jornal entreposto | maio de 2010

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento São Paulo, maio de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - N o 120 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste Todo conteúdo desta edição e muito mais notícias e serviços você encontra no Jornal Entreposto online. Um portal dirigido às Centrais de Abastecimento. Acesse agora! www.jornalentreposto.com.br Pepino Comum CX K R$ 15,59 BAIXA Abacate Fortuna CX K R$ 20,18 Milho Verde SC R$ 8,72 ESTÁVEL Alho Estrang. Chinês KG R$ 5,79 Girassol DZ R$ 5,32 Sardinha Fresca KG R$ 1,36 BAIXA * Preço de referência do mês de abril l 2010 - Expectativa para maio l 2010 ALTA ESTÁVEL ESTÁVEL Pág. B2 Pág. D1 Pág. B1 O manuseio aumenta muito o estresse, especialmente se causa algum ferimento, que mesmo microscópico acelera muito o metabolismo, e é uma porta de entrada para micro- organismos oportunistas que podem causar o apodrecimento do produto in natura. Manuseio mínimo de hortaliças folhosas garante qualidade Os quatro dias de exposição foram animados por um festival de brindes canarinhos. Os visitantes puderam participar e ganhar cornetas, camisas e bolas personalizadas da Torcida Femetran, e kits oficiais da seleção brasileira. O sucesso foi tanto que as filas perduraram do início ao fim da feira. Confira as fotos nesta edição. Pág. C1 Feira em ritmo de Copa do Mundo FLV ganha cada vez mais espaço em eventos e supermercados Copa do Mundo Apas 2010 mostra visual persuasivo do FLV Hoggar, a nova picape da Peugeot, faz sucesso na Femetran Confira detalhes sobre a África do Sul e os adversários do Brasil Setor exibe a rica coletânea de cores para atrair mais compradores. Promoções com visitantes embalam a Femetran Alimentos essenciais para uma dieta saborosa e sau- dável, as frutas, hortaliças e tubérculos negociados dia- riamente na Ceagesp fazem sucesso nas gôndolas e ex- positores instalados em su- permercados. A Apas 2010, maior evento mundial do setor, contou no- vamente com a participação de atacadistas do entreposto de São Paulo e produtores de várias regiões do estado. “Mais uma vez, nossas ex- pectativas foram superadas na feira”, informa o permis- sionário Eduardo Benassi. Pág. D4 Pág. C2 Págs. A4 | A5 | A6 Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor Capítulo 2

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

São Paulo, maio de 2010www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 120 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Todo conteúdo desta edição e muito mais notícias e serviços você encontra no Jornal Entreposto online.Um portal dirigido às Centrais de Abastecimento.

Acesse agora!

www.jornalentreposto.com.br

PepinoComum

CX K R$ 15,59 BAIXA

AbacateFortuna

CX K R$ 20,18

MilhoVerde

SC R$ 8,72 ESTÁVEL

Alho Estrang.Chinês

KG R$ 5,79

Girassol

DZ R$ 5,32

SardinhaFresca

KG R$ 1,36 BAIXA

* Preço de referência do mês de abril l 2010 - Expectativa para maio l 2010

ALTA ESTÁVEL

ESTÁVEL

Pág. B2

Pág. D1

Pág. B1

O manuseio aumenta muito o estresse, especialmente se causa algum ferimento, que mesmo microscópico acelera muito o metabolismo, e é uma porta de entrada para micro-organismos oportunistas que podem causar o apodrecimento do produto in natura.

Manuseio mínimo de hortaliças folhosas garante qualidade

Os quatro dias de exposição foram animados por um festival de brindes canarinhos. Os visitantes puderam participar e ganhar cornetas, camisas e bolas personalizadas da Torcida Femetran, e kits oficiais da seleção brasileira.O sucesso foi tanto que as filas perduraram do início ao fim da feira.Confira as fotos nesta edição.

Pág. C1

Feira em ritmo de Copa do Mundo

FLV ganha cada vez mais espaço em eventos e supermercados

Copa do Mundo

Apas 2010 mostra visual persuasivo do FLV Hoggar,

a nova picape da Peugeot, faz sucesso na Femetran

Confira detalhes sobre a África do Sul e os adversáriosdo Brasil

Setor exibe a rica coletânea de cores para atrair mais compradores.

Promoções com visitantes embalam a Femetran

Alimentos essenciais para uma dieta saborosa e sau-dável, as frutas, hortaliças e tubérculos negociados dia-riamente na Ceagesp fazem sucesso nas gôndolas e ex-positores instalados em su-permercados.

A Apas 2010, maior evento

mundial do setor, contou no-vamente com a participação de atacadistas do entreposto de São Paulo e produtores de várias regiões do estado.

“Mais uma vez, nossas ex-pectativas foram superadas na feira”, informa o permis-sionário Eduardo Benassi.

Pág. D4Pág. C2

Págs. A4 | A5 | A6

Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor

Capítulo 2

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Depois de assistir as gran-des jogadas do mundial de futebol, os brasileiros terão a oportunidade de acompanhar o campeonato político da su-cessão presidencial.

Tudo o que os candidatos de-clararam ou fizeram até agora somente serviu de prepara-ção para a campanha eleito-ral, que deve se deflagar na televisão após o final da Copa do Mundo.

O eleitor amortecido pelo es-petáculo do futebol terá pela frente um debate político dos postulantes ao Planalto cheio de desfesas espetaculares, chutes de longa distância, lançamentos na área e, quem sabe, até gol de letra.

O bom momento econômico

do Brasil favorece um cenário de disputa elevada com abor-dagem dos principais êxitos do governo anterior, como a continuidade do Bolsa Famí-lia, defendido pelos três can-didatos.

O que todos esperam, como numa partida de futebol, é que seus atletas sejam vigorosos, determinados e habilidosos o suficiente para manter um bom nível de apresentação.

Assistir as propagandas e os debates com o mesmo inte-resse desprendido ao de um jogo importante da Copa do Mundo pode estar mais pró-ximo da realidade do que se pensa. Resta saber se o time de políticos está tão bem pre-parado para isto, como pen-sam seus expectadores.

O momento agora é de uma “terceira geração” dos programas sociais no país, os aperfeiçoando com treinamento profissional.

Dilma >>

Serra >>

Marina >>

Continuar o equilíbrio fiscal, a política de combate da inflação e das oscilações do câmbio, com transparência ao gasto público.

Criar os ministérios da Segurança e da Pessoa Deficiente. O tráfico de drogas e de armas vem de fora e deve ser combatido pela União com políticas uniformizadas.

Principais discursos dos candidatos até o momentoAlém de outros interesses a escolha do vice tem como objetivo principal aumentar o tempo do candidato na TV. Segundo alguns cientistas po-lítico, o nome do vice não tem peso nenhum do ponto de vis-ta eleitoral, porque se tivesse peso significativo seria candi-dato direto a presidente e não a vice.

Mas o nome do vice represen-ta parte de um processo que, entre outros, visa uma maior permanência nos programas gratuitos.

Dependendo da escolha, a partida pode ser definida ain-da na fase preliminar. Não é a toa que estas manobras são chamadas de jogo político.

TEMPO DE JOGO

O salto do dólar de R$ 1,73 para R$ 1,83 na primeira semana de maio vem favorecendo o desempenho das exportações bra-sileiras, visto que a desvalorização do real é principal bandeira deste setor.

A instabilidade externa provocou tombos nas principais bolsas de valores do mundo e assegurou a alta do dólar, que deve se manter estável ao redor de R$ 1,80 até o fim do ano, segundo previsões otimistas de mercado divulgas no Boletim Focus do Banco Central (BC).

As exportações de frutas já haviam mostrados bom sinais no primeiro trimestre de 2010.

Até março foram embarcadas 113 mil toneladas, uma alta de 0,60%. Algumas frutas até obtiveram um aumento nas expor-tações, como foi o caso da manga, em 13%, do limão, 11% e do melão, 10%.

Embora a Europa, que é o maior mercado importador, ainda apresente uma redução de 2,24% em relação ao ano anterior, os Estados Unidos ampliaram em 130% a importação de fru-tas brasileiras, sendo destaques a manga e a maçã.

Os países árabes são o destaque nesses primeiros três me-ses: houve um aumento de 30% na importação de frutas fres-cas do Brasil, sendo os principais países compradores Emira-dos Árabes Unidos, Arábia Saudita, Líbia e Omã.

Esta se desenhando um bom cenário para a fruticultura brasi-leira durante os próximos meses, já que uma pequena desvalo-rização do real corrige a defasagem de câmbio que temos por causa dos juros alto.

Exportadores comemoram dólar alto

Carta ao Leitor >>

Não é nada agrádável receber de volta uma fruta ou horta-liça do cliente por causa da aparente qualidade do produto. Muitos motivos podem ser encontrados para definir o que aconteceu mas o que precisa ficar bem claro é o que pode ser feito antes de uma devolução.Quando isto acontece existe um recolhimento destes produ-tos por parte dos atacadistas. Será que a exemplo das indús-trias, estes comerciantes adotaram um novo padrão de aten-dimento ao cliente e hoje estão mais atentos à qualidade dos seus produtos para evitar o crescimento do recall.Nesta edição, mostramos o relacionamento dos supermerca-distas com esta questão e a contínua evolução dos setores de FLV em seus estabelecimentos.Também acompanhamos os principais eventos do início de maio, a Apas e a Femetran 2010, resumimos o que aconte-ceu de melhor nestas feiras.A Femetran, em sua 9° edição, foi considerada um sucesso de público e negócios pelos seus organizadores. A temática da Copa do Mundo criou um clima de alegria nos visitantes, colaborando muito para o desfecho da feira.A pouco tempo do mundial de seleções, o Brasil vive seu bom momento em todos os campos de atuação, sendo o agrone-gócio, um de seus principais motores. Na coluna de esportes citamos curiosidades sobre adversá-rios, jogadores e a África do Sul. Nunca foi tão bom ouvir “calma, tá tudo bem agora”. Não é, Dunga?

Paulo Cesar [email protected]

Tomando conhecimento dos problemas

A Revista Femetran, o mais novo meio de comunica-ção dirigida ao setor de transportes, movimentação e logística de produtos hortifrutícolas, foi lançada du-rante a Feira e já atraiu uma gama de anunciantes interessadas neste mercado.

Com visual atrativo e conteúdo interessante, a revista pretende manter um diálogo construtivo e dinâmico com seus leitores, compostos por atacadistas, super-mercadistas, frotistas e condutores autonômos.

Nesta edição, além de produtos das montadoras de caminhões, o leitor pode entender melhor como fun-cionam os entrepostos e centrais de abastecimento como a Ceagesp, os desafios para padronização de embalgens de frutas e hortaliças frescas e um raio-x do país da Copa do Mundo, a África do Sul.

Saiu a Revista Femetran

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA2

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JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 A5Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA4

De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumentou bastante. Tivémos de rever os

pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos”“

A devolução de hortifrutis dani�icados na Ceagesp

VW Delivery é uma das grande novidadesPara solução de entregas rápidas nos grande centros urbanos, a VW desenvolveu um veí-cula para as condições brasileiras, que resultou em um produto ágil e robusto.O modelo de rodado simples por exemplo paga o mesmo valor de pedágio que um automó-vel e pode trafegar em áreas restritas.

A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Bra-sil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de fru-tas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja.

Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consu-midores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária) e a legislação do Ministério da Agricultura e Abaste-cimento.

O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao ní-vel social dos consumidores. Mini-mercados localizados na região me-tropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.

Em Osasco, o gerente do Mer-cado Futuro, Renato Nayron, expli-ca que o projeto de expansão do estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifruti. “Os

A expansão do FLV nos supermercadosRedes varejistas aumentam o espaço dedicado ao hortifruti nas gôndolas e desenvolvem políticas de controle de qualidade para o setor

clientes estavam sempre atrás de frutas e legumes que não tínhamos na loja. Quando pensamos na refor-ma, sabíamos que essa parte teria destaque”.

Ações adotas por muitos vare-jistas envolvem também o aperfei-çoamento da qualidade do produto fornecido. Para alcançar melhores resultados, a rede St Marche ras-treia o FLV desde a hora da compra no fornecedor, passando pelo trans-porte até a entrega da mercadoria na loja.

“A equipe de prevenção averigua o caminhão antes de descarregar. As frutas e os legumes são exami-nados um a um (cor, temperatura, maturidade). Só depois disso a en-trada é liberada”, explica Renato Mendonça, coordenador de produ-tos não perecíveis. “De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumen-tou bastante. Tivémos de rever os pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos”, acrescenta.

A contratação de profi ssionais capacitados e investimento em cur-sos de manejo de FLV para funcio-nários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”.

A combinação de cores, a mon-tagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os com-

pradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti den-tro dos supermercados estão to-mando a freguesia das feiras livres. Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar. As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não pere-cíveis.

Apesar de ser considerado ul-trapassado, o sistema de abaste-cimento de FLV no Brasil está len-tamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum.

Carolina de Scicco

Renato Mendonça,da rede St Marche

Sistema de fi delidade garante rapidez na substituição de FLV rejeitado pelos supermercadistas

As redes de supermercado são grandes compradoras dos atacadis-tas da Ceagesp. Receber do entre-posto de São Paulo frutas, legumes e verduras danifi cados é pouco co-mum. Mesmo que aconteça, a troca ou devolução do produto avariado é feita de forma rápida e sem empe-cilhos.

Isso acontece porque existe um grau de fi delidade entre fornecedor e varejista que impede que produ-tos fora do padrão da loja cheguem até ela. O permissionário entra com o hortifruti ”perfeito” para aquele determinado estabelecimento e re-cebe em troca a exclusividade do supermercadista.

As contaminações microbiológi-cas elevadas são os principais pro-blemas dos alimentos perecíveis. Fatores como refrigeração, armaze-namento e manipulação são essen-ciais para conservá-los aptos para a comercialização. Cada vez mais, a rede varejista exige que seu for-necedor/produtor atenda a deter-minadas normas e políticas de con-trole de qualidade, que estão mais rígidas.

Se uma caixa de FLV chegar fora dos padrões de determinado supermercado, ela pode ser facil-mente substituída ou renegociada diretamente no box de onde partiu. “Quando o FLV não chega em bom estado, devolvemos a caixa e tro-camos por uma mercadoria melhor.

Como somos clientes desse box há bastante tempo, não tem nenhum tipo de burocracia”, explica Renato Nayron, gerente do Mercado Futu-ro. “Mas isso é raro de acontecer. O fornecedor sabe o que eu quero e é fi el. Dessa maneira, não preciso procurar no concorrente”, completa.

A rede varejista investe cada vez mais na qualifi cação de fornecedores e funcionários da área de FLV. A atenção na hora da compra é o primeiro passo para evitar prejuízos. Depois, os cuidados dentro da loja são fundamentais.

