jornal entreposto | novembro 2014

24
Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Novembro de 2014 ANO 15 - Nº 174 Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva Pág 22 /JornalEntreposto PRODUÇÃO Hortaliças Shintate desenvolve alface mais crocante para o Habib’s FLORICULTURA Análise da produção de flores e plantas ornamentais no Brasil Pág 10 Pág 15 Pág 17 Pág 21 Vendas de folhosas aumentam 68% em duas décadas Pág 9 Agricultores do cinturão verde de São Paulo buscam soluções para racionar o uso da água. Enquanto isso, no Cantareira, as chuvas das últimas semanas foram insuficientes para aliviar o sistema. CRISE HÍDRICA Estiagem causa déficit na produção de hortifrutis VERÃO AUMENTA CONSUMO DE VERDURAS Receita de radicchio assado com camarão rosa e couscous marroquino

Upload: jornal-entreposto

Post on 06-Apr-2016

266 views

Category:

Documents


25 download

DESCRIPTION

Um jornal a serviço do agronegócio

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Entreposto | Novembro 2014

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Novembro de 2014 ANO 15 - Nº 174

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Pág 22 /JornalEntreposto

Produção

Hortaliças Shintate desenvolve alface mais crocante para o Habib’s

floricultura

Análise da produção de flores e plantas ornamentais no Brasil

Pág 10

Pág 15

Pág 17

Pág 21

Vendas de folhosas aumentam 68% em duas décadasPág 9

Agricultores do cinturão verde de São Paulo buscam soluções para racionar o uso da água. Enquanto isso, no Cantareira, as chuvas das últimas semanas foram insuficientes para aliviar o sistema.

crise hídrica

Estiagem causa déficit na produção de hortifrutis

VERÃO AUMENTA CONSUMO DE VERDURAS

Receita de radicchio assado com camarão rosa e couscous marroquino

Page 2: Jornal Entreposto | Novembro 2014

2 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

FRACA - Pouca oferta na comercia l i zação dos produtos no mercado. Tendência de a l ta nos preços .

REGULAR - Oferta equi l ibrada dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência os preços estáveis .FORTE - Boa oferta dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência de ba ixa nos preços .

FRUTASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MFE-A

MFE-B/C

HF’S

6h às 20h 6h às 21h 6h às 20h

6h às 21h 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

6h às 20h

VERDURASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MLP 6h às 21h 12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

ABÓBORASPavilhão 2ª à Sábado

MSC 8h às 20h

Pavilhão 2ª à 6ª feira Sábado

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS

6h às 17h6h às 20hBP’s

PESCADOSPavilhão 3ª à Sábado

Pátio da Sardinha 2h às 6h

Pavilhão 2ª à 5ª feira 3ª e 6ª feira

FLORES

5h às 10h30MLP

2h às 14hPraça da Batata

Pavilhão 2ª à 5ª feira 6ª feira Sábado

AP’s 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

LEGUMES

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

SAZONALIDADEFRACA REGULAR FORTE

Indicador de boa oferta dos produtos comercializadosno mercado. Tendência de baixa nos preços.

#12#12

#12

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo – Página 16Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro – Página 17Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014 – Página 18Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros – Página 19 Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic – Página 20

LEIA TAMBÉM...

#12

Diretora GeralSelma Rodrigues Tucunduva

Diretor ComercialJosé Felipe Gorinelli

Jornalista ResponsávelMaria Ângela Ramos

MTb 19.848

EdiçãoPaulo Fernando Costa /

Carolina de Scicco/Letícia Doriguelo Benetti /

Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /ArtesLetícia Doriguelo Benetti

Projeto GráficoPaulo Cesar Rodrigues

Web MasterMichelly Vasconcellos

ColaboradoresAnita Gutierrez e Manelão

Periodicidade: Mensal

Distribuição: Gratuita

RedaçãoAv. Dr. Gastão Vidigal, 1946

Edsed II - loja 14ACEP 05314-000

Tel.: 11 3831.4875

[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem,

necessariamente, o pensamento da direção deste

jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os

subscrevem.

#18

#17Romances

famosos disponíveis no Entreposto do

Livro

#19Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola

no mundo #16

Novas hortaliças e agricultura sustentável

na Hortitec 2014

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

#20

Galeria de Fotos Femetran

Mercedes-Benz aprimora

#5

# 20

#16

#19Nova Marília: interação com produtores é indispensável

Sugestões de leitura no

Entreposto do Livro

#22

LEIA TAMBÉM...

#8

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: (11) 3643-3945 - [email protected]

Departamento de Armazenagem: (11) 3832-0009 - [email protected]

Departamento de Entreposto da Capital:(11) 3643-3907 - [email protected]

Departamento de Entrepostos do Interior: (11) 3643-3950 - [email protected]

Centro de Qualidade Hortigranjeira: (11) 3643-3827 - [email protected]

Frigorífico de São Paulo (Pescado): (11) 3643-3854 / 3893 / 3953

Portaria do Pescado: (11) 3643-3925

Banco CEAGESP de Alimentos: (11) 3643-3832

coNtatos útEis

A necessidade de proteção das lavouras

Floricultura A Bela do Dia

Grupo Cutrale-Safra compra Chiquita

Brands por US$ 1,3 bi

Saúde:Suco Luz do Sol

#12

Page 3: Jornal Entreposto | Novembro 2014

3Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

FINAL DE ANO ANTECIPADO FORD CAMINHÕES.VOCÊ SÓ TEM ATÉ NOVEMBRO PARA APROVEITAR A TAXA DE FINANCIAMENTO DO FINAMEE AINDA RECEBER UMA OFERTA EXCLUSIVA NOS DISTRIBUIDORES FORD CAMINHÕES. NÃO PERCA.

Na compra de um Cargo 816 (cat. base EB59) o cliente obterá bonus de R$ 2.000,00 sobre o preço público de R$ 121.077,76 e documentação grátis (IPVA e Emplacamento) e para demais catálagos verifique com seu Distribuidor Ford Caminhões. Na compra de um Cargo 2429 (6x2) o cliente terá documentação grátis (IPVA e Emplacamento). Sujeito às regras de utilização. Para mais informações verifique diretamente com seu Distribuidor Ford Caminhões. Operação FINAME PSI, taxa fixa de 0,49% ao mês = 6,0% ao ano, Plano 100% financiado em até 72 meses e 03 ou 06 meses de carência. Operação BNDES Finame na Sistemática Convencional. As condições estão sujeitas a alteração por parte da autoridade monetária, BACEN e BNDES. Oferta válida em todo o território nacional, para os modelos Cargo 816 ou Cargo 2429 (6x2), zero km, com processos protocolados até 21/11/2014 ou enquanto durarem os estoques. As condições financeiras estão sujeitas à análise e aprovação de crédito pela financeira. Contrato de FINAME operacionalizado pelo Banco Bradesco S/A.

Todos juntos fazem um trânsito melhor.

Motor Cumins 6.7L com 290cv;Transmissão de 6 ou 9 velocidades;Muito mais potência e economia.

CARGO 2429

FINA

ME

0,49%Taxa a.m. meses

72de entradaZERO

IPVA E EMPLACAMENTO

GRÁTIS.

Na compra do Ford Cargo 2429:

CARGO 816FI

NAM

E0,49%

Taxa a.m. meses72

de entradaZERO

Novo design Kinetic;Novo interior – muito mais conforto;Banco com suspensão a ar de série.

Na compra do Ford Cargo 816:

2 MIL REAIS DE BÔNUS. +

IPVA E EMPLACAMENTO

GRÁTIS.

HORIZONTEMOGIDAS CRUZES – SPFONE: (11) 4791.7700

L&F TRUCKITU – SPFONE: (11) 4013-8800ITAPETININGA – SPFONE: (15) 3272-9400

FELIVELSOROCARA – SPFONE: (15) 3237.8090

CARUEMECAMPINAS – SPFONE: (19) 2101-2800JUNDIAÍ – SPFONE: (11) 3379-5999

CAOARod. Anhanguera, KM 17,5SÃO PAULO – SPFONE: (11) 3837.3000

VALECAÇAPAVA – SPFONE: (12) 3654-7100

SOUZA RAMOSParque Novo Mundo - SPFONE: (11) 2984.3366

NUNOREGISTRO – SPFONE: (13) 3828-5050

DIVEPESão Bernardo do Campo – SPFONE: (11) 3504.8600Santo André – SPFONE: (11) 3594.9600

COSTA SULCUBATÃO – SPFONE: (13) 3365-8890

Page 4: Jornal Entreposto | Novembro 2014

4 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Notas

tabEla dE sazoNalidadE

llProduzida com base em diver-sos documentos sobre legislação ambiental, direitos humanos, meio ambiente, gestão e boas práticas agrícolas, a cartilha traz informa-ções de como o pequeno agricultor pode chegar ao grande varejo com excelência. O Guia está disponível para download gratuitamente na página do Clube dos Produtores na Internet.

Avocado Hass

Avocado Fuerte

Breda

Fortuna

Geada

Margarida

Quintal

Pérola

Havaí

Japonesa

Moranga

Paulista

Seca

Brasileira

Italiana

Americana

Crespa

Lisa

Mimosa

Romana

Branco

Roxo

Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana

Estrangeira Espanhola

Estrangeira Argentina

Estrangeira Chilena

Maçã

Nanica climatizada

Ouro

Prata - MG

Prata -SP

Terra

Beneficiada lisa

Benef. comum (lavada): (1)

Comum (escovada): (2)

Amarela

Rosada

Comum

Conserva

Japonesa

Ninja

Fuyu

Giombo

Kyoto

Rama Forte

Produto Grupo Varietal

Produto Grupo Varietal

ÓTIMA OFERTA

OFERTA MÉDIA

OFERTA BAIXA

Produto Grupo Varietal Out Nov Dez

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacate

Abacaxi

Abacaxi

Abóbora

Abóbora

Abóbora

Abóbora

Abobrinha

Abobrinha

Acelga

Agrião

Alcachofra

Alecrim

Alface

Alface

Alface

Alface

Alface

Alho

Alho

Alho-poró

Almeirão

Almeirão

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Ameixa

Atemóia

Banana

Banana

Banana

Banana

Banana

Banana

Batata

Batata

Batata

Batata-doce

Batata-doce

Berinjela

Berinjela

Berinjela

Beterraba

Beterraba c/ folha

Brócolis

Brócolis

Caju

Capim-cidreira

Caqui

Caqui

Caqui

Caqui

Cará

Carambola

Catalonha

Cebola

Cebola

Cebolete

Cebolinha

Cenoura

Cenoura c/ folha

Chicória

Chuchu

Coco-seco

Coco-verde

Coentro

Couve

Couve-flor

Endro

Erva-doce

Ervilha

Escarola

Espinafre

Figo

Gengibre

Goiaba

Goiaba

Hortelã

Inhame

Jabuticaba

Jaca

Jiló

Kiwi

Kiwi

Kiwi

Kiwi

Laranja

Laranja

Laranja

Laranja

Lichia

Limão

Louro

Maçã

Maçã

Maçã

Mamão

Mamão

Mandioca

Mandioquinha

Manga

Manga

Manga

Manjericão

Manjerona

Maracujá

Maracujá

Maxixe

Melancia

Melão

Mexerica

Milho-verde

Morango

Morango

Mostarda

Nabo

Nectarina

-

Roxa

Torta

Branca

Vermelha

Redondo

Estrangeiro Chileno

Estrangeiro Nova Zelândia

Estrangeiro Italiano

Seleta

Lima

Pera

Baia

Tahiti

Nacional Fuji

Nacional Gala

Nacional Golden

Formosa

Havaí

Haden

Palmer

Tommy Atkins

Azedo

Doce

Redonda

Amarelo

Rio

Camiño real

Estrangeira Americana

Nectarina

Nectarina

Nêspera

Orégano

Pepino

Pepino

Pepino

Pera

Pera

Pêssego

Pêssego

Pêssego

Pimenta

Pimenta

Pimenta

Pimentão

Pimentão

Pimentão

Fruta-do-conde

Pinhão

Quiabo

Rabanete

Repolho

Repolho

Rúcula

Salsa

Salsão

Salsão

Sálvia

Tangerina

Tangerina

Tangerina

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomate

Tomilho

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Uva

Vagem

Vagem

Estrangeira Espanhola

Caipira

Japonês

Estrangeira Rocha

Estrangeira Williams

Estrangeiro Americano

Estrangeiro Espanhol

Cambuci

Verde-americana

Vermelha

Amarelo

Verde

Vermelho

Roxo

Verde-liso

Branco

Verde

Cravo

Murcott

Ponkan

Maduro Longa Vida (Achatado)

Maduro Santa Cruz (Oblongo)

Mad. Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro)

Salada Longa Vida (Achatado)

Salada Santa Cruz (Oblongo)

Salada Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro)

Caqui

Cereja

Benitaka

Brasil

Centenial

Estrangeira Crinsson

Itália

Niagara

Red Globe

Estrangeira Red Globe

Rubi

Thompson

Macarrão-curta

Manteiga

Out Nov Dez Out Nov Dez

Walmart lança guia de apoio ao pequeno produtor agrícola

24ª Jornada de Atualização em Agricultura de PrecisãollCom o objetivo de apresentar e discutir conceitos associados à agricultura de precisão, a Esco-la Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), promove-rá, de 8 a 12 de dezembro, a 24ª Jornada de Atualização em Agricul-tura de Precisão. Informações pe-lo telefone (19) 3417-6600 ou si-te www.agriculturadeprecisao.org.br e www.fealq.org.br.

