jornal entreposto | dezembro de 2010

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São Paulo, dezembro de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - N o 127 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento A alimentação escolar e a agricultura familiar B1 Hortaliças brasileiras em números B4 Pimenta: quanto mais ardida, melhor B5 Quem são nossos clientes? B4 Ceagesp tem horários especiais para final de ano C1 Natal deve elevar venda de plantas ornamentais C1 Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda. C2 Tradicional evento da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo supera todas as expectativas e reúne mais de 500 convidados Casa cheia no jantar da Apesp Ano foi um dos mais promissores da história do entreposto paulistano da companhia, avaliam permissionários. No entanto, vendas de fim de ano ainda não animaram o setor. A2 Supermercados alavancam negócios na Ceagesp

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

São Paulo, dezembro de 2010www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 127 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

A alimentação escolar e a agricultura familiarB1

Hortaliças brasileiras em númerosB4

Pimenta: quanto mais ardida, melhorB5

Quem são nossos clientes?B4

Ceagesp tem horários especiais para final de anoC1

Natal deve elevar venda de plantas ornamentaisC1

Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda. C2

Tradicional evento da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo supera todas as expectativas e reúne mais de 500 convidados

Casa cheia no jantar da Apesp

Ano foi um dos mais promissores da história do entreposto paulistano da companhia, avaliam permissionários. No entanto, vendas de fim de ano ainda não animaram o setor. A2

Supermercados alavancam negócios na Ceagesp

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA2

ECONOMIA

Paulo FernandoDe São Paulo

A expansão do comércio varejista brasileiro impactou diretamente as negociações envolvendo alimentos frescos no atacado do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp. Este ano, os supermercados deve-rão registrar seu melhor desempe-nho da série histórica de análises feita, desde 2001, pelo IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística).

Os especialistas concluem que o segmento supermercadista pode crescer mais de 10% em 2010, nú-mero acima do estimado para o PIB (Produto Interno Bruto), de 7,5%. Segundo permissionários ouvidos pelo JE, esse cenário positivo deve-se, principalmente, a três fatores: oferta elevada, dólar em baixa e cré-dito fácil.

O notório aumento do consumo das famílias brasileiras, atribuído ao incremento da massa salarial dos trabalhadores, também é outra vari-ável de peso nessa conta que inter-fere na performance do mercado.

Entretanto, as vendas de fim de ano, naturalmente puxadas pelas festividades típicas do período, ain-da não animaram boa parte dos em-presários da maior central de abas-tecimento da América Latina. Muitos não verificaram, até o fim da primei-ra quinzena de dezembro, aumento da demanda.

É o caso da Fênix Comércio de Hortifruti. De acordo com o vende-dor Antônio Olegário Dias, a distri-buidora que fornece alimentos para hotéis, flats e restaurantes teve um bom desempenho em 2010, mas os negócios não estão emplacando neste fim de ano. “A expectativa é de melhora nos próximos dias”, diz.

Para alguns empresários, o endi-vidamento do consumidor não favo-rece o aumento do consumo.

“Não vamos acompanhar a alta prevista para o PIB, pois os preços caíram e a procura não desenca-

Otimismo moderado marca fim de ano na CeagespCrescimento recorde do setor supermercadista puxa alta das vendas no entreposto da capital

lhou”, lamenta o atacadista Marco Tavares, para quem o bom desem-penho do setor em 2011 estará condicionado à manutenção da atu-al política econômica adotada pelo governo federal, sem reajuste ou criação de impostos.

“Tudo vai depender da postura e das ações do primeiro escalão da nossa futura presidente, Dilma Rousseff”, afirma o sócio da Irmãos Tavares, especializada em produtos diversos, como coco, batata, cebola e alho.

Dessa forma, também pensa o gerente comercial da importadora La Violetera, Nilton Paiva. “Crescemos 15% este ano, mas, para manter-mos esse excelente ritmo em 2011, o futuro governo precisará dar con-tinuidade à política cambial em vi-gor. Aliás, isso nos favoreceu muito este ano, por sermos importadores de frutas frescas, desidratadas e outros alimentos, como bacalhau e azeite”, alega.

A Irmãos Benassi, uma das maio-res distribuidoras de frutas in natura nacionais e importadas do entrepos-to de São Paulo, também festeja o bom ano.

Os negócios empresa, que con-centra 80% de suas vendas no setor varejista, crescerão acima da média calculada para PIB em 2010. “Este ano, nosso faturamento aumentou mais de 30%”, comemora o diretor de relações comerciais da compa-nhia, Eduardo Benassi.

No segmento de legumes, a KS Distribuidora também está otimis-ta. “Estamos seguindo o ritmo de expansão do PIB, o que é um bom sinal para nós”, ressalta o gerente de vendas da empresa, Valdir Soa-res de Sena.

De acordo com o economista Flá-vio Godas, chefe do departamento de economia da Ceagesp, só o vo-lume de frutas comercializadas no ETSP subirá 5% em dezembro, mês em que o o mercado chega a regis-trar aumento de 25% no movimento de veículos e compradores.

Real sobrevalorizado impulsionou comércio de importados no ETSP em 2010, caso da La Violetera. Nilton Paiva, gerente comercial da importadora, comemora os bons resultados: “Foi um ano excelente”, resume

Recorde de vendas no varejo ampliou a carteira de clientes da Irmãos Benassi, o que estimulou a superação de metas da equipe em 2010. “E o próximo ano será melhor que o atual”, prevê Eduardo Benassi, diretor da empresa

“Crescimento do PIB brasileiro puxou alta das vendas na Ceagesp”, avalia Valdir Soares de Sena, da KS Distribuidora

“Dívidas do consumidor não favoreceram negócios durante 2010”, informa o atacadista Marco Tavares

Fluxo de compradores no fim do ano ainda não animou o vendedor Antônio Olegário Dias, da Fênix Distribuidora. “O ano foi bom, mas o movimento não deslanchou este mês”, afirma

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ESPECIAL

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ESPECIAL

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ESPECIAL

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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010

Qualidade BB1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Técnico

Anita de Souza Dias GutierrezFabiane CâmaraCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A alimentação escolar e a agricultura familiar

Todos os dias úteis da semana, 47 mi-lhões de crianças recebem alimentação nas escolas públicas do país, através do Progra-ma Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Serviço Nacional de Alimentação Escolar garante que, pelo menos uma vez por dia, os estudantes tenham acesso a uma refei-ção equilibrada e contribui para a formação de consumidores conscientes e a prevenção de futuros problemas de saúde.

Os cardápios escolares são planejados por nutricionistas e devem oferecer no míni-mo três porções de frutas e hortaliças por semana – 200 gramas por aluno e por se-mana.

O Serviço de Alimentação Escolar do Es-tado de São Paulo fornece refeições para 9.001.156 crianças em 16.945 escolas de 645 municípios. A oferta de 200 gramas de frutas e hortaliças nas refeições significa o consumo semanal de 1.800 toneladas de frutas e hortaliças prontas no prato, que su-prem somente 30% das necessidades das crianças.

São Paulo é o maior produtor de frutas e hortaliças do Brasil e os pequenos pro-dutores e agricultores familiares são res-ponsáveis pela maior parte da produção. O acesso ao programa aqui proposto per-mitirá suprir, com o mesmo recurso finan-ceiro, toda a necessidade diária de frutas e hortaliças na alimentação escolar e elevaria

o consumo anual do Serviço de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo de frutas e hortaliças frescas de 72 mil toneladas para 240 mil toneladas.

Em 2009, o FNDE repassou aos municípios brasileiros R$ 2.013 milhões para a alimenta-ção escolar e a previsão para 2010 é de R$ 3 bilhões. O Programa Nacional de PNAE limi-ta o uso de alimentos industrializados, dando prioridade e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, respeitados os hábitos

alimentares de cada localidade. Hoje o governo federal destina R$ 0,30

por aluno matriculado em ensino fundamen-tal e médio, pré-escola e educação de jovens e adultos. O objetivo é suprir no mínimo 20% das necessidades nutricionais do aluno. As creches, comunidades indígenas e quilombo-las recebem um recurso especial, pela sua fragilidade, de R$ 0,60 por aluno, e devem suprir 30% das necessidades nutricionais dos seus alunos. As escolas em tempo integral re-

cebem R$ 0,90 por aluno, e devem suprir no mínimo 70% das necessidades nutricionais do aluno.

A lei federal nº. 11.947, de 16 de junho de 2009, determinou que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra direta de agricultores familiares locais (cerca de R$ 900 milhões). A medida torna mais complexa a administração da alimenta-ção escolar pelas prefeituras e cria uma gran-de oportunidade de aproximação das escolas com a agricultura, de profissionalização e de melhoria da competitividade econômica do agricultor familiar.

O Brasil tem 4.367.902 agricultores fami-liares e 5.564 municípios. Poucas cidades já conseguiram a organização necessária ao cumprimento da lei, que determinará o rece-bimento ou não da verba do governo federal pelos municípios, destinada à alimentação es-colar em 2011.

O Programa HortiEscolha da Ceagesp tem entre seus objetivos a capacitação dos forne-cedores da alimentação escolar, especialmen-te agricultores familiares, torná-los bons forne-cedores, capazes de atender às exigências de tamanho e qualidade solicitadas pelo serviço de alimentação escolar local e aumentar a sua competitividade e a inserção do seu produto no mercado. O curso trata da importância da alimentação escolar no Brasil e no município, da oportunidade e da responsabilidade do agricultor, fornecedor da alimentação escolar, dos procedimentos para o fornecimento da alimentação escolar, de noções básicas de pós-colheita, da classificação e padrões míni-mos de qualidade das frutas e hortaliças da região.

As normas de classificação de lichia se-rão um dos resultados da parceria entre o professor Osvaldo Kiyoshi Yamanishi, da Universidade de Brasília, e um grupo de produtores de lichia indicado por ele, com o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp. O trabalho, que já começou com o levantamento das embalagens externas e internas e dos sistemas de embalamento, terá os seguintes objetivos:

1o. Construção das Normas de Classificação de lichia

• Levantamento das informações necessá-rias à elaboração das Normas de Classifica-ção como normas internacionais, medidas de tamanho, características que valorizam e que desvalorizam a lichia, entrevista de compradores e atacadistas, visita à lavoura;• Construção de uma proposta de normas de classificação para a lichia;• Criação e impressão do material gráfico para a apresentação das normas;

2o. Acompanhamento do desempenho e avaliação da competitividade da lichia dos produtores parceiros, que exigirá:

• Construção de um gabarito de avaliação da qualidade;• Avaliação diária da qualidade e do preço potencial dos lotes enviados pelos produto-res parceiros através de amostragem nos lotes enviados ou das amostras enviadas pelos produtores diretamente ao CQH;• Levantamento da diferença de valor prati-cada no mesmo dia no mercado atacadista da Ceagesp entre o preço máximo e míni-mo, determinação das causas e da sua im-portância na diferenciação do valor;• Um qualigrama, com as avaliações das amostras enviadas e dos lotes de preços máximo e mínimo no mercado naquele dia ficará disponível a cada dia.

Agora é a vez da lichia

Anita de Souza Dias GutierrezHélio Satoshi WatanabeCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O WebAgritec é uma ferramenta desenvol-vida pela Embrapa que agrega em um úni-co sistema vários produtos gerados pelas pesquisas da empresa e conta com sete módulos que permitem uma visão geral do sistema produtivo e orientam o usuário no planejamento e acompanhamento da cultu-ra. Os módulos de zoneamento, cultivar, adu-bação, monitoramento, previsão, diagnóstico e multimídia contemplam, atualmente, as culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo.

A ferramenta pode auxiliar o profissional ligado ao setor agropecuário na tomada de decisão, reduzindo os riscos inerentes à pro-dução agrícola.

Apresenta informações sobre as épocas mais favoráveis ao plantio, ou seja, com menores riscos climáticos associados; culti-vares mais apropriadas; indicações de cala-gem e adubação para cada cultura a partir de análises do solo; previsões e tendências das condições climáticas para um período de 15 dias; e as doenças e distúrbios nu-tricionais que possam surgir no decorrer da safra. O sistema vai oferecer serviços com aplicação regionalizada, como diagnósticos e alertas de pragas e doenças; dados so-bre clima; condições de solo e estimativas de produção. Será gerado um conjunto de informações em forma de relatórios, mapas, gráficos e tabelas, em linguagem acessível e interface atraente, para que os usuários tomem suas decisões com eficiência.

Pela utilização via web, o sistema poderá ser usado em qualquer lugar que tenha aces-so à internet, facilitando a consultoria simul-tânea a diversas propriedades. O WebAgritec é um instrumento de apoio para produtores e profissionais da extensão rural pública e privada, como agentes de assistência técni-ca e extensão rural, representantes de co-operativas e profissionais autônomos.O sis-tema, que ainda será validado antes de ser disponibilizado ao usuário, foi desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária em parceria com várias unidades da empresa que forneceram seus dados.

Embrapa lança sistema de monitoramento agrícola

TECNOLOGIA CQH

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB2

Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleOssir GorensteinUbiratan Martins FerrazCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) desenvolveu, com a co-laboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais.

A cartilha foi dividida em partes. A primeira parte, que trata do ‘produtor rural e a previdência social’, a segun-da, trata do ‘preenchimento da nota fiscal do produtor’. A terceira e última parte ainda está sendo elaborada pelo Senar e trata das obrigações tra-balhistas do produtor rural’.

Dando sequência à publicação da cartilha no Jornal Entreposto, aqui estão as respostas às perguntas 34 a 47, do quinto capítulo do ‘preenchi-mento da nota fiscal de produtor’, que trata do cadastramento e crédito do ICMS, do IPM – Índice de Participação do Município, da obrigatoriedade de escrituração e da obtenção do CNPJ do produtor. 34. Como o produtor rural faz para obter a sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS?

O produtor rural deverá se inscre-ver por meio eletrônico, mediante o uso dos programas “PGD - Programa Gerador de Documentos do CNPJ” e “Receitanet”, disponíveis para down-load no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). No PGD, o produtor deverá selecionar as op-ções “documentos”, “novo”, “produ-tor rural” e “inscrição”. Preencher os campos dos formulários e transmitir a solicitação, mediante utilização do “Receitanet”.

