jornal entreposto | julho 2013

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 158 | julho de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br PÁGINA 18 PÁGINA 19 PÁGINA 24 Mostra | Aniversário | Ceasas | Bio Brazil Fair destaca ascensão do mercado de orgânicos no país Instituição que criou o feijão carioca comemora 126 anos Ceasa RS lança programa de responsabilidade socioambiental Frutas Legumes Verduras Diversos -1,46 % -11,11 % -16,30 % -0,74 % 1,84 % Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Índice Ceagesp - junho 2013 Geral -3,77 % Pescado Pesquisa do CQH avalia desempenho das variedades da fruta no entreposto paulistano Alteração genética impede oxidação da maçã Confira mais fotos inéditas da Femetran 2013 Ciência Flashes Nova variedade preserva textura e sabor por mais tempo e pode reduzir o desperdício de alimentos no varejo e na casa do consumidor Págs. 14 e 15 Pág. 20 PÁGINA 23 PÁGINA 16 PÁGINA 12 Eventos | Planhort | Hortitec | Artigo | PÁGINA 22 PÁGINAS 4 a 11 Especialista escreve sobre a floricultura na Amazônia Holambra recebe 22º Enflor e 10ª Garden Fair em SP Debate político reúne lideranças do setor de abastecimento CAROLINA DE SCICCO Técnicos do CQH desenvolvem metodologia para entender a competitividade na venda do ma- mão Formosa e apoiar o produ- tor na comercialização. Projeto permite compreender as dificul- dades do agricultor e determinar estratégias de mudança e custo- -benefício de investimento para melhoria da qualidade. Estudo detalha mercado do mamão

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Julho 2013

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 158 | julho de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 18 PÁGINA 19 PÁGINA 24Mostra | Aniversário | Ceasas | Bio Brazil Fair destaca ascensão do mercado de orgânicos no país

Instituição que criou o feijão carioca comemora 126 anos

Ceasa RS lança programa de responsabilidade socioambiental

Frutas Legumes Verduras Diversos-1,46 % -11,11 % -16,30 % -0,74 % 1,84 %BaixaBaixa Baixa Baixa Baixa Alta

Índice Ceagesp - junho 2013

Geral-3,77 %

Pescado

Pesquisa do CQH avalia desempenho das variedades da fruta no entreposto paulistano

Alteração genética impede oxidação da maçã

Confira mais fotos inéditas da Femetran 2013

Ciência Flashes

Nova variedade preserva textura e sabor por mais tempo e pode reduzir o desperdício de alimentos no varejo e na casa do consumidor

Págs. 14 e 15Pág. 20

PÁGINA 23

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Eventos |

Planhort |

Hortitec |

Artigo | PÁGINA 22

PÁGINAS 4 a 11

Especialista escreve sobre a floricultura na Amazônia

Holambra recebe 22º Enflor e 10ª Garden Fair em SP

Debate político reúne lideranças do setor de abastecimento

CAROLINA DE SCICCO

Técnicos do CQH desenvolvem metodologia para entender a competitividade na venda do ma-mão Formosa e apoiar o produ-tor na comercialização. Projeto permite compreender as dificul-dades do agricultor e determinar estratégias de mudança e custo--benefício de investimento para melhoria da qualidade.

Estudo detalha mercado do mamão

Page 2: Jornal Entreposto | Julho 2013

02 Fé JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

Ó Senhor, por intercessão de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dai-nos firmeza e

vigilância nos muitos caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, felicidade e realização. Todos

somos caminhantes nas estradas deste mundo, acompanhai-nos constantemente para chegarmos

ao destino sem acidentes e contratempos.

Protegei, ó Senhor, os motoristas que conduzem os modernos meios de transportes. Que eles

possam ser guiados por vosso Espírito, e assim ajam com sabedoria e respeitem as leis de

trânsito.

Protegei, ó Senhor, aqueles que caminham conosco e ajudai-nos a respeitar a todos, pedestres e

transeuntes, agindo sempre com prudência.

Protegei, ó Senhor, os jovens que dirigem e dai-lhes um coração sempre voltado à vida. Que

possam descobrir vossa presença viva no mundo e respeitem a todos. Que cresçam sempre

guiados pelo vosso Espírito para que sejam os protagonistas da nova sociedade do terceiro

milênio.

Confortai, ó Senhor, as famílias que perderam as pessoas queridas, vítimas do cruel trânsito

brasileiro. Dai-lhes a esperança necessária para viverem em vossa presença sem condenação ou

rancor.

Que possamos, Senhor, descobrir vossa presença na natureza e um tudo o que nos rodeia,

amando assim cada vez mais a vida.

25 de JulhoDia de São Cristóvão

Padroeiro dos motoristas, dos viajantes e dos taxistas

"Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. São Cristóvão é, também o padroeiro dos taxistas!

De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza. Supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo, Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e imundo!

Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e garra, transformando-a em sua lei.

No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar para a outra margem do rio?"Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves...

"Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São garra, transformando-a em sua lei.Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com

louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao gigante materialista com manias de grandeza. Supondo bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar que o rei a quem servia seria o maior do mundo, para a outra margem do rio?”Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu imundo! roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava

cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves...

Ó Senhor, por intercessão de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dai-nos firmeza e vigilância nos muitos

caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, felicidade e realização. Todos somos caminhantes nas estradas deste

mundo, acompanhai-nos constantemente para chegarmos ao destino sem acidentes e contratempos.

Protegei, ó Senhor, os motoristas que conduzem os modernos meios de transportes. Que eles possam ser guiados

por vosso Espírito, e assim ajam com sabedoria e respeitem as leis de trânsito.

Protegei, ó Senhor, aqueles que caminham conosco e ajudai-nos a respeitar a todos, pedestres e transeuntes,

agindo sempre com prudência.

Protegei, ó Senhor, os jovens que dirigem e dai-lhes um coração sempre voltado à vida. Que possam descobrir

vossa presença viva no mundo e respeitem a todos. Que cresçam sempre guiados pelo vosso Espírito para que

sejam os protagonistas da nova sociedade do terceiro milênio.

Confortai, ó Senhor, as famílias que perderam as pessoas queridas, vítimas do cruel trânsito brasileiro. Dai-lhes a

esperança necessária para viverem em vossa presença sem condenação ou rancor.

Que possamos, Senhor, descobrir vossa presença na natureza e um tudo o que nos rodeia, amando assim cada vez

mais a vida.

Nota de retificação: Na reportagem “Mercado aquecido favorece negócios na Femetran”, publicada na página 20 da edição anterior deste jornal, leia-se Alexandre das Neves como “contato comercial”.

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julho de 2013 03Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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A MARCA QUE NASCEU FORTE PARA SE TORNAR LÍDER

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04 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Gabriel Vicente

Bitencourt de Almeida Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

De acordo com os dados de produção coletados e organi-zados pela FAO em 2011, até agora o último ano com dados completos e tabulados, o mun-do produz mais de 11 milhões de toneladas de mamão. O Bra-sil detém a segunda colocação, somente a Índia produziu mais, foram colhidas nada menos que 1,85 milhões de toneladas em terras brasileiras, isto corres-ponde a 16,5 % da produção mundial. O IBGE (Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatísti-ca) contabilizou para 2011 uma produção de 1,85 milhões de toneladas, o que coincide com a informação da FAO. Duas uni-dades federativas, Bahia e Espí-rito Santo, são responsáveis por 80% da produção brasileira. O que se constata é a existência de uma grande faixa contínua de áreas produtivas ao longo dos litorais capixaba e baiano que vai das cercanias de Linha-res no Espírito Santo até Por-to Seguro na Bahia. A FAO e o IBGE não contabilizam separa-damente as áreas e produções dos mamões do grupo Solo e do grupo Formosa.

Em 2011 foram comercia-lizadas no Entreposto Termi-nal de São Paulo (ETSP) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), 110 mil toneladas de mamão do grupo Solo e 58 mil toneladas do grupo Formosa, ou seja, um total de 168 mil to-neladas, nada menos que 9,1% de toda a produção nacional de mamão foi comercializada na Ceasa paulistana. Em 2012 as quantidades diminuíram bas-tante, muito provavelmente em função dos baixos preços pra-ticados, principalmente para o Solo, em 2011 o que levou a uma grande descapitalização e desestímulo dos produtores que não renovaram as áreas no mesmo ritmo e diminuíram os gastos com tratos culturais. Em 2012 foram negociadas 80 mil toneladas de Solo e 52 mil de Formosa. A grande repre-sentatividade da Ceagesp na co-mercialização nacional e a alta exigência do mercado paulista faz do entreposto de São Paulo um ótimo lugar para se estu-dar, constatar e apontar novas tendências na comercialização

Panorama da comercialização de mamão na Ceagesp

de mamão no mercado interno. Em 2012 o mamão foi o quinto produto com a maior volume de comercialização geral e a se-gunda fruta mais comercializa-da, perde apenas para a laranja. Quanto ao volume financeiro ficou com a sétima colocação com valores próximos a 205 mi-lhões de reais.

Gráfico 1 – Evolução das quantidades comercializadas no ETSP da Ceagesp de 2007 a 2012 (t)

A Bahia é o grande fornece-dora de frutos do tipo Solo com 69% do volume comercializado em 2012, o Espírito Santo tem 26% e a somatório dos dois estados é maior que 96%. Já se pode destacar Minas Gerais, que não participava em 2007 e hoje já é responsável por 3% do for-necimento de mamões do grupo Solo (Gráfico 2).

Uma característica marcante da comercialização no ETSP é a grande preferência pelo ‘Sunri-

se’ e suas variações como o ‘BS’ (Benedito Soares) em detrimen-to do ‘Golden’. Apesar do ‘Gol-den’ ter como características uma melhor resistência pós-co-lheita e uma menor ocorrência de manchas fisiológicas, o sabor do ‘Sunrise’ é muito superior devido ao maior conteúdo de sólidos solúveis (maior doçu-ra) e grande parte dos varejis-tas paulistanos, como feirantes, hortifrutis e ambulantes pos-suem contato muito próximo

ao consumidor e constatam que estes acabam rejeitando o ‘Gol-den’ pela maior dureza da polpa e menor conteúdo de açúcares da polpa. Entre os dez princi-pais municípios fornecedores de mamão Solo, todos os baia-nos estão na mesorregião Sul da Bahia e todos os capixabas na mesorregião Norte, as duas mesorregiões fazem fronteira e compreendem justamente a faixa próxima ao litoral dos dois estados.

