jornal entreposto | julho 2011

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Os personagens do agromarketing Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - N o 134 | julho de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio A embalagem ideal de uva segundo atacadistas Custo de produção de veículos chega a ser 60% superior no Brasil Ceasa paulistana instala conselho consultivo | Qualidade | pág. 16 | Transporte | pág. 26 | Ceasas Brasil | pág. 23 Frutas Geral Legumes Verduras Diversos Pescado -4,98% -4,67% -0,94% -5,96% -2,71% -6,84% Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Índice Ceagesp - Junho 2011 Turma da Mônica, Mickey e Cocoricó impulsionam mercado de frutas e hortaliças Licenciamento de marcas traduz-se em bons negócios para os permissionários da Ceagesp, esmulando o consumo de alimentos saborosos e saudáveis entre o público infanto-juvenil, um nicho de mercado em expansão no país Permissionários faturam em pregão eletrônico paulista pág. 8 Sistema facilita vendas de frutas e hortaliças às secreta- rias, autarquias, estatais, universidades e outros órgãos públicos de São Paulo, democrazando o acesso das pe- quenas e médias empresas ao business to government Saiba o que fazer para atender às exigências da Vigilância Sanitária Exportações de flores caem 27,83% pág.15 pág. 6 pág. 5 O meio ambiente e os resíduos sólidos Mercado do abacaxi no ETSP págs. 4 e 5 PAULO FERNANDO COSTA

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Julho 2011

Os personagens do agromarketing

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 134 | julho de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

A embalagem ideal de uva segundo atacadistas

Custo de produção de veículos chega a ser 60% superior no Brasil

Ceasa paulistana instala conselho consultivo

| Qualidade | pág. 16

| Transporte | pág. 26

| Ceasas Brasil | pág. 23

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos Pescado-4,98%-4,67% -0,94% -5,96% -2,71% -6,84%BaixaBaixa Baixa Baixa Baixa Baixa

Índice Ceagesp - Junho 2011

Turma da Mônica, Mickey e Cocoricó impulsionam mercado de frutas e hortaliçasLicenciamento de marcas traduz-se em bons negócios para os permissionários da Ceagesp, estimulando o consumo de alimentos saborosos e saudáveis entre o público infanto-juvenil, um nicho de mercado em expansão no país

Permissionários faturam em pregão eletrônico paulista

pág. 8

Sistema facilita vendas de frutas e hortaliças às secreta-rias, autarquias, estatais, universidades e outros órgãos públicos de São Paulo, democratizando o acesso das pe-quenas e médias empresas ao business to government

Saiba o que fazer para atender às exigências da Vigilância Sanitária

Exportações de flores caem 27,83%

pág.15pág. 6

pág. 5

O meio ambiente e os resíduos sólidos

Mercado do abacaxi noETSP

págs. 4 e 5

PAULO FERNANDO COSTA

Page 2: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201102 Editorial

Desde os primórdios, em que o ho-mem descobriu que podia tirar da terra seu alimento, o agricultor tornou-se uma peça fundamental na sobrevivência humana. Estudos ar-queológicos, etnográficos históricos mostram que ao mesmo tempo, em várias partes do mundo, o homem passou a mexer na terra com o obje-tivo de se alimentar, criando a agri-cultura, a arte de cultivar a terra.

Em 28 de julho comemoramos o Dia do Agricultor, um profissional do campo que contribui para alimenta-ção e abastecimento da humanidade através do emprego de um conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século XIX, conhecida como a segunda revolução agrícola, e que se baseou no lançamento dos fertilizantes químicos.

Esse modelo de agricultura indus-trial, envolvendo uso intensivo de produtos químicos e grande espe-cialização, tem predominado na agricultura e produção de alimentos mundial.

Agora, a agricultura orgânica que apareceu entre as décadas de 20 e 40, fruto de trabalhos de pesquisa-dores na Índia, vem ganhando mer-cado. Ela se baseia na manutenção da fertilidade do solo e da sanida-de geral das plantas e animais pela adubação orgânica e pela diversifi-cação e rotação de culturas. Utiliza também a reciclagem de resíduos sólidos, adubos verdes e restos de

culturas, de rochas minerais, de ma-nejo e controle biológico de insetos, mantendo a fertilidade e sanidade do solo para suprir as plantas de nu-trientes e controlar insetos, pragas, moléstias e ervas invasoras.

Essa forma de cultivar a terra tem hoje muitos adeptos, tanto nos paí-ses em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos, que a experimentam como uma alternativa à agricultura convencional.

O estudo dos efeitos das atividades humanas sobre o meio ambien-te trouxe o conhecimento das más conseqüências da disseminação da poluição dos cursos d’água e dos lençóis freáticos subterrâneos pelo uso indiscriminado de fertilizantes e pesticidas na agricultura.

Descobriu-se também que a agri-cultura intensiva oferece riscos de erosão aos solos e danos à vida sel-vagem.

Hoje, o consumidor é suficientemen-te informado e se preocupa com o efeito de alimentos contaminados por pesticidas, hormônios e resídu-os de antibióticos para a saúde hu-mana. Aumentou então o interesse por métodos menos convencionais, métodos mais naturais de cultivar a terra.

Parabéns aos agricultores brasileiros!

25 de Julho - Dia deSão Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dos viajantes e dos taxistas

“Cristóvão” significa “aquele que carrega Cristo”, por isso São Cris-tóvão é considerado o protetor dos viajantes, dos motoristas e dos ta-xistas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria.

De acordo com algumas das len-das, Cristóvão era um gigante ma-terialista com manias de grandeza, supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo.

Através de um eremita, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Infor-mado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor. Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e garra, trans-formando-a em sua lei.

No rio, passou a baldear as pesso-as. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: “É possí-vel tu me transportar para a outra margem do rio?”

Cristóvão pegou o menino nos om-bros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o es-panto de São Cristóvão, o menino lhe falou: “Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carre-gaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele aquem tu serves...

É assim que conhecemos São Cris-tóvão. No dia 25 de julho, pedimos a ele que nos dê firmeza e vigilân-cia nos muitos caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, feli-cidade e realização. Todos somos caminhantes nas estradas deste mundo, e pedimos a ele que acom-panhe-nos constantemente para chegarmos ao destino sem aciden-tes e contratempos.

28 de julho - Dia do Agricultor

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio março de 2011 03EditorialJORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 03

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201104 AGROMARKETING

De olho no crescente nicho infantil no Brasil, empresas produtoras de frutas e hortali-ças frescas aproveitam os en-cantos que os personagens de revistas em quadrinhos e dese-nhos animados exercem sobre este seleto e exigente público. O objetivo é claro: alavancar as vendas.

A título de licenciamento, os atacadistas pagam de 3% a 8% do valor faturado para os estúdios. Com essa ação de ma-rketing, os produtores também querem estimular o consumo de alimentos mais nutritivos e saudáveis entre essa faixa etá-ria em fase de crescimento.

Os frutos ofertados são pe-quenos, tamanho considerado adequado ao manuseio e inte-ressante ao olhar de uma crian-ça. Além do aspecto visual mais atraente, tais produtos são ri-gorosamente selecionados e não apresentam danos, o que garante melhor sabor e justifica o valor 20% mais caro que os convencionais.

“Supermercados, lojas gour-met e sacolões são os clientes que mais compram. O dia que não temos essas frutas, os com-pradores reclamam”, conta José Roberto dos Santos Toledo, do departamento comercial da Frutânia Brazil.

“Qualquer fruta ou hortali-ça com a Turma da Mônica na embalagem vende mais, pois

são produtos selecionados sem contato manual”, acrescenta o vendedor Francisco de Assis Nogueira, da Frutas AM.

Há três meses, a Val Frutas começou a apostar na comer-cialização de goiabas com o Chi-co Bento estampado nas caixas. “Todo mundo gostou da em-balagem e a procura por esse produto cultivado em Vista Ale-gre do Alto, no interior de São Paulo, já começou a aumentar. Inclusive, as grandes redes de supermercados estão nos ca-dastrando como fornecedores”, comemora o gerente comercial da empresa, Assis Rossi.

Segundo o supervisor de produção do Grupo NK, Ede-nildo Pereira da Costa, nenhum vendedor tem dificuldade em escoar mercadorias dessa natu-reza. “É um produto que vende sozinho”, afirma.

As hortifrutícolas encontra-das na Ceagesp são embaladas em sacos plásticos, cumbucas e caixinhas de papelão personali-zados com os desenhos de Walt Disney, Mauricio de Sousa, Ro-gério Martins e Ridaut Dias Jr. (Instituto Ayrton Senna), Fun-dação Padre Anchieta (Cultura Marcas) e MTV Networks Latin America (Nickelodeon).

Os principais personagens desses estúdios desenhados nas embalagens são Mickey (to-mate da variedade sweet grape, uva, kiwi e morango), Chico Bento (goiaba), Mônica (pêra, maçã e cenoura baby), Sen-ninha (mamão papaya baby), Cocoricó (maçã) e Bob Esponja (abacaxi).

HQs e desenhos animados invadem a CeagespPermissionários recolhem royalties para estampar personagens infantis nas embalagens de frutas e hortaliças

Bertoldo Borges Filho Técnico do CQH-Centro de Qualidadeem Horticultura da Ceagesp

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 05BUSINESS TO GOVERNMENT

Paulo FernandoDe São Paulo

A BEC/SP (Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo), implantada em 2000, já movimentou R$ 9,7 bilhões em negócios, proporcionando economia de R$ 2,9 bilhões aos órgãos públicos paulistas. No período, foram realizadas mais de 344 mil operações e cerca de dois milhões de itens já foram comprados de forma on-line.

De olho na expansão do bu-siness to government (B2G), atacadistas da Ceagesp também estão se cadastrando no sis-tema de compras via internet, que reduz custos e torna mais ágil e transparente a aquisição de produtos e serviços, desde a publicação do edital, passando pelo convite aos participantes, até a execução dos lances dados no leilão reverso, no qual ven-ce o concorrente que oferece o menor preço.

Atualmente, o portal ad-ministrado pela Secretaria da Fazenda conta com mais de 25 mil fornecedores cadastrados. Nesta lista, estão diversas com-panhias permissionárias do entreposto da capital, entre as

quais a Dois Cunhados e a Ma-galusi.

“Essa tecnologia permite a inclusão digital dos pequenos e médios empreendedores e de-mocratiza o B2G”, avalia Lucas Manzato Barbosa, diretor co-mercial de ambas as empresas.

No caso específico dos for-necedores de FLV, ganha a con-corrência quem oferta o maior porcentual de desconto em re-lação à cotação diária auferida pelo departamento de econo-mia da Ceagesp.

Batata, cebola, banana e fru-tas como o mamão formosa e a banana são os itens mais co-mercializados. “No fim de ano, melancia e abacaxi também são muito solicitados nos pregões eletrônicos das prefeituras do estado e subprefeituras da ca-pital”, acrescenta.

De acordo com a legislação paulista, todas as secretarias, autarquias e fundações são obrigadas a realizar as compras pelo sistema BEC, além das es-tatais e das universidades.

O pagamento aos fornece-dores também é feito impre-terivelmente na data de ven-cimento ajustada no contrato. Entretanto, o teto estabelecido

para compras públicas na BEC ainda é baixo. As operações que dispensam licitação estão limitadas a R$ 8 mil, e aquelas realizadas por meio de carta-convite não podem ultrapassar R$ 80 mil.

“Mas o controle das transa-ções em tempo real assegura transparência aos negócios,

Pregão eletrônico facilita vendas de FLV ao governo de SPSistema de compras via internet reduz custos e agiliza aquisição de produtos e serviços

que são menos burocráticos e mais diretos”, ressalta o execu-tivo. Por meio do CQH (Centro de Qualidade em Horticultura), a Ceagesp desenvolveu uma fi-cha de controle de qualidade que o fornecedor de frutas e hortaliças deve apresentar no ato de entrega de cada lote ven-dido ao governo. O documen-

Há 18 anos a vendedora ambulante Neusa Matos da Silva comercializa ervas me-dicinais no Mercado Livre do Produtor da Ceagesp. Suas ervas são adquiridas de bio-químicos e vêm de diversas partes do Brasil, principal-mente dos estados do Norte e Nordeste.

Hoje, seu carrinho conta

to está disponível em http://www.ceagesp.gov.br/horties-colha/bec.

Para se cadastrar no siste-ma da BEC e vender ao governo de São Paulo, os interessados devem acessar o site www.bec.sp.gov.br.

Personagem

com mais de 200 tipos de plantas medicinais, além de xaropes, garrafadas entre outros produtos. Ela diz com orgulho que conta com uma clientela fiel por todo o entre-posto paulistano, além dos turistas estrangeiros que visi-tam a Ceagesp e levam suas ervas para seus países de ori-gem.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201106 Meio Ambiente

O Brasil produziu, só em 2010, 61 milhões de quilos de resíduos sólidos, o que dá uma média de 378 quilos de lixo por habitante. Desse total, 56% fo-ram para aterros sanitários e 44% foram parar nos lixões, barrancos e rios. A tentativa de mudar essa realidade está na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010 e ainda em fase de implan-tação.

De acordo com a nova lei, além do nível federal, estados e municípios deverão elaborar seus planos para reaproveita-mento, tratamento e eliminação de lixo orgânico e inorgânico. O prazo é até agosto de 2012, mas até lá continuam aplicáveis to-das as normas já em vigor.

As unidades da Federação que não tiverem essas políticas definidas até a data não pode-rão utilizar recursos da segunda edição do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos. O programa terá cerca de R$ 1,5 bilhão, alocados pelos minis-térios do Meio Ambiente e das Cidades.

Além da exigência de políti-cas locais, a lei determina que até agosto de 2014 nenhum re-síduo sólido seja mandado para aterros sanitários, apenas o ma-terial orgânico para composta-gem (utilizável como adubo) ou para geração de energia (gás). Até essa data, não poderão fun-cionar mais os lixões a céu aber-to.

Os serviços públicos de lim-peza urbana e de manejo de re-síduos sólidos poderão cobrar taxas ou tarifas de acordo com o peso ou o volume médio co-letado, baseadas em categorias de usuários ou distribuídas por faixas ou quantidades crescen-tes de utilização. Além disso, a lei estipulou a logística reversa, ou seja, o caminho de volta de embalagens e certos resíduos, envolvendo consumidores, co-merciantes, distribuidores e fa-bricantes.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, os responsáveis por estabelecimentos públicos, ins-titucionais, de prestação de ser-viços, comerciais e industriais, entre outros, geradores de re-síduos sólidos em volume su-

perior a duzentos litros diários, precisam se cadastrar na prefei-tura. Eles também deverão con-tratar empresas ou cooperativas autorizadas para a coleta, trans-porte, tratamento e destinação final do lixo, mantendo o contra-to à disposição da fiscalização.

Coleta seletiva A coleta seletiva está dispo-

nível em apenas 443 municípios dos mais de cinco mil existentes. De acordo com estudos elabora-dos pelo Ipea em 2010, o Brasil perde, anualmente, cerca de R$ 8 bilhões, por não fazer a reci-clagem correta do seu lixo. Se-gundo o secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do MMA, Nabil Bonduki, já estão sendo realizados convênios com

os estados e municípios para que cada um deles cuide da des-tinação do lixo. “Já foram feitos convênios com 17 municípios, que no futuro poderão gerar consórcios. Esses planos inter-municipais garantirão a desti-nação correta para os resíduos sólidos, além de representar um custo seis vezes menor para o governo”, afirmou. Bonduki afir-mou ainda que a primeira ver-são do plano nacional de resí-duos sólidos será finalizada em agosto para ser debatida a par-tir de setembro em seminários regionais. O texto final com a contribuição da sociedade será debatido em encontro nacional em 2012. O plano vai contem-plar todos os tipos de resíduos sólidos, como os da construção

Política de resíduos sólidos ajuda meio ambienteLei estende responsabilidades entre as esferas de governo e estipula o caminho de volta das embalagens e resíduos

A logística reversa é o princi-pal instrumento da Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos para ga-rantir maior eficácia no descarte e na reciclagem do lixo. As normas para coleta, separação, reaprovei-tamento e a destinação adequada de alguns produtos - como eletro-eletrônicos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de óleo lubrificantes – estão sendo discutidas por cinco grupos de trabalho criados no início de julho pelo Ministério do Meio Ambiente

civil, área da saúde, agropasto-ris e resíduos perigosos, entre outros.

