jornal entreposto | fevereiro de 2011

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São Paulo, fevereiro de 2011 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 12 - N o 129 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Projeto promete abrir mercado para indústria nacional de máquinas agrícolas Pág. C2 Pág. A4 Registro de problemas pós-colheita da lichia Pág. B1 Rossi diz que produtor terá boa renda em 2011 Plantio de florestas pode aumentar renda de produtores ruais Pág. B4 Pág. C4 Alta dos alimentos põe em xeque segurança alimentar 8 de março é dia da mulher Mercado de flores registra aumento significativo no Dia Internacional da Mulher O Dia Internacional da mulher alavanca o mercado de flores nas centrais de abastecimen- to que chegam a registrar até 30% de acréscimo na oferta de flores e plantas ornamen- tais. O movimento maior acontece na semana que antecede a data comemorativa, no dia 8 de março que cai justamente em um dos dias da Feira de Flores da Ceagesp. Floricultores e profissionais do segmento procuram au- mentar seus estoques para esta data e acabam dobrando a oferta de algumns produtos, como a rosa, a preferida para presentear. É possível notar um aumento na procura de flores envasa- das, como violetas, mini cri- sântemos e kalanchoes, que são mais baratas e estão ganhando mais espaço na op- ção de compra. Serviço: Feira de Flores da Ceagesp MLP-Mercado Livre do Produtor Terça e sexta-feira das 05h00 às 10h30 Segunda e quinta-feira das 03h00 às 10h00 Estacionamento para veícu- los de passeio pago R$6,00 a primeira hora e R$2,00 as demais. Entrada pela Av. Dr. Gastão Vi- digal ou Av. Nações Unidas. Segundo Bird, elevação de preços das commodities está próxima do ‘ponto perigoso’ Projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação indicam que a escassez mundial de grãos vai se agravar nos próximos anos, em função dos fenômenos climáticos extremos e da demanda que continua subindo. A tendência de alta beneficia diretamente os agricultores brasileiros. Entretanto, a carestia ameaça a segurança alimentar dos países mais pobres, provocando profundas convulsões sociais. Os protestos contra os regimes ditatoriais nos países árabes são o reflexo dessa situação, apontam os especialistas. Nos próximos dois anos, os distúrbios derrubarão governos e as sociedades se inclinarão à desordem, alertou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, durante a última reunião do G20. Femetran 2011 terá visita de grupos de produtores rurais Permissionários têm espaço exclusivo na Femetran NOTÍCIAS DA FEMETRAN ....A7 Enquanto commodities disparam no mercado internacional, preço da batata despenca no ETSP. O saco de 50 quilos do tubérculo, que chegou a custar R$ 100 em 2009, hoje não passa de R$ 15.

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2011

São Paulo, fevereiro de 2011www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 12 - No 129 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Projeto promete abrir mercado para indústria nacional de máquinas agrícolas

Pág. C2

Pág. A4

Registro de problemas pós-colheita da lichia

Pág. B1

Rossi diz que produtor terá boa renda em 2011

Plantio de florestas pode aumentar renda de produtores ruais

Pág. B4

Pág. C4

Alta dos alimentos põe em xeque segurança alimentar

8 de março é dia da mulherMercado de flores registra aumento significativo no Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da mulher alavanca o mercado de flores nas centrais de abastecimen-to que chegam a registrar até 30% de acréscimo na oferta de flores e plantas ornamen-tais.O movimento maior acontece na semana que antecede a data comemorativa, no dia 8

de março que cai justamente em um dos dias da Feira de Flores da Ceagesp.Floricultores e profissionais do segmento procuram au-mentar seus estoques para esta data e acabam dobrando a oferta de algumns produtos, como a rosa, a preferida para presentear.É possível notar um aumento na procura de flores envasa-das, como violetas, mini cri-sântemos e kalanchoes, que são mais baratas e estão ganhando mais espaço na op-ção de compra.

Serviço:Feira de Flores da CeagespMLP-Mercado Livre do Produtor

Terça e sexta-feira das 05h00 às 10h30

Segunda e quinta-feira das 03h00 às 10h00

Estacionamento para veícu-los de passeio pago R$6,00 a primeira hora e R$2,00 as demais. Entrada pela Av. Dr. Gastão Vi-digal ou Av. Nações Unidas.

Segundo Bird, elevação de preços das commodities está próxima do ‘ponto perigoso’

Projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação indicam que a escassez mundial de grãos vai se agravar nos próximos anos, em função dos fenômenos climáticos extremos e da demanda que continua subindo.

A tendência de alta beneficia diretamente os agricultores brasileiros. Entretanto, a carestia ameaça a segurança alimentar dos países mais pobres, provocando profundas convulsões sociais.

Os protestos contra os regimes ditatoriais nos países árabes são o reflexo dessa situação, apontam os especialistas. Nos próximos dois anos, os distúrbios derrubarão governos e as sociedades se inclinarão à desordem, alertou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, durante a última reunião do G20.

Femetran 2011 terá visita de grupos de produtores rurais

Permissionários têm espaço exclusivo na FemetranNOTÍCIAS DA FEMETRAN ....A7

Enquanto commodities disparam no mercado internacional, preço da batata despenca no ETSP. O saco de 50 quilos do tubérculo, que chegou a custar R$ 100 em 2009, hoje não passa de R$ 15.

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA2

As mulheres representam uma expresiva força de traba-lho e continua se preparando para atuar em todos os níveis profi ssionais, ainda que exis-tam diversas barreiras que discriminam suas atividades e participação na economia ativa.

O crescimento acentuado da participação de mulhe-res no mercado de trabalho nas últimas décadas está fortemente marcado pela busca contínua da realização pessoal e a necessidade de produzir e contribuir para o bem-estar da coletividade que as mulheres procuram atualmente.

Isso permitiu que elas agregassem ao dia a dia das empresas habilidades próprias importantes, como a motivação, capacidade de trabalho em grupo, adminis-trar confl itos e lidar com re-cursos escassos.

Mesmo assim, ao assumir tarefas de fora de casa, a mu-lher não conseguiu abolir ou ao menos diminuir suas atri-buições domésticas, fato que surgiu da dominação de uma sociedade patriarcal que ado-ta a soma de funções e não a substituição das mesmas.

O desafi o para a mulher nesta década é o de atingir o padrão de perfeição no tra-balho, em especial pela ca-pacidade empreendedora e seriedade com que enfrenta desafi os que apresentam, já que sua inserção no mercado de trabalho tem sido compe-titiva em relação ao universo masculino, pois sua presen-ça frente a esse novo cenário contribui para o sucesso dos negócios dando um toque es-pecial às organizações.

O último estudo do IBGE sobre a mulher no mercado de trabalho mostrou um retra-to da participação feminina, seu perfi l etário e educacio-nal, o contingente feminino no setor público, a jornada de trab alho considerada a escolaridade, o percentual de mulheres que gostaria de tra-balhar mais. As informações usadas provêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) 2009, realizada nas regiões

Mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalhoBoas negociadoras, delicadas e fl exíveis no relacionamento com os diferentes tipos de público, elas sabem captar as reais necessidades dos consumidores e, assim, ganham um lugar de mais destaque nos espaços profi ssionais. Para se ter uma ideia, segundo um boletim do Observatório do Emprego e do Trabalho, divulgado em outubro de 2010, a participação das mulheres no mercado de trabalho paulista, um dos maiores do país, aumentou de 45,2% para 68,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

35,5% das mulheres tinham carteira de trabalho assinada

Em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres esta-vam inseridas no mercado de trabalho como emprega-das com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribui-ção masculina (43,9%). As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verifi cado na po-pulação masculina (7,0%).

61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo

Enquanto 61,2% das traba-lhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o ensino médio com-pleto, para os homens este percentual era de 53,2%. A parcela de mulheres ocupa-das com nível superior com-pleto era de 19,6%, também superior ao dos homens (14,2%). Por outro lado, nos grupos de menor escolarida-de, a participação dos ho-mens era superior a das mu-lheres.

Elas trabalharam 38,9 horas em média

Apesar de desde 2003 ter ocorrido uma redução de aproximadamente 36 mi-nutos na diferença entre a média de horas trabalhadas por homens e mulheres, em 2009 as mulheres continua-ram trabalhando, em média, menos que os homens. Cabe esclarecer que essa queda foi ocasionada pela redução na média de horas trabalhadas pelos homens. As mulheres, em 2009, trabalharam em

média 38,9 horas, 4,6 horas a menos que os homens.As mulheres trabalhavam me-nos que os homens em todos os grupamentos de atividade. Com a exceção das mulheres ocupadas em “Outros Servi-ços”, as demais atividades apresentaram aumento da média de horas trabalhadas para as mulheres. No grupa-mento “Administração Públi-ca”, as mulheres trabalha-ram, em média, 36,4 horas semanais.

O rendimento continua sendo inferior ao dos homens

O rendimento de trabalho das mulheres, estimado em R$ 1.097,93, continua inferior ao dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual de rendimentos dos homens e das mulheres, verifi cou-se que as mulheres ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pe-los homens. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.

Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do mesmo grupamento de atividade, a diferença entre os rendi-mentos persiste. Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina.

Aumentou a escolaridade das mulheres que procuram trabalho

Em 2009, entre o 1,057 mi-lhão de mulheres desocupa-das e procurando por traba-lho, 8,1% tinha nível superior. Houve aumento na escolari-dade dessas mulheres, vis-to que em 2003, em média, 5,0% tinham nível superior. Esse crescimento resulta do aumento da escolaridade de uma forma geral.

O aumento da escolaridade também pode ser verifi cado em outros níveis. Em 2003,

em média, 44,7% das mu-lheres desocupadas tinham 11 anos ou mais de estudo. Em 2009, essa proporção ultrapassou signifi cativamen-te a metade da população (59,8%). Verifi cou-se que a po-pulação feminina desocupa-da é proporcionalmente mais escolarizada que a população feminina acima de 10 anos. Enquanto, em média, 81,2% da população feminina deso-cupada tinham oito anos ou mais de escolaridade, na po-pulação em idade ativa este percentual era de 61,1%.

Cresceu o percentual de mulheres adultas querendo trabalhar

A população feminina deso-cupada (1,057 milhão de mu-lheres, em 2009) está muito concentrada no grupo etário entre 25 e 49 anos de idade. Em 2003, as mulheres nesta faixa etária correspondiam a 49,3% da população feminina desocupada. Em 2009, elas já eram mais da metade: 54,2%.

Mesmo com a crescente entrada feminina nos espa-ços corporativos, o precon-ceito permanece grande e muitas empresas, por exem-plo, ainda pagam salários menores às mulheres, embo-ra estas ocupem cargos e de-senvolvam atividades à altura dos homens. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea), divulga-do em dezembro de 2010, re-velou que a diferença salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é signifi cativa. De acordo com o levantamento, do total da massa salarial das principais regiões metropolitanas, so-mente 40% correspondem à participação feminina.

O estudo Mulher no Mer-cado de Trabalho: Perguntas e Respostas pode ser en-contrado no seguinte ende-reço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indica-dores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaultestudos.shtm

Emma Siliprandi, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesqui-sas em Alimentação (Nepa) da Unicamp, é a única brasileira convidada a dar uma palestra na 55ª sessão da Comissão sobre o Status das Mulheres da ONU, de 22 de fevereiro até 4 de mar-ço, em Nova York.

Segundo Emma Siliprandi, as questões das mulheres rurais vêm aparecendo faz vários anos em documentos das agências da ONU, conclamando os paí-ses-membros a criar políticas e estratégias para melhorar a situação delas, principalmente quanto à geração de renda e ga-rantia de segurança alimentar. A pesquisadora comenta que Um grande número de mulheres que trabalham no campo não recebe qualquer remuneração, nem tem acesso a terra e aos demais re-cursos produtivos, tais como ca-pital, crédito, tecnologias, edu-

cação, saúde, participação nas decisões.

Acrescenta ainda, que o painel vai abordar experiências positi-vas de fortalecimento das mu-lheres rurais em diferentes paí-ses, mostrando as difi culdades enfrentadas, os principais avan-ços e suas possibilidades de replicação. Do Brasil, será apre-sentado experiências de grupos de mulheres assentadas que produzem ecologicamente, além de uma avaliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Ali-mentação Escolar (merenda), ambos do governo federal, sob o ponto de vista das mulheres”.