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julho de 2013 05QualidadeUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

No entanto, pode-se cons-tatar que os municípios mais tradicionais como Teixeira de Freitas (BA) e Linhares (ES) apresentam importância decli-nante e novos municípios como Lajedão e Ibirapuã, também na mesorregião Sul da Bahia, pas-sam a ter grande relevância e estão surgindo com força nas estatísticas da Ceagesp. Isto indica que a cultura está mi-grando dentro do Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo.

Gráfico 2 – Variação da participação porcentual das unidades da federação no fornecimento de mamões Solo ao ETSP da Ceagesp

No grupo Formosa há uma inversão, o Espírito Santo foi o principal abastecedor com 21 mil toneladas ou 40% do total e a Bahia participou com 14,5 mil toneladas ou 28%. Neste caso a soma das participações dos dois estados é atualmente de “ape-nas” 68%. Os envios capixabas saem quase todos da região dos municípios de Pinheiros, São Mateus e Montanha. E é no gru-po Formosa que se observa uma rápida mudança do modelo de comercialização de mamão.

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O Espírito Santo passou de uma participação de 62% em 2007 para apenas 34% em 2011, recuperando-se leve-mente em 2012 quando atingiu 40%. Por outro lado, Minas Ge-rais passou de uma participa-ção de 2% em 2007 para 20% em 2012. O Rio Grande do Nor-te de 0,3% para 5% e São Paulo de 2% para 6% neste mesmo período. Na Tabela 4 se observa a grande evolução do municí-pio de Jaíba, localizado no Nor-te de Minas Gerais e onde existe um grande projeto de irrigação com o mesmo nome, esta muni-cípio que não enviou nada em 2007 passou para o segundo posto no fornecimento para a Ceagesp em 2012.

Também merecem grande destaque a evolução dos muni-cípios de Baraúna (RN), Pedro Canário (ES) e Sátiro Dias (BA), este município baiano fica em uma região não tradicional na mesorregião Norte da Bahia e relativamente distante do lito-ral. Ao mesmo tempo é notável a grande decadência de Pinhei-ros e Montanha. Esta mudan-ça na geografia do Formosa no ETSP da Ceagesp pode ser explicada pela maneira com-pletamente diferente que os produtores destas regiões em crescimento trabalham a co-lheita, pós-colheita e transpor-te do produto.

Gráfico 3 – Variação da participação porcentual das unidades da federação no fornecimento de mamões Formosa ao ETSP da Ceagesp

Os produtores destes no-vos municípios na produção de mamão Formosa trabalham de maneira totalmente distin-ta da grande maioria dos pro-dutores capixabas. Enquanto a maior parte das cargas do Espírito Santo vem com os fru-tos a granel na carroceria dos caminhões, os produtores das novas áreas, principalmente Oeste da Bahia e Rio Grande do Norte, colhem frutos mais ma-duros, classificam e embalam na origem, muitos em caixas de papelão ondulado bastantes atrativas, com rede de poliure-tano protegendo os frutos que também são etiquetados com a marca do produtor e as cargas são transportadas paletizadas em caminhões refrigerados. Ou ao menos embalam em caixas de madeira no origem que é o caso da maior parte da produ-ção de Jaíba.

É sabido que o fruto do ma-

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moeiro, como climatérico, é capaz de amadurecer a partir do momento que as sementes estão negras. No entanto, se o mamão continuar no mamoeiro continuará recebendo açúcares da planta mãe e isto resultará em um sabor muito melhor no fruto maduro.

O arcaico sistema de trans-porte a granel exige a colheita de frutos ainda com a casca totalmente verde e polpa bas-tante firme e que, portanto armazenaram uma menor quantidade de açúcares. Esta é a única maneira dos frutos resistirem a esta maneira de transportar, mesmo assim as perdas são enormes e o descar-te do mamão Formosa a granel é o principal gerador de lixo orgânico. Estes mamões frutos terão sabor pouco pronunciado quando maduros.

Já os frutos colhidos mais maduros, já começando a mu-dar a coloração com pelo me-nos duas listras amarelas, serão muito mais saborosos quando totalmente maduros e como estão sendo identificados com marca, os varejistas e consumi-dores os identificam como pro-dutos superiores. E com o tem-po concluem que vale muito mais a pena levar um produto, que apesar de bem mais caro, é capaz de proporcionar uma sa-tisfação muito maior.

Em geral, os mamões em-balados na origem conseguem um valor de venda entre 50 e 100% acima dos que chegam a granel e são embalados no en-treposto. Esta é uma tendência geral para o mercado de frutas e hortaliças. E quem embala na origem vem ganhando terreno rapidamente.

Um caminhão de Formosa a granel demora mais de seis ho-ras para ser descarregado, ocu-pando espaço no já tumultuado entreposto e se considera nor-mais perdas ao redor de vinte por cento da carga. A descarga de Formosa gera uma paisagem deprimente ao redor.

No grupo Sol, o domínio é quase que total dos municípios baianos e capixabas da faixa litorânea do Norte do Espirito Santo e Extremo Sul da Bahia. Mas também, de pouco tempo para cá, vários produtores des-ta região e alguns deles tam-bém são atacadistas no ETSP, estão começando a trabalhar com embalagens de papelão ondulado do mesmo modo que os produtores de Formosa do Oeste Baiano e do Rio Grande do Norte.

Gráfico 3

Gráfico 2

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06 Qualidade JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Os produtores de frutas e hortaliças frescas consideram a comercialização o seu maior desafio. É comum que o pro-dutor não participe da grande diferenciação de valor por qua-lidade e por tamanho, praticada no mesmo dia de comerciali-zação. É difícil para o produtor compreender o que determina a sua competitividade e qual é a melhor estratégia de melhoria, onde investir para ter o melhor custo-benefício.

Preocupados com esta situa-

A competitividade do mamão FormosaAnita de Souza Dais Gutierrez CQH/CeagespAndré Afonso Alves Via Pomme

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Razão média entre as notas, por atributo, dos lotes de maior e menor valor

PARCERIALEITURA

Especializada na venda do mamão papaya golden, a ataca-dista Granada mantém parcerias com produtores que lhe forne-cem frutas de qualidade durante o ano todo. Márcio Ferreira de Souza, vendedor, explica que al-gumas fazendas dão preferência a Granada e que a fidelidade gera bons negócios por muito tempo.

Para garantir o sucesso na co-mercialização, Souza conta que o próprio dono da atacadista visita as lavouras e analisa a produção. “Dessa maneira, ele seleciona

Manuseio mínimo reduz perdas na Granadaapenas os melhores agricultores e consegue eliminar aqueles que não se preocupam com técnicas agrícolas ou manuseio”, afirma.

Muito preocupada com a questão do manejo de alimentos frescos, a administração evita que os mamões sejam tocados e as caixas são vendidas exata-mente como chegam da roça. “Não existe espaço físico para o manuseio de FLV na Ceagesp. Quanto mais mexemos a fruta, maior a probabilidade de des-perdício”, alerta Márcio.

ção os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp desenvolveram e tes-taram uma metodologia para a compreensão do processo de valoração e de monitoramento da competitividade e de apoio ao produtor na comercializa-ção. Ela está baseada na consta-tação que a perspectiva de lucro e de melhoria de vida é o me-lhor impulso de mudança.

A metodologia foi adotada pelo “Projeto para Desenvol-vimento de Capacidade para Práticas Pós-Colheita e de Mar-keting na Região de Jaíba”, ini-ciado em julho de 2012, que tem como objetivo o fortaleci-mento da competitividade dos

pequenos e médios produtores. O projeto é o resultado de uma parceria entre a JICA (Japan In-ternational Cooperation Agen-cy), agência do governo japonês que financia projetos de desen-volvimento em outros países, e o governo mineiro e tem como foco os produtores de atemóia, banana, limão, mamão, manga do Jaíba.

O Projeto, com previsão de término para o final de 2014, surgiu da constatação de que a comercialização é o principal desafio do produtor de frutas da região. “O governo do Japão financiou uma parte da implan-tação da estrutura de irrigação e vem acompanhando o seu

desempenho”, esclarece André de Abreu Milagre, responsável pelo apoio à comercialização na Ceasa de Contagem (MG) e técnico da equipe de Mercado da Nippon Koei LAC, empresa contratada pela JICA para a im-plantação dos procedimentos. Atualmente, André é respon-sável pela prestação de servi-ço de informação de mercado (Boletim de Mercado) e pelo serviço de monitoramento da competitividade do produtor. O produtor recebe ainda por SMS as cotações de preços do seu produto, todos os dias, da Ceasa de Minas e da Ceagesp.

O Boletim de Mercado é composto por duas partes. A primeira parte apresenta o comportamento do produto no mercado, por região de origem, a situação atual e as perspecti-vas de mercado para a próxima semana. A segunda parte levan-ta a cada semana a diferencia-ção de valor por qualidade en-tre lotes de mesma classificação e confere nota aos seus atribu-tos de qualidade. Ela registra a diferenciação de valor pratica-da e determina as suas causas.

A determinação e quanti-ficação das causas e da exten-são da diferenciação do valor permitem compreender com clareza a força de cada atributo no valor final do produto e indi-cam o caminho para a melhoria da qualidade. A metodologia pode ser utilizada na avaliação e na caracterização da qualida-de do produto no controle de qualidade do produto no seu recebimento pelo atacado, va-rejo, serviço de alimentação, na avaliação da sua qualidade e do seu potencial de diferen-ciação de valor por pesquisado-res – melhoristas, fitotecnistas, especialistas em pós-colheita e na arbitragem de atritos comer-

ciais. Ela permite que o produ-tor avalie a sua competitividade frente aos produtos mais e me-nos valorizados e determine a estratégia de mudança e o cus-to-benefício do investimento necessário para a melhoria do produto.

Aqui estão os resultados da comparação entre os atributos dos lotes de maior e de menor valor de mamão Formosa, entre a semana 27 de 2012 e a sema-na 22 de 2013 – num total de 140 caixas avaliadas. Os atribu-tos avaliados foram: coloração da casca, coloração da polpa, conteúdo de sólidos solúveis, ocorrência de danos mecâni-cos, defeito de polpa, defeito de formação, homogeneidade de coloração, homogeneidade de tamanho e sanidade, seguindo um gabarito de avaliação como notas de 1 a 10 por atributo.

A diferença média de preço por qualidade ao longo da ava-liação foi de 66% entre os fru-tos de maior e menor valor no mercado, de mesma classifica-ção de tamanho. A maior varia-ção foi 231% e a menor 8%.

