de secas severas, e ali-mentar a população.

Apesar de toda a conotação negativa que a expressão ‘gene-ticamente modificado’ carrega, posso afirmar que essas plantas não são perigosas para a saúde humana, pois nós as alteramos utilizando seus próprios com-ponentes, nada foi adicionado a elas”, conclui o pesquisador israelense.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) lançou duas novas cultivares de guaranazeiro: BRS Saterê e BRS Marabita-na. Ambas apresentam alta produtividade e resistência a doenças e estão sendo reco-mendadas para plantio como forma de aumentar a bar-reira à antracnose, principal doença do guaranazeiro no Amazonas.

O lançamento é promovi-do pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) e Embrapa Produtos e Mer-cado/Escritório da Amazô-nia. Conta com o apoio da Fazenda Rancho Grande, da Prefeitura de Itacoatiara e do Instituto de Desenvolvimen-to Agropecuário e Floresta lSustentável do Amazonas (Idam - Escritório Local de Itacoatiara). A atividade também faz parte da progra-mação da Embrapa alusiva à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013.

Embrapa lança duas novas cultivares de guaraná no AM

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 201316 Consumo

O Índice do Custo de Vida na cidade de São Paulo atingiu alta de 0,64%, em outubro, ante ele-vação de 0,24%, em setembro, segundo a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese).

Nos últimos 12 meses, a taxa acumula avanço de 6,16%

Alimentos mais caros elevam o custo de vida na cidade de São Paulo, aponta pesquisa do Dieese

e de janeiro a outubro,5,57%. Na virada de setembro para

outubro, o grupo que mais in-fluenciou a elevação do índice foi alimentação com 1,33%, taxa que é 0,41 ponto percentual maior do que no período ante-rior. O consumidor teve o orça-mento pressionado, principal-mente, no consumo de produtos

in natura que ficaram em média 1,79% mais caros.

Entre os itens estão a carne de frango que subiu 6,17%; as frutas (4,03%) , com maior in-fluência da pera (13,35%), do maracujá (8,40%) e da laranja (4,20%); carnes bovina (4,04%) e suína (1,69%); leite in natu-ra(1,39%); o arroz (0,54%) e a

Agência Brasil

Agência Brasil

mandioquinha (19,24%).O consumidor que preci-

sou ou optou em comer fora de casa gastou 1,23% mais em restaurantes e demais estabele-cimentos comerciais do gênero. Já para comprar os alimentos processados foi necessário com-prometer 0,82% a mais dos ga-nhos. As carnes industrializadas

subiram 2,27%; o refrigerante (1,42%), o pão francês(1,41%) e o leite em pó (1,33%).

Em habitação houve alta de 0,52% com as despesas de lo-cação, impostos e condomínio, 0,44% maior e nos gastos com a casa, destaque para o botijão de gás (3,57%); serviços do-mésticos (1,47%) e condomí-nio (0,73%).

No grupo transporte , o índi-ce ficou em 0,48%,com o efeito dos combustíveis (0,62%) e dos bilhetes dos ônibus interestadu-ais (5,15%). E em equipamento doméstico, a taxa alcançou 0,5% com destaque para os eletrodo-mésticos (1,26%).

No acumulado do ano, três dos dez grupos pesquisados apresentaram elevações acima da média: saúde (11,73%), se-guido por despesas pessoais (9,15%); educação, leitura e re-creação (6,77%). Em alimenta-ção, a taxa oscilou em 5,25% e, em despesas diversas, (4,79%). O grupo habitação teve alta de 3,03%; de transporte (1,74%); recreação (0,96%) e vestuário (0,89%). O único com deflação foi equipamento doméstico (-1,10%).

As famílias mais pobres com renda média de R$ 377,49 tive-ram os ganhos mais comprome-tidos com o aumento médio de preços enfrentando uma eleva-ção de 0,78%.No nível de classe média com renda em R$ 934,17, a taxa oscilou 0,69% e aos que ganham na média acima R$ 2.792,90, o índice foi calculado em 0,58%.

A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, no dia 25 de outubro o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), na segunda parte do primeiro relatório na-cional. De acordo com o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode che-gar a R$ 7,4 bilhões em 2020 e R$ 14 bilhões em2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%.

“É uma preocupação em ter-mos de impacto financeiro e para

Mudanças climáticas podem causar perdas de R$ 7,4 bilhões para agricultura, diz relatório

a questão de segurança. A ideia é que esses relatórios possam sinalizar aos tomadores de deci-são a importância de agir agora. O custo da inação, de não fazer nada, vai ser maior do que se a gente começar a se prevenir”, de-fendeu Andrea Santos, secretária executiva do painel.

O estudo prevê que as mu-danças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudique a agricultura princi-palmente em áreas secas, como o Nordeste, região em que a dis-tribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório.Um resultado desse processo se-

ria a intensificação da pobreza e a migração para áreas urbanas, impactando a infraestrutura. Cul-turas como as do milho, do arroz, da mandioca, do feijão e do algo-dão seriam prejudicadas.

Outra ameaça à segurança alimentar prevista pelo relató-rio é a diminuição do potencial pesqueiro do Brasil, que pode chegar a até 10% nos próximos 40 anos. Andrea explica que, com o aumento da temperatura da água e a mudança na salinidade, espécies podem buscar regiões mais frias, afetando toda a costa nacional. O estudo aponta ainda a elevação do nível do mar como

outra possível vulnerabilidade das cidades litorâneas.

“Além de inundações, esse au-mento pode levar a colapsos no sistema de abastecimento e es-gotamento, com o retorno de es-goto para as residências em um caso de transbordo dos sistemas de tratamento. Isso pode trazer prejuízos também para o lençol freático”.

Nas grandes cidades, os pre-juízos estimados serão na mobi-lidade e na habitação, que podem sofrer com tempestades mais frequentes no Sul e no Sudeste. Já biomas como a Amazônia e a Ca-atinga correm riscos de ter que-

da de até 40% dos índices plu-viométricos (chuvas), afetando a biodiversidade. A alta da tempe-ratura também pode aumentar a incidência de doenças, como a dengue e a leishmaniose, e, com-binada a maiores radiações de raios ultravioletas e emissões de gás carbônico, as lavouras podem sofrer com mais pragas e doen-ças causadas por fungos.

