jornal entreposto | maio de 2014

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14 anos de Jornal Entreposto

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Page 1: Jornal Entreposto | Maio de 2014
Page 2: Jornal Entreposto | Maio de 2014

ll A Femetran - Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logís-tica de Produtos Hortifrutícolas, es-tá em sua 13ª edição. Em 2014, a feira que reúne permissionários, caminhoneiros, feirantes, supermer-cadistas e frotistas, pretende gerar uma circulação de 15 mil pessoas durante os quatro dias do evento.As principais montadoras do País, além de empresas ligadas ao setor de transporte e logística, vão de-monstrar e vender suas novidades para o mercado.

Todos os anos é escolhida uma temática para a realização do even-to. Em 2014 o escolhido, é claro, foi o futebol das estrelas da seleção. No estande de jogos os participan-tes poderão ter uma experiência tecnológica participando da bati-da de pênaltis virtuais e ganhando prêmios. Para isto, foi colocado um vídeo de 9 monitores com um simu-lador de jogos.Também houve mudanças no horário de funcionamento da feira, que passa a ser das 6h00 às 14h00.

Femetran 2014feira O evento que acontece de 20 a 23 de maio tem uma temática voltada à Copa do Mundo

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ll A Motocar, primeira indústria de triciclos da Zona Franca de Manaus, reuniu princípios de rentabilidade, conforto e segurança em seus ve-ículos de três rodas – os triciclos MTX 150, destinado ao transporte de passageiros, além do MCA 200 e MCF 200, voltados para o trans-porte de pequenas cargas. A parti-cipação da empresa no Salão Duas Rodas, em São Paulo, marcou o lan-çamento nacional dos modelos que já são atração na região Norte do Brasil e se mostram como alternati-vas viáveis para quem busca mobi-lidade, praticidade e economia, sem abrir mão de itens que asseguram a estabilidade deste tipo de transpor-te.O diretor da Motocar, Julio de Almei-da, explica que os triciclos da marca são manufaturados pela própria em-presa, por meio de modernos pro-cessos de industrialização, sempre em conformidade com as normas de segurança e legislação de trân-sito junto ao Conselho Nacional de Trânsito Contran), inclusive, quanto aos índices mínimos de emissão de gases poluentes (CO2). Movidos à gasolina, os triciclos possuem itens de segurança como extintor de in-cêndio, freio de mão e vidros lami-nados.

mtx 150

O triciclo de passageiros da mar-ca tem capacidade para transpor-tar três pessoas (o condutor e mais dois passageiros sentados), supor-tando até 350 quilos, no total. O ge-rente da Motocar, Marcello Di Gre-gorio, frisa que o modelo foi desen-volvido para transportar passagei-ros com maior segurança e confor-to. “O triciclo conta com uma cabi-ne especialmente desenvolvida pa-ra acomodar dois passageiros sen-tados, tendo um cinto de segurança à disposição de cada pessoa trans-portada e dispensa o uso de capa-cete”, ressalta.Outro fator importante para a segu-rança é que o MTX 150 foi projeta-do para alcançar velocidade máxima de 65 km/h. A medida assegura efi-ciência no desempenho e, ainda, re-duz o risco de infrações quanto aos limites de velocidade estabelecidos

pelo Sistema Nacional de Trânsito. Entre os quesitos que atribuem ao modelo características de praticida-de e funcionalidade está o bagagei-ro, localizado na parte traseira do tri-ciclo, capaz de carregar pequenos volumes de até 25Kgs. A cabine de passageiros também é revestida por material plástico, facilmente removí-vel para lavagem. Já o motor do ti-po OHV Monocilíndrico de 4 tem-pos mostra sua valentia, asseguran-do alta performance.O gerente ressalta que o veículo destinado ao transporte de passa-geiros pode se tornar uma alternati-va viável para o condutor que preci-sa superar os problemas de mobili-dade e as deficiências no transpor-te público. O público-alvo do produ-to são os mototaxistas, os pequenos empresários, prestadores de servi-ço, particulares, sistema de delivery e empreendedores que atuam com mototurismo. Almeida observa que o modelo de transporte é uma ex-periência bem sucedida em países da Europa, EUA, Ásia e América La-tina. Di Gregorio acrescenta que o poder de atração do triciclo está na qualidade do produto que já saem da fábrica sem custo adicional, com freio a disco na frente e rodas de liga leve, itens que proporcionam maior segurança e durabilidade ao veícu-lo de três rodas.

mca 200/mcf 200

Planejados para transportar car-gas no perímetro urbano, os trici-clos MCA 200 e MCF 200 têm ca-pacidade para carregar 2.200 litros (350 quilos) de carga e represen-tam uma solução logística econô-mica e segura para atividades co-merciais, em diferentes segmentos. O MCA 200 conta com um compar-timento de carga aberto e o MCF 200 tem acoplado um baú de poliu-retano, material com características isolantes de temperatura e luz, ca-paz de oferecer proteção a produtos perecíveis durante o transporte. O preço dos modelos também é bas-tante acessível, aproximadamente, três vezes mais barato que um veí-culo utilitário pequeno com a mes-ma capacidade de carga.Conheça na Femetran 2014.

ll O Master e o Kangoo 2015, modelos comerciais leves da Re-nault que atendem as necessida-des dos principais segmentos, en-tre eles o supermercadista, estarão em exposição no estande da marca na Femetran 2014.

master

Produzido na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, o mode-lo é equipado com o motor 2.3 li-tros, de 130 cv. Com design, menor custo de manutenção, mais confor-to, praticidade, robustez e seguran-ça, o Master está disponível em qua-tro versões de carroceira (Minibus,

Furgão, Chassi-Cabine e Vitré) e em várias opções diferentes em relação ao comprimento e a altura do teto do veiculo, totalizando mais de 70 con-figurações para atender de peque-nos comerciantes a grandes corpo-rações e empresas públicas.

Kangoo 2015

Com o Kangoo 2015 é possível en-tregar cargas com rapidez e econo-mia fica mais fácil pois seu motor bi-combustível 1.6 16V Hi-Flex pos-sui excelente torque, além de man-ter o desempenho, mesmo com car-ga máxima. Com a porta lateral mais acessível do mercado, que aumen-

ta a funcionalidade no dia-a-dia, o Kangoo oferece também maior ca-pacidade de carga do segmento: 800 kg e traz ainda, as portas tra-seiras assimétricas com amplo ân-gulo de abertura 180º. O modelo apresenta baixo consumo de com-bustível e recebe a classificação “A” no Programa Brasileiro de Etique-tagem Veicular, elaborado pelo In-metro. O Kangoo 2015 também po-de ser transformado para se adap-tar a uma grande variedade de apli-cações, como, por exemplo: pada-rias, franquias, floriculturas, lavande-rias, pet shops, entre outros.

Motocar apresenta alternativas para transporte de carga

Comerciais leves Renault na Femetran 2014

ll Uma promoção incrível vai roubar a cena na feira. Trata-se de um grande telão formado por 6 monitores de 46 polegadas, com sonorização, para jogar um game de futebol. Os participantes poderão bater pênaltis ou agarrar no gol. É uma disputa bem divertida que distribuirá prêmios aos participantes quando atingirem a pontuação necessária. Não deixe de conhecer o estande de jogos e participar desta promoção.

Game de futebol com Kinect será usado na Femetran

Page 4: Jornal Entreposto | Maio de 2014

FEMETRAN UMA FEIRA DE NEGÓCIOS

A Femetran é uma grande oportunidade para realizar negócios, conhecer novos produtos e manter-se informado sobre o setor de transporte e logística de produtos in natura.Participe da feira, visite os expositores!

15 anos produzindo no Brasil

ll Montadora de automóveis desde 1898, a Renault é um grupo internacional que vendeu em 2013 mais de 2,6 milhões de veículos em 128 países. Hoje, reúne aproximadamente 122.000 colaboradores e 37 plantas industriais. Para responder aos grandes desafios tecnológicos do futuro e manter sua estratégia de crescimento rentável, o grupo se apoia em seu desenvolvimento internacional, na complementariedade de suas três marcas (Renault, Dacia e Renault Samsung Motors), no veículo elétrico, em sua aliança com a Nissan e em suas parcerias com a AvtoVAZ, Daimler e Mitsubishi.

Renault

Apoio técnico onde a marca estiver

ll A Iveco, uma empresa do Grupo Fiat Industrial, projeta, produz e comercializa uma ampla gama de caminhões leves, médios e pesados, veículos comerciais e fora de estrada, urbanos, interurbanos e para aplicações militares e de defesa civil. A montadora emprega cerca de 25.000 pessoas e opera em 11 países do mundo, utilizando excelência em tecnologia. Além da Europa, a empresa opera na China, Rússia, Austrália e América Latina. Cerca de 5 mil postos de atendimento e vendas em mais de 160 países garantem apoio técnico em qualquer lugar do mundo onde um veículo da marca esteja em funcionamento.

Iveco

Referência no setor automotivo

ll A Pneulinhares nasceu em outubro de 1995 quando seu fundador, José Linhares Pimenta, já com 18 anos de experiência, decidiu inaugurar no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo, uma loja que tinha como objetivo ser referência no setor automotivo.A Pneulinhares logo se firmou no mercado e, como consequência, firmou uma parceria com a maior fabricante de pneus do mundo, a Bridgestone Firestone. A partir daí a empresa cresceu e se tornou uma das maiores representantes da marca no Estado de São Paulo, consolidando um sucesso que já dura quase duas décadas.

Pneulinhares

Presente em mais de 100 países

ll A Scania é um dos principais fabricantes mundiais de caminhões e ônibus para transporte pesado e de motores industriais e marítimos. Os produtos de serviços têm participação crescente nos negócios da empresa, assegurando aos clientes soluções de transporte econômicas e com alta disponibilidade operacional. Com 41.000 colaboradores, a Scania está presente em mais de 100 países, com linhas de produção na Europa e América do Sul com possibilidade de intercâmbio global de componentes e veículos completos. Em 2013, as receitas totais da Scania alcançaram 86,8 bilhões de coroas suecas e o resultado financeiro após a dedução de impostos foi de 6,2 bilhões de coroas suecas.

Scania

Novidade para mobilidade

ll Fundada em dezembro de 2009, a Motocar é a primeira montadora do Polo Industrial de Manaus especializada na produção de veículos de três rodas. Com o objetivo de atingir nada menos que a excelência em funcionalidade e eficiência, a Motocar dedicou cerca de dois anos em pesquisas para o desenvolvimento de seus veículos, visando disponibilizar ao mercado brasileiro produtos que beneficiem não apenas seus clientes, mas sim toda a sociedade.Nesse sentido, desde o início de sua comercialização no ano de 2011, seus produtos têm sido considerados uma solução para a ausência de alternativa ao mercado de transporte de passageiros e cargas de pequeno porte.

Motocar

Linha diversificada de caminhões

llHá mais de 50 anos no mercado brasileiro, a Ford Caminhões produz hoje, 18 modelos em linha e mais de 400 configurações diferentes, as linhas Ford Cargo, Transit e Série F. No ano de 2010 a Ford Caminhões ampliou a linha Ford Transit com o lançamento do modelo Chassi-Cab. Em 2011, a Ford traz ao mercado sul-americano a linha Novo Cargo, um lançamento muito aguardado no setor de veículos comerciais. A apresentação desta nova linha excede a expectativa por lançar, ao mesmo tempo, uma linha com onze modelos, cinco das quais com a opção de cabine-leito. Em 2013 a Ford Caminhões ampliou sua linha com o lançamento dos novos extrapesados, que marcaram a entrada da montadora no segmento, o Cargo 2042 (4x2) e Cargo 2842 (6x2), com capacidade de até 56 toneladas.

Ford Caminhões

Transporte sob medida

llA MAN Latin America foi criada oficialmente em 16 de março de 2009, com a aquisição da Volkswagen Caminhões e Ônibus pela MAN SE (empresa mãe do Grupo MAN). Com uma capacidade total de produção de 80 mil veículos por ano, é a maior fabricante de caminhões, e a segunda maior de ônibus, da América do Sul.Os veículos da MAN Latin America são montados na fábrica instalada na cidade de Resende no Estado do Rio de Janeiro é ainda o centro de desenvolvimento de produtos.As soluções de transporte sob medida e a melhor relação custo-benefício para seus clientes no Brasil, assegura a MAN Latin America a liderança nas vendas de caminhões no país há 10 anos consecutivos, com uma participação de mercado acima de 30%.A MAN Latin America oferece uma linha completa de caminhões Volkswagen e caminhões MAN, com mais de 40 modelos disponíveis comercializados em 30 países da América Latina, África e Oriente Médio.

Volkswagen - MAN

Controle de temperatura

ll Fundada nos EUA em 1938, a Thermo King, parte do Grupo Ingersoll Rand, foi pioneira no desenvolvimento de equipamentos para controle de temperatura para transportes, incluindo unidades de refrigeração para transporte de produtos perecíveis, containers marítimos refrigerados e equipamento de ar condicionado para ônibus e trens. No Brasil desde 1974, a Thermo King, líder global em equipamentos para refrigeração de transportes, a empresa está comprometida com o programa de excelência para assegurar o melhor atendimento aos clientes desde a concretização dos negócios e continuidade no pós-venda. Para isso, a empresa conta com uma ampla rede de concessionárias que abrange todo o país, além de fornecer programas de treinamento aos técnicos e mecânicos dos clientes.