Seminário: Ministério Público e A Questão dos AgrotóxicosllA Escola Superior do Ministério Público de São Paulo e parceiros promoverão o Seminário: Ministério Público e A Questão dos Agrotó-xicos - perspectivas de atuação na cidade de São Paulo. A programa-ção inclui palestras e debates. O evento é gratuito e acontece no dia 26 de novembro. As inscrições vão até dia 24 pelo site www.esmp.sp.gov.br.

Pesquisadores reúnem dados sobre a citricultura llUm levantamento está sen-do realizado nos pomares de São Paulo e do Triângulo Mineiro pe-lo do Fundo de Defesa da Citricul-tura (Fundecitrus). O estudo, que está sendo chamado de ‘Censo da laranja’ vai trazer informações im-portantes para a citricultura, como a estimativa mais precisa da safra. Os resultados devem ser divulga-dos em maio do ano que vem.

UFSCAR desenvolve quatro variedades crocantes de alface llA Universidade Federal de São Carlos acaba de desenvolver quatro variedades de alface: brunela, cro-cantela, romanela, rubinela. As horta-liças despontam como uma promes-sa para melhorar a salada do brasi-leiro: são mais crocantes que as ou-tras folhas. Esta característica está diretamente relacionada às nervuras mais tenras. Pesquisas indicam que o consumidor prefere mais crocância

Page 5: Jornal Entreposto | Novembro 2014

aRtiGos 5Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Aquele que dá um bom conselho, constrói com uma mão; aquele que dá bom conselho e bom exemplo constrói com as duas; mas aquele que dá um bom conselho e um mau exemplo, constrói com uma mão e destrói com a outra.

Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos [email protected]

Não tem segredo.Dê um bom exemplo!

Francis Bacon

Um dos principais desafios do consultor de qualidade em alimentos encontra-se na necessidade de promover mudanças

Mudar a postura exi-ge tempo, paciên-cia e prática, mas, sobretudo humil-

dade e sabedoria para aceitar o novo. Não é incomum ouvir a se-guinte colocação: “eu sempre fiz assim” ou “nunca tive nenhum problema fazendo desta forma”. E é ai que nos deparamos com um dos grandes obstáculos: co-mo convencer o colaborador de que a sua prática anterior não é a melhor opção, pese o fato de não ter tido problemas até aque-le momento? Em primeiro lugar: ouça! En-tenda o que está por trás daque-la postura. Por que ele faz desta ou daquela maneira? Onde ele adquiriu aquele conceito? Em segundo: demonstre! Não há nada melhor que um bom exem-plo. Um bom exemplo é capaz de convencer mais do que pala-vras. Em terceiro: oriente-o para a prática do ‘novo’. Algumas mudanças são imediatas. Outras levam mais tempo e requerem disciplina e perseverança. A supervisão,

neste período de transição, é fundamental e o consultor de-ve dar todo o apoio lembrando, a todos, que ‘o novo’ vem para simplificar um processo, dimi-nuir perdas, organizar e/ou pa-dronizar uma atividade de mo-do a facilitar o trabalho e, obvia-mente, atender à regulamenta-ção sanitária.

E o proprietário, qual a importân-cia do seu envolvimento, nesse processo? A resposta: total! Se ele não muda, dificilmente, mu-darão seus colaboradores. O colaborador vê, em seu líder, um exemplo a ser seguido. Daí a im-portância do exemplo ser bom. Proprietário, colaboradores e consultor devem andar no mes-mo sentido.

llO homem fez-se agricultor pa-ra garantir a produção regular de alimentos e, sem dúvida, os primei-ros agricultores já conheceram, so-freram e lutaram contra as adversi-dades naturais de seus cultivos, de forma que se estabeleceu uma ine-vitável batalha que chegou até os dias atuais.

A proteção das lavouras é ine-rente à própria agricultura, criação humana que nasceu para satisfazer muitas de nossas necessidades de maneira estável. A agricultura pre-cisa proporcionar alimentos e tam-bém produtos de uso comercial e in-dustrial, mas, sobretudo no primeiro caso, em quantidade e com a qua-lidade adequada. Ademais, o agri-cultor necessita obter um proveito econômico de seu trabalho e o con-sumidor deseja preços justos. Nada disso seria possível sem uma prote-ção contínua das lavouras, dentro do qual o emprego dos produtos fi-tossanitários ocupa um papel mui-to importante.

Esse processo vem sendo questionado por diversos setores da sociedade, o que faz necessário justificar seu uso de diversos pon-tos de vista. Grande parte das obje-ções tem sua origem na falta de in-formação. No entanto, não há dúvi-das que qualquer fator ligado ao au-mento da qualidade de vida é legíti-mo e importante.

Ao analisar esse problema, con-vém destacar que parte da popula-ção passa fome e parte está subali-mentada. Não há dúvida que o pro-blema está ligado a má distribuição de alimentos, mas também a sua disponibilidade.

A necessidade de proteção das lavouras

Em termos econômicos em-presariais, a maior produtividade equivale ao maior benefício, que nem sempre é obtido com a maior produção. A otimização do bene-fício na agricultura empresarial não exige usar indiscriminadamente os produtos fitossanitários, senão, ao contrário, de forma controlada.

Grande parte da responsa-bilidade de se conseguir eficácia nos tratamentos fitossanitários, com mínimo risco ao operador, ao consumidor e ao ambiente, corres-ponde às máquinas de aplicação. Na maioria das vezes, dá-se muita importância ao produto a ser apli-cado e pouca atenção à técnica de aplicação.

No entanto, além de se conhe-cer o produto, também é necessá-rio dominar a forma adequada de aplicação, de modo a garantir que o produto alcance o alvo de forma eficiente, minimizando-se as per-

das. Neste contexto, uma impor-tante ação iniciada em 2014 foi o CAS (Certificação Aeroagrícola Sustentável). O CAS é um progra-ma de certificação realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF), em parceria com a ANDEF (Associa-ção Nacional de Defesa Vegetal), tendo como entidades coordena-doras três universidades: UNESP, UFLA e UFU. O objetivo é incenti-var a capacitação e a qualificação das empresas de aviação agríco-la e de operadores aeroagrícolas privados. Trinta empresas já estão certificadas no nível I. Sem dúvida este novo cenário contribuirá para o avanço do setor, uma vez que o programa intensifica os cuidados com a aplicação aérea, diminuin-do riscos de acidentes e danos ao ambiente e também proporcionan-do mais capacitação e incentivo a tecnologia no campo.

Por João Paulo Rodrigues da Cunha, Professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

llOs resultados consistentes apresentados pelo coaching em vá-rios setores da economia ganham destaque também no agronegócio a partir da iniciativa pioneira do GELQ - grupo de extensão da Escola Su-perior de Agricultura “Luiz de Quei-roz” (ESALQ), que, no dia 19/11, re-aliza o “I Encontro Coaching e Men-toring - O diferencial do profissional do agronegócio”. O evento, voltado a profissionais e estudantes, conta-rá com a participação da Socieda-de Brasileira de Coaching (SBCo-aching), que abordará a importân-

Coaching aplicado ao agronegócio é tema de evento promovido pela USPSociedade Brasileira de Coaching participa de evento inédito voltado ao desenvolvimento de profissionais que atuam no campo

cia do coaching para o cenário do agronegócio nacional, apresentan-do a metodologia e o impacto posi-tivo que a sua aplicação traz, princi-palmente, em relação ao aumento da produtividade.

O encontro será realizado na ESALQ/USP em Piracicaba e tem como objetivo discutir a aplicação do Coaching e do Mentoring, dois processos atuais que possibilitam ao profissional de diversas áreas do setor aprimorar suas competências de liderança, autoconfiança, iniciati-va, comunicação e capacidade de li-

dar com adversidades. A realização deste evento acontece em um mo-mento importante para o cenário na-cional. O Brasil hoje ocupa a 54º po-sição entre 60 países no ranking de competitividade mundial, de acor-do com estudo do International Ins-titute for Management Development (IMD), apresentando queda de 16 posições em quatro anos. De acor-do com especialistas, um dos moti-vos deste declínio é a falta de ações e de projetos para estimular níveis mais elevados de competitividade em setores cruciais para a estabi-

lidade da economia, entre eles o agronegócio.

Uma das maneiras de reverter este cenário é por meio do investi-mento em capacitação para impul-sionar as competências dos pro-fissionais. Alinhado a este objetivo, o coaching pode contribuir com o desenvolvimento de habilidades es-senciais para elevar os índices de produtividade e aumentar a compe-titividade no ambiente de negócios.

O evento trará também a apre-sentação de cases inspiradores de profissionais a partir da experiência

com Coaching e/ou Mentoring.A SBCoaching será represen-

tada por Liamar Fernandes, mas-ter coach licenciada pela empre-sa e responsável por formar mais de 1.200 coaches no Brasil, que irá apresentar ao público do even-to a metodologia em coaching pa-ra se atingir a excelência em proje-tos e ações, alcançar metas e atin-gir seu máximo potencial.

Mais informações sobre o even-to: fealq.org.br/informacoes--do-evento/?id=211

CAROLINA DE SCICCO

Page 6: Jornal Entreposto | Novembro 2014

6 PRodUÇÃo Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llOs morangos produzidos pela fa-mília de Natividade Bezerra da Silva, 43 anos, começaram a ganhar as me-sas dos brasilienses há cinco anos. Em 2009, a produtora acessou pe-la primeira vez o programa de apoio financeiro à agricultura familiar para

estruturar a produção, em Brazilân-dia (DF). Agora, a agricultora dese-ja, por meio da mesma política, adqui-rir uma picape para transportar as fru-tas até os pontos de comercialização.Aproximadamente 160 mil mulheres deram entrada no pedido de financia-

mento no primeiro trimestre da safra 2014/2015.

As agricultoras familiares requi-sitaram, na safra atual, R$ 1,13 bi-lhão, número 33,73% maior que os R$ 851 milhões solicitados nos três primeiros meses da última safra. Em

relação ao mesmo período, o número de contratos entre as mulheres cres-ceu 13,25%. O ministro do Desen-volvimento Agrário, Laudemir Mül-ler, afirma que as mulheres estão se apropriando do programa para am-pliar a produção. “Nós tínhamos um

cenário onde poucas mulheres con-tratavam o crédito, embora houves-se uma necessidade grande. Esta-mos rompendo barreiras. Não é que as mulheres estão passando a pro-duzir, mas, sim, aumentando a pro-dutividade”, realça.

Cresce número de mulheres que utilizam financiamento agrícola no PaísCerca de 160 mil agricultoras recorreram ao apoio no primeiro trimestre da safra 2014/2015

llEm parceria com a Agência Brasilei-ra de Desenvolvimento Industrial (Abdi) e diversas instituições de pesquisa bra-sileiras, o Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea) lançará às 10h, no dia 20 de novembro, o primeiro volume da obra Produtividade no Brasil - De-sempenho e Determinantes.

Participarão da mesa de abertura Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), e Mauro Borges Lemos, ministro do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e presidente da Agência Brasi-leira de Desenvolvimento Industrial (AB-DI). Logo depois, apresentarão os es-tudos os organizadores da publicação: Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais de Inovação, Regulação e In-fraestrutura (Diset) do Ipea, e Luiz Ri-cardo Cavalcante, consultor legislativo do Senado Federal.

Dividida em 13 capítulos, a cole-tânea aborda a temática por diversas nuances e apresenta análises sobre a evolução da produtividade no Brasil ao longo das últimas décadas e sobre os diferenciais setoriais de produtividade no país. Além disso, o estudo também mostra indicadores comparados com outros países, evidenciando que o pro-blema da baixa produtividade brasileira é um problema estrutural do país e não meramente uma questão conjuntural.

