jornal entreposto | junho de 2012

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - N o 145 | junho de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Frutas Geral Legumes Verduras Diversos -1,69% 4,17% 19,47% 33,65% -0,90% 2,72% Baixa Alta Alta Alta Baixa Alta Índice Ceagesp - maio 2012 Pescado Femetran impulsiona setor de transporte agrícola Págs. 4 e 5 Diretoria da TecBan visita a Feira da Madrugada Bio Brazil Fair 2012 Agrofeira Atibaia-Jarinu | Caminhoneiros | pág.12 | Qualidade | pág.24 |Ceasas | pág.28 Programa ensina a economizar diesel A construção do sabor do abacaxi havaí Terceira etapa do evento acontece junto com a Festa do Morango, a partir de 23 de junho Índice Ceagesp aponta alta de 4,17% em maio Festival de Sopas da Ceagesp Quarta edição aquece inverno paulistano Pág. 19 Feira promovida pelo Grupo de Mídia Entreposto movimenta a Ceagesp em maio Central Banking e Rede Banco24Horas disponibilizam caixas eletrônicos de autoatendimento e aumentam a segurança no maior circuito de compras da América Latina Pág. 08 Pág. 04 Pág. 06 Págs. 13 à 18 A partir da esquerda: Sabino da Cofemapp, Enrique Recasens da TecBan e Marcelo Gaspar da Central Banking

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Junho de 2012

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 145 | junho de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos-1,69%4,17% 19,47% 33,65% -0,90% 2,72%BaixaAlta Alta Alta Baixa Alta

Índice Ceagesp - maio 2012

Pescado

Femetran impulsiona setorde transporte agrícola

Págs. 4 e 5

Diretoria da TecBan visita a Feira da Madrugada

Bio Brazil Fair 2012

Agrofeira Atibaia-Jarinu

| Caminhoneiros | pág.12

| Qualidade | pág.24

|Ceasas | pág.28

Programa ensina a economizar diesel

A construção do sabor do abacaxi havaí

Terceira etapa do evento acontece junto com a Festa do Morango, a partir de 23 de junho

Índice Ceagesp aponta alta de 4,17% em maio

Festivalde Sopas da Ceagespde Sopas da

Quarta edição aquece inverno paulistano

Pág. 19

Feira promovida pelo Grupo de Mídia Entreposto movimenta a Ceagesp em maio

Central Banking e Rede Banco24Horas disponibilizam caixas eletrônicos de autoatendimento e aumentam a segurança no maior circuito de compras da América Latina

Pág. 08

Pág. 04

Pág. 06

Págs. 13 à 18

A partir da esquerda: Sabino da Cofemapp, Enrique Recasens da TecBan e Marcelo Gaspar da Central Banking

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201202 Imigração Japonesa

Turismo no siteAcesse e leia as dicas para a região do Circuito da Neve: www.jornalentreposto.com.br/turismo

Carolina de Scicco

No dia 18 de junho celebra-se 114 anos da vinda dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. O mar-co foi a chegada do navio Kasatu Maru ao porto de Santos, depois de 52 dias de viagem a partir da ci-dade japonesa de Kobe. A embarcação trazia a bordo 781 imigrantes que sonhavam em fazer a vida traba-lhando em solo brasileiro. A ideia inicial era ganhar dinheiro e logo retornar à terra natal, mas a História mostra que eles vieram para ficar e hoje a comunida-de nipônica no país conta com 1,5 milhão de pessoas, a maior colônia japonesa fora do Japão.

Em seu livro “Imigração e Política em São Paulo”, a historiadora Célia Sakurai relata que os japoneses buscavam oportunidades que pudessem garantir in-dependência econômica e possibilidades de acumu-lação. “O pecúlio acumulado nos anos de trabalho nos cafezais vai sendo canalizado para a ocupação autô-noma na agricultura”, escreveu a historiadora. Dessa forma, os japoneses, que inicialmente foram contra-tados para trabalhar como empregados nas lavouras de café, passaram a ser donos de suas próprias terras. A partir de então, a agricultura brasileira não seria mais a mesma. O conhecimento e as técnicas de cul-tivo trazidas pelos japoneses contribuíram de forma

definitiva para o crescimento do agronegócio nacio-nal.

Foram os imigrantes nipônicos estabelecidos em São Paulo que formaram o que hoje é chamado “cin-turão verde”, que agrega municípios da Região Metro-politana e introduziram conceitos significativos de adubação e de combate de pragas e doenças das plan-tas. Outra contribuição fundamental dos japoneses para a economia brasileira foi o cooperativismo, já que eles foram os primeiros a criar cooperativas agrí-colas para enfrentar os grandes produtores rurais. A habilidade com o cultivo da terra já estava provada e daí a se envolverem com o comércio foi um caminho natural. Em São Paulo, passaram a comercializar seus produtos agrícolas no Mercado Central da Cantarei-ra. Na década de 1960, com a enchente que atingiu a região central da capital paulista, os comerciantes foram enviados para o recém criado Ceasa paulistano e ajudaram a moldar o que viria a se tornar o maior centro de abastecimento da América Latina.

Presentes desde a inauguração do entreposto paulistano da Ceagesp, em 1966, hoje eles estão em grande número no mercado e dominam setores como flores e hortaliças.

Contribuição à agricultura nacional

Page 3: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio março de 2011 03EditorialJORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 03

Page 4: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201204 Evento

Realizada pelo Grupo de Mídia Entreposto, com o apoio da Coordenadoria de Assistên-cia Técnica Integral (CATI) e da Agrotec, a Agrofeira Circuito das Frutas aconteceu durantes os dias 18, 19 e 20 de maio, durante a 3ª Festa das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba e vai, ao longo do ano, atuar dentro das feiras e festas municipais, aproximando os agricultores das soluções para o campo. Em-presas de diferentes segmentos apresentam iniciativas indis-pensáveis ao agronegócio como equipamentos e insumos agrí-colas, irrigação e tecnologia.

No último evento, os visitan-tes também puderam conferir os lançamentos das montado-ras Mercedes-Benz, que produz veículos comerciais, e John De-ere, que fabrica tratores e equi-pamentos agrícolas.

A Mercedes, líder no seg-mento de veículos de carga, co-memorou a oportunidade. “Por mês, vendemos de cinco a seis caminhões para os produtores de Indaiatuba e apresentamos na feira o novo Accelo 815, que já vem equipado com a tecno-logia Euro 5 e é o preferido dos pequenos agricultores.

A Agrofeira permite o conta-to com esses clientes menores que, juntos, representam uma grande fatia do mercado”, avalia Ademir de Almeida, vendedor da Mercedes-Benz, há 32 anos.

Para Sérgio Luiz Guimarães, consultor de negócios da John Deere, a cidade de Indaiatuba produz alimentos de maneira mais cuidadosa, esforço que exige instrumentos adequados. “Indaiatuba é uma excelente ci-dade produtora. São pequenas produções de frutas e verdu-ras premiadas e de qualidade muito superior. O cuidado nes-se trabalho pede bons equipa-mentos.

O pequeno produtor já en-tende esse processo e se pre-ocupa em adquirir máquinas mais modernas. As festas regio-nais são os melhores meios de se alcançar esse público. Pre-cisamos dessa força regional”, afirma Sérgio, que finalizou três vendas. “Resultado da feira”, co-memora o consultor.

Mercedes-Benz e John Deere impulsionam Agrofeira de IndaiatubaCom o objetivo de reunir setores do agronegócio e apresentar soluções aos produtores rurais do interior do estado de São Paulo, a Agrofeira Circuito das Frutas conta com mais dois expositores de peso

Também preocupado com o acesso dos agricultores a pro-dutos e serviços de qualidade, o secretário de desenvolvimento de Indaiatuba, Edmundo Duar-te, agradeceu a participação da

Agrofeira Circuito das Frutas na 3ª Feira das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba. “Conseguimos atingir o objetivo de apresentar os produtos agrícolas locais aos comerciantes e à população. A

Agrofeira veio para somar”. Para o ano de 2012 estão

previstos mais dois eventos: a Festa do Morango de Atibaia e Jarinu (junho e julho) e Festa do Morango de Jundiaí (agosto).

Atingimos o objetivo. A Agrofeira veio para somar”, Edmundo Duartes, secretário de desenvolvimento.

“Apresentamos o novo Accelo 815, o preferido dos pequenos agricultores”, Ademir de Almeida da Mercedes-Benz.

As frutas e verduras premiadas que foram expostas na 3ª Festa das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba exigem cuidados e equipamentos especiais

“Indaiatuba é uma excelente cidade produtora . O cuidado nesse tipo de trabalho”, Sérgio Luiz Guimarães da John Deere.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 05Agronegócio

Impacto do Brasil Carinhoso

Brasil Carinhoso:2,7 milhões de crianças e suas famílias resgatadas da extrema pobreza.

A miséria traz sérias consequências para as pessoas e

para o país. E é na primeira infância, fase mais importante

do desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, que

seus efeitos são mais graves. Mas para tirar uma criança

dessa situação é preciso tirar também a sua família.

Por isso, o Governo Federal criou o Brasil Carinhoso, que faz parte

do Plano Brasil Sem Miséria. A partir deste mês, o Brasil Carinhoso

assegura a todas as famílias do Bolsa Família, com pelo menos uma

criança de 0 a 6 anos de idade, renda acima de 70 reais por pessoa.

Na educação, a atenção à primeira infância será reforçada com

a ampliação de vagas em creches públicas e conveniadas e

com o aumento dos recursos destinados à merenda escolar.

O Programa Saúde na Escola será ampliado para creches

e pré-escolas. E será assegurado às crianças medicamento gratuito

para asma, além de suplementação de vitamina A e sulfato ferroso,

importantes nessa fase da vida.

Garantir os direitos das crianças é a certeza de construir um país

mais justo e mais cidadão.

00%

5%

10%

15%

6 anos 12 anos 18 anos 24 anos 30 anos 36 anos 42 anos 48 anos 54 anos 60 anos 66 anos+

Extremamente pobres - Censo IBGE 2010 Extremamente pobres após o Brasil Carinhoso

Percentual da população brasileira na extrema pobreza

Redução de 40% da

extrema pobreza no Brasil

O Valor Bruto da Produção (VBP), que é a soma do valor das principais lavouras do país, está estimado em R$ 212,7 bilhões em 2012, segundo cálculo da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (Mapa) divulgado nesta segunda-feira, 11 de junho. Os dados foram ob-tidos com base nos resultados verificados no mês de maio.

Chama atenção do governo que, apesar da redução de 2,5 % em relação ao VBP obtido no ano passado, esse valor é o segundo maior desde o início do levan-tamento da série de dados, em 1997. Os ajustes nas quantida-des e nos preços mês a mês vão definindo a estimativa de valor para o ano em curso, uma vez que o valor bruto da produção é obtido por meio das informações de safras e dos preços, explicou o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques.

