jornal entreposto | abril 2011

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Produção e mercado brasileiro de maçã Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - N o 131 | Abril de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Renar atinge recorde na colheita de maçãs gala A Renar Maçãs, de Santa Catarina, registrou recorde histórico na atual safra de maçãs gala. A companhia encerrou a colhei- ta em março atin- gindo o patamar de 46,5 mil tonela- das da variedade, - mais que dobran- do o volume de 23,1 mil toneladas obtido no mesmo período do ano anterior. | Fruticultura | pág. 6 | Fruticultura | pág. 4 Após chuvas, pico da safra de batata deve ocorrer em abril Ao contrário do que esperavam os produtores, não houve pico de safra de batata na região do Triângulo Mineiro/Alto Pa- ranaíba em mar- ço. As chuvas na praça mineira du- rante quase todo o mês impediram a colheita de gran- de parte da área que deveria ter sido ofertada no correr de março. | Agricultura | pág. 12 Frutas e hortaliças processadas na Ceagesp Ao que tudo indica, o mercado para esses produ- tos no Brasil está em crescimento. Segundo o IBGE, o consumo per capita anual de alimentos pro- cessados cresceu de 2,365 quilos em 2002/2003 para 3,214 quilos em 2008/2009. Parece pouco o aumento de qua- se um quilo em seis anos, mas se lembrarmos de que o Brasil tem 192 milhões de habitantes é um aumento de volu- me total bem con- siderável. | Alimentos processados | pág. 18 A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca tanto no contexto internacional quanto no brasileiro

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Abril 2011

Produção e mercado brasileiro de maçã

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 131 | Abril de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Renar atinge recorde na colheita de maçãs gala

A Renar Maçãs, de Santa Catarina, registrou recorde histórico na atual safra de maçãs gala. A companhia encerrou a colhei-ta em março atin-gindo o patamar de 46,5 mil tonela-das da variedade, - mais que dobran-do o volume de 23,1 mil toneladas obtido no mesmo período do ano anterior.

| Fruticultura | pág. 6

| Fruticultura | pág. 4

Após chuvas, pico da safra de batata deve ocorrer em abril

Ao contrário do que esperavam os produtores, não houve pico de safra de batata na região do Triângulo Mineiro/Alto Pa-ranaíba em mar-ço. As chuvas na praça mineira du-rante quase todo o mês impediram a colheita de gran-de parte da área que deveria ter sido ofertada no correr de março.

| Agricultura | pág. 12

Frutas e hortaliças processadas na Ceagesp

Ao que tudo indica, o mercado para esses produ-tos no Brasil está em crescimento. Segundo o IBGE, o consumo per capita anual de alimentos pro-cessados cresceu de 2,365 quilos em 2002/2003 para 3,214 quilos em 2008/2009. Parece pouco o aumento de qua-se um quilo em seis anos, mas se lembrarmos de que o Brasil tem 192 milhões de habitantes é um aumento de volu-me total bem con-siderável.

| Alimentos processados | pág. 18

A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca tanto no contexto internacional quanto no brasileiro

Page 2: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201102 Editorial

Novo projeto gráfico: melhor visibilidade, diferenciação e facilidade na leitura

Agora os leitores e anunciantes poderão desfrutar do conteúdo ino-vador, com amplos espaços dedica-dos às imagens e infografias, com destaque para informações exclusi-vas de setores da hortifruticultura.

Nesta edição fizemos uma abor-dagem diferenciada do cultivo e comercialização da maçã, com des-

taque par as empresas mais impor-tantes desta cultura. Além disso, continuamos com nossas seções tradicionais, proporcionando maior dinamismo na leitura, por meio da montagem em caderno contínuo e grampeado.

Um das novidades desta edição é

a publicação da tabela de preços de caminhões de carga, um recurso de busca e acesso a informações dos ve-ículos mais utilizados no transporte de produtos agrícolas.

Aproveite o contéudo desta edi-ção e também visite o site para con-ferir a publicação digital em www.jornalentreposto.com.br

A partir desta edição, o Jornal Entreposto lança seu novo formato e projeto gráfico, consolidando-se como uma publicação relevante, envolvente e arrojada

Page 3: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio março de 2011 03EditorialJORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 03

Page 4: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201104 Fruticultura

Produção e mercado brasileiro de maçã

O cultivo da macieira no Brasil se estabeleceu por meio de grandes empresas atraídas por incentivos de políticas públicas. As empresas insta-laram pomares e montaram toda a infraestrutura de câma-ras frigoríficas, transporte a frio e comercialização.

A produção brasileira está concentrada na Região Sul, que é responsável por 98% da produção nacional. Em 1974, a produção brasileira era de apenas1.528 toneladas, pas-sando a 48.715 toneladas em 1980 e, no início da década de 90 já eram produzidas 330 mil toneladas, evoluindo para mais de 800 mil toneladas no ano 2000. Na safra 2002/2003 foram produzidas 842.256t de maçã sendo 475.095t proveni-entes do Estado de Santa Cata-rina e 375.095t do Rio Grande do Sul (Fig. 1).

A área plantada no Brasil, em 1972 era insignificante (931 ha), passando a 18.941 ha em 1980 e para 31.701 ha em 2003 (Fig. 2).

A maior parte da produção provém de três cultivares: gala, fuji e golden delicious. A gala é a primeira a ser colhida, em fevereiro, representando 46% da produção total; a fuji, cuja colheita se dá em abril, é a mais resistente para frigocon-servação, participando com 45% da produção e a golden delicious, colhida em março, representa 6% da produção total, sendo os 3% restantes compostos por outras cultiva-res.

Cerca de 80% do total de maçã produzida é destinada ao consumo in natura, comercial-izada especialmente pelas Cea-sas e grandes supermercados. A maçã destinada à agroindús-tria é de qualidade inferior e, normalmente não apresenta qualidade para ser comercial-izada para o mercado da fruta in natura.

A maior parte da produção

provém de grandes empresas, que cultivam extensas áreas com avançado nível de integ-ração vertical nas estruturas de classificação, de câmaras frias e de comercialização. A capacidade de armazenamen-to é 511.525 t, ou seja, cerca de 75% da produção nacional. Desta capacidade, 44% possui tecnologia convencional e 56% em atmosfera controlada.

Parte dos pequenos e mé-dios produtores associa-se às grandes empresas atuando sob contrato, beneficiando-se da infraestrutura dessas em-presas, e parte está se

organizando em associa-ções para competir direta-mente no mercado.

Os preços nacionais e in-ternacionais da maçã têm decrescido devido ao aumen-to de produtividade. Esses preços variam de acordo com o volume produzido, época de comercialização, qualidade e variedades.

Até a década de 70, o Brasil importava praticamente toda a maçã consumida.

O aumento da produção da fruta permitiu ao Brasil substi-tuir gradativamente as impor-tações na década de 80 e início da década de 90.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção brasileira de maçã alcançou 1,2 milhão de tone-ladas em 2009. Santa Catarina foi responsável por 50,9% do total,; o Rio Grande do Sul por 45,5% e o Paraná, por 3,2%. No ano passado, as exporta-ções de maçã registraram US$ 55,3 milhões, contra US$ 56,3 milhões, em 2009. O resultado representa redução de 1,7%. As vendas, no último ano, destinaram-se principalmente para os Países Baixos, com US$ 15,5 milhões, Reino Unido, com US$ 4,9 milhões e Portu-gal, com US$ 4 milhões.

O programa de Produção Integrada de Maçã (PIM), que foi o pioneiro neste tipo de abordagem no Brasil, começou a ser elaborado em 1996, pela Embrapa Uva e Vinho, di-ante da constatação da cres-cente exigência dos mercados consumidores por produtos mais “limpos” e por sistemas de produção menos agres-sivos ao ambiente. Na safra 2001/2002, foi encerrada a fase de pesquisas por diver-sas instituições, quando, além de desenvolvido e ajustado, o Sistema de Produção Inte-grada de Maçã foi validado. Na safra 2002/2003 foi implan-tado o sistema de certificação com adesão espontânea junto às entidades certificadoras.

Atualmente, os pequenos produtores, estão se organi-zando em associações ou co-operativas para também terem acesso à certificação.

A maçã é a mais importante fruta fresca comercializada tanto no contexto internacional quanto no brasileiro

Atualmente, com a implementação da Produção Integrada de Maçã, o Brasil atingiu um novo patamar de produção com foco na melhoria da qualidade, na segurança alimentar e na preservação ambiental, atendendo as exigências de um consumidor mais consciente

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 05Fruticultura

Maçã certificada vende mais

No Rio Grande do Sul, 16 supermercados dos municípios de Bento Gonçalves, Farroupil-ha, Caxias do Sul, Gramado e Vacaria ofereceram ao con-sumidor maçã com o selo do Sistema de Produção Integrada (PIN), que vem acondicionada na caixa do produtor. A venda marca o início do projeto-piloto coordenado pela Embrapa Uva

Embrapa divulga resultados da pesquisa feita em projeto-piloto de comercialização da fruta com selo do PIN”

Para garantir uma produção agrícola sustentável, a Coop-erativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo), adota uma série de procedimentos visando preser-var a saúde do consumidor, do trabalhador, além de proteger o meio ambiente.

Para manter um padrão de qual-idade a cooperativa, fundada em 1993 e atualmente com 76 cooperados, adotou desde 1997 a Produção Integrada de Maçã (PIM).

Com 900 hectares e uma produção por safra de aproxi-madamente 34 mil toneladas de maçãs, em todas as fases de produção, armazenagem e clas-sificação, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), por meio de empresas credenciadas, realiza vistorias para verificar a adoção de normas estabeleci-das. É feita uma análise crite-riosa desde a implantação do pomar à entrega do produto ao consumidor.

Após a implantação do pro-grama houve uma constante evolução na produção. Todos devem estar atentos as exigên-cias, o que ocasiona uma ad-equação a qualidade necessária ao mercado”, afirma Makoto Umemiya, diretor do packing da Sanjo. O produto com aprovação final, recebe um selo oficial para garantir a qualidade da fruta e do histórico da produção.

Cooperativa catarinense investe em produção sustentável

e Vinho para divulgar o siste-ma, que garante qualidade e segurança das frutas.

A iniciativa é pioneira em âmbito nacional e, além da Em-brapa, também conta com o apoio de redes de supermerca-dos locais, Sebrae-RS, Instituto Nacional de Metrologia, Nor-matização e Qualidade Indus-

trial (Inmetro) e Ministério da Agricultura.

O resultado da pesquisa feita com 400 consumidores mostra que 77% deles não conheciam o sistema; 63% pagariam mais pela garantia de qualidade e de ausência de agrotóxicos; e que 62% consideram importante saber de onde veio e como foi produzida a fruta. Dos entrev-istados, 12% estavam comp-rando o produto com selo pela segunda vez e destes, 96% perceberam diferença no sabor da fruta. As sugestões colhidas indicaram o desejo da identifi-cação e certificação de outras frutas além da maçã.

AUMENTO NAS VENDAS

A rede Apolo/Super Cesa, uma das que participaram como parceira na distribuição, obteve incremento nas vendas. Nas lo-

jas do supermercado Apolo, por exemplo, foi de 81% no mês de março em relação ao mesmo período do ano passado. A fornecedora da maçã Rasip Agropastoril, além de receber valor 10% maior pela fruta certificada, também vendeu mais. ‘Espe-rávamos comercializar 5 mil quilos no primeiro mês, mas atingimos 12 mil quilos no período’, conta o coordena-dor comercial da empresa, Claudiomar Basso.

O representante da rede Cesa, Enio Lazzaron, diz que as redes de supermercados estão se articulando para buscar novos fornecedores. ‘Temos interesse em novas parcerias para comercializar outras frutas com o selo. A curto prazo, deveremos ter manga, mamão, uva de mesa, pêssego e morango’, prevê.