• Separar por tamanho,

cores e estado de

maturação;

• Transportar em veículos e

embalagens apropriados;

• Fazer o controle de

qualidade na hora do

recebimento;

• Dispor de embalagens

adequadas na frente

de caixa para não haver

manipulação.

Veja algumas dicas:

Luzes do supermercado podem aumentar valor nutricional do espinafreEstudos indicaram que depois de apenas 72 horas, o espinafre exposto à luz fl uorescente, apresentava um aumento signifi cante das vitaminas A, K e E e folato, entre outras substâncias saudáveis.

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JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 A5Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA4

De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumentou bastante. Tivémos de rever os

pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos”“

A devolução de hortifrutis dani�icados na Ceagesp

VW Delivery é uma das grande novidadesPara solução de entregas rápidas nos grande centros urbanos, a VW desenvolveu um veí-cula para as condições brasileiras, que resultou em um produto ágil e robusto.O modelo de rodado simples por exemplo paga o mesmo valor de pedágio que um automó-vel e pode trafegar em áreas restritas.

A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Bra-sil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de fru-tas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja.

Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consu-midores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária) e a legislação do Ministério da Agricultura e Abaste-cimento.

O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao ní-vel social dos consumidores. Mini-mercados localizados na região me-tropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.

Em Osasco, o gerente do Mer-cado Futuro, Renato Nayron, expli-ca que o projeto de expansão do estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifruti. “Os

A expansão do FLV nos supermercadosRedes varejistas aumentam o espaço dedicado ao hortifruti nas gôndolas e desenvolvem políticas de controle de qualidade para o setor

clientes estavam sempre atrás de frutas e legumes que não tínhamos na loja. Quando pensamos na refor-ma, sabíamos que essa parte teria destaque”.

Ações adotas por muitos vare-jistas envolvem também o aperfei-çoamento da qualidade do produto fornecido. Para alcançar melhores resultados, a rede St Marche ras-treia o FLV desde a hora da compra no fornecedor, passando pelo trans-porte até a entrega da mercadoria na loja.

“A equipe de prevenção averigua o caminhão antes de descarregar. As frutas e os legumes são exami-nados um a um (cor, temperatura, maturidade). Só depois disso a en-trada é liberada”, explica Renato Mendonça, coordenador de produ-tos não perecíveis. “De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumen-tou bastante. Tivémos de rever os pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos”, acrescenta.

A contratação de profi ssionais capacitados e investimento em cur-sos de manejo de FLV para funcio-nários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”.

A combinação de cores, a mon-tagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os com-

pradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti den-tro dos supermercados estão to-mando a freguesia das feiras livres. Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar. As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não pere-cíveis.

Apesar de ser considerado ul-trapassado, o sistema de abaste-cimento de FLV no Brasil está len-tamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum.

Carolina de Scicco

Renato Mendonça,da rede St Marche

Sistema de fi delidade garante rapidez na substituição de FLV rejeitado pelos supermercadistas

As redes de supermercado são grandes compradoras dos atacadis-tas da Ceagesp. Receber do entre-posto de São Paulo frutas, legumes e verduras danifi cados é pouco co-mum. Mesmo que aconteça, a troca ou devolução do produto avariado é feita de forma rápida e sem empe-cilhos.

Isso acontece porque existe um grau de fi delidade entre fornecedor e varejista que impede que produ-tos fora do padrão da loja cheguem até ela. O permissionário entra com o hortifruti ”perfeito” para aquele determinado estabelecimento e re-cebe em troca a exclusividade do supermercadista.

As contaminações microbiológi-cas elevadas são os principais pro-blemas dos alimentos perecíveis. Fatores como refrigeração, armaze-namento e manipulação são essen-ciais para conservá-los aptos para a comercialização. Cada vez mais, a rede varejista exige que seu for-necedor/produtor atenda a deter-minadas normas e políticas de con-trole de qualidade, que estão mais rígidas.

Se uma caixa de FLV chegar fora dos padrões de determinado supermercado, ela pode ser facil-mente substituída ou renegociada diretamente no box de onde partiu. “Quando o FLV não chega em bom estado, devolvemos a caixa e tro-camos por uma mercadoria melhor.

Como somos clientes desse box há bastante tempo, não tem nenhum tipo de burocracia”, explica Renato Nayron, gerente do Mercado Futu-ro. “Mas isso é raro de acontecer. O fornecedor sabe o que eu quero e é fi el. Dessa maneira, não preciso procurar no concorrente”, completa.

A rede varejista investe cada vez mais na qualifi cação de fornecedores e funcionários da área de FLV. A atenção na hora da compra é o primeiro passo para evitar prejuízos. Depois, os cuidados dentro da loja são fundamentais.

• Separar por tamanho,

cores e estado de

maturação;

• Transportar em veículos e

embalagens apropriados;

• Fazer o controle de

qualidade na hora do

recebimento;

• Dispor de embalagens

adequadas na frente

de caixa para não haver

manipulação.

Veja algumas dicas:

Luzes do supermercado podem aumentar valor nutricional do espinafreEstudos indicaram que depois de apenas 72 horas, o espinafre exposto à luz fl uorescente, apresentava um aumento signifi cante das vitaminas A, K e E e folato, entre outras substâncias saudáveis.

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Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA6

É crescente a busca de diferen-ciação, de identidade própria, pelos varejistas em todo o

mundo. O supermercado, entretan-to, é um negócio que trabalha com a revenda de produtos em sua maioria idênticos, ao menos em itens indus-trializados como: sabonete, detergen-te, macarrão, óleo, refrigerante, entre outros. Como então promover a dife-renciação, fazer da loja um local es-pecial, ao qual o cliente queira voltar sempre?

Claro que a resposta é complexa, e envolve questões que vão desde a localização, facilidade de acesso, estacionamento, horário de funciona-mento, serviço oferecido, simpatia dos funcionários etc.

Mas há algo mais: a experiência sensorial que traz sensações únicas e marcantes por meio da visão, do olfato, da audição e da degustação. Para isto, prestam-se de maneira ex-traordinária os produtos não industria-lizados, especialmente FLV: permitem arranjos visuais únicos, trabalhando o frescor, as cores, aromas e sabores, criando ambientes marcantes e ofe-recendo produtos de características individuais únicas.

Exemplos disto podem ser obser-vados em todo o mundo, até mesmo em lojas especializadas, desde sofi s-ticados hortifruti no Brasil até lojas como a Whole Foods e outras no he-misfério norte, onde se dá crescente atenção a frutas, legumes e verduras, ou mesmo carnes, peixes e fl ores, que representam parcelas crescentes do faturamento e do lucro do varejo.

Logística

Do ponto de vista logístico, entre-tanto, a operação com esta linha de produtos ainda é extremamente rudi-mentar, faltando, em nosso meio, os elementos mais simples de especifi -cação técnica de classes de produtos até embalagens padronizadas e ade-quadas a todas as operações de ma-nipulação e transporte desde o produ-tor até a gôndola. Estas limitações se traduzem em enormes desperdícios, manuseio desnecessário de produtos e embalagens e consequentes danos na aparência e vida útil.

Não bastassem as difi culdades ci-tadas, o problema é ainda agravado pelas práticas de exposição pelo va-rejista e de compra pelo consumidor. Mesmo que os responsáveis pela lo-gística ao longo de toda a cadeia to-mem grande cuidado na manipulação

Adequar o setor de FLV não é tarefa fácil, mas pode justi�icar o investimentoO envolvimento entre produtores e varejistas, embalagem e exposição correta podem ser o segredo para o setor de frutas, legumes e verduras

de embalagens contendo FLV, quando os produtos chegam à loja na maioria das vezes são empilhados, simples-mente despejando o conteúdo da caixa sobre um monte já existente, para em seguida os produtos serem apalpados pelo comprador, que pela pressão de seus dedos e pelo pegar e largar uma fruta várias vezes acaba deteriorando sua qualidade (quanto mais madura, pior será o impacto).

Vivemos, portanto, em uma situa-ção paradoxal: tratamos da pior forma os produtos que mais nos ajudam a marcar nossa imagem e trazem im-portante contribuição para os resul-tados.

Do ponto de vista da cadeia, fal-tam ainda padrões de classifi cação de muitos produtos (tipo / variedade, tamanho, grau de maturidade, aspec-to), exigindo muita manipulação nas áreas de retaguarda para prepará-los para sua exposição no ponto de ven-da, desde a limpeza até o eventual re-empacotamento. Processos que envolvem tempo, custo e degradação física dos itens manipulados.

A solução para tais questões en-volve um projeto amplo, começando pelo ponto de venda e se estruturan-do até o produtor, analisando cada ati-vidade que ocorre ao longo de toda a cadeia, considerando ainda o fato de os produtos serem delicados e terem vida útil extremamente restrita, e que suas compras são feitas preferencial-mente no período da manhã.

É imperativo defi nir as caracte-rísticas de produtos e embalagens adequadas à venda, oferecendo ao consumidor os itens mais perfeitos e idênticos entre si (tomates, laranjas, mamões, mangas, cenouras, pepinos, alcachofras... da mesma variedade, tamanho e grau de maturidade), em-baladas em caixas que os protejam e sirvam como unidade de reposição da gôndola – ou mesmo de compra pelo consumidor – evitando qualquer mani-pulação do produto entre o produtor e o ponto de venda, agilizando a cadeia (assegurando o frescor e qualidade do que se oferece na loja), e na medi-da do possível encurtando a cadeia (e seus custos).

Alguns casos de grandes progres-sos na área de FLV, conforme relatos dos varejistas envolvidos consideram ainda como um dos fatores críticos de sucesso a questão da parceria entre o supermercadista e seu fornecedor, de sorte a assegurar que os produtos co-lhidos de madrugada (especialmente verduras) estejam na loja quando de sua abertura. Na maioria das vezes, é complexo o abastecimento direto da loja em um sem-número de pequenos produtores rurais, em especial pelas diferenças entre seus modelos de ges-

tão e em vista do volume demandado pelo varejo muitas vezes superar em muito a capacidade de fornecimento de agricultores individuais, faltando-lhes a massa crítica para viabilizar os níveis de serviço demandados por uma cadeia ágil de reposição de itens de alto giro.

Assim, muitas das soluções de maior sucesso envolvem um terceiro, especializado em FLV, que assume todo o processo de compra e abaste-cimento do varejo da linha completa de FLV, servindo como integrador dos produtores e centralizador da logísti-ca e dos processos administrativos, envolvido também no processo de de-senho das embalagens de cada item e do controle de qualidade dos itens fornecidos, assim dispensando o va-rejista de toda estrutura operativa do setor.

Quando da análise das embala-gens para cada produto, é preciso considerar as funções de contenedor (quantidade de itens) e de proteção ao conteúdo, bem como o giro de cada item no ponto de venda, as condições de transporte, a perecibilidade do pro-duto e ainda os custos, processo de produção e de descarte do material de embalagem, buscando sempre mi-nimizar o impacto ambiental.

Não basta, porém, a embalagem: o sucesso nesta iniciativa está forte-mente respaldado na mudança dos processos vigentes, quando o produ-to deve ser embalado pelo produtor já na situação de venda, limpo, po-sicionado na caixa em sua posição de exposição e obedecendo a todos os padrões visuais e de higiene esta-belecidos, o que remete ao primeiro elo da cadeia uma responsabilidade adicional. O bom cumprimento permi-te signifi cativos ganhos de tempos e reduções de custo nesta cadeia, per-mitindo remunerar corretamente as novas funções exigidas do produtor, uma vez que ninguém mais colocará a mão nos produtos até a outra ponta da cadeia.

Mudanças desta natureza são complexas, exigem tempo e planeja-mento. Os resultados qualitativos e quantitativos, entretanto, são interes-santes, benefi ciando os envolvidos e justifi cando os investimentos.

Cláudio Czapski*

ARTIGO

* Cláudio Czapski

é superintendente

da Associação ECR

Brasil

PAULO FERNANDO COSTA

Quando o FLV é rejeitado nas gôndolas do supermercado, ele pode ser reaproveitado para a ali-mentação de animais, e a merca-doria que estiver apta para o con-sumo humano, pode ser doada para programas de combate ao desperdício e à fome, como o Ban-co de Alimentos da Ceagesp, que reaproveita as frutas, legumes e verduras descartados diariamente no entreposto, destinando-os a di-versas entidades assistenciais.

Outra iniciativa do gênero é o Mesa Brasil Sesc São Paulo, que recolhe doações feitas por inúme-ros atacadistas e imediatamente redistribui o alimento que seria desperdiçado. Pessoas físicas também podem participar doando diretamente às instituições cadas-tradas.

Para ser um doador desse pro-jeto, é preciso seguir as seguinte regras: separar os alimentos por gênero; doar somente alimentos próprios para consumo; solicitar re-colhimento com, no mínimo, 48h de antecedência do prazo de validade do alimento; manter os alimentos armazenados adequadamente até a chegada da coleta; e exigir reci-bo de doação do Mesa Brasil Sesc São Paulo.

Instituições benefi centes inte-ressadas em receber doações de-

vem ser cadastradas e só serão incluídas no programa após entre-vista, visita técnica às instalações e disponibilidade de doação.

No momento da distribuição dos alimentos, o primeiro fator a ser considerado é a localização das instituições receptoras em relação aos roteiros logísticos de distribuição, realizados diariamen-te pelo programa. Paralelamente, leva-se em conta o grau de neces-sidade de cada instituição para cada tipo de alimento. Depois dis-so, é calculado a quantidade a ser enviada, considerando o número de pessoas atendidas, o tipo de refeição servida no dia, o sexo e a faixa etária de quem vai consumir os alimentos, além de seu valor nutricional.

É muito fácil reduzir o desper-dício e ainda ajudar a combater a fome. Grandes redes atacadistas já possuem sistemas de coleta e separação de alimentos descarta-dos e diversas campanhas visam conscientizar a ação de cada cida-dão, como a lançada pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, chamada “1/3 de tudo o que você compra vai direto para o lixo”.

Redistribuição de alimentos evita desperdícioProgramas de reaproveitamento de hortifrutis que seriam descartados combate à fome e conscientiza empresas de São Paulo

Orgânicos mais carosOs números são do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que pesquisou preços de sete alimentos orgânicos em quatro capitais, em supermercados e feiras. Em todas as cidades, os melhores preços estavam nas feiras. A maior diferença foi encontrada em Curitiba, onde o pé de alface americana, vendido por R$ 0,70 na feira orgânica, custava R$ 3,94 no supermercado.

Mais informações : www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp

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JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 A7

REALIZAÇÃO: APOIO:

XIII Prêmio ANDEFde Mérito Fitossanitário

No dia 24 de maio, os profissionais, empresas e entidades empenhadas nas melhores práticas agrícolas e ações socioambientais têm um importante

O bom apetite à mesa começa no campo.