Bonduki lembrou ainda da criação do Comitê Orientador da Logística Reversa - a monta-gem de uma modelagem para que os os produtos gerados por algumas cadeias produtivas se-jam efetivamente recolhidos, sob a responsabilidade dessa própria cadeia - produtores, im-portadores e comerciantes. En-tre as atribuições desses grupos de trabalho, está a responsabi-lidade compartilhada no trata-mento de seis tipos de resíduos: pneus; pilhas e baterias; emba-lagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além de lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrô-nicos.

(MMA). O processo da logística reversa responsabiliza as empre-sas e estabelece uma integração de municípios na gestão do lixo. “Esse é um processo no qual os produtores de um eletroeletrôni-co, por exemplo, têm que prever toda a reciclagem daquele pro-duto, como será feito o retorno e a destinação ambiental adequada, especialmente de alguns itens que retornem para o ciclo produtivo”, explica a coordenadora de Consu-mo Sustentável do MMA, Fernan-da Daltro.

De acordo com o ministério, estão convidados a participar dos grupos todos os que estejam envolvidos na cadeia de respon-sabilidade compartilhada, como importadores, fabricantes, distri-buidores, comerciantes, o Movi-mento Nacional de Catadores de Material Reciclável e represen-tantes de estados e municípios. A expectativa é que as regras para o descarte dos produtos estejam em vigor já no segundo semestre de 2012. Segundo o Comitê de Logís-tica Reversa do Brasil, indústrias

como as que trabalham com vidro e com latas de alumínio já utilizam materiais reciclados.

A indústria de eletroeletrô-nicos disponibiliza desde o ano passado um serviço on line de informações sobre os programas de logística reversa e com orien-tações para o descarte correto de televisores, computadores, celula-res e de outros resíduos eletroele-trônicos.

Embalagens de agrotóxicoUm caso bem sucedido de lo-

Logística reversa é ponto forte da nova leigística reversa, de acordo com o próprio MMA, é o das embalagens vazias de agrotóxicos. Segundo o InpEV) (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias , mais de oito mil tonela-das de embalagens de defensivos agrícolas foram entregues para o descarte ambientalmente correto nos três primeiros meses deste ano, resultado 17% melhor que o registrado no mesmo período do ano passado.

Com informações da Agência Brasil

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 07

FOTO: ABr

Atualmente, mais de 120 pa-íses desenvolvem agricultura de base ecológica, com crescimen-to médio da área plantada entre 15% a 20% ao ano. No Brasil, o crescimento anual médio é de 30% e existe uma forte demanda do mercado exportador, especial-mente por países como o Japão, Estados Unidos e União Europeia.

Esse é outros dados fazem parte da conclusão de um trabalho feito por um grupo de pesquisado-res da Embrapa Meio Ambiente e do International Centre for Re-search in Organic Food Systems (Icrofs), da Dinamarca. O estudo é parte integrante do Projeto Global Org/Brasil, que apresenta a situ-ação atual do desenvolvimento da produção de base ecológica no Brasil e no Estado de São Paulo.

Lucimar Santiago de Abreu, pesquisadora da Embrapa e coor-denadora do projeto, explica que analisou um conjunto de questões sociais e econômicas bem como a evolução deste setor, tratando também de questões associadas a institucionalização da agricultura de base ecológica no país.

A pesquisadora coletou com a equipe do projeto, um conjun-to de informações em diferentes instituições públicas e privadas brasileiras e em base de dados in-ternacionais. Entre as brasileiras encontra se o Ministério da Agri-cultura, certificadoras, agências de exportação, Ministério de De-senvolvimento Agrário, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, entre outras. Também realizou entrevistas com diferentes atores sociais, organi-zações de produtores familiares, agentes de desenvolvimento e or-ganizações econômicas.

Os resultados foram a descri-ção da trajetória da emergência e expansão da agricultura de base

Estudo levanta situação da agricultura de base ecológica

ecológica, caracterização do de-senvolvimento da produção de base ecológica no Brasil e desen-volvimento dessa mesma pro-dução no Estado de São Paulo e identificação e caracterização das cadeias da produção certificadas respectivamente para exportação e mercados locais. A pesquisado-ra acredita que os dados do es-tudo irão subsidiar a formulação de políticas públicas no âmbito do desenvolvimento da produção e comercialização de base ecoló-gica, no país. De acordo com Lu-cimar, no Brasil vem crescendo a produção de alimentos e de ou-tros produtos agrícolas baseada em princípios ecológicos, com de-nominações diferentes para esse tipo de produção, ou seja o pro-duto ecológico, produto orgânico, produto agroecológico, produto natural, etc. De fato, são formas distintas de produção ecológica e de inserção no mercado. No intui-to de captar essa diversidade de estilos de agriculturas ecológicas, adotou-se a denominação “agri-cultura de base ecológica” para estudar a produção brasileira.

A Lei da Produção Orgânica No 10.831, de 23 de dezembro de 2003, regulamentada em 2007, foi inspirada no conceito de agroeco-logia, também integrando diferen-tes dimensões da produção, des-de da valorização do patrimônio cultural das comunidades rurais, equidade social, valorização eco-nômica das produções familiares até o respeito aos recursos natu-rais. Essa lei da produção orgânica reconhece a diversidade de modos de certificação por terceira parte, pelo sistema de garantia partici-pativa e pelas vendas diretas com controle social.

Conforme levantado neste es-tudo, no território rural brasilei-ro encontra-se uma diversidade

de formas sociais de produção de base ecológica, com diferentes processos de transição e de siste-mas de comercialização. Ou seja, além das mudanças em termos de técnicas e de práticas agríco-las, identificou-se os grupos so-ciais e comunidades envolvidas portadores de consciência social, expressada na relação prática que estabelecem com os recursos am-bientais e na adoção de um modo de vida peculiar, que é fruto de uma crítica social ao modelo ba-seado no monocultivo e no uso de agrotóxicos.

“Portanto, explica Lucimar, para entender a situação atual, foram mapeadas as áreas produ-tivas e o universo social do pro-dutor. Esse universo é constituído na maioria por produtores fami-liares, onde buscou-se compre-ender os desafios colocados para o avanço da agricultura de base ecológica e identificar os elemen-tos que impulsionam a transição agroecológica. Além desses as-pectos, a produção de alimentos é complementada por condições que propiciam o desenvolvimento das pessoas e o meio rural passar a adquirir características de polo de irradiação cultural e social”.

Mercado externo

Segundo a Agência Brasilei-ra de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o mercado internacional é compra-dor da produção brasileira, porém poucos produtores atendem aos requisitos. Os principais produ-tos exportados são: café (Minas Gerais e Espírito Santo); cacau (Bahia); soja, açúcar mascavo e er-va-mate (Paraná); suco de laranja, óleo de dendê e frutas secas (São Paulo); castanha de caju (Ceará) e guaraná (Amazonas).

Quando somadas as áreas cul-tivadas com as de extrativismo sustentável, o Brasil ocupa o se-gundo lugar, com 11,8% da área produtiva mundial.

São mais de 15.000 produto-res rurais (0,4% dos produtores rurais brasileiros), sendo 80% agricultores familiares e 20% pa-tronais. Aqui, a produção certi-ficada ocupa uma área maior do que 888 mil hectares e no ranking mundial, o país está entre os oito maiores produtores.

Com relação aos produtos ecológicos e certificados, o cres-cimento das vendas tem ocorrido de forma expressiva nas capitais dos estados brasileiros, principal-mente nas regiões Sul e Sudeste.

O principal motivo para esse aumento foi identificado como sendo a preocupação com a saú-de, já que são livres de pesticidas, característica importante para os consumidores.Segundo o pre-sidente da Comissão de Regula-mentação da Lei da Agricultura de Base Ecológica, as pousadas e os hotéis-fazenda com alimentação de base ecológica e ecoturismo são também um setor promissor.

Embora o país seja o maior consumidor da América Latina, o consumo de produtos orgâni-cos no Brasil não chega a 1% do mercado de alimentos. Como re-sultado da percepção crescente de uma parte dos compradores sobre a melhor qualidade dos pro-dutos em relação ao convencional, dos benefícios para a sua saúde e para o meio ambiente, o mercado está crescendo, considerando-se o agregado de todos os setores.

A agricultura de base ecológica diz respeito aos interesses não so-mente da agricultura familiar, mas também das grandes empresas. A demanda por produtos ecológicos é relacionada aos consumidores domésticos e estrangeiros, cada vez mais interessados na qualida-de dos alimentos e nos impactos da agricultura no ambiente. Essa expansão deve ser atribuída, tam-bém, ao desenvolvimento de um mercado mais justo para os pro-dutores e consumidores, além do fato de gerar mais empregos.

Os pesquisadores irão con-tinuar os estudos, buscando au-mentar os conhecimentos em torno da produção certificada (terceira parte, sistemas de garan-tia participativo e vendas diretas com controle social), assim como identificar os meios de vida dos produtores familiares e os aspec-tos ambientais envolvidos (práti-cas agroambientais), bem como entender de forma aprofundada a dinâmica do mercado da produ-ção de alimentos em sua relação mais específica com o consumo.

Meio Ambiente

O secretário de recur-sos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bon-duki, afirmou que a pri-meira versão do Plano Na-cional de Resíduos Sólidos deverá ser apresentada à sociedade em agosto.

O texto, que está sendo elaborado por um grupo de trabalho interminis-terial criado no início de julho deverá ser debati-do em seis seminários no próximo ano. A previsão é de que a versão final fique pronta no fim de 2012.

Previsto na lei, o plano deverá conter, entre outras informações, um diagnós-tico da situação atual dos resíduos sólidos no país e metas de redução de resí-duos e de eliminação e re-cuperação de lixões.

Plano nacional deve ser apresentado em agosto

Page 8: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201108 Legislação Sanitária

A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) tem realizado ações de fiscalização no entrepos-to paulistano da Ceagesp. O obje-tivo é verificar se as empresas que comercializam alimentos no local atendem às exigências legais esta-belecidas para esse tipo de estabe-lecimento comercial.

Nos dias 5 e 7 de julho, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (CQH) realizou palestras para explicar aos permissionários e seus funcionários a legislação de alimentos e os itens necessárias para atender às leis. Abaixo você confere as informações acerca das exigências legais para a comercia-lização de alimentos coletadas pela engenheira de alimentos do CQH, Fabiane Mendes Câmara.

A vigilância sanitária tem o objetivo de proteger e promover a saúde da população, através de ações legais, educacionais, informativas, pesquisa, fiscalização de toda a cadeia de produção e consumo. A vigilância sanitária é dividida em três esferas de atuação:

•União, através da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária) - coordena o Sistema Nacio-nal de Vigilância em Saúde (SNVS), fomenta a realização de estudos e pesquisas no âmbito de suas atri-buições e elabora resoluções de proteção à saúde com validade para todo o território nacional.

•Estadual, através do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP/SES) regula e executa as ações conforme as necessidades e realidade do Estado de São Paulo.

•Municipal, através da Covisa, regula e executa as ações de acordo com as peculiaridades do município de São Paulo.

A fiscalização dos estabeleci-mentos onde é realizada alguma das seguintes operações: produ-ção/fabricação, importação, mani-pulação, fracionamento, armaze-namento, distribuição, venda para o consumo final e transporte de produtos na área de alimentos, é uma das atividades que a vigilância sanitária exerce.

O objetivo da fiscalização é veri-ficar se o estabelecimento atende às exigências legais e às denúncias de consumidores; à emissão da licença de funcionamento com emissão do Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária (CMVS) e atender solici-tações efetuados por outros órgãos públicos. Esta fiscalização é chama-da de inspeção sanitária. A equipe técnica que realiza a inspeção sani-tária de alimentos é composta por nutricionistas, médicos veteriná-rios e farmacêuticos.

Uma empresa que trabalha com alimentos no município de São Pau-lo deve atender às exigências legais, tendo a documentação em ordem. A base legal da vigilância em saúde, na área de alimentos no município de São Paulo é regida pelo Código Sanitário do Município de São Paulo (Lei Municipal nº13725 de 2004) e pelo Regulamento de Boas Práticas (Portaria SMS nº1210 de 2006).

A documentação exigida para atender às exigências da vigilância sanitária abrange: o Auto de Licen-ça de Funcionamento, o Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária, os comprovantes de atendimento ao PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o ASO ( Ates-tado de Saúde Ocupacional), Con-trole Integrado de Vetores e Pragas, POP’s ( Procedimentos Operacio-nais Padronizados) e um Responsá-vel Técnico e está detalhada abaixo.

•Auto de Licença de Funcionamento

O auto de licença de funciona-mento é um documento expedido pela prefeitura que autoriza o fun-cionamento do estabelecimento para atividades comerciais, indus-triais, institucionais, de prestação de serviços e similares pretendidas pelo interessado.

O Auto de Licença de Funcionamento (ALF) pode ser

obtido de duas maneiras:

a)Pela internet, acessando o portal da prefeitura de São Paulo, através do sistema eletrônico para a expe-dição de licença de funcionamento; b)Na praça de atendimento da sub-prefeitura mais próxima com toda a documentação exigida. No caso da Ceagesp, a subprefeitura respon-sável é a da Lapa, localizada na rua Guaicurus, 1000 - Telefone: 3396-7500, cujo horário de funcionamen-to é de segunda a sexta-feira das 8h às 18h. As orientações para solicitação do Auto de Licença de Funcionamento estão disponíveis no site da prefei-tura de São Paulo: http://www.pre-feitura.sp.gov.br/cidade/secreta-rias/planejamento/sp_mais_facil/slea/alf/index.php?p=986.

•Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária

É o número fornecido aos es-tabelecimentos aptos perante a vigilância sanitária a exercerem suas atividades. Deve ser requerido para início de atividades, e deverá ser novamente preenchido quando houver alteração do estabelecimen-to, sempre que houver mudanças de endereço (sem mudança de prédio), ou de atividade, ou do pro-cesso produtivo ou da razão social, fusão, cisão ou incorporação socie-tária. Alterações de endereço com mudança de prédio exigem novo cadastramento.

Para obter o CMVS, o requerente deve:

a)preencher o Anexo II (disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vi-gilancia_em_saude/cmvs/index.php?p=5871 );

b)Anexar: cópia do Contrato Social registrado na Junta Comercial ou em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou cópia do ato cons-titutivo; Cópia de firma individual registrada na Junta Comercial, no caso de microempresa ou empresa de pequeno porte; Cópia do CNPJ.

c)Protocolar entrega na Praça de Atendimento da Covisa situada à rua Santa Isabel, 181.

O SAC possui os seguintes te-lefones: 3397-8278, 3397-8279 e 3397-8280.

•PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional - NR-7 da Portaria nº 3.214/78.

O PCMSO busca a promoção e a preservação da saúde dos trabalha-dores, bem como prevenção e diag-nóstico precoce de doenças relacio-nadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho.

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos admissional; pe-riódico; de retorno ao trabalho; de mudança de função e demissional.

•ASO - Atestado de Saúde Ocupacional

É o documento que o funcio-nário recebe com o resultado dos exames clínicos e laboratoriais. Es-ses exames devem ser realizados no momento de admissão, e periodica-mente.

•PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR-9 da Portaria nº 3.214/78

A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) estabelece a obrigatorieda-de da elaboração e implementação do PPRA, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como em-pregados (independentemente do número) regidos pela CLT (registra-dos em carteira de trabalho).

O PPRA deve ser elaborado pelo Serviço Especializado em En-genharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SEESMT da empresa ou instituição. Caso o empregador esteja desobrigado pela legislação de manter um serviço próprio, ele deverá contratar uma empresa ou profissional para elaborar, imple-mentar, acompanhar e avaliar o PPRA.

•Controle Integrado de Vetores e Pragas

É um conjunto de ações preven-tivas e corretivas destinadas a im-pedir a atração, o abrigo, o acesso e a proliferação de pragas urbanas que comprometam a qualidade hi-giênico-sanitária do alimento. Deve ser realizado por empresa especia-lizada e autorizada pela vigilância sanitária para exercer este serviço.

•Manual de Boas Práticas É o documento que descreve as

operações realizadas pelo estabele-

cimento (requisitos higiênico-sani-tários, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da qua-lidade da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação pro-fissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento). Pode ser elaborado pelo responsável técnico, responsável legal ou profissional habilitado.

