jornal entreposto | outubro de 2012

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - N o 149 | outubro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Frutas Geral Legumes Verduras Diversos 6,41% 0,29 % -15,26% -17,80% 8,48% 3,49/% Alta Alta Baixa Baixa Alta Alta Índice Ceagesp - setembro 2012 Pescado Qualidade | Mercado | Transportes| Agricultura| PÁGINA 20 PÁGINA 29 PÁGINA 21 PÁGINA 20 PÁGINAS 4, 6, 8 e 10 PÁGINA 17 PÁGINA 12 Melancia movimenta negócios no verão Entrevista | ESPAÇO APESP | PÁGINA 30 Maurício Lopes é o novo presidente da Emprapa e já sabe as diretrizes que a sua administração deve tomar PÁGINA 16 Colaborador da casa durante mais de 20 anos, pesquisador já conhece as orientações do governo Vendas de flores estão em alta na Ceagesp Floricultura | Controle da perda de água garante peso de frutas e hortaliças frescas Ceagesp investe em projeto de nutrição escolar Novo regime automotivo prioriza e�iciência energética Roque Dechen fala sobre as 4 décadas do plantio direto na palha Governo disponibiliza R$ 120 milhões para garantir preço da laranja CAROLINA DE SCICCO FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ ABr DIVULGAÇÃO

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 149 | outubro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos6,41%0,29 % -15,26% -17,80% 8,48% 3,49/%AltaAlta Baixa Baixa Alta Alta

Índice Ceagesp - setembro 2012

Pescado

Qualidade | Mercado |

Transportes|

Agricultura|

PÁGINA 20

PÁGINA 29

PÁGINA 21

PÁGINA 20

PÁGINAS 4, 6, 8 e 10

PÁGINA 17PÁGINA 12

Melancia movimenta negócios no verão

Entrevista |

ESPAÇO APESP | PÁGINA 30

149 | outubro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Maurício Lopes é o novo presidente da Emprapa e já sabe as diretrizes que a sua administração deve tomar PÁGINA 16

Colaborador da casa

durante mais de 20 anos, pesquisador

já conhece as orientações do

governo

Vendas de flores estão em alta na Ceagesp

Floricultura |

Controle da perda de água garante peso de frutas e hortaliças frescas

Ceagesp investe em projeto de nutrição escolar

Novo regime automotivo prioriza e�iciência energética

Roque Dechen fala sobre as 4 décadas do plantio direto na palha

Governo disponibiliza R$ 120 milhões para garantir preço da laranja

CAROLINA DE SCICCO

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DIVULGAÇÃO

Page 2: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

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Turismo no siteAcesse e leia as dicas para Oktoberfest: www.jornalentreposto.com.br/turismo

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

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Page 3: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

março de 2011 03Editorial 03outubro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

04 MercadoJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Composta por 90% de água, a melancia é uma fruta que fica esquecida nos meses mais frios do ano, mas quando a tempera-tura aumenta, ela ocupa o quar-to lugar no ranking das frutas mais vendidas na Ceagesp. No mercado nacional, figura entre as dez primeiras hortaliças na preferência dos brasileiros.

A melancia, segundo os co-merciantes do entreposto, é fruta para ser consumida fres-ca. Em dias quentes, é comum ambulantes venderem genero-sos pedaços gelados nas ruas do centro de São Paulo. Dificil-mente vamos encontrar produ-tos industrializados derivados da melancia. A alta quantidade de água presente em sua pol-pa dificulta o processamento.

Melancia é oportunidade de negócios no verãoA segunda fruta mais cultivada do mundo encontrou no clima brasileiro as condições ideais para se desenvolver

Já a parte branca e a casca são reaproveitadas e, geralmente, transformadas em produtos para compostagem ou doces caseiros.

“A laranja é, disparada, a fruta mais consumida ao lon-go do ano, mas no período da primavera/verão, a melancia se destaca ao lado dos citros, man-ga, abacaxi e melão”, explica o economista da Ceagesp Flávio Godas, acrescentando que a queda no volume ofertado du-rante o inverno é natural. “Além de aspectos sazonais, o próprio produtor, sabendo da diminui-ção do consumo, concentra a produção em épocas de maior procura, com perspectivas de melhor rentabilidade. Outros produtos acabam sendo mais

procurados nos meses frios como morango, tangerina e ca-qui”, completa.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimen-tação e Agricultura (FAO), em 2009, a melancia era a segunda fruta mais cultivada no mundo. A China ainda é o maior pro-dutor. Ao contrário do Brasil, outros países têm diferentes formas de consumi-la. A Índia produz pão com a sua semen-te, a Rússia utiliza o suco na produção de uma variedade de cerveja e os Estados Unidos aproveitam a casca para prepa-rar picles.

Originária da África, a me-lancia se adaptou muito bem ao solo brasileiro. Em 2011, a Ceagesp comercializou mais de 107 mil toneladas da fruta. De-zembro, janeiro e fevereiro são os melhores meses, chegando a picos de 14 mil toneladas dis-tribuídas por mês. No final do ano passado, no auge do calor, a fruta foi vendida a R$ 0,10 o quilo. Em maio, junho e julho, as vendas despencam e os pre-ços sobem, chegando a custar R$ 0,95.

A cidade de Uruana, em Goiás, é a maior fornecedora

de melancia para o Entrepos-to Terminal São Paulo. Só em 2011 foram 14 mil toneladas. O segundo maior distribuidor é o município de Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul, com 8 mil, seguido por Formo-so do Araguaia, no Tocantins, com 7 mil. A safra brasileira 2010/2011 produziu 3, 415.2 milhões de toneladas. Apesar de a melancia ter encontrado o clima ideal na região nordes-te, segundo o IBGE, em 2007, a região sul era o maior pólo produtor do Brasil, responsá-vel por 34,3 % da produção nacional contra 30 % da região nordeste. Quando a melancia chega à Ceagesp, ela é separada em lotes de tamanhos diferen-tes: grandes, médias e peque-nas. A negociação com o varejo é por unidade e o valor varia de acordo com essas medidas. Contudo, a caracterização do tamanho varia para cada per-missionário.

O varejista escolhe o pa-drão da fruta que vai comprar e expor nas gôndolas de acor-do com o seu público. Gran-des redes supermercadistas preferem os frutos maiores, já que atendem as famílias mais numerosas. Sacolões especiali-zados e supermercados de alto

padrão dão preferências às mi-ni-melancias ou possuem uma área de cortes de frutas, que já embala o produto em pequenas porções.

Consumidores mais antigos respeitam às safras e só com-pram melancia no auge da pro-dução. “Agora está chegando a temporada de melancia. Esta ainda não está boa”, reclama Sérgio Morita, cliente do Vare-jinho, apontando para a fruta que acabou de comprar. “Eu sei que hoje em dias os produtores podem escolher quando plan-tar e quando colher, mas as fru-tas plantadas e colhidas na épo-ca correta são muito melhores”, explica.

Para Rogério Barbosa, ven-dedor da banca Frutas Lobão, a melancia também ainda não está no auge. “O mercado está muito ruim”, resume ele. Já Ro-gério Barbosa, o Perrel, é mais otimista. “A melancia comum é mais fácil de vender. As me-lancias especiais, sem semente e menores dependem dos nú-meros de comercialização das comuns para se destacarem no mercado. Quando há muita melancia grande, as pequenas ficam paradas no estoque”, ex-plica o comerciante.

Carolina de SciccoDe São Paulo

Page 5: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 6: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

06 Mercado JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Produzidas através de avan-çadas técnicas de cultivo de hortaliças, as melancias sem sementes brasileiras estão con-quistando os mercados interna-cionais, principalmente o euro-peu, que não dispõe de um bom clima para esse tipo de planta-ção.

Segundo a Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as exportações de melancia pelo Brasil começaram em 1978, apresentando cres-cimento do volume exportado até 1980. No período de 2001-2005, as exportações cresceram 64,5%, passando de 13.698 to-neladas em 2001 para 22.531 toneladas em 2005. De 2000 a 2007, houve um incremento de, aproximadamente, 147% no vo-lume de exportação.

Versão sem sementes ganha mercado internacional

Melancia híbrida do Brasil tem grande valor agregado

O início da produção de me-lancias sem sementes, no início do ano 2000, culminou num for-te crescimento na exportação. A União Europeia, que reúne os mais exigentes consumidores do mundo, já apreciava o melão produzido no Brasil. Quando os brasileiros começaram a exigir frutas selecionadas, os agricul-tores passaram a investir em modernização da produção, embalagem e transporte. A me-lancia, até então muito pesada e “desajeitada” para o transporte e com muitas sementes que di-ficultavam o consumo ganhou versões menores, mais doces e sem sementes. Aproveitando a popularidade do melão, a me-lancia híbrida também ganhou o mercado europeu. Este ano, até o mês de setembro, o Brasil

A melancia foi trazida da África para o continente ame-ricano pelos escravos e coloni-zadores europeus no século 16. Difundida por todo o mundo, é cultivada nas regiões tropi-cais e subtropicais do planeta. Segundo a Embrapa, a varia-bilidade genética trazida do continente africano aliado ao processo de manejo da cultura na agricultura tradicional da região, tornou o Nordeste bra-sileiro um centro secundário de diversificação da melancia.

A cultura da melancia está sujeita ao ataque de mais de trinta doenças, que podem ser causadas por fungos, ne-matóides e vírus. Doenças de origem fisiológica provocadas por condições desfavoráveis ao desenvolvimento das plantas também podem comprometer a produção. Dentre elas, pode-mos destacar: falta ou excesso de água, luminosidade inade-quada, deficiência ou excesso de nutrientes e temperaturas muito baixas ou muito altas.

A colheita é manual e deve ser realizada nas primeiras ho-ras do dia. Logo após separar o fruto da planta, eles devem ser acondicionados em local seco, com sombra e ventilado. A me-lhor maneira de transportá-los

é sobre grandes quantidades de palhas, evitando batidas e embalagens não apropriadas. Apesar de robustas, as melan-cias são fáceis de machucar, comprometendo a doçura e a qualidade inicial. As condições das estradas brasileiras difi-cultam o transporte de frutas frágeis. A grande quantidade de água requer cuidados do-

Aparência robusta da melancia popular enganaGrande e pesada, a fruta pode ser danificada no transporte e manuseio

já tinha exportado mais de 15 mil toneladas só para a Europa.

“O processo de produção e manuseio das frutas brasileiras selecionadas é o mesmo segui-do por empresas internacionais. Colocar esse produto para ser vendido lá fora é muito mais fácil”, explica Lucas Gutierrez, gerente comercial da Agrícola Famosa, maior exportadora de melões e melancias do Brasil.

Apesar do termo “sem se-mentes” ser amplamente difun-dido, a versão em inglês é a mais correta para descrever a fruta: “seedless”, ou seja, “menos se-mentes”. É que na verdade, as mini-melancias, como também são conhecidas, têm sementes, mas apenas uma ou duas em cada exemplar, número prati-camente nulo se compararmos

com as centenas encontradas na melancia grande comum.

A ausência de sementes na melancia ocorre como resul-tado de um cruzamento, entre plantas de diferentes constitui-ções genéticas, levando a uma semente especial que, quando plantada, proporciona a fruta

sem sementes. Os pesquisa-dores alertam que, em alguns casos, pouquíssimas sementes são originadas, mas isso não é comum. No entanto, é normal a presença de rudimentos bran-cos de sementes, que podem ser ingeridos com a polpa, sem pro-blemas.

brados.Quanto menos tocada, me-

lhor será o sabor e a aparência da melancia. Mesmo sob ótimas condições de armazenamento, a melancia apresenta vida útil pós-colheita relativamente cur-ta e deve ser consumida duas a três semanas após a colheita. O fruto possui uma reduzida taxa de produção de etileno, regu-

lador de crescimento que es-timula o amadurecimento dos frutos. Porém, a melancia tem alta sensibilidade ao etileno. Por isso, não pode ser armaze-nada em conjunto com outros frutos que produzam níveis moderados ou altos de etileno, o que lhe causaria desintegra-ção da polpa, como consequên-cia da aceleração da senescên-

cia ou envelhecimento.Para Gilvan Munhoz, da VS

Frutas, toda empresa produto-ra de melancia no Brasil deve-ria utilizar as técnicas de culti-vo da Califórnia. “Nos Estados Unidos as melancias são em-baladas direto no campo. Uma mini embaladora acoplada ao trator diminui o contato dos funcionários com a fruta”, ex-plica. “Além disso, um bom trei-namento diminui o desperdício e muda a relação dos emprega-dos com o produto. O FLV não é um produto valorizado pelos brasileiros. Nem por aqueles que tiram o sustento das lavou-ras”, conclui.

A aparente robustez da me-lancia prejudica o tratamento a ela dispensado. No entreposto, trabalhadores responsáveis pela carga e descarga “descan-sam” sentados sobre as frutas nos caminhões estacionados perto do pavilhão MFE-A. Car-regadores transportam o ali-mento nos carrinhos sem as palhas para amaciar possíveis impactos. O peso da melancia engana e o trabalho pesado dos empregados não permite mui-tos mimos e cuidados. Existem exceções, é claro. E são elas que, aos poucos, começam a fa-zer a diferença no mercado.

PAULO FERNANDO

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outubro de 2012 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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08 Mercado JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Quando a empresa Câmara Fruti decidiu ampliar os negó-cios e investir mais na comer-cialização de melões e melan-cias selecionados, encontrou, nos pavilhões da Ceagesp, a mão de obra especializada fundamental para seu suces-so: pro�issionais experientes no segmento, conhecedores de cada detalhe do hortifruti.

O vendedor Fernando Este-vo foi um desses colaborado-res contratados quando a com-panhia apostou na qualidade dos produtos. “Muitos ainda não sabem, mas o mercado está à procura de pro�issio-nais que trabalham com fru-tas especiais. A demanda por hortifrutis selecionados está aumentando e é preciso saber como manusear esse alimen-to respeitando cadeia do frio. Aqui, todos os funcionários sa-bem como fazer isso”, explica.