Comun

icação

compromisso: conhecer os trabalhos de destaque desenvolvidos ao longo de 2009.

Em sua 13ª edição, a iniciativa educadora vem mobilizando agricultores e trabalha-dores do campo e constitui-se, na prática, verdadeira lição de sustentabilidade.

Saiba mais: www.andef.com.br/premio

Paulo Fernando CostaDe São Paulo

A ocupação desordenada é a principal causa das inunda-ções que ocorrem todos os anos na região do Entreposto Terminal de São Paulo. A ava-liação é da procuradora do Ministério Público estadual Luiza Eluf, responsável pela retirada pacífi ca das caixarias do entorno do mercado entre os anos de 2007 e 2008.

Em visita à Ceagesp, a ex-subprefeita da Lapa disse, durante entrevista concedida na redação do JE, que os pre-juízos arcados pelos permis-sionários em face dos efeitos dos fenômenos naturais agra-vados pela irresponsabilidade dos gestores públicos são in-toleráveis.

Graduada em direito e história pela USP, a pré-candidata do Partido Verde à Câmara dos Deputados também lamentou o engavetamento de seu pla-no de combate às enchentes na região e afi rmou que é pre-ciso empreender mais ações contra a expansão imobiliária nociva.

“Eu me preocupo muito com o urbanismo, com o desen-volvimento da cidade de São Paulo de forma planejada e sustentável”, ressaltou. A se-guir, trechos da conversa:

Jornal Entreposto – Quais medidas tomadas em sua gestão na subprefeitura im-pactaram diretamente o dia a dia da Ceagesp?

Luiza Eluf – Realizamos diver-sas intervenções no entorno do mercado, entre elas a as-sinatura de um acordo com a presidência da estatal para o combate à prostituição in-fantil. Éramos um território neutro dentro da subprefei-tura, onde a Ceagesp podia conversar com a polícia, a fi m de elaborar formas de coibir esse crime. Eu entrei com a minha experiência, como pro-curadora do Ministério Públi-co paulista. Nosso objetivo era melhorar a região e as atividades dos comerciantes, proporcionando ao bairro uma

interação maior com esse es-paço federal.

JE – E que demandas em re-lação ao mercado a senhora considera mais urgentes?

Eluf – Eu me preocupo muito com o urbanismo, com o de-senvolvimento da cidade de São Paulo de forma planejada e sustentável. Aqui, na região da Ceagesp, eu me preocupo sobremaneira com o proble-ma da água. Estamos próxi-mos de um rio. Não podemos impermeabilizar um local des-tinado à absorção da água. É claro que vai inundar! Na sub-prefeitura, também constatei que a rede de captação de águas pluviais foi, em alguns locais, bloqueada pela linha do trem. O lençol freático da região é afl orado e, ao cavar para a construção de gara-gens de prédios, é preciso drenar a água. A outra grande questão é a criminalidade.

JE – O bairro não é segu-ro?

Eluf – Certa vez, fui visita-da pelo delegado da sec-cional do bairro, e ele me disse que não podia garan-tir a segurança das minhas assistentes sociais que trabalhavam nessa área. Existe um comodismo ge-neralizado. A população não cobra. E não cobra por-que falta esperança. Por isso, espero poder contar com o apoio pessoal da Lapa e, principalmente, da Ceagesp. Só não fi z mais pela região porque a buro-cracia do poder público é muito grande e nos impede de realizar projetos com a devida urgência. Como par-lamentar, quero continuar trabalhando por toda a re-gião da subprefeitura da Lapa e seus distritos.

JE – Que avaliação a se-

Ceagesp tem de ser protegida da especulação imobiliária, a�irma procuradora

ENTREVISTA

Ex-subprefeita da Lapa também critica falta de plano para combate às enchentes na região do maior mercado atacadista de alimentos da América Latina

nhora faz dessa corrida imo-biliária que vemos hoje na re-gião, já que a senhora nasceu e mora na Lapa?

Eluf – Temos de defender toda a cidade da especulação. E hoje o mercado imobiliário está bastante voltado para a região da Ceagesp. Isso tem de ser regulamento pela pre-feitura, de modo a preservar a qualidade de vida e a quali-

dade do comércio que temos. Quando estive na subprefeitu-ra, houve uma intermediação para que as populações que estavam aqui há muitos anos não saíssem prejudicadas pelo processo de revitalização da Vila Leopoldina. Fizemos um bom trabalho quanto às caixarias, pois essa desorga-nização na ocupação do local também gera outras conse-quências trágicas, a exemplo

das inundações causadas pe-las chuvas e transbordamen-tos do rio Pinheiros. Eu fi co pasma com o fato de o poder público permanecer inerte diante dos prejuízos sofridos aqui na Ceagesp. Isso é ina-ceitável. Fiz todos os esforços possíveis e já tinha um plano de combate às enchentes prio-rizando esse entorno. No en-tanto, como disse, fi quei pouco tempo na subprefeitura.

ARQUIVO JE

Desenvolvimento urbano sustentável está na lista de prioridades de Luiza Eluf

O permissionário Nelson Natalino e o presidente da Associação Nossa Turma, Manelão, recepcionaram a procuradora na Ceagesp

Page 8: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA8

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JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010

CQH - CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

Qualidade BB1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Técnico

A colheita é um momento de grande estresse para as hortaliças folhosas. Elas per-dem a sua fonte de água e nu-trientes, o solo úmido e fofo onde estavam enraizadas, e a refrigeração natural do am-biente.

São submetidas ao ma-nuseio da colheita, lavagem, classificação, embalamento, transporte e exposição no varejo até chegar às mãos do consumidor. Elas são subme-tidas ainda a um ambiente de grande demanda atmosférica. São produtos com conteúdo de água de 95%, mantidas em ambientes que chegam a 35% de umidade relativa -UR. A perda de água gera perda de turgor, crocância, brilho e faz a hortaliça murchar.

As folhas continuam res-pirando e transpirando (ago-ra sem a água do solo). Sem ventilação, esquentam, per-dem calor e produzem etileno, um gás natural que acelera o amadurecimento e a senes-cência.

O manuseio aumenta mui-to o estresse, especialmente se causa algum ferimento, que mesmo microscópico acelera muito o metabolis-mo, e é uma porta de entrada para microorganismos opor-tunistas que podem causar o apodrecimento do produto.

As frutas e hortaliças fres-cas são alimentos especiais. Elas chegam ao consumidor sem passar por nenhum pro-cesso de transformação, por nenhuma industrialização. O caminho do produtor ao con-sumidor deve ser feito com cuidado para que elas não percam a qualidade encontra-da no momento da colheita.

As hortaliças podem ser agrupadas de acordo com o órgão da planta mais consu-mido, em folha, talo (caule),

Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

flor, fruto, subterrâneo (raiz, bulbo, rizoma, tubérculo).

O grupo das hortaliças folhosas pode ser considera-do como o mais perecível. A sua perecibilidade explica a existência dos chamados cin-turões verdes, áreas no entor-no das cidades que produzem hortaliças folhosas para abas-tecer a população urbana.

As áreas agrícolas entre-meadas nas áreas urbanas dos municípios da Região Me-tropolitana de São Paulo são responsáveis por 76 % da pro-dução das folhosas do estado de São Paulo e com os muni-cípios vizinhos 17 % da produ-ção. O abastecimento de hor-taliças folhosas nas cidades grandes, médias e pequenas é feito pela agricultura, agora conhecida, como urbana, pe-riurbana e metropolitana.

São Paulo, o maior produ-tor de hortaliças do Brasil, produziu em 2009, 71 mil toneladas de alface, 40 mil toneladas de couve e 133 mil toneladas de repolho. Grande parte das hortaliças folhosas é entregue diretamente aos supermercados pelos produ-tores ou são retiradas na pro-dução pelos compradores.

O volume de hortaliças folhosas comercializadas no Entreposto Terminal de São Paulo, da Ceagesp foi de 118 mil toneladas no ano passa-do. O município de Ibiúna é o grande fornecedor de horta-liças folhosas para a Ceasa paulistana.

Existe oferta bem distribu-ída no ano de todas as horta-liças folhosas. A melhor pro-dução e colheita para todas as hortaliças folhosas acon-tecem no período de seca e de temperaturas amenas. A planta precisa de água no pé - a água livre nas folhas fa-vorece o desenvolvimento de microorganismos. Chuvas em excesso e temperaturas altas são muito prejudiciais ao bom desenvolvimento: encarecem e diminuem a produção e pre-judicam a qualidade.

Abundância de produtos

de boa qualidade e preços baixos acontece nos meses frios e secos, contudo as hortaliças folhosas podem ser prejudicadas no perío-do frio, quando atingidas por geadas com temperatu-ras em torno de 0oC.

Os cuidados na compra e no manuseio são seme-lhantes, pois todas as hor-taliças folhosas são muito perecíveis.

O repolho é uma exce-ção e pode ser armazena-do por mais tempo porque possui uma camada de cera natural que o protege contra a seca e o frio.

O mundo das hortaliças folhosas apresenta grande diversidade de textura, co-loração, tamanho, sabor, possibilidades de preparo e formas de apresentação. Duas famílias botânicas respondem pela maior par-te das hortaliças folhosas – a Asteraceae , que englo-ba a alface, o almeirão, a chicória, a escarola, a endí-via, e a Brassicaceae, que engloba o agrião, a couve manteiga, a couve chinesa, o repolho e a rúcula. A fa-mília Asteraceae apresenta gosto amargo em diferen-tes intensidades, da alface ao almeirão e o amargor cresce com a idade da planta. Já a família Bras-sicaceae apresenta gosto que varia do adocicado até o picante.

mil toneladas de hortaliças folhosas foram comercializadas na Ceagesp em 2009

volume

118

Hortaliças folhosas: bom cultivo e manuseio mínimo garantem qualidade

toneladas de alface

toneladas de couve

toneladas de repolho

Números da Produção2009

São Paulo71 mil

40 mil

133mil

grande parte das hortaliças folhosas é entregue direta-mente aos supermercados pelos produtores ou são retiradas na produção pelos compradores

76%das áreas agrícolas entremeadas nas áreas urbanas, dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, são responsáveis pela produção das folhosas do estado

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Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB2

CAPÍTULO II

Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor

A cartilha foi dividida em partes. A primeira parte, que trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, foi publi-cada em edições anteriores do JE em três capítulos. A se-gunda, que trata do ‘Preenchi-mento da Nota Fiscal do Pro-dutor’, vem sendo publicada desde a última edição, tam-bém em capítulos. A terceira e última parte está sendo ela-borada pelo Senar e trata de ‘As Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’.

Aqui damos sequência às perguntas e respostas sobre ‘Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor’.

8. Como fica o recolhimento da contribuição previdenciária sobre o valor da produção rural nos meses em que não houver venda de mercadoria/produto?

O fato gerador da contribui-ção é o valor da comercializa-ção da produção rural. Assim, nos meses de entressafra, ou quando não há produção e nem comercialização, não ha-verá contribuição a recolher.Caso o produtor rural tenha empregados, haverá somente o desconto variável de 8% a 11% sobre os salários e os recolhimentos do desconto e do percentual de 2,7% para terceiros (salário - educação e Incra), incidentes sobre o total da sua folha de paga-mento.

9. Quais são as consequências para o produtor rural se ele declarar na Nota Fiscal de Produtor um valor de venda inferior ao real?

A auditoria fiscal da Receita Federal poderá enquadrá-lo em crime de sonegação fis-cal, além de aplicar multas pesadas, conforme previsão legal.Além disso, ele não terá como comprovar sua renda bruta, requisito importante para obtenção de financiamentos e empréstimos bancários. E, no caso de eventual demanda administrativa ou judicial com o adquirente, o produtor rural não terá como comprovar o valor real da venda.

10. De que maneira o adquirente - pessoa jurídica poderá demonstrar que realmente realizou o recolhimento da contribuição sobre o valor da produção comercializada?

O adquirente deverá emitir a Nota Fiscal de Entrada e registrar no campo “Dados Adicionais - Informações Complementares”, constante da Nota Fiscal de Entrada, o valor relativo ao desconto da contribuição previdenciária ru-ral. O recolhimento feito sobre

o valor do produto, através da Guia de Previdência Social, é o comprovante, para efeitos fiscais, do pagamento da con-tribuição.

11. Em casos de vendas para outros Estados, como fica o recolhimento da contribuição sobre o valor da produção comercializada?

O adquirente pessoa jurídica é responsável pelo recolhimen-to da contribuição previdenci-ária sobre o valor da produção comercializada. O recolhimen-to da contribuição sobre o va-lor da produção somente será feito diretamente pelo produ-tor na venda da produção a outro produtor pessoa física ou a consumidor final.

12. Qual é o órgão que autoriza a impressão da Nota Fiscal de Produtor?

É a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por meio do Serviço de Pronto Atendimento ou das Unidades de Atendimento ao Público. O pedido de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) deverá ser en-caminhado pelo estabeleci-mento gráfico ao Posto Fiscal de vinculação do produtor da Secretaria da Fazenda. Além disso, sempre que exigido pelo Fisco, por ocasião do en-caminhamento da AIDF, o pro-dutor rural deverá apresentar as Notas Fiscais de Produtor, em talões, jogos soltos ou formulários contínuos.

13. Caso haja alteração de dados cadastrais, como o produtor rural deve proceder para obter o seu talão de notas?

O produtor rural deverá comu-nicar ao Fisco (Secretaria da Fazenda do Estado) a altera-ção de seus dados cadastrais mediante uso do “PGD (Pro-grama Gerador de Documen-tos do CNPJ)” e “Receitanet”, disponíveis para “download” no “site” da Secretaria da Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br, antes do en-caminhamento da AIDF.

14. Qual a quantidade de talões que pode ser solicitada a cada pedido?

Não existe limite de quantida-de de talões. O produtor rural deve solicitar a quantidade necessária para as suas ven-das, levando em conta suas estimativas de emissões e o prazo de validade da sua ins-crição.

15. Qual o prazo de validade da Nota Fiscal de Produtor?

Caso tenha sido estabelecido prazo de validade para a ins-crição, a validade dos impres-sos de Nota Fiscal de Produ-tor acompanhará esse prazo, que deverá ser indicado nos referidos impressos do docu-mento. Findo o prazo de vali-dade da inscrição, o produtor ficará impedido de emitir Nota Fiscal de Produtor, devendo entregar os respectivos im-pressos à repartição fiscal, no prazo de 30 (trinta) dias, para inutilização.Se a inscrição tiver sido con-cedida por prazo indetermina-do, nos impressos da Nota Fiscal de Produtor, no quadro “Emitente”, deverá constar a indicação “00-00-00”.Nos casos em que a atividade rural for exercida em proprie-dade alheia, o prazo de valida-de de inscrição será o mesmo da vigência do contrato.