O conceito atual de qualidade não requer apenas dar atenção ao produto

“ “

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201106 Fruticultura

A simplicidade e criativi-dade do projeto Eco Fischer es-tão demonstradas no reflores-tamento com mudas nativas, reciclagem de lixo, tratamento de efluentes, recuperação e reuso de água, controle de ruí-dos, rigorosa observação dos programas de Boas Práticas de Fabricação Agrícolas e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Segundo a empresa, a vantagem é a conscientização dos colaboradores, terceiros e parceiros que, ao realizarem essas tarefas incorporadas ao dia-a-dia do Grupo, estão aju-dando a si mesmos, seus filhos, todos a sua volta e, principal-mente, nossas futuras gerações.

O principal objetivo do pro-jeto, ao ser implementado, foi a conscientização dos funcionári-os e familiares na importância da preservação ecológica e na manutenção e recomposição das áreas de preservação per-manente e reserva legal em to-das as propriedades do Grupo.

O reflorestamento real-

izado é sustentado por um viveiro, implantado em 2000, com produção de mudas de es-sências nativas, composta de aproximadamente 30 espécies diferentes. O viveiro próprio ainda produz anualmente 100 mil mudas nativas, destinadas exclusivamente para reposição de árvores nativas mortas

Grupo Fischer aposta na responsabilidade socioambiental

em áreas de reservas ou de preservação permanente das fazendas próprias. Estas ações são complementadas com per-manentes processos de cunho educativo voltados para nossos colaboradores e familiares.

Em 2001, o projeto foi am-

pliado com a implementação do Programa de Reciclagem de Lixo nas fazendas do grupo, envolvendo mais de 7.500 fun-cionários e seus familiares.

Associam-se ao programa de reciclagem de lixo, as ações voltadas ao processo de la-vagem, armazenagem e des-tino de embalagens vazias de produtos agrotóxicos para usi-nas de reciclagem, que a di-visão agropecuária do Grupo Fischer já executa ao longo dos anos.

Na área Industrial, sua di-visão Citrosuco, implantou um sistema de gestão ambiental em suas unidades industriais (Matão, Limeira, Bebedouro e Santos). Utilizada como piloto, a unidade de Santos foi certi-ficada pela norma ISO 14000. Nas demais unidades, o sistema está preparado para o processo de certificação.

E, ainda, o programa Citro-suco Recicla, implantado nas unidades industriais, através de coletas seletivas, capta e

envia para reciclagem: papel; plástico; vidro; latas metálicas; etc. Todo o material é doado para cooperativas associadas às prefeituras, gerando renda, emprego e desempenhando um trabalho social.

Em Matão, no interiro pau-lista, água residual do processo de produção de suco de laranja é usada na irrigação de extensa plantação de palmeira real aus-traliana, a partir da qual a em-presa produz palmito. Segundo a Fischer, isso beneficia duas vezes o meio ambiente, porque trata a água de maneira natural e reduz a agressão às matas de preservação permanente.

Em Santa Catarina, as di-visões maçã, em Fraiburgo, e suco de maçã, em Videira, man-têm uma política integrada que contempla o meio ambiente, em consonância com as ativi-dades das demais unidades. .

A certificação ISO 14001

atesta que a empresa possui um sistema de gestão ambien-tal mundialmente reconhecido, mais abrangente que o requeri-do pela legislação brasileira. Uma das iniciativas cobertas por este sistema de gestão é o programa de coleta seletiva de lixo que foi implementado na empresa, incluindo todas as embarcações.

A Renar Maçãs, de Santa Catarina, registrou recorde histórico na atual safra de ma-çãs gala. A companhia encerrou a colheita em março atingindo o patamar de 46,5 mil tonela-das da variedade, - mais que dobrando o volume de 23,1 mil toneladas obtido no mesmo período do ano anterior. No total, a empresa detém 1.700 hectares de pomares de maçã.

Agora, a empresa está em plena colheita da variedade fuji e a estimativa é de que sejam obtidas aproximadamente 17 mil toneladas até maio, o que totaliza 63,5 mil toneladas na safra 2011. “Com o volume re-corde de maçãs e os recursos que temos disponíveis iremos retomar o crescimento da re-ceita da companhia, tanto no mercado doméstico como no

Renar atinge recorde na colheita de maçãs gala

internacional” observa o dire-tor comercial da Renar, Marcelo Holtz.

Em fevereiro deste ano, a empresa finalizou o processo de incorporação da Pomifrai Fruticultura, consolidando-se entre as três maiores produto-ras de maçãs do país. No mes-mo período, começava a recu-peração no mercado da fruta, cujo preço de mercado havia sido depreciado em 2009, mas apresentou significativa recu-peração no segundo semestre do ano passado. “A redução de aproximadamente 15% na saf-ra nacional de maçã em 2011 vai contribuir positivamente para a contínua recuperação de preços neste ano, algo que já estamos sentindo no início da colheita”, afirma Holtz.

De janeiro a fevereiro deste ano, a exportação de maçã brasileira totalizou 6,6 mil toneladas, quantidade 34% in-ferior à do mesmo período de 2010, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exte-rior). Diante desse cenário e também do menor volume de fruta de qualidade nesta safra, o setor acredita que as exporta-ções desta temporada sejam in-feriores às da anterior. Quanto à receita com as exportações, o montante foi de US$ 4,7 mil-hões nos dois primeiros meses deste ano, 15% abaixo do rece-bido no primeiro bimestre de 2010.

Dólar em queda prejudica exportação de maçãs

Com a queda do dólar, os produ-tores de maçã de Santa Catari-na se voltaram para o mercado interno, que tem uma demanda crescente pelo produto, con-sumindo em média cinco quilos por habitante ao ano. No ano passado, as exporta-ções de maçã ficaram em US$ 55,3 milhões, ante os US$ 56,3 milhões obtidos em 2009. Já em relação ao volume, a que-da foi ainda maior; em 2010 o país embarcou 90,8 milhões de toneladas, contra as 98,2 mil-hões do ano anterior, segundo dados da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Exten-são Rural de Santa Catarina).

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 07Fruticultura

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O cultivo da macieira é uma atividade relativamente recente no Brasil. No início da década de 1970, a produção anual de ma-çãs não ultrapassa mil toneladas toneladas. Com incentivos fis-cais e apoio à pesquisa e exten-são rural, o Sul do Brasil aumen-tou a produção de maçãs em quantidade e em qualidade, fa-zendo com que o país passasse de importador a auto suficiente

Maçã nacional puxa comércio da fruta na Ceagesp

Produto importado da Argentina está em falta no mercado

e com potencial de exportação.Nos últimos anos, a maçã

brasileira já conquistou os con-sumidores de outros países, especialmente os europeus, e entre 10% a 20% da fruta são exportados para diversos mer-cados, principalmente para a Europa.

O setor da maçã é reconhe-cido pelo governo, pela socieda-de e por todos os segmentos da fruticultura nacional, sendo fre-quentemente apontado como exemplo pelo sucesso alcança-do.

Há uma crescente consciên-cia mundial a respeito da im-portância da qualidade de vida,

expressa na preocupação com a preservação, uso adequado dos recursos naturais e com a qua-lidade dos alimentos e, especial-mente, da fruta.

Os reflexos desta tomada de consciência são percebidos em todas as regiões através do re-dimensionamento dos sistemas produtivos incluindo os compo-nentes ambientais e de qualida-de de vida.

Neste contexto de profundas mudanças no perfil do merca-do nacional e internacional da maçã, via mudanças dos hábi-tos, gostos e preferências dos consumidores, a definição de um sistema de Produção Inte-

grada de Maçãs (PIM) no Brasil, viável técnica e economicamen-te, significa habilitar este setor para enfrentar os desafios que este novo cenário impõe.

Na Ceagesp, os permissioná-rios que trabalham com a fruta estão animados com a atual sa-fra do produto nacional. Embo-ra em alta, o preço da maçã pro-duzida no Sul do país está mais barato que as variedades impor-tadas. Segundo o gerente geral da importadora La Violetera, o custo do transporte o vilão des-sa história. "Está faltando cami-nhão na Argentina e no Chile. Os transportadores preferem carregar pescados frescos, pois

o valor do frete é mais alto", explica.

Nos últimos anos, a deman-da pela maçã nacional também vem crescendo exponencial-mente. Quem afirma é Marcos Rodrigo Cantoni, gerente de vendas da filial da Agropel no ETSP. Segundo o funcionário da maior empresa exportado-ra de maçã brasileira, a quali-dade do produto nacional jus-tifica essa alta.

Atualmente, o mercado brasileiro da saborosa e nutri-tiva fruta é dominado por mias quatro grandes companhias: Schio, Agrícola Fraiburgo, Fis-cher e Renar.

Page 8: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201108 Fruticultura

Durante o ano agrícola, a ma-cieira tem dois ciclos, o veg-etativo e o de dormência. O primeiro estende-se de outu-bro a maio e o segundo ocorre de junho a setembro.

Confira a seguir o que ocorre mês a mês o com as árvores das variedades gala e fuji.

Ciclo Vegetativo

Outubro - mês da florada, os pomares cobrem-se de flores, é a fase mais bela deste ciclo. Para auxiliar a polinização, são colocadas colméias de abelhas nos pomares na proporção de duas colméias por hectare.

Normalmente neste mês são feitas as operações de raleio químico, cujo objetivo é pro-vocar a queda de determinada quantidade de frutas recém po-linizadas, visando o crescimen-

to das frutas remanescentes em função de menor concorrência, já que em cada cacho floral ocorrem cinco flores e só po-dem ficar no final uma ou duas frutas por cacho.

Novembro - fase do raleio manual, quando os agricultores retiram manualmente o exces-so de frutas dos cachos, pois o raleio químico não elimina to-das as frutas indesejáveis.

Dezembro - nesta fase as frutas estão em pleno crescimento e os agricultores fazem trabalhos de limpeza de ervas daninhas e a retirada de alguns frutos que ficaram em excesso após o ra-leio manual.

Janeiro - os agricultores con-tinuam os trabalhos de limpeza e manutenção dos pomares. Nos anos de chuva normal ou excessiva, faz-se necessário praticar a poda verde, visando

O ciclo da macieiraImponente, a macieira pode atingir até dez metros de altura. A árvore tem tronco de casca parda, lisa e copa arredondada; suas flores podem ser brancas ou róseas e têm aroma agradável. De coloração vermelha ou verde, pode apresentar pequenas manchas esverdeadas ou amareladas. Os frutos surgem de fevereiro a abril

eliminar os ramos que cresce-ram muito e impedem a en-trada de luz nas plantas, o que prejudica a coloração das fru-tas. Nas regiões de menor alti-tude inicia-se a colheita da gala.

Fevereiro/Março - são os me-ses de colheita da gala. Nesta fase os agricultores trabalham no mínimo dez horas por dia e de seis a sete dias por semana. Só a chuva interrompe a colhei-ta. Em regiões de menor alti-tude, inicia-se a colheita da fuji no final de março.

Abril/Maio - colheita da fuji. O ritmo de trabalho nos pomares não diminue até que a fruta es-teja toda recolhida nas câmaras frigoríficas.

Junho - após a colheita são fei-tas às operações de limpeza dos pomares. São retiradas as frutas caídas na colheita para evitar inoculo de doenças. Também os

galhos rompidos e lascados são retirados. Nesta mesma fase inicia-se a queda das folhas.

Julho/agosto - as árvores es-tão sem folhas e os agricultores executam a operação de poda, que têm como objetivo elimi-nar galhos velhos e provocar

Em nível mundial, as prin-cipais cultivares são: red deli-cious, Golden Delicious, gran-ny smith, fuji, gala, braeburn, pink lady, jonagold e elstar.

No Brasil a produção de maçã está concentrada em duas cultivares, gala e fuji que representam em torno de 90% da área plantada. As demais cultivares incluem a

Cultivares

O desenvolvimento comercial da cultura da macieira deu-se no início da década de 1970.Até então, o mercado brasileiro era abastecido totalmente por maçã importada principalmente da Argentina.

A produção mundial é de 55,542 mil toneladas sendo os maiores produtores a China, os Estados Unidos, a França e a Turquia.

O Brasil começou a aparecer nas estatísticas internacionais na década de 1980 e em 2001 atingiu a auto-suficiência. Também figura nos países exportadores, onde anualmente vem exportando em torno de 60 mil toneladas.As maiores cidades produtoras são Fraiburgo e São Joaquim (SC ) e Vacaria e Bom Jesus (RS). A área plantada é de 32 mil hectares.

