jornal entreposto | setembro 2012

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - N o 148 | setembro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Frutas Geral Legumes Verduras Diversos 6,41% 3,34% 8,20% -24,21% 12,92% 1,39/% Alta Alta Alta Baixa Alta Alta Índice Ceagesp - agosto 2012 Pescado Qualidade | Campanha | Ceasas| Ciência e tecnologia são responsáveis por aumento da produção de hortaliças Novas regras para abacaxi entram em vigor na CeasaMinas Governo institui política para produção orgânica PÁGINA 14 PÁGINA 12 PÁGINA 26 PÁGINA 4 PÁGINA 18 PÁGINA 16 PÁGINA 12 PÁGINA 28 anuário Guia das empresas atacadistas das Ceasas do Estado de São Paulo ANO V | R$ 15,00 2012 Í D U O B I P R A T R S I A D APOIO: Ceagesp aposta na rotulagem de FLV Diante da importância do rótulo na embalagem de hortifrutícolas, administração do entreposto cria ação para mobilizar profissionais do setor Negócios | Anuário chega a supermercados por meio de parceria entre APAS e Jornal Entreposto Guia é considerado importante ferramenta de negócios e teve sua distribuição encartada na Revista Super Varejo Índice Ceagesp registra alta de 3,34% em agosto Agroecologia | ESPAÇO APESP | PÁGINA 30 Mercado brasileiro de flores projeta fechar o ano com crescimento de 15% Direção | Montadora apoia treinamento de caminhoneiros

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Setembro 2012

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 148 | setembro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos6,41%3,34% 8,20% -24,21% 12,92% 1,39/%AltaAlta Alta Baixa Alta Alta

Índice Ceagesp - agosto 2012

Pescado

Qualidade | Campanha |

Ceasas|

Ciência e tecnologia são responsáveis por aumento da produção de hortaliças

Novas regras para abacaxi entram em vigor na CeasaMinas

Governo institui política para produção orgânica

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PÁGINA 28anuário

Guia das empresas atacadistas

das Ceasas do Estado de São Paulo

ANO V | R$ 15,00

2012

ÍDU OBI PR AT RSI A

D APOIO:

Ceagesp aposta na rotulagem de FLVDiante da importância do rótulo na embalagem de hortifrutícolas, administração do entreposto cria ação para mobilizar profissionais do setor

Negócios |

Anuário chega a supermercados por meiode parceria entre APAS e Jornal EntrepostoGuia é considerado importante ferramenta de negócios e tevesua distribuição encartada na Revista Super Varejo

Índice Ceagesp registra alta de 3,34% em agosto

Agroecologia |

ESPAÇO APESP | PÁGINA 30

Mercado brasileiro de flores projeta fechar o ano com crescimento de 15%

Direção |

Montadora apoia treinamento de caminhoneiros

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02 Eleições

Turismo no siteAcesse e leia as dicas para 39ª Festa de San Gennaro: www.jornalentreposto.com.br/turismo

Carolina de Scicco

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Em busca do voto conscien-te, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou no começo do mês a se-

gunda fase da campanha de escla-recimento sobre as eleições muni-cipais de outubro. A segunda etapa tem como tema a compra de votos e será veiculada nas emissoras de rádio e televisão de manhã, no ho-rário do almoço, à tarde e à noite. O objetivo é mostrar ao eleitor a im-portância da participação nas elei-ções e de evitar a troca de votos por vantagens.

Na propaganda, a Justiça Eleito-ral alerta que quem vende seu voto ganha dinheiro sujo e perde a chan-ce de votar por um futuro melhor. A campanha menciona também a acessibilidade. De acordo com a propaganda, os eleitores com ne-cessidades especiais votarão, sem

dificuldade, pois serão dadas as condições necessárias.

Na campanha, serão abordadas ainda as questões sobre horário, comportamento no dia da eleição, a ordem em que o eleitor deve esco-lher seu candidato na urna e os do-cumentos que poderão ser apresen-tados no momento de se identificar para votar.

A segunda etapa da campanha, promovida pela Justiça Eleitoral, faz parte do tema Valorize Seu Voto. Vote pela Sua Cidade. Vote Limpo. A ideia, segundo o TSE, é incentivar a participação consciente dos elei-tores em outubro – o primeiro e o segundo turno ocorrerão nos dias 7 e 28, respectivamente.

Na campanha, a Justiça Eleitoral destaca a liberdade de escolha do

eleitor para votar em candidatos com a ficha limpa. No total, são oito vídeos que têm como personagens um mecânico, um palhaço e uma idosa. Há também vídeos sobre a conquista do voto, explicações so-bre a urna eletrônica, a acessibili-dade, orientações sobre como votar e informações sobre a compra de votos.

A Justiça Eleitoral incentiva o eleitor a levar a chamada “colinha” no dia das eleições, na qual devem estar os nomes e os números dos candidatos escolhidos. No primeiro turno, serão escolhidos prefeito e vereador. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, pode haver se-gundo turno, quando o mais votado não atinge a marca de 50% mais um dos votos.

Justiça Eleitoral faz campanha de esclarecimento sobre eleições

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março de 2011 03Editorial 03setembro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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04 PrimaveraJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Mercado brasileiro de flores projeta fechar o ano com crescimento de 15%Aumento de renda da população e do número de pontos de venda são apontados como responsáveis pela expansão do setor de flores e plantas ornamentais, que em 2011 faturou R$ 4,3 bilhões

Ao contrário de outros seto-res que sentiram a pressão da crise econômica internacional, o mercado brasileiro de flo-res tem se mostrado vigoroso, apresentando taxas de cresci-mento entre 15% e 17% des-de 2006. Enquanto projeções apontam que o PIB (Produto Interno Bruto) do País não de-verá crescer mais do que 2% este ano, o setor espera um aumento nas vendas da ordem de 15%, o que representa R$ 5 bilhões em volume de negócios.

Segundo o Ibraflor (Institu-to Brasileiro de Flores), a ex-pectativa é que o setor aposte no mercado interno para atin-gir índices de crescimento tão favoráveis e aponta o número crescente de pontos de venda, especialmente em supermerca-dos, como estímulo ao aumento do consumo.

“O brasileiro gosta de consu-mir flores e plantas. Com a me-lhoria da renda, esses produtos passaram a ser uma opção de compra”, diz o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker. Além do poder de compra do brasileiro, o executivo destaca também a maior durabilidade dos produtos alcançada com a chegada de novas tecnologias aos campos de produção.

De acordo com o instituto, o consumo médio anual no Brasil chega a R$ 20 per capita, en-quanto em alguns países da Eu-ropa, o valor alcança R$ 140 per capita, fato que mostra que ain-da há espaço para crescimento. “Estamos melhores que outros países em desenvolvimento e podemos crescer muito mais até chegar à média europeia. Por isso estamos otimistas uma vez que poderemos manter as altas taxas de crescimento do setor”, explica Schoenmaker.

De acordo com Sílvia van Rooijen, presidente da Câmara Setorial Federal, o Brasil conta com nove mil produtores de flores e plantas, que cultivam cerca de 2,5 mil variedades. Ela aponta o mercado de flores como uma importante engre-nagem na economia brasileira, responsável por 194 mil em-pregos diretos. “O desafio agora é aumentar ainda mais o núme-ro de pontos de venda e manter a qualidade dos produtos”, diz van Rooijen.

Ceasas

De acordo com dados do Ibraflor, o País tem hoje cerca de nove mil produtores de flo-res e plantas ornamentais que cultivam aproximadamente 12 mil hectares onde são produzi-das mais de 300 espécies.

No mercado interno, essa produção é comercializada em 40 centrais atacadistas e em 35 mil pontos de venda do varejo. “Em geral, é uma compra feita por impulso. Se o consumidor vai ao supermercado e vê a flor bem exposta, ele leva para casa”, opina o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker.

O Estado de São Paulo é responsável pela produção e comercialização de 70% das flores e plantas do País. Santa Catarina e Minas Gerais ficam com o segundo e terceiro luga-res respectivamente.

Considerada a maior do gê-nero no País, a feira de flores do entreposto paulistano da Cea-gesp comercializa mais de 200 espécies para todo o Brasil e também para outros países do Mercosul. Segundo dados da estatal, no ano passado foram comercializadas quase 52 mil toneladas de flores e plantas, o que gerou um movimento fi-nanceiro de R$ 222 milhões. Já a Ceasa Campinas, que mantém um mercado permanente de flores, movimenta uma média de quatro mil toneladas desses produtos por mês.

Ainda que os números das centrais de abastecimento se-jam expressivos, Schoenmaker classifica como “relativo” o peso das Ceasas no escoamen-to dos produtos oriundos de Holambra. Segundo ele, juntos, o entreposto paulistano da Ce-agesp e a Ceasa Campinas são responsáveis por cerca de 30% das vendas no Estado de São Paulo.

Sobre a comercialização desses produtos nas centrais de abastecimento, o presidente do Ibraflor ressalta que é pre-ciso investir em modernização e infraestrutura. “As Ceasas funcionam do mesmo modo há 50 anos e em nenhum outro lu-gar do mundo os produtos são vendidos no mesmo lugar tanto para atacadistas como varejis-tas”, avalia Schoenmaker.

Números9 mil produtores

12 mil hectares de área cultivada

Mais de 300 espécies produzidas

40 centrais atacadistas

25 mil pontos de venda no varejo.000;

R$ 4,3 bilhões foi o faturamento em 2011

Kees Schoenmaker:“Ainda tem muito espaço para o setor crescer e se aproximar dos números de consumo dos europeus

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setembro de 2012 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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06 Expoflora JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Expoflora celebra chegada da primavera e destaca tecnologia na produção

É no cenário favorável vivi-do pelo setor que acontece, até 23 de setembro, a 31ª edição da Expoflora em Holambra (SP). Antiga colônia holandesa, a ci-dade é o maior centro de culti-vo e comercialização de flores e plantas ornamentais do país, responsável por cerca de 35% a 40% das vendas do setor. O evento é considerado uma vi-trine de testes para os novos produtos que deverão chegar às floriculturas até o próximo ano.

Entre os lançamentos desta edição aparecem o lírio sem pó-len, a curiosa planta ovo origi-nária da Índia, o Ranunculus de corte, que parece uma rosa com muito mais pétalas, entre ou-tros. Além desses lançamentos, os visitantes também podem verificar os produtos que foram lançados no ano passado, como os hibiscos dinamarqueses, a coleção de orquídeas coloridas, como se fossem pintadas à mão, graças a uma tecnologia impor-tada da Holanda.

Por falar em tecnologia, um vaso que não derrama água e impede a movimentação das flores de corte durante o trans-porte e um sistema de código de barras que permite ao consumi-dor, com o seu celular, verificar não apenas o preço e a proce-dência das flores e plantas, mas, também, assistir a um vídeo no qual aprende a cuidar do pro-duto são outras novidades da Expoflora.

Nem todas as pessoas que adquirem flores sabem como tratá-las para que tenham maior durabilidade. De olho nesses consumidores, a Fazenda Terra Viva, de Holambra, decidiu usar a tecnologia e incluir também orientações nos códigos de bar-ras de seus produtos que podem ser escaneados e assistidos pela maioria dos celulares e câmeras,

Produtores de flores e plan-tas ornamentais solicitaram ao Ministério da Agricultura que o cadastro no Registro Nacio-nal de Cultivares (RNC) deixe de ser obrigatório. O documen-to foi entregue após reunião da Câmara Setorial, realizada no dia 22 de agosto, em Brasília.

Segundo o coordenador de sementes e mudas da pasta, André Peralta, atualmente não

Produtores de flores pedem regras diferentes para registro de cultivaresexiste amparo legal para tan-to, mas há uma possibilidade de análise do pleito. “Nossos técnicos estudarão a proposta. Se for considerada pertinente, tomaremos providências para adequar o texto legal, que se encontra em revisão”, pondera.

Atualmente, para produ-zir qualquer variedade o agri-cultor deve pedir registro no sistema RNC do Ministério. E,

de acordo com a presidente da Câmara Setorial, Silvia Van Rooijen, isso coloca o produ-tor numa situação passível de recebimento de multas admi-nistrativas, já que é difícil ter todas as cultivares registradas. “Calculamos que exista a ne-cessidade de mais ou menos 14 mil registros para constar todos os produtos que estão no mercado hoje. O Ministério da

Agricultura nem teria, talvez, uma capacidade de funcioná-rios para atender a todos”, en-fatiza.

Segundo Rooijen, as flores acabam concorrendo com cul-turas com grande impacto na segurança alimentar, que pre-cisam efetivamente de registro, em razão da inclusão nos pro-gramas de zoneamento. “En-tão, com a proposta, a gente

também alivia o lado do Minis-tério, que está sobrecarregado de análises para fazer”, conclui.

A presidente da Câmara disse, ainda, que o ofício elabo-rado reforça o pleito dos pro-dutores. “Queremos que o go-verno reconheça que não tem sentido pedir RNC para flores e plantas porque são produtos que não têm zoneamento agrí-cola”, enfatizou Rooijen.

por meio da leitura do QR-code (resposta rápida, na sigla em in-glês). Basta que o consumidor fotografe o código de barras das embalagens dos produtos para ter acesso a inúmeras informa-ções, desde as essenciais, como o nome da variedade e informa-ções de cultivo, cuidados e dicas de decoração. Parte das infor-mações é transmitida, inclusi-ve, por vídeos. De acordo com Carlos Gouveia, gerente de Ma-rketing da Fazenda Terra Viva, o QR-code estará disponível nas embalagens dos produtos a par-tir da Expoflora.