Munique - Thermo King

Excelência no desempenho

ll O primeiro caminhão Mercedes- Benz fabricado no Brasil surge em 1956, marcando o início efetivo de produção da fábrica de São Bernardo do Campo. Era o L-312, apelidado de torpedo devido à forma característica do cofre do motor. Um herdeiro da longa tradição de qualidade do nome Mercedes-Benz.A evolução não para. Dos leves aos extrapesados, a Mercedes-Benz disponibiliza para o mercado a mais completa linha de veículos comerciais.A Mercedes-Benz destaca para a Femetran 2014 as soluções da marca para o transporte e logística no agronegócio. Os caminhões da marca são reconhecidas no setor do agronegócio por sua força e desempenho excelente e pela elevada robustez, resistência e produtividade, seja para o pequeno, médio ou grande transportador, destacam-se pela versatilidade de aplicação, elevada capacidade de carga, reduzido consumo de combustível e menor custo operacional.

Mercedes-Benz

www.femetran.com.br

Page 5: Jornal Entreposto | Maio de 2014

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Batata-doce em expansão na Ceagesp paulistana

llCentro de Qualidade em Hor-ticultura da Ceagesp reúne dados sobre o cultivo de batata-doce no Brasil e no mundo. Os números in-dicam leve declínio na produção na-cional entre 2000 e 2012 e queda considerável no consumo nos últi-mos 20 anos. Mesmo diante deste quadro, o volume da hortaliça co-mercializado na Ceagesp não para de crescer. A constância da oferta das plantações paulistas pode expli-car parte do aumento das vendas no entreposto. Bahia, Minas e Sergipe preenchem as lacunas no abasteci-mento em meses mais fracos. Enquanto isso nos Estados Unidos, estados como a Carolina do Nor-te organizam comitês de promoção e desenvolvimento da batata-doce entre produtores e compradores. O consumo do vegetal pelo país nor-te-americano aumentou 100% em dez anos. Pág 4 a 13

Maio de 2014 ANO 15 - Nº 168

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

ll Usuário pode conferir preços e ofertas dos principais produtos hortifrutícolas Pág 21

TECNOLOGIACeasaMinas lança aplicativo para celular smartphone

ll O deslocamento rodoviário de cargas é responsável por mais da metade do movimento das mercadorias comercializadas no Brasil Pág 20

TRANSPORTECaminhoneiros carregam 60% do que consumimos

ll Agroquímica vai investir em infraestrutura própria para fornecer ao mercado agrícola produtos inovadores e sustentáveis Pág 17

DEFENSIVOSInvestimentos ampliam setor de pesquisa da FMC

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Projeto Organics Brasil prevê crescimento de 35% nos orgânicos

CADEIA

Feira Apas 2014 mostra força do setor supermercadista Pág 16

TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

PAULO FERNANDO

Pág 14

Page 6: Jornal Entreposto | Maio de 2014

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

2 EDITORIAL Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

SAI TERcEIRO gAnhADOR DO cOncuRSO cuLTuRAL FEMETRAn“O Brasi se abraça e vira uma só voz. Norte, sul, leste, oeste. Todos do mesmo lado, vestindo a mesma camisa. Pra sempre Brasil. Hexa.”

O vencedor da terceira e última fase do

Concurso Cultural Femetran “Sou Mais Brasil”,

foi Miguel Nogueira de Paiva.

Page 7: Jornal Entreposto | Maio de 2014

3Maio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

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4 QuALIDADE Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llO SIEM - Sistema de Informa-ção e Estatísticas de Mercado da SEDES - Seção de Economia e De-senvolvimento da Ceagesp é baste-cido por informações das notas fis-cais coletada na Portaria da Cea-gesp. Aqui estão algumas informa-ções consolidadas a partir das infor-mações do SIEM:

• Centoecinquentaeoitoataca-distas receberam batata-doce no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, em 2013.

• Acomercializaçãoestáconcen-trada nos trinta primeiros atacadis-tas, que receberam 80% do volu-me total. O primeiro recebeu 15% do volume total, os cinco primeiros 37% e os dez primeiros a metade, com 52%.

• Quatroestadosbrasileirosres-ponderam pelo fornecimento da ba-tata-doce - São Paulo com 85% do volume total seguido da Bahia com 10%, Minas Gerais com 4% e Ser-gipe com 1%.

• Setentaeoitomunicípiospau-listas forneceram batata-doce ao ETSP. O volume está concentrado em sete municípios – 80%. Piedade foi o primeiro colocado com 66% do volume total, pela sua grande con-centração de raízes. O município de Tapiraí ficou em 2º lugar com 7%, seguido por Capão Bonito com 5%, Cabrália Paulis-ta e Bauru com 4% e por Presiden-te Prudente e Elias Fausto com 3%, cada um.

• Avariedadedebatata-doceRo-sada foi a de maior volume - 91%, seguidapelaRoxacom5%,Ama-rela com 3% e Branca com 1%.

• Seismunicípiosbaianosforne-ceram batata-doce – sendo Ibi-rapuã e Porto Seguro responsá-veis por 77% do volume. Catorze municípios mineiros, sen-do 3% do volume originário do Belo Vale.

Avaliação da batata-doce na Ceagesp em 2013

Três municípios paranaenses sen-do Santa Amélia e Santana do Trin-dade responsáveis por mais de 995 do volume. Três municípios capixa-bas sendo Domingo Martins e Santa Maria responsáveis por 95%.

• Aconcentraçãodaofertadeba-tata-doce varia ao longo do ano. A oferta paulista é constante e diminui um pouco de outubro a dezembro. A oferta baiana é forte de agosto a dezembro. A oferta capixaba de fe-vereiro a abril, a mineira de março a agosto e a de Sergipe em duas épo-cas – janeiro a fevereiro e setembro a outubro.

• Existeespecializaçãoporvarie-dade de batata-doce. Só 4 municí-pios enviam as quatro variedades para o mercado e só 9 atacadistas trabalham com as quatro variedades.

• Existeespecializaçãodosataca-distas por origem. Somente 7 ata-cadistas recebem batata-doce da Bahia, 7 do Espírito Santo, 26 de Mi-nas Gerais, 4 do Paraná, 4 do Sergi-pe e 155 do estado de São Paulo. Os atacadistas que recebem pro-duto da Bahia não são os mesmos que recebem do Espírito Santo, mas a grande maioria recebe do estado de São Paulo (155 dentro de 158 – 98%).

• Asdenominaçõesdeclassifi-cação utilizadas são: 1A, 2A, 3A. A classificação 2A é a mais valoriza-da – o peso da raiz varia entre 150 e 300 gramas. Alguns atacadistas estão trabalhando com uma bata-ta diferenciada – que é uma sele-ção da 2A e utilizam diferentes de-nominações – Top, Especial, File-zinho, Extra. O tamanho é mais uniforme, a co-loração mais intensa e batata-doce mais sadia. A batata-doce Filezinho vale 33% mais que a 2A. Alguns ata-cadistas fazem a seleção no merca-do, outros já conseguem recebe-la do produtor.

• Abatata-docepodechegaraomercado embalada em caixa de ma-deira (18 kg), ou de papelão (20 Kg) e em saco plástico ou de rafia (22 kg).

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespCláudio Inforzato Fanale e Mariana DellanoceApoio – Anita de Souza Dias [email protected]

ARTIGO Oferta paulista é constante e diminui um pouco de outubro a dezembro. Bahia, Minas e Sergipe preenchem lacunas no abastecimento em meses mais fracos

0

10

20

30

40

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Distribuição % da oferta mensal de batata doce, por estado de origem, em 2013

BA ES MG PR SP SE

SEBA

SP

PR

MGES

Agradecimentos

Os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp agradecem a compreensão e a cooperação dos atacadistas que compartilham conosco os seus conhecimentos e experiência e cedem produtos para os nossos estudos.

A variedade rosada representa 91% do volume recebido no entreposto de São Paulo

TOMÁS SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Page 9: Jornal Entreposto | Maio de 2014

5QuALIDADEMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

O PROGRAMA MAIS MÉDICOS TROUXEMAIS SAÚDE PARA SÃO PAULO.

*Abril de 2014

Só aqui no estado, já são

2.241 médicoslevando atendimento de qualidade a

362 municípios*

/minsaude /minsaude

O Programa Mais Médicos do Governo Federal superou uma grande meta: em apenas oito meses, atendeu a mais de 100% dos municípios cadastrados no Programa. E São Paulo faz parte desta conquista com mais de 538 milhões de reais investidos, além da ampliação e melhoria do atendimento médico oferecido à população, principalmente a que vive nas localidades mais distantes e nos bairros mais pobres.

Confi ra se a sua cidade está participando do Programa. Acesse o site maismedicos.saude.gov.br ou ligue 136.

Mais Médicos no Brasil:

Dobrouo investimentoem atenção básica

Cerca de

49 milhões de pessoas benefi ciadas

Atendeu mais de

100%da demanda dos municípios

32,7%O maior estado produtor é o

Rio Grande do Sul

PRODUÇÃO

As produtividades variam muito de um estado para o outro – de 18 toneladas por hectare no Paraná a 12 no Rio Grande do Sul, nos estados de maiores produtores.

zoom

llA batata-doce (Ipomoea bata-tas Lam.) é uma hortaliça tubero-sa pertencente à família botânica Convolvulaceae.

O FAOSTAT, sistema de infor-mação da FAO/ONU, registra 20 países maiores produtores de ba-tata doce. O Brasil produz 0,5% da produção mundial de batata doce e a China 75%.

A área de batata doce no Bra-sil caiu 10 % entre 2000 e 2012 – de 43.900 para 39.321 hecta-res. O IBGE registra a produção de batata doce em 21 estados brasi-leiros, sendo 13 responsáveis por 90% da área e quatro por 55% -

No Brasil e no mundo

RioGrandedoSul,Sergipe,Para-íba e São Paulo.

Os outros estados em ordem de tamanho de área são: Paraná, Ceará,RioGrandedoNorte,SantaCatarina, Alagoas, Alagoas, Bahia eRiodeJaneiro.

ORioGrandedoSultem31%da área de batata doce do Brasil. São Paulo é 4º estado de maior área, com 7% da área plantada.

A produção de batata doce 2% entre 2000 e 2012 – de 484.443 para 479.25 toneladas. Os esta-dosmaioresprodutoressãooRioGrande do Sul (32,07%), Paraná (9,84%), São Paulo (8,65%), Ser-gipe (8,47%), seguidos por Mi-nas Gerais (7,84%), Santa Cata-rina(5,94%),RioGrandedoNor-te (5,94%), Paraíba (4,23%) – to-talizando 81,43%.

País ToneladasChina 73.140.000Nigeria 3.400.000Tanzania 3.018.175Uganda 2.650.000Indonesia 2.483.467Vietnã 1.422.501Eua 1.201.203Etiópia 1.185.050India 1.100.000Ruanda 1.005.305Moçambique 900.000Madagascar 900.000Japão 875.900Quenia 859.549Burundi 659.593Angola 644.854Nova Guiné 580.000Filipinas 516.366Brasil 479.400Coréia do Norte 450.000Argentina 400.000

Maiores produtores de batata doce do mundo

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespAnita de Souza Dias [email protected]

llNo final do ano passado, no mu-nicípio de Tangará da Serra, MT, foi implantada a primeira usina do biocombustível a partir da batata--doce. A tecnologia foi aperfeiço-ada por 30 pesquisadores da Uni-versidade Federal do Tocantins (UFT) para ser utilizada por agri-cultores familiares. Após 20 anos de pesquisa foi possível compro-var a eficiência da batata-doce in-dustrial como matéria-prima eco-logicamente correta para geração do biocombustível.

Como explica o pesquisador responsável por implantar o proje-to no município, Aldo Marcos Sil-va, a descoberta é considerada um ícone de bioenergia, por garantir o etanol mais barato, devido ao bai-xo custo de produção e potencial energético gerado pelo amido do legume.

“A batata doce tem diversas vantagens, como por exemplo, ser renovável e não gerar resíduos e queimadas, além do baixo custo de produção, praticidade no plantio e colheita.”

O cultivo da batata-doce pos-sibilita também incrementar a nu-trição animal, com o aproveitamen-to das ramas como fonte proteica, fortalecendo outras cadeias produ-tivas, como da carne e leite.

Para Silva, a cultura pode ser incrementada pelos agricultores familiares do Estado, melhorando a renda das propriedades.

Indústria do Mato Grosso produz etanol de batata-doce

BIOTECNOLOGIA

Page 10: Jornal Entreposto | Maio de 2014

6 QuALIDADE Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

ARTIGO Região é a terceira maior produtora de batata-doce do país. Presidente Prudente e Sorocaba respondem por 55% do volume registrado entre 2000 e 2013

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespIdalina Lopes Rocha e Anita de Souza Dias Gutierrez [email protected]

llSão Paulo é um dos estados maiores produtores de batata--doce do Brasil. É possível retra-tar a produção paulista com os da-dos do IEA - Instituto De Economia Agrícola do Estado de São Paulo. Aqui estão algumas das informa-ções. A produção paulista de ba-tata-doce cresceu 11%, entre 2000 e 2013, de 66 mil toneladas a 74 mil tonelada. A área cultiva-da diminuiu de 4.418 hectares pa-ra 4.389 hectares, no mesmo pe-ríodo. A produtividade, entre 15 e 17 toneladas por hectare, é muito baixa comparada ao potencial ge-nético da planta, que, se bem con-duzida, alcança facilmente 25 tone-ladas por hectare e pode chegar a 40 toneladas por hectare.