Para manter a temperatu-

Agrícola Famosa é referência em exportaçãoA crise �inanceira origina-

da em 2008 na União Euro-peia e que perdura nos dias de hoje não impediu a expan-são da Agrícola Famosa, a maior exportadora de melões e melancias do Brasil. Na safra 2010/2011 foram exportadas mais de 100 mil toneladas de frutas, principalmente para os mercados britânico, holandês, italiano, português e espanhol.

A fazenda sede da empre-sa ocupa uma área de sete mil hectares na divisa dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Mais de três mil são destinados exclusivamente ao cultivo de diferentes variedades de me-lões e melancias. O clima semi--árido da região é ideal para o plantio dessas frutas e a locali-zação facilita o escoamento da produção para mercados nacio-nais e estrangeiros. O Porto de Pecém �ica a 250 km da sede e é o porto brasileiro mais próximo do continente europeu.

O investimento em novas tecnologias e uma experiente equipe de agrônomos e téc-nicos agrícolas garantem que a fruta tenha boa aceitação nos países da União Europeia, o mercado consumidor mais exigente do mundo. “Cada fru-ta é acompanhada do começo ao �im da safra e só é colocada para comercialização se estiver dentro do padrão da marca”, ex-plica Lucas Gutierrez, gerente comercial da Agrícola Famosa.

Na safra atual, além dos mercados já abastecidos, a pro-dutora está expandindo suas exportações para Dubai, Singa-pura, Turquia, Rússia, Lituânia, Estados Unidos, Canadá, entre outros. No mercado interno, a safra 2010/2011 totalizou mais de 30 mil toneladas comerciali-zadas. A capacidade anual de produção da Famosa é de seis mil hectares por ano para me-lão e melancia. Mamões formo-sa e bananas são cultivados em menor quantidade.

A melancia Melícia, marca mais famosa da agrícola, é co-nhecida pela doçura. Produzida também na versão sem semen-tes, a fruta tem o seu teor de brix medido por infravermelho, sistema capaz de classi�icar os produtos sem cortá-los ou per-furá-los e obter medições mais precisas, sem desperdício de alimentos.

Na fazenda não é só a fruta que segue padrões europeus. A infraestrutura impressio-na. Mais de 100 poços fazem a extração da água que irriga a plantação. Existe uma frota de

Câmara Fruti aposta em funcionários especializados

ra das frutas que chegam ao entreposto em veículos refri-gerados, os funcionários tra-balham com agilidade e, assim que o caminhão abre as portas, empilhadeiras já carregam os paletes até a entrada do pa-vilhão onde estão as câmaras frias, que os mantém a 10 °C. Por semana, são 15 paletes só de melancia.

A Câmara Fruti trabalha exclusivamente com frutas se-lecionadas. Ela fornece para outros estados e hortifrutis especializados em produtos de alto padrão. “O mercado des-sas frutas que recebem mais cuidados está se expandindo. A demanda gera a busca por qualidade e as selecionadas são mais fáceis para trabalhar logisticamente e o desperdício é praticamente zero’’, acres-centa o vendedor.

Além de separados, emba-lados e paletizados, esses pro-

Maior fornecedora de melões e melancias para a Europa, produtora do nordeste é a única do Brasil a fazer medição de brix por sistema de infra-vermelho

ônibus disponível para o trans-porte dos colaboradores e mais de 110 tratores, além de gara-gem e o�icina para manutenção dos veículos.

Apoiando e contribuindo para o desenvolvimento social de uma região carente de servi-ços básicos, a empresa gera em torno de 5.000 postos de tra-balho e oferece treinamentos em higiene e segurança do tra-balho aos funcionários. Todos sabem manusear frutas frescas e conhecem a importância da cadeia do frio na manutenção da qualidade. Ultimamente, a Agrícola Famosa está buscando a auto-su�iciência em alimentos servidos nas refeições diárias dos colaboradores.

Cuidado com os recursos naturais

Para a Agrícola Famosa, re-conhecer a importância do uso cauteloso dos recursos e zelar pelo ambiente de trabalho faz parte da política sustentável da empresa. Estar em confor-midade com as leis ambientais ultrapassa os limites do dever. Uma série de atividades que já são rotineiras na fazenda fa-zem a diferença na emissão de poluentes. Acompanhe a lista abaixo.

- O uso de mudas propor-ciona uma uniformidade maior nas áreas plantadas. A muda produzida na estufa é enviada ao campo com cerca de 12 dias, evitando pulverização neste período e reduzindo o uso de pesticidas;

- O tecido térmico é utiliza-do em 100% das áreas planta-das e oferece proteção contra pestes nos primeiros 25 dias (1/3 do período de cultivo), sem a necessidade de nenhum pesticida, além de funcionar como uma barreira de vento, melhorando o desempenho da planta em sua fase mais impor-tante, a inicial, e reduzindo o stress;

- O efeito re�lexivo do mulch preto, espécie de acolchoado, reduz a temperatura do solo e umidade, rejeita pestes,e pro-voca o aumento da fotossínte-se;

- Existem 600 colmeias dis-tribuídas na fazenda. São cinco colmeias por hectare, aumen-tando a produtividade natural-mente;

- A água dos poços profun-dos tem propriedades mine-rais, uma fonte segura para a fazenda.

dutos levam a marca através de selos colocados na própria casca e de detalhes �ixados nas caixas que garantem a sua ori-gem. “Hoje em dia, os clientes já conhecem a marca de deter-minadas frutas e, como acon-tece com alimentos industria-lizados, são �iéis a elas. A fruta embalada é bem mais doce e também mais prática na hora do consumo”, esclarece Estevo, que acredita no valor agregado ao produto através da marca.

As frutas têm um imenso valor nutricional e possuem alto teor de água em suas com-posições. Especialmente no calor, ajudam a repor a água em nosso corpo que é perdi-da através do suor. “Nos pró-ximos meses conseguiremos vender ainda mais. O consumo no �inal do ano aumenta. No verão, o brasileiro consome muita melancia’’, �inaliza entu-siasmado.

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outubro de 2012 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

LITE

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Cultivo de Melancia para a Agricultura Familiar (2ª edição Embrapa)

Esta publicação tem um estilo de comunicação bem simples, uma aborda-gem prática do dia-a-dia, do plantio à colheita do produ-to. Trata-se de um manual muito útil para os agriculto-res familiares interessados nessa importante fruteira tropical. Este trabalho foi elaborado com base em experiências com essa cul-tura no Centro-Oeste (Goi-ás e Distrito Federal) e no Nordeste, no município de Campo Maior, no Estado do Piauí e foi apoiado nas pesquisas da Embrapa e ex-perimentos realizados pela Emater-DF. Trata-se de im-portante contribuição para o desenvolvimento e solução de problemas inerentes ao cultivo da melancia no País.

Autor: Raimundo Nonato de Carvalho

Tecnologias para Produção Sustentável da Melancia no Brasil

Este livro tem um objetivo aplicado definido: a divulgação de tec-nologias sustentáveis para produção de melancia no Brasil. Para chegar a este fim, conceitos básicos são introduzidos e discutidos nos diferentes capítulos. Com a visão voltada para sustentabilida-de, procurou-se discutir e abordar, o manejo de doenças, pragas, plantas daninhas, nutrição, insetos úteis, colheita e processamen-to de frutos de melancia. Sabemos que o caminho à frente ainda é distante e difícil, mas boa parte da estrada já foi percorrida.

Editores: Gil Rodrigues dos Santos e Laércio Zambolim

Manejo Integrado de Doenças da Melancia

Apesar de sua impor-tância, são escassas as informações a respeito das doenças da melancia, bem como sobre o manejo integrado, visando minimi-zar os danos causados. Neste livro, procurou-se relatar as principais doen-ças da melancia e as prá-ticas de manejo integrado que devem ser seguidas para que se obtenha a sustentabilidade econômi-ca da cultura, com preser-vação ambiental.

Editores: Gil Rodrigues dos Santos, Laércio Zambolim, José Alberto Marques Rezende e Hélcio Costa

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Literatura Especializada

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10 Mercado JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Na CEAGESP, o movimento é de 113.000.000 de kg ao ano.

No Brasil, a produção é de aproximadamente 1.720.000 toneladas.

A produção mundial gira em torno de 23 milhões de toneladas anuais.

A melancia é a cultura Curcubitáceae mais cultivada no mundo. O maior produtor mundial é a China e a Espanha é a maior produtora da Europa.

A melancia foi introduzida na China no século dez, na América no século dezesseis e na Europa era cultivada desde o século treze.

É também um produto cultivado no Egito e no Oriente há mais de 4000 anos.

A domesticação da melancia ocorreu na África Central onde é cultivada há mais de 5000 anos.

Só no século dezenove é que os exploradores europeus descobriram, pela primeira vez, melancias que cobriam grandes áreas no continente.

A melancia ( Citrullus lanatus) é originária da África. Nas savanas africanas, encontram em abundância espalhadas pelas planícies.

Desenhos: Bertoldo Borges Filho-CQH-Centro de Qualidade em Horticultura/CEAGESP

Formato

Cor da caca

Cor da polpa

Peso (Kg)

Brix

Top Gun

Arredondado

Verde escuro c/ estrias verde vivo

Vermelho vivo intenso

5 - 13

10º a 16º

Crimson Sweet

Arredondado

Verde vivo c/ estrias verde escuro

Vermelha rosada

5 - 12

10º a 15º

Sem Semente

Aredondado/alongado

Verde vivo c/ estrias verde escuro

Vemelha

0,8 - 3

10º a 12º

Suggar Baby

Arredondado/alongado

Verde lustroso c/ estrias verde escuro

Vermelha

0,8 - 3

10º a 12º

Kodama

Arredondado

Verde claro c/ estrias verde escuro

Amarela

0,8 - 2

10º a 12º

VARIEDADES

PRINCIPAIS VARIEDADES DE MELANCIA COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Quando Valdemar Satake começou a vender melancia com o irmão dirigindo uma caminhonete sem habilitação, a fruta só era encontrada no interior paulista e durante o período da safra. Hoje, 50 anos depois, o produtor se orgulha de ser um dos pioneiros no co-mércio de melancia no estado de São Paulo. Tantos anos de experiência �izeram a empresa e as ideias de Satake expandi-rem. Antigamente, ele também plantava melão, feijão e milho. Mas foi na origem de seus ne-gócios que encontrou a sua fon-te de renda e, mais do que isso, uma atividade pela qual é apai-xonado.

A atacadista VS Frutas co-mercializa melancia na Cegesp desde 1975. Passando pelos

com as pragas, ele é o respon-sável por arrasar plantações inteiras do dia para a noite. Satake fala, com tristeza, que todos os anos existe alguma la-voura que não dá certo. Muito preocupado com a qualidade de seus produtos, o atacadista se nega a vender frutas que não estão de acordo com o padrão. “Meus clientes são muito anti-gos. Essa relação de con�iança não me permite vender melan-cias pequenas, batidas ou bran-cas”, esclarece.

O grande diferencial das melancias vendidas na VS é o cuidado no plantio. Gilvan Mu-nhoz, vendedor, explica que a empresa não economiza em cuidados desde o preparo da terra até a hora da colheita. “Muitos produtores utilizam

VS Frutas é pioneira no comércio de melancias em São PauloInvestimentos na produção e treinamento de pessoal garantem qualidade e abastecimento constante

altos e baixos do mercado e da economia nacional, a empresa se especializou na produção e distribuição de melancia, atu-ando em parceria com diver-sos produtores. “Aprendi que trabalhando em conjunto com outros agricultores somos mais fortes. Quando nos unimos, a nossa participação no merca-do é muito maior”, a�irma Val-demar. O produtor está muito atento as oscilações do comér-cio de hortifruti e os parceiros são uma margem de segurança. “Se der um vendaval e eu per-der toda a minha produção, eu sei que vou poder contar com a produção de outro fazendeiro”, completa.

Produtores de melancia passam a vida em uma relação turbulenta com o clima. Junto

apenas a metade de adubos, fertilizantes ou venenos para pragas. O seu Valdemar além de usar a quantidade recomenda-da, só utiliza boas marcas. Além disso, ele participa de cursos, realiza viagens de pesquisa para conhecer as plantações em países de primeiro mundo e treina os funcionários no ma-nuseio das frutas”.

A atacadista distribui, em média, 2.500 caminhões de melancia por ano. As frutas vão para todo o estado de São Paulo e, para garantir que as frutas não amassem no trans-porte, Valdemar passa instru-ções para os trabalhadores na colheita que repassam para os motoristas: muita palha entre as melancias e cuidado ao di-rigir. Mesmo assim, o produtor

Page 11: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

admite que nem todos os cami-nhoneiros seguem a risca seus pedidos. “Acabou de chegar um caminhão com 70 melancias batidas”, lamenta.

Encantados com o goteja-mento (irrigação através de canos que gotejam água nas mudas), Valdemar e Gilvan apostam todas as fichas nas plantações que já utilizam essa técnica. “Batemos o recorde esse ano em Teixeira de Freitas, na Bahia. Colhemos 70 tonela-das de melancia por hectare. Nunca vi uma produção tão boa”, comemora Satake, que já está ansioso com a chegada do verão. “O mercado não está ruim esse ano. O calor adianta-do ajudou nas vendas e daqui pra frente só tende a aumen-tar”, completa o agricultor.

A dedicação de Satake é tra-duzida em palavras pelo vende-dor Munhoz: “Seu Valdemar faz o que gosta e não visa apenas o lucro. Ele faz um trabalho sério e investe em equipamentos e implementos para melhorar a produção e não para aumentá--la. Quem compra da VS, sabe que está levando uma melancia de qualidade”.

A Batista Legumes acaba de receber a indicação inédi-ta para concorrer ao Troféu Ponto Extra, prêmio da Apas (Associação Paulista de Super-mercados) que reconhece os melhores produtos, serviços e profissionais do setor.