16. A Nota Fiscal de Produtor vale em todo o Estado de São Paulo?

A Nota Fiscal de Produtor não só vale em todo território pau-lista como em todo território nacional, pois foi instituída com fundamento em convênio firmado por todas as Unida-des da Federação. Assim, a Nota Fiscal de Produtor tem validade em qualquer opera-ção de compra e venda de produtos agropecuários.

Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleOssir GorensteinUbiratan Martins ferrazCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) desenvolveu, com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais

O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoa-mento desse serviç[email protected] Tel.: (11) 3643-3825

Page 11: Jornal Entreposto | Maio de 2010

JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 B3

O Caminhão do Ano na Europa, nas ruas e estradas do Brasil.O mesmo Scania que recebeu o prêmio International Truck of the Year 2010 está sendo produzido no Brasil. Visite uma das Casas Scania para conhecê-lo de perto.Scania. Tudo por você.

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Page 12: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB4 JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 B5

Frutas raras ainda são pouco exploradasFalta de divulgação e altos preços ainda são obstáculos para popularização de espécies

FRUTAS NATIVAS E EXÓTICAS NO BRASIL

Fruta exótica é toda a fruta que não é nativa de um país, por exem-plo, a banana é uma fruta exótica no Brasil, pois é originária do Su-deste Asiático. No entanto, ocor-rem certos enganos em relação a esta nomenclatura, sendo desig-nadas de frutas exóticas, algumas frutas nativas que não são muito cultivadas e não são encontradas com facilidade nos mercados das grandes cidades.

Dessa forma, algumas das frutas de maior expressão econô-mica na agricultura nacional, são exóticas, como o caso da laranja, manga, maçã, uva e banana. Con-tudo, pelo ponto de vista de frutas “incomuns”, esse é um ramo da fruticultura que vem crescendo a cada ano.

Frutas como a pitaya e o kino, por exemplo, atualmente são co-

mercializadas a altos preços. “As exportações aumentam devido à procura da população por frutas di-ferentes das encontradas no dia-a-dia de mercados, varejões, feiras, etc”,diz a engenheira agrônoma Patrícia Maria Pinto, da Faculdade Cantareira.

Atualmente, é possível encontrar uma série de frutas nativas e exó-ticas que não são comumente con-sumidas e encontradas nos centros de varejo. Entre elas estão bacuri, cupuaçu, mangaba, abiu, camu-camu, umbu, pitaya, canistel, ram-butã, kino, physalis, sapoti e mirtilo (blueberry). Muitas frutas de caráter incomum são importadas e comer-cializadas no Brasil.

Um estudo realizado na Cea-gesp, entre 2005 e 2007, mostra que foram comercializados aproxi-madamente 70 mil quilos por ano de

mangostão, 81,5 kg/ano de pitaya e 40 mil Kg/ano de kino. Mas essas frutas, consideradas raras, ainda têm mercado para crescer no Bra-sil, onde o consumo de frutas chega a 60 quilos por pessoa ao ano, de acordo com dados do Instituto Bra-sileiro de Frutas.

Obstáculos

Ao longo dos anos, o consumo de algumas espécies se tornou popular, como é o caso da lichia, do kiwi e da atemoia. Na opinião de Patrícia, mui-tas frutas poderiam ocupar um lugar expressivo no mercado, no entanto, ainda enfrentam diversos obstácu-los, como alto preço no momento da comercialização, falta de divulgação adequada das propriedades das fru-tas e problemas com importação ou produção com qualidade, em escala

comercial. “São inúmeras as espé-cies sobre as quais não se dispõe de conhecimentos agronômicos, não havendo produção em larga escala e estudos no sentido de tor-ná-las aptas ao cultivo fora do local de origem, bem como em relação à conservação e comercialização das frutas”, observa Patrícia. Assim como as exóticas, que não possuem pomares comerciais no país e preci-sam ser importadas, difi cultando a comercialização durante o ano todo. “A produção atual precisa ser ajus-tada para atender à crescente de-manda por essas frutas”, diz.

Para o gerente de vendas da Araçatuba, Maciel Domingues, a comercialização de frutas conside-radas exóticas é responsável por 20% dos negócios da empresa. Para ele, o preço praticado no atacado da Ceagesp não é alto, porém, os

frutas deixassem de ser conside-radas raras e passassem a ser co-muns, encontrando-as facilmente nos entrepostos brasileiros”, diz. De acordo com Sartori, que é também um dos autores do livro “Frutas Brasileiras e Exóticas Cul-tivadas”, existem hoje 312 varie-dades de frutas raras cultivadas no Brasil. (V.C.)

As exportações aumentam devido à procura da população por frutas diferentes das encontradas no dia-a-dia de mercados, varejões, feiras, etc”.Engº Agrônoma Patrícia Maria Pinto

supermercados elevam os preços para revender ao consumidor fi nal. “Esse fato difi culta a popularização das frutas exóticas no Brasil”, opi-na.

Já o gerente da Hetros/Frugal, Gilson Martins, acredita que as frutas exóticas ainda formam um nicho muito pequeno de mercado. “É um mercado que não deslancha por causa do preço alto e da falta de divulgação” ressalta.

Divulgação

Com o objetivo de ampliar a di-vulgação das frutas raras e torná-las mais populares, o médico e produtor Sérgio Sartori se juntou a outros afi cionados por frutas, e criou, há dois anos, a Associação Brasileira de Frutas Raras. A sede da entidade, que não tem fi ns lu-crativos, funciona na propriedade do médico, em Rio Claro (SP).

É lá que ele cultiva 1.300 varie-dades de frutas, algumas comuns, outras nem tanto. Em seu pomar é possível encontrar espécies pou-co conhecidas pela maioria dos brasileiros, como araçá-açu, uvaia e cajá-anão, entre muitas outras. “Gostaria que futuramente essas

Médico e produtor Sérgio Sartori se juntou a outros afi cionados por frutas, e criou, há dois anos, a Associação Brasileira de Frutas Raras

Pitaya é o nome dado ao fruto de várias espécies de cactos epí-fi tos, sobretudo do género Hylocereus mas também Selenicereus, nativas do México e América do Sul e também cul-tivadas no Vietname, Malásia, Israel e China. O termo pitaya signifi ca fruta escamosa, também sendo chamada de fruta-dragão em algumas línguas, como o inglês. Como a planta só fl o-resce pela noite (com grandes fl ores brancas) são também chamadas de Flor-da-Lua ou Dama da Noite.

Clima e solo

Pode ser cultivada de 0 até 1.800 me-tros acima do nível do mar, desde que as temperaturas sejam em média de 18 a 26oC, com chuvas de 1.200 a 1.500 mm/ano, mas se adapta tam-bém a climas mais secos.

Fruta

Existem três variedades, todas com a pele folhosa:• Hylocereus undatus, branca por den-tro com pele rosa • Hylocereus polyrhizus, vermelha por dentro com pele rosa • Selenicereus megalanthus, branca por dentro com pele amarela

A fruta pode pesar entre 150-600 gra-mas e seu interior, que é ingerido cru, é doce e tem baixo nível de calorias. Seu sabor é, por vezes, parecido com o do kiwi. Da fruta se faz suco ou vi-nho; as fl ores podem ser ingeridas ou usadas para fazer chá. As sementes se assemelham às do gergelim e se encontram dispersas no fruto cárneo.Crê-se que a variedade de interior ver-melho é rica em antioxidantes.

Utilização

Pode-se consumir a polpa do fruto ao natural ou processado como refresco, geléias ou doces. É também utilizada em medicina caseira, como tônico car-díaco, seu gosto lembra um pouco o melão. Apesar de sua aparencia cha-mativa, o paladar é suave. As semen-tes têm efeito laxante. Além do fruto, que tem efeito em gastrites, o talo e as fl ores são usados para problemas renais.

Araça-Açú

Frutas Raras

Laranja- Melancia

Sapoti

Blueberry (mirtilo)

Phisalis

Uvaia Doce Rugosa

Frutas Exóticas

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Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB4 JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 B5

Frutas raras ainda são pouco exploradasFalta de divulgação e altos preços ainda são obstáculos para popularização de espécies

FRUTAS NATIVAS E EXÓTICAS NO BRASIL

Fruta exótica é toda a fruta que não é nativa de um país, por exem-plo, a banana é uma fruta exótica no Brasil, pois é originária do Su-deste Asiático. No entanto, ocor-rem certos enganos em relação a esta nomenclatura, sendo desig-nadas de frutas exóticas, algumas frutas nativas que não são muito cultivadas e não são encontradas com facilidade nos mercados das grandes cidades.

Dessa forma, algumas das frutas de maior expressão econô-mica na agricultura nacional, são exóticas, como o caso da laranja, manga, maçã, uva e banana. Con-tudo, pelo ponto de vista de frutas “incomuns”, esse é um ramo da fruticultura que vem crescendo a cada ano.

Frutas como a pitaya e o kino, por exemplo, atualmente são co-

mercializadas a altos preços. “As exportações aumentam devido à procura da população por frutas di-ferentes das encontradas no dia-a-dia de mercados, varejões, feiras, etc”,diz a engenheira agrônoma Patrícia Maria Pinto, da Faculdade Cantareira.

Atualmente, é possível encontrar uma série de frutas nativas e exó-ticas que não são comumente con-sumidas e encontradas nos centros de varejo. Entre elas estão bacuri, cupuaçu, mangaba, abiu, camu-camu, umbu, pitaya, canistel, ram-butã, kino, physalis, sapoti e mirtilo (blueberry). Muitas frutas de caráter incomum são importadas e comer-cializadas no Brasil.

Um estudo realizado na Cea-gesp, entre 2005 e 2007, mostra que foram comercializados aproxi-madamente 70 mil quilos por ano de

mangostão, 81,5 kg/ano de pitaya e 40 mil Kg/ano de kino. Mas essas frutas, consideradas raras, ainda têm mercado para crescer no Bra-sil, onde o consumo de frutas chega a 60 quilos por pessoa ao ano, de acordo com dados do Instituto Bra-sileiro de Frutas.

Obstáculos

Ao longo dos anos, o consumo de algumas espécies se tornou popular, como é o caso da lichia, do kiwi e da atemoia. Na opinião de Patrícia, mui-tas frutas poderiam ocupar um lugar expressivo no mercado, no entanto, ainda enfrentam diversos obstácu-los, como alto preço no momento da comercialização, falta de divulgação adequada das propriedades das fru-tas e problemas com importação ou produção com qualidade, em escala

comercial. “São inúmeras as espé-cies sobre as quais não se dispõe de conhecimentos agronômicos, não havendo produção em larga escala e estudos no sentido de tor-ná-las aptas ao cultivo fora do local de origem, bem como em relação à conservação e comercialização das frutas”, observa Patrícia. Assim como as exóticas, que não possuem pomares comerciais no país e preci-sam ser importadas, difi cultando a comercialização durante o ano todo. “A produção atual precisa ser ajus-tada para atender à crescente de-manda por essas frutas”, diz.

Para o gerente de vendas da Araçatuba, Maciel Domingues, a comercialização de frutas conside-radas exóticas é responsável por 20% dos negócios da empresa. Para ele, o preço praticado no atacado da Ceagesp não é alto, porém, os

frutas deixassem de ser conside-radas raras e passassem a ser co-muns, encontrando-as facilmente nos entrepostos brasileiros”, diz. De acordo com Sartori, que é também um dos autores do livro “Frutas Brasileiras e Exóticas Cul-tivadas”, existem hoje 312 varie-dades de frutas raras cultivadas no Brasil. (V.C.)

As exportações aumentam devido à procura da população por frutas diferentes das encontradas no dia-a-dia de mercados, varejões, feiras, etc”.Engº Agrônoma Patrícia Maria Pinto

supermercados elevam os preços para revender ao consumidor fi nal. “Esse fato difi culta a popularização das frutas exóticas no Brasil”, opi-na.

Já o gerente da Hetros/Frugal, Gilson Martins, acredita que as frutas exóticas ainda formam um nicho muito pequeno de mercado. “É um mercado que não deslancha por causa do preço alto e da falta de divulgação” ressalta.

Divulgação

Com o objetivo de ampliar a di-vulgação das frutas raras e torná-las mais populares, o médico e produtor Sérgio Sartori se juntou a outros afi cionados por frutas, e criou, há dois anos, a Associação Brasileira de Frutas Raras. A sede da entidade, que não tem fi ns lu-crativos, funciona na propriedade do médico, em Rio Claro (SP).

É lá que ele cultiva 1.300 varie-dades de frutas, algumas comuns, outras nem tanto. Em seu pomar é possível encontrar espécies pou-co conhecidas pela maioria dos brasileiros, como araçá-açu, uvaia e cajá-anão, entre muitas outras. “Gostaria que futuramente essas

Médico e produtor Sérgio Sartori se juntou a outros afi cionados por frutas, e criou, há dois anos, a Associação Brasileira de Frutas Raras

Pitaya é o nome dado ao fruto de várias espécies de cactos epí-fi tos, sobretudo do género Hylocereus mas também Selenicereus, nativas do México e América do Sul e também cul-tivadas no Vietname, Malásia, Israel e China. O termo pitaya signifi ca fruta escamosa, também sendo chamada de fruta-dragão em algumas línguas, como o inglês. Como a planta só fl o-resce pela noite (com grandes fl ores brancas) são também chamadas de Flor-da-Lua ou Dama da Noite.

Clima e solo

Pode ser cultivada de 0 até 1.800 me-tros acima do nível do mar, desde que as temperaturas sejam em média de 18 a 26oC, com chuvas de 1.200 a 1.500 mm/ano, mas se adapta tam-bém a climas mais secos.

Fruta

Existem três variedades, todas com a pele folhosa:• Hylocereus undatus, branca por den-tro com pele rosa • Hylocereus polyrhizus, vermelha por dentro com pele rosa • Selenicereus megalanthus, branca por dentro com pele amarela

A fruta pode pesar entre 150-600 gra-mas e seu interior, que é ingerido cru, é doce e tem baixo nível de calorias. Seu sabor é, por vezes, parecido com o do kiwi. Da fruta se faz suco ou vi-nho; as fl ores podem ser ingeridas ou usadas para fazer chá. As sementes se assemelham às do gergelim e se encontram dispersas no fruto cárneo.Crê-se que a variedade de interior ver-melho é rica em antioxidantes.

Utilização

Pode-se consumir a polpa do fruto ao natural ou processado como refresco, geléias ou doces. É também utilizada em medicina caseira, como tônico car-díaco, seu gosto lembra um pouco o melão. Apesar de sua aparencia cha-mativa, o paladar é suave. As semen-tes têm efeito laxante. Além do fruto, que tem efeito em gastrites, o talo e as fl ores são usados para problemas renais.