PRODUÇÃO

novas brotações, que darão ori-gem a ramos que frutificarão nos próximos anos.

Setembro - neste mês são fei-tos os tratos culturais, visando o novo ciclo nas regiões de menor altitude ocorre o início da brotação e florada.

A macieira é das frutíferas que dispõe de um maior número de cultivares, no mundo são descritas mais de sete mil, porém comercialmente são poucos as que se destacam

eva, golden delicious, Bra-sil, anna, condessa, catarina, granny smith.

Eva, anna e condessa são cultivares de baixa ex-igência em frio, para plan-tio em regiões mais quentes e produção em dezembro e primeira quinzena de janeiro.

A gala esta sendo substi-

tuído por clones de colora-ção mais vermelha dos frutos como a royal gala, imperial gala e galaxy. Seus frutos são colhidos nos meses de janei-ro à fevereiro.

Fuji e seus clones, fuji su-prema e kiku, que também tem frutos mais avermelha-dos, produzem em abril e maio, sendo uma fruta de sa-

bor doce e muito suculenta.Os programas de melhora-

mento genético vem criando cultivares com menor exi-gência em frio e resistentes a doenças destacando-se a imperatriz, daiane, baronesa, catarina e joaquina, as últi-mas duas resistentes à sarna, uma doença fúngica que ataca folhas e frutos das macieiras.

Page 9: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 09

Page 10: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201110 Agricultura

A chegada à Ceagesp paulis-tana das variedades albion, ca-mino real, oso grande, festival e aromas cultivadas em Bom Repouso, Estiva, Senador Ama-ral e Pouso Alegre começou no último dia 15.

Embora a produção deste ano esteja menor em relação à do ano passado, em função do elevado custo de manutenção das lavouras e da escassa mão de obra, as expectativas de co-mercialização da safra do pseu-dofruto plantado do sul de Mi-nas Gerais são excelentes.

Segundo o empresário Se-bastião Andrade, sócio do pro-dutor Valdir Aparecido Pereira, os morangos de Bom Repouso e região são muito procurados pelos supermercadistas e fei-rantes, devido à sua elevada qualidade, aroma e aparência.

No início da safra de 2010, a caixa do produto era vendida a R$ 15. No decorrer da colheita, o preço foi caindo, até chegar a R$ 5. “No entanto, não dá para saber até que nível esse valor vai cair este ano. Tudo depende da demanda”, explica Andrade, lembrando que os morangos produzidos na região de Jarinu e Piedade, em São Paulo, come-çarão a chegar ao ETSP a partir da segunda quinzena de maio.

No Brasil, o cultivo da fruta concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Início da colheita do morango mineiro anima permissionários do ETSP

Saboroso e irresistível

Muito além do sabor

Além de suculento e sabo-

Mário Benassi e Sebastião Andrade: chegada do morango

produzido em Minas Gerais incrementa negócios dos

permissionários

Dentre as principais pra-gas que atingem a cultura do morango, destaca-se o ácaro-rajado que reduz a produção de frutos podendo causar a morte das plantas. O controle do ácaro-rajado normalmente é feito com o emprego de aca-ricidas sintéticos que tem sele-cionado populações resisten-tes ampliando a necessidade de pulverizações adicionais e ou aumento na dose aplicada.

Como a colheita do moran-go é realizada praticamente todos os dias, uma das princi-pais restrições ao uso dos aca-ricidas sintéticos é o período de carência que pode chegar a 14 dias. Esta situação tem sido uma das causas das inconfor-midades em relação à presen-ça de resíduos de agrotóxicos na cultura. Na tentativa de contornar esta situação, a Em-brapa recomenda a utilização de métodos alternativos para o manejo do ácaro-rajado na cultura do morangueiro, com destaque para o emprego de agentes de controle biológico, no caso dos ácaros predado-res, e produtos naturais, à base de azadiractina.

Na avaliação da empresa, o emprego destas tecnologias que permitem manejar as pra-gas do morangueiro minimi-zando os impactos negativos

ao ambiente e evitando a pre-sença de resíduos tóxicos nos frutos.

O uso isolado da azadi-ractina (substância retirada principalmente da semente da árvore de nim) ou a asso-ciação do produto com ácaros predadores tem reduzido sig-nificativamente os prejuízos causados pelo ácaro-rajado na cultura.

A azadiractina também tem sido eficaz no controle de outras pragas da cultura como os pulgões. Segundo o pesquisador, Marcos Botton, a disponibilidade destas duas tecnologias, que podem ser utilizadas de forma isolada ou conjunta, são ferramentas fun-damentais para o manejo de pragas na cultura permitindo a produção de frutas de qua-lidade e sem resíduos tóxicos. A expectativa da equipe en-volvida no projeto é retirar o “rótulo” de o morango ser um produto envenenado devido aos resultados das inconfor-midades quanto à presença de resíduos tóxicos, tornando a fruta um dos alimentos pre-feridos pelos consumidores. Para assim, valorizar ainda mais o trabalho dos produto-res envolvidos com o cultivo que tem como base a mão de obra familiar.

Alternativas para manejo de praga do morangueiro

A produção brasileira de frutas aumentou 19% entre 2001 e 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE). O consumo também cresceu, passando de 113 quilos por habitante/ano, em 2001, para 125 quilos por habitante/ ano, em 2009. Na avaliação do coordenador de culturas permanentes do Ministério da Agricultura, Gustavo Fir-mo, o crescimento se deu com a melhora de produtividade e rendimento. “Certamente os produtores investiram em tecnologia ao longo desses 10 anos. Isso melhorou bastante a produtividade da maioria das culturas”, diz.

Outro fator que explica o bom desempenho do setor é o preço. Na média, o preço das frutas ao consumidor não im-pactou tanto quanto era de se esperar. Se o consumidor final está tendo acesso a frutas a um preço razoável e o restante da cadeia tem ganhado, isso é muito bom”, analisa Firmo.

Apesar do cenário positivo, o saldo da balança comercial de frutas frescas (US$ 312,6 mi em 2010) sofreu uma que-da de 21% em relação a 2009.sitivo na balança desde 1999, “O aumento de importação é também um indicativo de que a demanda e o poder aquisiti-vo do brasileiro aumentaram”, observa Firmo.

Produção de frutas sobe 19 % em oito anos

Mais informações sobre o morango: (11) 8353-9373

roso, o fruto do morangueiro é uma excelente fonte de vitami-na C, fibras, cálcio, ferro e ou-tros nutrientes indispensáveis à boa saúde e alimentação.

De acordo com os especia-listas, seu consumo atua na prevenção e cura de infecções, cicatrização de ferimentos e bom funcionamento dos siste-mas nervoso, cardíaco e diges-tivo.

A frutinha também oferece resistência aos tecidos, ossos e dentes, e sua ingestão pode reduzir o colesterol e também prevenir o escorbuto.

Page 11: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 11Agricultura

A Embrapa (Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária), tem incentivado o plantio de abacaxi em Tocantins por meio do projeto de produção integra-da. De acordo com a empresa, a iniciativa apresentou bons resultados no estado, onde a colheita da fruta prossegue até o fim de abril. A ação procura integrar produção, mão-de-obra e meio ambiente, com a redução do uso de inseticidas e o aumen-to do lucro do produtor.

O trabalho é coordenado pelo pesquisador Aristoteles Pi-res de Matos. “Começamos em 2004, com a adesão de apenas um produtor. Hoje já são 43”, diz Matos.

A principal variedade utili-zada no projeto é a BRS Impe-rial, desenvolvida pela Embrapa e que é resistente à fusariose, principal doença que acomete

Produção integrada de abacaxi tem bons resultados em Tocantins

a cultura do abacaxi no Brasil, o que contribui para reduzir o uso de agrotóxicos, um dos princí-pios do sistema de produção integrada.

Além disso, segundo a Em-brapa, essa variedade apresenta frutos com polpa amarela, ele-vado teor de açúcares e excelen-te sabor, indicados tanto para o consumo in natura quanto para a industrialização.

Os frutos apresentam vida de prateleira mais longa do que os tradicionais. As caracterís-ticas de sua casca favorecem o transporte com menor inci-dência de danos mecânicos. A ausência de espinhos nas folhas facilita o manejo e os tratos cul-turais.

O plantio da BRS Imperial é indicado para as principais regiões produtoras do Brasil, principalmente em condições

ambientais similares às dos Ta-buleiros Costeiros da Região Nordeste.

Outra variedade indicada para as mesmas regiões é a BRS Vitória, também resistente à fusariose e sem espinhos nas folhas. A espécie apresenta bom desenvolvimento e crescimento. Os frutos, quando estão madu-ros, têm polpa branca, elevado teor de açúcares e sabor agra-dável e destina-se tanto para o consumo in natura, como para a agroindústria.

Já o abacaxi BRS Ajubá, tam-bém desenvolvido pela Embra-pa, é indicado para regiões mais frias, especialmente o Vale do Rio Uruguai, no noroeste do Rio Grande do Sul. Assim como as cultivares BRS Imperial e BRS Vitória, a BRS Ajubá é resistente à doença do abacaxizeiro e não apresenta espinhos nas folhas.

Os produtores rurais vão po-der reduzir os gastos no plantio de milho, cana-de-açúcar, arroz e trigo, com o emprego de tec-nologia à base de inoculante - bactérias que fixam nitrogênio no solo. Esse tipo de produto é empregado com sucesso no cul-tivo da soja desde a década de 70. A Instrução Normativa Nº 13 moderniza o registro desses produtos no Brasil, melhorando as regras existentes para pro-dução, pesquisa e importação.

De acordo com o coordena-dor do Departamento de Fisca-lização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Hide-raldo Coelho, os inoculantes di-minuem bastante a quantidade de fertilizantes nitrogenados usada na lavoura. “No cultivo de soja, por exemplo, os agriculto-res chegam a gastar, em média, R$ 15 por hectare. Entre os que não aderem à tecnologia, os custos podem chegar a aproxi-madamente R$ 700,00 por hec-tare, calculam os especialistas da área”, diz Hideraldo Coelho.

Diferentemente da aduba-

ção mineral, os inoculantes têm como base material biológico. Além de mais baratos, os produ-tos não causam danos ao meio ambiente. “A fixação biológica de nitrogênio pelas plantas le-guminosas pode suprir a adu-bação mineral dependendo da

Após a fotossíntese, a fixa-ção biológica de nitrogênio é considerada o mais importante processo biológico fundamen-tal para a vida e consiste em processo que captura o nitro-gênio presente na atmosfera e o converte em formas que podem ser utilizadas pelas plantas.

Em termos de agricultura, a simbiose entre bactérias fixa-doras de nitrogênio e plantas leguminosas é a mais importan-te. Após a formação de nódulos nas raízes dessas plantas, a bac-téria passa a fixar o nitrogênio atmosférico e a planta o trans-forma em compostos orgânicos, diminuindo uso de adubos ni-trogenados. No Brasil, graças ao processo de FBN, a inoculação substitui totalmente a necessi-dade do uso de adubos nitroge-nados nas lavouras de soja.

O uso de inoculantes evita a contaminação da água pelo ni-trato existente nas fórmulas de adubo nitrogenado e contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Tecnologia promete diminuir gastos para o produtor rural brasileiro

espécie e sistema de cultivo”, explica o coordenador.

As novas normas para o re-gistro do material produzido, importado e comercializado em território nacional incluem os micro-organismos aprovados para uso e as orientações para

embalagens. “O pedido de re-gistro deverá conter a relação das matérias-primas utilizadas na fabricação e as suas funções, bem como a espécie de micro-organismo utilizado e a qual cultura se destina”, informa Co-elho.

Page 12: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201112 Produção Agrícola

Na avaliação do Cepea, com o clima favorável registrado desde março nas regiões mi-neiras de São Gotardo, Santa Juliana e Uberaba, as lavouras devem apresentar maior rendi-mento em abril. Assim, a oferta de cenoura mineira neste mês deve ser maior que a observa-da em março. O tempo seco e as temperaturas amenas no mês passado contribuíram para o bom desenvolvimento e a qua-lidade das raízes.

