jornal entreposto | maio de 2013

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CHEGOU A FEMETRAN Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas 21 a 24 de maio CEAGESP

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Maio de 2013

CHEGOU A FEMETRANFeira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas

21 a 24 de maioCEAGESP

Page 2: Jornal Entreposto | Maio de 2013

www.femetran.com.br 11 3831.4875

Visite a feira de negócios de transporte

da Ceagesp e entre em sintonia com as

novas tecnologias que as principais

montadoras estarão oferecendo para

melhorar a qualidade do seu serviço

em condições especiais.

Page 3: Jornal Entreposto | Maio de 2013

Permissionários comemoram alta nas vendas de abacate no ETSP

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 156 | maio de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 24

PÁGINA 21

Evento |

Biotecnologia |

Artigo | PÁGINA 12

PÁGINAS 6 a 11

Colunista analisa o mercado brasileiro deantúrios

PÁGINA 26Índice | Apesar da oscilação de preços, companhia registra leve alta de 0,5% em abril

PÁGINA 16Varejo | Consumidor gastará R$ 80 bilhões em alimentos saudáveis, aponta Apas

Fiesp recebe 2º Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas

PÁGINA 29Cá entre nós | Queima do Alho:Festa gastronômica reúne comitivas e permissionários

Frutas Legumes Verduras Diversos-0,86 % -0,63 % 17,34 % -0,16 -2,01Baixa Baixa Alta Baixa Baixa

Índice Ceagesp - abril 2013

Geral0,5 %Alta

Pescado

Del Monte testa variedade transgênica de abacaxi na América Central

disponibilizam livros para empréstimo

Pesquisa do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp revela bom momento da comercialização da fruta no entreposto, enquanto produtores e permissionários se qualificam para atender a crescente demanda

JE e Sala de Cultura Ceagesp

PÁGINA 25

PÁGINA 4

Festival de sopas aquece noites de São PauloAlém da tradicional sopa de cebola, o chef Ivair Félix elaborou cardápio para atender todos os paladares

Presidente da Ceagesp assume comando da Abracen

PÁGINA 2 PÁGINA 20

Qualidade Estudo retrata mercado através da percepção dos seus usuáriosSegurança do entreposto deixou de ser motivo de queixa entre atacadistas e compradores

CAROLINA DE SCICCO

Page 4: Jornal Entreposto | Maio de 2013

02 Gastronomia JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

Festival resgata nostalgia da sopa de cebola

A tradicional sopa de cebola do Ceasa voltou a ser servida no entre-posto paulistano da Ceagesp. De 8 de maio a 18 de agosto, sempre de quar-ta-feira a domingo, os gourmands in-teressados em saborear o prato que trazia diariamente milhares de pau-listanos ao maior mercado atacadis-ta de alimentos frescos da América Latina poderão experimentar esta e outras delícias preparadas pelo chef Ivair Félix.

O renomado profissional, que co-manda as caçarolas na requintada cozinha do Hotel Rancho Silvestre, divide, mais uma vez, seu tempo en-tre a hotelaria e o Festival de Sopas. “É um imenso prazer cozinhar neste evento gastronômico que resgata parte da história de São Paulo”, diz.

Além da cebola, Ivair insere

quatro receitas de sopas diferentes todas as semanas no cardápio. Neste ano, paulistanos e turistas poderão se servir das sopas de taioba, ora-pro-nobis, canjica, bacalhau à moda portuguesa, capeletti in brodo, ar-roz doce, creme de milho com queijo catupiry, entre outras saborosas op-ções que podem ser harmonizadas com diversos rótulos nacionais e im-portados da carta de vinhos.

“Outra novidade que vou pre-parar este ano é a sopa de pedra”, adianta o chef, lembrando que o prato lendário de Portugal será com-posto por legumes e carne cozidos e esquentados numa cumbuca com pedra quente. “Muitas culturas tam-bém fazem esse tipo de sopa, em que a pedra é apenas o pretexto para co-zinhá-la”, acrescenta.

Pelo 5º ano consecutivo, evento serve aos paulistanos e turistas prato que marcou época na capital

Paulo FernandoDe São Paulo

:: SERVIÇO ::

Festival de Sopas Ceagesp 2013

Quando: de 8 de maio a 18 de agosto.

Quarta, quinta e domingo, das 18h às 00h; sexta e sábado, das 18h às 2h.

Preço: R$ 26,90 (por pessoa, sem cobrança de serviço) com buffet self service de sopas à vontade. Os antepastos e as bebidas são cobrados à parte

Pagamento: dinheiro, cartões de débito, Visa e Mastercard

Onde: no antigo prédio do Unibanco

Mais informações: www.festivaldesopasceagesp.com.br

Page 5: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 03Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 6: Jornal Entreposto | Maio de 2013

04 Abracen JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

Presidente da Ceagesp assume comando da Abracen

Em cerimônia realizada no dia 30 de abril no auditório do ETSP, Mário Maurici, presiden-te da Ceagesp, assumiu o co-mando da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Na ocasião, estive-ram presentes representantes de todo o setor que parabeniza-ram Maurici pelo novo cargo e ofereceram apoio na nova em-preitada.

O ex-presidente da associa-ção João Alberto Lages falou so-bre a satisfação de ter o amigo como o sucessor de seu trabalho. “De forma legítima e apoiado por todas as Ceasas brasileiras, Mário Maurici, um competente administrador, toma posse hoje na Abracen. Desejo muito suces-so e deixo o meu apoio”, anun-ciou.

Representando o governo federal, o ministro-chefe da Se-cretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, elogiou os esforços da presi-dente Dilma Roussef em apoiar uma política integrada de abas-tecimento nacional e seguran-

ça alimentar. “Temos enormes problemas, mas nós queremos continuar sentando à mesa com os cidadãos brasileiros, empre-sários, trabalhadores e com as organizações não-governamen-tais, para discutir democratica-mente os melhores caminhos para o Brasil. É importante sa-ber ouvir e negociar”, disse o ministro.

Maurici afirmou que a nova gestão deve ser de continuidade no sentido de reunir o setor e dialogar com todos os integran-tes da cadeia de abastecimento “para que se compreenda de uma vez por todas a importân-cia das centrais na aplicação das políticas públicas de segurança alimentar”.

Ainda durante o evento foi lançada a Campanha de Incen-tivo ao Consumo de Frutas, Ver-duras e Legumes, uma inciativa do Ministério de Saúde, Ministé-rio do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Abracen. “Essa campanha é nossa respon-sabilidade, é a nossa missão”, fi-nalizou o presidente.

CAROLINA DE SCICCO

1 2

3 4 5 6

1 Mário Maurici - presidente da Ceagesp e novo presidente da Abracen / 2 Gilberto Carvalho - ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República / 3 João Lages - secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura / 4 Antônio Reginaldo Moreira - Ceasa CE / 5 Ronaldo Navarro representante da Brastece / 6 Luiz Damaso Gusi - Ceasa PR

Page 7: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 8: Jornal Entreposto | Maio de 2013

06 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricul-tura e Alimentação) a produção mundial de abacate em 2011 foi de 4,4 milhões de toneladas e está vem crescendo rapidamen-te ao longo dos últimos cinco anos. O maior produtor é o Mé-xico, responsável por nada me-nos que 25% do total mundial, seguido de longe pelo Chile com 8,3%. Os dois países são tam-bém os maiores exportadores mundiais (FAO, 2013). O Brasil é o nono produtor, de acordo com os dados organização a produ-ção nacional em 2011 foi 160,4 mil toneladas colhidas em 10,75 mil hectares, o que corresponde a 3,62% da colheita global e as nossas exportações ainda não alcançam valores significativos quando estes são comparados com os grandes exportadores. Conforme o IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) o abacate é a décima sétima fruta mais pro-duzida no país (IBRAF, 2012).

Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística) são muito semelhantes aos da FAO e por eles produzi-mos as mesmas 160 mil tonela-das em 2011. A produção brasi-leira de abacates se concentra fortemente em duas unidades da federação, São Paulo e Minas Gerais que participara, respecti-vamente, com 52,4% e 19,82%. Além destes dois, pode-se cons-tatar que o Paraná (8,77%) e o Rio Grande do Sul (5,13%) tam-bém possuem produção signifi-cativa.

Quanto aos dados produção paulista, ocorre uma divergên-cia entre os dados do IBGE e do IEA (Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento). En-quanto o IBGE (2013) aponta uma produção de 91,9 mil to-neladas em 2011, o IEA (2013) apurou uma produção de 82,3 mil toneladas. Um caso curioso é o do município de Cafelândia que fica na Regional Agrícola de

Bauru, segundo o IBGE (2013) o munícipio produziu 13,2 mil toneladas de frutos de abaca-te em 2010 e 2011 e de acordo com o IEA (2013) produziu a mesma quantidade em 2008, 2009 e 2010. Porém, o infor-mado por Kavati (2013) que remeteu via correio eletrônico dados do LUPA (Levantamento das Unidades de Produção Agrí-cola da Coordenadoria de Assis-tência Técnica Integral – CATI) realizado entre 2007 e 2008, Cafelândia conta com apenas 9 propriedades que se dedicam a abacaticultura e estas cultivam apenas 33 hectares.

Apesar das diferenças entre os dados do IBGE (2013) e do IEA (2013), ambos os institutos constatam que a produção pau-lista se concentra fortemente em municípios de três regionais agrícolas: Campinas, Ribeirão Preto e Bauru.

A produção mineira se con-

centra em duas regiões, no Sul Mineiro nas áreas fronteiriças com as Regionais Agrícolas paulistas de Ribeirão Preto e de Campinas, onde estão os muni-cípios de São Tomás de Aquino, São Sebastião do Paraíso e Três Corações e a região do Alto Pa-ranaíba no Sudoeste de Minas Gerais onde está Rio Paranaíba, Monte Carmelo e São Gotardo.

Segundo Almeida (2011) de toda remessa de produto que chega ao Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Compa-nhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (ceagesp) é recolhida pelo serviço de porta-ria uma via da respectiva nota fiscal, ou no caso de nota fiscal eletrônica uma cópia do docu-mento auxiliar de nota fiscal eletrônica (DANFE). Estes do-cumentos são encaminhados para a Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) onde as seguintes informações são

codificadas e armazenadas em um banco de dados eletrônico: produto, variedade, município de origem e respectiva unidade da federação, país de origem no caso de produto importado e o atacadista destinatário da mercadoria. O nome desta base de dados é “Sistema de Infor-mação e Estatística de Merca-do”, conhecido pela sigla SIEM Ceagesp. O sistema começou a funcionar em 2007, de modo que a partir de janeiro deste ano podemos contar com informa-ções mais precisas a respeito da comercialização no entreposto paulistano.

O mercado de abacates na Ceagesp pode ser dividido em função de dois grupos varietais completamente distintos. O pri-meiro é o do abacate “comum” formado por cultivares da raça antilhana e seus híbridos desta com a raça guatemalense, são frutos grandes, com baixo ou

médio conteúdo de óleo (TEI-XEIRA, 1995), são bem mais conhecidos da população que geralmente os consome com açúcar e suco de lima ácida (li-mão) ou como ingrediente de “vitaminas” de frutas com leite, formas de preparo tipicamen-te brasileiras (KOLLER, 2002). Segundo o SIEM da Ceagesp (2013a) o volume comercializa-do de frutos deste grupo totali-zou 43,1 mil toneladas em 2012, o que corresponde a 99,49% do total transacionado no ETSP. Estes frutos são embalados em caixas de madeira tipo “K” (des-cartável) ou “M” (retornável) de 22 kg e mais modernamente em caixas de papelão ondulado com a mesma capacidade ou um pouco menos. Atualmente as principais cultivares comerciali-zadas no entreposto são: ‘Breda’, ‘Fortuna’, ‘Geada’, ‘Margarida’ e ‘Quintal’ (Ceagesp, 2013a). A comercializada em maior quan-tidade em 2012 foi a ‘Fortuna’ com 29,63% do montante dos abacates “comuns”, seguida pela ‘Breda’ (19,90%), ‘Margarida’ (14,48%), ‘Quintal (19,02%) e ‘Geada’ (12,55%). A soma de todas as outras cultivares foi de apenas 4,43% (Ceagesp, 2013a).