Araça-Açú

Frutas Raras

Laranja- Melancia

Sapoti

Blueberry (mirtilo)

Phisalis

Uvaia Doce Rugosa

Frutas Exóticas

Page 14: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB6

QUANTIDADES COMERCIALIZADAS:

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para maio

Tend

ênci

a

Flávio Luis GodasChefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

ECONOMIA

O entreposto terminal de São Paulo – ETSP encerrou o quadrimestre apresentando ligeira elevação na quantida-de ofertada. O volume nestes

primeiros quatro meses do ano foi 0,69% maior que o registrado no mesmo período de 2009. Foram comerciali-zadas 1.054.426 toneladas

em 2010 ante 1.047.242 ne-gociadas em 2009.

O quadro abaixo demons-tra os volumes comercializa-dos no ETSP:

Por setor de comercialização, houve crescimento nos setores de frutas (0,26%), legumes (1,55%), verduras (1,24%) e diversos (1,89%). Os setores flores e pescados apresentaram ligeira retração do volume comercializado.

As condições climáticas negativas ocorridas desde o final do ano passado, excesso de chuvas e altas temperaturas, deram uma trégua e a situação atual é de normalidade.

Os índices que medem a inflação registraram esta redução dos preços dos produtos in natura. O índi-ce CEAGESP, que mede os preços de 105 produtos comercializados no entre-posto registrou queda de 4,9% em abril e a expecta-tiva é de mais queda em maio.

No setor de frutas são

várias as opções de com-pra em razão da sazonali-dade e a expectativa é de ligeira queda de preços também em maio.

Legumes e verduras, preservadas as condições climáticas atuais, também deverão continuar o pro-cesso de queda dos pre-ços praticados já que o clima favorece a produção e a demanda apresenta retração nesta época do ano.

Nos setores de flores e pescados a expectativa é de preços e volumes está-veis.

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ANUTROFETACABA KXC 00,22 91,22 81,02 LEVÁTSE

ACINANANANAB GK 00,1 58,0 39,0 LEVÁTSE

OGIF TXC 05,1 24,4 38,5 AXIAB

ITIATOÃMIL MXC 00,52 03,81 17,02 LEVÁTSE

ASOMROFOÃMAM GK 00,1 01,1 30,1 AXIAB

YMMOTAGNAM GK 00,1 34,1 82,1 AXIAB

AICNALEM GK 00,1 77,0 95,0 LEVÁTSE

OLERAMAOÃLEM XC 00,31 75,71 75,71 LEVATSE

MAKNOPANIREGNAT MXC 00,22 66,23 34,22 AXIAB

ARAGAINAVU GK 00,1 27,2 96,2 AXIAB

SEMUGEL

AGNAROMAROBÓBA GK 00,1 86,0 87,0 LEVÁTSE

ACESAROBOBA GK 00,1 70,1 90,1 LEVÁTSE

ARIELISARBAHNIRBOBA KXC 00,02 70,02 56,81 AXIAB

ADASORECODATATAB KXC 00,22 73,31 79,31 AXIAB

ALEJNIREB KXC 00,21 43,11 33,11 LEVATSE

ARAC KXC 00,22 93,22 64,71 AXIAB

UHCUHC KXC 00,22 77,32 20,21 AXIAB

ACOIDNAM KXC 00,32 53,01 74,01 LEVÁTSE

MUMOCONIPEP KXC 00,32 68,61 95,51 AXIAB

SARUDREV

AGLECA GNE 00,21 62,41 56,11 LEVÁTSE

APSERCECAFLA GNE 00,7 88,11 83,01 LEVÁTSE

ASILECAFLA GNE 00,8 04,31 08,11 LEVÁTSE

AHNILOBEC ÇMZD 00,6 10,31 15,11 LEVÁTSE

EDREVOHLIM CS 00,02 59,6 27,8 ATLA

OBAN ÇM 00,3 01,6 10,5 AXIAB

OSILOHLOPER GNE 00,52 93,91 08,41 LEVÁTSE

SOSREVID

SENIHC.GNARTSEOHLA GK 00,1 - 97,5 LEVÁTSE

OCNARBOVO XC 00,02 82,74 25,34 LEVÁTSE

SEROLF

AIRÉMORTSLA ÇM 04,0 21,9 87,9 LEVÁTSE

OÃELEDACOB ÇM 66,0 39,9 61,7 AXIAB

MUMOCOVARC ZD 52,0 65,01 57,9 LEVÁTSE

MUMOCOMETNASIRC TCP 05,1 01,21 06,21 LEVÁTSE

SERALOPOMETNASIRC SV 05,2 96,2 85,2 LEVÁTSE

AILAD ÇM 44,0 67,5 80,5 LEVÁTSE

AICILERTSE ZD 09,0 39,4 27,4 AXIAB

LOSSARIG TCP 06,2 32,6 23,5 LEVÁTSE

SUHTNAISIL ZD 52,0 19,91 35,41 AXIAB

SODACSEP

AETORBA GK 00,1 53,3 84,3 AXIAB

MUTA GK 00,1 19,01 18,6 AXIAB

ERGAB GK 00,1 32,3 96,3 AXIAB

AHNILAVAC GK 00,1 68,1 02,2 AXIAB

ANIVROC GK 00,1 43,3 21,3 LEVÁTSE

ADAPSE GK 00,1 16,1 76,1 LEVÁTSE

ABUJNAM GK 00,1 26,3 00,5 LEVÁTSE

ACSERFAHNIDRAS GK 00,1 83,1 63,1 AXIAB

SADIZUDERSADATREFOSEDADITNAUQMOCSOTUDORP

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Page 15: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Artigo

JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 B7

Marcos Roberto Furlan*

O fi go é um dos frutos mais antigos cultivados pela humanidade. Hoje existem 419 mil hectares de fi go no mundo que produzem mais de um milhão de toneladas.

Os Estados Unidos são o sexto maior produtor, com 4,6% da produção mundial. São 5,1 mil hectares de fi go na Califórnia, principalmen-te no vale de São Joaquim. Os principais cultivares são Calimyrna, Adriatica, Mis-sion, Brown Turkey e Kado-ta. O fi go fresco representa 16% da produção de fi go da Califórnia e a sua produção está crescendo.

Um levantamento, feito com 1.200 homens e mu-lheres, na Califórnia, mos-trou que 67% das pessoas entrevistadas conheciam a fruta e que só 55% conhe-ciam fi go fresco, 39% nunca comeram a fruta fresca e 77% já haviam comido fi go em doces ou barras

O efeito da colheita em dois estádios de maturação foi avaliado pela variação dos atributos de qualidade, da aceitação pelo consumi-

dor e da capacidade antioxi-dante de quatro cultivares de fi go, por técnicos da Universi-dade de Davis, da Califórnia.

Os resultados mostraram que os fi gos colhidos mais maduros apresentaram menor acidez e fi rmeza, maior peso, maior conteúdo de sólidos solúveis e maior ratio que os fi gos colhidos na maturação comercial. Não houve diferen-ça na capacidade antioxidante e a fruta amadurecida no pé teve melhor aceitação do con-sumidor.

Os valores de sólidos solú-veis foram em média, 16º Brix para o fi go colhido no ponto de maturação comercial e de 19º Brix para o fi go colhido madu-ro no pé. Todas as variedades, com exceção da Kadota, apre-sentaram um aumento no con-teúdo de sólidos solúveis entre o ponto de colheita comercial e o maduro no pé, de 4º Brix. O conteúdo de sólido solúveis da Kadota foi de 18,6º para 19,3º Brix.

Os cultivares Mission e Ka-dota foram mais apreciados que os cultivares Brown Turkey e Calimyrna. O consumidor

prefere o fruto colhido madu-ro no pé, o de maior conteúdo de sólidos solúveis. O investi-mento em melhoramento de fi go deve ser feito visando à obtenção de cultivares com alto conteúdo de sólidos solú-veis e fi rmeza e que apresenta fi rmeza sufi ciente para supor-tar o manejo da colheita e da pós-colheita.

E o fi go brasileiro?

No estado de São Paulo existem, segundo o Instituto de Economia Agrícola, 54 mil pés de fi go, que produzem 10 mil toneladas da fruta fresca e 100 toneladas destinadas à indústria.

Praticamente só é planta-da uma variedade. O estabele-cimento do conteúdo mínimo de sólidos solúveis de 12º Brix nas Normas de Classifi cação do Figo, do Programa Brasi-leiro para a Modernização da Horticultura, foi considerado muito alto por produtores e técnicos.

Os cultivares deste estudo, comuns na Califórnia, têm um conteúdo de sólidos solúveis no ponto de colheita comercial de 16º Brix e que chega a 19º Brix, se colhido maduro no pé. O conteúdo de sólidos solú-veis dos fi gos na Califórnia foi de 4º (33%) a 7º (58%) Brix su-periores ao nosso padrão de doçura do fi go.

FigoComo a colheita feita em diferentes estágios de maturação interfere na qualidade do �igo

mil hectares de fi go no mundo. Produzindo mais de

Produção

419

um milhãode toneladas

São Paulo tem

54 milpés de fi go, que produzem10 mil toneladas da fruta fresca e 100 toneladas destinadas à indústria

A Organização Mundial de Saúde observa que o uso de plantas medicinais é prática tradicional existente entre os povos de todo o mundo. Com relação aos gastos com o con-sumo de produtos naturais, foi observado aumento de 14,5 bilhões de dólares em 1997 para 49,7 bilhões de dólares em 2007, sendo estimado para o Brasil, neste ano, gasto de um bilhão de dólares e 60 bilhões de dólares no comér-cio mundial, com taxa anual de crescimento de 5% a 15%.

E quem lê tanta notícia na mídia sobre as vantagens, inclusive com comprovação científi ca, das plantas na cura ou prevenção de doenças, imagina que é um mercado po-tencial para obter bons lucros no cultivo.

No entanto, o Brasil im-porta grande quantidade das plantas medicinais que utiliza porque são raros os produto-res e a maior parte das plan-tas obtidas no país ocorre por meio do extrativismo, que resulta em material de má qualidade além de aumentar o risco de extinção da espécie coletada.

Mas porque não encontra-mos com facilidade produtores de plantas medicinais? Uma das justifi cativas é de que o agricultor encara o que cultiva como sua atividade profi ssio-

nal e assim como o profi ssio-nal liberal, não muda com faci-lidade de área, principalmente porque tem muito tempo e co-nhecimento investido. Outros motivos são: o fato de que por não ser produto comestível, há maiores incertezas na de-manda, também porque quem cultiva plantas medicinais tem que estar atento às informa-ções sobre as pesquisas com relação à aplicação na saúde e por serem escassas as in-formações agronômicas sobre a grande maioria das espécies medicinais.

Importante realçar que a condução do cultivo tem que ser diferenciada, pois o valor da planta se dá em função do princípio ativo produzido e este é produzido com o objeti-vo de proteção do vegetal, isto é, se não provocar determina-dos estresses na planta pode ser que a planta não produza ou tenha baixo teor da subs-tância.

Em relação ao cultivo de plantas medicinais, deve se destacar que é uma das eta-pas que mais pode interferir na produção de um fi toterá-pico, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. Portanto, se não forem utiliza-das as boas práticas de culti-vo, o produto gerado pode ser inócuo ou com alto índice de contaminantes.

Sobre a cadeia do agrone-gócio “plantas medicinais”, o material colhido pode ser destinado aos atacadistas,

Aspectos da comercialização de plantas medicinais

*O professor Marcos Roberto Furlan é

coordenador curso de Agronomia da Faculdade

Integral Cantareira

para as indústrias de fi -toterápicos e para outras indústrias que irão utilizar a planta como um todo ou extrair o princípio ativo para utilizar nos medicamentos. É importante realçar que mesmo in natura tem sido detectado um aumento sig-nifi cativo na procura.

Uma dica para quem queira começar na área é não iniciar o plantio e come-çar com o extrativismo de espécies espontâneas que não correm risco de extin-ção e que são comumente denominadas de daninhas. Entre elas, podem ser ci-tadas a erva-de-são-joão (Ageratum conyzoides) e a tanchagem (Plantago ma-jor), quem possuem usos reconhecidos e alcançam valores interessantes. É im-portante que o produto co-lhido e seco seja de ótima qualidade, de forma que demonstre a efi ciência do produtor.

Page 16: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB8

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Page 17: Jornal Entreposto | Maio de 2010

JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010

Femetran movimenta negócios do setor de transporte na Ceagesp

Eventos CC1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Eventos

Desde 2002, a Fe-metran - Feira dos Meios de Trans-porte, Movimen-tação e Logística

de Produtos Hortifrutícolas - cumpre o seu papel dentro do maior entreposto da América Latina. Além de ser um impor-tante canal de comunicação entre as marcas participantes e o público da Ceagesp, a feira possibilita a geração de negó-cios e apresenta as últimas novidades do setor.

A nona edição do evento teve como pano de fundo o tor-neio de futebol realizado pela Fifa. Desde o primeiro dia, 11 de maio, o clima era de Copa do Mundo. Os participantes puderam ouvir pelas caixas de som da Femetran a lista de jogadores convocados que acabara de sair na imprensa. Uma competição de chutes a gol, premiou os melhores ba-tedores com camisas e bolas oficiais da seleção.

Permissionários e frotistas tiveram a chance de conhecer os novos modelos de veículos comerciais e obter informa-ções técnicas dos produtos em exposição. Já as montado-ras, estreitaram o vínculo com antigos clientes e puderam fazer novos negócios e conta-tos nesta enorme cadeia de transportes de produtos hor-tifrutícolas e que abriga cami-nhoneiros de todo o Brasil.

1- Rodrigo Kanno (MWM)

“Muitos caminhoneiros da Ceagesp rodam com o nosso motor e a feira permite essa interação com o cliente final, aquele que não temos muito contato”

2- Daniel Araújo e Manoel Messias Gomes Rocha - vendedor (FORD)

“Comerciantes de frutas e legumes preferem os caminhões Ford 2422 e 2428. Na Femetran eles se empolgaram com o furgão Transit”

3- Fran Rubião Filho (Effa)

“A Femetran é o primeiro passo para futuros negócios no setor de transportes dentro da Ceagesp”

4- Everton Dalsasso(John Deere)

“Na Femetran conseguimos expandir a nossa marca diretamente para o nosso público alvo: o mercado agrícola”

5- Mauro Pires de Campos Neto (Chevrolet)

“O carro da Chevrolet mais vendido na Ceagesp é a Montana e a condição especial na Femetran fez sucesso”

6- Alessandro Ribeiro Souza Amaral (Mercedes)

“Na semana da Femetran eu aproveito para rever antigos clientes da Ceagesp e apre-sentar as novidades”

7- Sérgio Russo (Iveco)

“Os contatos e a divulgação que acontecem na Femetran possibilita estreitar relacionamentos e parcerias entre todos os segmentos de veículos comerciais”

1

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5

4

6

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Page 18: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC2

Hortifrutis ganham destaque em feira de supermercados

JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 C3

Setor de FLV representa cerca de 13% das vendas

O setor de supermerca-dos registrou faturamento de R$ 177 bilhões no ano passado, um aumento de 6,5% em relação a 2008, o maior índice de faturamen-to desde 1990.

