jornal entreposto | março 2011

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O consumo de peixes, fru- tas, legumes e verduras regis- tra um aumento expressivo durante a Quaresma, período em que a maioria dos católi- cos restrige a ingestão de car- ne vermelha em sua dieta, às quartas e sextas-feiras. Na semana que antecede a Páscoa, os produtos mais procurados no ETSP são ba- calhau, camarão, salmão e pescadas. Segundo o departamento de economia da Ceagesp, a comercialização de peixes no atacado chega a subir 150% nessa época. “O volume de vendas no setor chega a triplicar”, infor- ma o economista Flávio Go- das. Ao consumidor final, os especialistas em saúde pú- blica recomendam cuidados e atenção especial na hora de comprar o produto fresco no varejo. Via de regra, os peixes não podem ser acondiconados em jornal, sacos de lixo ou outras embalagens inadequadas. São Paulo, março de 2011 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 12 - N o 130 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos Valor da produção agrícola é o maior em 14 anos Variedades de pêssego comercializadas na ETSP Pág. C2 Pág. B3 Pág. B2 Págs. A4 | A5 Pág. A8 Pág. C1 Pág. A11 Páscoa eleva vendas de pescados e FLV no atacado Alimentação saudável ajuda na prevenção de doenças como o câncer FEMETRAN 2011 Brasileiros negociam US$ 16 mi em exportações de orgânicos Associação manterá um canal direto de comunicação com os leitores do jornal a partir desta edição. Confira! A busca por uma alimentação equilibrada e por um estilo de vida saudável não estão associados somente com a beleza do corpo, mas também se previne uma série de doenças, inclusive o câncer. O desenvolvimento de várias das formas de câncer, resulta da interação entre fatores endógenos e ambientais, sendo o mais notável desses fatores a dieta, que contribui com cerca de 35% dos novos casos seguida pelo tabagismo 30%. Estima-se que 35% das mortes por câncer podem ser prevenidas, através de modificações dietéticas, pois há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer. 8 de abril Dia Mundial de Combate ao Câncer Transporte, embalagem e armazenagem contribuem para a oferta de produtos de alta qualidade Apesp passa a publicar o informativo da entidade nas páginas do JE

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Março 2011

O consumo de peixes, fru-tas, legumes e verduras regis-tra um aumento expressivo durante a Quaresma, período em que a maioria dos católi-cos restrige a ingestão de car-ne vermelha em sua dieta, às quartas e sextas-feiras.

Na semana que antecede a Páscoa, os produtos mais procurados no ETSP são ba-calhau, camarão, salmão e pescadas.

Segundo o departamento de economia da Ceagesp, a comercialização de peixes no atacado chega a subir 150% nessa época.

“O volume de vendas no setor chega a triplicar”, infor-ma o economista Flávio Go-das.

Ao consumidor final, os especialistas em saúde pú-blica recomendam cuidados e atenção especial na hora de comprar o produto fresco no varejo.

Via de regra, os peixes não podem ser acondiconados em jornal, sacos de lixo ou outras embalagens inadequadas.

São Paulo, março de 2011www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 12 - No 130 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos

Valor da produção agrícola é o maior em 14 anos

Variedades de pêssego comercializadas na ETSP

Pág. C2 Pág. B3 Pág. B2

Págs. A4 | A5

Pág. A8 Pág. C1 Pág. A11

Páscoa eleva vendas de pescados e FLV no atacado

Alimentação saudável ajuda na prevenção de doenças como o câncer

FEMETRAN 2011

Brasileiros negociamUS$ 16 mi em exportações de orgânicosAssociação manterá um canal direto de

comunicação com os leitores do jornal a partir desta edição. Confira!

A busca por uma alimentação equilibrada e por um estilo de vida saudável não estão associados somente com a beleza do corpo, mas também se previne uma série de doenças, inclusive o câncer.

O desenvolvimento de várias das formas de câncer, resulta da interação entre fatores endógenos e ambientais, sendo o mais notável desses fatores a dieta, que contribui com cerca de 35% dos novos casos seguida pelo tabagismo 30%.

Estima-se que 35% das mortes por câncer podem ser prevenidas, através de modificações dietéticas, pois há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer.

8 de abrilDia Mundial deCombate ao Câncer

Transporte, embalagem e armazenagem contribuem para a oferta de produtos de alta qualidade

Apesp passa a publicar o informativo da entidade nas páginas do JE

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA2

e Urbanização”. A intenção é chamar a atenção para a importância dos re-cursos hídricos em um contexto de rápida urbanização – segundo dados do organismo, a cada segundo duas pessoas são incorporadas à popula-ção urbana. Na América Latina, 77% dos seus habitantes vivem nas cida-des e as taxas de urbanização conti-nuam crescendo.

“A relação entre a água e as ci-dades é crucial. Cidades requerem grandes quantidades de água fresca/potável e, por outro lado, geram gran-des impactos nos sistemas de água limpa”, alerta a ONU, lembrando que enchentes, secas e outros eventos extremos, derivados das mudanças climáticas, também podem afetar a qualidade da água nos próximos anos. As grandes oportunidades nes-se contexto estão relacionadas ao aumento da reciclagem e do reuso da água e do esgoto, por meio de tec-nologias mais efi cientes. A captação da água na própria cidade, por meio de sistemas de reaproveitamento

A sociedade brasileira possui, como forte traço cultural, a difi culda-de de planejar e poupar recursos, eco-nômicos e naturais, traço esse que costuma trazer difi culdades ao país, no futuro. Isto também ocorre quan-do está em questão um bem natural cada vez mais escasso, a água: utili-zá-la de forma racional e implementar medidas legais visando a estimular a captação das águas das chuvas são ações que trazem forte impacto posi-tivo, econômico, ambiental e até de auxílio à prevenção de enchentes.

As grandes cidades brasileiras, nas quais as fortes chuvas são a causa de constantes enchentes e alagamentos, são justamente os locais onde o problema da falta de água potável poderá se agravar nos próximos anos. Justamente devido a esses problemas, que não exclusivos do Brasil, a ONU defi niu como tema de seu World Water Day 2011 “Água

das águas das chuvas, também são vistas como solução para o problema do abastecimento futuro.

Apesar da grande incidência de chuvas em boa parte no Brasil, são poucas ou quase inexistentes as ini-ciativas para a captação das águas das chuvas nas cidades. E, para pio-rar, por aqui a água potável é utiliza-da para fi ns menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins etc. Essa realidade precisará ser repensada.

A captação das águas pluviais nas edifi cações, especialmente em prédios, funciona como “piscinhas”, reservatórios que ajudam a diminuir bastante a quantidade de água que corre para córregos e rios em prazos muito curtos e em grande volume, causando as enchentes. Há diversos sistemas possíveis de implantação que, ao mesmo tempo em que solu-cionam a questão do uso da água po-tável para fi ns menos nobres, podem ser um aliado na mitigação de pro-blemas causados por fortes chuvas,

como alagamentos e enchentes. No Brasil, há muito o que melho-

rar na relação entre cidades-abaste-cimento de água. Faltam conscienti-zação, medidas para evitar poluição e incentivos para o uso racional da água, como a substituição de equi-pamentos hidrossanitários por pro-dutos economizadores de água, que permitem economizar quase 70% comparado ao consumo dos produ-tos obsoletos e gastadores. Cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Houston, por exemplo, já implan-taram com sucesso programas de incentivo à adoção de equipamen-tos racionalizadores do consumo de água. E, claro, estamos ainda longe da desejada universalização do sa-neamento. O uso racional da água, além de permitir economia nas con-tas mensais de saneamento, com a diminuição das contas também é peça importante ambientalmente, uma vez que menos consumo é igual a menos poluição e traz o benefício adicional de evitar a construção de no-

vos reservatórios e adutoras, que pro-vocam desmatamento e, assim, des-truição de parte da fl ora e da fauna.

O país já dispõe de tecnologias e equipamentos de ponta para a im-plementação de programas de uso racional da água. Precisa haver estí-mulo legal à sua adoção, com bene-fícios fi scais, por exemplo, aos que trocarem equipamentos hidrossani-tários gastadores por outros, econo-mizadores. E é essencial que os res-ponsáveis pela aprovação de leis em âmbito municipal, estadual e federal, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, comecem a pensar com maior seriedade nessa questão e proponham textos legais que estimulem o uso racional da água e a captação de águas pluviais. A sociedade só tem a ganhar com essas medidas. E o meio ambiente certamente fi cará muito grato.

*Diretor da H2C, empresa de consultoria e planejamento de uso racional da água membro do Green Building Council Brasil

Reaproveitar e usar bem é bom para todosPor Paulo Costa*

ÁguaÁgua22 de Março

Dia Internacional da

Sinais de contaminação de produtos japoneses por radiação podem afetar a produção e as exportações do país, ampliando assim o impacto econômico causado pelo terremoto e pelo tsunami. Já há vários casos envolvendo produtos alimentícios. Além disso, o setor automo-bilístico veio a público negar que veículos produzidos no Japão estivessem conta-minados por radiação.

O governo japonês proibiu a venda de alimentos produzidos nas proximidades da acidentada usina nuclear de Fukushi-ma, no nordeste do país. O governo infor-mou que radiação acima dos limites acei-tos foi encontrada em leite e espinafre

vindos da região, na primeira admissão ofi cial de contaminação.

O governo não informou como ocor-reu a contaminação dos produtos, o que, segundo especialistas, difi culta a avalia-ção dos riscos para a cadeia produtiva.

Mas, antes mesmo de o governo agir, consumidores já evitavam ontem nos su-permercados alimentos produzidos na zona atingida pelo vazamento de radia-ção.

É possível que essa cautela do con-sumidor diante do risco ou da suspeita de contaminação por radiação se repita

fora do Japão, afetando assim a deman-da externa por produtos japoneses.

O governo de Taiwan informou ter en-contrado radiação acima do normal em vegetais importados do Japão, mas que o nível de radiação ainda se encontrava dentro dos limites aceitos. Vários países já determinaram uma verifi cação mais ri-gorosa de radiação em produtos vindos do Japão.

O próprio governo e empresas do Ja-pão passaram a submeter alimentos e manufaturados a testes de radiação. A iniciativa é uma resposta aos sinais de preocupação crescente de consumidores

japoneses e do exterior de que produtos do país possam estar contaminados pela radiação que ainda vaza da usina nuclear de Fukushima.

O governo determinou que produtos agrícolas, pescados e também a água po-tável passem a ser submetidos a testes. Foi divulgado que a água na região da usina nuclear está com nível de radiação acima do normal, mas ainda dentro dos padrões aceitos.

O Japão não é um importante expor-tador de alimentos, mas vende alguns itens de alto valor agregado. Produtores temem que cortes caros de carne bovina, como o wagyu, e o arroz, alimento base no país, podem ser retirados das prate-leiras e barrados para a exportação caso sejam detectados níveis excessivos de radiação. Isso teria um impacto sobre a produção e o comércio exterior do país.

“Estou preocupado com a reação excessiva dos consumidores”, disse na sexta-feira Tetsurou Shimizu, pesquisa-dor-chefe do Instituto de Pesquisas No-rinchukin, em Tóquio. “Os agricultores da região correm o risco de verem seus produtos rejeitados pelos consumidores, mesmo que não haja evidências científi -cas para isso.”

A região de Fukushima produz arroz, vegetais, frutas, carne bovina e suína, frango e ovos. A inspeção para detectar radiação imposta pelo governo vale não só para a região, mas para todo o país.

Entre março de 2009 e março de 2010, o Japão exportou 677 toneladas métricas de carne bovina. Vietnã e Hong Kong foram os dois maiores comprado-res. As exportações de arroz chegaram a 1.898 toneladas - sendo Hong Kong e Cingapura os principais mercados.

A União Europeia recomendou que os japoneses adotem controle mais rigoro-sos aos produtos agrícolas. Vários países asiáticos, como Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia, Malásia, Cingapura e Filipinas, estão submetendo alimentos importados do Japão a testes de radiação.

A indústria automobilística japone-sa, setor-chave da economia do país, também rastreia radioatividade em seus carros. A Nissan informou que todos os seus modelos estão sendo submetidos a testes de radiação ao saírem da linha de montagem.

Os testes, segundo a montadora, vi-sam garantir que os veículos mantenham “padrões de segurança internacionalmen-te aceitos”. O monitoramento será feito até que a crise nuclear seja resolvida.

A Associação de Fabricantes de Auto-móveis do Japão tentou afastar o fantas-ma que pode vir minar a competitividade dos carros japoneses pelo mundo. Em nota, disse que não há nas fábricas japo-nesas níveis de radioatividade perigosos à saúde

Radiação ameaça afetar a venda de produtos japoneses

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Água

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA4

Os brasileiros consomem mais peixe no período da Quaresma. Nes-se intervalo, que este ano ocorre entre os dias 9 março e 24 de abril, o consumo de pescado cresce cerca de 15 % no país, apresentando va-riações de acordo com cada região.

Por isso, o governo federal refor-ça, nessa época, as orientações, ressaltando que o consumidor preci-sa ter mais atenção quanto às condi-ções de higiene e conservação para se levar à mesa um prato saudável, saboroso e de qualidade.

Para que o pescado continue sendo essa fonte rica em saúde, são necessários vários cuidados, desde a hora de pescar ou do cul-tivo, até quando ele vai à mesa do consumidor. O Ministério da Pesca e Aquicultura chama atenção para o cuidado com as boas práticas e dá dicas de como escolher um bom pescado.

Para escolher um pescado de qualidade o consumidor deve estar atento em primeiro lugar ao esta-belecimento, é obrigatório o uso de luvas descartáveis por quem manu-seia o produto, o ambiente de mani-pulação do pescado deve estar bem higienizado, bem como os instru-mentos de trabalho do peixeiro.

Os peixes frescos devem pos-suir pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas. Os olhos devem ser brilhantes e salien-tes, as escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente ade-ridas à pele. As brânquias (guelras) devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade, o odor não pode ser repugnante e o pescado deve estar livre de contaminantes como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas.

O pescado seco deve estar arma-zenado em local limpo, protegido de poeira e insetos, sem mofo, ovos ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, limosidade super-ficial, amolecimento e odor desagra-dável.

Quantos aos produtos congela-dos, estes devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados abaixo de 0ºC. No caso de produtos resfriados ou con-gelados, o consumidor deve prestar atenção se há poças de água no freezer e a presença de produtos molhados. Esses fatores podem in-dicar que o freezer foi desligado ou teve a sua temperatura reduzida, o que pode comprometer a qualidade do produto, causando sua deteriora-ção;

Já os peixes fatiados e industria-lizados só devem ser adquiridos se estiverem carimbados com o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal).

Produção crescente

O Ministério da Pesca e Aquicul-

tura registrou aumento na produção de pescados no Brasil, pulando de 990 mil e 272 toneladas / ano, em 2003, para a produção, também anual, de 1 milhão 240 mil e 813 toneladas, em 2009.