Criado e produzido por uma empresa holandesa, o vaso que não derrama água é outra novi-dade apresentada na feira. Ba-tizado de Porto Alegria, o vaso tem um anel removível e reten-tor, que evita o vazamento da água. O sistema conta com um tipo de espuma absorvente que funciona como depósito de água para manter as flores hidrata-das. Basta molhar a espuma ab-sorvente com meio litro de água com conservante e prender as flores nos dentes do anel reten-tor. Os caules devem ter contato com a espuma para que as flores permaneçam frescas, mesmo que tenham de enfrentar dois dias de transporte e mais dois ou três dias no ponto de venda.

É o sistema de anel com den-tes que fixa o buquê e impede a sua movimentação durante o transporte. “Este vaso pode re-solver o problema de transporte enfrentado pelos atacadistas e floriculturas.

Basta que eles criem um bu-quê e o encaixe no vaso, despa-chando-o para o consumidor”, aposta explica Jerry van der Spek, proprietário da Flores4all, empresa que detém o direito exclusivo de comercialização do produto no Brasil.

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setembro de 2012 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

Flores e plantas ornamentais: a importância da moda e da novidade

Os consumidores e aprecia-dores de �lores e plantas orna-mentais certamente já se acostu-maram a acompanhar, a cada ano, o anúncio de novos lançamentos de espécies e variedades no mer-cado, especialmente por ocasião das feiras e exposições que mar-cam o início da primavera, em se-tembro.

Neste contexto, vale a pena interrogar os pro�issionais atuan-tes nesta cadeia produtiva a res-peito da importância socioeconô-mica e cultural deste fenômeno, cujas premissas fundamentais alinhavamos nas linhas seguintes deste artigo.

Primeiramente, há que se reconhecer que o mercado de �lores e plantas ornamentais ten-de a acompanhar as tendências internacionais de moda e de de-coração e, neste sentido, novos produtos precisam ser constan-temente desenvolvidos e lança-dos moldando-se a estes gostos sempre mutantes. Isso envolve não apenas as cores das �lores e folhagens, mas também o forma-to e a arquitetura das plantas e das hastes, as texturas, tamanhos, presença ou ausência de perfu-me, entre tantos outros atributos.

Em segundo lugar, é impor-tante ressaltar que o mercado de consumo brasileiro não é homo-gêneo. Ou seja, coexistem nele di-ferentes segmentos e categorias de consumidores, os quais repro-duzem algumas características e tendências, em certa medida, universais.

No quadro que acompanha este texto, estão elencados alguns desses principais elementos, de-vendo-se desde logo esclarecer que as diferentes categorias de consumidores apontadas convi-vem social e geogra�icamente em um mercado tão grande e diversi-�icado como o brasileiro.

Assim, para as categorias de consumidores emergentes e plenos, �ica evidente o interesse e a importância que adquirem os novos produtos lançados pe-riodicamente no mercado. Estes não só renovam o interesse e o gosto, mas também se adaptam a novas ocasiões e possibilidades de consumo. As fontes mundiais de inovação em variedades e cul-tivares (empresas dedicadas ao melhoramento genético, ditas obtentoras) localizam-se espe-cialmente na Europa, EUA e Ja-pão. O Brasil, assim como muitos Fonte: Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado

Consumidores de �lores e plantas ornamentais no Brasil e suas principais características

Principais características do consumo

Baixo índice de consumo per capitaPequeno número relativo de compradoresCompras centradas em produtos tradicionais (rosas, crisântemos e poucas outras espécies)Consumo concentrado em ocasiões especiais (Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia Internacional da Mulher, Finados, outros)

Forte crescimento nos índices de consumo per capitaCrescimento do número relativo de compradoresConsumidores procuram mais do que os produtos tradicionais (diversi�icação de espécies e variedades)Mais oportunidades e ocasiões de consumo para presentear (aniversários, visitas, �ins-de-semana, Natal e outros)Aumento do consumo/desfrute pessoal

Pequenos índices de crescimento de consumo, tendentes à estabilidade nos valores de compraMúltiplas ocasiões de consumo/ consumo cotidianoMais interesse em inovações e novidadesTodas as novas tendências no uso de �lores e plantas são relevantes (decoração de interiores, estilo de vida e outras)

Tipos de consumidores

Tradicionais

Emergentes

Plenos

outros países do Hemisfério Sul, comporta-se como importador desses novos produtos, os quais aqui são multiplicados tanto para consumo no mercado interno, quanto para reexportação. Neste último segmento, o País possui, inclusive, uma larga experiência, sendo reconhecido como impor-tante player mundial no que se refere à propagação e exportação de bulbos de gladíolos e amarílis, entre outros e estacas de crisân-temos e de mudas sem raiz ou de raiz nua, tais como as de violetas, begônias, espati�ilo (lírio-da-paz) e comigo-ninguém-pode, além de outras espécies. Participam do segmento, também, outras mudas produzidas em torrões de substratos estéreis, como antú-rios, calatéias, marantas e forra-ções diversas.

Apesar deste histórico, o Bra-sil manteve-se durante um longo período de tempo, relativamente marginalizado do mercado de novos lançamentos de espécies e híbridos de �lores e plantas or-namentais, o que se devia às di-�iculdades legais e operacionais da proteção de cultivares no País. Nas últimas décadas, contudo, esse quadro vem se alterando signi�icativamente. Desde a im-plantação da Lei de Proteção de Cultivares, que reconhece a pro-priedade intelectual sobre novas variedades vegetais e a adoção de melhores práticas de controle da exploração comercial dessas novas plantas, o número de es-pécies ornamentais registradas e protegidas tem crescido expo-nencialmente, abrangendo, cada vez mais, novas famílias e gêne-ros botânicos.

Atualmente, segundo a Câ-mara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais, no Brasil são culti-vadas cerca de 350 diferentes es-pécies de interesse ornamental, das quais se origina um conjunto de mais de duas mil variedades.

O contínuo crescimento e de-senvolvimento do mercado de consumo e o aprimoramento do aparato legal e �iscalizatório da propriedade intelectual certa-mente garantirão que nós, brasi-leiros, continuemos a assistir ao belo e agradável espetáculo da renovação anual da pauta de es-pécies e variedades cultivadas.

Artigo

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08 Artigo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

A aceleração da economia mundial na década passada foi o principal fator a estimular também o desempenho da eco-nomia brasileira nesse período, ampliando nossas exportações a melhores preços. Permitiu tam-bém a acumulação de reservas em moeda forte que tiraram o país da rota das crises cambiais que trafegou por muito tempo.

O segundo fator importante a estimular o nosso PIB foi a am-pliação do crédito no país. Para

uma idéia do tamanho disso, em números redondos o crédi-to alcançava cerca de 25% do PIB em 2001, e chegou perto de 50% em 2010. Ou seja, aproxi-madamente o dobro do que era.

Há quem enfatize também o impacto dos programas sociais do governo federal. Mas, a ex-pansão dos gastos sociais, como os bene�ícios da previdência ampliados pelo crescimento do salário mínimo, signi�icou uma expansão perto de 3% do PIB, e

mesmo hoje o programa Bolsa--Família representa menos de 0,5% do PIB. E foram recursos passados de um segmento social para outro, enquanto a expan-são do crédito tem sua alavan-cagem própria, ligada a recursos �inanceiros e ao papel multipli-cador do sistema bancário.

Mesmo com a crise que veio em 2008, e com a da Eurozona mais recente, o crédito conti-nuou se expandindo. Os últimos números, de julho deste ano, mostram que em 12 meses o crescimento foi de 17,7%.

Mas, como dizem os econo-mistas, o que interessa é o que se passa “na margem” ou na ponta dos acontecimentos. Em julho a expansão foi bem menor, pois ocorreu à taxa de 0,7% no mês, equivalente a uma taxa anual de 8,7%. E mesmo essa expansão bem menor só foi garantida pelo crédito direcionado, como o do BNDES e o imobiliário da Caixa Econômica Federal. E pesaram também os �inanciamentos de automóveis estimulados pela promoção “Pague menos IPI”, que é transitória, e pode ter muito de antecipação de com-pras.

Ainda que não tenha alcan-çado níveis preocupantes, a maior inadimplência inibiu to-madores. A queda da Selic ain-da não teve efeitos palpáveis. E, como era de se esperar, o menor spread, quando existe, �ica aces-sível apenas a clientes de menor risco.

Dos pronunciamentos da equipe econômica, depreende--se que con�ia muito na expan-são do crédito para estimular a economia. Mas, faltou “combi-nar com os russos”, como dizia o �ilósofo Mané Garrincha. A situação da economia mundial e nacional, neste caso particular-mente da indústria, afeta negati-vamente as expectativas de con-sumidores e empresários, que levam em conta seus próprios riscos, e reduzem seu apetite por crédito.

Com isso, será preciso que esse quadro de expectativas negativas se alivie de alguma forma, como, por exemplo, por um desenlace favorável da cri-se na zona do euro, para que a demanda se entusiasme a tomar mais crédito. Para atrair maior demanda, não bastam apenas os encantos com que o governo procura enfeitar o lado da oferta.

Crise e créditoRoberto Macedo

Roberto Macedo, é econo-mista (USP e Harvard), consultor econômico, sócio da consultoria Websetorial e professor asso-ciado à Faap. Foi economista do Banco Central, presidente da Elet-ros, do Sindigás e Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

ECONOMIA

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setembro de 2012 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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10 Negócios JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Diante da tendência de cres-cimento do setor dos VUCs, ve-ículos urbanos de carga, será promovida em fevereiro de 2013, a primeira VUC FAIR, evento que vai reunir mais de uma centena de empresas li-gadas ao segmento. Os exposi-tores estarão espalhados por mais de 18 mil metros qua-drados no Pavilhão Oeste do Anhembi.

O Grupo de Mídia Entrepos-to já está atuando como mídia de apoio, auxiliando e promo-vendo a feira que vai receber de 17 mil a 20 mil visitantes, entre empresas frotistas e empre-endedores que dependem dos VUCs em seus processos logís-ticos nas grandes cidades bra-sileiras, que já proíbem cami-nhões e ônibus de circularem no centro expandido. “Entende-

Setor de VUCs ganha feira exclusivaGrupo de Mídia Entreposto auxilia na promoção da VUC Fair, primeiro evento voltado aos veículos urbanos de carga

mos a importância do segmen-to de VUCs e vamos ajudar na divulgação da feira dentro das Ceasas de todo o Brasil e em outros setores que envolvem o transporte de cargas”, garante o executivo do Grupo de Mídia Entreposto, Álvaro Vaccari.

“Se compararmos os dados de emplacamentos de 2011 em relação a 2010, os VUCs cresceram 13, 77%, enquanto

caminhões anotaram aumento de 9,64%”, afirmou Gianfranco Linder, diretor da feira. Para ele, esse segmento da indústria automobilística merece trata-mento diferenciado quanto às mostras setoriais.

A proposta da organização é se posicionar como feira de ne-gócios para o setor de veículos urbanos de carga. Montadoras, importadoras, bancos, segura-

doras, administradoras de con-sórcios, empresas de imple-mentos entre outros estarão entre os expositores.

A TecBan, líder em redes de autoatendimento bancário em locais de acesso público, acaba de disponibilizar mais três cai-xas eletrônicos da Rede Banco-24Horas na Feira da Madruga-da, o maior centro de compras da América Latina, localizado no Brás, centro da cidade de São Paulo.

O aumento nos números de terminais dentro da feirinha revela que a parceria entre a TecBan e a Central Banking continua promovendo o acesso bancário em regiões populares afastadas de bancos, mas com intensa movimentação comer-cial. Agora, o local conta com cinco máquinas de autoaten-dimento, instaladas em apenas dois meses, garantindo confor-to e segurança as 70 mil pesso-as que circulam por ali diaria-mente.

A presença de caixas eletrô-nicos em grandes centros de compras auxilia no desenvolvi-mento da região e no progresso das relações comerciais, con-tribuindo para a economia da cidade.

Parceria TecBan e Central Banking auxilia no desenvolvimento do comércio popular

Os compradores e visitantes do Hortifruti Pari, localizado no mesmo pátio que a abriga a Feira da Madrugada, agora também podem contar com a facilidade de um terminal da

Rede Banco24Horas. Em fun-cionamento desde o dia 13 de setembro, o caixa já registra elevado número de transações.

A TecBan é a maior rede na-cional de bancos e é a líder em

redes de autoatendimento. Pre-ocupada em promover a ban-carização de todas as classes sociais, conta com a assessoria da Central Banking na implan-tação dos terminais.

Empresas promovem o acesso bancário em regiões carentes de agências

Analistas do mercado financeiro projetam cres-cimento da economia cada vez menor. Pela sétima se-mana seguida, a projeção para a expansão do Pro-duto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, caiu e desta vez passou de 1,62% para 1,57%.

Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. As in-formações estão no boletim Focus, publicação semanal do BC feita com base em estimativas do mercado fi-nanceiro para os principais indicadores da economia.

Também têm piorado, há 16 semanas seguidas, as projeções para a retra-ção da produção industrial, este ano. Desta vez, a esti-mativa de queda passou de 1,89% para 1,92%. No próximo ano, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 4,25%, menor que a estimativa an-terior (4,5%).

A projeção para a rela-ção entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,37% para 35,5%, este ano, e foi man-tida em 34%, em 2013.

A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 2, tanto para 2012 quanto para 2013, há cinco sema-nas seguidas. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exporta-ções menos importações) foi mantida em US$ 18 bi-lhões, neste ano, e passou de US$ 14,57 bilhões para US$ 14,4 bilhões, em 2013.