O lançamento da publicação faz parte das comemorações do jubileu do Ipea, e será realizado na sede do Institu-to, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Ed. BNDES/ Ipea, auditório do sub-solo).

lançamento do livro Produtividade no Brasil - desemPenho e determinantesendereço: sBs, Qd. 1, Bl J, edifício Bndes/iPea, auditório do suBsolodata: 20/11 - 10h

Ipea apresenta análises da evolução da produtividadeno Brasil

Page 7: Jornal Entreposto | Novembro 2014

7Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Comissão no Mercosul

discute comercialização

de sementes

Questões sobre os padrões de campo, o credenciamento de laboratórios e a equivalência de categorias foram os principais pontos do encontro

llNo início do mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participou da Reunião de Co-missão de Sementes no Mercosul, em Buenos Aires. No encontro, a Comis-são discutiu sobre a Resolução GMC 16/2014, que aprova os padrões de campo para diversas espécies agrí-colas, dentre outros assuntos. “Es-ses padrões deveriam ser adotados para a produção de sementes desti-nadas aos países do Bloco e estão vi-gentes desde o ano 2000. Ocorre que muitos itens são mais restritivos que os padrões internalizados em cada país, o que causaria um conflito na norma Mercosul. Estamos discutindo como adequar isso”, comenta André Peral-ta, coordenador de Sementes e Mu-das do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA) do Mapa, que participou do encontro.

Durante a reunião, houve um acor-do entre os países do bloco em que toda a semente que é comercializa-da entre os Estados-Membros devem atender, no mínimo, os níveis de tole-rância a campo do Mercosul. A auto-ridade do país importador pode soli-citar à autoridade do país exportador um documento oficial esclarecendo essa condição.

A atualização dessas resoluções é importante para uniformizar os pro-cedimentos para credenciamento dos laboratórios responsáveis por emitir os boletins de análise das sementes que circulam entre os países do Mercosul.

Equivalência de Categorias – Tam-bém foi discutida a equivalência da de-nominação das categorias de semen-tes comercializadas no Bloco. Uma classificação comum permitiria a in-ternalização de uma semente na mes-ma categoria em que ela foi produzi-da no outro país, dando sequência à produção.

Nesse ponto, existe um impasse com o Paraguai, cuja legislação não permite a importação de sementes não certificadas. “O Brasil praticamen-te não produz semente de olerícolas e de algumas espécies de forrageiras na classe certificada. Atualmente, existe um fluxo significativo de importações para o Paraguai de sementes não cer-tificadas do Brasil em regime de exce-ção”, explica Peralta.

Durante o encontro, a delegação do Paraguai solicitou que seja conce-dido um prazo até a próxima reunião da Comissão para decidir sobre essa proposta, tempo suficiente para reali-zar consultas internas sobre a execu-ção da mesma. As negociações com o Paraguai continuarão bilateralmente para promover o acesso de sementes não certificadas àquele país.

Page 8: Jornal Entreposto | Novembro 2014

8 mERcados Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

zoom

Grupo Cutrale-Safra compra Chiquita Brands por US$ 1,3 bilhãonecócios Aquisição frustra tentativa de fusão da companhia produtora de bananas dos EUA com a concorrente irlandesa Fyffes; operação deve ser finalizada até o fim deste ano ou início de 2015

Paulo Bernardino De São Paulo

A Chiquita Brands International e o grupo brasileiro formado pela gigante mundial do suco de laran-ja Cutrale e pelo banco de investi-mentos Safra concluíram um acor-do de fusão.

A decisão foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração da empresa norte--americana, forte player global do mercado de frutas e hortaliças fres-cas, e o anúncio do negócio ocor-reu em 27 de outubro.

Segundo o comunicado distri-buído à imprensa, o Cutrale-Safra pagará US$ 14,5 dólares para ad-quirir cada ação ordinária da com-panhia sediada na Carolina do Nor-te, uma transação que está avalia-da em aproximadamente US$ 1,3 bilhão, incluindo a assunção de sua dívida líquida.

Para garantir o crescimen-to sustentável do negócio, o gru-

Introduzida em1963, a famosa etiqueta azul da marca ainda é colada manualmente nas frutas, afinal uma máquina, por mais calibrada que fosse, poderia estragá-las

po brasileiro pertencente aos em-presários José Luís Cutrale e Jose-ph Safra informou que a agrega-rá à Chiquita sua larga experiência em todos os aspectos da cadeia de produção de suco e frutas e am-plo domínio do campo financeiro.

“Estamos confiantes de que a Chiquita terá a capacidade neces-sária para crescer em seu setor e beneficiar as partes interessadas, incluindo empregados, parceiros, clientes, distribuidores e fornece-dores”, declarou o Cutrale-Safra no press release.

O valor a ser pago pelas ações da empresa fundada em 1870, quando enviou um carregamento de bananas da Jamaica para No-va Jersey, é 44% maior que o pre-ço de sua cotação em 8 de agosto – data na qual a companhia brasi-leira entrou na briga pela Chiquita, que estava prestes a se fundir com a concorrente irlandesa Fyffes.

“Esta operação mostra a de-terminação da diretoria de produ-zir melhores retornos sobre o inves-

timento para os acionistas”, avaliou o diretor-geral da Chiquita, Ed Lo-nergan. Atualmente, a Chiquita, a Fyffes e a Fresh Del Monte Pro-duce controlam US$ 7 bilhões do mercado mundial de bananas.

llHá 23 anos atuando no mer-cado de FLV, a atacadista Frutas Franchi conta com dois pontos de distribuição: a matriz, localizada na região de Catanduva (SP) e uma filial na maior central de abasteci-mento da América Latina.

O proprietário Renato Cesar Franchi, começou como vendedor no Mercado da Cantareira e de-pois montou um barracão de com-pra e venda de frutas na cidade de Pindorama, mais precisamente no distrito de Roberto.

Com o tempo, passou a enviar frutas para a Ceagesp e através dos relacionamentos comerciais conquistados surgiu a oportunida-de de adquirir um box. Atualmen-te, o beneficiamento dos produ-tos acontece na matriz, que pos-sui infraestrutura para toda a ca-deia de distribuição – pós-colhei-ta, embalagem e transporte, inclu-sive caminhões preparados para buscar mercadorias Brasil afora. “Somos uma equipe que traba-

Frutas Franchi destaca logística no abastecimento

Cerca de 6 mil novos postos de trabalho devem ser criados entre os meses de novembro e dezembro de 2014 para atender à demanda das vendas do Natal e Ano Novo, de acordo com estimativas da As-sociação Paulista de Supermerca-dos (Apas).

O número é inferior ao verifica-do em anos anteriores. Nos últimos anos, as contratações nos meses de novembro e dezembro se ele-varam consideravelmente, sendo 7.247 colaboradores adicionais em 2013, 11.031 em 2012, 6.677 em 2011 e 10.323 em 2010.

De acordo com o economista, gerente do departamento de Eco-nomia e Pesquisa da APAS, Rodri-go Mariano, a queda nos números projetados, em relação aos anos anteriores, está diretamente rela-cionada à desaceleração da eco-nomia.

Supermercados reduzem contratações para as festas de final de ano

ECONOMIA

lha há muito tempo junto. No co-meço houve bastante conflito em relação ao manuseio. Atualmen-te, estamos equalizados e adquiri-mos um alto padrão de tratamento da fruta”, conta Alexandro Moreira, supervisor financeiro da atacadis-ta no entreposto paulista, com 10 anos de casa.

Quando chegam na Ceasa, as frutas já estão prontas para a co-mercialização, armazenadas em caixas plásticas identificadas.

Produtora de limão taiti, lima da pérsia, murcot, ponkan e laran-ja lima, a empresa atua em consig-nação com agricultores para distri-buição de laranja carioca e laran-ja pera. No final do ano trabalham também com manga tommy, man-ga adem e limão galego.

O maior diferencial da Frutas Franchi é a disponibilidade do car-ro-chefe, limão taiti, 365 dias por ano. “Este período, por exemplo, é muito difícil para quem não tem uma boa estrutura de fornecimen-to. Estamos preparados. Conse-guimos abastecer o mercado tan-to com produção própria, quanto em parcerias com produtores”, ex-plica Alexandro. Na baixa safra são vendidas, em média, 1300 caixas desta variedade por dia.

manuseioCaixas identificadas chegam prontas para comercialização

Page 9: Jornal Entreposto | Novembro 2014

9Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

FolHosas

O volume de hortaliças folho-sas comercializadas na Ceasa paulistana está crescendo, ape-sar de suas características de pro-dução concentrada próxima da Ci-dade de São Paulo, o que facilita a compra direta dos produtores pelo varejo e pelo serviço de alimenta-ção. Uma grande parte das horta-liças folhosas é entregue no super-mercado por produtores grandes, que integram outros produtores.

A Sedes – Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp le-vanta as informações de volume, origem e destino e a cotação diária de preços de 16 hortaliças de fo-lha, flor e talo: acelga, agrião, alho--poró, almeirão, brócolos, catalo-nha, chicória, couve-flor, endívia, escarola, espinafre, repolho, rúcu-la e salsão.

O crescimento da sofisticação gastronômica é evidente no alho--poró, salsão e endívia, com volu-mes que dobraram no período en-tre 1.990 e 2013. A participação do alho-poró, do salsão e da endí-via cresceu para respectivamente

Evolução das hortaliças folhosas na Ceasa paulistana

0,39, 2,67 e 0,21% do volume to-tal comercializado. A alface, a acel-ga, a rúcula, o almeirão, o brócolos e a catalonha cresceram mais de 50% no mesmo período. Só o vo-lume de agrião e couve-flor caiu, 2 e 8% respectivamente.

O repolho e alface são as hor-taliças folhosas de maior volume (30% cada), que juntos com bró-colos, acelga, couve-flor e couve respondem por 80% do volume to-tal de 174 mil toneladas em 2013. O volume total cresceu 68%, en-tre 1990 e 2013.

A maior exigência por diver-sidade de cores e texturas é de-monstrada pelo crescimento da participação da alface mimosa de 0 para 6% e da alface americana de 25 para 39%, entre 1999 e 2013.

Todas as hortaliças folhosas pertencem a cinco famílias botâ-nicas: Alliaceae (alho-poró), Ama-ranthaceae (acelga e espinafre), Apiaceae (salsão), Asteraceae (al-face, almeirão, catalonha, chicória, endívia, escarola) e Brassicace-ae (agrião, brócolos, couve, cou-

C.Q.H. - CeagespIdalina Lopes Rocha Colaboração especial

-30

-20

-10

0

10

20

30

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

I. Variação % em relação à média mensal do volume e do preço de hortaliças folhosas de 1999 a 2013

Volume

Preço

PRINCIPAIS BRASSICÁCEAS COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Ilust

raçõ

es:

Bert

old

o B

org

es

Filh

o

Características

Folhas largas e expessas, coloração verde clara a média, nervuras brancas, cabeça alongada a globosa

Folhas compridas, tenras e macias, coloração verde brilhante, sabor suave a picante

Ramoso ou de cabeça única, coloração verde escura e média formada por infloresêcias

Folhas grandes e expessas, coloração verde, verde escura, verde clara, branca e verde arroxeada

Tem aparência de um repolho em miniatura, com cerca de 2,0 a 4,5cm; de coloração verde...

Cabeça de formato globular e semi globular, formada por inflorescências de coloração branca, creme ou roxa

Folha ovalada, verde média a verde escura, sabor de levemente picante a amargo

Formato cilíndrico, de coloração branca e formato redondo de coloração branca com topo arroxeado

Formato redondo a cilíndrico de coloração vermelha a branca

Cabeça de formato redondo, achatado e cõnico, de coloração verde ou roxa

Folhas largas, estreitas ou em forma espátula, coloração verde escura, sabor suave a picante

Acelga

Rabanete Repolho

Couve-flor

Nabo

Agrião

Produto

Acelga

Agrião

Brócolis

Couve

Couve de Bruxelas

Couve-flor

Mostarda

Nabo

Rabanete

Repolho

Rúcula

Nome científico

Brassica rapa pekinensis (Lour.) Hanelt

Nasturtium officinale WT Aiton

Brassica oleraceae L var. italica Plenck

Brassica Oleraceae var. capitata

Brassica Oleraceae var. gemmifera

Brassica oleraceae var. acephala DC

Brassica juncea

Brassica oleracea var. botrytis L

Brassica juncea (L.) Czem.

Raphanus sativus L.

Eruca sativa Mill.

Couve Couve de Bruxelas

Rúcula

Brócolis

Mostarda

ve-flor, repolho, rúcula). A Brassi-caceae (54%) é a família de maior volume, seguida pela Asterace-ae (35%), Amaranthaceae (8%), Apiaceae (3%) e Alliaceae (menor que 1%).