A Tabela 1 mostra a sazona-lidade média entre 2007 e 2011 destas cultivares no ETSP da Ce-agesp. Normalmente os meses com maior falta de abacates são novembro e dezembro, outubro e janeiro registram entrada me-nor que a média, portanto, es-tes meses tendem a ser os com maiores preços de venda no ata-cado.

A classificação comercial dos abacates “comuns”, segundo Bo-nella (2013) é baseada no nú-mero de frutos na “boca” como é chamado no mercado ataca-dista a camada superior das cai-xas “K” e “M”, ambas com o peso aproximado de 22 quilogramas. As “bocas” mais usuais no mer-cado para a caixa K são a 8, a 10 e eventualmente a 12 quando os frutos são muito pequenos. Na caixa “M” se trabalha com os “bocas 6, 9, 15 e 18. Na caixa “K”,

O abacate no mundo, no Brasil e no Entreposto Terminal de São Paulo

Gabriel V. Bitencourt de AlmeidaEngenheiro agrônomo M.Sc. do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Estudo do CQH revela que a comercialização da fruta na Ceagesp deu um grande salto nos últimos anos e os preços em alta indicam aumento do consumo

Page 9: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 07QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

mais estreita e fechada, normal-mente se colocam 4 ou 5 cama-das de frutos e duas fileiras por camada.

A caixa “M” é mais rasa, lar-ga e aberta na parte superior, consegue acomodar 3 camadas de frutos e um número maior de fileiras por camada, 3, 4, ou 5 dependendo do tamanho dos abacates.

A classificação nas caixas de papelão ondulado é semelhante à da caixa “M”. O tamanho dos frutos mais valorizado na caixa “K” é a “boca” 8 e na caixa “M” e de papelão ondulado o tipo 12, ou seja, frutos médios. Os muito pequenos ou muito grandes são depreciados.

A qualidade externa do fru-to, observada através da au-sência de ou da quantidade de danos mecânicos, presença de manchas e de doenças além do estádio de maturação são os fa-tores mais importantes para a valoração ou formação de preço para os abacates “comuns”. O outro grupo, que acabou sen-do conhecido no mercado pelo nome de avocado (abacate em Inglês) graças ao trabalho de-senvolvido primeiramente pela empresa Jaguacy de Bauru (SP) é composto principalmente por duas cultivares ‘Hass’ e ‘Fuerte’.

Ambas produzem frutos bem menores, com caroço relativa-mente grande e com alto con-teúdo de óleo, são híbridos das raças mexicana e guatemalense (TEIXEIRA, 1995).

Geralmente são comercia-lizados em caixas de papelão ondulado de 4 kg ou em ban-dejas de poliestireno. Pelo alto

Cultivar Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Breda -58 -99 -100 -100 -97 -89 -70 -25 263 216 109 50

Fortuna -99 -86 120 134 110 84 68 58 -92 -99 -100 -100

Geada 391 473 -51 -96 -99 -99 -100 -100 -99 -100 -93 -28

Margarida -62 -96 -86 -76 -73 -62 -47 -34 197 141 122 76

Quintal -100 -94 99 117 107 100 94 67 -93 -100 -100 -100

Outros 181 532 36 -95 -97 -80 -55 -67 -96 -84 -95 -81

Geral -2 12 17 14 7 1 2 3 15 -6 -27 -35

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 0,93 0,61 0,80 0,81 0,87 0,95 1,03 1,19 1,12 1,49 2,03 2,36

2009 1,33 0,87 0,99 0,96 1,02 1,03 1,17 1,38 1,60 1,72 1,70 1,47

2010 1,44 1,09 1,20 1,09 1,07 1,06 1,23 1,30 1,74 2,34 2,82 2,86

2011 1,33 1,30 1,35 1,45 1,38 1,52 1,78 2,30 2,37 2,61 2,92 2,16

2012 1,50 1,04 1,25 1,08 1,18 1,30 1,68 1,78 1,95 2,68 3,50 3,63

Média 1,32 0,96 1,12 1,08 1,11 1,17 1,37 1,57 1,77 2,12 2,52 2,39

Tabela 1 – Sazonalidade média das principais cultivares de abacate “comum” no ETSP da Ceagesp (2007 a 2012)

Fonte: SIEM CEAGESP (2013)

Tabela 2 - – Preço Médio (R$/kg) * do abacate “comum” no ETSP da Ceagesp de (2008 a 2012)

Quanto mais intenso o tom de verde maior é o preço mensal dentro do respectivo ano | *Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

conteúdo de óleo são adequa-dos para preparações salgadas, que, aliás, é a maneira como o abacate costuma ser consumi-do no restante do mundo. Os avocados representam apenas 0,51% do montante de abacates comercializados são frutos com preço por quilograma de valor muito mais elevado que os aba-

cates “comuns” e ainda é grande o desconhecimento por parte da população brasileira a respei-to do uso do abacate em pratos salgados.

Constata-se que a comercia-lização de abacates “comuns” no ETSP deu um grande salto entre 2007 para 2012, passando de 34,9 mil para 43,1 mil toneladas

no último ano, ou seja, um incre-mento de 44,59%. No mesmo período a quantidade comer-cializada de avocados passou de 81 para 223 toneladas, um cres-cimento de 175,65% (Ceagesp, 2013a).

Em 2011 foram comerciali-zados na ETSP da Ceagesp 33,3 mil toneladas de abacate e se-gundo o IBGE (2013) o Brasil produziu 160,4 mil toneladas neste ano, assim passaram pelo entreposto de São Paulo nada menos que 20,75% de toda a produção brasileira de abacates.

Na comercialização do en-treposto em 2012, os abacates ocuparam a vigésima sexta po-sição em volume comerciali-zado e a trigésima terceira co-locação em volume financeiro movimentando 45,6 milhões de reais. Considerando-se apenas o setor de frutas o abacate fica com a décima quinta colocação em volume de comercialização e a vigésima em movimentação financeira (Ceagesp, 2013b).

Os principais municípios brasileiros fornecedores de abacates “comuns” ao ETSP da Ceagesp que com a exceção de Arapongas que fica no Norte do Paraná, são todos grandes pro-dutores de São Paulo e Minas Gerais.

Page 10: Jornal Entreposto | Maio de 2013

08 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013Qualidade

Gráfico 1

Evolução da quantidade de abacate “comum”

comercializada no ETSP da Ceagesp

29.801

34.806

39.251

36.426

33.144

43.090

25.000

27.000

29.000

31.000

33.000

35.000

37.000

39.000

41.000

43.000

45.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Qua

ntid

ade

(t)

Ano

Gráfico 2

Variação anual do preço médio ponderado*

(R$/kg) de abacate “comum” no ETSP da

Ceagesp

*Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

R$ 1,00

R$ 1,10

R$ 1,20

R$ 1,30

R$ 1,40

R$ 1,50

R$ 1,60

R$ 1,70

R$ 1,80

R$ 1,90

2008 2009 2010 2011 2012

Preç

o (R

$/kg

)

Ano

Gráfico 3

Variação anual do preço médio ponderado*

(R$/kg) de abacate “comum” no ETSP da

Ceagesp

*Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

R$ 0,00

R$ 0,50

R$ 1,00

R$ 1,50

R$ 2,00

R$ 2,50

R$ 3,00

R$ 3,50

2008 2009 2010 2011 2012

Preç

o m

édio

(R$/

kg)

Ano

Breda Fortuna Geada Margarida Quintal

Segundo Gonçalves é importante ressaltar que Jardinópolis e Altinópolis, ambos na Regional Agrí-cola de Ribeirão Preto, além de grandes produto-res concentram vários co-merciantes intermediários que compram abacates de produtores de diversas re-giões, executam o trabalho de classificação nestas lo-calidades e enviam para o ETSP com umas novas no-tas fiscais, por isto, certa-mente várias remessas com origem nestes municípios, são na verdade de abacates produzidos em outras mu-nicípios e regiões, princi-palmente no Alto Parnaíba em Minas Gerais (Ceagesp, 2013).

Apesar do aumento quase constante na quan-tidade comercializada, com uma queda em 2011 (Grá-fico 1), os preços parecem seguir uma tendência de alta (Gráfico 2), que pode indicar um aumento no consumo, talvez motivada por uma série de matérias na imprensa que tratam dos benefícios da fruta para a saúde e além disto o sabor é apreciado pela maior parte das pessoas, isto pode gerar um ciclo virtuoso, onde as pessoas fazem as compras por mo-tivos de saúde e passam a apreciar a fruta. A pequena queda em 2012 pode ser explicada por um aumento proporcionalmente muito maior da quantidade co-mercializada no ano passa-do (Gráfico 1).

Quanto à variação anu-al os preços se comportam de maneira semelhante ano após anos, com o pico de valor, na maior parte das vezes, em novembro e dezembro (Tabela 2). Isto explica por que a cultiva-res ‘Breda’ e ‘Margarida’ são as que vem obtendo os maiores preços (Gráfico 3, já que são as mais tardias e apesar de terem o pico de oferta em setembro (Tabe-la 1) são capazes de man-ter a produção nos últimos meses do ano. Além do que, quanto mais tardia a cultivar, maior o conteúdo de óleo, melhor e o sabor e aceitação do produto. As variedades muito precoces, como a ‘Geada’ possuem conteúdo de óleo muito baixo.

Page 11: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado

copa2014.gov.brtwitter.com/copagov

facebook.com/CopaGov

O maior espetáculo da Terra vai começar. E o primeiro

capítulo é agora, com a Copa das Confederações da

FIFA Brasi l 2013TM. No ano que vem, o Brasi l não vai

fazer só mais uma Copa do Mundo. Vai fazer a melhor

Copa de todos os tempos. Vamos mostrar ao mundo

que, além do país do futebol, somos também o país

da inclusão social, da criatividade, das oportunidades,

da superação. Somos 200 mi lhões de bras i l e i ros

que jogam juntos . Somos “A Pátr ia de Chute i ras” .

Paulo FernandoDe São Paulo

A Apeam (Associação dos Produtores e Exportadores de Avocado de Michoacan) anun-ciou que os embarques da fruta para o mercado norte-america-no devem ultrapassar 450 mil toneladas até o fim da atual sa-fra. O volume supera o recorde do ano passado.

A entidade espera 12% de crescimento na quantidade embarcada entre abril e junho. “Isso deve ocorrer em função da firme demanda por frutas

México exporta mais abacate para os EUAEntidade que representa os fazendeiros prevê crescimento de 12% no volume embarcado até junho

COMÉRCIO INTERNACIONALDICA DE LEITURA

de qualidade e fortes iniciativas de promoção do nosso produto no exterior”, disse o diretor de marketing da associação, Edu-ardo Serena, em comunicado à imprensa.

Até o dia 5 de maio, o Mé-xico enviou 425 mil toneladas de abacate para o país vizinho, desempenho superior ao re-gistrado em 2012. No mesmo período do ano passado, os fa-zendeiros mexicanos exporta-ram 297 mil toneladas para seu principal parceiro comercial, revelam os dados do Departa-mento de Agricultura dos EUA.

O livro Frupex - Abaca-te para Exportação: Aspectos Técnicos da Produção, de Luiz Carlos Donádio, faz parte da coleção de manuais que aborda aspectos relativos à produção, colheita e pós-colheita de fru-tas para exportação. À venda na livraria virtual da Embrapa (hvendasliv.sct.embrapa.br), R$ 9,00.