Com o elevado volume de chuvas na segunda quinzena de março, houve alta incidência de “mela”, porém grande parte das roças que apresentavam pro-blemas de nematóides já havia encerrado suas atividades.

Assim, a produtividade média das lavouras mineiras observada em março foi 14%

maior que registrada em feve-reiro. Além disso, o descarte no beneficiamento, que em feve-reiro era de 50%, baixou para 15% em março, com possibi-lidade de reduzir ainda mais em abril. Como resultado, as cotações, que tiveram média de R$ 22,00/cx “suja” de 29 kg em março, devem cair em abril.

Agricultores da região de Marilândia do Sul (PR) devem colher mais cenouras em abril. Isso porque houve um intervalo de colheita em março, uma vez que muitos produtores inter-romperam o plantio por cerca de 20 dias em dezembro, quan-do os baixos preços e as chuvas inibiram os investimentos. As-sim, em março, comerciantes paranaenses buscaram o pro-duto nas regiões produtoras de Minas Gerais.

Ao contrário do que espera-vam os produtores, não houve pico de safra de batata na re-gião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba em março. As chuvas na praça mineira durante quase todo o mês impediram a colhei-ta de grande parte da área que deveria ter sido ofertada no cor-rer de março. Assim, o pico de safra foi deslocado para abril, o que influenciou no escalona-mento da oferta, uma vez que a previsão era de que a área colhi-da em março fosse o dobro da de abril. Em março, 30% a área foi colhida, ao passo que a es-timativa inicial apontava 45%. Agora, agentes acreditam que, até o final de abril, 40% da área esteja colhida.

Segundo o Cepea, este deslo-camento do calendário, aliado à quebra e produção no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, elevou os preços da batata em março. Além disso, a melhora na qua-lidade também influenciou o aumento nos preços no período. A batata especial tipo ágata nas beneficiadoras teve média de

Produtividade de cenoura deve aumentar em Minas Gerais

Em abril, produtores devem voltar a colher cenouras com maior intensidade, com o ob-jetivo de recuperar o intervalo na produção. Segundo o Cepea, o volume esperado para ser co-lhido neste mês é de 29 tone-ladas por hectare. Assim como em Minas Gerais, o aumento da oferta em Marilândia do Sul deve pressionar as cotações.

A disponibilidade de cenou-ra em Cristalina (GO) esteve reduzida no correr de março, porque o descarte resultante dos problemas de qualidade diminuiu o volume disponível para comercialização.

A menor oferta na região deve se estender até meados de abril.

Além disso, as chuvas regis-tradas em março dificultaram as atividades de campo, como

plantio e pulverizações, o que diminuiu o rendimento das lavouras. Alguns produtores, inclusive, chegaram a registrar quebra de safra. Apesar da me-nor oferta, a colheita dos lotes com nematóides encerrou em março e as raízes devem apre-sentar melhor qualidade em abril.

As regiões produtoras de Minas Gerais, Goiás e Paraná devem começar o plantio da temporada de inverno de 2011 no final de março/início de abril.

As chuvas ocorridas nas últimas semanas de março in-terferiram no planejamento de semeadura da safra, o que deve atrasar o plantio em cerca de 10 dias, em média, na região. Segundo a Somar Meteorolo-gia, ao longo de abril, as preci-

Após chuvas, pico da safra de batata deve ocorrer em abril

PRODUTIVIDADE

pitações podem reduzir gradu-almente, e assim, as atividades de plantio devem ser regula-rizadas. Com relação à área de cultivo da safra de inverno

Clima de março contribuiu para o bom desenvolvimento das raízes

R$ 35,57/sc de 50 kg em março, valor 47% superior à de feve-reiro. O aumento nos preços em março trouxe alívio para muitos produtores, que, durante quase toda a safra, negociaram a bata-ta a preços baixo dos custos. A safra das águas do Sul de Minas Gerais foi praticamente finaliza-da em março, restando apenas 5% da área para ser colhida em abril.

Desde o início da temporada, a qualidade da batata foi preju-dicada pelo excesso de chuva, que ocasionou pele escura. No entanto, a produtividade foi elevada: 35 toneladas por hec-tare durante a safra. A baixa qualidade, aliada ao excesso de oferta, pressionou os valores pagos aos produtores, tornado a safra menos rentável. O plantio da safra das secas foi atrasado o Paraná e no Sudoeste Paulista por conta das huvas em feverei-ro. No Paraná, o plantio atrasou quase um mês, conforme relatos de produtores da região. Até o fim de fevereiro, o comum seria o cultivo de 90% da safra, mas

apenas 60% da área foi conclu-ída. Assim, os 40% restantes foram plantados em março. As precipitações também elevaram a incidência de doenças, como requeima e canela-preta. Agora, a preocupação de agricultores paranaenses está relacionada à possibilidade de geadas a partir de abril.

Quanto ao Sudoeste Paulista, a estimativa era de que as ati-vidades de campo atingissem 20% da área em fevereiro, mas apenas 5% foi cultivado. Com isso, houve concentração ain-da maior do plantio em março (80% da safra) e, em abril, as atividades seguem para o fim, com os 15% restantes. Apesar desse atraso, o calendário de colheita não deverá ter muitas alterações. Assim, a oferta da batata em maio deve ser menor, como geralmente é observa-do para o período. Já o pico de oferta está previsto para junho e, com o ligeiro atraso do plan-tio, a disponibilidade este ano, especificamente, deve ser ainda maior.

Page 13: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 13

O clima será o fator deter-minante para a produtividade das lavouras de milho e algo-dão na segunda safra.

Apesar do otimismo em relação ao desempenho des-tas duas culturas na safrinha, este cenário dependerá do comportamento climático, que definirá o desempenho da colheita, uma vez que o atraso do plantio na primeira safra acabou retardando o início do plantio de 30% da safrinha.

A análise consta no bole-tim Ativos de Grãos, publica-ção elaborada Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e pelo Centro de Estu-dos Avançados em Economia Aplicada. Segundo o estudo, houve início tardio das chu-

Clima definirá desempenho da safrinha em 2011

CÁ ENTRE NÓS

deste ano, deve ficar pratica-mente estável em comparação com a verificada na temporada de 2010. Isso porque os preços ficaram baixos durante quase

todo o segundo semestre do ano passado, desestimulando agricultores a realizar novos investimentos na cultura para este ano.

Atraso do plantio na primeira safra retardou o início do plantio de pelo menos 30 % da safrinha

vas, principalmente na região Centro-Oeste, onde a seme-adura de soja, por exemplo, aconteceu com pelo menos um mês de atraso.

Desta forma, diz o boletim, o adiamento do começo do plantio na safra tradicional acabou também por retardar o plantio da safrinha, princi-palmente para quem adota o sistema de sucessão soja-mi-lho ou soja-algodão, ou seja, quem planta soja na safra tra-dicional e milho ou algodão na segunda safra. “As culturas de segunda safra terão menos dias para se desenvolver até que comece o período em que as chuvas escasseiam”, explica o boletim.

Para avaliar qual sistema

de sucessão pode ser mais vantajoso para o produtor, o boletim fez algumas simula-ções de preços de comercia-lização e produtividade no sistema de sucessão, ou seja, duas culturas por safra, com base em dados coletados no município de Campo Verde (MT). O estudo apontou que, se o agricultor daquela região optou por cultivar soja na pri-meira safra e milho na safri-nha, ele terá receita suficiente para pagar seus custos se co-mercializar sua produção a R$ 45 a saca da oleaginosa e a R$ 19 a saca de 60 quilos do ce-real, se levada em conta uma produtividade de 52 sacas de soja/hectare e 75 sacas de mi-lho por hectare.

Na Escola do Sabor, projeto desenvolvido na Nossa Turma sob orientação dos estagiári-os do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, com a supervisão da dra. Anita Gutier-rez, foi apresentado às crianças um prato com um dos produtos de grande fartura nesta época do ano: a batata.

A Campo Vitória mandou batata inglesa, a Iguape nos ce-deu batata doce, rosada e bran-ca. Com o produto em mãos, fiz-eram um nhoque com ambas as variedades. Depois de saborear a iguaria, a criançada chegou à conclusão de que o prato ficou muito bom!

Na roda de conversas, os pequenos falaram também do peixe que ganhamos da New Fish e pediram para que as cozinheiras da entidade, tias Benedita e Edilza, fizessem bacalhau com batata, doce ou inglesa.

A batata já está garantida, agora só falta o bacalhau, que eu vou pedir pessoalmente

aos importadores e, assim, as crianças vão definir com qual batata o bacalhau será servido.

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No dia 16 de abril, o vol-untariado dos funcionários do banco HSBC proporcionou uma manhã maravilhosa a nossas crianças, que foram pintadas no rosto com temas da Páscoa pelo tio Borges. A garotada pulou na cama elástica, saboreou ca-chorro quente, pipoca, algodão doce, curtiu as brincadeiras e, no final, ganharam ovos de chocolate, entregues por papai e mamãe coelho, o que deu sen-tido à Páscoa da fraternidade.

A Páscoa da fraternidade

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No próximo dia 15 de maio acontece a quarta edição da Queima do Alho, onde 30 co-mitivas cozinharão a melhor comida caipira do Brasil

durante o evento, as crian-ças serão brindadas pela voz maravilhosa da cantora mirim Rebeca Angel, ex-apresentado-ra do programa Carrossel, do SBT, acompanhada pelo balé infantil do Raul Gil. Também estarão presentes os cantores Júnior Carvalho e Cristiano, Thaís e Eduardo, além da ban-da Red Fox.

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Na sequência, no dia 17, começa a Femetran, a feira mais esperada do ano pelos caminhoneiros e frotistas, que aproveitam a oportunidade para renovar a frota com as ofertas que sempre acontecem nesta ocasião. Vamos prestigiar, pois a festa é nossa!

Por Manelão

Page 14: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201114 Ceasas Brasil

Ceagesp encerra março com leve alta nos preços

O Índice Ceagesp fechou o mês de março com ligeira ele-vação de 0,73% nos preços no atacado dos principais produ-tos comercializados na compa-nhia. “Após altas expressivas durante os meses de janeiro e fevereiro devido ao excesso de chuvas nas regiões produtoras, os preços no atacado já iniciam processo de retorno aos pata-mares habituais”, comenta o economista da estatal, Flávio Godas.

No trimestre, o balizador de preços acumula alta de 9,49%, e retração de 3,30%, nos últi-mos 12 meses.

Depois de altas significati-vas nos últimos meses, o setor de verduras apresentou recuo de 4,96% nos preços pratica-dos.

As principais quedas foram do coentro (-33,5%) e do bró-colis (-20,4%). Já as altas fica-ram por conta do milho verde (45%), da couve-flor (23%) e da couve (12%). Outro setor a registrar retração foi o de fru-tas, com 1,48%.

As baixas mais acentuadas foram do maracujá azedo, do abacate e da laranja lima.

As principais altas foram do abacaxi, do morango e do caju. Influenciado pelas altas da ba-tata e cebola e ovos, o setor de diversos registrou elevação de 15,7%. “A batata e a cebola estavam com preços próximos ao custo, com esse aumento os produtos recuperaram seus preços normais. A alta nos ovos deve-se a menor oferta do pro-duto nesse período”, explica Godas.

Os setores de legumes e o de pescados também registraram aumentos nos preços.

Nos legumes as principais altas foram do quiabo, pimen-tão verde e da vagem.E as prin-cipais baixas foram do pepino comum, da ervilha e da abo-brinha italiana. Já no setor de pescados os aumentos foram pescada, da anchova e da cor-vina. As quedas foram do atum, do cação e do salmão.

“Com a tendência de condi-ções climáticas satisfatórias no

mês de abril, os preços de-vem recuar acentuadamente em todos os setores, prin-cipalmente legumes e ver-duras. Somente o setor de Pescados, em razão da maior demanda na Semana Santa, não deve apresentar recuo dos preços”, prevê Godas.

