jornal entreposto | agosto de 2014

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Agosto de 2014 ANO 15 - Nº 171 Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva MERCADO Marketing rural fomenta comércio de hortifruti Pág 23 /JornalEntreposto Págs 9 a 13 Pág 8 Pág 14 Pág 20 PANORAMA O papel do agricultor na visão dos consumidores Pág 11 a 19 CEASAS Pesquisa revela dados sobre a CeasaMinas Consumo crescente de abacate assegura mercado promissor Com uma produção mundial na casa de 4 milhões de toneladas, a abacaticultura vem se desenvolvendo por todo o mundo por apresentar baixo risco comercial e o mercado caracterizado pelo consumo em expansão. JONAS OCTÁVIO

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Um jornal a serviço do agronegócio.

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Page 1: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Agosto de 2014 ANO 15 - Nº 171

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

MERCADO

Marketing rural fomentacomércio de hortifruti

Pág 23 /JornalEntreposto

Págs 9 a 13

Pág 8Pág 14 Pág 20

PANORAMA

O papel do agricultor na visão dos consumidores

Pág 11 a 19

CEASAS

Pesquisa revela dados sobre a CeasaMinas

Consumo crescente de abacate assegura mercado promissor

Com uma produção mundial na casa de 4 milhões de toneladas, a abacaticultura vem se desenvolvendo por todo o mundo por apresentar baixo risco comercial e o mercado caracterizado pelo consumo em expansão.

JONAS OCTÁVIO

Page 2: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

2 Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

29/AGO

O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do

mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente

identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples,

objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas,

proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e procura.

O ANUÁRIO ENTREPOSTO VAI COLOCAR

SUA EMPRESA ENTRE AS MELHORES

E AS MAIS LEMBRADAS DO MERCADO.

http://bit.ly/1pahK6P

A PARTIRDE AGORAVOCÊ VAIVENDERMUITO .MAIS

ÚLTIMO PRAZO PARA ANUNCIAR

LIGUE AGORA: 11 3831.4875

Page 3: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

3Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

29/AGO

O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do

mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente

identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples,

objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas,

proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e procura.

O ANUÁRIO ENTREPOSTO VAI COLOCAR

SUA EMPRESA ENTRE AS MELHORES

E AS MAIS LEMBRADAS DO MERCADO.

http://bit.ly/1pahK6P

A PARTIRDE AGORAVOCÊ VAIVENDERMUITO .MAIS

ÚLTIMO PRAZO PARA ANUNCIAR

LIGUE AGORA: 11 3831.4875

Page 4: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

4 ÍNDICE Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

FRACA - Pouca oferta na comercia l i zação dos produtos no mercado. Tendência de a l ta nos preços .

REGULAR - Oferta equi l ibrada dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência os preços estáveis .FORTE - Boa oferta dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência de ba ixa nos preços .

FRUTASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MFE-A

MFE-B/C

HF’S

6h às 20h 6h às 21h 6h às 20h

6h às 21h 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

6h às 20h

VERDURASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MLP 6h às 21h 12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

ABÓBORASPavilhão 2ª à Sábado

MSC 8h às 20h

Pavilhão 2ª à 6ª feira Sábado

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS

6h às 17h6h às 20hBP’s

PESCADOSPavilhão 3ª à Sábado

Pátio da Sardinha 2h às 6h

Pavilhão 2ª à 5ª feira 3ª e 6ª feira

FLORES

5h às 10h30MLP

2h às 14hPraça da Batata

Pavilhão 2ª à 5ª feira 6ª feira Sábado

AP’s 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

LEGUMES

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

SAZONALIDADEFRACA REGULAR FORTE

Indicador de boa oferta dos produtos comercializadosno mercado. Tendência de baixa nos preços.

#12#12

#12

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo – Página 16Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro – Página 17Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014 – Página 18Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros – Página 19 Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic – Página 20

LEIA TAMBÉM...

#12

Diretora GeralSelma Rodrigues Tucunduva

Diretor ComercialJosé Felipe Gorinelli

Jornalista ResponsávelMaria Ângela Ramos

MTb 19.848

EdiçãoPaulo Fernando Costa /

Carolina de Scicco/Letícia Doriguelo Benetti /

Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /ArtesLetícia Doriguelo Benetti

Projeto GráficoPaulo Cesar Rodrigues

Web MasterMichelly Vasconcellos

ColaboradoresAnita Gutierrez e Manelão

Periodicidade: Mensal

Distribuição: Gratuita

RedaçãoAv. Dr. Gastão Vidigal, 1946

Edsed II - loja 14ACEP 05314-000

Tel.: 11 3831.4875

[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem,

necessariamente, o pensamento da direção deste

jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os

subscrevem.

#18

#17Romances

famosos disponíveis no Entreposto do

Livro

#19Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola

no mundo #16

Novas hortaliças e agricultura sustentável

na Hortitec 2014

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

#20

Galeria de Fotos Femetran

Mercedes-Benz aprimora

#11

#14

#14

#22Festa de Comemoração dos 100 Anos de Feira

Livre em São Paulo elege Miss

Oportunidades de leitura no

Entreposto do Livro

#23

LEIA TAMBÉM...

#5

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: (11) 3643-3945 - [email protected]

Departamento de Armazenagem: (11) 3832-0009 - [email protected]

Departamento de Entreposto da Capital:(11) 3643-3907 - [email protected]

Departamento de Entrepostos do Interior: (11) 3643-3950 - [email protected]

Centro de Qualidade Hortigranjeira: (11) 3643-3827 - [email protected]

Frigorífico de São Paulo (Pescado): (11) 3643-3854 / 3893 / 3953

Portaria do Pescado: (11) 3643-3925

Banco CEAGESP de Alimentos: (11) 3643-3832

CoNtAtos útEIs

Abag debate a necessidade de valorizar o protagonismo do setor

Bom manuseio garante abacates selecionados na Bonella

Dedicação no cultivo da Irmãos Orioli

Artigo: Tecnologia da informação

Page 5: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

5Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Abacate Avocado Hass Abacate

Avocado Fuerte

Abacate

Breda

Abacate

Fortuna

Abacate

Geada

Abacate

Margarida

Abacate

Quintal

Abacaxi

Pérola

Abacaxi

Havaí

Abóbora

Japonesa

Abóbora

Moranga

Abóbora

Paulista

Abóbora

Seca

Abobrinha

Brasileira

Abobrinha

Italiana

Acelga

Agrião

Alcachofra

Alecrim

Alface

Americana

Alface

Crespa

Alface

Lisa

Alface

Mimosa

Alface

Romana

Alho

Branco

Alho

Roxo

Alho-poró

Almeirão

Pão-de-açúcar

Almeirão

Ameixa

Ameixa

Estrangeira Americana

Ameixa

Estrangeira Espanhola

Ameixa

Estrangeira Argen�na

Ameixa

Estrangeira Chilena

Atemóia

Banana

Maçã

Banana

Nanica clima�zada

Banana

Ouro

Banana Prata - MG

Banana Prata -SP

Banana Terra

Batata Beneficiada lisa

Batata Beneficiada comum (lavada)

Batata Comum (escovada)

Batata-doce Amarela

Batata-doce Rosada

Berinjela Comum

Berinjela Conserva

Berinjela Japonesa

Beterraba

Beterraba c/folha

Brócolis Ninja

Brócolis

Caju

Capim-cidreira

Caqui Fuyu

Caqui Giombo

Caqui Kyoto

Caqui Rama Forte

Cará

Carambola

Catalonha

Cebola Cebola

Roxa

Cebolete

Cebolinha

Cenoura

Cenoura c/ folha

Chicória

Chuchu

Coco-seco

Coco-verde

Coentro

Couve

Couve-flor

Endro

Erva-doce

Ervilha

Torta

Escarola

Espinafre

Figo

Gengibre

Goiaba

Branca

Goiaba

Vermelha

Hortelã

Inhame

Jabu�caba

Jaca

Jiló

Redondo

Kiwi

Chileno

Kiwi

Nova Zelândia

Kiwi

Italiano

Kiwi

Laranja

Seleta

Laranja

Lima

Laranja

Pera

Laranja

Baia

Lichia

Limão

Tahi�

Louro

Maçã Nacional Fuji

Maçã Nacional Gala

Maçã Nacional Golden

Mamão Formosa

Mamão Havaí

Mandioca

Mandioquinha

Manga Haden

Manga Palmer

Manga Tommy Atkins

Manjericão

Manjerona

Maracujá Azedo

Maracujá Doce

Maxixe

Melancia Redonda

Melão Amarelo

Mexerica Rio

Milho-verde

Morango Camiño real

Morango

Mostarda

Nabo

Nectarina Estrangeira Americana

Produto Grupo Varietal Ago Set

Nectarina Estrangeira Espanhola

Nectarina

Nêspera

Orégano

Pepino Caipira

Pepino

Pepino Japonês

Pera Estrangeira Rocha

Pera Estrangeira Williams

Pêssego Estrangeiro Americano

Pêssego Estrangeiro Espanhol

Pêssego

Pimenta Cambuci

Pimenta Verde-americana

Pimenta Vermelha

Pimentão Amarelo

Pimentão Verde

Pimentão Vermelho

Fruta-do-conde

Pinhão

Quiabo

Rabanete

Repolho Roxo

Repolho Verde-liso

Rúcula

Salsa

Salsão Branco

Salsão Verde

Sálvia

Tangerina Cravo

Tangerina Murco�

Tangerina Ponkan

Tomate Maduro Longa Vida (Achatado)

Tomate Maduro Santa Cruz (Oblongo)

Tomate Maduro Italiano (Comprido) (Exc. Rast.)