O painel reúne 345 especia-listas de universidades e insti-tutos de pesquisa brasileiros e recebe o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Meio Ambiente, além de outras entidades.

Page 17: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 18: Jornal Entreposto | Novembro 2013

18 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013Nutrição

A alimentação escolar é uma política pública que atende qua-se 50 milhões de crianças brasi-leiras, com pelo menos uma re-feição ao dia. Em São Paulo são mais de 10 milhões de matricu-lados em 2012.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), mais conhecido como merenda escolar, é regulado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e trans-fere, em caráter suplementar, recursos financeiros aos esta-dos, ao Distrito Federal e aos municípios destinados a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos (FNDE/MEC, 2009).

O PNAE recomenda a inges-tão de 200 gramas de hortaliças frescas por semana. Conside-rando 200 dias letivos, ou 40 semanas, teremos um consumo obrigatório de 10.000 toneladas por semana e 400.0000 tonela-das por ano letivo, a produção de 20.000 hectares, se conside-rarmos uma produtividade mé-dia de 20 toneladas por hectare.

Nos meses de agosto e se-tembro, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp so-licitou às prefeituras do estado

de São Paulo,o preenchimen-to de um questionário online com o objetivo de caracterizar os procedimentos adotados na inclusão e gestão de frutas e hortaliças nos cardápios da ali-mentação escolar pelos nutri-cionistas. Recebemos a resposta de 159 municípios do total de 613 municípios. O trabalho é parte do projeto HortiEscolha.

Os resultados mostram:• Cada município tem, em

média, dois nutricionistas con-tratadas.

• As compras de frutas e hortaliças são realizadas pelo Departamento de Alimentação Escolar e entregues em um de-pósito central, para conferência e estocagem, e de lá distribuídos para as escolas, em 48% dos municípios.

• A alimentação escolar é totalmente preparada nas co-zinhas das escolasem 61% dos municípios.

• Os equipamentos e utensí-lios são suficientes para o pre-paro das refeições em 73% das escolas

• Os cardápios da alimenta-ção escolar são elaborados pelo nutricionista mensalmente em 36% dos municípios e semanal-mente por 27%.

Caracterização dos procedimentos adotados pelos nutricionistas para a inclusão de frutas e hortaliças na alimentação escolar

O cardápio estabelecido pelo nutricionista é seguido por 53% das merendeiras. A equipe operacional é conside-rada apta ou parcialmente apta por 92% das nutricionistas. Programas de capacitação com a equipe operacional são reali-zados por88% das prefeituras e ocorrem, na maioria das ve-zes, anualmente (44%) ou se-mestralmente (36%).

Em 2009, foi aprovada a Lei 11.947, que dispõe sobre o atendimento da alimentação

As maiores dificuldades en-frentada pelos nutricionistas da Alimentação Escolar das pre-feituras do Estado de São Paulo são: Inadequação dos funcioná-rios (falta de funcionários, falta de qualificação, alta rotativida-de, funcionário que não segue o

Sabrina Leite OliveiraEngenheira-agrônomaCentro de Qualidade em Horticultura da CeagespProjeto HortiEscolha

0

50

100

150

200

250

Creches Pré-escolas EnsinoFundamental

Ensino Médio Alunos de áreasindígenas e

remanescente dequilombo

Alu

nos/

mer

ende

ira

escolar e consolida a vincula-ção da agricultura familiar com o Programa Nacional de Ali-mentação Escolar (PNAE), ao estipular que no mínimo 30% do total dos recursos financei-ros repassados pelo Governo Federal aos estados e municí-pios deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentí-cios diretamente da agricultura familiar.

Das prefeituras entrevista-das, 64%, conseguem atender a exigência da lei. A compra é

realizada através de associa-ções (33%), associações e coo-perativas (20%), cooperativas (19%) e 27% não compram da agricultura familiar.

A compra de produtos da agricultura familiar foi rela-tada por 76% dos municípios entrevistados. No 1º semes-tre de 2013 foram adquiridas, em média, por prefeitura, por Chamada Pública, 4 frutas e 12 hortaliças diferentes e, 7 frutas e 9 hortaliças diferentes, por Licitação.

Tabela I. Principais produtos adquiridos, por Licitação e por Chamada Pública, no 1º semestre de 2013

Compra

Licitação

Chamada Pública

Frutas

BananaLaranjaMaçã

BananaLaranjaLimão

Hortaliças

TomateBatataCebola

AlfaceCouveMandioca

cardápio estabelecido e poucos nutricionistas) e infraestrutu-ra inadequada (estrutura das cozinhas e dos depósitos, dos equipamentos e utensílios das cozinhas e falta de veículo).

A compra da agricultura familiar apresenta problemas

específicos como a falta de pro-dutores, alto preço dos produ-tos, logística e desorganização dos agricultores. Os problemas mais importantes de outros fornecedores são: atraso nas entregas, falta de qualidade dos alimentos fornecidos.

• Na necessidade de troca de uma fruta ou hortaliça pre-vista no cardápio, a escolha da nutricionista recai sobre o pro-duto que o fornecedor tiver dis-ponível para entrega (65%), ou sobre o produto de composição nutricional semelhante (41%) ou ainda sobre o produto de preparação semelhante (37%).

A modalidade de licitação mais frequente no Estado de São

Paulo, para a compra de frutas e hortaliçasé o pregão (59%), seguida de tomada de preço (10%), concorrência (5%) e carta-convite (4%).

O controle de qualidade no recebimento do produto e a lo-gística de entrega são conside-rados os principais problemas na aquisição e recebimento das frutas e hortaliças in natura, pe-los municípios que utilizam o

processo de Licitação e Chama-da Pública, respectivamente.

A equipe operacional da Ali-mentação Escolar nas escolas é formada pela (merendeira(s), auxiliar (es) de cozinha e esto-quista). Uma merendeira res-ponde pelo preparo da refeição de 45 alunos nas áreas indíge-nas e remanescentes de quilom-bos e de 208 alunos no ensino médio.