Estima-se que em 2012, a pro-dução interna poderá atender a de-manda de pescados no Brasil, re-duzindo a importação dos mesmos. O aumento da produção é um dos reflexos da política de organização da cadeia produtiva da pesca e da aqüicultura no Brasil, que apenas em 2003 foi adotada por determina-ção do então presidente Luiz Inácio

Ministério da Pesca orienta consumidores na QuaresmaDurante a semana que antecede Páscoa, volume comercializado no atacado do ETSP sobe 150%

Lula da Silva e mantida como priori-dade do atual governo da presidente Dilma Rousseff, dada a importante dimensão costeira do país, assim como a maior bacia de água doce do mundo.

O Brasil já é destaque no cenário internacional na produção de aves e bovinos, segmentos contempla-dos pelas políticas adotadas pelo ministério da Agricultura e Pecuária, pasta que completa 150 anos em 2011, enquanto a estruturação do Ministério da Pesca e Aquicultura só ocorreu há pouco mais de um ano e meio.

As mesmas estatísticas compro-vam que houve aumento do consu-mo per capita de Pescado no Brasil,

passando de 6,46 kg/hab/ano para 9,03 kg/hab/ano, confirmado pelo aumento de 40 % no consumo desta importante proteína, apenas nos úl-timos sete anos anos.

Segundo o ministério, tal reflexo só foi possível graças às ações de fomento, monitoramento e controle da cadeia produtiva, assim como as devidas políticas adotadas pelo mi-nistério para garantir a pesca arte-sanal e fomentar a industrialização dos produtos.

Feira do Peixe

Sardinha, pescada, mistura, cor-

vina, atum, cação, curimbatá, tai-nha e tilápia são as variedades de pescados mais encontradas no En-treposto Terminal de São Paulo da Ceagesp.

Na semana que antecede uma das mais importantes datas do cris-tianismo, os produtos mais procura-dos são bacalhau, camarão, salmão e pescadas.

Para alavancar o comércio de pescados no mercado paulistano e reforçar as marcas institucionais de seus permissionários, a companhia deve promover a sexta edição da Santa Feira do Peixe nos dias 19, 20 e 21 de abril, no setor de pesca-dos, com entrada e estacionamento gratuitos, das 15h às 20h.

SEMANA SANTA

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A5JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Foi instalada este mês a Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura. A cerimônia aconteceu no Espaço Café do Salão Verde da Câmara dos Deputados. O Secretário Exe-cutivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Evaldo Gonçalo, esteve presente, representando a Ministra da Pesca e Aquicultura Ideli Sal-vatti.

Cerca de 250 parlamenta-res, entre eeputados e sena-dores, compõem esse grupo que é constituído por todas as correntes de opinião políti-ca da Câmara dos Deputados e Senado Federal, além de representantes da sociedade civil, órgãos e entidade repre-sentativas da pesca nacionais e interestaduais.

O objetivo principal da Fren-te é a implementação de polí-ticas e ações relacionadas à pesca e aquicultura de modo a buscar a valorização e o reconhecimento do pescador através do desenvolvimento de projetos que possibilitem a captação de recursos para as associações, entidades e demais órgãos relacionados à pesca e aquicultura.

O presidente da Frente Parlamentar, Deputado Cléber Verde (PRB/MA), destacou a importância do relançamento grupo. “Esta Frente parlamen-tar vai trabalhar para alavan-car as ações e os benefícios aos pescadores e aquiculto-res brasileiros, criando meca-

Instalada Frente Parlamentar de Pesca e AquiculturaSegmento projeta alta de 10,3% na produção de pescados

nismos para transformar o se-tor”, afirmou. O presidente do Conselho Nacional de Empre-sários da Pesca e Aquicultura (Conepe), Fernando Ferreira, reconheceu o trabalho do MPA. “Acreditamos muito no trabalho da Ministra Ideli Sal-vatti e pedimos que ela seja a interlocutora do setor junto à presidente Dilma Roussef, para que possamos dar um show de produção”, disse.

Vários parlamentares esti-veram presentes para apoiar a frente além de empresários do setor pesqueiro e aquícola e representantes dos pesca-dores e aquicultores. A minis-tra foi uma das homenagea-das pela Frente Parlamentar. A placa em homenagem foi entregue ao secretário execu-tivo por um dos capoeiristas do grupo que durante o even-to encenou o trabalho dos pescadores.

Evaldo Gonçalo iniciou sua fala agradecendo a ho-menagem recebida pela mi-nistra da Pesca e Aquicultura e chamou a atenção para a importância da Frente. “Te-mos de reconhecer o trabalho do deputado Flávio Bezerra que criou a Frente Parlamen-tar de Aquicultura e Pesca e destacar a importância desta parceria do executivo com o legistativo, com esse trabalho conjunto o setor pesqueiro e aquícola se tornará mais for-te comercialmente e também socialmente”, concluiu.

No início de abril , entram em período de defeso diversas espécies de camarão no país. No Nordeste, entre 1º de abril a 15 de maio, ocorre a primei-ra fase do defeso do camarão rosa, do camarão sete barbas e do camarão branco. As áre-as de reprodução compreen-dem o litoral de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e os muni-cípios de Mata de São João e Camaçari, na Bahia. Já es-tas mesmas espécies se re-produzem até 31 de maio na região sul e sudeste, sendo que o mesmo ocorre com os camarões Santana, Vermelho e Barba Ruça.

O período de defeso busca proteger as espécies em seu período reprodutivo, de forma

Defeso do camarão começa em abril

a garantir mais tarde a sua captura de forma sustentável. Assim, fica garantida a multi-plicação de camarões jovens em fase de recrutamento e desova.

Muitas vezes uma mesma espécie tem mais de um pe-ríodo de reprodução durante o ano. Em parte do Nordeste, por exemplo, o defeso acon-tece em duas fases distintas: a primeira, de 1º de abril a 15 de maio, e a segunda, de 1º de dezembro a 15 de janeiro.

Durante o período de de-feso, além da inatividade dos pescadores de camarão, é proibida a conservação, o be-neficiamento, a comercializa-ção ou a industrialização das espécies relacionadas.

A ministra de Pesca e Aqui-cultura, Ideli Savatti inaugurou em fevereiro, em Palmas (TO), as instalações das obras de construção da Embrapa Pes-ca e Aquicultura. A unidade contará com área construída de 4.500m² e 90 servidores, entre pesquisadores e pesso-al administrativo.

Com os estudos, a produ-ção brasileira tende a crescer com soluções tecnológicas e permitirá mais destaque para este importante segmento econômico, lembrou Ideli. “A unidade instalada será um centro regional, nacional e em breve internacional, enfatizou a ministra. “E isto ocorrerá com benefícios não só no Bra-sil, como para toda a cadeia produtiva mundial”.

Ideli Savatti reafirmou o compromisso do governo fe-deral em transformar o Brasil em um dos maiores produto-res de peixes do mundo, da mesma forma que aconteceu com a carne bovina e com as aves. “Nosso país tem todo potencial para ampliar a produção e ser referência em tecnologia. O estado do Tocantins pode ser entendido como o coração do Brasil: é de suma importância para a concretização deste projeto,

pela extensão territorial e po-sição estratégica, com dimen-sões que abrangem as biodi-versidades da Amazônia e do Pantanal”, lembrou.

Segundo a ministra, o po-tencial estratégico da região pode transformá-la em gran-de exportadora para a Ásia e a Europa. ”A possibilidade de utilizar o rio Tocantins como uma hidrovia, a criação da Ferrovia Norte-Sul e as melho-rias na rodovia Belém-Brasília (BR-153) irão facilitar a logís-tica necessária para exportar grãos e pescados.

Potencial

O diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, lem-brou que o centro será mis-to, com enfoque nacional em aquicultura e regional no com-ponente agrícola. A unidade terá um papel aglutinador das pesquisas em aquicultura no país, formando redes inter-nas e externas à Empresa. A área de pesquisa, desenvolvi-mento e inovação terá espe-cialistas em aquicultura e em agronomia.

O enfoque inicial será dado aos peixes nativos. Os pesquisadores, presentes à solenidade, foram destaca-

dos pela ministra. “O grupo tem a nobre missão de bus-car as soluções tecnológicas para a pesca e a aquicultura do Brasil”, disse.

O trabalho será identificar as espécies, fazer uma ree-ducação alimentar e cuidar da sanidade destas espécies, evitar a extinção de algumas e desenvolver o processamento industrial sustentável, com redução de carbono, afirmou o chefe da Embrapa no Tocan-tins, Carlos Magno Campos da Rocha.

A importância da unidade foi destacada também pelo diretor-presidente da Embra-pa, Pedro Arraes. Segundo Ar-raes, a contribuição maior da Embrapa provavelmente será em aquicultura de água doce e a escolha de Tocantins para sediar a nova Unidade privile-gia a atividade no interior. A temperatura ambiente favorá-vel da região também é citada pelo presidente da Embrapa como um fator positivo da lo-calização. A existência de ja-zidas de calcário e as terras planas também são fatores favoráveis para a implantação do centro de pesquisa no es-tado e a facilidade de escoa-mento da produção agrícola e pesqueira foi avaliada.

A ministra Ideli Sal-vatti aproveitou a opor-tunidade para reafirmar o compromisso feito pelo governador Siquei-ra Campos (PSDB/TO), também presente no evento, para que todo o trabalho seja feito em sintonia com o MPA, no sentido de garantir a ampliação da produção pesqueira no Estado: “é fundamental buscar o trabalho harmônico en-tre todos os envolvidos e interessados nas inúme-ras opções de uso das riquezas naturais, como da água. Assim, o pes-cador continuará tendo o direito do uso da água, sem exclusão, mas em harmonia com os empre-endedores de atividades da pesca esportiva e náutica, por exemplo.”

Embrapa Pesca e Aquicultura: mais tecnologia e desenvolvimento sustentávelInovação deve transformar o Brasil em um dos maiores produtores de peixes do mundo, a exemplo da carne bovina e das aves

Sustentabilidade para o uso dos recursos hídricos, sem prejuízos para os nativos

FOTOS: BRIZZA CAVALCANTE

Dep. Gorete Pereira (PR-CE) participou da condecoração r ealizada no lançamento da Frente Parlamentar

Pescadores do Ceará encenam peça

teatral durante café da manhã da Frente

Parlamentar da Pesca

POLÍTICA SETORIAL

Page 6: Jornal Entreposto | Março 2011

JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011 A7Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA6

Câncer é terceira maior causa de morte no Brasil

Dia 08 de abril é o Dia Mundial de Combate ao Câncer o JE convi-da você a entrar nessa luta e para começar, você pode ler um pouco sobre o tema, saber as causas e as formas de evitar o câncer. Uma boa medida é adotar um estilo de vida saudável, de forma a minimizar os riscos de adquirir essa doença.

O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que têm em co-mum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, e podem se espalhar para outras regiões do corpo. Estas célu-las tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a for-mação de tumores, que é o acúmulo de células cancerosas. Já o tumor benigno é apenas uma massa loca-lizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original e raramente representa um risco de morte.

Existem diferentes tipos da doen-ça devido aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem di-versos tipos de câncer de pele por-que ela é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcino-ma, se começa em tecidos conjunti-vos como osso, músculo ou cartila-gem é chamado de sarcoma.

Outras características que dife-renciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multi-plicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes.

A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os “hábitos” e o “estilo de vida” adota-dos pelas pessoas podem determi-nar diferentes tipos de câncer.

Incidência e mortalidade

As neoplasias (proliferação ce-

lular anormal ) são a terceira maior causa de morte no Brasil (supera-das apenas pelas doenças do apare-lho circulatório e pelas causas exter-nas / violência). Espera-se que no meio do século 21 o câncer já seja a principal causa de morte no Bra-sil.Os motivos que levam ao cresci-mento da incidência do câncer são o aumento da expectativa de vida da população em geral, associada a maior exposição a fatores de risco. O tipo de câncer que mais cresce é o de pulmão, principalmente devido à propagação do hábito de fumar, que cresce há 40 anos.

No Brasil os registros estatísti-cos sobre o câncer ainda são bas-tante falhos, e não retratam a reali-dade brasileira. Nos últimos anos há uma tentativa de dar maior confiabi-lidade aos dados divulgados, e es-peramos em breve poder conhecer melhor o que ocorre em nosso país. Os leitores podem encontrar os da-dos estatísticos mais atualizados sobre câncer no site do Instituto Na-cional do Câncer (http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/por-tal/home, que centraliza os dados nacionais.

Como se forma?

Vários elementos podem cau-sar ou contribuir diretamente para a ocorrência de uma sequência de eventos que levem ao surgimento do câncer. O caminho final comum dos cânceres é alguma alteração genética, que converte uma célu-la bem constituída, participante do corpo como um todo, numa outra, “renegada”, destrutiva, que não res-ponde mais a comandos de uma co-munidade de células.

Substâncias químicas (como o benzeno e nitrosaminas), agentes físicos (como radiação gama e ultra-violeta), e agentes biológicos (como alguns tipos de vírus), contribuem para a carcinogênese em algumas circunstâncias.

O agente carcinogênico mais im-

portante para a população em geral é o tabaco, pois ele causa ou con-tribui para o desenvolvimento de aproximadamente um terço de to-dos os cânceres, principalmente em pulmão, esôfago, bexiga e cabeça e pescoço.

Detecção Precoce

Quando a prevenção do câncer através da mudança de hábitos não é possível, a detecção precoce é a melhor estratégia para reduzir a mortalidade. Campanhas de escla-recimento da população e de profis-sionais de saúde são feitas nesse sentido.

Estadiamento Geral

Estágio 1Localizado. Geralmente confinado ao órgão de origem e curável com medidas locais, como cirurgia ou ir-radiação.

Estágio 2Localizado, mas extenso. Pode se estender para fora do órgão de ori-gem, mas mantém a proximidade. É às vezes curável com medidas lo-cais (cirurgia e irradiação) em con-junto com a quimioterapia.

Estágio 3

Disseminado regionalmente. Esten-de-se para fora do órgão de origem, atravessando vários tecidos. Pode atingir linfonodos (gânglios) na re-gião do tumor. Tem ainda o potencial de ser curado, embora os reapare-cimentos sejam mais frequentes. O tratamento local ou sistêmico de-pende das características do tumor.

Estágio 4Disseminado difusamente. Geral-mente envolve múltiplos órgãos dis-tantes e é raramente curável.

Modalidades Terapêuticas

CIRURGIAÉ o mais antigo e mais definitivo, quando o tumor é localizado, em circunstâncias anatômicas favorá-veis. Em geral é o tratamento mais importante, que influencia mais na cura do paciente. Para alguns tipos de câncer, no entanto, apenas a ci-rurgia não é suficiente, devido à dis-seminação de células cancerosas local ou difusamente.