Tomate Salada Longa Vida (Achatado)

Tomate Salada Santa Cruz (Oblongo)

Tomate Salada Italiano (Comprido) (Exc. Rast.)

Tomate Caqui

Tomate Cereja

Tomilho

Uva Benitaka

Uva Brasil

Uva Centenial

Uva Estrangeira Crinsson

Uva Itália

Uva Niagara

Uva Red Globe

Uva Estrangeira Red Globe

Uva Rubi

Uva Thompson

Vagem Macarrão-curta

Vagem Manteiga

Produto Grupo Varietal Ago Set

ÓTIMA OFERTA

OFERTA MÉDIA

OFERTA BAIXA

Produto Grupo Varietal Ago Set

(1)

(2)

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial

Nova regra de financia-mento de veículos para agricultoresllFinanciamentos de tratores, caminhões e caminhonetes de carga têm novas regras. A partir deste mês, agentes financeiros que operam com o Pronaf e que fazem financiamento de caminho-netes de carga deverão exigir dos agricultores a apresentação da nota fiscal do fabricante. Para tra-tores e caminhões os bancos po-dem aceitar tanto a nota fiscal das revendas quanto dos fabricantes.

Dow AgroSciences e SENAR realizam parceria em treinamentosllEntre os meses de agosto e setembro a Dow AgroSciences e o SENAR percorrerão 14 municí-pios de Goiás com treinamentos de Boas Práticas Agrícolas. O Senar/AR-GO possui três treina-mentos de Formação Profissional Rural relacionados com o Progra-ma de Aplicação Responsável: Aplicação de defensivos agrícolas por autopropelido, pulverizador costal e tratorizado de barras.

Ferramenta conecta caminhoneiro e cargallEmpresário do ramo de trans-porte de carga e logística, criou o TruckPad, aplicativo que conecta o caminhoneiro à carga. O programa é direcionado para os caminhoneiros autônomos, mas há na ferramenta funcionali-dades como o compartilhamento da localização do motorista com o cliente, família e amigos. O app é gratuito tanto para o caminho-neiro quanto para quem contrata o serviço.

IBM e Plusoft apresen-tam nova opção de CRM ao mercadollA IBM e a Plusoft fecharam uma parceria para oferecer às em-presas um novo produto chama-do “CRM in a Box”. O conceito é oferecer uma opção de CRM que mantenha o gerenciamento de toda a base de clientes em servi-dores locais, com hardware e ser-viços de instalação já integrados em um único pacote. A integração dos produtos das empresas é o grande diferencial da oferta.

Curitiba MotorShow acontece no Autódromo Internacional de CuritiballO maior parque de diversões a motor do Brasil chega a 3ª edi-ção nos dias 16 e 17 de agosto. O Curitiba MotorShow reúne inúme-ras atrações em um único evento, garantindo a diversão de toda a família. As novidades deste ano fi-cam por conta do Concurso Pinup Contest, Gincana de Clubes e da apresentação do JETCAR (veículo no estilo dragster, movido a turbina de avião – único no Brasil).

NotAs

tAbElA DE sAzoNAlIDADE

Page 6: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

6 ArtIgos Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llEstá acontecendo uma revolução no setor agrícola brasileiro. Aos pou-cos, produtores rurais de diferentes perfis quebram o isolamento – típi-co de comunidades separadas dos grandes centros por estradas precá-rias e sistemas de comunicação inefi-cientes – e entram no mundo digital.

Hoje, as tecnologias de informa-ção e comunicação estão inseridas nas atividades rurais como fator de competitividade. Os controles agro-nômicos, zootécnicos e administrati-vos utilizam os mais variados softwa-res. A comunicação entre os agentes da cadeia produtiva com o mercado, tanto para a comercialização de pro-dutos agrícolas, como para a capta-ção das necessidades dos consumi-dores e rastreamento de mercado-rias, passa, progressivamente, a uti-lizar o formato digital.

O sistema de produção agríco-la depende de recursos naturais, fi-nanceiros e humanos. Atualmente, a crescente conscientização da neces-sidade de conservação ambiental, a escassez de mão de obra disponível para o trabalho no campo, e os as-pectos financeiros impõem a raciona-lização da produção, com a redução de custos, estoques, desperdícios e a eficiência no acompanhamen-

É difícil imaginar como seria a vida sem toda essa tecnologiato e escoamento dos produtos agrí-colas. Tudo isso demanda tecnolo-gias inovadoras que possibilitem ga-nhos de produtividade e maior satis-fação do consumidor. Essa nova re-alidade exige dos agricultores, gran-des e pequenos, bem como de todos os agentes da cadeia produtiva, práti-cas gerenciais eficientes, onde é fun-damental estar atualizado.

A agricultura é uma das áreas que mais tem desfrutado das vanta-gens que a tecnologia engloba. Os resultados, ao que tudo indica, são os melhores possíveis. Quando se fala em tecnologias adequadas ao cam-po, é comum imaginar que todo esse aperfeiçoamento está investido ape-nas nos maquinários agrícolas, como tratores, colheitadeiras e plantadei-ras repletas de informatização. Cla-ro que boa parte da tecnologia apli-cada ao campo está realmente nes-tes maquinários, mas hoje é muito co-mum ver os produtores rurais inves-tindo em ferramentas com um tama-nho um pouco menor, mas que não deixam de ter uma contribuição fun-damental para o sucesso da lavoura.

E engana-se quem imagina que essas tecnologias fazem parte ape-nas da vida dos grandes produtores.

Olha o selfie aí...

Tecnologia da informação

Na última edição, abor-dei a importância de estabelecer metas, dentro da empresa.

Muito bem. Uma vez estabele-cidas, é hora de definir quem faz o quê, para que elas sejam cumpridas.

Há dois anos, perguntado sobre qual a melhor forma de um líder delegar à sua equipe, o em-presário Abílio Diniz (presiden-te do Conselho de Administra-ção da BR Foods, ex Grupo Pão de Açúcar) respondeu, de ma-neira muito apropriada, o seguin-te: escolha a pessoa certa, para a execução da tarefa; explique, detalhadamente, o teor da tare-fa; certifique-se de que a pes-soa compreendeu TUDO e tem o apoio e as ferramentas ade-quadas para realizá-la. Por fim, faça um acompanhamento leve e uma cobrança, no final.

Diniz ainda ressalta que a CONFIANÇA é um laço essen-cial entre o gestor e o seu cola-borador. Permita-lhe realizar a ta-refa sem muitas interferências.

ATENÇÃO, não é incomum encontrar colaboradores em

Delegação de tarefas Cerque-se das melhores pessoas que você

encontrar, delegue autoridade e não interfira enquanto a diretriz que você determinou esteja sendo cumprida.

Ronald Reagan (Ex-presidente dos Estados Unidos)

postos inadequados, dentro da empresa, onde são demanda-dos quase que, insistente e inu-tilmente, para a realização de tare-fas, que não estão capacitados a atender. Muitas o vezes temos um BOM colaborador mal alocado.

O líder deve ser capaz de de-tectar, em sua equipe, o funcio-nário mais habilidoso, para reali-zar esta ou aquela tarefa. Delegar para a pessoa errada pode cus-tar dinheiro, tempo, e o bom an-damento dos negócios.

Promova reuniões curtas e objetivas, com a equipe toda ou por setores; relacione todas as tarefas, determine quem as rea-lizará; dê-lhes todo o apoio, rea-lize controles esporádicos com o objetivo de promover os ajustes necessários, estabeleça prazos, avalie os resultados.

Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos [email protected]

Com ‘nuvem contínua’, empresas crescem sem comprometer estabilidade do sistema

Adriano FiladoroDiretor de tecnologia da Online Data Cloud, empresa de serviços com mais de 20 anos de atuação na indústria de Tecnologia da Informação

llO big data e a quantidade incalcu-lável de dados gerados e processa-dos em empresas do mundo todo le-vavam a maioria das pessoas a acre-ditar, até pouco tempo atrás, que seria praticamente impossível que as orga-nizações pudessem alcançar um nível satisfatório de estabilidade – podendo crescer sem comprometer a qualida-de dos serviços oferecidos, do acesso ao data center e aos relatórios de inte-ligência estratégica.

Mas essas mesmas empresas es-tão atingindo novos patamares em ter-mos de tecnologia da informação. Afi-nal, cada vez mais os negócios deman-dam agilidade e acesso seguro a re-des, servidores, bancos de dados, apli-cações etc. Com a ‘nuvem contínua’ (continuous cloud), isso tudo pode se transformar em realidade.

A principal meta da nuvem contí-nua, ou nuvem real, como alguns pre-ferem denominar, é viabilizar acesso rá-pido, ininterrupto e livre de complexi-dades ao data center. Com essa nova configuração tecnológica, as empre-sas podem redefinir suas metas e pro-gramar com mais propriedade o cres-cimento dos negócios. No mundo to-

do, a preocupação vem sendo contar com uma infraestrutura de TI que per-mita definir estratégias mais claras e coerentes em termos de continuidade, escalabilidade e adaptabilidade. Co-mo nos negócios você não pode pa-rar, sob risco de perder competitivida-de e mercado, essa solução vem ao en-contro de uma necessidade premente.