Page 19: Jornal Entreposto | Novembro 2013

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A preocupação com a ras-treabilidade já é uma realidade entre os atacadistas da Ceagesp. A rastreabilidade é bastante utilizada como ferramenta de controle de qualidade e gestão de riscos. Em termos práticos, a rastreabilidade permite saber “o que” (o produto ou bem), “de onde” veio (a origem) e “para onde” foi (destino).

Ela é fundamental porque os consumidores estão atentos à origem do alimento que con-somem, assim como às técnicas empregadas na sua produção. No caso de uma necessidade de recolhimento de produto, um sistema de rastreabilidade efe-tivo permite a rápida identifi-cação da causa do problema e a remoção do produto afetado da comercialização minimizando os riscos aos clientes, limitando

Rastreabilidade já é preocupação entre os atacadistas da Ceagesp

o impacto econômico e o impac-to na reputação da marca.

No mês de julho, dois ataca-distas da Ceagesp passaram por um processo de diag-nóstico de rastreabilida-de realizado pela GS1 Brasil–Associação Bra-sileira de Automação com o apoio do Centro de Qualidade em Hor-ticultura. Foram reali-zadas visitas ao campo, acompanhando o proces-so desde o recebimento de insumos para a plan-tação até a expedição para a Ceagesp. No entreposto os processos de recebimen-to e distribuição também foram analisados. Com esse diagnós-tico foi possível passar para as empresas recomendações para a implantação do processo de rastreabilidade automatizado iniciando com a correta identifi-cação dos produtos.

Exigência de uma nova era

Kelly Goveia Batista, pro-prietária da Batista Legumes, classifica a rastreabilidade como

Flávia Ponte Bandeira S. CostaGS1 Brasil

processo fundamen-tal para interligar os representantes das cadeias de produção

e distribuição. “Hoje os produtos não têm mais fronteiras. Fornecemos para vários estados do país e também outros países. Precisamos es-tar atentos à respon-sabilidade civil do que fornecemos e a rastrea-

bilidade nos dá informa-ção precisa de todo o pro-

cesso”, explica Kelly.Para a Batista Le-

gumes, implantar o sistema de rastreabi-lidade orientado pelas

assessoras da GS1 Brasil proporcionou a entrada em uma nova fase profissional. Houve um avanço não apenas nos flu-xogramas de trabalho, mas tam-bém na padronização de todo o processo de produção própria e

de seus fornecedores externos de legumes.

Alguns supermercados do Brasil, a começar pela Região Sul, já começaram a exigir dos produtores alimentos que se-jam produzidos com base em processo de rastreabilidade. Na região de Pirajuí, interior de São Paulo, inúmeros produtores co-operados estão conhecendo os padrões GS1 de rastreabilida-de. A distribuidora e produtora Agro Gato Preto, que há cinco anos participa do sistema Cea-gesp, foi um dos catalisadores do processo com seus fornece-dores.

“Quem não adotar a rastre-abilidade, não conseguirá se manter como fornecedor”, afir-ma José Maria dos Santos, pro-prietário da Agro Gato Preto. “Percebemos a importância de reconhecer a procedência dos legumes e os benefícios que a rastreabilidade nos traz.”

Com o intuito de difundir os conhecimentos relacionados ao uso do sistema global de nave-gação por satélite, em inglês, GNSS, o Departa-mento de Engenharia de Biossistemas (LEB), realizará na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), a XXXII Oficina de aplicação de GPS de navegação na agricultu-ra. O evento acontece no dia 23 de novembro, das 8h às 17h.

Serão abordados no evento, os principais aspectos sobre o Global Navegation Satellite System (GNSS), desde a abordagem histórico--social do surgimento, uso do sistema até seu funcionamento atual, explanando suas limi-tações, funções e implicações de uso mais im-portantes e futuras ampliações do sistema. Também serão expostas as principais marcas, modelos, capacidade de trabalho e de memória, vantagens e desvantagens de aparelhos de GPS.

Na parte prática da oficina serão simuladas situações de campo como levantamento de áre-as, demarcação de perímetros ou talhões, mar-cação de pontos amostrais e referenciais, ex-plorando as principais funções e configurações do GPS. No decorrer da oficina serão apresen-tados os softwares de GPS Track Maker Pro e Free, que permitem ao usuário a interface entre microcomputador e o aparelho de GPS. A par-tir do software os participantes da oficina irão desenvolver tarefas como georreferenciamento de imagens, criação de pontos, cálculo de área e demarcação de perímetros ou talhões, além de aprenderem configurações gerais do programa.

Saiba mais no endereço: www.fealq.org.br ou www.agriculturadeprecisao.org.br

XXXII Oficina de Aplicação de GPS de Navegação na Agricultura

O evento tem como objetivo fomentar de-bates e treinamento sobre questões de ame-aças fitossanitárias, barreiras, etc, bem como foco especifico do novo problema enfrentado por grande parte dos cultivos brasileiros, a lagarta Helicoverpa armigera, recentemente confirmada no Brasil, causando vultuosos pre-juízos à agricultura.

Devido à dificuldade de controle por mé-todos tradicionais, especialmente a falta de defensivos agrícolas registrados para seu con-trole, indicados por receituário agronômico (Hoje já temos 15 produtos registrados emer-gencialmente), ser polífaga, com grande capa-cidade de dispersão e muitos dos cultivares com transgenia esta rem apresentando escape para esta espécie, tem se tornado um entrava à agricultura de Goiás e Bahia, especialmente nas culturas de soja e algodão.

Ainda tem presença confirmada em milho, sorgo, girassol, adubos verdes, feijoeiro, pasta-gens, citros e café, entre outros. Maiores danos e mais sentidos são aqueles apresentados a culturas hortícolas, que por razões óbvias não podem receber grandes quantidades de agro-tóxicos e a perda inclui produtividade e quali-dade, com gandes estragos em tomateiro alfa-ce, especialmente em Goiás e no sul do Brasil.