RADIOTERAPIAÉ o mais utilizado para tumores lo-calizados que não podem ser resse-cados totalmente, ou para tumores que costumam reaparecer localmen-te após a cirurgia. Pode causar efei-tos colaterais localizados, principal-mente por lesão de tecidos normais adjacentes ao tumor. A quantidade de radiação utilizada depende do tipo de tumor.

QUIMIOTERAPIAÉ o tratamento sistêmico para o câncer. Pode ser de aplicação endo-venosa, oral ou intraarterial, mais raramente. Consiste na utilização de medicamentos que tem ação ci-totóxica (causa danos às células). Podem ser utilizadas combinações de vários medicamentos diferentes, pois nos tumores há frequentemen-te subpopulações de células com sensibilidade diferente às drogas antineoplásicas. Os mecanismos

de ação das drogas são diferentes, mas em geral acabam em lesão de DNA celular. A toxicidade contra cé-lulas normais é a causa da maioria dos efeitos colaterais (náuseas, vô-mitos, anemia, mielossupressão). Pode ser usada como tratamento principal (leucemias, linfomas, cân-cer de testículo), mas normalmente é adjuvante, após tratamento cirúrgi-co ou radioterápico, ou paliativo, em doenças mais avançadas.

TERAPIA BIOLÓGICAUsam-se modificadores da respos-ta biológica do próprio organismo frente ao câncer, “ajudando-o” a combater a doença. Podem-se usar também drogas que melhoram a di-ferenciação das células tumorais, tornando-as de mais fácil controle.

Obtendo sucesso no tratamento

O sucesso da terapia contra o câncer depende da escolha das mo-dalidades de tratamento que mais se adequam ao paciente e à sua do-ença, necessitando muito a coope-ração entre especialidades. Suporte geral também é muito importante, incluindo controle de distúrbios metabólicos, infecciosos, cardiopul-monares, frequentes nos pacientes submetidos a tratamentos agressi-vos.

Fonte: Cliquesaude

Os alimentos, apesar de não se-rem milagrosos, contribuem bastan-te para o combate do câncer. Através dos nutrientes que possuem, conse-guem proteger as células do organis-mo dos problemas provocados por substâncias e objetos cancerígenos. Para melhor entendimento, é neces-sária a compreensão do processo de infecção das células.

Em contato com o material can-cerígeno, o organismo passa por uma lenta transformação. Uma cé-lula é atacada pelo material cance-rígeno, tendo seu gene totalmente modificado. Tal modificação transfor-ma a célula em maligna e a mesma começa a se multiplicar de forma desordenada e irreversível, fazendo com que as demais células sejam danificadas.

Dessa forma, os alimentos atu-am na prevenção e no fortalecimen-to das células do organismo, pois possuem antioxidantes, fitossubs-tâncias, vitaminas, minerais e ou-tros que conseguem atuar de manei-

A importância dos alimentos no combate as doenças

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer

A antiga máxima de que “você é o que você come” vai muito além de uma simples recomendação de que se busque uma alimentação saudá-vel para garantir qualidade de vida. Pesquisas recentes tem constatado que uma dieta rica em nutrientes pode não somente prevenir doen-ças como ajudar a tratá-las. Este é o caso da relação entre a dieta al-calinizante e o câncer. Estudiosos europeus realizaram vários testes e constataram que uma alimentação baseada em alimentos alcalinos (verduras, frutas, ervas e grãos es-pecíficos) pode ajudar a combater tumores. Isso porque o aparecimen-to destes tem uma relação direta com o oposto do processo de alcali-nização: a acidez do sangue.

Nosso sangue possui um pH nor-mal que varia em torno de 7,2 a 7,4, em uma escala de 0 a 14. Se o nú-mero é menor que 7, isto significa que ele é ácido. E, quando ultrapas-sa este valor médio, é mais alcalino. Os alimentos os quais chamamos de alcalinizantes tem exatamente a propriedade de manter a harmonia metabólica do sangue. Isto porque a grande maioria dos vegetais contém sais minerais, que, além de susten-tarem a nossa estrutura e massa magra (sangue, ossos, músculos, tendões), alcalinizam ou acidificam de acordo com a necessidade de nosso organismo. E, o que os pes-quisadores europeus conseguiram descobrir é que o câncer pode ter re-lação direta com a acidez do nosso organismo e, ao ingerirmos alimen-tos que promovem a alcalinização, estamos, automaticamente, comba-tendo este estado doentio.

Para chegar a esta conclusão, os estudiosos deduziram o seguinte ci-clo: todos nós possuímos bactérias e fungos que vivem naturalmente em nosso corpo. Quando ingerimos uma quantidade excessiva de açúca-res, por exemplo, estamos alimen-tando estes microorganismos, que começam a crescer e se desenvol-ver de maneira descontrolada. Em número maior do que o “permitido” pelo nosso organismo, esses fun-gos e bactérias começam a produzir

ra preventiva. Seguem abaixo alguns alimentos que merecem destaque na ação anticâncer:

Abóbora, cenoura, beterraba, batata-doce, manga e mamão são alimentos ricos em betacaroteno, substância que auxilia o organismo na restauração das células prejudi-cadas por agentes oxidantes. Dessa forma, atuam contra os mais varia-dos tipos de tumor.

Brócolis, repolho, couve-flor, couve-manteiga, rúcula e espinafre possuem uma substância chamada sulforafane, cuja função no organis-mo é regenerar e aumentar a resis-tência do mesmo.

Couve-flor, ervilha, goiaba, maçã, melancia, pepino-japonês e o trigo são alimentos ricos em fibras que lentamente percorrem o aparelho digestório aumentando a saciedade e diminuindo o teor de gordura no organismo.

Tomate, melancia, pimentão e beterraba são ricos em licopeno, substância que atua sobre os radi-

cais livres impedindo que os mes-mos danifiquem as células normais do organismo.

Os alimentos probióticos, que contêm bactérias benéficas ao or-ganismo, conseguem fortalecer o sistema de defesa do corpo e ainda combatem úlceras que induzem a formação das células malignas.

As sementes oleaginosas, fo-lhas verdes, batata-doce, leite, aveia, peixe e soja são alimentos ricos em alfatocoferol, substância que inibe a ação dos radicais livres no organismo e o crescimento de tumores no pulmão.

É importante lembrar que todos os alimentos devem ser ingeridos de maneira variada, pois não se deve deixar nenhum de lado para que o organismo seja fortalecido por completo, já que certos alimen-tos atuam em partes específicas do corpo. Gabriela CabralBrasil Escola

Dieta rica em alimentos alcalinizantes garantem mais qualidade de vida

uma grande quantidade de toxinas, que são liberadas em nossa corren-te sanguínea. E, para processar es-sas toxinas, o nosso fígado faz um trabalho dobrado, eliminando uma quantidade muito grande de ácidos, e tornando os tecidos com um pH desequilibrado.

Já foi verificado que as aftas cos-tumam aparecer em nossas muco-sas quando estamos com um san-gue muito ácido, e o que os médicos pesquisadores constataram também é que a maioria das pessoas que têm câncer possuem muitas aftas. Disto, deduz-se que o câncer tem uma propensão maior a se desenvol-ver em meio ácido.

Dois médicos, o americano Dr. Robert O.Young (Doutor em Medi-cina, Microbiologia e Nutrição) e o italiano Dr. Túlio Simoncini, tem estudado a fundo o Bicarbonato de Sódio, considerado um alcalinizante natural, e sua relação com o contro-le do crescimento de tumores cance-rosos. Após vários testes, constata-ram, em suas pesquisas individuais, que esta substância tem um altíssi-mo poder de contenção da degenera-ção dos tecidos, contribuindo para o processo de cura do câncer. O Bicar-bonato foi aplicado (através de pro-cedimentos médicos) em pacientes com câncer e obteve-se um resulta-do bastante satisfatório. (Veja mais detalhes em http://www.cancerfun-gus.com/). Assim, deduz-se que o poder de alcalinização do sangue tem uma influência direta no contro-le da doença, ao passo que a acidez pode ter uma relação muito grande com o aparecimento de tumores.

Vale, portanto, o alerta de que se evite ao máximo o consumo de alimentos que promovem a acidez do nosso organismo (açúcares, ali-mentos industrializados, proteína animal e excesso) e que se dê prio-ridade aos alimentos alcalinizantes em sua essência: os vegetais em geral, livres de agrotóxicos e outras substâncias químicas. Qualidade de vida e prevenção de doenças come-ça pela vigilância ao que se come. Pense nisso!

Doutor José Fábio Lana

Page 7: Jornal Entreposto | Março 2011

JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011 A7Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA6

Câncer é terceira maior causa de morte no Brasil

Dia 08 de abril é o Dia Mundial de Combate ao Câncer o JE convi-da você a entrar nessa luta e para começar, você pode ler um pouco sobre o tema, saber as causas e as formas de evitar o câncer. Uma boa medida é adotar um estilo de vida saudável, de forma a minimizar os riscos de adquirir essa doença.

O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que têm em co-mum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, e podem se espalhar para outras regiões do corpo. Estas célu-las tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a for-mação de tumores, que é o acúmulo de células cancerosas. Já o tumor benigno é apenas uma massa loca-lizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original e raramente representa um risco de morte.

Existem diferentes tipos da doen-ça devido aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem di-versos tipos de câncer de pele por-que ela é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcino-ma, se começa em tecidos conjunti-vos como osso, músculo ou cartila-gem é chamado de sarcoma.

Outras características que dife-renciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multi-plicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes.

A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os “hábitos” e o “estilo de vida” adota-dos pelas pessoas podem determi-nar diferentes tipos de câncer.

Incidência e mortalidade

As neoplasias (proliferação ce-

lular anormal ) são a terceira maior causa de morte no Brasil (supera-das apenas pelas doenças do apare-lho circulatório e pelas causas exter-nas / violência). Espera-se que no meio do século 21 o câncer já seja a principal causa de morte no Bra-sil.Os motivos que levam ao cresci-mento da incidência do câncer são o aumento da expectativa de vida da população em geral, associada a maior exposição a fatores de risco. O tipo de câncer que mais cresce é o de pulmão, principalmente devido à propagação do hábito de fumar, que cresce há 40 anos.

No Brasil os registros estatísti-cos sobre o câncer ainda são bas-tante falhos, e não retratam a reali-dade brasileira. Nos últimos anos há uma tentativa de dar maior confiabi-lidade aos dados divulgados, e es-peramos em breve poder conhecer melhor o que ocorre em nosso país. Os leitores podem encontrar os da-dos estatísticos mais atualizados sobre câncer no site do Instituto Na-cional do Câncer (http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/por-tal/home, que centraliza os dados nacionais.

Como se forma?

Vários elementos podem cau-sar ou contribuir diretamente para a ocorrência de uma sequência de eventos que levem ao surgimento do câncer. O caminho final comum dos cânceres é alguma alteração genética, que converte uma célu-la bem constituída, participante do corpo como um todo, numa outra, “renegada”, destrutiva, que não res-ponde mais a comandos de uma co-munidade de células.

Substâncias químicas (como o benzeno e nitrosaminas), agentes físicos (como radiação gama e ultra-violeta), e agentes biológicos (como alguns tipos de vírus), contribuem para a carcinogênese em algumas circunstâncias.

O agente carcinogênico mais im-

portante para a população em geral é o tabaco, pois ele causa ou con-tribui para o desenvolvimento de aproximadamente um terço de to-dos os cânceres, principalmente em pulmão, esôfago, bexiga e cabeça e pescoço.

Detecção Precoce

Quando a prevenção do câncer através da mudança de hábitos não é possível, a detecção precoce é a melhor estratégia para reduzir a mortalidade. Campanhas de escla-recimento da população e de profis-sionais de saúde são feitas nesse sentido.

Estadiamento Geral

Estágio 1Localizado. Geralmente confinado ao órgão de origem e curável com medidas locais, como cirurgia ou ir-radiação.

Estágio 2Localizado, mas extenso. Pode se estender para fora do órgão de ori-gem, mas mantém a proximidade. É às vezes curável com medidas lo-cais (cirurgia e irradiação) em con-junto com a quimioterapia.

Estágio 3

Disseminado regionalmente. Esten-de-se para fora do órgão de origem, atravessando vários tecidos. Pode atingir linfonodos (gânglios) na re-gião do tumor. Tem ainda o potencial de ser curado, embora os reapare-cimentos sejam mais frequentes. O tratamento local ou sistêmico de-pende das características do tumor.

Estágio 4Disseminado difusamente. Geral-mente envolve múltiplos órgãos dis-tantes e é raramente curável.

Modalidades Terapêuticas

CIRURGIAÉ o mais antigo e mais definitivo, quando o tumor é localizado, em circunstâncias anatômicas favorá-veis. Em geral é o tratamento mais importante, que influencia mais na cura do paciente. Para alguns tipos de câncer, no entanto, apenas a ci-rurgia não é suficiente, devido à dis-seminação de células cancerosas local ou difusamente.

RADIOTERAPIAÉ o mais utilizado para tumores lo-calizados que não podem ser resse-cados totalmente, ou para tumores que costumam reaparecer localmen-te após a cirurgia. Pode causar efei-tos colaterais localizados, principal-mente por lesão de tecidos normais adjacentes ao tumor. A quantidade de radiação utilizada depende do tipo de tumor.

QUIMIOTERAPIAÉ o tratamento sistêmico para o câncer. Pode ser de aplicação endo-venosa, oral ou intraarterial, mais raramente. Consiste na utilização de medicamentos que tem ação ci-totóxica (causa danos às células). Podem ser utilizadas combinações de vários medicamentos diferentes, pois nos tumores há frequentemen-te subpopulações de células com sensibilidade diferente às drogas antineoplásicas. Os mecanismos

de ação das drogas são diferentes, mas em geral acabam em lesão de DNA celular. A toxicidade contra cé-lulas normais é a causa da maioria dos efeitos colaterais (náuseas, vô-mitos, anemia, mielossupressão). Pode ser usada como tratamento principal (leucemias, linfomas, cân-cer de testículo), mas normalmente é adjuvante, após tratamento cirúrgi-co ou radioterápico, ou paliativo, em doenças mais avançadas.

TERAPIA BIOLÓGICAUsam-se modificadores da respos-ta biológica do próprio organismo frente ao câncer, “ajudando-o” a combater a doença. Podem-se usar também drogas que melhoram a di-ferenciação das células tumorais, tornando-as de mais fácil controle.

Obtendo sucesso no tratamento

O sucesso da terapia contra o câncer depende da escolha das mo-dalidades de tratamento que mais se adequam ao paciente e à sua do-ença, necessitando muito a coope-ração entre especialidades. Suporte geral também é muito importante, incluindo controle de distúrbios metabólicos, infecciosos, cardiopul-monares, frequentes nos pacientes submetidos a tratamentos agressi-vos.