Todos esses avanços relaciona-dos à cloud computing estão intima-mente relacionados às mudanças pe-las quais as empresas estão passan-do nos últimos tempos. Não só muitas organizações estão aumentando sua representatividade em território nacio-nal e presença global, como também estão aumentando as possibilidades com que seus executivos acessam dados da base central, seja através de um home office, de um notebook acessado em trânsito, ou ainda de um smartphone. Esse processo precisa ser rápido e seguro.

Outro exemplo são as empresas

com possibilidade de vendas via inter-net. É preciso que todos os dados e aplicativos estejam totalmente integra-dos, a fim de não cometer erros e per-der clientes para a concorrência.

Vale ressaltar que ainda há mui-to estresse entre pessoas, processos, tecnologias, liderança, estruturas orga-nizacionais e estratégias nessas em-presas. Isto porque, apesar de os ne-gócios estarem prosperando e as em-presas aumentando de tamanho, ainda se conformam com uma infraestrutura de TI frágil e ineficiente. Nos merca-dos dinâmicos de hoje, esses fluxos não têm sido redesenhados e reim-plantados tão rapidamente como deveriam. A resposta da maioria das empresas ainda se baseia em méto-dos tradicionais de reengenharia – gerando mais descontentamento do que resultados positivos.

Quem decide dar um passo à fren-te em termos de recuperação de de-sastres, ou ainda de acesso seguro a redes, servidores, data centers, aplica-ções etc., tem de estar ao menos mi-nimamente interessado em conhecer melhor as vantagens da ‘nuvem contí-nua’, explorando a nuvem computacio-nal em toda sua grandeza.

Hoje há avanços que possibilitam que as aplicações da empresa este-jam ativas em múltiplos sites, prontas para serem liberadas automaticamente sempre que forem solicitadas.

Trata-se de um ganho imenso em termos de competitividade, permitin-do que uma empresa faça em pou-cos minutos o que suas concorren-tes provavelmente vão levar semanas para finalizar.

Page 7: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

7Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Page 8: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

8 PANorAMA Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Carolina de Scicco

Em 2013, o setor agrícola foi o que mais encaixou cidadãos no mercado de trabalho brasileiro. Cerca

de 30% dos empregos divulgados pelo governo eram ligados à ca-deia de produção e o agronegó-cio já representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) nacio-nal. Além disso, em 2014, o saldo líquido do setor, no comércio ex-terior brasileiro, deve atingir US$ 120 bilhões.

Especialistas afirmam que aos poucos o Brasil está supe-rando a hegemonia dos Estados Unidos e vai conquistar o título de maior potência mundial na agricultura nos próximos anos. Termos como agrossociedades, small farm e fazenda vertical (ver detalhes abaixo/ao lado) come-çam a ser discutidos. O agrone-gócio vai continuar a ser a mola propulsora da economia brasi-leira e os envolvidos se dedicam em promover a importância do setor para o futuro do país.

Instituições públicas e priva-das se empenham em extinguir o estereótipo do agricultor “cai-pira”, imagem criada pelos pró-prios brasileiros que inferioriza o trabalho no campo. Diversos es-tudos procuram entender qual é o papel do agricultor na visão dos próprios produtores rurais e para a sociedade.

Pesquisa realizada pela Asso-ciação Brasileira do Agronegó-cio (ABAG) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), aponta que 48% dos jovens urbanos brasileiros, na faixa dos 16 aos 24, afirmam não conhecer a atividade do agronegócio. Por outro lado, 81% da população das grandes capitais do país consideram a atividade agrícola muito impor-tante para a economia nacional.

Outro estudo, realizado Uni-dade de Proteção de Cultivos da Basf no primeiro semestre deste ano, indicou que 88,6% dos consumidores brasileiros afirmam que o “agricultor é um fornecedor de alimento”, 18% a mais que a pesquisa de 2011. Do ponto de vista do produtor, essa percepção saltou de 79% para 93%. “Embora tenhamos um cenário positivo, fica clara a necessidade de conscientizar a opinião pública sobre a realida-de e desafios dos agricultores. O comprometimento deles com

Nosso negócio é o agronegócioEnquanto o setor se prepara para fazer do Brasil o maior celeiro mundial, a sociedade começa a prestar mais atenção na atividade do produtor rural

a qualidade da produção é evi-dente e cabe à indústria orien-tá-los sobre novas tecnologias disponíveis”, assegura Francis-co Verza, vice-presidente da Unidade para o Brasil.

Lentamente a sociedade percebe que plantar é um ne-gócio que envolve tecnologia e especialização.

A moderna agricultura e os novos consumidores não acei-tam práticas que danificam o meio ambiente. Assim, impul-sionam a sustentabilidade no campo.

O grande desafio enfrentado pelo Brasil é avançar em pes-quisas científicas, aprofundar o conhecimento em tecnologia e gerar mais valor agregado a produção. Além disso, é preciso apoiar e qualificar os pequenos produtores, que formam a base da agricultura nacional.

BASF

PASONA O2

Para a Basf é preciso conscientizar a opinião pública sobre a realidade e desafios dos agricultores

Page 9: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

9Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

81%Da população das grandes capitais

do país consideram a atividade

agrícola muito importante para a

economia

VERTICAL FARM

O aumento da população mundial pressionou agricultores dos quatro cantos no planeta a explorarem outras formas de pro-dução que ocupassem menos espaço e fosse sustentável. Uma delas é a vertical farm, ou fazen-da vertical, em português: edifí-cios autossutentáveis capazes de produzir alimento dentro das metrópoles. A agricultura ver-tical e urbana ajuda a reduzir a pressão da oferta de alimentos e ao mesmo tempo muda a nossa abordagem em relação a produ-ção hortifrutícola.

A agência de empregos Pa-sona O2, por exemplo, implantou um projeto de agricultura urbana no prédio da empresa, localizada no centro financeiro de Tóquio, no Japão. Em nove andares são plan-tados todos os tipos de verduras e vegetais. O prédio funciona como um escritório normal e os próprios funcionários se revezam nos cuidados com as plantas. Ga-lhos e folhas brotam das janelas e podem ser apreciados da rua. Lâmpadas fluorescentes híbridas recriam a luz solar e sistemas computadorizados de irrigação garantem o controle da água e nutrientes. Por semana, são colhi-dos 250 pés de alface todos des-tinados ao refeitório da empresa. A atividade agrícola realizada pelos colaboradores estimulam a atividade em equipe, a comuni-cação e melhora o bem estar no ambiente de trabalho.

AGROSSOCIEDADES

Termo criado pelo professor José Luiz Tejon, do Núcleo de Agribusiness da ESPM para de-signar cidades onde os benefícios do agronegócio são aproveitados em todos os setores da socieda-de como educação, saúde e ren-da ao homem do campo. Nesses municípios, o Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) é superior à média nacional. Ribeirão Preto, em São Paulo, é uma dessas so-ciedades. Considerada a capita do agronegócio, é a maior produ-tora de álcool e açúcar do Brasil. Nos últimos anos, a cidade zerou o déficit de crianças de 4 e 5 anos nas escolas, implantou mais áreas verdes e construiu ciclofaixas e ciclovias.

SMALL FARM

Bastante difundido na Europa, o conceito de small farm parte do princípio de que o importante não é ter uma fazenda enorme, mas uma propriedade pequena de al-tíssima produtividade.

MUNDO

Em poucos anos o Brasil vai superar a hegemonia dos EUA e será o grande celeiro mundial, afirmam especialistas

zoom

30% dos empregos divulgados pelo governo em 2013 eram ligados ao agronegócio

22% é a fatia do setor no Produto Interno Bruto (PIB) nacional

88,6% dos consumidores brasileiros entendem que o “agricultor é um fornecedor de alimento”

Estatísticas revelam a importância do agronegócio para a sociedade brasileira

PANorAMA

llA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai dis-ponibilizar em seu site, para o pú-blico em geral, a partir do próximo mês, informações mensais sobre volume, preço e origem das frutas e hortaliças comercializadas nas Ceasas que atendem as regiões do Centro-Sul do país.

Qualquer pessoa poderá sa-ber, por exemplo, de onde vem a batata ou outro produto horti-granjeiro que costuma adquirir para sua mesa, por meio do ace-so ao link do Prohort (www.cea-sa.gov.br).

Com estes dados, donos de restaurantes e gestores de hotéis ou de hospitais poderão escolher o produto de melhor preço e quali-dade ou substituí-lo por um similar no período de entressafra ou nas intempéries. É uma forma de ajuda bem-vinda para o setor de consu-mo atacadista de hortigranjeiros, garantem os técnicos.

A metodologia poderá, tam-bém, servir de base para análises econômicas de áreas especiali-zadas do governo federal, contri-buindo para a definição das polí-ticas públicas do setor, uma das missões da Companhia.

Boas Práticas

Outra novidade no encontro será o lançamento do Guia de Bo-as Práticas de Comercialização, uma iniciativa da gerência que cui-da de hortigranjeiros na Conab. Será um instrumento de trabalho para orientar os gestores das Ce-asas na prática diária com manu-seio e descarte de produtos horti-granjeiros, o tratamento de resídu-os entre outras questões.