Literatura especializada

Page 12: Jornal Entreposto | Maio de 2013

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 201310

Principais variedades de abacate comercializadas na CeagespIlustraçõesBertoldo BorgesCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A cada safra, a atacadista Ir-mãos Orioli produz e comercia-liza cerca de 150 mil caixas de abacate. A plantação, iniciada na década de 70, em Ribeirão Pre-to, interior de São Paulo, ainda rende frutas de árvores semea-das há mais de 30 anos. O segre-do, segundo o permissionário Devanir Orioli, é a atenção dis-pensada ao plantio que requer

Irmãos Orioli: cuidado no plantio propicia alta produtividade de abacate

Investimento constante garante pomares saudáveis por décadas

competitivos”, garante o empre-sário.

Apesar da dificuldade em conseguir mão-de-obra para lidar com os altíssimos pés de abacate, a empresa está cons-tantemente investindo na pro-dução e consegue manter seus pomares saudáveis por vários anos. “Estamos sempre atentos e conseguimos conter proble-mas pragas ou doenças decor-rentes do clima antes de não comprometer toda a área plan-tada”, explica Devanir, comple-tando que a Orioli distribui para todas as regiões do Brasil.

cuidados específicos para se manter ativo durante décadas. “Além disso, requer uma vida in-teira de dedicação do produtor. O risco de perder todo o pomar é grande”, completa.

Para Orioli, o consumo de abacate aumentou nos últimos anos, o que facilitou o escoa-mento da produção de agricul-tores que não se renderam à de cana-de-açúcar e dedicaram muito tempo para conseguir altos números na produção. “Dessa maneira, conseguimos colocar excelentes frutas no mercado com preços bastante

Mercado

No final da década de 1980, depois de se formar técnico agrícola, Luiz Antonio Pain veio para a Ceagesp cuidar da co-mercialização das frutas que o pai produzia. Aos poucos, mes-clando a longa experiência da família e a técnica aprendida nos cursos, Luiz colocou a ata-cadista Pain em lugar de desta-que no entreposto de São Paulo.

Atualmente, a atacadista Pain produz abacate, manga,

maracujá, pinha e romã nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Bahia e percebeu, nos últimos anos, um bom aumento no consumo interno do fruto do abacateiro. “Ainda faltam cam-panhas de divulgação.

Existem bastante áreas sen-do plantadas e daqui alguns anos, precisamos de consumi-dores para escoar a safra”, ana-lisa Luiz. “Investimentos em pesquisas e técnicas de cultivo

renderam boas variedades des-sa fruta”, completa.

Para o técnico, a integração e troca de informações entre os produtores permitiu o avan-ço dos pomares de abacate que não foram substituídos pela ca-na-de-açúcar, cultura que avan-ça rapidamente no estado de São Paulo. Nos campos da Pain, o solo e as plantas recebem o tratamento adequado para fica-rem livres de pragas e doenças.

Pain investe em tratos culturais e realça qualidade das frutas

“Bons tratos culturais são essenciais para colher frutas perfeitas e temos nos esforçado para manter a qualidade dos produtos”, promete Luiz Antonio.

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maio de 2013 11EntrevistaUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Devido a sua ampla adapta-ção a diferentes condições de solo e clima, o cultivo do aba-cateiro ocorre em países como México, Chile, EUA, África do Sul, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia e Peru. O Brasil, no entanto, ocupa apenas a 7ª posição, produzindo 152.181 toneladas em 11.637 hectares distribuídos em todo o país, principalmente nas regiões Su-deste, Nordeste e Sul. Em entre-vista, Simone Rodrigues da Sil-va, docente do Departamento de Produção Vegetal (LPV) na área de fruticultura, abordou os motivos da participação ainda restrita do país nesse mercado e apresentou pesquisas desen-volvidas na ESALQ com intui-to de melhorar a produção e a qualidade do fruto.

Porque a participação do Brasil ainda mostra-se tímida nessa cultura?

Simone Rodrigues da Sil-va: A participação brasileira no mercado mundial ainda é mui-to restrita principalmente pela baixa produtividade e qualida-de dos frutos decorrentes da falta de condições adequadas de manejo, assistência técnica especializada, desenvolvimen-to de pesquisa local, problemas de logística ao longo da cadeia de comercialização e de uma política nacional para a expan-são da cultura.

Quem mais produz abaca-te no país?

SRS: O Estado de São Pau-lo é o principal produtor, com 82.014 toneladas anuais, que representam 53,9% da produ-ção nacional, seguido de Mi-nas Gerais, com participação de 18,7%, Paraná (10,4%) e a região Nordeste (6,2%). Os pomares de abacateiros estão distribuídos por todo o Estado de São Paulo, mas 75% da área total plantada concentra-se em 39 municípios, sendo os princi-pais Mogi-Mirim, Jardinópolis, Bauru, Santo Antônio da Posse, Araras e Tupã.

Mas a produção mostra uma tendência de ascensão?

SRS: Historicamente, o culti-vo de abacate no Brasil édescri-to como uma cultura de ‘inte-resse crescente e alto potencial produtivo’, no entanto, a produ-

Atualidades e perspectivas da cultura do abacateiro no Brasil

ção nacional diminuiu no tem-po de 474.538 t em 1990 para 139.089 t em 2009 (-70%).

A que podemos atribuir essa queda?

SRS: Podemos atribuir ao interesse dos produtores por culturas de maior rentabilida-de, por ser erroneamente con-siderada uma fruta “gordurosa” e pelo hábito do brasileiro em consumi-la como sobremesa, batida com açúcar e leite, o que limita sua expansão.

Mas suas características nutritivas podem reverter esse quadro?

SRS: Pesquisas recentes confirmam a alta qualidade nutritiva e nutracêutica do aba-cate, comprovando seu efeito na redução dos níveis sanguí-neos de colesterol ruim (HDL), colesterol total e triglicérides, além de seu efeito no controle da glicemia em pacientes dia-béticos. Outros estudos têm sido conduzidos sobre o apro-veitamento industrial do aba-cate para a extração de óleo e álcool utilizados na geração de biocombustível e na fabricação de tintas, cosméticos, medica-mentos e alimentos.

Temos potencial para ex-portar abacate?

SRS: O aumento no preço pago pela fruta nos últimos anos, principalmente as tar-dias, vem estimulando o plan-tio de novos pomares em São Paulo e Minas Gerais. O cultivo da variedade de exportação ‘Hass’, também conhecida como “avocado” tem se expandido no Estado de São Paulo, permitin-do o crescimento expressivo das exportações brasileiras, ge-rando divisas, emprego e renda por ser ofertada na entressafra do Hemisfério Norte, o que ga-rante bons preços pagos pelo mercado europeu.

Mas esta ainda não é uma realidade?

SRS: Com a intensificação das pesquisas desde 2009, po-demos afirmar que o Brasil tem grande potencial de expansão do abacate tanto no mercado interno como no externo, mas para que isso se concretize em médio prazo, é preciso desen-volver campanhas internas de marketing para divulgação de novos modos de consumo da fruta como o uso em saladas, pratos salgados, sanduíches, patês e guacamole.

Como a ESALQ pode contri-buir para a expansão dessa cultura?

SRS:Atualmente, no Depar-tamento de Produção Vegetal, desenvolvemos vários estudos direcionados à cultura do aba-cate. Entre outros, pesquisa-mos o ciclo fenológico e manejo de Phytophthora em pomares de abacateiro no Estado de São Paulo; o uso de vegetação intercalar para obtenção de cobertura morta na cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phyto-phthora cinnamomi; fazemos a avaliação horticultural de porta-enxertos para abacateiro Hass; observamos o uso de re-guladores de crescimento vege-tal para aumento da produção e o controle do vigor em aba-cateiros; a aplicação de paclo-butrazol (cultar) em primavera para aumento da produção em abacateiro Hass; o efeito de dis-tintos substratos e agentes de controle biológico no desenvol-vimento inicial e na sanidade de porta-enxertos de abacatei-ro em condições de viveiro e a Interferência de espécies de Brachiaria no desenvolvimento inicial de abacateiro.

Caio AlbuquerqueESALQ

De olho nas mudanças do hábito de consumo dos brasileiros e com bastante experiência no cultivo de frutas, a atacadista J. Alcides Bonella tornou-se referên-cia na produção e comercia-lização de abacate. A dire-toria explica que foi preciso investimentos em moderni-zação para sobressair-se às demais concorrentes nos pavilhões da Ceagesp.

Além de abacate, a Bo-nella, produz caqui, manga e ponkan, mas resolveu se especializar no pseudofru-to do abacateiro, que exige bastante dedicação no cul-tivo por tratar-se de uma cultura que leva mais tempo para amadurecer.

Nos últimos anos hou-ve uma mudança radical em relação ao manuseio e padrões de classificação. Todos os setores da em-presa fora envolvidos e os colaboradores receberam instruções de como tratar o produto alimentício fresco.

Segundo os adminis-tradores, a atacadista con-seguiu se destacar quando aproveitou a brecha deixa-da por alguns agricultores e comerciantes do entreposto que resistiram à moderni-zação e ainda trabalham de maneira arcaica. Na J. Alcides Bonella, o cliente escolhe o tipo de fruta, a embalagem e uma equipe de profissionais treinados seleciona os melhores pro-dutos.

Mudança em relação ao manuseio impulsiona a J. Alcides Bonella

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12 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013Artigo

Os antúrios são consensu-almente apontados como um dos produtos de maior po-tencial de negócios tanto no mercado interno, quanto nas exportações para as princi-pais praças mundiais de con-sumo. Contribuem para isso não apenas a beleza natural, coloração e o exotismo de suas flores, mas também sua eleva-da durabilidade e resistência ao manuseio de pós-colheita, que fica na média de 25 a 30 dias, mas que pode chegar a mais de 40 dias, além da gran-de altura de suas hastes e suas linhas volumétricas e espaciais modernas que se harmonizam perfeitamente com o despoja-do design da arquitetura de in-teriores contemporânea. São, ainda, atributos importantes o baixo peso unitário das hastes, que contribui para uma maior competitividade de preços do produto no mercado interna-cional, visto implicar em me-nores gastos com fretes aéreos e sua grande capacidade de harmonização natural com ou-tras flores e folhagens, entre as quais as temperadas mais co-nhecidas dos consumidores do Hemisfério Norte.

Originalmente, os antúrios foram cultivados quase que exclusivamente para a produ-ção de flores de corte. Apenas a partir de meados da década de 1980 é que o consumo des-ta flor começou a ser populari-zado também como planta de vaso, tanto com foco na produ-ção de flores para ambientes interiores e exteriores, quanto apenas na de folhagem. A sua utilização na arte floral passou, mais recentemente, a absor-ver quantidades crescentes de folhas, para a ornamentação e confecção de múltiplos tipos de arranjos, devido à sua grande beleza, intensidade do brilho e da cerosidade, além da eleva-da durabilidade pós-colheita. Hoje, os principais produtores procuram optar por cultivares que permitam a dupla explora-ção da planta para o corte, en-viando simultaneamente flores e folhas para o mercado.

Comercialmente, os antúrios são divididos em quatro grupos principais:

a) cultivares de Anthu-rium andraeanum: seleciona-dos especialmente para a pro-dução de flores de corte, sendo, portanto, de fundamental im-portância o formato, tamanho, cerosidade, brilho e coloração das espatas e das espádices, a altura das hastes, a intensidade e a uniformidade da produção, entre outros aspectos. As co-res primárias desse grupo são: branco, rosa, vermelho, verme-lho-alaranjado e verde;

b) cultivares híbridos in-

ter-específicos entre A. andrae-anum e espécies anãs, normal-mente referenciadas como tipo “Andreacola”. São quase que totalmente direcionadas para a produção de plantas de vaso, já que este mercado exige plantas mais compactas;

c) cultivares híbridas de Anthurium scherzerianum. Foram as cultivares mais lar-gamente utilizadas, a princípio, para a produção de plantas envasadas, especialmente por serem muito pequenas, com-pactas e atraentes. As cores bá-sicas para as espatas do grupo são: branco, rosa e vermelho, e

Mercado brasileiro de antúrios

* Engenheiro agrônomo, dou-torando em Ciências da Co-municação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-gradu-ado em Desenvolvimento Ru-ral e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Trei-namento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

d) cultivares seleciona-das para a produção de folha-gem de corte e para planta envasada. Representam, ainda, a menor parcela do mercado global para os antúrios, embo-ra venham mostrando grande incremento de consumo, prin-cipalmente pela extrema dura-bilidade de muitas das cultiva-res já presentes no mercado.