Decidiu-se recentemente que os alimentos distribuídos pelo PAA para entidades assistenciais, hospitais e escolas seriam com-prados diretamente de pequenos produtores, enquanto que na me-

renda escolar, desde 2009, 30% dos alimentos devem vir da agri-cultura familiar. Em suas pesqui-sas pelo Nepa, Emma Siliprandi constatou que as mulheres são responsáveis pela alimentação da família e também por geração de renda através da produção das chamadas miudezas, como ovos, frangos, biscoitos e verdu-ras. “Em volume global ao longo do ano, isso pode trazer mais di-nheiro do que o cultivo comercial de soja, milho ou feijão”.

Entretanto, observa a pesquisa-dora, estas mulheres não são reconhecidas como produtoras rurais pelas instituições públi-cas, que consideram apenas o marido ou companheiro como chefe da unidade de produção. Emma destaca que a assistên-cia técnica, os gerentes de ban-co, as cooperativas não tratam as mulheres como iguais, sendo que muitas vezes elas têm uma

gama enorme de produtos, por exemplo, para alimentação esco-lar. Mas como não estão organi-zadas e legalizadas, não contam com apoio técnico sufi ciente. É como se não merecessem o sta-tus de produtoras rurais.

Emma Siliprandi elogia o Progra-ma de Aquisição de Alimentos, que atinge 100 mil agricultores por ano no país, com a ressalva de que somente 30% do volume de operações estão em nome de mulheres. De acordo com ela, em algumas modalidades, este índice fi ca reduzido a 13%, ou seja, as mulheres estão excluí-das de um programa que poderia ajudá-las a melhorar sua renda e a autoestima. Há muitos casos de violência contra mulheres no campo, inclusive porque elas não têm renda, nem para onde ir, já que o título da casa e da terra é do companheiro.

As mulheres rurais e seu papel no combate à fome

Todos os painéis da 55ª sessão da Comissão sobre o Status das Mu-lheres da ONU serão registrados em vídeos e disponibilizados no site do evento - http://www.un.org/womenwatch/daw/csw/55sess.htm#part.

Fonte: http://www.unicamp.br

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA4

Frutas e hortaliças escapam da carestiaECONOMIA

Enquanto valor das commodities sobe nos mercados globais, preços dos produtos frescos comercializados no Brasil seguem estáveis

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A inflação dos alimentos provocará convulsões sociais e distúrbios políticos ao redor do mundo nos próximos dois anos. O alerta foi feito este mês pelo presidente do Ban-co Mundial, Roberto Zoellick, durante a reunião com os mi-nistros de finanças do G20.

Na Ceagesp, os preços dos legumes e verduras co-mercializados no atacado re-gistraram aumentos significa-tivos em janeiro. No entanto, a alta de 4,45% dos alimen-tos in natura verificada no entreposto de São Paulo não tem relação direta com a crise mundial das commodities. No ano passado, o índice de pre-ços da estatal caiu 1,73%.

Segundo o agrônomo Ga-briel Bittencourt, do Centro de Qualidade em Horticultu-ra da companhia, a elevação do valor das hortifrutícolas é sazonal. “As fortes chuvas registradas no período atin-giram as principais regiões produtoras do Sudeste, o que derrubou a oferta desses pro-dutos”, explica.

Portanto, a carestia mun-dial não ameaça a segurança alimentar do Brasil, ressalta o pesquisador. Em outros seto-res do entreposto paulistano, a queda de preços é a princi-pal preocupação dos agricul-tores.

“Em 2010, o clima favorá-vel, sem geadas nas regiões agrícolas, favoreceu muito a produção dos hortifrutis. Os setores de verduras e legu-mes tiveram uma ótima ofer-ta de produtos e os preços chegaram próximos ao custo

Paulo FernandoDe São Paulo

de produção”, lembra o chefe da seção de economia e de-senvolvimento da Ceagesp, Flávio Godas.

O saco de 50 quilos de batata, que custava entre R$ 90 e R$ 100 em dezembro de 2009, está sendo comerciali-zado por, no máximo, R$ 15 hoje.

O excesso de plantio do tubérculo é a razão da queda acentuada, confirma o produ-tor João Carlos Barossi, da Agro Comercial Campo Vitória. “Mas o preço está abaixo do custo de produção”, lamenta.

Instabilidades

Embora o Brasil não deva sofrer com o impacto da alta dos alimentos, os analistas alertam que situação já ame-aça a estabilidade sociopolíti-ca dos países que dependem das importações para suprir seus mercados.

As recentes revoltadas contra os regimes ditatoriais nos países árabes também resultam da carestia. “Esta-mos chegando a um ponto pe-rigoso e, por isso, precisamos ser sensíveis e estar alertas ao que está acontecendo com os preços dos alimentos e seus efeitos”, afirmou Robert Zoellick, do Bird, na última reunião do G20.

Na visão do executivo, a comunidade internacional pre-cisa se preparar para o novo – e trágico – cenário que está se desenhando no mundo. “Entre outubro de 2010 e ja-neiro de 2011, os preços dos alimentos aumentaram 15%, o que levou mais 44 milhões de pessoas para a pobreza”, informou.

De acordo com os especia-listas, os fenômenos climáti-

cos extremos, a demanda em ascensão – principalmente nos países asiáticos – e a especulação no mercado de grãos são as principais cau-sas da escassez desses ali-mentos em alguns mercados.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agri-cultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), os preços de alimentos devem registrar uma elevação de até 20% este ano. Para os consulto-

res do setor, a alta é positiva para o país, pois estimulará os agricultores brasileiros a plantarem mais, o que deverá contribuir para a estabilidade da oferta no mercado interno durante os próximos anos.

PAULO FERNANDO

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O volume de açúcar que passou pela rede armazenado-ra da Ceagesp atingiu 548,7 mil toneladas em 2010, nú-mero 24,8% maior que o veri-ficado no ano anterior. A ex-pansão da atividade e a alta dos preços do produto nos mercados interno e mundial explicam o bom desempenho do setor.

No ano passado, os arma-zéns proporcionaram receita líquida de R$ 23,828 milhões para a empresa. Para continu-ar crescendo, a administração da estatal pretende ampliar as parcerias com setor produtivo e expandir sua rede de 19 uni-dades, que receberam 895 mil toneladas de produtos agríco-las no ano passado.

Em 2010, três armazéns foram certificados e, neste ano, a companhia pretende in-vestir R$ 1,8 milhão na certifi-cação de outras unidades.

Açúcar eleva movimentonos armazéns da estatal

O prazo para adaptação dos agri-cultores às novas regras de produ-ção de orgânicos terminou em 31 de dezembro. A regularização do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se baseia nas regras para produção e comercialização, in-cluindo armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscaliza-ção, e segue as normas estabele-cidas Sisorg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgâni-ca).

Desde 1º de janeiro, somente os produtores familiares que integram alguma organização de controle so-cial cadastrada nos órgãos fiscali-zadores estão autorizados a realizar vendas diretas ao consumidor sem a certificação.

De acordo com o Mapa, cerca de 5,5 mil produtores – de um universo de 90 mil – já estão dentro nova regu-lamentação. Durante alguns meses, os consumidores ainda poderão en-contrar produtos sem o selo do Si-sorg, em função da comercialização de parte dos estoques produzidos em 2010.

Verduras, legumes, frutas, casta-nhas, carnes, pães, café, laticínios, sucos e outros produtos, tanto in na-tura, quanto processados, são con-siderados orgânicos quando cultiva-dos sem adubos químicos e outras substâncias sintéticas. A prioridade é empregar matéria orgânica e ado-tar boas práticas que harmonizem os processos biológicos.

No entanto, a exigência da certi-ficação para os produtos orgânicos em vigor pode significar a exclusão da grande parcela de produtores que ainda não conseguiu regularizar sua situação. O alerta é do gerente do Sebrae, Paulo Alvim.

O número de certificações au-mentou, mas o mercado está em plena expansão. “Esses produtores que não conseguiram o certificado podem ficar sem lugar para comer-cializar seus produtos”, diz.

Os agricultores que ainda não se cadastraram precisam, agora, pro-

curar uma agência certificadora cre-denciada pelo Mapa, arcando com os custos do procedimento. Sem a certificação, o produtor fica impedido de exportar ou vender seus produtos para supermercados, por exemplo.

De acordo com Cristiane Ribeiro, responsável pela certificação de fo-lhosas e pelo planejamento de produ-ção da Cultivar Orgânicos, a empresa enfrentou dificuldades para obter os produtos com o selo. “Alguns de nos-sos produtores tiveram de migrar de certificadora”, informa a agrônoma.

Somente três certificadoras – IBD (Instituto Biodinâmico), Ecocert e Te-cpar – conseguiram a autorização do Mapa para emitir o selo. A maioria das agências ainda não completou seu processo de credenciamento.

Há 10 anos no mercado, a Culti-var escoa parte de sua produção no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, por meio da Rede Orgâni-ca. Segundo Ribeiro, 35 folhosas e 30 frutas e legumes fornecidos pela empresa já estão em conformidade com a nova regulamentação. “O su-cesso do Sisorg depende, agora, do comprador, que é quem deve exigi-lo de seus fornecedores”, ressalta.

De acordo com o chefe da Divisão de Controle de Qualidade Orgânica do Mapa, Roberto Mattar, os interes-sados podem acessar informações sobre legislação, cartilhas educati-vas para adequação aos novos regu-lamentos, formulários para cadastros e credenciamento no hot site www.prefiraorganicos.com.br e nas repre-sentações estaduais do ministério.

O selo poderá ser concedido ain-da pelos sistemas participativos de garantia, associações de produtores que fazem auditoria, fiscalizam e cer-tificam os produtos. Os agricultores orgânicos que vendem por conta própria obtêm uma autorização para atuar em feiras e entregas em domi-cílio, quando se cadastram no site do ministério.

Mercado em ascensãoAs vendas de produtos orgânicos

no Brasil alcançaram R$ 350 milhões em 2010. O valor é 40% superior ao registrado em 2009, conforme os números divulgados pelo Projeto Organics Brasil, organização não-go-vernamental que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos.

“Esse crescimento representa a difusão do setor. Cada vez mais pessoas buscam informações sobre produtos orgânicos e, consequente-mente, consomem mais esse tipo de alimento”, destaca o coordenador do Agroecologia do Mapa, Rogério Dias.

“As novas regras para a cadeia produtiva de orgânicos, que passa-ram a ser obrigatórias a partir de 1º de janeiro deste ano, fomentam ainda mais o crescimento do setor”, avalia.

O mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010. As 72 empresas associadas ao Organics Brasil, que representam mais de 60% do setor, exportaram cerca de U$ 108 milhões no ano passado, se-gundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior.

Esse valor é 30% superior às receitas geradas em 2009. Os pro-dutos mais exportados são os do complexo soja, açúcar, café, cacau e frutas, principalmente abacaxi, ma-mão e manga. Os principais países consumidores são Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Uni-do, Bélgica e Canadá.

Rogério Dias destaca também que o número de feiras de produtos orgânicos tem crescido bastante no país, o que também favorece e incen-tiva a comercialização.

Segundo o coordenador, hoje, os orgânicos mais procurados pelos bra-sileiros são as hortaliças, legumes, frutas e produtos processados como sucos, arroz, açúcar e café. “O con-sumidor busca esses produtos nas feiras agroecológicas, onde há uma relação de confiança com o agricul-tor, que garante a origem dos alimen-tos oferecidos”, salienta.

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Regulamentação afeta mercado de orgânicosAtraso no processo de credenciamento das certificadoras prejudica produtores de alimentos livres de adubos e pesticidas químicos

CEAGESP

SXC

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA6

Os preços mundiais dos alimentos atingiram novo recorde histórico no mês de janeiro, segundo a Organização das Na-ções Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice da FAO para os preços dos alimentos, que analisa mensalmente um conjunto de produtos básicos e suas variações e preços em nível global, apontou um aumento de 3,4% em relação a dezembro de 2010.