Após a recepção dos dados, a Se-cretaria da Receita Federal fornecerá um código de acesso para acompa-nhamento da solicitação, havendo, inclusive, a possibilidade do fisco exigir a apresentação de alguns docu-mentos comprobatórios, diretamente na unidade administrativa da Receita Federal de jurisdição do estabeleci-mento ou onde houver convênio, na respectiva junta comercial.

Aceita e homologada a solicitação de inscrição no Cadastro de Contri-buintes do ICMS, o produtor rural po-derá consultar o número da sua inscri-ção estadual no site da Secretaria da Receita Federal ou no da Secretaria da Fazenda do Estado. Simultanea-mente, o produtor rural receberá um número de inscrição no Cadastro Na-cional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Após a obtenção da inscrição es-tadual, o contribuinte deverá solicitar a emissão de senha que lhe permitirá acesso aos demais serviços eletrô-nicos disponíveis no posto fiscal ele-trônico da Secretaria da Fazenda, no endereço www.pfe.fazenda.sp.gov.br.

35. O que é o crédito de ICMS?

O crédito de ICMS é o direito legíti-mo que o contribuinte tem de deduzir

Preenchimento da nota fiscal de produtor

O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento desse serviço.Informações:[email protected] Tel.: ( 11) 3643-3825

do imposto devido na comercialização do seu produto, o imposto que já foi recolhido por ocasião da aquisição dos insumos utilizados no seu proces-so produtivo. Esse direito condiciona-se à escrituração do respectivo docu-mento fiscal e ao cumprimento dos demais requisitos previstos na legis-lação estadual. O crédito deverá ser escriturado por seu valor nominal.

36. Em que situações o produtor rural pode se creditar do imposto?

Tudo o que é consumido direta-mente no processo produtivo como insumos agropecuários, gado em pé para recria ou engorda proveniente de outros estados, óleo diesel, ma-terial de embalagem não reutilizável, bens destinados ao ativo permanente etc, desde que tributados pelo ICMS, confere ao produtor rural o direito ao crédito do ICMS, podendo ser descon-tado quando do pagamento do impos-to incidente sobre a comercialização de sua produção. É importante lem-brar que o produtor rural tem direito ao crédito do ICMS, mesmo quando promove saídas de produtos com de-ferimento ou isenção, desde que haja previsão legal para a manutenção do crédito.

37. É necessário obter alguma auto-rização para a utilização do crédito?

Sim. Devidamente escriturados, os créditos de ICMS só podem ser uti-lizados após homologação do posto fiscal.

38. Qual é o documento que comprova a inscrição do produtor rural no Cadastro de Contribuintes do ICMS?

A DECA (Declaração Cadastral) é documento que o produtor rural de-verá solicitar diretamente no balcão do Posto Fiscal de sua região ou pelo posto fiscal eletrônico, por meio de contador habilitado, caso disponha dos serviços desse profissional, a fim de comprovar a sua inscrição no Ca-dastro de Contribuintes do ICMS. Na DECA constará o número de Inscrição Estadual e de CNPJ do produtor rural.

39. O que é o Índice de Participação dos Municípios (IPM) na arrecadação do ICMS?

O IPM é utilizado no cálculo do re-passe do ICMS pelo estado aos muni-cípios. O IPM é formado por sete com-ponentes. O valor adicionado, o mais importante, que contribui com 76% do índice total, é calculado pela Secreta-ria da Fazenda do estado com base nas informações fornecidas pelos contribuintes na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), na Decla-ração do Simples (DS), na Declaração do Simples Nacional (DSN-SP), na DIPAM-A e na DIPAM-B. Quanto maior o índice de participação, maior o mon-tante repassado pelo estado ao mu-nicípio.

40. O que é a DIPAM-A?

A DIPAM-A é um documento que deve ser entregue pelo produtor rural - pessoa física, que no ano base esteve inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Ainda não é possível o envio do documento pela internet, logo, o

produtor rural deve entregar o disque-te com a DIPAM-A junto ao posto fiscal a que estiver vinculado até 31 de mar-ço do ano seguinte ao da realização das seguintes operações:

• saídas de mercadorias para outros produtores deste estado, ainda que a propriedade rural pertença ao próprio declarante;

• saídas de mercadorias a particula-res ou a pessoas de direito público ou privado não inscritos como contribuin-tes, situados neste estado;

• saídas de mercadorias para qual-quer destinatário situado em outros estados; e • saídas de mercadorias para o exte-rior.

Não é necessário informar na DI-PAM-A as saídas de mercadorias a contribuintes (como empresas ata-cadistas e varejistas) do ICMS deste Estado, pois estas serão informadas pelos destinatários, na DIPAM-B. Caso não haja saída a declarar, o produtor rural fica dispensado de entregar a DIPAM-A.

41. Qual a importância do correto preenchimento e envio da DIPAM-A pelo produtor rural?

De posse dos dados das GIAs, DS e DIPAM-A, a Secretaria da Fazenda do estado calcula o valor adicionado. Como o valor adicionado é resultante do movimento econômico (adição de riqueza) do município e no seu cálculo são computadas as operações e pres-tações que constituam fato gerador do ICMS, mesmo quando o pagamento do imposto for antecipado ou diferido, o aumento da arrecadação do ICMS do município significa elevação da re-ceita do estado e, por conseguinte, resulta no aumento da quota-parte do índice de participação a ser recebida pela prefeitura, uma vez que o valor adicionado é o componente mais im-portante, que contribui com 76% do IPM.

42. O produtor rural precisa adotar o livro fiscal controle da produção e do estoque?Não. Entretanto, o produtor rural pode manter o seu próprio controle, fazendo os seus próprios registros de vendas, retornos, perdas etc.

43. Quais são os livros fiscais, pre-vistos na legislação, que o produtor rural está obrigado a utilizar?

a) Produtor rural pessoa física:

Diferentemente de todos os outros contribuintes do ICMS, o produtor ru-ral é o único que não é obrigado à es-crituração de livros fiscais, tais como livro registro de entrada de mercado-rias, livro registro de saída de merca-doria, livro registro de apuração do ICMS, entre outros, pois a legislação tributária estadual presume que ele não possui suficiente organização ad-ministrativo-fiscal, o que, de um lado constitui vantagem frente aos demais, e, de outro, dificulta sobremaneira o aproveitamento de créditos fiscais oriundos das operações de entrada, tais como aquisição de combustíveis, insumos etc.

O produtor rural deve adotar o Li-vro de Registro de Entradas, modelo 1-A, nas hipóteses de aproveitamento e de utilização do crédito do ICMS, es-tabelecidas pela Portaria CAT-17/03.

b) Estabelecimento de produtor rural pessoa jurídica:

A escrituração dos seguintes livros fiscais é obrigatória:

Registro de Entradas (modelo 1 ou 1-A), Registro de Saídas (modelo 2 ou 2-A), Registro de Controle da Produ-ção e do Estoque (modelo 3), Registro de Impressão de Documentos Fiscais (modelo 5), Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência (modelo 6), Registro de In-ventário (modelo 7), Registro de Apu-ração de ICMS (modelo 9), Livro de Movimentação de Combustível (LMC) e Controle de ICMS do Ativo Perma-nente (CIAP).

44. O produtor rural precisa adotar o livro caixa?

Sim. O preenchimento do livro cai-xa é obrigatório para os produtores com receita a partir de R$ 56.000,00 anuais. É permitida a escrituração do livro caixa pelo sistema de processa-mento eletrônico, com subdivisões numeradas, em ordem sequencial ou tipograficamente. O livro caixa deve ser numerado sequencialmente e conter, no início e no encerramento, anotações em forma de “termo” que identifique o contribuinte e a finali-dade do livro. A escrituração do livro caixa deve ser realizada até a data prevista para a entrega tempestiva da declaração de rendimentos do corres-pondente ano-calendário. O livro caixa independe de registro.

45. Por que, no estado de São Paulo, o produtor rural pessoa Física tem que ter o CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica?

Porque o Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc) está em vigor no estado de São Paulo desde o dia 20 de março de 2006, conforme Porta-ria CAT-14, sendo implementado pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP).

Um dos seus objetivos é integrar o Cadastro de Contribuintes do ICMS e o Cadastro Nacional da Pessoa Ju-rídica (CNPJ), sendo o número de ins-crição no CNPJ utilizado como identifi-cador cadastral único no âmbito das duas administrações tributárias.

Sem prejuízo da atividade exer-cida, todo Produtor Rural – Pessoa Física, inscrito no Cadastro de Contri-buintes do ICMS, ou seja, detentor de Inscrição Estadual de Produtor, está obrigado a se inscrever no CNPJ, con-forme prevê o inciso XV, do artigo 11, da IN RFB nº 748/07.

46. Com o CNPJ, o produtor rural pessoa física terá de constituir empresa e recolher impostos como pessoa jurídica?

Não. Embora o produtor rural - pessoa física passe a dispor e ser identificado por um número de CNPJ, não significa que ele terá de constituir empresa para dar continuidade à ati-vidade rural, nem terá de assumir as obrigações fiscais e tributárias atribuí-

das à pessoa jurídica. A inscrição estadual de produtor

continua existindo, mas integrada com o CNPJ, cujo número de inscrição passará a representar um registro úni-co do produtor rural junto à Receita Federal e à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, para fins de con-trole cadastral.

O produtor rural pessoa física não pode, por exemplo, valer-se do seu CNPJ para obter um empréstimo ban-cário como pessoa jurídica, ou mesmo ser obrigado pela agência bancária a abrir uma conta corrente de pessoa jurídica. Apesar de ter um número de CNPJ, o produtor rural não é pessoa jurídica.

47. Quais documentos o produtor rural deve estar de posse para preencher os formulários do PGD – Programa Gerador de Documentos do CNPJ?

a) Produtor rural pessoa física:

a1) proprietário, titular ou possuidor a qualquer título de imóvel rural: título de domínio registrado ou matriculado no Cartório de Registro de Imóveis ou, na sua falta, documento que compro-ve a posse útil do imóvel.

a2) que produzir em propriedade alheia: contrato ou declaração relati-va à sua condição, firmado pelo pro-prietário ou possuidor do imóvel ou por seu representante legal, no qual esteja consignado o período de ex-ploração, a área cedida e a forma de pagamento.

b) Estabelecimento de produtor rural pessoa jurídica:

b1) se o imóvel estiver situado em área rural, documento comprobatório da inscrição (NIRF – Número do Imó-vel na Receita Federal) no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir) da Secretaria da Receita Federal.

b2) se o imóvel estiver situado em área urbana, documento comprobató-rio da inscrição no cadastro do Impos-to Predial e Territorial Urbano (IPTU) do município correspondente.

c) Representante legal:

c1) instrumento público ou particular que o habilite como mandatário;

c2) documento de identidade; e

c3) comprovante de inscrição no Ca-dastro de Pessoas Físicas do Ministé-rio da Fazenda.

d) Contabilista responsável pela escrita fiscal:

d1) registro no CRC/SP (Conselho Re-gional de Contabilidade); e

d2) comprovante de inscrição no Ca-dastro de Pessoas Físicas do Ministé-rio da Fazenda.

Capítulo V

Cartilha elaborada pelo CQH orienta produtor rural no cumprimento de exigências legais

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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 B3

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB4 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 B5

Desde 2 de agosto, o produtor rural deve utilizar o Sistema da AIDF (Au-torização de Impressão de Documentos Fiscais) Eletrônica para solicitar a confecção de impressos fi scais modelo 4.

Antes do primeiro pe-dido de AIDF Eletrônica, é necessário informar no cadastro de histórico os dados da última AIDF em papel.

Caso seja utilizada pelo produtor mais de uma sé-rie de impressos modelo 4, efetuar o cadastro da última AIDF de cada série. Esta medida é necessá-ria para que o sistema dê andamento na numeração sequencial dos impressos fi scais.

Ainda que não exista histórico a ser cadastrado, o sistema exigirá que seja feita a “Declaração de Ine-xistência de Histórico”.

O pedido de AIDF no sistema da AIDF Eletrônica poderá ser feito pelo pró-prio produtor rural ou pelo seu contabilista vinculado.

Para solicitar a senha de acesso aos serviços ele-trônicos deverá efetuar o “download” do requerimen-to na página inicial do Pos-to Fiscal Eletrônico – PFE, no módulo “Contribuinte/Senha: Requerimento de Senha”, e apresentar no posto fi scal de sua vincu-lação, devidamente preen-chido, para obter a senha de acesso.

AIDF eletrônica para o produtor rural

Os produtores e ata-cadistas de frutas e hor-taliças frescas não estão sentindo em suas vendas o aumento de demanda e do progresso econômico. A verdade é que os consu-midores são inundados por ações de marketing de um número imenso de produ-tos, alimentos ou não, e o nosso setor fi ca à espera de ser comprado.

O primeiro passo é en-tender quem são nossos clientes. O censo de 2010 do IBGE traz resultados muito interessantes:

• A população brasileira soma 190.732.694 habi-tantes e cresceu 12,3% nos últimos dez anos, frente a 15,6% da década anterior.

• A taxa de fecundidade caiu e a longevidade cres-ceu.

• Em 1940 – 30 mi-lhões de pessoas moravam na área rural, 10 milhões na cidade e a expectativa de vida era de 41 anos.

- Em 2010 – 30 milhões de pessoas moram na área rural, 160 milhões na cida-de e a expectativa de vida é de 73 anos. Hoje 84,35% das pessoas vivem em áre-as urbanas.

• Os três maiores muni-cípios brasileiros São Paulo com 11.244.369 habitan-tes, o rio de Janeiro com 6.323.037 e Salvador com 2.676.606.

• O Estado de São Pau-lo é o mais populoso com 41.256.160 pessoas e Rondônia o menos populo-so com 451.227.