•POP’s - Procedimentos Operacionais PadronizadosÉ um documento que contém

uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma atividade. Ele descreve passo a passo como exe-cutar as tarefas no estabelecimento. Devem ser elaborados os POP’s de:a)higienização das instalações, mó-veis, equipamentos e utensílios;b)controle de potabilidade da água;c)higiene e saúde dos manipulado-res; d)manejo dos resíduos;e)manutenção preventiva e calibra-ção de equipamentos;f)controle integrado de vetores e pragas urbanas;g)seleção das matérias primas, in-gredientes e embalagens;h)programa de recolhimento de ali-mentos

•Responsável TécnicoA pessoa física ou jurídica que

realize alguma das atividades de produção/fabricação, importação, manipulação, fracionamento, arma-zenamento, transporte, distribui-ção e venda para o consumo final deve possuir um responsável técni-co legalmente habilitado, de acordo com o Conselho Profissional. O con-trato de prestação de serviços entre a empresa e o responsável técnico deve permanecer no estabeleci-mento à disposição da autoridade sanitária.

As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) estão dispensadas da obrigatorie-dade de um responsável técnico. Nesse caso, a responsabilidade pela supervisão e pela capacitação dos manipuladores de alimentos é do proprietário da empresa e da pes-soa por ele designada.

Curso

Em agosto, o CQH, em parceria com o Sicaesp, realizará o curso obrigatório de Boas Práticas para os permissionários da Ceagesp e seus representantes. Fique atento!Serviço:Curso de Boas PráticasDatas: 16, 18,23 e 25 de agostoHorário: 13h30Local: Auditório do Sincaesp - CeagespMais informações: www.sincaesp.org.br

Sua empresa atende às exigências da vigilância sanitária?Empresas que comercializam alimentos devem estar atentas às exigências estabelecidas por lei para evitar problemas com a fiscalização

FOTO:EDUARDO NOGUEIRA

Page 9: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 09

Page 10: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201110 Agricultura

O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode am-pliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtivi-dade e mantendo a salvo suas reservas naturais. A avaliação é do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que ministro se baseia em estudos do próprio governo que indicam os rumos da produção agrícola nacional na próxima década. A estimati-va é que o cultivo de grãos – ar-roz, feijão, milho, soja em grão e trigo – deve aumentar 23% até 2021, com expansão de 9,5% da área plantada.

“Nos próximos dez anos, nas estimativas mais conser-vadoras nossas, o crescimento do volume de alimentos pro-duzidos no país representará um incremento de 33 milhões de toneladas à produção atual”, aposta Rossi. O estudo “Bra-sil – Projeções do Agronegó-cio 2010/2011 a 2020/2021”, elaborado pelo Ministério da Agricultura em parceria com a Embrapa, aposta em um cenário factível.

O relatório aponta que, com-parado à última década, haverá uma redução na quantidade de terra utilizada para o plantio de grãos.

No início do século, a área de plantio da colheita cresceu 21%, em relação ao mesmo período no início dos anos 90. O estudo aponta ainda que o volume de grãos produzido em 2010, equivalente a 142,9 milhões de toneladas, deve su-perar os 175,8 milhões de tone-ladas em 2021.

De acordo com o relatório elaborado pelo Ministério da Agricultura, a produção de soja deve crescer 25,9% nos próxi-mos dez anos. A projeção prevê 86,5 milhões de toneladas a serem colhidas dentro de uma década.

No ano passado, a produção foi de 68,7 milhões de tone-ladas. “Cada vez mais a pro-teína é demandada no Brasil e no mundo. Temos todas as condições de continuar manter essa oferta, ainda que crescen-te”, destaca o ministro.

Depois da soja, o milho deve se sobressair na produção, po-dendo chegar a 65,5 milhões de toneladas no início da próxima década, o que representaria um crescimento de 23,8%. Em 2010, a produção foi de 52,9 milhões de toneladas. Segundo estimativas do governo, a área plantada do grão nos próximos

anos subirá de 12,9 milhões de hectares para 13,3 milhões.

O cultivo de arroz pode subir de 12,5 milhões de tone-ladas, colhidos em 2010, para 13,7 milhões.

Mesmo com aumento na produção, o grão se destacará com a maior redução de área plantada, passando de 2,56 mil-

Em uma década, Brasil pode ampliar produção de alimentos em 33 milhões de toneladas

hões de hectares para 1,61 mil-hões de hectares. “Isso se deve à incorporação de tecnologia”, destaca Rossi.

Até 2021, a estimativa do governo é que a área total plantada com lavouras chegue a 68 milhões de hectares. Atu-almente, a área é pouco supe-rior a 62 milhões de hectares.

A expansão deverá acontecer por conta do crescimento do plantio de soja, que passará de 24,74 milhões de hectares para 30 milhões de hectares, e da cana-de-açúcar, que deve saltar de 9,42 milhões de hectares para 11,52 milhões de hectares – principalmente destinada à produção de açúcar e álcool.

Pesquisadores de robótica da Universidade Ben-Gurion estão desenvolvendo robôs inteligentes para detectar e colher frutos e legumes mais maduros. O projeto faz parte do “Crops” (Clever Robots for Crops), programa levado a cabo por universidades da União Europeia que desenvolverão know how para a colheita de pi-mentas, frutas e uvas Premium – utilizadas para a fabricação de vinho.

O sistema é constituído por um robô transportado junto com manipuladores e ferra-mentas inteligentes – sensores,

algoritmos, pulverizadores e garras – que podem ser adapta-dos a novas tarefas. A platafor-ma robótica do Crops será ca-paz de detectar as frutas e seu ponto de maturação e colher apenas as maduras. O Crops é coordenado pela Universidade de Wageningen, da Holanda, e é uma parceria entre diver-sas universidades europeias. O papel da Universidade de Ben-Gurion será o de liderar o desenvolvimento de algoritmos inteligentes de detecção e ma-nipulação. A universidade is-raelense receberá US$ 1,3 mil-hão para desenvolver o projeto.

Robôs inteligentes para selecionar e colher frutas maduras

O Conselho Monetário Na-cional (CMN) estabeleceu, no final de junho, as condições para o financiamento da estocagem do suco de laranja no novo ciclo agrícola.

O programa faz parte do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 lançado no dia 17 de junho. A medida aprovada pelo CMN destina R$ 300 mil-hões à Linha Especial de Crédito (LEC) para a citricultura. Os recursos devem ser utilizados para estocagem do suco.

Cada indústria ou coopera-tiva poderá contratar até R$ 80 milhões para comprar a fruta

Governo aprova financiamento para produtores de laranja

processada e armazenada na safra 2011/2012. A laranja de-verá ser adquirida a um preço mínimo de R$ 10 a caixa com 40,8 kg. A criação da LEC já ha-

via sido autorizada pelo con-selho na reunião realizada em maio e representa uma das novidades do Plano Agrícola e Pecuário. Agora, o CMN definiu as regras de contratação. “Acr-editamos que esse crédito vai contribuir para reduzir a volati-lidade do preço da laranja, regu-lando a oferta do suco no mer-cado”, afirma o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. “A indústria poderá vender seu produto em melhores condições de mercado e o produtor vai receber um preço que garanta a sua renda”, completa.

Os recursos devem ser utilizados para a estocagem do suco

Page 11: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 11Agricultura

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Uma das principais feiras de negócios voltada para a ca-deia de produtos orgânicos no País, a Bio Brazil Fair – 7ª Fei-ra Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia terá entrada aberta e gratuita ao pú-blico em geral.

Para os promotores do evento, este diferencial é fun-damental para ajudar a dissem-inar a cultura orgânica no con-sumidor final, estimulando não só a melhoria da saúde como o desenvolvimento do próprio mercado fornecedor.

A Bio Brazil Fair reúne cerca de 200 empresas expositoras. Entre elas há produtores e pro-cessadores de alimentos em geral, laticínios, frutas, vegetais e cereais, massas, carnes e ovos, bebidas, roupas e cosméticos; empresas de insumos, equipa-mentos, consultoria e certifi-

Grupo conta com 200 Parlamentares

A Frente Parlamentar Mis-ta em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros (Pró-Horti) foi lançada no último dia 30 de junho. O grupo promete trabalhar pela implantação de políticas públicas direcionadas às cadeias produtivas de verdu-ras, legumes,tubérculos,bulbos, frutas, champignon, mel e deri-vados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado in-terno.

A Pró-Horti já conta com o apoio de mais de 200 parla-mentares.

O presidente da frente, de-putado federal Junji Abe (DEM-SP), ressalta a importância de o país dar mais atenção a “essas categorias que estão excluídas

de qualquer incentivo”, uma vez que não se enquadram nos cri-térios da agricultura familiar, amparada pelo Pronaf (Progra-ma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), nem englobam produtos de expor-tação que geram commodities, como as culturas de cítricos, café e soja, entre outras.

Abe acrescenta que a frente vai lutar pela adoção de dis-positivos que beneficiem toda cadeia produtiva do setor de Hortifrutiflorigranjeiros - des-de pesquisa, desenvolvimento de variedades e extensão rural, passando pela fabricação e ven-da de insumos (sementes, ferti-lizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros) até canais de comercia-lização dos produtos finais.

Hortifruti ganha frente parlamentar na Câmara

Feira de negócios pretende disseminar cultura de orgânicos entre consumidores

cação; e fornecedores de ma-térias-primas para a produção de cosméticos e biofármacos, óleos essenciais, extratos e in-gredientes.

De acordo com a organiza-ção, em 2010 a feira recebeu 21,5 mil visitantes de vários estados brasileiros e de oito países. Boa parte deste público foi formada por compradores e profissionais ligados ao setor – lojas, supermercados, restau-rantes, hotéis, clínicas e hospi-tais, farmácias e drogarias, nu-tricionistas, médicos, escolas e outros – em busca de realizar negócios com os expositores.

A maioria, porém, foi de público consumidor, que teve oportunidade de conhecer as novidades do setor orgânico em primeira mão e ainda re-alizar compras em pequenas quantidades diretamente dos

produtores e fabricantes.O mercado de produtos

orgânicos no Brasil cresce a tax-as anuais de 20% a 30%. Desde que foi implantado o sistema de certificação do setor, em 2010, mais de 10 mil produtores orgânicos já foram cadastrados pelo Ministério da Agricultura. A certificação representa uma segurança adicional aos con-sumidores, pois estabelece as normas técnicas que garantem a origem dos produtos e os cri-térios de comercialização.

Serviço:

Bio Brazil Fair De 21 a 24 de julho, das 10h às 20h

Informações: (11) 2226-3100 e www.bio-brazilfair.com.br

Page 12: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201112

A horticultura – que concen-tra as atividades da fruticultura, da olericultura e da floricultura – constitui-se em um dos mais dinâmicos e prósperos setores do agronegócio brasileiro con-temporâneo. Contribuem para isso a sua capacidade de gerar altos níveis de emprego, ocupa-ção e renda mesmo em unidades exíguas de terra; a sua perfeita adequação aos perfis tecnológi-cos e empresariais da agricultu-ra familiar e da pequena e mé-dia propriedade rural, além de sua enorme contribuição social na fixação do homem ao campo e na ocupação econômica das áreas mais próximas às grandes concentrações urbanas do País.

Deve-se ressaltar, ainda, que os produtos alimentares obtidos da horticultura são os que possuem hoje os atributos mais valorizados em termos da construção e da preservação da saúde das populações. Tais constatações se devem especial-mente ao fato de serem pouco calóricos e pobres em açúcares, gorduras e sódio e, ao mesmo tempo, suprirem equilibrada e saborosamente as necessida-des humanas de vitaminas, sais minerais e fibras. Se, a isso, se agrega a forte vocação dos pro-dutos hortícolas para a produ-ção sob bases orgânicas ou de

manejo integrado e controlado, fecha-se o seu ciclo virtuoso de agregação de valor, alinhando-os definitivamente às pautas inadiáveis da sustentabilidade.

O Brasil é hoje o terceiro maior produtor mundial de fru-tas, posição em que é superado apenas pela China e pela Índia. Anualmente, colhem-se mais de 43 milhões de toneladas de 500 diferentes espécies frutíferas de interesse econômico. São incluí-dos nesta atividade mais de 180 mil produtores, distribuídos em 2,3 milhões de hectares e que, no seu conjunto, geram mais de 6,9 milhões de empregos dire-tos, equivalentes a 27% de toda a mão-de-obra agrícola nacio-nal. No comércio internacional, o setor frutícola contribui com divisas da ordem de US$ 730 milhões por ano.

A olericultura – que abrange o cultivo de legumes, verduras e ervas aromáticas e medicinais – ocupa mais de 700 mil hectares no País, nos quais são cultivados cerca de 80 diferentes espécies. No seu conjunto, a atividade contribui com mais de três mi-lhões de empregos diretos.

O mercado de flores e plan-tas ornamentais no Brasil, por sua vez, movimentou, no ano de 2010, valor global de R$ 3,8 bilhões, o que representou um crescimento de 15,0% sobre os resultados do ano anterior. Ao longo dos últimos anos, o setor florícola brasileiro vem experi-mentando sucessivas taxas de crescimento da ordem de 8,0% a 10,0% ao ano nas quantidades e de 12,0% a 15,0% nos valo-res comercializados. Tais índi-ces, bastante acima dos níveis

Marketing para a horticultura: atitudes e estratégias imprescindíveis

Antonio Hélio Junqueira

Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

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médios de desempenho do PIB nacional, comprovam o alto vi-gor de crescimento sustentado da atividade no País. A horti-cultura ornamental ocupa mais de 11 mil hectares em todo o território nacional, agregando a atividade de 6,1 mil produtores. Gera perto de 180 mil empregos diretos em toda a sua cadeia produtiva.

Observando a enorme di-mensão sócio-econômica que se desenha a partir dessas esta-tísticas, torna-se evidente que o marketing aplicado ao atendi-mento das necessidades seto-riais e ao desenvolvimento de atitudes e estratégias por parte dos agentes das cadeias produ-tivas da horticultura tornou-se não apenas desejável, mas im-prescindível.

Essa coluna, que se torna

regular a partir da presente edi-ção do Jornal Entreposto objeti-va contribuir para uma melhor compreensão do potencial das ferramentas, conceitos, políticas e programas de marketing na alavancagem global dos negó-cios com frutas, hortaliças, flo-res e plantas ornamentais.

Esperamos contar com as contribuições de todos os leito-res, nos enviando suas dúvidas, críticas e sugestões dos temas e casos de sucesso a serem aqui abordados.

Um grande abraço, desejan-do que tenhamos uma excelente caminhada, juntos!

Page 13: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 13

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Page 14: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201114 Inovação

A grande novidade para o transporte de flores em 2011 é um cesto de polipropileno ma-leável e com sistema de radio-frequência. Essa é a opinião de Manoel José Gonçalves de Oli-veira, gerente de planejamento e mercado da Cooperflora, coo-perativa dos produtores.

Antes realizado em caixas de papelão, o atual suporte oferece condições ambientais e físicas aperfeiçoadas para manutenção da integridade do produto. Sua durabilidade pode chegar até seis anos, conforme informa-ções do fabricante. Portanto, o benefício ambiental também é garantido com o novo cesto de flores, uma vez que é totalmente reaproveitado, permitindo o sis-tema retornável.

Pela perecibilidade das flo-res, todos os esforços estão focados na velocidade da mo-vimentação física e no fluxo de informações para que o produto não fique parado na cadeia. Os processos são idealizados para que o fluxo de informação seja disponibilizado ao mercado de forma padronizada e clara. Com isso o comprador sempre tem uma referência dos produtos negociados, minimizando desta forma os gargalos da comercia-lização.

Os cuidados que são toma-dos para a movimentação das flores estão diretamente rela-cionados à gestão da logística da pós-colheita. Isto envolve plane-jar corretamente o ponto ideal de colheita, a padronização das

flores para a formação de lotes uniformes, em embalagens es-peciais. Significa também res-peitar a manutenção da cadeia da água e sua conservação com uso da refrigeração, mantendo a temperatura do sítio até o con-sumidor final, passando pelos centros de comercialização, com o transporte em caminhões iso-lados e refrigerados.

O design desse cesto de flores, projetado pela própria cooperativa, possui formas es-peciais que proporcionam um perfeito transporte e armaze-namento. Também possui uma área especial para a água duran-te a condução das flores - conse-gue carregar até dois litros sem vazamento - , o que permite que as flores sejam transportadas do produtor ao consumidor fi-nal sempre hidratadas.