A pesquisa “Retratos do Varejo”, realizada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) apon-tou que 2009 foi o ano do equilíbrio entre a renda e os gastos dos consumido-res - a renda média era de R$ 1.686 e o gasto médio foi de R$ 1.663, mostran-do que o consumidor ama-dureceu e está cada vez mais exigente.

O estudo mostra que houve aumento no número de lojas, enquanto o núme-ro da população registrou queda. Isso significa mais concorrência e mais desa-fios para o setor. “Agora, para atrair mais consumi-dores, é preciso se diferen-ciar, oferecendo seções e serviços especiais”, disse o presidente da Apas, João Sanzovo Neto.

A pesquisa aponta ainda que o consumidor já não é tão fiel ao canal supermercado. Hoje, ele usa diferentes canais para se abastecer, como ata-cadistas e vendas porta a porta, por exemplo, - 84% dos consumidores utilizam mais de três canais para se abastecer. “O consumi-dor com mais dinheiro no bolso, utiliza o consumo como forma de recompen-sa própria”, disse o vice-presidente de comunica-ção da entidade, Martinho Paiva.

Levantamento feito com 73 varejistas em abril mos-trou que a elevada carga tributária do país é o fator que mais preocupa os su-permercadistas e oferecer frutas, verduras e legumes (FLVs) com qualidade e frescor apareceu em quar-to lugar no ranking de preo-cupação dos varejistas em relação ao consumidor.

As vendas do setor de FLV nos supermercados vêm registrando crescimen-to nos últimos anos. No passado, o setor represen-tava 8% do faturamento de uma loja e hoje esse nú-mero chega a 13%. “A im-portância do setor é grande e vem crescendo graças a melhorias da diversidade e da qualidade dos produtos, que são cada vez maiores”, ressalta Sanzovo Neto.

Na feira de 2009, a Apas dedicou, pela primei-ra vez, um espaço exclusivo para empresas que comer-cializam FLVs. A iniciativa obteve resultados positi-vos, tanto que o projeto foi mantido no evento deste ano. Para a organização da Apas, a ideia de um espaço próprio permite o fortaleci-mento da percepção do se-tor porque, ao dividir uma área comum, o grupo se apresenta de maneira mais forte e todos ganham, já que a atuação isolada e es-palhada pela feira poderia diluir o seu potencial.

Alguns dos mais tra-dicionais atacadistas da Ceagesp, como Benassi, Hetos/Frugal e Batista, participaram do evento, re-alizado entre os dias 10 e 14 de maio.

Em 2009, cerca de 70 mil pessoas, entre donos de supermercados, distri-buidores, atacadistas e representantes de outros canais de varejo, visitaram a feira, cujo volume de ne-gócios foi de R$ 4 bilhões. (V.C.)

Expansão do FLV

8%

hoje representa

13%

representava o faturamento

Ao mesmo tempo em que o consumidor se mostra cada vez mais exigente, a pesquisa revela que reduziu a impor-tância que ele atribui à qua-lidade e o frescor dos FLVs. Martinho Paiva não considera o fato um problema porque, na opinião dele, o consumidor se conscientizou que o merca-do está mais homogêneo. Ou seja, reduziu a importância que ele dá a certos atributos porque para ele é óbvia a ne-cessidade de o supermerca-do oferecer, por exemplo, pro-dutos frescos e de qualidade. “Se o varejo não primar pelos requisitos de qualidade está fadado ao insucesso porque o consumidor é implacável”, avaliou Paiva.

Page 19: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC2

Hortifrutis ganham destaque em feira de supermercados

JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 C3

Setor de FLV representa cerca de 13% das vendas

O setor de supermerca-dos registrou faturamento de R$ 177 bilhões no ano passado, um aumento de 6,5% em relação a 2008, o maior índice de faturamen-to desde 1990.

A pesquisa “Retratos do Varejo”, realizada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) apon-tou que 2009 foi o ano do equilíbrio entre a renda e os gastos dos consumido-res - a renda média era de R$ 1.686 e o gasto médio foi de R$ 1.663, mostran-do que o consumidor ama-dureceu e está cada vez mais exigente.

O estudo mostra que houve aumento no número de lojas, enquanto o núme-ro da população registrou queda. Isso significa mais concorrência e mais desa-fios para o setor. “Agora, para atrair mais consumi-dores, é preciso se diferen-ciar, oferecendo seções e serviços especiais”, disse o presidente da Apas, João Sanzovo Neto.

A pesquisa aponta ainda que o consumidor já não é tão fiel ao canal supermercado. Hoje, ele usa diferentes canais para se abastecer, como ata-cadistas e vendas porta a porta, por exemplo, - 84% dos consumidores utilizam mais de três canais para se abastecer. “O consumi-dor com mais dinheiro no bolso, utiliza o consumo como forma de recompen-sa própria”, disse o vice-presidente de comunica-ção da entidade, Martinho Paiva.

Levantamento feito com 73 varejistas em abril mos-trou que a elevada carga tributária do país é o fator que mais preocupa os su-permercadistas e oferecer frutas, verduras e legumes (FLVs) com qualidade e frescor apareceu em quar-to lugar no ranking de preo-cupação dos varejistas em relação ao consumidor.

As vendas do setor de FLV nos supermercados vêm registrando crescimen-to nos últimos anos. No passado, o setor represen-tava 8% do faturamento de uma loja e hoje esse nú-mero chega a 13%. “A im-portância do setor é grande e vem crescendo graças a melhorias da diversidade e da qualidade dos produtos, que são cada vez maiores”, ressalta Sanzovo Neto.

Na feira de 2009, a Apas dedicou, pela primei-ra vez, um espaço exclusivo para empresas que comer-cializam FLVs. A iniciativa obteve resultados positi-vos, tanto que o projeto foi mantido no evento deste ano. Para a organização da Apas, a ideia de um espaço próprio permite o fortaleci-mento da percepção do se-tor porque, ao dividir uma área comum, o grupo se apresenta de maneira mais forte e todos ganham, já que a atuação isolada e es-palhada pela feira poderia diluir o seu potencial.

Alguns dos mais tra-dicionais atacadistas da Ceagesp, como Benassi, Hetos/Frugal e Batista, participaram do evento, re-alizado entre os dias 10 e 14 de maio.

Em 2009, cerca de 70 mil pessoas, entre donos de supermercados, distri-buidores, atacadistas e representantes de outros canais de varejo, visitaram a feira, cujo volume de ne-gócios foi de R$ 4 bilhões. (V.C.)

Expansão do FLV

8%

hoje representa

13%

representava o faturamento

Ao mesmo tempo em que o consumidor se mostra cada vez mais exigente, a pesquisa revela que reduziu a impor-tância que ele atribui à qua-lidade e o frescor dos FLVs. Martinho Paiva não considera o fato um problema porque, na opinião dele, o consumidor se conscientizou que o merca-do está mais homogêneo. Ou seja, reduziu a importância que ele dá a certos atributos porque para ele é óbvia a ne-cessidade de o supermerca-do oferecer, por exemplo, pro-dutos frescos e de qualidade. “Se o varejo não primar pelos requisitos de qualidade está fadado ao insucesso porque o consumidor é implacável”, avaliou Paiva.

Page 20: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC4

Manelão*Colunista

CÁ ENTRE NÓS

Maio chegou1º de maio, Dia do Traba-

lho, festa por toda a cidade, onde a grande massa assala-riada da capital paulista assis-tiu ao espetáculo dos cantores e cantoras no Vale do Anhanga-bau na região central da gran-de metrópole, que já foi palco da luta pelas eleições diretas. A outra grande parte foi para a Zona Norte no bairro de San-tana, preencher o cupons e depositar na urna e torcer para ser o feliz contemplado com o documento de posse de um apartamento.

Mas na Zona Oeste, no coração da Ceagesp, os traba-lhadores comemoraram o dia trabalhando com firmeza para que no Domingo não faltem produtos hortifrutigranjeiros em nenhuma mesa.

O pavilhão MLP - Merca-do Livre do Produtor, enfeitou suas alamedas com a beleza das rosas, o colorido das mar-garidas, a brancura do lírio da paz e o contraste das violetas com as orquídeas encheram o ar com o perfume do jasmim para homenagear as mulheres que pelos filhos dão amor sem fim. Deus abençoe as mães.

O Capelão Luiz de Laet da Comunidade Ambiental Santa Luzia, na festa em homenagem às mães na sede da Associa-ção “Nossa Turma”, no calor da apresentação da música escolhida pelas professoras, saudá-las, que emocionadas,

foram às lágrimas ao abraça-rem a apresentadora Zildetti Montiel, que todo ano entrega o prêmio às mulheres que se destacam no dia-dia da vida. To-das foram aspergidas pela água benta das mãos do diácono.

No dia 23 de maio acon-teceu a II Etapa do Circuito Queima do Alho 2010, que foi vencido pela Comitiva Monta-na, e a nossa querida Comitiva Capiau ficou com o 2º lugar. O presidente da Ceagesp e a se-cretária da ANAPA, que veio de Brasília, saborearam a comida, e aplaudiram as duplas serta-nejas Márcio e Fabiano, Thaís e Eduardo, e a banda Red Fox.

Dia 29 ocorrerá a Ação Saú-de, encabeçada pelos voluntá-

rios da área ( enfermeiros, médicos, dentistas etc.) que apresentarão palestras sobre DST/AIDS, Medicina do Trabalho, brincadeiras, gincanas, recreações, e a participação do famoso Tio Borges (funcionário da Cea-gesp) fazendo Maquiagem Facial infantil. Também terá o Projeto Tesourinha dando um toque de beleza nos ca-belos da galera. E a Pasto-ral da criança pesando, me-dindo e orientando na parte nutricional das crianças.

Os voluntariado da Cea-gesp e do Banco HSBC pro-metem fazer a diferença. Venha participar e se doar, das 09:00h às 16:00h.

Borges, fazendo maquiagem facial infantil, alegrando a criançada da Nossa Turma

Page 21: Jornal Entreposto | Maio de 2010

DD1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Veículos Comerciais

Hoggar, a primeira picape compacta da Peugeot

Destaque na Femetran 2010, a Hoggar é o primeiro utilitário compacto da marca desenvolvido no Brasil.

A denominação Hoggar (nome de uma cadeia de montanhas no deserto do Saara, na África) foi herdada de um concept car da marca e evoca um universo que alia força, resistência e ação.

O projeto da picape compacta, que completa a gama de pro-dutos da família 207, formada pelas silhuetas Hatchback, SW, SW Escapade e o sedã Passion, demonstra claramente a importância do Brasil como mercado estratégico para o cres-cimento global de suas vendas, ao lado, principalmente, de Rússia e China, pilares do plano de internacionalização da Peugeot.

Para atender às expectativas desse segmento do mercado brasileiro, os engenheiros da Peugeot tiveram que conceber uma plataforma específica, que surgiu da união da plataforma dianteira do 207 nacional e da traseira da Partner alongada em 300 mm. Dessa forma, a picape Hoggar tornou-se a maior entre todas as silhuetas da família 207.

A ligação entre as duas plataformas foi feita por elementos de estrutura desenhados especialmente para garantir uma eleva-da rigidez ao conjunto. Isso permitiu ao sistema de suspensão trabalhar da forma mais correta possível, melhorando ainda mais o conforto na condução dinâmica do modelo.

Outra grande vantagem desse desenvolvimento: com a plata-forma híbrida, os engenheiros da Peugeot, sem comprometer

o espaço interno da cabine, construíram a caçamba com a maior capacidade volumétrica de seu segmento, 1.151 litros. E, aliado aos pneus Pirelli Chrono 175 65 R14T, chegaram à picape compacta de maior carga útil entre os concorrentes, 742 kg na versão XLine (660 kg na XR e 650 na Escapade).

A caçamba do utilitário apresenta outros benefícios, como o aproveitamento quase total de sua área útil. A caixa de rodas é pouco saliente, pois o assoalho do modelo é novo. A Peu-geot trabalhou nessa área de forma a torná-la a mais funcio-nal possível. Instalou ali dez pontos de amarração, como seis ganchos fixos (três de cada lado) na lateral, mais quatro na parte interna (dois próximos à cabine e outros dois perto da tampa).

A tampa traseira, por exemplo, pode ser retirada, caso seja necessário o transporte de objetos que ultrapassem os limites da caçamba. A operação é bastante simples: basta destravar a tampa pela maçaneta com a chave do veículo, incliná-la em 45º e puxá-la para fora. Ela conta ainda com a capacidade de suportar até 300 kg.

A funcionalidade da tampa se mostra também quanto à segu-rança do estepe, localizado sob a caçamba. Para acessá-lo, é preciso desrosquear um parafuso protegido por uma peça metálica que fica travada quando a tampa da caçamba está fechada. Por isso só quem tem a chave do veículo consegue liberar o estepe.

Conheça este incrível modelo da Peugeot na Ceagesp, na gale-ria de serviços até o dia 17 de junho. Vale a pena conferir.

A Chevrolet Montana possui motor de ótimo desempenho, capacidade de carga na caçamba de 730 Kg, 1.143 litro de volume e vem com tampa com chave para proteger a carga.

As versões disponíveis no mercado são a Conquest, com motor 1.4 Econo.Flex de 105 Cv de potência, a Conquest Arena equipada com AC, direção hidráulica, faróis de neblina e rodas de alumínio aro 14”, a Sport cm opções de motorização 1.4 e 1.8 e a Combo com compartimento de carga com 3,3 m3 de capacidade.

Totalmente renovada, a Saveiro proporciona excelente conforto, espaço e facilidade de acesso através de portas amplas e com três graduações de abertura.

Entre muitas outras características inéditas no segmento, a Saveiro conta com um inovador sistema de abertura da tampa da caçamba com amortecedor.

As versões 1.6 contem banco de motorista com ajuste de altura, nova suspensão RCS - Robust Cargo Suspension e tampa traseira com chave.A Tropper vem com direção hidráulica e iluminação no compartimento de carga.

Por último a Cross, com nova suspensão RCS, ganchos deslizante sobre trilhos na caçamba e tampa traseira com chave e amortecedor.

A Fiat Automóveis possui três versões para a sua picape Strada Working. São elas: Strada Working 1.4 Cabine Simples, Strada Working 1.4 Cabine Estendida e Strada Working 1.4 Cabine Dupla.