Fonte: Cliquesaude

Os alimentos, apesar de não se-rem milagrosos, contribuem bastan-te para o combate do câncer. Através dos nutrientes que possuem, conse-guem proteger as células do organis-mo dos problemas provocados por substâncias e objetos cancerígenos. Para melhor entendimento, é neces-sária a compreensão do processo de infecção das células.

Em contato com o material can-cerígeno, o organismo passa por uma lenta transformação. Uma cé-lula é atacada pelo material cance-rígeno, tendo seu gene totalmente modificado. Tal modificação transfor-ma a célula em maligna e a mesma começa a se multiplicar de forma desordenada e irreversível, fazendo com que as demais células sejam danificadas.

Dessa forma, os alimentos atu-am na prevenção e no fortalecimen-to das células do organismo, pois possuem antioxidantes, fitossubs-tâncias, vitaminas, minerais e ou-tros que conseguem atuar de manei-

A importância dos alimentos no combate as doenças

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer

A antiga máxima de que “você é o que você come” vai muito além de uma simples recomendação de que se busque uma alimentação saudá-vel para garantir qualidade de vida. Pesquisas recentes tem constatado que uma dieta rica em nutrientes pode não somente prevenir doen-ças como ajudar a tratá-las. Este é o caso da relação entre a dieta al-calinizante e o câncer. Estudiosos europeus realizaram vários testes e constataram que uma alimentação baseada em alimentos alcalinos (verduras, frutas, ervas e grãos es-pecíficos) pode ajudar a combater tumores. Isso porque o aparecimen-to destes tem uma relação direta com o oposto do processo de alcali-nização: a acidez do sangue.

Nosso sangue possui um pH nor-mal que varia em torno de 7,2 a 7,4, em uma escala de 0 a 14. Se o nú-mero é menor que 7, isto significa que ele é ácido. E, quando ultrapas-sa este valor médio, é mais alcalino. Os alimentos os quais chamamos de alcalinizantes tem exatamente a propriedade de manter a harmonia metabólica do sangue. Isto porque a grande maioria dos vegetais contém sais minerais, que, além de susten-tarem a nossa estrutura e massa magra (sangue, ossos, músculos, tendões), alcalinizam ou acidificam de acordo com a necessidade de nosso organismo. E, o que os pes-quisadores europeus conseguiram descobrir é que o câncer pode ter re-lação direta com a acidez do nosso organismo e, ao ingerirmos alimen-tos que promovem a alcalinização, estamos, automaticamente, comba-tendo este estado doentio.

Para chegar a esta conclusão, os estudiosos deduziram o seguinte ci-clo: todos nós possuímos bactérias e fungos que vivem naturalmente em nosso corpo. Quando ingerimos uma quantidade excessiva de açúca-res, por exemplo, estamos alimen-tando estes microorganismos, que começam a crescer e se desenvol-ver de maneira descontrolada. Em número maior do que o “permitido” pelo nosso organismo, esses fun-gos e bactérias começam a produzir

ra preventiva. Seguem abaixo alguns alimentos que merecem destaque na ação anticâncer:

Abóbora, cenoura, beterraba, batata-doce, manga e mamão são alimentos ricos em betacaroteno, substância que auxilia o organismo na restauração das células prejudi-cadas por agentes oxidantes. Dessa forma, atuam contra os mais varia-dos tipos de tumor.

Brócolis, repolho, couve-flor, couve-manteiga, rúcula e espinafre possuem uma substância chamada sulforafane, cuja função no organis-mo é regenerar e aumentar a resis-tência do mesmo.

Couve-flor, ervilha, goiaba, maçã, melancia, pepino-japonês e o trigo são alimentos ricos em fibras que lentamente percorrem o aparelho digestório aumentando a saciedade e diminuindo o teor de gordura no organismo.

Tomate, melancia, pimentão e beterraba são ricos em licopeno, substância que atua sobre os radi-

cais livres impedindo que os mes-mos danifiquem as células normais do organismo.

Os alimentos probióticos, que contêm bactérias benéficas ao or-ganismo, conseguem fortalecer o sistema de defesa do corpo e ainda combatem úlceras que induzem a formação das células malignas.

As sementes oleaginosas, fo-lhas verdes, batata-doce, leite, aveia, peixe e soja são alimentos ricos em alfatocoferol, substância que inibe a ação dos radicais livres no organismo e o crescimento de tumores no pulmão.

É importante lembrar que todos os alimentos devem ser ingeridos de maneira variada, pois não se deve deixar nenhum de lado para que o organismo seja fortalecido por completo, já que certos alimen-tos atuam em partes específicas do corpo. Gabriela CabralBrasil Escola

Dieta rica em alimentos alcalinizantes garantem mais qualidade de vida

uma grande quantidade de toxinas, que são liberadas em nossa corren-te sanguínea. E, para processar es-sas toxinas, o nosso fígado faz um trabalho dobrado, eliminando uma quantidade muito grande de ácidos, e tornando os tecidos com um pH desequilibrado.

Já foi verificado que as aftas cos-tumam aparecer em nossas muco-sas quando estamos com um san-gue muito ácido, e o que os médicos pesquisadores constataram também é que a maioria das pessoas que têm câncer possuem muitas aftas. Disto, deduz-se que o câncer tem uma propensão maior a se desenvol-ver em meio ácido.

Dois médicos, o americano Dr. Robert O.Young (Doutor em Medi-cina, Microbiologia e Nutrição) e o italiano Dr. Túlio Simoncini, tem estudado a fundo o Bicarbonato de Sódio, considerado um alcalinizante natural, e sua relação com o contro-le do crescimento de tumores cance-rosos. Após vários testes, constata-ram, em suas pesquisas individuais, que esta substância tem um altíssi-mo poder de contenção da degenera-ção dos tecidos, contribuindo para o processo de cura do câncer. O Bicar-bonato foi aplicado (através de pro-cedimentos médicos) em pacientes com câncer e obteve-se um resulta-do bastante satisfatório. (Veja mais detalhes em http://www.cancerfun-gus.com/). Assim, deduz-se que o poder de alcalinização do sangue tem uma influência direta no contro-le da doença, ao passo que a acidez pode ter uma relação muito grande com o aparecimento de tumores.

Vale, portanto, o alerta de que se evite ao máximo o consumo de alimentos que promovem a acidez do nosso organismo (açúcares, ali-mentos industrializados, proteína animal e excesso) e que se dê prio-ridade aos alimentos alcalinizantes em sua essência: os vegetais em geral, livres de agrotóxicos e outras substâncias químicas. Qualidade de vida e prevenção de doenças come-ça pela vigilância ao que se come. Pense nisso!

Doutor José Fábio Lana

Page 8: Jornal Entreposto | Março 2011

Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA8

Atualmente é muito pro-missor o futuro do comércio de hortifrutícolas, tendo em vista a crescente preocupa-ção com os hábitos saudá-veis e consumo de frutas e hortaliças frescas. O Brasil é um grande produtor mundial de frutas e além de consumo no mercado interno, o país pode exportar algumas delas o ano todo. No entanto, a par-ticipação brasileira é de ape-nas 2,4% do total exportado de frutas de acordo com da-dos de 2003 da Organização das Nações Unidas para Agri-cultura e Alimentação (FAO, 2006). No mercado interno falta mais incentivo e qualida-

O momento atual do Brasil proporciona uma grande oportunidade e um desafio ainda maior

de para atrair consumidores.

O aumento das exporta-ções é muito importante para a cadeia produtiva de frutas. A venda externa representa uma das principais alterna-tivas para aumentar a renta-bilidade do setor e escoar o aumento da oferta esperado para os próximos anos. Além disso, pode remunerar o ele-vado investimento do setor. Por outro lado, o consumo in-terno pode ser auinda maior, já que o crescimento da eco-nomia aumentou o consumo das famílas.

A elevada oferta disponível

de fruta de baixa qualidade, principalmente para padrões internacionais, no Brasil é considerado um entrave para a exportação da fruta brasilei-ra como: regularidade, quali-dade da fruta, barreiras tarifá-rias, fitossanitárias, elevados custos logísticos, política cambial inadequada, poucos parceiros comerciais e restri-ta divulgação no exterior .

No caso da logística, os elevados gastos decorrentes de uma infra-estrutura ine-ficiente reduzem a competi-tividade, onde os mesmos absorvem 36% da receita gerada com exportação de

frutas. No entanto, o proble-ma da logística não é só seu elevado custo, mais a buro-cracia alfandegária e a baixa oferta de contêineres e na-vios aumentam o tempo de transporte da fruta até o seu destino final depreciando sua qualidade, gerando perda de valor para o produto.

A Femetran tem o propósi-to de contribuir com melhorias para este potencial mercado em crescimento, colocando a disposição dos visitantes os melhores equipamentos, pro-dutos e serviços direcionados a logística, transporte e em-balagem destes produtos.

É preciso manter-se in-formado sobre as novidades e realizar investimentos co-merciais que proporcionem o aumento da qualidade dos produtos hortifrutícolas, viabi-lizando um canal de comercia-lização cada vez mais moder-no. Assim garantiremos um enconomia forte e eficiente para este segmento do ago-negócio.

Visite a Femetran 2011, de 17 a 20 maio, na Cea-gesp, São Paulo. Maiores informações pelo telefone 11 3831.4875 ou pelo site www.femetran.com.br

FEMETRAN 2011 - Transporte e Logística

Os entraves da comercialização de produtos in natura é tema da Revista Femetran

Para estarem disponíveis no mercado, os produtos in natura exi-gem um complexo sistema de plan-tio, condução, colheita, tratamento pós-colheita, armazenagem, trans-porte, logística e exposição nos pon-tos de venda. Todo sistema tem por objetivo lidar com seu alto nível de perecibilidade e fragilidade intrínse-co. Não é à toa que apenas 10% da produção frutícola, por exemplo, chegam às mãos do consumidor em sua forma natural, sem proces-samento industrial.

Mas existem gargalos em cada uma das fases, da produção à co-mercialização que ainda esperam soluções adequadas, apesar de de-tectados há longo tempo. Por isso a importância do conhecimento atua-lizado sobre todos os mecanismos disponíveis para transporte, mo-vimentação e embalagem destes produtos.

O progresso técnico na arma-zenagem e no transporte contribui para a excelência do setor, princi-palmente no que concerne a manter baixas temperaturas e método de atmosfera controlada, que resultam em aumento do período de arma-zenagem. Outro ponto, é redução de custos pela menor exigência de tratamento pós-colheita e melhoria da qualidade pela possibilidade de colher a fruta tardiamente, mais ma-dura.

As crescentes exigências de qualidade traduzem-se em padro-nizações que hoje já ultrapassam os limites nacionais, em função da globalização dos mercados. Elas podem ser divididas em duas ver-tentes:

- quanto ao valor intrínseco da fruta: aspecto, sabor e coloração, de maneira a dar a previsibilidade que respeite a escolha do consumi-dor; e

- quanto à forma de comercia-lização: uniformidade (tamanho e formato), que tem importância para os processos de embalagem, trans-porte e exposição, bem como para os efeitos de melhor visualização do consumidor; e sanidade, que deter-mina a minimização de perdas.

Sem dúvida, a potencialidade da horticultura no Brasil é animadora. O tamanho da produção, a diversi-dade, o clima e a época estratégica das safras apontam para a possibi-lidade de grandes ganhos no mer-cado interno e externo. Leia mais sobre este assunto na edição da Re-vista Femetran em maio de 2011.

Page 9: Jornal Entreposto | Março 2011

A9JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Page 10: Jornal Entreposto | Março 2011

Ceasas Brasil

Produtos in natura registram alta de 4,07% em fevereiro

Uva

Pimentão Verde13,9% chuchu

-9,8%

-24,26%

ÍNDICE CEAGESP

Os setores de verduras e legu-mes mantêm alta nos preços no atacado na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). “Esse aumento é característico nesta época do ano devido ao excesso de chuvas nas regiões produtoras, que resulta na retração da quantidade ofertada, perda de qualidade e elevação dos preços praticados”, avalia o econo-mista Flávio Godas. Em fevereiro, o balizador de preços teve aumento de 4,07% e, no ano, acumula alta de 8,7%, e retração de 4,42%, nos últi-

mos 12 meses. O setor de legumes apresentou a maior elevação, com 21,78%. As principais altas foram da abobrinha italiana (35,78%), da mandioca (16,06%) e do pimentão verde (13,9%) As principais quedas foram do quiabo (-13,7%), do chu-chu (-9,8%) e do pimentão amarelo (-3,14%).

O setor de verduras também teve alta signifi cativa de 15,22%. As prin-cipais elevações foram do agrião (30,8%), do brócolis (32,1%) e do re-polho (23,53%). As baixas mais signi-fi cativas foram do coentro (-12,64%)

As centrais de abastecimento atacadistas constituem um modelo de distribuição de alimentos disse-minado em todo o mundo, garantin-do a oferta com diversidade e quali-dade de produtos frescos. A união Mundial dos Mercados Atacadistas (World union ofWholesale Markets –WuWM), que conta com 128 mer-cados associados em 38 países em todos os continentes (não con-siderando-se as redes varejistas), realiza anualmente um levantamen-to das principais características dos mercados atacadistas, e cujo aspectos gerais são interessantes para referenciar as características deste segmento no Brasil. Os da-dos do Survey de 2008 da WuWM são comparados, em linhas gerais, com os números do Brasil, obtidos a partir do diagnóstico dos mercados atacadistas de hortigranjeiros ela-borado pela CONAB, entre setembro de 2008 e julho de 2009.

A área total dos mercados ataca-distas vinculados à WuWM no mun-do atinge 56 milhões de metros qua-drados e a área construída próxima a 14 milhões de metros quadrados, recebendo diariamente 550.000 usuários e serve a 20% da popula-ção mundial (próximo a 1,38 bilhões de pessoas). No Brasil, a área total destes entrepostos é de 13,3 mi-lhões de metros quadrados, com área construída de 3,3 milhões de metros quadrados, equivalendo em termos de área, construída a quase 24% do parque atacadista mundial, o que situa o sistema brasileiro en-tre os maiores do mundo.

A quantidade de mercadorias anualmente comercializadas nos en-trepostos fi liados à WuWM supera a casa dos 54 milhões de toneladas, e o valor comercializado ultrapassa a cifra de 55 bilhões de euros. Frutas

O Brasil e as referências mundiais do mercado atacadista alimentar

ARTIGO

Altivo Almeida Cunha*Gustavo Almeida **

e hortaliças são vendidas em 98% dos mercados pesquisados, sendo que carnes e fl ores estão presentes em 50% dos mercados.