“Como estamos ainda no pri-

Valor da produção de lavouras de 2012 é de R$ 212,7 bilhões

meiro trimestre do ano, onde a safra de inverno está começando e a safra de verão ainda não foi concluída para vários produtos importantes na formação da ren-da, deveremos ainda ter mudan-ças nos valores apresentados”, destacou. Os atuais resultados do VBP são atribuídos aos preços agrícolas mais baixos do que em 2011 e a seca que atingiu o Sul e o Nordeste do País. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os produtos que tiveram maior redução dos preços reais foram, a batata-inglesa (38,4%), o cacau (11,7%), o café em grão arábica (18,5%), a laranja (23,1%), o to-mate (18%) e o trigo (16,7%).

A produção de soja, milho, e feijão também foram impacta-das pela estiagem. Na soja, por exemplo, a redução de valor em 2012 já é de 13,6%. Como esse, é um dos produtos importantes na formação do valor da produ-ção agrícola, houve forte impac-to na constituição da renda neste ano, embora não estejam ainda

incorporadas todas as quebras de produção ocorridas. Em con-trapartida, o algodão, a cana-de-açúcar e o feijão apresentam preços mais elevados do que no ano passado.

Regionalmente, os resulta-dos do VBP mostram queda de 13,6% no valor real da produ-

ção no Sul do País. Nessa região, os maus resultados ocorreram em função da seca. O decrésci-mo de produção ocorreu mais fortemente no Rio Grande do Sul, 22,9% e, no Paraná, 11,8%. No RS o milho sofreu retração de 40%. Chama atenção que as perdas tanto no milho, como na

soja representam 30% do valor da produção do Estado. Nas re-giões Norte, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste o VBP foi maior do que no ano passado, embora os dados do Nordeste podem ser ainda alterados devido a incor-poração dos resultados de per-das com a estiagem na região.

Page 6: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201206 Serviço

Caixas eletrônicos aumentam a comodidade e segurança dos visitantes da Feira da MadrugadaLocal que abriga mais de quatro mil ambulantes na capital recebe serviços da Rede Banco24Horas

A Feira da Madrugada, loca-lizada no Brás, região central da cidade de São Paulo é o maior circuito de compras da Améri-ca Latina e recebe, em média, 300 ônibus por dia, totalizando um �luxo de até 70 mil pessoas. Popularmente conhecida pelos transeuntes como ‘Feirinha’, o local, na verdade, tem 80 mil metros quadrados e quatro mil expositores, que vendem, em sua maioria, roupas e acessórios.

Segundo dados da Comis-são dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio Pari (Co-femapp), o centro comercial, que funciona a partir das duas horas da madrugada, emprega

direta e indiretamente cerca de 60 mil pessoas. “A feira é uma cidade que troca o dia pela noi-te”, explica Osvaldo Aparecido de Jesus, vice-presidente da Co-femapp.

Foi pensando na comodida-de e segurança dos visitantes que a Central Banking decidiu intermediar a instalação de cai-xas eletrônicos da Rede Banco-24Horas no interior da feira. Há dez anos no mercado, a empre-sa, que presta assessoria para todos os bancos na implanta-ção de caixas eletrônicos, é a maior nesse tipo de segmento. “Todos os dias recebemos com-pradores de todas as partes

do Brasil que chegam para ad-quirir mercadorias que serão, depois, revendidas em seus estados e municípios. Há dois meses, era muito comum quei-xas de visitantes e motoristas que foram assaltados nas es-tradas que dão acesso a cidade de São Paulo. Com a instalação dos caixas, os consumidores sacam o dinheiro dentro da fei-ra, que oferece segurança par-ticular. “As queixas acabaram”, comemora Sabino, presidente

da Cofemapp. Sem conseguir alocar parte dos ambulantes que queriam autorização para trabalhar, a Prefeitura reservou um local para que as barracas pudessem ser montadas. Foi de uma associação de ambulantes que surgiu a Feira da Madru-gada, no Pátio Pari, em agosto de 2005. “A cada dia, vamos perdendo ‘a cara’ de feira. Os caixas 24Horas e outros servi-ços, como a farmácia e o Samu, são a prova dessa evolução”, diz

Osvaldo. A TecBan, empresa responsável pela administra-ção dos caixas, percebeu a ne-cessidade de disponibilizar aos visitantes da Feirinha o acesso a serviços bancários básicos, como saldo, extrato e princi-palmente o saque. Segundo a companhia, a instalação dos terminais de autoatendimento da Rede Banco24Horas refor-ça a meta da empresa de levar serviços bancário a locais mais afastados onde há pouca pre-sença de agências bancárias, possibilitando o acesso ao di-nheiro, ampliando as facilida-des de consumo e promovendo a bancarização de todas as clas-ses sociais.

Líder em redes de autoa-tendimento em locais de aces-so público, a TecBan é hoje a maior rede nacional de bancos, com 38% de market share. “ O número de transações nos terminais da Feirinha durante o primeiro mês de funciona-mento foi recorde. Já estamos trabalhando com a Central Banking a instalação de novos equipamentos”, a�irma Enrique Recasens, diretor de Produtos e Serviços.

Cerca de 70 mil pessoas passam diariamente pelo maior circuito de compras da América Latina, que abriga mais de quatro mil expositores

Enrique Recasens, diretor de produtos da TecBan, durante

visita à Feira da Madrugada

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 07

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201208 Sustentabilidade

Agricultura paulistana é destaque em feira de produtos orgânicosPrograma que nasceu na região de Parelheiros já conta com 400 agricultores cadastrados

Há dois anos, a cidade de São Paulo está incentivando a produção agrícola no municí-pio, com ênfase na agricultura orgânica. Trata-se do Progra-ma Agricultura Limpa, conce-bido pela Supervisão Geral de Abastecimento, órgão ligado à Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, em parceria com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Por meio dele, a prefeitura da capital oferece apoio técni-co, insumos agrícolas e mudas aos agricultores locais. Além disso, o projeto �inancia, por meio de organizações não-go-vernamentais e a partir de edi-tais públicos, a certi�icação des-tas plantações, durante todo o processo de conversão até a obtenção do selo do Ministério da Agricultura.

O programa nasceu orienta-do para a região de Parelheiros, e hoje já se encontra voltado para a cidade como um todo, caso das áreas cultiváveis em terrenos dispersos pela ma-lha urbana da zona leste e da agricultura periurbana da zona norte. A escolha de Parelhei-ros como piloto não se deu por acaso. O distrito é de grande importância ambiental para a cidade e abriga nascentes que alimentam, entre outras, a re-presa de Guarapiranga, respon-sável pelo abastecimento de água de mais de três milhões de pessoas.

O foco na produção de água é uma das prioridades do Pro-grama Agricultura Limpa, con-forme salientou o supervisor de abastecimento da capital, José Roberto Graziano, durante palestra proferida no 1º Semi-nário Municipal de Agricultura, evento promovido na Bio Brazil Fair 2012.

“A Guarapiranga já abas-teceu mais de quatro milhões de pessoas. Mas o avanço da cidade e a perda da qualidade da água resultaram neste de-créscimo”, disse. “O Agricultura Limpa é o primeiro programa

brasileiro que usa a produção agrícola como instrumento de preservação ambiental no con-texto urbano”, acrescentou.

Segundo o supervisor, o incentivo à agricultura orgâni-ca na cidade de São Paulo tem uma vantagem que vai além de tornar as terras produtivas e impedir invasões: gerar água de qualidade para as nascentes.

As áreas cultiváveis sem agrotóxicos e com respeito ao meio ambiente impedem a impermeabilidade do solo, aumentam sua capacidade de absorção, abastecem lençóis freáticos, reduzem a erosão e contribuem para o próprio ci-clo da água.

Atualmente, o programa municipal tem 400 agriculto-res cadastrados, sendo que 40 estão no processo de transição da agricultura tradicional para a orgânica e oito já obtiveram a certi�icação.

Mercado de orgânicos cresce 30% ao ano

Dados econômicos apon-tam que, até 2014, a receita de orgânicos no país deve dobrar, particularmente pelo apoio go-vernamental e por conta dos selos que atestam a qualidade dos produtos, além da consci-ência orgânica e da crescente

demanda do consumidor por alimentos livres de agrotóxicos.

Foi nesse cenário de oti-mismo que aconteceu uma das principais feiras de negócios voltada para a cadeia de pro-dutos orgânicos, a Bio Brazil Fair 2012. A oitava edição do evento da Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroe-cologia, que foi realizada entre 24 e 27 de maio no pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

De acordo com a Francal Feiras, promotora e organiza-dora da exposcial, o crescimen-to de 30% ao ano deste merca-do é fundamental para ajudar a disseminar a cultura orgânica no consumidor �inal, estimu-lando não só a melhoria da saú-de como o desenvolvimento do próprio mercado fornecedor.

Paralelamente à Bio Brazil Fair, aconteceu a NaturalTech 2012 (8ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Pro-dutos Naturais e Saúde), de-senvolvida especialmente para o setor de produtos e serviços naturais, saudáveis e sustentá-veis, como alimentos vegetaria-nos, probióticos e funcionais, suplementos alimentares, cos-méticos, spas, cromoterapia, aromatologia e muitos outros. Juntas, as feiras reuniram 250 expositores.

Produção de água limpa é um dos focos do programa, ressalta o supervisor de abastecimento da capital, José Roberto Graziano

BIO BRAZIL FAIR 2012

PAULO FERMNANDO

Page 9: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 09

As feiras e festas rurais municipais representam um importante canal de comercialização e demonstração da produtividade e qualidade da agricultura familiar. Algumas delas acontecem há décadas no estado de São Paulo, privilegiando a cultura e a produção das cidades, colaborando na manutenção de renda, informação e inserção de tecnologias no campo.

O grupo de Mídia Entreposto, em conjunto com a CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e AGROTEC (Tecnologia e Negócios), está promovendo a AGROFEIRA CIRCUITO DAS FRUTAS.

A segunda edição acontece na 29ª FESTA DO MORANGO E EXPO-LEGUMES DEA ATIBAIA-JARINU. Aguardamos sua presença.

Info:(11) 3831.4875

www.agrofeiracircuitodasfrutas.com.br

Data:

23-24 de junho

30 de junho e 01 de julho

07-08 e 09 de julho

Local:Parque do Morango Duílio Maziero

Rod. Edgar Máximo Zambotto, Km. 77

Campo dos Aleixos

Divisa Atibaia_Jarinu

sábados das 10h00 às 24h00domingos das 10h00 às 22h00

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201210

O déficit da arborização urbana no Brasil

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

No final do mês de maio, a Fundação Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre as características urbanísti-cas presentes no entorno dos domicílios pesquisados para a realização do mais recente Censo Demográfico brasileiro. Um desses indicadores referiu-se à presença, ou não, de ár-vores em frente ou próximas de cada uma das residências pesquisadas (Ver: IBGE. Cen-so Demográfico: característi-cas urbanísticas do entorno dos domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 2012).