Data: 27/11/2013 | Organização: IACLocal: Auditório da Cana-de-açucar - Recinto da AgrishowEndereço: Rodovia Prefeito Antonio Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto - SPwww.infobibos.com/pragasexotica

I Seminário de Manejo Estratégico de Pragas Exóticas

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20 ETSP JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

no entreposto também tem

Os pavilhões AMs, localizados no canto esquerdo de quem acessa o entreposto pelo portão 3, não tem tanta visibili-dade e, muitas vezes, passa despercebido pelos frequenta-dores do entreposto. Mas é lá que encontramos as maio-res peculiaridades do entreposto e produtos exclusivos que fogem dos clássicos frutas, verduras e legumes.A Agronippo, por exemplo, é responsável pela produção e comercialização da primeira bebida a base de soja do Bra-sil e, talvez, do mundo. Conhecido nacionalmente como Mupy, o suco acondicionado em saquinho plástico foi cria-do na década de 70 e até hoje faz sucesso nas lancheiras escolares. Localizada no pavilhão AMA, a Agronippo é líder no segmento de produtos para culinária oriental e sem-pre foi uma empresa inovadora. O Tofu Agronippo, queijo a base de soja, foi o primeiro a ser lançado em caixinha e a linha de massa de peixe inovou ao ser embalada a vá-cuo. Shindi Yatsunami, gerente, explica que a companhia une alta tecnologia e cuidado artesanal em toda a linha de produção.

Também nos pavilhões AMs, encontramos os maiores ata-cadistas de produtos orgânicos do Brasil. A Rede Orgânica oferece alimentos da Cultivar Orgânicos, que são certifica-dos pela Ecocert, empresa que garante a origem orgânica dos produtos. Os funcionários Francisco José Maia e Tia-go Aguiar explicam que a mudança de estilo de vida dos brasileiros aumentou a demanda por alimentos saudáveis. “Temos produção própria e parceria com diversos agricul-tores. Assim, conseguimos disponibilizar alimento orgâni-co durante o ano inteiro”, garantem.

Quem passa pelas ruas dos AMs pode observar que exis-tem alguns boxes que comercializam apenas embalagens. Essas empresas servem de apoio para os comerciantes de FLV e são indispensáveis para o funcionamento de algumas atacadistas. A Rodrigues Melo Embalagens, por exemplo, está na Ceagesp há mais de 35 anos. Atualmente, a com-panhia possui indústrias e mais de 40 lojas espalhadas pelo Brasil. “Como temos produção própria, conseguimos fazer um preço mais acessível”, explica José Aparecido Melo, permissionário.

Confira a seguir mais detalhes sobre algumas empresas lo-calizadas nos pavilhões AMs:

Rodrigues Melo Embalagens: O grupo possui mais de 40 lojas espalhadas pelo Brasil, além de indústrias que per-mitem baratear os preços para o mercado atacadista. O carro-chefe são sacos e sacolas plásticas, mas a empresa possui uma linha completa de embalagens para supermer-cados, açougues, padarias, escritório e também para uso doméstico.

Agronippo: Especializada na produção e comercialização de produtos saudáveis. Desde 1971 une alta tecnologia e cuidado artesanal na produção, que inclui broto de fei-jão, soja, massa de peixe, massa de batata, grãos, cereais e cogumelos. São responsáveis pela fabricação da famosa bebida Mupy, que combina suco de fruta e leite de soja.O Mupy começou a ser fabricado no Brasil pela Agronippo em 1979, um anos após a primeira bebida à base de soja ser lançada no mundo. Quase 35 anos depois, a empre-sa está lançando a versão Mupy Ykons Zetto, que não leva açúcar em sua composição. Além disso, a nova embalagem aposta na interação com o público e traz personagens ex-clusivos. Para o lançamento, a Agronippo utilizou o talento de uma jovem designer australiana, Yunyeen Yong. Os de-senhos feitos por ela já estampam a nova versão da bebida.

Rede Orgânica: oferece alimentos da Cultivar Orgânicos, certificados pela Ecocert Brasil, empresa que garante a origem orgânica dos produtos. Desde 2005 na Ceagesp, adota rígidos controles de higiene, qualidade e respeito ao meio ambiente e à saúde dos consumidores. Além de fru-tas, verduras e legumes, a empresa comercializa alimentos processados - e também orgânicos - como molho de toma-te, sucos de frutas e vinho.

La Violetera: Comercializa frutas secas, azeites, azeitonas, conservas e outros itens de vários lugares do mundo desde 1928. Agrupa as marcas La Violetera, Mastroiani (delícias da gastronomia mediterrânea) e La Preferida (produtos com boa relação custo x benefício).

As particularidades dos pavilhões AMs

Page 21: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 22: Jornal Entreposto | Novembro 2013

22 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

Mamão papaya

-45,3%

Tomate

30,6%

Alface americana

-12,9%

Cebola

-54,9%

Anchova

6,3%

ECONOMIA

Em outubro, o Índice de preços Ceagesp recuou 1,18%. O setor de diversos, influencia-do pela queda de preços da ba-tata, ovos e, principalmente, da cebola, contribuiu para a redu-ção do indicador. Todos os se-tores, porém, apresentam boa qualidade e ótimas opções de compra para os consumidores.

“Esta é uma época muito fa-vorável à produção. As altas re-gistradas no 1º trimestre foram revertidas e o índice Ceagesp registra números inferiores aos indicadores que medem a infla-ção no país. Um claro sinal que os preços dos alimentos in na-tura ajudarão a manter os índi-

Índice Ceagesp recua 1,18% em outubroNo ano, o índice apresenta elevação de 0,54% e, nos últimos 12 meses, 1,35%

ces do setor equilibrados”, des-taca Flávio Godas, economista da Ceagesp.

O setor de frutas apresen-tou retração de 0,42%. As prin-cipais quedas foram mamão pa-paya (-45,3%), manga Tommy (-25,1%), Goiaba (-18,8%), limão Taiti (-13,5%) e mamão formosa (-11,9%). Principais altas: laranja lima (20,4%), carambola (20,3%), mara-cujá doce (17,8%), morango (12,8%).