O gráfico I mostra o comporta-mento de cada mês em relação ao preço e volume médio do ano, de 1990 a 2013, das hortaliças folho-sas, flores e de talo. A variação do volume é pequena ao longo do ano e não reflete a variação de oferta na produção. O preço cresce nos pri-meiros meses do ano (fevereiro a maio) – maior consumo e maior di-ficuldade 0na produção e cai nos meses de maior produção e me-nor consumo de saladas (agosto a novembro).

O gráfico II mostra a variação % de preço em relação à média, dos anos de 1999 a 2013, de al-face, alho-poró e repolho – com preços mais altos no 1º semestre e mais baixos no 2º.

I. Variação % em relação à média mensal do volume e do preço de

hortaliças folhosas de 1999 a 2013

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

II. Variação % mensal em relação à média do ano, de 1999 a 2013: alface, alho-poró e repolho

Alface Alho-poró Repolho

II. Variação % mensal em relação à média do ano, de 1999 a 2013: alface,

alho-poró e repolho

Page 10: Jornal Entreposto | Novembro 2014

10 PRodUÇÃo Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llLocalizada no Cinturão Ver-de da Região Metropolitana de São Paulo, a produtora de horta-liças Shintate está desenvolven-do uma nova variedade de alface crespa para abastecer as lojas de fast-food Habib’s. O projeto é uma parceria com a Seminis, empresa do grupo Monsanto, que trata da linha de pesquisa de melhoramen-to genético e desenvolvimento de hortaliças.

Hiroshi Shintate, produtor e empresário, conta que desde o iní-cio da relação comercial, há mais de quatro anos, os executivos do Habib’s demonstravam muito inte-resse nas verduras fornecidas por ele. “Minha insistência em reduzir ou eliminar o uso de agrotóxicos chamou a atenção”, explica, refe-rindo-se a técnica da utilização de compostagem, adubo natural que deixa o solo rico em nutrientes e melhora a qualidade da hortaliça.

Além de desenvolver produtos mais saborosos, Iroshi conseguiu alcançar maiores índices de dura-bilidade das folhas, ou seja, o apro-veitamento do alimento é muito maior. “Atualmente 65% dos nos-sos produtos são higienizados. Pa-ra uma grande rede de restauran-tes, com lojas espalhadas por todo o país, é vantajoso adquirir um hor-tifruti saboroso, pronto para o con-sumo e duradouro”, complementa o agricultor.

Mesmo com todos estes be-nefícios, o Habib’s decidiu investir ainda mais na qualidade dos pro-dutos frescos que oferece. Através de análise do público consumidor, foi constatado que quanto mais crocante a alface, melhor a acei-tação. Daí nasceu a ideia de de-senvolver uma nova hortaliça, ain-da mais saborosa e com mais cro-cância.

alface cresPa crocante svr2005

Fernanda P. Ferraro, represen-tante de Desenvolvimento Tecno-lógico da Seminis, explica que es-te departamento tem o foco em desenvolver e lançar novas varie-dades adaptadas às condições

Cultivo utiliza técnica de compostagem que diminui o uso de defensivos agrícolas

de cultivo nas diversas regiões do Brasil. “A Shintate é parceira da Se-minis há anos e o senhor Hiroshi é uma importante peça no desenvol-vimento de novos produtos”, enfa-tiza a profissional.

Fernanda revela que a varieda-de de alface SVR2005, tem carac-terísticas agronômicas diferencia-das: “Apresenta a crespicidade da alface crespa com a crocância da al-face americana, o que é muito bem recebido pelos consumidores”, es-clarece. Além disso, por apresentar pós colheita superior às crespas co-muns, esta variedade tem sido iden-tificada como uma boa escolha pe-los produtores que comercializam alface crespa higienizada/proces-sada. “Ela dura mais após o proces-samento do que a crespa comum”, garante a especialista.

Produção livre de defensivos agrícolas

Na juventude, quando ainda tra-balhava com o pai, Hiroshi tinha pa-vor das caveiras que estampavam as embalagens dos defensivos agrí-colas. “Para mim, aquilo só queria dizer uma coisa: estávamos usan-do veneno nos alimentos”, recorda. Ao assumir a empresa da família, o produtor passou a estudar manei-ras de eliminar o uso de agrotóxicos.

A solução encontrada é sim-ples: compostagem. O processo biológico que transforma matéria orgânica em adubo contribui para a sanidade do plantio. “As plantas, assim como nós, ficam doentes se não recebem nutrientes adequados para mantê-las saudáveis”, explica o agricultor. Ele comparou a saúde humana à das plantas e chegou à conclusão de que quanto melhor o trabalho realizado no solo, mais for-te ficam as hortaliças e menos agro-tóxico será necessário.

Além de transformar a terra no ambiente ideal para o desenvolvi-mento da horticultura, a composta-gem ajuda a reter a umidade e pou-par água na irrigação. “Economi-zamos aproximadamente 30% de água apenas utilizando adubo na-tural no solo”, comemora.

relação comercial inJusta

A Shintate comercializou ver-duras para o entreposto paulista-no por muitos anos, mas, na dé-cada de 1990, começou a perce-ber que a relação comercial esta-va sendo abusiva. “Os permissio-nários repassavam todos os cus-tos, como embalagem e frete, para os agricultores e ainda desconta-vam comissões e outras taxas”, re-clama Hiroshi. Além disso, o mer-cado atacadista não reconhecia o produto da Shintate como diferen-ciado e de qualidade superior.

“O custo para se plantar ver-duras através da técnica natural de compostagem é 30% maior do que o cultivo tradicional”, esclarece. Quando a caixas de Hiroshi che-gavam à Ceagesp eram misturadas às outras embalagens e o consumi-

dor final não conseguia identificar “no olho”, que determinada horta-liça era mais saudável. “No entre-posto, minha mercadoria recebia o mesmo preço das outras, ou se-ja, perdia valor. Muitas vezes en-contrei minhas verduras no lixo por falta de manejo adequado na Cea-sa”, lamenta.

Este foi outro motivo que levou a Shintate a procurar outros ca-minhos para escoar a produção. “Vender para a Ceagesp é cômo-do, mas eu queria criar uma marca”. Foi aí que Hiroshi percebeu que a única saída para que seu produto fosse reconhecido e valorizado no mercado era atingir diretamente o público final, mas primeiro ele tinha conquistar o setor varejista.

Sendo assim, ele procurou se capacitar, tanto em empreendedo-rismo, quanto em técnica de cul-

tivo. “Eu entendia de horticultura, mas precisava aprender a nego-ciar”, lembra.

Chegou um dia em que ao pro-dutor não dependia mais do siste-ma de abastecimento que envolve o entreposto. Como o sistema na-tural de cultivo promove melhor sa-bor e textura aos alimentos, os mer-cados varejistas começaram a per-ceber a diferença da hortaliça Shin-tate e a marca passou a ser reco-nhecida.

evolução tecnológica

Hiroshi Shintate teve a oportu-nidade de realizar o sonho de co-nhecer as técnicas de plantio de Is-rael. “É na dificuldade que encon-tramos as melhores soluções”, filo-sofa o empresário, citando as inú-meras intempéries enfrentadas por agricultores daquele país. “O Bra-sil tem muito o que aprender com Israel. Somos um país favorecido climaticamente e geograficamen-te. Temos um solo fértil. Só preci-samos de uma coisa: moderniza-ção”. E foi com este pensamento que a Shintate aceito o desafio do Habib’s. Na visão de Hiroshi, mui-tos acreditam que o trabalho rural é uma atividade ultrapassada, que parou no tempo, mas ele se consi-dera exemplo vivo de que o agricul-tor pode abrir a cabeça para novas tecnologias e se modernizar. “Foi assim que conquistei tudo o que tenho hoje”, aconselha. “E é assim que assumo esta nova responsa-bilidade, agregando sabor e qua-lidade a esta grande rede de res-taurantes. É o reconhecimento da minha marca”, comemora.

Shintate desenvolve alface mais crocante para o Habib’s

Carolina de SciccoDe Biritiba Mirim

Page 11: Jornal Entreposto | Novembro 2014

11Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

CAROLINA DE SCICCO

Page 12: Jornal Entreposto | Novembro 2014

12 mERcado Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llA parceria entre Cícero e Nel-son, da atacadista de hortaliças No-va Marília, já dura mais de 25 anos. Os profissionais trabalham juntos desde a época da extinta Coope-rativa Agrícola de Cotia. “Quando a cooperativa faliu, o Nelson me con-vidou para gerir os negócios da em-presa que ele estava fundando. Foi aí que, em 1998, a Nova Marília co-meçou a atuar na Ceagesp”, lembra Cícero, gerente.

Com os anos de experiência, a distribuidora entendeu que o produ-tor queria que sua mercadoria fosse valorizada no mercado. Para agra-dar os fornecedores e aumentar a qualidade dos produtos que ofere-ciam no entreposto, Cícero explica que a solução foi se aproximar dos agricultores. “A interação entre pro-dutor e permissionário é essencial para a padronização do mercado”, acredita. “O trabalhador do campo quer ver seu produto valorizado e is-to é bom para todos. Ao longo dos anos fomos buscando alternativas para melhorar o abastecimento”, complementa.

Uma das maneiras que a Nova Marília encontrou para agregar va-lor às hortaliças foi a diminuição do manuseio. “Inventamos um método para empilhar as caixas que minimi-za estragos no alimento”, revela Cí-cero, se referindo às polêmicas em-balagens de madeiras usadas pa-ra acondicionar a maioria das ver-duras. O carro forte da empresa é a comercialização de alface america-na, mas Cícero explica que nos mó-dulos da Ceagesp, os clientes en-contram todos os tipos de verdu-

Nova Marília: interação com produtores é indispensávelAtacadista se aproxima de agricultores para melhorar abastecimento

ras folhosas e maçaria: vários tipos de alface, couve, brócolis, almeirão, agrião, escarola, rúcula, salsa, co-entro, alho porró e produtos hidro-pônicos.

Nova MaríliaMLP: Módulos 26 e 27Telefone: (11) 95128-7139

CíceroGerente

CAROLINA DE SCICCOllMarizete Gomes de Mello sem-pre sonhou em trabalhar na Ceagesp. Não importava o produto que iria co-mercializar, desde que pudesse es-tar no Mercado Livre do Produtor. Há 26 anos, quando surgiu a oportuni-dade de administrar uma pedra, ela não perdeu tempo e, desde então, se dedica integralmente à comercializa-ção de hortaliças comandando a ata-cadista Mello e Gonçalves. “Meu fi-lho caçula quase nasceu aqui”, con-ta, lembrando que trabalhou até dois dias antes do parto.

Antigamente, a mão de obra do entreposto era majoritariamente masculina. “Quando eu entrei, qua-se não tinham mulheres. Eram ape-nas homens orientais e portugueses rústicos. Tinham dias em que eu che-gava em casa chorando por causa da brutalidade do mercado, mas eu per-sisti. E venci”, comemora. O brócolis ninja, que vem de Minas Gerais, é o carro-chefe da empresa, mas Mari-zete tem à disposição todos os tipos de hortaliças folhosas. A maioria vem do interior de São Paulo, como Ibiú-na e Sorocaba. Para manter o fres-cor dos alimentos, a comerciante não permite que os produtores colham as verduras um dia antes de mandar pa-ra o mercado. “Nossos produtos são colhidos todos os dias pela manhã e chegam frescos à Ceagesp”, garan-te a empresária.

Mello e Gonçalves: colheita diária de verduras

Como o nosso portfólio é bem variado, estamos sempre em busca de novos produtores, o que garante hortaliças frescas o ano todo

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

llUma boa embalagem de fru-tas e hortaliças frescas deve prote-ger o produto; facilitar o seu manu-seio, movimentação e empilhamen-to; identificar o produto e o seu res-ponsável; permitir a exposição do produto na gôndola de uma manei-

ra que atraia a atenção do consu-midor; permitir a fácil refrigeração e climatização do produto; obedecer às exigências da lei; ser leve, limpa e atraente.

As matérias primas mais utiliza-das para a fabricação de embala-gens de frutas e hortaliças são pa-pelão, plástico e madeira.

Hoje as embalagens de madei-ra representam 38 % do número to-

tal de embalagens das frutas e 48% das embalagens de hortaliças (legu-mes, verduras e diversos) na ceasa paulistana. A sua participação vem caindo, um pouco cada ano. No últi-mo ano foram comercializados pro-dutos, embaladas em 91 milhões de caixas de madeira.