Será útil sobretudo para evi-tar desperdícios, uma prática que, segundo os técnicos, ocorre mui-to menos nos boxes de comercia-lização das centrais, com perda de até 2%, do que no campo, no transporte e nos lares, no manu-seio das próprias donas de casa, quando chega a atingir até 12% de descarte.

Site reúne informações sobre o mercado de frutas e verduras

Dados ajudam compradores a administrar entressafras ou períodos de oferta baixa ocasionados por adversidades climáticas

PASONA O2

PASONA O2

Page 10: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

10 NotÍCIAs Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llReforçar a necessidade de o agronegócio ser valorizado como protagonista do crescimento eco-nômico brasileiro. Esse foi o tom predominante no 13º Congresso da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, - realizado no dia 4 de agosto, em São Paulo.

O evento contou com a pre-sença de várias autoridades fede-rais e estaduais, além das princi-pais lideranças do setor. Em seu discurso de abertura, o presiden-te da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho salientou a necessidade de se fazer alterações na priorida-de dada pelo governo ao agrone-gócio nos últimos anos. Segundo ele, a partir de 2007 começou a

haver uma forte relação entre os preços do petróleo e dos alimen-tos. “O impacto em um gera, em cadeia, impactos significativos nos demais, forçando mudanças essenciais no Brasil, um país que tem no agronegócio as bases de seu desenvolvimento e que deve-rá ter neste setor uma plataforma de importância geopolítica glo-bal”, disse Carvalho. Para tanto, ele salienta que é necessário que seja dada a prioridade que o se-tor necessita e merece.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, por sua vez, enfatizou os esforços da pasta para dar su-porte ao produtor rural brasileiro.

“Tanto no aumento da liberação de crédito a juros reduzidos, quanto no encaminhamento das questões ligadas a seguro rural e a modernização da infraestrutu-ra, nós temos procurado alinhar as ações do ministério com as necessidades levada pelas di-versas lideranças do setor”, afir-mou Geller.

Após a abertura, o economis-ta Samuel Pessoa fez a palestra no painel Agronegócio Brasilei-ro: Valorização e Protagonismo, na qual enfatizou que a urgência em termos de reforma no Brasil hoje é a de uma substancial alte-ração na área tributária que con-temple uma redução dos custos

das empresas com a adequação ao complexo sistema tributário. “Penso que, do ponto de vista econômico, uma diminuição nos custos da conformidade tributá-ria teria o mesmo efeito positivo sobre a economia brasileira que teve o Plano Real sobre a infla-ção”, disse o economista.

O painel foi coordenado pelo deputado federal Luis Car-los Heinze, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. No painel seguinte, Agronegócios e as Novas Mídias, que foi coor-denado pelo jornalista Heródo-to Barbeiro, o jornalista Rodrigo Mesquita fez um apanhado do papel que as formas de comuni-

cação exercem no agronegócio. A seu ver, “se as lideranças do agronegócio não se colocar nas várias plataformas das novas mí-dias (Facebook, Twitter, Linkedin e outros) abrirá espaço para que os segmentos que são contrá-rios à atividade agrícola ocupem o espaço, causando enormes prejuízos para o setor”, afirmou Mesquita.

Participaram, como deba-tedores do painel, a professo-ra Elizabeth Saad Corrêa, da Universidade de São Paulo, e o engenheiro Demi Getschko, professor da PUC-SP e primeiro brasileiro a fazer parte do Hall da Fama da Internet.

13º Congresso da AbagAssociação debate a necessidade de valorizar o protagonismo do setor

Cadeia do frio: um mercado carente de incentivos, legislações e informaçõesRoberto Hira ** Executivo de Contas da Thermo King do Brasil, líder global em equipamentos para refrigeração no setor de transportes

llO termo “cadeia do frio” é co-mum entre profissionais do setor de refrigeração e mercados adja-centes. Porém, ainda há muita falta de informação, incentivos e legisla-ções que a norteiem. Para esclare-cer, cadeia do frio é o controle de temperatura em todo processo de um produto: desde o momento em que o alimento é colhido, o boi aba-tido ou o sorvete processado até o momento em que é consumido. Também se aplica em outras indús-trias, como medicamentos e insu-mos que necessitam de controle de temperatura.

Apesar da importância deste controle de temperatura para a vi-

da humana, o tema merece maior destaque entre governantes e mui-tos elos da cadeia, além de ser um enigma para os consumidores. De acordo com os registros da Anfir (Associação Nacional dos Fabri-cantes de Implementos Rodoviá-rios) em 2013, em torno de 3% de caminhões pesados e 5% de cami-nhões leves e médios, contam com equipamento de refrigeração. Em países cujo incentivo é maior, como a Espanha, esse número pode che-gar a 30%.

O assunto, que deveria ser claro para a população gera dúvidas até para pessoas do setor. Um exemplo típico: muitos entendem que o ca-minhão frigorífico serve para baixar a temperatura do produto, quando na verdade ele é projetado somen-te para manter a temperatura da car-ga, seja ela fria ou quente. O proble-ma da carga não chegar ao destino

com a temperatura correta pode ter se iniciado justamente devido à tem-peratura do produto no início do car-regamento.

E não há nenhum regulamen-to para o setor, mas sim normas. A ABNT NBR 14.701 explica as res-ponsabilidades de cada parte en-volvida na operação. Porém, existe há mais de dez anos e uma atualiza-ção já se faz necessária, visto que se trata de um setor em constante evo-lução. Empresas de toda a cadeia sentem necessidade de legislação e um órgão com autonomia para au-ditar e autuar havendo assim maior padronização, o que ajudaria a dife-renciar as empresas mais preocupa-das com a cadeia do frio.

Para que todo o processo seja feito da forma correta, alguns itens se tornam necessários: o caminhão deve ser dimensionado para acon-dicionar a carga na temperatura re-

querida; o transportador deve seguir as boas práticas, como a utilização de cortinas plásticas e check list de viagem antes do carregamento.

A infraestrutura também preci-sa ser pensada. Nossos caminho-neiros sofrem diariamente com a fal-ta de locais para descanso, pois as estradas não têm pontos dedicados à pernoite, menos ainda pontos que considerem deixar as unidades de refrigeração ligadas durante a noite sem perturbar o sono dos motoris-tas. O cenário ideal seria uma área reservada aos veículos com equipa-mentos de refrigeração, como acon-tece em algumas paradas nos Esta-dos Unidos, além de melhorias em estrada, tempo de espera em fron-teiras e outros itens que diminuem o custo, estimulando o investimento dos transportadores e melhorando a qualidade do sono dos motoristas.

Infelizmente o mercado, que se

move a passos lentos, só vai mudar quando toda a indústria, nossos go-vernantes e órgãos públicos direcio-narem a atenção devida ao trans-porte refrigerado. É de suma impor-tância levantarmos a bandeira da re-frigeração buscando melhorias ope-racionais para resultar em alimentos mais saudáveis e de melhor qualida-de em casa e menor desperdício de carga na indústria (de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos vai ao lixo por ano). Está mais do que na hora da indústrias alimentícia, far-macêutica, floriculturista, hortifrúti e muitas outras se articularem pa-ra buscar a excelência no transpor-te e também procurar conscientizar nossos consumidores para que eles saibam exigir as melhores práticas das empresas e, assim, haja um re-flexo na qualidade de vida de todos.

Page 11: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

11Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br AbACAtE

llOriginário da América tropi-cal, de regiões colonizadas pelos espanhóis (México, Guatemala e Antilhas), o abacate se espalhou até a América do Sul chegando à Amazônia, podendo ser encon-trado por todas as regiões do globo que possuem solos férteis e onde haja calor que lhe seja suficiente. Produtores e expor-tadores de abacate distribuem--se entre os vários países da África e das Américas do Sul e Central, além de Israel, Espanha e Estados Unidos, na região da Califórnia.

O abacate foi introduzido no Brasil como espécie cultivável apenas no início do século XIX e, atualmente, encontra-se à venda nas feiras livres e supermerca-dos ao longo de quase todo o ano. O Brasil exporta menos do que poderia porque – pura ironia! – seu abacate, grande e bonito, é estranho aos consumi-dores europeus, acostumados a frutos de dimensões menores.

De sabor suave e gosto bom, nem doce e nem amargo, o aba-cate é fruto macio, generoso e

carnudo. Apesar de existirem distintas variedades cultivadas, que apresentam grandes varia-ções na forma, tamanho, peso e coloração dos frutos, com di-ferentes tipos de polpa, fibras, caroço e casca, no Brasil, o fruto do abacateiro sempre foi um só: simplesmente abacate.

O nome pelo qual essa fruta ficou conhecida pode ser uma derivação da palavra maia ahua-cacuahuitl ou da palavra asteca ahuacatl, ambas sonoramente transformadas em abogado ou aguacate em espanhol e abacate em português.

Alguns dizem que a palavra maia significava “fruto que tem a forma de um testículo ou saco”, de onde se inferiu que o abacate teria propriedades afrodisíacas.

Outros dizem que a palavra asteca significava “manteiga que vem da madeira”, em uma des-crição precisa das propriedades sensíveis da fruta.

De fato, sua polpa cremo-sa, verde-amarelada ou amare-la quase branca, assemelha-se bastante a um creme aman-

teigado, sendo basicamente constituído por ácidos graxos não-saturados e concentrando apenas 70% de água em sua composição, o que é pouco em comparação com a maioria das frutas existentes.