Com base na votação dos supermercadistas apurada pela Nielsen e auditada pela BDO Trevisan, a premiação será entregue em 18 de outu-bro na capital.

“Ser indicado por nossos parceiros ao Troféu Ponto Ex-tra demonstra o quanto é va-

lorizada a nossa preocupação em primar pelo frescor e qua-lidade dos nossos produtos”, avalia o empresário José Luiz Batista.

Para atender o varejo bra-sileiro, a empresa cultiva legu-mes em três estados, de acordo com as condições climáticas exigidas para cada produto que comercializa.

Além da Batista Legumes, concorrem à categoria FLV do Troféu Ponto Extra mais qua-tro empresas – Benassi, Hetros Frugal, Itaueira e Jaguaré Ba-nanas – instaladas na Ceagesp.

ABASTECIMENTO

Batista está entre os finalistas do Troféu Ponto ExtraFornecedora de legumes instalado na Ceagesp concorre à 17ª edição da valorizada premiação do varejo nacional

Mercado

Page 12: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201212 Entrevista

O sistema de plantio dire-to na palha foi introduzido no Brasil na década de 1970. Atu-almente, 35 milhões de hecta-res são cultivados dessa forma no país.

Durante o 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, a associação nacional que re-presenta o setor homenageou Herbert Bartz, produtor res-ponsável por disseminar essa técnica de manejo sustentável no território brasileiro.

Para falar sobre a relevân-cia do pioneirismo desse filho de imigrantes europeus, o jor-nalista Caio Albuquerque, da assessoria de comunicação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), entrevistou o professor Anto-nio Roque Dechen, vice-reitor executivo de administração da Universidade de São Paulo.

“O agricultor brasileiro está consciente acerca dos be-nefícios econômicos advindos dessa prática”, afirma o acadê-mico, que também preside da Fundação Agrisus.

A seguir, trechos da conversa:

• O sistema de plantio dire-to ganhou força porque ele é bom de fato ou porque, a par-tir dos anos 1970, o mundo todo passou a debater mais a fundo as demandas relacio-nadas ao meio ambiente?A sustentabilidade é o carro--chefe. Mas, se não existir re-torno comercial, não existe

Plantio direto na palha completa 4 décadas no BrasilPara comemorar a introdução do sistema que retém água e carbono no solo das lavouras brasileiras, Abag homenageou o pioneiro Herbert Bartz

sustentabilidade. O agricultor não vai aceitar ter prejuízo na sua produção. Hoje, o plantio direto é aceito e aplicado por-que, além da sustentabilidade, ele é rentável para os produto-res. Esse é o foco. Recentemen-te, participei, em Passo Fundo (RS), da reunião da Federação Brasileira de Plantio Dire-to na Palha, que contou com 600 participantes, a maioria agricultores, todos ávidos por novidades e inovações para ampliar seus sistemas de plan-tio direto. Em estados como Paraná e Mato Grosso, isso é rotineiro e muito bem adota-do. As empresas fabricantes de máquinas agrícolas já tem seus negócios voltados a essa demanda.

• Como esse sistema de ma-nejo chegou ao Brasil?Nos anos 1970, o agricultor Herbert Bartz começou a esti-mulá-lo no Paraná. Na época, foi um processo difícil, mas, hoje, o Brasil conta com mais de 35 milhões de hectares cul-tivados dessa maneira. Toda a área cultivada com soja no Paraná e no Mato Grosso uti-liza-se desse sistema. Pode-se dizer que o Brasil ganhou mui-to com a adoção desse tipo de cultivo, que está completando ano 40 anos.

• Quais são as principais van-tagens competitivas propor-cionadas ao agricultor?

Entre os ganhos, estão a eco-nomia do solo, a diminuição do sistema erosivo, o fim das queimadas, a melhora das con-dições de física e de fertilidade do solo e também da parte mi-crobiológica. E a principal van-tagem para o agricultor é man-ter a sustentabilidade, não só da produção, mas também da sua propriedade. A partir do momento em que o agricultor não tem um manejo adequado e há o processo de erosão, ele está perdendo algo que a na-tureza leva centenas de anos para produzir, que é um milí-metro de solo no seu sistema de formação. Isso leva muitos anos e se perde facilmente em uma grande enxurrada.

• No início, o sistema de plantio direto teve alguns entraves. Entre eles, estava a questão de adequação de máquinas agrícolas.Exatamente, já existia uma tec-nologia, uma padronização dos tipos de máquinas e, de repen-te, foi preciso mudar toda essa estrutura. Além disso, há ne-cessidade de novas técnicas de manejo, como o cuidado com as queimadas, devido à maior quantidade de palha sobre o solo. De repente, uma pequena fagulha pode ocasionar uma queima enorme e um prejuízo muito grande. O Brasil tem de se prevenir. Afinal, temos hoje, em algumas regiões, principal-mente no sul, áreas que estão desertificadas pela intensa utilização agrícola e pela não--reposição da cobertura vege-tal, que geram aspectos ero-sivos. Depois, para fazer essa recomposição, é muito caro e demorado. Para sermos com-petitivos internacionalmente, precisamos oferecer qualidade no material que estamos pro-duzindo para o mercado.

• Todas as culturas são adap-táveis ao plantio direto?Todas as culturas anuais, de uma forma geral, vão muito bem com o plantio direto.

• O que faz esse sistema eco-nomizar água nas lavouras?Na realidade, não é que ele use menos água, mas é que, a

partir do momento em que se tem uma cobertura de palha de 20 cm até 30 cm no solo, a in-cidência dos raios solares não vai atingi-lo diretamente, di-minuindo a evaporação, além de não haver o escorrimento. Quando não se tem o solo co-berto, a água vai escorrer e ar-rastar partículas.

• Quais foram as principais culturas que adotaram esse sistema de plantio direto?Primeiro, o algodão. Depois, a soja. O algodão porque, na dé-cada de 1970, era uma cultura de grande escala no Paraná e em São Paulo. Na época, nós não tínhamos soja, sua cultura estava no início. Eu me formei em 1973 e tive poucas aulas e informações sobre ela. O café, o algodão e a cana eram as cul-turas de grande impacto na-quela época.

• Além do plantio direto, que outros sistemas agrícolas também são sustentáveis?Atualmente, há uma grande evolução no chamado sistema de integração lavoura-pecuá-ria, por meio do qual há a re-novação de áreas “degradadas” por pastagem. Nele, utiliza-se o processo da produção de gado para recomposição de solo.

• A comunidade científica tem se aproximado dessa evolução no campo?Em São Paulo, existe um grupo de pesquisadores coordena-do pelo professor José Otávio Machado Menten, do Departa-mento de Fitopatologia e Ne-matologia da Esalq, chamado Conselho Científico para Agri-cultura Sustentável, cujo obje-tivo é disseminar boas práticas agrícolas e tecnologias. Além disso, existe um programa feito pelo pesquisador André Pessoa, o Rally da Safra, que percorre todas as regiões pro-dutoras de soja e de milho fa-zendo o levantamento da pro-dução, de atividades feitas com o plantio direto. E isso tem le-vado o país a se inserir cada vez mais no mercado interna-cional, porque a qualidade da produção passa pela qualidade da gestão ambiental nas pro-priedades rurais.

Filho de imigrantes europeus, Hebert Bartz trouxe para o Brasil o sistema de plantio direto na palhada, que elevou a competitividade do país

Antonio Roque Dechen, vice-reitor da USP: sustentabilidade no campo em foco na academia

PAULO FERNANDO

Page 13: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Gestão Pública

O analista econômico Flávio Luís Go-das é o novo membro do conselho de ad-ministração da Ceagesp. Entre os dias 1º e 4 de outubro, duas chapas disputaram, voto a voto, a preferência dos funcioná-rios da companhia.

Após a apuração, realizada no dia 5, a chapa do coordenador do departa-mento de economia da estatal foi eleita com 214 votos, contra 163. Ao todo, 430 servidores foram às urnas durante o se-gundo turno das eleições.

Funcionário de carreira da Ceagesp desde 1992, Godas é formado em eco-nomia pela Unisantana e pós-graduado em administração de negócios pela Fun-dação Getúlio Vargas.

Como novo conselheiro, o econo-mista quer fortalecer a imagem da em-presa, valorizando seus colaboradores, permissionários e demais stakeholders. “Por isso, agradeço a todos que partici-

Flávio Godas é eleito conselheiro da Ceagesp

Com 214 votos, chapa do economista venceu o concorrido segundo turno das eleições internas

param desse processo democrático in-terno”, diz.

O suplente eleito pela chapa de Go-das foi gestor de cobrança da Ceagesp, Robson Frederico dos Santos, pós-gra-duado em gestão empresarial e funcio-nário da companhia desde 2002.

Atualmente, o conselho de admi-nistração da Ceagesp é composto por seis membros, sendo eles presidente da empresa, um indicado pelo Minis-tério do Planejamento, dois indicados pelo Ministério da Agricultura, um in-dicado pelos acionistas minoritários e um eleito pelos empregados.

Entre as competências desse gru-po, está o exame de contratos e pres-tações de contas, escolha e destituição de auditores independentes, autoriza-ção de compra e alienação de bens, de-liberação de propostas sobre aumento de capital e eleição de diretores.

Como resultado do Plano de Revitali-zação da Telefonia de Uso Público, inicia-do em agosto de 2011, aumentou, em todo o país, o percentual de orelhões em bom funcionamento.

De acordo com os cronogramas apro-vados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o percentual mínimo de orelhões em funcionamento (95%) se-ria alcançado pela Oi até o próximo dia 31 de outubro e, pela Embratel, até o final de 2012. O número de municípios em situa-ção regular em relação à densidade vem aumentando desde julho, conforme Plano de Ação apresentado pela Oi à Anatel.

O Plano Geral de Metas para a Uni-versalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público (PGMU III) estabelece que as concessioná-rias devem disponibilizar em cada cidade pelo menos quatro orelhões para cada mil habitantes.

Atualmente há 198 municípios que ainda não atingiram a meta de densidade. Desses, 180 deverão ser atendidos ainda em outubro e os 18, até dezembro.

TELECOMUNICAÇÕES

Revitalização de orelhões avança no BrasilOperadoras de telefonia atingem metas estabelecidas pela Anatel

PAULO FERNANDO

Page 14: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

14 Artigo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, em reconhe-cimento do imprescindível e determinante papel dessas organizações enquanto ins-trumentos para a geração de emprego, ocupação e renda e, consequentemente, na inclusão social de expressivas parcelas da população - especialmente dos jovens, mulheres e dos pe-quenos produtores familiares -, contribuindo, assim, para a re-dução da pobreza.

Historicamente, no âmbito da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, em todo o Brasil, o cooperativismo e o associativismo de produtores tem desempenhado papel de-cisivamente estruturante do setor, contribuindo com parti-cipação de 40% no total da co-mercialização atacadista anual, o que, em termos financeiros, soma o valor aproximado de R$ 800 milhões/ano.

Ao lado desses importantes indicadores, há que se agregar, ainda, outros fatores que res-saltam a decisiva relevância do cooperativismo e do associati-vismo na produção, comércio e distribuição de flores e plantas ornamentais no Brasil, quais sejam:

• 1. As cooperativas, espe-cialmente aquelas concentra-das no Estado de São Paulo, determinam, na prática, as condições de funcionamento e operação do mercado de flores e plantas ornamentais, desde a introdução e seleção de es-pécies e variedades a serem anualmente produzidas, até o controle da oferta e dos níveis de preços praticados, passando por toda a cadeia logística de distribuição, entre outros fato-res operacionais e comerciais vitais para o desempenho da atividade em todo o território nacional;

• 2. Essas organizações têm se constituído em lugares decisivos e privilegiados de introdução de inovações tec-nológicas tanto na produção, quanto no comércio e distribui-ção, relações de trabalho e de consumo de flores e plantas or-namentais no Brasil, servindo,

Tendências e perspectivas para o cooperativismo e associativismo na cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais do BrasilAntonio Hélio Junqueira*Marcia da Silva Peetz**

comprovadamente, como refe-renciais para o desenvolvimen-to de outras cadeias produtivas, especialmente da olericultura e da fruticultura. São exemplos notáveis deste papel inovador: a introdução do cultivo pro-tegido no País, bem como do modelo de comercialização ele-trônico consubstanciado nos leilões (Veiling). Atualmente, o setor ocupa posições destaca-das na liderança de discussões também decisivas em relação a proteção de cultivares, produ-ção integrada e sanidade vege-tal internacional;

• 3. As cooperativas e asso-ciações de produtores de flo-res e plantas ornamentais têm sido, ao longo das últimas dé-cadas, o principal instrumento de consolidação da emergente floricultura praticada nos no-vos pólos de produção, espe-cialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas quais se comprova a multiplica-ção notável de iniciativas desta natureza, e

• 4. Também têm sido essas as organizações que viabili-zaram a participação dos pe-quenos e médios produtores brasileiros no mercado inter-nacional da floricultura, a par-tir do ano 2000, com grande destaque nos segmentos das flores e folhagens tropicais de corte, flores e folhagens secas e mudas de orquídeas, entre ou-tros itens.

* Engenheiro agrônomo, doutoran-do em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunica-ção e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimen-tar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abas-tecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consul-toria e Treinamento.

Por outro lado, ainda que se pese a inegável importância desses indicadores, aos quais ainda se poderiam agregar outros, as cooperativas e asso-ciações de flores e plantas or-namentais no Brasil têm sido vítimas de graves e decisivos

problemas e gargalos técnicos, operacionais e comerciais, que, em muitos casos têm ameaça-do a sua sobrevivência, ou, até mesmo, levado ao fechamento definitivo de suas portas.