O gráfico mostra em ordem de importância os atributos res-ponsáveis pela diferenciação de valor.

As causas mais frequentes de desvalorização são a baixa homogeneidade de tamanho por classificação mal feita, fru-tos imaturos por ponto de co-lheita incorreto (coloração da casca e da polpa) e danos mecâ-nicos por manuseio incorreto - problemas de fácil solução.

A origem predominante dos lotes de mamão mais valoriza-dos foram Luís Eduardo Maga-lhães e Barreiras na Bahia e Ba-raúna no Rio Grande do Norte e dos lotes menos valorizados fo-ram Linhares no Espírito Santo e Jaíba em Minas Gerais.

A obra oferece aos produtores e profissionais da área respostas e informações atualizadas sobre tecnologias desenvolvidas pela pesquisa para a cultura do ma-moeiro. Abrange desde o prepa-ro do solo até a comercialização do produto, com destaque para os trabalhos de melhoramento genético, manejo do solo, contro-le integrado de pragas, doenças e de plantas invasoras e agregação de valor ao produto.Livraria Embrapa: vendasliv.sct.embrapa.br (R$24,00)

500 Perguntas 500 Respostas: Mamão

Page 7: Jornal Entreposto | Julho 2013

julho de 2013 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 8: Jornal Entreposto | Julho 2013

08 Mercado JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

A Frutart se destacou ra-pidamente no setor de distri-buição de FLV e, atualmente, é uma das maiores atacadistas de frutas frescas, secas e exóti-cas. Além da matriz, localizada no ETSP, a companhia possui duas filiais estrategicamente localizadas: uma em Juazeiro, na Bahia, e outra em Fraiburgo, Santa Catarina, dois importan-tes estados produtores.

Na Ceagesp, a estrutura da

empresa garante excelente inte-gração entre os departamentos de compra, armazenamento, gerenciamento e distribuição. Ao todo, são 16 módulos no pa-vilhão MFE-B, dois boxes no pa-vilhão HFG e câmaras frias que mantém os produtos na tempe-ratura ideal.

O mesmo plano de organiza-ção é seguido nas filiais e, assim, a qualidade dos serviços ofere-cidos fora das capitais aumenta.

Ailton Cesario Marques, funcio-nário da Frutart desde 2009, explica que todos os mamões comercializados pela atacadista são selecionados e embalados em caixas de papelão. “Desde quando a gerência aboliu a cai-xa de madeira não temos pro-blemas com desperdício”, ga-rante o vendedor. “Além disso, cumprimos a exigência do mer-cado e conseguimos nos manter ativos na cadeia”, completa.

Com o intuito de oferecer produtos frescos diariamente e o melhor atendimento, a Nata Frutas desenvolveu, há 35 anos, a fórmula exata para garantir qualidade e acompanhar as tendências de consumo da po-pulação. Para encurtar o espaço entre a roça e o cliente varejis-ta, a atacadista faz entregas em todo o território brasileiro.

Com vasta experiência de mercado, a empresa atende supermercados, hotéis, motéis, clubes, distribuidoras e possui estrutura completa para o con-forto dos clientes que visitam o box na Ceagesp.

Há três anos a empresa pas-sou a comercializar o mamão Novo Horizonte, famoso pela doçura e excelência no trata-mento que recebe desde a co-lheita até a prateleira. “Estáva-mos mesmo querendo mudar e incluir produtos mais selecio-nados. É necessário acompa-

nhar as mudanças no mercado”, explica Nelson Natalino, conhe-cido no mercado como Quaren-tinha. Segundo ele, o mamão Novo Horizonte foi aprovado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (CQH) tanto pelo sabor quanto pela qualidade do manuseio e em-balagem. “Vem paletizado e res-friado a 10 C”, conta orgulhoso.

Os funcionários da Nata Frutas sabem que precisam dar continuidade ao trabalho minucioso que começou na la-voura. “Depois que os produtos chegam ao box, mantemos o cuidado no trato. Além de evi-tar danos ao alimento, reduzi-mos desperdícios”, esclarece Natalino. Para ele, produtores e permissionários precisam es-tar preparados para o futuro. “A Nata Frutas já está se adaptan-do para atender demandas de clientes mais exigentes e mo-dernos”, garante.

Para não depender do ma-mão que vem da Bahia, maior estado produtor do Brasil, mas que fica muito distante da cidade de São Paulo, a ata-cadista Maranhão adquire as frutas no Espírito Santo. Além de diminuir o custo do frete, a empresa aproveita as ofertas do estado capixaba, que ocupa o segundo lugar em volume co-mercializado.

A Maranhão existe desde 2001 e vende apenas mamão. “Focando em apenas um pro-duto, existe maior comprome-

timento em oferecer a fruta perfeita”, explica João Batista, vendedor. “É nosso único item. Não podemos falhar nem deixar faltar mercadoria”, completa.

Para conservar os mamões que chegam paletizados e re-frigerados, a atacadista possui câmaras frigoríficas que con-trolam a temperatura. “Essas frutas recebem tratamento padrão exportação desde a seleção das sementes. A estru-tura no cultivo, transporte e armazenamento é expecional”, garante João.

Dia sim, dia não, a OPI recebe caminhões que chegam da Bahia carregados de mamão para abas-tecer o box na Ceagesp. Ao todo, cerca de duas mil caixas da fruta são comercializadas por semana. Jaime Teixeira, vendedor, explica que o contato direto e periódico com o produtor garante qualida-de e regularidade aos negócios.

“Nos especializamos no co-mércio de mamão formosa, e fizemos muitas parcerias ao longo dos anos”, afirma, com-plementando que a atacadista também possui sua própria pro-dução de laranjas, no interior de São Paulo. Na lavoura de citros, a empresa conta com o auxílio de agrônomos.

Além do controle e da comu-nicação com outros integrantes da cadeia, a OPI seleciona e en-trega a mercadoria de acordo com o gosto do cliente. “Fazemos como eles preferem. O mercado é bastante diversificado”, afirma o funcionário.

Nata Frutas se adapta para atender clientela mais exigente

CONSUMO MODERNIZAÇÃO

Boa estrutura nos negócios consolida Frutart no mercado nacional

Maranhão: comprometimento em oferecer frutas perfeitas

Contato com produtor gera regularidade nos negócios da OPI

Page 9: Jornal Entreposto | Julho 2013

julho de 2013 09Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 10: Jornal Entreposto | Julho 2013

10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013Qualidade

Variedades de mamão comercializadas na Ceagesp

MorfologiaIlustraçõesBertoldo Borges FilhoCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Page 11: Jornal Entreposto | Julho 2013

julho de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Qualidade

Mamão embalado

Mamão granel

Gabarito de Avaliação

MamãoDano mecânico

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Defeito de formação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Coloração da casca

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Homogeneidade de tamanho

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Homogeneidade de coloração

Conteúdo de sólidos solúveis em ºBrix

9º Brix 11º Brix º14 Brix

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sanidade

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Coloração da polpa

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Defeito de polpa

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Defeito de casca

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10 % 5 % sem defeito

Defeitos proibidos

Ferimento

Defeito grave de casca Defeito grave de formação

Padrão mínimo de qualidade e de tamanho

Mamão Formosa

Podridão

Defeito de polpa

Imaturo e < 9º Brix

Equivalência entre as denominações de classificação e medidas de tamanho

Existem diferentes tipos de embalagem de Mamão Formosa - 13 kg, 18 kg, e 20 kg de madeira e 10 kg, 11 kg e 12 kg de papelão.A classificação do mercado atacadista é caracterizada pelo número de frutos na embalagem.A homogeneidade visual de tamanho e de coloração são as primeiras exigências de uma boa classificação. A garantia da homogeneidade visual de tamanho exige uma tolerância máxima de 10% de variação dos pesos do maior e do menor fruto da caixa, em relação ao peso médio dos frutos na caixa.Existe grande diferença de valor entre as classificações. A intensidade da coloração é utilizada como indicador da diferença de valor.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 201312 Evento

Hortitec apresenta tecnologias agrícolasEvento recebeu 25 mil visitantes interessados em novos métodos de plantio e manejo

Do dia 19 a 21 de junho, em uma área de 30 mil metros qua-drados, empresas e organizações ligadas à cadeia agrícola brasi-leira ofereceram aos trabalha-dores rurais soluções modernas que incrementam a produção e ampliam o consumo. Considera-da a maior feira de horticultura da América Latina, a Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec) se tornou referência para agricultores, estudantes e profissionais de agribussiness interessados em conhecer as tendências do mercado.

Neste ano, a mostra chegou a sua vigésima edição e reuniu mais de 400 expositores que trouxeram as principais novida-des do setor agrícola para a cida-de de Holambra, em São Paulo. Segundo a organização, o evento recebeu 25 mil pessoas de todas as regiões do Brasil e de diversas partes do mundo. O volume de negócios gerado foi de aproxi-madamente 95 milhões de reais.

A intensa participação de estrangeiros e empresas inter-nacionais despertam a atenção e indicam a grande visibilidade do agronegócio brasileiro no exte-rior. “Os profissionais de outros países vêm em busca de solu-ções criativas e inovadoras, mas, sobretudo para conhecer de perto a qualidade dos produtos do Brasil”, explica Renato Opitz, diretor da RBB Feiras e Eventos, organizadora do evento.

Em sua primeira visita a Hortitec, Mônika Bergamas-chi, secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, ficou impressionada com as dimensões do evento. “O produtor que chega sai com a certeza de que foi na fronteira do conhecimento de tudo aquilo que é disponível e está ao alcan-ce de suas mãos”, comentou, pa-rabenizando todos aqueles que vieram expor e, também, os que queriam ver de perto as novas tecnologias disponíveis para o setor.

Eventos de Capacitação Técnica

Além de apresentar as novi-dades da área, a Hortitec tam-bém disponibilizou espaços para capacitação e reciclagem de conhecimento. Durante os três dias do evento aconteceram cur-sos e workshops, organizados pela Flortec e Dessa Consult, que permitiram aos visitantes agre-

gar valor ao currículo profis-sional. Segundo a organização, a proposta é discutir assuntos cotidianos do produtor, contri-buindo com a capacitação téc-nica de todos os envolvidos na cadeia de horticultura nacional.