Para o déficit em tran-sações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 59,2 bilhões para US$ 58,22bi-lhões, este ano, e manti-da em US$ 70 bilhões, em 2013.

A expectativa para o in-vestimento estrangeiro di-reto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bi-lhões, este ano, e em US$ 58 bilhões, em 2013.

Analistas reduzem

estimativa de crescimento para 1,57%

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setembro de 2012 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Agrícola

Em cinco anos, a agricultu-ra brasileira pode ganhar um aliado para superar proble-mas climáticos que ameaçam a produtividade no campo. Um grupo de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuá-ria) conseguiu isolar um gene do café resistente à seca.

Os testes feitos em plan-tas de laboratório agora estão sendo estudados em culturas comerciais, como cana-de--açúcar, soja, milho, arroz e trigo.

“O gene sozinho confere tolerância bastante longa em período de estiagem. Uma planta modelo conseguiu re-sistir até 40 dias sem água. As que não receberam o gene morreram em 15 dias.”

O projeto começou a ser desenvolvido em 2007, quan-do 100 pesquisadores come-çaram a isolar os 30 mil genes do café, identificando as carac-terísticas de cada um deles. De acordo com Romano, a análise do gene resistente à seca esta-va voltada, inicialmente, para as regiões que mais sofrem com a estiagem no país. Ape-nas nesta safra, a produção de grãos do Semiárido nordes-tino sofreu perda de 80% em função da seca histórica que afeta a região.

O resultado da experiência no campo deve ser apresen-tado no final do ano que vem, segundo Romano. “A gente acredita que vai funcionar porque a transgenia é capaz de expressar corretamente as características [testadas em laboratório] nas outras espé-cies e com isso será possível manter produtividade du-rante o período de estiagem, quando diminui a produção no campo”, disse ele.

Além da expectativa de aumento ou manutenção dos níveis de produção, os pesqui-sadores acreditam que será possível reduzir custos e os impactos ambientais provoca-dos pela atividade. Atualmen-te, a agricultura é apontada como responsável por 70% do consumo de água doce no mundo, em função, principal-mente, das culturas irrigadas.

“Uma série de culturas mantém produtividade à base de muita irrigação. Os custos disso são embutidos no pro-duto final. Com menos neces-sidade de água, os custos vão diminuir também”, explicou o pesquisador.

Variedade resistente à seca pode garantir boa produção

O Ministério do Desen-volvimento Social e Com-bate a Fome (MDS) desti-nará R$ 11,1 milhões para o cultivo de hortas comu-nitárias, beneficiamento de produtos e comercia-lização em 42 municípios em situação de vulnerabi-lidade social. A seleção dos municípios ocorreu por meio de edital de Apoio a Projetos de Agricultura

Urbana e Periurbana. Ao todo 107 projetos foram inscritos. Destes 42 foram selecionados, 17 são do Nordeste, dez no Sul, oito do Sudeste, quatro no Cen-tro-Oeste e três no Norte.

Os projetos contem-plam a produção orgânica de hortaliças, ervas medi-cinais e aromáticas, plan-tas ornamentais, criação de pequenos animais e

instalação de miniagroin-dústrias.

As plantações atende-rão para o consumo das famílias produtoras, po-dendo abastecer cozinhas comunitárias e restauran-tes populares.

A venda dos produtos ocorrerá quando houver excedente na produção e só poderá ser feita em fei-ras populares.

Governo investe R$11 milhões em hortas comunitárias

PROJETOS

Page 12: Jornal Entreposto | Setembro 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 201212 Ceasas do Brasil

Limão taiti

45,8%Berinjela

29,4%

Brócolis

-35,1%

Batata

31,9%

Anchovas

15%

Índice Ceagesp registra alta de 3,34% em agostoPelo quarto mês seguido, o

Índice Ceagesp registrou ele-vação dos preços praticados e encerrou o mês de agosto com alta de 3,34%.

De acordo com o economis-ta da estatal, Flávio Godas, em agosto, os resquícios das con-dições climáticas negativas de junho, como excesso de chuva e frio acentuado, continuaram reduzindo a oferta de alguns legumes como tomate, quiabo, berinjela e pimentão. “Como são culturas mais longas, mes-mo com o calor registrado no mês, não houve tempo para o

restabelecimento do volume ofertado”, explicou.

No ano, o indicador apre-sentou elevação de 12,76% e, nos últimos 12 meses, subiu 8,76%.

Todos os setores registra-ram elevação dos preços prati-cados, com exceção do setor de verduras, que recuou 24,21%. As principais quedas foram registradas nos preços de al-face lisa (-37,5%), brócolis (-35,1%) e almeirão(-30,5%). Não houve elevação de preços no setor de verduras.

O setor de legumes apre-

sentou elevação de 8,20%. Entre as principais altas desta-cam-se quiabo (40,4%), berin-jela (29,4%) e tomate (6,3%). Em frutas houve alta de 6,41%, com destaque para o limão tai-ti(45,8%), o figo (34,4%) e a uva rubi (22,1%). As princi-pais quedas foram verificadas em morango (-33,5%) e goiaba (-5,8%).

Já o setor de diversos apon-tou alta de 12,92%, nele não houve queda de preços. Entre as altas, as principais foram as de batata (31,9%), alho (12,4%) e ovos (7,9%).

O setor de pescados, por sua vez, subiu 1,39%, sendo as principais altas as das ancho-vas (15%), do badejo (11,7%) e da tilápia (8,5%).

Tendência

A expectativa é de maior volume e queda nos preços já em setembro. As verduras caí-ram acentuadamente e, ao que tudo indica, permanecerão em trajetória de queda dos preços praticados em razão do resta-belecimento integral do volu-me ofertado.

“Algumas frutas podem apresentar elevação de preços em razão a menor oferta e o maior consumo em função do calor, principalmente do limão, do maracujá, do abacaxi e da melancia. Porém, o setor não deve apresentar altas signifi-cativas em razão da boa quan-tidade de opções de compra”, afirma Godas.

“A batata, principal produto do setor de diversos, impulsio-nou os preçosdo setor. Não há margem para mais elevações, assim, o setor deve seguir es-tável”, finaliza o economista.

O mês de setembro come-çou diferente para o produtor rural Adir Antônio da Silva. Pela primeira vez, ele trouxe para a CeasaMinas os abacaxis que produz em caixas plásticas padronizadas e higienizáveis. Antes, a fruta era transporta-da e comercializada a granel, apoiada sobre capim.

“O capim é anti-higiênico e pode trazer animais da lavoura para o mercado”, alerta o pro-dutor. A nova postura de Adir visa atender à regra que passou a vigorar em 1° de setembro, segundo a qual o comércio de abacaxis no entreposto de Con-tagem só poderá ser realizado com o uso de caixas de pape-lão de primeiro uso ou plásti-cas padronizadas nos modelos 6418, 6424 e 6431.

A nova medida foi solicitada pelas próprias entidades repre-sentativas dos produtores ru-rais e comerciantes de abaca-xi, sendo acertada em reunião com a Administração da Cea-saMinas. Por enquanto, ainda é permitido embalar o produto no mercado e comercializar os abacaxis a granel. Na etapa se-guinte, a CeasaMinas voltará a se reunir com produtores e

comerciantes para debater a entrada somente de abacaxis embalados. “Vale lembrar, no entanto, que o uso da caixa de madeira, mesmo a nova, está proibido”, avisa Joaquim Alva-renga, chefe da Seção de Agro-qualidade.

Segundo ele, a adesão dos produtores está sendo positiva, embora a venda a granel ainda seja maioria no mercado. “À medida que forem percebendo as vantagens, eles entrarão no processo”, acredita. Essas van-tagens já estão sendo sentidas por Adir. “Na semana passada, gastei R$ 1 mil com caixas de madeira. Com o plástico, meu custo semanal não passará de R$ 400”, calcula. “O plástico é tudo. Quem aderir vão sair na frente. Vai chegar um ponto em que os produtores vão fi-car com vergonha de trabalhar com o capim”, diz o produtor.

Lojas

Os benefícios não se restrin-gem aos produtores no Merca-do Livre do Produtor (MLP). Entre os lojistas, as vantagens das embalagens plásticas tam-bém já começam a ser conheci-das. “Para a qualidade do abaca-

xi, contribuiu demais. Agora ele está mais resistente e com mais brilho”, descreve Ildeu de Pau-la Ferreira, dono da D´Paula. “O que eu descarregava em 2 horas, agora descarrego em 20 minutos. Além disso, eram 300 frutas perdidas a granel. Agora, são 30 frutas perdidas com a caixa. E mesmo assim são fru-tas que já saíram da lavoura ruins. A perda com o transporte é quase zero”, aponta.

De acordo com Joaquim Al-varenga, tradicionalmente a maior parte dos abacaxis che-gava ao entreposto a granel, sendo embalada no próprio mercado em caixas de madeira reutilizadas.

A prática da reutilização contraria as normas vigentes, em especial a Portaria 816/06 do Instituto Mineiro de Agro-pecuária (IMA), que trata da prevenção a pragas. Segundo Joaquim, o aumento da fiscali-zação pelo IMA levou produto-res e comerciantes a optarem pelo papelão de primeiro uso e o plástico padronizado. A nor-ma visa facilitar a adequação dos usuários ao processo de modernização das embalagens na CeasaMinas.

Novas regras para abacaxi entram em vigor na CeasaMinas

A Ceasa/RJ realizou em agosto o primeiro pregão ele-trônico para contratação de empresa especializada em se-gurança e vigilância armada para atuar em todas as seis uni-dades da empresa.

De acordo com o presidente da Ceasa, Leonardo Brandão, o sistema de licitações através do pregão eletrônico é dos gran-des avanços no processo de transparência e reformulação da empresa. “Estamos dando maior lisura a todos os procedi-mentos da Ceasa, pois qualquer cidadão pode acompanhar os processos de compras de for-ma mais ágil. Queremos, in-clusive, reduzir os valores das compras”, explicou Brandão, acrescentando que a empresa capacitou uma equipe de fun-cionários para atuar como pre-goeiros.

O primeiro pregão contou

com 11 participantes e 258 lances. De acordo com infor-mações da Secretaria de Pla-nejamento de Estado do Rio de Janeiro, os pregões são rea-lizados por meio de um siste-ma que representa, até agora, economia em torno de R$ 176 milhões para o Estado. Esta é a diferença entre os valores de referência estipulados para o total de licitações realizadas nessa modalidade e os valores arrematados, após a disputa eletrônica.

O principal objetivo é racio-nalizar e padronizar os proces-sos de gestão de suprimentos, desde a determinação de ne-cessidades até o consumo final. Com a ampla utilização do sis-tema, o governo estadual tem acesso a uma base de dados sólida, que possibilita maior transparência e capacidade de planejamento do gasto público.

Ceasa/RJ adere ao pregão eletrônico

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setembro de 2012 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

O suco de uva produzi-do no Brasil terá de conter, no mínimo, 50% de polpa ou néctar da fruta. A deter-minação foi publicada na Norma Instrutiva 24 no dia 31 de agosto. Os produto-res e empresários terão 180 dias para adequação à ordem. Os especialistas di-zem que há diferença entre suco, polpa, sumo e néctar de frutas.

De acordo com a legis-lação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer a essa categoria específica, exce-to no caso de alguns frutos, como os tropicais do tipo pitanga e tamarindo.

O néctar, segundo es-tudiosos, é uma bebida adoçada e diluída em água, pronta para consumir. Há ainda o chamado refresco da fruta, que é a bebida com menor concentração de fruta. Nos supermerca-dos e mercearias do país são vendidos a bebida em pó, o chamado suco de sa-quinho, que é utilizado em água.

O Ministério da Agri-cultura informa que a pro-dução de uva no país ocupa 81 mil hectares, destacan-do as regiões do Rio Gran-de do Sul que concentram 330 milhões de litros de vi-nhos e os chamados mos-tos - sumo de uvas frescas que ainda não tenham passado pelo processo de fermentação. Também há produção de uvas em Pe-trolina (Pernambuco), Jua-zeiro (Bahia) e no Vale do São Francisco.

Suco de uva produzido no Brasil terá

de conter, no mínimo, 50% de polpa ou néctar

da fruta

Estudo realizado na Esalq, em Piracicaba, concluiu que a aplicação de tecnologias pode reduzir o tempo e os recursos utilizados na obtenção de ma-pas de solos, por meio de téc-nicas de Mapeamento Digital de Solos (MDS). O estudo com-

parou os mapas obtidos pelos métodos convencional e digital.

A área analisada foi uma fazenda de 182 hectares culti-vados com cana-de-açúcar, no município de Rafard, região de Piracicaba. Foram comparados dados de pesquisas anteriores

e do próprio estudo para pas-sar informações da região para os pedólogos, cientistas do solo que produzem mapas pelo mé-todo convencional.

O mapeamento digital se baseia em uma correlação de dados, como imagens de satéli-

te da área quando seu solo es-tava exposto (sem vegetação), a declividade do terreno e o per-fil de curvatura, dentre outros.

A partir da classificação desses dados, são obtidos pa-drões para se construir um mapa digital.

Tecnologia agiliza elaboração de mapas de solos

Agrícola

Page 14: Jornal Entreposto | Setembro 2012

14 Agrícola JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Aparência atraente, sabor e aroma agradáveis são atributos já conhecidos da framboesa. No entanto, nos últimos anos, pro-dutores, pesquisadores e con-sumidores aumentaram o inte-resse pelo fruto por apresentar ampla quantidade de efeitos biológicos como capacidade antioxidante, anti-inflamatória, anticancerígena e cardioprote-tora.