Trinta e nove regiões agríco-las produzem batata-doce, mas a sua produção está muito concen-trada em quatro regiões, respon-sáveis por 82% do volume. As du-as maiores regiões produtoras são Presidente Prudente e Sorocaba e respondem por 55% do volume de produção, seguidas por Araçatuba eDracena.AproduçãodaRegiãode Sorocaba está crescendo rapi-damente e a de Presidente Pruden-te está caindo.

Os gráficos a seguir mostram bem o declínio da produção e da produtividadedaRegiãodePresi-dente Prudente e o crescimento e maiorprodutividadedaRegiãodeSorocaba, que já superou Presi-dente Prudente em 2013.

A produção da hortaliça no Estado de São Paulo

SOROCABA PRESIDENTE PRUDENTE

ARAÇATUBA DRACENA0

10

20

30

40

50

60

70

Evolução da participação % na produção de batata doce das principais regiões paulistas de 2000 a 2013

2000

2005

2010

2013

SOROCABA PRESIDENTE PRUDENTE

ARAÇATUBA DRACENA5

7

9

11

13

15

17

19

21

23 Evolução da produtividade (t/ha) das principais regiões paulistas produtoras de batata doce

2000

2005

2010

2013

llO Centro de Qualidade em Hor-ticultura entrevistou vinte e quatro atacadistas que comercializam 74% do volume da batata-doce no ETSP da Ceagesp, para compreender os atributos que valorizam e desvalori-zam a batata doce. Cada atacadis-ta podia citar mais de uma causa.As principais causas de desvalori-

Qualidade e valorzação, rejeição e perda da batata--doce, indicadas pelos atacadistas, em ordem de importância fora a bro-ca da raiz, a podridão, o amadureci-mento, a rachadura, danos mecâni-cos e descoloração. Amadurecimento é denominação dada para a bata-doce que não é vendida no dia – que fica velha no box.Os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura avaliaram a batata-doce no mercado e caixas de batata-doce foram avaliadas no laboratório – caixas de mesma classificação coletadas no mesmo dia, de maior e menor valor no mercado.

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespTiago de Oliveira e Mariana Dellanoce (estudante de agronomia – estagiária)Apoio – Anita de Souza Dias [email protected]

Aqui estão algumas das observações realizadas:

•Agrandemaioriadoslotesapre-senta de 25 a 75% das raízes in-festadas por broca da raiz.•Existemdiferentesgrausdeinfes-tação da broca que podem ser de-terminados pela % da área da ba-tata-doce atingida pela broca, pe-la concentração da broca em uma determinada região da batata-do-ce e pela profundidade do ataque da broca. •Aprofundidadedoataquepodeser superficial ou profundo. É con-siderado profundo quando, após a

retirada da casca e da contra cas-ca da batata-doce, é possível vi-sualizar o buraco da broca na pol-pa. Quando isto ocorre, a batata--doce fica amarga e o seu valor cai para um terço do valor da batata--doce com infestação superficial de broca. •Édifícilencontrarlotesdebata-ta-doce sem broca, mas o valor do lote sem broca é o dobro do valor de um lote com infestação superfi-cial da broca. •Acoloraçãointensaémuitoim-portante na valorização da batata--doce. Foi medida, com um colorí-metro, a intensidade de coloração

de dois lotes - a batata-doce colo-rida teve o índice 93 e a descolo-rida 68 e alcançou um valor 25% superior. A coloração mais inten-sa acontece na batata-doce de so-los arenosos, talvez porque ela não precisa ser lavada e escovada. É possível observar os danos causa-dos pelas escovas, provavelmen-te velhas e inadequadas, na bata-ta doce. O processo de beneficia-mento mal feito está prejudicando a sua qualidade.•Avaloraçãodabatata-doceéfun-ção da ausência de broca e podri-dão, homogeneidade de tamanho e boa coloração.

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7QuALIDADEMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llOs técnicos do Centro de Qua-lidade em Horticultura da Ceagesp ficaram muito preocupados com a situação atual de infestação de broca na batata-doce.

Na ausência de batata-doce sem broca, mesmo as caixas mais valorizadas 25 até 75% das raízes afetadas pela broca, que é consi-derada pelos atacadistas como o principal problema da cultura.

Como nós produtores, técni-cos e comerciantes que trabalha-mos com batata-doce deixamos chegar a este ponto?

A cultura da batata-doce sofre o ataque de dois tipos de broca – a broca do coleto (Megastes sp), uma lagarta que forma uma galeria interna na haste da planta e pode também atacar as raízes tuberosas. O ataque causa a morte repentina das ramas e existem registros de perdas na produção de 30 a 95%.

O segundo tipo de broca (Eus-cepes postfasciatus) que causa danos nos estágios de adulto (be-souro) e larva.

Os adultos alimentam-se exter-namente da epiderme das ramas e raízes tuberosas permanecen-do principalmente nessas últimas, geralmente agrupados na superfí-cie encostada ao solo, onde fazem escarificações de pequena profun-didade.

As larvas, após a eclosão, co-meçam a roer a epiderme (casca) das ramas ou raízes tuberosas para

Quem vai ganhar a guerra - a broca ou a batata-doce?

perfurá-las e, assim, conseguir pe-netrar nesses órgãos vegetais atra-vés de escavação de galerias à me-dida que se alimentam dos tecidos internos da batata-doce.

A gravidade da broca fez com queoJapãoproibisseotranspor-te de plantas hospedeiras da ilha de Okinawa para a área continen-taldoJapão,queestálivredabro-ca, desde 1954. Em 1994, o go-verno de Okinawa iniciou um pro-grama de erradicação dessa pra-ga através da técnica de liberação

de inseto estéril.No Brasil as práticas de cultivo

levam ao crescimento geométrico da população de broca.

Pesquisas da Embrapa regis-tram perdas de 50% na produção. Os atacadistas da Ceagesp con-sideram a broca a principal causa de desvalorização da batata-doce.

No mesmo dia, um lote de ba-tata-doce, da mesma classificação de tamanho, sem broca vale o do-bro do lote de batata com broca superficial.

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Autoria – Tiago de Oliveira e Mariana Dellanoce Apoio – Anita de Souza Dias Gutierrez [email protected]

ARTIGO No Brasil a cultura sofre o ataque de dois tipos de broca que são a principal causa da desvalorização do vegetal no entreposto

O ditado ‘Prevenir é melhor que remediar’ deve comandar a guerra contra a broca.

1. Utilize ‘sementes’ sadias. As ra-mas da batata doce são o principal meio de propagação das brocas e das viroses. A tecnologia de produção de mu-das sadias é conhecida, simples e barata.

2. Elimine os restos culturais de-pois da colheita da batata-doce

3. Faça rotação de cultura

4. Guarde distância entre um plantio e outro – 100 metros, para dificultar a migração da praga.

5. Procure variedades resistentes.

Muitos trabalhos foram realizados pelos institutos de pesquisa brasi-leiros que detalham as armas que devem ser utilizadas na guerra con-tra a broca. É só entrar no Google e colocar ‘broca de batata-doce’.

llA produção e o consumo de ba-tata-doce no Brasil vêm diminuindo, a cada ano. Ela faz parte do grupo de hortaliças feculentas.

A batata-doce é utilizada em doces, massas, chips, pães, bolos, e em diversas preparações culiná-rias. Ela é pouco utilizada na alimen-tação escolar, apesar de ser um ali-

A batata-doce e a Escola do Sabormento de grande valor nutritivo e de baixo custo. A melhor época para aquisição é no meio do ano, entre maio e agosto, onde o custo será mais baixo e o produto de melhor qualidade, contribuindo assim pa-ra vantagens econômicas de custo benefício do produto.

A batata doce foi um produtos trabalhados pela Escola do Sabor, programa de educação alimentar gerenciada pelo Centro de Quali-dade em Horticultura da Ceagesp. Os objetivos da Escola do Sabor são o desenvolvimento de ferra-mentas lúdicas de introdução de frutas e hortaliças na alimentação

escolar e a aproximação das crian-ças com a agricultura. A compre-ensão pela criança do processo de produção e o caminho que a batata--doce percorre entre a produção o consumo incorpora ao universo da criança o respeito pela agricultura e pelo produto. As atividades lúdi-cas tornam a batata doce fonte de prazer e diversão e forma consumi-dores de frutas e hortaliças frescas.

Foram desenvolvidas brincadei-ras para as crianças, que também participam da preparação e da de-gustação de receitas práticas, sa-borosas e nutritivas com a batata--doce e do plantio de posterior co-

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Autoria: Fabiana Ferreira Estagiária de Nutrição doApoio – Fabiane S. Câmara – Engenheira de [email protected]

lheita da batata doce na horta da escola.

As famílias são envolvidas – as crianças levam para as mães o pro-duto com um folheto com as recei-tas, como uma forma prática de in-serir o produto no dia a dia.

A primeira introdução foi feita na Nossa Turma, com resultados mui-to bons e uma grande melhoria da aceitação pelas crianças.A metodologia e as brincadeiras es-tão disponíveis para os interessa-dos. Procure o Centro de Qualida-de em Horticultura da Ceagesp – (11) 36433825 e [email protected].

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8 QuALIDADE Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

PESQUISA Utilização de mudas de batatas-doce sadias reverte quadro de doenças e baixa produtividade

O trabalho de limpeza clonal exigiu 24 meses de estudo e demonstrou que a rama é o principal fator de sucesso da cultura

Engº agrônomo Ivandro Maciel SanchezCeagesp de Presidente Pudente

llO objetivo do trabalho da Cea-gesp na região da Alta Sorocaba-na, especialmente voltado para os assentados de reforma agrária, no Pontal do Paranapanema, foi permi-tir que a olericultura fosse uma alter-nativa sustentável para os pequenos produtores.

A região é grande produtora de batata-doce - em volume de produ-ção e número de produtores. A que-da da produtividade da batata-doce e da sua qualidade do tubérculo era reconhecida por produtores e técni-cos de toda a região.

Um levantamento no campo mostrou a degeneração das lavouras pelo uso da rama de lavouras ante-riores já doentes, contaminadas, de baixo vigor vegetativo como “mudas” para novas lavouras.

Ceagesp de Presidente Prudente sai na frente

Ficou evidente para os técnicos da Ceagesp os grandes problemas na produção e na comercialização, causados pela broca e virose e a ne-cessidade urgente da utilização de mudas sadias.

A Ceagesp mobilizou o Centro de Pesquisa em Hortaliças – CNPH daEMBRAPA,aAPTAeinstituiçãode extensão como a CATI e o ITESP como parceiros desta tarefa. A APTA é o órgão da Secretaria da Agricul-tura e Abastecimento, responsável por pesquisa. Ela tem regionais es-palhadas por todo o Estado de São Paulo, sendo uma delas em Presi-dente Prudente. Foi coletado ma-terial nas lavouras e enviado para o CNPH em Brasília – DF para um tra-balho de “limpeza” sanitária das mu-das, através de micropropagação.

O trabalho de limpeza clonal e multiplicação do material limpo exi-giu 24 meses de trabalho de alta tec-nologia da Embrapa. O resultado fo-ram 64 plantas livres de vírus e outras contaminações e com alto potencial genético de produtividade.

O material limpo foi multiplicado pela Agência Paulista de Tecnolo-gia em Agronegócio APTA - Unida-de de Presidente Prudente, que ce-deu mudas aos agricultores interes-sados em se tornarem produtores de ‘mudas’ e também para assen-tados da reforma agrária do Municí-pio de Teodoro Sampaio-SP. A AP-TA é o órgão da Secretaria da Agri-cultura e Abastecimento, responsá-vel por pesquisa agrícola.

Ela tem regionais espalhadas por todo o Estado de São Paulo,

uma delas em Presidente Pruden-te. A APTA desenvolveu também um viveiro protegido com tela con-tra insetos para a proteção do ma-terial de reprodução (mudas) con-tra novas contaminações.

O resultado do trabalho de arti-culação da Ceagesp foi muito posi-tivo na reversão do quadro de baixa produtividade e de grande dissemi-nação de pragas e doenças.

A grande lição que fica é que o material de reprodução vegetativa da batata-doce, conhecido como “ra-ma”, é o principal fator de sucesso da cultura. A “rama” deve ser adquirida de produtores licenciados ou o pro-dutor deve manter um viveiro prote-gido e produzir suas mudas sadias, que permitam alta produtividade e ra-ízes de alta qualidade comercial.

llA batata-doce é uma hortaliça do grupo dos tuberosos feculentos (ve-getais que armazenam reserva nos seus órgãos subterrâneos), assim como a batata, o cará, o inhame, a mandioca e a mandioquinha salsa. As hortaliças feculentas são fontes de carboidratos, minerais e vitami-nas, e geram bene-fícios econômicos, nutricionais e diversi-dade no cardápio de sabor, textura e cor.