Com relação ao mercado brasilei-ro, em 2007 os entrepostos brasi-leiros pesquisados ofertaram 15,5 milhões de toneladas, quase 29% da movimentação anual dos merca-dos da WuWM, e o volume fi nanceiro atingiu cerca de 5,4 bilhões de eu-ros, pouco menos de 10% da movi-

mentação mundial, o que demonstra o maior valor agregado dos produtos comercializados nos mercados mun-diais. Os mercados brasileiros estão sediados em cidades e aglomera-ções urbanas que abrigam 85,5 mi-lhões de habitantes, representando 46,5% da população brasileira. Seu alcance, no entanto, é bem maior, na medida em que as Centrais ata-cadistas são distribuidoras de ali-mentos para diversas regiões.

As centrais de abastecimento mundiais possibilitam que 60.810 produtores tenham um espaço para comercializar seus produtos direta-mente com os compradores. No Bra-sil mais de 21 mil produtores são usuários das Ceasas, o que repre-senta 1/3 do total dos produtores usuários cadastrados em mais de 128 mercados de 38 países. Esta porcentagem demonstra de forma clara a força do agricultor familiar

nos entrepostos do Brasil em rela-ção a outros do mundo. Programas como o Pronaf são ferramentas que permitem esta independência co-mercial do produtor rural de frutas e hortaliças.

Mais de 70% dos mercados ata-cadistas no mundo prestam algum tipo de serviço público. Destes mercados, 50% são do setor públi-co, 32% entidades semipúblicas e 13% totalmente privadas. O geren-ciamento destes entrepostos é por parceria público-privada em 38%, pelo setor público em 34%, e 17% pelo setor privado. No Brasil, há 41 instituições que geram 72 entrepos-tos, distribuídos em 22 unidades da federação. A maior parte deles é es-tatal, administrada pelos governos federal (duas), estaduais (quinze) e municipais (19) ou através de Oscip (quatro).

Os investimentos nas Centrais mundiais entre os anos de 2000 e 2006 atingiram cerca de 1,4 bilhão de euros, média de 200 milhões de euros por ano nos mercados ataca-distas. No

Brasil ainda não há uma infor-mação concreta de quanto se tem investido nas centrais de abasteci-mento, pois eles ocorrem de forma isolada e de pequena expressão. Porém, alguns estudiosos do as-sunto preveem gasto na ordem de 5 bilhões de reais para modernizar o sistema Ceasa, principalmente para atender a duas grandes demandas, a Copa do Mmundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

*Altivo Almeida Cunha é consultor da Conab (Companhia Nacional de Abaste-cimento)/Programa das Nações unidas para o desenvolvimento (PNud)***Gustavo Almeida é chefe do departa-mento de operacões da CeasaMinas

Artigo publicado originalmente na edição de dezembro/2010 da revista Abastecer Brasil, editada pela CeasaMinas

Brócolis32,1%

e da alface americana (-3,64%). Os setores de pescados (0,82%) e de diversos (0,94%) tiveram ligeira alta. No pescados as principais al-tas foram do atum (8,05%), do ca-ção (4,37%) e da pescada (11,33%). As quedas mais acentuadas foram da anchova (-9,8%), da espada (-12,18%) e do pintado (-13,4%). Já em diversos os aumentos fi caram por conta da cebola (5,3%) e dos ovos (11,1%), enquanto o preço da batata lisa recuou 2,66%.

O setor de frutas permaneceu com os preços praticamente estáveis,

com retração de apenas 0,12%. As principais quedas foram da uva (-24,26%), da manga (-27,2%) e da banana nanica (-8,83%). As al-tas foram concentradas na laran-ja (20,2%), no abacaxi (9,92%) e no limão (6,51%). “A expectativa é que os preços iniciem processo de retorno aos patamares habitu-ais a partir da segunda quinzena de março. Obviamente, as condi-ções climáticas serão fundamen-tais para determinar o volume ofertado e os preços praticados”, afi rma Godas.

Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA10

O chefe do escritório do Departa-mento de Agricultura dos Estados Uni-dos (USDA) em São Paulo, Fred Giles, visitou a Ceagesp em fevereiro. O obje-tivo do encontro foi o estreitamento de relações entre a estatal e o órgão que administra as políticas de agricultura dos EUA e estudar possíveis parcerias.

“Queremos conhecer um pouco mais do trabalho de vocês e como po-deremos avançar em termos de rela-cionamento”, disse Giles. Segundo a empresa, as próximas etapas incluirão detalhamento dos programas trabalha-dos pelo USDA e Ceagesp para tentar viabilizar intercâmbio de informações, sobretudo nas áreas técnicas e tecno-lógicas. A especialista em Marketing do USDA, Fabiana Fonseca, que também participou do encontro, destacou que o USDA tem muitas possibilidades de par-cerias. “Cada vez mais está investindo no estreitamento das relações com pa-íses emergentes”, frisou. “Temos um mundo de possibilidades de parcerias”, ressaltou o presidente da Ceagesp Má-rio Maurici, após apresentar um perfi l da central de abastecimento.

Ceagesp pretende �irmar parceria com EUA

Fabiana, Anita e Giles

Page 11: Jornal Entreposto | Março 2011

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A11JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Brasileiros negociamUS$ 16 mi em exportações de orgânicos

As oito empresas de pro-dutos orgânicos que participa-ram da Biofach Nuremberg ob-tiveram resultado fi nal de US$ 16 milhões em exportações para os próximos 12 meses. A feira é a maior e mais impor-tante feira do setor de orgâni-cos do mundo, e aconteceu em fevereiro em Nuremberg, na Alemanha.

As emresas são associa-das ao Projeto Organics Brasil, parceria entre o Instituto de Promoção do Desenvolvimen-to (IPD) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “A Biofach é a grande vitrine do setor e é determinante para se avaliar o atual posicio-namento do mercado global, as tendências para a agricul-tura e indústria”, explica Ming Liu, coordenador executivo do projeto Organics Brasil.

Segundo ele, a feira é tam-bém um termômetro do que o mercado espera das empre-sas. “Nesse ano pudemos no-tar que a demanda é crescen-te, especialmente nos setores de alimentos, cosméticos, têxteis e vinhos, que voltaram aos níveis pré-crise de 2009. Seguindo as tendências ob-servadas nos anos anteriores, os temas e conceitos de mer-cado justo, produtos susten-táveis, uso de energia limpa, segurança alimentar e desen-volvimento social nos países

Na Europa o mercado de orgânicos representa pouco mais de US$26 bilhões do mundial. Alemanha, França e Reino Unido são os principais mercados da Comunidade Eu-ropéia.

O Brasil ocupa posição de destaque como fornecedor de

De acordo com levan-tamento do Ministério da Agricultura, já são 9,5 mil produtores de orgânicos atendendo às novas regras do setor, que começaram a valer desde o dia 1º de janeiro deste ano. “A meta do Ministério é chegar ao número de 15 mil agricul-tores cadastrados no sis-tema, que vale para todo o país, até o fi nal deste ano”, destaca o coordenador de Agroecologia do Ministé-rio da Agricultura, Rogério Dias. O agricultor que ain-da não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certi-fi cadora.

Aqueles que fazem ven-da direta devem se cadas-trar no site do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do ministério para as orien-tações sobre o processo de regularização. “Hoje temos três certifi cadoras atenden-do aos interessados e três sistemas participativos. Além do credenciamento, em andamento, de mais cinco certifi cadoras e dois sistemas participativos”, reforça Rogério Dias.

Dias explica que a legis-lação brasileira estabelece três instrumentos para ga-rantir a qualidade dos ali-mentos: a certifi cação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certifi cação. Os agricultores

Mais de 9 mil produtores já estão certi�icados

produtores são cada vez mais demandados”, completa.

Ainda segundo Liu, o de-senvolvimento e maturação das empresas brasileiras no mercado europeu vêm se consolidando de forma cres-cente. “Quatro empresas já estabelecidas no mercado eu-ropeu participaram da Biofach em espaços junto aos seus distribuidores internacionais. Este amadurecimento do se-tor abre espaço para novas ações de internacionalização do segmento”, complementa.Em paralelo à feira, três even-tos marcaram a integração do mercado brasileiro com o internacional. O MDA realizou um seminário sobre agricultu-ra familiar para empresas de distribuição e tradings euro-péias, com dados relevantes sobre a política de inclusão das cooperativas que plantam orgânicos.

O Organics Brasil apresen-tou estudo sobre o mapea-mento da área de produtores orgânicos no Brasil com base no Censo Agropecuário de 2006, que concluiu que 75% dos produtores identifi cados são da agricultura familiar. O mercado global já atinge perto de 60 bilhões de dólares, com o mercado norte-americano liderando, com cerca de 50% desse volume, pouco mais de US$ 29 bilhões, segundo a Or-ganic Trade Association (OTA).

produtos orgânicos, principal-mente por causa de conceitos como a agricultura familiar, as riquezas e diversidades dos produtos dos diferentes biomas (Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica), as atividades do extrativismo e a produção em escalas industriais.

que buscarem a certifi cação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo ofi cial nos seus produ-tos. “O selo é fornecido por certifi cadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fi scalização dos produtos”, explica o coordenador de Agroecologia. Rogério Dias também destacou algumas novidades que surgem como oportunidade para o setor de orgânicos. “Temos a indústria de cosméticos, têxteis e sementes como áreas promissoras”, diz. Segundo ele, um número cada vez maior de pessoas está interessado na origem dos alimentos que estão consumindo, dos produtos que utilizam como cosméti-cos, cremes e sabonetes.

A indústria têxtil é outra área de destaque no setor de orgânicos e se torna mais viável no Brasil. O algodão colorido natural-mente, por exemplo, é pro-duzido em várias regiões do país. Já no caso das se-mentes orgânicas os bene-fícios também são visíveis. “A nossa legislação esta-beleceu um prazo de cinco anos para que os produto-res trabalhem com semen-tes orgânicas”, informou. Para isso, o país precisa de produtores de sementes or-gânicas, que agregam valor à cadeia produtiva. Assim, o produtor terá mais uma opção de renda nesse mer-cado que vem crescendo a cada ano.

NEGÓCIOS

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOA12

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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Qualidade BB1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Técnico

Os compradores na Ceagesp paulistana

O Entreposto Terminal de São Paulo, com seus milhares de compradores, atacadistas, grande diversidade de produtos e grande volu-me exige, para o conhecimento dos seus usu-ários e das suas necessidades, a consulta a uma amostra representativa de cada agente: produtor, transportador, atacadista, compra-dor (varejista, serviço de alimentação, indús-tria).

Um levantamento com 113 compradores da Ceagesp foi feito entre os dias 11 e 28 de janeiro nos pavilhões MFE/B, HF e MLP sendo a grande maioria nos HF.

O levantamento teve por objetivo a identi-fi cação dos principais problemas e necessi-dades dos compradores. A amostra ainda é pequena e o levantamento continua sendo re-alizado pelos técnicos da fi scalização da Cea-gesp. A seguir, você confere alguns resultados preliminares:

Os compradores entrevistados estão divi-dios entre cinco principais segmentos: 19% feirantes, 7% serviços de alimentação, 50% varejistas, 12% outras Ceasas e 13% distri-buidoras. Os varejistas englobam os compra-dores de redes de supermercados, varejões, sacolões e frutarias. O serviço de alimentação engloba restaurante, bares, hotéis.

Caixas

• A grande maioria (88%) dos entrevistados traz caixas vazias, sendo 64% de madeira e 36% de plástico.• As caixas de papelão são trazidas por apenas 0,01% dos entrevistados (feirantes). Os compradores respondem pela maior parte das caixas vazias que retornam à Ceagesp - 63% das caixas de madeira e 65% das caixas de plástico.

Tabela 01: Proporção das embalagens vazias trazidas por segmento

Segmentos

AlimentaçãoCeasaDistribuidorFeiranteVarejo

Total

% madeira

6562063

100

% plástico

2918665

100

Horário e tempo

• O horário de entrada se concentra entre as 5 e as 7 horas da manhã (51% dos entrevistados), sendo que 29% entram entre as 5 e as 6 horas da manhã. Até as 7 horas 61% dos compradores já está no entreposto. O horário de saída se concentra entre as 16 e as 19 horas (43% dos entre-vistados), sendo que 17% saem entre as 18 e as 19 horas. Até as 19 horas 84% dos entrevistados já saíram do entreposto.• A maioria dos compradores (59%) informou como duração de período de compras um período entre 2 e 4 ho-ras, sendo que em até 4 horas 44% dos entrevistados já fi zeram todas as compras. O tempo de carga (45% dos entrevistados) dura de 3 a 5 horas, e em até 5 horas, 51% das pessoas já fi zeram a carga. • O tempo de permanência no ETSP é em média entre 4 e 8 horas para 43% dos entrevistados e entre 8 e 12 horas para 35%.

Problemas

- Os três principais problemas enfrentados pe-los compradores no ETSP foram, em ordem de importância infraestrutura (48%), sujeira (22%) e trânsito (11%). - A infraestrutura engloba problemas como estacionamento, pavimentação, segurança, iluminação, banheiros, enchentes, espaço e

conservação das instalações.

Tabela 02: Frequência dos problemas

Principais problemas

InfraestruturaSujeiraTrânsitoHorário de FuncionamentoFalta de OrganizaçãoCaixas sem padrãoCarregadoresAlto PreçoFiscalizaçãoFalta de InovaçõesEstacionamento

Total

%

48,3222,2711,345,884,622,522,520,840,840,420,42

100,00

Destino

• O principal local de destino é o estado de São Paulo (83% dos entrevistados). A maioria dos compradores paulistas (64%) é da capi-tal paulista. A totalidade dos feirantes e dos compradores do serviço de alimentação entre-vistados e 93% dos distribuidores têm como destino o estado de São Paulo.

Tabela 3: Frequência dos destinos por estado

Estado de Destino

MSPARORSDFSCPAMGSP

Total

%

1111224583

100

Fidelidade

• A maioria dos compradores entrevistados (57%) são usuários da Ceagesp entre 0 a 15 anos, sendo 30% de 1 a 6 anos e 27% de 10 a 18 anos e 37% acima de 19 anos.

Tabela 4: Distribuição do tempo de freqüência do ETSP pelos compradores

Regularidade de compra

A grande maioria (99%) dos entrevistados faz compras regulares na Ceagesp. O CQH agradece a colaboração e conta com a contribuição de todos para a continuidade das pesquisas, que continuam em andamento. Os resultados defi nitivos serão divulgados poste-riormente.

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespAnita de Souza Dias Gutierrez, Claudio Inforzato Fanale, Maria Aparecida Martins de Santana, Daiane Mitiko Hirata, Luis Gustavo Maniak, Henrique Matsuno, Danielle Manso, Rafael Victoriano, Tainara dos Santos, Camila

Azevedo.