No mercado interno brasi-leiro, a venda atacadista dos antúrios de corte é segmenta-da especialmente segundo o tamanho das hastes: antúrio de cabo curto, de cabo médio, de cabo longo e de cabo extra--longo. As cotações obtidas são

crescentes desde o produto chamado de cabo curto, para aqueles cujos cabos sejam clas-sificados como médios, longos ou extra-longos. Entre essas diferentes categorias, o dife-rencial de preço pode chegar a 100% ou mais.

No acondicionamento dos antúrios, tanto para o merca-do interno, quanto para as ex-portações, tem sido cada vez mais frequente o uso de caixas de papelão, nas quais as flores são dispostas alternadamente e presas em suportes indivi-duais, recebendo cada espata uma proteção especial de plás-tico transparente e cada haste um tubete acoplado com água para a manutenção da hidrata-ção da flor.

É importante ressaltar que o antúrio é uma flor de valor unitário relativamente eleva-do. Além disso, suas espatas grandes e rígidas são mui-to sensíveis a rasgos e danos mecânicos por atrito, com re-sultados rápida e fortemente perceptíveis, que resultam em efeitos depreciativos no va-lor final do produto, gerando grandes perdas econômicas ao longo de toda a sua cadeia de suprimento. Portanto, todos os esforços possíveis devem ser despendidos no sentido de proporcionar proteção ade-quada às flores dos antúrios

Para saber mais, recomen-damos a leitura do livro: Antú-rio, que acaba de ser lançado pela EMBRAPA Informação Tecnológica. Conferir no site da Livraria Embrapa: http://goo.gl/vPj8N

A venda atacadista é baseada no tamanho das hastes: diferencial de preço pode ultrapassar 100%

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maio de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Em 2013, colocamos este anúncio na página 13para comemorar os 13 anos do Jornal Entreposto.

AnosSuperstição? Que nada, é pura coincidência

O 13 é formado pelos números 1 e 3. O 1 simboliza coragem, iniciativa e disposição para correr riscos. Já o 3, representa a autoconfiança e o otimismo de acreditar no melhor da vida, além da reação de leveza e liberdade que acompanha essa atitude positiva perante os desafios.

É com muito orgulho que o Jornal Entreposto comemora seus 13 anos de trabalho ininterrupto, levando informação aos leitores dos entrepostos de todo País.

Jornal Entreposto, a verdade do mercadoManelão (Nossa Turma)

O Jornal é a democracia da Ceasa, onde podemosexpor opiniões e reivindicações

João Carlos Barossi (Agro Comercial Campo Vitória)

O Jornal é importante porque é um meio de divulgação dos acontecimentos do mercado tanto na Ceagesp quanto em outros estados

Sassá – (Iguape Legumes)

JE é uma visão global e essencial das informações sobre agronegócio: da produção no campo, entrepostagem na Ceagesp, até a mesa do consumidor final

CQH

Page 16: Jornal Entreposto | Maio de 2013

14 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

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maio de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 18: Jornal Entreposto | Maio de 2013

A Associação Paulista de Su-permercados apresentou pes-quisa inédita sobre tendências de consumo e perfil do consu-midor durante a abertura da Apas 2013 – 29º Congresso e Feira de Negócios em Super-mercados.

O estudo mostrou que o crescimento do setor em 2012 foi associado ao desempenho econômico do Brasil no mes-mo período. Já nos últimos dez anos, o crescimento do Brasil esteve diretamente relacionado ao crescimento do consumo das famílias. Com base no ambiente econômico, o presidente da en-tidade, João Galassi, destacou os cinco pilares que determinam a evolução do varejo, nas áreas de economia, demografia, consu-midor/lojista, tecnologia e sus-tentabilidade.

O destaque ficou por conta da forte presença do setor de serviços, que representa 68% de participação do PIB. Foi ob-servado, ainda, que esse desem-penho no consumo aconteceu de maneira sustentável ao lon-go do tempo e está diretamen-te relacionado à classe média, principal responsável pelo cres-cimento econômico do Brasil.

A pesquisa mostrou, tam-bém, uma inversão no padrão de consumo. Comparativamen-te, o crescimento se deu de for-ma paralela ao crescimento da classe média. Em 2003, a classe C respondia por 37% da popu-lação; em 2012, sua composição subiu para 55% e é essa emer-gente classe média que vem di-tando o consumo das famílias, conforme apontou a pesquisa.

O crescimento contínuo do mercado interno, embora de-sacelerado em 2012, se man-teve no setor de comércio e serviços. O conjunto de vetores que auxiliaram nesse processo foi a ascensão da classe média, estabilidade econômica e polí-tica, futuro poder de consumo e composição de 82% da popu-lação urbana, aliados a políticas de estímulo ao setor como de-soneração da cesta básica e re-dução histórica dos juros.

“A inserção de seis milhões de novos domicílios no consu-mo atingiu, em 2012, o patamar de 48 milhões de lares”, analisa o gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Apas, Rodrigo Mariano.

Consumidor gastará R$ 80 bilhões em alimentos saudáveis, aponta estudo da ApasMudanças no comportamento de consumo das famílias na última década foram apontadas durante a abertura da 29ª edição da maior feira mundial do setor supermercadista

Consumo mais saudável e consciente

Os dados mostraram tam-bém que o apelo do que faz bem cada vez mais funciona e já faz parte do padrão de consumo nos lares. Segundo Galassi, isso implica significantes mudanças comportamentais não observa-das em anos anteriores. “Tive-mos a inclusão de alimentos na lista do consumidor não obser-vados antes. A água de coco, por exemplo, chegou a 2,2 milhões de residências. Ainda na lista produtos benéficos à saúde, produtos integrais, funcionais e saudáveis tiveram forte apelo na escolha do consumidor”.

O cliente também está mais consciente. As informações apontaram que 69% das pesso-as gostariam que os produtos de alimentação ajudassem a man-ter a saúde. “O padrão de con-sumidor crê que o produto tem que ser funcional. A saudabili-dade é o fator principal na hora do consumidor tomar a decisão de consumo”, releva Galassi. O executivo aposta, ainda, que para 2013, o faturamento com foco na saudabilidade alcance R$ 80 bilhões.

Consumidores continuam otimistas

A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo apontou que, no atual contexto, o Brasil continua com o mais alto índice de confiança do consumidor entre os países da América Latina, à frente, in-clusive, de países como Chile e México. Essa relação de confian-ça atrelada à economia do país reflete o consumo das famílias em bens duráveis e, em menor medida, de bens não duráveis.

Os dados também apontam um leve resquício de inflação no setor de serviços que interfere nos hábitos de consumo. Por outro lado, os dados mais re-centes do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), medido pela Apas junto com a Fipe, que compõem mais de 2.300 itens, mostrou uma desaceleração dos preços.

“Para o mês de abril, tivemos uma desaceleração de 0,90% da cesta básica. Isso foi resultado da desoneração de impostos”, revelou Galassi, mostrando que a associação está alinhada aos anseios do governo.

16 Varejo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

Saudabilidade é fator fundamental na decisão de compra, afirma Galassi

PAULO FERNANDO

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maio de 2013 17AgrícolaUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Os resultados positivos obtidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Es-tado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) com a implementação do monitoramento climá-tico para controle de doenças em tomatei-ro, vão expandir o projeto para produtores de microbacias atendidos pelo Programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro (Seapec). A previsão inicial é de instalação de equipamentos nas mi-crobacias de Santa Maria e Cruz da Moça, no município de São José de Ubá, conheci-do como a “terra do tomate”.

O projeto, executado em parceria com a Olearys, empresa que desenvolveu o sof-tware de coleta de dados ambientais, já conta com 16 instalações distribuídas pelo Estado do Rio de Janeiro. Para difundir o acesso à tecnologia para mais produtores estão sendo realizados treinamentos para técnicos e extensionistas, visando o me-lhor atendimento aos produtores.

No final de abril aconteceu o primei-ro Curso de Aplicação do Monitoramen-to Climático para Controle de Doenças

em Tomateiro, no município de Mendes, Centro-Sul Fluminense. A capacitação foi instruída por técnicos da Olearys, que pas-saram o conhecimento do manuseio do sistema operacional do equipamento para técnicos da Emater-Rio e da Defesa Sanitá-ria Vegetal.

A iniciativa teve como principal obje-tivo dar suporte científico e tecnológico a agricultores e agrônomos para o controle de doenças na lavoura. Através de coleta de dados ambientais nas propriedades, o técnico orienta o produtor sobre o mo-mento mais apropriado para realizar as pulverizações.

A media reduz os gastos com agrotó-xicos, minimiza os impactos ambientais e ainda produz alimentos mais saudáveis. Segundo Marcos Balbi, técnico da Olearys, o sistema funciona como ferramenta auxi-liar para a tomada de decisão do técnico. De acordo com a empresa, os dados esta-rão disponíveis gratuitamente na internet para os técnicos, bastando, para tanto, ca-dastrar-se no site.

Produtores do Rio irão receber tecnologia para controle de doenças do tomate

Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro

Inflação:a próxima culpada será a batataRichard Jakubaszko

Não tenham dúvidas, está sendo engendrada pelos inimigos do Brasil uma orquestrada campanha para a volta da inflação: primeiro botaram culpa no dólar, que se apreciou, de-pois na elevação dos custos de ser-viços (manicures, faxineiras, cabe-leireiros, eletricistas etc.), depois os preços dos produtos nos supermer-cados. A mídia e os banqueiros pe-dem o aumento da Selic, para refre-ar a inflação, como se isso não fosse uma piada de mau gosto. Aí chegou a falta do tomate, com os preços de alta da falta de tomate fazendo estarda-lhaço na mídia, deu até capa de revis-tas semanais. Agora vai ser a batata...

Pois recebi e-mail da Silvia Nishi-kawa, bataticultora lá de São Go-tardo, MG, mostrando comentários de Marcelo Balerini, presidente da ABBA - Associação Brasileira de Ba-taticultores, e de Natalino Shimoya-ma, secretário da mesma ABBA, con-tando a revolta desses líderes e de todos os bataticultores. Vejam só o que eles dizem.

Assim como aconteceu com o to-mate, as interpretações equivocadas, tendenciosas, falaciosas e imbecis, podem ser utilizadas contra a batata.

Como sugestão, sempre que pos-sível, achamos que vale a pena defen-der a batata com os seguintes argu-mentos.

O preço da batata está alto pelo seguinte motivo:

Está faltando batata!!! E quando alguma coisa falta, o preço sobre...

É importante saber que falta ba-tata pelas seguintes razões.

1 - Clima – o calor, chuva e/ou a seca reduziram a produção de batata em todas as regiões produtoras, de norte a sul do país.

2 - Problemas fitossanitários – além da tradicional perda por do-enças provocadas por bactérias de solo, um novo fato está causando sé-rias perdas de produção – viroses e danos diretos, relacionados a mosca branca.

3 - Produtores – a cada ano que passa diminui o número de produto-res de batata, e, por consequência, a área plantada. Assim, naturalmente, cai a produção – resultado inequívo-co da missão impossível de se conse-guir mão de obra para trabalho nas lavouras. A legislação trabalhista, ao invés de se adequar à realidade dos trabalhadores, obriga os mesmos a se adequarem à legislação.

4 - Outros produtos – obser-vem que a alta de preços, e a falta, está ocorrendo com todos os demais produtos – feijão, vagem, jiló, quiabo, cebola, cenoura, mandioca, papaia, frutas etc. Lamentavelmente, batata e tomate são utilizados como bodes expiatórios por serem os mais con-sumidos. Será que a mídia e os espe-cialistas de gravata irão usar um dia o maxixe como bode expiatório?