A batata-doce é uma hortaliça de alto valor energéti-co, por seu elevado percentual de carboi-dratos, sendo apenas menor que a mandio-ca, quando comparamos as hortali-ças feculentas (Tabela de Composi-ção dos Alimentos - TACO). A ba-tata-doce é rica em fibras, que apre-senta efeito funcional (aumenta a absorção de nutrientes, a velocida-de do transito intestinal, a saciedade,

Outra vitamina essencial, encon-trada na batata-doce, é a vitamina C, um excelente antioxidante, aumenta a absorção de ferro, auxiliando no pro-cesso de cicatrização. A batata-do-ce cozida tem uma quantidade maior de vitamina C, comparada às outras hortaliças feculentas.

facilita o movimento do bolo alimen-tar, além de ajudar na redução do co-lesterol sérico), e comparada à ba-tata (hortaliça feculenta mais utiliza-da), apresenta quase o dobro de fi-bras (Tabela 1).

A batata-doce ainda é uma ex-celente fonte de vitamina A devido

ao seu elevado teor de carotenoides, es-senciais à manuten-ção da integridade do sistema ocular, imunidade do siste-ma, manutenção do crescimento ósseo,

tecido epitelial, divi-são e diferenciação celular. A deficiência da vitamina A no or-

ganismo pode ter como consequ-ência doença macular da retina, ce-gueira noturna, xeroftalmia, que com o tempo pode levar à cegueira e tam-bém aumentar a suscetibilidade a in-fecções e a alterações na pele, tor-nando-a seca, áspera e escamosa.

O valor nutricional da hortaliça

100gramas de batata-doce suprem 43% da necessidade diária de

vitamina A, recomendada pela FAO/OMS, de uma mulher adulta

VITAMINAS

A batata-doce contém entre as vitaminas do complexo B, a Niacina, que é essencial nas reações de liberação energética, ajudando também na redução dos triglicérides. Ela é rica também em minerais como o Fósforo, Ferro e Potássio.

zoom

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespAutoria: Fabiana Ferreira Estagiária de NutriçãoApoio – Fabiane S. Câmara – Engenheira de Alimentos

100 gRAMAS de batata-doce cozida suprem 53% da necessidade diária de vitamina C, recomendada pela FAO/OMS, de um indivíduo adulto.

Feculentos Energia (Kcal) Proteína(g) Lipídeos(g) CHO (g) Fibras(g) Cálcio(mg) Magnésio(mg)

Batata doce, cozida 77 0,6 0,1 18,4 2,2 17 11Batata doce, crua 118 1,3 0,1 28,2 2,6 21 17Batata cozida 52 1,2 Tr 11,9 1,3 4 5Batata crua 64 1,8 Tr 14,7 1,2 4 15

Feculentos Fósforo(mg) Ferro(mg) Potássio(mg) Tiamina(mg) Niacina(mg) Vit C(mg) Vit A(mg)

Batata doce, cozida 15 0,2 148 0,08 2,57 23,8 300Batata doce, crua 36 0,4 340 0,06 Tr 16,5 252Batata cozida 24 0,2 161 0,05 Tr 3,8 5Batata crua 39 0,4 302 0,10 Tr 31,1

Composição nutricional/ 100g

Page 13: Jornal Entreposto | Maio de 2014

9MERcADOMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Aqui em São Paulo e no Brasil inteiro.

Recursos garantidos para a

construção de 532 creches e

pré-escolas.

Quase 40 MIL professores

participam do Pacto pela

Alfabetização na Idade Certa.

Mais de 2.500 escolas já oferecem

educação em tempo integral.

É assim que o Brasil combate

a desigualdade social e se torna

UM PAÍS CADA VEZ MAIS JUSTO.

PARA GARANTIR OPORTUNIDADES IGUAIS DESDE CEDO, O GOVERNO FEDERAL ESTÁ INVESTINDO FORTEMENTE

NA EDUCAÇÃO.

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llHá quase 40 anos a Itimirim atua no seguimento de FLV. A conscien-tização dos envolvidos na cadeia a respeito de leis relacionadas à rotu-lagem e higiene é uma preocupação da atacadista, então a empresa leva essasinformaçõesaocampo.Jánobox da Ceagesp, os novos funcio-nários recebem treinamento sobre o manuseio dos alimentos.

JoãoCarlosdoNascimentoSantos, vendedor da Itimirim há dois anos, complementa que ao receber o treinamento inicial, os funcionários foram instruídos a priorizar o cliente e buscar sempre produtos de quali-dade. “Trabalhamos com fornecedo-res antigos, produtores que temos muita confiança. Isso nos garante ex-celentes mercadorias”, afirma. Para João,osucessonasvendasdabata-ta-doce se deve ao intenso trabalho de comunicação com os produtores.

O vendedor também destaca que a integridade da empresa garan-

Itimirim se dedica às parcerias com produtores

te os melhores negócios. “Quando nos identificamos como funcionários da Itimirim, os agricultores já abrem

as portas para a negociação. Essa é a vantagem de se trabalhar em uma empresaíntegra”,comemoraJoão.

llOs anos de experiência cultivan-do batata-doce garantiram à Okina-wa ser referência no comércio do ve-getal. Há 32 anos no mercado, a em-presa não atua mais como produto-ra, mas continua apostando na hor-taliça, que é o carro-chefe da ataca-dista. “Somos especialistas em ba-tata-docehámuitosanos.Recebe-mos mais de 500 caixas diariamen-te”, afirma o vendedor San.

Atualmente, o portfólio da Okina-wa conta com os mais diversos tipos de legumes, que passam por um ri-goroso processo de seleção antes de serem comercializados. Segun-doopermissionárioRobertoUrasaki,a rotatividade da mercadoria garan-te a oferta de produtos frescos todos os dias, durante todo o ano. “Além disso, trabalhamos com a venda de meia caixa. Ou seja, se o cliente so-licitar conseguimos vender porções menores”. Assim, evita-se o desper-dício de alimento.

Okinawa: rotatividade é garantia de frescor

RobertolembratambémqueaOkinawa foi a pioneira no trabalho de padronização. “Quando o super-mercado Mambo passou a exigir pa-drões em suas entregas, resolvemos estender o serviço para os demais clientes”, explica o comerciante. “Foi assim que o mercado passou a ado-tar o processo”, completa.

CAROLINA DE SCICCOCAROLINA DE SCICCO

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IVECO

10 Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Page 15: Jornal Entreposto | Maio de 2014

11Maio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

IVECO

Page 16: Jornal Entreposto | Maio de 2014

12 MERcADO Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llAdedicaçãodogerenteRo-bson Soares fez a atacadista Sol Divino se destacar rapidamente no comércio de batata-doce na Ceagesp.

Com apenas três anos de fun-cionamento, a empresa surgiu da experiência do funcionário e do re-nome do Grupo Canelas. “Meu pai foi um dos pioneiros na venda de batata-doce no entreposto, com mais de 35 anos no ramo”, explica orgulhoso. “Tudo o que eu aprendi foicomele.Jásãomaisdeduasdé-cadas de aprendizado”, completa.

SegundoRobson,atualmente,os clientes exigem qualidade, mes-mo que paguem mais caro por is-

Sol Divino já se destaca na venda de batata-doce

so. “Priorizamos a qualidade por-que percebemos que é a melhor maneira de ter clientes todos os dias”, afirma.

As parcerias com agricultores da Bahia e Minas garantem produ-tos dentro dos padrões. Seleciona-das na roça, as batatas-doce che-gam ao mercado de acordo com asolicitaçãodeRobson.“Sema-na que vem temos uma encomen-da de 60 toneladas para uma fábri-ca que produz marrom glacê”, co-memora o gerente.

Além de batata-doce, a ata-cadista comercializa bastante raí-zes como inhame, cará e gengibre, além de legumes diversos.

Principais variedades de batata-doce comercializadas no ETSP

CAROLINA DE SCICCO

Page 17: Jornal Entreposto | Maio de 2014

13MERcADOMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llAs informações do SIEM – Sis-tema de Informação e Estatística da Ceagesp permitem compreender a evolução do volume e do preço do produto.

Aqui estão algumas das informações trabalhadas:

1. O volume de batata-doce comercializado na Ceagesp cres-ceu 77% entre 1999 e 2013, de 17.365 toneladas para 30.765 to-neladas em 2013.

2. O volume de batata-doce na Ceagesp foi igual a 30% do volume produzido no Estado de São Pau-lo no ano 2000 e 42% no ano de 2013. A importância da Ceagesp paulistana no escoamento da ba-tata-doce, vem crescendo.

3. A proporção entre as varie-dades de batata-doce mudou bas-tante. A batata-doce que respondia por 62% no ano 2000, em 2013 respondeu por 91%. O SIEM regis-tra a entrada de batata-doce ama-rela, branca, rosada e roxa.

4. A maior oferta de batata-do-ce, no período entre 1999 e 2013, ocorre entre maio e agosto. Os maiores coeficientes de variação ao oferta, entre os anos, aconte-ce nos meses de junho, julho e ou-tubro.

5. A variação dos preços é fun-ção da variação da oferta. A varia-ção dos preços é menor que a do volume. No mês de maior oferta, ju-nho o preço é 5% menor que o pre-ço médio do ano e o volume 26% menor que o volume médio do ano.

Evolução na CeagespCentro de Qualidade em Horticultura da CeagespIdalina Lopes Rocha e Anita de Souza Dias Gutierrez [email protected]

-30

-20

-10

0

10

20

30

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Variação % média mensal do preço e volume da batata doce, entre 1999 e 2013, em relação ao comportmaneto médio de cada ano

Preço Volume

15.000

20.000

25.000

30.00019

99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Evolução do volume de batata doce, em toneladas, na CEAGESP de São Paulo, de 1996 a 2013

llOs dados do POF – Pesqui-sa de Orçamento Familiar do IB-GE do consumo de batata-do-ce mostram um quadro assusta-dor. O consumo médio per ca-pita das grandes regiões metro-politanas caiu 45% de 739 gra-mas para 407 gramas, entre 1987 e 2008. O consumo caiu mais nas regiões metropolitanas mais po-pulosas como São Paulo e Belo Horizonte(68%),RiodeJaneiro(53%). Só houve crescimento de consumo em Belém (33%) – a re-gião de menor consumo e em Por-

Sinal vermelho para a batata-doceto Alegre (3%) – a região de maior consumo.

O consumo aumenta com a renda per capita. Na classe de maior renda (30 salários mínimos), o consumo é 1,5 vezes maior que na classe de menor renda (até 2 salários mínimos).

O consumo caiu em todas as classes de renda, sendo a menor queda na maior classe de renda (19%) e as maiores quedas nas classes de menor renda – chegan-do a 53% de queda no consumo.

O consumo da batata-doce cresceu nos EUA – foi de 1,36 kg per capita em 2000 para 2,85 kg em 2010 - um crescimento de 100%.

O consumo per capita no Bra-sil de 407 gramas per capita con-

some 7 vezes menor que o ameri-cano. Os produtores e os primei-ros compradores de batata-doce nos EUA estão organizados em

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespIdalina Lopes Rocha e Anita de Souza Dias Gutierrez [email protected]

RM 1987 1995 2002 2008 Variação %Belém - PA 0,058 0,136 0,124 0,077 33Fortaleza - CE 0,664 0,553 0,689 0,246 -63Recife - PE 2,298 2,597 1,262 1,277 -44Salvador - BA 0,935 0,914 0,516 0,843 -10Belo Horizonte - MG 0,736 0,988 0,787 0,233 -68Rio de Janeiro - RJ 0,626 0,619 0,35 0,293 -53São Paulo - SP 0,537 0,168 0,077 0,172 -68Curitiba - PR 0,378 0,295 0,344 0,32 -15Porto Alegre - RS 1,262 1,056 0,833 1,304 3Média 0,739 0,647 0,405 0,407 -45

Evolução do consumo per capita de batata doce - POF IBGE

comitês de promoção e desen-volvimento da batata-doce, co-mo a North Carolina Sweet Pota-to Commission.

É só entrar no Google e pedir ‘Sweet Potato Commission’ para entender a razão do sucesso da batata-doce.

Variação % média mensal do preço e volume da batata doce, entre 1999 e 2013, em relação ao comportamento de cada ano

Evolução do volume de batata doce, em toneladas, na CEAGESP de São Paulo, de 1996 a 2013

llNo início deste ano pequenos agricultores rurais do município de Magé, que receberam da Embrapa Agroindústria de Alimentos ramas de batata-doce biofortificada pa-ra plantio, obtiveram colheitas aci-ma da média, apesar da estiagem que se estendeu por cerca de 40 dias na região. O cultivar enrique-cido pode representar nova opção de renda para esses agricultores.