Entretanto a maioria das caixas de madeira estão fora da lei. Muita gente quando fala de modernização

defende o fim das caixas de madeira – pesada, suja, reutilizada, impossí-vel de higienizar, machuca o produ-to, são as razões alegadas.

A verdade é que existem emba-lagens boas e ruins de papelão, de madeira ou de papelão e que é pre-ciso que haja competição entre os fabricantes de embalagens de dife-rentes tipos de matéria prima, para garantir embalagens boas e baratas

para as frutas e hortaliças frescas. Agora, temos motivo para co-

memorar. Um empresário brasilei-ro acreditou no potencial da emba-lagem de madeira, investiu em tec-nologia espanhola de fabricação de caixas de madeira laminadas, le-ves, descartáveis, bonitas, paletizá-veis, semelhantes às que chegam ao Brasil com fruta importada da Es-panha: são as Eurocaixas.

A caixa de madeira pode ser a solução para o seu produto

LETÍCIA BENETTI

Page 13: Jornal Entreposto | Novembro 2014

13mERcadoNovembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Por Manelão

llPara entrar no maior mercado atacadista de frutas, verduras e le-gumes da América Latina, o pro-dutor de hortaliças Paulo Gomes de Lima teve que alinhar suas téc-nicas de produção e comerciali-zação aos requisitos do setor va-rejista. Assim que começou a es-tudar o varejo, o agricultor sentiu a necessidade de ajuste em docu-mentos da empresa. “Desenrola-mos diversas exigências burocrá-ticas. A regularização traz muitos benefícios”, esclarece. “Além dis-so, é muito melhor ter autonomia do que depender de grandes pro-dutores”, complementa.

Com a documentação em dia, Paulo iniciou o processo de mo-dernização. Utilizando recursos concedidos por programas do governo federal destinados ao agricultor familiar, ele adquiriu má-quinas agrícolas, insumos e tam-bém um caminhão para o trans-porte das hortaliças. “A atualiza-ção no processo de cultivo cola-borou para o aumento da produ-tividade”. Além disso, com a au-tomação de alguns setores, Go-mes conseguiu driblar a falta de mão de obra do setor.

Especialista na produção de brócolis ninja, o profissional es-tá expandindo o negócio, tanto no cultivo, quanto na comercia-lização no Mercado Livre do Pro-dutor da Ceagesp. “Já temos ou-tras hortaliças à disposição, co-mo alface e acelga. Também esta-mos plantando um pouco de cou-ve manteiga. Estamos evoluindo”, conta Paulo.

Produtor busca alternativas para driblar gargalos do setorModernização e autonomia são os principais objetivos dos pequenos agricultores

Para realizar melhorias no cul-tivo, o agricultor segue as orienta-ções de técnicos e engenheiros de grandes empresas de insumos agrícolas. “A Sakata, por exemplo, nos acompanha há bastante tem-po. Uma vez por semana a empre-sa visita as produções da minha região e nos assiste no trato das hortaliças. Além disso, ela organiza reuniões de produtores para troca de experiências”, explica.

A capacitação dos agricultores da família de Paulo está levando ao aumento da produtividade e a dimi-nuição de defensivos agrícolas nas lavouras. “Agora já sabemos como cuidar do solo para evitar o ataque de pragas e doenças. Sem agrotó-

xicos, eu protejo a saúde do con-sumidor e da minha própria famí-lia”, comenta.

As adaptações realizadas pe-lo produtor aprimoraram o relacio-namento comercial com o vare-jo. Agora, os produtos de Gomes têm melhor aceitação no merca-do da Ceagesp. “A modernização no campo agregou valor ao meu produto e aumentou a qualidade de vida da minha família”, come-mora o agricultor

Atacadista Ismael Luiz de Lima / MLP: Módulo 175Telefones: Paulo (35) 9734-9889 / 9907-2423 - Ismael (35) 9823-0053

Agora já sabemos como cuidar do solo para evitar o ataque de pragas e doenças. Sem agrotóxicos, eu protejo a saúde do consumidor e da minha própria família

Paulo G. de LimaGerente

llA paisagem da nossa região estava com a cara do cerrado quando enfrenta grandes es-tiagens. Nos canteiros da hor-ta da Nossa Turma a semente plantada não germinou; a qua-lidade do ar era péssima e um grande número de crianças es-tavam faltando às atividades por problemas respiratórios. Mas a natureza entendeu que era ho-ra de formar as nuvens e derra-mou a chuva que lavou as facha-das do edifício e molhou a ter-ra. É com surpresa que as crian-ças viram que as sementes es-quecidas na terra estão brotan-do. As hortaliças, legumes e fru-tas estavam com a comerciali-zação comprometida por cau-sa da seca e o preço subiu. En-tão vamos pedir para chover na horta e lá pras bandas de Mi-nas Gerais, que é de onde vem a água que abastece complexo da Cantareira.

Os amigos que ajudam a fa-zer o natal feliz das crianças da Nossa Turma apadrinhando a meninada com o kit de natal, já pode preparar o presente, que consiste num calçado, uma rou-pa e um brinquedo. Para par-ticipar ligue (11) 3832-3366 ou 3643-3737, falar com Ke-li ou Adriana, até o dia 10 de dezembro.

No dia 13, o senhor José Pi-nheiro, presidente do Sindicato dos Carregadores, convida to-da a comunidade para a missa de Santa Luzia, que será cele-brada no galpão dos carregado-res, às 10h. Vamos todos par-ticipar deste momento de fé e pedir para Santa Luzia continuar iluminando o caminho de quem vive o dia a dia do mercado.

Choveuna horta

cÁ entre nós

DANIELLE FORTE

Page 14: Jornal Entreposto | Novembro 2014

14 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llA produção agrícola brasileira se deslocou, ao longo dos últimos anos, para regiões planas, de custo de ter-ra mais barato, clima mais definido. Grandes culturas e culturas hortíco-las passam pelo mesmo fenômeno.São Paulo é o estado mais industria-lizado, rico e populoso do Brasil e to-dos esquecemos ele é também um dos maiores produtores agrícolas, principalmente quando tratamos de frutas e hortaliças. Aqui estão alguns números do IBGE.

São Paulo responde por mais de 50% da produção brasileira de chá da índia, laranja, limão, borracha, abacate, amendoim, cana de açúcar. Produz, entre 20 e 50% do volume de triticale, batata-inglesa, tomate, caqui, tangerina, goiaba, urucum, noz e figo. Produz, entre 10 e 20% do volume de manga, banana, pês-sego, palmito, uva e café.

Os dados do IBGE mostram os números de um número muito pe-queno de frutas e hortaliças.

A área total do Estado de São Paulo é 248.22 km2, 2,9% do ter-ritório brasileiro e abriga 42 milhões de habitantes, 21% da população brasileira.

llO PROHORT é um programa da CONAB, encarregado de reunir e disponibilizar as informações das Ceasas. O projeto trabalha com as informações de volume, preço e ori-gem de cada produto e variedade, em cada Ceasa. Utilizamos o PRO-PHORT para verificar a evolução da comercialização de alguns produtos e da participação da região no forne-cimento das Ceasas. Aqui estão al-guns dos resultados:

O volume de atemóia, entre 2010 e 2013, quase dobrou em São Paulo e triplicou em BH

lA atemóia da Ceasa da Grande SP representou 90% do volume re-gistrado pelo PROHORT e da Ce-asa de BH 4%. O volume total de atemóia, registrado em 2013, foi de 4.000 toneladas. A participação da região do Jaíba chegou, em 2013, a 53% na Ceasa da Grande BH e a 19% na Ceasa da Grande SP

O volume de banana, entre 2010 e 2013, cresceu em BH e diminuiu um pouco em São Paulo

lA Ceasa da Grande BH respondeu por 33% de todo o volume de ba-nana registrado pelo PROHORT e a

centro de Qualidade em horticultura da ceagesP

Produção paulista

Números do PROHORT

llO efeito da Ceagesp no trânsito é um assunto muito debatido. Aqui estão alguns números para es-quentar o debate – alguns levan-tamentos feitos na Ceasa paulis-tana e outros divulgados na mídia.

Um levantamento do número de veículos que entram diariamen-te na Ceagesp paulistana, mostrou na sexta- feira 7.379 caminhões e 6.415 utilitários, sendo 18% com produto e 82% sem produto.

Outra pesquisa mostrou que a maior parte dos nossos comprado-res (74%) tem como sua origem e destino a Região Metropolitana de São Paulo.

Um artigo no jornal mostrou a proposta da Prefeitura de São Pau-lo, da retirada de circulação de 76 mil caminhões – 44% dos 190 mil veículos pesados que circulam dia-riamente pela Capital.

Alterar o horário de veículos na Ceagesp é uma boa opção?

Os caminhões do ETSP com produto são menos que 1% dos 160 mil veículos pesados. Os ca-minhões do ETSP de comprador (sem produto) e que não se desti-nam ao abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, tam-bém são menos que 1% dos 160 mil veículos pesados.

A circulação da grande maio-ria dos veículos que utiliza o entre-posto paulistano se restringe à Re-gião Metropolitana de São Paulo – 4.487 caminhões (85%) e 6.425 (100%) utilitários. Será que a ado-ção pela CEAGESP paulistana do horário de funcionamento, propos-to pela Prefeitura de São Paulo pa-ra os centros de distribuição, das 21 horas as 5 horas da manhã e que muda a circulação de veículos para um horário de menos trânsito é uma boa opção?

Ceasa da Grande SP por 9%. A par-ticipação do Jaíba é muito alta em BH e está crescendo muito em São Pau-lo. A região do Jaíba foi responsável, em 2013, por 17% do volume de ba-nana registrado pelo PROHORT em todas as Ceasas do Brasil.

O volume de limão, entre 2010 e 2013, cresceu em BH e em São Paulo

lA Ceasa da Grande BH respon-deu por 14% de todo o volume de li-mão Taiti registrado pelo PROHORT e a Ceasa da Grande SP por 57%. A participação do Jaíba é muito alta em BH (34% em 2013) e muito bai-xa em SP. O limão vai para o barracão de classi-ficação em São Paulo e perde a ras-treabilidade.A região do Jaíba foi responsável, em 2013, por 5% do volume de limão Taiti registrado pelo PROHORT em todas as ceasas do Brasil (150 mil toneladas).

A oferta de mamão, entre 2010 e 2013, oscilou em BH e em São Paulo

lA Ceasa da Grande SP respon-deu, em 2013, por 43% do volume de mamão registrado pelo PRO-HORT e a Ceasa da Grande BH

por 15%. A participação % do Ja-íba cresceu em BH e em SP e em todas as ceasas registradas pelo PROHORT. Na ceasa da Grande BH chegou a 29% em 2013.

A oferta de manga, entre 2010 e 2013, diminuiu em BH e em SP, por problemas climáticos

lA Ceasa da Grande SP respon-deu, em 2013, por 43% do vo-lume de mamão registrado pelo PROHORT e a Ceasa da Gran-de BH por 15%. A participação % do Jaíba no fornecimento de manga nas ceasas cresceu em BH, em SP e em todas as cea-sas registradas pelo PROHORT (198.000 toneladas).

Notas cQH

Page 15: Jornal Entreposto | Novembro 2014

15Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br EstiaGEm

A água parece, enfim, começar a ga-nhar a merecida atenção que já de-veria ter conquistado há pelo me-nos duas décadas. Atualmente, o

recurso natural mais valioso para a raça huma-na é um tema bastante discutido pelas organi-zações de todo o mundo. No Brasil, país que detém 12% de toda a água doce do planeta, pouco foi feito para evitar o colapso causado pela estiagem que assola a região metropoli-tana de São Paulo.

O problema pode ser ainda maior se le-varmos em consideração que grande parte da produção agrícola nacional passa pela ci-dade de São Paulo, especialmente na Com-panhia de Entrepostos e Armazéns Gerais – Ceagesp - antes de ser distribuída para ou-tras regiões. A falta de água no sudeste ame-aça o abastecimento de alimentos e interfere no preço praticado no Brasil inteiro. Além de ser a balança econômica dos produtos agrí-colas, o estado de São Paulo é um grande produtor de frutas, verduras, legumes e flores.