Com isso, o índice atingiu 231 pontos. “Se trata do nível mais alto desde que a FAO começou a calcular os preços dos alimentos em 1990. Os preços de todos os grupos de produ-tos básicos controlados registraram fortes altas em janeiro, com exceção para os da carne, que se mantiveram estáveis”, informou a organização em seu comunicado.

O preço dos cereais aumentou 3% em relação a dezembro e alcançou o valor mais alto desde julho de 2008, período da chamada crise dos alimentos, devido a fortes altas de seus preços. O açúcar, com preços recordes, subiu 5,4%.

“Os novos dados mostram claramente que a pressão de alta dos preços mundiais dos alimentos não diminui”, avaliou o economista da FAO e especialista em cereais Abdolreza Ab-bassian. Segundo ele, os preços elevados tendem a persistir nos próximos meses.

O governo do Japão divulgou no último dia 14 o balanço econômico de 2010 e confirmou a perda do posto de segunda maior economia mundial para a China. De acordo com dados oficiais, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão em 2010 ficou em US$ 5,474 trilhões. Já a China fechou o ano com um acu-mulado de US$ 5,8786 trilhões.

A queda nas exportações e no consumo interno, desenca-deada pela recessão de 2008/2009, prejudicou o desempe-nho do Japão. Já a China teve excelente desempenho no setor manufatureiro.

A renda per capita dos japoneses, porém, ainda supera a dos chineses. Os chineses têm ganho anual de cerca de US$ 3,6 mil, enquanto os japoneses contabilizam uma renda quase dez vezes maior.

A China é atualmente o principal parceiro econômico do Japão. Empresas de eletrônicos como a Sony e fabricantes de carros como a Honda e a Toyota ganham cada vez mais espaço no gigante mercado chinês.

O índice de crescimento da China gira em torno dos 10% há alguns anos. Se o ritmo continuar assim, analistas dizem que o país asiático tomará o posto dos Estados Unidos de líder mundial em aproximadamente uma década.

No Brasil, um estudo do Projeto Organics Brasil, progra-ma de incentivo à exportação de produtos orgânicos - com as certificadoras aferiu que a área total orgânica certificada para atividade agropastoril é de 331.637 hectares e para extrati-vismo é de 6.560.001 hectares. Toda essa área é explorada por 7.721 produtores orgânicos, que produzem 5. 215.490 toneladas/ano.

O mercado de produtos orgânicos no Brasil está em ple-no crescimento com mais consumidores e empresas que de-senvolvem produtos que antes eram direcionados somente ao mercado externo.

“No controle deste mercado, o Brasil adotou sua própria regulamentação marcando de vez o posicionamento no mer-cado mundial. A rastreabilidade e a credibilidade do mercado internacional vai proporcionar mais negócios para o Brasil”, afirma Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil.

“Esses números mostram para os maiores compradores que há muita área no país para aumentar a produção de orgâ-nicos. Em relação à área de outros países, o Brasil está atrás da Austrália e da Argentina. O potencial de investimento do Brasil é enorme”, complementa.

A ministra da Pesca e Aqui-cultura, Ideli Salvatti, pediu mais rapidez no licenciamen-to ambiental para projetos de criação de peixe em São Paulo.

A solicitação foi feita em reunião com o governador do estado, Geraldo Alckmin, que garantiu que o processo de concessão de licenças será mais rápido. “Nós vamos agi-lizar ao máximo esses licen-ciamentos”, disse.

Segundo o governador, há “uma grande perspectiva de aumento da produção de peixe em São Paulo. Ele citou que a produção do pescado no estado está em torno de 76 mil toneladas por ano, das quais 32 mil vêm da piscicul-tura.

Apresentação de estudos sobre avaliação de riscos nos trabalhadores rurais será re-quisito obrigatório para regis-tro de agrotóxicos no Brasil. É o que prevê a consulta pública aberta pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitá-ria), no final de janeiro.

De acordo com o órgão, a

Preços dos alimentos atingem maior nível em 20 anos

China passa Japão e é segunda maior economia mundial

Estudo define área certificada de orgânicos no Brasil

Ministra pede que SP agilize licenciamento ambiental para produção de peixe no estado

Para a ministra, esse vo-lume pode ser duplicado com a regularização da criação no reservatório da Usina Hidre-létrica Ilha Solteira, na divisa com Mato Grosso do Sul.

Alckmin destacou a capa-cidade da aquicultura em ge-rar renda sem grandes inves-timentos. “Você não precisa ser proprietário da terra. Você usa o reservatório e coloca lá o tanque e a rede”, disse.

O consumo de peixe no mundo alcançou níveis his-tóricos, segundo relatório da Organização das Nações que contabilizou em 2010, média de 17 quilos por pessoa. Esse aumento se deve basicamen-te à elevação da produção por aquicultura, que cresce a taxa anual próxima de 7%.

Registro de agrotóxico terá novas exigênciasavaliação do risco é um pro-cedimento mais sensível e acurado que permite analisar possíveis efeitos dos agrotó-xicos na saúde. “Apesar de já analisarmos a toxicidade das substâncias presentes nos agrotóxicos, a avaliação do risco possibilitará reduzir ainda mais os agravos inde-

@ Jornal Entreposto on line

Volume de produção pode ser duplicado com a regularização da criação em reservatório de usina

sejados associados à expo-sição da população a esses produtos”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.

Os agrotóxicos que cau-sam mutações genéticas, câncer, alterações fetais, e danos reprodutivos continu-arão impedidos de registro, conforme determinado pela

lei. A consulta pública atua-liza, ainda, os estudos que devem ser apresentados pe-las empresas para obtenção de avaliação toxicológica de agrotóxicos e produtos técni-cos.

Os critérios de classifica-ção toxicológica dos produtos

também foram revisados.

www.jornalentreposto.com.br

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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011 A7

Femetran 2011 terá visita monitorada com produtores rurais da região de Ibiúna

O Jornal Entreposto fi rmou parceria com a Folha do Campo para visitas agendadas e monitoradas na Femetran 2011

A Folha do Campo integra a comunicação do agronegó-cio para produtores, coopera-tivas, associações e sindica-tos rurais dos municípios de Ibiúna, Piedade, São Roque, Vargem Grande Paulista, Pilar do Sul, Salto de Pirapora e Sorocaba.

Os grupos de interessa-dos farão inscrição através da Folha do Campo e o Jornal Entreposto oferecerá trasla-do gratuito e monitores para visitação na Femetran.

O objetivo da ação é inte-grar produtores rurais com o evento, proporcionando uma experiência com marcas e produtos de alta tecnologia e de uso indispensável no transporte de cargas hortifru-tícolas.

A região é de grande im-portância para a economia agrícola do estado de São Paulo e tem expressiva repre-sentação no fornecimento de hortaliças para a Ceagesp.

Interessados desta região podem entrar em contato com a Folha do Campo pelo telefo-ne (15) 3241.6015, lembran-do que esta visita é exclusiva para produtores e profi ssio-nais do setor agrícola.

Entidades de outras loca-lidades próximas a cidade de São Paulo que quiserem se inscrever para visitar a feira e solicitar traslado gratuito de-vem entrar em contato com o Jornal Entreposto pelo telefo-ne (11) 3831.4875 e verifi car se o serviço está disponível para sua região.

Para saber mais sobre a Femetran 2011 acesse o site ofi cial www.femetran.com.br

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Permissionários têm espaço exlcusivo na Femetran

Promoção “Femetran - Meu time do coração” começa em março

A Femetran possui um espaço reservado para recepção de convidados e permissioná-rios da Ceagesp. Trata-se do meeting point, um local intimista com serviço de buffet, ar condicionado e sala de reunião.

É como se fosse uma praça de encontro, o visitante entra e sai sem haver qualquer necessidade de fi liação ou estabelecer vín-culos de compra ou consumo. Um ótimo lu-gar para analisar as proposta recebidas por expositores, conversar com amigos e apro-veitar o tempo.

Quem quiser ganhar uma camisa ofi cial do seu time de futebol poderá participar da Promoção “Femetran - Meu Time do Co-ração”. Uma grande oportunidade de de-monstrar a paixão pelo seu time e ainda ga-nhar prêmios.

A promoção é um intercâmbio entre visi-tantes da feira e suas afi nidades com o es-

Os permissionários também podem utili-zar o espaço para fazer rodadas de negócios, promovendo o encontro com as empresas expositoras, incentivando a criação de gran-des parcerias de negócios. Um local neutro pode facilitar a aproximação das empresas, estimular a parceria e despertar o interesse comercial comum.

A Femetran receberá todos os permissio-nários interessados em visitar a feira no me-eting point, um ambiente criado para aproxi-mar empresários, propício e saudável para os encontros de negócios.

porte mais querido do Brasil. A participação ocorrerá através dos sites www.jornalentre-posto.com.br | www.femetran.com.br e das edições de março e abril do JE.

Aguarde o lançamento ofi cial da campa-nha e leia o regulamento para saber como ganhar a sua camisa ofi cial. Mais informa-ções: (11) 3831.4875

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA8

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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011

Qualidade BB1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Técnico

Allan CelinCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A lichia (Litchi chinensis Sonn.) é uma planta que apresenta alternância de produ-ção de frutos. É comum que em um ano a produção seja abundante e no outro, insa-tisfatória. Esse fenômeno ainda não está completamente elucidado, mas as pesqui-sas já apontam para algumas das possí-veis causas, como o défi cit hídrico, tempe-raturas impróprias para a indução fl oral ou pegamento de frutos, incidência de pragas ou doenças, defi ciência mineral do solo, insolação, entre outras mais ou menos im-portantes.

Planta de clima subtropical e originá-ria da Ásia, a lichia necessita de períodos frios para uma boa frutifi cação. Uma boa safra exige outono e inverno frios, com pelo menos dez semanas a 15oC ou temperatu-ras inferiores, porém não inferiores a zero. Temperaturas acima de 20oC conservam a planta em crescimento vegetativo, limi-tando seu fl orescimento. Alguns relatos registram que temperaturas muito altas no fl orescimento alteram a proporção entre fl o-res masculinas e femininas, interferindo na polinização e na fi xação dos frutos.

Na primavera, período em que a já ocor-reu a polinização da maior parte das varie-dades, acontece a fase de fi xação dos fru-tos no ramo ou na panícula. O pegamento dos frutos, essencial a uma boa produção, está relacionado à temperatura e a níveis de insolação da estação. São necessárias temperaturas mais altas (20º a 25oC) e boa luminosidade para que o pegamento ocorra de modo satisfatório.

O fator limitante para um bom desenvol-vimento do fruto é a disponibilidade hídrica. Nesta fase, a ocorrência de chuvas é fun-damental para suprir a demanda hídrica da planta, que utiliza água para o enchimento dos frutos. Se faltar água nesta fase, é pro-vável que a fruta não atinja bom rendimento de polpa, podendo ocorrer também má for-mação ou até mesmo aborto. Neste caso, recomenda-se a irrigação do pomar.

Alternância de produção da lichia

Pragas, insolação e falta de minerais no solo explicam a alternância

CULTIVO

O estudo da qualidade da lichia para o de-senvolvimento de suas normas de classifi ca-ção na Ceagesp permitiu o registro de alguns problemas pós-colheita da fruta comercializa-da entre novembro de 2009 e o início deste ano. O seu relato tem o intuito de alertar o produtor para a próxima safra, no sentido de prevenir a ocorrência desses problemas que de forma e graus diferentes depreciam o pro-duto, prejudicando sua comercialização.

Logo no início da safra alguns lotes apre-sentaram frutos com sintomas de podridão, com forte odor próprio de fermentação alcoó-lica, inviabilizando o consumo da fruta. Essa podridão parece estar relacionada ao ataque de larvas, muito semelhantes às da mosca-das-frutas. Ao penetrar na fruta, a larva dei-xa um orifício circular na casca, que expõe a polpa a agentes microbiológicos nocivos. Ela se espalha nos frutos adjacentes, construindo novos orifícios, para alimentar-se da polpa da lichia. Todo o lote pode ser atacado pela larva – que nem sempre é facilmente percebida – e então contaminado por patógenos microbioló-gicos. O resultado acaba sendo o descarte do lote.