Itens complementares

1 - Custo de produção – a situ-ação atual é absurda e insuportável. Antes se gastava de US$ 3,000.00 a US$ 6,000.00 por hectare (ha), con-forme as tecnologias empregadas, e os principais itens eram palpáveis, como agroquímicos, fertilizantes, se-mentes, combustíveis, mão de obra etc.

Atualmente se gasta de US$ 5,000.00 a US$ 15,000.00 / ha e, além dos itens palpáveis, que também au-mentaram os preços, os produtores estão sendo massacrados com des-pesas referentes a tributações traba-lhistas, financeiras, alta no custo do transporte etc.

2 - Varejo – a tabuada das gran-des redes de varejo começa no 3, ou seja não há operações de 1x1, 2x1... Começa no 3x1 e vai as vezes até aci-ma de 10x1. Explicando - eles pagam R$ 1,00 /kg e vendem aos incautos consumidores por R$ 7,00/ kg. Eles dizem, as grandes redes de super-mercados, que isso é necessário de-vido às perdas por se tratarem de produtos perecíveis, mas a mesma política é praticada na venda de car-vão... Será que existe carvão perecí-vel? Ou será ganância?

3 - Mídia – alguém reparou que quando os preços estão baixos a mí-dia nunca aparece? Quando os pre-ços estiveram péssimos (batata a R$ 10,00 / saco de 50 kg e tomate a R$ 5,00 / caixa de 20 a 25 kg no ano pas-sado) NINGUÉM com microfone apa-receu para fazer matéria e dizer que estávamos quebrando...

E agora, quando praticamente ninguém tem batata, a mídia induz a população urbana a concluir que to-dos os batateiros e tomateiros estão ficando MILIONÁRIOS e exploram o consumidor. Como pode ser assim, se são os supermercados que fazem o preço, quando compram e quando vendem?

ARTIGO

Page 20: Jornal Entreposto | Maio de 2013

18 Evento JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

A 20ª edição da Agrishow (Feira Internacional de Tecno-logia Agrícola em Ação) teve a maior edição de sua história. Os negócios iniciados na feira devem movimentar R$ 2,6 bi-lhões em negócios, um cresci-mento entre 15 e 16% em re-lação à edição do ano anterior, quando movimentou R$ 2,15 bilhões.

Todos os setores de uma forma geral estão aquecidos, com destaque para o segmento de armazenagem, impulsiona-do pela safra recorde de grãos de 184 milhões de toneladas e as dificuldades logísticas para escoá-la; agricultura de preci-são, pulverizadores autoprope-lidos e plantadeiras.

“O produtor busca inovação tecnológica que permita que a sua produção seja mais efi-ciente, com menor custo para seja mais competitivo. Alguns fatores contribuíram para o re-sultado dessa Agrishow, que é a ‘mãe’ de todas as feiras. Neste ano tivemos o PSI – Programa de Sustentação do Investimen-to, que oferece juros civilizados ao produtor, com prazo favorá-vel, e a necessidade de renovar o parque de máquinas”, afirma o empresário João Marchesan, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da In-dústria de Máquinas e Equipa-mentos).

“Estimamos que 30% dos negócios na AGRISHOW foram feitos com recursos próprios e 70% por meio de financia-mentos”, acrescenta o vice--presidente da Abag (Associa-ção Brasileira do Agronegócio), Francisco Maturro.

Feira também bate recorde de público, atraindo 150 mil visitantes

Visitantes

A edição de 2013 da Agrishow recebeu 150 mil visitantes nos cinco dias de evento. Mesmo com a visita-ção recorde para um primei-ro de maio – historicamente o dia com o melhor público da feira – de 40 mil pessoas, os organizadores avaliam que foi mantida a qualidade do visitante, bastante focado em realizar negócios.

A feira recebeu este ano um número recorde de paí-ses de visitantes internacio-nais. Foram cerca de mil pes-soas de 67 países.

Agrishow movimenta R$ 2,6 bilhões em negócios

CAPACITAÇÃO

Da Agência Brasil

O Ministério da Pesca e Aqui-cultura confirmou a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-brae) para o desenvolvimento de ações tecnológicas, econômicas e sociais no setor pesqueiro e aquí-cola. O acordo garante a capacita-ção de pescadores e aquicultores no mercado, o desenvolvimento de pesquisas, aumento da produ-ção e comercialização.

Para o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, o setor pesqueiro tem grande po-tencial, mas os empresários ain-da são inciantes “eles têm dificul-dades para abrir mercados, para gerenciar seus negócios, para fazer as contas corretas, para ver o nível de imposto e há muito insucesso nessa parte”. Crivella disse que o objetivo da parceria é garantir gestão aos produtores, pescadores e aquicultores .

Segundo o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barreto, a par-ceria com o ministério vai au-mentar as oportunidades para o empreendedorismo e ampliar o mercado brasileiro. “Temos que trabalhar gestão, inovação e melhorar cada vez mais cultural-mente esse tema no Brasil”.

Segundo Barreto, cada esta-do produtor terá um conjunto de acordos regionais. A ideia é tra-balhar regionalmente de acordo com as prioridades de cada esta-do. Sobre o trabalho do pescador, Barreto destacou a carência de gestão empresarial que viabilize produção de qualidade. “Muitas vezes ele é um bom pescador, tem boas ideias, mas falta capacita-ção, um bom plano de negócios e entender o território”. Quanto à cadeia produtiva, ele ressaltou que há uma grande necessidade de matérias primas, de consumo e de criar mercado. As licenças ambientais foram outro ponto ci-tado por Barreto como um tema que ainda cria muita dificuldade, principalmente para o pequeno produtor. “Temos um papel for-te na certificação e na superação dessas licenças. Queremos me-lhorar o ambiente para o desen-volvimento dessa atividade”.

O acordo visa à implemen-tação de programas e projetos, como o Projeto Talentos do Bra-sil, que já está em execução pelo ministério e o Sebrae.

O objetivo é certificar produ-tos e serviços do setor pesqueiro e promover acesso a vários tipos de mercado. A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) vai fortale-cer ações de incentivo à produção de biodiesel, com o uso do óleo das vísceras de peixe.

Ministério da Pesca e Sebrae vão capacitar produtores do setor

Page 21: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

É O DINHEIRO DE HOJE.COLOQUE JÁ UM CAIXA ELETRÔNICO EM SEU EMPREENDIMENTO!

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POSSIBLIDADES DE LUCRATIVIDADE.

Utilizar o Caixa Eletrônico é uma necessidade cada vez mais presente no nosso dia a dia.

O Central Banking foi criado com o propósito de abrir espaço para os principais bancos e concentrar,

num único local, vários Caixas Eletrônicos de instituições diferentes, proporcionando satisfação

aos clientes e valorização das empresas.

Page 22: Jornal Entreposto | Maio de 2013

20 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

Ninguém discorda que pre-venir é o melhor remédio, mes-mo na Ceagesp, um ambiente de grande complexidade: mi-lhares de fornecedores, usuá-rios, atacadistas, origens, desti-nos, produtos muito perecíveis.

Algumas perguntas precisam ser respondidas:

1. Quais são os nossos principais problemas?

2. É possível preveni-los totalmente ou diminuir a sua

intensidade?

3. Qual é a melhor estratégia de prevenção?

4. Qual é o local mais adequado de atuação?

A prevenção é o melhor remédio

Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio InforzatoFanaleTiago OliveiraSabrina Leite OliveiraMarcela Moretti RomaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp vem realizando estudos para retra-tar o Entreposto Terminal de São Paulo, através da percepção dos seus usuários: atacadistas e compradores. A evolução da percepção dos compradores dos principais problemas no mercado foi grande. Os com-pradores foram entrevistados em 2005 (561), 2008 (218), 2011 (137) e 2012 (673). Em 2012 os compradores foram entrevistados pela Secretaria de Logística e Transporte do Estado de São Paulo.

Em 2005 a falta de seguran-ça foi o segundo problema mais importante dos compradores no mercado, com 17% das res-postas, depois da infraestrutu-ra. Em 2011 os problemas mais importantes apontados pelos compradores foram infraestru-tura, sujeira e trânsito. Nenhum dos entrevistados mencionou a falta de segurança como pro-blema.

O que aconteceu entre 2005

e 2011 para que uma mudan-ça tão grande de percepção do problema de falta de se-gurança entre os comprado-res acontecesse? A primeira e mais importante mudança foi um maior controle de entrada no mercado, executado pela SEGOP e pela SESEG, Seção de Gestão de Portarias da Ceagesp e Seção de Segurança Patrimo-nial e Operacional.

Aqui estão alguns dos trabalhos executados na

Portaria da Ceagesp:

Prevenção de ocorrências criminais

Alguns eventos importantes como a denúncia, pelo Minis-tério Público, da ocorrência na Ceagesp de prostituição infan-til, exigiram a adoção de me-didas mais efetivas de controle de entrada de menores e que exigiu a restrição da entrada de pedestres a alguns portões.

O grande número de deli-

tos cometidos por motoquei-ros e o desconforto causado pelo estacionamento irregular das motos nos pavilhões leva-ram à proibição de entrada de motocicletas no mercado e à necessidade de um estaciona-mento e controle especiais, sob a responsabilidade da SEGOP/SESEG. Existe uma população fixa de 800 motos e uma popu-lação flutuante de 200 motos- em torno de 800 a 1000 motos entram no Entreposto todo dia.

O número de ocorrências criminais, registrado pelaSE-SEG – Seção de Segurança Ope-racional e Patrimonial do En-treposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, caiu 45%entre 2008 e 2012 - de 107 para 59.

Prevenção da comercialização clandestina

A prevenção da comercia-lização clandestina e da con-corrência desleal é uma das responsabilidades da SEGOP/SESEG. Cada veículo de for-

necedor deve deixar uma via da nota fiscal da sua carga na portaria. A carga não pode en-trar sem destino e só pode ser destinada a um comerciante registrado na Ceagesp – um permissionário. As notas fiscais são a base do SIEM –Sistema de Informação e Estatística do Mercado, muito utilizado para estudos de comercialização.

Prevenção de entrada do lixo

Os veículos dos comprado-res são auditados, por amostra-gem, para prevenir a entrada de lixo. Muitos compradores pressionados pelo Código de Limpeza Urbana- Lei Comple-mentar nº. 234/90, trazem lixo nos seus caminhões e despejam dentro da Ceagesp. O Código de Limpeza Urbana do Município de São Paulo estabelece em seu artigo 28 “Os feirantes, arte-sãos, agricultores ouexposito-res devem manter permanen-temente limpar a suaárea de atuação, acondicionando corre-

Page 23: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 21QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

tamente o produtoda limpeza em sacos plásticos, dispondo--os em locais ehorários deter-minados para recolhimento. Multa de 59,3905a 118,7810 UFM (valor em dezembro de 2011 - R$ 108,66) em seu arti-go 24‘Os mercados, supermer-cados, matadouros, açougues, peixarias e estabelecimentos similares deverão acondicio-nar o lixo produzido em sacos plásticos, manufaturados para este fim, e dispondo-se em lo-cal e horário a ser determinado para recolhimento. Multa de 59,3905 a 118,7810 UFM.

É fácil imaginar que se cada um dos mais de 5.000 veículos de comprador trouxer 100 kg de lixo, teremos todos os dias, a entrada de 500 toneladas de lixo todos os dias no Entrepos-to de São Paulo.

A entrada não é permiti-da para os caminhões que são pegos com lixo – muitas vezes escondido em caixas vazias que estão sendo devolvidas aos ata-cadistas.

Prevenção da entrada e do comércio de caixas vazias

descartáveis

A entrada de caixas vazias (K ou engradado) só é permi-tida quando destinada para empresas autorizadas pela Ce-agesp ou endereçadas para os atacadistas.