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos

Fonte: Ceagesp

Índice Ceagesp Março 2011

Geral

Legumes

Verduras

Pescados

Diversos*

Frutas

0,73%

7,34%

-4,96%

2,71%

15,73%

- 1,48%

Brócolis20,4%

Milho verde

45%

Couve-flor 23%

Presidente da CeasaMinas é reeleito na Abracen

Dirigentes de 20 Ceasas do país reelegeram, por unanimi-dade, o presidente da CeasaMi-nas, João Alberto Paixão Lages, para a presidência da Abracen (Associação Brasileira das Cen-trais de Abastecimento). A re-condução, que prevê um novo mandato de dois anos, foi defi-nida no final de março em Bra-sília (DF), durante o encontro nacional da entidade.

Entre os principais objeti-vos da Abracen para 2011 estão a mobilização para a aprovação do projeto de lei 8001/10, que determina normas específicas para os entrepostos de abaste-cimento, além de uma missão técnica à Europa.

A reeleição ocorre no ano em que a Abracen completa 25 anos, no próximo mês de maio. Criada para promover maior in-tegração entre as Ceasas, hoje a instituição tem assumido papel estratégico como interlocutora junto a governos e à sociedade em defesa do abastecimento como política pública.

Uma das conquistas recen-tes da Abracen foi a conclu-são do texto do projeto de lei 8001/10. A associação inte-grou uma comissão compos-ta também pelo Ministério da Agricultura, Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Conab) e Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Co-

merciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece).

O texto foi remetido ao Con-gresso Nacional em dezembro de 2010 para debate a aprova-ção.

Outra iniciativa que contou com a mobilização do órgão foi a criação da Frente Parlamen-tar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno. “Com a Frente, marcamos presença definitivamente nas discussões do Congresso Nacional, reafir-mando o abastecimento como um instrumento de política pú-blica, essencial para a seguran-ça alimentar e, por conseqüên-cia, para a defesa da dignidade humana”, destacou Lages.

A segunda etapa do concurso culinário que reúne mais de 30 co-mitivas do estado de São Paulo será realizada no próximo dia 15 de maio no ETSP. A renda integral do evento, que acontecerá na Praça da Batata, será novamente revertida à Associação Nossa Turma, organiza-ção sem fins lucrativos especial-izada no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vul-nerabilidade social. Participe!

Queima do Alho na Ceagesp

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 Qualidade 15

Variedades de tangerina e híbridos comercializadas na Ceagesp

Desenho: Bertoldo Borges Filho - CQH/ Ceagesp

Os citros, ou as plantas do gênero Citrus e outros asse-melhados como Fortunella e Poncirus, são as fruteiras com a maior área cultivada no mun-do. Originaram-se no Sudoeste da Ásia, onde atualmente estão países como a China, o Japão e Índia e lá foram domesticadas. Geralmente são árvores ou ar-bustos e pertencem a subfa-mília Aurantioideae e a família Rutaceae.

Com o surgimento de civi-lizações mais adiantadas, de conquistas de um povo sobre o outro e com a intensa troca de plantas e animais que isso faz acontecer, os citros foram leva-dos de um local para o outro e acabaram chegando à Europa por meio dos mouros que in-vadiram a Península Ibérica e depois no período das grandes

navegações chegaram à Améri-ca. Hoje disputam com as ba-nanas o titulo de fruteira mais plantada no mundo.

Os frutos cítricos são bagas, divididas em gomos ou carpelos cuja característica mais típica é as vesículas de suco, ou “gomi-nhos” no interior. A diversidade genética é enorme, com vários tamanhos de frutos, colorações de casca e polpa, sabores, casca solta, casca presa, ausência ou presença de sementes. É gran-de o número de espécies no gênero Citrus e também muito fácil o cruzamento ou hibrida-ção entre elas.

Economicamente, os grupos de citros mais importantes são, pela ordem, as laranjas doces, as tangerinas, limões e limas ácidas, limas doces, pomelos e outros de menor importân-cia. As características que ca-racterizam as tangerinas são a casca pouco aderente aos go-mos, o que facilita o descasque manual. Os gomos são menos aderidos e são frutos mais ma-

cios, bem menos resistentes ao manuseio pós-colheita e um tempo de maturação na árvore menor quando comparado aos outros citros. Diversas espécies de citros e híbridos enquadram nestas características.

No ano passado foram co-mercializadas 130 mil tonela-das de tangerinas na Ceagesp. Quase metade desse volume foi de ‘ponkan’ que pertence a es-pécie Citrus reticulata e é uma tangerina originária da Ásia, de fruto grande, casca bem solta, com sementes e de polpa doce bem ao gosto do brasileiro.

A oferta significativa de ‘ponkan’ no entreposto paulis-tano da Ceagesp vai de março a agosto.

Em segundo lugar, com 32 % do volume, aparece o tangor ‘murcott’, junção das palavras do inglês tangerine (tangerina) e orange (laranja), ou seja, é um híbrido entre laranja e tangeri-na e não uma tangerina pura, por isso a casca é mais aderen-te e menor, tornando-a fácil de

descascar. O suco possui colo-ração muito bonita e é saboro-so. A grande vantagem de mer-cado da ‘murcott’ é maturação bem mais tardia que a ‘ponkan’, possibilitando o abastecimen-to do mercado no segundo se-mestre. Na Ceagesp, o auge da oferta acontece entre julho e novembro. O cruzamento entre laranja e tangerina foi realizado na Flórida por Charles Murcott, que deu origem ao nome da va-riedade.

Em terceiro lugar, temos as mexericas que os gaúchos cha-mam de bergamotas. São essas tangerinas que pertencem à espécie Citrus deliciosa, consti-tuída por frutos menores e com

grande quantidade de vesículas de óleo na casca, por isso libe-ram aroma bastante pronun-ciado e típico quando descas-cadas. O sabor é excelente, com uma interessante combinação de açucares, ácidos e aromas. Por esse motivo, a espécie foi denominada deliciosa. Apro-ximadamente, 15% das tan-gerinas comercializadas no na Ceagesp são mexericas. O pico de oferta ocorre entre maio e setembro.

Outras tangerinas como a ‘Cravo’, também Citrus reticu-lata e os tangores ‘Decopom’ e ‘Afourer’ (ou ‘W Murcott) tam-bém são comercializadas na Ceagesp.

Variedades de citros comercializadas na CeagespGabriel Bitencourt de Almeida CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 17

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201118 Qualidade

Anita de Souza D. GutierrezCQH-Centro de Qualidade em

Horticultura da Ceagesp

Durante o período de 17 de janeiro a 11 de fevereiro foi realizado um levantamento de dados entre os permissionários Ceagesp e constatou-se que já existem diversos produtos pro-cessados no mercado.

Os principais produtos en-contrados foram minimamente processados, casos de frutas secas, conservas, produtos pré-cozidos e em calda. Mas o que são exatamente produtos mi-nimamente processados e pro-cessados?

Segundo a Associação In-ternacional de Produtores de Minimamente Processados, produtos minimamente pro-cessados são aqueles que são modificados fisicamente, mas mantém seu estado fresco. As-sim, é um produto fresco, tor-nado conveniente, com quali-dade e garantia de sanidade. Já produtos processados sofrem outros tipos de tratamentos que além de modificar fisica-mente o alimento, podem ou não modificar suas caracterís-ticas organolépticas, como cor, sabor e textura.

Ao que tudo indica, o mer-cado para esses produtos no Brasil está em crescimento. Se-gundo o IBGE, o consumo per capita anual de alimentos pro-cessados cresceu de 2,365 qui-los em 2002/2003 para 3,214 quilos em 2008/2009. Parece pouco o aumento de quase um quilo em seis anos, mas se lem-brarmos de que o Brasil tem

192 milhões de habitantes é um aumento de volume total bem considerável.

Os principais fatores que podem ser apontados como causas deste aumento no con-sumo são a maior facilidade para o consumidor final, já que não há necessidade de preparo; o maior aproveitamento, pois tudo que vem na embalagem é consumido; a diversidade de produtos, que possibilita com-por refeições variadas; além de serem refeições saborosas e saudáveis.

O produto mais encontrado no entreposto paulistano da Ceagesp foi o alho, apresentado em diversas formas minima-mente processadas: descas-cado, descascado e triturado, descascado em cortado em ti-ras, e em formas onde o proces-samento é mais elaborado, por exemplo, triturado e frito e em fatias desidratadas.

O volume total de frutas processadas comercializadas na Ceasa paulistana em foi 0,61 toneladas. Os produtos mais encontrados foram frutas secas

Frutas e hortaliças processadas na Ceagesp

e/ou desidratadas, como uvas, ameixas, damasco, figo, entre outras.

O processo de secagem/desidratação ocorre através da exposição do produto ao sol ou à corrente de ar quente. O mé-todo é uma maneira eficaz de conservação, pois reduz a ati-vidade de água da fruta, dificul-tando assim o crescimento de microrganismos patógenos ao ser humano.

Ainda no setor de frutas, fo-ram encontrados produtos pré-cozidos, como laranja, mamão, figo e cidra. O pré-cozimento dessas frutas visa à diminuição no tempo de preparo de doces e compotas. Para melhor preser-vação os produtos são imersos em soluções ácidas, que impe-dem o crescimento de micror-ganismos deteriorantes e pato-gênicos.

Foram encontradas também frutas em calda, como pêssego, abacaxi e lichia.

O processo de fruta em cal-da consiste em imergir a fruta em uma calda com alta concen-tração de açúcar, que, além de dar sabor à fruta, impede que microrganismos patogênicos se desenvolvam, pois reduz a quantidade de água disponível para o desenvolvimento dos mesmos.

Nos setores de verduras e legumes foram encontrados vários produtos em forma de conserva, como palmito, cham-pignon, pepino, pimenta e azei-tona.

A conserva segue o mesmo princípio da calda, porém seu ingrediente principal é o sal. Segundo o ranking da Ceagesp, em 2009 foram comercializa-das no entreposto, 1.728 tone-ladas de legumes e verduras processadas.

O volume de entrada de polpas de frutas congeladas no entreposto paulistano naquele ano foi de 490,38 toneladas. O preparo da polpa é feito através do esmagamento da fruta, po-dendo haver ou não adição de água e logo em seguida o enva-se e congelamento.

Durante o levantamento também foram encontrados produtos pré-lavados, como maçãs e peras, além de mini ce-nouras e beterrabas.

Mercado para estes produ-tos apresenta crescimento no Brasil e é boa oportunidade para produtores

A questão da água para consu-mo será um dos

problemasmais importantes

a ser resolvido neste século

A cidade, a agricultura e a água

Page 19: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 19Qualidade

Quando perguntaram ao as-tronauta russo que foi o primei-ro a sair da atmosfera terrestre, Yuri Gagarin, como era a Terra vista de longe, ele deu a famo-sa resposta: “A Terra é azul.” E é azul por causa da água, que co-bre mais de 75% da superfície do nosso planeta.

A água realmente disponí-vel para os seres vivos, entre-tanto, é um bem relativamente escasso, porque a maior parte dela está nos oceanos salgados ou em geleiras inacessíveis e a presença do homem em nú-mero cada vez maior sobre o planeta é um grande compli-cador do problema, porque o homem, além de usar a água, também a polui com resíduos e dejetos. Por essa razão, a ques-tão da água para consumo dos homens, plantas e animais será provavelmente o problema

dade, que pode causar cólera, disenteria bacilar, febre tifóide, gastroenterite, diarréia infantil e leptospirose ou por contato com água de má qualidade, que pode causar esquistossomose e reações adversas a poluentes químicos.

As cidades produzem a todo tempo quantidades enormes de material poluente que acaba atingindo seriamente as terras agrícolas. Os esgotos domicilia-res e industriais são despeja-dos nos rios, poluindo as águas e causando graves problemas para os criadores, que preci-sam dela para dar de beber a seus animais, ou para os agri-cultores, que precisam utilizá-la para irrigar suas lavouras. As cidades, e principalmente as estradas pavimentadas que as ligam, promovem também sérios problemas de erosão

A cidade, a agricultura e a águamais importante a ser resolvi-do pela humanidade neste sé-culo e o Brasil, que possui 12% de toda a água doce disponível no mundo, será, com certeza, um dos principais protagonis-tas do debate sobre a água.