Número de anos

1 a 34 a 67 a 910 a 1213 a 1516 a 1819 a 2122 a 2425 a 2728 a 3031 a 3334 a 3637 a 3940 ou mais

Total

Frequência (%)

171371386123950134

100

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB2

Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Variedades de pêssego no ETSP

O pêssego é uma fruta de caroço como a ameixa, a nectarina, o damasco e a cereja, e pertence à família botânica Rosaceae, como a roseira. O centro de origem da maioria das frutas de ca-roço é a China e os estudos arqueológicos mostram o seu

cultivo desde 20 séculos antes de Cristo. A produção de pêssego paulista cresceu com as variedades de polpa amarela mais apropriadas ao clima mais quente, quan-do comparado ao Rio Grande do Sul. Nos últimos anos as variedades de polpa branca,

tradicionalmente produzidas somente no Sul do Brasil, passaram a ser ofertadas pe-los produtores paulistas, que conseguem colocar as varie-dades Chiripá e Chimarrita no mercado no período de festas natalinas, antecipando-se à oferta do pêssego gaúcho.

Algumas variedades tradicio-nais de polpa amarela, mas de sabor menos atraente, estão desaparecendo, caso da Tropic Beauty e da Flor da Prince. Por outro lado, as va-riedades de melhor sabor es-tão crescendo a cada ano.

Os atacadistas do entre-

posto paulistano da Ceagesp comercializaram, em 2009, 27 mil toneladas de pêssego, no valor de R$ 64 milhões. Apesar da sua sazonalidade, a fruta ocupa o 17º lugar no volume total de frutas comer-cializadas na Ceagesp e 20º lugar no valor.

CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

DESENHO: B.BORGES-CQH-CEAGESP

O consumo de frutas e hortaliças frescas cresce com o desenvolvimento e com a ri-queza e ninguém contesta a importância dos alimentos na vida humana.

As frutas e hortaliças fres-cas são alimentos especiais, únicos. Não existe indústria entre a produção e o consu-mo. Elas são a conexão entre o consumidor e a natureza, símbolos do que é bom na vida: saúde, prevenção de do-ença, capacidade física, bele-za, frescor, felicidade.

O pesquisador alemão

Manfred Kern estudou o con-sumo de alimentos nos di-ferentes países do mundo e verifi cou que, em países de renda per capita acima de US$ 15 mil por ano, a preo-cupação com saúde, varie-dades, marcas e o consumo de frutas e hortaliças frescas predomina.

A Pesquisa de Orçamento Familiar realizada pelo IBGE, levanta o consumo de diferen-tes alimentos, nas diferentes regiões metropolitanas, por classe de renda familiar. A di-ferença de consumo é impres-sionante. A classe de renda menor que R$ 400 mensais consome 27 quilos per capita de frutas e hortaliças e classe de renda maior que R$ 3 mil consome 87 quilos, um con-sumo três vezes maior que a classe de renda mais baixa.

O sucesso das frutas e hortaliças frescas

A evolução do consumo de suco de frutas é impressio-nante. Entre 1996 e 2008, o consumo per capita foi de 0,372 para 1,481 kg,um au-mento de 298% e o consumo total domiciliar no Brasil de suco envasado passou de 51 para 281 toneladas, um cres-cimento de 452%. Na classe de renda per capita acima de R$ 6.225, o consumo em 2009, foi de 6,588 quilos de suco per capita, 344% maior que o consumo médio.

A perspectiva de aumento de consumo com o aumento da renda é muito boa. A renda per capita anual do brasileiro já atingiu US$ 10.900 e a expectativa é que atinja US$ 26.670 em 2015, quando en-traremos na faixa de renda de grande consumo de frutas e hortaliças frescas.

O desenho da vaca do artista David Bowers, composta por frutas e hortaliças mostra a tendência de mudança do hábito alimentar

Todo o esforço do produtor e do atacadis-ta na melhoria da qua-lidade do seu produto numa embalagem mais atraente e na constru-ção de uma marca po-dem ser facilmente des-truídos na gôndola do supermercado.

O atacadista da Ce-agesp pode melhorar essa situação ofere-cendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horti-cultura da Ceagesp aos seus clientes varejistas e a seus funcionários. A indicação do atacadista é o primeiro passo para a inscrição do varejista. O primeiro módulo é de quatro horas e forne-ce noções de fi siologia pós-colheita e as princi-pais regras de recepção, conservação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças.

Inscreva os seus compradores no 1º módulo de FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS EM FLV.

Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

(11) [email protected]

Ofereça a seu varejista

CONSUMO

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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011 B3

A agropecuária foi a atividade que mais cresceu nos últimos dez anos. A média do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que representa a soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos, no período de 2000 a 2010, aponta um crescimento anual de 3,67%, enquanto o PIB geral do país mostra avanço de 3,59% (média por ano). Os investimentos em modernas máquinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio fl utuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comércio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram responsáveis pelo desen-volvimento do setor na última década.

A análise da série história foi feita pelo coordenador de Plane-jamento Estratégico do Ministé-rio da Agricultura, José Garcia Gasques, após a avaliação do resultado do último semestre de 2010 e a média fi nal do mesmo ano, divulgados nesta quinta-fei-ra (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE).

“Podemos citar que os mo-tivos desse crescimento alcan-çado pela agropecuária nos úl-timos dez anos são as grandes mudanças que ocorreram na agricultura e pecuária desde o fi -nal de 1999”, destaca Gasques. Segundo o coordenador, a partir do ano 2000, políticas setoriais como o crédito rural foram des-taque na economia brasileira, com a formação de uma curva de crédito em ascenção. Somen-te no período de 2003 a 2010, mais de R$ 270 bilhões foram aplicados em crédito no país. Os investimentos em modernas má-quinas agrícolas, a mudança da política cambial de 1999 (que passou ao câmbio fl utuante) e a inserção brasileira no mercado internacional, com o forte comér-cio de produtos em que antes o país não tinha tradição, como carnes, também foram respon-sáveis pelo desenvolvimento do setor na última década.

Desempenho em 2010

A atividade agropecuária cresceu 6,5% em 2010, ocupan-do o segundo lugar dos setores que mais cresceram no país. O levantamento do IBGE mostra que a economia brasileira cres-ceu 7,5% no ano passado, e um dos setores que puxaram esse incremento foi o consumo fami-liar, com 7% de aumento.

Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 3,675 trilhões e, o PIB da agropecuária, R$ 180,8 bilhões. Para o coordenador, a valorização das commodities exerceu importante papel nesse desempenho. “Principalmente quando nos referimos à análise do último semestre de 2010, pe-ríodo em que grande parte das atividades agrícolas já foi en-cerrada devido ao ciclo da safra brasileira, as exportações são destaque”, ressalta Gasques. Ele informa, ainda, que setores específi cos, como café, laranja, trigo e cana-de-açúcar também elevaram a taxa deste ano.

“O resultado positivo apre-sentado tanto no último ano, quanto na análise da série his-tórica da última década, mostra que o setor agropecuário vem em um crescimento constante e linear que tende a se repetir nos próximos anos”, explica Gasques.

Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Mi-nistério da Agricultura, em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP), um dos índices que compõem o PIB do setor, pode alcançar, em valores, aproximadamente, R$184,2 bilhões, um crescimen-to de 4,5% em relação a 2010, quando o valor registrado foi de R$ 176,2 bilhões.

Agropecuária é o setor que mais cresceu na última década

O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais lavouras do Bra-sil deve alcançar R$ 189,6 bilhões em 2011. O resultado apurado, com base na estimativa da safra 2010/2011 e nos preços praticados até fevereiro deste ano, representa crescimento de 5,8% em relação ao VBP obtido em 2010.

O estudo elaborado pelo Minis-tério da Agricultura mostra também que esse é o maior valor da pro-dução dos últimos 14 anos e deve ultrapassar o recorde registrado em 2008, quando o número fechou em R$ 181,8 bilhões. “A projeção de que tenhamos a maior safra de grãos da história, com 154 milhões de toneladas e os preços dos pro-dutos agrícolas em ascensão provo-cam um efeito direto no valor bruto da produção”, afi rma José Garcia Gasques, coordenador de Planeja-mento Estratégico do Ministério da Agricultura e responsável pelo levan-tamento.

R$ 2,3 bilhões; Paraíba, com cres-cimento previsto de 83,4%, deve al-cançar R$ 1 bilhão e Maranhão, com estimativa de aumento de 29,4%, deve atingir rendimento bruto de R$ 1,1 bilhão.

Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maio-res lavouras do Brasil.

Para realizar o estudo, são utili-zados dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab).

O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açú-car, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-ingle-sa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, ca-cau, laranja e mamona.

Algodão, uva e café em grão são os produtos com melhor desempe-nho esse ano. O algodão em pluma poderá obter acréscimo de 50,1% no VBP chegando a R$ 4,7 bilhões. De acordo com o estudo, o valor da pro-dução da uva aumentará 44,6% al-cançado R$ 4,4 bilhões e o café em grão deve atingir R$ 20,1 bilhões, aumento de 27,2% em comparação com o ano passado. Feijão (18,9%), milho (17,4%), soja (10,5%), arroz (4,9%), laranja (6%) e mandioca (8,1%) também terão VBP com re-sultados positivos este ano. Das 20 lavouras analisadas, 11 apresentam previsão de aumento do valor da pro-dução em 2011.

“Um diferencial importante entre o resultado de 2011 e o de 2010 é a recuperação do valor bruto da produção do algodão, do milho e da soja ocasionado, principalmente, pela valorização dos preços desses produtos”, analisa Gasques. Entre os produtos que não terão resultado

favorável esse ano estão a cana-de-açúcar, o trigo, a cebola, a batata e o cacau.

Região

A região Centro-Oeste permanece como destaque, segundo os dados apurados pelo Ministério da Agricul-tura. O VBP da região deverá crescer 38,8% chegando a R$ 52 bilhões, o segundo maior valor do país, atrás apenas do Sudeste. Com aumento de 56,5%, Mato Grosso é o esta-do com melhor desempenho tendo alcançado rendimento bruto de R$ 33,2 bilhões. Mato Grosso (19,9%) e Goiás (14%) também impulsionam os resultados positivos do Centro-Oeste, puxados especialmente pelo crescimento do VBP do algodão, mi-lho e soja.

Alguns estados do Nordeste tam-bém terão aumentos expressivos no valor da produção deste ano. Ceará, com ganho de 94%, pode ter VBP de

O aumento do rendimento da lavoura de soja e a ampliação da área de plantio da segunda safra de mi-lho são os principais indicadores para a maior safra de grãos prevista para este ano no Brasil. Segundo dados divulgados no dia 10 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). A estimativa do levan-tamento de fevereiro é que a safra de 2011 seja 1,2% maior do que a de 2010. A projeção da safra de 2011 feita em fevereiro também supera em 3,0% a estimati-va anterior, de janeiro.

“Essa [previsão de] superação da safra recorde de 2010 é graças ao aumento da área do milho de segunda safra, que infl uenciou um aumento de 3,0% em relação à informação anterior, de janeiro. Também houve um aumento do rendimento da soja, observado agora na colheita. Houve também pouca infl uência do fenômeno La Niña, ao contrário do que se esperava anteriormen-te”, disse o gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro Andreazzi.

Segundo o IBGE, houve um aumento da área de plantio do milho de segunda safra, devido à elevação do preço no mercado internacional. A produção espera-da para 2011 é de 22,9 milhões de toneladas, 14,4% a mais do que previu o IBGE em janeiro. Caso a estimati-va se confi rme, a produção será 0,4% maior do que em 2010. A soja deve ter uma produção de 69 milhões de toneladas, 2% a mais do que o previsto em janeiro, de-vido à melhoria de rendimento observada nas lavouras já colhidas em estados como o Paraná e Goiás. Caso a projeção se confi rme, a safra deste ano será 0,7% superior à de 2010.

O algodão em caroço é outro produto que teve uma melhoria na estimativa de produção de 2011, de janei-ro para fevereiro (2,4%). Neste ano, espera-se uma sa-fra 57,4% maior do que no ano passado.

No que se refere ao arroz, terceiro grão mais impor-tante do país, a estimativa feita em fevereiro é 0,8% inferior à de janeiro, ainda assim espera-se neste ano uma safra 12,7% maior do que em 2010. O IBGE tam-bém estima que, neste ano a área plantada chegará a 48,1 milhões de hectares, um aumento de 3,3% em relação a 2010. Caso isso se confi rme, será uma área recorde, superando a marca de 2005, que foi de 47,57 milhões de hectares.

Agência Brasil

Rendimento da soja e ampliação do plantio de milho elevam projeção da safra em 2011

Valor da produção agrícola é o maior em 14 anos

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB6

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Exportações de frutas aumentam 25% em cinco anos

APICULTURA

As exportações brasileiras de frutas cresceram 25% nos últimos cinco anos. Em 2006, o setor movimentou US$ 700 milhões, número que chegou a mais de US$ 875 milhões em 2010. “O mercado exter-no busca produtos de qualida-de e o sistema de produção integrada é uma importante ferramenta para acessar paí-ses mais exigentes”, ressalta o coordenador de Produção Integrada da Cadeia Produtiva do Ministério da Agricultura, Sidney Medeiros. Exemplo disso já pode ser observado em Santa Catarina, onde uma cooperativa de produtores de maçã vem se destacando na inserção em mercados exter-nos, em parceria com a marca Disney, nos Estados Unidos.

A produção integrada é um sistema moderno de pro-dução agropecuária baseado em boas práticas e sustenta-bilidade. O objetivo é valorizar a capacitação dos envolvidos na cadeia produtiva, garantir a conservação do meio am-biente e melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais e das comunidades locais. Tudo isso respeitando a legis-lação trabalhista, a seguran-ça do trabalhador, a sanidade e o bem-estar dos animais.

“Trata-se de um método produtivo que gera alimentos seguros, principalmente para o consumo humano, pois adota o monitoramento em todas as etapas do processo de produção, análise de re-síduos de agrotóxicos, além da utilização de tecnologias apropriadas”, explica Sidney Medeiros. O sistema eleva os padrões de qualidade e competitividade dos produtos agropecuários ao patamar de excelência requerido pelos consumidores mais conscien-tes. E representa um instru-mento de apoio aos produto-res para que possam atender aos mercados exigentes.

A cidade de São Joaquim, na Região Serrana de Santa Catarina, concentra boa par-te da produção brasileira de maçã. Hoje, uma das maiores cooperativas de produtores da fruta está localizada na cidade, que se tornou grande exportadora. No ano passado, nos pomares dos 80 coope-rados, foram colhidas 35 mil toneladas de maçã. Números da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM) apontam que, em 2010, o Brasil produziu cerca de 800 mil toneladas. Esse número é 15% superior ao levantado em 2009.

A cooperativa catarinense utiliza a Produção Integrada há mais de dois anos. Todos os 1,1 mil hectares cultivados adotam o sistema. “A nossa prioridade é fazer o acompa-nhamento da produção de cada cooperado, com diver-sas análises químicas labo-ratoriais, periodicamente”, conta o presidente da coope-rativa, Roberto Ratto. Segun-do ele, esse é o diferencial da empresa, já que o mercado está cada vez mais exigente com a qualidade dos produ-tos. A segurança alimentar, o controle biológico natural de pragas e doenças e a conse-quente preservação ambien-tal são alguns dos aspectos observados.