Todavia, a podridão sem ocorrência de pra-gas associadas parece ser incomum. A lichia possui um pericarpo resistente e a variedade Bengal, a mais comercializada no entreposto, parece ter pouca suscetibilidade a microra-chaduras, que também são responsáveis por facilitar a contaminação do fruto por agentes microbiológicos.

Rachaduras e danos mecânicos que ex-põem a polpa são problemas graves. Assim como as microrachaduras, permitem a conta-minação da polpa por agentes infecciosos e em estágios mais avançados, a deterioração do fruto. Frutos geminados não parecem in-fl uenciar as qualidades sensoriais gustativas da lichia, porém é certo que depreciam o lote, tornando-o menos desejado pelo comprador/consumidor. Ainda podem ocorrer frutos abor-tados, sem polpa.

Outro defeito muito indesejável no aspecto visual da lichia é aquele que assemelha-se a uma pequena verruga e suas causas ainda não estão claras. A fruta que apresenta esse defeito aparenta estar deformada e doente e quando a manifestação do sintoma é intensa, a lichia perde toda sua atratividade. O produ-tor deve verifi car se causas deste problema são passíveis de correção ou prevenção, pois deve-se evitá-lo a todo custo.

Foi observada a presença de inseto seme-lhante ao ácaro-branco em alguns frutos de li-chia e inicialmente julgamos que o crescimen-to branco fosse ataque de fungo.

As lichias são frutas tipicamente não cli-matérias, portanto o produtor não deve colher a fruta imatura. As análises feitas em labora-tório para acidez total, teor de sólidos solúveis (oBrix) e pH, mostraram que a lichia colhida imatura pode até apresentar alto valor de sóli-dos solúveis, mas os seu baixo pH e alta aci-dez total promovem uma forte sensação de ácido no paladar, ao mesmo tempo que pouco se percebe o doce. Quando a lichia está ma-dura, a acidez cai e o teor de sólidos solúveis se mantém, a polpa não está ácida e a sen-sação do doce é marcante. Na lichia madura a película interna que forma um tipo de contra casca não é notada e na lichia imatura ela é muito aparente quando se descasca a fruta.

O que se tem notado é que os produtores costumam colher a panícula quando a maioria dos frutos atinge a maturidade, porém perma-necem alguns frutos imaturos que prejudicam a homogeneidade de maturação do lote e con-sequentemente a satisfação do consumidor. A análise de um lote de um produtor que colhe fruto a fruto maduro, e não a panícula como um todo mostrou resultados muito superiores em todos os aspectos: pH, acidez total, Brix,

atratividade, coloração, tamanho, rendimento, entre outras. O lote também recebeu preço su-perior aos outros.

O abortamento de semente, também co-nhecido como semente atrofi ada ou língua-de-galinha, resulta no crescimento de um fruto que não foi fecundado, deformado. O rendi-mento da polpa, verifi cado em laboratório, é superior aos frutos que apresentam semen-tes normais e o sabor é semelhante. As se-mentes das lichias são atacadas por insetos semelhantes a brocas. Eles formam galerias nas sementes e permanecem ocultos ali até o término do ínstar, quando abandonam o fru-to. Apesar de não se alimentarem diretamente da polpa, suas fezes são lançadas para fora da semente e despejadas no arilo, afetando a comestibilidade do produto. Externamente, a presença da broca pode passar despercebida pelo comprador/consumidor.

Os atacadistas de lichia declararam que este ano o ácaro da erinose, que incide nas folhas da planta e ocasiona perdas de pro-dução teve grande infl uência na produção. O produtor deve fi car atento para evitar o apa-recimento deste inseto de difícil convivência, sem controle efi caz e que está provocando a erradicação de muitos pomares de lichia em plena idade de produção.

Registro de problemas pós-colheita da lichiaEstudo do CQH tem objetivo de prevenir o produtor para as próximas safras

Allan CelinCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Defeito muito indesejável no aspecto visual da lichia. Assemelha-se a uma pequena verruga

Contaminação do fruto por agentes microbiológicos

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB2

Beatriz Carolina Pimentel CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O desenvolvimento das normas de classificação de lichia, solicitado pelo professor da Universidade de Brasilia Osvaldo Ya-manishi e por um grupo de produtores ao CQH da Ceagesp, exige o estabele-cimento dos atributos res-ponsáveis pela valorização e pela desvalorização da lichia. A melhor fonte de informação são os ataca-distas que trabalham com o produto.

Em janeiro foram entre-vistados os 19 principais atacadistas de lichia, aque-les que receberam maior quantidade da fruta entre janeiro de 2009 e outubro de 2010. Os questionários aplicados foram estrutura-dos em questões abertas, que permitem maior liber-dade de resposta. Confira alguns resultados:

A maioria dos atacadis-tas considera a coloração vermelha viva como a ca-racterística mais importan-te na valorização da lichia. A coloração esverdeada é considerada um fator im-portante de desvaloriza-ção. A homogeneidade de coloração é considerada necessária e um atributo importante na valorização do fruto pela maioria dos entrevistados.

A importância dos de-feitos na desvalorização da lichia, por ordem de ocorrência, varia. Em pri-meiro lugar vem o escure-cimento, seguido por man-chas escuras localizadas, imaturidade, podridão e dano mecânico.

O escurecimento é con-siderado o atributo mais importante de desvalori-zação e deve ser um dos principais defeitos a serem esclarecidos e prevenidos na pós-colheita.

A embalagem é uma ferramenta de valorização da lichia. As frutas podem ser embaladas em cumbu-cas e a granel. A maioria dos atacadistas entrevis-tados considera que a utili-zação da cumbuca valoriza a lichia. O embalamento a granel é considerado por uma pequena parcela

Atributos de valoração da lichia segundo os atacadistas da CeagespColoração da fruta é considerada item mais importante na valorização

A evolução na comercialização de lichia na Ceagesp

Os dados de volume e distribuição mensal da ofer-ta da lichia entre as safras de 1999 a 2000 e a safra de 2009/2010 permitem retra-tar a evolução da comerciali-zação da lichia no entreposto

Os dados de volume entre as safras de 2003-2004 e 2009-2010 mostram a bianua-lidade típica da lichia brasileira ao longo das safras, com va-riação grande de oferta entre uma safra e outra.

A alternância na produção é explicada por especialistas pelas características genéti-

Evolução da oferta da lichia em toneladas, entre as safras de 1999-2000 e de 2009-2010

Evolução do volume de lichia em toneladas no mês de dezembro entre 2003 e 2009

A concentração da oferta em dezembro fica bem clara com o cálculo da participação do volume de dezembro em cada safra. A menor participa-ção foi na safra 2005-2006 (47%) e a maior na safra de 2006-2007 (67%).

Nos anos de maior volume a participação de dezembro é maior que nos meses de me-nor produção.

Beatriz Carolina PimentelAllan Celim CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

paulista da Ceagesp durante a última década.

A lichia (Litchi chinensis) é originária da China, uma fruta tropical e subtropical de alto valor comercial, cujo fruto de boa qualidade é caracterizado por casca de cor vermelha e polpa translúcida e doce.

A fruta entrou no Brasil por volta de 1810, pelo estado do Rio de Janeiro e hoje a sua produção está concentrada

no Estado de São Paulo, prin-cipalmente na região da Alta Paulista.

A colheita ocorre entre no-vembro e janeiro, atendendo a demanda trazida pelas fes-tas de final de ano.

A fruta é consumida prin-cipalmente in natura, mas também pode ser consumida enlatada ou desidratada. Den-tre os produtos processados estão sucos, vinhos, compo-

tas, sorvetes e iogurtes. Os registros de entrada

de lichia na Ceagesp pau-listana mostram entre a sa-fra de 1999-2000 e a safra de 2009-2010, um cresci-mento de quase nove ve-zes, de 319.025 quilos para 2.718.204 quilos.

O gráfico que ilustra este texto mostra a evolução men-sal da oferta de lichia, ao lon-go das últimas dez safras.

cas da Bengal, a principal va-riedade de lichia cultivada no Brasil - e a que apresenta alto índice de produtividade.

A oferta de lichia é concen-trada de novembro a janeiro, período que está sendo am-pliado com o crescimento do plantio em Minas Gerais e Pa-raná.

O mês de dezembro con-centra a maior oferta de lichia e apresenta alta bianaulidade nos primeiros anos, mostra em dezembro de 2008 e dezem-bro de 2009 um crescimento contínuo do volume ofertado, que pode ser explicado por um aumento na área de produção da fruta.

(14%) dos atacadistas um fator de desvalorização, em virtude da presença de ga-lhos e folhagens, que são contabilizados no peso do fruto. Entretanto, segun-do 36% dos atacadistas, a presença de galhos pre-serva a qualidade do fruto proporcionando maior con-servação. A embalagem a granel é destinada princi-palmente para feirantes e sacolões. A padronização do peso das cumbucas em 500 gramas é considerada como um item de grande importância pelos entre-vistados. A utilização de filme na cumbuca é citada por um quarto dos ataca-distas como um atributo importante de valorização da lichia. Segundo eles, o filme proporciona maior proteção e conservação de fruto, melhor apresen-tação visual e menores atritos mecânicos durante o transporte, já que nesta embalagem o deslocamen-to dos frutos é menor.

Somente um dos ata-cadistas considerou a do-çura como um dos fatores quem motivam a escolha da lichia. A maioria dos atacadistas considera que tamanho e uniformidade são determinantes na va-lorização da lichia: frutos graúdos e tamanho igua-lado.

Em resumo, a escolha em ordem de importân-cia dos atributos respon-sáveis pela valorização começa pela coloração uniforme (25%), coloração vermelha viva (19%), cum-buca (16%), frutos graúdos (14%), padronização de peso nas cumbucas (12%), embalagem a granel (7%), filme nas cumbucas (5%), doçura (1%).

A escolha em ordem de importância dos atributos responsáveis pela desva-lorização da lichia começa pelo escurecimento (38%), frutos esverdeados (19%), manchas escuras localiza-das (17%), embalagem a granel (7%), frutos imatu-ros (7%), presença de po-dridão (7%) e dano mecâ-nico (5%).

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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011 B3

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB6

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Os dados coletados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Ali-mentação) em 2008 mostram que o mundo produziu mais de 19 milhões de toneladas de abacaxi. O Brasil, primeiro produtor mundial, colheu na-quele ano 2,5 milhões de to-neladas, o que signifi ca 13% de tudo que foi produzido no mundo. O Brasil é seguido bem de perto pela Tailândia e Filipinas, cada um destes países asiáticos colheu apro-ximadamente 2,3 milhões de toneladas.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística), que contabiliza a produção em número de frutos e não em toneladas, registrou em 2008 a produção brasileira como 1,7 bilhão de frutos de abacaxi, o que signifi ca mais de oito abacaxis para cada brasileiro. O maior estado produtor é a Paraíba que co-lheu 345 milhões de frutos, seguido de Minas Gerais (265 milhões), Pará (261 milhões), Bahia (170 milhões), Ceará (100 milhões), Rio Grande do Norte (91 milhões) e São Pau-lo (70 milhões).

Os dados das notas fi s-cais recolhidas na portaria do ETSP (Entreposto Terminal São Paulo) da Ceagesp são a fonte de informação do SIEM (Sistema de Informação e Es-tatística) da SEDES (Seção de Economia e Desenvolvimen-to), que registrou em 2010 27,6 milhões de abacaxis ‘Pérola’ e 9,3 milhões de aba-caxis ‘Smooth Caynne’ que é popularmente conhecido como ‘Havaí’ ou ‘Havaiano’. Os números do ‘Pérola’ foram menores que os de 2009, quando foram vendidos 30,9 milhões de frutos, uma redu-ção de 7% no volume de um ano para o outro. O ‘Havaí’ teve um ligeiro crescimento de 5% no ano passado sobre a quantidade de 2009, ano em que foram comercializa-dos 8,8 milhões de frutos no entreposto paulistano.