Qualidade de frutas e hortaliças é o foco da BASF

Para ajudar no controle de pragas e doenças em hortifruti,

CADEIA AGRÍCOLA

NORIVAL ESPERANÇA

CAROLINA DE SCICCO

a BASF apresentou na 20ª Hor-titec os fungicidas CabrioTop, Cantus, Forum e Collis; os inse-ticidas Pirate e Nomolt, além do Sistema AgCelence HF, que con-tribui para aumentar a produti-vidade.

“O hortifruti é um setor re-presentativo no agronegócio brasileiro, que engloba princi-palmente pequenos agriculto-res. A qualidade e a integridade dos produtos finais são essen-

ciais para garantir melhores negócios, e a BASF tem o Siste-ma AgCelence HF que contribui para isso”, afirma o gerente de Marketing para Hortifruti da BASF, Eduardo Eugênio.

O Sistema AgCelence HF para batata e tomate integra a aplicação sequencial dos fun-gicidas Cantus e Cabrio Top, proporcionando melhor mane-jo fitossanitário as culturas e apontam também um aumento de rendimento e qualidade dos produtos colhidos. Na cultura da uva, os fungicidas Collis e Cabrio Top são empregados em dife-rentes etapas do manejo. Esse modelo permite melhor qua-lidade dos frutos e maior teor de graus brix, tornando o fruto mais doce e palatável.

Digilab

Outra novidade da BASF é o Digilab Mobille na versão para tablet, que auxilia na identifica-ção dos sintomas das principais doenças, pragas e plantas da-ninhas em diferentes culturas, inclusive em hortifruticultura. Com o auxílio de uma lupa wi-relless (sem fio), que aumenta em até 200 vezes, é possível capturar a imagem e detectar, por meio da biblioteca virtual, a saúde vegetal da planta.

A tecnologia permite consul-tar e comparar as imagens cap-turadas, além de disponibilizar um banco de dados, conteúdo explicativo e informativo, loca-

lização georreferenciada, mapa de ocorrências próprio e perso-nalizado, consultoria de técnicos da BASF e mais mobilidade nos diagnósticos. O produto agiliza o trabalho de assistência técnica no campo.

Cinco novos tomates Topseed Premium são os destaques da

Agristar

A Agristar, produtora e co-merciante de sementes, apre-sentou aos visitantes da Horti-tec as novidades de suas linhas com destaque para a Topseed Premium e Superseed. O atual foco da empresa são cinco novos tomates híbridos: os saladetes Centenário, Caribe e Pioneiro, o santa cruz Pegasus e o tipo caqui Vento.

Entre outros lançamentos, a Topseed Premium mostrou os resultados da cultivar de tomate caqui indeterminado Predador F1, que se destacou em 2012 especialmente em regiões, como a Serra do Ibiapaba (CE), Minas Gerais e Goiás. O Predador F1 chamou a atenção pelo excelen-te acabamento do fruto, brilho intenso e coloração, além de uma ótima produtividade e re-sistência a TYLCV (Geminivirus) e TSWV (Vira-cabeça).

A linha Superseed trouxe para a Hortitec os lançamentos Tomate Ágata F1, que possui resistência ao TYLCV (Gemini-virus) e excelente tamanho do fruto, e a Melancia Karlla F1, que se destaca por apresentar boa resistência a viroses, frutos graúdos, pesados e uniformes.

Agritech acredita no desenvolvimento da

mecanização no campo A Agritech, fabricante de tra-

tores e cultivadores motoriza-dos da marca Yanmar Agritech, participou da última edição da Hortitec com o intuito de forta-lecer a produção no campo por meio da mecanização das pro-priedades.

O grande destaque da em-presa é o modelo 1175 AGRÍCO-LA Versão Cultivo, com potência de 75 cv, uma opção aos produ-tores que querem um trator com grande capacidade, boa mano-brabilidade, econômico e que possibilite o uso de implemen-tos para tratos culturais, como encanteiradores, plantadora se-meadora, pulverizador, subsola-dor, arado, entre outros.

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julho de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Agronegócio

AGENDA

ABASTECIMENTO

O Conselho Mone-tário Nacional (CMN) divulgou a relação dos preços mínimos para a safra 2013/14 no fim de junho. Houve reajustes em produtos como ar-roz, feijão, milho, man-dioca e leite.

De acordo com o ministro da Agricultu-ra, Antônio Andrade, “a definição dos valores para a safra que se ini-cia procurou garantir renda aos produtores em relação às culturas fundamentais para o abastecimento interno, como o feijão e a man-dioca”.

No caso do arroz, houve aumento dos preços mínimos da saca de 60 kg do Tipo 1 entre 6,6 e 12,9%, e do Tipo 2, entre 12,7% e 12,9%. Já a saca de feijão de 60 Kg dos Tipos 1 das varieda-des de feijão cores, pre-to e Caupi apresenta-ram elevações de 9,9% a 41,6%.

A saca de 60 kg de milho também teve alta nos preços, variando entre 1,2% e 20,4% de aumento. Já o valor do litro de leite teve altas de 9,8% a 11,3%. Hou-ve elevações ainda nos preços de farinha de mandioca.

Governo aprova preços mínimos da safra 2013/14

A Mostra Internacio-nal de Sistemas, tecno-logias e serviços para a produção, condiciona-mento, comercialização e transporte de frutas e verduras (Macfrut) vai reunir mais de 800 expositores na cidade de Cesena, Itália. Entre os dias 20 a 28 de se-tembro, o evento será o ponto de encontro da-queles que operam no setor e além de oferecer diferentes oportunida-des de negócios. Em 30 mil metros quadrados de exposição, a MacFrut recebe cerca de 80 dele-gações oficiais estran-geiras e mais de 20 mil visitantes a cada ediçã[email protected]

As vendas internacionais do agronegócio brasileiro ultra-passaram, pela primeira vez na história, a cifra dos US$ 100 bi-lhões de dólares anuais. O Bra-sil exportou o montante de US$ 100,61 bilhões em produtos agropecuários durante a safra

2012/13 (entre julho de 2012 e junho deste ano), o que repre-sentou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit co-mercial do setor também atin-giu um novo recorde, somando US$ 83,91 bilhões.

Exportações agrícolas ultrapassaram US$ 100 bilhões na safra 2012/13

Macfrut 2013

Recorde representa crescimento de 4,2% em relação a safra anterior

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14 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

FLASHES DA FEMETRAN

O bom desempenho setor de frutas e a alta dos preços de boa parte dos produtos agrícolas impulsionaram a aquisição de novos veículos comerciais na 12ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas.

Além de fomentar novos negócios, a Femetran foi o evento em que empresários e profissionais do comércio atacadista de alimentos frescos se confraternizaram.

As ofertas especiais das montadoras paras os permissionários, varejistas e transportadores que atuam em centrais de abastecimentos foram complementadas com sorteios de brindes, bingo, touro mecânico e muito moais

Evento

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julho de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Evento

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16 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Deputado ouve lideranças do setorDesignado pela Capadr – Co-

missão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural relator do projeto de Lei (174/2011) que institui o PlanHort – Plano Nacional de Abastecimento de Hortigranjei-ros e fixa normas gerais para os entrepostos públicos de abaste-cimento alimentar, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) in-tensificou a coleta de subsídios visando aperfeiçoar a proposta. O objetivo do parlamentar é ga-rantir ao parecer a ser elabora-do profundidade e abrangência esperadas pelos diferentes elos da cadeia produtiva, que tam-bém podem ajudar a superar pontos de atrito existentes no texto.

O primeiro debate reuniu lideranças de categorias que atuam na unidade paulistana da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Ge-rais do Estado de São Paulo, o maior complexo da América Latina. “Estou aqui para colher informações e sugestões que estudarei criteriosamente no sentido de inserir no parecer a ser apresentado”, explicou Junji que também preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Horti-frutiflorigranjeiros, além de ser empresário rural e registrar um histórico de mais de 40 anos como líder agrícola.

Organizado por Robson Co-ringa, presidente do Sincaesp – Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo, a reunião realizada nes-ta quinta-feira (04/07/2013), contou com a participação de Cláudio Simões Furquim Leite Júnior, diretor da Apesp – As-sociação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo, Mario Marcos, vice-presiden-te do Sindicar - Sindicato dos Carregadores Autônomos de Hortifrutigranjeiros e Pescados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo e Milton Minoro Inada Júnior, diretor-executivo da Aca-pesp – Associação dos Comer-ciantes Atacadistas de Pescados do Estado de São Paulo.

Como assinalou Junji, “a es-sência do projeto é muito boa”, porque trata a questão do abas-tecimento de modo profissional. “É de extrema importância para melhorar a tão carente rede de entrepostos públicos. Contem-pla as expectativas de reforma, ampliação e construção de mo-dernas unidades, reivindicadas há tempos por todos os elos da

cadeia produtiva para garan-tir a qualidade dos produtos, menores custos e atendimento eficiente ao consumidor”, evi-denciou.

Seguindo seu conceito de atuação participativa, Junji tra-balhou junto à consultoria téc-nica da Casa na elaboração de uma minuta de parecer sobre o projeto. O texto foi encaminha-do às diversas entidades ligadas ao setor para que se manifestas-sem. Na etapa atual, o deputado vem fazendo contatos pessoais com lideranças que desejam contribuir com a proposição.

Segundo Junji, que também faz parte da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abas-tecimento Interno – Ceasas, é preciso mergulhar os entrepos-tos públicos de todo o Brasil num “banho de modernidade”, capaz de compensar mais de meio século de atraso estrutural

e operacional das unidades que funcionam com “assombrosa precariedade” em prejuízo da cadeia produtiva completa – dos produtores aos consumidores.

O deputado ressaltou o fato de a proposição contar com o apoio maciço das entidades classistas ligadas às centrais de abastecimento e aos produtores rurais. O projeto que institui o PlanHort envolve desde o es-tímulo à produção e ao consu-mo de hortaliças, frutas, flores, plantas ornamentais e medici-nais, produtos alimentícios na-turais e perecíveis, pescados e víveres até ações para promover o desenvolvimento e a difusão de técnicas e boas práticas de produção, transporte, embala-gem, armazenagem e comercia-lização dos produtos naturais.

Além de prever a construção de novos entrepostos públicos, revitalização e ampliação dos

atuais, o projeto também de-termina que cada unidade dis-ponha de áreas livres a serem destinadas ao produtor rural e suas organizações. Também de-termina a adoção de um sistema unificado de informações que proporcione o desenvolvimento integrado do setor e a formula-ção de políticas adequadas, en-tre outras medidas catalogadas por Junji como “indispensáveis à valorização do agronegócio e o devido zelo pelo bem-estar do consumidor”.