O setor de legumes registrou elevação de 1,27%. As princi-pais altas ocorreram no tomate (30,6%), chuchu (24,4%), man-dioca (19%) e mandioquinha (17,1%). Registraram queda o pimentão vermelho (-47%), a cenoura (-26,3%), o pepi-no japonês (-23,6%), e o jiló (-15,4%).

Já o setor de verduras caiu 3,81%. As principais quedas do setor foram beterraba com folhas (-17,6%), cebolinha (-15,9%), alface americana

(-12,9%), repolho (11,9%), es-pinafre (-10,3%). As principais altas foram rabanete (33,1%), brócolis (15,1%) e rúcula (19,3%).

No setor de diversos a redu-ção foi de 12,24%. Principais baixas: cebola do estado SP (-54,9%), bata comum (-7,2%), batata lisa (6,8%), ovos branco (6,4%). Não houve elevações no setor.

Por fim, o setor de pesca-dos registrou queda de 1,85%. As principais baixas foram do atum (-13,3%), tainha (7,2%), pescada (-5,4%), curimbatá (3,8%). Os principais aumen-tos foram da abrotea (12,8%), espada (10,8%), polvo (6,6%) e anchovas (6,3%).

Tendência:

Legumes, verduras e diver-sos deverão permanecer com preços bastante satisfatórios ao consumo. Somente com a entrada do verão e as conse-

quentes altas temperaturas e chuvas frequentes nas regiões produtoras é que este quadro deverá se modificar.

As frutas, mesmo com o maior volume ofertado em no-vembro e dezembro, deverão sofrer majorações em razão da maior procura, principalmente nas semanas que antecedem as festas de Natal e Ano Novo.

A exemplo das frutas, os pescados também deverão apresentar preços maiores, principalmente em dezembro. Além do maior volume de chu-vas, a época de defeso de algu-mas espécies, quando a pesca é proibida, tendem a acarretar diminuição no volume de pro-dução/extração.

Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos

à cesta, que agora contabiliza 150 itens.

Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regula-res durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos.

Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram esco-lhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representa-tividade.

O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

As obras da Estação de Ma-nejo e Transbordo de Resíduos da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) estão 52% concluídas, sendo que na próxima sema-na têm início a colocação do telhado na edificação de alve-naria com 440m² localizada na área do complexo, na zona norte de Porto Alegre (RS). A previsão de término da obra é em até 45 dias, possibilitando dar início a segunda etapa do projeto de desenvolvimento de uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA com gerenciamen-to remoto, por meio automáti-co ou humano, atendendo os conceitos de Smart grid.

O projeto é resultado de

uma chamada estratégica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),e faz parte dos investimentos que as dis-tribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesqui-sa e Desenvolvimento (P&D). Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacio-nal de Resíduos Sólidos, onde a partir do ano que vem apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controla-dos deverão ser fechados.

A assinatura do proje-to, pelo presidente da Ceasa, Paulino Donatti, com o Grupo CEEE e o Senai/RS, por meio

do Conselho Nacional de Tec-nologias Limpas (CNTL), Cen-tro de Excelência em Tecnolo-gias Avançadas (CETA), Escola Senai Nilo Bettanin e pela Fa-culdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deterio-rar hortigranjeiros, ocorreu no dia 22 de outubro, na Fier-gs. Representando a federa-ção assinaram o documento o presidente Heitor José Mullere o coordenador do Conselho de Meio Ambiente, Torvaldo Marzolla. Pelo Grupo CEEE, os diretores de Distribuição, Gui-lherme Barbosa, e de Plane-jamento e Projetos Especiais, Luiz Antonio Tirello.

A usina dará destino ener-

gético a 7,2 milhões de tonela-das/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos fo-ram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes. Além da energia gerada (660KVA), su-ficiente para um condomínio com cerca de 250 habitantes.

Com a usina, que vai ficar dentro da Ceasa, numa área física de aproximadamente 1000 metros quadrados, não será mais preciso o desloca-mento do transporte dos resí-duos para o aterro sanitário, evitando também a emissão de 38 toneladas de carbono/ano. Segundo Donatti, “a meta com a construção da usina de bio-

gás e, posteriormente, de bio-fertilizante é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo, com o objetivo de gerar até 30% de seu consumo energético”.

O valor total do projeto é de R$ 3,37 milhões, sendo destes R$ 2,6 milhões para a compra de equipamentos que serão ad-quiridos pela CEEE. O restante caberá ao Senai-RS e à Ceasa, responsáveis por implementar a usina desde o fornecimento da área física para a instalação, operação e manutenção, além da provisão do material para o funcionamento, como um tritu-rador para biomassa. A expec-tativa é de que a unidade esteja funcionando em dois anos.

Usina de biogás da Ceasa RS reduzirá em até 75% as emissões de gases de efeito estufa

Page 23: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Fitossanidade

SEGURANÇA ALIMENTAR

A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou, em 25 de outubro, a Lei 12.873, cujos artigos de 52 a 54 permi-tem ao Ministro da Agricultura estabelecer todas as medidas agronômicas e veterinárias ne-cessárias para enfrentar situa-ções em que é declarado oficial-mente estado de emergência fitossanitária e zoosanitária.

Com a promulgação da nova lei, o governo brasileiro terá maior flexibilidade de ação nos casos de emergências que envolvam pragas na agricultu-ra ou na pecuária. Casos como os da Helicoverpa Armigera, da Mosca da Carambola e da Monilíase do cacaueiro podem representar grandes prejuízos para a sociedade brasileira e exigem estratégias rápidas e precisas de fiscais agropecuá-rios e pesquisadores para ga-rantir ações de defesa efetivas.

De acordo com o texto, a

Lei que regula emergência fitossanitária e zoosanitária é promulgada

autorização emergencial, quan-do se tratar de agrotóxico, não será concedida a produtos que causem graves danos ao meio ambiente ou que não dispo-nham, no Brasil, de métodos para desativação de seus com-ponentes, de modo a impedir que seus resíduos remanescen-tes provoquem riscos à saúde pública.