A comercialização no ETSP corresponde a 10% ou 12% do total da produção brasi-leira. Se considerarmos os pesos médios dos abacaxis brasileiros levantados pelo extensionista da Emater pa-raibana, Leôncio da Costa Vilar, a comercialização no ETSP em 2010 equivaleu, em uma aproximação grosseira, a 43 mil toneladas de ‘Pérola’ e 22 mil toneladas de ‘Smooth Caynne’ ou ‘Havaí’.

No ano passado, 190 ata-cadistas do ETSP comerciali-zaram abacaxis, mas apenas dez foram responsáveis por mais de 50% do volume. A maior parte das cargas ainda chega a granel, com capim entre as camadas de frutos e cobertos por uma lona. A des-carga de abacaxi é das mais demoradas, o caminhão ocu-pa o espaço por várias horas e o capim descartado e os frutos amassados contribuem bastante para o total do lixo produzido no entreposto.

Dezessete unidades da fe-deração e mais de duzentos municípios enviaram abacaxis em 2010, mas poucos esta-dos e municípios foram res-ponsáveis pela maior parte do abastecimento.

Os principais estados fornecedores de ‘Pérola’ ao

ETSP foram o Pará, com 6,7 milhões de abacaxis o (24,2% do total), a Bahia com 4,8 milhões de frutos (17,2%), a Paraíba com 4,1 milhões (14,8%), o Tocantins com 3,5 milhões (12,7%), Mi-nas Gerais com 2,6 milhões (9,5%), o Rio de Janeiro com 2,1 milhões (7,7%) e o Rio Grande do Norte com 1,6 milhão (6% do total). Obser-vando os dados dos últimos quatro anos, constata-se que o Pará ultrapassou o Tocan-tins como principal origem do primeiro semestre. O motivo foi o avanço da fusariose, principal doença da cultura do abacaxi sobre as lavouras tocantinenses. No entanto, diversos estudos feitos pelo Centro de Qualidade em Hor-ticultura da Ceagesp mostram que no geral, a qualidade dos frutos tocantinenses é supe-rior a dos produzidos no Pará, principalmente quanto ao for-mato, são mais cilíndricos e apresentam menor ocorrên-cia de um distúrbio fi siológi-co conhecido como “mancha chocolate”, que são áreas aquosas e de cor de choco-late na polpa, o que permite uma colheita de frutos mais maduros no Tocantins. De maneira geral, os abacaxis do Pará são excessivamente cô-nicos e são colhidos imaturos para diminuir a ocorrência de distúrbios fi siológicos e para uma melhor resistência ao transporte a granel. Em tese, esta nova conjuntura poderá abrir novas oportunidades aos estados nordestinos que através do uso da irrigação podem esticar sua safra para o primeiro semestre do ano, o que já está acontecendo em pequena escala, sobretudo no Rio Grande do Norte. Tam-bém chama atenção o grande crescimento da Bahia e do

Rio de Janeiro na oferta de abacaxi Pérola do entreposto paulistano.

A oferta de abacaxi nos estados que fornecem ‘Pé-rola’ ao ETSP é concentrada em poucos municípios ou re-giões. No Pará os municípios de Floresta e Conceição do Araguaia são os dois fornece-dores. No Tocantins a maior parte das lavouras está ao redor de Miracema do Tocan-tins. A produção paraibana esta próxima ao município de Sapé e da região do litoral. Os abacaxis baianos chegam à maior parte de Itaberaba, os potiguares de municípios pró-ximos a Touros, os mineiros ao redor de Frutal e os fl umi-nenses da região de Campos dos Goytacazes.

A oferta durante o ano fl u-tua com a origem. No primei-ro semestre, principalmente a partir de fevereiro, há um grande domínio de dois es-tados da Região Norte, Pará e Tocantins. Na virada do pri-meiro para o segundo semes-tre é a região de Itaberaba na Bahia a principal fornecedora e de setembro em diante a maior força são os nordesti-nos Paraíba e Rio Grande do Norte e os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

O ‘Smooth Caynne’ possui duas origens principais, São Paulo com 64% do volume e Minas Gerais com 36%. Gua-raçaí, no extremo noroeste de São Paulo e seus municí-pios vizinhos Mirandópolis e Murutinga do Sul, no extremo noroeste de São Paulo são a principal origem dos abacaxis paulistas. Os frutos mineiros chegam da região de Caná-polis, no Triângulo Mineiro. Nos últimos anos tem sido constante a diminuição dos volumes do abacaxi havaiano no ETSP, todavia com ligeiro

Um retrato da produção e comercialização de abacaxiGabriel V. B. de AlmeidaCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

acréscimo em 2010. Embora essa variedade tenha a ca-pacidade de produzir frutos deliciosos e com ótimo equi-líbrio entre açúcares e acidez quando colhidos no verão, os frutos costumam ser muito ácidos no inverno. A equivo-cada prática de colher esses abacaxis no inverno para se aproveitar momentos de bons preços, acabou criando uma imagem muito negativa da variedade na mente dos con-sumidores que atualmente preferem o ‘Pérola’, que em-bora tenha menos açúcar que o ‘Smooth Caynne’, produz frutos de baixa acidez.

A busca pelo consumidor, que quer produtos saborosos está trazendo uma grande mudança na comercialização de abacaxis: o embalamento na origem, cujas vantagens são frutos que podem ser co-lhidos mais maduros e mais saborosos, porque não preci-sam resistir ao transporte a granel, a carga e a descarga são muito mais rápidas aju-dando a desafogar o tumultua-do entreposto de São Paulo e o produtor pode fi xar sua mar-ca na cabeça dos varejistas e consumidores fi nais. Numa estimativa, pode-se dizer que mais de 10% do abacaxi co-mercializado na Ceagesp já vem embalado na origem e as mudanças costumam ser rápidas, quando iniciadas no grande centro de frutas e hor-taliças.

A comercialização no entre-posto paulistano é um ótimo retrato da produção brasileira de abacaxi, pois ela concen-tra mais de 10% da produção brasileira, abriga uma grande diversidade de origens, aten-de a uma das populações mais exigentes do país e é aqui que as mudanças impor-tantes começam.

Excepcionalmente nesta edição não publicaremos a coluna do economista da Ceagesp, Flávio Godas.

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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011 B7

CÁ ENTRE NÓS

Manelão*Colunista

Em fevereiro as chuvas acompanhadas pelas tempes-tades de granizo dificultaram a vida da horticultura e os preços das folhosas subiram significativamente, acompa-nhadas pelo tomate.

Os bataticultores brasilei-ros também estão sofrendo, pois o preço de venda está aquém do custo de produção. Vamos consumir batatas: é bom e está barato!

A boa notícia é que a laran-ja, que teve seu território inva-dido pela cana-de-açúcar, vem reagindo, portanto é hora de plantar laranja!

****

A Associação Nossa Turma protocolou junto à Ceagesp a liberação do PBCF para a rea-lização da tradicional prova do circuito da Queima do Alho, que será realizada no dia 15 de maio.

Inclusive, já solicitamos à Anapa (Associação Nacional

dos Produtores de Alho) que reserve para o tempero o me-lhor alho roxo do mundo, que é o brasileiro.

****

No dia 28 de maio acon-tece a Ação Saúde na Nossa Turma em prol da comunida-de e de todos que trabalham neste grande mercado.

A organização será do Ro-tary Club Alto da Lapa, com apoio da UBS Lapa e de vo-luntários dos Correios, da Ceagesp e do Instituto da Criança. Vamos ter teatro, brincadeiras, cabeleireiros, palestras pertinentes à saú-de, ioga, ginástica laboral, além de um batalhão de médi-cos, enfermeiras e massote-rapeutas que prestarão aten-dimento à comunidade.

O evento, que terá partici-pação especial da Pastoral da Criança, terá sua cobertura jornalística feita pelo Jornal Entreposto e Jornal da Gente.

****A sede da Nossa Turma

está de forro novo, graças à colaboração de pessoas que acreditam no trabalho realiza-do pela entidade, como Ânge-la, uma jovem de Cartagena, na Colômbia. Ela candidatou-se a fazer um intercâmbio cultural no Brasil e escolheu a Nossa Turma para pôr em prática sua formação profis-sional, desenvolvendo uma mudança visual da nossa lo-gomarca baseada nas emba-lagens onde são comerciali-zadas os produtos hortícolas e nas cores das moradias do entorno do mercado. Ân-gela e a outra intercambista brasileira que foi para Índia, Mariana Malveira, criaram fer-ramentas para que possamos arrecadar mais recursos para nossa ONG. Elas levarão para a Colômbia e para a Índia a experiência que partilharam na Nossa Turma. Que o Es-pírito Santo de Deus ilumine seus caminhos!

É hora de mudança

Formada em comunicação social pela Universidade Tec-nológica de Bolívar, a colom-biana Angela Ramirez esco-lheu o Brasil para aprimorar sua fluência em português e conhecer mais sobre a impor-tância do terceiro setor.

A voluntária, que antes tra-balhava numa multinacional, veio ao país por intermédio da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e, junto com a estudante brasi-leira Mariana Malveira, ajudou a desenvolver a nova identi-dade visual da Associação de Apoio à Infância e Adolescên-cia Nossa Turma, organiza-ção não-governamental que atende mais de 500 crianças e adolescentes em situação de risco social.

Natural de Cartagena, ci-

Voluntariado sem fronteiras

dade da costa caribenha da Colômbia, Ramirez e outros colegas implantaram um pro-jeto de comunicação interna e externa para a entidade se-diada no entreposto de São Paulo. A iniciativa resultou em uma nova logomarca baseada nos “personagens da turma” e nas estruturas das caixas e das comunidades da região

da Ceagesp. “Ao longo desses meses,

aprendi mais sobre a impor-tância do terceiro setor e o trabalho voltado ao bem-es-tar das crianças”, conta. Em abril, a jovem de 23 anos re-torna ao seu país. “Vou levar essa experiência e dissemi-ná-la entre as ONGs colom-bianas”, afirma.

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB8

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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011

Ceasas Brasil CC1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Notícias

A Ceasa Paraná promete revitalizar os trabalhos no entreposto de Umuara-ma, na Região Noroeste do estado, e para isso um protocolo de cooperação técnica será encaminhado ainda este mês para a prefeitura da cidade pre-vendo a parceria entre a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento e outras instituições da região.

“Temos um potencial de produção de hortigranjeiros muito grande na Região Noroeste do estado. Nossa intenção com esse novo termo de cooperação é aproveitar o interesse dos municípios da Região da Amerios (Associação dos Mu-nicípios de Entre Rios), nos auxiliando a incrementar ainda mais os trabalhos da unidade da Ceasa de Umuarama”, disse o presidente da Ceasa Paraná, Luiz Dâmaso Gusi, durante a reunião com Antônio Carlos Fávaro, secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo de Umuarama.

“A unidade é estratégica não só para a cidade, mas também para todos os 32 municípios que integram a Amerios. Estamos organizando o setor em toda a região para que aproveitem melhor a estrutura física da Ceasa de Maringá. A comercialização da produção de horti-granjeiros da região ganha um importan-te aliado neste processo”, diz Fávaro. Ele estima que existam hoje cerca de 300 produtores de hortigranjeiros em Umuarama, e outros 2.700 nos demais municípios que integram a Amerios.

Segundo o diretor da secretaria municipal de abastecimento, Claúdio Marconi, a fruticultura é um dos pontos fortes da produção local. “O clima quen-te, e a qualidade do solo na região fa-vorecem principalmente a produção de frutas, como citros, abacaxi, melancia, uva rústica, além de verduras”, diz.

Para o diretor técnico da Ceasa, Va-lério Borba, “a participação integrada dos órgãos ligados tanto na agricultura municipal, como do Estado, darão maior visibilidade ao produtor da Região Noro-este”. “Estamos estimulando o cultivo e também o beneficiamento da produção local. Ajudamos a escoar os hortigran-jeiros da região, incentivamos o agricul-tor que passará a ter ganhos melhores e garantias de comercialização, como também na segurança alimentar da po-pulação, além de criação de mais em-pregos”, completa.