Além dessas características físicas que contribuem para a qualidade do produto, o cesto de flores Cooperflora possui um sistema de radiofrequência (RFID) que monitora sua loca-lização. Por meio de um chip e de um sistema integrado de in-formações é possível controlar a movimentação de acesso de entrada e saída na cooperativa, com extrema rapidez e seguran-ça. É uma solução que permi-te, portanto, rastreabilidade e monitoramento em tempo real, podendo integrar toda a cadeia produtiva até o ponto de venda, de acordo com adesão ao siste-ma .

Nos últimos 20 anos mui-tos esforços têm sidos feitos em toda a cadeia de flores para que o produto final mantenha a qualidade e possa durar mais no consumidor final. Os produto-

Cooperativa de Holambra lança cesto retornável para o transporte de flores

Neno Silveira

res de flores investem constan-temente em novas tecnologias de produção, aprimorando os processos de produção e seus controles.

Isto compreende a propa-gação de novas variedades, com pagamento de royalties, a redu-ção do uso de produtos quími-

cos e a introdução de conceitos de produção sustentável e eco-logicamente correta, tais como o uso adequado da água, a ma-nutenção e preservação de ma-nanciais e áreas de conservação ambientais e políticas sociais com seus colaboradores.

Com a construção deste am-

biente, o Brasil tem se tornado um país mais competitivo.

É fato que muito ainda pre-cisa ser feito mas a direção já foi dada e a cada dia a Cooperflo-ra vem aperfeiçoando índices de qualidade em toda a cadeia, comparáveis aos níveis interna-cionais.

No dia 18 de julho, bandeira com o distintivo do Santos Futebol

Clube continuava sinalizando no entreposto de São Paulo a

comemoração do tricampeonato da Libertadores conquistado

pelo alvinegro praiano no dia 22 de junho, sob o comando da

geração de craques encabeçada por Neymar e Paulo Henrique

Ganso. Parabéns ao torcedor que, literalmente, estendeu, sem

restrições, a homenagem ao time do eterno Rei Pelé!

SINALIZAÇÃO CAMPEÃ

Page 15: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 15Floricultura

Nos primeiros cinco meses de 2011, as exportações bra-sileiras de flores e plantas or-namentais atingiram US$ 7,60 milhões, acumulando queda de 27,83% sobre os resultados alcançados no mesmo período de 2010 (US$ 10,53 milhões). Tais valores continuam refle-tindo o contexto econômico-financeiro recessivo prevale-cente nos principais mercados importadores mundiais, o qual - deflagrado a partir do último trimestre de 2008, com a crise imobiliária dos EUA – perma-nece determinando reduções globais na demanda pelos pro-dutos da floricultura.

Entre janeiro e maio deste ano, os principais grupos de produtos setoriais exportados pelo Brasil foram o das mudas de plantas ornamentais, segui-do pelo dos bulbos, tubérculos, rizomas e similares em repouso vegetativo. Tal fato evidencia a principal característica estru-tural da floricultura empresa-rial exportadora do país, que é a sua notável concentração na pauta de mercadorias des-tinadas à propagação vegetati-va. Outros grupos de flores e plantas ornamentais, focados no consumo final, mantiveram tendência de perda de expres-são financeira na balança co-mercial. Assim, as exportações de rosas e seus botões frescos representaram apenas 0,94% das vendas brasileiras no mer-cado internacional, enquanto que as de outras flores frescas e seus botões – que incluem li-sianthus, gérberas, lírios, antú-rios e outras flores tropicais – somaram participação relativa de apenas 1,36%.

Balança comercial

No período de janeiro a maio, a balança comercial da floricultura brasileira mostrou saldo negativo de US$ 7,38 mi-lhões, sendo que as importa-ções equivaleram praticamente ao dobro dos valores exporta-dos. As principais mercadorias adquiridas internacionalmente pelo Brasil foram os bulbos, ri-

zomas, tubérculos e similares destinados à propagação vege-tativa e, em parte, à re-exporta-ção. Outros grupos com a mes-ma finalidade multiplicativa também se destacaram, como as mudas de outras plantas (24,47%) e mudas de outras plantas ornamentais (8,57%). As mudas de orquídeas impor-tadas pelo Brasil da Holanda, Tailândia e Japão, também tive-ram destaque no período ana-lisado. Somaram US$ 2,34 mi-lhões, representando 15,66% do total importado pelo País, com crescimento de 67,43% sobre o mesmo período do ano anterior. Porém, neste caso, não são considerados materiais para a propagação vegetal, mas, sim, para a produção comercial final de plantas para consumo, especialmente importantes nos ascendentes mercados de Pha-laenopsis, Cymbidium e Van-das, entre outras espécies.

Em relação ao comporta-mento observado em outros anos, o fato que mais chamou a atenção nos resultados do período analisado foi a notá-vel expansão das importações de produtos já prontos para o consumo como as rosas de cor-te frescas, as quais chegaram a representar 13,69% da pau-ta global de importações, com crescimento de 6,29% sobre a performance de compras no mesmo período do ano ante-rior. Além delas, outras flores cortadas em geral agregaram 4,80% de participação (com aumento de 32,55% sobre 2010), enquanto que os cravos e seus botões representaram 0,97%, com crescimento de 13,21% sobre janeiro a maio do ano anterior.

O fenômeno da expansão das importações de flores cor-tadas frescas no período justi-fica-se pelo conjunto de indica-dores favoráveis observados na economia brasileira no tocante à expansão dos níveis de em-prego, ocupação e renda, além da estabilidade econômica experimentada pelo País, que vem sustentando um consumo aquecido e mais diversificado dessas mercadorias. Em 2011, as vendas observadas nas duas principais datas de consumo (Dia das Mães e Dia dos Namo-rados) comprovaram a disposi-

ção intensificada dos brasilei-ros em presentear com flores, permitindo que parcelas cres-centes de produtos importados convivessem harmoniosamen-te com a produção nacional no suprimento do mercado.

Além disso, cabem destacar dois fatores que vêm colabo-rando para essa performance importadora.

O primeiro deles é o fato de que países vizinhos de econo-

Exportações da floricultura brasileira registram queda de 27,83%Antonio Hélio Junqueira Marcia da Silva Peetz

O cesto de flores Cooperflora é usado pelos cooperados, mas também pode ser adquirido por qualquer pessoa.

Os interessados em adqui-rir o produto podem entrar em contato diretamente com a Cooperflora ou com a empresa Agrototal.

mia florícola essencialmente focada no mercado internacio-nal – especialmente Colômbia e Equador – sofrem mais in-tensamente os efeitos perver-sos da recessão global e seus produtos encontram-se mais disponíveis e acessíveis para o consumo brasileiro. Em segun-do, destaca-se a persistente va-lorização cambial do real, que favorece o ingresso de merca-dorias estrangeiras.

Page 16: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201116

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Aberta

Com aba na testeira

Com furo de ventilação na lateral

Com trava de empilhamento na testeira

Sem recorte lateral

Sem alça

Sem reforço

Cor de fundo Craft

Duas cores

Ilustração como figura

Temas como ilustração

Igual

Igual

Com aba na lateral

Igual

Com trava de empillhamento na testeira ou na lateral

Igual

Igual

Com reforço

Cor de fundo Branca

Duas e três cores

Igual

A uva como ilustração

A embalagem ideal de uva segundo os atacadistas da Ceagesp

O estudo para o desenvol-vimento da embalagem ideal de uva, segundo a percepção dos atacadistas da Ceagesp, começou em março de 2008 e foi parte do trabalho de minha dissertação de mestrado junto à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU USP, apresen-tado em maio de 2011.

O trabalho obedeceu a cinco etapas:

1ª Levantamento a partir dos dados do SIEM 2008 (SIEM – Sistema de Informação e Esta-tística de Mercado da Ceagesp) dos principais atacadistas res-ponsáveis por 80% da comer-cialização de uva européia com semente.

2ª Levantamento e caracte-rização das embalagens de uva européia com semente, utiliza-das no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, no perí-odo de julho e agosto de 2008.

3ª Levantamento da per-cepção da qualidade, das ca-racterísticas e da função da embalagem, pelos atacadistas responsáveis por 80% da co-mercialização de uva europeia com semente na Ceagesp pau-listana

4ª Escolha das característi-cas da embalagem ideal pelos atacadistas de uva européia com semente, responsáveis por 80% da uva comercializada na Ceagesp paulistana

5ª Criação de uma embala-gem para uva europeia com se-mente, composta pelos atribu-tos definidos pelos atacadistas entrevistados.

Os dados levantados foram submetidos à análise estatísti-ca do CEA - Centro de Estatísti-ca Aplicada da Universidade de São Paulo.

Aqui estão os resultados mais interessantes:

• 153 atacadistas comer-cializavam uva na Ceagesp de São Paulo em 2008, sendo 33 responsáveis por 80% do volu-me de uva europeia, originária de 178 municípios e 8 estados brasileiros

•Os 33 maiores atacadistas foram entrevistados nas etapas 3 e 4.

• Vinte embalagens diferen-tes são utilizadas na comercia-lização de uva europeia com semente na Ceagesp. A maioria delas é aberta, possui aba lo-calizada na lateral, com furos de ventilação nas laterais, cor de fundo craft, com uma figura como ilustração.

• Os atacadistas entrevista-dos consideram a embalagem importante na diferenciação e na valorização da uva euro-péia com semente, e afirmam que uma embalagem de melhor qualidade é responsável pelo acréscimo de 30% no valor do produto.

• O estudo possibilitou a construção de quatro modelos de embalagem para a uva eu-ropéia com semente, que aten-dem às exigências dos atacadis-tas da Ceagesp.

• As características comuns às quatro embalagens são: caixa de papelão ondulado e aberta; presença de abas nas laterais e reforço nas quinas; impermea-bilizada; cor de fundo branca, duas cores de cobertura (ver-melho e verde); ilustrada; peso líquido de cinco quilos, altura de 14 cm, largura de 30 cm e comprimento de 40 cm;

• As características que as diferenciam são: trava de empi-lhamento localizada na testeira (uma trava) ou na lateral (duas travas) e furos de ventilação lo-calizados na lateral, com 2 ou 3 furos por lateral.

Pesquisa aponta as principais características desejadas pelos comerciantes para o acondicionamento da fruta

O quadro abaixo mostra as diferenças entre as características mais comuns de embalagens atualmente utilizadas e a embalagem desejada pela maioria dos atacadistas, conforme ilustrações.

Modelo 1

• 01 trava de empilhamento na testeira • 02 furos de ventilação na lateral

Modelo 2

• 02 travas de empilhamento na lateral • 03 furos de ventilação na lateral

Modelo 3

• 01 trava de empilhamento localizada na testeira• 03 furos de ventilação na lateral

Modelo 4

• 02 travas de empilhamento nas laterais • 02 furos de ventilação na lateral

Qualidade

Page 17: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 17

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Page 18: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201118 Qualidade

Mercado e comercializaçãodo abacaxi na CeagespGabriel V. Bitencourt de AlmeidaCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Os dados coletados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em 2009 mostram que o mundo produziu mais de 12 milhões de toneladas de abacaxi. O Brasil de-tém a quinta colocação, colheu 1,47 milhões de toneladas, ou 12% da produção mundial. É impor-tante ressaltar que os seis maio-res produtores mundiais possuem produções muito próximas e é nor-mal ou esperado que de um ano para o outro haja troca de posições no ranking dos maiores produ-tores (Tabela 1). Os dados da FAO são contestados por Almeida et al. (2004) que estimou após vários levantamentos, uma massa média do abacaxi brasileiro de 1,44 quilo-grama e a organização considera que este seja de apenas um quilo-grama. Refazendo os cálculos, nos-sa produção seria de 2,13 milhões de toneladas colocando o Brasil como segundo produtor mundial de abacaxi.

País

FilipinasTailândiaCosta RicaIndonésiaBrasilChinaColômbiaMalásiaPeruAustráliaHondurasÁfrica do SulCubaParaguaiCamarõesSri LankaLaosRuandaRepública Centro AfricanaNepalOutrosTotal

Quantidade (t)

2.198.4971.894.8621.870.1211.558.0491.477.6751.452.060

427.766400.070274.393157.679135.186123.12570.92056.30052.00049.55045.78018.00014.2009.995

27.10612.313.334

Participação (%)

17,8515,3915,1912,6512,0011,793,473,252,231,281,101,000,580,460,420,400,370,150,120,080,22

100,00

Tabela 1 – Produção mundial de abacaxi em 2009

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que con-tabiliza a produção em número de frutos (ou infrutescências) e não em toneladas, registrou em 2009

Tabela 2 – Área colhida e produção de abacaxi no Brasil em 2009

Unidade da Federação

ParaíbaMinas GeraisParáBahiaRio Grande do NorteSão PauloRio de JaneiroGoiásTocantinsMato GrossoOutrosTotal

Área colhida (ha)

8.9188.7079.9784.8853.7633.3092.9962.2262.2731.743

11.378

60.176

Produção (mil frutos)

263.000255.756241.098121.127120.33768.40167.25755.38448.65741.697

188.281

1.470.995

Participação (%)

17,8817,3916,398,238,184,654,573,773,312,83

12,80100,00

Fonte: IBGE

uma produção de 1,47 bilhão de frutos de abacaxi, o que significa mais de sete abacaxis para cada brasileiro.

A total coincidência dos núme-ros do IBGE com os números da

Os dados das notas fiscais re-colhidas nas portarias do ETSP (Entreposto Terminal São Paulo) da Ceagesp são a fonte do SIEM (Sistema de Informação e Esta-tística) da Seção de Economia e Desenvolvimento, que registrou em 2010 no ETSP 27,6 milhões de abacaxis ‘Pérola’ e 9,3 milhões de abacaxis ‘Smooth Caynne’ que é popularmente muito mais co-nhecido como ‘Havaí’ ou ‘Havaia-no’. Os números do ‘Pérola’ foram menores que os de 2009, quando foram vendidos 30,9 milhões de frutos, uma redução de 7% no vo-lume de um ano para o outro. O

‘Havaí’ teve um ligeiro crescimen-to de 5% em 2010 sobre a quanti-dade de 2009, ano em que foram comercializados 8,8 milhões de frutos no entreposto paulistano.

Ao se confrontar os 41,74 mi-lhões de frutos comercializados no ETSP em 2009 com a produ-ção brasileira de 1,47 bilhão de frutos constata-se que a comer-cialização no ETSP corresponde a aproximadamente 3% da pro-dução brasileira, números nada desprezíveis ainda mais quando se considera que grande parte da produção vai para a indústria de sucos e polpas ou é vendida nos

mercados locais. Se considerar-mos os pesos médios dos abacaxis brasileiros levantados por Almei-da et al (2004), a comercialização no ETSP em 2010 equivaleu, em uma aproximação grosseira, a 43 mil toneladas de ‘Pérola’ e 22 mil toneladas de ‘Smooth Caynne’ ou ‘Havaí’. Ou até maior, já que a praça de São Paulo é altamente exigente no tamanho das infrutes-cências e os produtores de todo o Brasil tendem a enviar os maiores abacaxis para o mercado paulista.

Os dados levantados pelo SIEM permitem uma série de ob-servações e conclusões sobre a co-

mercialização do abacaxi no ETSP.Dezessete unidades da fede-

ração e mais de 200 municípios enviaram abacaxis em 2010, mas poucos estados e municípios fo-ram responsáveis pela maior par-te do abastecimento.

Os principais estados forne-cedores de ‘Pérola’ ao ETSP da Ceagesp foram o Pará, com 6,7 milhões de abacaxis ou (24,2% do total), a Bahia com 4,8 milhões de frutos (17,2%), a Paraíba com 4,1 milhões (14,8%), o Tocantins com 3,5 milhões (12,7%), Minas Gerais com 2,6 milhões (9,5%), o Rio de Janeiro com 2,1 milhões (7,7%) e o Rio Grande do Norte com 1,6 milhões (6% do total). Observan-do os dados de 2007, 2008, 2009 e 2010, constata-se que o Pará ultrapassou o Tocantins como principal origem do primeiro se-mestre. O motivo foi o avanço da Fusariose naquele estado. A prin-cipal doença da cultura devasta as lavouras tocantinenses. No en-tanto, diversos estudos feitos pelo Centro de Qualidade em Horticul-tura da Ceagesp mostram que, no geral, a qualidade dos frutos to-cantinenses é superior a dos pro-duzidos no Pará, principalmente quanto ao formato, são mais ci-líndricos e apresenta menor ocor-rência de um distúrbio fisiológico conhecido como “mancha choco-late”, que são áreas aquosas e de cor de chocolate na polpa, o que permite uma colheita de frutos mais maduros no Tocantins.