O abacateiro é uma das mais valiosas fruteiras existentes jus-tamente por conter considerá-veis porcentagens de gorduras, carboidratos e proteínas, além de um largo espectro de vitami-nas.

Fruta completa, o abacate é incomparável fonte energética e tem alto valor alimentício com baixos índices de colesterol, o que, ao contrário do que se acre-ditava no passado, faz com que seja de fácil digestão e nenhum malefício.

Por suas qualidades e por sua extrema suavidade ao pala-dar, o abacate é uma das frutas mais versáteis existentes, fonte de inspiração para incontáveis e variadas receitas. Pelo sabor indefinido de sua polpa pouco açucarada, o abacate pode ser consumido como iguaria doce

ou salgada, de acordo com os hábitos e a cultura dos povos das regiões em que é cultivado, muitas vezes chocando e hor-rorizando uns e outros. Para al-guns brasileiros, por exemplo, o abacate consumido como salada “parece que deve ser intragável”.

Esta observação de desgos-to explica-se: no Brasil, a fruta in natura costuma ser consumida apenas em suas variações do-ces, em sobremesas ou lanches. A polpa do abacate em peda-ços, amassada ou em creme, pode ser misturada com açúcar ou mel, acrescida ou não de go-tas de limão; pode também ser batida com leite ou com o suco de outras frutas, e bebida como “vitamina”.

É na Europa, na América Central e no México que o aba-cate é mais utilizado como in-grediente próprio para saladas: também In natura, em pedaços ou em crome, misturado com verduras, tomates, cebolas, er-vas aromáticas e temperado com maionese, azeite, sal, pimenta e outras especiarias, o abacate é

servido como acompanhamento para torradas, pães e pratos sal-gados.

Na Guatemala, em Porto Rico, no México e na Colômbia, é costume incrementar as sopas com grossas fatias da fruta. Em alguns lugares do Caribe, co-me-se o abacate com vinho do Porto ou Madeira, com suco de laranja e de limão. Em países da América Latina, prepara-se o fa-moso guacamole acompanhado de tortillas de milho.

AbACAtE

zoom

sigNificaDO

O nome pelo qual essa fruta ficou conhe-cida pode ser uma derivação da palavra maia ahuacacuahuitl ou da palavra asteca ahuacatl, ambas sonoramente transforma-das em abogado ou aguacate em espanhol e abacate em português.

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12 AbACAtE Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llO abacate é um fruto tropical muito nutritivo, rico em calorias provenientes sobretudo da gor-dura que contém. Grande par-te desta é monoinsaturada, ou seja, ajuda a diminuir os níveis de colesterol no sangue.

É ainda um alimento rico em vi-tamina E, B6 e em potássio.

É um fruto, mas também é habitual ser referido como um legume, uma vez que é muito utilizado em pratos salgados.

Apresenta uma textura macia e um sabor suave, e pode ser utili-zado para fazer molhos ou sopas frias; cortado em fatias ou cubos e adicionado em saladas; pode também ser cortado ao meio, no sentido longitudinal, e servido

com casca, como sobremesa.

O abacate, ou pêra abacate como também é designado, é um fruto muito calórico (100 g de abacate fornecem cerca de 190 calorias), que apresenta também

uma enorme riqueza em nutrien-tes, muito diferente de alimentos que possuem apenas calorias vazias (calorias provenientes so-bretudo de um nutriente, o açú-car ou a gordura, e sem vitaminas nem minerais).

O seu elevado teor calórico provém principalmente das gor-duras que são, em grande parte monoinsaturadas (12%) e algu-mas poliinsaturadas (2%).

O seu conteúdo em gordura monoinsaturada (principalmente ácido oleico, como o azeite) e vitamina E, torna-o num alimento com poderosa ação antioxidante. Esta propriedade protege contra o cancro e doenças cardiovas-culares.

A vitamina E tem capacidade de proteger o colesterol das LDL (mau colesterol), impedindo a sua oxidação pelos radicais livres de oxigénio. Desta forma reduz os riscos de problemas cardio-vasculares.

Esta vitamina desempenha ainda um papel importante na contagem e mobilidade dos es-permatozóides. O aumento da ingestão de alimentos ricos em vitamina E pode melhorar a fertili-dade nos homens.

Estudos recentes revelaram que dietas ricas em vitamina E podem oferecer proteção conta a doença de Parkinson, apesar de serem necessárias investigações mais conclusivas.

O abacate é também rico em potássio, mineral importante na regulação da tensão arterial. A carência de potássio pode levar a depressão, confusão mental e problemas musculares.

É igualmente uma boa fonte de vitamina B6, importante para aliviar as mudanças bruscas de temperamento das mulheres com problemas de tensão pré--menstrual.

A polpa e a gordura do aba-cate são também empregues em cuidados de beleza, no tratamen-to da pele, fama que advém da sua riqueza em vitaminas E e A.

Pensa-se que alguns dos seus componentes químicos estimulam a produção de cola-génio, que ajuda a suavizar as rugas, conferindo à pele um as-pecto fresco e saudável.

As propriedades do abacate são excelentes para a pele, quer ele seja esmagado e usado como máscara facial, quer seja comido.

PANORAMA MUNDIAL DO ABACATE

Fonte: FAO Crédito: Cen�ro de ��alidade e� �or�c�l��ra da CEAGESP - Colaboração especial – Idalina Lopes Rocha

O comércio internacional cresceu muito - de 2.088 toneladas em 1961 para 903.016 toneladas em 2010, quando representou 23% da produção mundial. Nos últimos anos o crescimento continua grande – mais do que dobrou entre 2000 e 2010.

A produção mundial de abacate cresceu 19% entre 2006 e 2012, quando chegou a 4 milhões de toneladas.

4 países exportam abacate e 10 responderam por 90% do volume de exportação em 2010.

Próximos10 países

do rankingOutros

Abacate possui propriedades excelentes para cuidar da saúde

Page 13: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

13Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Evolução da produção de abacate no Estado de São Paulo

Ano

Pés produção

Toneladas

Renovação

Kg/pé

1983

963.712

100.399

23

104

1993

771.617

82.021

17

106

2003

497.403

67.054

12

135

2013

591.494

94.294

12

159

A evolução do volume de produção de abacate registrada pelo IBGE mostra uma queda acentuada de produção entre 2000, com 344.853 toneladas e 2001, com 154.224 toneladas.

344.538 t

154.224 t

-44,5%

2000 2001

2.153estabelecimentos, distribuídos em 26 estados e o Distrito Federal

61%

Maior concentraçãodos estabelecimentosestá entre São Paulo, Amazonas, Paraná e Bahia

A produção brasileira foi de 474.538 toneladas em 1990 para 344.583 toneladas em 2000 e para 159.903 toneladas em 2012. O IBGE registrou 19 estados produtores de abacate em 2012, com grande concentração de produção em São Paulo (52%), Minas Gerais (23%) e Paraná (10%).

A área colhida diminuiu, mas não apresentou a mesma variação brusca da produção. Foi de 17.671 hectares em 1990, para 12.483 em 2000, 12.007 em 2001 e 9.615 hectares em 2012. O IBGE registrou em 2012 – 4192 hectares de abacate em São Paulo, 2309 hectares em Minas Gerais e 922 hectares no Paraná.

Os dados do IEA – Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo mostram uma diminuição de 58% no número de pés em produção, um crescimento de 52% na produtividade, uma queda na produção de 6%, uma queda e manutenção na taxa de renovação. Houve um crescimento grande da produção entre 2008 e 2013 de 40%.

O IEA registrou produção de abacate em 33 regiões agrícolas paulistas em 2013. As regiões de produção mudaram ao longo dos anos. Limeira, Bauru, Ribeirão Preto e São João da Boa Vista foram os maiores produtores em 1983. A produção da região de São João vem crescendo e a de Ourinhos cresceu muito nos últimos anos. A produção das outras regiões vem diminuindo, conforme pode ser visto no gráfico. Seis regiões concentram 69% da produção.

Os dados do POF do IBGE mostram uma evolução do consumo per capita de abacate de 275 gramas em 2002 para 301 gramas em 2008. No mesmo período o consumo per capita de frutas foi de 24 kg para 29 kg per capita. O abacate representou em torno de 1% do consumo de frutas nos dois anos. O consumo de frutas e de abacate cresce com a renda per capita. Na classe de renda de até R$830,00 o consumo de fruta, em 2008, foi de 14 kg e o de abacate 130 gramas de abacate per

capita por ano. Na classe de renda superior a R$ 6.225,00 o consumo de frutas foi de 59 kg (três vezes maior) e o de abacate 620 gramas (quase cinco vezes maior).

Os mexicanos consomem 9 kg per capita de abacate, os americanos 2 kg e os brasileiros 0,301 kg. Os produtores americanos acreditam que podem igualar o consumo dos americanos ao dos mexicanos.