Ceasa PR busca novas parcerias para entreposto de Umuarama

Os hortigranjeiros comercializados no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas ficaram, em média, 6,5% mais caros em janeiro na compa-ração com dezembro. O grupo das horta-liças, formado por verduras e legumes, foi o destaque da alta, com elevação de 26,4%, em decorrência principalmente das chuvas do início do ano e da entres-safra de alguns produtos. Já as frutas apresentaram redução de 2,9% no pre-ço médio. Já os ovos ficaram com preço médio 1,6% menor no atacado.

Segundo o chefe da Seção de Infor-mações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a previsão é de que boa parte dos produtos conti-nue afetada pelas chuvas até abril. As hortaliças que mais contribuíram para o aumento foram a alface (93,8%), couve-flor (80,8%), abobrinha italiana (78,6%), berinjela (67,6%), beterraba (50%), ce-noura (57,4%), mandioca (34,2%) e cou-ve (21,4%). Também foram destaques o chuchu, que passou de R$ 0,23/kg para R$ 0,79kg no atacado, e o tomate, de R$ 0,53/kg para R$ 1,07/kg.

Mesmo com várias altas, o consu-midor ainda pode encontrar hortaliças com preços mais acessíveis nesta épo-ca, como é o caso da batata, cebola, moranga híbrida, repolho híbrido e milho verde.

Hortigranjeiros fecham janeiro com alta de 6,5% na CeasaMinas

Produtores rurais dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro prejudicados pelas fortes chuvas e avalanches de terra ocorridas em ja-neiro não precisarão pagar aluguel para vender seus produtos na Ceasa do estado, localizada em Irajá, su-búrbio da capital fluminense. A me-dida vale para o mês de fevereiro, mas pode ser estendida.

“Eles [produtores] são identifica-dos caso a caso para não haver fa-vorecimento. A produção rural varia de área para área. Vai depender da safra e do que ele leva para lá. Iden-tificamos os locais atingidos e a par-tir daí concedemos isenções”, disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto.

A Ceasa ainda não contabilizou o número de produtores que rece-berão isenção. Uma lista preliminar indica que pelo menos 21 teriam di-reito ao benefício. Com isso, os dia-ristas poderiam economizar R$ 12 e os mensalistas, R$ 44.

Além de produtores dos sete mu-nicípios que decretaram estado de calamidade, acrescentou Peixoto, o governo estuda ampliar a isenção para produtores de áreas vizinhas, que plantavam em várzeas de rios arrasadas pela enxurrada de janei-ro. Com o fechamento dos dados obtidos pela Empresa de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural (Ema-ter-RJ) e o cruzamento com informa-ções sobre seguros, Peixoto avaliará a necessita de estender a isenção a essas localidade e não descarta am-pliar o benefício por mais um mês.

A Associação de Produtores de

Ceasa do RJ isentará de aluguel agricultores prejudicados por enxurradas

Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio (Apherj) acredita que a economia com os aluguéis de bancas, mes-mo sendo pequena, pode aliviar os gastos de agricultores que perderam boa parte da produção ou que terão dificuldade para replantar.

Segundo o presidente de Apherj,

Delcy Resende da Silva, o período mais difícil já passou, mas a produ-ção ainda não foi normalizada por problemas no fornecimento de ener-gia elétrica, prejudicado com a que-da de postes e falhas na rede.

“À beira do Rio Grande, onde a enchente passou, não sobrou nada.

Agência Brasil

Vão ter que começar a preparar o solo para depois plantar. No alto, o que mais atrapalhou e que pode se refletir em março, foi a energia, porque não tendo água, não se molha [as plantas] e se não molha, morrem”, disse Silva.

Central ainda não sabe número de produtores que serão isentos

Os preços no atacado na Cea-gesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) dos setores de verduras e legumes apre-sentaram aumentos significativos no mês de janeiro devido às chuvas ocorridas em praticamente todas as regiões produtoras da região sudes-te, prejudicando a produção. “Alguns legumes e, principalmente, as verdu-ras, computaram retração da quan-tidade ofertada, perda de qualidade e elevação dos preços praticados” analisa o economista Flávio Godas. Em janeiro, o Índice Ceagesp teve alta de 4,45% e, nos últimos 12 me-ses, a elevação foi de 2,05%.

O balizador de preços só não subiu mais porque o setor de fru-tas - principal item da cesta de 105 produtos frescos - apresentou retra-ção de 2,06%. As principais quedas foram do limão (-46,65%), do abaca-te (-39,36%) e do mamão formosa

(-17,51%). As altas foram do melão (14,4%), da uva Itália (16,06%), e da laranja lima (32,28%). Outro setor a apresentar queda dos preços foi o de Diversos (2,35%). As baixas foram da batata comum (-5,93%), da ce-bola nacional (-9,13%) e dos ovos (-2,19%). Apenas o amendoim (4,33%) registrou alta no setor.

Com a maior elevação dos preços no mês, o setor de verduras apre-sentou alta de 52,89%. Os principais aumentos foram do coentro (167%), da couve-flor (71,8%) e do brócolis (60,8%). Somente o milho verde (-10,03%) registrou recuo de preços no setor. O setor de legumes também teve aumento expressivo de 19,20%. As principais altas foram do chuchu (91,95%), da berinjela (66,10%) e da vagem (26,82%). As quedas foram do quiabo (-25,5%), da mandioquinha (-17,08%) e da abóbora japonesa (-13,19%). O setor de pescado teve

elevação de 3,05%. As principais al-tas foram do polvo (87,5%), do atum (41,69%) e da anchova (11,11%), as quedas ficaram com o robalo (-22%), camarão ferro (-11,9%) e Sal-mão (-8,68%). Os meses de verão têm como características o excesso de chuvas e as altas temperaturas, o que é bastante prejudicial para a produção de hortaliças. “Historica-mente, os preços apresentam fortes oscilações em janeiro e fevereiro e, somente na segunda quinzena de março iniciam processo de retorno aos patamares habituais”, afirma Go-das. Em razão do retorno das férias, há ainda o crescimento da demanda por alimentos mais leves e saudá-veis, o que deve impulsionar a procu-ra por produtos frescos. “Esse fator merece destaque, pois a tendência para o mês de fevereiro é de que os preços mantenham-se em patamares elevados”, prevê o economista.

Índice Ceagesp registra alta de 4,45% em janeiro

Limão

Couve-flor71,8%

Batata Comum

-5,93%

-46,65%

AUMENTOS

Page 16: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2011

Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOC2 C3

O Congresso Nacional começa o ano tendo entre os projetos de lei para debate e vota-ção do projeto de lei que prevê a criação do Planhort (Plano Nacional de Abastecimento de Hortigranjeiros). O projeto de lei foi apresenta-do à Câmara dos Deputados no dia 14 de de-zembro pelo deputado Silas Brasileiro (PMDB/MG), após um processo de elaboração do tex-to que envolveu representantes do governo federal, dirigentes e usuários das centrais de abastecimento do país.

“Este Plano foi debatido por projeto de lei inspirou-se em anteprojeto resultante de di-retrizes básicas elaboradas e discutidas por uma comissão interdisciplinar, que contou com representantes do setor de entrepostos públicos de abastecimento. Dada a importân-cia da matéria para a revitalização dos entre-postos públicos de abastecimento no Brasil, esperamos que a aprovação do projeto de lei contemple os objetivos propostos”, enfatizou o autor do projeto.

Objetivos

O Planhort tem a fi nalidade de promover o desenvolvimento integrado da produção, comercialização e consumo de hortaliças, fru-tas, fl ores, plantas ornamentais e medicinais, produtos alimentícios naturais e perecíveis,

pescados e víveres. Entre os objetivos também está a promo-

ção do desenvolvimento e a difusão de técni-cas e boas práticas de produção, transporte, embalagem, armazenagem e comercialização dos produtos naturais.

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Transporte

Com uma linha de crédito de US$ 640 milhões, destinada, principal-mente, à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por produ-tores familiares, o Mais Alimentos África promete abrir novos mercados para a indústria nacional. “É uma oportunidade que se abre para nós, além de incrementar as exportações de produtos nacionais com valor agregado”, afi rmou o vice-presiden-

te da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores), Mário Fioretti. Segundo ele, as fábricas brasileiras já exportam para a África, mas, agora, com um programa específi co, a ideia é repe-tir o sucesso que o Mais Alimentos tem no Brasil. “Desde que o progra-ma [Mais Alimentos] foi criado, em 2008, já vendemos 40 mil tratores e 1.700 caminhões”, afi rmou.

Dois meses depois da criação do Programa Mais Alimentos África, o primeiro país a mostrar interesse em aderir ao projeto do governo foi Gana. No Mais Alimentos, o governo federal fi nancia a compra de trato-res de baixa potência, de até 75 ca-valos, para agricultores familiares, com um longo período para pagar. O programa oferece prazo de carência

e baixas taxas de juros. Por meio dessa linha de crédito, os fabrican-tes vendem os veículos por um pre-ço menor do que o habitual.

“O Brasil está passando seu co-nhecimento em cooperações técni-cas e, por meio do Mais Alimentos, abrindo um mercado que pode ser muito promissor”, afi rmou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, disse que o maior interesse por parte dos ga-nenses é a aquisição de equipamen-tos de irrigação e tratores desenvol-vidos para agricultores familiares. O repasse dos recursos se dará de governo para governo, com critérios semelhantes aos que são colocados para os produtores brasileiros, como taxas de juros mais baixas e prazo de carência para pagamento.

Projeto promete abrir mercado para indústria nacional de máquinas agrícolas

Agência Brasil

Fabricantes esperam repetir na África sucesso alcançado no Brasil

Fabricante de caminhões, chassis de ônibus, equipamentos de construção, motores a diesel e cabines, a Volvo está expandindo suas operações na América Lati-na. No início do mês, a empresa anunciou investimentos de R$ 25 milhões para fabricar no Brasil as caixas de câmbio eletrônicas e o motor 11 litros de seus cami-nhões, e de R$ 50 milhões para construir um novo centro de lo-gística de peças de reposição. As caixas de câmbio são atualmente importadas de uma das fábricas da Volvo na Suécia. O novo centro será erguido dentro do complexo industrial da montadora, localiza-do em Curitiba (PR).

“O Brasil sempre foi um merca-do muito importante para o Grupo Volvo, que vem constantemente investindo desde que a empresa se instalou aqui, no fi nal dos anos 70. O país é a base para nossas operações em toda a América Lati-na”, declara Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil. No último ano, a empresa comercializou 18,3 mil caminhões pesados e semipe-sados no Brasil e demais países da América Latina. Atualmente, o Brasil é o principal mercado de ca-minhões da marca em todo o mun-do, com o maior volume de vendas nos últimos dois anos.

Caixas de câmbio

Quando foi lançada, em 2006, junto com a inha “F” de caminhões, a I-Shift representava menos de 3% das vendas de veículos desta categoria. A partir daí, iniciou uma trajetória de crescimento e no ano passado atingiu 60% das vendas. “A caixa I-Shift tem tido uma fan-tástica aceitação no Brasil e nos demais países da América do Sul. Ela já equipa 60% dos caminhões da linha “F” que saem da linha de montagem”, declara Nilton Roeder, responsável pela Volvo Powertrain na América do Sul. O restante são caixas de câmbio convencionais.

Segundo o gerente de plane-jamento estratégico da Volvo do Brasil, Sérgio Gomes, caminhões equipados com esta caixa de câm-bio contribuem para reduzir o cus-to operacional do transportador. “Há uma substancial diminuição do consumo de combustível. Esta economia pode ser de 3% a 5% em relação à veículos equipados com caixa de câmbio manuais”, afi rma Gomes. A caixa de câmbio eletrônica não tem pedal de em-breagem e o motorista só usa os pedais de aceleração e de freio. O condutor também não precisa fa-zer esforço e não se preocupa em trocar marchas. No modo automá-tico, por exemplo, é só acelerar e frear, pois tudo é feito de forma eletrônica.

Volvo expande suas operações no Brasil

MONTADORA

Roger Alm, presidente da Volvo do Brasi

O consumo aparente de com-bustíveis no mercado brasileiro foi 117,936 bilhões de litros em 2010, o que representa um au-mento de 8,4% em relação aos 108,787 bilhões de litros referen-tes a 2009. Os dados foram divul-gados no dia 15 de fevereiro no VI Seminário de Avaliação do Mer-cado de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da ANP, realizado no escritório central da agência, no Rio de Janeiro. Durante o even-to também fora apresentados os destaques da ANP na regulação do mercado brasileiro de combus-tíveis em 2010.