De maneira geral os abacaxis do Pará são excessivamente côni-cos e são colhidos imaturos para diminuir a ocorrência de distúr-

bios fisiológicos e para uma me-lhor resistência ao transporte a granel. Esta nova conjuntura está abrindo novas oportunidades aos estados nordestinos que através do uso da irrigação podem esticar sua safra para o primeiro semes-tre do ano, o que já está acontece em certa escala, sobretudo no Rio Grande do Norte. Em tese, esta-dos nordestinos como o Rio Gran-de do Norte, Ceará e Bahia, através do uso da irrigação e da indução floral controlada poderiam produ-zir abacaxi durante todo o ano.

Também merece destaque o grande crescimento da Bahia e do Rio de Janeiro na oferta de abacaxi Pérola no entreposto. A Bahia pas-sou de três milhões de frutos em 2007 para 4,7 milhões em 2010 e o Rio de Janeiro de menos de um milhão em 2007 para 2,1 milhões em 2010.

No ano passado, 190 ataca-distas do ETSP comercializaram abacaxis, mas apenas dez foram responsáveis por mais de 50% do volume. A maior parte das cargas ainda chega a granel, com capim entre as camadas de frutos e co-bertos por uma lona. A descarga de abacaxi é das mais demoradas, o caminhão ocupa o espaço por várias horas e o capim descartado e os frutos amassados contribuem bastante para o total do lixo pro-duzido no entreposto.

A produção nas unidades da federação que fornecem ‘Pérola’ ao ETSP da Ceagesp é concentrada em poucos municípios ou regiões. No Pará os municípios de Flores-ta e Conceição do Araguaia são os dois fornecedores. No Tocantins

Fonte: FAO (2011)

FAO mostra que a organização re-almente considera a massa média do abacaxi brasileiro com apenas um quilograma.

A Tabela 2 mostra os maiores estados produtores do Brasil.

Page 19: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 19Qualidade

a maior parte das lavouras está ao redor de Miracema do Tocantins. A produção paraibana esta próxima ao município de Sapé e da região do litoral. Os abacaxis baianos che-gam à maior parte de Itaberaba, os potiguares de municípios próximos a Touros, os mineiros ao redor de Frutal e os fluminenses da região de Campos dos Goytacazes.

A oferta durante o ano flutua com a origem. No primeiro semes-tre, principalmente a partir de fe-vereiro, há um grande domínio de dois estados da Região Norte, Pará e Tocantins. Na virada do primeiro para o segundo semestre é a região de Itaberaba na Bahia a principal fornecedora e de setembro em diante a maior força são os nordes-tinos Paraíba e Rio Grande do Nor-te e os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

O ‘Smooth Caynne’ possui duas origens principais, São Paulo com 64% do volume e Minas Gerais com 36%. Guaraçaí, no extremo noro-este de São Paulo e seus municípios vizinhos Mirandópolis e Murutinga do Sul são a principal origem dos abacaxis paulistas. Os frutos minei-ros chegam da região de região de Canápolis e municípios próximos no Triângulo Mineiro. Nos últimos anos tem sidoconstante a dimi-nuição dos volumes do abacaxi havaiano no ETSP, todavia com li-geiro acréscimo em 2010. Embora essa variedade tenha a capacidade fisiológica de produzir frutos deli-ciosos e com ótimo equilíbrio entre açúcares e acidez quanto colhidos no verão, por causa das temperatu-ras noturnas mais amenas os fru-tos costumam ser muito ácidos no

inverno. A equivocada prática de colher estes abacaxis no inverno para se aproveitar momentos de bons preços, acabou criando uma imagem muito negativa do culti-var na mente dos consumidores que atualmente preferem o ‘Pé-rola’, que embora tenha menos açúcar que o ‘Smooth Caynne’, produz frutos, em geral, de baixa acidez.

A pulverização da produção na região de origem, com um número em geral grande de pe-quenos produtores e a flutuação de oferta ao longo da safra re-gional resultado de diferentes e pessoais decisões do momento da indução floral torna impres-cindível a figura conhecida como “atravessador”, que na verdade é um corretor local que se encar-rega de buscar as lavouras aptas a serem colhidas naquela se-mana, conseguir o pessoal para a colheita e o caminhão para o transporte. Como ainda existem poucos grupos de produtores organizados pelo Brasil, a maior parte do contato dos atacadistas da Ceagesp é feito com os “atra-vessadores” e não diretamente com os produtores, obviamente estes acabam ficando com uma boa parte do valor de comercia-lização. Observa-se uma grande dificuldade dos produtores de abacaxi em se organizar na for-ma de cooperativas ou associa-ções que podem coordenar as la-vouras, escalonando as induções florais, classificando e fazendo o controle de qualidade da produ-ção dos associados e contratan-do um profissional para negociar diretamente com os atacadistas das centrais de abastecimento. Felizmente, algumas exceções de grupos de pequenos produtores organizados têm surgido, boa parte deles com o apoio do Se-brae (Serviço de Apoio as Peque-nas e Médias Empresas) e esses, ao negociar diretamente com os atacadistas, conseguem uma lu-cratividade muito maior.

A questão da qualidade, sob todos os sentidos, tem sido uma preocupação constante dos agentes das cadeias produtivas, desde o produtor, atacadista, va-rejista e consumidor final. Todos sabem que para a manutenção da competitividade e para a di-ferenciação em relação à concor-rência é imprescindível trabalhar com produtos que atendam as perspectivas e anseios dos con-sumidores. E com o abacaxi não é diferente.

A observação diária do mer-cado indica que os produtores de frutas e hortaliças de maior sucesso são os que criam uma marca e a associam com alta qua-lidade. E, sem dúvida, um ótimo sabor e a adequação ao uso são as principais características qua-litativas e as mais importantes para todos os tipos de consumi-dores (Abbot,1999). Nada irrita mais as pessoas que um produto colhido antes ou depois do ponto ideal, ninguém quer comer uma fruta ou hortaliça azeda, pas-sada, seca ou fibrosa. Quanto o consumidor associa uma marca,

ta em aumento de demanda.A determinação dos preços finais de comercialização do abacaxi é uma complexa combinação de oferta, demanda que como já dito, é influenciado pelo clima, tamanho da infrutescência, qualidade e apresentação do produto.

A busca pelo consumidor, que quer produtos saborosos está tra-zendo uma grande mudança na comercialização de abacaxis: a embalagem na origem. São inú-meras as vantagens, pois os frutos podem ser colhidos mais maduros e mais saborosos, porque não pre-cisam resistir ao transporte a gra-nel, a carga e a descarga são muito mais rápidas ajudando a desafo-gar o tumultuado entreposto de São Paulo e o produtor pode fixar sua marca na cabeça dos varejis-tas e consumidores finais (Gutier-rez, 2011).

No entanto, a fisiologia do abacaxi é bastante complexa, e os fenótipos obtidos são extre-mamente variados em termos de tamanho, coloração e princi-palmente sabor. Esta dificuldade torna um trabalho de criação e consolidação de uma marca de alta qualidade para o abacaxi bem mais dificultoso do que tem sido para outras frutas (Prado, 2011 & Alves, 2011). Fica aí um grande desafio para a pesquisa e também para as empresas.

selo ou embalagem a um produto de ótimo sabor, automaticamente este se torna o seu predileto.

Uma parcela mais informada da população tem uma grande preocupação com a segurança dos alimentos, tanto quanto aos resí-duos de agrotóxicos como as con-taminações por micróbios causa-dores de doenças. E por último, alguns consumidores, ainda mais exigentes, exigem condições so-ciais e ambientais de produção to-talmente dentro da conformidade. A Produção Integrada de Abacaxi é um ótimo caminho para se aten-der a todos estes anseios de todos os tipos de consumidores.

Constata-se a partir de observação no ETSP que os produtores de frutas e hortaliças bem sucedidos no mercado interno costumam passar pelas seguintes etapas:

1. Conhecimento das caracte-rísticas qualitativas responsáveis por uma melhor aceitação do con-sumidor final e no mercado ataca-dista.

E de acordo com levantamen-tos feitos no mercado mostram que os fatores mais importantes para a melhor aceitação do con-sumidor são em primeiro lugar um ótimo sabor com o adequado equilíbrio entre açucares, aci-dez e aromas, o abacaxi “azedo” é a principal queixa e o fator que mais afasta o consumidor do pro-duto. Posterirormente também são muito importantes uma ótima sanidade com especial atenção à fusariose, brocas, “mancha cho-colate” e as queimaduras de sol e por último um formato cilíndrico e uma coroa média.

2. Plantio em região com ca-racterísticas climáticas adequa-das e a adoção de um sistema de produção que possibilite chegar o mais próximo possível das carac-terísticas desejadas. A insistência dos produtores paulistas em pro-duzir ‘Smooth Caynne’ nos meses de inverno é o maior exemplo de produção em época inadequada.

3. Associação do nome do produtor ou de sua marca a um produto de alta qualidade. É im-portante que os compradores do varejo e os consumidores tenham uma referência para voltar ao pro-duto de alta qualidade do mesmo modo que acontece com as gran-des marcas da indústria.

Para isto o produtor ou comer-ciante necessita lançar mão de embalagens diferenciadas, como caixas com impressões atraentes e embalagens individuais para as infrutescências de modo que o consumidor possa associar o visu-al à alta qualidade, principalmen-te em termos de sabor.

4. Dispor de um sistema de in-formação que permita visualizar constantemente as diferenças de preços de diversas qualidades de produto e de base para negocia-ções mais justas e que a melhor qualidade possa ser recompen-sada financeiramente. As frutas e

hortaliças, justamente pela grande variação das suas características qualitativas e outros valores que podem ser adicionados, como, por exemplo, o tipo de sistema de pro-dução não pode ser considerado commoditie. A formação dos pre-ços de comercialização não pode ser explicada unicamente pela oferta e demanda, há uma grande diferença de preço,determinada pela qualidade, em um mesmo dia de comercialização para um mesmo produto, muitas vezes de mesma variedade e do mesmo ta-manho.

É muito importante o produ-tor saber como a qualidade do seu produto se situa entre os ex-tremos de qualidade, e também de preço do mercado, para que possa ter uma base para uma negociação justa, transparente e recompensa-dora.

5. Ter um agente confiável no mercado de destino, alguém que possa ser um “olho” do produtor na praça de destino e que pas-se informações precisas sobre o andamento da comercialização. O abacaxi além de ter seu preço determinado pela oferta e pela qualidade como já foi discutido, é uma fruta que tem seu consumo extremamente associado às altas temperaturas, de modo que va-riações no clima inevitavelmente acabando refletindo na demanda. O aumento da temperatura resul-

Page 20: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201120 Qualidade

O Centro de Qualidade em Horticultura desenvolveu com a colaboração técnica da Secre-taria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar, uma cartilha destinada ao pro-dutor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais.

O material foi dividido em partes. A primeira parte, que trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, já foi publi-cada em edições anteriores em três capítulos. A segunda parte,

Abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra, alecrim, al-face, alfavaca, alfazema, almeirão, aneto, anis, araruta, arruda, aze-dim, bardana, batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, bró-colos e brotos de vegetais usados na alimentação humana, cacateira, cambuquira, camomila, cará, cardo, catalonha, cebola, cebolinha, cenou-ra, chicória, chuchu, coentro, cogu-melo, cominho, couve e couve-flor, endívia, erva-cidreira, erva de santa maria, erva-doce, ervilha, escarola, espargo, espinafre, funcho, flores e frutas frescas, exceto amêndoas, avelãs, castanhas, nozes, pêras, ma-çãs, gengibre, hortelã, inhame, jiló, losna, macaxeira, mandioca, man-jericão, manjerona, maxixe, milho verde, moranga, mostarda, nabiça e nabo, ovos, palmito, pepino, pi-menta, pimentão, quiabo, rabanete, raiz-forte, repolho, repolho chinês, rúcula, ruibarbo, salsa, salsão, se-gurelha, taioba, tampala, tomate, to-milho, vagem, demais folhas usadas na alimentação humana. Açafrão, alecrim, erva doce e folhas de sene, folhas de louro, hortelã, manjero-na e manjericão, orégano, sálvia, sementes de anis, sementes de ba-diana (anis estrelado), sementes de coentro, sementes de cominho, se-mentes de funcho, tomilho.

² Inseticida, fungicida, formicida, herbicida, parasiticida, germicida, acaricida, nematicida, raticida, des-folhante, dessecante, espalhante, adesivo, estimulador ou inibidor

Preenchimento da nota fiscal de produtor

Capítulo VII

Produtos hortifrutigranjeiros isentos de ICMS

Conforme Anexo I do Regulamento do ICMS, atualizado até 30 de outubro de 2009, as operações, serviços e produtos

agropecuários isentos de ICMS, veja tabela ao lado:

Artigo Produto Isenção Condição

Artigo Produto Isenção Condição12 Bulbo de cebola Saída interna ou interestadual Promovida por estabelecimento rural que produza bulbo de

cebola certificado/fiscalizado, destinado à produção de semente

28 Embrião/sêmen Operação interna ou interestadual

Embrião ou sêmen congelado ou resfriado de bovinos, de ovinos, de caprinos ou de suínos

29 Energia elétrica Fornecimento de energia elétrica para consumo por estabelecimento rural

Manter efetivamente exploração agrícola ou pastoril e estar inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS

33 Exposições/feiras Saída de mercadoria para exposições ou feiras e respectivo retorno

Mercadoria deve retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 60 dias, contado da data da saída

36 Hortifrutigranjeiros Operações com produtos em estado natural1

-

41 Insumos agropecuários

Operações internas² -

43 Leite pasteurizado Saída interna de estabelecimento varejista

Leite pasteurizado tipo especial, com 3,2% de gordura, de leite pasteurizado magro, reconstituído ou não, com até 2% de gordura, ou de leite pasteurizado tipo "A" ou "B", com destino a consumidor final

49 Moluscos Saída interna de mexilhão, marisco, ostra, berbigão e vieira

Em estado natural, resfriado ou congelado

50 Muda de planta Saída interna -

65 Pós-larva de camarão

Saída interna ou interestadual -

72 Reprodutor caprino Desembaraço aduaneiro em decorrência de importação direta de reprodutor ou matriz de comprovada superioridade genética

Realizada por estabelecimento agropecuário devidamente inscrito no cadastro de contribuintes

73 Reprodutor/matriz Desembaraço aduaneiro pelo titular do estabelecimento importador. Saída interna ou interestadual

Operações com reprodutor ou matriz de animal vacum, ovino, suíno e bufalino, puro de origem, puro por cruza ou de livro aberto de vacum, em condições de obter registro genealógico oficial. Internamente, que o animal registrado seja destinado a estabelecimento agropecuário inscrito no cadastro de contribuintes

82 Vasilhame/recipiente/embalagem

Saída de vasilhame, recipiente ou embalagem, inclusive sacaria

Deve retornar ao estabelecimento remetente ou a outro do mesmo titular em condições de reutilização ou em retorno ao estabelecimento do remetente ou a outro do mesmo titular, ou a depósito em seu nome

89 Agrotóxico – Embalagem vazia

Operação de devolução impositiva de embalagem vazia de agrotóxico e tampa

-

98 Algodão Saídas internas de algodão em caroço, de algodão em pluma ou de caroço de algodão

De produção paulista promovidas por estabelecimento rural com destino a estabelecimento beneficiador. Resultantes do beneficiamento de algodão em caroço de produção paulista, promovidas pelo estabelecimento beneficiador com destino a estabelecimento industrial (beneficiar em separado o de produção paulista; fazer constar nos fardos de algodão em pluma, "Originário de Algodão em Caroço de Produção Paulista", ou "Originário de Algodão em Caroço Produzido em Outro Estado

99 Borracha Saídas internas De produção paulista promovidas por estabelecimento rural com destino a estabelecimento industrial; de látex e de borracha sólida decorrentes da industrialização de borracha natural de produção paulista com destino a estabelecimento industrial para a transformação em novos produtos

101 Coelho e Ave Saídas internas de coelho vivo ou ave viva. Desembaraço aduaneiro decorrente de

De produção paulista, promovida por estabelecimento rural com destino a estabelecimento abatedor; importação direta realizada por estabelecimento rural paulista, de pinto de um dia e de avestruz

importação direta

102 Gado Saída interna de gado de qualquer espécie

Promovida por estabelecimento rural com destino a estabelecimento abatedor

103 Leite Saída interna Leite cru, pasteurizado ou reidratado

104 Hortifrutigranjeiros Saída interna¹ Em estado natural com destino a estabelecimento industrial localizado neste Estado

118 Tratores agrícolas e colheitadeiras

Desembaraço aduaneiro decorrente de importação direta do Exterior

Tratores agrícolas de quatro rodas e de colheitadeiras mecânicas de algodão sem similar produzido no país, para integração no ativo imobilizado, destinados ao uso exclusivo na atividade agrícola realizada pelo estabelecimento importador

123 Farinha de Mandioca

Operação interna -

135 Farinha de trigo e produtos resultantes de sua industrialização

Saída interna³ Contribuinte sujeito às normas do "Simples Nacional"

137 Óleo comestível Saída de óleo comestível usado Destinado à utilização como insumo industrial, especialmente na indústria saboeira e na produção de biodiesel (B-100)

140 Maçã e pêra Operações internas -

144 Carne Saída interna Carne e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados, secos ou temperados, resultantes do abate de aves, leporídeos e gado bovino, bufalino, caprino, ovino e suíno

que trata do ‘Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor’, pode ser conferida abaixo, em seu úl-timo capítulo. A terceira e últi-ma parte está sendo elaborada pelo Senar e trata de ‘As Obriga-ções Trabalhistas do Produtor Rural’.