Fazendo uma projeção pela área que foi plantada “e pelo ren-dimento” alcançado, o pesquisa-dor da Embrapa Agroindústria de Alimentos,JoséLuizVianadeCar-valho, disse à Agência Brasil que o resultado “deu acima da média nacional”, que são oito toneladas por hectare, de acordo com a Em-brapa Hortaliças. Segundo Viana, se plantada em uma escala maior, a produtividade atingiria em torno de dez toneladas. “É sinal que, se a gente der um tratamento, um ca-rinho na criança, a gente vai conse-guir, e muito, melhorar o que fez”, externou. A batata-doce biofortifi-cada tem polpa de cor alaranjada e casca vermelho-arroxeada, de su-perfície lisa.

O município de Magé integra o grupodecidadesdoRiodeJanei-ro que recebem cultivares bioforti-ficados,dentrodaRedeBioFORT.Os outros municípios fluminenses parceiros do projeto são Pinheiral e Itaguaí. A biofortificação é um pro-cesso de cruzamento de plantas da mesma espécie, também conheci-do como melhoramento genético convencional, que gera cultivares mais nutritivos. O objetivo é dimi-nuir a desnutrição e propiciar maior segurança alimentar por meio de maiores níveis de ferro, zinco e pró--vitamina A na dieta da população, sobretudo a mais carente.

Batata-doce biofortificada obtém colheitas acima da média

Page 18: Jornal Entreposto | Maio de 2014

14 AgRO Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llO agronegócio brasileiro deve registrar a maior safra de grãos da história do país, resultado do au-mento da produtividade das fazen-das brasileiras e do esforço do pro-dutor rural, que ocupa lugar de des-

O exemplo ambiental da agriculturaARTIGO

taque na busca de novas divisas por meio do aumento de exportações.

O árduo trabalho no campo nem sempre foi visto com bons olhos por grande parcela da população, e tem recebido o selo de vilão do meio ambiente. Mas a produção agríco-la brasileira, já de longa data, vem passando por profundas mudanças com inovações tecnológicas, ganho de produtividade e melhora da rela-ção entre a produção e o meio am-

biente como inúmeras práticas con-servacionistas.

A forte atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (Embrapa) coloca o país como modelo para as nações do mundo no desenvolvimento de técnicas agrícolas. E, recentemente, apro-vamos um novo Código Florestal, após amplo debate com os agen-tes de vários segmentos. O resulta-do talvez não agrade gregos e troia-

nos, mas traz conquistas essenciais para o equilíbrio entre a produção e a preservação.Um novo estudo, que foi publicado em forma de artigo na edição de janeiro da revista Nature Climate Change, tendo o professor David Montenegro Lapola, do De-partamento de Ecologia da Univer-sidade Estadual Paulista (Unesp), emRioClaro,comoprincipalautor,desmistifica o papel de vilão do agri-cultor brasileiro.

O estudo revela que, mesmo com a expansão nos últimos dez anos, a agricultura brasileira redu-ziu as emissões de gases do efeito estufa e o desmatamento.

São Paulo é um dos exemplos positivos citados pelo pesquisador. O estado registrou expansão na cul-tura de cana-de-açúcar no perío-do analisado, mas ela ocorreu so-bre áreas de pastagem. A mudan-ça de padrão do uso do solo con-tribuiu para uma redução de 0,9º C na temperatura.

O efeito positivo do novo uso do solo, com maior cobertura vegetal, contribuiu para aumentar a evapo-transpiração. O fenômeno libera mais água para a atmosfera e ajuda a resfriar o clima local. Quem conhe-ce de perto o setor, sabe do papel fundamental das cooperativas nes-sa transformação, orientando seus associados e difundindo novas téc-nicas agrícolas.

As mudanças de paradigmas pontuadas na pesquisa são ainda resultados de um novo comporta-mento do homem do campo, que estamos observando também nas cooperativas paulistas. Um bom e velho ditado popular diz que “quem planta vento, colhe tempestade”.

Frase comum, mas que está in-corporada no cotidiano dos nossos produtores, que respeitam o seu lo-cal de trabalho e sabem que é da terra, da natureza, que vem o sus-tento familiar e, por isso, a preocu-pação com o meio ambiente é es-sencial para sua sobrevivência.

Edivaldo Del Grande*Edivaldo Del Grande é presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP)

llOs produtos orgânicos estão cada vez mais inseridos não só na casa dos brasileiros, mas também nos indicadores econômicos do País. Promovida pela Francal Fei-ras em parceria com a Nürnberg-Messe Brasil, a Bio Brazil Fair | Bio-fach America Latina – Feira Inter-nacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, que acontece de 4 a 7 de junho, na Bienal do Ibirapuera, é a única feira de negócios a repre-sentar este mercado cada vez mais consolidado.

O Projeto Organics Brasil, cria-do pelo IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento), confirma pa-ra 2014 um crescimento acima do registrado no ano passado. Tendo como base o faturamento de 2013, análises com órgãos de varejo e acompanhamento de grandes re-des, as estimativas indicam que o mercado de produtos orgânicos de-ve crescer em torno de 35% neste ano – contra os 22% de 2013 – e chegaraR$2bilhões.

Mercado de orgânicos deve crescer 35% este anoAGRICULTURA SUSTENTÁVEL De acordo com o Projeto Organics Brasil, estimativa de faturamento do setor para o ano é de R$ 2 bilhões

Segundo Ming Liu, coordena-dor-executivo de Projetos do IPD, “o mercado de produtos saudáveis vem crescendo a cada dia, tanto no exterior como no Brasil, e os orgâni-cos têm grande destaque nesse ni-cho. No Brasil, o crescimento tem apresentado índices de 30% a 40% ao ano, e a evolução deste mercado poderá ser observada nas tendên-cias e novos produtos da Bio Bra-zil Fair | Biofach America Latina. É uma excelente oportunidade para que novos empreendedores conhe-çam este segmento, e que o merca-do se posicione e potencialize no-vos projetos que consolidem a ten-dência de crescimento”.

Ainda de acordo com Liu, no ano passado o segmento de orgâ-nicos registrou faturamento mun-dialdeUS$64bilhões.Aprincipalparcela deste montante correspon-de aos Estados Unidos, que faturou US$35bilhõesnoperíodo,segui-dopelaAlemanha,comUS$7bi-lhões,eCanadá,US$4,4bilhões.

“O Brasil ainda tem muito pa-ra crescer, mas o setor só ganhou espaço em nível mundial devido à mudança de comportamento dos consumidores, o que, consequen-temente, abriu espaço para maior produção”, avalia Liu. Parceria

Desde 2013, a feira conta com a parceria da NürnbergMesse, promotora alemã da BIOFACH – mais importante feira de negócios de orgânicos do mundo, com edições na Alemanha, Índia, China, JapãoeEstadosUnidos.

Com a parceria, a Bio Brazil Fair | Biofach America Latina passou a integrar o calendário internacional de feiras dedicadas à produção or-gânica, incrementou a grade de se-minários com a presença de impor-tantes players mundiais do setor e ampliou as oportunidades de negó-cios de seus expositores com com-pradores de diversos países.

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15Maio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

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16 cADEIA Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llImportantes personalidades po-líticas, grandes estrelas do espor-te, centenas de expositores nacio-nais e internacionais, além do re-corde de visitantes. Este é o resu-mo da Feira Apas 2014, realizada entre os dias 5 e 8 de maio, no Ex-po Center Norte, em São Paulo. Ao todo, 69.554 pessoas visitaram os 602 expositores, sendo 150 deles internacionais de 17 países.

Sob o tema Confiança – Fun-damento do Time Campeão, o con-gresso, que contou com impor-tantes palestras de Vicente Falco-ni,StephenM.R.CoveyeStevenJenkins,porexemplo,foiprestigia-do por 3.136 pessoas.

JáoProjetoCompradorInter-nacional Apas-Apex contemplou 325 reuniões, onde foram gera-dosnegóciosnaordemdeUS$211,5 milhões para os próximos 12meses,anteUS$47milhõesem 2013.

Em 2015, a Feira APAS será pautada pela temática “Produtivi-dade”. Durante participação no pai-nel O Brasil que dá certo, que con-tou com a presença da ex-minis-traMarinaSilva,opresidenteJoãoGalassi salientou a importância da produtividade no contínuo cres-cente do setor.

“Com o País em pleno empre-go, nós teremos vendas para con-tinuar batendo nossas metas, po-rém, o que nos preocupa é que es-se modelo está se exaurindo.

Feira Apas 2014 mostra força do varejoEVENTO De olho na expansão do setor supermercadista, permissionários da Ceagesp participam, mais uma vez, da exposição e congresso promovidos na capital paulista

O pleno emprego se estabilizou e para o futuro precisamos traba-lhar para o aumento da produtivida-de”, disse.

O professor da FEA-USP, Nel-son Barrizzselli, que mediou o deba-

te do painel “O Brasil que dá certo”, também caminhou por esta linha de raciocínio.

Segundo ele, “o Brasil apre-senta uma imensa oportunidade de crescimento de produtividade, que

ajudará na diminuição dos custos do País”.

De olho na expansão do setor supermercadista, atacadistas da Ceagesp marcaram presença, mais uma vez, na mostra anual do varejo.

PAULO FERNANDO

NÚMEROS

Ao todo, 69.554 pessoas visitaram os 602 expositores, sendo 150 deles internacionais de 17 países.

zoom

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17AgROMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llNo final do ano passado a FMC Corporation, agroquímica que atua no Brasil há 40 anos, realizou dois investimentos na tentativa de viabi-lizar uma agricultura mais susten-tável e responsável. Além disso, as ações pretendem trazer inovação e conveniência ao produtor, e aten-der o mercado crescente de defen-sivos biológicos.

Em outubro de 2013, a empre-sa criou um acordo de colaboração exclusiva e global com a Chr. Han-sen, líder atuante na área de bio-ciências e especializada em culti-vos, enzimas e fermentação, para o desenvolvimento e comercializa-

Investimentos ampliam setor de pesquisas da FMCDEFENSIVOS Ações recentes realizadas no Brasil e exterior aliam crescimento e sustentabilidade

ção de produtos destinados à pro-teção de cultivos biológicos. As du-as empresas se propõem a desen-volver novos produtos, e compar-tilhar conhecimento e experiência biológica sob mútua colaboração.

A FMC também adquiriu o Centro de Soluções Biológicas destinadas à Agricultura e ao Meio Ambiente (CAEB), uma divisão da RITInternational,situadanaCa-rolina do Norte, Estados Unidos, e especializada em pesquisas re-levantes à agricultura sustentável. “A transação garante a propriedade de descoberta exclusiva e platafor-ma de desenvolvimento através da adição de um moderno centro de pesquisa, aliada a uma equipe ta-lentosa de cientistas, uma gama de produtos biológicos em vários es-tágios de desenvolvimento e uma biblioteca de classe mundial espe-cializada em micróbios e proprie-dade intelectual, incluindo tecno-logias com patente pendente”, afir-ma Flavio Mitsuru Irokawa, gerente

A FMC vai investir em infraestrutura própria para fornecer produtos inovadores e sustentáveis

Flavio Mitsuru Gerente de Marketing

de marketing de H&F da FMC Agri-cultural Solutions

As instalações do CAEB, si-tuadasemResearchTrianglePa-rk, irão funcionar como um centro biológico de excelência inserido na rede de desenvolvimento global e pesquisa da FMC. O trabalho rea-lizado na unidade irá alimentar dire-tamente a aliança estratégica glo-bal com a Chr. Hansen.

Novo Innovation Center FMC Agricultural Solutions

Será inaugurado no segundo semestre de 2014 o novo Innova-tion Center FMC Agricultural Solu-tions América Latina. Segundo Fla-vio, para obter os resultados nos próximos anos em relação ao de-senvolvimento de formulações, a FMC vai investir em infraestrutura própria para fornecer produtos ino-vadores e sustentáveis, que aten-dam os requisitos regulatórios ca-da vez mais restritivos em um am-

biente seguro, e que estejam em conformidade total com boas prá-ticas de operação de laboratórios químicos e normas brasileiras.

O Innovation Center FMC Agri-cultural Solutions América Latina permitirá realizar o mesmo traba-lho de formulação de Uberaba com melhor qualidade e maior eficiên-cia. Hoje, a FMC produz oito formu-lações, e o Centro tem a proposta de ter capacidade instalada para entregar 20 formulações inovado-ras anualmente, sendo que no pri-meiro módulo entregará 12.

No segundo módulo, o novo laboratório permitirá desenvolver formulações granulares e encap-suladas e tratamento de semen-tes. Além de ter potencial para ge-rar laudos e estudos oficiais que poderão ser usados em pleitos de registro. O Innovation Center será instalado em Campinas (SP) e es-tá alinhado com a estratégia de de-senvolvimento de formulações com foco nas necessidades da região.

llDesde julho do ano passado, funcionários, compradores e vi-sitantes do maior entreposto ata-cadista de FLV da América Latina podem emprestar livros de diver-sos gêneros no bolsão literário do Grupo de Mídia Entreposto.

A iniciativa pretende dissemi-nar o hábito da leitura no entre-posto e facilitar o acesso dos ce-

Obras literárias à disposição dos visitantes da Ceagespagespianos a livros, gibis, dicioná-rios e diversos materiais de estu-do. O usuário, depois de cadastra-do, pode doar ou pegar empres-tado as obras expostas nas pra-teleiras.

O Entreposto do Livro conta com mais de cem usuários cadas-trados e todos os dias mais leito-res se conectam a iniciativa.