• A economia brasileira é muito concentrada: 6 mu-nicípios concentram 25% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil: São Pau-lo (11,8%), Rio de Janeiro (5,1%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). O PIB de São Paulo é de 357,11 bilhões de re-ais. A participação da capi-tal paulista caiu de 14,2% em 1999 para 11,8% em 2008.

• A cidade de São Paulo perdeu 293 mil habitantes nesta década, que muda-ram para outros lugares - um saldo migratório nega-tivo.

• O Estado de São Pau-lo continua sendo um imã populacional: atraiu 557 mil imigrantes de outros estados e países desde 2000.

• As mulheres são maio-ria no país: 95,9 homens para 100 mulheres.

• A superioridade da po-

pulação feminina na cida-de de São Paulo é grande: 597.599 mais mulheres que homens.

O dados do IBGE per-mitem traçar o perfi l da população, das famílias, e do consumo domiciliar. Conhecer as informações existentes é o primeiro pas-so para a defi nição de um plano de marketing para os nossos clientes - a popula-ção paulistana, paulista e brasileira.

Quem são nossos clientes?Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

CQH

A palestra “Perspectivas do mercado de hortaliças”, apresentada no III Simpósio Econômico Hortifrutibrasil de Frutas e Hortaliças, a presen-tou dados que retratam alguns números das maiores culturas hortícolas produzidas no país. A seguir, você confere algumas informações sobre a cenoura, a cebola e a batata.

Cenoura• São 18 mil hectares de cenou-ra concentrados nos estados de Minas Gerais (São Gotardo, Santa Juliana, Uberaba), Goiás (Cristalina), Paraná (Marilândia do Sul, Apucarana e Califórnia), Rio Grande do Sul (Caxias do sul e Antonio Prado) e Bahia (Irecê e João Dourado) • A safra de inverno de Minas Gerais e Goiás acontecem de metade de julho a metade de dezembro. Já a safra de inver-no do Paraná vai de meados de agosto a metade de dezembro; no Rio Grande do Sul a safra de inverno acontece de junho a

Hortaliças brasileiras em númerosAnita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

É difícil explicar o grande amor da humanidade pelas pimentas ardidas. Parece até masoquismo , aquele distúr-bio psíquico em que uma pes-soa sente prazer com a dor. Os possíveis efeitos benéfi cos da pimenta como a diminuição da pressão sanguínea, efeito antimicrobiano, aumento da salivação (bom quando a sua dieta é à base de arroz ou mi-lho) não conseguem explicar este amor.

O Dr. Paul Rozin da Univer-sidade da Pensilvânia,nos Es-tados Unidos, fez alguns tes-tes com grandes apreciadores de pimenta, oferecendo a eles pimenta cada vez mais ardi-da, mais pungente. A pimenta mais apreciada foi justamente a mais pungente, aquela que eles descreveram como quase impossível de aguentar.

A pungência da pimenta pode ser medida pela escala de calor Scoville. O spray de pimenta, que tem 2% de capsi-cina tem 3,3 milhões de unida-

des na escala de calor Scoville e a capsicina pura, que causa dor, chega a 16 milhões de unidades. A pimenta Jolokia, a mais ardida da Índia, tem um milhão de unidades.

A evolução da pungência da pimenta é explicada por um estudo recente como uma necessidade de defesa contra um fungo que ataca as se-mentes de pimenta. Ele mos-tra que nos ambientes mais propícios ao crescimento do fungo a pungência aumenta e nos ambientes mais secos ela diminui

As pimentas são comidas por aves, que não sentem dor no seu consumo, e mamíferos, em que os receptores da dor respondem proporcionalmen-te à pungência da pimenta. A pungência da pimenta não pode ser considerada tecni-camente um sabor; mas uma sensação de queimadura, se-gundo o mesmo mecanismo que permite a alguém saber que a sua língua está pegando fogo. O gosto da humanidade pela pimenta é evidente pelo seu tempo e extensão de cul-tivo – seis mil anos atrás das Bahamas aos Andes. Colombo espalhou a pimenta por Euro-

pa, Ásia e África. No inicio do século 1.500 a pimenta já ha-via se espalhado Europa, Afri-ca, India e China.

O consumo de pimenta é um sinal de grande inteligên-cia, afi nal o grande aprecia-dor de pimenta é o animal

Pimenta: quanto mais ardida, melhorAnita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

de maior cérebro e de mente mais complexa.

Trechos extraídos do ar-tigo “Perk of our evolution;

pleasure in pain of chillies”, de James Gorman publicado originalmente no “New York Times”

fevereiro. O restante do ano é chamado de safra de verão. Na Bahia temos a safra de verão primeiro semestre e a safra de verão segundo semestre.

Cebola• Em todo o país existem 22 mil hectares de cenoura. De novembro a abril, a produção está concentrada nos estados do Sul (Ituporanga e Lebon Ré-gis –SC, Irati – PR e São José do Norte – RS). De abril a ju-lho, a cebola vem da Argentina. De junho a novembro vem das demais regiões produtoras de cebola do Brasil, como o Vale de são Francisco e Irecê (BA), Cristalina (GO) e Brasília, São Gotardo, Santa Juliana e Uber-lândia (MG) e em Monte Alto, São José do Rio Pardo, Divino-lãndia e Piedade, cidades do interior paulista.

Batata• A colheita da chamada safra das águas acontece de novem-bro a maio, com pico entre fe-vereiro e maio nos estados de Minas Gerais (sul de Minas, Triângulo Mineiro/ Alto do Para-naíba), do Paraná (Guarapuava, Curitiba, Irati, São Mateus do Sul e Ponta Grossa), de Santa

Catarina (Água Doce) e do Rio Grande do Sul (Bom Jesus e Ibiraiaras). Na safra 2009/10 houve quebra de produção por adversidade climática, baixa qualidade de semente, manejo inadequado e adiantamento da colheita e preços recordes.

• A colheita da safra das secas acontece de maio a julho, atin-gindo seu pico em junho no sul de Minas Gerais, no sudoeste de São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul (Ibiraiaras). As chuvas causaram apodreci-mento das sementes no sudo-este paulista, atraso no plantio, escassez de batata semente e produtividade baixa.

• A colheita da safra de inverno vai de agosto a novembro com pico entre agosto e setembro. Ela acontece nas regiões pro-dutoras de Minas Gerais, no sudoeste paulista e em Vargem Grande do Sul (SP). A área de plantio cresceu 13%.

• Os produtores da Chapada Diamantina (BA) produzem ba-tata o ano todo. Já os agricul-tores de Goiás a produzem de abril a novembro.

Acompanhe o passo a passo da documentação

Page 13: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB4 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 B5

Desde 2 de agosto, o produtor rural deve utilizar o Sistema da AIDF (Au-torização de Impressão de Documentos Fiscais) Eletrônica para solicitar a confecção de impressos fi scais modelo 4.

Antes do primeiro pe-dido de AIDF Eletrônica, é necessário informar no cadastro de histórico os dados da última AIDF em papel.

Caso seja utilizada pelo produtor mais de uma sé-rie de impressos modelo 4, efetuar o cadastro da última AIDF de cada série. Esta medida é necessá-ria para que o sistema dê andamento na numeração sequencial dos impressos fi scais.

Ainda que não exista histórico a ser cadastrado, o sistema exigirá que seja feita a “Declaração de Ine-xistência de Histórico”.

O pedido de AIDF no sistema da AIDF Eletrônica poderá ser feito pelo pró-prio produtor rural ou pelo seu contabilista vinculado.

Para solicitar a senha de acesso aos serviços ele-trônicos deverá efetuar o “download” do requerimen-to na página inicial do Pos-to Fiscal Eletrônico – PFE, no módulo “Contribuinte/Senha: Requerimento de Senha”, e apresentar no posto fi scal de sua vincu-lação, devidamente preen-chido, para obter a senha de acesso.

AIDF eletrônica para o produtor rural

Os produtores e ata-cadistas de frutas e hor-taliças frescas não estão sentindo em suas vendas o aumento de demanda e do progresso econômico. A verdade é que os consu-midores são inundados por ações de marketing de um número imenso de produ-tos, alimentos ou não, e o nosso setor fi ca à espera de ser comprado.

O primeiro passo é en-tender quem são nossos clientes. O censo de 2010 do IBGE traz resultados muito interessantes:

• A população brasileira soma 190.732.694 habi-tantes e cresceu 12,3% nos últimos dez anos, frente a 15,6% da década anterior.

• A taxa de fecundidade caiu e a longevidade cres-ceu.

• Em 1940 – 30 mi-lhões de pessoas moravam na área rural, 10 milhões na cidade e a expectativa de vida era de 41 anos.

- Em 2010 – 30 milhões de pessoas moram na área rural, 160 milhões na cida-de e a expectativa de vida é de 73 anos. Hoje 84,35% das pessoas vivem em áre-as urbanas.

• Os três maiores muni-cípios brasileiros São Paulo com 11.244.369 habitan-tes, o rio de Janeiro com 6.323.037 e Salvador com 2.676.606.

• O Estado de São Pau-lo é o mais populoso com 41.256.160 pessoas e Rondônia o menos populo-so com 451.227.

• A economia brasileira é muito concentrada: 6 mu-nicípios concentram 25% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil: São Pau-lo (11,8%), Rio de Janeiro (5,1%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). O PIB de São Paulo é de 357,11 bilhões de re-ais. A participação da capi-tal paulista caiu de 14,2% em 1999 para 11,8% em 2008.

• A cidade de São Paulo perdeu 293 mil habitantes nesta década, que muda-ram para outros lugares - um saldo migratório nega-tivo.

• O Estado de São Pau-lo continua sendo um imã populacional: atraiu 557 mil imigrantes de outros estados e países desde 2000.

• As mulheres são maio-ria no país: 95,9 homens para 100 mulheres.

• A superioridade da po-

pulação feminina na cida-de de São Paulo é grande: 597.599 mais mulheres que homens.

O dados do IBGE per-mitem traçar o perfi l da população, das famílias, e do consumo domiciliar. Conhecer as informações existentes é o primeiro pas-so para a defi nição de um plano de marketing para os nossos clientes - a popula-ção paulistana, paulista e brasileira.

Quem são nossos clientes?Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

CQH

A palestra “Perspectivas do mercado de hortaliças”, apresentada no III Simpósio Econômico Hortifrutibrasil de Frutas e Hortaliças, a presen-tou dados que retratam alguns números das maiores culturas hortícolas produzidas no país. A seguir, você confere algumas informações sobre a cenoura, a cebola e a batata.

Cenoura• São 18 mil hectares de cenou-ra concentrados nos estados de Minas Gerais (São Gotardo, Santa Juliana, Uberaba), Goiás (Cristalina), Paraná (Marilândia do Sul, Apucarana e Califórnia), Rio Grande do Sul (Caxias do sul e Antonio Prado) e Bahia (Irecê e João Dourado) • A safra de inverno de Minas Gerais e Goiás acontecem de metade de julho a metade de dezembro. Já a safra de inver-no do Paraná vai de meados de agosto a metade de dezembro; no Rio Grande do Sul a safra de inverno acontece de junho a

Hortaliças brasileiras em númerosAnita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

É difícil explicar o grande amor da humanidade pelas pimentas ardidas. Parece até masoquismo , aquele distúr-bio psíquico em que uma pes-soa sente prazer com a dor. Os possíveis efeitos benéfi cos da pimenta como a diminuição da pressão sanguínea, efeito antimicrobiano, aumento da salivação (bom quando a sua dieta é à base de arroz ou mi-lho) não conseguem explicar este amor.

O Dr. Paul Rozin da Univer-sidade da Pensilvânia,nos Es-tados Unidos, fez alguns tes-tes com grandes apreciadores de pimenta, oferecendo a eles pimenta cada vez mais ardi-da, mais pungente. A pimenta mais apreciada foi justamente a mais pungente, aquela que eles descreveram como quase impossível de aguentar.

A pungência da pimenta pode ser medida pela escala de calor Scoville. O spray de pimenta, que tem 2% de capsi-cina tem 3,3 milhões de unida-

des na escala de calor Scoville e a capsicina pura, que causa dor, chega a 16 milhões de unidades. A pimenta Jolokia, a mais ardida da Índia, tem um milhão de unidades.

A evolução da pungência da pimenta é explicada por um estudo recente como uma necessidade de defesa contra um fungo que ataca as se-mentes de pimenta. Ele mos-tra que nos ambientes mais propícios ao crescimento do fungo a pungência aumenta e nos ambientes mais secos ela diminui

As pimentas são comidas por aves, que não sentem dor no seu consumo, e mamíferos, em que os receptores da dor respondem proporcionalmen-te à pungência da pimenta. A pungência da pimenta não pode ser considerada tecni-camente um sabor; mas uma sensação de queimadura, se-gundo o mesmo mecanismo que permite a alguém saber que a sua língua está pegando fogo. O gosto da humanidade pela pimenta é evidente pelo seu tempo e extensão de cul-tivo – seis mil anos atrás das Bahamas aos Andes. Colombo espalhou a pimenta por Euro-

pa, Ásia e África. No inicio do século 1.500 a pimenta já ha-via se espalhado Europa, Afri-ca, India e China.

O consumo de pimenta é um sinal de grande inteligên-cia, afi nal o grande aprecia-dor de pimenta é o animal

Pimenta: quanto mais ardida, melhorAnita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

de maior cérebro e de mente mais complexa.

Trechos extraídos do ar-tigo “Perk of our evolution;

pleasure in pain of chillies”, de James Gorman publicado originalmente no “New York Times”

fevereiro. O restante do ano é chamado de safra de verão. Na Bahia temos a safra de verão primeiro semestre e a safra de verão segundo semestre.

Cebola• Em todo o país existem 22 mil hectares de cenoura. De novembro a abril, a produção está concentrada nos estados do Sul (Ituporanga e Lebon Ré-gis –SC, Irati – PR e São José do Norte – RS). De abril a ju-lho, a cebola vem da Argentina. De junho a novembro vem das demais regiões produtoras de cebola do Brasil, como o Vale de são Francisco e Irecê (BA), Cristalina (GO) e Brasília, São Gotardo, Santa Juliana e Uber-lândia (MG) e em Monte Alto, São José do Rio Pardo, Divino-lãndia e Piedade, cidades do interior paulista.