Os resultados mostrados não foram nada animadores, haja vista que um em cada três domicílios brasileiros não pos-sui uma árvore próxima de sua fachada, acumulando, assim, um déficit mínimo de 15 mi-lhões de árvores no País. São, portanto, 32% de residências não atendidas pelo benefício da arborização urbana, agregando um total de quase 50 milhões de pessoas.

Outro indicador também dramático revelou que um ter-ço das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes mantém entre 60% e 77,6% das suas respectivas populações sem o beneficio da arborização urbana nas proximidades de sua residência. No total, apenas duas das cidades pesquisadas chegaram a apresentar índices mais satisfatórios de presença de árvores por domicílio: Goiâ-nia (GO), com 89,5% e Campi-nas (SP), com 88,4%.

De acordo com o estudo do IBGE, as regiões mais arboriza-das nos quarteirões, calçadas ou canteiros presentes no en-torno dos domicílios, concen-tram-se nas regiões Sudeste e Sul do País, com 73,5% e 72,1% de cobertura, respectivamen-te. As regiões Centro-Oeste, com 69,5%, e a Nordeste, com 61,5% ocupam posições inter-mediárias. Já as áreas menos cobertas pela arborização ur-bana localizam-se na região Norte, com apenas 36,7% na oferta do benefício. Aí, em ple-na área da Floresta Amazônica, surpreendentemente, as cida-des de Manaus e Belém osten-taram índices bastante baixos

de atendimento, de 22,4% e 25,1%, respectivamente.

Trata-se da constatação inequívoca dos malefícios da expansão desordenada e da metropolização crescente das capitais e grandes cidades bra-sileiras, irredutíveis em corroer a qualidade de vida urbana e dizimar tesouros arquitetôni-cos como os dessas duas cida-des amazônicas consideradas verdadeiras jóias da Belle-Épo-que no Brasil. Belém, particu-larmente, se destaca no cenário histórico nacional por ter sido a primeira cidade a contar com a implantação dos conceitos de planejamento urbano im-portados da França no século XIX, nos quais o paisagismo e a arborização das vias públicas ganhavam contornos estrutu-rantes e fundamentais.

Os dados do IBGE revela-ram, ainda, que a desigualdade social abrange também o aces-so aos benefícios da arboriza-ção das cidades em todo o País. De fato, enquanto que para as classes mais favorecidas o déficit de cobertura arbórea atinge 21,5% dos domicílios, para as de menor renda, este percentual dobra, elevando-se

para 43,2%. A redução das áre-as verdes nas grandes cidades tem sido apontada como um relevante motivo para a queda da qualidade de vida e da saúde das populações urbanas. Entre os principais efeitos do excesso de edificações e da impermea-bilização do solo estão: a limi-tação dos espaços disponíveis para o lazer e a prática de ati-vidades físicas, o aumento das sensações de desconforto hu-mano e a decisiva contribuição para a elevação das tempera-turas médias das áreas urba-nizadas, do que decorre, entre outros aspectos negativos, o favorecimento da proliferação de diferentes agentes patogê-nicos. Além desses, podem ser citados ainda: a diminuição da capacidade de absorção das águas pluviais, favorecendo as inundações e os alagamentos; a redução do resgate dos gases de efeito estufa, particularmen-te o dióxido de carbono e o au-mento da inospitalidade à fau-na urbana, exigindo-lhe maior esforço de resiliência.

Neste contexto, os bene-fícios da presença de árvores saudáveis e abundantes nas áreas urbanas são conhecidos

das administrações públicas e mereceriam ser melhor obser-vados. Há que se notar que, em grande parte dos casos, o su-primento das espécies a serem cultivadas nas calçadas e can-teiros públicos é originário da produção municipal, através, principalmente, dos viveiros e dos hortos florestais adminis-trados pelas próprias secreta-rias municipais do verde, do meio ambiente ou de agricultu-ra e florestas, dependendo do modo como o setor apresenta-se localmente institucionaliza-do. Isso significa que os custos de plantio, desenvolvimento, manutenção e instalação das mudas arbóreas podem ser relativamente baixos e admi-nistráveis fora das estritas rela-ções de mercado.

Porém, considerando que certamente nem toda a deman-da poderia ser atendida pela oferta pública de mudas, o se-tor privado também se apre-senta como grande beneficiário potencial dessa importante e inadiável melhoria ambiental. Estudos realizados pela empre-sa paulista especializada em inteligência de mercado para a horticultura, Hórtica Consul-toria e Treinamento, apontam que o segmento de árvores, ar-bustos e palmeiras representa 26% do total do movimento financeiro de toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil, o que, em 2011, significou vendas da ordem de R$ 1,14 bilhão. Em-bora uma parcela relevante desse comércio seja feito fora do circuito dos mercados nor-matizados, um percentual não menos significativo ocorre nas dependências dos mercados de flores e plantas ornamentais sob administração pública ou autárquica (Ceagesp, Ceasas, Centrais de Comercialização e Abastecimento) ou cooperada. Tal fato poderá futuramente resultar, se processos forem bem conduzidos no contexto de políticas públicas de interes-se ambiental focados no bem estar da população, em novas oportunidades comerciais e no desejável aquecimento do mer-cado da vegetação ornamental.

Artigo

Page 11: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 11

Devido ao seu grande potencial o guaraná tornou-se importante matéria-prima para as indústrias, com uma produçaõ estimada de 4.300 t

EXPANSÃOCom o objetivo de au-

mentar a produção de gua-raná no Brasil, a Embrapa desenvolveu quatro novas cultivares que apresentam resistência às principais doenças da cultura, maior produtividade e rentabili-dade para os produtores. O guaraná é uma planta genuína da Amazônia e sua história está intimamente ligada à cultura indígena lo-cal. Logo após a descoberta do potencial dessa planta, o cultivo se expandiu para os estados da Bahia e Mato Grosso. Do fruto da Paulli-nia cupana, nome científi-co do guaraná, é possível extrair a semente torrada (conhecida também como ramas). Enquanto que das sementes torradas podem ser obtido o xarope (con-sumido diretamente como bebida energética ou usado para a produção de refri-gerantes gaseificados), o bastão (usado para ralar e obter o pó) ou o pó concen-trado.

Devido ao grande po-tencial dessa cultura, tanto no que concerne às carac-terísticas medicinais como a rentabilidade, o guaraná se tornou importante ma-téria-prima para as indús-trias químicas, de refrige-rantes e de cosméticos. De acordo com o levantamento feito pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a produção de ramas de guaraná no Brasil está estimada em 4.300 to-neladas por ano, sendo que desse total 70% é absor-vida pela indústria de re-frigerante (sob a forma de xarope) e os 30% restantes abastecem o mercado in-terno e externo, na forma de pó, xarope e bastão.

Várias são as proprie-dades estimulantes da se-mente torrada do guaraná: aumenta a resistência do organismo e diminui a fa-diga.

De acordo com informa-ções do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o pó do guaraná é antitérmico, antineurálgi-co, antidiarréico, estimu-lante, analgésico e antigri-pal. Na semente é possível encontrar ainda teobromi-na, cafeína, amido, ácido tânico, cálcio, timina, vita-mina A, ferro, fósforo, po-tássio e fibras vegetais.

Novas cultivares estimulam a produção de guaraná no Brasil

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201212 Conscientização

A parceria firmada, desde março através do convênio en-tre a Ceagesp e a Petrobras , por meio do Conpet (Programa Na-cional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), visa à orientação dos condutores de caminhão so-bre a importância da manuten-ção preventiva nos veículos, fo-cando a diminuição da emissão de poluentes. O trabalho é parte da busca por sustentabilidade na Ceagesp.

Técnicos do Conpet verifi-cam os níveis da fumaça emitida pelos caminhões, a pedido dos motoristas - cerca de 10 mil veí-culos circulam diariamente pelo entreposto, o maior da América Latina - , na entrada da Ceagesp. Ao final da inspeção, os motoris-tas dos caminhões recebem um relatório informando sobre o re-sultado do teste.

Caso o veículo esteja lan-çando emissões acima do nível permitido, os condutores são orientados sobre a melhor ma-neira de manter seus veículos em bom estado, garantindo uma vida útil maior do caminhão e evitando multas.

Para o Conpet, os motoristas só têm a ganhar com o projeto: “Esse projeto é muito positi-vo, pois por meio destes testes

Ceagesp e Conpet orientam motoristas sobre emissões de gases e economia de diesel

podemos orientar os caminho-neiros sobre as condições dos veículos, gerando uma mentali-dade anti-desperdício de com-

bustíveis, com ganhos reais para o bolso dos caminhoneiros e para o meio ambiente”.

As multas por emissão ex-

Técnicos verificam níveis de fumaça emitida pelos veículos na entrada do ETSP

cessiva de fumaça preta são pesadas – 60 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), chegando a cerca de R$ 1.047. Em casos de reincidência, os valores são dobrados, até o má-ximo de 480 Ufesp, mais de R$ 8,3 mil.

O posto de realização dos testes fica em frente ao Portão 3 do entreposto paulistano, na avenida Dr. Gastão Vidigal. A adesão ao programa é livre e o participante não tem nenhum tipo de despesa.

O contrato entre a Ceagesp e o Conpet é de três anos. O Compet - Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural, foi criado em 1991, é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e executado com recursos técnicos, adminis-trativos e financeiros da Petro-brás. Mais informações sobre o programa podem ser acessadas na internet: www.conpet.gov.br.

O entreposto paulistano da Ceagesp é o maior do país, re-gistrando movimento diário in-tenso de veículos emissores de fumaça preta, sendo o local ide-al para a instalação do posto de orientação do Conpet.

Estudos da Cetesb (Com-panhia Ambiental do Estado

de São Paulo) mostram que os caminhões, ônibus, vans e pi-capes que utilizam diesel como combustível, respondem por 28,51% das 63 mil toneladas de material particulado lançadas anualmente na atmosfera na Re-gião Metropolitana de São Pau-lo. Os meses frios do ano, que se caracterizam pelos períodos longos sem chuva e sem ven-tos, favorecem a concentração de poluentes na camada mais baixa da atmosfera, aumentan-do o desconforto e o número de internações hospitalares e de mortes por doenças respi-ratórias e cardíacas. É por este motivo que a Cetesb intensifica as ações de controle neste perí-odo do ano, especialmente para reduzir as emissões de fumaça preta pelos veículos com mo-tores diesel. O trabalho em an-damento é educativo e não tem caráter de fiscalização.