O uso doméstico e o setor comercial con-somem 22% e o setor industrial fica por úl-timo, com 19% de consumo. Além de ser o segmento que mais consome este recurso, o agronegócio é o que mais desperdiça água doce no país. Quase metade é jogada fora. Entre os motivos do desperdício citados pe-la organização estão irrigações mal executa-

nesta edição, o Jornal entrePosto reuniu algumas medidas adotas Por agricultores Para driBlar a escassez de Água e colaBorar com o racionamento. confira:

llTroca ou manutenção do sistema de irrigação

llCompostagem e tratamento adequado do solo colaboram na retenção de umidade

ll Captação da água da chuva

llRevestimento do tanque de água com lona para evitar a absorção pelo solo seco

llDiminuição da área plantada

llInclusão de polímero no sistema de irrigação

llRedução no uso de fertilizantes ou agrotóxicos

Produtividade Diminuição da área plantada e manutenção no sistema de irrigação são algumas técnicas utilizadas

das e falta de controle do agricultor na quan-tidade usada em lavouras e no processamen-to dos produtos. Os impactos recaem sobre o ecossistema, já que lençóis freáticos e rios sofrem com a falta de chuvas e correm o ris-co de secar ao longo dos anos.

O consultor nacional da FAO, José Ro-berto Borghetti, diz acreditar ser necessário encontrar um caminho para a agropecuária utilizar a água com eficácia. “O produtor ru-ral precisa ter maior rendimento na produti-vidade usando menos água possível”, afirma. Segundo ele, caso não sejam tomadas medi-das emergenciais no setor, o país pode viver o que ele denomina de estresse hídrico. “O que resultaria em falta de água e má distribui-

águaProdutores buscam alternativas para racionar o uso da

70%A agricultura é o setor que mais utiliza água no Brasil segundo estimativas do

Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

ção em diferentes regiões do país”, explica.Formado pelos municípios de Arujá, Bi-

ritiba, Guararema, Mogi das Cruzes, Sale-sopólis, Santa Isabel, Suzano e entre outras cidades, o Cinturão Verde São Paulo é um grande fornecedor de verduras, frutas e flo-res para a região metropolitana e, principal-mente, para a Ceagesp. Ao tentar contor-nar as dificuldades trazidas pela estiagem, os produtores da região utilizam alternativas que racionam o uso de água sem prejudicar a qualidade do cultivo.

A técnica mais utilizada é diminuir a área plantada. “O corte na produção já é uma re-alidade, o que não necessariamente signifi-ca diminuição de lucro”, avalia Wilson Sei-xas, produtor de salsinha, cebolinha e horte-lã. A produtora de mudas para jardim Shima-no cortou o tempo de irrigação pela metade. “Percebemos que 15 minutos por dia é o su-ficiente para não comprometer a qualidade das plantas”, explica o agricultor Shimano.

Segundo o Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq - USP a estiagem que atinge a região sudeste é a mais intensa dos últimos 80 anos, sem registros de pre-cipitações intensas na época chuvosa e ain-da menos na estação seca. Para os especia-listas, caso a situação se prolongue, haverá mais quebras de produtividade nas culturas, além de atraso na safra de verão.

Page 16: Jornal Entreposto | Novembro 2014

16 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.brFloREs

llMuitas pessoas sonham com mudanças que transformem efeti-vamente suas vidas e rotinas, mas nem todas tentam alcançá-las. Mudar a área de atuação e abrir um negócio próprio é uma alterna-tiva ousada e pode ser trilhada pe-los mais diversos motivos. Os ca-minhos das idealizadoras da irre-verente floricultura A Bela do Dia se cruzaram através de uma ami-ga em comum, no fim de 2012.

A antiga ideia de seguir pelo ramo das flores, reapareceu de-finitivamente na vida de Tatiana Pascowitch após o nascimen-to de sua filha, em 2010. A prin-cípio, pensava em uma espécie de “Kombi” das flores, mas as di-ficuldades de mobilidade urbana na capital paulista embargaram o projeto. Enquanto isso, desiludi-da com a profissão de jornalista, Marina Gurgel buscava um insi-ght sobre o que gostaria realmen-te de fazer da vida e, ao mudar pa-ra a Vila Madalena, frequentar fei-ras locais e passar a comprar flo-res semanalmente percebeu: ado-raria trabalhar com arranjos florais.

Ambas queriam fazer algo di-ferente neste segmento e, quando se conheceram, o gosto por pe-dalar deu o tom ao projeto. Assim, decidiram que fariam entregas de flores em bicicletas e, além disso,

Floricultura A Bela do Dia tem proposta inovadora e entregas de bicicletavareJoEmpresárias compram flores na Ceagesp diariamente

não trabalhariam com as flores co-muns ou mais procuradas, como rosas, e sim com espécies desco-nhecidas e exóticas. Em menos de seis meses estavam com a empre-sa aberta. “Não queríamos depen-der de veículos motorizados para fazer as entregas e a bike foi uma opção que se encaixou com per-feição”, esclarece Marina.

No começo, captavam clien-tes em lugares comerciais e perto de esperas de restaurantes. Atu-almente, possuem diversos assi-nantes que por um preço fixo (R$ 180 / mês) recebem, semanal-mente, um arranjo com uma média de 10 hastes composto por um mix de flores surpresa. “O consu-midor escolhe se prefere um vaso ou buquê. Se for um vaso, a cada semana retiramos o antigo e dei-xamos um novo. É possível nos dar um briefing, por exemplo, se não gosta de determinada cor ou es-pécie de flor, mas nós escolhemos as flores no dia”, revela a empre-sária. A Bela do Dia também ven-de buquês e arranjos de diversos preços e tamanhos.

As empreendedoras já fre-quentavam a Feira de Flores da Ceagesp como consumidoras finais e agora, com os negócios funcionando a todo vapor, vão às compras no Entreposto Terminal de São Paulo diariamente. Che-gam por volta das seis da manhã e visitam os dois pavilhões dedica-dos à floricultura. Peônias, anêmo-nas, tulipas, bromélias, agapantos, lírios e flores de alcachofra, são al-guns dos ingredientes especiais da Bela do Dia.

Recentemente, a floricultu-ra ganhou um ateliê no bairro de Pinheiros. As entregas, agora fei-tas por colaboradores, abrangem bairros da zona oeste da cidade como Pinheiros, Vila Madalena e Higienópolis.

Muito a vontade em suas visi-tas à Ceagesp, Marina conta que já cansou de se perder pelos cor-redores da Feira de Flores, mas que a solicitude dos trabalhado-res do entreposto, em especial os carregadores, facilitam suas com-pras. Ela lembra com carinho da frase do senhor Severino, carre-gador. “Ele sempre se despede

dizendo: ‘que você seja muito fe-liz em sua viagem’”.

Recentemente, a floricultu-ra ganhou um ateliê no bairro de Pinheiros. As entregas, agora fei-tas por colaboradores, abrangem bairros da zona oeste e centro da cidade como Pinheiros, Vila Ma-dalena e Higienópolis.

A Bela do DiaLocalização: Rua Mourato Coelho, 1003 – Pinheiros / SPContato: (11) 2935-0282 / [email protected]

llA segunda edição do even-to Ceagesp em Flor, encerra-da no início do mês, colabo-rou na difusão do trabalho da companhia junto à comunida-de local de diversas regiões. Durante dois meses, festivais foram realizados em suas uni-dades do interior de São Pau-lo com o intuito de alavancar as vendas do setor de flores e plantas ornamentais.

Em São José do Rio Pre-to, por exemplo, houve grande procura por crisântemo, kala-choe, mini margaridas e kalan-divas. A unidade recebeu em torno de oito mil pessoas e re-gistrou aumento nas vendas em todo o segmento.

Já na edição de Sorocaba, a maior parte das atividades culturais e de entretenimen-to foi organizada pelas Secre-taria da Cultura (Secult) e do Meio Ambiente (Sema). Hou-ve apresentação de dança e música, área de comércio de produtos artesanais, espaço infantil e passeio de balão. A Sema ofereceu aos visitantes a doação de mudas de árvores e oficinas gratuitas de plantio, de mini horta em garrafa pet e de compostagem.

Ceagesp em Flor difunde segmento no interior

llAo lado do Cemitério do Araçá, na Avenida Dr. Arnal-do, diversos boxes oferecem os mais variados arranjos de flores. Além de contar com pe-lo menos seis bancas 24 ho-ras, o espaço trabalha com preços bastante competitivos se comparado com algumas floriculturas da cidade.

Outro antigo ponto de ven-da de flores está no Largo do Arouche, na região central de São Paulo. Apesar de não fun-cionarem em período integral, o horário é bastante flexível: das 6h30 às 23h.

Na Praça João Mendes, também na região central, há três bancas de flores, onde é possível encontrar arranjos e buquês. O funcionamento é das 7h às 20h.

Atentos às novas deman-das do mercado, estes tradi-cionais pontos da cidade se re-novaram e acompanham as de-mandas do público com arran-jos diferenciados e personaliza-dos em datas comemorativas.

Flores 24h em SP

Carolina de Scicco

DIVULGAÇÃO

Page 17: Jornal Entreposto | Novembro 2014

17Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br aRtiGo

Antonio Hélio Junqueira*Marcia da Silva Peetz **

* Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Co-municação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimen-tar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento.** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia proprietária da Hórtica Consultoria e Treinamento.

Produção de flores e plantas ornamentais no Brasil: dimensões, tendências e perspectivas

A floricultura empresa-rial brasileira constitui--se em um dos mais di-nâmicos e promissores

segmentos do agronegócio bra-sileiro contemporâneo, exibindo indicadores de crescimento sig-nificativos, tanto em termos de número de produtores, quanto de área cultivada e de Valor Bruto da Produção (VBP), representan-do, também, uma das principais atividades geradoras de ocupa-ção, emprego e renda para mi-cro e pequenos produtores em todo o País, além de incorporar relevantes parcelas do trabalho feminino rural.

O presente artigo revisa e atu-aliza dados nacionais e macrorre-gionais destes indicadores, a par-tir de uma extensa e exaustiva pes-quisa de dados estatísticos e aná-lises geradas junto a empresas e órgãos públicos e privados liga-dos ao setor. Oferece, assim, um panorama comparativo entre os anos de 2008 e 2013, apontan-do para alguns fenômenos ten-denciais da organização produti-va do setor no País.

A cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais no Brasil mo-vimentou, no ano de 2013, o valor global de R$ 5,22 bilhões, acumu-lando crescimento de 8,3% so-bre os resultados obtidos no ano de 2012. Para 2014, as estima-tivas preliminares apontam para um total de R$ 5,64 bilhões, ba-sicamente resultante de um novo crescimento de 8,0% sobre o ano anterior.

O País possui atualmente 7.800 produtores de flores e plan-tas ornamentais, os quais, em seu conjunto, cultivaram, em 2013, uma área total de 13.468 hecta-res. No período de 2008 a 2013, o número de produtores dedica-dos ao cultivo de flores e plantas ornamentais no Brasil elevou-se em 29,5%, passando de 6.023, para 7.800. Entre esses mesmos anos considerados, o total da área cultivada exibiu crescimento sig-nificativamente mais modesto, de 13,0%, saltando de um total de 11.916 hectares dedicados à ati-vidade, em 2008, para 13.468, em 2013. Tal fenômeno resultou na redução da área média cultiva-da por produtor, em 12,6%, pas-sando de 1,98 hectare por pro-dutor, em 2008, para 1,73 hecta-re, em 2013.

Em termos de Valor Bruto da Produção (VBP) – ou seja, dos va-lores efetivamente recebidos pe-los produtores de flores e plan-tas ornamentais –, a floricultura brasileira movimentou, em 2013, R$ 1,49 bilhão, com crescimento de 57,56% sobre os resultados apurados para o ano de 2008 (R$ 945.649 milhões). A região Su-deste, liderada pelo Estado de São Paulo, agregou 73,74% de

participação, confirmando o ele-vado grau de concentração da atividade florícola nacional. Em 2008, a participação porcentual relativa desta região representa-va 70,91% do total do VBP da flo-ricultura. Internamente, cabe des-tacar que o Estado de São Paulo, principal produtor nacional, acu-mulou decréscimo de participa-ção no período analisado, a qual decaiu de 52,81%, para 48,31%. Os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo mantiveram prati-camente os mesmos porcentuais, enquanto o Estado do Rio de Ja-neiro galgou posições fortemente significativas, passando de 3,62% para 11,05%.

Internamente, o agronegócio de flores e plantas ornamentais do Brasil é segmentado majoritaria-mente na produção de espécies de plantas ornamentais para pai-sagismo e jardinagem, o qual con-centrou, em 2013, 41,55% do to-tal do VBP (R$ 619.049 mil) não incluindo, neste montante, o seg-mento específico das gramas es-portivas e ornamentais, que po-de ser considerado autônomo e organizado segundo parâmetros próprios e específicos de produ-ção, distribuição e consumo.

Na segunda posição em or-

dem de grandeza, definida pe-la participação porcentual relati-va decrescente de importância, fi-ca o setor de flores e folhagens de corte, com 34,33%, seguido pe-lo das flores e plantas envasadas (24,12%).