A água está em grande evi-dência. Ecologistas do mun-do todo colocam a escassez e a poluição da água como um dos principais problemas am-bientais. O apagão colocou a água como uma das principais causas da falta de energia. Os níveis dos reservatórios das usinas hidroelétricas apresen-taram, nos últimos anos uma diminuição constante e grave.

Cerca de 80% das doenças e 65% das internações hos-pitalares estão relacionadas ao saneamento. Os principais riscos para a saúde são por ingestão de água de má quali-

nas terras agrícolas porque as águas que se acumulam sobre os solos pavimentados são des-pejadas sem maiores cuidados. Há um estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Uni-versidade de São Paulo, que de-monstra que mais de 70% das voçorocas (erosões de grande porte) têm origem urbana ou de estradas.

Os agricultores recebem também a poluição do ar, que cai sobre suas terras junto com a chuva.

Todos sabemos que a água é fundamental na produção agrí-cola. Qualquer cultura consome durante o seu desenvolvimen-to um grande volume de água. Cerca de 98% dessa água ape-nas passa pela planta, voltan-do à atmosfera no processo de transpiração. O reservatório de água utilizado pelas plantas é o solo. A recarga natural desse reservatório é feita pelas chu-vas.

O solo agrícola bem conser-vado capta toda a chuva. A água é armazenada no solo até a sua capacidade de campo, depois, por percolação profunda, vai abastecer o lençol freático. A água que o solo não consegue armazenar vai para os aquífe-ros subterrâneos abastecer rios e córregos.

Vamos esquecer a produção de alimentos e matéria prima da agricultura e pensar na pro-dução de água nas áreas agrí-colas. Vamos trabalhar com um município hipotético de 10 mil hectares com uma precipitação média de 1.300 mm. Um mi-límetro de chuva significa um litro de água por metro quadra-do.

Um milímetro de chuva em um hectare são 10 mil litros de água. Em 10 mil hectares são 100 milhões de litros. Se esse município tiver somente 80% da sua área em total ocupada por área agrícola, teremos, com uma chuva de um milímetro uma precipitação na área agrí-cola de 80 milhões de litros. Es-tudos mostram que numa área bem conservada, 20% de toda a chuva infiltra no solo. Se con-siderarmos 20% de 80 milhões de litros teremos 16 milhões de litros, com um milímetro de chuva. Como a chuva média anual desse município é 1.300 milímetros, teremos um volu-me anual de água limpa, distri-buída ao longo do ano, abaste-cendo os rios e córregos desse município, de 20 bilhões e 800 milhões de litros.

Considerando-se o consumo de água diário de uma pessoa, de 325 litros, só a chuva capta-da e conservada pela área agrí-cola poderá abastecer durante todo o ano 175.342 pessoas.

A sazonalidade das fru-tas vai diminuindo à medi-da que diferentes regiões, com diferentes climas, con-seguem produzir em épocas diferentes, fora da época normal. O caqui apresen-ta grande concentração de oferta de março a maio e va-riedades de características para todos os gostos.

Vinte e cinco das qua-renta regiões agrícolas pau-listas produzem caqui, sen-do que quatro produzem 89% da produção: Mogi das Cruzes (44%), Campi-nas, Sorocaba e Itapeva. A produção paulista de caqui cresceu de 69 mil para 112 mil toneladas, de 1983 até 2010 (61%).

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp desenvolveu materiais de promoção do caqui, que es-tão à disposição dos interes-sados em multiplicá-lo: uma cartilha para o consumidor, um cartaz de orientação de consumo e oferta de cada variedade, um cartaz para ser afixado em feiras e su-permercados com os preços do dia de cada variedade.

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Page 20: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201120 Qualidade

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O ácaro-hindu dos citros (Schizotetranychus hindusta-nicus) é a praga quarentenária mais recente no país e poderá trazer sério perigo à citricul-tura paulista, se não for exe-cutado rigoroso controle para evitar a sua disseminação, com-binado com ações de educação sanitária.

Os frutos cítricos soma-ram 18% da quantidade total comercializada no entreposto paulistano da Ceagesp no ano passado. A laranja foi o primei-ro produto do ranking da co-mercialização, com 11,6% do total comercializado, seguida pelas tangerinas, com 3,8%, e pelo limão, ou lima-ácida, com 2,6% do total. A participação elevada dos frutos cítricos e o seu volume na comercializa-ção da Ceagesp são reflexos da importância da produção citrí-cola no estado de São Paulo, e do destaque da Ceagesp como importante centro de distribui-ção de frutos cítricos para todo o país.

A produção de citros envol-ve também grandes problemas e preocupações, alvo de diver-sas pragas que colocam em ris-co a sobrevivência do setor. As pragas quarentenárias da citri-cultura brasileira, submetidas ao controle oficial e à exigência de Permissão de Transito Vege-tal (PTV) são o cancro cítrico, o

greening, a pinta-preta, a mos-ca negra dos citros e a mosca da carambola (por enquanto restrita ao estado do Amapá). Outras graves ameaças fitossa-nitárias são a clorose variegada (CVC ou amarelinho), a leprose e a morte súbita, de origem ain-da indefinida.

O ácaro-hindu dos citros foi identificado pela primeira vez no sul da Índia, em 1924, e em Zulia, na região oeste da Vene-zuela, em 2002. Em 2008, ele foi encontrado em plantas de limão tahiti e galeguinho, em explorações agrícolas e poma-res domiciliares no município de Boa Vista, tendo ingressado no estado de Roraima através da fronteira com a Venezuela. Este ácaro tem como hospedei-ros, além dos citros, o coqueiro,

as acácias, o neem e o sorgo. Em 2008, o Ministério da Agri-cultura notificou o estado de Roraima sobre a ocorrência da praga em seu território.

A Instrução Normativa Nº 34, de 2009, restringiu o trânsi-to de vegetais e suas partes das espécies de Citrus spp e demais plantas hospedeiras. Os frutos cítricos podem sair de Roraima e transitar para outros estados desde que submetidos ao be-neficiamento seguido de inspe-ção. O beneficiamento consiste na imersão dos frutos em solu-ção de cloro a 200 ppm, por 10 minutos, seguido de lavagem com ortofenilfenol a 0,65%, es-covação, secagem e aplicação de cera a base de carnaúba e resinas de colofônia oxidada. A inspeção deve ser executada

por responsável técnico habi-litado para Certificação Fitos-sanitario de Origem (CFO). O trânsito somente poderá ocor-rer mediante apresentação de Permissão de Transito Vegetal e de CFO ou CFOC declarando que a carga foi submetida ao tratamento preconizado pela instrução normativa e encon-tra-se livre do Ácaro Hindu dos Citros, exceto se a partida tiver origem em área livre de praga oficialmente declarada pelo Ministério da Agricultura. O trânsito de vegetais e suas partes, exceto material in vitro e madeira serrada, das espé-cies Citrus spp., Cocos nucifera, Acacia sp., Azadirachta indica, Melia azedarach e Sorghum b i c o l o r, hospedeiras do Áca-ro Hindu dos Citros, quando oriundas de unidades da Fe-deração onde seja constatada, por laudo laboratorial oficial, a presença da praga, está proibi-do. As ações oficiais de controle visam monitorar, erradicar e conter a praga aos limites de Roraima, evitando que ingres-se no estado do Amazonas, principalmente através da rota do comércio entre Boa Vista e Manaus. Uma vez em Manaus, a praga poderia ser disseminada pela ação humana para outros estados como Pará, Bahia e Mi-nas Gerais, chegando finalmen-

Ácaro-hindu dos citros: nova ameaça à citricultura

te a atingir o estado de São Pau-lo, seguindo rota semelhante a da mosca negra dos citros, pos-sibilidade indicada pela rota de risco na análise de riscos da praga, frente à longevidade do ácaro em folhas e material inerte.

O pesquisador Santin Gra-vena resume os sintomas des-critos por outros autores. Os primeiros sintomas do ataque aparecem na superfície supe-rior das folhas ao longo da ner-vura principal estendendo-se posteriormente para a lâmina foliar inteira. Os frutos ataca-dos tornam-se uniformemente prateados e as fêmeas causam concavidades ou depressões ao longo da casca. Graves danos às folhas e às frutas cítricas têm sido observados na Venezuela, o que deve afetar o valor comer-cial dos frutos infestados, em-bora não tenham sido publica-dos dados sobre o seu impacto econômico. Assim, a dispersão do ácaro na regiões principais de produção de citros ao Brasil poderá causar grande impac-to econômico e/ou restrições comerciais devido às barreiras sanitárias, como a estabelecida pela Instrução Normativa Nº 34.

O texto integral da Instrução Normativa pode ser encontrado em www.agricultura.gov.br

A produção de citros é alvo de diversas pragas que colocam o setor em risco

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Page 21: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 21Qualidade

Anita de Souza D. GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Projeto Jaíba, que abrange o municípios de Jaíba e Matias Cardoso no Norte de Minas Ge-rais, foi iniciado no tempo da ditadura militar, quando Ernes-to Geisel era presidente do Bra-sil e Alysson Paulinelli era um jovem e entusiasmado ministro da Agricultura.

Esse projeto é o sonho de todo agricultor: terras planas, água em abundância dentro da lavoura, clima quente e seco, ausência de granizo e geada, possibilidade de produção em janelas dos mercados interno e externo, proximidade dos gran-des centros consumidores do

Brasil, facilidade de obtenção de recursos para a produção a juros baixos, financiamentos e investimentos de organismos internacionais, grande empe-nho institucional no sucesso da região, sucesso de culturas e produtores e exportação em franco crescimento.

Entretanto, as mesmas con-dições de clima quente e seco, que contribuem para uma agricultura de sucesso, tornam imprescindível a utilização de irrigação e plantio de culturas de alto investimento, comple-xidade e tecnologia, além de grande competência do produ-tor para compensar o custo da produção.

A evolução da produção de frutas e hortaliças dos muni-cípios da área de abrangência do Jaíba parece muito boa, se

O sonho de todo agricultor

considerarmos os dados de entrada nas maiores Ceasas do Brasil, entre 1995 e 2010 – um aumento de 53 vezes, de 1.598 toneladas para 86.131 tonela-das, segundo os dados registra-dos pelo Prohort.

O IBGE registra a produção, a área e o valor de produção de 15 produtos como cultu-ra temporária e 12 produtos como cultura permanente. As culturas permanentes registra-das, em ordem de área ocupa-da, são: banana, manga, limão, café, tangerina, goiaba, maracu-já, coco, laranja, abacate, num total de 8.492 hectares, uma produção de 168.248 toneladas e um valor de produção de R$ 143.376,00 mil.

As culturas temporárias re-gistradas, em ordem de área ocupada são: cana de açúcar,

tomate, milho, cebola, mamo-na, feijão, mandioca, batata-doce, sorgo, abacaxi, arroz, algodão herbáceo, amendoim e alho, num total de 9.026 hec-tares, 429.523 toneladas e R$ 56.093,00.

Quatro culturas, perma-nentes e temporárias, respon-deram por 89% do valor da produção: banana, limão, cana de açúcar, tomate e manga, em 2009.

A diversidade registrada pelo Prohort é maior que a re-gistrada pelo IBGE: abacate, abóbora, abobrinha, atemóia, banana, batata-doce, berin-jela, beterraba, caju, cebola, chuchu,couve-flor, inhame, jiló, laranja, lichia, lima da Pérsia, limão, mamão, mandioca, man-ga, maracujá, maxixe, melancia, milho verde, moranga, pepino, pimenta, pinha, pitaya, quiabo, tangerina, tomate, uva e vagem. São 38 produtos diferentes, com grande predominância (86%) de banana, limão, ma-mão e manga, em 2009.