Ele visa à orientação dos condutores de caminhão sobre a importância da manutenção preventiva nos veículos, com foco na diminuição da emissão de poluentes. Aqui é possível avaliar se a emissão de poluen-tes do veículo está dentro da lei e receber orientação sobre o que deve ser feito, sem nenhum custo.

Foi publicada no dia 14 de junho, no Diário Oficial da União, a regulamentação da jornada de trabalho dos mo-toristas profissionais. As reso-luções 405 e 406 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) detalham como será feita a fiscalização sobre as horas de descanso obrigatórias, previs-tas na Lei 12.619/2012.

As medidas alcançam o mo-torista profissional dos veícu-los de transporte e de condu-ção de escolares, de transporte

de passageiros com mais de dez lugares e de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg.

O controle do tempo de di-reção e descanso será feito pelo tacógrafo, registrador instantâ-neo e inalterável de velocidade e tempo do veículo. O equipa-mento é obrigatório para veí-culos de transporte escolar, de passageiro e de carga e deve ter a certificação do Instituto Na-cional de Metrologia, Qualida-de e Tecnologia (Inmetro), de acordo com a Resolução 406, que tem vigência imediata à publicação.

A Resolução 405 estabe-lece que a fiscalização poderá ser feita também pelo registro manual da jornada, por meio de diário de bordo ou ficha de trabalho. O descumprimento da norma é uma infração gra-ve, sujeita a multa e retenção

Contran regulamenta jornada de trabalho de motoristas profissionaisAgência Brasil

do veículo. A lei estabelece um repouso de 11 horas por dia e descanso de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas. De acordo com o Departamento Nacio-nal de Trânsito (Denatran), a regulamentação é um avanço para a categoria e visa à redu-

ção de acidentes provocados por cansaço dos motoristas profissionais. A Resolução 405 entra em vigor em 45 dias. Até lá, os órgãos de trânsito devem orientar os condutores sobre as medidas e implantar campa-nhas educativas sobre o tema.

LEI

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 19Sucesso

A temporada de sopas na Ce-agesp começou dia 30 de maio e vai até 30 de setembro. Durante o festival gastronômico, cada pessoa poderá servir-se à von-tade por R$ 21,90. Serão cinco tipos por noite, incluindo a sopa de cebola gratinada e normal. O restaurante, localizado no an-

Festival de sopas da Ceagesp está de volta

tigo prédio do Unibanco, fun-ciona quarta, quinta, domingo, das 18h até à 1h, e às sextas e sábados, das 18h até às 4h da madrugada

Neste ano, mais uma vez também serão oferecidas novas opções de sopas, toda a semana, permanecendo sempre os dois

gundo a estatal, no ano passado, mais de 35 mil pessoas experi-mentaram os mais de 40 tipos diferentes de sopas servidas junto com as tradicionais sopas de cebola.

Ícone da Ceagesp, a sopa de cebola fez muito sucesso no �i-nal da década de 1960 e começo

tipos de sopa de cebola. Haverá opção ainda de couvert cobrado à parte, além de uma carta de vinhos chilenos e argentinos e sugestões de sobremesas.

Realizado desde 2009, du-rante as comemorações dos 40 anos da estatal, o festival já caiu no gosto dos paulistanos. Se-

dos anos 1970. Mais uma vez, o resgate dessa tradição está sob o comando do cozinheiro Ivair Félix, chef que assina o re�inado cardápio do Hotel Rancho Sil-vestre, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Uma das novidades apresen-tadas este ano será a sopa de chocolate com morango, além de outras delícias imperdíveis, como o creme de pinhão com cream cheese.

“Festival de Sopas Ceagesp 2012”

De 30 de maio a 2 de setembro4ª, 5ª e domingo, das 18h à 1h6ª e sábado, das 18h às 4hPreço: R$ 21,90 (por pessoa) buffet self service de sopas (à vontade), couvert opcional cobrado à partePagamento: Dinheiro, VR, cartão de débito e crédito Visa e MastercardOnde: No antigo prédio do UnibancoEntrada pelo Portão 3 (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 - Vila Leopoldina)Estacionamento: gratuito no local

O Biofort , coordenado pela Embrapa, o pro-jeto é responsável pela bioforti�icação - proces-so de cruzamento de plantas da mesma espécie visando à geração de cultivares mais nutritivas, ou seja, é o melhoramento genético tradicional - de alimentos no Brasil e objetiva diminuir os níveis de desnutrição de parte da população e aumentar a segurança alimentar através de maiores teores de ferro, zinco e vitamina A nos produtos.

O projeto recebe apoio dos programas Har-vestPlus e AgroSalud, consórcios de pesquisa que atuam na América Latina, na África e na Ásia com recursos �inanceiros da Fundação Bill e Melinda Gates, do Banco Mundial e de agências internacionais de desenvolvimento. No Brasil, participam mais de 150 pessoas de diferentes áreas de atuação de 11 estados brasileiros. Só da Embrapa, são 11 unidades que trabalham com alimentos que compõem a dieta básica da população, entre eles os quatro do projeto de Patrocínio (MG), que no ano pas-sado ganhou unidades de para o desenvolvi-mento do projeto em quatro culturas: feijão, milho, batata-doce e mandioca.

Projeto da Embrapa ajuda a diminuir desnutrição humana

Festa junina que se preze tem que ter quentão e muita comida gostosa. Nas Ceasas, os ingredi-entes para o cardápio dos arraiais têm aumento de oferta neste mês.

“A procura aumenta 50%, principalmente de pipoca e amendoim. Muitos mercados utilizam estes produtos inclusive na decoração de gôndo-las”, conta Anderson Luis da Silva, vendedor da Itatiba Comércio de Cereais, da Ceasa Campinas.

Segundo dados da Central, é possível obser-var uma ampliação na oferta de produtos tradi-cionais para as festas juninas neste período. O gengibre tem um volume ofertado 260% maior este mês que a média do ano todo. Só em junho são comercializados 69 mil quilos do produto contra 27 mil quilos, em média, nos outros me-ses do ano. O amendoim tem média ofertada de 15.600 quilos, mas em junho chega a 24.600, ou seja, 57,69% a mais. A batata doce sai das 315 toneladas médias mensais para 410.700 nesta época. O milho verde tem 11% de aumento na oferta e o de pipoca cresce 11,76%.

O pinhão é um produto típico e que só é en-contrado nesta época. Em 2011, a semente foi comercializada na Ceasa Campinas apenas entre março e julho. Mas, especi�icamente em junho, seu consumo cresce 155,93%, subindo da média de 27 mil quilos por mês, para 69.100. O produto que vem da araucária, planta nativa da região sul, tem colheita e comercialização controlada pelos órgãos ambientais para garantir a preservação da árvore.

Festas juninas aumentam procura por alimentos típicos

Iniciativa recebe recursos de consórcios de pesquisa, Fundação Bill Gates, Banco Mundial e agências internacionais

Page 14: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201220 Cultura Caipira

A refeição tradicional do peão de boiadeiro está em des-taque no Galpão da Cidadania. Durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre De-senvolvimento Sustentável), que acontece até 22 de junho na ca-pital �luminense, a organização da Queima do Alho mostra um pouco da história daqueles que ajudaram a desenvolver a so-ciedade, a economia e a cultura do país. O prato, que remete ao modo de vida dos tropeiros, está sendo preparado pelos integran-tes de Os Independentes, asso-ciação promotora da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, a maior do país.

“Vale ressaltar que a ‘Quei-ma do Alho’ não diz respeito apenas à comida do peão de boiadeiro. Da mesma forma que a palavra almoço não signi�ica apenas aquilo que vai dentro do prato, e, sim, todo um ritual que o ser humano pratica para valo-rizar o gesto de alimentar-se, a ‘Queima do Alho’ representa o momento em que esses perso-nagens interagiam durante as longas e penosas viagens pelos estradões paulistas”, informa o site o�icial do evento.

Os Independentes, a AGCIP (Associação de Gestão Cultural no Interior Paulista) e o pes-quisador Edemilson José do Vale buscam o reconhecimento da Queima do Alho de Barretos como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira, com o intuito de preservar a culinária típica dos peões de boiadeiro.

“Participar do Rio+20 refor-ça nossa convicção de preservar e divulgar as tradições caipi-ras inerentes às nossas raízes”, a�irma o presidente da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, Hugo Rezende Filho.

A delíciaO prato, que é composto por

arroz carreteiro, feijão gordo, fa-rofa de carne e churrasco, era a principal refeição dos peões de comitivas, que precisavam de um alimento de fácil conserva-ção, que pudesse provê-los de bastante energia.

Para a apresentação na Rio+20, foi montado um cenário que remete à culinária do peão de boiadeiro e às comitivas, com a presença de peões em trajes típicos e de duplas sertanejas tocando modas de viola. O toque do berrante, antigo instrumento artesanal, também é um elemen-to sonoro essencial no cenário. Além disso, estão sendo exibidos vídeos e fotos sobre a cultura do peão.

Queima do Alho leva comida de tropeiro à Rio+20

Concurso culinário agita CeagespA segunda etapa do Queima

do Alho, evento que reúne mais de 30 comitivas do estado de São Paulo, aconteceu dia 20 de maio no ETSP.

A renda do concurso culi-nário caipira, que sempre

acontece na Praça da Batata, foi revertida à Associação Nos-sa Turma, organização sem �ins lucrativos especializada no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Público degusta o prato típico do interior paulista em espaço que tem moda de viola, comitivas e personagens que contam história do Brasil por meio da culinária

Osvaldo Ap. de Jesus, da Feira da Madrugada, Manelão, presidente da Nossa Turma, e Eduardo Hayek, presidente da Apesp

RENATO SOUZA

Page 15: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 21Fitossanidade

Técnicas consideradas simples podem ajudar o produtor rural a reduzir os custos de produção de suas lavouras, mas até mesmo os grandes produtores, muitas vezes, não utilizam importantes tecnologias já disponíveis devido à fal-ta de informação. É o que acontece com o uso de ad-juvantes – substâncias que melhoram a eficácia de uma determinada formu-lação de agrotóxicos – na citricultura. A utilização do produto, aliada à tecnolo-gia de regulagem de pul-verizadores desenvolvida pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, permi-te que o produtor reduza em até 50% a necessidade de agrotóxico e água na pulverização, diminuindo os custos do tratamento fitossanitário dos poma-res e elevando a segurança ambiental, alimentar e do trabalhador através da re-dução dos desperdícios.

Em 30 de maio, às 16h, o pesquisador e diretor-geral do IAC, Hamilton Humberto Ramos, vai pro-feriu a palestra “Avanços na tecnologia de aplicação em citros”, durante a 34.ª Semana da Citricultura. O evento, considerado o principal do setor, foi rea-lizado pelo Centro de Citri-cultura “Sylvio Moreira” do IAC, de 28 de maio a 1º de junho, em Cordeirópolis.