Batata• A colheita da chamada safra das águas acontece de novem-bro a maio, com pico entre fe-vereiro e maio nos estados de Minas Gerais (sul de Minas, Triângulo Mineiro/ Alto do Para-naíba), do Paraná (Guarapuava, Curitiba, Irati, São Mateus do Sul e Ponta Grossa), de Santa

Catarina (Água Doce) e do Rio Grande do Sul (Bom Jesus e Ibiraiaras). Na safra 2009/10 houve quebra de produção por adversidade climática, baixa qualidade de semente, manejo inadequado e adiantamento da colheita e preços recordes.

• A colheita da safra das secas acontece de maio a julho, atin-gindo seu pico em junho no sul de Minas Gerais, no sudoeste de São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul (Ibiraiaras). As chuvas causaram apodreci-mento das sementes no sudo-este paulista, atraso no plantio, escassez de batata semente e produtividade baixa.

• A colheita da safra de inverno vai de agosto a novembro com pico entre agosto e setembro. Ela acontece nas regiões pro-dutoras de Minas Gerais, no sudoeste paulista e em Vargem Grande do Sul (SP). A área de plantio cresceu 13%.

• Os produtores da Chapada Diamantina (BA) produzem ba-tata o ano todo. Já os agricul-tores de Goiás a produzem de abril a novembro.

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Page 14: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB6

Acesse agora!www.jornalentreposto.com.br

O Natal do bem

CÁ ENTRE NÓS

Manelão*Colunista

Natal é hora de todos re-fletir e aprender a pensar no próximo, deixando Jesus nas-cer em seus corações. Assim, o espírito natalino derramará paz, saúde, trabalho e pros-peridade na vida de todos.

O aroma de pêssego, maçã, abacaxi, ameixa, uva, jasmim e tertúlias tomou con-ta do mercado e nesta festa com tomate, pimentão e abo-brinha, salsa e cebolinha vão fazer a festa na mesa do bra-sileiro, pois estão saborosos e com o preço moderado.

***

No último dia 11 de de-zembro, durante a celebração da missa solene de Santa Luzia, Dom João Mamede se despediu dos carregadores comandados por José Pinhei-ro e dos fiéis da Ceagesp, deixando uma mensagem a todos aqueles que trabalham no segmento da agricultura, que cuidam da terra e dela retiram o alimento para o sus-tento da Nação. Agora ele vai apassentar os católicos de Umuarama, no Paraná.

***

Na solidariedade da bola, Fernandão, o centro avante do São Paulo Futebol Clube, doou sua camisa para a Nos-sa Turma. Todos os atletas do

plantel autografaram o manto tricolor, que será rifado pela associação. O resultado e o ganhador do sorteio será apresentado na próxima edi-ção do JE.

***

Na tarde do último dia 18, Papai Noel desceu do céu e abraçou as crianças da Nos-sa Turma distribuindo os kits que foram doados pelos per-missionários, funcionários, voluntários e apoiadores. A ação foi incentivada pela in-cansável Marizilda, gestora da Coordenadoria de Susten-tabilidade , que não mediu esforços para que as crianças tiverem a farantia de receber um presente bacana.

A Associação Terra Brasil disponibilizou o helicóptero que trouxe o bom velhinho e decorou as árvores da sede da nossa entidade, trazendo um Natal de luzes para ilumi-nar o caminho de todos que vivem e consomem os produ-tos do nosso mercado. A Nos-sa Turma agradece a Deus, aos parceiros da Ceagesp, ao Instituto da Criança, à Pasto-ral da Criança, ao Viva Con-domínio e ao voluntariado do HSBC, que deu ao trabalho da Nossa Turma o primeiro lugar dentre as entidades apoiadas pelo banco em São Paulo e o terceiro do Brasil. Feliz Natal a todos!

Confraternização reuniu os colaboradores do projeto social Nossa Turma, que atende mais de 500 crianças e adolescentes

no Entreposto Terminjal de São Paulo

Page 15: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 B7

Vinte e quatro cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) se-rão empregadas na segunda safra da cultura, a chamada “safrinha”, por recomenda-ção do zoneamento agrícola elaborado pelo Ministério da Agricultura.

O estudo, realizado a par-tir de análises térmicas e hídricas, identifica os municí-pios aptos e os períodos de semeadura para o cultivo do cereal, em condições de baixo risco climático, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal.

Segundo o pesquisador da Embrapa, Luiz Antônio Laudares Faria, as cultivares indicadas possuem grande potencial de produção, com possibilidade de melhorar o

resultado da colheita do mi-lho safrinha neste ano. Por ser cultivada após uma cultu-ra de verão, a safrinha pode ter sua produtividade afetada pelo regime de chuvas e por limitações de radiação solar e de temperatura na fase final de seu ciclo. As variedades já

Cultivares de milho da Embrapa são indicadas para plantio da safrinha

estão disponíveis para co-mercialização. Mais infor-mações sobre as cultiva-res de milho no Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Sete Lagoas, telefone (31) 3027-1230 ou e-mail: [email protected]

A Embrapa (Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecu-ária) está lançando neste mês uma nova variedade de batata, cuja principal característica é a resistência a requeima, do-ença que compromete grande parte da produção, além de depreciar o produto e aumen-tar os custos de produção.

Segundo a empresa, a cul-

Chega ao mercado variedade de batata resistente à doença

tivar é uma boa opção para produtores brasileiros que im-portam sementes do vegetal, por falta de material genético de alta qualidade culinária. De acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Arione Pereira, a cultivar será apresentada gradativamente aos produtores numa série de dias de campo.

A BRS Clara foi desen-volvida pelo Programa de Melhoramento Genético da Batata da Embrapa, lidera-do pelo pesquisador Arione Pereira. Os trabalhos de melhoramento com a cul-tura resultam de parceria entre diversas unidades da Embrapa e outras institui-ções.

Page 16: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB8

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Page 17: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010

Ceasas Brasil CC1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Notícias

Ceagesp tem horários especiais para �inal de anoEntreposto registra seu maior movimento no período de festas

Os preços nos setores de verduras elegumes voltaram a cair e puxar para baixo o Ín-dice Ceagesp, que fechou o mês de novembro com queda de 2,09%. No ano, o balizador de preços acumula alta de 0,42% e, nos últimos 12 me-ses, elevação de 2,24%.

“O principal motivo da que-da foi a retração no consumo e as condições climáticas favoráveis no curto prazo. A maioria dos produtos destes setores continua sendo ótima opção de compras para o con-sumidor”, afi rma o economis-ta da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Flávio Godas.

O setor de legumes re-gistrou a maior retração, 21,06%. As principais baixas foram do tomate (-25%), da vagem (-44%) e do pepino japonês (-41,8%); apenas a ervilha torta apresentou alta (34,8%). Outro setor a apre-sentar queda foi o de verdu-ras, com 7,61%. Praticamente todos os produtos estão com preços reduzidos, as baixas mais acentuadas foram do brócolis (-28%), milho verde (-12,7%), rúcula (-18,7%), cou-ve-fl or (-16,8%).

Com ligeira elevação de 0,69%, as principais altas do setor de frutas foram do ma-racujá azedo (23,7%), do aba-cate (36,3%) e da carambola (37,4%). As principais que-das foram da uva (-11%), da goiaba (-10,6%) e da acerola (-12,7%).

A expectativa para o próxi-mo mês é de que o clima não deverá exercer tanta infl uên-cia no setor de frutas, pois é esperada elevação signifi ca-tiva do volume ofertado para atender a maior demanda no fi nal de ano. “O produtor ru-ral e os importadores já se prepararam para abastecer o mercado. Mesmo com o au-mento do volume ofertado, não há expectativa de redu-ção de preços neste setor em razão da maior procura”, ana-lisa Godas.

O setor de diversos apre-sentou alta de 3,84%. Os principais aumentos foram da batata comum (14%) e bata-ta lisa (7,6%) e as baixas da cebola (-3%) e do coco seco (-2,6%%). O setor de pescados também registrou elevação de 2,7%. As principais altas: ca-marão (12%), atum (24,5%), pescada (18%) e as principais quedas: espada (-29%), cas-cote (-15%), anchovas (-4%), tilápia (-5%).

A maior parte das regiões produtoras registrou tempe-raturas elevadas, fator que contribuiu para o desenvolvi-mento e maturação acelerada dos produtos no curto prazo. Com a chegada do período de chuvas, porém, este quadro deve se alterar, pois as al-tas temperaturas devem ser constantes no verão. “Assim, espera-se ligeira queda da quantidade afertada e majo-ração dos preços praticados em praticamente todos os se-tores”, conclui Godas.

Índice Ceagesp registra queda em novembro

Nas semanas do Natal e do Ano Novo, o maior entre-posto da Ceagesp, na Vila Le-opoldina, em São Paulo, terá horários especiais para o con-sumidor fi nal. Os varejões de sábado (25 e 26/12) e de do-mingo (1º/01 e 02/01) serão antecipados para sexta-feira, respectivamente, nos dias 24 e 31 de dezembro, das 7h às 15h. Os acessos continuarão pelos portões 3 (av. Dr. Gastão Vidigal) e 13 (Marginal Pinhei-ros) e as vagas permanecem gratuitas. Porém, neste ano, a feira será deslocada para lo-cal próximo ao tradicional, que estará ocupado pela feira de fl ores das sextas-feiras.

É neste período de festas que o entreposto registra seu maior movimento, atraindo cerca de 60 mil visitantes por dia.

Haverá sinalização e segu-ranças para orientar os usu-ários. Os Varejões Noturnos das quartas-feiras acontecem em dias e horários sem altera-ções ao longo de todo o mês de dezembro.

No setor atacadista de fru-tas, legumes, verduras, fl ores, pescados e diversos, o merca-do funcionará até às 12h, nos dias 24 e 31 de dezembro. Nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro o entreposto perma-necerá fechado para comer-cialização, tanto no atacado quanto no varejo.

O Entreposto Terminal São Paulo registra o seu maior mo-vimento no período de festas de fi nal de ano. Na semana que antecede o Natal, o núme-ro de visitantes por dia supera

Confi ra os horários especiais para o fi m de ano:

Varejões:

Sábados: 25 de dezembro e 1 de janei-ro serão antecipados, respec-tivamente, para os dias 24 e 31 de dezembro (sexta-feira), das 7h às 15h.

Domingos: 26 de dezembro e 2 de janei-ro não haverá Varejão

Local: Estacionamento E-08 – entra-da pelo portão 3Estacionamento gratuito

Setor atacadista

as 60 mil pessoas e a entrada diária de veículos aumenta em 50%, para aproximadamente 20 mil. Somente o setor de fru-tas recebe volume 30% maior de produtos típicos da época, como lichia, cereja, pêssego, ameixa e uva.

O setor atacadista da Ce-agesp atende a mais de 60% da Grande São Paulo, interior e outros Estados. É lá que donos de supermercados, fei-rantes, distribuidores e outros varejistas, além de restauran-tes e demais serviços de ali-mentação, se abastecem de uma grande variedade de fru-tas, legumes, verduras, diver-sos (batata, cebola, ovos, alho etc), pescado e fl ores.

Quartas-feiras: 22 e 29 de dezembro, 14h às 22h.

Local: Pavilhão PBCF – entrada pelo portão 7Estacionamento gratuito

Vésperas dos feriados, dias 24 e 31 de dezembro, o mer-cado funcionará até às 12h. Nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro não haverá comercialização

A crescente demanda proporcionada pela movimentação comercial na Ceasa de Palmas (TO) tem atraído agricultores familiares do en-torno da capital do Tocantins. A central comer-cializou 1.015 toneladas de produtos, gerando cerca de R$ 1,5 milhão, em outubro.

O comprador de verduras Edson Monteiro, explica que os produtores estão começando a acreditar na comercialização da Ceasa. “Até pouco tempo fazíamos todas às compras as verduras e legumes eram trazidas de Goiânia e região Sul. Agora já pudemos contar com al-guns produtos aqui na região de Palmas, prin-cipalmente pepino, quiabo, maxixe, abobrinha e mandioca ”, destacou. Os produtos mais co-mercializados são; abacaxi, tomate, melancia, laranja, batata, repolho, ovo branco, cenoura, maçã nacional, abóbora cabutiá e alho.

Mercado abertoCom uma plantação de pepino em fase

inicial, o produtor Antônio Francisco da Silva, acredita nessa oportunidade e pretende expan-dir sua plantação. Atualmente, ele possui 700 pés de pepino, 300 pés de maracujá e 300 de melancia. “A Ceasa é uma grande porta para comercializar nossos produtos. Por isso nós produtores estamos mais confi ante em plantar, pois temos o local certo para a venda de nos-sos produtos”, disse Francisco Silva.

A CeasaMinas inaugurou no fi nal de novem-bro um banco de caixas plásticas no entreposto de Caratinga. Com o novo sistema, frutas e hor-taliças poderão ser acondicionadas em embala-gens plásticas higienizáveis, que evitam a proli-feração de doenças vegetais para as lavouras e reduzem as perdas.

Segundo a empresa, o banco de caixas tam-bém permitirá o atendimento da norma em vi-gor que determina a sanitização, a cada novo uso, de todas as caixas retornáveis. A previsão é de que o sistema possa higienizar até 7,5 mil caixas por dia. O banco de caixas de Caratinga terá a função de vender, alugar, receber, higie-nizar, estocar e entregar embalagens plásticas padronizadas. Produtores rurais, atacadistas e compradores poderão comprar ou alugar as cai-xas plásticas. O banco de caixas foi construído em uma área de 200 metros quadrados, com investimento de aproximadamente R$ 600 mil, realizados pela empresa Elo Construtora e In-corporadora Ltda, que venceu licitação pública.

Com a implantação do sistema, não have-rá proibição do uso de embalagens de madeira e papelão, desde que sejam novas (primeiro uso). Já a entrada de caixas plásticas somente será permitida com certifi cado de higienização e dentro dos padrões estabelecidos (tamanho, altura, tipo de material), de acordo com as nor-mas em vigor.