Parceria

O deputado ressaltou que para a construção e operação de mercados “não adianta es-perar do poder público. É pre-ciso juntar a categoria e captar empreendedores interessados em uma PPP – parceria público--privada. O governo entra com linhas de financiamento e deixa a iniciativa privada trabalhar em conjunto com as categorias do setor”, orientou o deputado federal Junji Abe, crítico contu-maz da inoperância de órgãos públicos na gestão das centrais de abastecimento.

Se ficar a cargo da iniciativa privada, a operação das cen-trais de abastecimento ganhará dinamismo, eficiência e os es-perados investimentos, como acredita Junji. A legislação, com-pletou ele, se encarregaria de garantir a participação direta dos agentes da cadeia produ-tiva. Para ilustrar, o deputado citou a ocupação das futuras unidades decorrentes de PPP. Hoje, os permissionários ou

PLANHORT

concessionários são definidos por meio de concorrência pú-blica, ganhando o espaço quem paga mais por ele.

De acordo com Junji, o proje-to em exame poderia estabele-cer que a regra de ocupação dos entrepostos considere, como item prioritário, a tradição do interessado na atividade merca-dológica, prevendo, por exem-plo, cinco anos de experiência comprovada. “Seria um meio de resguardar o lugar de quem en-tende do ramo, tem competên-cia para atuar numa central de abastecimento e não é um sim-ples aventureiro”. Já a concor-rência simples, baseada na ofer-ta de melhor preço pelo espaço, valeria para instituições como bancos, restaurantes, lancho-netes e lojas de insumos, entre outros, segundo o parlamentar.

Perfil

O projeto de Lei que institui o PlanHort traz um panorama da representatividade econômi-ca das centrais de abastecimen-to. São 72 entrepostos públicos ocupando área total superior a 13 milhões de metros quadra-dos (m²) para acolher 442 pa-vilhões onde 11 mil empresas e cerca de 22 mil produtores rurais – a maioria da agricultura familiar, atuam na comercializa-ção de seus produtos.

Dados da Abracen – Asso-ciação Brasileira de Centrais de Abastecimento dão conta de que o sistema gera aproximadamen-te 200 mil empregos diretos. O Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento atesta que, em 2008, foram comercia-lizados 18 milhões de toneladas de frutas, legumes e verduras, movimentando cifras da ordem de R$ 20 bilhões.

O autor assinala que “os en-trepostos públicos de abasteci-mento alimentar são indispen-sáveis na formação de preços de produtos sujeitos a variações quase diárias, porque concen-tram, no mesmo espaço físico, o produtor e o atacadista incum-bidos da distribuição ágil de ali-mentos perecíveis”.

De acordo com a proposição, caberá ao Poder Público Federal estabelecer diretrizes unifor-mes para os regulamentos de mercado, que deverão reger as relações entre as administra-ções dos entrepostos e seus usu-ários. Atualmente, com exceção da Ceagesp e da Ceasa Minas, ainda sob gestão da União, os demais entrepostos são estadu-ais ou municipais.

Política Agrícola

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julho de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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18 Bio Brazil Fair JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

ESALQ ENTREPOSTO

4º Encontro de Produtores de Hortaliças

Acontecerá em 22 de julho o 4º Encontro de Produtores de Hortaliças da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ). O objetivo do evento, além de comemorar o dia do agricultor, é fornecer ao produtor conheci-mento sobre tecnologias de plantio e colheita.

Voltado para produtores rurais e profissio-nais do setor, a atividade inclui palestras que terão como foco o uso de bandejas descartáveis no plantio de hortaliças, que garantem melhor manejo e fácil descarte. A técnica resulta em mais qualidade e sanidade após a colheita. O encontro será realizado no Sítio Santana, loca-lizado na rodovia SP-127, Piracicaba Rio Claro, km20, na IBS Mudas, das 13h30 às 18h.

Inscrições devem ser feitas na Casa do Produtor Rural (CPR), localizada na Av. Pádua Dias, 11, bairro São Dimas, pelo telefone (19) 3429-4178 das 8h às 12h, e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira, ou pelo e-mail [email protected]. As vagas são limitadas, gratuitas e ex-clusivas para produtores e profissionais.

A realização é da CPR, com o apoio da Co-missão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx), Serviço de Cultura e Extensão Univer-sitária (SVCEx), Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema), Co-ordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e Companhia de Entrepostos e Arma-zéns Gerais de São Paulo (Geagesp/Ceasa) de Piracicaba.

Consideradas as principais feiras nos seus respectivos segmentos, a Bio Brazil Fair | BioFach América Latina e a Naturaltech confirmaram sua importância no mercado repre-sentando com força e qualidade setores em franca ascensão em âmbito nacional.

Os quatro dias dos eventos, entre 27 e 30 de junho, regis-traram 21.485 visitantes e pro-fissionais do setor nos corre-dores da Bienal do Ibirapuera. Eles conheceram, provaram e adquiriram produtos de mais de 200 expositores para consu-mo próprio ou para suas lojas.

Feira destaca ascensão do mercado de orgânicosExposição realizada na capital paulista termina com muitos negócios e excelente visitação

EVENTO

Neste ano, o número de com-pradores profissionais foi 20% superior ao do ano passado.

Para Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, promotora dos eventos, o sen-timento é de dever cumprido. “A grande movimentação nos corredores e estandes, tanto de compradores profissionais como também do público con-sumidor, comprovam o sucesso de mais esta edição”.

Na avaliação do executivo, as feiras representam a gran-diosidade do setor de orgâni-cos e produtos naturais, além de reforçar a crença de que a

alimentação e hábitos saudá-veis podem e devem tornar-se opções mais viáveis ao consu-midor, mantendo-se a rentabi-lidade dos produtores e fabri-cantes.

Os quatro dias dos eventos, entre 27 e 30 de junho, regis-traram 21.485 visitantes e pro-fissionais do setor nos corre-dores da Bienal do Ibirapuera. Eles conheceram, provaram e adquiriram produtos de mais de 200 expositores para consu-mo próprio ou para suas lojas. Neste ano, o número de com-pradores profissionais foi 20% superior ao do ano passado.

O cardápio da semana de 17 a 21 de julho do Festival de Sopas Ceagesp tem como desta-que o Creme de Mandioquinha com Bacalhau. Além desse sabor, haverá ainda as sopas de Fricassé de Carne aos dois Funghis, Sopade Alho Poró com Queijo Gruyére e as sopas de Cebola e de Cebola Gratinada.

O Festival de Sopas também oferece como pratos adicionais Canjica Doce, às quartas--feiras; Creme de Pinhão com Cream Cheese, às quintas-feiras; e Sopa de Chocolate com Frutas, aos domingos. Esses sabores ficam in-cluídos no preço de R$ 26,90 do buffet. Quem quiser acompanhar mais detalhes e informa-ções sobre o evento pode acessar o site www.festivaldesopasceagesp.com.br.

O Festival de Sopas funciona de quar-ta a domingo nos seguintes horários: às quartas,quintas e domingos, das 18h à meia--noite, e às sextas e sábados, das 18h às 2h. As pessoas podem servir-se à vontade (ape-nas das sopas) por R$ 26,90. Também há uma mesa de antepastos (cobrados à parte), várias opções de vinhos de diversas nacionalidades, e de outras bebidas, incluindo sucos e refri-gerantes. Café e sobremesa complementam o cardápio.

A entrada é pelo Portão 3 do Entreposto Terminal São Paulo, da Ceagesp, na av. Dr. Gastão Vidigal, 1.946, na Vila Leopoldina. O estacionamento é grátis.

Destaques do Festival de Sopas Ceagesp

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julho de 2013 19Bio Brazil FairUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

NUTRIÇÃOParcerias

Uma das novidades da Bio Brazil Fair deste ano foi parceria com a NürnbergMesse, promo-tora alemã da BioFach – mais importante feira de negócios de orgânicos do mundo, com edi-ções na Alemanha, Índia, China, Japão e Estados Unidos - e com o IPD – Instituto de Promoção do Desenvolvimento, parceiro da Apex-Brasil no Projeto Organics Brazil de estímulo às exporta-ções do setor.

Segundo Ming Liu, coorde-nador executivo de projetos do IPD, “a Bio Brazil Fair| BioFa-ch América Latina mostrou ao mercado a força com que os seg-mentos de produtos orgânicos, naturais e sustentáveis têm se mostrado nos mercados globais. A união dos dois eventos apenas reforça a imagem do País como a principal feira do segmento, fortalecendo o mercado inter-no na medida em que aproxima toda a cadeia: consumidor, pro-dutor, processador, varejo e as tradings em um único ambiente de negócios”.

Ligia Amorim, diretora geral da NürnbergMesse Brasil, con-corda. “Observando o potencial crescimento do setor de orgâ-nicos, a BioFach América Latina

retornou ao país em parceria com a Bio Brazil Fair. O objeti-vo é somar esforços para gerar negócios, proporcionar a troca de conhecimentos com a vinda dos palestrantes internacionais e aumentar a visibilidade dos produtos e do mercado brasi-leiro no mundo. Desta forma, o Brasil está definitivamente in-serido no calendário mundial dos principais eventos do setor de orgânicos no mundo – BIO-FACH. Apesar do pouco tempo, conseguimos atrair visitantes e expositores de diversos países como Polônia, Argentina, Holan-da e Peru. Podemos afirmar que começamos com sucesso esta parceira, que promete bons re-sultados ao mercado”.

Fórum Internacional de Agricultura Orgânica

O Projeto Organics Brazil re-alizou, em parceria com a Fran-cal Feiras e NürnbergMesse, a organização da nona edição do Fórum Internacional do evento, que contou com a presença de personalidades do mundo or-gânico de diferentes países para discutir as principais tendên-cias do mercado internacional e as oportunidades dos produtos brasileiros no mercado global.

As apresentações, que con-taram com auditório lotado, aconteceram durante os dois primeiros dias da Bio Brazil Fair| BioFach América Latina. Para Ming Liu, o Fórum não só apresentou novas ideias e pro-postas, como também ajudou na construção de uma boa imagem do Brasil junto ao mercado in-ternacional.

“A realização do Fórum In-ternacional, sem dúvida, contri-bui na construção da imagem do País. É um privilégio podemos contar, agora, com as agendas e apresentações de palestrantes internacionais que só frequen-tavam eventos na Europa e nos Estados Unidos. Agora eles têm uma percepção in loco de que, apesar de nosso mercado ser relativamente novo, com regu-lamentação própria, o mercado interno é tão representativo e forte, com exportação e muito potencial para crescer”, afirmou Liu.