O citros é uma cultu-ra perene. Uma mesma planta pode produzir por até 15 anos. Com o passar dos anos, as copas das ár-vores vão ficando maiores, aumentando a área de co-bertura da calda de agro-tóxico. Tradicionalmente, o produtor rural calcula a quantidade de defensivos agrícolas que deve aplicar em sua propriedade por meio do volume de calda – mistura de agrotóxico com água – por planta ou hectare, não levando em consideração o tamanho das árvores. “Essa não é a melhor estratégia, uma vez que falhas na definição do volume podem resultar em sérios prejuízos ao citricul-tor, quer pelo cálculo erra-do da dose a ser aplicada, quer pelo escorrimento do produto da planta”, explica Ramos.

IAC apresenta método que reduz em 50% a aplicação de agrotóxico

Page 16: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201222 Qualidade

Anita de Souza Dias Gutierrez e Cláudio Inforzato FanaleCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

No Brasil, os sucos de frutas são classificados e padroniza-dos de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, As normas técnicas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Codex Alimenta-rius, os padrões internacionais estabelecidos pelo FDA (Food and Drug Administration) ame-ricano e a legislação da Comuni-dade Europeia, são consultados na especificação e elaboração de parâmetros de qualidade e identidade.

Na legislação estrangeira, a classificação se resume a néctar ou 100% suco de frutas (Frutas e Derivados, 2007)

No Brasil, a confusão sobre as denominações dos diferentes tipos de preparação é grande, entre os consumidores e entre os comerciantes: polpa, suco, suco integral, suco tropical, néc-tar, refresco, suco concentrado. O que significa cada denomina-ção, afinal?

O Decreto nº 2.314, de 4 de setembro de 1997, que regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, estabelece que:

• Néctar é a bebida não fermen-

O gráfico abaixo mostra a evolução na base 100 da população brasileira e do volume consumido de suco concentrado e de sucos e néctares, entre 2002 e 2009

A tabela abaixo mostra o volume consumido de suco concentrado e de sucos e néctares em 2009, segundo a empresa de pesquisa Canadean

A evolução do consumo de sucos, néctares e sucos concentrados no Brasil

tada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal e açúcares ou de extrato vegetais e açucares, podendo ser adicionada de ácidos, e destina-da ao consumo direto. Não é per-mitida a associação de açúcares e edulcorantes hipocalóricos e não-calóricos. • Polpa de fruta é o produto não fermentado, não concentrado, obtido de frutas, por processos tecnológicos adequados com teor de sólidos em suspensão mínimo, a ser estabelecido em ato administrativo do Ministério da Agricultura e do Abasteci-mento.• Suco ou sumo é a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada ao consu-mo, obtida da fruta madura e sã,

ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado.• Suco concentrado é o suco par-cialmente desidratado e deverá portar no rótulo o percentual de sua concentração. • Suco desidratado é o suco no estado sólido, resultado dadesi-dratação do suco integral.• Suco integral é o suco sem adi-ção de açúcar e na sua concen-tração natural, sendo vedado o uso da designação para o suco reconstituído.• Suco tropical é o produto ob-tido pela dissolução, em água potável, da polpa de fruta pol-posa de origem tropical, não fer-mentado, de cor, aroma e sabor característicos da fruta, através de processo tecnológico adequa-

do, submetido a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento de consumo. Os teores de polpa e as frutas utilizadas na elaboração do suco tropical serão fixados em ato administrativo do Minis-tério da Agricultura e do Abaste-cimento, devendo ser superiores aos estabelecidos para o néctar da respectiva fruta.

Existem ainda regulamentos técnicos de identidade e qualida-de específicos para cada produto ou grupos de produto, do MAPA. Os dados levantados pela Cana-dean, empresa internacional de pesquisa, do consumo de bebi-das no Brasil, mostra a evolução entre 2002 e 2009 do consumo de suco concentrado, sucos e néctares.

Aqui estão os resultados com algumas observações:

• A população brasileira cresceu 9% entre 2002 e 2009, de 176 para 191 milhões de habitantes • O volume consumido de suco concentrado cresceu menos que a população - de 1518 pra 1640 milhões de litros, uma variação do consumo per capita de 8,61 para 8,57 litros por habitante. • O volume consumido de sucos e néctares cresceu 159% entre 2002 e 2009 - de 179 para 464 milhões de litros, uma variação de consumo per capita de 1,02 pra 2,42 litros por habitante. • O consumo de suco concentra-do cresceu 8%, semelhante ao crescimento da população, entre os anos de 2002 e 2009.• Os sucos concentrados mais consumidos são: laranja (19%), maracujá (16%), caju (15%) e uva (15%).• O volume do suco de limão con-centrado cresceu 24% - o maior crescimento, seguido pelo toma-te 17% e pela uva - 13%.• O volume consumido de sucos e néctares cresceu 159%. Hou-ve um aumento do consumo per capita de 1,02 pra 2,42 litros por pessoa (137%), entre os anos de 2002 e 2009.• Os sucos e néctares mais con-sumidos são abacaxi (26%), caju (14%), goiaba (12%), laranja (12%) e limão (9%).• Os produtos de maior cresci-mento, de sucos e nectares con-sumidos, foram: goiaba (318%), manga (238%), maçã (176%), entre os anos de 2002 e 2009.

Page 17: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 23Qualidade

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A poluição do ar é um dos problemas ambientais mais graves enfrentados pela huma-nidade. Hoje as emissões do tráfego são as maiores causas

Qual nossa participação na poluição do ar?Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

da poluição do ar. As emissões causadas por veículos carre-gam diversas substâncias tó-xicas que, em contato com o sistema respiratório, podem

produzir vários efeitos negati-vos sobre a saúde.

O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento explosivo de suas regiões metropolitanas.

Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar é uma das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habi-tantes.

As emissões dos veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, prejudi-cam a saúde. Ela é composta por gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitro-gênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), e ou-tros. Os governos federais (Lei 10203 de 22/02/2001, Resolu-ções Conama 416-2009 , 451-2012), estaduais e municipais (Leis 11.733 de 27/03/1995, 12.157 de 09/08/1996 e 14.717 de 17/04/2008) cria-ram leis e regulamentos para prevenir, desde a fabricação dos veículos, diminuir e punir a poluição do ar. Os veículos paulistanos já precisam passar pelo teste de emissão veicular para renovar a sua documen-tação.

A OMS (Organização Mun-

dial da Saúde) estabeleceu o padrão de ocorrência de 50 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de material particula-do como o máximo permitido. A qualidade do ar de São Paulo é considerada péssima, quatro vezes maior que o nível consi-derado aceitável pela OMS.

O estudo “Mortalidade pe-rinatal e poluição do ar gerada por veículos”, do Departamen-to de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo mostra estimativas de cerca de 860 mil mortes no mundo por ano, de-vido aos efeitos agudos e crôni-cos da poluição do ar.

Os dados de frota de veícu-los do Denatran mostra o Bra-sil, em 2011, com uma frota de 66 milhões de veículos, sendo 32% no estado de São Paulo, com 21 milhões de veículos. As capitais concentram os veí-culos de cada estado: 86% em Roraima (Rio Branco) até 25% no Pará (Belém). A frota da ca-pital paulista, com 6,4 milhões de veículos, responde por 31% da frota paulista.

Qual é a participação do En-treposto Terminal de São Paulo da Ceagesp na frota paulista e quanto contribuímos para a po-luição do ar?

O mundo das frutas e hortaliças é rico em cores, ta-manhos, formatos, texturas, sabores e aromas. A cada dia, os agricultores investem em diversidade, na oferta ao consumidor de novos produtos, variedades, novas formas de apresentação e embalagens.

Os institutos de pesquisa brasileiros como a Em-brapa, o IAC – Instituto Agronômico de Campinas, as universidades e as empresas produtoras de sementes investem em melhoramento genético, no cruzamen-to e seleção de variedades com maior produtividade, resistência a pragas e doenças e características que atraiam o consumidor.

O aproveitamento de toda essa diversidade, resul-tado do grande esforço do agricultor e da pesquisa, exige o seu reconhecimento e diferenciação pelo com-prador.

O Guia de Variedades, desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp, fornece um gabarito visual de identi�icação das principais va-riedades de cada produto e um quadro das caracterís-ticas varietais. O trabalho é árduo, pois existem cente-nas de frutas e hortaliças, cada uma delas com muitas variedades.

Já foram desenvolvidos guia de variedades para 20 frutas e hortaliças que respondem por 64% do volume comercializado na Ceagesp paulistana: abacate, abaca-xi, alface, banana, batata, batata doce, cebola cenoura, chuchu, couve, laranja, maçã, manga, melão, melancia, pepino, pera, pimentão, repolho, tangerina e tomate, que somaram em 2011 mais de 2.100 mil toneladas.

O técnico do CQH, Bertoldo Borges Filho,é o res-ponsável pelo desenvolvimento dos guias e você pode ter acesso a eles em http://www.ceagesp.gov.br/alimentacao/variedades, ou através do telefone (11) 3643827 e pelo email [email protected].

CQH com guia de variedades auxilia produtor

O milho é considerado um dos produtos mais im-portantes da agricultura brasileira, importância que se re�lete no aumento dos investimentos feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos úl-timos anos. A cultura é a que mais recebe custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), capitaneado pelo MDA, ultrapas-sando a marca de R$1,3 bilhão em investimentos em 2011. O milho também �ica com a maior parte do va-lor destinado ao Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) - dos 92 mil pedidos de cobertura recebidos na safra 2011/2012, mais de 45 mil são de milho. Mais de 153 mil agricultores receberam o pagamento do seguro Garantia-Safra, referente à safra 2010/2011 - estima-se que todos têm o milho como uma de suas principais culturas.

“Ao todo são mais de 1,1 milhão de produtores de milho segurados pelo ministério”, informa João Luís Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamen-to e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA. “Para o agricultor familiar o milho é o principal fornecedor de energia tanto para a alimen-tação humana quanto animal”, a�irma Guadagnin.

Seja cozido, na pamonha, como pipoca, no bolinho, o ingrediente faz parte do cardápio dos brasileiros de norte a sul. Além do sabor, o milho é uma grande fonte de energia, com alto nível de carboidratos, vitaminas B1 e sais minerais. E não se pode esquecer da sua im-portância também para a alimentação animal, sendo o principal componente da maioria das rações. O culti-var está em quarto lugar na lista de produtos da agri-cultura familiar, perdendo apenas para arroz, feijão e mandioca. Segundo o senso agropecuário de 2006, fo-ram mais de 42 mil toneladas de milho - o equivalente a mais de 48% da produção brasileira.