Demanda crescente atrai pequenos agricultores

CEASA PALMAS

Ceasa de Caratinga inaugura banco de caixas plásticas

CEASAMINAS

Os preparativos para o Natal agitam ainda mais o mercado de fl ores da Ceagesp, conside-rado o maior do gênero na América Latina. Lá, é possível encontrar tuias, popularmente conhe-cidas como pinheirinhos, durante todo o ano, mas é nesta época que elas atingem seu pico de venda.

A central de abastecimento comercializa di-versas variedades de tuias e a partir de R$ 10, o consumidor pode levar para casa uma árvore de 80 centímetros. A tuia é geralmente comerciali-zada quando atinge entre 40 centímetros e dois metros, mas pode chegar até quatro metros. Ela pode ser cultivada em vaso ou transplanta-da para um local defi nitivo no jardim ou quintal. Entre outros atrativos, ela libera um cheiro suave de limão quando é tocada, e pode ser decorada para o Natal, substituindo as árvores artifi ciais.

O estado de São Paulo é o maior mercado consumidor de tuia no Brasil, mas o produto vende bem em todas as regiões do país. Outra planta muito procurada no período natalino é a poinsétia, conhecida como bico-de- papagaio, planta de pequeno porte com folhas vermelhas que parecem fl ores. Na feira de fl ores elas são comercializadas por preços que variam de R$ 30 (a caixa com seis vasos) e R$ 100 (a planta com um metro). Pela Ceagesp passam cerca de qua-tro mil toneladas de fl ores de corte e de vaso, que geram receitas mensais de R$ 20 milhões.

Natal deve elevar venda de plantas ornamentais

CEAGESP

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC2

Meio AmbienteAmazônia perdeu 153 km² de �loresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda

O desmatamento da Ama-zônia em outubro atingiu uma área de 153 quilômetros quadrados (km²), de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados no início de dezembro pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia).

O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em outubro do ano passado e mantém tendência de queda apontada pela organização nos últimos meses.

Rondônia foi o estado que mais desmatou a Amazônia em outubro, com 51km² de fl oresta a menos (34% do to-tal derrubado no período). No Amazonas, os satélites regis-traram 46km² de novos des-mates. Mato Grosso e Pará, que tradicionalmente lideram o ranking de desmatamento mensal, aparecem sem segui-da, com 24km² e 16km² de área derrubada em outubro, respectivamente.

De acordo com o Imazon, os 153 km² de fl oresta derru-bados em outubro foram res-

ponsáveis pela emissão de 9,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa).

Além do corte raso (desma-tamento total de uma área), o sistema do Imazon também registra a degradação fl orestal que inclui fl orestas intensa-mente exploradas pela ativi-dade madeireira e queimadas. Em outubro, a degradação avançou 562km², área 446% maior que a registrada no mesmo mês de 2009, de 103 km². O estado com mais área degradada é Mato Grosso com quase 60% do total.

O monitoramento ofi cial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os nú-meros de outubro. Em novem-bro, o Inpe anunciou a taxa anual de desmatamento – que considera os dados de agosto de um ano a julho do ano se-guinte. Em um ano, a fl oresta perdeu 6.451 km², menor índi-ce registrado em 23 anos de monitoramento.

Agência Brasil

O Ministério do Meio Ambiente divulgou no início do mês um levantamento do des-matamento da Mata Atlântica entre 2002 e 2008. Nesse período, a fl oresta perdeu 2.742 quilômetros quadrados de área na-tiva, uma média de 457 km² anuais de derrubadas.No total, a Mata Atlântica já perdeu 75,88% de sua área original e é o bioma mais devastado do país.

Entre 2002 e 2008, o estado que mais desmatou o bioma foi Minas Gerais, com 909 km² a menos de mata nativa no perío-do. Em seguida, aparecem o Paraná, com 542 km² de desmate, e a Bahia, com 426 km².

Entre os municípios que mais desma-taram o bioma no período, estão cidades de regiões conhecidas pela exploração de madeira para abastecer fornos da indústria siderúrgica, principalmente em Minas Ge-rais e na Bahia.

A Mata Atlântica era o único bioma que ainda não tinha dados atualizados da de-vastação. Em 2011, o governo pretende divulgar taxas do desmatamento do Cerra-do, Caatinga, Pampa e Mata Atlântica em 2008 e 2009. Atualmente, o monitoramen-to anual só é feito na Amazônia.

“A partir desses dados temos condi-ções de mudar o patamar de políticas pú-blicas de conservação da região”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixei-ra. Apesar do grande percentual devasta-do, o ritmo de derrubada na Mata Atlântica é menor que nos outros biomas. Por ano, a fl oresta nativa do litoral perde 0,04% de vegetação. Na Amazônia, esse percentual é de 0,42% por ano e no Cerrado chega a 0,69%.

Agência Brasil

Mata Atlântica já perdeu 75% da cobertura original

Cidades que exploram madeira para fornos siderúrgicos são as que mais desmatam

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu no fi -nal de novembro a votação no plenário da Câmara do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o Código Florestal brasileiro. A senadora conside-rou que o relatório está pronto e que as discussões em torno do assunto estão amadurecidas.

Para a CNA, o relatório, que pode ser votado ainda neste ano, é a forma de garantir a legalidade para a produção nacional, pois além da situação irregular dos produtores, também há risco de a le-gislação ambiental, da forma como está, comprometer as exportações brasilei-ras de produtos agrícolas. “Muitos paí-ses não querem importar alimentos de quem não está cumprindo a legislação ambiental”, argumentou Kátia Abreu, ao defender a aprovação do parecer do de-putado Aldo Rebelo, votado em julho na Comissão Especial, da Câmara, como forma de descriminalizar as atividades do setor agrícola.

A senadora lembrou que países que cobram do Brasil uma posição mais agressiva em termos de preservação ambiental não têm mais áreas verdes. “No Brasil, a cobertura original nos seis biomas é de 56%”, disse. Esclareceu, também, que é errônea a idéia de que a aprovação do novo Código Florestal am-pliará de forma signifi cativa o desmata-mento. Ela afi rmou que, no período acu-mulado de 45 anos, a partir da primeira versão do Código Florestal, em 1965, foram desmatados 82,90 milhões de hectares, o que representa 10% do ter-ritório nacional. No Cerrado, que repre-senta 23% do território nacional, 105,4 milhões de hectares foram desmatados, sendo 22,13 milhões de hectares entre 1989 e 2010. “Esses desmatamentos foram feitos quando a lei ainda permi-tia. A lei não pode retroagir para preju-dicar”, lembrou a senadora, ao detalhar as mudanças na regra da reserva legal nos últimos anos. Hoje, o percentual de reserva legal é de 80% na Amazônia; de 35% no Cerrado da Amazônia e de 20% nas demais regiões.

Código Florestal garantirá legalidade à produção nacional,diz CNA

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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 C3

As mudanças climáticas afetarão mais os agricultores familiares que os grandes pro-dutores, disse o presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimenta), Renato Maluf, ao participar de semi-nário sobre mudanças climáti-cas realizado nesta quinta-fei-ra (11).

De acordo com ele, o pla-no de mudanças climáticas não valoriza suficientemente a agricultura familiar, embo-ra ela seja mais vulnerável às mudanças das condições ambientais. “Estamos prepa-rando propostas para incluir adaptações no plano de mu-danças climáticas. O conheci-mento das populações tradi-cionais será uma contribuição importante.”

“As mudanças climáticas afetam a produção de alimen-tos, sobretudo das populações rurais que produzem parte im-portante daquilo que consu-mimos, como os agricultores familiares”, disse Maluf.

Ao se referir aos conheci-mentos das populações tradi-cionais, Maluf assinala que se trata de usar práticas já apli-

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC4 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 C5

Transporte

A indústria automobilística bra-sileira espera manter as vendas de veículos aquecidas em 2011, mas prevê um ritmo de crescimento me-nor que o dos últimos anos. A pro-jeção inicial é de aumento de 5,2% nas vendas, com 3,63 milhões de unidades, ante 3,45 milhões esti-mados para 2010. Se o número se confi rmar, representará alta de 9,8% em um ano, recorde pelo quinto ano consecutivo.

Em novembro, o número de veí-culos novos licenciados superou em 8,3% o de outubro, com um total de 328.473 unidades. Sobre novembro do ano passado, houve um incre-mento de 30,5%. No acumulado de janeiro a novembro, a alta é de 10%.Os dados foram anunciados no iní-cio de dezembro pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automoto-res ), Cledorvino Belini. Ele explicou que a expansão constatada em no-vembro se deve ao fato de que, em novembro do ano passado, muitos consumidores adiaram as compras para dezembro na expectativa de melhores condições de negócio por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Para 2011, o executivo acena com a possibilidade de crescimento do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas no país) entre 4% e 5% e manutenção da estabilidade econômica, do crédito e da evolu-ção da renda dos trabalhadores. Na avaliação dele, o aperto da liquidez, anunciado na semana passada pelo Banco Central e que retirou do mer-cado R$ 61 bilhões, não afetará de forma signifi cativa o desempenho das vendas do setor no mercado do-méstico. “É apenas ajuste de efeito transitório para conter uma bolha de consumo”, ponderou Belini, preven-do demanda mais modesta entre janeiro e março, porém, de acordo com o fl uxo tradicional que se verifi -ca nessa época do ano. Pela análise que fez, haverá maior concorrência entre as instituições fi nanceiras, que terão de se adequar para obter maior captação.

Ele observou que o Brasil tem hoje “uma nova pirâmide social, com 35 milhões de pessoas que passa-ram das classes D e E para para a classe C, o que faz o mercado mais robusto”. No entanto manifestou a preocupação com a crescente parti-cipação dos importados no segmen-to automobilístico. Ele estima que as importações deverão abocanhar cerca de 20% do mercado. “Estou vendo crescer mais as importações do que as exportações e precisamos melhorar nossa competitividade para vender mais lá fora também”.

Para Marcelo Cioffi , diretor da empresa de consultoria Pricewa-terhouseCoopers (PwC), a análise da Anfavea é correta. Ele observou que o país ocupa a quarta posição em vendas, mas está em sexto lugar no ranking mundial de produção. “A gente tem que olhar os nossos con-correntes porque todos os países

Venda de veículos no mercado interno vai continuar em alta em 2011, prevê Anfavea

A montadora Volvo lançou no Bra-sil, em novembro, seu mais novo caminhão pesado, o FMX. Desenvol-vido para o transporte pesado em aplicações na construção, minera-ção e agricultura, o veículo é confi -gurado com motor de 13 litros e po-tências que vão de 400cv a 480cv e é destinado ao transporte de cargas na faixa de 32 a 50 toneladas de peso bruto total.

A Volvo também está apresentan-do o novo FMX 11 litros, veículo diri-gido para aplicações com condições operacionais intermediárias entre o FMX com motor 13 litros e o VM 6x4.

“O FMX é um novo caminhão, com vários atributos que o tornam ainda mais vocacionado para aplica-ções em construção e mineração”, afi rma Roger Alm, presidente da Vol-vo do Brasil. “Mas temos o orgulho

de dizer que mantivemos nele tudo o que já está consagrado como o que há de melhor no segmento”, comple-menta Bernardo Fedalto Jr., gerente de caminhões da linha F, referindo-se ao robusto trem de força, e à avançada cabine ergonomicamente projetada para longas jornadas de trabalho.

Produzido em aço com canto-neiras reforçadas, o parachoque foi projetado em três peças, e tem tam-bém um novo desenho, contribuindo para aumentar ainda mais a aparên-cia “fora-de-estrada” do novo cami-nhão. A parte inferior do parachoque abriga o chamado front step, um es-tribo antiderrapante e aberto onde o motorista e outras pessoas podem colocar os pés e se apoiar para fazer a limpeza do parabrisa e promover a manutenção da parte frontal externa da cabine.

Outras novidades são os equi-pamentos extras, muito úteis para operações off road. É o caso, por exemplo, de uma proteção gradeada de farol, item muito importante nes-te segmento para evitar possíveis avarias do conjunto ótico durante a execução de trabalhos em terrenos pedregosos. A engenharia da Volvo também desenvolveu um novo e re-sistente pino de reboque dianteiro com capacidade para 25 toneladas. Ele foi estrategicamente instalado bem no centro da grade inferior, pro-porcionando muito mais funcionali-dade ao caminhão.

E o farol também se destaca em todo o conjunto e tem três unidades que permitem manutenção indepen-dente: luz alta, pisca e farol, além de opções de farol de neblina ou de milha no parachoque.

O diretor-geral do Denatran (De-partamento Nacional de Trânsito), Alfredo Peres da Silva, sugeriu no início do mês uma alteração no Có-digo de Trânsito Brasileiro para faci-litar a obtenção da carteira de moto-rista categoria “C”, necessária para condutores de caminhões e veículos utilizados em transporte de carga com peso acima de 3,5 toneladas. Ele defendeu que a obrigatoriedade

Novo caminhão chega ao mercado brasileiro

Denatran quer facilitar habilitação para transporte de carga

de possuir a carteira categoria “B” há pelo menos um ano deixe de ser requisito para a carteira “C”. De acordo com Alfredo Silva, o setor de transportes tem perdido profi ssio-nais por causa dessa exigência.

A carteira de categoria “B” é vol-tada a condutores de carros de pas-seio cuja lotação não ultrapasse oito lugares, excluindo-se o motorista.

O dirigente também defendeu

que as guardas municipais possam lavrar o auto de infração de trânsito, desde que sejam designadas pela autoridade responsável. Hoje, não há essa autorização explícita no Có-digo de Trânsito, o que, conforme o Denatran, pode gerar questionamen-tos na Justiça sobre a legalidade das multas.

Agência Câmara

LEGISLAÇÃO

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6931/10, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que revoga a obrigatoriedade de registro no De-tran e de licenciamento anual de veículos empregados em serviços agrícolas (tratores e colheitadeiras, em sua maioria). A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

O deputado argumenta que essa exigência, em vigor desde julho, é difícil de ser cumprida, pois os pro-prietários de grande parte da frota agrícola já não têm mais as notas fi scais ou recibos de compra.