Confira alguns títulos disponíveis:

“A Ilha de Arturo” (Elsa Mo-rante): Os pensamentos, alegrias e dores de um adolescente que pas-sa grande parte de seu tempo so-zinho em sua ilha encantada, Pro-cida, com um barco e sua cadela. “Agosto”(RubemFonseca):Oli-vro tem como pano de fundo os

acontecimentos que culminaram no suicídio de Getúlio Vargas, em agosto de 1954. Mesclando ficção e realidade, conta a história do as-sassinato de um empresário e suas investigações.“Minhas Mulheres e Meus Homens” (Mario Prata): O livro é uma agenda íntima, um retra-to da família brasileira, com todos os seus pecados e virtudes. É também

uma espécie de autobiografia de Ma-rio Prata, que além de escritor famo-so é um divertidíssimo contador de histórias.Entreposto do Livro(11) [email protected] de cultura ceagesp(11) [email protected]

Objetivo é trazer inovação e conveniêcia ao produtor, além de atender o mercado de defensivos biológicos

Redaçã[email protected]

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18 EcOnOMIA Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Perspectivas de vendas de flores para o Dia das Mães 2014ARTIGO Sindiflores e Hórtica Consultoria realizam pesquisa sobre o desempenho do setor no período que antecede a data comemorativa

llPara 88% das floriculturas e empresas do setor de flores e plan-tas ornamentais, porém, é a princi-pal oportunidade comercial, sen-do que, neste período, as vendas costumam ser de três a quatro ve-zes superiores à média das demais semanas do ano. Apenas para 12% das empresas brasileiras do ramo florícola varejista, outras datas, co-mo o Dia dos Namorados, ou o Dia Internacional da Mulher, chegam a superar as vendas de presentes para as mães. Justifica-se,assim,agrandeatenção que é conferida a essa data, a qual condiciona significa-tivamente todo o comportamen-to da Cadeia Produtiva da Flori-cultura. Desde o produtor, o co-merciante atacadista distribuidor e importador, até o fabricante de acessórios e o florista, todos es-tão empenhados em obter a me-lhor performance comercial possí-vel, visto que, dos resultados eco-nômicos deste pequeno período, dependerá boa parte do sucesso dos seus negócios. Para avaliar a importância e o significado econômico desta data no Brasil, o Sindicato do Comércio

Varejista de Flores e Plantas Orna-mentais do Estado de São Paulo – Sindiflores e a empresa de Inteli-gência de Mercado, Hórtica Con-sultoria, realizaram, em parceria, uma ampla pesquisa em toda a Ca-deia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, cujos resultados são mostrados a seguir .

As expectativas das floriculturas para o Dia das Mães de 2014

As floriculturas e empresas do ramo do comércio varejista de flo-res e plantas ornamentais de to-do o Brasil estão otimistas com as suas vendas para o Dia das Mães de 2014: 82 % delas consideram que os resultados comerciais serão maiores do que os obtidos na mes-ma data do ano passado. Uma parcela de 15% considera que as vendas serão iguais às rea-lizadas no Dia das Mães de 2013 e apenas 3% projetam faturamen-to em nível inferior. (Ver Figura 1).Para as floriculturas que apostam no aumento das vendas, os per-centuais estimados de acrésci-mo, em relação à mesma data no ano passado, mostram a seguin-te distribuição: 47% delas acredi-tam que venderão de 10% a 20% mais do que no Dia das Mães de 2013; uma parcela de 25% des-sas empresas informaram expec-tativas de comercialização de 5% a 10% maiores, enquanto outros dois grupos, com 14% de partici-pação cada um, projetam resulta-dos comerciais positivos de venda de flores e plantas ornamentais pa-ra esta data em porcentuais de até

5% e de mais de 20%, respectiva-mente. (Figura 2).

As grandes redes de super e hi-permercados projetam, para o Dia das Mães de 2014, crescimento de vendas entre 10% e 15% sobre o ano anterior.

Para as lojas com bandeiras fo-cadas nos consumidores de ren-das média e alta, as expectativas maiores recaem sobre opções de buquês prontos, maços de rosas, gérberas e alstroemérias e orquí-deas envasadas como phalaenop-sis, cymbidium, cattleyas e outras de cachos e flores grandes, de re-conhecida preferência no gosto brasileiro.

Os vasos de tulipas também deverãofazersucesso.Jáparaaslojas de bandeiras mais populares esperam-se maiores índices de vendas de vasos de begônias, lí-rios, crisântemos e ciclamens.

As preferências do consumidor para presentear as mães

As rosas vermelhas, especial-mente compondo diferentes forma-tos de buquês, lideram as preferên-cias das flores que serão compra-das para presentear as mães e as esposas nesta data, com 41% das respostas.

Em seguida, vêm os vasos de orquídeas, especialmente os de phalaenopsis e cymbidium, entre outras espécies e outros vasos flo-ridos, como begônias, violetas, tu-lipas, kalanchoes e calandivas, en-tre outros, concentrando, ambas as opções, 17% das preferências.

Em seguida vêm outras flores

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **hé[email protected]

[email protected]

O Dia das Mães representa, tradicionalmente, a segunda data mais importante em vendas para o comércio varejista em geral, sendo superada apenas pelo Natal

cortadas em geral, na forma de pe-quenos arranjos, ou buquês, com 11% de participação, entre as quais se destacam gérberas e als-troemérias.

As cestas contendo flores e ou-tros presentes representam 10% das opções de compras e os lírios de corte, especialmente na cor branca, 4%. (Figura 3). As rosas importadas – da Co-lômbia ou do Equador – ocuparão parcelas decididamente importan-tes do abastecimento das floricul-turas e de outras modalidades de varejo de flores e plantas ornamen-tais. Especialmente na cor verme-lha, elas representarão, para 32% das empresas do ramo, de 10% a até 20% do total das vendas de ro-sas neste Dia das Mães. Para outros 18% das floriculturas, elas chegarão a significar de 20% a até 30%.

Na faixa de mais de 50% a até 100% do fornecimento de rosas, atingirão 14% do total das floricul-turas.

Outras faixas de participação das rosas importadas no comér-cio total de rosas no Dia das Mães de 2014 serão: até 5% (para 14% das lojas); de 5% a até 10% (11% das floriculturas e empresas simi-lares) e mais de 30% a até 50% (11%). (Figura 4). Do total de floriculturas, lojas e empresas do ramo varejista de flo-res e plantas ornamentais que par-ticiparão da oferta de presentes pa-ra o Dia das Mães de 2014, ape-nas 6% não incluirão vendas de ro-sas – tanto nacionais, quanto im-portadas – em sua pauta de mer-

cadorias, por se tratar de equipa-mentos dedicados especialmente ao comércio de flores envasadas, como as orquídeas, lírios, violetas, begônias e outras também bastan-te procuradas para a comemora-ção. Constata-se, ainda, que das floriculturas e outros estabeleci-mentos afins que ofertarão rosas no Dia das Mães, apenas 13% não incluirão rosas importadas, deven-do operar apenas com o comércio de rosas de procedência nacional. O tíquete médio de compra do consumidor brasileiro nas compras de flores para o Dia das Mães de 2014, segundo as floriculturas e

Atendimento é principal diferencial da ColmeiallA atacadista Colmeia Agro Co-mercial está presente no Terminal Entreposto São Paulo há 24 anos. Mas a história da família de Antônio Ferreira com a Ceagesp começou muitoantes.Jásãotrêsgeraçõesatuando no segmento. Seu pai foi carregador desde o início da cons-trução da central de abastecimento e seu irmão trabalhou na feira pa-ra juntar economias e adquirir um box no local.jornalentreposto.com.br/produ-tos/batata-cebola-e-alho/353--colmeia

Renovação constante na Landifrutasll Há mais de uma década, a em-presa familiar Landifrutas comer-cializa frutas frescas na maior cen-tral de abastecimento da América Latina. A distribuidora espera se tornar referência no segmento na cidade de São Paulo e por isso es-tá em constante renovação, focan-do tanto na qualidade dos produ-tos ofertados quanto nos serviços de atendimento. Carambola, goia-ba e abacaxi são exemplos de fru-tas oferecidas no box.jornalentreposto.com.br/produ-tos/frutas/352-landifrutas

Experiência no segmento destaca Taciba no mercadoll Hácercade30anosRober-to Aparecido, mais conhecido co-mo Alemão, atua no segmento de produtos frescos, especificamente com cebola, batata e alho. O come-ço foi na Cooperativa Cotia, pas-sando por algumas empresas até construir o próprio negócio, a ata-cadista Taciba.Técnico agropecuário, Alemão deu continuidade naquilo que já tinha experiência. jornalentreposto.com.br/produ-tos/batata-cebola-e-alho/351--taciba

Embalagens e descartáveis na Rodrigues MelollSacos plásticos e de papel, sa-colas plásticas lisas e impressas, caixas de isopor, marmitex de alu-mínio, pratos, copos, potes e talhe-res de plástico, são alguns dos pro-dutos comercializados pelo grupo RodriguesMeloEmbalagens,hámais de 30 anos no mercado. Os sacos de lixo para pia da cozi-nha e banheiro, feitos de polieteno no tamanho 34x38cm,e os sacos de lixo com alças EASYBAG, es-tão em alta.jornalentreposto.com.br/produ-tos/diversos/350-rodrigues-melo

5 Estrelas diversifica na oferta de hortaliçasllCerca de 30 anos se passaram desde o início das atividades da 5 Estrelas no mercado de abasteci-mento. Atuando na Ceagesp, a empresa conta com boxes e módulos pa-ra oferecer legumes, milho verde e batata, cebola e alho.Com pro-dução própria, câmaras climatiza-das, transporte refrigerado e logís-tica afiada, a 5 Estrelas garante a oferta de hortaliças ao longo de todo ano.jornalentreposto.com.br/produ-tos/legumes/347-5-estrelas

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19Maio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Maiores 82%

Iguais 15%

Menores 3%

Perspectivas de vendas de flores para o Dia das Mães 2014

Penetração das flores nas compras de presentes para o Dia das Mães de 2014

Frente às condições econômi-cas gerais de desaceleração e de retomada da inflação no País, as maiores instituições de represen-tação do comércio lojista projetam índices modestos de crescimen-to de vendas para o Dia das Mães de 2014, que variam entre 1% e 5%. Neste contexto, contudo, po-de-se observar que o setor de flo-res e plantas ornamentais trabalha com perspectivas segura e decidi-damente mais otimistas.

As principais justificativas para este fenômeno encontram-se nos seguintes fatos:

1) o setor de flores e plantas or-namentais vem, ao longo dos últi-mos anos, conquistando e manten-do posições anuais de crescimen-to fortemente superiores às obser-vadas para a economia em geral, o que decorre do acesso ao consumo por mais largas parcelas da popu-lação, do forte aumento da capilari-dade da distribuição destas merca-dorias – especialmente com a de-cidida entrada dos supermercados no segmento – e das melhorias ge-rais na cadeia produtiva, com a ofer-ta de produtos mais diversificados e acessíveis e no aumento da efici-ência e qualidade no segmento da distribuição atacadista;

2) no perfeito ajuste entre os preços das opções de flores e plan-tas ofertadas para a data e os tíque-tes médios de compra projetados peloconsumidor(entreR$90,00eR$160,00,dependendodare-gião do País), o que permite a aqui-sição dos presentes sem necessi-dade de comprometimento da ren-da disponível e que demandem par-celamento, especialmente conside-rando o contexto de endividamento já presente no mercado e que deve se complicar ainda mais com a che-gada da Copa do Mundo de Fute-bol, no próximo mês.

Rosas 41,7%

Orquídeas 17%

Vasos floridos 17%

Lírios 4%

Cestas 10%

Outras flores 11%

empresas de varejo pesquisadas, se concentrará principalmente na faixademaisdeR$50,00aatéme-nosdeR$100,00(40%),segui-dapelasdeR$100,00(24%).Pa-ra as demais faixas de gastos pre-vistos,ouseja,demenosdeR$50,00;R$50,00edemaisdeR$100,00, os porcentuais encontra-dos foram idênticos, no valor de 12% cada uma delas. (Figura 5).

As vendas serão pagas majo-ritariamente em cartão de crédito (69%), com opções bem menos expressivas para pagamento em dinheiro (22%) e cartão de débi-to (9%).

Arte Viva oferece produtos para paisagismoll A Arte Viva Pedras Ornamen-tais foi criada há 20 anos prestan-do serviços de jardinagem, como implantação de projetos paisagísti-cos, reformas de áreas verdes, ma-nutenção de vasos e jardins.Para complementar esta atividade, a empresa passou a distribuir pro-dutos agregados à área de paisa-gismo e construção civil: argila ex-pandida, manta de geotêxtil, pe-dras ornamentais e vasos de fibra de coco.jornalentreposto.com.br/produ-tos/diversos/346-arte-viva

Hidropônicos na Graembuensell Conhecida pela sua produção de hortifrutis hidropônicos, a ata-cadista Graembuense se destaca também na comercialização de re-polho. Em 2013 a empresa ocupou o terceiro lugar na venda da hortali-ça na Ceagesp.