Ciclo de palestras

A Naturaltech também con-tou atrações paralelas, como o tradicional Seminário SVB – Alimentação Ética, Saudável e Sustentável, que chegou à sua 5ª edição em 2013.

Ao completar 126 anos de fundação em junho, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) lançou sua milésima cultivar: o feijão IAC Milênio. Uma das mais tradicionais instituições de pesquisa brasileiras, de onde sa-íram diversas cultivares de café e de frutas, assim como as pes-quisas que propiciaram o cultivo da soja no Cerrado nos anos 70, também é a responsável por um alimento que não pode faltar na nossa dieta, o feijão carioca.

Segundo o instituto, a IAC Milênio destaca-se pelo seu pacote tecnológico, que apre-senta qualidade de grão de alto padrão, caldo espesso e alto rendimento de panela, alta pro-dutividade, porte ereto que via-biliza colheita mecanizada, e re-sistência às doenças antracnose e murcha de Fusarium. A antrac-nose é uma doença que danifica folhas e vagens, depreciando o produto; já a murcha de Fusa-rium, principal doença da raiz,

leva a planta à morte. “A resis-tência a essas doenças reduz em cerca de 30% a aplicação de agrotóxicos. Hoje o agricultor tem alto custo para controle da antracnose”, diz o pesquisador Alisson Fernando Chiorato .

Ele afirma que o custo total de produção do feijoeiro varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil por hecta-re, sendo que grande parte des-se montante envolve produtos químicos usados na prevenção e controle de pragas e doenças.

Sérgio Augusto Morais Car-bonell, diretor-geral do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, informa que hoje cerca de 20% do mercado nacional de feijão é ocupado materiais de-senvolvidos na instituição.

Segundo ele, a cultivar IAC Milênio apresenta produtivida-de média de 2.831 kg/hectare, que é semelhante a outros ma-teriais do mercado, e potencial produtivo de 4.625 kg/hectare.

IAC comemora 126 anos e lança milésima cultivarInstituição de pesquisa responsável pelo desenvolvimento do feijão carioca, cria variedade resistente a doenças

O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai escalonar o au-mento de 30% para 50% de suco em néctares de uva e laranja. A negociação foi feita durante audiência pública re-alizada nos dias 2 e 3 de julho, em Brasília (DF).

Uma nova instrução nor-mativa será publicada conce-dendo ao setor produtivo pra-zo de 18 meses para aumentar de 30% para 40% o teor de suco em néctares dessas fru-tas e, após esse prazo, mais 12 meses para que o teor suba de 40% para 50%.

Os novos prazos para o aumento do teor de suco em néctares também permitirão que o setor produtivo provi-dencie rótulos com a declara-ção quantitativa de ingredien-tes. A proposta também prevê que a quantidade de 30% de suco em néctares de baixa caloria seja mantida até que sejam realizados testes para ajustar o aumento do suco e a quantidade de calorias dessas bebidas.

O diretor do Departamen-to de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Ricardo Ca-valcanti, ressalta que a nego-ciação contribuiu para que os envolvidos nessas cadeias produtivas tenham mais tem-po para fazer testes de como oferecer uma bebida mais sa-borosa aos consumidores sem causar grandes impactos nos preços dos produtos.

Segundo o diretor, durante as negociações ficou eviden-ciado, entre a grande maioria dos atores envolvidos, que o mais importante é que o con-sumidor seja privilegiado com um néctar com maior valor nutricional. “Fico muito feliz em saber que esses segmen-tos atingiram um grau de ma-turidade tal que possibilitou o fechamento desse acordo de-mocrático e histórico”.

Participaram da audiência representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), Associa-ção Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Asso-ciação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (Embrapa), várias cooperativas e sindica-tos rurais de produtores de laranja e de uva, entre outros.

Mapa e setor produtivo fecham acordo sobre aumento de teor de suco em néctar

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20 Internacional JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Duas novas cultivares de ma-çãs desenvolvidas por cientistas canadenses tiveram seus genes alterados para inibir a reação química catalisada pela enzima polifenoloxidase, um processo natural que deixa a fruta marrom após o contato com o oxigênio.

Além do grande potencial para reduzir o desperdício de alimentos no varejo e na casa do consumidor, a modificação gené-tica melhora o sabor, a textura e a retenção de vitamina C e antio-xidantes, nutrientes geralmente queimados durante a fase de oxi-dação que escurece a polpa e o suco da maçã.

Desde 2011, a Okanagan Specialty Fruits (OSF) aguarda a aprovação do Canadá e dos EUA para distribuir comercialmente os frutos das variedades registra-das como Arctic Apples. Agora, a expectativa da pequena empresa de biotecnologia canadense é que a desregulação aconteça até o fim deste ano em ambos os países.

A partir da próxima primave-ra no hemisfério norte, a compa-nhia espera plantar para forne-cer aos segmentos de produtos minimamente processados, food service, comércio atacadista e ou-tros nichos de mercado.

O processo de melhoramen-to empregado nas Arctic Apples pode ser usado em qualquer va-riedade de maçã, conforme expli-ca o fundador e presidente da OSF, Neal Carter.

Mas embora as Arctic Golden Delicious e Granny Smith não se-jam transgênicas, investigações envolvendo organismos genetica-mente modificados (OGMs) sem-pre são controversas.

A associação que representa a cadeia produtiva da maçã dos Estados Unidos (U.S. Apple As-sociation, em inglês) geralmente apoia esse tipo de avanço cientí-fico e não acredita que as maçãs da OSF sejam um motivo de pre-ocupação para a saúde humana.

A entidade, porém, tem sido contrária à autorização para o plantio comercial, pois teme a percepção negativa de parte dos consumidores a respeito de alimentos manipulados geneti-camente. Por isso, a associação acompanha o caso de perto e

Governos do Canadá e EUA devem aprovar até o fim do ano o plantio comercial da fruta que mantém aparência e sabor por mais tempo

BIOTECNOLOGIA

Paulo FernandoDe São Paulo

Uma das maiores empre-sas de fruticultura do plane-ta, a Del Monte está testando uma cultivar geneticamente modificada de abacaxi na Costa Rica.

De acordo com a multi-nacional, que também pos-sui fazendas no Brasil, os resultados deste projeto po-derão levar o ananás Rosé à comercialização.

“Mas essa etapa vai de-pender de muitos fatores, incluindo aprovações regu-latórias por parte das au-toridades governamentais pertinentes, onde e quando for o caso”, explica o vice--presidente de marketing da companhia, Dennis Christou.

Os genes envolvidos na biossíntese de licopeno estão sendo alterados, a fim aumen-tar seus níveis nos tecidos comestíveis da fruta e dar cor rosada à polpa. Os genes de interesse são derivados de es-pécies de plantas comestíveis, abacaxi e tangerina.

De acordo com um comu-nicado do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês), o fruto do abaca-xizeiro Rosé não tem capaci-dade para propagar e persis-tir no meio ambiente depois de colhido e, portanto, não requer licença para importa-ção ou movimento interesta-dual de carga.

Ao redor do mundo, cien-tistas de outras instituições e empresas também estão pes-quisando variedades trans-gênicas de arroz, banana, beterraba, cana-de-açúcar, laranja, mamão, mandioca e muitas outras plantas.

O objetivo é expressar nessas espécies as mais dife-rentes características, como resistências a insetos, fungos e vírus, tolerância a outros princípios ativos e à seca, além de melhorias em suas composições nutricionais.

Maçã alterada geneticamente não escurece depois de fatiada

destaca que já existem no mer-cado variedades cuja oxidação é naturalmente mais lenta.

O Conselho de Horticultura do Noroeste (Northwest Horti-cultural Council, em inglês) tam-bém rejeita a inovação, alardean-do o risco que os OGMs podem representar aos pomares de ma-çãs orgânicas e o temor da perda do mercado europeu.

Apesar das polêmicas, a OSF pretende expandir suas opera-ções. “Depois de atingido o grau de sucesso comercial na Améri-ca do Norte, vamos considerar a busca de outros países, mas isso ainda vai demorar alguns anos, já que os processos regulatórios são rigorosos e somos uma com-panhia pequena, com menos de dez empregados”, diz o especia-lista em marketing da empresa, Joel Brooks.

No Brasil, a Lei de Biossegu-rança (Lei nº 11.105/05) exige que qualquer OGM passe pela avaliação criteriosa da Comissão Técnica Nacional de Biosseguran-ça (CTNBio). Esse procedimento demora cerca de 18 meses. Por levar em consideração apenas os pareceres que separam os mitos ideológicos das verdades científi-cas, o sistema nacional tem sido elogiado mundo afora.

Multinacional testa abacaxi transgênico na Costa Rica

Pesquisa da variedade rosada recebeu aval do governo americano este ano

+ CIÊNCIA

Paulo FernandoDe São Paulo

Supressão da enzima polifenoloxidase impede que a polpa e o suco da maçã escureçam, conforme mostram as comparações acima e abaixo

O produtor Neal Carter aguarda autorização para comercializar as maçãs Arctic na América do Norte

FOTOS: OSF / Divulgação

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julho de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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22 Artigo JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

A Região Norte do Brasil, constituída pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, é a área de introdução mais re-cente do cultivo empresarial de flores e plantas ornamentais do País. Cabe destacar, contudo, que nos últimos anos chegou a angariar números representa-tivos no conjunto desta cadeia produtiva, agregando 3,8% do número total de produtores, 2,7% do Valor Bruto da Produ-ção (VBP) e 2,03% da área to-tal cultivada em todo o Brasil. Observe-se que esta ocupação geográfica pelas flores e plan-tas representa, no conjunto da floricultura brasileira, 2,32% da área cultivada a céu aberto, 4,97% da área cultivada sob a proteção de telados e 0,37% da área coberta com estufas.

Considerando as condições geoclimáticas e ecológicas pre-dominantes na região, a ativi-dade está naturalmente foca-da na exploração de espécies tropicais nativas e/ou exóticas adaptadas, com destaque para helicônias, alpínias, bastões--do-imperador, zingiberáceas diversas, orquídeas, antúrios e folhagens tropicais de corte, especialmente palmeiras e ará-ceas.

A floricultura praticada na região Norte do Brasil concen-tra-se, contemporaneamente, na exploração de espécies culti-vadas para corte, sendo tanto no segmento de flores, quanto no de folhagens tropicais. Estima--se que sejam produzidas anu-almente 1,5 milhão de hastes comerciais de flores tropicais de corte, sendo os principais es-tados produtores: Pará, Amazo-nas, Tocantins e Rondônia.