A premente necessidade de refletir sobre esse quadro, no

qual se ressalta a importância inadiável da promoção e do for-talecimento do cooperativismo e do associativismo na Cadeia de Flores e Plantas Ornamen-tais do Brasil e o decisivo en-frentamento das limitantes ao seu pleno e desejável desen-volvimento, levou à proposta de realização de uma Mesa Re-donda Temática, no âmbito do evento Fest Flor Brasil 2012, realizada em Brasília no perí-odo de 4 a 7 de outubro próxi-mo passado, a qual contou com a participação de expressivas autoridades e representantes de associações e cooperativas de todo o País. Deste evento, está surgindo a “Carta de Brasí-lia para o Desenvolvimento do Cooperativismo e do Associati-vismo na Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil”, documento da mais alta relevância estratégica e política para o direcionamento das ações setoriais futuras.

Page 15: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

Agrícolaoutubro de 2012 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Agrícola

Ofereça a seu varejista

Todo o esforço do produ-tor e do atacadista na melho-ria da qualidade do seu pro-duto numa embalagem mais atraente e na construção de uma marca podem ser facil-mente destruídos na gôndola do supermercado.

O atacadista da Ceagesp pode melhorar essa situação oferecendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp aos seus clientes va-rejistas e a seus funcionários. A indicação do atacadista é o primeiro passo para a inscri-ção do varejista.

O curso de quatro horas e fornece noções de fisiologia pós-colheita e as principais regras de recepção, conser-vação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças. Ins-creva os seus compradores na FORMAÇÃO DE ESPECIALIS-TAS EM FLV.

Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp(11) 3643-3825 - 3643-3827 / 3643-3890 - [email protected]

No início do mês, a empre-sa Eurocaixas apresentou seus produtos aos permissionários e colaboradores da Ceagesp. As caixas de madeiras fabricadas pelo espanhol Alberto Palmí e o seu sócio brasileiro Flavio Viei-ra, são de alto padrão, permi-tindo melhor conservação dos alimentos.

A madeira utilizada na pro-dução é seca, tratada e queima-

Novas caixas chegam ao Brasilda, eliminando qualquer tipo de substância orgânica que possa apodrecer o material. Com grampos galvanizados, o produto é 100 % reciclável e segue os padrões europeus de conservação de hortifrutis.

O desenho das caixas favo-rece a ventilação e a madeira porosa não absorve líquidos, além de regular a umidade e ser usada dentro de câmaras

frias sem afetar a sua estrutu-ra. Alberto, que já fabrica caixas na Europa, frisou que esse tipo de embalagem sai do campo direto para as prateleiras dos supermercados, diminuindo o contato de funcionários com os alimentos. “Os produtos frescos merecem mais atenção devido à perecibilidade e a Eu-rocaixas já colabora com esses cuidados”, completa.

A Faculdade de Tecnolo-gia (Fatec) de Mogi das Cru-zes , será palco do 4º Simpó-sio Nacional de Tecnologia em Agronegócio (Sintagro), entre os dias 18 e 20 de ou-tubro. O evento trará a tona o tema da “Valoração agrope-cuária e empreendedorismo nas pequenas e médias pro-priedades”.

Durante o encontro, tam-bém serão apresentadas oportunidades de negócios e desafios para algumas ca-deias agropecuárias explo-radas de forma intensiva, de alto valor agregado, altamen-te diversificado e focado no desenvolvimento sustentável.

O simpósio reunirá aca-dêmicos, pesquisadores, tec-nólogos e empresários de agronegócios e áreas afins. O evento será realizado no Cen-tro Municipal de Formação Pedagógica de Mogi das Cru-zes (Cemforpe).

Simpósiodiscute valor do campo

AGRONEGÓCIO

Page 16: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201216 Ciência e Tecnologia

O engenheiro agrônomo Maurício Antônio Lopes é o novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa). A nomeação do pesquisador foi publicada no dia 11, no Diário Oficial da União. Formado pela Universi-dade Federal de Viçosa, em Mi-nas Gerais, Lopes é trabalha na empresa desde 1989. Há dois anos, assumiu a diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa.

A vaga de presidente está desocupada desde o final do ano passado, quando Pedro Arraes, seu antecessor, foi afas-tado e exonerado do cargo na após o Conselho de Administra-ção da instituição concluir que houve descumprimento legal e estatutário na criação da Em-brapa Internacional, desconsti-tuída por decreto pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

Durante o período em que foi colaborador, Lopes desen-volveu estudos em genética e melhoramento de plantas, foi líder do programa de melho-ramento de milho e chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, Minas Gerais. É apontado também como um dos responsáveis pelo processo de aprimoramento do Sistema Embrapa de Gestão (SEG).

Maurício Antonio Lopes é o novo presidente da EmbrapaColaborador da casa durante mais de 20 anos, pesquisador já conhece as orientações do governo

Orientação do governo é para ampliar atuação no exteriorMaurício Lopes já sabe as

diretrizes que a sua adminis-tração deve tomar. A orientação do governo é para que a empre-sa intensifique sua atuação in-ternacional. Entre as priorida-des de sua gestão, Lopes citou o aprimoramento do sistema de inteligência estratégica da Em-brapa - considerando que a em-presa tem 47 unidades no país,

PESQUISA AGRÍCOLA

quase dez mil empregados, sendo 2.410 pesquisadores - e ainda desenvolve pesquisas no exterior com laboratórios dos Estados Unidos, da França, Alemanha, Coreia do Sul e do Japão.

O novo presidente disse também que a Embrapa re-forçará as pesquisas no setor sucroalcooleiro. “A Embrapa ti-

nha feito a opção de não operar muito efetivamente nesse setor, mas ele se tornou extremamen-te importante e crítico para o Brasil.” Lopes disse, no entanto, que o setor não pode mais pen-sar apenas em cana-de-açúcar, considerando outras opções para aumentar a capacidade de produção de energia reno-vável, como o sorgo sacarino.

Na visão do novo presidente, o país tem uma condição única de converter todo o seu parque sucroenergético em biorrefina-rias, transformando também biomassa em vários produtos, assim como é feito hoje com o petróleo, mas por meio de uma fonte renovável.

No segundo dia à frente de uma das empresas de pesqui-sa agropecuária mais respei-tadas do mundo, Lopes disse que a criação da Embrapa, na década de 1970, se deu num momento em que o Brasil não tinha segurança alimentar. Em tempo recorde, a empresa e o país desenvolveram uma agri-cultura tropical pujante, a mais desafiadora do planeta em sua opinião.

“Agora há uma série de ou-tros desafios. É um momento de mudanças muito rápidas de paradigmas, com a questão am-biental, influenciada pelo novo Código Florestal, e mudanças climáticas que vão representar ainda mais desafios para a nos-sa agropecuária”, disse. No novo cenário, Lopes explicou que a Embrapa deve investir cada vez mais em biotecnologia, acesso cada vez maior a recursos ge-néticos, e instrumentação avan-çada focando na agricultura de precisão, para ajudar a preser-var o meio ambiente.

VALTER CAMPANATO/ABr

Pesquisador diz que prioridade é o aprimoramento do sistema de inteligência estratégica

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Men-des Ribeiro Filho, disse, durante a posse do novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Mau-rício Antônio Lopes, esperar que a gestão do engenheiro agrôno-mo marque uma aproximação entre a Embrapa e o ministério.

Lopes assegurou que vai trabalhar para a aproximação e voltou a destacar prioridades em sua gestão à frente da em-presa. Segundo ele, uma das ên-fases das pesquisas da Embrapa será dada ao setor sucroalcoo-leiro. O objetivo do pesquisador

é fortalecer pesquisas em cana--de-açúcar, que é o principal pilar do setor, mas desenvol-ver alternativas que garantam mais flexibilidade à atividade e aumentem a capacidade de su-peração de problemas como os provocados pela sazonalidade na produção de álcool no país.

“Temos o sorgo sacarino. Uma empresa como a nossa tem que mirar o futuro e estamos antecipando que vem aí a revo-lução das biorefinarias com o uso de biomassa para as mais variadas finalidades e o setor sucroenergético é o candidato principal a ajudar o Brasil a es-

truturar esta estratégica com foco na economia verde, na quí-mica verde”, disse.

Lopes também destacou que a empresa precisa desenvolver novas tecnologias para ampliar o conhecimento sobre a base de recursos naturais no país. “Te-mos que fortalecer o trabalho de pesquisa em monitoramen-to por satélite, em zoneamento. Precisamos, por exemplo, ma-pear as áreas de pastagens de-gradadas do Brasil, que são uma fronteira importante para nossa agropecuária, por exemplo, com sistema de integração lavoura, pecuária e floresta”.

Ministro da Agricultura espera maior aproximação entre Embrapa e ministério

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ ABr

Page 17: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

O ritmo de negócios na maior feira de flores do Brasil segue em linha ascendente. De acordo com o economista da Ceagesp, Flávio Godas, o setor registra um crescimento médio de 13% no volume de vendas.

Mercado de plantas cresce no Ceará

O consumo de flores e plan-tas ornamentais praticamente dobrou no primeiro semestre de 2012, passando de US$ 7 para US$ 13 por habitante ao ano no estado nordestino. O número ultrapassa a média na-cional, que, segundo dados do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), é de R$ 20,00 por brasileiro.

“Na contramão da crise econômica mundial, o setor aumentou em 15% o volume de produção nacional, e em 17% o valor comercializado. Antigamente, as vendas de flo-res subiam somente em datas comemorativas, mas hoje isso mudou”, explica Camila Reijers, engenheira agrônoma da Rosas Reijers, considerada a maior produtora da flor no país.

Vendas de flores em alta na Ceagesp

PRODUÇÃO

“Com a chegada da primave-ra, a tendência é que as vendas continuem em alta”, avalia.

Montada num espaço com mais de 20 mil metros quadra-dos, a Feira de Flores da estatal é responsável pela distribuição

do produto para praticamen-te todo o Brasil. Mensalmente, cinco mil toneladas de flores são comercializadas no entre-posto paulistano da companhia, gerando uma receita de R$ 25 milhões para seus comerciantes.

O Curso sobre pragas de jardim em árvores, gramados e palmeiras ornamentais acontece no Diplomata Hotel, em Campinas, nos dias 22 e 23 de outubro. O objetivo é difundir conhecimen-tos técnicos sobre a bio-logia, comportamento e controle das principais espécies de cupins e co-leobrocas em árvores, pragas em palmeiras or-namentais e gramados.

Serviço::Curso sobre pragas de jardim Local: Diplomata Hotel /Rua Fernão Pompeu de Camargo, 900 - Jardim do Trevo - Campinas - SP Fone:(19) 9112-1952 E-mail:[email protected]

Curso sobre pragas de jardim acontece em Campinas

Page 18: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

18 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012Ceasas do Brasil

Acerola

-34,8 %Repolho

- 24,9 %

Pimentão vermelho

-55,9 %

Batata lisa

32,1 %

Pescada

19,7 %

Índice Ceagesp sobe 0,29% em setembroPelo quinto mês seguido, o

Índice Ceagesp registrou eleva-ção dos preços praticados e en-cerrou o mês de setembro com leve alta de 0,29%. De acordo com o economista da Compa-nhia, Flávio Godas: “os setores de Frutas, Diversos e Pescados apresentaram elevação e im-pulsionaram o resultado global do indicador. Já Legumes e Ver-duras, com a melhora das con-

dições climáticas, registraram quedas acentuadas”. No ano, o índice Ceagesp registra eleva-ção de 13,08% e, nos últimos 12 meses, aumento de 11,83%.

O setor que apresentou maior alta foi o de Diversos com 8,48%. Entre os produtos que subiram destacam-se a batata lisa (32,1%) e o alho (10%). Já entre os que sofreram queda estão os ovos brancos (-7,4%),

os ovos vermelhos (9,9%) e a canjica (3,3%).

Outra elevação expressiva ocorreu entre as Frutas, que subiram 6,41%, sendo as prin-cipais altas a do limão taiti (75,1%), a do maracujá doce (40,9%) e a do maracujá azedo (38,9%). Nesse setor caíram a acerola (-34,8%), o abaca-te (-8,8%) e a manga palmer (7,5%).

Os Pescados também re-gistraram elevação de 3,49% e entre suas altas destacam-se a pescada (19,7%), a tainha (16,7%) e a tilápia (8,7%). Hou-ve quedas de produtos no setor como cavalinha (15%), corvi-na (10,5%) e camarão ferro (-4,5%). O setor que apresentou maior queda foi o de Verduras, com baixa de 17,8%. Destacam--se as quedas da alface crespa

(-32,4%), da escarola (-30,9%) e do repolho (-24,9%). Somen-te a salsa (10,9%) apresentou alta. E, finalmente, os Legu-mes recuaram 15,26%, tendo como as principais baixas a do pimentão vermelho (-55,9%), do jiló (-34,4%) e do pimentão verde (-34,1%). Estão entre as principais altas neste setor as da abobrinha italiana (41,1%) e do chuchu (23,4%).

O próximo Encontro Nacio-nal da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimen-to aconteceu em Pernambuco entre os dias 16 e 18 de outu-bro, junto com o Encontro da Federação Latino Americana de Mercados Atacadistas e a comemoração dos 50 anos da

Ceasa/PE faz 50 anos e recebe próximo Encontro da Abracen

Ceasa de Pernambuco. Durante três dias, dirigen-

tes, técnicos brasileiros e es-trangeiros e visitantes deba-teram o futuro dos mercados atacadistas na administração de políticas públicas, focando a discussão no abastecimento alimentar nacional.

As principais vias do Entre-posto de Campinas foram reca-peadas, atendendo a um antigo pedido de permissionários, car-regadores, funcionários e clien-tes. O asfalto que cobria as ruas era de 1975, época de sua cria-ção. Durante esses 37 anos, a administração realizava apenas pequenas intervenções ou ope-rações emergenciais para tapar os buracos.

Na opinião do presidente da Ceasa, Sérgio Luiz Juliano, a obra traz importantes benefí-cios para todos que atuam no local e é fruto do esforço con-junto da administração e da Secretaria de Serviços Públicos, alinhando as diretrizes de recu-peração da cidade e da adminis-tração municipal.