Atualmente, o repolho ofereci-do pela Graembuense vem das ci-dadesdePiedadeeIbiúna.“Játra-balhamos com outras regiões mas hoje em dia São Paulo supre bem a nossa demanda”.jornalentreposto.com.br/produ-tos/verduras/343-graembuense

Variedade de frutas exóticas na Sol Brilhantell A Sol Brilhante é especia-

lista na comercialização de frutas exóticas e pouco comuns no coti-diano dos brasileiros.

Os varejistas que adquirem fru-tas distintas as repassam para um público consumidor muito exigen-te. Por isso o cuidado no manuseio é imprescindível.

Nem todo permissionário tem disposição para trabalhar com hor-tifrutis muito delicados como pinha e atemoia.jornalentreposto.com.br/produ-tos/frutas/272-sol-brilhante

Dois Cunhados tem ampla atuação ll Esse ano a distribuidora de frutas e legumes Dois Cunhados completará 27 anos de atuação no mercado hortifrutícola. A empresa participa de todos os processos que envolvem a cadeia de abaste-cimento, do pré-plantio ao varejo, por exemplo, colheita, processos industriais, armazenamento, em-balagem, transporte e distribuição. Os principais produtos são: laran-ja, limão, abóbora, alho, alcachofra.jornalentreposto.com.br/produtos/legumes/281-dois--cunhados

L.A. Ferreti: abacate e limão o ano inteiroll As atividades da produtora e atacadista L.A. Ferretti começaram há aproximadamente 30 anos, com a produção de abacate e limão e comercialização no Mercado Mu-nicipal de São Paulo.

Atualmente a empresa tem ca-pacidade para fornecer as frutas o ano inteiro. Algumas das varieda-des de abacate oferecidas são: Fortuna, Quintal, Geada, Cam-pinas e Breda, além do “abaca-te baby”.jornalentreposto.com.br/pro-dutos/frutas/273-laferreti

* Engenheiro agrônomo, doutoran-do em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunica-ção e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimen-toRuraleAbastecimentoAlimentarUrbano(FAO/PNUD/CEPAL/IPAR-DES), sócio administrador da Hórti-ca Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abaste-cimento Alimentar Urbano, sócia-ad-ministradora da Hórtica Consultoria e Treinamento. http://tinyurl.com/pwxcvhd

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20 TRAnSPORTE Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores (Anfavea) divulgou, no início de maio, os resultados da indústria automobilística em abril e no qua-drimestre. O licenciamento de au-toveículos apresentou aumento de 21,8% ao se comparar as 293,2 mil unidades vendidas no quarto mês do ano com as 240,8 mil de março.

No comparativo com abril de 2013, que registrou licenciamen-to de 333,7 mil unidades, o recuo foi de 12,1%. No resultado do qua-drimestre o setor também registra retração: foram 1,11 milhão de pro-dutos comercializados neste perío-

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA Segundo os fabricantes, foi o segundo melhor mês de abril da história em licenciamento

Redaçã[email protected]

do contra 1,16 milhão no ano pas-sado, baixa de 5%.

O setor registrou queda tam-bém nas exportações de autoveí-culos nos quatro primeiros meses do ano. Foram 111,9 mil produtos enviados para fora do Brasil, retra-ção de 31,9% na comparação com as 164,3 mil do mesmo período do ano passado. Na análise mensal o registro é de crescimento: as 36,7 mil unidades de abril de 2014 re-presentam alta de 55,7% frente a março, quando o setor exportou 23,5 mil autoveículos – com rela-ção as 52,8 mil de abril de 2013 a redução foi de 30,4%.

A produção no quadrimestre foi de 1,07 milhão de autoveícu-los, 12% menor do que as 1,21 mi-lhão de 2013. Apenas em abril saí-ram das linhas de montagem 277,1 mil unidades, o que representa re-dução de 21,4% com relação as 352,4 mil do mesmo mês do ano passado e alta de 1,6% frente as 272,8 mil de março de 2014.

Máquinas agrícolas e de construção

O segmento agrícola apresen-tou alta nas vendas internas em abril: as 6,1 mil unidades comer-cializadas no mês representam ele-vação de 9,6% com relação as 5,5 mildemarçodesteano.Jánocom-parativo com abril do ano passado, quando foram vendidas 7,4 mil má-quinas, o resultado foi inferior em 17,7%. Os dados do quadrimes-tre apontaram redução de 20,3% ao se comparar as 21 mil de 2014 com as 26,3 mil de 2013.

Em abril a produção registrou ligeira alta de 1% quando as 7,1 mil unidades são confrontadas com as 7 mil de março de 2014. A com-paração com abril do ano passa-do aponta que o resultado ficou 22,4% abaixo ante as 9,1 mil da-quele período.

No acumulado foram 26,9 mil unidades produzidas este ano, de-créscimo de 14,6% frente as 31,5 mil de 2013.

Ana Rita GondimDa Agência CNT

llLiberdade é palavra recorrente quando se conversa com quem op-tou pelo caminhão como ambiente de trabalho. E assim foi com o pu-blicitário Fabrício Madeira Araújo, 33 anos, que largou o diploma pe-la estrada, paixão transmitida por um tio. E, apesar de alguns proble-mas enfrentados nas rodovias, na-da o desanima ou o tira do cami-nho que escolheu. Os planos dele são casar e levar a esposa em suas viagens até terem um filho, quando pretende sair das rodovias para es-tar mais perto da família.

Fabrício e milhares de cami-nhoneiros são os responsáveis por transportar, em média, 60% das cargas do país, segundo da-dos do setor.

Basicamente tudo o que che-ga aos brasileiros chegou graças ao transporte rodoviário de cargas. Isso sem falar no que chega a ou-tros países por intermédio dos ca-minhões que fazem a carga chegar até os portos do país.

“Profissão de ouro”, define Fa-brício ao se dar conta da importân-cia de sua profissão para a econo-mia brasileira e da paixão que tem pelo meio de vida que escolheu.

Com mais experiência, o cami-

nhoneiroRenêFrançaBatista,54anos e há 34 na estrada, precisou um dia valorizar a profissão ao vê--la ser menosprezada. “Aí eu pe-guei e falei pra mulher: até a calci-nha que você usa passa pela car-ga de um caminhão”, relembra de forma bem humorada.

Com menos tempo na boleia de um caminhão, 15 anos, Fabrí-cio sente-se honrado com o papel que cumpre: “vejo uma bela e ma-ravilhosa profissão e é muito grati-ficante saber que posso contribuir um pouquinho nas casas e nas re-feições do Brasil”. Hoje Fabrício transporta basicamente grãos e circula mais pelo estado de Minas Gerais.

O segundo modal mais utiliza-do no Brasil é o transporte ferro-viário, com 20,7% do movimento das cargas do país. Em seguida, o aquaviário, com 13,6%, o duto-viário, 4,2%, e o aéreo, 0,4%. Se-gundo o presidente da Associa-ção Brasileira dos Caminhonei-ros (Abcam), Claudinei Pelegrini, o caminhoneiro tem consciência do valor que representa. “Ele sabe da importância da profissão para o mercado e para a economia do Brasil”, afirma.

Mas ressalta que é preci-so mais para o aperfeiçoamento e crescimento do setor. “Embo-ra o Sest Senat tenha vários cur-sos e venha, ao longo dos anos, fazendo um trabalho de qualifica-ção e requalificação do caminho-neiro, é necessário que outras en-tidades trabalhem em conjunto pa-ra alcançar a totalidade dos cami-nheiros, principalmente, os autôno-mos”, sugere.

Pelegrini conta que o caminhão faz parte da sua vida desde os oi-to anos de idade. Ele afirma que só parou em 2007, quando entrou para o sistema sindical e, então, fi-cou difícil conciliar a função admi-nistrativa com a estrada. Segundo ele, quando começou na carreira, há mais de 30 anos, as coisas eram bem diferentes do que são hoje.

“A tecnologia embarcada, por exemplo, é completamente distin-ta. Hoje tem que ter conhecimen-to de princípios de informática pa-ra não cometer erros banais ao pre-encher, por exemplo, um formulário eletrônico”, justifica. Na sua visão, falta mais atenção do governo na capacitação desses profissionais, que são os verdadeiros condutores da riqueza e dos bens de consumo.

Investimentos

E essa atenção inclui desde a qualificação dos profissionais até in-vestimentos em logística e infraestru-tura. Para Pelegrini, é preciso aplicar recursos em todos os portos brasilei-ros para que, assim, desafoguem o gargalo do modal rodoviário.

Mas alerta que o transporte por rodovias também cumpre papel pri-mordial no transporte fracionado, que faz com que o produto saia do porto e chegue a uma loja do comér-cio, por exemplo. E, para isso, é pre-ciso investir, entre outros, na renova-ção da frota. Os dados mais recentes mostram que o Brasil tem hoje uma frota com 1,2 milhão de caminhões com idade média de 21 anos no caso dos autônomos e de 8,5 anos no ca-so das empresas. Pelegrini confes-sa que é apaixonado por caminhão e que voltaria para a estrada se pu-desse. Para ele, não tem dinheiro que pague o prazer de viajar pelo país e conhecer as peculiaridades de ca-da região. “Se você deixar um mo-torista 10 dias em casa, ele fica lou-co. Ele não consegue. Ele tem a pai-xão de voltar para a estrada. Quem tem isso no sangue, não perde nun-ca”, conta com um sorriso no rosto.

“Profissão de ouro” movimenta mais da metade do que é consumido no país

Licenciamento avança 21,8% em abril

Caminhões e ônibus

Os licenciamentos de cami-nhões registraram baixa de 22%: foram 10,9 mil unidades comercia-lizadas em abril deste ano contra 13,9 mil de igual período de 2013 – sobre as 9,2 mil unidades de mar-ço de 2014 houve acréscimo de 17,8%.

Quando analisado o volume de vendas nos quatro primeiros meses do ano, a queda é de 14,4% – 41,3 mil caminhões em 2014 e 48,3 mil no ano passado.

Jáosegmentodeônibusco-mercializou 2,2 mil produtos em abril, declínio de 8,8% com relação a março, com 2,4 mil, e de 19,7% frente a abril do ano passado, quando foram licenciados 2,8 mil. Ao comparar os 9,2 mil do acumu-lado deste ano com os 10,4 mil de 2013, o segmento retraiu 19,7%.

Os fabricantes de caminhões produziram também em abril 12,3 mil veículos, baixa de 11% em re-

lação a março, com 13,8 mil, e de-créscimo de 31,6% contra as 18 mil de abril do ano anterior. A pro-dução acumulada também regis-trou queda: a comparação dos 55,1 mil caminhões de 2014 com os 61,1 mil de 2013 significam re-cuo de 9,8%.

O segmento de ônibus também seguiu em baixa. No último mês sa-íram das linhas de montagem 3,4 mil ônibus, inferior em 9,7% com relação as 3,8 mil de março e em 8% com as 3,7 mil de abril do ano passado.

O declínio para o acumulado do ano foi de 2,1%: foram fabricadas 13,3 mil unidades este ano e 13,6 mil em 2013.

As exportações no acumulado de caminhões apresentou alta de 5,9% – foram enviados para fora do Brasil 6,6 mil em 2014 e 6,2 mil de 2013 – enquanto o resultado pa-ra ônibus foi de recuo de 13,5%: 2,1 mil ônibus este ano e 2,4 mil no ano anterior.

ESTRADA O deslocamento rodoviário de cargas é responsável por aproximadamente 60% do movimento das mercadorias comercializadas no Brasil

Setor registra queda nas exportações de autoveículos nos quatro primeiros meses do ano

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21cEASAS Maio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llAlém do catálogo de produtores e pesquisa por produtos do mês, o novo site da CeasaMinas trouxe mais uma novidade. Um ícone na primei-ra página aponta para o download de um aplicativo gratuito para telefo-nes inteligentes, como os smartpho-nes, incluindo todas as informações úteis para produtores, comerciantes e público em geral. Os dados abran-gem os entrepostos de Contagem, Uberlândia,JuizdeFora,Caratinga,Governador Valadares e Barbacena.

No aplicativo, o usuário pode conferir preços e ofertas dos princi-pais produtos hortigranjeiros e suas variações; o contato das empresas e produtores que comercializam nos entrepostos; as notícias publicadas no site, vídeo institucional, como che-gar à CeasaMinas partindo de pon-tos de referência como aeroportos, Belo Horizonte e Contagem, além te-lefones úteis.

“Esse é um serviço novo, e umas das principais características é a mo-bilidade. Além da sua usabilidade que é muito melhor. Quando se na-vega em um site, os itens ali encon-trados são projetados para serem acessados através de um computa-dor,tabletetc.Jáoaplicativo,alémdeconsumir uma banda pequena de in-ternet, é feito especificamente para ser acessado pelo celular e uma das características é o espaço para o cli-que, que é maior”, explica o chefe do Departamento de Tecnologia da In-formação, Bismarck Campos.

É só acessar o link http://app.vc/ceasaminas e baixar gratuita-mente. Caso o celular possua um aplicativoparaleituradeQRCode,basta que o usuário fotografe a ima-gem direto do site da CeasaMinas.

CeasaMinas lança aplicativo para celulares

llA Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), através do Telecentro Primavera, tem realizado desde o começo de abril, aulas de informática destinadas aos carre-gadores dos mercados. O encon-tro é semanal e conta com duas tur-mas, uma às segundas e quartas e outra, às terças e quintas.