Dando sequência à publi-cação da cartilha no Jornal En-treposto, aqui relacionamos os produtos hortifrutigranjeiros isentos do ICMS, do sétimo e úl-timo capítulo do ‘Preenchimen-to da Nota Fiscal de Produtor’.

de crescimento (regulador), vacina, soro ou medicamento, com destina-ção exclusiva a uso na agricultura, pecuária, apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura ou sericicultura, inclusive inocu-lante; ácido nítrico, ácido sulfúri-co, ácido fosfórico, fosfato natural bruto ou enxofre na saída de esta-belecimento extrator, fabricante ou importador para: estabelecimento industrializador de adubo destina-do à alimentação animal; estabe-lecimento rural; estabelecimento com fins exclusivamente de armaze-nagem, e respectivo retorno, real ou simbólico; outro estabelecimento do mesmo titular; no desembaraço aduaneiro, em importação realiza-da por estabelecimento industrial.

² Ração animal, concentrado, suple-mento, aditivo, premix ou núcleo, sendo o fabricante ou o importador devidamente registrado no MAPA, com destinação exclusiva a uso na pecuária, apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura ou sericicultura.

² Calcário ou gesso, como corretivo ou recuperador do solo, casca de coco triturada e vermiculita para uso como condicionador e ativador de solo.

² Semente genética, semente bási-ca, semente certificada de primeira geração - C1, semente certificada de segunda geração - C2, semente não certificada de primeira geração - S1

3

Page 21: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 21

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)Entre em contato com nossos representantes

Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644

End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Programas exigidos por lei:

No primeiro semestre, com raras exceções, foi difícil de conduzir os negócios do mer-cado atacadista. As tangerinas de casca mole foram descarre-gadas em abundância; as frutas competindo com as nacionais em função do dólar baixo...Na linguagem popular, o mercadis-ta vendeu o almoço para com-prar o jantar, mas de agora em diante vai melhorar.

*****

A Escola do Sabor, projeto que vem sendo implantado na Nossa Turma pelos estagiários de Agronomia e Nutrição do Centro de Qualidade em Horti-cultura da Ceagesp, trabalhou com o chuchu e com tubérculos durante todo o primeiro se-mestre.

A partir de agora, os citros entram no cardápio dos alunos. A criançada acompanhar todo o processo, desde o viveiro de mudas até a chegada da laranja à nossa mesa. Vai ser uma be-leza!

A Escola do Sabor é um projeto vitorioso. A TV Cultura gravou com as nossas crianças mexendo na terra, plantando mudas e brincando. E a Vitória, uma de nossas aluninhas, à sua maneira falou da felicidade de plantar e amar a Natureza.

O programa “Quintal da Cul-tura” atravessou o oceano e foi visto por agricultores da Ucrâ-nia que, em visita ao Brasil, vie-ram plantar hortaliças no can-teiro da horta da Associação. Os visitantes foram acompa-nhados pela dra. Anita Gutier-rez, que discutiu as técnicas de cultivo e pós-colheita de grãos e hortifrutis com os ucranianos.

*****

Ah, já ia me esquecendo: o teto da quadra de esportes da Nossa Turma continua com a iluminação natural total, de dia pelo Sol e à noite pela Lua, já que a cobertura arrancada pelo vento ainda não foi restaurada.

Em regime de urgência, re-corremos ao Conselho do Fun-do de Melhorias e Revitalização da Ceagesp e pleiteamos a re-forma da sede da Nossa Turma. Os membros do conselho ouvi-ram a nossa reivindicação e em breve nos darão uma resposta que, esperamos, seja favorável.

Quintal cultural

CÁ ENTRE NÓS

Por Manelão

***

Por vários anos inscrevemos a Associação em programas culturais e finalmente agora conseguimos firmar uma par-ceria com a Fundação Abrinq, que vai nos ajudar a melhorar o atendimento às crianças da co-

munidade, capacitando os pro-fissionais e adequando as ins-talações. Todo o mobiliário da sala do maternal e do refeitório já foi trocado pela Abrinq que manterá esta sala, a princípio, por um ano. No próximo mês esperamos ter mais notícias al-vissareiras!

e semente não certificada de segun-da geração - S2, destinadas à seme-adura.

² Alho em pó, sorgo, sal minerali-zado, farinhas de peixe, de ostra, de carne, de osso, de pena, de san-gue e de víscera, calcário calcítico, caroço de algodão, farelos e tortas de algodão, de babaçu, de cacau, de amendoim, de linhaça, de mamona, de milho e de trigo, farelos de arroz, de girassol, de glúten de milho, de gérmen de milho desengordurado, de quirera de milho, de casca e de semente de uva e de polpa cítrica, glúten de milho, feno, óleos de aves, e outros resíduos industriais desde que se destinados à alimentação animal ou ao emprego na composi-ção ou fabricação de ração animal, em qualquer caso com destinação exclusiva a uso na pecuária, apicul-tura, aqüicultura, avicultura, cuni-cultura, ranicultura ou sericicultura.

² Esterco animal; mudas de plantas; sêmen, congelado ou resfriado, e embrião, exceto, em ambos os ca-sos, os de bovinos, de ovinos ou de caprinos; enzimas preparadas para decomposição de matéria orgânica animal.

² Amônia, uréia, sulfato de amônio; nitrato de amônio, nitrocálcio, MAP (mono-amônio-fosfato), DAP (di-amônio fosfato) ou cloreto de po-tássio; adubo simples ou composto, ou fertilizante, desde que se desti-nem quaisquer desses produtos à utilização na produção agrícola ou à fabricação de adubo simples ou composto, ou de fertilizante.

² Girino, alevino, ovo fértil e aves de um dia, exceto as ornamentais.

² Gipsita britada destinada ao uso na agropecuária ou à fabricação de sal mineralizado.

² Milheto, quando destinado a Pro-dutor, a cooperativa de Produtores, a indústria de ração animal ou a ór-gão oficial de fomento e desenvolvi-mento agropecuário vinculado ao Estado.

² Extrato pirolenhoso decantado, piro alho, silício líquido piro alho e bio bire plus, para uso na agropecu-ária.

² Óleo, extrato seco e torta de Nim (Azadirachta indica A. Juss).

³ Farinha de trigo, mistura pré-preparada de farinha de trigo para panificação, que contenha no míni-mo 95% de farinha de trigo, mas-sas alimentícias não cozidas, nem recheadas ou preparadas de outro modo, pão francês ou de sal, assim entendido aquele de consumo po-pular, obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, fer-mento biológico, água e sal, que não contenha ingrediente que venha a modificar o seu tipo, característica ou classificação e que sejam produ-zidos com o peso de até 1000 gra-mas, biscoitos e bolachas derivados do trigo, dos tipos “cream cracker”, “água e sal”, “maisena”, “maria” e ou-tros de consumo popular, desde que não sejam adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amantei-gados, independentemente de sua denominação comercial.

O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento de seu serviço.

Page 22: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201122 Ceasas do Brasil

Manga tommy

--31,3%

Batata comum Repolho

-7,25% -17,3%Cenoura Atum

25,7% 8,1%%

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos

Índice Ceagesp Junho 2011

Geral

Frutas

Legumes

Verduras

Diversos*

Pescados

-4,67%

-4,98%

-0,94%-

-5,96%

-2,71%

-6,84%Fonte: Ceagesp

Nos primeiros seis meses deste ano, o Índice Ceagesp – balizador de preços de produ-tos in natura comercializados no entreposto - acumula eleva-ção de apenas 0,64%.

“Apesar de alguns proble-mas climáticos, como as chu-vas atípicas em abril que co-laboraram para os preços das verduras e legumes reduzirem

Índice Ceagesp encerra semestre com ligeira alta de 0,64%

lentamente, este ano não foi diferente: no primeiro trimes-tre os preços subiram em razão das frequentes chuvas e altas temperaturas nas regiões pro-dutoras, e a partir do final de março, iniciou o processo de retorno dos preços aos patama-res habituais”, afirma o econo-mista da Ceagesp, Flávio Godas.

Em junho, o verificador re-gistrou recuo de 4,67%, pelo terceiro mês seguido. “As gea-das ocorridas durante o final de junho nas regiões sul e sudeste não produziram majorações de preços suficientes para alterar a tendência de queda de preços neste período. Outro fator que

contribui para esta queda é a retração no consumo de frutas, legumes e verduras, que chega a 30% nesta época do ano”, ana-lisa Godas.

Com isso, todos os setores de comercialização no atacado apresentaram redução dos pre-ços praticados. A maior baixa foi no setor de pescados, com 6,84%. O setor de verduras registrou queda nos preços em 5,96%.

Os preços das frutas recua-ram 4,98%. O setor permanece abastecido e com excelentes opções de compra. As princi-pais quedas foram registradas pela manga tommy (-31,3%),

morango (-24,8%) e laranja lima (-14,2%). Já as principais altas foram verificadas em goiaba, carambola e figo.

Já o setor de diversos apre-sentou redução de 2,71% e as principais quedas foram re-gistradas nas batatas lisa e co-mum. Já ovos, cebola nacional e amendoim fecharam em alta.

O setor de legumes apontou queda de 0,94%, com destaque para a cenoura, com queda de 25,7%.

“No entanto, a partir de ju-lho, com a expectativa de novas geadas e de frio mais rigoroso, os preços poderão apresentar elevações, principalmente as

hortaliças mais sensíveis como alface, rúcula, escarola, agrião, abobrinha, tomate, entre ou-tras, que devem sofrer os efei-tos destas condições climáticas adversas e registrar redução do volume ofertado e perda de qualidade”, prevê Godas.

A previsão é que as baixas temepraturas de julho elevem os preços

No final de junho, os arma-zéns da Ceagesp localizados em Tatuí e Araraquara, receberam certificação do sistema de arma-zenagem de produtos agrícolas, por cumprir os requisitos obri-gatórios de nível 1, de acordo com Instrução Normativa sobre o “Sistema Nacional de Certifi-cação de Unidades Armazena-doras em Ambiente Natural”, do Ministério da Agricultura.

Para a chefe da Seção de Controle Fitossanitário Maria Salete de Oliveira Gomes, a cer-tificação “atesta o diferencial de qualidade das unidades arma-zenadoras da companhia”.

Todo o processo de audito-ria para certificação foi realiza-do pelo Organismo de Certifi-cação de Produtos, do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, órgão contratado pela companhia, responsável por apontar não conformidades existentes, as quais tiveram que

ser corrigidas, para que ambas unidades estivessem aptas a se-rem certificadas.

As certificações têm vali-dade de cinco anos, desde que forem mantidas as condições atuais e com compromisso de

que até 2016 a Ceagesp irá ade-quar as instalações de Tatuí e Araraquara de acordo com os outros requisitos, que abrange a instalação de equipamentos de aeração e exaustão, além de pavimentação onde não existe

e adequação do sistema de ter-mometria.

De acordo com Maria Salete, “a participação dessas unida-des no faturamento da armaze-nagem, com dados obtidos até maio de 2011, é de 23,11%”, sendo que em Araraquara o principal produto armazenado é o açúcar enquanto em Tatuí prevalece o trigo.

A certificação, que se tornou obrigatória no início de 2010 por meio do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras do MAPA, tem o objetivo de reduzir o índice de perdas, que chega a 10% de grãos como trigo, soja, mi-lho e arroz, que se perdem na logística e no armazenamento inadequado. Além de ser um reconhecimento formal de que a unidade armazenadora certi-ficada tem competência técnica para prestar serviços de arma-zenagem.

Armazéns da Ceagesp recebem certificação

A Frente Parlamentar em Defesa das Ceasas foi relança-da na Câmara dos Deputados no início de julho. A frente será presidida pelo deputado fede-ral Leonardo Quintão (PMDB/MG) e tem como finalidade con-tribuir com o desenvolvimento do agronegócio, estimular e auxiliar a formulação de políti-cas públicas nas áreas de abas-tecimento interno, logística de transporte e de armazenagem.

Um dos objetivos é auxiliar na aprovação do projeto de lei 8.001/10, que determina nor-mas para as Centrais de Abas-tecimento e é considerada vital para o setor. A expectativa é que seja aprovado no Congres-so Nacional ainda em 2011.

Fortalecer o combate à fome e o desperdício alimentar e reforçar a importância da se-gurança alimentar também es-tão entre os objetivos na nova Frente.

Frente Parlamentar em defesa das Ceasas é relançada em Brasília

Page 23: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 23Ceasas do Brasil

A Ceagesp e as entidades que representam os permis-sionários do entreposto pau-listano instituíram um conse-lho consultivo, cujo objetivo, segundo a estatal, é manter um canal de diálogo permanen-temente aberto com todos os setores do mercado para a me-lhorar a qualidade e a eficiência dos serviços prestados no mer-cado atcadista.

O conselho é formado por 12 representantes titulares e 12 suplentes de permissioná-rios de todos os setores de co-mercialização do entreposto. Participam ainda as entidades sindicais e associativas, o presi-dente da Ceagesp, seus direto-res operacional e administrati-vo financeiro, além do gerente do departamento do entrepos-to da capital.

Os representantes dos seto-res de comercialização foram eleitos diretamente em vota-ção realizada em abril e a ceri-mônia de posse dos membros ocorreu no final de junho.

Na avaliação do presiden-te da Ceagesp, Mário Murici, o conselho reforçará a transpa-rência e permitirá uma partici-pação mais efetiva nas discus-

Órgão é formado por empresários de todos os setores do mercado

Ceagesp

Mário Maurici presidente da Ceagesp

Luiz Gonçalves Ramosdiretor Técnico Operacional

Jamil Yatim diretor Administrativo e Financeiro

Wander Buenogerente do Departamento do entreposto da capital

Sindbast

Antonio Paulo FernandesIvo Wanderlei Matta

Apesp

Carlos Eduardo Duarte HaiekLuis Paim

Sindicar

José Pinheiro de SouzaAntonio Josafá da Silva

Sinconflores

Koldeway Feitosa ChavesCesar Augusto Pereira Neto

Sincaesp

José Roberto Coringa BezerraJosé Luiz Batista

Acapesp

Giro Yamada Setores – titulares e suplentesSetor AP (legumes) Antonio Batista e Luiz Eleno Vieira de Carvalho Setor MSC (abóboras) José Antonio Sanches e Fábio Roberto Cuervo Setor MLP (verduras)Amílcar dos Santos Maçaira e Katsumi SuzukiSetor BP (alho, cebola e batata) Luiz Antonio Deggerone e Roberto KussakaSetor MLP (flores) Valdemar Koga e Antonio Carlos RodriguesSetor varejões Manuel Antonio de Gouveia Neto e Edson Nakamura Setor pescado Isao Takamine e Luis PalmeiraSetor atípicos José Bento da Silva e Célio de Souza Goulart

Setor carregadores

Edmilson Rodrigues Lima (Titular) e Francisco Raimundo de Araujo (Suplente)

Setor varejões Manuel Antonio de Gouveia Neto (Titular) e Edson Nakamura (Suplente)

Setor HF,S (frutas importadas) Wilson da Cruz Andrade (Titular) e Carina de Fátima Fortes (Suplente)

Setor AM,S (distribuidoras)Marcelo Ferraz de Souza (Titular) e Gilberto Felizardo de Souza (Suplente)

Setor MFE –B/C (frutas) Valmir Teles dos Santos (Titular) e Jose Ailton de Souza Honório (Suplente)

Setor MFE-A (frutas) Marcos Costa Caíres (Titular) e Mauricio Inácio Frasca (Suplente)

Ceasa paulistana instala conselho consultivo para ouvir permissionários

Veja abaixo quem são os membros do Conselho Consultivo:

sões e decisões de assuntos de interesse de todos que atuam no mercado. “É uma evolução nas relações entre a Ceagesp e seus permissionários”, reforça o presidente da Ceagesp, Mário Maurici. A criação do conselho também atende a uma antiga reivindicação dos permissio-nários de terem mais partici-pação em decisões que direta ou indiretamente afetam seus negócios. O Conselho é um foro permanente de discussão sobre as demandas do entreposto e os participantes podem opinar sobre propostas e diretrizes da estatal, recomendar proje-tos que visam à eficiência e a eficácia dos serviços disponi-bilizados no entreposto, além de solicitarem informações dos setores técnicos da companhia e sugerirem melhorias para o segmento.