“É preciso esclarecer que os produtos que venham a ser autorizados – e ainda assim em casos emergenciais – devem estar também autorizados em grandes produtores, como os Estados Unidos e a União Euro-peia, que obedeçam as normas internacionais em relação à segurança alimentar”, explica o ministro da Agricultura, Antô-nio Andrade.

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) é responsável

por garantir a sanidade dos vegetais e saúde dos animais dentro do território nacional para a segurança alimentar de

toda a sociedade brasileira. Em complementação a nova lei, deverá ser editado um decreto regulamentador que preverá

as etapas específicas e procedi-mentos para implementação de ações de emergência fitossani-tária e zoosanitária.

ABr

Estudos preliminares para 2014 apontam que o valor de produção das lavouras e da pe-cuária (VBPA) pode somar R$ 440,56 bilhões. Para 2013, a ex-pectativa é que esse valor seja de R$419,76, o que representa 9,6% a mais que 2012. A maior parte dos produtos analisados neste ano apresenta valor da produção superior ao do ano passado.

“É importante ressaltar que o valor para o próximo ano é baseado em informações ainda preliminares, representando somente um ponto inicial para o acompanhamento das infor-mações daqui até 2014”, explica o coordenador de Planejamen-to Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), José Garcia Gasques.

Do total estimado para 2013, R$278,72 bilhões referem-se às lavouras e R$141 bilhões à pe-cuária, ou seja, um crescimento de 9,2% e 10,5%, respectiva-mente, em relação ao ano pas-sado.

Os maiores destaques entre os produtos agrícolas são: o to-mate, com aumento de 88,2%; a batata-inglesa, 46,9%; a laran-ja, 33%; a soja, 21,1%; o trigo,

16,7%; o fumo, 14,4%; e a ba-nana, 11,3%. O arroz, a cana--de-açúcar, o feijão, a mandioca e o milho também apresentam comportamento favorável, po-rém com percentuais menores que os anteriores.

Na pecuária, a carne de fran-go lidera o ranking de aumento real do valor da produção. Pode haver um aumento de 23% em relação a 2012. Os ovos e suínos

vem em seguida com 13,2% e 12,3% de crescimento, respec-tivamente. O pior desempenho vem sendo observado em bovi-nos e leite.

“Com exceção dos preços da carne bovina, a melhoria de preços em 2013 com os demais produtos da pecuária tem sido um fator determinante para os resultados obtidos”, salientou Gasques.

Valor de produção agropecuária em 2014 deve somar R$ 440 bi

Page 24: Jornal Entreposto | Novembro 2013

24 Fitossanidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

O Estado de Minas Gerais teve 24 municípios oficialmen-te declarados como área livre da praga Sigatoka Negra. O re-conhecimento foi publicado no dia 4 de novembro, no Diário Oficial da União.

Com o reconhecimento, sobe para 86 o total de muni-

Mais 24 municípios de MG estão livres da Sigatoka NegraÁrea agora é autorizada a comercializar bananas para todo o país

O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária no oeste da Bahia, por causa da praga Helicoverpa armigera, lagarta que causa pre-juízo principalmente às lavou-ras de milho, soja e algodão. O anúncio foi publicado no dia 4 de novembro no Diário Oficial da União. A declaração de emer-gência tem validade de um ano. O estado de emergência permite rapidez na adoção de medidas em casos que necessitem de controle imediato de pragas.

O governo da Bahia terá au-

toridade para adotar ações de controle à lagarta nos próximos dias, que serão detalhadas no Diário Oficial.

A declaração de emergência fitossanitária ou zoosanitária foi regulamentada este ano, por meio de decreto do Poder Exe-cutivo.

A legislação prevê, inclusive, autorização para uso de agro-tóxicos. No entanto, não podem ser usados produtos que cau-sem graves danos ao meio am-biente ou para os quais o Brasil não disponha de métodos de de-sativação de componentes.

Decretada emergência fitossanitária na Bahia por causa de praga em lavouras

Uma grande dificuldade do agri-cultor que deseja utilizar a técnica de controle biológico é saber quem são e como agem os insetos que contribuem para a redução das pragas nas lavou-ras. Para auxiliar essa identificação no campo, a Embrapa Agrobiologia (Sero-pédica, RJ) está lançando o Guia para reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas.

Trata-se de uma publicação de bol-so com fotos e informações básicas so-bre os agentes naturais mais comuns utilizados no controle de pragas. Carac-terísticas necessárias para o seu reco-nhecimento, como por exemplo, tama-nho e coloração são descritas no guia, que informa ainda qual a função de de-terminado inimigo natural no controle de pragas. A pesquisadora Alessandra de Carvalho Silva, especialista no as-sunto e editora da publicação, acredita que pelo caráter didático e pela facili-dade com que pode ser levado para o campo, o livreto será bastante útil para os agricultores que pretendem fazer uso do controle biológico de pragas.

O Guia para reconhecimento de inimigos naturais de pragas agríco-las não será vendido. A publicação está disponível para download no

site da Embrapa Agrobiologia, na Infoteca da Embrapa e também será distribuído gratuitamente para agri-cultores em ações de transferência de tecnologia como dias de campo, cursos e treinamentos.

Alternativa ao uso

de inseticidas

O controle biológico é uma alter-nativa ao uso de inseticidas que tanto mal podem causar à saúde do traba-lhador rural, de consumidores dos produtos e ao meio ambiente. A técnica caracteriza-se pelo uso de organismos vivos, presentes na natureza, como por exemplo,os insetos que se alimen-tam ou parasitam, e os patógenos que causam doenças em insetos. A utiliza-ção dos insetos chamados de inimigos naturais pode ocorrer de duas formas: liberando-os na área de produção ou fazendo com que os insetos já presen-tes na área aumentem em número e permaneçam próximos aos cultivos agrícolas.