As versões Working chegam com mais três excelentes opções de compra para o consumidor da picape Strada. Elas trazem um novo design, o reconhecido motor 1.4, uma completa lista de equipamentos, além das cabines Simples, Esten-dida e Dupla.

A picape Strada Working possui uma nova dianteira, que traz faróis monoparábolas e pára-choque dianteiro pintado na cor do veículo. Já a traseira possui as mesmas linhas robustas do Fiat Strada Trekking, inclusive a caçamba com tampa removível para maior praticidade, que tam-bém vem com chave para maior segurança.

Como anda a concorrência

A picape Hoggar recebeu em seu interior, o mesmo design contemporâneo das demais linhas da família 207.

VERSÃO ONLINEAcompanhe as notícias do mercado de veículos comerciais pelo portal :

www.jornalentreposto.com.br/transporte

Em adaptação à condição de uso para um veículo utilitário, a Peugeot desenvolveu um conjunto de suspensão mais robusto que, mesmo prevendo a utilização da picape com carga máxima, não deixou de lado a preocupação com o conforto em sua condução dinâmica.

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Motor Show

Page 22: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Como controlar pneus de uma frota de caminhões?

Trabalho em uma empresa que tem uma frota de caminhões e agora estou respondendo pelo setor de pneus.Gostaria de saber qual a melhor forma de controlá-los, o total de Km rodado, posição de rodagem, hora de retirá-los para recapar, rodízio, melhor forma de fazer um relatório etc. Nunca mexi com essa área de borracharia.

Por Wesley C

Pergunta realizada no fórum Yahoo por usuário

Melhor resposta escolhida por votação

1° passo - Coleta de dados: você deve identifi car as quan-tidades de veículos, de pneus, quantidade de Km rodados mensais de cada veículo, etc.Em paralelo a isso, se você também faz as compras de pneus, é importante fazer pesquisas de fornecedores para redução de custos, melhor qualidade, etc. É com eles também que você vai colher informações para o 2� passo.

2° passo - Coleta de informações tais como: duração dos pneus, ou seja quantos Km eles duram, isso você pode con-seguir com os fornecedores.Obs: é recomendado se ter uma margem de segurança, por exemplo se o pneu dura 30 mil Km desconte de 10% a 25% deste total para absorver as variações de estradas e pesos.

3° passo - Acompanhe sempre a vida de todo pneu novo trocado de cada veículo para atualização de seus dados. É outro fator muito importante, pois vai melhorar a acuracidade de suas informações.

4° passo - Junte os dados recolhidos em uma planilha no excel junto com as informações.

Contran altera placas de sinalização das rodovias brasileiras

Os motoristas já podem se deparar com novas placas de sinalização ao trafegar por rodovias de todo o país. O Con-selho Nacional de Trânsito (Contran) editou uma resolução que altera as informações complementares das placas indi-cativas de velocidade máxima permitida com o objetivo de fa-cilitar a leitura. Agora, é preciso fi car atento para interpretar corretamente a defi nição em que o veículo se encaixa para não correr o risco de tomar uma multa ou até mesmo ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) retida.

As novas placas já começaram a ser instaladas em diver-sas rodovias brasileiras, e uma delas é na rodovia Engenhei-ro João Baptista Cabral Rennó, sentido Bauru-Piratininga, al-guns quilômetros antes de chegar à cidade vizinha.

O major do Policiamento Militar Rodoviário, Augusto Fran-cisco Cação, explica que a sinalização - que foi simplifi cada pelo Contran para facilitar a compreensão dos motoristas - é apenas necessária quando a via exige velocidades máximas diferentes para veículos com características específi cas.

De acordo com ele, os motoristas devem prestar atenção na defi nição do que seriam os veículos leves e pesados para não serem fl agrados em velocidades acima das permitidas nas rodovias. “Veículos leves passam a ser motocicletas, automóveis, utilitários, caminhonetes, entre outros. Já a de-fi nição de pesados inclui ônibus, micro-ônibus, caminhões, tratores, reboques e mais.”

Algo que pode gerar confusão na hora de interpretar os di-ferentes limites de velocidade é a utilização de reboques por veículos leves. “Caso o motorista de um veículo leve, como carro de passeio ou caminhonete, engate uma carreta para o transporte de motocicleta, bagagem, lancha ou qualquer outro tipo de carga, esse veículo passa a ser confi gurado como pesado e o limite de velocidade pode reduzir”, defi ne o major Augusto.

Ele lembra que nos locais onde a placa de sinalização não é utilizada signifi ca que todos os veículos, sem diferen-ciação, devem respeitar o mesmo limite de velocidade, que é explicitado em placas convencionais que estampam a veloci-dade máxima permitida.

Alguns sistemas são autôno-mos, estritamente para nave-gação. Outros integram uma confi guração multimídia embu-tida no veículo que utiliza um monitor de vídeo para exibir mapas ou fi lmes de DVD. Ou-tro formato usa uma pequena unidade central com único DIN que combina um receptor de rádio com o sistema de nave-gação.

Determine o Dispositivo GPS que você precisa

Os dispositivos GPS se apre-sentam em três categorias:

GPS Lazer: Leve seu GPS La-zer para qualquer lugar. As uni-dades Portáteis de GPS cabem no seu bolso, mochila ou no suporte para o painel do car-ro. Alguns, como o Forerunner do fabricante Garmin, também se apresentam em formato de relógio de pulso, perfeito para pessoas que fazem caminhada ou andam de bicicleta e que buscam um dispositivo GPS leve, que possa ser consultado em uma única olhada.

GPS para Automóveis: Os dis-positivos GPS para Automóveis

Como comprar um GPS? projetados especialmente para uso em veículos geralmente incluem mapas ou permitem que você faça o download de dados de mapeamento. Mui-tos também fornecem direções por comando de voz para que você possa manter sua aten-ção na estrada, telas de toque e opções de instalação.

GPS Náutico: O dispositivo GPS Náutico, destinado ao uso a bordo de navios e outras em-barcações, ostenta um design reforçado a prova d´água e também pode boiar. Geralmen-te incluem mapas perto e ao largo da costa, funções de tra-çado de mapas e uma tela que é claramente visível à luz do sol. Alguns tem até mesmo a habilidade de prever marés ou localizar cardumes de peixes.

Os dispositivos GPS apresentam uma variedade de características e opções.

Precisão: A maioria dos dis-positivos GPS pode determi-nar sua localização dentro de 15 metros (aproximadamente 49,21 pés). Se você precisa de

maior precisão, procure GPS diferencial (DGPS), que calcula sua localização de 1 a 3 me-tros.

Opções de interface: Os dis-positivos de GPS apresentam uma variedade de tamanhos de tela que podem ser mono-cromáticas ou coloridas. As te-las maiores e coloridas custam um pouco mais do que os dis-positivos de tela monocromáti-ca. As telas coloridas fornecem mais detalhes, porém gastam mais bateria. Ao pesquisar a descrição dos itens, avalie a imagem que o vendedor forne-ce e certifi que-se de que a tela é adequada para suas necessi-dades. Ao comprar um disposi-tivo GPS para veículos, obser-ve a navegação por toque na tela, comandos de voz audíveis para direção e computador de bordo. Essas características o ajudarão a manter os olhos na estrada e o computador de bordo avisará sobre a distância restante quando você dirige do ponto A para o ponto B.

Lojas no mapas: A maioria dos dispositivos GPS inclui um software de mapas como, por exemplo, o mapa das ruas dos Estados Unidos. Você também pode adquirir softwares adicio-nais contendo, por exemplo, os mapas europeus.

Armazenamento de dados: Muitos dispositivos GPS vem com mapas embutidos, mas você pode armazenar mais in-formações caso seu aparelho seja compatível com cartões removíveis de memória Secu-re Digital ou CompactFlash. Os dados de mapeamento não tomam muito espaço e muitas unidades já vem com cartões de memória de 128 MB.

Unidades GPS de combina-ção: Dispositivos GPS inde-pendentes funcionam perfei-tamente para a maioria das pessoas, mas alguns assisten-tes digitais pessoais (PDAs) e rádios bidirecionais vem com a funcionalidade embutida. Se você precisa de um PDA ou de um rádio bidirecional, conside-re uma dessas combinações.

Resistência às mudanças climáticas: Como todos os aparelhos eletrônicos, certa-mente você tentaria manter seu dispositivo GPS a salvo das mudanças climáticas e de que-das. Procure um dispositivo de GPS com design reforçado e características de resistência às mudanças climáticas se você planeja usá-lo ao ar livre.

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD2 JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 D3

O Cálculo é simples.

Se um pneu dura 30 mil km e o caminhão faz 5 mil por mês, divida os 30 mil pelos 5 mil e terá como resultado 6 meses de duração até a próxima troca. Lembrando de ter uma margem de segurança na duração do pneu.

O importante é manter todos os pneus identifi cados para rastreamento. Faça uma numeração uma marca qualquer coisa que você o identifi que.

Monte gráfi cos de rendimento de cada pneu para saber qual veículo esta gastando mais, etc. As vezes um caminho-neiro acaba sendo o motivo de alto consumo de pneu, você poderá enchergar isso.

Seu contato com os motoristas é muito importante, o veículo precisa estar muito bem alinhado, balenceado etc, eles podem te informar sobre isso e qualquer fator crítico que aumente o consumo de pneu. Sempre faça uma análise de cada pneu para saber se estão comendo de um lado mais que outro.

FÓRUM Encontramos na internet questões interessantes para uso no seu dia a dia e publicamos para que você possa recortar e guardar na agenda

A exclusiva função Ajuda do TomTom dá aos usuários acesso direto a informações sobre serviços de segurança e emergência

O mais recente lançamento da Elgin é o novo navegador GPS T Levo N 23 com tela de 3.5 polegadas e memória interna de 2 GB

Biodiesel polui menos e faz bem ao motorMercedes apresenta testes com o biodiesel e garante que ele tem vários benefícios

O biodiesel já é uma realidade e alguns postos já vendem o diesel comum com adição do combustível “verde”.

Mas muitos ainda não escolhem este combustível por achar que há perda de rendimento ou qualquer outro “problema”.

A Mercedes Benz aproveitou a Show Bus 2010, realizado em Campinas, para explicar que o biocombustível só faz bem ao motor e ao meio ambiente.

Pioneira no teste com o diesel de cana, a Mercedes utilizou em um tanque de combustível 90% de diesel comercial de algumas áreas metropolitanas (com teor de enxofre S50) e 10% de diesel de cana. Mesmo com um percentual aparen-temente pequeno, o novo combustível proporcionou redução de 9% nas emissões de material particulado, sem aumentar as emissões de NOx.

Isso sem falar na manutenção do desempenho do motor. “Nos ensaios comparativos, todos os parâmetros de controle do motor permaneceram exatamente iguais. Esse novo bio-combustível se mostra como uma alternativa interessante”, diz Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil.

Segundo ele, o biodiesel manteve o consumo reduzido e pode aumentar de forma signifi cativa a vida útil do motor.

TestesA Mercedes também abriu os resultados colhidos após 2,2 milhões de quilômetros de testes com biodiesel.

Em testes com percentuais de 20% (B20) a 100% (B100), fazendo controle e acompanhamento de todas as fases, a empresa destacou testes dos caminhões abastecidos com B100, que foram realizados em parceria com clientes que atuam em condições severas de transporte em médias e longas distâncias rodoviárias e aplicações fora-de-estrada.

Numa cidade como São Paulo, cuja frota circulante é de cer-ca de 15 mil ônibus, os benefícios do biodiesel são muito evidentes. O uso da mistura B20 em toda esta frota resul-taria, por exemplo, numa redução das emissões de 72 mil toneladas de gás carbônico por ano e de 35% de material particulado.

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Como controlar pneus de uma frota de caminhões?

Trabalho em uma empresa que tem uma frota de caminhões e agora estou respondendo pelo setor de pneus.Gostaria de saber qual a melhor forma de controlá-los, o total de Km rodado, posição de rodagem, hora de retirá-los para recapar, rodízio, melhor forma de fazer um relatório etc. Nunca mexi com essa área de borracharia.

Por Wesley C

Pergunta realizada no fórum Yahoo por usuário

Melhor resposta escolhida por votação

1° passo - Coleta de dados: você deve identifi car as quan-tidades de veículos, de pneus, quantidade de Km rodados mensais de cada veículo, etc.Em paralelo a isso, se você também faz as compras de pneus, é importante fazer pesquisas de fornecedores para redução de custos, melhor qualidade, etc. É com eles também que você vai colher informações para o 2� passo.

2° passo - Coleta de informações tais como: duração dos pneus, ou seja quantos Km eles duram, isso você pode con-seguir com os fornecedores.Obs: é recomendado se ter uma margem de segurança, por exemplo se o pneu dura 30 mil Km desconte de 10% a 25% deste total para absorver as variações de estradas e pesos.

3° passo - Acompanhe sempre a vida de todo pneu novo trocado de cada veículo para atualização de seus dados. É outro fator muito importante, pois vai melhorar a acuracidade de suas informações.

4° passo - Junte os dados recolhidos em uma planilha no excel junto com as informações.

Contran altera placas de sinalização das rodovias brasileiras

Os motoristas já podem se deparar com novas placas de sinalização ao trafegar por rodovias de todo o país. O Con-selho Nacional de Trânsito (Contran) editou uma resolução que altera as informações complementares das placas indi-cativas de velocidade máxima permitida com o objetivo de fa-cilitar a leitura. Agora, é preciso fi car atento para interpretar corretamente a defi nição em que o veículo se encaixa para não correr o risco de tomar uma multa ou até mesmo ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) retida.

As novas placas já começaram a ser instaladas em diver-sas rodovias brasileiras, e uma delas é na rodovia Engenhei-ro João Baptista Cabral Rennó, sentido Bauru-Piratininga, al-guns quilômetros antes de chegar à cidade vizinha.

O major do Policiamento Militar Rodoviário, Augusto Fran-cisco Cação, explica que a sinalização - que foi simplifi cada pelo Contran para facilitar a compreensão dos motoristas - é apenas necessária quando a via exige velocidades máximas diferentes para veículos com características específi cas.

De acordo com ele, os motoristas devem prestar atenção na defi nição do que seriam os veículos leves e pesados para não serem fl agrados em velocidades acima das permitidas nas rodovias. “Veículos leves passam a ser motocicletas, automóveis, utilitários, caminhonetes, entre outros. Já a de-fi nição de pesados inclui ônibus, micro-ônibus, caminhões, tratores, reboques e mais.”

Algo que pode gerar confusão na hora de interpretar os di-ferentes limites de velocidade é a utilização de reboques por veículos leves. “Caso o motorista de um veículo leve, como carro de passeio ou caminhonete, engate uma carreta para o transporte de motocicleta, bagagem, lancha ou qualquer outro tipo de carga, esse veículo passa a ser confi gurado como pesado e o limite de velocidade pode reduzir”, defi ne o major Augusto.