Produção de milho: a energia da agricultura familiar

Page 18: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201224 Qualidade

A construção do sabor do abacaxi havaí

Thiago de OliveiraFabiane CâmaraAnita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Quando colhido antes do tempo certo, fruto apresenta sabor desagradável

O abacaxi Havaí vem per-dendo espaço para o abacaxi Pé-rola, nos últimos anos, por seu sabor mais ácido. O abacaxi Ha-vaí produzido nos meses de ve-rão, no final e no começo do ano, colhido maduro, é maravilhoso, cheiroso, suculento, mais doce e menos ácido que o Pérola.

A descontinuidade de oferta de qualidade é uma das princi-pais razões da perda de merca-do do abacaxi Havaí. O consumi-dor troca o abacaxi Havaí pelo Pérola para não ter surpresas desagradáveis.

O grande desafio é produzir abacaxi Havaí saboroso durante todo o ano.

Todas as frutas, principal-mente as frutas não climatéri-cas como o abacaxi, acumulam os compostos responsáveis pelo sabor na sua maturação. A co-lheita antes do tempo é a receita certa para um fruto sem sabor ou de sabor desagradável.

O estudo desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP, em parceria com um produtor de abacaxi de Guaraçaí, teve como objetivos:

1º Avaliar o efeito da época de colheita nas características do fruto

2º Avaliar o efeito da época de colheita no sabor do fruto

3º Avaliar se é possível ofe-recer ao consumidor um abaca-xi Havaí saboroso no período es-tudado, com o conteúdo sólidos solúveis igual ou superior a 12 º Brix (sólidos solúveis), acidez titulável menor ou igual a 0,6, e a relação entre sólidos solúveis e acidez titulável superior a 20.

Os frutos estudados vieram de uma roça de abacaxi plan-tada em maio de 2010 e indu-zida em dezembro, com a sua primeira colheita programada para a semana 24 (3ª semana de junho).

Uma parte da lavoura foi re-servada para o estudo e as co-lheitas foram feitas da semana 22 à semana 30 (8 colheitas). A primeira e a segunda colhei-

ta foram feitas antes da semana programada e seis colheitas fo-ram feitas depois.

Uma caixa de frutos foi ana-lisada em cada semana. Cada fruto foi dividido em três, para avaliar a diferença entre as par-tes em cada estágio.

Os resultados foram bem in-teressantes e permitiram enten-der melhor o metabolismo de abacaxi, o processo de acúmulo de açúcares e ácidos.

Aqui estão alguns dos resultados:

1. Os frutos colhidos na mesma

semana apresentaram grande desuniformidade de transluci-dez, sólidos solúveis, acidez ti-tulável, coloração.

2. O conteúdo médio de sólidos solúveis (º Brix) apresentou grande crescimento a partir da 25ª semana até à 30ª semana, última coleta (Figura 01).

3. O fruto, colhido duas semanas depois da semana atual de co-lheita, apresenta um conteúdo médio de sólidos solúveis 36% superior ao da semana progra-mada para a colheita.

Figura 01 Evolução do Teor de Sólidos Solúveis e da Acidez Titulável médios, ao longo das semanas (22 a 30)

4. A acidez titulável cresceu até à 28ª semana e caiu na 29ª e na 30ª semanas. O maior crescimento da acidez acontece a partir da 26ª semana (Figura 01).

5. Nas semanas 26, 29 e 30, o conteúdo de sólidos solúveis su-biu e a acidez caiu (Figura 01).

6. Os conteúdos médios de sóli-dos solúveis e de acidez, neces-sários para um sabor adequado, não foi atingido, mesmo na últi-ma semana de avaliação – 30ª, quando ocorreram frutos bem amarelos e com sabor passado.

7. Frutos individuais atingiram, nas duas últimas semanas de coleta, as características desejá-veis de sabor.

8. Os frutos foram divididos em três partes: basal, mediano e apical. A menor diferença de acidez titulável, entre as partes basal e apical, aconteceu na se-mana 28, sinal de maior unifor-midade entre as partes (Figura 02) e de diminuição do acúmulo de acidez.

9. A maior diferença de sólidos solúveis, entre as partes basal e apical, aconteceu na semana 28, caindo até a última coleta, até 1,28 - relação entre os teores de sólidos da parte basal e apical (Figura 03).

10. O primeiro sinal de translu-cidez (acima de 1) na parte ba-sal aconteceu na semana 26 e na parte apical na semana 28.

11. A firmeza do fruto (textura) diminuiu a partir da semana 24.

12. Os primeiros sinais de trans-lucidez aparecem na semana 26 e chegam à etapa 3 de transluci-dez na semana 30.

13. Os conteúdos médios de só-lidos solúveis e de acidez, neces-sários para um sabor adequado, não foram atingidos mesmo na última semana de avaliação – 30ª, quando ocorreram frutos bem amarelos e com sabor pas-sado. Alguns frutos individuais conse-guiram atingir o conteúdo mé-dio de sólidos solúveis, a acidez titulável e a relação entre sóli-dos solúveis e acidez, para um sabor adequado.

14. A colheita do fruto, duas se-manas depois da data progra-mada, permite um conteúdo de sólidos solúveis 36% superior ao da semana programada para a colheita -24ª semana.

15. O primeiro sinal de translu-cidez na parte basal aconteceu na 26ª semana, duas semanas depois da colheita programada.

16. O primeiro sinal de translu-cidez na parte apical aconteceu na 28ª semana, semana de iní-cio da queda da acidez titulável.

Vamos repetir o estudo e tentar avaliar lavouras com di-ferentes manejos de água e adu-bação.

Figura 02Evolução da relação, entre os terços basal e apical de sólidos solúveis e acidez titulável do abacaxi ao longo do tempo

Page 19: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 25

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Page 20: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201226

A mandioca é uma boa fon-te de energia (100 gramas for-necem 30,1 gramas de carboi-dratos), de fonte de minerais, potássio, cálcio, fósforo e de vi-taminas do complexo B e possui grande quantidade de �ibras.

A mandioca é uma planta de mil utilidades. A variedade de mesa ou mansa é consumida frita, cozida, na forma de pão, sopa, bolo entre outras prepa-rações. A mandioca para indús-tria ou brava é utilizada para a produção de inúmeros produ-tos como as féculas e os ami-dos modi�icados, como matéria prima para papéis fotográ�icos, colas, cervejas, tintas, vestuá-rio, embalagens biodegradáveis, álcool combustível e de alimen-tos como farinha de mandioca, sagu, pão de queijo, biscoito de polvilho, tapioca, mandiopã.

É uma planta nativa, parte importante da alimentação dos índios, desde o descobrimen-to do Brasil, e da população do norte e nordeste brasileiro. A produção de mandioca acontece em todos os estados brasileiros, sendo a Bahia, o Maranhão e o Pará os maiores produtores. Ela dobrou de 1995 até 2006 para 16 milhões de toneladas e 2,7 milhões de hectares.

A responsabilidade pela sua produção é compartilha-da por 832 mil propriedades, que empregam três milhões de pessoas, predominantemente agricultores familiares (89% da área e 91% das propriedades). O Estado de São Paulo produz 2% da produção brasileira, mas é a origem de 97% da mandio-ca comercializada na Ceagesp paulistana, onde o volume co-mercializado aumentou 23% entre 1999 e 2010, de 19.66 para 24,23 mil toneladas. No ano passado, o volume caiu 17% ante 2010, passadno para 20,69 mil toneladas.

Os dados do POF sobre o consumo de alimentos do IBGE mostram o consumo de médio de 6,1 gramas por dia de man-dioca fresca e 7,1 gramas de farinha mandioca. Existe gran-de diferença de consumo entre as regiões brasileiras. A Região Centro-Oeste tem o maior con-sumo de mandioca fresca (11,6 gramas por dia por pessoa) e a Região Sudeste o menor (3,8 gramas). A Região Norte tem o maior consumo de farinha de mandioca (46,2 gramas por pes-soa por dia) e Região Sul o me-nor (0,2 gramas). O consumo de mandioca fresca na zona rural é o dobro da zona urbana.

O Entreposto Terminal de

São Paulo da Ceagesp comercia-lizou em 2011, 1725 toneladas por mês, originários de quatro estados brasileiros SP, ES, MG e PR, sendo o estado de São Paulo responsável por 97%. A região de Sorocaba responde por 55% deste volume, tendo o municí-pio de Capela do Alto, uma par-ticipação de 32%.

De maio a setembro ocorre a maior oferta, já os meses de fevereiro e outubro são os de maior variação, com crescimen-to e diminuição da oferta, res-pectivamente.

No período de maior oferta, maio a agosto, a variação de pre-ço é menor mantendo-se está-vel em torno de R$ 0,75/kg em 2011. Os picos de preço acon-tecem nos meses de dezembro e fevereiro, com preços médios pouco acima de R$1,00/kg, os de menor entrada da raiz. A mandioca é vendida em caixas, a maioria de madeira do tipo “K” e pequena parte em caixas plásticas.

A entrevista com os ataca-distas, realizada pelo Centro de Qualidade em Horticultura da em março mostrou que os fato-res mais importantes na dife-renciação de valor da mandioca são tamanho, qualidade e emba-lagem, nesta ordem.

Aqui estão algumas das in-formações levantadas sobre as causas de diferenciação de valor:

1. Maior uniformidade das raízes, tamanho e ao diâmetro – melhor classi�icação e emba-lamento;

2. Menor tempo entre a co-lheita e a venda. O ataque de microorganismos e reações en-zimáticas de deterioração do amido, escurecem a polpa da raiz da casca para o centro, e promovem a a deterioração da mandioca;

3. Testes preliminares, rea-lizados no CQH, mostram que algumas raízes mesmo arma-zenadas sob refrigeração, apre-sentavam um início de processo de conversão do amido por fer-mentação e deterioração, logo no segundo dia de coleta das amostras;

4. A deterioração tem efeito na qualidade culinária. No tes-te de cozimento, as raízes mais escuras apresentaram uma �ir-meza (lb/pol² - medidas em pe-netrômetro “Newtoniano” ma-nual) maior que as raízes mais frescas.;

5. A variação entre tama-nhos e qualidade entre raízes da mesma caixa é muito grande. Na “boca” da caixa estão as raí-zes mais uniformes e frescas e no fundo estão as raízes muito �inas, com a polpa exposta no meio, e em estado mais avan-çado de fermentação e ação de

outros microorganismos opor-tunistas, como o Fusarium e o Penicilium, com perda de qua-lidade e valor para toda a caixa;

6. A qualidade culinária da mandioca é uma incógnita e a sua avaliação exige um teste de cocção no momento da venda. É preciso desenvolver uma meto-dologia simples de avaliação da qualidade culinária e que não exija a cocção da raiz. O grande crescimento da venda em car-riolas na rua, com mandioca descascada na hora, e garantia de qualidade culinária, mostra a demanda que existe por man-dioca fresca de boa qualidade.