“No momento em que o País busca o crescimento econômico, não nos parece coerente imputar ao setor agrícola mais um capricho da burocracia brasileira, que resultará em maiores dispêndios para os pro-dutores”, diz Bezerra. Ele argumen-ta ainda que as máquinas agrícolas não têm como função principal o transporte de pessoas ou de mer-cadorias. “O transporte em vias pú-blicas é esporádico, quando é preci-so deslocar-se de uma propriedade para outra”, afi rma.

De acordo com o artigo 115 do Código de Trânsito, regulamentado em 2008 pelo Conselho Nacional de Trânsito, os veículos agrícolas estão obrigados ao registro no órgão de trânsito e ao licenciamento anual desde julho de 2010.

TramitaçãoA matéria tramita em conjunto

com o PL 4607/04, do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR), que tor-na obrigatório o registro no Detran dos veículos utilizados em trabalhos agrícolas, de construção ou de pavi-mentação viária. As duas propostas tramitam em caráter conclusivo e serão analisadas pelas comissões de Viação e Transportes; e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

Projeto libera tratores de registro no Detran

Proposta será analisada por comissões da Câmara

emergentes vão produzir muito e todos têm a aspiração de ser expor-tadores, não só para o Brasil, mas para o resto do mundo ”, disse ele.

A previsão da Anfavea é de que-da no número de unidades exporta-das em 2011 da ordem de 5%, com 485 mil veículos. Se a previsão se confi rmar, será o sexto ano seguido de queda no volume físico. A receita com exportações, no entanto, deve crescer 2,3%, passando de US$ 12,8 bilhões em 2010 para US$ 13,1 bilhões no ano que vem. A pro-dução, por sua vez, deve aumentar 1,1% e atingir 3,68 milhões de uni-dades. Para este ano, a projeção é de 3,64 milhões de veículos (14,4% a mais do que em 2009).

Agência Brasil

Depois de atingir um aumento de quase 15% na produção de veículos em 2010, indústria automobilística prevê crescimento mais tímido para o próximo ano

LEI

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC4 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 C5

Transporte

A indústria automobilística bra-sileira espera manter as vendas de veículos aquecidas em 2011, mas prevê um ritmo de crescimento me-nor que o dos últimos anos. A pro-jeção inicial é de aumento de 5,2% nas vendas, com 3,63 milhões de unidades, ante 3,45 milhões esti-mados para 2010. Se o número se confi rmar, representará alta de 9,8% em um ano, recorde pelo quinto ano consecutivo.

Em novembro, o número de veí-culos novos licenciados superou em 8,3% o de outubro, com um total de 328.473 unidades. Sobre novembro do ano passado, houve um incre-mento de 30,5%. No acumulado de janeiro a novembro, a alta é de 10%.Os dados foram anunciados no iní-cio de dezembro pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automoto-res ), Cledorvino Belini. Ele explicou que a expansão constatada em no-vembro se deve ao fato de que, em novembro do ano passado, muitos consumidores adiaram as compras para dezembro na expectativa de melhores condições de negócio por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Para 2011, o executivo acena com a possibilidade de crescimento do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas no país) entre 4% e 5% e manutenção da estabilidade econômica, do crédito e da evolu-ção da renda dos trabalhadores. Na avaliação dele, o aperto da liquidez, anunciado na semana passada pelo Banco Central e que retirou do mer-cado R$ 61 bilhões, não afetará de forma signifi cativa o desempenho das vendas do setor no mercado do-méstico. “É apenas ajuste de efeito transitório para conter uma bolha de consumo”, ponderou Belini, preven-do demanda mais modesta entre janeiro e março, porém, de acordo com o fl uxo tradicional que se verifi -ca nessa época do ano. Pela análise que fez, haverá maior concorrência entre as instituições fi nanceiras, que terão de se adequar para obter maior captação.

Ele observou que o Brasil tem hoje “uma nova pirâmide social, com 35 milhões de pessoas que passa-ram das classes D e E para para a classe C, o que faz o mercado mais robusto”. No entanto manifestou a preocupação com a crescente parti-cipação dos importados no segmen-to automobilístico. Ele estima que as importações deverão abocanhar cerca de 20% do mercado. “Estou vendo crescer mais as importações do que as exportações e precisamos melhorar nossa competitividade para vender mais lá fora também”.

Para Marcelo Cioffi , diretor da empresa de consultoria Pricewa-terhouseCoopers (PwC), a análise da Anfavea é correta. Ele observou que o país ocupa a quarta posição em vendas, mas está em sexto lugar no ranking mundial de produção. “A gente tem que olhar os nossos con-correntes porque todos os países

Venda de veículos no mercado interno vai continuar em alta em 2011, prevê Anfavea

A montadora Volvo lançou no Bra-sil, em novembro, seu mais novo caminhão pesado, o FMX. Desenvol-vido para o transporte pesado em aplicações na construção, minera-ção e agricultura, o veículo é confi -gurado com motor de 13 litros e po-tências que vão de 400cv a 480cv e é destinado ao transporte de cargas na faixa de 32 a 50 toneladas de peso bruto total.

A Volvo também está apresentan-do o novo FMX 11 litros, veículo diri-gido para aplicações com condições operacionais intermediárias entre o FMX com motor 13 litros e o VM 6x4.

“O FMX é um novo caminhão, com vários atributos que o tornam ainda mais vocacionado para aplica-ções em construção e mineração”, afi rma Roger Alm, presidente da Vol-vo do Brasil. “Mas temos o orgulho

de dizer que mantivemos nele tudo o que já está consagrado como o que há de melhor no segmento”, comple-menta Bernardo Fedalto Jr., gerente de caminhões da linha F, referindo-se ao robusto trem de força, e à avançada cabine ergonomicamente projetada para longas jornadas de trabalho.

Produzido em aço com canto-neiras reforçadas, o parachoque foi projetado em três peças, e tem tam-bém um novo desenho, contribuindo para aumentar ainda mais a aparên-cia “fora-de-estrada” do novo cami-nhão. A parte inferior do parachoque abriga o chamado front step, um es-tribo antiderrapante e aberto onde o motorista e outras pessoas podem colocar os pés e se apoiar para fazer a limpeza do parabrisa e promover a manutenção da parte frontal externa da cabine.

Outras novidades são os equi-pamentos extras, muito úteis para operações off road. É o caso, por exemplo, de uma proteção gradeada de farol, item muito importante nes-te segmento para evitar possíveis avarias do conjunto ótico durante a execução de trabalhos em terrenos pedregosos. A engenharia da Volvo também desenvolveu um novo e re-sistente pino de reboque dianteiro com capacidade para 25 toneladas. Ele foi estrategicamente instalado bem no centro da grade inferior, pro-porcionando muito mais funcionali-dade ao caminhão.

E o farol também se destaca em todo o conjunto e tem três unidades que permitem manutenção indepen-dente: luz alta, pisca e farol, além de opções de farol de neblina ou de milha no parachoque.

O diretor-geral do Denatran (De-partamento Nacional de Trânsito), Alfredo Peres da Silva, sugeriu no início do mês uma alteração no Có-digo de Trânsito Brasileiro para faci-litar a obtenção da carteira de moto-rista categoria “C”, necessária para condutores de caminhões e veículos utilizados em transporte de carga com peso acima de 3,5 toneladas. Ele defendeu que a obrigatoriedade

Novo caminhão chega ao mercado brasileiro

Denatran quer facilitar habilitação para transporte de carga

de possuir a carteira categoria “B” há pelo menos um ano deixe de ser requisito para a carteira “C”. De acordo com Alfredo Silva, o setor de transportes tem perdido profi ssio-nais por causa dessa exigência.

A carteira de categoria “B” é vol-tada a condutores de carros de pas-seio cuja lotação não ultrapasse oito lugares, excluindo-se o motorista.

O dirigente também defendeu

que as guardas municipais possam lavrar o auto de infração de trânsito, desde que sejam designadas pela autoridade responsável. Hoje, não há essa autorização explícita no Có-digo de Trânsito, o que, conforme o Denatran, pode gerar questionamen-tos na Justiça sobre a legalidade das multas.

Agência Câmara

LEGISLAÇÃO

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6931/10, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que revoga a obrigatoriedade de registro no De-tran e de licenciamento anual de veículos empregados em serviços agrícolas (tratores e colheitadeiras, em sua maioria). A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

O deputado argumenta que essa exigência, em vigor desde julho, é difícil de ser cumprida, pois os pro-prietários de grande parte da frota agrícola já não têm mais as notas fi scais ou recibos de compra.

“No momento em que o País busca o crescimento econômico, não nos parece coerente imputar ao setor agrícola mais um capricho da burocracia brasileira, que resultará em maiores dispêndios para os pro-dutores”, diz Bezerra. Ele argumen-ta ainda que as máquinas agrícolas não têm como função principal o transporte de pessoas ou de mer-cadorias. “O transporte em vias pú-blicas é esporádico, quando é preci-so deslocar-se de uma propriedade para outra”, afi rma.

De acordo com o artigo 115 do Código de Trânsito, regulamentado em 2008 pelo Conselho Nacional de Trânsito, os veículos agrícolas estão obrigados ao registro no órgão de trânsito e ao licenciamento anual desde julho de 2010.

TramitaçãoA matéria tramita em conjunto

com o PL 4607/04, do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR), que tor-na obrigatório o registro no Detran dos veículos utilizados em trabalhos agrícolas, de construção ou de pavi-mentação viária. As duas propostas tramitam em caráter conclusivo e serão analisadas pelas comissões de Viação e Transportes; e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

Projeto libera tratores de registro no Detran

Proposta será analisada por comissões da Câmara

emergentes vão produzir muito e todos têm a aspiração de ser expor-tadores, não só para o Brasil, mas para o resto do mundo ”, disse ele.

A previsão da Anfavea é de que-da no número de unidades exporta-das em 2011 da ordem de 5%, com 485 mil veículos. Se a previsão se confi rmar, será o sexto ano seguido de queda no volume físico. A receita com exportações, no entanto, deve crescer 2,3%, passando de US$ 12,8 bilhões em 2010 para US$ 13,1 bilhões no ano que vem. A pro-dução, por sua vez, deve aumentar 1,1% e atingir 3,68 milhões de uni-dades. Para este ano, a projeção é de 3,64 milhões de veículos (14,4% a mais do que em 2009).

Agência Brasil

Depois de atingir um aumento de quase 15% na produção de veículos em 2010, indústria automobilística prevê crescimento mais tímido para o próximo ano

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC6

A Ford está convocando proprietários da picape Ranger, modelos 2007 e 2008, para recall por problemas no freio de estaciona-mento. A fabricante afirma que a convocação envolve 16.455 unidades no Brasil.

Segundo a montadora, constatou-se a pos-sibilidade de variações dimensionais do termi-nal do cabo intermediário do freio de estacio-namento.

A extremidade do cabo pode se romper, provocando perda de funcionalidade do dispo-sitivo e, consequentemente, riscos de aciden-tes e lesões.

Os proprietários devem entrar em contato com uma concessionária da marca para agen-dar a inspeção. Se for necessário, a Ford afir-ma que vai substituir a peça.

Mais informações podem ser obtidas no tele-fone 0800 703 3673 ou no site da Ford.

A Fiat informou no início do mês que está negociando com o governo de Pernambuco possíveis investimentos no estado em um mo-mento em que a montadora italiana tem sua capacidade de produção no Brasil praticamen-te tomada.

Segundo a agência Reuters, a assessoria de imprensa da montadora preferiu não co-mentar sobre uma eventual instalação de uma nova fábrica em Pernambuco, afirmando ape-nas que “a Fiat e o governo de Pernambuco estão mantendo negociações em torno de pos-síveis investimentos no estado”. O grupo Fiat anunciou recentemente plano de investimento de R$ 10 bilhões no Brasil até 2015, volume de recursos que inclui automóveis, autopeças e máquinas agrícolas. Do total de investimen-tos, 70% será destinado à área automotiva da empresa, que prevê 20 lançamentos entre no-vas versões e modelos em 2011.

A redução de gargalos na logística e a desoneração tri-butária das exportações em cadeias produtivas específi-cas são dois dos pontos prin-cipais da Política de Desen-volvimento Produtivo (PDP) do próximo governo, anun-ciou o secretário de Comér-cio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral.

Segundo Barral, as medi-das na logística darão priori-dade ao desembaraço adua-neiro nos portos e à melhoria da infraestrutura deles, in-cluindo obras de desassore-amento (maior profundidade), iniciativas a cargo da Receita Federal e da Secretaria de Portos. Informou que a nova PDP, válida para o período 2011/2014, está em fase final de elaboração para ser submetida à aprovação da presidente eleita Dilma Rous-seff. A informação foi dada em debate na 29ª reunião plenária do Conselho Empre-sarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), promovida em São Paulo, no início do mês, pela Câmara Americana de Comér-cio e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Duplicamos as exporta-ções brasileiras de US$ 100 bilhões para a casa dos US$ 200 bilhões entre 2005 e 2008 com o mesmo sistema portuário. Isso não pode con-tinuar. A questão da logística é crucial para o país”, subli-nhou o secretário de Comér-

cio Exterior do MDIC.O primeiro painel da 29ª

reunião plenária do Cebeu, de que participou Barral, discu-tiu as perspectivas da relação bilateral após as eleições de Dilma Rousseff no Brasil e do novo Legislativo americano. O embaixador dos Estados Uni-dos Thomas Shannon alertou para os riscos da margem de preferência de preços em lici-tações a empresas nacionais que investem em inovação reduzir os investimentos nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, prejudicando o próprio Brasil.

O benefício está previsto no projeto de conversão em que se transformou a Medida Provisória 495, que estabe-leceu em 25% a margem de preferência – ou seja, a em-presa nacional que promove inovação pode apresentar um preço até 25% mais caro e mesmo assim vencerá a con-corrência.