No segmento específico de outras espécies de nature-za subtropical ou temperada, a produção regional é, obvia-mente, bem menos expressiva, resumindo-se a uma oferta anu-al da ordem de 150 mil hastes cortadas, com destaque para as seguintes espécies: crisântemo (Chrysanthemum sp.), áster (Aster sp.) e angélica (Polian-thes tuberosa). Note-se que na cultura regional, mesmo nos ambientes técnicos, costumam ser classificadas neste grupo

A floricultura na

espécies exóticas de clima tro-pical como zínias, cristas-de--galo, perpétuas e outras. Um dos principais motivos para esse fato é que estes produtos não são cultivados de maneira exclusiva, nem tampouco em áreas extensivas de terra. Pelo contrário, a instalação se dá na forma de pequenas leiras ou canteiros isolados, em terrenos da própria habitação dos pro-dutores e seus familiares. Seu cultivo é efetivamente progra-mado apenas em função das vendas para o Dia de Finados,

com raras exceções no caso da produção de angélicas, que tem utilização nas ornamentações religiosas e sociais, especial-mente de casamentos, ao longo de todo o ano.

No segmento das plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, as principais es-pécies cultivadas são: palmei-ras (diversas), ixoras (Ixora coccinea, I. chinensis e I. finlay-soniana) e mini-ixoras (Ixora coccínea “Compacta”), duran-tas ou pingos-de-ouro (Duran-ta repens), árvores e arbustos

*Engenheiro agrônomo, douto-rando em Ciências da Comuni-cação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Con-sumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abas-tecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

**Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

nativos e regionais (diversas espécies), mussaendas (Mus-saenda alicia, M. erytrophylla e M. philippica), agaves (Agave spp.), abacaxi-roxo (Tradescan-cia spathacea), entre não mui-tos outros itens.

O segmento de flores e plan-tas envasadas responde pela entrega anual ao mercado de cerca de 500 mil unidades. En-tre as principais espécies culti-vadas encontram-se: petúnias (Petunia sp.), begônias (Bego-nia sp.), café-de-salão (Aglao-nema commutatum), afelandra

Amazônia(Aphelandra squarrosa), vincas (Catharanthus roseus), tagetes ou cravos-de-defunto (Tagetes patula), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena), jibóias (Epipremnum pinnatum), antú-rios (Anthurium sp.), alocásias (Alocasia sp.), colocásias (Co-locasia sp.), filodendros (Philo-dendrum sp.) e tinhorão e ma-langas (Caladium sp.; Caladium lindenii), entre outras.

Nos últimos anos, importan-tes investimentos em pesquisa e extensão têm sido realizados em apoio ao desenvolvimento da floricultura tropical na re-gião Amazônica, especialmente no que se refere à adubação, cultivo, controle de pragas e do-enças, colheita e pós-colheita de diversas espécies de flores tro-picais, com ênfase em diferen-tes espécies de helicônias.

Parte desse esforço empre-endido, principalmente por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental será ago-ra publicado pela Universida-de Federal Rural da Amazônia (UFRA), em livro que circulará nacionalmente no segundo se-mestre de 2013.

Os consultores da Hórtica Consultoria honrosamente par-ticipam deste trabalho, colabo-rando nos temas referentes à socioeconomia da floricultura amazônica, a partir do conjunto de estudos por eles realizados na região no período de 2005 a 2010, e que inclui os Perfis das Cadeias Produtivas de Flores e Plantas Ormentais dos Estados da Região Norte do Brasil, além do Diagnóstico da Competitivi-dade e Eficiência da Floricultu-ra da Amazônia, entre outros, sempre em parceria com os SEBRAEs de todos os Estados envolvidos.

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julho de 2013 23PaisagismoUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Feiras apresentaram novas tecnologias e direcionaram profissionais do setor com propostas de capitação

Holambra recebe simultaneamente eventos de paisagismo e arte floral

O 22° Encontro Nacional de Floristas, Atacadistas e Empre-sas de Acessórios (Enflor) e a 10° Feira de Tecnologia em Jar-dinagem e Paisagismo (Garden Fair) aconteceram simultanea-mente na cidade de Holambra (SP) entre os dias 14 e 16 de Ju-lho. Os expositores apresenta-ram aos profissionais do setor as novidades em cores, texturas e combinações de flores e plan-tas ornamentais.

A orquídea, cada vez mais acessível para o público bra-sileiro, ganhou destaque no evento e continua chamando a atenção do visitante. Depois das Phalenopsis azul e lilás, o Sítio Kolibri apresentou a va-riedade na cor verde. Já a Den-drobium Berry Oda, resistente ao frio, atrai pela cor roxa em

tons claros e escuros, mas prin-cipalmente pelo agradável per-fume que exala.

Na sessão de jardinagem, a novidade ficou por conta do lançamento do Cróton Brasilei-ro, cultivar de rosa desenvolvi-do no Brasil nas cores verde e amarela, alusão à Copa do Mun-do de Futebol a ser realizada no país em 2014.

Dentro da programação dirigida aos profissionais, inú-meras atividades de capacita-ção foram realizadas durante os três dias do evento. Além da oficina com o famoso florista Vic Meirelles, os visitantes pu-deram acompanhar workshops sobre embalagens, projetos de decoração, buquês, lagos orna-mentais, palestras do Sebrae entre outros.

22° ENFLOR E 10ª GARDEN FAIR

Page 24: Jornal Entreposto | Julho 2013

24 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

ECONOMIA

Mamão papaya

-30,3%

Milho verde

24,1%

Repolho

-40,9%

Alho estrangeiro

-4,7%

Camarão ferro

-13,7%

Índice Ceagesp confirma trajetória de queda e recua 3,77% em junhoLegumes e verduras foram os setores que registraram as maiores quedas. No ano, o Índice Ceagesp apresenta retração de 0,29% e, nos últimos 12 meses, elevação de 6,86%

Em junho, o Índice de preços Ceagesp recuou 3,77%. Com ex-ceção do setor de pescados, to-dos os demais setores registram redução dos preços praticados. “Está é uma época satisfatória para a produção agrícola, nota-damente hortaliças. Com pouca incidência de chuvas e tempera-turas mais amenas, o volume de perdas diminui acentuadamen-te neste período do ano”, expli-ca Flávio Godas, economista da Ceagesp.

Além da oferta satisfatória, o inverno invariavelmente apre-senta uma natural retração no consumo, principalmente nas hortaliças folhosas, refletindo em preços mais baixos. No ano, o Índice apresenta retração de 0,29% e, nos últimos 12 meses, elevação de 6,86%.

Novamente, o setor de ver-duras apresentou a maior que-da, de 16,3%. Com destaque para coentro (-61,5%), repolho

(-40,9%), espinafre (-33,9%), catalonha (-30, 9%), rabane-te (-28%), alface americana (-25,8%) e agrião (-24,9%). So-mente o milho verde (24,1%) registrou alta no setor, impul-sionado pela demanda aquecida em razão das festas juninas.

O setor de legumes, com recuo de 11,11%, registrou a segunda maior queda. As prin-cipais baixas ocorreram no pimentão amarelo (54,1%), beterraba (-43,3%), cenou-ra (-39,5%), pimentão verde (-35,85) e tomate (-18,3%). Principais altas: Jiló (46,7%), ervilha torta (37,9%), pepi-no japonês (34,5%) e chuchu (29,8%).

Já o setor de frutas apre-sentou retração de 1,46%. As principais quedas foram ma-mão papaya (-30,3%), moran-go (-30,2%), maracujá azedo (-14,5%), laranja lima (-13,9%) e melancia (-13,8%). Principais

altas: Melão amarelo (39,9%), figo (37,8%), goiaba (32%) e uva niagara (23,1%).

No setor de diversos a redu-ção foi de 0,74%. Principais bai-xas: alho estrangeiro (-4,7%), batata lisa (-3,7%) e milho de pipoca estrangeiro (-2,89%). Os principais aumentos foram da canjica (26,8%), amendoim (10%) e coco seco (9,7%).

Por fim, o setor de pescados registrou alta de 1,84%. Os prin-cipais aumentos foram da sardi-nha congelada (49%), anchovas (20,7%), salmão (15,7%) e lula congelada (12,2%). Principais quedas: Atum (-18,4%), ca-marão ferro (-13,7%), polvo (-12,9%) e cavalinha (-10,2%).

TendênciaCaso as condições climáticas

permaneçam inalteradas, a ex-pectativa é de mais redução de preços em julho, principalmen-te frutas, legumes e diversos.

O setor de verduras apresenta preços muito próximos aos de custo e, portanto, não deverão sofrer mais quedas tão acentu-adas como nos últimos meses.

É natural a retração no con-sumo nessa época do ano. Como as condições climáticas devem continuar propícias à produção, a expectativa é de mais eleva-ção no volume ofertado, ótima qualidade e redução dos preços praticados da maioria dos pro-dutos comercializados.

A redução de preços neste período deverá, inclusive, auxi-liar na manutenção dos índices inflacionários em patamares satisfatórios para os consumi-dores.

Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à

cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regula-res durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhi-dos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representa-tividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abaste-cimento.

As Centrais de Abastecimen-to do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) lançou no mês de junho o Ce-asa Mais Cuidada, que tem como principais objetivos melhorar a separação de resíduos, reduzir os custos aos permissionários e aumentar a sustentabilidade na comercialização de alimentos no complexo. O programa prevê além do aumento do quadro fun-cional no trabalho dos resíduos a construção da estação de trans-bordo e de um biogestor, para a separação e beneficiamento dos resíduos, consequentemente.

Nove orientadores serão res-ponsáveis pela distribuição de

Ceasa/RS lança programa de sustentabilidade socioambientalMEIO AMBIENTE

material informativo e educativo junto ao público da Ceasa, bem como orientar e conscientizar da importância da separação e destinação correta dos resídu-os orgânico e inorgânico nos contêineres de cores verde e la-ranja. A iniciativa, além de con-tribuir para a melhoria do meio ambiente, visa reduzir o custo operacional da Central, contem-plando também os permissioná-rios e produtores. Uma vez que a composição do custo envolve desde a varrição, o transporte, o custo do maquinário e a disposi-ção dos resíduos na Estação de Transbordo do DMLU (Departa-

mento Municipal de Limpeza Ur-bana de Porto Alegre), sendo que o resíduo inorgânico tem como destino final o aterro sanitário localizado na Região Metropoli-tana, distante cerca de 100 quilô-metros da capital gaúcha.