PRODUÇÃO ÁREA RESULTADO

0

5

10

15

20

Ourinhos São João da Boa Vista

Ribeirão Preto

Mogi-Mirim Limeira Bauru

1983 1993 2003 2013

Evolução da participação % da produção de abacate nas maiores regiões produtoras em 2013

Fonte: IEA/IBGE Crédito: Cen�ro de ��alidade e� �or�c�l��ra da CEAGESP - Colaboração especial – Idalina Lopes Rocha

PANORAMA DO ABACATE NO BRASIL

1990 2012

474.538 t

159.903 t

llEmbora nativo da América Central, o abacateiro adequou--se muito bem ao Brasil, é muito cultivada por toda parte, tanto pelo fruto saboroso, de grande valor nutritivo, quanto pelas fo-lhas com propriedades diuréti-cas, além de conter 20 a 25% de óleo usado em perfumaria, tem diversas aplicações medici-nais, além de usos culinários e cosméticos.

É um fruto bastante rico em substância gordurosa, encon-trada na polpa – com alta taxa de gordura, sendo muito rico em calorias, o que torna contra--indicado para regimes de ema-grecimento ou de manutenção de peso, é inimigo das dietas de emagrecimento.

No entanto, como sua gor-dura é fácil de assimilar pelo or-ganismo, pode constar da dieta de quem tem problemas digesti-vos. Além disso, contém vitami-nas A e do complexo B e alguns sais minerais como ferro, cálcio e fósforo.

Os melhores abacates são os mais pesados e firmes, tem polpa macia e gordurosa, com sabor característico e delicado (antes de ficar maduro, ele tem polpa dura e esbranquiçada). Algumas vezes, tem manchas de cor marrom-clara na casca, mas esse é um defeito apenas super-ficial que não afeta a qualidade do fruto.

Para saber se estão no pon-to, é só fazer uma ligeira pressão com os dedos: os de casca fina cedem logo, os de casca mais grossa oferecem um pouco mais de resistência.

Os abacates duros ou bem firmes, embora possam ter todas as características de boa quali-dade, não estão prontos para o consumo imediato, devendo ser amadurecidos.

O abacate deve ser guarda-do em lugar fresco e arejado. Quando ainda verde, não con-vém colocá-lo na geladeira, pois o frio interrompe o processo de maturação. Depois de descas-cado, deve ser imediatamente consumido, porque, em contato com o ar, a polpa escurece.

Para evitar o escurecimen-to imediato da polpa, passe um pouco de limão na superfície do fruto. Como o abacate maduro é muito sensível, amassando-se com muita facilidade, deve evi-tar-se que fiquem empilhados na fruteira ou no recipiente no qual são guardados.

Para cortar e limpar o abaca-te, lave-o bem sob água corrente e enxugue.

Corte-o ao meio, no sentido do comprimento, torça delicada-mente as duas metades para se-pará-los e, com a ponta de uma

faca, retire o caroço. Dependen-do do uso, corte-o em fatias e descasque.

No Brasil, o abacate é con-sumido ao natural com açúcar, como sobremesa. No entanto, em

outros países é mais apreciado em saladas, bem temperado com vinagre, pimenta e maionese.

Em pratos doces, o abacate combina muito bem com limão, leite, creme de leite e leite con-

densado, na preparação de sor-vetes, cremes, mouses e bebidas.

Em pratos salgados, vai bem com camarão e lagosta, em sa-ladas ou acompanhando pratos fortes.

Hábitos e modo de consumo deixam a fruta mais saborosa e nutritiva

AbACAtE

Page 14: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

14 AbACAtE Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Dano por praga Defeito de casca grave

Queimado de sol grave

Ferimento

Passado

Defeitos proibidos

Padrão mínimo de qualidade e tamanho

Podridão

Equivalência de tamanho Na coluna ´´Medida e Valoração´´, a cor verde mais escura é do produto de preço mais alto. Quanto mais claro o verde menor o preço.

*Número de frutos na primeira camada da caixa k.

Escola Superior de Agricultura"Luiz de Queiroz"Universidade de São Paulo

Grupo varietal Cotação CEAGESP Mercado atacadista Medida e valoração Unidade de medida

BredaMaior *Boca 10 Maior que 600

Peso em grama

Comum *Boca 12 400 a 600

Menor *Boca 16 Menor que 400

FortunaMaior *Boca 8 Maior que 1000

Comum *Boca 10 600 a 1000

Menor *Boca 12 Menor que 600

QuintalMaior *Boca 8 Maior que 1000

Comum *Boca 10 700 a 1000

Menor *Boca 12 Menor que 700

MargaridaMaior *Boca 8 Maior que 1000

Comum *Boca 10 600 a 1000

Menor *Boca 12 Menor que 600

AvocadoA Fuerte Menor que 100

A Hass Maior que 100

GeadaMaior *Boca 10 Maior que 550

Comum *Boca 12 450 a 550

Menor *Boca 16 Menor que 450

Abacate LouroCanela

Ilust

raçõ

es:

Be

rto

ldo

Bo

rge

s F

ilho

O que o abacate, a canela e o louro tem em comum, é que os três pertencem à mesma família botânica, que é a das Lauráceas.

Principais lauráceas comercializadas na Ceagesp

Produto

Abacate

Canela

Louro

Nome Científico

Persea americana

Cinnamomun zeylanicum

Laurus Nobilis

Consumo

Fruta

Condimento

Condimento

DICAS CULINÁRIASllPara saber quanto comprar, calcule que 3 abacates são su-ficientes para fazer um creme para 6 pessoas.

llSe o abacate ainda estiver verde, deixe-o enterrado em farinha de trigo que logo ficará maduro.

llPara que o creme de abacate não escureça, depois de pronto coloque-o num prato fundo e ponha o caroço da fruta, sem lavar, bem no meio do prato e guarde na geladeira até o mo-mento de servir.

llPara pratos salgados, só use abacates bem maduros. Caso contrário, ficarão muito amar-gos, dando sabor desagradável.

llPara que o abacate cortado não escureça, passe uma ca-mada fina de manteiga na parte cortada.

llQuando for usar só uma me-tade do abacate, deixe a outra metade com o caroço. Isto evita que se deteriore com rapidez.

llPara conservar abacate ma-duro, envolva-o com um pano úmido e coloque na geladeira. Quando o pano secar, volte a umedecer.

llO abacate é indispensável numa boa vitamina.

llQuando for comprar prefira os abacates grandes, com ca-roço preso, casca verde-clara e sem manchas.

llO creme de abacate feito com açúcar e um pouco de lei-te, fica melhor quando misturado com pedacinhos de amendoim torrado, salgado e sem casca. Também fica ótimo com casta-nha de caju.

cUriOsiDaDes

Algumas tribos da Amazônia usam os brotos do abacateiro para combater doenças dos pulmões.

Nas Antilhas o abacate é considerado um afrodisíaco.

O abacate era antigamente chamado de “pêra-de-advogado”.

O frio é um dos principais inimigos do abacateiro.

zoom

Page 15: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

15AbACAtEAgosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

PRINCIPAIS VARIEDADES DE ABACATE COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Fortuna Hass FuerteBreda Quintal

GeadaFucks Margarida Ouro-Verde

MORFOLOGIA

Pedúnculo

Pedicelo

Casca

Mesocarpo(polpa)

Caroço

Cavidadedo caroço

Espaço livreda cavidade

do caroçoNervurasda casca

Base de inserçãodo pedúnculo

Ápice

Base

Base de inserçãodo pedicelo

Ilust

raçõ

es:

Bert

old

o B

org

es

Filh

o

Variedades

Fucks

Geada

Margarida

Ouro-Verde

Breda

Fortuna

Quintal

Hass

Fuerte

Formato

Piriforme

Piriforme

Esferóide

Elíptico

Elíptico

Piriforme

Piriforme

Piriforme

Piriforme

Coloração da casca

Verde

Verde

Verde

Verde-escura

verde

Verde

Verde

Roxa

Verde

Textura da casca

Lisa

Lisa

Rugosa

Levemente rugosa

Lisa

Rugosidade média

Rugosidade média

Muita rugosidade

Muita rogosidade

Espessura da casca

Fina

Fina

Grossa

Média

Fina

Média

Média

Grossa

Grossa

Coloração da polpa

Amarela

Amarela

Verde-clara

Amarela

Amarela

Amarela

Amarela

Amarela

Amarela

Textura da polpa

Com fibras

Com poucas fibras

Sem fibras

Sem fibras

Sem fibras

Sem fibras

Sem fibras

Sem fibras

Sem fibras

llAntes de cortar e limpar o abacate, lave-o bem sob água corrente. Corte-o ao meio, no sentido do comprimento, torça delicadamente as duas metades para separá-las da casca. Com a ponta de uma faca, remova o caroço. Corte a polpa em fatias ou amasse, conforme a forma que pretenda usá-lo.

llDepois de remover a casca, o abacate deve ser imediata-mente consumido, porque, em contato com o ar, a polpa es-

curece. Para evitar o seu escu-recimento imediato, passe um pouco de limão na superfície do fruto.

llEm pratos salgados, vai bem com camarão e lagosta, em sa-ladas ou acompanhando pratos fortes, mas, atenção: use a fruta bem madura, para evitar que fi-que amargo.

llEm pratos doces, combina muito bem com limão, leite, creme de leite e leite conden-

sado, na preparação de sorve-tes, cremes, musses e bebidas diversas. É muito comum também comer a polpa do abacate com açúcar, devido ao seu sabor não muito doce. Porém, como temos dito em várias oportunidades, devemos evitar o açúcar refinado, poden-do substituí-lo pelos sucedâne-os: mel, melado, açúcar masca-vo ou demerara, etc., caso não consiga mesmo comê-lo ao na-tural, o que é ideal.

llExperimente usar somente o sumo do limão para tempe-rar e verá como combina bem, tornando a fruta deliciosa, além, claro, de diminuir um pouco os efeitos do seu alto teor calórico. É tudo uma questão de habituar o paladar, com evidentes vanta-gens imediatas.

ll Saladas: É muito usado desta maneira, principalmente na Europa e nos demais países de origem. O abacate é acres-centado aos demais ingredien-

tes tradicionais, tais como: ver-duras, ervas aromáticas, além de outros temperos (azeite, pi-menta, etc.).

ll Pasta: Depois de liquidifi-cado e temperado, é usado em torradas e pães, com bastante sucesso.

ll Sopa: Em alguns países, são colocados alguns pedaços da fruta junto com os outros in-gredientes, tais como legumes, cereais, hortaliças, etc.