A análise comparativa com a série de dados anterior, de 2008, permite constatar que tanto as flo-res e folhagens de corte, quanto as envasadas exibiram crescimen-to em suas participações porcen-tuais relativas. De fato, as primei-ras elevaram seu índice porcen-tual de 31,41%, em 2008, para 34,33%, em 2013, enquanto que as flores e plantas envasadas o fi-zeram da proporção de 20,0% para 24,12%. Tais crescimentos se deram em detrimento do maior segmento – o das plantas orna-mentais para paisagismo e jar-dinagem – que, no mesmo perí-odo, reduziu sua representativi-dade porcentual de 48,59% pa-ra 41,55%.

Focada essencialmente no abastecimento do mercado inter-no, para o qual dirige 96,5% de todo o valor que produz, a floricul-tura brasileira tem seguido prati-camente inabalável frente ao am-biente de crise econômica e finan-ceira que atingem o mercado in-

ternacional desde 2008, sendo, desta forma, fator de estabilidade e confiança no campo.

Para os próximos anos, o ce-nário certamente continuará bas-tante favorável, ainda que se apon-tem tendências de redução na pu-jança do crescimento econômico. Neste contexto, caberá ao setor, de forma organizada e profissio-nal, avançar na consolidação de suas conquistas, de modo que os futuros resultados sejam cada vez mais sustentáveis e permanentes.

Para saber mais, ver: JUN-QUEIRA, Antonio Helio; PEETZ, Marcia da Silva. O setor produti-vo de flores e plantas ornamen-tais do Brasil, no período 2008 a 2013: atualizações, balanços e perspectivas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.20, n.º 2, - p.115-120, 2014. Dispo-nível em: www.hortica.com.br/ar-tigos/2014/Setor_Produtivo_Ca-deia_Flores_Plantas_Ornamen-tais_2014.pdf.

AUMENTO

No período de 2008 a 2013, o número de produtores dedicados ao cultivo de flores e plantas ornamentais no Brasil elevou-se em 29,5%, passando de 6.023, para 7.800

zoom

8%é o crescimento previsto

do setor para 2014, sobre o

ano anterior

Page 18: Jornal Entreposto | Novembro 2014

18 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

zoom

O usuário tem acesso a dados atualizados do painel do caminhão - nível do combustível, do Arla32, do óleo do motor, do líquido de arrefecimento do motor, da água do para-brisa, além do status do funcionamento das lanternas e faróis. Ele pode também checar o status do alarme e da trava do veículo

Volvo realiza upgrade na linha de caminhões

llA montadora Volvo acaba de fi-nalizar a maior atualização de sua linha de caminhões desde que co-meçou a produzir no Brasil. O co-nhecido FH, por exemplo, “é um ca-minhão totalmente novo”, garante Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina. O veículo apresenta um design mais aerodi-nâmico, com nova gabine – um me-tro cúbico maior que o modelo an-terior – e dirigibilidade que promo-ve mais segurança.

Para os executivos da Volvo, o FH tornou-se um caminhão ain-da mais conectado, com avança-das tecnologias de telemetria cria-das para o transporte. Agora, o ve-ículo pesado sai de fábrica prepa-rado para receber, por exemplo, o I-See, sistema que reconhece as estradas por onde o caminhão já passou, tornando a troca de mar-chas mais eficiente e proporcio-nando melhor desempenho e me-nor consumo de combustível. “O novo FH mantém e consolida a po-sição de melhor caminhão do mer-

Novos veículos saem de fábrica com diferentes potências de motores e mais tecnologia

cado”, destaca Bernardo Fedalto, diretor de caminhões.

Desenvolvido para o transpor-te pesado em condições severas, o FMX também recebeu grandes modificações. Agora, é oferecido com motor de 540cv, além das po-tências de 370cv, 380cv, 420cv, 460cv e 500cv e pode sair de fá-

brica também com as novas confi-gurações de tração integral 4x4 ou 6x6. O FMX tem agora uma nova opção de eixo para 150 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combi-nado) e ainda uma caixa de câmbio eletrônica I-Shift configurada pa-ra operações off-road.”É um novo FMX, com vários atributos”, afirma

Alexander Boni, gerente de cami-nhões Volvo da linha F.

Além do novo design externo, o FM chega com o interior reno-vado, nova arquitetura eletrônica e mais novidades: agora, o FM po-de sair da linha de produção tam-bém com um motor de 380cv de potência, e o já consagrado motor

de 370cv, com configurações 4x2, 6x2 e 8x2 e um novo eixo traseiro que eleva sua capacidade de car-ga para 65 toneladas de PBTC, ga-rantindo maior robustez.

“Agora o VM, que iniciou re-centemente o processo de atuali-zação dos caminhões da marca, vê seus irmãos maiores completarem a nova linha”, observa Fedalto. “Es-te é mais um salto histórico na his-tória do transporte de cargas bra-sileiro”, finaliza Nilton Roeder, dire-tor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina.

conectividade

Os novos FH e FM saem de fábrica preparados para receber o aplicativo My Truck, que permite motorista e transportador acesso remoto a muitas informações so-bre o funcionamento.

llPresença constante nas edi-ções do Salão do Automóvel, Pau-lo e Sandra Ferreira já perderam as contas de quantas vezes participa-ram do evento. O casal, que antes vinha sozinho, agora traz os filhos, que embora pequenos, já começam a pegar gosto pela atração.

“Os meninos já ficam empolga-dos quando sabem que o evento se aproxima”, diz Sandra. Histórias co-mo essas se multiplicaram pela 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que reuniu 756.114 mil pessoas durante 11 dias de even-to no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. “Os 150 lançamentos re-forçaram o papel do Salão Interna-cional do Automóvel como plata-forma importante de estímulo à in-dústria e ao mercado automobilís-tico nacional.

A recente vinda de novas fábri-cas para o Brasil somente comprova

essa tendência”, acredita Juan Pablo De Vera, presidente da organizado-ra do evento.

O executivo ainda faz uma ob-servação: a edição 2012 aconte-ceu em meio a um feriado prolon-gado e essa não. Mesmo assim, o evento alcançou o público previsto. “Outro fator positivo que notamos foi a mudança no perfil dos visitan-tes, eles chegam com maior interes-se em conhecer os lançamentos e novidades para programar sua nova compra. Além disso o Salão do Au-tomóvel de SP está se consagran-do como um programa para toda a família”, completa De Vera.

Segundo levantamento da São Paulo Turismo, o evento deve ter ge-rado R$ 280 milhões em São Pau-lo: os turistas representam cerca de 32,5% dos visitantes, ficam na cida-de 2,5 dias e gastam um ticket mé-dio de R$ 986 por pessoa.

atividades Para o PúBlicoNesta edição, foram mais de

100 horas de entretenimento. O Sa-lão do Automóvel deste ano trouxe uma série de atrações interativas pa-ra os visitantes. “Estandes democrá-ticos e acessíveis tiveram foco na fa-mília, mulher, crianças, apaixonados por games, entre outras atrações”, explica Juan Pablo De Vera.

O jogo oficial da Stock Car, os simuladores de corrida, a pista de Hot Wheels, o espaço Super Car-ros e a réplica do carro DeLorean de De Volta para o Futuro fizeram gran-de sucesso. A Chevrolet promoveu shows com cantores como Fernan-da Takai, Paulo Miklos e Paula Lima. Os estúdios de rádio instalados den-tro do pavilhão também trouxeram artistas famosos e celebridades. Es-portistas como Felipe Massa e Ga-briel Medina, por exemplo, distribu-íram autógrafos para os visitantes.

Salão do Automóvel de SP recebe mais de 750 mil visitantes

moBilidade soBre rodas

Público total chegou a 756.114 mil pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer de perto 547 veículos de 84 expositores

Page 19: Jornal Entreposto | Novembro 2014

19Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

cEasas

llAzaleias, agapantos, moreias, resedás, flamboyants e bougainvilleas colorem o mercado da CeasaMinas nesta primavera. Durante a estação das flores, as cores cha-mam a atenção de quem passa pelo entre-posto de Contagem. Para ficaram floridas, as plantas são cuidadas ao longo de todo o ano por 16 jardineiros da Seção de Zela-doria da CeasaMinas.Um desses profissionais é Nivaldo Moreira. “Fico muito satisfeito quando chega a pri-mavera e vejo os jardins dos quais eu cui-do floridos”, diz. O cuidado exige irrigação no período seco, tratos culturais para evi-tar pragas e ervas daninhas, podas de ma-nutenção e adubação.“O cuidado deve ser constante ao longo do ano”, afirma Heronilton Silva, responsável pela Seção de Zeladoria. Além das flores, existem 1.700 árvores catalogadas dentro do mercado da CeasaMinas em Contagem, sem contar com a vegetação que compõe a área de preservação da empresa, locali-zada ao lado do mercado.

Flores roubam a cena na CeasaMinas em Contagem

llA revitalização do Armazém Fri-gorífico da Conab (Companhia Na-cional de Abastecimento) foi tema de reunião realizada no início do mês. O encontro - que reuniu o se-cretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Sca-pini, o diretor-presidente da Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), Paulino Olivo Donatti, o presidente da Conab, Ru-bens Rodrigues dos Santos, e inte-grantes das diretorias da Ceasa e Conab -, serviu para avaliar medidas para a modernização do armazém.

Local izado numa área de 7.302.50 m2 de propriedade da Ceasa/RS (Centrais de Abasteci-mento do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, o armazém poderá ser colocado à disposição para licita-ção pública. A unidade frigorífica operou durante quatro décadas na área da central, por meio de como-

dato firmado em 09/11/1973.Para reativar o armazém, será

feita uma avaliação das condições atuais do imóvel, bem como um le-vantamento dos valores devidos pa-ra a Ceasa referente as taxas de ra-teio de uso de energia elétrica, água, limpeza, segurança e outras cobran-ças relativas a manutenção realizada pela empresa e compartilhada entre todos os permissionários. O acer-to de contas compreende o perío-do de outubro de 2013 a novembro de 2014.

Santos também solicitou apoio do Governo do Estado para resol-ver impasse referente a investimen-tos na unidade de Canoas/RS, devi-do a uma cláusula de reversibilidade que restringe a utilização da unidade para outro fim, que não o de unida-de frigorífica. De acordo com Scapi-ni, o Estado será parceiro na busca de uma solução para o caso.

Ceasa/RS e Conab discutem revitalização do Armazém Frigorífico da companhia

llA Comissão Interna de Preven-ção de Acidentes (Cipa) do entre-posto campineiro (Ceasa), realizou no início deste mês, um movimento na recepção do prédio Administra-tivo, com o objetivo de orientar os homens sobre o câncer de prósta-ta. Foram oferecidos folhetos ex-plicativos com informações sobre a doença e laços da cor azul para prestigiar a data.

Novembro é o mês alusivo a prevenção do câncer de prósta-ta, e infelizmente o estado de São Paulo, tem a maior incidência des-te tipo de neoplasia. A doença é a segunda que mata mais homens no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Es-tatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença.

Para o funcionário do depar-tamento Administrativo e Recur-sos Humanos, Bruno Bigoli, pes-soas do sexo masculino não cos-

tumam ir ao médico porque acham que são super-homens, e o cân-cer de próstata, quando não é de-tectado no início, raramente tem cura”, comentou.

O câncer de próstata é a ne-oplasia maligna mais comum en-tre os homens. Tem números su-periores ao câncer de mama, o de maior incidência feminino. A de-tecção precoce é fundamental pa-ra seu tratamento, visto que nessa fase, 90% são curáveis. Em sua fa-se inicial não há sintomas, por is-so, a ida anual ao urologista é es-sencial para o acompanhamento da glândula.

A Sociedade Brasileira de Urologia iniciou uma nova reco-mendação, baseada nos trabalhos científicos publicados nos últimos anos: o exame deve ser feito a par-tir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 45 anos pa-ra homens com casos na família.