A discussão sobre discu-tiu as perspectivas da relação bilateral após as eleições de Dilma Rousseff no Brasil e do novo Legislativo americano. O embaixador dos Estados Uni-dos Thomas Shannon alertou para os riscos da margem de preferência de preços em lici-tações a empresas nacionais que investem em inovação reduzir os investimentos nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, prejudicando o próprio Brasil.

O benefício está previsto no projeto de conversão em

Gargalos na logística serão reduzidos no próximo governo, promete ministério

que se transformou a Medida Provisória 495, que estabe-leceu em 25% a margem de preferência – ou seja, a em-presa nacional que promove inovação pode apresentar um preço até 25% mais caro e mesmo assim vencerá a con-corrência.

O diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes, en-fatizou que a queda na partici-pação do mercado americano nas exportações brasileiras obriga as empresas dos Esta-dos Unidos a utilizarem mais o Brasil como plataforma para suas exportações a outros mercados, especialmente na América Latina. Frisou que tal alternativa sofre, contudo, pe-sadas restrições, pelo exces-so de burocracia e a alta carga tributária existentes no país.De acordo com Fernandes, a participação do mercado americano nas exportações brasileiras caiu de 23% em 2003 para 9% atualmente, re-sultado da diversificação dos destinos das vendas externas do país, especialmente para a América Latina.

O presidente da Internatio-nal Paper da América Latina, Jean Michel Ribieras, defen-deu a necessidade do futuro governo Dilma Rousseff pro-mover a reforma tributária e modernizar a infraestrutura. Seriam iniciativas, na sua vi-são, que contribuiriam signifi-cativamente para ampliar os investimentos das empresas estrangeiras no país.

Agência Brasil

Ford faz recall da Ranger por falha no freio de estacionamento

Fiat negocia possível fábrica com o governo de Pernambuco

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizou R$ 2 bilhões em financia-mento para a aquisição de máquinas agrícolas desde julho. De acordo com a Anfavea (Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas devem atingir 69 mil unidades, marca só superada pelo desempe-nho do setor em 1976, quando as medidas do Plano Nacional de Desenvolvimento estimula-ram a comercialização de 80,2 mil unidades.

Para o Ministéruio da Agricultura, o resulta-do de 2010 deve ser atribuído ao PSI-BK, que oferece condições atraentes para a compra de máquinas agrícolas, como taxas de juros favo-recidas de 5,5% ao ano e prazo para reembolso de até dez anos, com carência de dois anos.

Até a safra de 2009/2010, esses equipa-mentos eram financiados somente pelos pro-gramas de Modernização da Frota de Tratores, Implementos Associados e Colheitadeiras (Mo-

Vendas de máquinas agrícolas têm o melhor desempenho em mais de 30 anos

derfrota) e de Incentivo à Irrigação e à Arma-zenagem (Moderinfra). Os financiamentos do PSI-BK são importantes porque incluem a aquisição de máquinas e equipamentos que aumentam a capacidade produtiva da agricultura, como cultivadores motorizados, tratores de rodas e de esteiras, colheitadei-ras e retroescavadeiras, afirma Alexandre Xavier, responsável pelo acompanhamento de mercado de insumos no Ministério da Agricultura. Para os próximos meses, as perspectivas são favoráveis e o programa foi prorrogado, de dezembro deste ano para março de 2011. A previsão é de estabilida-de nas vendas das máquinas, que devem se manter no patamar de 2010, enfatiza. Os financiamentos de investimentos do PSI-BK contam com a programação de até R$ 4 bi-lhões, dos R$ 100 bilhões previstos no Pla-no Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011.

Montadora prevê vinte lançamentos para 2011

Se não for trocada, peça pode causar acidentes

LOGÍSTICA

FROTA AGRÍCOLA INVESTIMENTO RECALL

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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 C7

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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010

Agronegócio DD1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Notícias

Brasil quer ampliar investimentos estrangeiros no agronegócio

Ampliar os investimentos estrangeiros no agronegócio brasileiro é o objetivo do Ministério da Agricultura, para 2011. Países com disponi-bilidade de recursos financeiros para investir e que, ao mesmo tempo, veem as políticas de segurança alimentar como prioridade, (como os do Extremo Oriente e do Oriente Médio), de-vem ser o foco de atuação do ministério.

“Vamos apresentar as vantagens competiti-vas do Brasil, como a nossa liderança mundial em tecnologia tropical e a tradição do nosso empreendedorismo no campo. Contamos ainda com uma economia pujante e arcabouços le-gal e institucional sólidos”, informa o assessor para Investimento Estrangeiro do Mapa, Maurí-cio Fleury Curado.

Neste ano, a Secretaria de Relações Inter-nacionais do Agronegócio participou da primeira Missão de Investimentos promovida pelo Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período de 28 de novem-bro a 6 de dezembro, foram visitadas as capi-tais de cinco países: Damasco (Síria), Kuwait (Kuwait), Doha (Catar), Riade (Arábia Saudita) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).

A delegação do Mapa também manteve en-contros com autoridades do governo de Omã. Esse outro país da Península Arábica demons-trou interesse em realizar investimentos nas cadeias produtivas, produção, processamento, distribuição, armazenagem, logística e infraes-trutura. “Esses países dão muita importância à questão da segurança alimentar. Pretendemos ser o principal fornecedor de alimentos para eles”, informa Curado.

Durante a missão, empresas, associações e cooperativas selecionadas pelo Ministério da Agricultura apresentaram planos de inves-timento que poderão ter aporte externo. Entre eles, encontram-se projetos para aquisição e beneficiamento de terras para produção, em-presas para produção de leite em pó, criação e processamento de frangos, além de empreen-dimentos para armazenamento e comercializa-ção de grãos e outros produtos de exportação. “Os empresários ficaram impressionados com o dinamismo do agronegócio brasileiro. Somos destaque em produtividade.

Enquanto, por exemplo, nossa produção de grãos aumenta, em média, 5% ao ano, a área

cultivada amplia-se em apenas 1%”, enfatiza Curado. Em 2011, as empresas que participa-ram dessa primeira missão de investimentos continuarão em contato com os potenciais in-vestidores estrangeiros para verificar a possibi-lidade de parcerias.

Segundo Curado, há um real desafio em garantir alimentos para todos, pois em função do crescimento populacional e da renda per capita no mundo, há uma tendência global de aumento da demanda por produtos ricos em proteína, como a carne, mas que requerem maior produção de grãos. “Somos os maiores exportadores das carnes bovina e de frango do mundo. Além disso, o Brasil é um dos poucos países em que a fronteira agrícola ainda não se esgotou”, explica.

Exportações

Em 2009, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita renderam US$ 1,5 bilhão. Os produtos mais vendidos foram carne de frango (US$ 740 milhões), açúcar (US$ 340 milhões) e milho (US$ 100 milhões).

Para os Emirados Árabes Unidos, as vendas alcançaram US$ 1,1 bilhão, com o Kuwait, US$ 340 milhões, Síria, US$ 277 milhões e Catar, US$ 95 milhões.

Em 2011, o Brasil pretende diversificar ain-da mais sua pauta de exportações, ampliando a oferta de produtos exportáveis. Setores pou-co explorados, como mel ou produtos do reflo-restamento, deverão receber maior atenção.

Os maiores estoques de produtos agríco-las registrados em 30 de junho deste ano foram os de soja em grão, com 19,2 milhões de toneladas e os de milho em grão, com 12,1 milhões de toneladas. Comparadas aos estoques de 30 de junho de 2009, as variações positivas foram da soja (39,2%) e do milho (10,3%), enquanto arroz e trigo registram quedas de 1,55 e 3,9%, respec-tivamente.

Os dados constam da pesquisa de es-toques referente ao primeiro semestre de 2010, divulgada no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 17 produtos pesquisados, o arroz em casca, com 4,7 milhões de tone-ladas, e o trigo em grão, com 3,4 milhões, também apresentavam grande volume de estoque no final do primeiro semestre.

Os dados da pesquisa do IBGE mostram ainda que no primeiro semestre de 2010 houve uma queda de 0,4% na rede armaze-nadora de produtos agrícolas, na compara-ção com o primeiro semestre do ano ante-rior. A Região Sul abrigava 43% da rede de 8.785 estabelecimentos, enquanto 22,8% estavam localizados no Sudeste, 22,15% no Centro-Oeste, 8,5% no Nordeste e 3,65% na Região Norte.

Apesar da pequena queda no número de estabelecimentos, a capacidade armazena-dora do país teve um acréscimo de 1,3%, atingindo 146,6 milhões de toneladas.

Estoques de soja subiram quase 40% no primeiro semestre

O Ministério da Pesca assinou no iní-cio de dezembro termo de cooperação com a Conab para a gestão compartilhada do Terminal Pesqueiro Público de Santos e de mais oito terminais pesqueiros do país. A partir de agora, ao invés do sistema de ar-rendamento para empresas privadas, como acontecia, a nova parceria possibilitará a gestão pública das estruturas a partir da administração do estado brasileiro.

Na avaliação da Pasta, a Conab conta com excelente conhecimento e experiência na área, o que facilita a gestão e traz efi-ciência para o trabalho de recebimento e processamento do pescado.

Para cada um dos TPPs haverá um plano específico de gestão com a definição das atribuições da Conab e do Ministério. Os terminais que passam a integrar o termo de cooperação são, além do de Santos, os de Cananéia (SP), Camocim (CE), Cabede-lo (PB), Vitória (ES), Manaus (AM), Santana (AP), Laguna (SC) e Angra dos Reis (RJ.

O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, também assinou termo de entrega de dois caminhões feira do peixe. Um para o mu-nicípio de Guarujá e outro para Santa Fé do Sul. Cada caminhão custou R$237 mil e será repassado sem custo para o mu-nicípio. Com a estrutura, os pescadores poderão vender o pescado diretamente ao consumidor.

Terminais pesqueiros passarão a ser administrados por ministério e ConabNova parceria permitirá que União administre as estruturas disponíveis

GRÃOS ABASTECIMENTO

Page 26: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD2 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 D3

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A reestruturação do Ministério da Agricultura deverá envolver medidas de médio e longo prazos, incluindo “mais oferta de crédito para a agro-pecuária”, como ocorre na área agrí-cola. A afirmação foi dada no último dia 13 pelo ministro Wagner Rossi, confirmado na pasta pela presidente eleita, Dilma Rousseff.

Segundo Rossi, a escassez de crédito foi responsável pelo abate de matrizes do gado bovino em 2005, cujos efeitos estão sendo sentidos agora, com o aumento do preço da carne.

Rossi disse que o Ministério da Agricultura deve também compati-bilizar a política de importação de produtos agrícolas com a produção interna, só comprando do exterior quando tiver necessidade na entres-safra. Inicialmente, é o que será fei-to com o trigo. Rossi garantiu que, nesse processo de modernização da pasta, haverá resposta para “uma reclamação permanente” dos produ-tores sobre o tempo que leva para o registro de produtos, e a redução de

problemas na área da certificação, com a diminuição da burocracia. “Um tema atualíssimo, que agrega valor”, afirmou.

O ministro ressaltou que a agri-cultura convive, em diversas áreas, com situações que levam de oito a dez anos para ser resolvidas. Ao anunciar a realização de um diagnós-tico global para revisão de normas, processos, fluxos, ele disse que a imprensa poderá ajudar muito com sugestões.

Rossi citou a criação do Fundo Catástrofe, por decreto presidencial, entre as medidas que deram mais segurança aos produtores. “Foi uma iniciativa paralela à politica em vigor de garantia de preço mínimo e ao se-guro agrícola, que barateou o custo do seguro para os produtores, pois as seguradoras não precisam cobrir prejuízos nessas situações”.

As estatais ligadas à pasta, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Compa-nhia Nacional do Abastecimento (Co-nab), poderão ser afetadas pela polí-

tica de reformulação do ministério. No entanto, disse Rossi, “elas

têm capacidade de resposta e de adaptação mais rápida para conci-liar problemas na sua área” e não estão “tão defasadas” quanto o mi-nistério.

Na entrevista, o ministro comen-tou também o texto do novo Código Florestal, que está em tramitação na Câmara. Rossi dá “nota 10” ao relatório do deputado Aldo Rebe-lo (PCdoB-SP), mas ressalta que o texto ainda pode sofrer alterações. Para ele, o código não será votado neste ano, devendo entrar, em regi-me de urgência, no início dos traba-lhos legislativos em 2011.

De acordo com o ministro, o tex-to não favorece aumento do desma-tamento, nem a redução da área dos biomas, e dá segurança jurídica ao produtor, com mudanças compa-tíveis com a realidade, para aumen-to da produção de alimentos com a preservação do meio ambiente.

Agência Brasil

Agropecuária terá mais crédito no próximo governo, afirma ministroConfirmado para continuar na pasta, Rossi também prometeu modernizar o Ministério da Agricultura

A safra de grãos em 2011 deverá ser de 145,1 milhões de toneladas, 2,5% menor que a de 2010, de acor-do com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produ-ção Agrícola, divulgado no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é atribuída pela pesquisa às menores previsões de safra das re-giões Sudeste (-1,6%) e Sul (-9%).

A pesquisa é feita nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em mais quatro estados (Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia). Para esta segunda estimativa, feita em novembro, os números levantados foram somados às projeções para as unidades da Federação e para as culturas que, por força do calendário agrícola, não dispunham da primeira estimativa.

Entre os seis produtos analisa-dos para a safra de 2011, três apre-sentam variação positiva em relação à produção de 2010, com destaque

O Ministério da Pesca e Aquicultu-ra (MPA) entregou, no início de dezem-bro, 50 caminhões projetados para armazenamento e comercialização do pescado que atenderão criadores de diversos estados. Os veículos fazem parte do Programa Peixe nos Bairros cujo objetivo, segundo o ministro Alte-mir Gregolin, é aumentar o consumo de pescado. O investimento foi de R$ 237 mil em cada caminhão, quase R$ 12 milhões no total.