DICAS PARA CONSUMIR

Page 16: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

16 Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.brAbACAtE

llAs atividades da produtora e atacadista L.A. Ferretti come-çaram há aproximadamente 30 anos, com o cultivo de abacate e limão e comercialização no Mer-cado Municipal de São Paulo. Muito popular na Ceagesp, a em-presa concentra a maior parte da produção no interior de São Pau-lo, nas regiões de Mogi Mirim e Santo Antônio de Posse – onde está localizada, também, a matriz beneficiadora da empresa. Além disso, possui duas filiais. Na Ce-agesp, desde 2003, e no Mu-nicípio de Cândido Rodrigues, adquirida em 2013, voltada para compra e pós-colheita.

No ano passado, a unidade passou por reestruturação em di-versas áreas e ações de marketing para promover o abacate foram colocadas em prática. Grande produtora, A L.A. Ferretti oferece diferentes variedades da fruta: Fortuna, Quintal, Geada, Campi-nas, Breda e Margarida, além do “abacate baby” - o avocado hass, originário do México.

Fornecedora de abacate para grandes hipermercados – como Pão de Açúcar, Extra e Zaffari – a atacadista escolheu atingir diretamente o mercado varejista e instalou pontos de degustação em mais de 40 locais. Consu-midores da capital paulista e de Campinas puderam apreciar um delicioso creme feito com abaca-tes selecionados. “Notamos que as pessoas ficaram surpresas, pois não é muito comum ocor-rer degustação com alimentos preparados com frutas in natura e sim de produtos industrializa-dos”, relata Jonas Octávio, ge-rente da L.A. Ferretti.

Já para incentivar o consumo de abacate entre as crianças, a produtora lançou uma revista de

Agromarketing do abacate na L.A FerrettiPROPAGANDA Degustação em supermercados e livros de receitas fazem parte da ação da atacadista para promover a fruta

Bom manuseio garante abacates selecionados na Bonella

llA cada safra, a atacadista Ir-mãos Orioli produz e comercia-liza cerca de 150 mil caixas de abacate. A plantação iniciada em Ribeirão Preto nos anos 70, ainda rende frutas de árvores semeadas há mais de 30 anos. O segredo, segundo o permis-sionário Devanir Orioli, é a aten-ção dispensada ao plantio, que requer cuidados específicos para se manter saudável e ativo durante décadas.

“Sendo assim, o cultivo de abacate necessita de uma vida inteira de dedicação do produ-tor. É preciso disposição senão corre o risco de perder tudo”, avalia Orioli. Para ele, o consu-mo de abacate aumentou nos últimos anos, facilitando o es-coamento da produção e aju-dando agricultores que não se renderam à tentadora cultura da cana-de-açúcar. “Persistimos no abacate e conseguimos ofe-recer frutas de excelente qua-

Dedicação no cultivo da Irmãos OrioliQUALIDADE Permissionário possui pomares produtivos de abacate com mais de três décadas

lidade, com preços competiti-vos”, garante o permissionário.

A Irmãos Orioli distribui para todas as regiões do país e ape-sar da dificuldade em conseguir mão-de-obra para lidar com os altíssimos pés de abacate, a Irmãos Orioli investe constante-mente em melhorias no plantio. Dessa maneira, os pomares se mantém produtivos por vários anos.

Estamos sempre atentos e conseguimos conter problemas relacionados a pragas ou doenças decorrentes do clima

Devanir OrioliEmpresário

llA J. Alcides Bonella, produtora e atacadista de frutas, ocupou em 2013 o primeiro lugar no comércio de abacates na Ceagesp. O resulta-do é fruto de investimentos em mo-dernização que a empresa realizou nos últimos anos, tanto na produção quanto no espaço destinado a co-mercialização, dentro do entreposto paulistano.

Além de abacate, a Bonella pro-duz abacate hass, caqui, manga e ponkan, mas resolveu se especiali-zar no pseudofruto do abacateiro. A cultura exige tempo e dedicação no cultivo já que demora mais para ama-durecer e é difícil encontrar mão de obra.

Este ano, uma supersafra de aba-

cates revelou que a otimização na produção está rendendo ótimos fru-tos, mas a seca das últimas semanas prejudicou muitos pés. “Tivemos uma ótima safra. O problema está sendo na colheita tardia. Houve perdas de até 40%”, afirma Alcides Bonella, permissionário. “Além disso, a desa-celeração da economia fez o consu-mo despencar em todos os setores”.

Apesar das oscilações do setor, a atacadista só trabalha com produtos selecionados. As frutas são distribu-ídas em caixas de papelão rotuladas, que passaram a ser rotina no bene-ficiamento dos produtos. O cliente escolhe o tipo de fruta, a embalagem e uma equipe de profissionais treina-dos seleciona.

atividades chamada “A Turma do Abacate”. Com palavras cruza-das, caça-palavras, desenhos para colorir e diversas outras tarefas, a publicação diverte a garotada, ajuda a desenvolver diversas habilidades e aproxima o público infantil de alimentos saudáveis.

Outra publicação criada pela L.A. Ferretti é o livro “Receitas: Saúde Para Você”. Nele, o con-sumidor pode encontrar infor-mações nutricionais, benefícios à saúde e variadas receitas que incluem abacate e limão como ingredientes principais.

Parceria com a FAJ A produtora de frutas L.A.

Ferretti e a Faculdade de Jagua-riúna formalizaram uma parceria inédita no início do ano. As com-panhias firmaram um acordo de cooperação para levar o abacate cultivado pela atacadista para as aulas práticas do curso de Gas-tronomia da instituição de ensino. De acordo com o documento, cada aluno do terceiro semestre (último ano) terá que aplicar todo o conhecimento adquirido nas disciplinas para criar uma recei-ta a partir do abacate, fruta que será fornecida pela empresa.

Estamos honrados por dar nossa contribuição a uma área de extrema importância, que é a educação. Vamos oferecer o que for necessário para o sucesso deste projeto, fortalecendo cada vez mais esta parceiraJonas OctávioGerente da L.A. Ferretti

JONAS OCTÁVIO

CAROLINA DE SCICCO

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17Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

CEAsAs

llO paisagista e presidente da Associação Nacional de Paisagis-mo (ANP), João Jadão, abriu as ati-vidades no dia 28 de julho, no 1º Encontro de Jardineiros e Paisagis-tas da Centrais de Abastecimento de Campinas.

Encontro de Jardineiros e Paisagistas na Ceasa Campinas

llUma pesquisa feita pela Cea-saMinas identificou que 80% dos compradores que frequentam a unidade de Contagem revendem os produtos em um raio de até 130 quilômetros do entreposto. Para fazer o transporte de mercadorias, 40% dos compradores utilizam ca-minhões-baú, 29% usam veículos utilitários e apenas 0,52% usam ve-ículos refrigerados. “A proximidade com o comprador demonstra a im-portância que temos em Minas Ge-rais, apesar de sermos uma cen-tral de abastecimento que fornece produtos para muitos outros esta-dos do Brasil”, disse o coordena-dor da pesquisa e chefe do depar-tamento técnico da CeasaMinas, Wilson Guide.

A pesquisa indicou também que 52,7% da população de Minas Ge-rais tem, no varejo de seus municí-pios, produtos comercializados no atacado da CeasaMinas em Conta-gem. Além disso, 52,7% dos com-pradores que vão ao entreposto de Contagem têm como principal com-pra produtos como cereais, indus-trializados alimentícios e não ali-mentícios, além de serviços. Isso demonstra o quanto é importante

CeasaMinas traça perfil do comprador do entreposto de Contagem

que uma central de abastecimento tenha um mix de produtos variados e que vá além dos hortigranjeiros. É o que ocorre na unidade da Gran-de Belo Horizonte (considerada a mais diversificado do Brasil). Outros 47% dos compradores frequentam o entreposto para comprarem horti-

granjeiros, principalmente.Mais um dado importante reve-

lado pela pesquisa é que 54% dos compradores entrevistados traba-lham para sacolões e pequenos su-permercados.

As grandes redes de supermer-cado respondem por 1% do total de

compradores. Mas isso não signifi-ca que eles compram apenas 1% do que é comercializado no entre-posto de Contagem. Além disso, os grandes supermercados procuram produtos atípicos, sazonais ou re-gionais, tais como jiló, vagem e to-mate-cereja.

Outros 18% dos compradores trabalham para restaurantes, pa-darias, bares, hotéis e lanchone-tes. Para 46% deles, os produtos industrializados alimentícios são os preferidos, superando a compra de hortigranjeiros.