Os números mostram que o crescimento do consumo apa-rente, que havia sido de 2,7% na comparação entre 2008 e 2009, votou ao patamar do período 2007/2008, quando houve au-mento de 8,4%.

O consumo de gasolina C foi de 29,844 bilhões de litros, um aumento de 17,5% sobre 2009. Já o consumo de etanol hidratado foi de 15,074 milhões de litros em 2010, o que representa queda de 8,5% em relação ao ano anterior. Também foi constatado aumen-to no consumo de gasolina A em 2010 sobre 2009, de 19,4%. Já o etanol anidro (adicionado à gasoli-na A para preparação da gasolina C vendida nos postos) teve cresci-mento de 11,6%. No etanol total (anidro + hidratado) houve queda de 2,9%.

Segundo os dados divulgados pela ANP, o consumo de biodiesel cresceu 58,8%, de 1,527 bilhões de litros em 2009 para 2,425 bi-lhões de litros em 2010 e o con-sumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentou 3,7%, de 12,113 bilhões de litros para 12,558 bi-lhões de litros na comparação en-tre os dois períodos. Houve queda de 2% no óleo combustível, com uma redução de 5 bilhões de litros para 4,9 bilhões de litros. O con-sumo de GNV caiu 4,8%, de 5,7 milhões de metros cúbicos dia para 5,4 milhões de metros cúbi-cos/dia.

Consumo de combustíveis no Brasil cresceu 8,4%

Investimentos incluem construção de um novo centro logístico

ECONOMIA

Número voltou ao patamar de 2008

De acordo com balanço da Se-cretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente divulgado no último dia 16, mais de três milhões de ve-ículos passaram pela inspeção vei-cular ambiental em 2010 na capital paulista. No total, foram realizadas 3.063.482 inspeções.

Considerando-se a frota da cida-de, estimada em 4.704.407 veícu-los pela prefeitura no ano passado, o programa atingiu 65,1% dela. Os automóveis foram os veículos com

maior adesão, 68,3% passaram pela inspeção e 96,4% deles foram aprovados. No caso dos caminhões a adesão foi de 49,1%, enquanto a aprovação foi de 85,2%.

Procedimentos

Quem não fez a inspeção no ano passado deve pagar uma tarifa de R$ 46,40 para fazer o desbloqueio do processo, além da taxa da inspe-ção, que em 2011 é de R$ 61,98.

Inspeção veicular em SP atingiu mais de 3 milhões de veículos

Para fazer isso, basta acessar o site da Controlar, empresa que realiza a inspeção, e emitir as duas guias. Apenas após o pagamento delas será possível fazer o agendamento.

Circular com o veículo sem ter feito a inspeção veicular pode gerar multa de R$ 550, além do bloqueio do licenciamento.

Os motoristas que tiverem seu veículo reprovado têm um prazo de 30 dias para reagendar a inspeção sem a cobrança de uma nova taxa.

A produção das montadoras instaladas no país caiu 9,1% em janeiro ante dezembro, com 261,7 mil veículos produzidos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 6,4%. Os dados foram divulgados no início do mês pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores).

As vendas ao mercado inter-no também caíram em compara-ção a dezembro, com retração de 35,8%, totalizando 244,8 mil uni-dades. No entanto, sobre janeiro de 2010, os licenciamentos au-mentaram 14,8%.

As exportações tiveram recuo de 17,2% em relação a dezem-bro, com US$ 886,3 milhões. Já em unidades houve um cresci-mento de 5,8%, com a comercia-lização passando de 50.672 mil para 53.607 mil. Sobre janeiro do ano passado, houve cresci-mento de 10,7%. O volume fi nan-ceiro exportado foi 18,2% maior do que em janeiro de 2010. A base de trabalhadores cresceu 0,9% entre dezembro (136.124) e janeiro (137.291). Sobre janei-ro do ano passado, foi registrado acréscimo de 8,8%.

Produção de veículos no país caiu 9,1%

JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011

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Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOC2 C3

O Congresso Nacional começa o ano tendo entre os projetos de lei para debate e vota-ção do projeto de lei que prevê a criação do Planhort (Plano Nacional de Abastecimento de Hortigranjeiros). O projeto de lei foi apresenta-do à Câmara dos Deputados no dia 14 de de-zembro pelo deputado Silas Brasileiro (PMDB/MG), após um processo de elaboração do tex-to que envolveu representantes do governo federal, dirigentes e usuários das centrais de abastecimento do país.

“Este Plano foi debatido por projeto de lei inspirou-se em anteprojeto resultante de di-retrizes básicas elaboradas e discutidas por uma comissão interdisciplinar, que contou com representantes do setor de entrepostos públicos de abastecimento. Dada a importân-cia da matéria para a revitalização dos entre-postos públicos de abastecimento no Brasil, esperamos que a aprovação do projeto de lei contemple os objetivos propostos”, enfatizou o autor do projeto.

Objetivos

O Planhort tem a fi nalidade de promover o desenvolvimento integrado da produção, comercialização e consumo de hortaliças, fru-tas, fl ores, plantas ornamentais e medicinais, produtos alimentícios naturais e perecíveis,

pescados e víveres. Entre os objetivos também está a promo-

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BNDES - PSI: Financiamento na modalidade FINAME /FINAME LEASING para micro, pequenas, médias e grandes empresas de capital nacional. Taxa de 0,64% a.m., sendo 8% a.a., pré-� xado sem entrada, para micro, pequenas e médias empresase 20% de entrada para grandes empresas na modalidade Finame com carência de 3 ou 6 meses e com 20% de entrada para micro, pequenas, médias e grandes empresas no Finame Leasing sem carência, ambos para planos de até 72 meses.BNDES - PROCAMINHONEIRO: Financiamento na modalidade FINAME/FINAME LEASING para pessoas físicas, empresários individuais e microempresas do segmento de transporte rodoviário de carga. Taxa de 0,37% a.m., sendo 4,5% a.a., pré-� xadona modalidade Finame com 10% de entrada e carência de 3 ou 6 meses e com 20% de entrada na modalidade Finame Leasing sem carência, ambos para planos de até 72 meses. O plano FINAME é � nanciado com recursos do BNDES, de acordocom a legislação e Circular n.º 195/2006 do BNDES e cláusulas contratuais. O Programa BNDES-PSI para Finame e Finame Leasing está previsto conforme Circular nº 079/2009 do BNDES e cláusulas contratuais, com vigência de 27/07/2009 a31/03/2011. O Programa BNDES-PROCAMINHONEIRO para Finame e Finame Leasing está previsto conforme Circular nº 080/2009 do BNDES e cláusulas contratuais, com vigência de 27/07/2009 a 31/03/2011. As condições estão sujeitas a alterações por atos de autoridade monetária, BACEN e BNDES. Sujeito a aprovação de crédito. Para outras modalidades de � nanciamento e demais informações, consulte um Distribuidor de Caminhões Ford. Plano válido para toda a linha de Caminhões Ford. Imagens somente para � ns ilustrativos.

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Transporte

Com uma linha de crédito de US$ 640 milhões, destinada, principal-mente, à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por produ-tores familiares, o Mais Alimentos África promete abrir novos mercados para a indústria nacional. “É uma oportunidade que se abre para nós, além de incrementar as exportações de produtos nacionais com valor agregado”, afi rmou o vice-presiden-

te da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores), Mário Fioretti. Segundo ele, as fábricas brasileiras já exportam para a África, mas, agora, com um programa específi co, a ideia é repe-tir o sucesso que o Mais Alimentos tem no Brasil. “Desde que o progra-ma [Mais Alimentos] foi criado, em 2008, já vendemos 40 mil tratores e 1.700 caminhões”, afi rmou.

Dois meses depois da criação do Programa Mais Alimentos África, o primeiro país a mostrar interesse em aderir ao projeto do governo foi Gana. No Mais Alimentos, o governo federal fi nancia a compra de trato-res de baixa potência, de até 75 ca-valos, para agricultores familiares, com um longo período para pagar. O programa oferece prazo de carência

e baixas taxas de juros. Por meio dessa linha de crédito, os fabrican-tes vendem os veículos por um pre-ço menor do que o habitual.

“O Brasil está passando seu co-nhecimento em cooperações técni-cas e, por meio do Mais Alimentos, abrindo um mercado que pode ser muito promissor”, afi rmou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, disse que o maior interesse por parte dos ga-nenses é a aquisição de equipamen-tos de irrigação e tratores desenvol-vidos para agricultores familiares. O repasse dos recursos se dará de governo para governo, com critérios semelhantes aos que são colocados para os produtores brasileiros, como taxas de juros mais baixas e prazo de carência para pagamento.

Projeto promete abrir mercado para indústria nacional de máquinas agrícolas

Agência Brasil

Fabricantes esperam repetir na África sucesso alcançado no Brasil

Fabricante de caminhões, chassis de ônibus, equipamentos de construção, motores a diesel e cabines, a Volvo está expandindo suas operações na América Lati-na. No início do mês, a empresa anunciou investimentos de R$ 25 milhões para fabricar no Brasil as caixas de câmbio eletrônicas e o motor 11 litros de seus cami-nhões, e de R$ 50 milhões para construir um novo centro de lo-gística de peças de reposição. As caixas de câmbio são atualmente importadas de uma das fábricas da Volvo na Suécia. O novo centro será erguido dentro do complexo industrial da montadora, localiza-do em Curitiba (PR).

“O Brasil sempre foi um merca-do muito importante para o Grupo Volvo, que vem constantemente investindo desde que a empresa se instalou aqui, no fi nal dos anos 70. O país é a base para nossas operações em toda a América Lati-na”, declara Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil. No último ano, a empresa comercializou 18,3 mil caminhões pesados e semipe-sados no Brasil e demais países da América Latina. Atualmente, o Brasil é o principal mercado de ca-minhões da marca em todo o mun-do, com o maior volume de vendas nos últimos dois anos.

Caixas de câmbio

Quando foi lançada, em 2006, junto com a inha “F” de caminhões, a I-Shift representava menos de 3% das vendas de veículos desta categoria. A partir daí, iniciou uma trajetória de crescimento e no ano passado atingiu 60% das vendas. “A caixa I-Shift tem tido uma fan-tástica aceitação no Brasil e nos demais países da América do Sul. Ela já equipa 60% dos caminhões da linha “F” que saem da linha de montagem”, declara Nilton Roeder, responsável pela Volvo Powertrain na América do Sul. O restante são caixas de câmbio convencionais.

Segundo o gerente de plane-jamento estratégico da Volvo do Brasil, Sérgio Gomes, caminhões equipados com esta caixa de câm-bio contribuem para reduzir o cus-to operacional do transportador. “Há uma substancial diminuição do consumo de combustível. Esta economia pode ser de 3% a 5% em relação à veículos equipados com caixa de câmbio manuais”, afi rma Gomes. A caixa de câmbio eletrônica não tem pedal de em-breagem e o motorista só usa os pedais de aceleração e de freio. O condutor também não precisa fa-zer esforço e não se preocupa em trocar marchas. No modo automá-tico, por exemplo, é só acelerar e frear, pois tudo é feito de forma eletrônica.

Volvo expande suas operações no Brasil

MONTADORA

Roger Alm, presidente da Volvo do Brasi

O consumo aparente de com-bustíveis no mercado brasileiro foi 117,936 bilhões de litros em 2010, o que representa um au-mento de 8,4% em relação aos 108,787 bilhões de litros referen-tes a 2009. Os dados foram divul-gados no dia 15 de fevereiro no VI Seminário de Avaliação do Mer-cado de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da ANP, realizado no escritório central da agência, no Rio de Janeiro. Durante o even-to também fora apresentados os destaques da ANP na regulação do mercado brasileiro de combus-tíveis em 2010.

Os números mostram que o crescimento do consumo apa-rente, que havia sido de 2,7% na comparação entre 2008 e 2009, votou ao patamar do período 2007/2008, quando houve au-mento de 8,4%.