O Prohort, que registra o volume de entrada, a origem

PROJETO JAÍBA

O pequeno produtor Luciano Alberto dos Anjos produziu 25 toneladas de atemóia na última colheita

FOTO: DANIELLY TOLENTINO

do produto e os preços médios praticados em cada mês nas centrais de abastecimento bra-sileiras, permite caracterizar a distribuição dos produtos dos municípios da área de abran-gência do projeto Jaíba. Foram registradas, em 2009, cinco es-tados de destino: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espí-rito Santo e Paraná, com grande concentração em Minas Gerais (78%), seguido pelo Rio de Ja-neiro (12%) e por São Paulo (9%). Na Ceagesp, o projeto Jaíba foi responsável, no ano passado, por 13% do forneci-mento de atemóia, por 9% da banana prata, por menos de 1% do limão, por 1,33% da manga e por 4% do mamão Formosa. Os agricultores do projeto Ja-íba conseguem produzir, com competitividade, limão, man-ga, atemóia, uva Niágara, fora de época e de ótima qualidade, além de mangas Palmer mara-vilhosas, sem colapso interno.

O colorido das frutas é o re-sultado da fartura de luz da re-gião e da competência de seus produtores.

Page 22: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201122 Meio Ambiente

Uma pesquisa conduzida na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq) mostra que o crescimento das ci-dades brasileiras não foi acompa-nhado por um planejamento urba-no que conduzisse essa expansão de maneira a privilegiar a criação e manutenção de áreas verdes. “A presença de elementos vegetati-vos urbanos melhora a qualidade de vida do cidadão, uma vez que contribui para diminuir a inci-dência de ilhas de calor, amenizar inundações e problemas respira-tórios”, afirma Juliana Amorim da Costa, autora da dissertação “Uso de imagens de alta resolução para definição de corredores verdes na cidade de São Paulo”.

Com objetivo de indicar áreas prioritárias para o desenvolvimen-to de corredores verdes, a pes-quisadora selecionou as regiões pertencentes às subprefeituras da Mooca, Sé e Pinheiros como foco do estudo. “Estas regiões foram escolhidas devido suas diferenças no quesito arborização. As subpre-feituras da Mooca e da Sé possuem baixa quantidade de indivíduos arbóreos, já os bairros de Pinhei-ros são conhecidos por serem alta-mente arborizados”, comenta. Para verificar a transformação das áre-as verdes nas três regiões, o estu-do recorreu, como instrumento de pesquisa, à análise de imagens de satélite de alta resolução dos anos de 2002, 2004, 2006 e 2008.

De acordo com a autora do trabalho, as ferramentas de geo-processamento e sensoriamento remoto são utilizadas atualmente com sucesso para avaliar o teci-do urbano, em especial os índices de arborização. Entre outubro de 2009 e outubro de 2010, a autora do estudo fez visitas à campo e, paralelamente, no laboratório, ob-servou imagens de alta resolução para indicar áreas a serem arbori-zadas.

A pesquisa avaliou diferentes métodos de obtenção de dados fí-sicos do tecido urbano, por meio de técnicas de geoprocessamen-to, além de levantar e relacionar variáveis que influenciam a pre-sença do verde. “Com intenção de indicar áreas a serem arborizadas, observamos declividade, pontos de alagamento e quantidade de cobertura arbórea e aplicamos um índice de vegetação para diferen-ciar áreas vegetadas de não vege-tadas”, aponta Juliana.

Estudo aponta a necessidade de corredores verdes na cidade de São Paulo

Para o cálculo de área de copa arbórea, foi realizado um proce-dimento que permite classificar a imagem de satélite em diferentes classes.

“As classes utilizadas foram copa arbórea, relvado, asfalto, piso cimento, telha cerâmica, telha cinza, telha escura, telha metáli-ca, sombra, solo exposto e outros. Com a classificação da imagem, foi possível obter a porcentagem de cada elemento presente na ima-gem e, assim calcular o Índice de Floresta Urbana (IFU). Esse índice varia de 0 a 2, sendo que quanto mais próximo de 2, maior a quan-

Arborização de ruas é importante para evitar alagamentos

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Page 23: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 23Meio Ambiente

tidade de áreas verdes”, explica. No geral, os valores encontrados indi-cam a necessidade do aumento de arborização urbana nas três regi-ões de estudo, mesmo a subpre-feitura de Pinheiros apresentando melhores resultados quanto ao IFU, confirmando o que foi cons-tatado em campo como a região mais arborizada.

A partir da junção das informa-ções desse índice com a declivida-de, foram definidos os locais para a disposição de corredores verdes interligando as subprefeituras. “A proposta teve como objetivo co-nectar parques, praças e outras

áreas arborizadas, e com o uso das informações coletadas esse objeti-vo foi atingido”.

Em paralelo, a pesquisa consi-derou ainda a presença/ausência de pontos de alagamento. “A arbo-rização é importante no aumento da permeabilidade do solo e assim contribui para amenizar os pontos de alagamento”, explica. “O uso desses pontos de alagamento jun-tamente com dados quantitativos sobre arborização também apon-tou áreas prioritárias a serem ar-borizadas seguindo o conceito de corredores verdes”, conclui a pes-quisadora.

Desmatamento atinge 19,2 km² de floresta na Amazônia no 1º bimestre

Em janeiro e fevereiro, pelo menos 19,2 quilômetros quadra-dos (km²) de floresta foram des-matados na Amazônia, de acordo com dados divulgados no início de abril pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Durante o período de chuvas na região o mo-nitoramento fica comprometido porque a cobertura de nuvens im-pede a visualização dos satélites.

Segundo o Inpe, em janeiro, 85% da área da Amazônia estava

encoberta e, em fevereiro, as nu-vens cobriram 93% da região.

No primeiro bimestre do ano, a maior parte do desmatamento foi registrada em Mato Grosso, onde 14,39 km² de florestas foram der-rubados. O Maranhão aparece em seguida, com 4,3 km² de desmate e o Pará, com 0,52 km². Em relação ao mesmo período de 2010 (janei-ro e fevereiro), quando os satélites apontaram 208,19 km² de desma-tamento, houve redução de mais de 90% no ritmo da derrubada. No entanto, por causa da cobertura de nuvens, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação.

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O projeto do novo Código Florestal busca a sustentabili-dade e o desenvolvimento do país, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasilei-ra não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. A ministra adiantou que o governo não permitirá mais desmatamentos em florestas nativas. “Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras”, afir-mou Izabella.

Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alterna-tivas para não ter mais des-matamentos em florestas na-tivas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“Estamos ouvindo a posição de agricultores fa-miliares, conservacionistas e grandes produtores para que possamos avaliar se estamos no caminho certo para termos um Código Florestal moderno. A ideia é que ele resolva situa-ções injustas do passado e propicie novas condições para a produção sustentável da ag-ricultura brasileira e da eco-nomia florestal, além da con-servação da biodiversidade”.

De acordo com a minis-tra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal. “Esta-mos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ru-ralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados.”

Uma lei mais sólida, as-sinalou Izabella, evitará tra-gédias como a da região ser-rana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 de-sapareceram e mais de 8 mil ficam desabrigados - ocorre-ram em consequência de ocu-pações inadequadas em área de preservação permanente.

Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas

Page 24: Jornal Entreposto | Abril 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201124 Transportes

Veículos longos estão proibidos nas estradas durante feriadosInfrator perderá cinco pontos na carteira, além de pagar multa de R$ 127,69

No período foram vendidas quase 40 mil unidades em todo o país

Venda de caminhões aumentou 26,92% no primeiro trimestre

Desde fevereiro, os veículos longos estão proibidos de tra-fegar pelas estradas federais de pista única durante os feriados nacionais.

De acordo com a nova de-terminação, são considerados veículos longos as combina-ções de veículos de carga (CVC) – caminhões que puxam dois ou mais reboques – combina-

ções de transporte de veículos (CTC) - caminhões-cegonha - e combinações de transporte de veículos e cargas paletizadas (CTVP) – veículos especiais que transportam cargas de dimen-sões diferenciadas como trator ou guindaste, mesmo com Au-torização Especial de Trânsito (AET). De acordo com o gover-no, a medida tem o objetivo de dar fluidez e segurança ao trân-sito de veículos nas estradas, que aumenta consideravelmen-te durante os feriados.

O descumprimento da de-terminação constitui infração grave, prevista no Artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127,69.

A comercialização de cami-nhões aumentou 26,92% nos primeiros três meses do ano em relação ao primeiro trimestre de 2010. Segundo balanço divulga-do no início de abril pela Fena-brave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Auto-motores), foram vendidas 39,4 mil unidades no período. Em março, a evolução nas vendas foi de 14,1% em comparação com o mês anterior, com a negociação de 14,4 mil unidades.

No total, as vendas de carros, motos e caminhões cresceram 6,28% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período de 2010. Foram ven-didas 1,29 milhão de unidades no período. Em março, foram vendidos 478,5 mil veículos, 11,29% mais que em fevereiro.

O setor de automóveis e comerciais leves teve alta de 3,63%, com a venda de 777,7 mil unidades no trimestre. So-mente no mês passado, foram emplacadas 288,7 mil unidades, 11,57% a mais do que em feve-reiro. A venda de motocicletas registrou aumento de 8,12%

A MAN Latin America, que produz os caminhões e ôni-bus da Volkswagen do Brasil, anunciou o recall dos mode-los 13-180 e 15-180 Worker e Constellation, produzidos entre 2008 e 2010.

O possível defeito está nos suportes das molas dianteiras. De acordo com a montadora,

MAN anuncia recall dos caminhões Volkswagen Worker e Constellation

Feriados

De acordo com o calen-dário oficial, os feriados são 1º de Janeiro (Ano Novo), 21 de Abril (Tiradentes), 1º de Maio (Dia do Trabalho), 7 de Setembro (Independência), 12 de Outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida), 2 de No-vembro (Finados), 15 de No-vembro (Proclamação da Re-pública) e 25 de Dezembro (Natal). São pontos facultati-vos o carnaval, que este ano cai nos dias 7, 8 e 9 de março, a Paixão de Cristo, em 22 de abril, Corpus Christi, em 23 de junho, e o Dia do Servidor Público, em 28 de outubro.

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)Entre em contato com nossos representantes

Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644

End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Programas exigidos por lei:

nos primeiros três meses, com o emplacamento de 438,6 mil uni-dades. Em março, foram vendi-das 160,2 mil motos, 10,31% a mais que em fevereiro. Os distri-buidores de veículos mantive-ram a previsão de crescimento para este ano em 5,2%.

há a possibilidade de afrouxa-mento nos parafusos de fixação devido a uma má formação na superfície do suporte. Em casos extremos, pode haver perda de dirigibilidade e risco de aciden-te.

Informações: 0800 19 3333 e o site www.vw-caminhoes.com.br

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2011 25Transportes

Mercedes-Benz pronta para o Proconve P7

Novo sistema amplia intervalos de manutenção e aumenta eficiência energética dos veículos comerciais da marca

Paulo FernandoDe São Paulo

Melhorar a qualidade do ar respirado no campo, nas estra-das e nas cidades é um desafio que envolve diretamente a in-dústria automotiva mundial. Cada vez mais, o setor assume o compromisso de prover solu-ções ambientalmente corretas, traçando estratégias globais de redução de emissões de gases do efeito estufa e de outros po-luentes atmosféricos por meio do desenvolvimento de produ-tos inovadores.

Nesse cenário, despontam grandes projetos e investimen-tos. Atenta a esse promissor mercado ávido por novidades com apelo ecológico e às nor-mas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), a Mercedes-Benz apresentou à imprensa no início deste mês o BlueTec 5, tecnologia que será empregada nos ônibus e cami-nhões da marca a partir do ano que vem.

Em função da redução cata-lítica seletiva e da otimização do motor proporcionadas pela inovação, o pacote tecnológico diminui drasticamente as emis-sões de poluentes e ainda reduz o consumo de combustível.

Segundo a companhia, o ca-minhão pesado Axor 2831 e o chassi OF 1722 para ônibus ur-bano serão os primeiros veícu-los pré-série dotados do siste-ma que atende ao Proconve P7.

Semelhante à Euro 5 euro-peia, a norma brasileira que entrará em vigor em janeiro de 2012 determina a redução de 80% das emissões de material particulado e de 60% das emis-sões de óxidos de nitrogênio, em relação aos níveis permiti-dos pela legislação atual.