Ele lembra que nos locais onde a placa de sinalização não é utilizada signifi ca que todos os veículos, sem diferen-ciação, devem respeitar o mesmo limite de velocidade, que é explicitado em placas convencionais que estampam a veloci-dade máxima permitida.

Alguns sistemas são autôno-mos, estritamente para nave-gação. Outros integram uma confi guração multimídia embu-tida no veículo que utiliza um monitor de vídeo para exibir mapas ou fi lmes de DVD. Ou-tro formato usa uma pequena unidade central com único DIN que combina um receptor de rádio com o sistema de nave-gação.

Determine o Dispositivo GPS que você precisa

Os dispositivos GPS se apre-sentam em três categorias:

GPS Lazer: Leve seu GPS La-zer para qualquer lugar. As uni-dades Portáteis de GPS cabem no seu bolso, mochila ou no suporte para o painel do car-ro. Alguns, como o Forerunner do fabricante Garmin, também se apresentam em formato de relógio de pulso, perfeito para pessoas que fazem caminhada ou andam de bicicleta e que buscam um dispositivo GPS leve, que possa ser consultado em uma única olhada.

GPS para Automóveis: Os dis-positivos GPS para Automóveis

Como comprar um GPS? projetados especialmente para uso em veículos geralmente incluem mapas ou permitem que você faça o download de dados de mapeamento. Mui-tos também fornecem direções por comando de voz para que você possa manter sua aten-ção na estrada, telas de toque e opções de instalação.

GPS Náutico: O dispositivo GPS Náutico, destinado ao uso a bordo de navios e outras em-barcações, ostenta um design reforçado a prova d´água e também pode boiar. Geralmen-te incluem mapas perto e ao largo da costa, funções de tra-çado de mapas e uma tela que é claramente visível à luz do sol. Alguns tem até mesmo a habilidade de prever marés ou localizar cardumes de peixes.

Os dispositivos GPS apresentam uma variedade de características e opções.

Precisão: A maioria dos dis-positivos GPS pode determi-nar sua localização dentro de 15 metros (aproximadamente 49,21 pés). Se você precisa de

maior precisão, procure GPS diferencial (DGPS), que calcula sua localização de 1 a 3 me-tros.

Opções de interface: Os dis-positivos de GPS apresentam uma variedade de tamanhos de tela que podem ser mono-cromáticas ou coloridas. As te-las maiores e coloridas custam um pouco mais do que os dis-positivos de tela monocromáti-ca. As telas coloridas fornecem mais detalhes, porém gastam mais bateria. Ao pesquisar a descrição dos itens, avalie a imagem que o vendedor forne-ce e certifi que-se de que a tela é adequada para suas necessi-dades. Ao comprar um disposi-tivo GPS para veículos, obser-ve a navegação por toque na tela, comandos de voz audíveis para direção e computador de bordo. Essas características o ajudarão a manter os olhos na estrada e o computador de bordo avisará sobre a distância restante quando você dirige do ponto A para o ponto B.

Lojas no mapas: A maioria dos dispositivos GPS inclui um software de mapas como, por exemplo, o mapa das ruas dos Estados Unidos. Você também pode adquirir softwares adicio-nais contendo, por exemplo, os mapas europeus.

Armazenamento de dados: Muitos dispositivos GPS vem com mapas embutidos, mas você pode armazenar mais in-formações caso seu aparelho seja compatível com cartões removíveis de memória Secu-re Digital ou CompactFlash. Os dados de mapeamento não tomam muito espaço e muitas unidades já vem com cartões de memória de 128 MB.

Unidades GPS de combina-ção: Dispositivos GPS inde-pendentes funcionam perfei-tamente para a maioria das pessoas, mas alguns assisten-tes digitais pessoais (PDAs) e rádios bidirecionais vem com a funcionalidade embutida. Se você precisa de um PDA ou de um rádio bidirecional, conside-re uma dessas combinações.

Resistência às mudanças climáticas: Como todos os aparelhos eletrônicos, certa-mente você tentaria manter seu dispositivo GPS a salvo das mudanças climáticas e de que-das. Procure um dispositivo de GPS com design reforçado e características de resistência às mudanças climáticas se você planeja usá-lo ao ar livre.

Maio 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD2 JORNAL ENTREPOSTO l Maio 2010 D3

O Cálculo é simples.

Se um pneu dura 30 mil km e o caminhão faz 5 mil por mês, divida os 30 mil pelos 5 mil e terá como resultado 6 meses de duração até a próxima troca. Lembrando de ter uma margem de segurança na duração do pneu.

O importante é manter todos os pneus identifi cados para rastreamento. Faça uma numeração uma marca qualquer coisa que você o identifi que.

Monte gráfi cos de rendimento de cada pneu para saber qual veículo esta gastando mais, etc. As vezes um caminho-neiro acaba sendo o motivo de alto consumo de pneu, você poderá enchergar isso.

Seu contato com os motoristas é muito importante, o veículo precisa estar muito bem alinhado, balenceado etc, eles podem te informar sobre isso e qualquer fator crítico que aumente o consumo de pneu. Sempre faça uma análise de cada pneu para saber se estão comendo de um lado mais que outro.

FÓRUM Encontramos na internet questões interessantes para uso no seu dia a dia e publicamos para que você possa recortar e guardar na agenda

A exclusiva função Ajuda do TomTom dá aos usuários acesso direto a informações sobre serviços de segurança e emergência

O mais recente lançamento da Elgin é o novo navegador GPS T Levo N 23 com tela de 3.5 polegadas e memória interna de 2 GB

Biodiesel polui menos e faz bem ao motorMercedes apresenta testes com o biodiesel e garante que ele tem vários benefícios

O biodiesel já é uma realidade e alguns postos já vendem o diesel comum com adição do combustível “verde”.

Mas muitos ainda não escolhem este combustível por achar que há perda de rendimento ou qualquer outro “problema”.

A Mercedes Benz aproveitou a Show Bus 2010, realizado em Campinas, para explicar que o biocombustível só faz bem ao motor e ao meio ambiente.

Pioneira no teste com o diesel de cana, a Mercedes utilizou em um tanque de combustível 90% de diesel comercial de algumas áreas metropolitanas (com teor de enxofre S50) e 10% de diesel de cana. Mesmo com um percentual aparen-temente pequeno, o novo combustível proporcionou redução de 9% nas emissões de material particulado, sem aumentar as emissões de NOx.

Isso sem falar na manutenção do desempenho do motor. “Nos ensaios comparativos, todos os parâmetros de controle do motor permaneceram exatamente iguais. Esse novo bio-combustível se mostra como uma alternativa interessante”, diz Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil.

Segundo ele, o biodiesel manteve o consumo reduzido e pode aumentar de forma signifi cativa a vida útil do motor.

TestesA Mercedes também abriu os resultados colhidos após 2,2 milhões de quilômetros de testes com biodiesel.

Em testes com percentuais de 20% (B20) a 100% (B100), fazendo controle e acompanhamento de todas as fases, a empresa destacou testes dos caminhões abastecidos com B100, que foram realizados em parceria com clientes que atuam em condições severas de transporte em médias e longas distâncias rodoviárias e aplicações fora-de-estrada.

Numa cidade como São Paulo, cuja frota circulante é de cer-ca de 15 mil ônibus, os benefícios do biodiesel são muito evidentes. O uso da mistura B20 em toda esta frota resul-taria, por exemplo, numa redução das emissões de 72 mil toneladas de gás carbônico por ano e de 35% de material particulado.

Page 24: Jornal Entreposto | Maio de 2010

Copa 2010

As tradicionais cornetas sul-africanas se tornam cada vez mais controvertidas

As “vuvuzelas”

A Fifa ficou de estudar a possibilidade de proibir as cornetas durante a Copa de 2010, mas até agora o banimento não se concre-tizou, o que já tem tirado o sono de cometaristas e locutores esportivos.

As “vuvuzelas” são uma tradição do futebol sul-africano, especialmente da torcida negra. Desde a Copa das Confederações, o som altíssimo que elas produzem vem sendo alvo de críticas. Muitos na África do Sul defendem seu uso, alegando ser uma manifes-tação cultural. Para ele,s proibí-las descaracterizaria a forma de torcer no país.

Anteriormente, o presiden-te da entidade, já havia de-

A seleção argentina é a “me-nos querida” entre as consi-deradas principais da Copa, e a brasileira, a mais amada no exterior, segundo uma pes-quisa realizada em nove paí-ses pelo Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) e publi-cada nesta quarta-feira pelo jornal L’Équipe.

Segundo a enquete, 18% dos entrevistados que afirmaram ter interesse em futebol res-ponderam “Argentina” ante a pergunta: “Que time você gosta menos?”, superando por pouco o da França, que recebeu 16% dos votos, e a Itália (13%).

Já na pergunta sobre a sele-ção “mais querida”, o Brasil dominou com grande diferen-ça, com 28% dos votos, mais que o dobro dos espanhóis (13%), que aparecem em se-gundo.

A pesquisa foi feita com 5 mil pessoas de nove países (Rei-no Unido, Brasil, China, Esta-dos Unidos, Alemanha, Espa-nha, Itália, França e Holanda) sobre suas preferências no futebol e suas previsões an-tes da próxima Copa.

Os dirigentes do IFOP conclu-íram que “os times latinos, com seu futebol ofensivo, são os favoritos” dos torcedores.

No que diz respeito às esca-lações que trazem mais chan-ces de conquista do título, a Espanha domina com 32% dos votos entre os entrevista-dos, superando o Brasil (25%) e a França (16%).Esses dados variam de acor-do com o time local em cada país.

Na Espanha, por exemplo, 72% dos torcedores acredi-tam na vitória da própria sele-ção, enquanto que, no Brasil, o grau de otimismo sobe para 80%.

clarado que as vuvuzelas são um elemento da cultu-ra local. “Sim, as vuvuze-las são algo diferente. E, sinceramente, eu nem as escuto mais. Trouxemos a Copa do Mundo para a África, e este é um conti-nente em que a atmosfe-ra e a cultura são diferen-tes”, afirmou Blatter. Para o suíço, as vuvuzelas são a forma que os sul-africanos encontram de mostrar sua alegria durante a partida.

Os bafana bafana já vira-ram a casaca numa opor-tunidade e torceram pelo Brasil com suas vuvuzelas. O “buuu” exaurido por es-tas cornetas é o jeito zulu de saudar seus ídolos. Dentro deste contexto, já estamos bem cotados.

Um pouco misteriosa, ultradefensiva e fortemente disciplinada

Coreia do Norte, o primeiro desafio

A equipe da Coreia do Norte treina na Suiça desde 11 de maio em Anzère, no Valais, um povoado a sudoeste situa-do a 967 metros de altituide, onde permanece até o dia 25, depois do amistoso realizado contra o Paraguai, em Nyon.

Não é a primeira vez que os norte-coreanos estão na Sui-ça. Em maio do ano passado, eles treinaram durante duas semanas na Basilea, onde re-alizaram dois amistosos. Os jogadores Kuk-Jin Kim e Chol-Ryong Pak, do Conc´rodia Basel, equipe da segunda di-visão do futebol suiço, então ainda atuavam na seleção.

Foi a primeria viagem ao Oci-dente de uma seleção da Co-reia do Norte desde 1966, quando, após derrotar a Itália por 1 a 0, ela surpreendente-mente chegou às quartas de final da Copa do Mundo na Inglaterra, onde foi eliminada por Portugal (5 a 3).

Por incrível que pareça, em-presários que fazem negócios com o futebo norte-coreano declararam que eles são con-siderados os brasileiros da Ásia, disse o jornal Tagesan-zeiger.ch.

Andy Egli, ex-zagueiro da se-leção suíça, que realizou um curso financiado pela Fifa para 34 jogadores e 20 técnicos na Coreia do Norte, entre 3 de ju-lho e 31de agosto de 2008, descreveu o primeiro adver-sário do Brasil no Mundial no semanário Weltwoche.

“Os jogadores de futebol norte-coreanos são extrema-mente resistentes, rápidos e agressivos, mas apresentam grandes déficits na área men-tal. Autoconfiança e criativida-de são um grande problema”, afirma. A palavra “estrela” é desconhecida no país, expli-cou.

Os organizadores da Femetran distribuiram mais de 600 cornetas na feira aos participantes da promoção, além de 50 camisas da torcida oficial, 4 bolas Adidas da Copa e 3 camisas oficias Nike da seleção brasileira.

Tabela da Copa na Internet

Cristiano Ronaldo não é tudo

Regime mais light na África do Sul

Acompanhe os jogos da copa do mundo 2010, África do Sul, com a tabela feita no Excel. Digite apenas os resultados dos jogos e as informações de classificação, vitórias, derrotas, e saldo de gols, aparecerão.A tabela está disponível para download no site www.jornalentreposto.com.br

imadivaprincess.wordpress.com

Bate-bola dos jogadores norte-coreanos, adversários do Brasil no Grupo G da Copa do Mundo

Laurent Gillieron

REPR

ODUÇ

ÃO

O jogador da seleção portuguesa e do Chelsea, Ricardo Carvalho, afirmou recentemente que Portugal precisa de todos os jogadores a mil no Mundial. “Só com o Cristiano Ronaldo não vamos lá”, referiu o zagueiro, quando con-frontado com declarações recentes de José Mourinho.

O técnico de origem portuguesa, José Mourinho, andou falando que nem com Cristiano Ronaldo a mil por hora os lusos teriam possibilidades de serem campeões.

Segundo Mourinho, é difícil eleger favoritos. A Espanha joga muito, também a Inglaterra, a Argentina ou o Brasil. Portugal tem uma boa equipe, com Cristiano Ronaldo, mas não é o suficiente para ganhar o Mundial. A notícia foi destaque no site maisfutebol.iol.pt.

O seguro morreu de velho, olho nele.

Apesar de toda felicidade que tomou conta dos convocados e do tal “espírito de equipe” que cerca a seleção brasileira - do qual a comissão técnica tanto se orgulha -, há um problema que o técnico Dunga terá de contornar nos dias que antecedem o início da preparação para a Copa do Mundo. Muitos jogadores, entre eles líderes do time, não gostaram de alguns tópicos da “cartilha” preparada para o período de competição na África do Sul.

O regime de concentração idealizado pela comissão técnica promete ser um dos mais rígidos e fechados da história da seleção. Escaldados pelas polêmicas e problemas ocorridos durante o Mundial da Alemanha, em 2006, Dunga e seu auxiliar técnico, Jorginho, já mandaram recado aos atletas: sacrifícios serão feitos na África.

mediaclubsouthafrica.com

PAULO FERNANDO COSTA

Brasil é seleção mais amada e Argentina, a “menos querida”, diz pesquisa

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