No entanto, o Brasil ainda não tem destaque como produ-tor mundial de framboesas e, de acordo com o IBGE, cultiva uma área de apenas 40 hecta-res, que resultam em uma pro-dução anual de 240 toneladas, o que representa apenas 0,5% da produção mundial. “Um dos principais entraves à produção brasileira está relacionado com suas características pós-colhei-ta”, comenta a engenheira agrô-noma Jaqueline Visioni Tezotto.

No programa de Pós-gradu-ação em Fitotecnia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), Ja-queline avaliou o efeito da apli-cação de técnicas pós-colheita na conservação da qualidade da framboesa in natura. De acor-do com o estudo, a framboesa apresenta alta taxa metabólica, rápido escurecimento, perda de firmeza e incidência de po-

Estudo melhora qualidade pós-colheita da framboesa

dridão. Na prática, apenas 48 horas após a colheita o fruto começa a perder a qualidade comercial. “Isso restringe a co-mercialização in natura e man-tém a demanda maior do que a oferta”, reforça Jaqueline.

A pesquisadora estudou o armazenamento refrigerado, o uso de atmosfera modifica-

da durante o armazenamen-to, a aplicação pós-colheita do 1-metilciclopropeno (1-MCP) e a aplicação pré e pós-colheita de quitosana. Segundo a autora do trabalho, todos os métodos de conservação pós-colheita testados trazem resultados po-sitivos quanto à manutenção da qualidade da framboesa, embo-

ra nem todos ampliam signifi-cativamente o período de vida útil desse fruto. “Não há dúvi-das quanto à necessidade de uso do armazenamento refri-gerado em framboesas, sendo a temperatura 0ºC a mais indica-da. O uso atmosfera modificada passiva, aliada à refrigeração, amplia o período de comerciali-

zação das framboesas, sendo o filme polietileno de baixa den-sidade (PEBD) o mais indicado”. Além disso, ficou constatado que a aplicação do 1-MCP alia-da à refrigeração não aumenta a vida útil da framboesa, mas melhora a qualidade do fruto durante o período de armaze-namento. “Observamos ainda que o uso da quitosana asso-ciado à refrigeração é eficiente na manutenção da qualidade da framboesa, no entanto, ape-nas a aplicação na pós-colheita amplia o período de comercia-lização. A melhor concentração para a pré e pós-colheita são 2 e 1 %, respectivamente”, apon-ta Jaqueline.

A pesquisadora espera que resultados como estes possam ser repassados ao setor pro-dutivo, resultando em melho-ria na qualidade do fruto, que poderá chegar o consumidor com preço mais baixo. “Para os produtores, ampliar o perí-odo de vida útil da framboesa, mantendo sua qualidade, possi-bilitará que pequenos e médios produtores passem a cultivá-la e obtenham o rápido retorno econômico, dado seu alto valor agregado. A população terá um fruto de excelente qualidade sendo ofertado a menores pre-ços”, conclui.

O emprego de ciência e tec-nologia são as responsáveis pelo aumento de 68% na pro-dução brasileira de hortaliças e de 62% na produtividade nos últimos 10 anos. A afirmação é do chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Celso Moretti, em palestra que abriu o II Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças no dia 20 de agosto, na Embrapa Instru-mentação, em São Carlos (SP). Embora a produção e a produ-tividade tenham aumentado, a área destinada ao cultivo de hortaliças teve uma elevação de apenas 4%, o que demons-tra, segundo o pesquisador, que ciência e tecnologia foram os insumos fundamentais para o alcance destes percentuais.

“O país tem tecnologia, tem

material adaptado para produ-zir hortaliças de Norte a Sul”, afirmou. Moretti apresentou um panorama do mercado de hortaliças atual e perspectivas futuras, empregos das hortali-ças na área de cosméticos e da saúde, os benefícios e as ten-dências de mercado.

O mercado de hortaliças é altamente segmentado e di-versificado com a produção concentrada em cinco espé-cies – batata, tomate, cebola, cenoura e melancia, sendo que o setor de agricultura familiar é responsável por 75% da produ-ção. No Brasil, a área produzida é de 800 mil hectares, com uma produção de 19,3 milhões de toneladas e uma produtividade de 24 toneladas por hectares. O mercado de hortaliças gerou

7,3 milhões de empregos di-retos e indiretos, em 2010. De acordo com dados do IBGE, de 2003, o consumo médio de hor-taliças é de 30 quilos por habi-tante ao ano.

Das oito hortaliças mais importantes – batata, alho, me-lancia, batata doce, tomate, ce-noura, melão e cebola – o alho vem tendo queda no mercado, devido à concorrência chinesa. Nos últimos 10 anos, o pesqui-sador disse que a área plantada foi reduzida de 15 mil hectares para cerca de nove mil.

Novos desafiosCom a adoção de tecnolo-

gias o mercado de hortaliças vem se expandindo em novas fronteiras agrícolas dentro e fora do país e também com apli-

Ciência e tecnologia são responsáveis por aumento da produção de hortaliças

cação em outras áreas como a médica e a de cosmético. Mo-retti afirmou que se tem traba-lhado com compostos bioativos e estudos in vitro e in vivo com foco no colesterol, infarto agu-do do miocárdio, estresses oxi-dativos, hipertensão arterial, desenvolvimento de biocosmé-ticos e diabetes tipo 2.

Para este último caso, o pes-quisador lembrou que os estu-dos estão em fase bem adian-tada e que, possivelmente, em dois anos o produto estará no mercado. As pesquisas foram realizadas com uma abóbora, chamada gila, e nela os cientis-tas encontraram uma substân-cia que pode ser grande aliada no tratamento dos pacientes com diabetes.

Entre os desafios apontados

por ele para o mercado atual e futuro de hortaliças estão o incremento das ações de estí-mulo ao consumo, desenvolvi-mento de variedades e híbridos para os trópicos, melhoramen-to genético com foco na quali-dade – aspectos nutricionais e conservação pós-colheita -, redução de perdas pós-colheita e transferência de tecnologia. Po-rém, para que o mercado conti-nue em expansão, o pesquisador lembrou um fator fundamental na produção de hortaliças que é o exercício das boas práticas e a segurança alimentar para que não ocorram problemas como os já registrados recentemente com a contaminação em brotos de fei-jão na União Europeia. “O merca-do futuro vai exigir a rastreabili-dade do produto”, concluiu.

PRODUTIVIDADE

Page 15: Jornal Entreposto | Setembro 2012

Agrícolasetembro de 2012 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

TECNOLOGIA

SETOR

As bebidas vendidas no país como néctar de laranja terão que oferecer, no mínimo, 50% de suco de laranja. Instrução nor-mativa assinada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e publicada no dia 28 de agosto no Diário Oficial da União, eleva para 50% a quantidade mínima do suco de da fruta neste tipo de produto. Segundo o ministério, o limite mínimo era atualmente de 30%. O governo fixou o prazo de 180 dias para as indústrias se adaptarem a nova regra e para a adequação do produto vendi-do no varejo. De acordo com o ministério, a medida representa uma ajuda “ínfima” ao permitir que o setor distribua 10 mil tone-ladas a mais do produto por ano no mercado interno, que repre-senta apenas 10% do consumo da produção total.

Por definição, néctar é a bebi-

Governo aumenta para 50% limite mínimo de suco de laranja no néctar

da não fermentada, obtida da di-luição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, com adição de açúcares.

Pelas regras de concentração de frutas nas bebidas em vigor, o refresco precisa conter, no míni-mo, 30% de suco de laranja e o refrigerante com laranja, no mí-nimo de 10% de suco.

Para a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos), a nova regra faz parte de um conjunto de ações que po-dem minimizar a a situação da citricultura. “A decisão é benéfica porque ajudará a acelerar o con-sumo de suco industrializado no Brasil, hoje calculado em 47 mi-lhões de litros. Tal medida, é im-portante porque ajudará a consu-mir parte das 662 mil toneladas de suco concentrado equivalente em poder das indústrias”, afir-mou a entidade, em comunicado.

Relatório divulgado nesta terça-feira pela CitrusBR mostra que os estoques de suco de la-ranja do Brasil somaram 662,5 mil toneladas em 30 de junho, mais que o triplo do volume ve-rificado em 1º de julho de 2011 (214 mil toneladas). Só nos po-mares paulistas, a previsão é que de que 83 milhões de caixas sobrem nos pomares. A associa-ção destaca que as exportações de suco de laranja concentra-do equivalente caíram de 1,407 milhão de toneladas para 1,161 milhão de toneladas, entre as safras 2006/2007 e 2011/2012. “Infelizmente, lidamos com uma crise que pode durar as próximas três safras, porque este ano a in-dústria vai processar mais suco do que poderá escoar, agravando ainda mais a situação dos esto-ques para o próximo ano”, afirma a CitrusBR.

O Conselho Mone-tário Nacional (CMN) autorizou a composição de dívidas por meio da contratação de operação de crédito rural com re-cursos do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social para

liquidação de operações de crédito rural de inves-timento contratadas por produtores de maçã. Se-rão liberados até R$ 300 milhões com prazo do financiamento de até 10 anos, incluindo um ano de carência, e taxa de ju-

ros de 7,5% ao ano. Po-derão ser renegociadas as dívidas originárias de uma ou mais operações do mesmo mutuário contratadas até 30 de dezembro de 2010. O saldo devedor total será limitado a R$ 5 milhões

por agricultor e será exi-gida a amortização de, no mínimo, 5% do saldo devedor a ser paga até a data de formalização da renegociação.

Conforme o voto encaminhado pelo Mi-nistério da Agricultura,

os maleicultores têm enfrentado dificuldades em honrar seus compro-missos financeiros, prin-cipalmente em função da ocorrência das chuvas de granizo que atingiram os pomares nos últimos anos.

CMN autoriza renegociação de dívidas de produtores de maçã

Agrícola

Page 16: Jornal Entreposto | Setembro 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 201216 Agrícola

Especialistas reunidos pela Subcomissão de Segurança Ali-mentar da Câmara afirmaram que o modelo agropecuário brasileiro precisa ser modifica-do para evitar desperdício de água. De acordo com a Agên-cia Nacional de Águas (ANA), o Brasil gasta hoje 81% de sua água na produção agrícola e pe-cuária.

Para a presidente do Conse-as (Conselho Nacional de Segu-rança Alimentar), Maria Emília Pacheco, o País precisa de uma agricultura que se harmonize com o meio ambiente. “A cha-mada revolução verde não é baseada na especificidade de uma agricultura tropical. Ela usa água em quantidade dema-siada, desperdiça água.”

Maria Emília defendeu a im-plantação de sistemas agroeco-lógicos, que envolvem a agri-cultura familiar sustentável. “Há experiências no Brasil que mostram que esses sistemas são produtores de água.”

O representante do Minis-tério da Agricultura no debate, Vicente Puhl, reconheceu que um dos desafios enfrentados hoje pela agricultura brasileira é reduzir o consumo de água.

Para o relator da subco-missão, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), a agricultura brasileira precisa mudar. “O modelo de irrigação que nós temos consome água demais”, disse. O deputado ressaltou que a agricultura também contami-na as águas pelo uso de agrotó-xico, “que termina atingindo os alimentos e a nossa saúde”.

Especialistas apontam desperdício de água na irrigação agrícola

A recém criada Política Na-cional de Agroecologia e Pro-dução Orgânica prevê o uso sustentável dos recursos natu-rais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis. A União vai implementá-la em coope-ração com estados, municípios, organizações da sociedade civil e entidades privadas.

RacionamentoSegundo a Agência Nacional

de Águas, 1/4 dos municípios

brasileiros sofre com raciona-mento de água e mais da me-tade dos sistemas de abasteci-mento público não terão como atender a demanda em 2025. Apesar de o País ter enormes reservatórios de água, grandes regiões do Brasil não têm aces-so à água de qualidade para consumo e produção. De acor-do com a agência reguladora, as áreas mais afetadas estão no litoral, sendo que 74% desses

municípios estão no Nordeste. A situação é pior na área rural.

O representante do Minis-tério do Desenvolvimento So-cial na audiência, Marcos dal Faro, lembrou que é mais difícil garantir o acesso à água às po-pulações isoladas. “Por conta da dispersão dessa população no meio rural, o atendimento via sistemas de abastecimento, como a própria rede pública, é muito deficitário.

É caro levar água para es-sas famílias por causa da sua distribuição espacial.” Marcos Dal Faro lembrou que a região do Semiárido é o foco principal do projeto Água para Todos, do Ministério do Desenvolvimen-to Social, que contempla a im-plantação de cisternas.

O sistema de cisternas, no etanto, não garante água para a produção de alimentos, que exige reservatórios maiores.