“Além de atender às exi-gências da nova legislação, destacando-se por ser ambien-talmente amigável, os moto-res e veículos com BlueTec 5 também asseguram excelente desempenho, o que diminui custos operacionais e garante rentabilidade para os clientes”, diz o físico Gilberto Leal, ge-rente de desenvolvimento de motores da montadora no país.

De acordo com o especia-lista, a empresa realizou cerca de 50 mil horas de testes de funcionalidade com os motores Proconve P7, em bancos de pro-va e nos veículos em operação.

Até agora, foram cerca de oito mil quilômetros com ca-minhões e ônibus dos mais va-riados tipos, em situações ex-tremas de operação nas zonas urbanas, rodoviárias e fora-de-estrada, tanto ao nível do mar, quanto a 2.400 e 4.800 metros de altitude.

Nos exaustivos testes, foram comprovadas ainda a robustez e durabilidade do motor com o BlueTec 5, vantagens essenciais para as severas condições do transporte brasileiro e latino-americano.

Devido à precisão dos com-ponentes dos motores e veícu-los, a introdução desse pacote de tecnologias demandou gran-de capacidade de desenvolvi-mento, com atenção especial para o motor e o sistema de pós-tratamento de gases, bem como para a qualidade do com-bustível e condições de utiliza-ção típicas da América do Sul.

Para diminuir o volume de emissões de óxidos de nitrogê-nio e obter menor consumo de combustível, a tecnologia Blue-Tec 5 inclui a adição do Arla 32 (Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo) no escapa-mento do veículo.

O aditivo químico composto de ureia técnica, que é armaze-nado num reservatório especí-fico, converte o NOx em nitro-gênio puro e em vapor de água, melhorando a qualidade do ar.

Outro grande benefício do BlueTec 5 é sua total adequa-ção ao diesel de petróleo S50 ou S10 e também ao diesel de cana e ao biodiesel.

O uso dos biocombustíveis alternativos, que vêm sendo amplamente testados pelo maior fabricante de veículos comerciais da América Latina, potencializa as vantagens am-bientais e econômicas propi-ciadas por essa nova solução. Contudo, o fabricante avisa: a eficiência dos motores Procon-ve P7 passa também pelo cui-dado rigoroso com os seus de-mais componentes, a qualidade do combustível e a manutenção adequada do veículo.

“Portanto, o uso de peças genuínas e a correta manuten-ção são fundamentais para a obtenção do menor índice de emissões, reduzido consumo energético e maior durabilida-de”, afirma Leal.

Reservatorio de ar adicional para limpeza do sistema

FOTO: PAULO FERNANDO

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Uma pesquisa realizada pela Secretaria Estadual de Transportes apontou as dez estradas mais violentas do es-tado de São Paulo. A Rodovia Anhanguera lidera o ranking de acidentes com mortes - em 2010, foram 121 ocorrências. A segunda rodovia mais violenta foi a SP-55, a Rio-Santos, com 105. Na Raposo Tavares, foram 95 acidentes com mortes.

Em 2009, a Rodovia dos Bandeirantes nem aparecia na lista, mas passou de 40 para 59 ocorrências no ano passado, um maior aumento no número de acidentes com mortes em rodovias do estado de São Pau-lo.

Cerca de 130 mil veículos circulam todos os dias pelas oito pistas no trecho entre São Paulo e Jundiaí. Os atropela-mentos representam 34% das mortes registradas no ano pas-

Estudo lista as estradas mais perigosas de SP

Rodovia Anhanguera lidera o ranking de acidentes com mortes

sado. Segundo a concessioná-ria que administra o trecho, a maioria dos acidentes com pe-destres acontecem a menos de 200 metros das passarelas.

Os acidentes de moto com mortes passaram de seis em 2009 para 16 em 2010. De acor-do com o gestor de tráfego da concessionária, Fausto Cabral, pedestres e motociclistas são alvos constantes de campanhas educativas. “Nós vamos ter campanhas o ano todo, focado diretamente para esse público [pedestre e motociclista] e tam-bém trabalharemos com apoio do policiamento rodoviário, in-tensificando a fiscalização”.

O fim de semana costuma registrar mais acidentes. O dia em que ocorrem mais mortes é o sábado (19,7%). O domin-go aparece em segundo, com 18,2%, seguido de sexta-feira, com 16,9%.

A indústria brasileira de máquinas e implementos agrí-colas fechou 2010 com alta de 24,9% em relação a 2009. Os números são da Abimaq (As-sociação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e representam a retomada das vendas após o período de crise econômica.

Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas Celso Casale, o bom desempenho do setor se deve ao esforço dos fabricantes para garantir a com-petitividade no mercado e à disponibilidade de crédito para o produtor rural, por meio de programas como o BNDES-PSI e o Mais Alimentos, voltado exclu-

Indústria de máquinas agrícolas cresce 24,9% em 2010

sivamente à agricultura familiar. “Sem esses financiamentos, os produtores não teriam poder de compra para investir na me-canização”, afirma.

A meta para 2011 é crescer em torno de 15% e se aproxi-mar dos números de 2008, um dos melhores anos para o seg-mento na última década.

Entre as principais ações da câmara setorial para assegurar o crescimento, está a recente conquista da prorrogação do PSI, que terminaria em março deste ano. “Estamos discutindo com o governo federal a possibi-lidade de se fixar taxas diferen-ciadas para o segmento agrícola para atender as necessidades do produtor rural”, destaca Casale.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201130 Apesp

Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

Com este texto, a Apesp (As-sociação dos Permissionários do Entreposto de São Pulo) tem como objetivo colaborar para despertar entre os usuários do entreposto o debate permanente deste que é um dos temas mais importantes no momento.

Não é possível continuar no imobilismo, olhando o tempo passar e o lixo se acumular.

Contudo, há soluções à vis-ta, porém, elas devem ser uma constante e permanente cons-trução porque, obviamente, os entrepostos de alimentos conti-nuarão a produzir lixo enquanto existirem. Desde que o homem existe, o mundo convive com o lixo. Na época das cavernas a quantidade era relativamente pequena, embora já existisse. À medida que a população crescia, aumentava também o volume de rejeitos que ela produzia. Se pen-sarmos bem, os famosos samba-quis, descobertos no litoral bra-sileiro, nada mais eram do que depósitos de lixo das populações que o habitaram por muito tem-po. No mundo atual, a quantida-de e variedade de lixo produzido por todos só tendem a crescer e todas as nações do mundo se de-frontam com o problema.

As soluções não são mágicas, mas existem. É possível geren-ciar adequadamente parte dos resíduos produzidos, porém, algum rejeito sempre sobrará. Uma solução viável é a implan-tação da coleta seletiva no entre-posto.

Coleta seletiva é o termo uti-lizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre esses materiais estão os

diversos tipos de papéis, plásti-cos, metais e vidros.

A separação na fonte evita a contaminação dos materiais re-aproveitáveis, aumentando seu valor agregado e diminuindo os custos de reciclagem.Para dar início a um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quanti-tativa e qualitativamente, o per-fil dos resíduos sólidos gerados em determinado local, a fim de estruturar melhor o processo de coleta.

A reciclagem tornou-se uma ação importante na vida mo-derna com o aumento do con-sumo e a diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos acessórios que se tornaram indispensáveis no dia a dia. Es-ses fatores trouxeram um grave problema: qual o destino a dar quando o produto perdem sua utilidade? No início os resíduos produzidos pelo homem tinham como destino as lixeiras ou então aterros sanitários, contudo com o aumento exponencial da quan-tidade de resíduos e da evolução tecnológica, aliados ao interesse econômico pela busca de mais matérias primas de baixo custo, o chamado lixo começa a perder o caráter pejorativo do nome e começa a ser considerado como um resíduo, passível de ser rea-proveitado.

Com as tecnologias atuais apenas uma pequena parte dos resíduos urbanos não podem ser reaproveitados e são direcio-nados para unidades de elimi-nação, normalmente os aterros sanitários. Felizmente, a maior parte desses resíduos pode ser destinada ao reaproveitamento, quer seja reciclagem ou outros tipos de reaproveitamento.

Na Ceagesp todas as condi-ções para a implantação da cole-ta seletiva estão presentes, pois são descartadas grandes quan-tidades de material reciclável: vidro, papel, papelão, madeira, material orgânico, plásticos, alu-mínio, entre outros.

Existe também a disposição para a colaboração. Sabemos que, se motivados, todos os usu-ários poderão participar tanto da implantação como da opera-ção e fiscalização de um projeto de coleta seletiva de resíduos.

O motivo principal é econô-mico, pois os custos com varri-ção, coleta e transporte do lixo formam hoje a principal conta

paga pelos permissionários.O entreposto paulistano da

Ceagespo, com seus 710 m2, tem as características de uma cidade de cerca de 50 mil habitantes, mas gera resíduos equivalentes a quase um terço do volume gera-do por uma cidade de um milhão de habitantes.

Do ponto de vista ambiental, mesmo aqueles materiais que não são passíveis de reaprovei-tamento, podem ter um destino mais adequado. Afinal, tecnolo-gias para o tratamento do lixo já existem e são constantemente aprimoradas. Portanto, a quali-dade do serviço prestado ao en-treposto pode ser melhorada em muitos aspectos. Mas é preciso um envolvimento de todos, espe-cialmente da Ceagesp, que deve

De volta à questão do lixo na Ceagesp

tratar a questão com toda a se-riedade. Os resultados serão be-néfico para todos e a companhia só tem a ganhar, pois a iniciativa contribuirá para melhorar sua imagem institucional, com o acúmulo de conhecimento e ex-periência, além de transformar seus entrepostos em centros de irradiação de boas práticas de gerenciamento de resíduos. Além, claro, da possibilidade de essas ações se transformare, em créditos de carbono que poderão ser investidos na revitalização de suas instalações.

Finalmente, o que falta é um envolvimento direto, sem esque-cer que os que pagam a conta têm o direito de cobrar atitudes proativas daqueles que recebem para servir bem.

Ceagesp

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@ Jornal Entreposto on linewww.jornalentreposto.com.br

Os brasileiros consumiram em 2010 uma média de 4,81 quilos de café por ha-bitante. Quantidade suficiente para fazer 80 litros do tradicional cafezinho, segun-do cálculos do Ministério da Agricultura. A nova marca coloca o Brasil à frente de grandes consumidores como a Itália e a França, mas ainda distante de Finlândia, Noruega e Dinamarca, países nórdicos, onde o consumo é de quase 13 kg por pes-soa ao ano. O número superou o recorde anterior, registrado em 1965, quando o consumo per capita no país foi de 4,72 qui-los. O aumento levou a uma demanda in-terna de 19,1 milhões de sacas do produto no ano passado.

Leia mais em: http://jornalentre-posto.com.br/extras/noticias/2721-brasileiros-quebram-recorde-de-consu-mo-de-cafe

A presidente Dilma Rouseff afirmou que o Brasil irá perseguir a autossuficiên-cia na produção de fertilizantes, insumos essenciais na produção agrícola e que in-fluenciam diretamente no preço dos ali-mentos. A exploração será feita na reserva de potássio localizada na Amazônia, de propriedade da Petrobras, considerada uma das maiores do mundo.

A estimativa da Petrobras é que a fábri-ca produza 520 mil toneladas de amônia por ano, tornando a região do Triângulo Mineiro o principal polo de fertilizantes fosfatados do país, capaz de atender a de-manda dos estados de Mato Grosso, Goiás e parte de São Paulo.

Leia mais em: http://jornalentre-posto.com.br/extras/noticias/2699-dil-ma-diz-que-brasil-precisa-ser-autossufi-ciente-em-fertilizantes

Especialistas observam que é preocu-pante a contaminação dos produtos agrí-colas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. O professor da UFRJ, José Santana, ponderou que o uso de defensi-vos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no pa-tamar anual de dois bilhões de toneladas de grãos. O médico e doutor em toxicolo-gia da UFMT, Wanderlei Pignatti, afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.

Leia mais em: http://jornalentre-posto.com.br/extras/noticias/2749-espe-cialistas-alertam-para-o-perigo-dos-agro-toxicos-para-a-saude-humana-e-o-meio-ambiente

Consumo de café em alta entre osbrasileiros

Brasil autossuficiente em fertilizantes

Efeitos dos agrotóxicos na saúde humana

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