Ambulância

A administração do Serviço de Ambulância, que fica esta-cionada na Portaria 03 é um benefício recente, sob respon-sabilidade da SESEG/SESMT e já realizou 400 atendimentos, entre janeiro a abril de 2013.

Programa de Rotulagem

A ação educativa da Porta-ria no Programa de Rotulagem é um grande sucesso. Diaria-mente alguns caminhõessão parados para verificação da ro-tulagem e orientação do moto-rista. O destinatário do produto atesta o recebimento do pro-duto sem rótulo. O motorista e o destinatário recebem uma notificação com a avaliação da qualidade de preenchimento do rótulo e uma cartilha de ro-tulagem.

O atacadista, destinatário da mercadoria, é chamado à Portaria para receber a mer-cadoria e a notificação. Uma carta é enviada ao prefeito e ao

órgão de assistência técnica do município solicitando que eles orientem aquele produtor e ou-tros a rotular.

Nas seis semanas de tra-balho foram inspecionados 80 veículos, originários de 49 municípios diferentes, que transportavam 37 produtos di-ferentes. Foram escolhidos os veículos com maior probabili-dade de ausência ou inadequa-ção da rotulagem. Só 11% dos produtos vistoriados apresen-taram rótulo.

A receptividade à adoção da rotulagem vem crescendo en-tre os produtores e atacadistas. A esperança é que consigamos uma grande mudança antes que os órgãos de fiscalização comecem a atuar com rigor, com a preparação do Brasil para a Copa.

Os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp continuam o trabalho de busca de parceira para o Programa de Rotulagem, fazen-do contato com Prefeituras, nu-tricionistas, órgãos de assistên-cia técnica e sindicatos rurais e articulando com o SENAR, cur-sos de capacitação dos produ-tores rurais em Rotulagem e de Melhoria de Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor. Ainda há muito por fazer, com a ajuda de tecnologias mais modernas.

O registro e controle de placas, o cadastramento de veículos e de pessoas, usu-ários do mercado, o monito-ramento do fluxo de veículos

permitirão:

• A prevenção da entrada de ve-ículos alheios ao mercado, que hoje utilizam a Ceagesp como estacionamento,

• A prevenção de veículos rein-cidentes em praticas proibidas como trazer lixo para o merca-do,

• A prevenção de entrada de de-socupados e meliantes,

• O direcionamentodo veículo para o melhor ponto de esta-cionamento no momento de sua entrada no mercado.

Gostaríamos de ouvir a sua opinião sobre outras maneiras para a prevenção dos proble-mas que hoje enfrentamos.

Para mais informações:11 36433825/ 3827 [email protected]

Paulo FernandoDe São Paulo

A Del Monte, uma das maio-res empresas de fruticultura do planeta, está testando uma cultivar geneticamente modifi-cada de abacaxi na Costa Rica. De acordo com a multinacional, que também possui fazendas no Brasil, os resultados deste projeto podem levar o ananás Rosé à comercialização.

“Mas essa etapa vai depen-der de muitos fatores, incluin-do aprovações regulatórias por parte das autoridades gover-namentais pertinentes, onde e quando for o caso”, explica o vi-ce-presidente de marketing da companhia, Dennis Christou.

O executivo ressalta que a

empresa ainda não distribui ou comercializa quaisquer produ-tos transgênicos nos mercados onde atua. “Isso inclui nosso abacaxi extradoce Del Monte Gold, que foi desenvolvido a partir de técnicas convencio-nais de melhoramento”, diz.

A Del Monte solicitou a patente da variedade experi-mental do abacaxi com polpa rosada ao Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricul-tura dos EUA em julho do ano passado. A aprovação foi dada em 25 de janeiro de 2013, mas a resposta oficial do governo norte-americano só se tornou pública no fim de abril.

Segundo a empresa, os ge-nes envolvidos na biossíntese de licopeno estão sendo alte-

rados, a fim aumentar os ní-veis da substância nos tecidos comestíveis da fruto e atingir a nova cor. Os genes de interesse são derivados de espécies de plantas comestíveis, abacaxi e tangerina.

“O fruto do abacaxizeiro Rosé não tem capacidade para propagar e persistir no meio ambiente depois de colhido e, portanto, não requer licença para importação ou movimen-to interestadual”, afirma, em comunicado oficial, a agência do governo dos EUA.

“A decisão de que essa cul-tivar não necessita de autoriza-ção de trânsito reafirma nosso compromisso de garantir o cumprimento de todas as nor-mas de biossegurança vigen-tes”, acrescenta Christou.

Del Monte testa variedade transgênica de abacaxi na América Central

BIOTECNOLOGIA

Pesquisa obtém aprovação do Departamento de Agricultura dos EUA

A secretária de Agricultu-ra e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Berga-maschi, entregou em abril duas unidades do Projeto Poupatempo do Produtor Ru-ral. Os trailers, que ficam em Itapetininga e Avaré, percor-rem municípios das regiões.

O projeto recebeu inves-timentos de R$ 4,96 milhões para montagem da infraes-trutura dos trailers, que são equipados com computado-res com acesso à internet, im-pressoras, telefones e apoio da equipe de técnicos que fazem os trabalhos de gestão e atendimento ao público. O atendimento é das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira.

Recentemente lançado pelo governador Geraldo Alckmin, o Poupatempo do Produtor Rural tem como cidades-sedes Itapetininga, Itapeva e Avaré (região ad-ministrativa de Sorocaba) e atua de forma itinerante, obe-decendo a uma agenda pré--estabelecida.

Nas unidades, o produtor pode ter acesso a mais de 50 serviços prestados pelas co-ordenadorias e institutos da Secretaria.

Poupatempo do Produtor Rural

Page 24: Jornal Entreposto | Maio de 2013

22 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

CITRUS CRESCIMENTO

Produção de laranja em SP é de 328 milhões de caixas

Prevenção do ácaro e a qualidade do coco verde

A exigência por qualida-de de coco verde aumentou muito com a restrição à venda ambulante da Prefeitura Mu-nicipal de São Paulo (Decreto nº 53.154, de 18 de maio de 2012).

Hoje os supermercados são o destino de 70% do coco verde comercializado na Ceagesp.

Os supermercados que-rem cocos redondos, limpos e sem ataque de ácaro. As fotos abaixo mostram um fruto sem ácaro, e outros dois com dife-rentes níveis de intensidade de ataque.

O coco mais afetado é re-jeitado pelo comprador e não deve ser enviado para o mer-cado. O outro, menos afetado, é razão para desvalorização do produto.

É possível enxergar, com uma lente de aumento, as teias de aranha e o ácaro se movi-mentando no fruto.

A Ceagesp recebe coco ver-de de 12 estados diferentes. O estado do Espírito Santo res-pondeu por 49% do volume, com seis milhões de cocos, seguido pela Bahia, Paraíba, Pernambuco e São Paulo. A in-cidência de ácaro é maior nos cocos capixabas. O ácaro-da--necrose-do-fruto-do-coqueiro, AceriaguerreronisKeifer, é o mais comum e causa deforma-ção dos frutos, perda de peso e rejeição e desvalorização na comercialização. A dissemina-ção natural dessa praga pelo vento é muita rápida. Entre-tanto, o homem é o principal disseminador, em suas ativi-dades agrícolas, conduzindo

Lisandro Michel BarreirosAnita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

mudas ou sementes infestadas. Em plantas jovens, a presença desse ácaro pode ser constata-da pelo aparecimento de leve clorose nas folhas centrais. É uma sintomatologia típica, ca-racterizada pelo escurecimen-to do tecido foliar, próximo à nervura central da folha; pos-teriormente, desenvolvem-se lesões castanho-escuras, no sentido longitudinal da nervu-ra, e ocorre a morte do broto terminal. Nos frutos, o ácaro se desenvolve sob as brácte-as dos cocos novos, sugando a seiva da epiderme, causando estrias e, posteriormente, ne-croses longitudinais partindo do perianto do coco. As cloro-ses apresentam, inicialmente, um formato triangular, com a base do triângulo nas brácteas. Com o crescimento do fruto e o avanço dos danos, as manchas tornam-se marrons, coalescem e seguem em direção à extremi-dade final do fruto. A área lesio-nada torna-se cada vez maior, à medida que o fruto aumenta de

tamanho, apresentando áreas necrosadas com rachaduras su-perficiais e longitudinais de cor marrom-escura, com exsuda-ção e malformação dos frutos.

A Embrapa recomenda como controle alternativo o uso dos produtos Boveril PM (Beauveriabassiana) e Acanat (citronela + nim), nas doses de 320 g e 150 mL, respectiva-mente, do produto comercial por 100 l de água, no intervalo de quinze dias, a partir da aber-tura das inflorescências.

A falta de controle desta praga tem consequências gra-ves na produção e na comercia-lização do coco verde. As per-das na produção são superiores a 35% e a desvalorização na co-mercialização é ainda maior. A prevenção é o melhor remédio.

Fontes: Comunicado Técnico da Embrapa - Alternativa para o Controle do Ácaro-da-Necrose-do-Fruto do-Coqueiro, Maio de 2004

Falta de controle gera graves consequências na produção

A produção comercial de laranja para o ano safra 2013/2014 está estimada, para o estado de São Paulo, em 327,8 milhões de caixas de 40,8 kg. Além disso, 16,2 milhões de caixas poderão situar entre perdas ou de pouca expressão eco-nômica. Os números são do 1º levantamento da safra, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com ór-gãos da Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, o maior produtor nacional (70%), e divulgado nesta terça-feira (14), em Brasília. In-clui também a produção do Triângulo Mineiro, o terceiro maior produtor do país.

Os motivos das perdas paulistas se devem a fatores econômicos (64%), climáticos (40%), fitossanitários (34%) e adubação inadequada (15%). Da produção, as indústrias processa-dores de suco absorverão 85% (279,1 milhões de caixas) e o restante (48,7 milhões de caixas) será destinado ao mercado “in natura”, cujos per-centuais (15%) se assemelham aos obtidos em 2011/2012. A produtividade média é de 660 cai-xas por hectare.

ÁreaA área plantada é de 531,5 mil hectares e em

produção de 497 mil ha. No estudo foi observada a erradicação de 36,7 mil hectares, sendo 72% substituída por cana-de-açúcar e 15% por mi-lho e soja, principalmente em áreas de menos de 300 ha dos municípios de Araraquara, Barretos e Limeira. A colheita mais intensa deve se dar nos meses de setembro a novembro, enquanto que nos meses de maio a fevereiro do ano subse-qüente inicia a de variedades precoces, de meia--estação e variedades tardias.

Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff disse no dia 13 de maio que o governo federal vai aumentar o limite de compras de alimentos da agricultura familiar.

No programa semanal Café com a Presiden-ta, ela lembrou que, em 2003, quando começou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o governo comprava até R$ 2,5 mil de cada agri-cultor familiar por ano. Atualmente, o limite está em R$ 4, 8 mil e deve aumentar ainda mais a partir de junho.

“O governo tem dado um grande apoio para a agricultura familiar. Já compramos R$ 2,25 bi-lhões de alimentos produzidos pela agricultura familiar e isso tem ajudado a gerar emprego, a gerar renda para os nossos trabalhadores no campo e também alimenta muita gente que pre-cisa pelo Brasil afora.”

Ainda de acordo com a presidenta, o núme-ro de agricultores familiares atendidos cresceu 20% no governo Dilma e chega a quase 200 mil. “Eles sabem que parte de sua produção tem comprador certo e o mais importante: tem um preço justo”, disse.

“Somente com o PAA, o meu governo já com-prou 830 mil toneladas de alimentos da agricul-tura familiar. Isso significa um investimento de R$ 1,75 bilhão.

E os nossos investimentos no PAA vão con-tinuar crescendo este ano de 2013, com a com-pra de R$ 1,4 bilhão em alimentos.”