A cooperativa tem uma parceria com a Disney na ven-da de maçãs e quer investir em uma nova linha de produ-tos para a marca americana. O presidente conta que, com o contrato exclusivo com a marca para a venda de paco-tes de maçãs, a ideia é lançar uma linha de sucos integrais com os personagens da Dis-ney nas embalagens. “Isso oferece um grande diferencial de preço”, garante.

A crescente produção brasileira de mel, que sal-tou de 38 mil toneladas em 2009 para 50 mil toneladas em 2010, colocou o país na 11ª posição no ranking dos produtores mundiais. O Brasil é o quinto maior exportador do produto. Programas de incentivo à produção apícola e capacitação de agriculto-res envolvidos com a cadeia produtiva são os responsá-veis pelo destaque do setor nos últimos anos. Segundo o pesquisador da Embrapa (Em-presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Ricardo Ca-margo, uma das principais al-ternativas para o aumento da produção nacional de mel é a parceria entre a apicultura, a fruticultura e a silvicultura.

Alguns estados brasilei-ros, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, têm projetos em andamento. Em Minas Gerais, uma das boas experiências nessa área é a de uma associação de api-cultores que trabalha em com silvicultores. Como resultado da parceria, em 2010, houve um aumento no faturamento da associação de produto-res e na produção de mel. A produtividade média das col-meias registrada na região foi de 55 a 60kg/colmeias/ano em 2009 e 2010, com valo-res acima da média nacional, que é de 25Kg/colmeia/ano.

“Graças à união com uma empresa multinacional pro-dutora de celulose, cerca de 46 municípios mineiros estão

sendo beneficiados com o sistema de integração apicul-tura-silvicultura”, explica Ri-cardo Camargo. Ele também atua como consultor técnico da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e de Produ-tos Apícolas do Ministério da Agricultura. Atualmente, 58 produtores de mel utilizam áreas reflorestadas e nativas de floresta. Essa participação corresponde a 100 mil ha com 14,6 mil colmeias (todas orgânicas) instaladas em api-ários georeferenciados, o que permite a identificação do mel produzido nessas áreas.

Como parte do projeto, a empresa multinacional conce-deu áreas para o desenvolvi-mento do sistema e financiou a aquisição de uma série de equipamentos para a monta-gem dos armazéns de mel. Os apicultores foram capacitados para combater incêndios e atuam de forma preventiva e na identificação de possíveis focos de incêndios.

O pesquisador ressalta que a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretendem elaborar um plano de parcerias padronizado. O objetivo é expandir a cadeia produtiva de florestas e pro-mover a inclusão social dos apicultores envolvidos. “Com a definição dos requisitos téc-nicos a serem considerados e os modelos de convênios entre as duas cadeias, ima-gina-se que as empresas de

reflorestamento terão maior interesse em abrir espaço para esse tipo de parceria”, destaca Camargo. Dessa for-ma, pretende-se aumentar a abertura de negócios para o setor apícola nacional.

A Embrapa contribuirá di-retamente na capacitação dos produtores e na pesquisa de novas formas de consórcio entre as espécies madeirei-ras comumente empregadas e outras espécies vegetais e culturas agrícolas.

A iniciativa pretende me-lhorar a produção e permitir a exploração apícola dessas áreas durante o período de desenvolvimento das espé-cies madeireiras. “Estudos relacionados à identificação de espécies e de variedades mais produtivas e com maior precocidade e período de floração também podem ser potenciais fontes de pesqui-sas”, explica Camargo.

Além dos ganhos diretos na exploração dessas áreas para a produção de mel e de outros produtos apícolas, existem ganhos adicionais. Nessa parceria específica, 5% da produção de cada apicultor são repassados à empresa produtora de celulose, que distribui o mel para entidades filantrópicas, hospitais, esco-las e para os seus próprios empregados.

O pesquisador da Embra-pa conta que também existe ativa participação da empre-sa na doação de materiais de divulgação.

Produção de mel cresce 30% no último ano

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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011 B7

CÁ ENTRE NÓS

Manelão*Colunista

Um pouco da história da Nossa Turma

Para a alegria geral, a es-cola de samba Vai-Vai ganhou o carnaval com o enredo que homenageou o maestro João Carlos Martins, que ensina música de qualidade nas co-munidades de baixa renda e planta a semente do bem, ajudando a espantar os frutos do mal. Parabéns à escola e ao maestro!

***

No dia 31 de março de 1998, após denúncias de tra-balho infantil e outras maze-las, foi criado o projeto social Nossa Turma, tendo como idealizadores os saudosos

Nelson Fortes e o doutor Her-mann Letcher. Creio que era o desejo deles ver seus herdei-ros participarem do trabalho que eles iniciaram com muito afinco.

Nestes 13 anos, vários projetos da entidade alcança-ram sucesso. O grupo reper-cussão, que era apoiado pela Fundação Bradesco, fez su-cesso nos eventos dos quais participou. Levando o nome da Nossa Turma, carregava o apoio social de todos que par-ticipam da vida da Ceagesp. Quando o grupo se apresen-tou na Fundação Bradesco, de Osasco, Verônica, uma de nossas percussionistas, que

tem mobilidade reduzida, foi homenageada no dia de Ação de Graças e ganhou uma ca-deira de rodas motorizada.

Em 2003, no aniversário de 50 anos da Petrobras, nos apresentamos na refinaria de Capuava. Na formatura de alu-nos da Gestão Empresarial da Sociedade Civil, promovidos pela FIA, tocamos no Museu de Arte Moderna de São Pau-lo. Mesmo assim, para nossa tristeza, o projeto acabou.

As crianças de ontem cres-ceram, estudaram e hoje tra-balham em supermercados, na metalúrgica Atlas e em várias empresas instaladas na Ceagesp. Um exemplo é o Murilo, que começou pegando bola no campinho dos silos e hoje defende um time profis-sional em Trinidad e Tobago. Outro exemplo é o Breno, nosso zagueiro central, que em 2009 foi campeão na In-glaterra, na categoria sub-15, com a camisa do São Paulo e hoje está no Ituano para ad-quirir experiência. Tenho cer-teza que um dia ele vestirá a camisa da Seleção Brasileira.

No meio dessa alegria e desabafo, tomo a liberdade de convidá-los para no dia 31 de março, às 14 horas, en-grossar o coro das crianças no “Parabéns à Nossa Tur-ma” e saborear o melhor bolo do mundo, que, para nós, é o da padaria Nativa. Esperamos vocês!

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOB8

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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Espaço Apesp CC1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Notícias

A seguir você confere os princi-pais pontos previstos pela legisla-ção da vigilância sanitária paulista-na que são aplicáveis às empresas do nosso segmento:

1.Responsável técnico: para em-presas de pequeno porte (EPP’s) é permitido que RT seja o responsá-vel legal pela empresa, com partici-pação no contrato social. Isso não é permitido para o caso de SAs e LTDAs, nas quais o responsável técnico deve ser um profissional de determinadas disciplinas da saúde, como medicina veterinária, nutrição e agronomia. Em ambos os casos, o responsável técnico precisa estar devidamente registrado na vigilância sanitária. As principais funções de um responsável técnico, descritas na legislação da são:

a- Treinamento de funcionários;b- Implementação e manutenção

das boas práticas de fabricação;c- Manutenção dos procedimen-

tos de higiene operacional;d- Acompanhamento das inspe-

ções realizadas por autoridades sa-nitárias e esclarecimentos sobre o processo de produção, fórmulas e/ou composição dos produtos, práti-cas e procedimentos adotados;

e- Acompanhamento das inspe-ções realizadas por clientes e es-clarecimentos sobre o processo de produção, fórmulas e/ou composi-ção dos produtos, práticas e proce-

dimentos adotados;f- Implantação do serviço de

atendimento ao consumidor, para reclamações pertinentes à qualida-de e segurança do produto;

g- Implantação do programa de recolhimento de produtos em desa-cordo às normas vigentes;

h- Inserção de rotulagem para in-formação ao consumidor e rastreabi-lidade do produto;

i- Verificação das condições de transporte e armazenamento;

2. Manual de boas práticas, con-tendo os procedimentos de higiene, tanto pessoal como ambiental, bem como outros procedimentos per-tinentes à atividade da empresa. Esse é o nosso manual de instru-ções - como aquele que vem com uma nova TV que adquirimos, com o jogo que diverte nossos filhos, com o carro que nos leva e traz .

3. Rastreabilidade dos produtos: para quem entregamos o produto e qual é a sua origem. Neste item a identificação do produto se torna fundamental (produtor, peso, classi-ficação e data de embalagem)

4. Higienização de caixas d’água e análise periódica da potabilidade, afinal essa é a água que usamos para lavar o local onde colocamos os alimentos.

5. Treinamento para os colabo-

radores que trabalham diretamente com o alimento em Boas Práticas de Fabricação, higiene pessoal e higiene operacional. As pessoas movem o negócio, as máquinas, o mundo, e precisamos de pessoas conscientizadas. Atualmente pouco se ganha com imposição, por isso o treinamento é uma ferramenta im-portante, através dele, somado aos exemplos no dia-a-dia, conseguimos munir os colaboradores com infor-mações ricas, estabelecendo os motivos de cada necessidade ditada pela legislação. Quando não enten-demos o porquê de algo fica muito mais difícil nos comprometermos.

6. Atestados de Saúde Ocupacio-nal, com os exames médicos exigi-dos para os colaboradores que tra-balham com o alimento.

7. PPRA e PCMSO (medicina ocu-pacional): esses programas devem ser estabelecidos e mantidos por profissionais da área de segurança no trabalho e médicos do trabalho. Para que a empresa possua esses programas, que incluem determi-nações e controles quanto ao uso e distribuição dos EPI’s (equipa-mentos de proteção individual), treinamentos de utilização de EPIs, brigada de incêndio e primeiros so-corros, é necessária a contratação de uma empresa ou de profissionais especializados, que dentro do seu escopo de trabalho vão analisar a

fundo o ambiente, em termos de ru-ído, luminosidade, determinando as medidas necessárias para minimizar o impacto sobre a saúde dos colabo-radores.

8. Utilização de uniformes pelos colaboradores: o que contribui muito para a divulgação da empresa e para a boa impressão dos clientes.

9. Inspeção de recebimento da mercadoria: em que condições a mercadoria entrou na empresa, como ela avalia isso.

10. Adequação física: piso, pa-redes e tetos em bom estado de conservação, lixeiras adequadas, pallets para disposição de merca-dorias que, além de distantes do chão, não podem estar adjacentes às paredes, luminárias protegidas contra explosão, controle de tempe-ratura das câmaras frias, torneiras com acionamento automático para lavagem de mãos ou outro sistema, mola nas portas dos sanitários, nú-mero de sanitários condizente com o número de colaboradores, etc.

11. Higiene ambiental, de má-quinas, de equipamentos, de uten-sílios e higiene pessoal, bem como procedimentos de higiene, produtos permitidos pelo Ministério da Saúde para higienização, utensílios adequa-dos à higiene, local para a guarda de produtos e utensílios e planilhas de controle da higiene.

12. Controle de pragas: o produ-to que teve qualquer tipo de contato com ratos e baratas, por exemplo, pode ser aquele que vai para a mesa da sua família, amigos, parentes ou até de um desconhecido. Para evitar isso, é muito simples. Basta esta-belecer um controle de pragas contí-nuo, que é muito diferentes de uma dedetização pontua)

13. Controle do transporte da mercadoria em termos de higieniza-ção e condições estruturais adequa-das dos caminhões que transpor-tam o alimento, quando a empresa realiza esse trabalho.

Por fim, cabem as perguntas: por que aplicar as boas práticas de fabri-cação e para que serve isso? Tudo vai ao encontro da qualidade e da segurança dos produtos oferecidos. Então, o que é qualidade? Para mui-tos, trata-se somente do que é bom, porém vai muito além disso. Trata-se do que é bom para o cliente, ou seja, de atender às necessidades dele. Já a segurança fica mais no âmbito de nosso produto não causar danos à saúde psicológica e física dos consumidores. Assim a legisla-ção da vigilância sanitária, quando aplicada dentro da realidade do seg-mento no qual estamos inseridos, é um ganho, um grande salto no sen-tido de oferecer produtos seguros e alinhados ao que nossos clientes querem, prática que hoje é uma das principais estratégias empresariais.

conhece?VocêA legislação de boas práticas de fabri-

cação da vigilância sanitária na cidade de São Paulo, onde estamos alocados, exi-ge dos permissionários alguns itens de suma relevância. Trata-se do que estabe-lece a portaria municipal 1210/06.

Em primeiro lugar poderíamos pensar que, como se trata de uma legislação so-bre boas praticas de fabricação e nós não fabricamos nada, ela não se aplicaria ao nosso segmento. Porém, isso não ocorre, já que a legislação se aplica a qualquer empresa que armazene, comercialize, embale, fabrique ou, ainda, transporte alimentos. Sendo assim, precisamos co-nhecê-la.

Dessa forma, torna-se necessário es-clarecer que essa legislação é bastante complexa, já que serve tanto para as empresas de alimento que estão na Cea-gesp como para grandes fábricas. Então vem a pergunta: como atendê-la dentro da nossa realidade?

Ou melhor, quais são os pontos principais dessa legislação que são aplicáveis ao nosso segmento?

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOC2 C3JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Brasil vai sediar conferência internacional de biotecnologia florestal

Ao mesmo tempo em que a alta mundial no preço dos ali-mentos atinge seu maior pata-mar em duas décadas e dá força redobrada ao fantasma da fome que persegue as populações po-bres dos países economicamente mais vulneráveis, um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a agroecologia pode duplicar a produção alimen-tar nos próximos dez anos. Di-vulgado no início de março pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos, o documento que, se-gundo a ONU, foi embasado por “uma exaustiva revisão da litera-tura científica mais recente”, de-fende a agroecologia como “meio para incrementar a produção ali-mentar e melhorar a situação dos mais pobres”.

Os estudos que embasaram o informe foram coordenados pelo belga Olivier de Schutter, que desde 2008 é relator especial da ONU sobre direito à alimentação: “Para poder alimentar a nove bi-lhões de pessoas em 2050, ne-cessitamos urgentemente adotar as técnicas agrícolas mais efi-cientes conhecidas até hoje. Nes-te sentido, os estudos científicos mais recentes demonstram que ali onde reina a fome, especial-mente nas zonas mais desfavore-cidas, os métodos agroecológicos são muito mais eficazes para es-timular a produção alimentar do que os fertilizantes químicos.”