O professor e funcionário do departamento de informática, Christian Berto, disse que a ini-ciativa mais do que ensinar sobre noções de informática, valoriza as pessoas e pratica ação de inclusão digital. ”Os encontros são voltados para os carregadores da Central. Muitos não concluíram o ensino fundamental. Essa oportunidade vai trazer um diferencial enquan-to profissionais e pessoas”, conta.

Ceasa Campinas incentiva capacitação para carregadores dos mercados

Ainda segundo Christian, os horários estipulados são escolhi-dos para permitir que os carrega-dores frequentem as aulas fora do horário de trabalho; não compro-metendo assim, suas atividades profissionais.

LuísRobertodosSantosSilva,frequentador das aulas, se diz moti-vado e empolgado com a iniciativa. ”Quis fazer o curso para obter mais conhecimento. Tive pouco conta-to com a informática. Minha inten-ção é melhorar o conhecimento na área, para usar inclusive na minha vida pessoal. Quem sabe, no futu-ro, até posso trabalhar com isso”, confessa o carregador.

Por semestre, são formados no Telecentro duas turmas de carre-gadores com certificado.

As inscrições para a próxima tur-ma estarão abertas, provavelmente, entre os meses de julho e agosto.

Inclusão digital

Na Ceasa Campinas há um es-paço de inclusão digital com compu-tadores, acesso à internet e cursos de informática, tudo de graça.

No Mercado de Flores funciona o Telecentro Primavera, do Programa Jovem.ComdaPrefeituradeCampi-nas. A sala tem dez computadores e impressora e jovens monitores que ministram os cursos e orientam os frequentadores.

O Telecentro conta com a parce-ria da Informática dos Municípios As-sociados (IMA) na manutenção dos equipamentos.

llDivulgado o Guia de Boas Prá-ticas para a Gestão de Mercados Atacadistas pela Associação Bra-sileira das Centrais de Abasteci-mento (Abracen), tem como objeti-vo oferecer orientações gerais so-bre as Boas Práticas de Comercia-lização a partir dos princípios gerais de higiene dos alimentos e do siste-ma HACCP (Ponto de Controle Crí-tico de Análise de Perigos).O docu-mento foi um trabalho coletivo en-tre todos dirigentes e técnicos das CeasasfiliadasàABRACENcomapoio e colaboração da Companhia Nacional de Abastecimento – Co-nab e especialistas em cuidados na alimentação. O guia será um instrumento de con-sulta para os gestores, agentes, produtores, distribuidores e pres-tadores de serviços das Centrais de Abastecimento – Ceasas.

Acesse o site da instituição pa-ra fazer o download: abracen.org.br.

Guia de Boas Práticas da Abracen

MANUSEIO

Inácio Shibata / CODCO

llO Banco CEAGESP de Ali-mentos (BCA) – ligado à Co-ordenadoria de Sustentabilida-de da CEAGESP – encaminhou 139.927 toneladas e alimentos para 114 entidades assistidas pe-lo programa, do total de 159.988 toneladas doadas por permissio-nários do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP).

Desse total, 2.039 toneladas foram transportadas para o BCA por carregadores voluntários li-gados ao Sindicato dos Carrega-dores Autônomos da CEAGESP (Sindicar). De janeiro a abril deste ano, já foram doados 700.995 to-neladas de alimentos para 361 en-tidades, um crescimento de quase 200% em relação ao mesmo perí-odo de 2013.

Banco de Alimentos doa maisde 139 mil toneladas em abril

LILIAN UYEMA

TECNOLOGIA

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22 AgRÍcOLA Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Logística e falhas no cadastro são desafios para pequeno produtor orgânicoECONOMIA Dificuldades encontradas pelos empresários ainda são grandes, alerta especialista

llApesar da maior capacitação e da redução de custos de insumos e sementes, o pequeno produtor or-gânico no Brasil continua a enfren-tar dificuldades como a logística e falhas no cadastro de produtos do setor. A avaliação é da coordena-dora do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional da Agricultura, Sylvia Wachsner.

Segundo Sylvia, as dificulda-des do agronegócio orgânico per-manecem grandes. “A logística é muito cara. Conseguir embala-gens para os pequenos produto-res é complicado, porque eles têm de comprar tamanhos maiores. O pequeno produtor tem um orça-mento muito pequeno”, declarou.

A coordenadora aponta ain-da falhas no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, elaborado pelo Ministério da Agricultura. Se-gundo ela, não há indicações de tonelagem da produção orgânica animal e vegetal. Ela defende que as informações sobre os alimentos

orgânicos tenham mais visibilidade no site do ministério.

“Que as informações lá [no ca-dastro] sejam mais abrangentes, mais visíveis e completas e digam quantas toneladas há de grãos, de hortigranjeiros, de frutas. Quais são os produtos principais também”, revindicou. A coordenadora des-tacou que o Ministério da Agricultu-ra precisa começar a trabalhar es-ses dados com urgência.

Mesmo com as dificuldades, a coordenadora destacou o cresci-mento das agroindústrias do se-tor, que agregam valor aos produ-tos orgânicos. “Aos poucos, elas [as indústrias] vão crescendo e en-tão o mercado começa a ter mel com sabores, sucos de sabores va-riados, queijos com ervas. Isso vai agregando valor”, disse.

Sylvia foi uma das participantes daterceiraediçãodoGreenRio,queocorreunoRiodeJaneironoinício do mês. A primeira edição foi organizada, em 2012, pelo Plane-

ta Orgânico, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desen-volvimentoSustentável(Rio+20).

O Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacio-nal da Agricultura teve um estan-de no evento, que reuniu empre-sas que oferecem alimentos orgâ-nicos diferenciados e sustentá-veis. Uma delas, a Ecobras, rece-beu empréstimo do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES), em dezem-bro do ano passado, no valor de R$988,3mil,parainvestimentosem sustentabilidade, novos pro-dutos, expansão industrial e aqui-sição de equipamentos.

OGreenRiotevepatrocíniodo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do governo fluminen-se e apoio do Ministério do Meio Ambiente, do Programa das Na-ções Unidas para o Meio Ambien-te(Pnuma)edoJardimBotânicodoRio.

llO ministro da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, participou no dia 5, em Va-caria,(RS),daassinaturaquede-clara a erradicação da praga Cydia pomonella, conhecida como lagarta da maçã, do Brasil. O evento ocor-reu na Estação Experimental da Em-presa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa), e contou com a presença de autoridades locais e produtores rurais.

Brasil erradica a lagarta da maçãDe acordo com o ministro, a

erradicação tem relevância para o país. “Por ser uma praga seve-ra, que atinge diversos países, co-mo Uruguai, Estados Unidos e Ar-gentina, esta é uma conquista im-portante da defesa sanitária vege-tal brasileira”, afirmou.

Dentre as medidas realizadas pelo Mapa, por meio do Progra-ma Nacional de Erradicação da Cydia pomonella, estão a instala-ção e monitoramento de mais de 10 mil armadilhas e a captura de

Agência Brasil mais de 20 mil exemplares da pra-ga. No total, cerca de 100 mil plan-tas hospedeiras foram erradicadas emSantaCatarinaenoRioGran-de do Sul, Estados que represen-tam 95% da produção nacional de maçã.

A partir de agora, o Mapa de-verá proceder a revisão dos requi-sitos fitossanitários de importação aos países exportadores de pro-dutos considerados hospedeiros da praga e a elaboração de plano de contingência. Além disso, se-

rão tomadas as demais medidas necessárias à manutenção do re-conhecimento como praga erradi-cada do País.

A praga foi detectada no ter-ritório nacional pela primeira vez em 1991 e a última captura ocor-reu em novembro de 2011. Segun-do a Convenção Internacional pa-ra a Proteção de Vegetais (CIPV), as áreas produtivas podem ser declaradas livres da praga depois de dois anos da última ocorrência identificada.

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23cÁ EnTRE nÓSMaio de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Estamos no mês de maio, quan-do comemoramos o dia das mães. O mercado fica perfumado com o cheiro de jasmim. O colorido das pluralidades das orquídeas e as mu-das de manacá da serra, todas flori-das, rivalizam em beleza com as noi-vas apaixonadas.

AntesdefecharaediçãodoJor-nal Entreposto, a Nossa Turma ficou na correria organizando a Queima do Alho. As fotos do evento sairão na próxima edição. Enfrentamos grandes problemas, pois havíamos solicitado palco, som e tendas no setor de eventos da Prefeitura pau-listana. O foi negado, já que a data coincidiu com a Virada Cultural e a inauguração da Arena Corinthians.

Mas São Paulo é grande e estamos torcendo para vir um grande públi-co saborear a nossa paçoca de car-ne seca socada no pilão, arroz car-reteiro, feijão tropeiro e o filé na cha-pa, que são os ingredientes do car-dápio da nossa festa.

Aí, perdendo a infraestrutura da festa, tiramos o chapéu e batemos na porta dos comerciantes da Ce-agesp. Não estipulamos quantia e eles nos ofertaram o que sentiram no coração, além de alho e cebola. A todos, um muito obrigado. Vou no-minar uma loja do entorno do mer-cado que nos ajudou com dinheiro: à Petshop Cobasi, valeu!

Obrigado a todas as comitivas que vieram dos quatro cantos da

“Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar”

metrópole cozinhar para o público presente. Doaram o seu tempo pe-lo amor à causa da solidariedade.

No aniversário dos 460 anos de SãoPaulo,ocantorJairRodriguescantoupelateladaRecordnopa-vilhão das verduras. Contou histó-rias e falou do seu amor pelo po-vo da cidade. No sábado seguinte ele visitou a Nossa Turma, sentou no canteiro da horta, descascou laran-ja bahia e cantou para os seguran-ças e cafezeiras.

Ele queria plantar na sua cháca-ra batata yacon e um comerciante lhe ofereceu quatro caixas.

O carregador que transportou o produto reconheceu o cantor e não cobrou o carreto, mas quis tirar uma foto com o artista e mandar para a família no Piauí.

FuiconvidadoporJairparairaoseu aniversário, que era no dia seis de fevereiro, mas foi comemorado no dia sete, no restaurante Escon-didinho, na Granja Viana. Fui recebi-

ARTIGO Em 1966 Jair Rodrigues conquistou o Brasil ao interpretar Disparada, de Geraldo Vandré, no segundo Festival da Música Popular Brasileira da Tv Record

do com muito carinho enquanto ele completava 75 anos. Deu para sen-tir como ele era amado.

Láestavam,entreoutros,Rap-pin Hood, Wanderléa, Wanderley Cardoso,RaulGil,AryToledo,Ro-berto Leal, Pedro Mariano, Leo Maia e uma imensidão de amigos, além de todos os seus familiares. Ele es-tava tão feliz que parecia a prepa-ração para sua subida para perto deDeus.JairRodrigues,vocêfoigrande!

LILIAN UYEMA

ll Instalada há um ano e meio no Modelódromo do Parque do Ibira-puera, a Feira de Orgânicos e Agri-cultura Limpa foi suspensa por tem-po indeterminado desde o dia 10. A prefeitura enviou um ofício aos or-ganizadores dizendo que a realiza-ção da feira atrapalha as atividades da Secretaria de Esportes, que ad-ministra o espaço. A feira aconte-ce aos sábados das 7h30 às 13h.

21ª HORTITEC em Holambra é antecipada para maioll A Hortitec – Exposição Técni-ca de Horticultura, Cultivo Protegi-do e Culturas Intensivas– acontece mais cedo este ano: de 28 a 30 de maio, no Pavilhão da Expoflora, em Holambra (SP), devido à abertura do Mundial de Futebol da FIFA em junho. Considerada a maior mostra de horticultura da América Latina, a 21ª edição traz um mix ainda maior de expositores.

Embrapa inaugura terceiro maior banco genético do mundoll Um moderno prédio de mais de dois mil metros quadrados divididos em dois pavimentos abrigará uma das maiores coleções mundiais de recursos genéticos e será a tercei-ra maior instalação do mundo des-se gênero em capacidade de arma-zenamento. Inaugurado em abril, o novo Banco Genético da Embrapa deu início às comemorações dos 41 anos da instituição.

Conab estima produção de safra de café em 44,57 milhões de sacasll A segunda estimativa para a produção da safra cafeeira (espé-cies arábica e robusta) em 2014, in-dica que o país deverá colher 44,57 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado. A previsão é da Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab). Com este resultado nesta nova safra, quebra-se a ten-dência de crescimento da produ-ção, observada desde 2005.

ll Aproveitando a comemoração do Ano Internacional da Agricultu-ra Familiar, a ministra do Meio Am-biente, Izabella Teixeira, assinou no dia 14 dez convênios para ações de educação ambiental a peque-nos produtores rurais. Ao todo, serão beneficiadas 4.210 famílias de todas as regiões do pa-íseserãoinvestidoscercadeR$13 milhões.

Prefeitura suspende Feira de Orgânicos do Ibirapuera

Assinados convênios de educação para agricultura familiar

NATURAL ARMAZENAMENTO HORTICULTURA MEIO AMBIENTE CAFEICULTURA

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24 Maio de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br