Governo vai aumentar compras de alimentos da agricultura familiar

Page 25: Jornal Entreposto | Maio de 2013

maio de 2013 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 26: Jornal Entreposto | Maio de 2013

24 Encontro JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013

O auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi palco, no dia oito de maio, do 2º Encon-tro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas e contou com a presença, além de líderes e empresários do segmento, e da secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamas-chi.

Realizado pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) em parceria com a Associação Brasileira de Noz Macadâmia (ABM), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e

Investimentos (Apex-Brasil), e Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro) o evento ob-jetivou aproximar aqueles que fazem parte da cadeia produ-tiva e apresentar dados, infor-mações, mercados e tendências mundiais.

O pronunciamento de José Eduardo Camargo, presidente da ABM e vice-presidente do Centro das Indústrias do Esta-do de São Paulo (Ciesp) marcou o iniciou do encontro que teve como principais temas elevar o consumo interno e aumentar a exposição internacional dos produtos brasileiros.

Fiesp recebe 2º Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas SecasParticipantes da cadeia discutem medidas para incentivar o consumo interno e aumentar a exposição internacional dos produtos brasileiros

Camargo destacou o quanto os problemas na infra-estrutu-ra do país afetam o segmento. “O Brasil é campeão em inúme-ros setores dentro das fazendas e indústrias. Contudo, quando enfrenta a logística, estradas, portos, aeroportos, tributos e desvalorização cambial, a cadeia sofre uma sobrecarga que inviabiliza, muitas vezes, a concorrência internacional”. Segundo ele, a área está se for-talecendo.

O presidente do Ibraf, Mo-acyr Saraiva Fernandes, apre-sentou o instituto e explanou acerca do Programa Básico de

Ação para Castanhas e Nozes e Frutas Desidratadas, desta-cando a solicitação, ao governo brasileiro, de medidas com-pensatórias na exportação de produtos do setor que, a partir do dia primeiro de janeiro de 2014, perderão as preferên-cias tarifárias atuais (SGPL) da União Europeia.

Para Mônika Bergamaschi, o segmento ainda não foi total-mente explorado e São Paulo pode ser maior que o Chile em relação à fruticultura. “O gover-no do Estado tem investido na revitalização dos institutos de pesquisa e recursos humanos”, frisou Bergamaschi.

Durante o evento, também foi apresentado o projeto de promoção das exportações de frutas e seus derivados, Brazi-lian Fruit, realizado desde 1998 fruto da parceria entre Ibraf e a Apex-Brasil e aberto a todas as empresas produtoras que já exportam ou tenham interesse em exportar.

Participaram ainda, Maria Teresa Camargo, da empresa Queen Nut, que explanou so-bre a macadâmia, Ana Luiza Vergueiro, da Econut que falou sobre a castanheira do Brasil e Claiton Wallauer, da Pecanita, produtora de noz pecan.

O Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secre-taria de Agricultura e Abaste-cimento de São Paulo divulgou que o Valor da Produção Agro-pecuária e Florestal do Esta-do de São Paulo em 2012 foi de R$61,5 bilhões. Este valor corresponde a um aumento de 3,3%em relação ao do ano pre-cedente.

Os produtos que apresenta-ram os maiores crescimentos de valor foram: batata (70,0%), cebola (68,0%), tomate para indústria (55,0%), repolho (49,2%), mandioca para mesa

IEA divulga o valor da produção agropecuária por região(47,3%), caqui (44,6%), feijão (44,5%), amendoim (41,3%) e soja (41,2%). No lado oposto da tabela, os produtos que apre-sentam as maiores quedas de valor da produção foram: laran-ja para mesa (50,4%), resina de pínus (47,7%), manga (47,0%) e abacaxi (43,1%).

A cana-de-açúcar, principal produto da agropecuária pau-lista, correspondeu a 48,4% do valor total (sem os produtos flo-restais) em 2012.

O valor dos produtos flores-tais atingiu 4,6 bilhões, parti-cipando com 7,5% do valor da

produção agropecuária e flores-tal do Estado em 2012, afirmam os pesquisadores AlfredoTsu-nechiro, Paulo José Coelho, De-nise Viani Caser, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Eduardo Pires Castanho Filho, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti.

Dados Regionais

Os resultados finais dos cálculos dos valores indicam desempenhos muito discre-pantes entre as regiões nesta temporada. As regiões (EDRs) que mais cresceram em 2012

foram Guaratinguetá (51,6%), Franca (30,3%), São Paulo (29,4%), Campinas (21,2%), Itapeva (20,6%),Pindamo-nhangaba (19,9%) e Registro (19,4%). Dezesseis das 40 regi-ões apresentam queda do valor da produção, em relação a 2011. As maiores quedas ocorreram nas regiões de Mogi das Cruzes (12,2%), Andradina (10,5%), Limeira (10,2%),Mogi Mirim (8,5%) e Bauru(7,0%).

As quatro regiões ou EDRs maiores produtoras da agrope-cuária paulista em 2012 foram Barretos, São João da Boa Vista,

Orlândia e Presidente Pruden-te, as quais, em conjunto, foram responsáveis por 18,4% do va-lor total. A região de Jaboticabal, que ocupou a quarta posição em 2011, foi suplantada por Presi-dente Prudente em 2012, espe-cialmente pelos baixos preços da laranja, segundo principal produto do EDR. Seguem como regiões de maior produção, em ordem decrescente, Ribeirão Preto e Itapeva, cada uma com VPA superior a R$2 bilhões.

Leia o artigo na íntegra no site do IEA www.iea.sp.gov.br

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maio de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

A missão da Associação Amigos do Bem Estar do Menor, SOABEM, é promo-ver o desenvolvimento pes-soal e comunitário - dos alu-nos da entidade e do bairro Engenho Novo em Barueri -, através da ampliação do universo cultural e cotidia-no, buscando, desde sua fundação, realizar progra-mas e projetos que contri-buam para esse avanço. As-sim, são realizadas oficinas recreativas para crianças de quatro a sete anos; comple-mentação escolar através de oficinas sócio-culturais para alunos de sete a cator-ze anos; e projetos que vi-sam capacitação e formação para o mercado de trabalho e geração de renda desti-nados a jovens de 15 a 25. Além disso, apoia, também, as famílias dos educandos e realiza desde campanhas de arrecadação de alimentos, roupas, brinquedos e mate-rial escolar a alfabetização de adultos.

www.soabem.org.brAvenida Capitão Francisco César, 1240 - Barueri – SPTelefone: (11) 4168-2869 / 3433E-mail: [email protected]

SOABEM recebe doações do Banco Ceagesp de Alimentos

Seja um doador do Banco Ceagesp de Alimentos

Telefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929Nextel: 55*45*4964E-mail: [email protected]

Resumo BCAAbril / 2013Cinco alimentos mais doados

1. Chuchu2. Tomate3. Mexerica4. Laranja5. Mamão

Cinco maiores doadores

1. Batista2. Canelas3. H.Shimizu4. JR5. JKS

Volume de doações recebidas: 72.958 toneladas

Descarte BCA 10.809 toneladas

Volume de doações distribuídas 62.149 toneladas

Permissionários doadores 28

Entidades beneficiadas 100

“Traga dois livros que eu empresto o meu para você ler”. Foi com essa frase que José Carlos Cruz de Paula, funcio-nário da Seção de Gestão de Portaria, deu início à biblioteca da Ceagesp, em 2006. Quando percebia o interesse dos co-legas de trabalho pelas obras que carregava embaixo do bra-ço ao circular pelo entreposto, Cruz fazia a proposta da troca. Aos poucos, começou a receber doações e quando os livros já não cabiam mais em sua casa, a Associação Nossa Turma doou um espaço na instituição para armazená-los.

Hoje, a Sala de Cultura Cea-gesp, localizada no segundo an-dar do prédio da diretoria, tem quatro mil títulos, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

HORA DA LEITURA

JE e Sala de Cultura Ceagesp disponibilizam livros para empréstimo

José Carlos, que realiza o trabalho voluntário sozinho e fora do horário de expedien-te para não atrapalhar as suas funções no entreposto, se sen-te gratificado em ter ajudado a mudar a vida de tantas pesso-as. “Funcionários se sentiram motivados e voltaram a estudar depois de criar o hábito da lei-tura na Ceagesp”, conta emo-cionado, explicando que por determinação da companhia, os livros podem ser empresta-dos para funcionários e cola-boradores que tem acesso ao prédio.

“Visitantes e demais fre-qüentadores podem me procu-rar por email ou telefone que eu mesmo levo o livro”.

Para colaborar com o traba-lho de Cruz e facilitar o acesso da população ceagespiana à

cultura, o Grupo de Mídia En-treposto criou o Entreposto do Livro e já disponibiliza títulos para empréstimo na sede do Jornal, localizada no edifício Sede II, ao lado da farmácia. Basta se cadastrar e escolher a obra no display.

Visite: www.entrepostodolivro.com.br

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BANCO CEAGESP DE ALIMENTOS

Page 28: Jornal Entreposto | Maio de 2013

26 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013Ceasas do Brasil

ECONOMIA

Morango

50,2 %Pimentão verde

56,2 %

Pepino comum

-32,3 %

Ovos

-4,4 %

Sardinha

-17,1 %

Índice Ceagesp registra leve alta de 0,5% em abrilCoentro, espinafre, couve e alface lisa apresentaram majorações e influenciaram na elevação do Índice. No ano, o indicador registra elevação de 6,22% e nos últimos 12 meses o aumento foi de 22,37%

No mês de abril, o Índice Ce-agesp registrou pequena alta de 0,5%. A oscilação de preços foi negativa em todos os setores de comercialização, com exceção no de verduras que registrou alta acentuada em razão das condições climáticas adversas. No ano, o indicador registra elevação de 6,22% e nos últi-mos 12 meses o aumento foi de22,37%. “Apesar da queda, produtos como coentro, espi-nafre, couve e alface lisa apre-sentaram acentuadas majora-ções de preços e influenciaram na elevação do Índice no último mês”, explica Flávio Godas, eco-nomista da Ceagesp.

O setor de pescados foi o que registrou a maior que-da, de 2,01%. Principais bai-xas: sardinha (-17,1%), atum

(-16,3%), anchovas (-16%), corvina (-15,9%) e curimbatá (-9,1%). Principais altas: ro-balo (14,9%), salmão (9,4%) e namorado (5,7%).

A seguir, as frutas regis-traram queda de 0,86%. Prin-cipais baixas: abacate for-tuna (-56,7%), laranja lima (-33,7%), atemoia (-28,6%), uva niagara (-14,1%) e ma-mão papaya (-11,6%). Princi-pais altas: morango (50,2%), figo(24,3%), banana nanica (18,3%) e uva itália (15,9%).

Nos legumes, a queda foi de 0,63%. Principais baixas: ervilha torta (-33,7%), pepi-no comum (-32,3%), tomate (-21,2%) e abobrinha italiana (-10,8%). Principais eleva-ções: pimentão verde (56,2%), quiabo liso (30,1%) e beterra-

ba (17,1%). O setor de diver-sos recuou 0,16%. Principais baixas: amendoim (-10,8%), canjica (-5,7%), ovos (-4,4%) e cebola (-1,7%). Principais altas: batata comum (4,8%), e coco seco (21,6%). Já o setor de verduras registrou elevação de 17,34%. Principais altas: coentro (119,9%), espinafre (41,3%), couve (33,6%) e alfa-ce lisa (27,9%). Principal que-da: repolho (19,9%).

Tendência:

Preservadas as condições

climáticas atuais, a expecta-tiva para maio é de redução de preços em todos os setores de comercialização. Há, nesta época, uma natural retração no consumo e, como as condi-

ções climáticas costumam ser satisfatórias, a expectativa é de elevação do volume ofertado, ótima qualidade e redução dos-preços praticados da maioria dos produtos comercializados. Em razão da sazonalidade, al-guns aumentos pontuais po-derão ocorrer durante o mês de maio nos preços do tomate, batata e cebola.