O mesmo ocorre para 38% dos compradores de pequenos super-mercados.

Dentre todos os entrevistados, 21% afirmaram vir até o entreposto de Contagem cinco vezes na sema-na. Entretanto, a maioria, 26%, vai ao mercado duas vezes por sema-na. Chamou a atenção ainda o fa-to de que as mulheres já represen-tam 14% do total de compradores.

Para 47% dos compradores, o principal desafio que a CeasaMinas tem que superar é o trânsito. Com este objetivo, o Conselho de Admi-nistração da CeasaMinas aprovou, em reunião realizada no último dia

11, a construção de um pátio logís-tico com capacidade para 2500 veí-culos leves próximo ao pavilhão Z. O projeto de engenharia já está pron-to e o edital está sendo elaborado.

A pesquisa do perfil do com-prador foi feita entre os meses de dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Foram entrevistados 386 compradores em 39 pavilhões da CeasaMinas em Contagem.

A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.

Qualidade do serviço oferecido pela CeasaMinas em Contagem

•63% dos compradores disseram que a limpeza do entreposto atende bem ao público

•79% dos entrevistados consideram que os horários de comercialização são adequados

•63% dos compradores que utilizam a informação de mercado se informam sobre os preços usando o painel do Mercado Livre do Produtor (MLP)

A palestra ministrada abordava o tema: ‘A Importância do profissio-nal de jardinagem e paisagismo na nova concepção de cidades e re-gulamentação da profissão de pai-sagista’. “Temos que ter o pensa-mento de melhorar as cidades. En-garrafamento, enchentes e desliza-mentos, poluição do ar, alto índice de ruídos, ilhas de calor, inversão térmica, falta de espaço. Para mu-dar este quadro, é fundamental que

as cidades tornem-se resilientes”. Campinas é o maior centro de

paisagismo do Brasil”. Com esta frase, Marcelo Novaes deu sequ-ência as palestras do dia. “Rena-to Righetto trouxe para cá os con-ceitos de Burle Marx. Também tive-mos o Dr. Hermes Moreira de Sou-za com seu valioso trabalho no Ins-tituto de Agricultura de Campinas (IAC), sem contar que temos mui-tos viveiros de plantas”, ressalta.

O palestrante ressaltou a im-portância história das personali-dades e exemplificou, por meio de imagens, projetos paisagísticos em pequenas e grandes áreas.

Durante os quatro dias de eventos, foram abordados os se-guintes temas: tipos de solos, la-gos ornamentais, pragas, fungos, defensivos para jardins, irrigação paisagística, iluminação artificial no paisagismo e jardins sustentáveis.

Para encerrar a programação, os participantes tiveram a oportuni-dade de visitar o Jardim Botânico Plantarum, em Nova Odessa.

O Primeiro Encontro de Jar-dineiros e Paisagistas da Ceasa/Campinas aconteceu de 28 a 31 de julho e teve por objetivo a tro-ca de experiências, a atualização e qualificação dos profissionais dos segmentos de jardinagem paisa-gismo, em suas áreas de atuação.

PALESTRASEvento promove atualização do setor

sItERosas colombianas na Jonas FolhagensllHá cinco anos, Jeferson trocou os escritórios de advocacia para atuar no comércio de flores e plantas no entre-posto. Filho de permissionário, o ad-vogado assumiu o lugar do pai na ata-cadista Jonas Folhagens, que está na Ceagesp desde o início do mercado, há 40 anos. “Meu pai queria encerrar o negócio, mas eu quis tocar em fren-te”, explica.http://goo.gl/mYa3jD

Comércio de agrião é destaque na BragallTradicional, a atacadista Braga abastece mercados e distribuidoras com verduras vindas principalmen-te do eixo Ibiúna / Piedade. São qua-se 20 anos de atuação no Entrepos-to Terminal de São Paulo. Mas a tradição teve inicio antes, quan-do o pai de Paulo Edson Braga - atu-al dono da empresa -, era funcionário na Cooperativa de Cotia.http://goo.gl/HpOBE8

Entrega de legumes na MarromllA atacadista Marrom foi inaugurada há sete anos por Luiz Viana Filho, co-nhecido no mercado da Ceagesp co-mo Marronzinho. Depois de acumular três anos de experiência como vende-dor em outra empresa, surgiu a opor-tunidade de adquirir o próprio box. Atu-almente, Luiz comercializa batata, va-gem, berinjela, cenoura, beterraba, pi-mentão, quiabo e outros legumes.http://goo.gl/muiQZE

Poisé comercializa abacaxi o ano inteiroll Paulo José Roberto Costa atua na Ceagesp há mais de 30 anos. Ini-cialmente comercializava manga e abacate produzidos por seu sogro na cidade de Jardinópolis, interior de São Paulo. De lá também vem o no-me fantasia de sua distribuidora, Poi-sé - apelido de infância que abreviava seu nome. O abacaxi é o carro-che-fe da empresa.http://goo.gl/NENju1

Veiga Flores: especialista em rosasllDesde menino, Israel da Veiga tra-balha com a cultura de rosas de corte. Produtor na região de Bragança Pau-lista, vende seus produtos na Ceasa paulistana há mais de uma década. Ho-je, o permissionário contabiliza cerca de 25 anos de atuação no segmento. Rosa é o carro-forte especialmente pe-la tradição da família, mas eles também comercializam Aster e Tango.http://goo.gl/ok1E4A

Page 18: Jornal Entreposto | Agosto de 2014

18 Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

EvENtosFesta de comemoração dos 100 anos de feira livre em SP

llNo dia 27 de julho aconteceu o 2º Baile dos Feirantes em Comemo-ração aos 100 anos de Feira Livre do Estado de São Paulo. Na festa, foi eleita a Miss Feira etapa capital. Thyanne Sousa, 25 anos, agradou os jurados e ficou com o título. O próximo evento em comemoração aos 100 anos de Feira Livre acon-tece no dia 27 de agosto no Parque Tiquatira, na capital e é realizado pe-la União dos Feirantes do Estado de São Paulo.

Paulo Gomes Júnior, presidente da União dos Feirantes, ao lado de Marlene Campos Machado e Thyanne Sousa, Miss Feira etapa capital

Curiosidades

• Existem 873 feiras livres no estado e mais de 16 mil barracas• O setor emprega 12 mil trabalhadores • A feira mais antiga fica no Brás e foi inaugurada em 1915• A maior fica no Jabaquara e abriga 175 barracas

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19Agosto de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Mês de agosto tem humor no Entreposto do Livro

As Mentiras que os Homens Contam (Luis Fernando Veríssimo)llReunião de crônicas do autor sobre o cotidiano, espalhadas em vários de seus livros ou publicadas nos jornais. Este é o primeiro livro da série de relançamentos da obra completa de Verissimo. O título es-tá entre os mais preciosos do hu-mor brasileiro.

Minhas Mulheres e Meus Homens (Mario Prata)llUm retrato da família brasileira, com todos os seus pecados e virtu-des e da geração que nasceu na dé-cada de 60, que passou pela ditadu-ra e pelas mudanças do país nas dé-cadas de 70, 80 e 90. É também uma espécie de autobiografia de Mario Pra-ta, que além de escritor famoso é um divertidíssimo contador de histórias.

Você Está Aí, Vodca? Sou Eu, Chelsea (Chelsea Handler)llA obra traz as histórias da famo-sa série de televisão Are You There, Chelsea, compiladas em um livro.Um das vozes mais geniais da co-média atual, Chelsea Handler, traz o que há de mais cômico em ma-téria de relacionamentos, amizades e família .

Doidas e Santas (Martha Medeiros)llO livro reúne crônicas que fa-lam das alegrias e as desilusões, dos dramas e as delícias da vida adulta, as neuroses da vida urbana e o prazer que se esconde no dia--a-dia. A autora se mostra sempre terna e indignada, amantíssima da cultura contemporânea e dona de um imbatível senso de humor.

Ria da Minha Vida 1 - Antes Que Eu Ria da Sua (Evandro A. Daolio)llA aclamada série dos três livros Ria da Minha Vida, que encanta o Brasil e já atingiu um milhão de lei-tores. Contando fatos verídicos de forma emocionante e bem-humo-rada, esse livro é especial e singu-lar porque brincará com todas as emoções e sentimentos possíveis.

lEItUrA

O livro é resultado do trabalho do professor, em dedicação exclu-siva à fruticultura mundial e brasi-leira, no ensino de graduação e de pós-graduação, orientação, pes-quisa, assessoria técnica e cientí-fica, participação em congressos, visitas aos centros de pesquisa e de produção de frutas em diversos países, professor de cursos de ex-tensão e autor de livros. Iniciando com a importância econômica do abacate no Brasil e no mundo, aparecem os países produtores,

exportadores, importadores, clas-sificação botânica, principais culti-vares, climas e solos nas áreas de cultivo e a sua influência na produ-tividade e qualidade dos frutos. A seguir, a obra ensina como produ-zir as mudas e o plantio no campo. Nos capítulos finais, são descritas as principais doenças, pragas e os seus controles, a maneira de co-lher os frutos e o seu tratamento de pós-colheita, embalagem e armazenamento. Livro com fotos coloridas.

Abacate - Produção de Mudas, Instalação e Manejo de Pomares, Colheita e Pós-Colheita

Autor: Professor Otto Carlos Koller Editora: Cinco Continentes

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20 Agosto de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br