Estimativa é de que sistemas de abastecimento público não terão como atender a demanda até 2025

Page 17: Jornal Entreposto | Setembro 2012

setembro de 2012 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Condições válidas para Pessoa Física (PF) e Pessoa Jurídica (PJ) para a Linha Cargo, nas modalidades CDC (fi nanciamento com taxa de 0% a.m. = 0,00% a.a. em 12 meses, com 30% de entrada) ou Finame PSI (fi nanciamento com taxa de 0,21% a.m. = 5,50% a.a., em 72 meses, entrada de 0% e carência de 03 ou 06 meses para micro, pequena e média empresa, com faturamento anual de até R$ 90 milhões). O valor de composição do CET poderá sofrer alteração, na data efetiva da contratação, considerando o valor do bem adquirido, as despesas contratadas pelo cliente, custos de registros de cartórios variáveis de acordo com a UF. Não abrange seguro, acessórios, documentação e serviços de despachante, manutenção ou qualquer outro serviço prestado pelo Distribuidor. Contratos de Financiamento e Arrendamento Ford Credit são operacionalizados pelo Banco Bradesco Financiamentos S/A. e contratos de Finame pelo Banco Bradesco S/A. Garantia promocional para a linha Cargo (816 ao 3133), primeiro ano de garantia total e segundo ano para o trem de força (motor, câmbio e diferencial), sem limite de quilometragem, formalizada no documento específi co, junto ao Distribuidor Ford Caminhões no ato da compra. Operação BNDES Finame na Sistemática Convencional, fi nanciada com recursos do BNDES, de acordo com a legislação, Circular nº. 33/2012 - de 23/05/2012 - e demais normas desta instituição, conforme cláusulas contratuais. As condições fi nanceiras estão sujeitas a análise e aprovação de crédito pela fi nanceira e a alteração por parte da autoridade monetária, BACEN e BNDES. Promoção válida para a linha Cargo zero km, até 30/09/2012 ou enquanto durarem os estoques.

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Page 18: Jornal Entreposto | Setembro 2012

18 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Rotulagem

pequena GRANDE mudança

Uma mudança muito pe-quena pode induzir grandes e importantes mudanças, como a adoção do rótulo na comer-cialização de frutas e hortaliças frescas.

A rotulagem é o assunto do dia. Os permissionários da Cea-gesp estão sendo autuados pelo órgão de �iscalização sanitária municipal – Covisa e pelo órgão de �iscalização de pesos e medi-das estadual – Ipem, pela ausên-cia e pelo preenchimento incom-pleto ou incorreto do rótulo.

As agências municipais, es-taduais e federais de Vigilância Sanitária, órgãos responsáveis pela segurança do alimento, são responsáveis pela exigência do cumprimento da lei de rotula-gem e pela garantia de rastrea-bilidade. O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) é o órgão responsá-vel pela �iscalização da identi�i-cação correta da quantidade no rótulo.

Ninguém compra qualquer alimento industrializado como um pacote de bolacha, uma lata de óleo ou qualquer outro alimento, sem a identi�icação do seu fabricante, das datas de fabricação e de vencimento e da quantidade.

As exigências da lei são sim-ples. O rótulo pode até ser um carimbo, desde que legível e completo.

A adoção da rotulagem na comercialização de frutas e hortaliças frescas é uma grande revolução:

• Muda a postura do produ-tor na comercialização – o pro-dutor está se declarando res-ponsável pelo produto, ‘botando a cara para bater’;

• Transforma a relação co-mercial entre o produtor e o seu agente de comercialização – a identi�icação na caixa do forne-cedor do produto torna-o co-nhecido para todos outros pos-síveis compradores. Exige maior transparência e respeito entre o produtor e o comprador do seu produto;

• É o primeiro passo para a construção da marca - a criação de uma relação forte, estável e de longa duração entre o forne-cedor e o seu cliente;

• Expõe irregularidades como a utilização da nota �iscal de um produtor para a remessa dos lotes de vários produtores, que terão, cada um, a sua iden-ti�icação na caixa;

• Expõe a crescente di�icul-dade dos atacadistas em trans-ferir as exigências dos seus compradores – varejo e serviço de alimentação – para os seus fornecedores produtores;

• Expõe o fato que o merca-do atacadista está se transfor-mando em uma grande praça bene�iciadora – classi�icando, embalando, rotulando, pesando - fugindo das suas funções;

• Força a mudança da emba-lagem. Expõe a inadequação das embalagens de madeira hoje utilizadas – pesadas, sem tara, retornáveis ou reutilizadas, com medidas e pesos que variam com a região de origem, com a

época do ano. É preciso pesar a caixa antes, depois a caixa com o produto e então calcular o peso líquido do produto;

• Exige a mudança de men-suração de quantidade de caixa para quilo. O mercado atacadis-ta ainda pensa quantidade em caixas, apesar da multiplicida-de de tamanhos de caixa para o mesmo produto e do fato do seu comprador exigir garantia do peso em quilos;

• Torna muito clara a neces-sidade de um ‘Código Comercial’ que estabeleça a responsabili-dade de cada agente ao longo do processo de comercialização e distribuição, a exemplo dos americanos. De quem é a res-ponsabilidade, pela segurança do produto, pela sua qualidade, pela sua classi�icação, pelo peso líquido, pela obediência à lei;

• Torna muito clara a neces-sidade de um ‘Regulamento de Pesos e Medidas para Frutas e Hortaliças Frescas’, calcado na realidade brasileira e nas carac-terísticas especiais das frutas e hortaliças frescas, sem perder

Rotulagem:

de vista a missão do Inmetro: ‘prover con�iança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização das relações de consumo, a ino-vação e a competitividade do País’.

A Ceagesp, ciente da impor-tância da rotulagem na segu-rança do alimento e na moder-nização da comercialização das frutas e hortaliças frescas e das di�iculdades enfrentadas pelos seus permissionários na obedi-ência à lei, está iniciando a Cam-panha de Rotulagem, que se di-vide nas seguintes etapas:

1ª etapa

• Divulgação interna da ro-tulagem pela Ceagesp na capi-tal e no interior com execução imediata, através da emissão de comunicados a permissioná-rios, produtores e compradores, orientação na portaria, produ-ção e distribuição de material técnico e de promoção sobre rotulagem. Os comunicados aos produtores e aos compradores estarão disponíveis para repro-dução nos sites da Ceagesp e do Sincaesp e também no escritó-rio da Apesp.

O período de execução desta primeira etapa vai de 18 de se-tembro a 18 de outubro.

2ª etapa

• Divulgação externa da Campanha de Rotulagem pela Ceagesp e busca de parceria em organizações de produto-res, atacadistas, varejo e servi-ço de alimentação, instituições de governo municipal, estadual e federal ligadas à agricultura, empresas de insumo e máqui-nas e revendas, além das mídias nacional e local.

Esta etapa será executada permanentemente e tem início imediato.

3ª etapa

• Exigência de rotulagem na portaria da Ceagesp

• Estabelecimento de regras de �iscalização e punição

Fiscalização

No dia 18 de outubro, em reunião com os permissioná-rios, serão de�inidas as estraté-gias de implantação da 3ª etapa.

Vale ressaltar que a ação dos órgãos de �iscalização da Covisa e do Ipem não depende e não será afetada pela Campanha de Rotulagem, que tem como principal objetivo impulsionar a adoção da rotulagem. Cada permissionário responde pela obediência à lei dentro do seu estabelecimento, devendo estar preparado para uma possível �iscalização.

Para mais informações, o lei-tor pode procurar o Sincaesp e a Apesp.

Ipem autua boxes na Ceagesp

Fiscais do Ipem visitaram boxes de frutas e legumes

para checar se as informações das embalagens dos produtos

vendidos correspondem ao conteúdo. A vistoria, feita por amostragem, revelou

que das 44 empresas verifi cadas, metade apresentou

irregularidades, como falta de descrição dos produtos ou da quantidade. Multas variam entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão,

dobrando na reincidência.

Page 19: Jornal Entreposto | Setembro 2012

setembro de 2012 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Declaração da localização geográfica

no rótulo

O CEP (Código de Endereça-mento Postal) é um código de-senvolvido pelas administrações postais, para identificar uma determinada região e facilitar o encaminhamento e a entrega das correspondências. O CEP é amplamente adotado pelas em-presas de prestação de serviços, comércio, transportadoras.

Os produtores rurais são excluídos, por ausência de CEP, de muitos serviços que todos os cidadãos têm direito:

1. Não é possível cadastrar o endereço em qualquer empresa ou órgão de governo. Os siste-mas de cadastramento estão as-sociados ao cadastro de CEP dos Correios e a inexistência do CEP para uma determinada rua, a ca-racteriza como inexistente;

2. A impossibilidade de ca-dastramento impede a aquisição para entrega no local, de muitos produtos e serviços, que só os moradores de regiões com CEP têm acesso;

3. As transportadoras não conseguem realizar entregas, pois não conseguem cadastrar e localizar os endereços;

4. A Receita Federal rejeita processos de abertura de empre-sas pela falta de CEP. O CEP geral do município não é aceito;

5. As contas e as correspon-dências devem ser retiradas no correio;

6. Não há comunicação de re-

cebimento e solicitação de reti-rada das encomendas recebidas pelos Correios, que as devolve ao remetente após cinco dias;

7. É preciso alugar uma caixa postal (quando disponível). O re-cebimento de encomendas, cor-respondências, jornais e revistas exige a visita frequente o correio, em horário comercial. Algumas empresas se recusam a enviar, pela caixa postal, documentos ou produtos como cartões de banco e celulares;

8. O serviço de policiamen-to, em caso de emergência, é muito dificultado em virtude da inexistência do CEP como guia de localização. A solução passa pela utilização das coordenadas geográficas, facilmente determi-nadas pelo mais simples apare-lho de GPS, como referência de endereço.

Pode-se começar a utilizar esta ferramenta de localização na identificação do responsável no rótulo do produto, que deverá ter conter:

• Nome do produtor ou da em-presa responsável pelo produto

• Endereço completo

• Inscrição na Receita Estadual (se pessoa física ou jurídica)

• CNPJ na Receita Federal (pro-dutor ou empresa)

• Localização geográfica em UTM (localização da sede da propriedade com o GPS – infor-mação voluntária para garantia da rastreabilidade do produto).

Rotulagem

O sistema de posiciona-mento global, popularmente conhecido como GPS (Global Positioning System, ou Geo Posicionamento por Satélite) é um sistema de navegação por satélite que fornece a um apa-relho receptor móvel a sua po-sição, assim como informação horária, sob todas e quaisquer condições atmosféricas, a qual-quer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no cam-po de visão de quatro satélites GPS.

O desenvolvimento dessa tecnologia começou em 1957 com o lançamento do primeiro satélite pela Rússia. Em 1960, o Departamento de Defesa americano já dispunha de um sistema com informações so-bre qualquer parte do plane-ta, como localização e clima, a qualquer hora do dia, de gran-de importância para o uso mi-

litar. O sistema foi considerado operacional em 1995. Ele está baseado numa “constelação” de 24 satélites e colocado em órbita de maneira que pelo menos quatro deles estejam visíveis de qualquer ponto da Terra, a cada momento. Os sa-télites trabalham em conjunto com estações de observação terrestres.

O GPS tem aplicações ób-vias na aviação geral e comer-cial e na navegação marítima. Qualquer pessoa que queira saber a sua posição, encontrar o seu caminho para determina-do local, conhecer a velocidade e a direção do seu desloca-mento pode se beneficiar com o sistema. Guardas florestais, trabalhos de prospecção e ex-ploração de recursos naturais, geólogos, arqueólogos e bom-beiros são profissionais bene-ficiados pela tecnologia. O GPS tem se tornado cada vez mais

GPS e coordenadas geográficas

popular entre ciclistas, balonis-tas, pescadores, ecoturistas ou por aventureiros que queiram apenas orientação durante as suas viagens. A tecnologia per-mitiu o desenvolvimento da agri-cultura de precisão. Uma máqui-na agrícola dotada de receptor GPS armazena dados relativos à produtividade em um dispo-sitivo de memória que, tratados por programa específico, produz um mapa de produtividade da la-voura. As informações permitem otimizar a aplicação de insumos e tratar cada área de acordo com as suas características.

O GPS determina as coorde-nadas geográficas do local e per-mite a localização da proprieda-de rural e da origem do produto As coordenadas geográficas são um sistema de paralelos e meri-dianos, medido em graus: latitu-de, no caso dos paralelos e a lon-gitude, no caso dos meridianos.

O paralelo principal é a linha do Equador, que possui latitude 0º e divide o globo terrestre em dois hemisférios: Norte e Sul. Assim, latitude é a distância em graus de qualquer ponto da su-perfície terrestre em relação à li-nha do Equador. A latitude poder ser Norte (N) ou Sul (S) e vai de 0º até 90º.

O meridiano de Greenwich, por convenção, foi estabelecido como meridiano principal. Esse meridiano (0º) e o seu anti--meridiano (180º) dividem o globo terrestre em dois hemis-férios: Leste (oriental) ou Oeste (ocidental). Assim, longitude é a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao meridiano de Greenwich. A lon-gitude pode ser Leste (L) ou Oes-te (O) e vai de 0º a 180º.

A intersecção de um para-lelo com um meridiano indica a coordenada geográfica de um ponto, que permite a partir da sua latitude e longitude locali-zar qualquer local na superfície terrestre. O produtor rural pode utilizar as coordenadas geográ-ficas do seu GPS na indicação do seu endereço rural na nota fiscal e no rótulo do seu produto.

Atento a falta de mão de obra nos centros varejistas da Grande São Paulo, a atacadista TH Comércio de Frutas, criou uma forma de apresentação que poupa os supermercadistas da obrigação de pesar e etiquetar os produtos. Além de seguir criteriosamente as normas da rotulagem, a empresa pesa e embala porções de frutas, iden-tificando-as com uma etiqueta que possui código de barras, o nome da empresa, o peso e a data de validade do alimento.