Índice Ceagesp

Como objetivo de traduzir melhor a situação do merca-do, em 2012, o Índice Cea-gesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, ate-moia, abóboras, inhame, cará, maxixe,cogumelo, berinjela ja-

ponesa, hortelã, moyashi, oré-gano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entra-das regulares durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensal-mente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponde-rados de acordo com a sua re-presentatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

Há 35 anos exercendo im-portante papel no mercado hortifrutigranjeiro capixaba, a Ceasa/ES tem mais um motivo para comemorar.Foi inaugura-da no dia 16 de abril a Unidade Norte localizada do município de São Mateus. A Ceasa Norte é a segundamaior do Estado, ficando atrás somente do en-treposto de Cariacica.

O objetivo é descentralizar o mercado atacadista e criar

Ceasa Norte: segundo maior entreposto do ES estimula produção local

estímulos para o cultivo de no-vas culturas na produção local. Assim, a distância e o tempo de exposição das mercadorias nos veículos de transporte são reduzidos, gerando uma esta-bilidade no preço emelhoria na qualidade. Fatores que be-neficiarão tanto os produtores quanto o consumidor final.

A meta a ser alcançada no primeiroano de funcionamen-to é de sete mil toneladas por

mês. Para isso, a nova unida-de conta com 27 lojas/boxes, o Pavilhão Permanente (PP), destinado a comerciantes e atacadistas, cooperativas, em-presas individuais e empresas distribuidoras, e o Pavilhão Não Permanente (PNP/Pedra), reservado para os produtores rurais e suas organizações. Este último tem dois planos, o primeiro com capacidade para 40 veículos de carga, acostados

e destinados à comercialização dos produtos de curta duração, enquanto o segundo possui 66 módulos, sem plataforma para a comercialização dos produ-tos de média duração.

Oferta

Os principais ofertantes serão as regiões Norte, Noro-este e parte da área Serrana do Espírito Santo, que, além

de abastecerem o Estado, também atenderão o extremo sul da Bahia e uma parcela de Minas Gerais. A grande diver-sidade no mercado deve ser um dos pontos altos, com des-taque para a abóbora jacaré madura, o mamão havaí e for-mosa, o coco verde, o maracujá azedo, a melancia redonda e o limão tahiti, também comer-cializados no entreposto de Cariacica.

Page 29: Jornal Entreposto | Maio de 2013

27maio de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciomaio de 2013Ceasas do Brasil

COMERCIALIZAÇÃO FITOSSANIDADE

Sandra Domit Comunicação Ceasa/RS

Dando início efetivo ao Pro-grama de Monitoramento de Qualidade de Produtos Horti-granjeiros foi realizada no dia 7 de maio, a primeira coleta de produtos hortigranjeiros na Ceasa/RS (Centrais de Abaste-cimento do Estado). No Galpão dos produtores, os técnicos da Vigilância Sanitária do Estado coletaram três amostras, sen-do duas de tomate e uma de batata. “Cada amostra corres-ponde a um produtor diferen-te. A escolha foi aleatória”, ex-plicou Claiton Colvelo, técnico da Ceasa. No setor atacadista, foram coletadas outras duas amostras dos mesmos produ-tos, tomate e batata.

O presidente da Ceasa, Pau-lino Donatti, acompanhou o trabalho, juntamente com Col-velo e o outro técnico Gabriel Specht. As amostras serão ago-ra analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A expectativa é de que o resulta-do saia em 15 dias. O progra-ma foi implantado e começou a ser executado por meio de um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado, entre o Ministério Público do Estado, a Ceasa/RS, Vigilâncias Sanitárias do Esta-do e do Município, Lacen e o CREA/RS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS). O objetivo é proporcionar

maior segurança no ambiente de trabalho e oferecer maior qualidade dos alimentos comer-cializados no RS à população.

Através do programa será monitorada a presença de re-síduos de agrotóxicos de uso não autorizado no Brasil e ou autorizados, mas acima dos li-mites máximos estabelecidos ou de uso não recomendado para a cultura. “Nosso objeti-vo não é a punição, mas sim a orientação visto que os maio-res problemas sempre ocor-rem pela falta de informação”, ressalta Donatti. Segundo ele, as coletas ocorrerão na Ceasa/RS, visto que no local são co-mercializados 35% dos horti-granjeiros consumidos no RS, provenientes de todo o Estado e de fora dele e que possuem rastreabilidade.

Quem não estiver cumprin-do com a legislação deverá participar de cursos de boas práticas agrícolas e poderá ter suspenso o direito à comercia-lização dos produtos por 30 dias a um ano, dependendo da infração.

A importância do TAC

O Brasil é o maior consu-midor de agrotóxicos, com um consumo de 19% do total usado no mundo inteiro. Em média, o país consome em tor-no de 5,2 litros de agrotóxicos por pessoa a cada ano. Segun-do a Agência Nacional de Vigi-

lância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, há dois principais efeitos negativos sobre a população deste alto e indiscriminado uso de pesti-cidas. O primeiro é o risco da exposição dos trabalhadores rurais na sua aplicação, mui-tos dos quais não utilizam cor-retamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados. O segundo é o aumento do risco nutricional para consumidores que inge-rem o alimento contaminado.

O que caberá a cada entidade

Ceasa/RS – Fornecer o ca-dastro para identificação dos produtores rurais e comer-ciantes (permissionários) no momento da coleta das amos-tras, acompanhando os profis-sionais no mercado.

Vigilâncias Estadual e do Município – Coletar amostras junto aos produtores e estabe-lecimentos que comercializam hortigranjeiros e enviá-las ao laboratório para análise.

Lacen – Realizar a análise de agrotóxicos dos produtos coletados, emitindo laudo se o material está de acordo ou não com as prescrições legais.

CREA/RS – Fiscalizar as agropecuárias, verificando a correta emissão de receituá-rio agronômico de profissional habilitado na recomendação do uso dos mesmos.

Começa coleta de produtos para monitoramento de agrotóxicos na Ceasa/RS

A pedido do secretário de Estado de Desenvolvimento Re-gional, Felipe Peixoto, o chefe do setor de assistência técnica e extensão rural da Ceasa-RJ, Newton Novo, se reuniu com agricultores de São José de Ubá para debater sobre a volta da comercialização no mercado livre do produtor, a “pedra” de São José de Ubá. Na reunião, fo-ram debatidos diversos assun-tos acerca do projeto, que tem o apoio da Prefeitura Municipal de São José de Ubá, Emater-RJ e Ceasa-RJ.

Para viabilizar o projeto de reativação do Mercado do Pro-dutor, a Ceasa-RJ participou da reunião no Centro Cultural de São José de Ubá, domingo (08-05-2013) para organização de um grupo de aproximadamente 50 agricultores do município de São José de Ubá. Ficou decidido

que todos os produtores serão cadastrados e haverá uma arti-culação com compradores dos entrepostos da Ceasa-RJ de Irajá e Itaocara.

O Mercado do Produtor de São José de Ubá reabrirá a par-tir do dia 23 de Junho de 2013 e funcionará domingos e quar-tas de 12:00 às 20:00. Serão comercializados produtos da região como abóbora, pepino, berinjela, pimentão e o tomate, que é responsável por gerar a maioria dos empregos na cida-de. Além de impulsionar a eco-nomia do município de São José de Ubá, a reabertura do Mercado do Produtor vai beneficiar o pe-queno agricultor, que terá menos dificuldades com a comerciali-zação direta, que muitas vezes é prejudicada pelo patrocínio de parte da produção por algumas empresas.

Ceasa-RJ debate projeto para a reativação do Mercado do Produtor em São José de Ubá

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29maio de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Cá entre nós

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa) www.jornalentreposto.com.br

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Maio: Queima do Alho agita CeagespPor Manelão

Todas as manhãs, a educadora Magali leva as criançada da Nossa Turma para olhar o canteiro onde foram plantadas sementes de bata-ta cedidas pelo João, da Campo Vitó-ria, que também arregaçou as man-gas, revirou a terra e viu a alegria da garotada e o carinho que tiveram ao cuidar do tubérculo. E a partir de agora será assim: todos os dias as plantas serão acompanhadas pela turma e nós esperamos que a co-lheita seja farta.

O evento da Queima do Alho foi realizado com galhardia. A fa-mília ceagespiana se fez presente. Carregadores, vendedores, produ-tores, compradores e comercian-tes compareceram com as suas famílias. O senhor Edson Pracideli acompanhou toda a movimentação. O senhor Bolzan, da Coordenadoria da Sustentabilidade da Ceagesp, apreciou a comida e o ambiente enquanto conversava com autori-dades políticas que prestigiaram o evento: vereador Paulo Frange , de-putado estadual Osvaldo Verginio, e o deputado federal Walter Ihoshi, que representa a colônia japonesa no entreposto.

Nós agradecemos a prefeitura de São Paulo, através da Anhembi Turismo que nos cedeu o palco e duas tendas; a direção da Ceagesp, que gentilmente nos cedeu o espa-ço; a gerência que acomodou a feira de automóveis em outro estaciona-mento; a fiscalização; a segurança; e o pessoal da limpeza que não mediu esforços varrendo e lavando o local que, sem seguida, seria usado pelos comerciantes do setor de flores.

Obrigado aos permissionários que contribuíram com dinheiro para contribuir com a infraestru-tura, além de outros que doaram cebola, madioca e alho e outros ali-mentos. Padaria Nativa doou o pão para o café da manhã das comitivas. Jorak, bananas para os cozinhei-ros espantarem a cãibra. Pro Ativa, maçã. E Itaueira mandou o melão Rei. Foi bonito ver a garotada do balé saboreando as frutas.

Todos os artistas que se apre-sentaram na festa ficaram felizes em participar cientes de que toda renda líquida vai para as obras so-ciais da Nossa Turma. Além disso, elogiaram a qualidade da fruta e brincaram: “Esta é da maior fazen-da do mundo. A nossa querida Ce-agesp”.

No próximo dia 30 de maio, às 9h, no galpão dos carregadores, será celebrada a missa de Corpus Christi. O ex-carregador Frei Décio Pacheco Bezerra, que hoje mora na cidade de Sorocaba, vai, pela pri-meira vez, celebrar essa missa fes-tiva na companhia de muitos car-regadores que, no passado, foram seus companheiros de trabalho.

O diácono Luis Carlos de Laete, capelão da comunidade Santa Luzia e o coral amigos do Padre Kirano, da paróquia São Mateus, bairro do Rio Pequeno estarão envolvidos na liturgia. E eu, Manelão, terei a honra de ser o comentarista. Venham to-dos participar deste ato de fé!

Cinco municípios do Mato Grosso do Sul (MS) foram oficialmente declara-dos como área livre da praga Sigatoka Negra. O reconhe-cimento foi publicado em 9 de maio no Diário Oficial da União.

Com a inclusão de Anau-rilândia, Bataguassú, Ba-tayporã, Nova Andradina e Taquarussú como áreas livres da praga, sobe para 16 o número de municípios do estado autorizados a co-mercializar plantas e frutos da bananeira para qualquer local do país.

Além dos municípios do Mato Grosso do Sul, 13 es-tados brasileiros já foram considerados oficialmente áreas livres da praga. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pa-raíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A Sigatoka Negra é cau-sada pelo fungo Mycosphae-rella fijiensis Morelet e atin-ge as folhas mais novas da bananeira, causando estrias (linhas) marrons. Com o avanço da doença, as folhas têm morte prematura e os prejuízos podem chegar até 100% da plantação.

Mais cinco municípios do MS estão livres da Sigatoka Negra

Nota de pesar

Anaurilândia, Bataguassú, Batay-porã, Nova Andradina e Taquarussú ficam agora autorizados a comercializar bananas para todo o País

É com profundo pesar que o Jornal Entre-posto e a comunidade ceagespiana desejam que Nosso Senhor Deus reconforte todos os ami-gos e familiares que se enlutaram neste ano com a ausência de Nelly Serrano, empreendedo-ra de sucesso que atua-va no ramo de vendas de caminhões na Ceagesp. Que Deus a ilumine para sempre.

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