“O Conselho traz o peso das entidades e agrega capilarida-de por meio da representação de todos os pavilhões do entre-posto. Com isso, teremos uma visão mais clara da situação do entreposto, e será mais fácil acertar nas decisões na cons-trução do nosso futuro”, conclui Maurici.

Representantes eleitos em abril foram empossados no fim de junho e formam foro permanente de discussão das demandas do entreposto da capital

Atum

Page 24: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201124

A presidente Dilma Rousseff afirmou no início de julho que o Plano Safra da Agricultura Fa-miliar 2011/2012 vai oferecer juros mais baixos, ampliação do crédito e maior prazo para pagamento, além de garantias para agricultores prejudicados por enchentes e secas e pela queda no preço de produtos. No programa semanal Café com a Presidenta, ela avaliou que as mudanças vão permitir a ex-pansão de áreas de produção e da compra de máquinas e de sementes, aumentando a venda de produtos e, consequente-mente, a renda dos produtores.“Se o agricultor perder a colhei-ta, ele vai agora poder pegar até R$ 4 mil para se sustentar, e a dívida do banco vai ser ze-rada. Ampliamos também o Programa de Garantia de Pre-ço da Agricultura Familiar, que vai ser usado para compensar as perdas quando o preço de um produto ficar abaixo da-quilo que o agricultor gastou para produzi-lo. Quando isso acontecer, o governo vai dar um desconto do empréstimo que o agricultor tomou”, explicou.O pacote vai disponibilizar R$ 16 bilhões para as linhas de custeio, investimento e comer-cialização do Programa Nacio-nal de Fortalecimento da Agri-cultura Familiar. Do total, R$ 7,7 bilhões serão destinados a operações de investimento e R$ 8,3 bilhões para operações de custeio.Dilma destacou ainda que o go-verno já tem pronto um proje-to que regulamenta o Sistema Único de Atenção à Sanidade Animal. O objetivo é diminuir a burocracia na venda de produ-tos como queijo, geleia e mel. Segundo a presidenta, a expec-tativa é descentralizar a fiscali-zação e fazer com que os esta-dos tenham maior participação.“Vamos fazer esse processo sem diminuir as cautelas neces-sárias à garantia da qualidade sanitária dos produtos agríco-las brasileiros, porque isso sig-nifica também proteger a saúde da população”, concluiu.

Plano Safra permitirá expansão da produção e da compra de máquinas agrícolas

Agência Brasil

Produção Agrícola

Page 25: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 25

O Brasil vai produzir 162 milhões de toneladas de grãos nesta safra. Os números são do décimo levantamento real-izado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado no início de julho. O estudo, que retrata o estágio

Safra de grãos deve chegar a 162 milhões de toneladasBoa influência do clima também ajudou no desenvolvimento das plantas

atual das culturas em todo o país, mostra novo recorde. A safra 2010/2011 terá aumento de 8,6%, o que representa 12,8 milhões de toneladas a mais que o alcançado no ciclo pas-sado, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas.

Em relação ao último levan-tamento, realizado em junho, a produção cresceu 0,31% ou o equivalente a 523 mil tonela-das.

A área cultivada cresceu 4,4%, atingindo 49,5 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,1 milhões de ha a mais que em 2009/2010, quando chegou a 47,4 milhões de ha. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área, tornando-se os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas.

Os pequisadores entrevista-ram representantes de coop-erativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

A produção de soja também deve ser a maior da história che-gando a 75 milhões de tonela-das, o que equivale a um cresci-mento de 9,2% em comparação com a safra 2009/2010.

A área plantada com o grão cresceu 2,9%, passando de 20,4 milhões de ha para 24,1 mil-hões de ha. A colheita da soja está encerrada.

A área total semeada com milho vai atingir 13,6 milhões de ha, enquanto a produção será de 57,1 milhões de tone-ladas. Para o milho 2ª safra, a estimativa é chegar a 5,8 mil-hões de ha, expansão de 9,5%. A produção deve atingir 21,7 milhões de toneladas.

O algodão terá o maior crescimento da área plantada entre todos os produtos, com elevação de 66,4%, alcançado 1,39 milhão de ha.

A produção deve chegar a dois milhões de toneladas de pluma.

O trigo deve perder 4,1% da área, chegando a dois milhões de ha, com produção de 5,4 mil-hões de toneladas. Neste ano, os agricultores optaram mais pelas variedades destinadas à panificação.

Produção Agrícola

Page 26: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioJulho de 201126 Transporte e Logística

Os custos para a produção da cadeia automotiva no Brasil chegam a ser 60% maiores do que em outros países, é o que mostra um estudo divulgado pela Anfavea (Associação Na-cional dos Fabricantes de Veí-culos Automotores). O levanta-mento apontou que, se o custo de produção de um veículo mé-dio é US$ 100 na China, o cus-to de produção de um veículo equivalente no Brasil chega a US$ 160. No México, esse custo é US$ 120 e na Índia, US$ 105.

O estudo foi desenvolvido durante seis meses pela Pri-cewaterhouseCoopers e já foi apresentado para os Ministé-rios da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior. Ele também mostrou que o custo de capital e o custo de mão de obra são superiores no Brasil em comparação aos demais países.

Se em maio deste ano a taxa básica de juros real no Brasil (descontando a inflação) foi 5,5%, no México ela não foi su-perior a 1,1%.

O custo de mão de obra, por sua vez, incluindo os encargos sociais, chegou a 5,3 euros por hora, enquanto no México ela é 2,6 euros por hora e, na China, 1,3 euros por hora.

Além do alto custo de pro-

A Fenabrave (Federação Na-cional de Distribuição de Veí-culos Automotores) reviu para cima a projeção de vendas de veículos para este ano. Pela pre-visão inicial da federação, o total de vendas de veículos, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, cresceria este ano 5,20%, mas a estimati-va foi revista para 8,38%.

A venda de automóveis e veí-culos comerciais leves, antes es-timada em 4,20%, deverá atingir 5,90%. “Revisamos um pouqui-nho. Era em torno de 4,5% e revisamos com 1% a mais, em torno de 5,5% a 5,9% de cres-

Custo de produção de veículos chega a ser 60% superior no Brasil

dução, outro fator que vem tirando a competitividade do setor é o fortalecimento do real em relação ao dólar. “Enquanto o Brasil fortaleceu sua moeda, outros países desvalorizaram. E isso dá maior competitividade para esses países”, disse Cle-dorvino Belini, presidente da Anfavea.

Para que o setor tenha mais competitividade, Belini defende que será preciso investir muito em tecnologia e inovação. “É preciso dar um salto na inova-ção. O que estamos projetando hoje é um trabalho muito amplo na inovação automobilística, visando ao aumento da compe-titividade dentro de um progra-

Agência Brasil

ma que vai até 2020”, declarou Belini. Para isso, segundo ele, será preciso o desenvolvimen-to de novas tecnologias e novos produtos. “Apresentamos um conjunto de situações e espera-mos agora uma política indus-trial que mantenha esse patri-mônio do mercado interno forte e que desenvolva uma inovação,

uma engenharia, uma inteligên-cia automotiva, de tal forma que possamos ser competitivos e, ao mesmo tempo, produzir e con-quistar novos mercados”, disse.

De acordo com o estudo, hoje o Brasil investe apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimen-to. Em comparação, a Coreia e o Japão chegam a investir 3,5% do PIB em pesquisa e a China, 1,5%. “É baixo o índice de inves-timento em desenvolvimento em pesquisa no Brasil como um todo”, ressaltou Belini, ao apre-sentar o levantamento.

Segundo o presidente da Anfavea, se esses investimentos em inovação passassem a ser feitos neste momento, os efeitos já começariam a ser sentidos a partir de 2015. “Os resultados de pesquisa e desenvolvimento vão demorar cerca de quatro ou cinco anos para começar a apa-recer”, disse.

De acordo com Belini, inves-tir em inovação no setor tam-bém vai significar benefícios para a população, tais como a redução dos preços dos veículos fabricados no país. “À medida que tenhamos inovação, forem implantados novos paradigmas dos processos produtivos nos componentes e nos materiais e se usar produtos nacionais reci-cláveis poderemos ter, sem dú-vida nenhuma, benefícios para o consumidor”.

Fenabrave eleva projeção de vendas de veículos para este anocimento”, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.

De acordo com Tereza Fer-nandez, sócia-diretora da MB Associados, que presta con-sultoria à Fenabrave, um dos impactos que podem ocorrer agora, no segundo semestre, são os dissídios dos metalúrgicos, dos bancários e dos petroleiros que, segundo ela, vão aumentar a venda de veículos. “Ao longo do segundo semestre, temos ju-lho e agosto de inflação menor. Teremos, portanto, mais vendas em relação ao primeiro semes-tre”, disse Tereza.

Quando o salário se recom-põe e a inflação desacelera, o

rendimento médio da popula-ção aumenta e, com isso, as ven-das de veículos podem aumen-tar, explicou a consultora.

Segundo balanço divulgado no início de julho pela Fenabra-ve, 477.933 veículos foram ven-didos em junho, o que represen-tou crescimento de 15,97% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 411.289 unida-des.

Do total de veículos comer-cializados em junho deste ano, 286.938 são automóveis e co-merciais leves, que apresenta-ram uma queda de 4,52% em relação a maio (300.513).

No acumulado do ano, de janeiro a junho, 2.722.392 ve-ículos foram vendidos, valor 10,16% superior a igual perío-do do ano passado, quando fo-ram comercializadas 2.466.629 unidades.

Para Sérgio Reze, o resulta-do do primeiro semestre não foi surpresa para o setor. “Não surpreendeu porque não houve modificação na economia tão substancial que, ou para baixo ou para cima, provocaria um movimento grande.

A economia brasileira está se comportando de uma forma bastante racional. Continua-se com pleno emprego, com equi-

líbrio no setor financeiro e o aumento da renda”, disse. Em entrevista coletiva para apre-sentação dos resultados do se-tor, Reze disse que o primeiro semestre deste ano foi bom, mas ressaltou que, para a entidade, é preferível ter vendas modera-das, que não sejam muito supe-riores, nem muito inferiores ao crescimento da economia.

“O ideal é que as vendas acompanhem o crescimento da economia.” Se a economia cres-ce 4% ou 4,5%, é razoável que o setor cresça 5,5% ou 6%, ex-plicou. “Isso não traz distorções para o mercado. E é o que está acontecendo agora.”

CRESCIMENTO

Page 27: Jornal Entreposto | Julho 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 27

A montadora Mercedes-Benz anunciou, no final de ju-nho, a contratação de 950 pro-fissionais para a fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Com a medida, será aberto o terceiro turno para a produção de cami-nhões.

Segundo o presidente da empresa no Brasil e CEO para América Latina, Jürgen Ziegler, com a iniciativa, a montado-ra deve atingir a capacidade técnica de produção de 75 mil veículos comerciais (entre ca-minhões e ônibus) por ano, na fábrica de São Bernardo do Campo, em 2011, atendendo às demandas atuais do merca-do interno e das exportações. “Nossa expectativa é que a evolução do mercado de cami-nhões esteja alinhada com a do PIB brasileiro nos próximos dez anos” afirma o executivo.

Em 2010, a montadora ini-ciou um programa de investi-mentos de R$ 1,5 bilhão que deverá ser concluído em 2013, tendo como resultado o au-mento da capacidade de produ-

Mercedes-Benz aumenta produção de caminhões

ção da fábrica de São Bernardo Campo e a transformação da planta de Juiz de Fora para in-tegração dessa ao sistema de produção de caminhões a par-tir deste ano.

Transporte

Os constantes atrasos nas ob-ras do trecho entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul motivaram este mês o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Con-clusão das Obras da BR-101/Sul.

A duplicação da rodovia es-tava prevista, inicialmente, para estar pronta em 2008. Depois de muitos adiamentos, uma nova data foi marcada pelo Dnit (Departamento Nacional de In-fraestrutura de Transporte): 2014. Mas os recentes congelamentos de obras em todo o país devem prorrogar novamente a entrega do trecho. Para o coordenador da Frente, deputado Ronaldo Bene-det (PMDB-SC), é preciso acelerar as obras, em função do grande número de acidentes de trânsito e dos prejuízos para o setor trans-portador de cargas.

E esse é justamente o obje-tivo da Frente Parlamentar: agili-zar e fiscalizar os trabalhos de

Frente Parlamentar cobra conclusão das

obras da BR-101duplicação do trecho que liga as cidades de Palhoça (SC) a Osório (RS). Conhecida como “rodovia da morte”, mais de 12.600 acidentes ocorreram no local entre junho de 2006 e junho de 2011, deixando cerca de 500 mortos e mais de oito mil feridos, de acordo com le-vantamento da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina. O tre-cho possui 348 km de extensão e sua duplicação beneficiará mais de 800 mil habitantes em 25 mu-nicípios da Região Sul. Ele integra o importante eixo rodoviário por onde circulam os turistas e é tam-bém a rota do Mercosul.

Com a instalação da Frente, o deputado pretende propor um Código Brasileiro de Obras, que possa incluir todos os dispositivos necessários à execução de obras públicas, de modo a reduzir os en-traves que atualmente se configu-ram, para evitar situações como a de Santa Catarina.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201128 Agrícola

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A Embrapa Clima Temperado lançou três novas cultivares de batata-doce com produtividade de até 60 toneladas por hectare – quase oito vezes superior à média brasileira de 8 t/ha. Segundo a Embrapa, o trio atende demandas específicas dos consumidores, como coloração e maior ou menor grau de suculência.

As cultivares foram apresen-tadas pela primeira vez em abril. Agora, as novas batatas-doce ti-veram o lançamento oficial para a sua região de origem e para a qual foi desenvolvida: o sul do país.

“A importância desse momen-to é fundamental para nós e para a nossa região. Temos poucas cultivares registradas no país e não havia nenhuma adaptada às características das regiões mais ao sul”, comentou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Jose Dias Vianna Filho.Segundo a Embrapa, as cultivares suprem necessidades da ponta final do processo, os consumidores. Itens como sabor, cor e suculência es-tão presentes. A BRS Amélia, de coloração rosa clara e rica em pró-vitamina

A, conta com um alto teor de suculência, tendo um grande destaque na questão culinária. É recomendada para a fabricação de doces, por exemplo. “A BRS Amélia salienta-se pela grande aceitação do consumidor devido ao sabor e à cor da polpa, um ala-ranjado intenso.

Quando cozida, a textura é úmida e melada, macia e extre-mamente doce”, comenta o pes-quisador Luís Antônio Suíta de Castro, responsável pela seleção das variedades.

A BRS Rubissol, com casca avermelhada, destaca-se pela uniformidade das batatas-doce. Possui excelentes características para consumo de mesa, mas tam-bém pode ser utilizada no proces-samento industrial. A produtivi-dade é outro atrativo. Fica entre 40 e 60 toneladas por hectare.