Cerca de cinco mil veículos circulam na Ceasa Campinas diariamente e a melhora na in-fraestrutura reflete no trabalho dos motoristas de caminhões e

Ceasa Campinas recebe nova pavimentação

dos operadores de empilhadei-ras. Até a qualidade dos produ-tos comercializados melhoram, já que um asfalto sem buracos evita que os alimentos mais sensíveis amassem no trans-porte.

Segundo a administração, foram pavimentadas todas as principais áreas do entreposto, as ruas por onde circulam os carros e caminhões e os pon-tos principais de carregamento próximos às plataformas inter-nas e externas dos galpões.

Após o recapeamento, a Central está contando com o apoio da Emdec para sinalizar a área pavimentada. As vias estão recebendo, desde a semana pas-sada, sinalização vertical e hori-zontal como pintura de chão e placas. Este trabalho é essencial para a orientação e organização do trânsito de pedestres e mo-toristas e para a segurança de todos que atuam no entreposto.

Ceagesp promove atividades para celebrar o Dia Mundial da Alimentação

A Ceagesp preparou uma programação especial pra come-morar o Dia Mundial da Alimen-tação, celebrado no dia 16 de outubro. Desde o dia 9, funcio-nários, visitantes e comprado-res já participam das atividades que são gratuitas e abertas ao público. A intenção é reforçar a importância do consumo de ali-mentos saudáveis e o destaque é o tema “Rotulagem – Qualidade e Segurança Alimentar”, com o lançamento do Programa de Ro-tulagem de Frutas e Hortaliças Frescas, promovido pelo Centro

de Qualidade em Horticultura da companhia.

As palestras focarão o deba-te a respeito da rotulagem, que disponibiliza informações bási-cas sobre produtos agrícolas, a fim de prestar contas sobre suas origens e características. Tal processo abrange uma cadeia de mercado que se inicia com o produtor, passa por revendedo-res e órgãos reguladores, e ter-mina no consumidor final.

Além das palestras técnicas, no dia 18 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) realizará

exames médicos gratuitos de colesterol, diabetes e tri-glicérides para o público presente. Já nos dias 23, 25 e 30, o Banco de Alimentos da Ceagesp estará à disposi-ção para fazer uma avaliação nutricional com os partici-pantes, que serão instruídos sobre como tornar as suas refeições mais saudáveis. Outro destaque é a presença de uma unidade móvel do SESI, que permanecerá es-tacionada no Entreposto até o final das atividades e onde serão realizados cursos de nutrição, que fazem parte do programa “Alimente-se Bem”.

A programação contará com a participação de insti-tuições relevantes para o seg-mento da alimentação como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Ministério do De-senvolvimento Social (MDS), o Instituto de Pesos e Medi-das do Estado de São Paulo (IPEM-SP), a Coordenação de Vigilância e Saúde (COVISA), a Associação Paulista de Su-permercados (APAS), o Ser-viço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Associação Bra-sileira de Automação (GS1 Brasil), entre outros.

SAÚDE

Page 19: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Condições válidas para Pessoa Física (PF) e Pessoa Jurídica (PJ) para a Linha Cargo, nas modalidades CDC (fi nanciamento com taxa de 0% a.m. = 0,00% a.a. em 12 meses, com 30% de entrada) ou Finame PSI (fi nanciamento com taxa de 0,21% a.m. = 2,50% a.a., em 72 meses, entrada de 0% e carência de 03 ou 06 meses para micro, pequena e média empresa, com faturamento anual de até R$ 90 milhões). O valor de composição do CET poderá sofrer alteração, na data efetiva da contratação, considerando o valor do bem adquirido, as despesas contratadas pelo cliente, custos de registros de cartórios variáveis de acordo com a UF. Não abrange seguro, acessórios, documentação e serviços de despachante, manutenção ou qualquer outro serviço prestado pelo Distribuidor. Contratos de Financiamento e Arrendamento Ford Credit são operacionalizados pelo Banco Bradesco Financiamentos S/A. e contratos de Finame pelo Banco Bradesco S/A. Operação BNDES Finame na Sistemática Convencional, fi nanciada com recursos do BNDES, de acordo com a legislação, Circular nº. 33/2012 - de 23/05/2012 - e demais normas desta instituição, conforme cláusulas contratuais. As condições fi nanceiras estão sujeitas a análise e aprovação de crédito pela fi nanceira e a alteração por parte da autoridade monetária, BACEN e BNDES. Promoção válida para a linha Cargo zero km, até 30/10/2012 ou enquanto durarem os estoques.

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Page 20: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

20 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Ceagesp investe em projetos de alimentação e nutrição escolar

Fabiane S. CâmaraSabrina Leite de OliveiraCQH/ Ceagesp

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp apresentou os projetos “HortiEs-

colha – Apoio a tomada de de-cisão do serviço de alimentação escolar na escolha, aquisição, controle de qualidade e utiliza-

HortiEscolha e Escola do Sabor são destaques em eventos sobre tema

ção de frutas e hortaliças fres-cas” e “Escola do Sabor” no 1º Encontro de Experiências Bem Sucedidas em Promoção da Ali-mentação Saudável, dia 13 de setembro, em São Paulo.

O evento teve como objetivo promover a troca de experi-ências de ações realizadas em municípios brasileiros, nas áre-as de alimentação e nutrição. Na ocasião, a Ceagesp foi re-presentada pela engenheira de alimentos Fabiane Camara. O “HortiEscolha” foi eleito como projeto destaque do evento, que contou com a participação de mais de 200 profissionais da área de saúde e alimentação.

Dando continuidade à di-vulgação desse trabalho, no dia 25 de outubro o CQH também foi convidado a proferir uma palestra no 14º seminário de Alimentação Escolar, que será realizado no Instituto de Tec-nologia de Alimentos (Ital), em Campinas. O tema aborda-do será “Especificações técni-cas de frutas e hortaliças para o Programa de Alimentação Escolar”, com a finalidade de orientar sobre a compra desses

As recentes autuações dos permissionários da Ceagesp pelo Instituto de Pesos e Me-didas do Estado de São Paulo (Ipem), órgão responsável pela fiscalização da identifica-ção correta da quantidade do produto no rótulo e da obedi-ência às outras determinações do Inmetro, fizeram com que encarássemos a questão de garantia de peso no comércio de frutas e hortaliças frescas.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia é uma autarquia fede-ral, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como missão “prover confiança à sociedade brasileira nas me-dições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação da conformidade, promoven-do a harmonização das rela-ções de consumo, a inovação e a competitividade do país.”

As características especiais do produto, da produção e do produtor, dificultam muito a

seguir as exigências de indica-ção quantitativa no mercado atacadista de frutas e hortali-ças frescas.

O conteúdo de água, carac-terístico de cada fruta e hor-taliça, está entre 85% e 95% no momento da colheita. Mas a colheita interrompe o fluxo de água e de nutrientes para o produto. O metabolismo das frutas e hortaliças frescas é in-tenso nas condições normais de comercialização, no ataca-do e no varejo. Elas continuam vivas, respirando, transpiran-do, perdendo água, frescor, turgescência.

Aqui vão algumas observações que podem ajudar:

• 1. A perda de água leva ao murchamento, ao enrugamen-to, à perda de brilho, à perda de valor e à perda de peso.

• 2. As hortaliças subterrâ-neas são mais sensíveis à per-da de água que as frutas. Elas

são órgãos de absorção de água e não possuem, como as frutas, estruturas de proteção contra a perda de água, como as ceras. O processo de cura, praticamente não utilizado no Brasil, minimiza a perda de água das hortaliças subterrâ-neas.

• 3. A tolerância à perda de peso, sem efeito na aparência, é muito pequena: 4% na be-rinjela e na couve-flor, 5% na laranja e na maçã, 7% no pi-mentão e no tomate, segundo estudos do professor Eduardo Henrique M. Walter, da Uni-versidade do Pampa.

• 4. As injúrias mecânicas – impacto, abrasão, vibração e compressão – aumentam muito a perda de água.

• 5. A maior parte da perda de água nos frutos com muita cera protetora, como a berin-jela, o pimentão e o tomate, ocorrem nas partes sem cera no cálice e no corte.

• 6. A cada aumento de

10°C na temperatura, ocorre um aumento de 2 a 3 vezes na velocidade de deterioração dos produtos.

• 7. Temperatura alta, umi-dade relativa do ar baixa, velo-cidade do ar alta, alta relação superfície/volume, baixa inte-gridade física aceleram muito a perda de água.

• 8. A perda de água acar-reta maior incidência de po-dridões, conforme estudo fei-to na Austrália, com abacate Hass.

O produtor e o atacadista precisam entender o compor-tamento da perda de água do seu produto, nas diferentes origens e sistemas de trans-porte, conservação, manuseio e época do ano e adotar pro-cedimentos para a diminuição da perda de água. Afinal, eles precisam garantir que a emba-lagem contenha o peso líquido declarado no rótulo.

Sugestão de estudo

O produtor deve pesar qua-tro caixas-controle na hora da colheita e na hora da remes-sa, o atacadista deve pesar as mesmas caixas na chegada e na venda ao seu comprador. Anotem o dia, o horário da co-lheita, as condições de clima, a origem, o tipo de transporte, o produto, a variedade, a classi-ficação, o tipo de embalagem, o tempo e horário da viagem e outras observações que julgar importante. A perda de 10% de água em um caminhão de 10 toneladas são 1.000 quilos do produto.

Controle da perda de água garante peso das frutas e hortaliças frescas

E lembre-se que as frutas e hortaliças são embalagens de água! Frescor é água e vende o produto. A perda de água é a principal causa da redução do seu potencial de comercialização. A rentabilidade nas vendas de frutas e hortaliças frescas depende de nossa competência em entregar a maior quantidade de água aos consumidores.

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outubro de 2012 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Agricultura

produtos por processo de licitação.

O Hortiescolha foi criado em 2009 pelos técnicos da Ceagesp e ampliado com a parce-ria da Escola Superior de Agricultura Luiz de Quei-roz (Esalq/USP) e o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (Fapesp), através do Pro-cesso de Políticas Públi-cas 2010/52337-0.

O “HortiEscolha” é um programa de apoio à to-mada de decisão na ges-tão das frutas e hortaliças frescas: na escolha do produto, da variedade, da classificação, do padrão mínimo de qualidade, da melhor época de aquisi-ção, e permite que com o mesmo recurso monetá-rio seja colocado até o do-bro do alimento no prato, garantindo uma maior participação das frutas e hortaliças na alimenta-ção escolar e a otimiza-ção dos recursos públicos destinados a alimentação escolar.

O programa capaci-ta gestores e técnicos da área de alimentação para uma melhor compra dos produtos frescos para a merenda escolar. O pro-jeto ”Escola do Sabor”, também parte do plane-jamento estratégico da Ceagesp, visa provocar mudanças nos hábitos alimentares infantis atra-vés de atividades lúdicas e aproximar a criança da agricultura através da compreensão do cami-nho da produção, comer-cialização e consumo e introduzir a criança às diferentes preparações e utilizações de cada ali-mento.

O trabalho está sendo implementado em escala piloto na Associação de Apoio à Infância e Ado-lescência Nossa Turma, localizada nas dependên-cias da Ceagesp, desde 2010.

O aumento do consu-mo de frutas e hortaliças foi constatado pela cres-cente aceitação sensorial pelas crianças, com a ava-liação do resto-ingesta para os todos os produtos trabalhados: mandioca, batata-doce, beterraba, chuchu, goiaba, acelga e berinjela.

O governo federal disponi-bilizou R$ 120 milhões para os leilões públicos de equalização dos preços da laranja a serem organizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estatal utilizará como me-canismos de apoio à comercia-lização o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e o Prêmio de Escoamento de Pro-duto (Pep), para laranja in na-

tura, da safra 2012. A fruta ne-gociada deverá ser dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A diferença básica entre as duas modalidades está em quem par-ticipa dos leilões como arrema-tantes dos prêmios.

No Pep, os participantes serão os compradores de la-ranja in natura diretamente do produtor rural que disputam o prêmio em leilão. No Pepro, os próprios produtores é que par-

ticipam dos leilões como arre-matantes do prêmio.

De acordo com as indús-trias, a supersafra e a existência de 662,4 mil toneladas de suco de laranja em estoque provo-cam a queda nos preços pagos aos produtores. Para amenizar essa situação, o governo tam-bém renegociou as dívidas dos citricultores e criou uma linha de crédito para a manutenção de pomares.

Governo libera R$ 120 milhões para garantir preço da laranja

CITRICULTURA

Page 22: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

22 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Gláucia F. FagnaniEmanuela NevesCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

ESCOLA DO SABOR

Crianças aprovam receitas com berinjela

A Escola do Sabor é um pro-jeto da Ceagesp, iniciado em ju-lho de 2010, com o objetivo de desenvolver metodologia de in-trodução de frutas e hortaliças no cardápio escolar por meio de brincadeiras e aproximar a criança da agricultura.

O projeto vem sendo de-senvolvido, desde o início, em parceria com a Nossa Turma, associação que trabalha com as crianças da comunidade vi-zinha do entreposto e recebe o apoio financeiro e técnico da Ceagesp, dentro do seu progra-ma de responsabilidade social. A parceria com os atacadistas do ETSP garante o fornecimen-to das frutas e hortaliças consu-midas pelas crianças.

Os produtos escolhidos apresentam baixa aceitação pe-las crianças e são trabalhadas individualmente, durante um período determinado pela Es-cola do Sabor.

A berinjela é hortaliça esco-lhida dessa vez. Ela apresenta conteúdo calórico muito baixo (100 gramas de berinjela cozi-da contém 19 kcal), bom teor de fibras (auxiliam no trânsito intestinal, vitaminas do com-plexo B (ajuda a controlar ane-mia), potássio (evita fraqueza muscular, controla os batimen-tos cardíacos), cálcio e fósforo (importantes para formação de ossos e dentes).