Entretanto, em ambos os casos, o agricultor precisa saber distingui--los dos insetos que se alimentam de plantas, visando sua conservação no

local. “De nada adianta a presença de insetos benéficos nas lavouras se o agricultor confundi-los com os insetos que podem causar danos às plantas e não souber qual o papel deles na redu-ção dos problemas fitossanitários”, diz Alessandra Carvalho.

Segundo a pesquisadora da Em-brapa, além de reconhecer os agentes naturais de controle, é preciso deixar claro que nem todos os insetos que se alimentam de plantas são pragas. “Muitos podem alimentar-se da lavou-ra sem colocar em risco a produção ou causar prejuízos econômicos ao agri-cultor, servindo apenas de alimento paraos inimigos naturais. O risco de um inseto, que alimenta-se de planta, tornar-se uma praga é proporcional ao grau de desequilíbrio que nós, homens, causamos na natureza ao escolhermos as práticas agrícolas”, esclarece Ales-sandra.

Com o guia em mãos, o agricultor vai poder identificar o papel de dife-rentes insetos tão comuns nas lavouras como as joaninhas, tesourinhas, mos-cas, besouros e vespas que não causam mal algum aos cultivos e só auxiliam no controle de pragas como cochonilhas, pulgões, ácaros, lagartas e outros.

Publicação facilita a identificação de inimigos naturais de pragas agrícolas

FABIANO BASTOS

COMERCIALIZAÇÃO

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

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cípios mineiros autorizados a comercializar plantas e frutos da bananeira para qualquer lo-cal do País. As novas localida-des reconhecidas são Araguari, Araporã, Cachoeira Dourada, Campina Verde, Canápolis, Ca-pinópolis, Carmo do Paranaí-ba, Carneirinho, Cascalho Rico,

Centralina, Estrela do Sul, Gu-rinhatã, Indianópolis, Ipiaçu, Ituiutaba, Monte Alegre de Mi-nas, Patos de Minas, Prata, Rio Paranaíba, Santa Vitória, Tu-paciguara, Uberaba, Uberlân-dia e Veríssimo.

Além dos municípios de Minas Gerais, 12 estados bra-sileiros já foram considera-dos oficialmente áreas livres da praga. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco,Piauí, Rio de Janei-ro, Rio Grande do Norte e Ser-gipe, além de 16 municípios do Mato Grosso do Sul.

A Sigatoka Negra é causa-da pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet e atinge as fo-lhas mais novas da bananeira, causando estrias (linhas) mar-rons. Com o avanço da doença, as folhas têm morte prematura e os prejuízos podem chegar até 100% da plantação.

Page 25: Jornal Entreposto | Novembro 2013

novembro de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Sindicar recebe autoridades de Osasco

CONFRATERNIZAÇÃO

O presidente do Sindicato dos Carregadores da Ceagesp, José Pinheiro de Souza, o pre-feito de Osasco, Jorge Lapas, o vice-prefeito, Valmir Prasci-delli e o gerente de entreposto da Ceagesp, Edson Inácio, se reuniram no dia 12 de novem-bro para almoçar com amigos e membros do Sindicar na sede da associação.

O entreposto paulistano e a cidade do entorno da capital sempre mantiveram uma rela-ção estreita.

O mercado, desde sua inauguração, utiliza muita mão de obra da região. “Es-tamos tão próximos que a Ceagesp quase fica em Osas-co”, descontraiu Zé Pinheiro.

“Muitos carregadores e outros trabalhadores são osasquen-ses. Por isso, estamos sempre conversando com as autorida-des para elevar a qualidade de vida dessas pessoas”, desta-cou o presidente.

Zé Pinheiro nasceu no Piauí e chegou em Osasco em 1975, quando começou a tra-balhar como carregador na Ceasa. Em 2009, lhe foi conce-dido o Título de Cidadão Osas-quense pela sua colaboração com o crescimento da cidade.

Durante o almoço, o ex -car-regador agradeceu a presença do prefeito e do vice-prefeito e o carinho com que as auto-ridades tratam as causas dos trabalhadores do entreposto.

Sindicato estreita relações com a cidade paulista

Page 26: Jornal Entreposto | Novembro 2013

26 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013Mercado

www.jornalentreposto.com.br

CÁ ENTRE NÓSHOMENAGEM

O cheiro do Natal no ETSPPor Manelão

A CEAGESP abriu as portasNo dia mundial da alimentação

Para falar de frutas e hortasSobre a estocagem de grãos

Aqui tem o banco de alimentosOnde as entidades recebem argumentosE podem ser reconhecidas e cadastradas

No banco estão nutricionistas Que são verdadeiras artistas

Para que os alimentos sejam selecionados.

Ao caminharmos pelo entre postoRecolhendo lindas frutas deliciosas

Derramamos suor do rosto Entre estas frutas saborosas

Que são doadas pelos permissionáriosCarregadores autônomos voluntários

Estão colaborando no dia a dia É bonito este trabalho com a união

No maior mercado da naçãoNo exercício da cidadania.

A entrada de cada mercadoriaNo banco esta sendo registrada

A mesma é dada saída Para saber onde foi doada

Uma vez por mês um cafezinho Um diálogo com carinho

Mostrando este trabalho sérioLembrando a cada família

Que Deus ao homem dê sabedoriaNo combate a fome zero.

A Coordenadoria de Sustentabilidade (CODSU) agradece a todos (as) que colaboraram para a realização do Dia Mundial da Alimentação. Gostaríamos de homenagear o poeta José Daniel, por sua ativa participação em todos os debates, assim como na arrecadação de doações. José Daniel à você, repre-sentando todos os carregadores, nosso muito obrigado!

Abrindo as PortasAutor: José Daniel

Dia Mundial da Alimentação na Ceagesp

O 28o Congresso da União Mundial de Mercados ataca-distas (WUWM, na sigla em inglês), que aconteceu entre os dias 22 a 25 de outubro em Santiago, capital do Chile, pre-

LILIAN UYEMA

DIVULGAÇÃO

O público aprovou o primei-ro Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp. O evento que ressalta a importância do Se-tor de Pescados do ETSP deve

O trânsito vai ficando en-rolado, todos os comercian-tes passam a descarregar mais hortifrutis, a população esquece do regime e, para compensar, insere no cardá-pio cotidiano frutas, verduras e legumes. E o produto é bom e não tem contra indicação!