O consumo de gasolina C foi de 29,844 bilhões de litros, um aumento de 17,5% sobre 2009. Já o consumo de etanol hidratado foi de 15,074 milhões de litros em 2010, o que representa queda de 8,5% em relação ao ano anterior. Também foi constatado aumen-to no consumo de gasolina A em 2010 sobre 2009, de 19,4%. Já o etanol anidro (adicionado à gasoli-na A para preparação da gasolina C vendida nos postos) teve cresci-mento de 11,6%. No etanol total (anidro + hidratado) houve queda de 2,9%.

Segundo os dados divulgados pela ANP, o consumo de biodiesel cresceu 58,8%, de 1,527 bilhões de litros em 2009 para 2,425 bi-lhões de litros em 2010 e o con-sumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentou 3,7%, de 12,113 bilhões de litros para 12,558 bi-lhões de litros na comparação en-tre os dois períodos. Houve queda de 2% no óleo combustível, com uma redução de 5 bilhões de litros para 4,9 bilhões de litros. O con-sumo de GNV caiu 4,8%, de 5,7 milhões de metros cúbicos dia para 5,4 milhões de metros cúbi-cos/dia.

Consumo de combustíveis no Brasil cresceu 8,4%

Investimentos incluem construção de um novo centro logístico

ECONOMIA

Número voltou ao patamar de 2008

De acordo com balanço da Se-cretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente divulgado no último dia 16, mais de três milhões de ve-ículos passaram pela inspeção vei-cular ambiental em 2010 na capital paulista. No total, foram realizadas 3.063.482 inspeções.

Considerando-se a frota da cida-de, estimada em 4.704.407 veícu-los pela prefeitura no ano passado, o programa atingiu 65,1% dela. Os automóveis foram os veículos com

maior adesão, 68,3% passaram pela inspeção e 96,4% deles foram aprovados. No caso dos caminhões a adesão foi de 49,1%, enquanto a aprovação foi de 85,2%.

Procedimentos

Quem não fez a inspeção no ano passado deve pagar uma tarifa de R$ 46,40 para fazer o desbloqueio do processo, além da taxa da inspe-ção, que em 2011 é de R$ 61,98.

Inspeção veicular em SP atingiu mais de 3 milhões de veículos

Para fazer isso, basta acessar o site da Controlar, empresa que realiza a inspeção, e emitir as duas guias. Apenas após o pagamento delas será possível fazer o agendamento.

Circular com o veículo sem ter feito a inspeção veicular pode gerar multa de R$ 550, além do bloqueio do licenciamento.

Os motoristas que tiverem seu veículo reprovado têm um prazo de 30 dias para reagendar a inspeção sem a cobrança de uma nova taxa.

A produção das montadoras instaladas no país caiu 9,1% em janeiro ante dezembro, com 261,7 mil veículos produzidos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 6,4%. Os dados foram divulgados no início do mês pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores).

As vendas ao mercado inter-no também caíram em compara-ção a dezembro, com retração de 35,8%, totalizando 244,8 mil uni-dades. No entanto, sobre janeiro de 2010, os licenciamentos au-mentaram 14,8%.

As exportações tiveram recuo de 17,2% em relação a dezem-bro, com US$ 886,3 milhões. Já em unidades houve um cresci-mento de 5,8%, com a comercia-lização passando de 50.672 mil para 53.607 mil. Sobre janeiro do ano passado, houve cresci-mento de 10,7%. O volume fi nan-ceiro exportado foi 18,2% maior do que em janeiro de 2010. A base de trabalhadores cresceu 0,9% entre dezembro (136.124) e janeiro (137.291). Sobre janei-ro do ano passado, foi registrado acréscimo de 8,8%.

Produção de veículos no país caiu 9,1%

JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2011

Page 18: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2011

Fevereiro 2011 l JORNAL ENTREPOSTOC4

Meio Ambiente

O plantio de florestas co-merciais é uma atividade que pode contribuir para o aumen-to da renda do agricultor e a sustentabilidade. Ao optar pelo cultivo de pinus ou euca-lipto, o produtor tem a oportu-nidade de atender à crescente demanda dos setores madei-reiro, moveleiro, energético e de celulose, contribui para o desenvolvimento sustentável da agricultura. O Ministério da Agricultura concede cré-dito ao produtor interessado no plantio de florestas co-merciais - a principal linha de financiamento que atende ao setor conta com recursos de R$ 150 milhões nesta safra. “O agricultor poderá produzir floresta comercial de forma direta ou integrada a outros sistemas de produção sus-tentáveis. Dessa forma, pode-rá utilizar as linhas de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC)”, desta-ca o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Ministério da Agricultura, Elvison Ramos.

O Programa ABC, que dis-põe de R$ 2 bilhões, é uma das principais ações adota-das pelo Ministério da Agricul-tura para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O governo oferece financiamen-

Plantio de florestas pode aumentar renda de produtores rurais

to a produtores rurais e pro-move estudos por meio da Embrapa. Além disso, capaci-ta profissionais para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixa-ção biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e Integração La-voura-Pecuária-Floresta (ILPF). Todas essas técnicas contri-buem para a conservação das áreas de produção.

A intenção do governo com o programa é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hecta-res. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 equivalen-tes, no período de dez anos.

Os produtores do setor de florestas comerciais também podem contar com o Progra-ma de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa).

Nesta safra, o Produsa dispõe de R$ 1 bilhão e fi-nancia a implementação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A técnica é uma das vertentes da chamada “agri-cultura verde”, que alia au-mento da produtividade na fa-zenda e conservação do meio ambiente. O sistema combina

atividades agrícolas realiza-das com base no plantio di-reto na palha, promovendo a recuperação de pastagens em degradação.

A silvicultura (atividade li-gada à implantação e regene-

ração de florestas) no Brasil desenvolveu bases tecnológi-cas nos últimos 50 anos, com material genético de qualida-de e garantia de produtivida-de. Os investimentos aplica-dos tornaram a atividade uma

das mais produtivas do país, com destaque na balança co-mercial do agronegócio.

Os produtos florestais fo-ram responsáveis, no ano passado, por 12% das expor-tações do setor, com US$ 9,3

bilhões, o que representa o crescimento de 20% em rela-ção a 2009.

Em 2010, a utilização da madeira para lenha e carvão foi de quase 30 milhões de toneladas, equivalente a 12% da oferta de energia prove-niente da biomassa florestal. O consumo anual de carvão vegetal nas indústrias de aço e de outras ligas metálicas, de baixo custo de produção e processamento, é estimado em seis milhões de toneladas por ano. A preferência pelo carvão deve-se à facilidade de transporte e combustão.

O chefe-geral da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva, reforça que a produção agrícola e a preservação am-biental são conciliáveis, consi-derando o plantio de árvores. Por isso, o centro de pesqui-sa desenvolve tecnologias e variedades para utilização em áreas degradadas ou sem tra-dição florestal. “O país possui perto de 65 milhões de áreas subutilizadas e a implantação da agricultura de base flores-tal é uma alternativa viável”, pondera. Ele avalia que o de-safio passa pela transforma-ção da celulose em energia limpa, pois os custos de pro-dução de biomassa ainda são muito elevados.

Lideranças ruralistas de-vem manter a movimentação para apressar a votação de mudanças do Código Flores-tal. A bancada quer votar o relatório do deputado Aldo Re-belo (PCdoB-SP) o mais rápi-do possível, a tempo de evitar as restrições de financiamen-to rural, que entram em vigor em junho.

A Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA) associou a revisão do código à inflação de alimen-tos e alertou para o risco de alta nos preços se os produ-tores não tiverem acesso a financiamento por causa de pendências ambientais.

A partir de 12 de junho, o Banco do Brasil não vai mais emprestar dinheiro para pro-dutores que não apresenta-rem a averbação da reserva legal (registro em cartório) ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, criado pelo gover-no para regularização ambien-tal de propriedades rurais.

Desde janeiro, o banco estava exigindo que os pro-

Ruralistas querem votar logo o Código Florestal para garantir financiamento

dutores assinassem uma de-claração afirmando ter ciência de que a partir de junho a lei será aplicada. O coordena-dor da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Mo-acir Micheletto (PMDB-PR), reclamou do alerta do banco e a partir da próxima semana a declaração não será mais cobrada.

Além da proposta de Aldo Rebelo, um novo texto deve

Micheletto disse que os parlamentares não vão aceitar um texto pronto do Executivo e que a proposta que valerá para o debate na Câmara é a de Aldo Rebelo. “Independentemente do en-vio de substitutivo, o gover-no tem que respeitar o que o Parlamento está fazendo. O plenário vai votar o texto do Aldo, isso é acordo po-lítico já feito. O Executivo não pode interferir.”

Segundo Micheletto, as bancadas estão tentando negociar os pontos mais polêmicos, inclusive com o Ministério do Meio Ambien-te, para viabilizar as mudan-ças da lei ainda no primeiro semestre.

Para o coordenador de Código Florestal da Campa-nha Amazônia do Greenpe-ace, Rafael Cruz, o governo deveria se posicionar de maneira mais clara sobre as mudanças, para que a lei florestal não seja atrope-la pelo “tratoraço” da ban-cada ruralista.

“É hora do governo se posicionar sobre esse as-sunto. Tem que dar sua po-sição definitiva. A indepen-dência entre os Poderes é essencial, mas o governo tem o papel inegável de se posicionar”, avalia.

CNA associa novo código à inflação de alimentos

ser apresentado para dis-cussão da revisão do códi-go, preparado pelo governo. Ministérios “rivais”, como os do Meio Ambiente e da Agri-cultura, estão se entendendo melhor sobre os pontos mais polêmicos das mudanças na lei e a proposta será fechada pela Casa Civil da Presidência da República. Oficialmente, não há previsão de data para apresentação do substitutivo.

O Brasil cumpriu poucas me-tas para a proteção de seus bio-mas estipuladas na Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre Conservação da Diversidade Biológica. É o que mostra levan-tamento da organização não go-vernamental WWF-Brasil em par-ceria com a Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Das 51 metas nacio-nais que deveriam ser atingidas até 2010, o país cumpriu duas na totalidade; cinco não foram executadas, e o restante encon-tra-se em estágios intermediá-rios de cumprimento.

De acordo com o levantamen-to, o país não cumpriu a meta de recuperar no mínimo 30% dos principais estoques pesqueiros com gestão participativa e con-trole de capturas. Também não colocou em ação planos de ma-nejo para controlar, pelo menos, 25 das principais espécies exó-ticas invasoras que mais amea-çam os ecossistemas.

O país também não imple-mentou projetos de proteção ao conhecimento de todas as co-munidades tradicionais dos bio-mas, e nem criou políticas para que os benefícios resultantes do uso comercial dos recursos genéticos dos ecossistemas fossem efetivamente repartidos de forma eqüitativa em prol da conservação da biodiversidade.

O Brasil cumpriu apenas a

redução média de 25% no número de focos de calor em cada bioma, e também elaborou uma lista acessível das espécies brasileiras de plantas, animais e microor-ganismos. “No campo do conhecimento, de criação de áreas protegidas, de moni-toramento, as notícias são boas. Em outros campos, sobre o uso sustentável dos biomas, de se colocar o meio ambiente no centro das deci-sões políticas, e de se criar uma economia verde, as notícias são ruins”, avaliou o superintendente da WWF-Brasil, Cláudio Maretti.

O estudo mostra que o Brasil cumpriu apenas em parte a meta de redução na taxa de desmatamento de seus biomas. Não foi al-cançado o estipulado pela convenção da ONU, de dimi-nuição de 100% no desmata-mento na Mata Atlântica, de 75% na Amazônia e de 50% nos demais biomas.

Com encerramento dos prazos de 2010, e com as decisões tomadas na con-ferência de Nagoia (Japão), em outubro do ano passa-do, ficaram definidas metas ainda mais ambiciosas para o Brasil. O objetivo agora é aumentar para 17% as áreas protegidas até 2020, prati-camente o dobro do que o bioma abriga hoje.

Brasil cumpre poucas metas de preservação, diz ONG

Agência Brasil