A boa avaliação sensorial do produto pelas crianças é a base para sua adoção na alimenta-ção. A elaboração de receitas econômicas com aproveita-mento integral do produto, saudáveis e apreciadas pelo pa-ladar das crianças é uma etapa muito importante.

Foram testadas em labora-tório duas receitas (suflê e patê de berinjela) simples de prepa-rar e que exigem ingredientes facilmente disponíveis.

Nos testes realizados pelas estagiárias do CQH, primeira-mente os alimentos foram pe-sados e organizados para exe-cução da receita.

Após o preparo, o peso total foi avaliado para quantificar o rendimento e, então, foi feito o cálculo das porções. Por fim, as informações obtidas foram

dispostas em uma ficha técnica, ferramenta que visa à elabora-ção de um produto final com suas características adequadas ao planejamento do cardápio.

Uma ficha técnica reúne as informações importantes de uma receita: ingredientes, medida caseira, medida men-surável, fator de correção (um índice que permite estimar as perdas de um alimento), peso bruto (peso do alimento com as partes não comestíveis), peso líquido (peso do alimento sem as partes não comestíveis), ren-dimento, porção, número de porções, tempo de preparo, pré preparo e custo da preparação.

Para o projeto foi elabora-da uma ficha técnica adaptada, com informações essenciais. Essas informações possibilitam a padronização das receitas, o que contribui para otimizar a produção e reduzir o desper-dício.

O CQH agradece a colabo-ração das empresas Sol Divino e Guaraçaí, que forneceram a berinjela para estudos e para as crianças da Nossa Turma.

Em breve, a vagem será o próximo produto a ser traba-lhado na Escola do Sabor.

Os interessados em obter as receitas à base de berinje-la testadas na Escola do Sabor podem procurar a Nosa Turma ou o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, pelo e-mail [email protected].

Governo vai financiar inovação em pequenas e médias empresas

O ministro da Ciência, Tecno-logia e Inovação, Marco Antonio Raupp, no dia 15 que o governo retomará a linha de financiamento para pequenas e médias empresas interessadas em investir em inova-ção. A iniciativa já existe, mas está parada há dois anos.

A concessão será feita por meio de concorrência pública. Se-gundo Raupp, foram aprovados R$ 1,2 bilhão para serem investidos de 2012 a 2014. A medida está dentro dos incentivos governamen-tais para a inovação.

“O governo tem feito bastante coisa para incentivar essas empre-sas. Uma delas é financiar o risco, como nesse programa de subven-ção, especialmente para os peque-nos e médios empresários. São recursos públicos repassados por meio de um processo de licitação. Os valores são repassados para elas financiarem o desenvolvimen-to de um produto, que deve ser colocado no mercado,” explicou ao participar da abertura da Exposição e Conferência de Inovação e Em-preendorismo de Base Tecnológica (Expocietec).

Raupp destacou ainda a exis-tência de linhas de crédito após o desenvolvimento do produto. “De-pois, temos outras linhas de crédito que podem dar continuidade ao tra-balho deles, com condições bastan-te favoráveis. Imagino que usando esses dois tipos de instrumentos, [as empresas] tenham condições de se inserir no mercado com pro-postas novas.”

Mapa reestrutura Defesa Agropecuária

Com a finalidade de fortalecer o Sistema Nacional de Defesa Sa-nitária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou o processo de reestrutura-ção da Secretaria de Defesa Agro-pecuária (SDA). As medidas acarre-tam no estabelecimento de novas metas, estrutura organizacional e equipe técnica.

Inicialmente, as ajustes ocorre-rão nas seguintes coordenações: Sistema de Rastreabilidade Bovina e Bubalina, Proteção de Plantas, Apoio Laboratorial, Resíduos e Con-taminantes, Vigilância Agropecuária Internacional, Trânsito e Quarente-na Vegetal, de Vinhos e Bebidas.

Segundo o secretário da pas-ta, Enio Marques, as mudanças têm por objetivo deixar a secretaria mais dinâmica e alinhada às diretri-zes de gestão do Mapa. “Queremos ganhar em eficiência e focar o tra-balho técnico nas atividades-fim”, explica Marques.

Page 23: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 24: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

24 Gastronomia JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Rendimento: 4 porções

4 discos de massa folhada (congelada)Papel manteigaManteiga p/ untar8 alcachofras médias (se preferir utilize o coração em conserva)6 tomates bem maduros e �irmes para as pétalas6 tomates bem maduros e macios p/ o colis1 xícara (chá) de azeitonas pretas picadinhas1 folha de louroOréganoAzeiteManjericãoSal/pitada de açúcarPimenta verdeLimão

Preparo:

• 1 Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em água corren-te abrindo bem as pétalas para que a água penetre. • 2 Abra a ponta das folhas com a mão e, com uma faca de ponta, dê um talho, por dentro, em toda a volta do fundo. Depois, com uma colher, tire as ‘sedas’, deixando o coração bem limpo. • 3 Passe limão para que não es-cureça. No cozimento (água su�i-ciente para cobrir), use panelas

esmaltadas ou em aço inoxidável. As panelas de alumínio escure-cem a alcachofra. • 4 O tempo médio de cozimento é de aproximadamente 30 mi-nutos, dependendo do tamanho e idade. Em panela de pressão o tempo cai para 15 minutos.

Massa folhada:

• 1 Corte 4 discos (um pouco maior que o tamanho desejado, pois irá encolher no cozimento). • 2 Coloque os discos numa assa-deira untada com manteiga. Unte um pedaço de papel manteiga com manteiga e cubra os discos. • 3 Coloque sobre os discos com o papel untado uma assadeira para fazer peso e evitar que a massa cresça. • 4 Asse por 20 minutos, retire a assadeira de cima e asse por mais cinco minutos ou até dourar. Re-serve em temperatura ambiente.

Pétalas de tomate:

• 1 Faça um “x” com a faca em cada tomate e cozinhe por um minuto (ou até começar a soltar a pele) numa panela com água fervendo. • 2 Escorra imediatamente e pas-se para uma bacia com água fria. Retire a pele, corte em quatro e retire as sementes e o excesso do miolo.

Mil folhas de alcachofrae tomate con�it

DIVULGAÇÃO

Com massa folhada e azeitonas pretas

Festival de Gastronomia Orgânica SP 2012

O Festival de Gastronomia Orgânica acontece todos os anos com o objetivo de inovar o setor alimentício, além de buscar alternativas gastro-nômicas mais saudáveis e sustentáveis para a população paulista e brasileira.

O evento divulga não somente a produção ecológica e a culinária vegetariana, mas popula-riza o tema, ainda distante da mesa dos brasilei-ros. Com o�icinas para crianças e adultos, shows, feira orgânica, chá da tarde, espaço Bem Estar, workshops e palestras, a iniciativa fortalece o co-mércio e o consumo inteligente e prático, resul-tando em maiores bene�ícios ao meio ambiente e ao indivíduo.

Mantendo o comprometimento com a ques-tão da sustentabilidade, o Festival viabiliza, promove e divulga a produção ecológica de ali-mentos e a culinária vegetariana, como um mo-vimento acessível e transformador da realidade social, popularizando os temas, disponibilizando informação e disseminando práticas de consumo bené�icas ao meio ambiente, e fortalecedoras do comércio justo e solidário.

Em 2012, o evento chega à 3ª edição, trazen-do pro�issionais de educação, gastronomia, ar-tes, saúde, nutrição e agricultura, estimulando a conscientização da população sobre novos hábi-tos salutares, interessando àqueles que buscam mais qualidade de vida.

::Serviço::Data: 25 a 28/10Local: Parque da Água Branca (Av. Francisco Matarazzo, 455, Perdizes – SP)

Telefone: (11) 3031-1715

A população brasileira consome duas ve-zes mais sal em relação à quantidade reco-mendada e grande parte vem de alimentos in-dustrializados. Pesquisa divulgada no dia 16 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que os campeões em alto teor de sódio são o queijo parmesão ralado, o ma-carrão instantâneo, os embutidos (mortadela) e o biscoito de polvilho.

O queijo parmesão ralado lidera o ranking, com teor médio de 1.981 miligramas de sódio por 100 gramas do produto. Nas colocações seguintes, aparecem o macarrão instantâneo e a mortadela. O biscoito de polvilho tem quantidade média de 1.092 miligramas do in-grediente para cada 100 gramas.

Os alimentos industrializados represen-tam 20% da dieta alimentar. O brasileiro con-some, em média, 11,75 gramas de sal e 4,7 gramas de sódio, quando o recomendado é 5 gramas e 2 gramas, respectivamente. O sódio representa aproximadamente 40% da compo-sição do sal. “A Anvisa vai dizer que tudo que está além é muito e a indústria, que tudo que está abaixo do limite, é pouco. No meio, estão os consumidores, quem nos interessa”, diz o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

O governo e representantes da indústria e dos supermercados �irmaram acordo, iniciado em 2011, pela diminuição progressiva do só-dio nos alimentos. A partir de 2013, produtos com menos sódio já deverão estar disponíveis no mercado.

Queijo parmesão é campeão de alto teor de sódio, diz Anvisa

Page 25: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

outubro de 2012 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

• 3 Numa assadeira untada com azeite, coloque as pétalas lado a lado, polvilhe com um pouco de orégano e pimenta verde moída na hora. • 4 Leve ao forno a 100 graus por 20 minutos. Retire e deixe esfriar em temperatura ambiente.

Colis de tomate:

• 1 Retire a pele (seguindo o mes-mo processo acima), retire as se-mentes e processe até obter um purê. • 2 Tempere c/ sal, uma pitada de açúcar e pimenta verde. • 3 Cozinhe no fogo baixo por uns 10 minutos antes de servir.

Vinagrete:

Bata o azeite com o manjericão picadinho e tempere com sal e pimenta verde. Reserve.

Montagem:

• 1 Numa assadeira, coloque os discos de massa folhada, dispo-nha em camadas: pétalas de to-mate e fatias de coração de alca-chofra. • 2 Asse no forno pré-aquecido por 15 minutos. • 3 Sirva com o colis de tomate e pequenas porções da tapenade (azeitona preta picadinha tem-perada com um pouco de azeite).

::Serviço::Brie Restôwww.brieresto.com.brR. Dr. Melo Alves, 216 Jardim Paulista - São Paulo(11) 3081-4690 - 3063-4838 [email protected]

Eliane Carvalho é chef proprietária do Brie Restô e se considera uma adepta fiel da culinária francesa. For-mada Chef de Cozinha e Chef Pâtisserie pela renomada Le Cordon Bleu Paris, Eliane oferece dois cardápios. Um ‘descolado’ com onze pratos - inclusive o clássico strogono-fe - por um preço mais aces-sível e o menu d’autor, que reúne receitas mais elabora-das como o carré de cordeiro Cordon Bleu.

A combinação entre alimentos e saúde

A pressão regulatória para que a indústria de alimentos aumente os lançamentos de produtos “saudáveis” irá se acentuar, disseram especialis-tas de diversas consultorias in-ternacionais, que participaram de congresso sobre o tema, re-alizado na semana passada, em São Paulo (SP).

Segundo David Pineda, da EAS, há uma agenda interna-cional com este foco, encabe-çada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A regulação governamental no setor de ali-mentos vai aumentar, com vis-tas a inibir o uso de ingredien-tes como sódio, gorduras, entre outros”, afirmou em palestra na Food Ingredients South Ameri-ca (Fisa).

O aparecimento de doenças decorrentes da obesidade é o principal pano de fundo para o aumento da pressão regula-tória. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esti-ma que 40% da população da América Latina estarão acima do peso. Pesquisa da Universi-dade do Estado do Rio de Janei-ro (Uerj) revela que 48,5% dos brasileiros tinham sobrepeso e 15,8% estavam obesos no ano passado.

De acordo com o estudo, o tratamento de doenças rela-cionadas à obesidade custa R$ 3,57 bilhões por ano aos cofres públicos. “A obesidade é o mal do novo século”, disse Francis-co Redruello, da Euromonitor. “Por isso, a principal tendência

é vender ‘saúde’.” Segundo ele, o número de lançamentos de alimentos “saudáveis’ crescerá 20% até 2017.

Jorge Sarasqueta da Innova Market destacou que os ali-mentos “puros” serão valoriza-dos. “Vai importar mais o que o alimento não tem do que ingre-dientes diferenciados que ele possa vir a ter”, acrescentando que o aperto da regulação pode ser uma oportunidade para in-dústria, produtores, e não mo-tivo de alarde. Ele citou como exemplo o envelhecimento da população mundial, segmento que merecerá mais atenção.

“Haverá um ‘empodera-mento’ do consumidor e a cer-tificação de produtos será cada vez mais necessária”, salientou Sebastian Concha da Mintel International. Na visão de Sa-rasqueta, o consumidor vai se interessar cada vez mais pela origem e processo de fabrica-ção dos alimentos. “Produtos com aval científico de seus be-nefícios, bem como com selos de sustentabilidade terão pre-ferência.”

Artigo de Ronaldo Luiz, do Portal Sou Agro (http://www.souagro.com.br/a-combina-cao-entre-alimentos-e-saude).

Aumento da obesidade acentua a tendência para o lançamento de alimentos saudáveis

ARTIGO

Nutrição e saúde têm sido temas centrais para a ciência e a engenharia de alimentos, mas os pesquisadores dessas áreas começam, cada vez mais, a se interessar por outro aspecto do universo da alimentação: o pra-zer de comer.

Em abril de 2013, alguns dos principais especialistas in-ternacionais da área se reuni-rão em Pirassununga (SP) para discutir os avanços científicos que permitem conhecer e ma-nipular os fatores estruturais capazes de garantir o prazer e a satisfação do consumidor de alimentos naturais ou proces-sados.

O evento Advances in Mole-cular Structuring of Food Mate-rials será realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) pela Facul-dade de Zootecnia e Engenha-ria de Alimentos (FZEA) da Uni-versidade de São Paulo (USP), entre os dias 1º e 5 de abril.