O desenvolvimento de um teste de qualidade culinária exi-ge a medição dos diferentes atri-butos da mandioca e a sua rela-ção com a qualidade culinária. Estão sendo avaliadas nas amos-tras de mandioca coletadas no mercado: a densidade (peso/ volume), o teor de matéria seca, a facilidade de rompimento da casca interna (mesoderma) e o tempo de cozimento.

Algumas correlações já ob-servadas apontam para a utiliza-ção da densidade da mandioca crua com uma possível ferra-menta de avaliação da qualidade culinária. As raízes com maior densidade têm maior conteúdo de matéria seca e não apresen-tam boa qualidade culinária – são duras.

Thiago de OliveiraViviane de OliveiraCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O estabelecimento da cor-relação entre densidade e qualidade culinária permitirá, que com uma solução padrão amostral possamos avaliar a qualidade culinária da raiz. Só precisaremos ter uma solução da densidade estabelecida e co-locar uma amostra de mandioca dentro. Se a mandioca afundar ela não estará boa para cozi-nhar. A correlação conseguida entre densidade e qualidade culinária é boa.

O Centro de Qualidade em Horticultura está recebendo agora para teste pés de man-dioca de lavouras conhecidas, através de parcerias com pro-dutores. É preciso entender que outros fatores interferem na qualidade da mandioca - fato-res pré-colheita, como idade da planta, tempo de colheita, índice pluviométrico, tipo de solo e de colheita e pós-colheita. O estudo permitirá outras informações sobre a mandioca como as op-ções de escolha do produto, in-dicando Índice de Valoração, sa-zonalidade, opções de escolha, o padrão mínimo de qualidade, tabelas de equivalência (cor-relação entre os tipos e classes dados pelos atacadistas e uma medida mensurável) e índice de aproveitamento, que fazem par-te do Programa HortiEscolha.

Agora é a vez da mandioca

Qualidade

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Page 21: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 27Cá entre nós

Em nome da Associação Nossa Turma, eu agradeço às pessoas e às empresas que aju-daram a realizar a festa da Quei-ma do Alho, no dia 20 de maio.

Alguns comerciantes ajuda-ram com valores, comprando convites e doando produtos para o evento. A comitiva ven-cedora foi a “Vagar com a Pinga”, de Osasco. Mas a barraca mais concorrida foi a da comitiva “Ca-piau”, que serviu mais de 400 pratos e foi a grande vencedora da simpatia do público e con-quistou o voto popular. A canto-ra Rebeca Angel e o balé infantil do Raul Gil puseram a criançada para dançar; Thaís e Eduardo, representantes dos produtores de flores, cantam cada vez me-lhor; Amon Violeiro homena-geou os artistas que já se foram, Tião Carreiro e a dupla Tonico e Tinoco. Com a viola e sua voz, le-vou o público às lágrimas, numa belíssima apresentação.

No dia 22, a abertura da Fe-metran reuniu carregadores, vendedores, permissionários, colaboradores, produtores e o mais interessado no evento: o nosso irmão da estrada, o mo-torista de caminhão. Me senti honrado em ser convidado a cortar a fita da abertura da feira na companhia da jovem Amélia, deste Jornal Entreposto. Aí fo-mos convidados a levar os alu-nos da Nossa Turma para visitar os veículos expostos. As crian-ças adoraram e puderam sabo-

Um mês de grandes comemoraçõesrear um lanche gostoso, servido pelos organizadores da feira.Dia 26 foi a vez do Dia da Saúde, organizado pelo Rotary Alto da Lapa, UBS Lapa, voluntários dos Correios e alunos da Faculdade Vital Brasil. A ação reuniu pedia-tra, clínico geral, ginecologista, massagista, dentistas e o cardio-logista Paulo Frange, que sem-pre examina os nossos atletas quando vão fazer peneira nos times de futebol. Ao todo, houve perto de 500 pessoas que parti-ciparam das atividades. O públi-co teve a oportunidade de ouvir palestras sobre álcool e drogas, e sobre alimentação saudável, ministrada pelas nutricionistas da Faculdade São Camilo, que deram a dica de que devemos colorir nosso prato com legu-mes e verduras, abolir o refrige-rante e consumir frutas e sucos naturais.

No dia 7 de junho, a Ceagesp realizou, no galpão dos carrega-dores, a missa de Corpus Christi, cujo celebrante foi o padre Dori-val, da paróquia Nossa Senhora dos Remédios, que abençoou o presidente José Pinheiro e a nova diretoria empossada do sindicato. Durante a celebração, o diretor Antonio Josafá e sua esposa Maria comemoraram os 28 anos de casamento e os car-regadores Mateus e Venceslau, que trabalham no mercado des-de o primeiro dia de funciona-mento e hoje estão com a saúde debilitada, receberam uma ben-ção especial.

Alunos da Nossa Turma visitaram os veículos expostos na feira e fizeram um lanche no estande da Femetran

Por Manelão

Page 22: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojunho de 201228 Ceasas do Brasil

Couve-flor

69,2%

Cebola nacionalUva rubi

14,8%-23,9%

Tomate 44,6%

Sardinha

25%

Após encontro entre diri-gentes e técnicos de centrais de abastecimento do Brasil no final de maio para aprovar a proposta de criação do Plano Nacional de Abastecimento (PNA), será entregue um docu-mento com resoluções junto ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no úl-timo dia 5 de junho. O texto traz um conjunto de propos-tas de ações governamentais a serem adotadas, visando a promoção e o desenvolvim-ento do abastecimento e da segurança alimentar no país. O ponto de partida sugerido é a criação de um órgão capaz de articular as ações das centrais de abastecimento e criar uma diretriz macro estratégica para o abastecimento nacional.

Para o presidente da CeasaMinas e da Abracen, João Alberto Paixão Lages, esta é uma grande oportunidade para as centrais de abastec-imento e deve revitalizar o setor. Além de Minas Gerais, participaram da reunião rep-

resentantes das centrais de abastecimento do Distrito Fed-eral, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Antes da reunião, 15 téc-nicos de centrais de abastec-imento do Acre, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, incluindo a Ceasa Campinas, escreveram artigos sobre di-versos temas de interesse do setor, como rastreabilidade dos produtos hortícolas, ad-equação de embalagens e ca-pacitação de agentes. Cada artigo apresentava, além da situação atual do assunto no Brasil e no mundo, propostas de ações para o desenvolvi-mento do tema no PNA. A CeasaMinas contribuiu com 9 dos 19 artigos. Existe a pro-posta da adoção do Sistema de Informações de Mercados de Abastecimento do Brasil (SIMAB) por todas as centrais de abastecimento do país, para facilitar o entendimento do mercado.

CeasaMinas participa do Plano Nacional de

Abastecimento

Índice Ceagesp aponta alta de 4,17% em maioOs preços dos principais

produtos comercializados na Ceagesp apresentaram aumen-to de 4,17% em maio. A eleva-ção do Índice foi puxada pelos setores de verduras e legumes, que registraram aumento de 33,65% e 19,47%, respectiva-mente. Para o economista da Companhia, Flávio Godas: “As condições climáticas adversas como o frio intenso, as chuvas e a ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras do sul e do sudeste do País, prejudicaram a qualidade e o volume ofertado das hortaliças no mês”.

No ano, o indicador registra alta de 2,23%, porém, nos últi-mos 12 meses, ainda apresenta

queda de 1,77%. Com o au-mento significativo nos preços, as principais altas do setor de Verduras foram da alface cre-spa (95,1%), da couve (93,6%) e da couve-flor (69,2%). “Desde o início deste ano, as hortaliças (especialmente as folhosas) não apresentaram grandes majorações. No mês de maio, houve recuperação de preços e aumento da lucra-tividade dos produtores rurais, obviamente, daqueles que não tiveram perdas significativas”, avalia o economista.

Já no setor de legumes as elevações foram da abobrinha brasileira (72,7%), da abo-brinha italiana (44,6%) e do tomate (44,6%). O pimentão

amarelo (-28,4%), o pimentão verde (-10,2%) e a mandioca (-5,1%) tiveram queda nos preços.

Outro setor a registrar au-mento nos preços foi o de Pes-cados, com 2,72%. Anchovas (28,6%), a sardinha (25%) e a pescada (22,3%) tiveram as principais altas e as quedas foram da cavalinha (16,8%), da corvina (-12,3%) e do badejo (-8,5%).

O Índice não computou alta ainda maior, pois o setor de Frutas, item de maior rep-resentatividade balizado pelo indicador, teve retração de 1,69%.

As principais quedas foram do mamão formosa (-24,2%),

do mamão papaya (-22,9%) e da uva Rubi (-23,9%). As eleva-ções ficaram por conta do figo (44,7%), do maracujá azedo (16,7%) e da goiaba (10,8%).

O setor de diversos tam-bém teve queda nos preços de 0,90%. O coco seco (-7,6%), os ovos brancos (-8,1%) e os ovos vermelhos (-7,6%) foram às baixas. Já as altas foram da cebola nacional (14,8%) e do milho de pipoca estrangeiro (9,36%).

Tendência

Com a chegada do inverno em junho, a expectativa é de que este quadro não tenha alte-rações. “A previsão é de um in-

verno mais rigoroso neste ano, desta forma, as dificuldades na produção deverão ser maio-res. Assim, legumes e verduras permanecerão com volume ofertado reduzido e preços em elevação”, antecipa Godas.

A previsão para os setores de pescados e frutas é seguir em estabilidade. “Boas opções como o morango, a tangerinas, a laranja, a banana e a manga deverão influenciar positiva-mente no âmbito da oferta. Como há uma natural retração na demanda nesta época, os preços não deverão apresentar elevação, mesmo com os prob-lemas cambiais e de fronteira na Argentina”, afirma o econo-mista.

O Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), da Ceag-esp, registrou crescimento de 8,8% no volume comercializa-do no primeiro quadrimestre de 2012. Os comerciantes da maior central atacadista da América Latina negociaram 1.145.095 toneladas de horti-frutigranjeiros ante 1.052.154 toneladas registradas no mes-mo período do ano passado, ge-rando um volume financeiro de R$ 1,64 bilhão nestes primei-ros quatro meses de 2012. A condição climática favorável neste início de ano foi um dos principais motivos que impul-sionou o aumento do volume comercializado.

Os setores de frutas (8,4%), legumes (10,6%), verduras (3,8%), diversos (7,5%), pes-cados (14,1%) e flores (28%) apresentaram elevação do fluxo financeiro e em toneladas. No acumulado em volume de tone-lada dos primeiros quatro me-

Ceagesp registra aumento no volume de vendas

ses do ano, o tomate (10,5%), a laranja (10,4%), a batata (7,7%) e o mamão (4,0%) seg-uem no topo da lista dos produ-tos campeões de vendas. Em

2011, o ETSP recebeu produ-tos procedentes de 18 países, 23 estados, 1500 municípios e mais de 25 mil produtores ru-rais e fornecedores.