Após o grande sucesso da colheita da batata na horta da Nossa Turma, aceitamos o desafio que nos foi sugerido pela repórter do Globo Rural, Cristina Vieira, e plantamos tomate nos canteiros de onde saiu o tubérculo. Falamos com os produtores de toma-te, pedimos aconselhamento e a maioria disse que seria difícil colher bons frutos sem ter uma técnica apropriada.

Após uma grande pere-grinação tentando saber qual semente deveria ser usada, o comerciante José Luiz Batista nos cedeu uma caixa de iso-por com furinhos e cheia de mudas de tomates. Reunimos a criançada e com o dedo fiz os buracos na terra. Então, depositamos as mudas, as crianças aplaudiram e rega-ram as plantinhas.

Após 30 dias de plantado, achei que o desenvolvimento estava bom e me deparei com uma planta cuja folha ficara ressequida e murcha. Fomos aconselhados pela Dra. Anita, do CQH, a erradicá-la. Aos 45 dias colocamos uma estaca para conduzir a rama do to-mateiro e regamos as plantas com chorume de minhoca da nossa própria criação.

Aí recebemos a visita de um tomateiro de verdade: José Luiz Batista. Esticamos arames presos em estacas e ele nos deu o pulo do gato nos ensinando a desbrotar

miou a fotógrafa Lílian Uyema, funcionária da Coordenadoria de Comunicação e Marketing da Ceagesp, pela foto (acima) enviada para fazer parte do ca-lendário 2014 da WUWM.

fechar, no próximo dia 30, com cerca de 30 mil frequentadores e consumo de mais de 20 tone-ladas de peixes e frutos do mar; metade disso só de camarão.

Prêmio

Sucesso

Acesse e leia o conteúdo exclusivo do Jornal Entreposto na Internet. A cotação dos principais produtos vendidos em Ceasas também está disponível no site.

Page 27: Jornal Entreposto | Novembro 2013

O Censo Animal é um projeto social que realiza pesquisas nas ruas, escolas, empresas e também na inter-net sobre animais, coletando informações para realizar es-tudos com objetivo estimular comportamentos e atitudes que respeitem o bem estar animal e motivar a criação de projetos, programas e po-líticas públicas a favor dos animais.

A sustentabilidade do projeto acontece a partir de anúncios publicitários no site, voluntários e apoiadores que divulgam ou oferecem seus serviços o projeto não aceita doações em valores preser-vando a imparcialidade, mas aceita doação de ração, brin-quedos e remédios que serão encaminhados para entida-des cadastradas.

Idealizado por um grupo

de amigos o projeto é inde-pendente e não partidário, iniciou no Espirito Santo e busca parceiros para ex-pansão em todo território nacional.

Ações: Editar e distribuir publicações para estimular o bem estar animal, motivar a adoção, apoiar projetos e en-tidades tornando-se referên-cia na consulta de informa-ções sobre o mundo animal. Convidar pessoas interessa-das a participar de feiras de adoção, divulgar entidades, conteúdo e notícias sobre o mundo animal.

Missão

Conscientizar a população sobre a responsabilidade no problema de saúde pública que é o abandono de animais nas ruas.

Identificar e cadastrar re-ceptores, facilitar o acesso da população a entidades, pro-jetos e programas sociais li-gadas a: guarda responsável, bem estar, saúde e proteção de animais.

Parcerias: toda forma de ajuda é bem vinda! Apoiado-res podem divulgar o projeto em sites, blogs e redes sociais, publicar releases, doar rações e brinquedos, incentivar cola-boradores e amigos a respon-der nosso questionário. Na área de parceiros do site inte-ressados encontram banners e possibilidades de parceria.

Serviço: Censo AnimalAv. Champagnat, 10401º Andar - Centro - Vila Velha Espirito Santowww.censoanimal.com.br | [email protected]

27novembro de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

CÁ ENTRE NÓS PROJETO

O cheiro do Natal no ETSP O Censo Animalo tomate e a pulverizar as plantas com calda bordalesa, além de dei-xar o pé com duas hastes. Quando tiver de dez a doze pencas, o pon-teiro deverá ser podado para, assim, os tomates saírem homogêneos e graúdos. A variedade do tomate é pizzadoro.

Todos os dias as educadoras pas-seiam com a garotada que fica admi-rada com o crescimento do tomate da Nossa Turma. Se tudo der certo, no dia da colheita o Globo Rural virá certificar a qualidade do nosso fru-to. No futuro, esperamos que dessa turma se formem técnicos agrícolas e, quem sabe, até engenheiros agrô-nomos.

No dia 10 de novembro reali-zamos o Sarau Cultural 100 anos de Vinicius de Moraes. O poeta dos carregadores, José Daniel Veloso, declamou um poema lindo. E todos os que participaram puderam ler uma poesia. Para coroar o Sarau com chave de ouro, o cantor Luicci interpretou músicas de Renato Rus-

so, Raul Seixa, Cazuza e foi muito aplaudido.

Após o Sarau tivemos o Bingo da Solidariedade que contou com a presença maciça da comunidade. Os permissionários doaram frutas e legumes para as cestas. O Alemão AJM doou a máquina de lavar. A Nata Frutas, um tablet. Iguape, uma cafeteira elétrica. E a Campo Vitória doou o prêmio maior: mil reais.

A Nossa Turma já tem a relação de crianças para serem apadrinha-das com a sacola de Natal. O kit con-siste em uma roupa, um calçado e um brinquedo. Entre em contato para maiores detalhes: 3832-3366 ou 3643-3737 - falar com Kelli ou Adriana.

No dia 14 de dezembro às 9h, o senhor José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Carregadores convida a todos para participarem da missa solene em homenagem à Santa Lu-zia, padroeira da Ceagesp. O cele-brante será o bispo Dom Julio Endi Akamine.

PAULO FERNANDO

Page 28: Jornal Entreposto | Novembro 2013

28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócionovembro de 2013

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