Ceasa Campinas: ação conscientiza homens para prevenção do câncer de próstata

Foram oferecidos folhetos explicativos com informações sobre a doença e laços da cor azul para prestigiar a data

saúde

Page 20: Jornal Entreposto | Novembro 2014

20 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

SEMENTES COMESTÍVEIS ATRAVÉS DA GERMINAÇÃO OU BROTAÇÃO

SEMENTES AR

ÁG

UA

Brotos

TER

RA

Alfafa O O

Alpiste O O

Amendoa O

Amendoim O

Arroz integral (cateto e agulhinha) O O

Arroz selvagem O

Aveia descascada O

Aveia c/ casca O O

Avelã O

Brócolos O O

Cacau selvagem (munguba) O

Cacau O

Cártamo O O

Cebola O O

Castanha do Amazonas (crua) O

Castanha de caju (crua) O

Castanha portuguesa O

Centeio O O

Cevada O

Cevadlnha O

Coco O

Colza O O

Ervilha O O

Feijão Azuki O

Feijão Moyashi O

Gergelim (natural, branco e preto) O

Girassol ( miúdo, graúdo e branco) O O

Girassol descascado O

Grão de bico O

Lentilha verde O

Lentilha rosa O

Linhaça O O

Nabão O O

Niger O O

Nozes O

Noz pecan O

Noz macadamia O

Painço (todas cores) O O

Quinua O

Rabanete O

Senha O O

Soja O

Sorgo O

Trevo do Rio G. do Sul O O

Trevo comum O O

Trigo comum em grão O O

Trigo tipo kamut O O

Trigo tipo dinkel O O

Trigo Emmer O O

Trigo sarraceno O

Trigo sarraceno com casca O

Feno Grego O

importadora

loja pássaros

supermerdados

supermercados

supermercados

importadora

loja pássaros

loja pássaros

supermercados

importadora

quitandas

quitandas

loja pássaros

importadora

não comercializada

não comercializada

supermercados

prod.naturais

importadora

prod.naturais

supermercados

loja pássaros

importadora

prod.naturais

prod.naturais

prod.naturais

supermercados

prod.naturais

supermercados

supermercados

prod.naturais

supermercados

loja pássaros

loja pássaros

supermercados

prod.naturais

importadora

loja pássaros

importadora

importadora

loja pássaros

supermercados

loja pássaros

prod.naturais

importadora

prod.naturais

importadora

importadora

importadora

prod. naturais

prod.naturais

importadora

Germinação

b

b

b

b

bb

b

bb

Onde comprar

brotos no ar b Fonte: FioCruz

Suco luz do solIngredientes:

l Maçãs com casca e sem semente

lFolhas de hortaliças ricas em clorofila

lFolhas de ervas aromáticas frescas

lRaízes de preferencia

lLegumes, ex. pepino, cenoura

lPunhados de grãos germinados

Ponha as maçãs cortadas em pedaços no liquidificador e use uma cenoura ou pepi-no como socador até formar um purê. Coe e retorne ao liquidificador. Acrescente os demais ingredientes e bata tudo, com a ajuda do socador se necessário. Coe em coador fino, de pano ou material sintético não absorvente, e está pronto para beber!

Como Germinar Grãos

1• Coloque grãos orgânicos, de proce-dência conhecida, em um vidro e cubra com água limpa de excelente qualidade.

2• Cubra o vidro com um pedaço de filó ou tecido permeável e prenda-o com um elástico.

3• Deixe de molho por uma noite.Escorra a água e lave enxagüe bem com água limpa.

4• Ponha o vidro em um escorredor em lo-cal arejado.

5• Enxagüe duas ou mais vezes por dia (especialmente nos dias quentes).

ASSISTA O VÍDEOwww.jornalentreposto.com.br/videos

saúdE

Page 21: Jornal Entreposto | Novembro 2014

21Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llCom a chegada do verão, o consumo de saladas aumenta, principalmente de hortaliças folhosas, como aquela alface e rúcula cruas que ajudam a refrescar ou escarola refogada acompanhando uma refeição. Há também a opção fazê-las assadas, provando que são produtos versáteis. Além disso, podem acompanhar inúmeros outros ingredientes, tanto em canapés, sanduíches, entradas e pratos principais.

As variedades de hortaliças folhosas mais encontradas nas feiras e mercados, e consumidas em nossas casas pertencem a três famílias diferentes: acelga e espinafre (Quenopodiaceae); agrião, couve, mostarda, repolho e rúcula (Brassicaceae); alface, almeirão, catalônia, chicória, escarola - as duas últimas são plantas diferentes! -, endívia e radicchio (Asteraceae).

Com valor médio em torno de 30 kcal/100g, as folhas também são ricas em fibras e diversos nutrientes, retirados principalmente do solo e da água de onde crescem. Na hora de comprar, no caso das folhas, escolha as mais verdes. Repolhos, radicchio e couve de Bruxelas, devem estar compactos. Espinafre e couves devem dar a ligeira sensação de crocância quando se quebra uma folha. Evite sempre as que estiverem murchas.

A vez das folhasReceita: radicchio assado com camarão rosa e couscous marroquino

Chef Diogo Ferreira de Araújo [email protected]

Radicchio - 2 unidadesMel - 25 mlVinagre Vinho Branco - 20 mlAzeite Extra Virgem - 50 mlCamarão Rosa - 250 g (4 unidades)Sal - quanto bastePimenta Branca - quanto basteCouscous – 250 gPepino - 50 gCebola Roxa - 50 gTomate - 50 gAzeite Extra Virgem - 50 ml Caldo de Ave - 250 ml

Modo de preparo

Passo 1: lRetirar as primeiras folhas do Radicchio e parti-lo ao meio, mantendo o talo. Lavar e secar.Passo 2: llMisturar o mel, tomilho, vinagre e 50ml de azeite. Passar com um pincel sobre as metades do radicchio, colocar sal e pimenta. Levar ao forno (pré-aquecido a 230°C durante 15 minutos) por 10 minutos.

Passe 3:lllLimpar o camarão sem retirar a casca e a cabeça, utilizando um palito de dente. Coloque sal e pimenta. Numa frigideira com pouco azeite, frite-o sem mexer muito por três minutos.

Passo 4:llllHidrate o couscous com o caldo conforme as instruções do fabricante. Acrescente os legumes picados, e corrija o Sal e a pimenta.

Passo 5: lllllMonte o prato com o camarão sobre o radicchio e o couscous no aro. Decore com um ramo de Tomilho.Receita llllllll

Para a receita, um método pouco usado, mas ótimo para endívias e radicchios, além de variedades de repolhos e acelgas: assados.

O preparo será uma entrada leve, usando ingredientes frescos e da época: Radicchio assado com mel e tomilho, acompanhado de camarão rosa e couscous. Espero que gostem!

GastRoNomia

Page 22: Jornal Entreposto | Novembro 2014

22 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

lEitURa wEb

sitE

www.ciencia-informativa.blo-gspot.comllOrganizado por alunas de gra-duação e pós graduação da Es-cola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) e Uni-camp, o blog “Ciência Informativa” divulga desde setembro matérias com explicações sobre o conteúdo de artigos científicos em uma lin-guagem simples e acessível ao pú-blico leigo. Contém uma seção pa-ra que o autor possa publicar ma-téria sobre sua pesquisa.

www.portalorganico.com.brllO Portal Orgânico é um canal de informação sobre o universo dos alimentos orgânicos. O site foi to-talmente reformulado, e os temas dividem-se agora em quatro pila-res, com profissionais comentan-do cada um deles: produção, nu-trição, gastronomia e bem estar. A tarefa do portal é difundir o concei-to de sustentabilidade, alimentação saudável, agricultura limpa e cuida-do com o meio ambiente a um nú-mero cada vez maior de pessoas.

www.agroclima.com.brllO Agroclima é um serviço de consultoria meteorológica voltado a agricultura que foi desenvolvido pela Climatempo. O acesso é fácil e inteiramente gratuito. Este servi-ço disponibiliza aos seus usuários informações meteorológicas para as principais áreas produtoras do Brasil. No portal Agroclima, o agri-cultor tem acesso a boletins agro-meteorológicos, previsão do tem-po para os próximos quinze dias e muito mais

Louro e Quadros segue exemplo da Ceasa CampinasllDesde 2004 a atacadista vende batata, cebola e alho no entreposto.Seus maiores clientes são os super-mercados. A batata lavada Ágata vem do Paraná, Minas e Goiás. O alho im-portado, com o qual trabalham a mais de 40 anos, vem de países como Chi-le, China, Argentina e Espanha. A ex-periência de José na Ceasa Campinas contribuiu no atendimento ao merca-do, que está cada vez mais exigente.http://goo.gl/zqdSuk

Minas Douradas qualifica colaboradoresllAs cidades paulistas de Tietê, Por-to Feliz e Capão Bonito abrigam pro-duções de tomate, berinjela, pimen-tão e abobrinha da atacadista Minas Douradas. A empresa, que se preo-cupa com a qualificação de seus fun-cionários, acredita que sem esse tipo de mão de obra, é impossível manuse-ar e vender uma boa mercadoria, “em cada roça eu deixo uma pessoa coor-denando e orientando o pessoal. É um alimento frágil”, conclui.http://goo.gl/Fu1Ng6

Milhos do João segue tendências do mercadollJá há alguns anos, a atacadista Milhos do João investiu na constru-ção de um galpão em Capela do Al-to, interior de São Paulo, para sele-ção e embalamento de espigas de mi-lho. “Conforme os clientes se moder-nizam, nos adaptamos para acompa-nhar as mudanças do mercado”, es-clarece o permissionário. Os milhos expostos na pedra de João são emba-lados em bandejas identificadas com os dados da empresa e dos produtos.http://goo.gl/NEsIyG

Sugestões de leitura no Entreposto do Livro

O Valor Do Amanhã (Eduardo Gianneti)llEm ‘O valor do amanhã’, Edu-ardo Giannetti defende que os aspectos dos juros são parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravi-dade e a fotossíntese. O autor procura mostrar que questões concretas - como a alta taxa de juros no Brasil - podem ter raízes comportamentais e institucionais ligadas à formação da sociedade.

O Físico(Noah Gordon)llO drama de um homem do-tado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, con-tado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Ingla-terra ao esplendor e sensualida-de da Pérsia.Um órfão toma conhecimento da existência de uma escola extraor-dinária na Pérsia.

Procópio Ferreira Apresenta Procópio

llVida e obra se confundem em Procópio Ferreira apresenta Procópio. Um depoimento para a história do teatro no Brasil, ex-tenso e detalhado relato deixado por uma das personalidades mais fortes e polêmicas das artes cê-nicas brasileiras. O ator que se transformou em ce-lebridade nacional não tinha em mente teorizar sobre o teatro.

Mulheres Que Abrem Passagem (Julio Lobos)llA obra traz 118 depoimen-tos de mulheres que se desta-caram no mundo empresarial. O autor traça um quadro comple-to da mulher profissional, origens e características que a diferen-ciam de colegas e outras mulhe-res origens, características que a diferenciam de colegas e de ou-tras mulheres, visões que ela re-cebe, paradoxos e dilemas en-frentados.

tURismo

Reaberta no início do ano, a tri-lha Caminhos do Mar, trajeto de 9,2 km pela Estrada Velha de San-tos, agora pode ser visitada virtu-almente pelo Google Stret View. O serviço possibilita um tour de 360º pela primeira rodovia pavi-mentada do Brasil. Em apenas um dia o Google coletou as imagens, que são feitas por carros equipa-dos com avançada tecnologia de captura de imagens.

Cercada pela mata atlântica e em meio ao Parque Estadual da Serra do Mar, a estrada, que liga o litoral ao planalto paulista é alterna-tiva de ecoturismo e turismo histó-rico. Quem faz a trilha pode apre-ciar diversos monumentos e cons-truções datadas do centenário da Independência do Brasil, em 1922.

Para visitar o local pessoalmen-te, é preciso fazer um agendamen-to prévio com 15 dias de antece-dência pelo site oficial (www.cami-

Viagem virtual pela Estrada Velha de Santos

nhosdomar.org.br) ou pelo telefo-ne (13) 3372-3307. O roteiro po-de ser feito de terça-feira a domin-go, das 9 às 16 horas. Os acessos são por São Bernardo do Campo,

por meio da Rodovia SP-148, Km 42, Estrada Caminho do Mar, e por Cubatão - Rodovia SP-148, estra-da Caminho do Mar, km 51, junto à Refinaria Presidente Bernardes.

Confira as dicas que estão disponíveis no bolsão de livros e cadastre-se no clube de obras literárias que funciona no Jornal Entreposto. Frequentadores da Ceagesp podem participar doando ou escolhendo títulos na biblioteca.

Page 23: Jornal Entreposto | Novembro 2014

23Novembro de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

O MAIOR GUIA DE NEGÓCIOS DA CEAGESP ESTÁ DISPONÍVEL NA INTERNET.

ACESSE AGORA MESMO A NOSSA PÁGINA E ADQUIRA SEU EXEMPLAR.

GANHE TEMPOE DINHEIRO.COMPRE A NOVA EDIÇÃO DO ANUÁRIO ENTREPOSTO

www.anuarioentreposto.com.br

24,90

VENDAONLINE

APENAS

Page 24: Jornal Entreposto | Novembro 2014

24 Novembro de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br