De acordo com o presiden-te da Ceasa. Paulino Donatti, a meta num futuro próximo, com a participação e envolvimento de todos, é aproveitar 70% do lixo orgânico gerado no complexo.

Ele lembrou que no ano pas-sado, cerca de 9.500 toneladas de resíduos foram produzidas 38 toneladas/dia. Porém, somente apesar de mais de 80% do resí-

duo ser de origem orgânica, so-mente 25% teve destinação final como tal. Isto comprova a impor-tância do programa, dar início a separação correta do lixo, com-plementou Donatti.

Já o diretor técnico-operacio-nal da Ceasa, Gerson Madruga da Silva, destacou a Estação de Manejo e Transbordo dos Re-síduos, que já se encontra em obras e deve entrar em funciona-mento no início de agosto, para posterior utilização para produ-ção de biogás. O investimento desta primeira etapa será de R$ 320 mil. O próximo passo será a construção do biogestor den-

tro do complexo, para produção e aproveitamento de energia a partir do processo fermentativo aneróbico.

Segundo o diretor adminis-trativo financeiro, Paulo de Tarso Tavares, aposta na viabilidade econômica do programa, citan-do como exemplo o custo atual mensal com transporte e dispo-sição, na ordem de R$ 23 mil e 47 mil, respectivamente. Com o programa, o custo com trans-porte pode cair para R$ 9,2 mil e com disposição na ordem de R$ 23,5 mil, o que representará uma economia de R$ 37,3 mil/mês, explicou Tavares.

Page 25: Jornal Entreposto | Julho 2013

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Page 26: Jornal Entreposto | Julho 2013

26 Ceasas do Brasil JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciojulho de 2013

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Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

O primeiro dia de mercado do Polo de Tangerina Ponkan e da Laranja Capixaba marcou a manhã o dia 20 de junho no entreposto central das Cen-trais de Abastecimento do Es-pírito Santo (Ceasa/ES). Além dos produtores, compradores e comerciantes que circulam diariamente na unidade, auto-ridades e representantes mar-caram presença na inaugura-ção do espaço.

O dia de mercado é desen-volvido pela Ceasa/ES em par-ceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técni-ca e Extensão Rural (Incaper) e o principal objetivo é priorizar os produtos que fazem parte do programa ‘Polos da Fruti-cultura’ e estão em período de safra, por meio de um espaço destinado aos produtores para a exposição das frutas e a rea-lização de contatos comerciais.

O projeto também contará com a participação de outros produtos que compõem o Polo da Fruticultura mostrando, valorizando e dando a opor-tunidade de conquistar novos mercados.

Segundo o governador Re-nato Casagrande é melhoran-do a gestão, interiorizando as unidades e marcando presen-ça no dia a dia do produtor, que contribuirá para resolver os problemas relacionados a logística e a comercializa-ção de cada produto. “Dessa forma, conseguimos ajudar o produtor a vender o produto, o que gera renda e emprego para quem está no interior. Temos que dar prioridade ao traba-lho do produtor e fortalecer a Ceasa. Usar a agricultura para desenvolver o Estado de forma equilibrada. Por isso, investi-mos nos programas Caminhos

Polo de Tangerina Ponkan e Laranja Capixaba é inaugurado na Ceasa ES

do Campo, Telefonia Móvel e equipamos os municípios com máquinas”, pontua.

“Este espaço dá oportuni-dade aos produtores de expor os produtos e comercializarem também. Dessa forma, além do contato comercial, eles podem mostrar de onde vêm e a boa qualidade do produto. Quero agradecer a todos que partici-param para a realização desse projeto, que já é um sucesso aqui no entreposto da Ceasa”, destaca o diretor- presidente da Ceasa/ES, José Paulo Viçosi.

Segundo o diretor- presi-dente do Incaper, Evair Vieira de Melo, “o Incaper está pre-sente em cada canto do nosso Estado.

Com isso, podemos traba-lhar para melhorar cada vez mais esta parceria entre técni-cos e prefeituras. Isso é funda-mental para o sucesso dos nos-

Lei amplia prazo de concessões na Ceasa-RJ

A lei 6.482/2013 que regulariza a ocupação dos imóveis das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro S.A. (Ce-asa/RJ), permitindo a assi-natura de novos contratos com o Estado pelo prazo de 15 anos renováveis por mais 15 anos foi publicada no dia 3 de julho, no Diário Oficial.

A lei beneficia aproxima-damente mil comerciantes que atualmente já ocupam boxes, lojas e demais espa-ços físicos nas unidades da Ceasa/RJ, que estavam com prazo por encerrar. Para as áreas vagas, será realizada a abertura de um edital de licitação. O prazo para re-querer a regularização das atividades é até o dia 31 de agosto.

O Secretário de Desen-volvimento Regional, Felipe Peixoto, comentou que essa segurança jurídica aos co-merciantes é mais do que merecida. “Com essa lei, contribuímos para a ativi-dade, dando segurança a esses comerciantes e a to-dos os trabalhadores. Além do lado humano e social, essa lei também garantiu que não houvesse abalos à cadeia produtiva do setor agroalimentar”, declarou.

sos produtores”, destaca.De acordo com o diretor-

-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Flores-tal do Espírito Santo (Idaf), Davi Diniz de Carvalho, o Idaf quer manter parceria com os produtores, porque assim, tra-balhando juntos, conseguem manter um produto de quali-dade.

“A atuação do Governo na vida do agricultor começa com os incentivos, por meio de diversos programas, além de repasse de mudas e caixas plásticas para intensificar a produção e logística.

O Espírito Santo vai produ-zir 24 mil toneladas de tangeri-na ponkan nesta safra que está em curso e estamos fechando um ciclo ao trazer produtos para este importante espaço”, finaliza o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

ABASTECIMENTO

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Aproximadamente mil comerciantes serão beneficiados com a regularização

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julho de 2013 27Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Cá entre nós

Por Manelão

BANCO CEAGESP DE ALIMENTOS

O Núcleo Assistencial à Criança Excepcional “Mundo Encantado” (NACEME) atua há 20 anos com o objetivo de promover e articular ações, prestação de serviços e apoio à família, direcionados para a melhoria de qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, múltipla e do espec-tro autista.

Atualmente o NACEME tem parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e Secretaria Municipal de As-sistência Social (SMADS), através de convênio.

A diretoria da entidade é composta por pais de alunos que realizam um trabalho da maneira mais transparente possível para conseguir o maior retorno na administração dos recursos provenientes de um convênio com a Prefeitura de São Paulo de eventos realizados pelo próprio núcleo e doações de terceiros.

Telefones: (11) 3936-6593 / 2690 / 4959E-mails: [email protected] / [email protected]

Resumo BCA - Junho / 2013 Cinco alimentos mais doados1. Tomate2. Laranja3. Mamão 4. Coco5. Mandioca

Cinco maiores doadores1. Batista 2. Shin3. AGP4. ADL5. Roque Neves

Volume de doações recebidas: 91.997 toneladasVolume de doações distribuídas: 10.100 toneladasTotal de Permissionários doadores: 50Total de Entidades beneficiadas: 93

Seja um doador Banco Ceagesp de AlimentosTelefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929 Nextel: 55*45*4964E-mail: [email protected]

NACEME recebe doações do BCA

Vamos caminhando para o segundo semestre em passos largos. Nossos amigos heróis da estrada protestaram nos bloqueios e mostraram indig-nação, pedindo melhorias no asfalto, redução dos pedágios e segurança. Tão logo os fogos dos pneus foram apagados, as estradas liberadas, os trans-portadores de hortifrutícolas vieram descarregar na Ceagesp e a mesa dos trabalhadores bra-sileiros não ficou desabastecida. Abastecimento é coisa séria.

No dia 6 de julho realizamos a nossa festa julina, com brinca-deiras, bingo, doces, bolos e sal-gados preparados pelas quitu-teiras da Paróquia São Mateus, do bairro Rio Pequeno - Tia Elza, Isabel, Eunice, Eulíria, Zú e Maria Giarola – que, com seus temperos, agradaram o paladar de todos. No bingo, a rodada mais concorrida foi da chuteira que o craque da seleção brasilei-ra Hulk nos mandou.

Agradecemos a todos os de-partamentos da companhia que não mediram esforços para o nosso evento ser realizado. No “voluntariado do amor”, Os Ata-dos vieram e fizeram a diferen-ça: enfeitaram as barracas e o pavilhão PBCF com bandeirolas, e organizaram a fila nas barra-cas da pescaria, tomba-lata, jogo de argolas, boca do palhaço e do coelho.

O churrasco ficou por conta do pai do Pietro, e do marido da Gorete, que é coletor na Ce-agesp. Agradecemos a K Gelo que nos doou cubos para o re-

Arraial da Nossa Turma agita Ceagesp

frigerante e a cerveja ficarem gelados. As maçãs do amor ga-nhamos no NK. O gengibre para o quentão da Iguape e o abacaxi do vinho quente da AJM. Já a ba-tata, da Campo Vitória; a cebola da Cantu e o alho da Capanema. Aos que também contribuíram com produtos ou dinheiro, va-leu!

A “quadrilha do bem” foi dançada pela comunidade do 9, da linha e do Singapura Villa Lobos. A parte musical foi show de bola e contou com a apresen-tação magistral da dupla que re-presentou todos os plantadores e comerciantes de flores, direto de Santo Antonio da Posse, Tais & Eduardo, cantaram um re-pertório legal. E, como sempre, brindaram o público com o ca-lor que lhes é peculiar. No final,

foram aplaudidos entusiastica-mente. Só falta um empurrão-zinho para a dupla ir ao Domin-gão do Faustão.

No dia 10 de julho, a Nossa Turma foi visitada pelo volunta-riado da Loreal Citzen Day que, na companhia do Instituto da Criança do RJ, dançaram a qua-drilha com a nossa garotada que estava vestida a caráter. Foi uma festa maravilhosa.

Dia 14 de julho, o Restauran-te do Festival da Sopa de Cebo-la nos doou 200 convites para apreciar esta iguaria. O Chefe Ivair Félix, recepcionou a todos e o maior grupo foi dos colabo-radores da Telefônica. A renda já foi depositada na conta da Nossa Turma (Banco do Brasil. Agência: 0663-7 Conta Corren-te: 13467-8 ).

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