De acordo com o coordena-

dor da escola avançada, Paulo Sobral, o evento terá o obje-tivo principal de contribuir com o avanço da discussão sobre um enfoque da ciência

te, porque gostamos. No Brasil, as pesquisas ainda estão muito focadas em questões relaciona-das às análises que garantem a segurança dos alimentos, mas a questão do prazer de comer fica em segundo plano. Em ou-tros centros, no entanto, esse debate ganha cada vez mais força”, avalia. Questões sobre os efeitos do processamento e condicionamento da matéria--prima e dos alimentos e sobre as características estruturais de seus componentes serão abordadas na escola.

“Além do olfato e da afini-dade ou aversão ao gosto, um dos principais atributos que interferem no paladar é a tex-tura. No entanto, não é pos-sível determinar um padrão geral de textura, porque esse fator está ligado à expectativa do consumidor. A expectativa para alguns produtos é de cro-cância e consistência, enquanto para outros é de maciez. Tudo isso será assunto de discussões avançadas na escola”, explica.

Segundo o pesquisador, os

Prazer da alimentação será tema de encontro internacional no BrasilEvento visa contribuir com o avanço das discussões sobre a ciência e tecnologia de alimentos no país

Fábio de CastroDa Agência FAPESP

fatores ligados à satisfação e ao prazer de comer são tão cru-ciais que não se limitam apenas à relevância comercial para a indústria alimentícia. As ca-racterísticas prazerosas do ali-mento têm um impacto cultural muito grande.

“Já foram registradas situa-ções em que remessas de auxí-lio humanitário enviadas para a África foram desperdiçadas porque a população local, mes-mo sofrendo com a fome, não conseguia se adaptar às carac-terísticas do alimento recebi-do”, exemplifica.

A ESPCA Advances in Mole-cular Structuring of Food Mate-rials financiará a participação de 100 alunos, sendo 60 estran-geiros e 40 brasileiros.

Serão selecionados outros 100 estudantes que poderão participar por conta própria. “Além dos 100 alunos financia-dos, abrimos outras 100 vagas que serão distribuídas em três categorias: jovens doutores, professores e estudantes brasi-leiros”, informa Sobral.

e tecnologia de alimentos que ainda é pouco desenvolvido no Brasil.

“Comemos pela nutrição e pela saúde, mas, principalmen-

Page 26: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

26 Opnião JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Roberto Dias Duarte (*)

“O Estado não tem poderes divinos (...), tudo o que ele pode fazer é tirar de um e dar para outro. Nesse processo, diga-se de passagem, há um custo, pois é preciso nomear pelo menos um funcionário público para operar a distribuição. Ou seja, o Estado nunca consegue tirar 100 cruzados de um rico e dar os mesmos 100 cruzados para um pobre. No meio do caminho, parte dos 100 cruzados fica com a burocracia.”

Essas afirmações de Mário Henrique Simonsen, ministro da Fazenda na primeira meta-de dos anos 1970, foram publi-cadas em artigo de 1987, mas ecoam até hoje com incrível atualidade num país que pare-ce ainda não ter compreendido uma matemática tão elementar, conforme demonstram casos concretos bem mais recentes.

Em 2011, por exemplo, o governo federal instituiu uma mudança no sistema tributá-rio alterando a base da con-

tribuição previdenciária, da folha para o faturamento. Para alguns setores o recolhimento da contribuição patronal paga pelas empresas foi substituído pela incidência sobre as suas receitas brutas. O objetivo se-ria melhorar a competitividade das empresas, estimular a for-malização do mercado de tra-balho e diminuir o custo Brasil.

Recentemente, essa deso-neração foi ampliada para mais 25 setores que, somados aos outros 15 já beneficiados, re-presentarão uma perda de R$ 12,83 bilhões na arrecadação em 2013. Os 40 setores deso-nerados representam 13% do emprego formal, 16% da massa salarial e 59% das exportações de manufaturados.

Vale destacar pesquisa da Confederação Nacional de Ser-viços (CNS), segundo a qual a maioria das empresas do setor de Tecnologia da Informação (TI) foi prejudicada com o au-mento da carga tributária. Esse efeito foi sentido especialmen-te pelas pequenas empresas. Si-nal dos tempos: quanto maior a relação receita por funcionário, maior o prejuízo. Enfim, a deso-neração da folha de pagamen-tos beneficiará a ineficiência ao invés de viabilizar um ambien-te favorável à criação de novas empresas e novos empregos?

Há 25 anos Simonsen já nos alertava sobre outro problema. O sistema tributário brasileiro não é transparente a ponto de permitir explicitar quanto o consumidor paga efetivamente para manter o Estado. Os im-postos “são cobrados em várias etapas da produção e vivem escondidos no preço que se co-

bra do consumidor” (...) “Sem transparências desse tipo, a de-mocracia é uma farsa”, alertava o professor.

Numa época em que a carga tributária representava 20,28% do PIB, longe dos atuais 36%, o saudoso professor destacava: “A verdade é que o governo vem massacrando o empresariado e confiscando em proporções nunca vistas os salários dos trabalhadores – tudo isso em nome da democracia, o que é uma injustiça, pois ela nada tem a ver com isso.”

Assim, reduzir a carga tri-butária é positivo. Mas a trans-parência do sistema tributário soa tão primordial quanto.

A consultoria Deloitte de-tectou que 44% das pequenas e médias empresas (MPEs) con-sideram que um sistema tribu-tário muito complexo impede o desenvolvimento dos negócios. Mostrou ainda que 69% dos empreendedores enxergam a burocracia da arrecadação como um obstáculo para a re-gularização da situação fiscal.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirma o fato, apontando que 92% dos empresários das indústrias atribuem parte de sua perda de competitividade ao excesso de burocracia. Para 60%, o re-sultado prático da burocracia paternalista é o aumento de custos e a “destinação de recur-sos para atividades não ligadas à produção”. A frequente alte-ração das normas, que cria um ambiente instável para os negó-cios, também foi destacada.

Corroborando a percepção empresarial, estudo do Insti-tuto Brasileiro de Planejamen-

Para se desenvolver, país requer muito mais em desoneração e transparência fiscal

A farsa da democracia tributária

to Tributário (IBPT) aponta a absurda edição de 275.095 normas tributárias, de 5 de ou-tubro de 1988 a 5 de outubro de 2011. Em média, foram pu-blicadas 49 por dia útil ou 6,1 por hora útil.

Os sintomas deste câncer foram detectados por um le-vantamento do Banco Mundial, elaborado em conjunto com a PwC e denominado “Paying Taxes”, que fez um comparativo sobre o custo da conformidade tributária e trabalhista em 183 países. O Brasil obteve a última posição neste ranking, sendo que nosso custo é quase 10 ve-zes superior à média mundial.

Segundo o IBGE, MPEs são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos no país e constituem 99% do total de empreendimentos. Dados de agosto de 2012 apontam que há 6,8 milhões de empresas op-tantes pelo Simples Nacional. O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simpli-ficado criado pela Lei Comple-mentar nº 123, de 2006, apli-cável às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP), desde 1º de julho de 2007.

Entretanto, nem todas as ME e EPP podem optar por este regime. Há restrições, algumas sutis. Ficam de fora cerca de 1,5 milhão de MPEs. Todos estes ‘excluídos’ geram empregos, recolhem tributos e têm sua competitividade corroída pela burocracia insana gerada pelo maior custo de conformidade tributária e trabalhista do pla-neta.

Por que não desonerar mais 1,5 milhão eliminando as res-

trições de adesão ao Simples? Uma só medida traria dois efei-tos positivos: redução de custo tributário e redução do custo de conformidade. Medidas prote-cionistas, setoriais e paternalis-tas são pseudodesoneradoras. Agem aumentando a burocra-cia e o custo das empresas. Al-terações em normas tributárias demandam investimentos em capacitação, tecnologia e mu-dança de procedimentos, além de gerar riscos por erros e en-tendimentos divergentes.

O país realmente precisa de um ambiente normativo está-vel, simples e racional. Um bom começo seria a revogação do artigo 17 da Lei Complementar nº 123/2006, que define as ve-dações ao ingresso no Simples Nacional. Outro passo prioritá-rio é a aprovação do Projeto de Lei 1.472/07, que obriga as em-presas a informarem quanto de imposto está incluído no preço final dos produtos.

Há um quarto de século, Simonsen concluiu seu artigo dizendo que “as vítimas do pre-domínio do assistencialismo retrógrado são os consumido-res, que pagam caro pelo que poderia ser vendido barato”.

Não é preciso ser ministro da Fazenda para reconhecer perceber os resultados desas-trosos deste sistema tributário. Afinal, até o cidadão comum já faz compras no exterior e per-cebe a diferença.

(*) Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, palestrante e professor de pós-graduação da PUC- MG e do Instituto IPOG.

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27outubro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Os ministérios da Agri-cultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa), da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC) disponibilizaram R$ 8,9 milhões para financia-mento de projetos de apoio à construção e socialização de práticas agroecológicas e orgânicas.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é o responsável pela chamada pública, publicada em 5 de outubro no Diário Oficial da União, que regra a escolha dos projetos. O prazo para envio de proposta é até 19 de novembro. Os projetos receberão apoio financeiro para atividades de exten-são tecnológica, pesquisas científicas e educação pro-fissional para a construção e socialização de conheci-mentos e práticas relacio-nados à agroecologia e aos sistemas orgânicos de pro-dução. A chamada também prevê o apoio financeiro à implementação e manuten-ção de Centros Vocacionais Tecnológicos e de Núcleos de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica.

As propostas serão fi-nanciadas com recursos oriundos do Mapa (R$ 1,5 milhões), MCTI (R$ 5,4 mi-lhões) e MEC (R$ 2 milhões). A divulgação dos resultados e o início do financiamento serão realizados em 10 de dezembro.

Projetos de produção orgânica recebem apoio

Chamada pública destina R$ 8,9 milhões para divulgação de práticas agroecológicas

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A batata pré-frita é o único produto do agronegó-cio na lista dos 100 itens au-torizados a subir a alíquota do imposto de importação. A taxa passa a ser de 25% (atualmente é de 14%) e foi autorizado nesta segunda--feira, 1º de outubro, de acordo com a Resolução Ca-mex n°70, publicada no Diá-rio Oficial da União.

A decisão do aumen-to das tarifas havia sido anunciada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) no dia 4 de setembro, quan-do foi encaminhada para a aprovação dos países do Mercosul. Com a confirma-ção do aumento – que está dentro dos termos admiti-dos pela Organização Mun-dial do Comércio (OMC) – a medida passa a valer por um ano, prorrogável por igual período.

O objetivo é estimular a produção nacional e proteger o mercado da crescente im-portação de produtos, princi-palmente da Europa. Segun-do a justificativa da medida, as importações aumentaram 73% em valor e 53% em vo-lume, de 2009 a 2011. No ano passado, 77% das bata-tas pré-fritas compradas por consumidores brasileiros fo-ram importadas.

Importação de batatas

pré-fritas fica mais cara

COMÉRCIO EXTERIOR

Objetivo é estimular a produção

nacional e proteger o mercado interno,

diz o governo

EV

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Volkswagen faz ação promocional para oferecer utilitários a permissionários.

Montadora tem condições especiais para produtor rural,micro e pequenos empresários.

Page 28: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

28 Transporte JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

RECONHECIMENTO

A Mercedes-Benz conquis-tou quatro troféus no Prêmio Marca Brasil 2012, importante iniciativa de reconhecimento do setor empresarial organiza-da pela Trio International Dis-tinction, parceria de 13 entre a Tarcom Promoções e revistas técnicas de diversos segmentos.

Conforme anunciado em 18 de setembro, em São Paulo, a marca foi vencedora nas cate-gorias de caminhões médios e

de semipesados, de acordo com votos de leitores de uma revista do setor.

O reconhecimento foi ainda mais expressivo, com a entrega do Prêmio Top Max, concedido às empresas cujas marcas fo-ram campeãs em oito edições, e Top Absolute, reservado ex-clusivamente àquelas que ven-ceram consecutivamente esse prêmio desde sua a instituição, em 1999.

Mercedes-Benz é eleita marca do ano

Numa pesquisa sobre o im-pacto da poluição na capital paulista, o médico Paulo Sal-diva, professor da Faculdade de Medicina da USP, concluiu que a maior causa de infartos está associada à poluição do ar e permanência no trânsito. “O in-farto de manhã é mais frequente. E ,normalmente , duas horas antes (do infarto) o pa-ciente estava no tráfe-go”, disse o pesquisador.

O estudo foi apresentado na 8ª edição da Conferência BiodieselBR, que aconteceu no início do mês em São Paulo.

O médico que apresentou a pesquisa de abertura do en-

TRÂNSITO E SAÚDE

Poluição mata 4 mil por ano em São PauloDiesel comum é responsável por 40% do ar poluído

contro também forneceu outro dado preocupante: 4 mil pesso-as morrem por ano na cidade, em decorrência de doenças liga-das à atmosfera poluída.

“Esse problema está direta-mente ligado ao uso do

diesel comum, res-ponsável por quase

40% da poluição da capital paulista”, acrescentou.

Ponto de dis-cussão entre os pro-

dutores de biodiesel e o governo, o marco

regulatório do setor prevê o aumento de 5% para até 10% desse combustível no diesel co-mum, o que pode ajudar a com-bater os problemas causados pela poluição.

Uso do biodiesel pode

ajudar a combater a poluição em SP

Segundo o médico Paulo Saldiva, permanência no trânsito e ar contaminado pela fumaça aumentam número de infartos

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ampliou a fiscalização do paga-mento de frete.

O projeto piloto, realizado nas próprias empresas trans-portadoras e nas rodovias do Brasil, foi concluído e começa uma nova ação. A partir de ago-ra, o tema ocupa espaço per-manente nos assuntos da Su-perintendência de Fiscalização (SUFIS). A SUFIS elaborou um manual com procedimentos que são adotados nessas ope-rações. A fiscalização do paga-mento eletrônico de frete passa a integrar a atividade constante da Agência.