“Eu frequento bastante su-permercados de médio porte e percebi que a falta de mão de obra é um problema comum em quase todas as lojas. Pesar

Etiquetagem de frutas valoriza a marcae etiquetar pequenas porções de frutas acaba ficando bastan-te trabalhoso para o supermer-cadista”, explica o empresário Sergio Higashi, responsável pela etiquetagem na TH. O proces-so é simples e as etiquetas são impressas e fixadas no próprio box, dentro do entreposto. O único trabalho do varejista é registrar o produto no sistema com o respectivo preço.

Sérgio acredita na importân-cia de se aproximar do consumi-dor final e imprimir a sua marca diretamente na embalagem que vai para os lares brasileiros é uma excelente estratégia. Tanto que o empresário já pensa em usar a tecnologia do Código QR -

código de barras bidimensional que pode ser facilmente escane-ado usando a maioria dos celu-lares modernos equipados com câmera. A nova técnica, além de criar uma relação interativa en-tre a empresa e o consumidor, permite ao empresário saber o destino final dessa fruta. Toda vez que o código do produto for escaneado, o sistema avisa onde esse alimento está sendo consumido. Outra técnica que o empresário utiliza para reforçar a sua marca,é fixar selos que ga-rantem a doçura da fruta. Além de conter o nome da empresa, do produto e a variedade, a eti-queta informa as propriedades medicinais do alimento.

ENTREPOSTO

Page 20: Jornal Entreposto | Setembro 2012

20 Supermercados JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

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Anuário Entreposto tornou-se ferramanta essencial para os profissionais do setor de ali-mentos in-natura. O guia, além de reunir telefone e endereço das empresas atacadistas das Ceasas do Estado de São Paulo, disponibiliza informações do maior entreposto da América Latina, a Ceagesp.

Profissionais que viven-ciam e estudam os problemas da produção e comercialização de frutas, verduras e legumes (FLV) abordam temas como le-gislação, vigilância sanitária e embalagem, contribuindo para o progresso do segmento.

O Anuário Entreposto 2012 conta, mais uma vez, com o apoio da Associação Paulista de Supermercados (APAS), grande aliada na distribuição de infor-mação para profissionais do se-tor varejista.

O administrador acredita que a APAS cumpre o seu papel institucional ao levar conhe-cimento e gerar oportunidade para o desenvolvimento do se-tor supermercadista. “Hoje, a área de FLV nas lojas é impor-tante e todas as ações e parce-rias que auxiliam no seu desen-volvimento são apoiadas pela entidade”, esclarece.

Em conjunto com a Revista Super Varejo, “o mais impor-tante e respeitado veiculo de comunicação do setor”, nas palavras de Corrêa, o apoio da APAS ao Anuário consolida a re-putação do guia. “A expectativa é que o segmento supermerca-dista utilize essa ferramenta de consulta e prol dos seus negó-cios”, torce o superintendente.

APAS distribui Anuário Entreposto junto com a Revista Super Varejo

O Anuário é importante para os supermercadistas porque oferece a eles a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre o setor de FLV, gerar negócios, diversificar o número de fornecedores e contribuir para a melhoria do processo de compra e abastecimento,

explica o superintendente da APAS, Carlos Corrêa.

Carlos Corrêa, superintendente da APAS

Page 21: Jornal Entreposto | Setembro 2012

setembro de 2012 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 22: Jornal Entreposto | Setembro 2012

22 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Viviane de OliveiraCQH/ Ceagesp

Mandioca pré processada

A comercialização da mandioca suja de terra afasta os consu-midores. A demanda

pela hortaliça limpa, descasca-da e com garantia de qualidade culinária é bem demonstrada pelo sucesso da venda de man-dioca descascada nas feiras e no crescente comércio ambu-lante com carriolas nos bairros de muitas cidades.

O simples processamento da mandioca não resolve o seu problema de conservação. A deterioração fisiológica, físico--química e microbiana é mais rápida nos tecidos cortados.

Algumas técnicas foram de-senvolvidas visando à redução do metabolismo e do desenvol-vimento microbiano e o aumen-to da longevidade da mandioca, como a utilização de atmosfera modificada, de armazenamento em baixas temperaturas, de tra-tamento com radiação gama, de congelamento e de embalagens especiais.

Atmosfera modificada

A redução da concentração de Oxigênio (O2) e a elevação a concentração de gás carbônico - (CO2) diminuem a intensi-dade da respiração do produto, o metabolismo e aumentam o seu tempo de vida útil e a con-servação da sua qualidade. A modificação da atmosfera (MA) pode ser feita por via passiva, ativa ou pela combinação de ambas. No processo passivo, a modificação da atmosfera acontece pela combinação en-tre a respiração do produto e a restrição das trocas gasosas (difusão de O2 e CO2) com o meio externo. A relação entre a taxa de respiração do produ-to e a taxa de permeabilidade a gases da embalagem modifica a atmosfera ao redor do produto, diminuindo a sua respiração e retardando a sua senescência.

Os filmes de polietileno, de espessura entre 100 e 200 μm, funcionam bem. A respiração das raízes é inibida suficien-temente para que as embala-gens não estufem e para que não ocorram perdas de massa significativas, mas exigem tem-peraturas adequadas. A via-bilidade econômica de outros tipos de filmes mais sofistica-dos, como os de poliéster ou as embalagens inteligentes (com

absorventes de CO2) precisa ser avaliada.

O termo ‘filmes flexíveis’ descreve qualquer tipo de ma-terial que não é rígido, mas é geralmente reservado aos polí-meros plásticos não fibrosos. O politereftalato de etileno (PET) é um filme transparente, muito resistente, com brilho e pro-priedades de barreira muito boas contra umidade e gases. Ele é flexível às temperaturas entre -70º a 135ºC e sofre pou-co encolhimento com variações de temperatura ou umidade.

Temperatura

A refrigeração ou o armaze-namento sob baixas tempera-turas é um dos métodos mais antigos, efetivos e práticos utilizados no prolongamen-to da vida útil dos alimentos. Temperaturas altas afetam to-dos os processos vitais, como respiração e produção de ca-lor vital, produção de etileno e perda de massa. Portanto, quanto mais rapidamente o produto for transferido para a temperatura ótima de armaze-namento, maior será a sua vida útil. Deste modo, é necessário manter o produto em tempe-ratura adequada durante sua preparação, armazenamento, cadeia de comercialização até o consumo. Vários fatores po-dem afetar a intensidade da resposta ao estresse em vege-

tais minimamente processa-dos. Dentre os principais estão a espécie, a variedade, o está-dio de maturidade fisiológica, a extensão do dano mecânico, as concentrações de O2 e CO2 a pressão de vapor de água e vários inibidores. Entretanto, o fator mais significativo que afe-ta a resposta ao estresse, assim como em outras situações em pós-colheita, é sem dúvida, a temperatura de manipulação e armazenamento.

Radiação Gama

O uso de radiação gama pode auxiliar na conservação de alimentos minimamente processados. A ionização com radiações gama permite a de-sinfecção de produtos minima-mente processados já embala-dos. A irradiação a doses baixas (1,0 kGy ou menor) tem sido sugerida como uma técnica de processamento mínimo para prolongar a vida útil de algu-mas frutas e hortaliças. Vege-tais cortados e embalados, irra-diados com doses na ordem de 1,0 kGy exibiram atraso de vá-rios dias na sua decomposição quando armazenados a 10ºC (URBAIN, 1986). Amostras submetidas a radiação gama (cobalto 60) na dose de 1,0 kGy, apresentaram durabilidade de aproximadamente seis dias.

Congelamento

O congelamento consiste num dos métodos mais difundi-dos e utilizados na preservação de diversos alimentos, devido à conservação das suas quali-dades. Em geral, quanto menor a temperatura de estocagem, menores serão as velocidades de modificações microbiológi-cas e bioquímicas. A tempera-tura afeta não somente a velo-cidade de reação das enzimas, mas também sua estabilidade. Quando os produtos são conge-lados em temperaturas bastan-te baixas, a atividade enzimáti-ca permanece interrompida ou em níveis muito baixos. Porém, sua atuação é recuperada após descongelamento.

A capacidade de reprodu-ção dos microorganismos em alimentos congelados também decresce devido à indisponibi-lidade de condições adequadas, tais como a presença de nu-trientes e água livre.

A morte de certos microor-ganismos tem sido observada, sob temperatura de congela-mento, em virtude de injúrias, desidratação da célula e ou-tras modificações que ocorrem no tecido celular microbiano durante o processo. Estudos apontam que o congelamen-to de raízes de mandioca pré--processadas acondicionadas em sacos plásticos constitui um método eficaz para retardar o

surgimento de modificações e deteriorações, sendo possível prolongar sua vida útil por até 150 dias.

Branqueamento

O branqueamento tem como princípio o uso de calor que é aplicado ao alimento, desnaturando as enzimas en-volvidas e tornando-as inefica-zes. Não é prática recomendada para alimentos que tendem à mudanças na textura e ao de-senvolvimento de sabor desa-gradável. No caso da mandioca, o branqueamento pode ser be-néfico antes do congelamento como demonstrado por estudo em que a variedade estudada apresentou melhor sabor e um redução no teor de HCN (ácido cianídrico). Estudos apontam que o branqueamento pode aumentar em 66% o tempo de prateleira da mandioca pré processada armazenada sob refrigeração.

Embalagem

Polietileno: O filme de po-lietileno de baixa densidade (PEBD) é um polímero de adi-ção de etileno, estrutura muito ramificada, média cristalini-dade. Varia de flexível a rígido, possui baixa permeabilidade à água e alta ao oxigênio. É resis-tente aos ácidos, álcalis solven-tes orgânicos a quente e tenso-ativos.

Os filmes adequados são os de polietileno de espessura entre 100 e 200 μm. A respira-ção das raízes, sob temperatura adequada, é inibida suficiente-mente para que as embalagens não estufem e para que não ocorram perdas significativas de massa. Mandioca de mesa minimamente processada em embalagem de polietileno de 0,050 mm apresentou aumen-to da vida útil em quatro dias quando mantidas a 5 º C. As embalagens de polietileno de 0,050 mm com vácuo minimi-zou o escurecimento dos tole-tes de mandioca minimamente processada, mantendo o pro-duto comercializável durante 12 dias quando mantido a 5 °C.

Bandejas de Isopor coberta com filme PVC: estudos apon-tam que amostras armazena-das em bandeja apresentam deteriorações fisiológicas, mi-crobiológicas e sensoriais a partir do sétimo dia de armaze-namento refrigerado a 5ºC.

Page 23: Jornal Entreposto | Setembro 2012

setembro de 2012 23QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Fabiane S. Camara CQH/ Ceagesp

Anapa prova que alho roxo é melhor que o brancoAvaliação do poder de condimentação foi realizada pela Esalq e mostrou a superioridade do alho roxo em relação ao branco

O alho é utilizado, há milha-res de anos, como condimento e remédio pela humanidade. A sua grande diversidade é fruto do trabalho contínuo de seleção e melhoramento genético: pro-dutividade, ciclo de produção, resistência a pragas e doenças, tamanho e formato do bulbo, número de bulbilhos por bulbo, coloração do bulbo e do bulbi-lho, características do catáfilo e poder de condimentação.

No Brasil são consumidos dois grupos varietais de alho: branco e roxo. O primeiro apresenta predominância da coloração branca no bulbilho, podendo apresentar listras ar-roxeadas ou de outras colora-ções e tem a China como sua

principal origem. Já o segundo apresenta predominância da coloração roxa em todos os bul-bilhos e é produzido no Brasil. O poder de condimentação do alho roxo é reconhecido como maior que o do branco pelos co-merciantes e consumidores do produto. A utilização de alho com maior concentração de compostos voláteis é garantia de seu maior poder de condi-mentação. Os compostos res-ponsáveis pelo aroma do alho são muito voláteis e facilmente perdidos durante o seu proces-samento. A comprovação e a di-vulgação da diferença do poder de condimentação entre o alho roxo, produzido no Brasil e o branco, importado da China, é uma ferramenta importante na competitividade do produto na-cional frente ao alho importado.

A avaliação da diferença en-tre o poder de condimentação do alho roxo e do branco foi realizada pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), por solicitação da Anapa (Associação Nacional dos Produtores de Alho), com apoio do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp. O trabalho teve como objetivos fa-zer a comparação sensorial do

poder de condimentação dos alhos roxo e branco; quantificar os principais compostos volá-teis, responsáveis pelo poder de condimentação dos dois tipos de alho e, por fim, a divulgação dos resultados.

Os resultados das avaliações sensoriais e de compostos vo-láteis mostram que existe dife-rença de percepção de aroma e de sabor entre os alhos roxo e branco. O maior poder de con-dimentação do alho roxo com-parado ao branco foi constatado para aroma por 96% dos prova-dores e para sabor por 92%. O levantamento também mostrou que frequência do consumo de alho é baixa, pois somente 14% consomem alho diariamente, o que mostra um grande poten-cial de aumento de consumo. O alho roxo possui maior concen-tração de compostos voláteis dialilicos, responsáveis pela sua pungência, quando comparado ao alho branco.

Novos estudos deverão ser realizados para melhor compre-ensão do consumidor de alho, da sua diferença de percepção de sabor e de aroma em dife-rentes concentrações de alho roxo e branco e da variação do poder de condimentação com a preparação, idade do produto e sistema de conservação.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou

no dia 23 de agosto novos “fatores de pondera-

ção” para cumprimento da exigibilidade de aplica-

ção de 34% dos depósitos à vista de instituições

financeiras em crédito rural.

Determina que as taxas de financiamento se-

jam de, no máximo, 5% ao ano nas operações con-

tratadas no âmbito do Pronaf e do Pronamp na

safra 2012/2013.