Já a BRS Cuia tem coloração creme e também pode chegar a até 60 toneladas por hectare. Ganha destaque na questão culi-nária devido ao tamanho relativa-mente grande das batatas. Tam-bém apresenta boa adequação ao processo industrial. Os pro-dutos foram desenvolvidos pela Unidade de Clima Temperado da Embrapa através de um longo processo de seleção genética por competição.

O primeiro passo foi reunir 70 acessos genéticos de batata-doce existentes no Rio Grande do Sul. Durante dez anos, foi feita a sele-ção desse material para identifi-car as de maior potencial.

As cultivares selecionadas ainda passaram por um processo de eliminação de doenças, geran-do plantas de batata-doce livres de qualquer vírus e com maior produção.

“A grande produtividade vem justamente do fato de ter havido uma seleção de material genético de maior qualidade e de ter ocor-rido a eliminação de doenças”, ex-plica Suíta.

Embrapa lança trio de batatas doce

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 29

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Agrícola

O balanço sobre a comerciali-zação de fertilizantes ao consumi-dor final foi divulgado na última segunda-feira, 27 de junho, em Brasília. No período de janeiro a maio deste ano foram comerciali-zadas 8,5 milhões de toneladas. O número supera em 23,8% o volu-me negociado no mesmo intervalo de 2010, quando foram entregues 6,9 milhões de t de produtos aos consumidores finais. “Em maio, houve um crescimento de 63,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que sinaliza a anteci-pação nas compras por parte dos produtores”, destaca o diretor exe-cutivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti.

Segundo o levantamento da entidade, a produção nacional re-gistrou crescimento de 2,4% nos primeiros cinco meses do ano, o que equivale a 3,5 milhões de t (em 2010, foram comercializadas 3,4 milhões de t).

As entregas de fertilizantes nitrogenados apresentaram evolu-ção de 20%, passando de 892 mil t em 2010 para mais de 1 milhão de t este ano. O aumento de demanda para as culturas de cana de açúcar, café, milho safrinha e arroz é a ra-zão apontada para explicar o bom desempenho.

Os fertilizantes fosfatados re-gistraram expansão de 26,3%, saindo de 903 mil t no ano passado para 1,1 milhão de t em 2011. As culturas de milho safrinha, trigo, plantio de cana de açúcar e o início das entregas para as culturas de primavera (soja/ milho) influen-ciaram no resultado positivo.

A venda de fertilizantes potás-sicos passou de 1 milhão de t, em 2010, para 1,3 milhão de t neste ano, uma elevação de 27,5%.

Dados da Anda apontam, ain-da, que o estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de en-tregas no período analisado (1,7 milhão de t); seguido de São Paulo (1,26 milhão de t); e Paraná (1,24 milhão de t).

No mercado de defensivos – que inclui os segmentos de herbi-cidas, fungicidas, inseticidas, aca-ricidas e outros – o faturamento alcançou R$ 2,2 bilhões no acumu-lado janeiro-abril de 2011. O resul-tado representa aumento de 5%, se comparado ao mesmo período de 2010, com R$ 2,1 bilhão.

De acordo com o estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, as vendas foram impulsionadas principalmente pelas culturas de algodão, café, cana de açúcar, feijão e trigo.

O setor de inseticidas foi o que mais se destacou. Os negócios al-cançaram variação positiva de 28% na comparação com o ano an-terior, passando de R$ 604 milhões para R$ 775 milhões. A causa foi o crescimento nos mercados de algo-dão, batata, café, cana, milho, soja e trigo.

Os fungicidas e herbicidas apresentaram retração de 11% e 2%, respectivamente. Na avaliação do Sindag, a queda foi motivada pela redução nos mercados de soja, milho e hortifruti, entre outros.

Venda de fertilizantes registra aumento de mais de 20%

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201130 Apesp

Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

A Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) tem to-mado ações de fiscalização junto à Ceagesp e também aos permissionários. Num primeiro momento foram abordados os locais que comercializam ali-mentos prontos para o consu-mo, ou seja, os quiosques que servem desde salgados até re-feições.

O pavilhão MSC, que abriga os permissionários que comer-cializam abóboras, foi alvo de fiscalização há cerca de um ano e atualmente as visitas tem in-cidido sobre os pavilhões AMs e APs, entre outros.

Diversas ações foram toma-das, como a realização de pa-lestras educativas e esclarece-doras, reuniões junto à Covisa e reformas para gerar as ade-

No dia 6 de julho ocorreu o relançamento da frente parla-mentar em defesa das Ceasas Brasileiras, na Câmara dos Dep-utados. A frente é presidida pelo Deputado Leonardo Quintão do (PMDB/MG). O relançamento da frente é para aprovação do pro-jeto de lei que esta tramitando no Congresso Nacional. O pro-jeto de lei vem sendo elaborado desde 2009, a partir da criação da Brastece, que vem promov-endo reuniões itinerantes pelo Brasil todo, com todos as asso-ciações e sindicatos dos comer-ciantes das centrais de abastec-imento.

O projeto tem como meta modernizar as centrais de abas-tecimento existentes, propor-cionando ao mercado eficiência, dinamismo para possibilitar ai-nda mais crescimento. O Brasil conta com 30 centrais de abas-tecimento que movimentam cerca de R$ 17 bilhões por ano. Entre hortigranjeiros, cereais, industrializados e outros produ-

Lançamento da frente parlamentar em defesa das Ceasas

Fique atento às fiscalizações da Covisa

tos como flores e pescados, as Ceasas ofertam cerca de 17 mil-hões de toneladas anualmente. O sistema engloba mais de dez mil empresas e gera cerca de 200 mil empregos diretos.

O lançamento da frente na Câmara dos Deputados foi con-corridíssimo, com a presença de

AdrianAfonso HammAndré MouraAndré VargasAntônio AndradeBernardo Santana de VasconcellosCesar ColnagoEdinho BezEsperidião AminGabriel GuimarãesHugo LealJoão MagalhãesJoão Paulo CunhaJunji AbeLeonardo QuintãoLuci ChoinackiLuis Carlos HeinzeNeilton MulimNewton CardosoOsmar SerraglioPaulo PiauPerpétua AlmeidaSaraiva FelipeSibá MachadoToninho pinheiroWeliton pradoWilson filho

Deputados Federais que estavam presentes em Brasília no dia 06/07

quações necessárias. Porém, existem ainda lacunas no escla-recimento sobre a questão que não quer calar: O que o permis-sionário realmente precisa fa-zer em sua empresa para estar em dia com as exigências legais, no que tange às questões sani-tárias e constantes da Portaria Municipal 1210?. Foi pensando em gerar um protocolo para atendimento claro, objetivo e sem entrelinhas, contendo uma interpretação da legislação aplicável às empresas alocadas na Ceagesp, que a Apesp, re-presentada pelo seu presiden-te Carlos Eduardo Haiek e seu diretor Cláudio Furquim, junta-mente com a administração da companhia representada pelo seu assessor técnico Edson Procidelli e a Aviso Consulto-

res, representada pela diretora Bárbara Mangiaterra e a con-sultora nutricionista Larissa Milani, estiveram no dia 28 de junho em reunião com a Covisa.

A abordagem da reunião foi mostrar os parâmetros dos requisitos legais que podem ser atendidos, dentro da rea-lidade das empresas, gerando um protocolo básico para que todos possam se adequar. Foi entendido o foco da Vigilância Sanitária no sentido de estabe-lecer um atendimento condi-zente com as questões de saú-de publica. Além disso, a Covisa mostrou como tem feito histo-ricamente, uma grande abertu-ra, disponibilizando seu corpo técnico para analisar cada uma das contrapartidas oferecidas pelos permissionários em ter-

deputados de todos os partidos, que fizeram questão de expres-sar seu apoio ao projeto,

além da ratificação do apoio do Ministério da Agricultura, Conab, Abracen e da Brastece, cujo trabalho como confedera-ção não se esgota com a aprova-ção do projeto, mas, prolongar-

se-a no tempo vindouro, visto que a missão da confederação continua no estudo e aprimo-ramento do sistema de abastec-imento, adaptando-o às novas tecnologias e modos de venda e consumo que certamente irão surgir ao longos dos próximos anos.

mos de atendimento à Portaria Municipal 1210.

Em suma, ficou definido que a Aviso Consultores, em con-junto com o corpo técnico da Ceagesp e apoio da Apesp, vai listar, com base nos autos de infração e na Portaria, todos os requisitos a serem atendidos e declarar, de forma documenta-da, qual a melhor opção para atendimento a cada um deles. Esse documento deve se pro-tocolado na Covisa e analisado tecnicamente. Por conseguinte, geraremos uma lista com itens de atendimento, que pode ser-vir de guia para qualquer per-missionário. Posteriormente à validação pelo órgão fiscali-zador, o documento originado será disponibilizado para to-dos, através de publicação no

JE, bem como distribuído ativa-mente em pontos estratégicos e momentos oportunos. Além disso, a Apesp promoverá uma palestra educativa, totalmente fundamentada nas reais neces-sidades a serem atendidas, com uma explicação cuidadosa para cada item.

Assim, aguarde as novida-des, pois estamos trabalhando intensamente, como sempre, para trazer soluções mais con-cretas, transparentes, claras e previamente validadas no âmbito técnico, para gerar um conforto ao permissionário, en-tendendo que o maior foco des-te deve estar em seu dia a dia em um mercado cada vez mais difícil, cujo trabalho é pratica-mente uma arte, desenvolvida com tradição e estilo próprio.

Page 31: Jornal Entreposto | Julho 2011

ares da fazenda, pode apreciar a co-mida feita no fogão à lenha e a boa música de raiz.Informações: (11) 4013-4388 ou 9607-7483

JAÚ

A Fazenda Mandaguahy

Possui um lago para pesca ama-dora e prática de boia cross, um lin-do bosque, pomar, tulha, terreiro e senzala.

Oferece programas de turismo pedagógico, visitas culturais, almo-ços, lanches e hospedagem em casas antigas adaptadas. Informações: (14) 3622-2707

LIMEIRA

Fazenda Quilombo:

Propicia aos visitantes, passeios a cavalo, caminhadas pelas encostas do Morro Azul em meio às lavouras de café, laranja e a mata nativa, lo-cais privilegiados com uma bela vi-são de Limeira e arredores e ainda possui uma lojinha com café e doces típicos da fazenda.

Na época da colheita do café (de maio a setembro) a infra-estrutura de secagem e preparo do café cons-

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio julho de 2011 31

O turismo rural vem sendo mui-to procurado por pessoas de todas as idades e classes sociais. Além de promover uma atividade diferente para os visitantes, também se tor-nou uma oportunidade de desen-volvimento para muitas comuni-dades do campo. Esta modalidade ainda possui a função de valorizar e educar sobre assuntos relacionados ao meio ambiente e resgatar pa-trimônios muito valiosos de nossa cultura.

O visitante pode se envolver com tudo que há no campo, gastro-nomia (saberes e fazeres locais), participar de atividades como co-lheita e tratamento dos legumes, vegetais, criação de animais, ativi-dades de ecoturismo, esportes de aventura, caminhadas, atividades pedagógicas no ambiente rural, visi-tação a fazendas, casas de cultura e ao patrimônio; entre outros.

No estado de São Paulo existem muitas fazendas que estão sendo restauradas e reestruturadas para poder receber com excelência o pu-blico interessado. E conhecer estas fazendas nunca foi tão fácil! Quator-ze delas, erguidas do século 19 até a década de 20 do século passado, estão descritas no site: www.fazen-daspaulistas.com.br. O viajante terá informações sobre cada uma das propriedades rurais em relação à história, atrativos, preços, visitação e hospedagem.

Este site facilita o conhecimento e o acesso a cinco pólos: Itu, Limei-ra, São Carlos, Mococa e Campinas. Devido à pouca sinalização das ro-dovias indicando que o turista está numa região rica em fazendas histó-ricas, muitas vezes o viajante está a um quilômetro de uma antiga fazen-da e “passa reto”, sem nem perceber.

A Associação Fazendas Histó-ricas Paulistas reúne propriedades históricas que trabalham com tu-rismo rural. Algumas destas pro-priedades oferecem hospedagem com maravilhosas comidas típicas, entre outras delicias do campo. Ou-tras oferecem cavalgadas, trilhas na mata atlântica, observação de aves, pequenos museus e atividades de vida de fazenda. Há também as que trabalham com turismo pedagógico, agroturismo e ate mesmo com al-guns tipos eventos como, aniversá-rios, formaturas, confraternizações reuniões em família e casamentos (estes são realizados em suas an-tigas e charmosas capelas). As fa-zendas oferecem programas com agendamento prévio, podem ou não incluir refeições e passeios ecológi-cos.

CAMPINAS

Fazenda em Santa Maria

Oferece passeio de um dia para grupos acima de 10 pessoas. Lá acontecem: estudos do meio e edu-cação ambiental para escolas, pas-seios para grupos e eventos diversi-ficados com, celebrações religiosas, corporativos, casamentos, entre outros. Informações: (19) 3298-6423 e 9115-9759

truída no século XIX pode ser obser-vada em pleno funcionamento.Informações: (19) 3451-4005

Fazenda Santa Gertrudes

Este local leva seus visitantes aos tempos áureos do café, desde a colheita até o embarque na estação de trem, passando por todos os pro-cessos intermediários.

As visitas são realizadas sob agendamento antecipado e grupos fechados de pelo menos vinte pes-soas.Informações: Tarifas: visita com lanche: R$ 25,00 por pessoa - visita com almoço + lanche: R$ 45,00 por pessoa.Telefones: (19) 3545-1317 e (19) 3545-2036

MOCOCA

Fazenda Aurora

Foi fundada em 1869 e hoje é a fazenda com a mais antiga criação de Caracu no Brasil. Abriga também um pequeno museu com objetos an-tigos. Informações: (19) 3672-1277

Fazenda Nova

Possui grande riqueza natural preservada em área remanescen-te de Mata Atlântica de transição para o Cerrado. Os hóspedes podem participar da rotina da fazenda, ali-mentando os cavalos, escovando-os, e ajudando na doma, sempre orien-tados pelos proprietários. Informações: (19) 3656-0109 e (19) 3656-3634

Fazenda Santa Cecília

Nela, ainda existem os equipa-mentos que eram utilizados desde a colheita até o beneficiamento do café e, cuja máquina, ainda se en-contra em perfeito funcionamen-to. É possível andar pelas trilhas no interior da Mata Atlântica, que abriga uma vegetação exuberante, inclusive um Jequitibá com mais de 300 anos, além da possibilidade de observar animais de várias espécies. Informações: (16) 3621-3699 (16) 3659-8656 e (16) 9132-3232

SÃO CARLOS

Fazenda Bela Vista

O forte do local são as cavalgadas e caminhadas que acontecem sempre com um destino diferente. Informações: (16) 3345-1108

Fazenda Santa Maria do Monjolinho

É um marco na história por re-presentar e preservar, no contexto nacional, a riqueza gerada pelo ci-clo do café, sendo uma das poucas propriedades do país que conseguiu superar as crises conservando suas terras desde que foi desbravada, em 1850. Informações: (11) 3021-1483

Fazenda Vila Rica

Construída em 1860, esta loca-lizada em Itatiba, a 70 Km de São Paulo. O local proporciona aos hos-pedes o encanto e magia das antigas fazendas do ciclo do café paulista. A imensa cozinha acompanha a am-bientação de época, com seus uten-sílios antigos, onde são preparados os cardápios nas autênticas caçaro-las, panelas, tachos e frigideiras de cobre que fumegavam no fogão a lenha, ainda hoje utilizado.Informações: (11) 9120-9485 e (11) 4487-7437

ITU

Fazenda Capoava

Alia turismo rural, ecológico e cultural. Com 25 chalés, ocupa uma área de 50 alqueires de pura nature-za e oferece, além da saborosa culi-nária paulista, caminhadas, trilhas pela mata, cavalgadas por roteiros históricos e atividades culturais re-lacionadas à história de São Paulo. Informações: (11) 4023-0903

Fazenda Chácara do Rosário

Todos os meses promove sua tradicional cavalgada da lua cheia, na qual os visitantes podem apro-veitar as noites maravilhosas de Itu, cavalgando à luz da lua no meio de uma natureza exuberante. No pas-seio está incluso, a cavalgada e o jan-tar com a presença de violeiros. Pre-ços: R$ 53,00 reais para adultos, R$ 26,00 para crianças de 5 a 12 anos e gratuito para crianças de ate 4 anos. Mas quem preferir apenas curtir os

Mariana G. Marques

fazendaFim de semana na

Turismo

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