Compete às sete unidades regionais da ANTT (RJ, SP, MG, RS, CE, MA e BA), atuar também nos estados vizinhos onde ain-da não exista representação da Agência.

Encontra-se em fase de im-plantação a unidade de fiscali-zação Centro-Norte (DF), com atribuição nos estados de GO, TO, MT, MS, AM e RO.

Com a nova agenda, a fisca-lização da Agência irá atuar nas estradas e na própria sede das empresas transportadoras ou

de embarcadores, bem como de empresas que subcontratam serviços de transporte de car-ga. Até agora a fiscalização já lavrou mais de três mil autos de infração relativos ao descum-primento das normas (Lei nº 442/07 e Resolução da ANTT nº 3.658/11).

Segundo a ANTT, caminho-neiros e transportadoras estão unindo esforços para adaptar--se ao novo sistema de paga-mento.

As regras elaboradas pela Agência criaram a figura das administradoras para fazer o elo entre o contratante do fre-te, o caminhoneiro e o órgão regulador, mas muitas dúvi-das ainda podem surgir entre os profissionais do transporte rodoviário. Para maiores in-formações acesse http://www.antt.gov.br/.

ANTT intensifica fiscalização de pagamento eletrônico de freteAté agora, já foram lavrados mais de três mil autos de infração

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Page 29: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

29outubro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

As rodovias federais bra-sileiras receberão, em 2013, placas em inglês e espanhol. A ação faz parte do Progra-ma Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária (BR--Legal), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O objetivo é atender as neces-sidades de adaptação do país para receber os torcedores durante Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

Assim, as primeiras pla-cas irão para as doze cida-des-sede do torneio da Fifa e, em seguida, para as cida-des que já contam com re-presentativa movimentação turística. O DNIT também pretende ampliar a sinaliza-ção com a implantação de mais sinalizadores reflexivos e sonorizadores nas estradas.

Rodovias federais terão placas em três línguas

O governo federal definiu este mês as regras do novo re-gime automotivo brasileiro, que vigorará entre 2013 e 2017. Segundo o Decreto nº 7.819, o Programa de Incentivo à Inova-ção Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) tem o objetivo de incentivar a efici-ência energética, o desenvolvi-mento tecnológico, a inovação, a segurança e a qualidade dos veículos e das autopeças.

Segundo o ministro da Fa-zenda Guido Mantega, além da geração de emprego, os con-sumidores serão beneficiados, uma vez que poderão adquirir produtos melhores, mais efi-cientes, modernos, com menos emissões de carbono e a preços menores. “Estamos criando con-dições para que o trabalhador e o consumidor possam ser bene-ficiados nesse regime”, destaca.

De acordo com o Inovar-Au-to, as montadoras terão direito a benefícios como a redução de até 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) se apresenta-rem regularidade com o paga-mento de tributos federais e se assumirem o compromisso de desenvolver projetos que atin-jam níveis mínimos de eficiência energética, além de investir em pesquisa e desenvolvimento.Em relação à eficiência energética, por exemplo, os veículos do novo regime terão de consumir, a par-tir de 2017, 12% menos combus-tível do que o valor atual, ou seja, serão mais econômicos.

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

ESTRADAS

Nova política prioriza eficiência energética dos transportesA partir de 2017, meta é produzir veículos que consumam 12% menos combustível e sejam menos poluentes

Exigências

As montadoras instaladas no país terão que cumprir algumas etapas de produção para terem acesso aos benefícios fiscais previstos. Em 2013, devem rea-lizar no Brasil seis das 12 etapas fabris necessárias à produção de veículos.

Esse índice sobe para sete em 2014 e 2015, e para oito eta-pas em 2016 e 2017.

Outro requisito é cumprir,

no mínimo, dois de três itens lis-tados no decreto: investimento em pesquisa e desenvolvimen-to, investimento em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores e participação no Programa Bra-sileiro de Etiquetagem Veicular.

No caso de empresas que não produzam, mas apenas co-mercializem carros no Brasil, a habilitação fica condicionada ao compromisso de importar veí-culos mais econômicos.

Transporte

O governo brasileiro re-duziu de 40% para 10% a tributação incidente sobre o Imposto de Renda (IR) dos caminhoneiros autônomos. A mudança foi incluída na Medida Provisória 582, que trata da ampliação do be-nefício da desoneração da folha de pagamento em 40 setores da economia, entre os quais o transporte rodo-viário de passageiros, aéreo e marítimo.

A medida passa a vi-gorar em 1º de janeiro de 2013. Em nota à imprensa, a União dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam) afirmou que a MP representa “um imenso benefício para a ca-tegoria que, aliado ao fim da carta-frete, traz plenas con-dições ao desenvolvimen-to da profissão e melhoria na qualidade dos serviços prestados”.

“É importante reduzir o imposto de renda da nossa classe, que agora passa a ser efetivamente contribuinte e, assim, poderá ter acesso aos planos do governo de renovação da frota e capaci-dade para financiar melho-res equipamentos e tecno-logias”, avalia o presidente da entidade, José Araújo da Silva.

DESONERAÇÃO FISCAL

Caminhoneiros autônomos

pagarão menos impostos

Benefício começa a valer a partir de janeiro de 2013

Page 30: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

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Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)www.jornalentreposto.com.br

Acesse o site:

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 2012

Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

Qualidade da coleta de lixo continua abaixo das expectativasMaterial passivo de reaproveitamento não deve ser descartado nas caçambas da Ceagesp

Desde que o homem nasce produz lixo. São as fraldas descar-táveis, embalagens do leite, rou-pas, calçados, comida etc. Não im-porta a atividade que exerça. O lixo é uma consequência de todo traba-lho humano. E o lixo aumenta em proporção muito maior em relação ao crescimento populacional.

Se a conta da frase no quadro acima estiver certa, podemos di-zer que todos os brasileiros vivos hoje com 15 anos, quando che-garem aos 70 terão produzidos a cifra de 1.253.420.000.000 (um quatrilhão, duzentos e cinquenta e três trilhões, quatrocentos e vinte bilhões) de quilogramas de lixo ou simplesmente 1.253.420.000 (um bilhão duzentos e cinquenta e três milhões, quatrocentos e vinte mil toneladas).

Dá para imaginar a altura des-ta montanha de lixo? E estamos falando de apenas cerca de 50 milhões de pessoas segundo es-tatísticas do IBGE. Um dado desta grandeza demonstra, fatalmente, que, se não começarmos agora mesmo a agir com seriedade na questão do tratamento do lixo produzido por nós, uma calamida-de poderá se abater sobre todos.

Não adianta pensarmos que os governos irão agir para evitá--la. Eles simplesmente não terão como lidar com uma catástrofe de tal proporção. Os primeiros re-sultados já podemos ver nas ruas e avenidas, nos rios e córregos de todas as cidades brasileiras. E aqui mesmo no Ceasa da para no-tar que a questão do lixo passou do ponto.

A conta só aumenta, mas a qua-lidade do serviço estagnou. Então, devemos tomar a iniciativa de agir para melhorarmos a limpeza e higiene de nosso entreposto. Sim, embora paguemos uma fortuna para varrição, coleta, transporte, depósito no aterro, se não tomar-mos a questão em nossas mãos, não teremos jamais redução algu-ma na conta que pagamos.

Então, que cada um adote em

seu estabelecimento a reciclagem de forma consciente, porém, de-finitiva. Recicle papel, papelão, plástico, vidros, metais, lâmpadas elétricas. Enfim, todo e qualquer material passível de reaproveita-mento não deve ser descartado diretamente nas caçambas que a Ceagesp coloca nos pavilhões. En-tregue à coleta de lixo da Ceagesp somente os resíduos separados.

Mesmo as sobras de frutas, le-gumes, verduras e outros vegetais podem ser reaproveitados para compostagem e geração de ener-gia. Faça sua parte, não espere os outros fazerem a sua primeiro.

Vamos assumir de vez que, ao invés de continuarmos pagando continuamente os aumentos na conta do lixo, queremos ver au-mentados os índices de recicla-gem do entreposto e reduzida a conta que pagamos.

A situação atual lixo no ETSP

Circular pelo Entreposto Ter-minal de São Paulo deveria ser um prazer para qualquer um. Primei-ro pela riqueza de cores. Segundo pela variedade de cheiros e sabo-res. No entanto se você circular somente pelas vias de trafego ao redor dos pavilhões comerciais, verá que os sentidos despertados são outros. A começar pela forma como é tratada a questão da ges-tão do lixo no local.

Uma constatação é obvia. O brasileiro simplesmente não se conscientizou do quanto está pa-gando pelo desperdício. Basta ver que ainda há gente que acha que o entreposto é local de descarte de lixo gerado fora do local, em res-taurantes, lanchonetes, supermer-cados, feiras livres etc.

Na seção de fotos realizadas recentemente flagramos variadas situações. Vejam esta, por exem-plo, o cidadão do caminhão baú jogando na caçamba as sobras de alface de um supermercado ou distribuidor.

Até um colchão encontramos descartado sobre um monte de palha. Onde está nossa consci-ência de que aqui é um local de comércio de alimentos? Será que ninguém se dá conta do mal que faz a si mesmo e aos outros ao proceder de forma tão despreocu-pada com a saúde – física e finan-ceira – alheia?

Apostilas do Ensino Médio com o brasão do Governo do Estado de São Paulo foram descartadas nas ruas do entreposto

Page 31: Jornal Entreposto | Outubro de 2012

31outubro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

CÁ ENTRE NÓSPor Manelão

Os ramos de uva na parreira já foram podados e a brotação vem saindo com vigor. O senhor João Pe-reira, morador do bairro da Roseira, em Jundiaí, torce para não haver chu-vas de granizo e, com o clima favo-rável, espera ter fartura da fruta no natal.

Em 5 de outubro foi celebrado o Dia Mundial do Voluntarido Vivo. A Nossa Turma foi eleita o melhor pro-jeto social da zona oeste paulistana e recebeu perto de 300 voluntários que vieram dar um toque de elegân-

Primavera da prosperidade

cia na nossa sede. As salas de aula foram pintadas e as lousas que fo-ram colocadas na inauguração, há 14 anos, e já estavam “cansadas”, foram todas substituídas.

Os sanitários foram reformados, as divisórias, que eram de fórmica, foram trocadas por granilites e a mesa do refeitório foi toda pintada com as cores da primavera.

A porta de entrada, em que a fer-rugem já se fazia presente, foi toda recuperada e estampada com a ca-ricatura do Romero Brito, cuja relei-tura foi traçada pelo nosso ex-aluno

José Eduardo da Silva Lima.Os voluntários do pincel e

do spray não economizaram na cor e os muros da quadra esportiva foram grafitados com desenhos. As paredes da esco-la se transformaram num mural cultural. Você precisa conhecer.

Às seis da manhã, na co-zinha da Comitiva Capiau, Fa-biana e Dona Vera preparavam as galinhas enquanto o senhor Aristides acendia o fogo e ajei-tava os temperos.

Quarenta voluntários foram para a Companhia dos Bichos, em Cotia, onde a criançada pôde participar da ordenha das vacas e conhecer tudo da mini--fazenda. Para lá foram três ôni-bus com as nossas educadoras e escoltados por uma ambulân-cia com dois socorristas e um médico. Lá passaram o dia. Os adolescentes da Classe Am-pliada e do futebol assistiram a uma sessão de cinema no Cinemark Shopping Villa Lobos e a tarde foram para o Museu do Futebol.

Um grupo de 60 voluntá-rios ouviu, atento, a palestra do professor de Captação de Recursos Marcelo Stravis, que os motivou a irem aos permis-sionários apresentar a Nossa Turma. Trinta voluntários foram para a comunidade implantar um play ground na Praça do Sin-gapura Villa Lobos.

Por volta das 11h, tivemos a honra de receber a diretora presidente da Fundação Telefô-nica do Brasil, François Trape-nardi, que foi cumprimentada pelo senhor Silvio da Silva, di-retor da Ciesp Oeste, além de Laura, gerente da unidade. Tam-bém cumprimentou a todos os voluntários e à arquiteta Miriam Bloos, que na oportunidade, re-presentou o Presidente da Cea-gesp Mauro Maurici.

François visitou todas as dependências da companhia e foi ver o trabalho na comunida-de. No asfalto foi pintado jogos de amarelinha e os brinquedos foram colocados e pintados e a comunidade pediu que fosse instalado um orelhão na praça. As 12h Fabiana da Capiau, me-dalha de bronze em Barretos, tocou o berrante, e as filas para saborear a galinhada foi grande.

Enquantos o voluntários iam almoçando, a presidente foi convidada a plantar uma muda de ipê amarelo na companhia de Estanislau Bassols, diretor executivo de grandes clientes do Grupo Vivo. Após o almoço, François despediu-se, deixando a missão de encerramento para o diretor. Os nossos agradeci-mentos à gerência da Ceagesp, que liberou um espaço no es-tacionamento do PBCF para 5 ônibus, 2 ambulâncias e 3 auto-móveis da diretoria. Os colabo-radores da Diebold, realizaram uma prova pedestre e o dinheiro obtido com a venda de camise-tas do evento foi revertido para a Nossa Turma.

Dia 11 de novembro haverá um bingo beneficente na Nossa Turma, com vários eletrodomés-ticos, camisa do Ganso (San-tos) autografada e camisa da seleção de futsal autografada pelo craque Falcão. O prêmio maior será de R$ 2.000,00. As cartelas estão a venda na nossa sede. Fone: 3832-3366 (Adriana ou Silvana).

Estanislau Bassols, diretor executivo de grandes clientes do

Grupo Vivo

Horário de atendimento: de segunda a sexta, das 8h às 17h30Matriz SP: Rua Mergenthaler, 192 - travessa da Rua Imperatriz LeopoldinaVila Leopoldina - CEP 05311-030 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3649-9800

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