Page 23: Jornal Entreposto | Junho de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 29

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Page 24: Jornal Entreposto | Junho de 2012

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Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

E a luta continuaA população da Ceagesp é for-

mada por produtores agrícolas, permissionários, carregadores, caminhoneiros e compradores que se abastecem diariamente, além de suas respectivas famí-lias. No dia 28 de março, como cidadãos, em livre direito de pensamento e manifestação, ga-rantido pela Constituição Bra-sileira, e com ampla divulgação pela imprensa, essa população disse não ao pedágio na Ceagesp.

Assim ocorreu a manifes-tação da cadeia produtiva de hortifrutigranjeiros, pescados e flores, contrária à imposição da Ceagesp do edital de licitação, que impinge mais uma taxa: a cobrança pela entrada e estacio-namento de veículos de carga, num modelo inadequado, one-rando sobremaneira a produção, distribuição e abastecimento de alimentos.

Dois dias depois, em 30 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) acatou representa-ção e suspendeu, para análise, o edital de licitação com a preten-sa e absurda cobrança promovi-da pela Ceagesp.

Desde então, a Ceagesp vem buscando sanar as inúmeras ir-regularidades apontadas no edi-tal por nosso corpo jurídico. Mes-mo com os reiterados pedidos de prorrogação de prazo para o cumprimento das exigências feitas pelo TCU, a Apesp acredita que isso não ocorrerá, pois não se tratam de meras inconsistên-cias, mas sim, vícios insanáveis. Ainda assim, caso ocorra, um eventual novo edital vai gerar novas discussões. Informamos também que o assunto ainda não foi discutido perante o poder ju-diciário e fatalmente o será.

Existe ainda, uma ação judicial (nº 006127-25.2012.8.26.0004) em trâmite pela 1ª Vara da Jus-tiça do Estado de São Paulo do Fórum Lapa, em que a Ceagesp busca imputar a Apesp aos fatos ocorridos no dia 28 de março no entreposto, mesmo ciente de que todos participaram de livre e es-pontânea vontade, que aguarda o processo, atualmente a análise pelo magistrado, da réplica da Ceagesp.

Alertamos também para outros fatos ocorridos na com-panhia, para que se reflita e se

pense no futuro do Entreposto Terminal de São Paulo.

Além do edital de cobrança de pedágio, a Ceagesp licitou e contratou uma empresa para promover a comunicação visual do entreposto e outros. Porém, a empresa vencedora ainda não realizou os investimentos que deveria, conforme estipulado no respectivo instrumento con-tratual firmado com a Ceagesp, nem tampouco executou as si-nalizações padronizadas e ade-quadas dos pavilhões, setores e demais locais do entreposto, confundindo a circulação de ve-ículos e dificultando o trabalho de motoristas que não conhecem o mercado e o acesso ao local de descarga.

Promoveu, ainda, uma licita-ção para a instalação e funcio-namento de uma faculdade em local não divulgado. O que é ab-surdo, tendo em vista o espaço físico do mercado que, saturado e limitado, tem outras priorida-des de natureza estrutural e ope-racional.

Além disso, no dia 10 de agosto do ano passado, promo-

veu uma feira de caminhões que deslocou o varejão noturno re-alizado todas as quartas-feiras - conhecido e frequentado há muitos anos pelas famílias que ali se abastecem semanalmente – para um local desconhecido e inadequado. A consequência, ób-via e perceptível, foi a não reali-zação do varejão, com prejuízos aos permissionários do varejo e do atacado, carregadores, pro-dutores agrícolas e a própria população que, nesse dia, não foi abastecida.

Por fim, tramita no Congres-so Nacional, o projeto de lei das Ceasas brasileiras, com o objeti-vo de estabelecer o marco regu-latório do setor. O projeto prevê que os setores público e privado, com suas potencialidades, num modelo adequado de boa gover-nança corporativa, interajam de modo a revitalizar e dinamizar os entrepostos/Ceasas, haja vis-ta a importância no contexto da cadeia produtiva e no sistema nacional de abastecimento.

O deputado federal Padre João (PT/MG), presidente da Comissão de Seguridade Social

e Família (CSSF), desconhecendo que o projeto de lei foi elaborado pela Brastece em conjunto com o Ministério da Agricultura, re-presentado pelo Prohort, Abra-cen e demais grupos técnicos, desconsiderou a importância do trabalho realizado pelos permis-sionários das Ceasas do Brasil e alterou o projeto de lei em seu parecer substitutivo, para que as atribuições de áreas, módulos e boxes, sejam licitadas com prazo de cinco anos.

Essa possível alteração do projeto de lei tem provocado in-segurança e incerteza quanto ao futuro de nossas empresas, fun-cionários e produtores. Sendo assim, representantes da Braste-ce participaram, em 18 de abril, da reunião da CSSF, em que seria votado o tal substitutivo. Através de entendimentos com o depu-tado dederal Toninho Pinheiro (PP/MG) conseguiu-se incluir um voto em separado pela apro-vação do texto original. Sendo este, decisivo para a retirada do projeto da pauta de votação e também para que fosse consti-tuída comissão para elaboração

de um novo texto conjunto com os setores envolvidos. O depu-tado Padre João constituiu uma comissão integrada pelos seus assessores Maurício Cortiniz Laxe e Uelton Francisco Fernan-des, representantes da Brastece e da Ceagesp, para elaboração de sugestão do texto que será apre-sentado para votação na CSSF. A Brastece aguarda o envio do tex-to final e data em que será incluí-do na pauta de votação para pla-nejar a participação da entidade na reunião da comissão.

Foram realizadas reuniões nos dias 26 de abril e 3 de maio na Câmara dos Deputados, em Brasília, e no dia 14 de maio na sede da Associação dos Comer-ciantes da Ceasa Minas, em Belo Horizonte.

Felizmente, após reunião promovida por Virgílio Villefort, presidente da Brastece, em Belo Horizonte, com a participação do deputado Padre João, de outros parlamentares, da Abracen e dos demais técnicos do setor, foi demonstrada a impropriedade da licitação e do prazo de cinco anos, tanto dos atuais quanto dos futuros contratos. Afinal, trata-se do setor que produz, abastece e alimenta as famílias brasileiras.

A situação e as medidas to-madas pela Ceagesp, somadas à deterioração física dos entrepos-tos, causada pela ausência de in-vestimento público e comprome-timento operacional impactam e comprometem o funcionamento do mercado. Comercialização clandestina, não atendimen-to das demandas necessárias, limpeza inadequada - visto a sujeira e mau cheiro embora a conta limpeza terceirizada seja elevada pelo serviço prestado e a descontinuidade administra-tiva - também são fatores que prejudicam o bom andamento do entreposto.

A Ceagesp deve ser adminis-trada com austeridade e priori-dade, pois aqui trabalha-se com produtos perecíveis que exigem eficiência e agilidade. Afinal, os entrepostos da capital e do interior movimentam mais de quatro milhões de toneladas de hortifrutigranjeiros, cereais, pescados e flores, produzidos em mais de 1.400 municípios brasileiros.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio junho de 2012 31

A montadora Mercedes-Benz lançou, no dia 1º de ju-nho, em São Paulo, a nova linha Sprinter, que, seguindo a catego-ria dos pesados, já está equipa-da com motores que atendem à legislação Proconvep-7. Cha-mados de OM 651LA, os novos motores estão mais potentes, econômicos e ecológicos. Estes propulsores trazem a tecnolo-gia BlueEfficiency para os veí-culos comerciais leves, solução consagrada nos automóveis da marca.

Com maior potência e tor-que, os veículos Sprinter ga-nham mais agilidade no trân-

Mercedes-Benz lança a Nova SprinterA nova família Sprinter oferece maior capacidade de carga e traz novidades em tecnologia, segurança, economia, proteção ambiental e desempenho

sito, com melhores arrancadas e retomadas e também com maiores velocidades médias. “A Sprinter é referência de mer-cado em qualidade, agilidade, excelência, rentabilidade e sa-tisfação do cliente”, afirma Dimi-tris Psillakis, diretor de Vendas e Marketing de Automóveis e Vans e de Desenvolvimento de Rede Brasil da Mercedes-Ben-zdo Brasil. “A nova geração irá proporcionar muito mais vanta-gens aos clientes, contribuindo para maior produtividade em suas atividades de transporte de carga ou de passageiros, resul-tando em maior rentabilidade”.

A Mercedes-Benz aprimorou ainda mais o seu nível de segu-rança, criando um novo padrão no mercado. Um dos principais diferenciais da nova Sprinter é a introdução do programa eletrô-nico de controle da estabilidade ESP Adaptativo® no sistema de freio, que consiste na integração dos já conhecidos ASR e ABS ao BAS e EBV, reduzindo significan-temente os riscos de acidentes, mesmo em situações críticas, além de garantir maior domínio e estabilidade do veículo.

O BAS reconhece a veloci-dade de acionamento do freio e reduz a distância de frenagem

de acordo com areação do mo-torista sobre o pedal de freio. Já o EBV reconhece o efeito no centro de gravidade do conjun-to carga e veículo e ajusta a força de frenagem sobre as rodas de acordo com esse efeito.

A nova Sprinter traz também um airbag maior para os acom-panhantes do motorista (furgão e chassi) ou para os passagei-ros da primeira fila de assentos (van). Além disso, o tensionador do cinto de segurança funcio-na de forma associada com o airbag. O interior da Sprinter 2012 também foi totalmente modificado: mais portas-objeto,

painel que disponibiliza, opcio-nalmente, teclas para comunica-ção com o rádio e o telefone via Bluetooth. Além disso, a coluna de direção ajustável, tanto em altura como em profundidade, contribui para a melhor ergo-nomia. Com o novo sistema de ar condicionado, a temperatura no interior do veículo é mantida sempre num nível ideal, inde-pendentemente da temperatu-ra externa e da radiação solar. Destaque para as vans, cujo ar condicionado de controle inde-pendente foi desenvolvido ex-clusivamente para o mercado latino-americano.

A nova linha oferece maior capacidade de transporte, tanto no que se refere ao número de passageiros, no caso das vans, quanto ao volume de carga dos furgões e chassis. Isso se deve ao aumento das distâncias en-tre eixos (3.250 / 3.665 / 4.325 mm)e do PBT – peso bruto to-tal, agora com versões de 3,50 / 3,88 / 5 toneladas.

• Novo motor OM 651, com tecnologia BlueEFFICIENCY,

que assegura mais potência e torque, com menores emissões

• Novo câmbio de 6 marchas, que propicia agilidade e baixo

consumo

• Exclusivo sistema ESP Adaptativo® e novos airbags

elevam o padrão de segurança

• Novo interior, novo ar condicionado e preparação para

dispositivos eletrônicos

• Design moderno e arrojado

Novidades

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