Os fatores de ponderação, de 1% a 5%, são

multiplicadores aplicados sobre os saldos dos fi-

nanciamentos aos produtores rurais de pequeno

e médio portes. Com isso, o CMN permite que

os recursos não usados sejam destinados pelos

bancos para outras operações, em condições li-

vremente pactuadas com os clientes, resultando

em um conjunto de taxas equivalente a 5,5% - per-

centual máximo cobrado nas operações do crédito

rural ao amparo da exigibilidade dos recursos à

vista.

De acordo com o secretário adjunto de Política

Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabe-

lo, o objetivo dos fatores é incentivar os bancos

a contratarem operações com taxas mais baixas,

de modo a evitar a necessidade de alocação de

recursos do Tesouro Nacional para subsidiar os

encargos financeiros dessas operações. O limite

de contratação por produtor foi elevado de R$ 300

mil para R$ 400 mil.

Governo baixa juros do crédito rural e eleva teto para financiamentos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou,

no dia 5 de setembro, a renegociação de operações

da Linha Especial de Crédito (LEC) contratadas em

2011. Com a decisão, as instituições financeiras

ficam autorizadas, mediante a solicitação formal

do mutuário, a renegociar as parcelas com venci-

mento em dezembro/2012, janeiro/2013 e feverei-

ro/2013.

O vencimento de cada parcela renegociada deve

ser fixado para até um ano após a data originalmen-

te pactuada, mantidas as demais condições contra-

tuais.

Criada no ano passado pelo Ministério da Agri-

cultura, a LEC destinava recursos para indústrias e

cooperativas estocarem suco de laranja. Ao todo,

foram contratados R$ 240 milhões nessa linha.

O valor de referência para a caixa de 40,8 kg

era de R$ 10. As instituições financeiras poderão

prorrogar para 15 de fevereiro de 2013 as parcelas

vencidas e com vencimento entre 1º de janeiro de

2012 e 14 de fevereiro de 2013 das operações de

custeio agropecuário da safra 2011/2012.

As transações já prolongadas de safras ante-

riores à safra 2011/2012 e operações de investi-

mento, inclusive as parcelas já estendidas de anos

anteriores. O outro voto agrícola encaminhado pelo

Mapa busca apoiar os produtores que tiveram pre-

juízos em decorrência da estiagem em municípios

da região Sul.

CMN autoriza renegociação de crédito para citricultores

Page 24: Jornal Entreposto | Setembro 2012

24 Gastronomia JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Silvio Lancelotti repagina cardápio do Piano PianoConsultoria do especialista amplia opções de pratos servidos no restaurante cujo principal destaque é o frescor dos ingredientes oriundos do Mercado Municipal e da Ceagesp

Instalado em Moema há mais de um ano, o Piano Piano surgiu com a proposta diferenciada de resgatar os sabores tradicionais da culinária italiana apostando na cozinha verdadeiramente artesa-nal, que agora está sob a curadoria gastronômica de Silvio Lancelotti.

O expert fez da paixão pelos prazeres da boa mesa o seu o�icio e inspirou-se nas receitas trazidas pelos imigrantes italianos para re-paginar e incrementar o repertório do restaurante paulistano.

O resultado é um cardápio en-xuto, mas bem variado, que passeia deliciosamente pelas diversas regi-ões da Itália, a �im de agradar aos paladares mais exigentes.

Além de especialíssimos ante-pastos vendidos por quilo, o Piano Piano oferece 30 opções salgadas entre entradas e pratos principais. São porções individuais, muito bem servidas, com excelente rela-ção qualidade-preço e ingredientes frescos oriundos do Mercado Mu-nicipal e da Ceagesp.

Um dos mais saborosos pratos da casa é o fettucine ao molho de manteiga com alecrim, que vai à mesa acompanhado de suculentas fatias de pernil de cordeiro assado lentamente.

O Piano Piano também chama atenção na paisagem da Avenida Moema, onde está localizado. Bo-nito e charmoso, em estilo rústico,

foi construído com material de de-molição, inclusive os móveis. Logo na entrada, um aconchegante al-pendre com quatro mesas convida a conhecer a casa. Dentro, o salão lembra a residência dos caçadores de trufas do Piemonte.

Com 52 lugares ao todo, o res-taurante é intimo e acolhedor, o que possibilita que cada detalhe seja cuidado com muito carinho.

Da decoração ao excelente ar-condicionado, da louça, faqueiro e ingredientes de primeira qualida-de ao criativo jogo americano que traz o cardápio estampado, pas-sando pela total acessibilidade da casa, tudo foi pensado para agra-dar não somente ao paladar.

Como em toda boa casa italia-na, o vinho tem lugar privilegiado. Além da carta muito bem elabora-da e uma adega climatizada para armazenar as garrafas, belas taças de cristal completam o serviço.

:: SERVIÇO ::

Restaurante Piano Pianowww.restaurantepianopiano.com.brAv. Moema, 56 Fone: (11) 5051-3053Aceita todos os cartões de débito e créditoEstacionamento: R$ 10,00

A 3ª edição do Festival de Gastronomia Orgânica será realizado entre os dias 25 e 28 de outubro no Parque da Água Branca, em São Paulo. A feira traz uma série de ativida-des que inclui debates, exibição de fi lme com pipoca orgânica, fóruns, ofi cinas culinárias para adultos e crianças, lançamento de livro, chá da tarde com convidados, feira orgânica e um espaço zen. Idealizado pela chef Leila D, especializada em gastronomia orgânica e em parceria com a Associação de Agricultu-ra Orgânica (AAO), o festival teve a primeira edição em 2010 no Mercado Municipal de São Paulo, recebendo profi ssionais que são referência nos segmentos da alimentação saudável e sustentável.

Na programação, a presença do Chef José Barattino, do restaurante Emiliano, no Fórum do dia 26 de outubro; Gilberto Car-valho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que participará da palestra “Oportunidades de Negócios Para a Copa Orgânica”, no dia 25, a exibição do fi lme “Quem se Importa”, de Mara Mourão com pipoca e guaraná orgânicos, no dia 27, a participação de produtores orgânicos.

São Paulo sediará festival de cozinha sustentável

Pernil de cordeiro assado lentamente e fettucine ao molho de manteiga

::Serviço::Programas Sabor na Medida CertaInscrições: Banco de Alimentos da Ceagesp

Informações: (11) 3643-3832 das 9h às 16h

Sesi promove curso gratuito sobre alimentação saudável

O programa Alimente-se Bem, do Sesi, estará de volta ao entreposto paulistano da Ceagesp de 09 de Outubro a 1.º de Novem-bro. Com o objetivo de evitar o desperdício e garantir mais saúde, o programa ensina conceitos de nutrição e alimentação.

O curso é gratuito e os alunos aprendem noções sobre os alimentos e suas funções, planejamento de compras, reconhecimento dos alimentos e cuidados no armazena-mento, higiene e aproveitamento integral dos alimentos e sobras.

Idealizado em 1999 o programa Alimen-te-se Bem oferece cursos que tem a pro-posta de ensinar os trabalhadores e suas famílias a preparar diversas receitas utili-zando totalmente os alimentos, inclusive cascas, talos e folhas de frutas, legumes e verduras, evitando o desperdício e, conse-qüentemente, reduzindo as despesas com alimentação.

É necessário informar o nome comple-to, o endereço, a data de nascimento, os números do RG e CPF, a quantidade de in-tegrantes da família e um valor médio da renda familiar na hora da inscrição.

::Serviço::3º Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo acon-tece de 25 a 28 de Outubro no Parque da Água Branca, em São Paulo. Entrada franca.

Page 25: Jornal Entreposto | Setembro 2012

setembro de 2012 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 26: Jornal Entreposto | Setembro 2012

26 Transporte JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

DIREÇÃO CONSCIENTE

Scania apoia treinamento de caminhoneirosIniciativa ajuda a reduzir a carência de profissionais capacitados no mercado brasileiro e eleva eficiência do transporte nas estradas

A quarta edição da compe-tição MMCB (Melhor Motorista de Caminhão do Brasil) reforça, a necessidade da qualificação, já que preparo destes profis-sionais é fator relevante para diminuir acidentes e mortes nas estradas brasileiras, além de contribuir para a eficiência do setor de transporte.

Dados da Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transpor-te (Fabet) indicam que a cons-cientização para um trânsito mais humano pode reduzir em até 47% o índice de acidentes nas rodovias.

Segundo a entidade, um mo-torista plenamente capacitado ainda pode diminuir o consumo de combustível de seu cami-nhão em até 15% e aumentar a vida útil dos pneus em cerca de 10%.

A falta de condutores trei-nados afeta diretamente a ope-ração das transportadoras de cargas. A Fabet estima que, atu-almente no Brasil, exista carên-cia de mais de 90 mil motoristas de veículos comerciais.

Outro órgão preocupado com essa dura realidade, que assim como a Fabet é parceiro da Scania na realização da com-petição, o Sest Senat, foi criado em 1993 com o objetivo de valo-rizar os trabalhadores do setor de transporte.

Para ajudar a melhorar a condição do motorista, a entida-de realiza programas de saúde, cultura e lazer, além de dispo-nibilizar cursos presenciais e

à distância, alguns gratuitos. O Sest Senat possui filiais em to-dos os estados brasileiros.

Além da competição, a cola-boração da Scania nesse cam-po se materializa no Programa de Treinamento de Motoristas Scania, por meio de instrutores batizados de Master Drivers. Esses profissionais, altamente qualificados e especialmente selecionados e treinados, têm a missão de ajudar os condutores a alcançar uma operação otimi-zada de seus veículos.

Os instrutores põem em prá-tica o equilíbrio entre a teoria e a prática no aperfeiçoamento das habilidades de direção do motorista independentemente da tarefa de transporte a ser de-sempenhada.

“A Scania criou essa competi-ção para que a sociedade nunca se esqueça do importante papel do motorista de caminhão. Um profissional atualizado trabalha com mais segurança, adquire novos conhecimentos e se des-taca. Isso reverte em benefícios para a sociedade também”, diz Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania no Brasil.

“Para o condutor interessa-do em se destacar no mercado de trabalho há várias opções, desde o treinamento oferecido pela rede Scania às escolas es-pecializadas em qualificação de motoristas. Até os motoristas mais experientes podem apren-der a operar veículos de manei-ra mais econômica e segura”, completa o executivo.

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27Transportesetembro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Caminhões e comerciais leves registraram alta de 10,68%

Scania apoia treinamento de caminhoneiros Codema sedia 6ª final da competiçãoGuarulhos e cidades vizinhas somam mais de 4 mil participantes, um dos maiores volume de inscritos da edição 2012

A Casa Scania Codema sediou, nos dias 1º e 2 de setembro, as etapas 11 e 12 relativas à sexta fi-nal regional do concurso Melhor Motorista de Caminhão do Brasil (MMCB). A cidade e os municípios vizinhos registraram 4,5 mil in-scritos. Em todo o Brasil, a monta-dora computou 47 mil inscrições, o maior volume da história da competição, iniciada em 2005 no país.

Composta por quatro camin-hões – um semipesado P 310, novo segmento de atuação da marca; um R 480; um R 440, o pesado mais emplacado de 2012; e um R 620 VB, o mais potente fabricado no Brasil – o comboio da Caravana Scania do MMCB também dis-ponibilizou diversos serviços de apoio aos profissionais do setor e familiares, entre os quais ginástica laboral, exame de glicemia e ativi-dades infantis.

“A aproximação com a comuni-dade é uma das características do MMCB”, lembra o gerente de pro-moção e marketing da multinacio-nal, Emerson Johansen.

“O MMCB possui um papel social e profissional muito impor-tante. Estima-se que um motor-ista treinado pode gera economia de combustível de até 10%, o que contribui para a sustentabilidade do transporte”, acrescenta o coor-denador da competição, Rodrigo Machado.

A grande final nacional do con-curso será realizada entre 25 e 27 de outubro na capital paulista.

Segundo dados divulga-dos pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) no úl-timo dia 6, tanto a produção como a venda de veículos em agosto bateram recorde históri-co. A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 329.266 unidades em agosto, uma alta de 10,6% na comparação com julho e avanço de 1,0% ante o mesmo período de 2011.

Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e

Produção e venda de veículos batem recorde em agosto

ônibus aumentaram 15,3% em agosto ante o mês anterior, com 420.080 unidades, e avançaram 28,2% na comparação com agosto de 2011. Os recordes anteriores de vendas foram em dezembro de 2010, com 381.7 mil e a de produção foi em agosto de 2011, com 336.163 unidades.

Com o resultado, a produção acumula nos oito primeiros meses de 2012 queda de 7,2% sobre a mesma base de compa-ração de 2011. Considerando apenas automóveis e comerci-ais leves, a produção chegou a

313.196 unidades, alta de 11% ante o mês anterior e de 4,7% sobre agosto do ano passado.

A produção de caminhões atingiu 12.518 unidades, uma elevação de 0,2% ante julho e baixa de 44,6% sobre agosto de 2011. No caso dos ônibus, foram produzidos 3.552 uni-dades em agosto, aumento de 15,1% sobre o mês anterior e queda de 19.3% ante agosto do ano passado. No acumulado do ano, os emplacamentos chega-ram a 2.501.192 unidades, uma alta de 5,5% sobre igual perío-do de 2011.