De acordo com os casos relata-dos no documento da ONU, proje-tos agroecológicos desenvolvidos nos últimos anos em 57 países em desenvolvimento registraram um rendimento médio de 80% em suas lavouras. Isso significa, por exemplo, um aumento de 116% na média de todos os projetos de-senvolvidos na África. “Os proje-tos mais recentes levados a cabo em 20 países africanos demons-traram que é possível duplicar o rendimento das lavouras em um período de três a dez anos”, afir-ma Schutter.

A ONU afirma que o modelo agrícola dominante, baseado nas monoculturas e na utilização mas-siva de agrotóxicos, fertilizantes e outros insumos, “já demons-trou não ser a melhor opção no contexto atual”, além de acelerar o processo de aquecimento glo-bal. “Amplos setores da comuni-dade científica já reconhecem os efeitos positivos da agroecologia sobre a produção alimentar no que se refere à redução da pobre-za e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirma o documento.

Menos agrotóxicos

O relatório também dá desta-que aos países que diminuíram consideravelmente a utilização de agrotóxicos nos últimos anos. São citados no documento países como Indonésia, Vietnã e Bangla-desh, que reduziram em até 92%

o uso de agrotóxicos na produção de arroz, que é o alimento básico das populações camponesas desses pa-íses.

Outro exemplo citado no relatório é o do Malauí, país que era grande consumidor de produtos agroquími-cos e agora faz com sucesso a tran-sição para um modelo agroecológi-co. Segundo a ONU, essa transição já tirou da extrema pobreza 1,3 mi-lhões de pessoas, além de aumentar o rendimento das lavouras de milho do país de uma para três toneladas por hectare. “O conhecimento subs-tituiu os pesticidas e fertilizantes”, comemora Olivier de Schutter.

O relator especial da ONU sobre

Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos

o direito à alimentação afirma que o Estado tem um “papel fundamental” a cumprir no fortalecimento da agro-ecologia. “As empresas privadas não investirão tempo e dinheiro em prá-ticas que não podem proteger com patentes e que não pressuponham uma abertura dos mercados para novos produtos químicos ou semen-tes melhoradas”. Schutter também exortou os Estados a darem maior apoio às organizações camponesas que, segundo ele, “demonstraram uma grande habilidade na hora de difundir as melhores práticas agroe-cológicas entre seus membros”.

Rede Brasil Atual

Meio Ambiente

Para ONU, o modelo agrícola dominante não é a melhor opção para o contexto atual

Pela primeira vez o Brasil e a América Latina serão sede da con-ferência internacional IUFRO Tree Biotechnology 2011, o evento mais importante do mundo na área de biotecnologia florestal, promovido há mais de 20 anos pela União Inter-nacional de Organizações de Pesqui-sa Florestal (IUFRO, sigla em inglês), que acontece no período de 26 de junho a 2 de julho, na Bahia.

A IUFRO é uma rede global não governamental e sem fins lucrativos que reúne cientistas florestais de vários países para promover coope-ração técnica e ampliar o conheci-mento sobre aspectos econômicos, sociais e ecológicos relacionados a florestas e árvores. Este ano, a conferência terá como tema ”De genomas à integração e geração de resultados” e deverá contar com a participação de cerca de 500 pesso-as, sendo 300 brasileiros e 200 de outros países.

A conferência internacional ganha ainda mais importância em 2011, declarado pela Organização das Nações Unidas como o Ano Inter-nacional das Florestas. O objetivo é incrementar a conscientização mun-dial sobre a importância do manejo sustentável dos recursos florestais e a promoção do evento contribuirá significativamente para os propó-

sitos da Embrapa de intensificar o apoio a atividades na área florestal. Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e presidente da comissão organiza-dora do evento no Brasil, Dario Grat-tapaglia, a realização da conferência IUFRO Tree Biotechnology 2011 con-verge para a internacionalização do Brasil e sua consolidação como um importante ator mundial em biotec-nologia florestal. “É a primeira vez que esta conferência acontece na América Latina e a segunda no he-misfério sul.

E, por isso, é uma oportunidade muito importante para o país au-mentar a sua visibilidade no cenário internacional na área de biotecno-logia florestal”, ressalta. O Brasil possui alguns dos mais extensos e diversos ecossistemas florestais na-turais no mundo e é líder em produ-tividade de florestas plantadas que suprem biomassa florestal de forma sustentável para as mais variadas aplicações industriais.

A proporção de floresta plantada no Brasil, entretanto, ainda é mo-desta e as previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO são de um cres-cimento massivo e acelerado para os próximos 20 anos em vista da demanda crescente em bioenergia,

seqüestro de carbono e crescimento da população humana. Esse cresci-mento e a manutenção da compe-titividade da indústria brasileira de base florestal vão requerer o desen-volvimento crescente de materiais genéticos com amplo espectro de adaptação e qualidade da madeira. Por isso, como explica Grattapaglia, a biotecnologia terá um papel cada vez mais importante nesse processo.

Segundo ele, a realização da conferência IUFRO Tree Biotechnolo-gy no Brasil será uma oportunidade ímpar de capacitação, atualização e estabelecimento de interações para a crescente comunidade científico-tecnológica brasileira em biotecno-logia florestal.A conferência está organizada em nove sessões cobrin-do uma ampla gama de áreas de interesse em biotecnologia, biologia molecular e genômica populacional de espécies florestais.

Serviço:Mais informações sobre a con-

ferência internacional IUFRO Tree Biotechnology 201, incluindo inscri-ções, prazos para apresentação de trabalhos etc. podem ser obtidas no endereço: http://www.treebiote-ch2011.com/. É importante lembrar que toda a programação do evento será realizada em inglês.

Tramita na Câmara um proje-to de lei, de autoria do deputa-do Maurício Rands (PT-PE), que prevê a concessão de incentivos - em pagamento ou compensa-ção - para reflorestamento em assentamento rural, em áreas degradadas ou desapropriadas pelo Poder Público. Pelo texto, o governo federal deverá conceder o incentivo por meio de progra-mas ambientais já existentes. As regras serão definidas pelo Exe-cutivo, que terá de regulamentar a lei no prazo de 120 dias após a sua aprovação.

Ainda segundo a proposta, o incentivo deverá “representar al-ternativa econômica para famílias assentadas, trabalhadores rurais e pequenos produtores”.

Compromisso internacionalRands lembra que na última

Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em 2009, o Brasil assumiu a meta de reduzir em até 39% a emissão de gases de efeito estufa até 2020. “Essa meta não pode ficar no papel tão somente como retórica em defe-sa do meio ambiente; é preciso concretizá-la”, disse.

Para o deputado, um dos ca-minhos para atingir a meta é o go-verno financiar o reflorestamento em assentamentos rurais. Dessa forma, afirma, “esta ação se tor-na viável, ambiental e economica-mente”.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abasteci-mento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

Proposta prevê incentivo para ações de reflorestamento

Objetivo pode ser alternativa econômica para pequenos produtores

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Março 2011 l JORNAL ENTREPOSTOC2 C3JORNAL ENTREPOSTO l Março 2011

Brasil vai sediar conferência internacional de biotecnologia florestal

Ao mesmo tempo em que a alta mundial no preço dos ali-mentos atinge seu maior pata-mar em duas décadas e dá força redobrada ao fantasma da fome que persegue as populações po-bres dos países economicamente mais vulneráveis, um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a agroecologia pode duplicar a produção alimen-tar nos próximos dez anos. Di-vulgado no início de março pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos, o documento que, se-gundo a ONU, foi embasado por “uma exaustiva revisão da litera-tura científica mais recente”, de-fende a agroecologia como “meio para incrementar a produção ali-mentar e melhorar a situação dos mais pobres”.

Os estudos que embasaram o informe foram coordenados pelo belga Olivier de Schutter, que desde 2008 é relator especial da ONU sobre direito à alimentação: “Para poder alimentar a nove bi-lhões de pessoas em 2050, ne-cessitamos urgentemente adotar as técnicas agrícolas mais efi-cientes conhecidas até hoje. Nes-te sentido, os estudos científicos mais recentes demonstram que ali onde reina a fome, especial-mente nas zonas mais desfavore-cidas, os métodos agroecológicos são muito mais eficazes para es-timular a produção alimentar do que os fertilizantes químicos.”

De acordo com os casos relata-dos no documento da ONU, proje-tos agroecológicos desenvolvidos nos últimos anos em 57 países em desenvolvimento registraram um rendimento médio de 80% em suas lavouras. Isso significa, por exemplo, um aumento de 116% na média de todos os projetos de-senvolvidos na África. “Os proje-tos mais recentes levados a cabo em 20 países africanos demons-traram que é possível duplicar o rendimento das lavouras em um período de três a dez anos”, afir-ma Schutter.

A ONU afirma que o modelo agrícola dominante, baseado nas monoculturas e na utilização mas-siva de agrotóxicos, fertilizantes e outros insumos, “já demons-trou não ser a melhor opção no contexto atual”, além de acelerar o processo de aquecimento glo-bal. “Amplos setores da comuni-dade científica já reconhecem os efeitos positivos da agroecologia sobre a produção alimentar no que se refere à redução da pobre-za e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirma o documento.

Menos agrotóxicos

O relatório também dá desta-que aos países que diminuíram consideravelmente a utilização de agrotóxicos nos últimos anos. São citados no documento países como Indonésia, Vietnã e Bangla-desh, que reduziram em até 92%

o uso de agrotóxicos na produção de arroz, que é o alimento básico das populações camponesas desses pa-íses.

Outro exemplo citado no relatório é o do Malauí, país que era grande consumidor de produtos agroquími-cos e agora faz com sucesso a tran-sição para um modelo agroecológi-co. Segundo a ONU, essa transição já tirou da extrema pobreza 1,3 mi-lhões de pessoas, além de aumentar o rendimento das lavouras de milho do país de uma para três toneladas por hectare. “O conhecimento subs-tituiu os pesticidas e fertilizantes”, comemora Olivier de Schutter.

O relator especial da ONU sobre

Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos

o direito à alimentação afirma que o Estado tem um “papel fundamental” a cumprir no fortalecimento da agro-ecologia. “As empresas privadas não investirão tempo e dinheiro em prá-ticas que não podem proteger com patentes e que não pressuponham uma abertura dos mercados para novos produtos químicos ou semen-tes melhoradas”. Schutter também exortou os Estados a darem maior apoio às organizações camponesas que, segundo ele, “demonstraram uma grande habilidade na hora de difundir as melhores práticas agroe-cológicas entre seus membros”.

Rede Brasil Atual

Meio Ambiente

Para ONU, o modelo agrícola dominante não é a melhor opção para o contexto atual

Pela primeira vez o Brasil e a América Latina serão sede da con-ferência internacional IUFRO Tree Biotechnology 2011, o evento mais importante do mundo na área de biotecnologia florestal, promovido há mais de 20 anos pela União Inter-nacional de Organizações de Pesqui-sa Florestal (IUFRO, sigla em inglês), que acontece no período de 26 de junho a 2 de julho, na Bahia.

A IUFRO é uma rede global não governamental e sem fins lucrativos que reúne cientistas florestais de vários países para promover coope-ração técnica e ampliar o conheci-mento sobre aspectos econômicos, sociais e ecológicos relacionados a florestas e árvores. Este ano, a conferência terá como tema ”De genomas à integração e geração de resultados” e deverá contar com a participação de cerca de 500 pesso-as, sendo 300 brasileiros e 200 de outros países.

A conferência internacional ganha ainda mais importância em 2011, declarado pela Organização das Nações Unidas como o Ano Inter-nacional das Florestas. O objetivo é incrementar a conscientização mun-dial sobre a importância do manejo sustentável dos recursos florestais e a promoção do evento contribuirá significativamente para os propó-

sitos da Embrapa de intensificar o apoio a atividades na área florestal. Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e presidente da comissão organiza-dora do evento no Brasil, Dario Grat-tapaglia, a realização da conferência IUFRO Tree Biotechnology 2011 con-verge para a internacionalização do Brasil e sua consolidação como um importante ator mundial em biotec-nologia florestal. “É a primeira vez que esta conferência acontece na América Latina e a segunda no he-misfério sul.

E, por isso, é uma oportunidade muito importante para o país au-mentar a sua visibilidade no cenário internacional na área de biotecno-logia florestal”, ressalta. O Brasil possui alguns dos mais extensos e diversos ecossistemas florestais na-turais no mundo e é líder em produ-tividade de florestas plantadas que suprem biomassa florestal de forma sustentável para as mais variadas aplicações industriais.

A proporção de floresta plantada no Brasil, entretanto, ainda é mo-desta e as previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO são de um cres-cimento massivo e acelerado para os próximos 20 anos em vista da demanda crescente em bioenergia,

seqüestro de carbono e crescimento da população humana. Esse cresci-mento e a manutenção da compe-titividade da indústria brasileira de base florestal vão requerer o desen-volvimento crescente de materiais genéticos com amplo espectro de adaptação e qualidade da madeira. Por isso, como explica Grattapaglia, a biotecnologia terá um papel cada vez mais importante nesse processo.

Segundo ele, a realização da conferência IUFRO Tree Biotechnolo-gy no Brasil será uma oportunidade ímpar de capacitação, atualização e estabelecimento de interações para a crescente comunidade científico-tecnológica brasileira em biotecno-logia florestal.A conferência está organizada em nove sessões cobrin-do uma ampla gama de áreas de interesse em biotecnologia, biologia molecular e genômica populacional de espécies florestais.

Serviço:Mais informações sobre a con-

ferência internacional IUFRO Tree Biotechnology 201, incluindo inscri-ções, prazos para apresentação de trabalhos etc. podem ser obtidas no endereço: http://www.treebiote-ch2011.com/. É importante lembrar que toda a programação do evento será realizada em inglês.

Tramita na Câmara um proje-to de lei, de autoria do deputa-do Maurício Rands (PT-PE), que prevê a concessão de incentivos - em pagamento ou compensa-ção - para reflorestamento em assentamento rural, em áreas degradadas ou desapropriadas pelo Poder Público. Pelo texto, o governo federal deverá conceder o incentivo por meio de progra-mas ambientais já existentes. As regras serão definidas pelo Exe-cutivo, que terá de regulamentar a lei no prazo de 120 dias após a sua aprovação.

Ainda segundo a proposta, o incentivo deverá “representar al-ternativa econômica para famílias assentadas, trabalhadores rurais e pequenos produtores”.

Compromisso internacionalRands lembra que na última

Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em 2009, o Brasil assumiu a meta de reduzir em até 39% a emissão de gases de efeito estufa até 2020. “Essa meta não pode ficar no papel tão somente como retórica em defe-sa do meio ambiente; é preciso concretizá-la”, disse.

Para o deputado, um dos ca-minhos para atingir a meta é o go-verno financiar o reflorestamento em assentamentos rurais. Dessa forma, afirma, “esta ação se tor-na viável, ambiental e economica-mente”.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abasteci-mento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

Proposta prevê incentivo para ações de reflorestamento

Objetivo pode ser alternativa econômica para pequenos produtores

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