Page 28: Jornal Entreposto | Setembro 2012

28 Meio Ambiente JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Governo institui política nacional de agroecologia e produção orgânica

A presidente Dilma Rousseff instituiu no dia 21 de agosto a Política Nacional de Agroecolo-gia e Produção Orgânica. O do-cumento prevê a elaboração de um plano com metas e prazos a serem cumpridos pelo gover-no federal, além de determinar elementos como a concessão de crédito, seguro, assistência técnica e pesquisa para para ampliar a oferta dos produ-tos agroecológicos no Brasil. A política e suas medidas foram debatidas durante meses entre organizações não-governamen-tais, movimentos sociais, repre-sentantes do setor privado e o governo federal.

O decreto vem ao encontro às reivindicações de organiza-ções do campo ligadas à agro-ecologia e à produção orgânica, como a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que aposta em uma política nacional como forma de fortalecer a agricultu-ra familiar camponesa e de po-vos e comunidades tradicionais. Os movimentos buscam formas de produção ecologicamente corretas, com usos racionais dos solos e das águas, além da

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e De-senvolvimento Rural da Camara aprovou, na quarta-feira (22), proposta que cria os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazô-nia, para atestar a sustentabili-dade e os interesses social e am-biental da cacauicultura nacional. O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), ao Projeto de Lei 3665/12, do deputado Fé-lix Mendonça Júnior (PDT-BA). A proposta original criava apenas o Selo Verde Cacau Cabruca.

O sistema cabruca é a forma tradicional de produção de cacau no estado da Bahia, na qual ape-nas parte da cobertura vegetal original da Mata Atlântica é reti-rada para dar lugar às plantas de cacau. A alternativa ao cabruca é o cultivo do cacau com a supres-são total da vegetação nativa.

O relator optou por criar tam-bém o Selo Verde Cacau Amazô-nia, sob o argumento de que o cacau cultivado na região amazô-nica desenvolve-se em condições semelhantes ao da Bahia. Confor-me o texto, o cacauicultor poderá usar os selos para a promoção da sua empresa e produtos.

Agricultura aprova selos verdes para plantio sustentável de cacau

Agência Câmara

Critérios

Pela proposta aprovada, a certificação será concedida pelo órgão ambiental federal, a partir de solicitação do produtor. Para obter o(s) selo(s), o cacauicultor deverá observar todas as leis am-bientais e trabalhistas nacionais, estaduais e municipais; explorar a atividade de maneira susten-tável; e conservar a diversidade biológica, os recursos hídricos, os solos, os ecossistemas e as paisagens frágeis ou singulares.

Os selos terão validade de dois anos e poderão ser renova-dos indefinidamente, mediante nova avaliação e vistoria do ór-gão ambiental.

As despesas das análises e vistorias para a concessão das certificações serão custeadas pelo cacauicultor, com pagamen-to de preço público ou tarifa. Quem descumprir alguma das obrigações previstas no texto terá a cerificação retirada.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será anali-sada ainda pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania.

eliminação do uso de agrotóxi-cos. O objetivo da nova política é orientar a ação dos agriculto-res, de modo a produzir alimen-tos em maior quantidade e qua-lidade, de forma sustentável, sem agredir a saúde dos consu-midores e o meio ambiente. Os movimentos sociais reivindi-cam ainda que a Política Nacio-nal os ajude na preservação do patrimônio cultural e natural e na dinamização de redes locais de economia solidária.

Para o diretor de geração de renda do MDA, Arnoldo de Cam-pos, a nova política trará vanta-gens aos produtores familiares. “Teremos grandes avanços em três níveis: na geração de renda para os agricultores familiares, no respeito ao meio ambiente, e na saúde dos consumidores, que passarão, cada vez mais, a ter alimentos mais saudáveis”, diz.

O executivo lembra que a produção agroecológica e or-gânica é livre de agrotóxicos e prima pelo uso racional dos re-cursos naturais, como a água e o solo. Ele destaca ainda as vanta-gens da medida para a agricul-

tura familiar, maior produtora de orgânicos e produtos agroe-cológicos do país. “Para os agri-cultores familiares, a iniciativa representa uma grande opor-tunidade de geração de renda, pois os produtos agroecológi-cos e orgânicos são mais valori-zados no mercado”, pontua.

Campos salienta ainda que

o mercado para estes produtos vem crescendo, a taxas de dois dígitos no país e no mundo. No Brasil, o mercado expande cer-ca de 20% ao ano – acima da taxa mundial, de 15%.

O mercado nacional ain-da tem bastante espaço para crescer – hoje são aproximada-mente R$ 400 milhões, valor

ainda pequeno se comparado aos mais de R$ 80 bilhões do mercado externo. Campos vê aí uma oportunidade: com maior estruturação, os agricultores familiares podem exportar seus produtos.

A biodiversidade também é abordada na nova Política. O manejo florestal, além de não agredir o meio ambiente, tam-bém é um setor com demanda crescente. Campos lembra que cada vez mais os produtos da floresta abastecem diferentes setores, que vão além do ali-mentício.

Hoje, por exemplo, está em franca expansão o uso destes produtos na indústria de cos-méticos e farmacêutica, com os medicamentos fitoterápicos. “As medidas estabelecidas são coe-rentes com o compromisso do governo federal de buscar uma produção cada vez mais susten-tável no país”, salienta Campos. Desta forma, ganham todos: o meio ambiente, os consumido-res e os mais de 90 mil produ-tores agroecológicos do país, dos quais 85% são agricultores familiares.

Objetivo é fortalecer agricultura familiar e preservar a biodiversidade e o meio ambiente

Page 29: Jornal Entreposto | Setembro 2012

29setembro de 2012Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 30: Jornal Entreposto | Setembro 2012

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciosetembro de 2012

Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

Telefonia no ETSP: Problema antigo sem solução à vista

O sistema de telefonia no Entreposto Terminal de São Paulo é tão antigo quanto o próprio entreposto. Embora vá longe o tempo em que era necessário dirigir-se à anti-ga central telefônica do en-treposto para fazer ligações para fora do município, ain-da hoje continuamos a nos defrontar diariamente com problemas de comunicação.

É fato que a tecnologia de comunicação evolui sempre e constantemente. Hoje po-demos nos comunicar por telefone fixo, celular, voip, e-mail, etc. Há pouco tempo o uso do fax se popularizou nas empresas e logo essa tecnologia se tornou obsole-ta. No entanto, o meio mais comum de comunicação no entreposto é o telefone fixo, que ainda causa problemas.

A estrutura física repre-sentada pelo cabeamento subterrâneo é antiga, não comporta mais manutenção e deveria ser substituída. Sempre que a chuva dá o ar da graça, aumentam os pedi-dos de manutenção de linha. A Ceagesp, até certo tempo atrás, mantinha alguns fun-cionários para fazer a manu-tenção e consertos na rede interna do entreposto, o que não ocorre mais. Atualmen-te, ela contrata profissionais para a realização desse ser-viço.

Recentemente, 84 linhas do entreposto foram atin-gidas e várias empresas fi-caram sem poder se comu-nicar por até 20 dias com seus clientes e fornecedores, devido ao rompimento de um cabo no pavilhão MLP, que se encontra em reforma. Aliado ao término do con-trato dos profissionais con-tratados pela Ceagesp, que não havia sido renovado até

agosto, ocorreu então a com-binação de dois fatos que evidenciam a necessidade urgente de substituição da rede existente. Não se pode admitir que o terceiro maior entreposto atacadista de ali-mentos do mundo ainda viva na idade da pedra da telefo-nia. É preciso avançar nes-se sentido também. Mesmo para a instalação do famige-rado Speedy, a rede apresen-ta obstáculos. O condomínio digital que poderia ser a solução mais adequada, por razões que desconhecemos, não chegou a significar o fim dos problemas no ETSP.

Estamos no início da se-gunda década do século 21 e continuamos a depender de um sistema antigo, obso-leto tecnologicamente, com

problemas de manutenção, sujeitos até a ficarmos sem qualquer serviço de repa-ro por falta de contrato? É milagre que ainda funcione, passado tanto tempo de sua implantação. Mas não deve-mos continuar a acreditar que o “milagre” irá durar muito mais tempo.

Em 2010, a Ceagesp rea-lizou licitação para telefonia – sistemas de voz e dados - para o ETSP. Contudo, a li-citação foi declarada fracas-sada. No ano passado, nova licitação foi realizada e desta vez houve vencedores. En-tretanto, apenas a Ceagesp utiliza os serviços, sejam de voz ou de dados. E pelo que se sabe, a tecnologia usada (Wimax) não é a melhor so-lução para o mercado, consi-

derando que a mesma ainda não está devidamente ama-durecida tecnologicamente, não possui cobertura nacio-nal e especialmente porque as empresas permissioná-rias necessitam de estabili-dade de conexão, desejável velocidade de transmissão de dados, devido à neces-sidade de emissão de Nota Fiscal eletrônica (NF-e).

Vale ressaltar que em to-das as licitações realizadas, as empresas contratadas nunca prestaram um bom serviço, sendo que esse ser-viço deveria ser contratado pelos próprios permissioná-rios sem a interferência da companhia, considerando que é sua a opção de contra-tação de um serviço privado, prestado por empresas pri-

vadas e muito bem remune-rado.

Enfim, a novela está longe de acabar e os permissioná-rios, que dependem do te-lefone para a realização de seus negócios, sempre aca-bam pagando mais caro pela conta do atraso, pela falta de manutenção, etc.

Outro detalhe a ser desta-cado: no último dia 5 de se-tembro, a Ceagesp publicou o edital de contratação de empresa para a manutenção preventiva e corretiva nas redes de telefonia e lógica dos edifícios do ETSP, FRISP e Silo Jaguaré. Veja abaixo um resumo da publicação no site da companhia:

PREGÃO ELETRÔNICO N° 032/2012 - PROC. 048/2012

Objeto: Contratação de Empresa Especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva nas redes de telefonia e lógica nos edifícios do ETSP, FRISP e Silo JAGUARÉ, conforme especificações constantes do ANEXO I - TERMO DE REFERÊNCIA. Prazos: Edital: a partir de 05/09/12 no Portal Comprasnet.Entrega das Propostas a partir de 05/09/12 no Por-tal Comprasnet.Visita:até 18/09/2012Abertura das Propostas: 21/09/12, às 09h30 no Portal Comprasnet.Endereço: www.comprasnet.gov.br - UASG 225001Fase: Divulgação do edital

Page 31: Jornal Entreposto | Setembro 2012

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No dia 3 de setembro, a Ce-agesp recebeu a visita do bispo da Arquidiocese de São Paulo Dom Julio Endi Akamine, da re-gião episcopal Lapa. O religioso foi recepcionado pelo presiden-te da companhia, Mário Mau-rici, que deu as boas vindas e revelou ter sido seminarista na juventude.

Durante a visita pudemos passar por todas as dependên-cias do entreposto, pelas áreas

Boas novas para a Nossa Turma

administrativas e pelos dife-rentes pavilhões. No Sindicato dos Carregadores, o bispo foi recebido pelo presidente da entidade, José Pinheiro. Dom Júlio ficou admirado ao saber que alguns carregadores tra-balham no mercado desde o primeiro dia de funcionamen-to e ainda continuam na ativa. Acompanhados pelos diretores do Sindicar e do poeta dos car-regadores, José Daniel Veloso,

visitamos o Banco de Alimen-tos, onde a nutricionista Ales-sandra explicou a Dom Julio que o banco faz a ponte entre os permissionários que doam os produtos frescos que não foram comercializados e faz uma triagem para encaminhar rapidamente para as entidades cadastradas.

Andamos por todos os pavi-lhões e passamos pelo Sincesp, onde fomos recebidos pelo pre-

sidente da entidade, Ro-bson Coringa. Na Apesp, conversamos com o pre-sidente Eduardo Joraik e observamos a reforma do MLP. Na praça da batata, visitamos a empresa Capa-nema, onde dona Lurdes e o marido Paulinho reu-niram os colaboradores e compradores para receber uma benção especial.

Depois da longa cami-nhada, fomos para a Nossa Turma, onde as educado-ras e as crianças sauda-ram Dom Júlio cantando a música “Noite traiçoeira”, gravada pelo padre Mar-celo Rossi. Ai foi a vez de o bispo retribuir cantando para as crianças. Ele aben-çoou os alimentos e todos desfrutaram do almoço co-letivo.

À tarde, durante a rea-lização da missa, a comu-nidade se fez presente. O professor Gonzalo, do co-légio Madre Paula, tocou teclado e uma de suas alu-nas tocou flauta. Contamos ainda com uma linda apre-sentação do coral. Dom Júlio abençoou a todos e se despediu levando uma orquídea ofertada pelas crianças.

“O trabalho realizado na Ceagesp é fundamental para a região metropolita-na da cidade. O pedido de construção de um espa-ço ecumênico dentro do mercado é justo e deve ser considerado positivo pelos responsáveis”, disse Dom Júlio ao final da visita.

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Após fazer uma sonda-gem pelos projetos sociais da zona oeste, o Grupo Telefônica escolheu a Nos-sa Turma para, receber a ação do seu voluntaria-do, formado por mais de 300 participantes. No dia 5 de outubro eles levarão as crianças para passar o dia numa mini fazenda. Os maiores irão para uma ses-são de cinema no Cinema-rk do Shopping Villa Lobos e à tarde visitarão o Museu do Futebol.

No dia, as paredes ex-ternas da sede da entidade serão decoradas com figu-ras pintadas pelo artista plástico Romero Britto. E o almoço ficará por conta da comitiva Capiau, que este ano viu a Fabiana Berran-teira ganhar a medalha de bronze na disputa do ber-rante em nível nacional. Parabéns!

Page 32: Jornal Entreposto | Setembro 2012

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