“A meta para os próximos anos é chegarmos a 200 veículos distribuí-dos pelo país. O objetivo é ampliar o consumo e garantir renda para os pes-cadores. A ideia é eliminar a figura do atravessador, que é quem ganha para levar o peixe do pescador ao comércio fazendo com que o valor do produto que chega ao consumidor seja mais alto. É reduzir o grau de intermedia-ção”. Segundo o ministro, 23 estados serão beneficiados nesta primeira eta-pa. A seleção dos municípios foi feita por meio de edital, priorizando aque-les com mais habitantes. “Foram se-lecionados apenas os municípios com mais de 120 mil habitantes. Cada ca-minhão suporta até 6 toneladas de peixe e serão utilizados não só para o transporte mas também para a venda de pescado”, afirmou Gregolin.

O prefeito de São Luís (MA), João Castelo, conta que o veículo irá bene-ficiar os pescadores mais humildes que comercializam o produto e que também será usado em feiras livres da cidade. “Seremos beneficiados com um veículo. Não acho suficiente pois temos mais de 1 milhão de ha-bitantes para atender e cerca de mil pescadores apenas em São Luís. É um bom avanço mas, sem dúvida, pre-cisamos de mais de um”, pede o pre-feito explicando que, antes, o trans-porte de pescado era feito em caixas de isopor com gelo. “Agora, com essa aquisição, esperamos comercializar de forma correta para que o peixe es-teja com mais qualidade, o que garan-te um produto altamente saudável”, ressaltou Castelo. O prefeito de Porto Velho (RO), Roberto Sobrinho, ressal-ta que a ação contribui para aumentar a renda dos pescadores da região e, também, aumentar o consumo saudá-vel de peixe.Agência Brasil

IBGE prevê para 2011 queda de 2,5% na safra de grãos

para o algodão em caroço (34,3%). O feijão em grão da primeira safra terá uma produção 26% maior, e o arroz em casca um crescimento de 8,2%. A maior queda na previsão de safra é a do amendoim em cas-ca, com 10,9% a menos do que em 2010, seguido do milhão em grão da primeira safra, com uma variação negativa de 7,3%. A soja, com uma produção estimada em 68 milhões 467 mil toneladas em 2011, apre-senta uma queda de apenas 0,2% na comparação com 2010.

Com relação à área a ser colhida, quatro dos seis produtos pesquisa-dos pelo IBGE apresentam varia-ções positivas, sendo que o algodão em caroço terá uma ampliação de 26,6%. As reduções nas áreas plan-tadas ou a serem plantadas são as do amendoim em casca (-3,2%) e a do milho (-0,2%).

Segundo o IBGE, a melhor cota-ção, tanto no mercado interno quan-to no externo, explica o incremento

da produção do algodão em caroço, com uma previsão para 2011 de 3,9 milhões de toneladas, contra as 2,9 milhões obtidas em 2010. O estado de Mato Grosso, maior produtor na-cional de algodão, aponta um incre-mento de 33,7% na área a ser plan-tada e de 45,8% na safra esperada.

O IBGE também divulgou a dé-cima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2010. Os dados de novembro indicam uma produção de 148,8 milhões de toneladas, o que supera em 11,1% os 134 milhões da safra de 2009. Entre as três prin-

cipais culturas – soja, milho e arroz – que somadas respondem por 91% da produção de grãos, a soja regis-tra um acréscimo de 20,2% e o mi-lho de 8,7%, enquanto a produção do arroz caiu 10,3%, no confronto com a safra de 2009.Agência Brasil

Governo entrega 50 caminhões para armazenamento e comercialização de peixe A expansão das cadeias produ-

tivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última dé-cada. Por outro lado, as cidades do litoral sofrem processo semelhante, graças aos investimentos em ativida-des ligadas ao turismo, à exploração do petróleo e à logística portuária e aérea.

A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton San-tos, lançado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas so-bre o território brasileiro na última década.

De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, esses dois movi-mentos refletem uma redefinição de funções do território, com novas es-pecializações.

“O Brasil tem um território imen-so, que está crescendo em termos de distribuição da população e de ativida-des no território, tanto com a interio-rização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportação e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma refuncionalização do ter-ritório, com novas especializações”, explicou.

O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agro-pecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbani-zação em reforço à atividade em mu-nicípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso.

Já como exemplos que evidenciam a litoralização, o Atlas aponta o cresci-mento de cidades como Macaé e Rio das Ostras, no norte do Rio de Janei-ro, onde há extração de petróleo; a ex-plosão demográfica do litoral do Espí-rito Santo, em função do aumento das atividades industriais e portuárias; e do litoral de Santa Catarina, puxada pelo turismo.

A coordenadora do IBGE destacou que os fluxos de migração interesta-duais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação.

Puxado pela agricultura, Brasil cresce para o interior

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

PESCADO COMÉRCIO

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Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD2 JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010 D3

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A reestruturação do Ministério da Agricultura deverá envolver medidas de médio e longo prazos, incluindo “mais oferta de crédito para a agro-pecuária”, como ocorre na área agrí-cola. A afirmação foi dada no último dia 13 pelo ministro Wagner Rossi, confirmado na pasta pela presidente eleita, Dilma Rousseff.

Segundo Rossi, a escassez de crédito foi responsável pelo abate de matrizes do gado bovino em 2005, cujos efeitos estão sendo sentidos agora, com o aumento do preço da carne.

Rossi disse que o Ministério da Agricultura deve também compati-bilizar a política de importação de produtos agrícolas com a produção interna, só comprando do exterior quando tiver necessidade na entres-safra. Inicialmente, é o que será fei-to com o trigo. Rossi garantiu que, nesse processo de modernização da pasta, haverá resposta para “uma reclamação permanente” dos produ-tores sobre o tempo que leva para o registro de produtos, e a redução de

problemas na área da certificação, com a diminuição da burocracia. “Um tema atualíssimo, que agrega valor”, afirmou.

O ministro ressaltou que a agri-cultura convive, em diversas áreas, com situações que levam de oito a dez anos para ser resolvidas. Ao anunciar a realização de um diagnós-tico global para revisão de normas, processos, fluxos, ele disse que a imprensa poderá ajudar muito com sugestões.

Rossi citou a criação do Fundo Catástrofe, por decreto presidencial, entre as medidas que deram mais segurança aos produtores. “Foi uma iniciativa paralela à politica em vigor de garantia de preço mínimo e ao se-guro agrícola, que barateou o custo do seguro para os produtores, pois as seguradoras não precisam cobrir prejuízos nessas situações”.

As estatais ligadas à pasta, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Compa-nhia Nacional do Abastecimento (Co-nab), poderão ser afetadas pela polí-

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têm capacidade de resposta e de adaptação mais rápida para conci-liar problemas na sua área” e não estão “tão defasadas” quanto o mi-nistério.

Na entrevista, o ministro comen-tou também o texto do novo Código Florestal, que está em tramitação na Câmara. Rossi dá “nota 10” ao relatório do deputado Aldo Rebe-lo (PCdoB-SP), mas ressalta que o texto ainda pode sofrer alterações. Para ele, o código não será votado neste ano, devendo entrar, em regi-me de urgência, no início dos traba-lhos legislativos em 2011.

De acordo com o ministro, o tex-to não favorece aumento do desma-tamento, nem a redução da área dos biomas, e dá segurança jurídica ao produtor, com mudanças compa-tíveis com a realidade, para aumen-to da produção de alimentos com a preservação do meio ambiente.

Agência Brasil

Agropecuária terá mais crédito no próximo governo, afirma ministroConfirmado para continuar na pasta, Rossi também prometeu modernizar o Ministério da Agricultura

A safra de grãos em 2011 deverá ser de 145,1 milhões de toneladas, 2,5% menor que a de 2010, de acor-do com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produ-ção Agrícola, divulgado no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é atribuída pela pesquisa às menores previsões de safra das re-giões Sudeste (-1,6%) e Sul (-9%).

A pesquisa é feita nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em mais quatro estados (Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia). Para esta segunda estimativa, feita em novembro, os números levantados foram somados às projeções para as unidades da Federação e para as culturas que, por força do calendário agrícola, não dispunham da primeira estimativa.

Entre os seis produtos analisa-dos para a safra de 2011, três apre-sentam variação positiva em relação à produção de 2010, com destaque

O Ministério da Pesca e Aquicultu-ra (MPA) entregou, no início de dezem-bro, 50 caminhões projetados para armazenamento e comercialização do pescado que atenderão criadores de diversos estados. Os veículos fazem parte do Programa Peixe nos Bairros cujo objetivo, segundo o ministro Alte-mir Gregolin, é aumentar o consumo de pescado. O investimento foi de R$ 237 mil em cada caminhão, quase R$ 12 milhões no total.

“A meta para os próximos anos é chegarmos a 200 veículos distribuí-dos pelo país. O objetivo é ampliar o consumo e garantir renda para os pes-cadores. A ideia é eliminar a figura do atravessador, que é quem ganha para levar o peixe do pescador ao comércio fazendo com que o valor do produto que chega ao consumidor seja mais alto. É reduzir o grau de intermedia-ção”. Segundo o ministro, 23 estados serão beneficiados nesta primeira eta-pa. A seleção dos municípios foi feita por meio de edital, priorizando aque-les com mais habitantes. “Foram se-lecionados apenas os municípios com mais de 120 mil habitantes. Cada ca-minhão suporta até 6 toneladas de peixe e serão utilizados não só para o transporte mas também para a venda de pescado”, afirmou Gregolin.

O prefeito de São Luís (MA), João Castelo, conta que o veículo irá bene-ficiar os pescadores mais humildes que comercializam o produto e que também será usado em feiras livres da cidade. “Seremos beneficiados com um veículo. Não acho suficiente pois temos mais de 1 milhão de ha-bitantes para atender e cerca de mil pescadores apenas em São Luís. É um bom avanço mas, sem dúvida, pre-cisamos de mais de um”, pede o pre-feito explicando que, antes, o trans-porte de pescado era feito em caixas de isopor com gelo. “Agora, com essa aquisição, esperamos comercializar de forma correta para que o peixe es-teja com mais qualidade, o que garan-te um produto altamente saudável”, ressaltou Castelo. O prefeito de Porto Velho (RO), Roberto Sobrinho, ressal-ta que a ação contribui para aumentar a renda dos pescadores da região e, também, aumentar o consumo saudá-vel de peixe.Agência Brasil

IBGE prevê para 2011 queda de 2,5% na safra de grãos

para o algodão em caroço (34,3%). O feijão em grão da primeira safra terá uma produção 26% maior, e o arroz em casca um crescimento de 8,2%. A maior queda na previsão de safra é a do amendoim em cas-ca, com 10,9% a menos do que em 2010, seguido do milhão em grão da primeira safra, com uma variação negativa de 7,3%. A soja, com uma produção estimada em 68 milhões 467 mil toneladas em 2011, apre-senta uma queda de apenas 0,2% na comparação com 2010.

Com relação à área a ser colhida, quatro dos seis produtos pesquisa-dos pelo IBGE apresentam varia-ções positivas, sendo que o algodão em caroço terá uma ampliação de 26,6%. As reduções nas áreas plan-tadas ou a serem plantadas são as do amendoim em casca (-3,2%) e a do milho (-0,2%).

Segundo o IBGE, a melhor cota-ção, tanto no mercado interno quan-to no externo, explica o incremento

da produção do algodão em caroço, com uma previsão para 2011 de 3,9 milhões de toneladas, contra as 2,9 milhões obtidas em 2010. O estado de Mato Grosso, maior produtor na-cional de algodão, aponta um incre-mento de 33,7% na área a ser plan-tada e de 45,8% na safra esperada.

O IBGE também divulgou a dé-cima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2010. Os dados de novembro indicam uma produção de 148,8 milhões de toneladas, o que supera em 11,1% os 134 milhões da safra de 2009. Entre as três prin-

cipais culturas – soja, milho e arroz – que somadas respondem por 91% da produção de grãos, a soja regis-tra um acréscimo de 20,2% e o mi-lho de 8,7%, enquanto a produção do arroz caiu 10,3%, no confronto com a safra de 2009.Agência Brasil

Governo entrega 50 caminhões para armazenamento e comercialização de peixe A expansão das cadeias produ-

tivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última dé-cada. Por outro lado, as cidades do litoral sofrem processo semelhante, graças aos investimentos em ativida-des ligadas ao turismo, à exploração do petróleo e à logística portuária e aérea.

A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton San-tos, lançado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas so-bre o território brasileiro na última década.

De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, esses dois movi-mentos refletem uma redefinição de funções do território, com novas es-pecializações.

“O Brasil tem um território imen-so, que está crescendo em termos de distribuição da população e de ativida-des no território, tanto com a interio-rização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportação e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma refuncionalização do ter-ritório, com novas especializações”, explicou.

O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agro-pecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbani-zação em reforço à atividade em mu-nicípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso.

Já como exemplos que evidenciam a litoralização, o Atlas aponta o cresci-mento de cidades como Macaé e Rio das Ostras, no norte do Rio de Janei-ro, onde há extração de petróleo; a ex-plosão demográfica do litoral do Espí-rito Santo, em função do aumento das atividades industriais e portuárias; e do litoral de Santa Catarina, puxada pelo turismo.

A coordenadora do IBGE destacou que os fluxos de migração interesta-duais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação.

Puxado pela agricultura, Brasil cresce para o interior

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

PESCADO COMÉRCIO

Page 28: Jornal Entreposto | Dezembro de 2010

Dezembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD4 Novembro 2010 l JORNAL ENTREPOSTOD8

Turismo

A história de Rio das Ostras perde-se em meados de 1575, comprovada em relatos de an-tigos navegadores que passa-vam por esta região. Situada no Estado do Rio de Janeiro, na Capitania de São Vicente, era habitada pelos índios Tamoios e Goitacases. Antigamente ti-nha a denominação de Rio Leri-pe ou Seripe (molusco ou ostra grande).

Parte das terras da ses-maria cedida pelo capitão-mor governador Martim de Sá, no dia 20 de novembro de 1630 foi delimitada com dois marcos de pedra, colocados em Itape-buçus e na barreta do rio Leri-pe, com a insígnia do Colégio dos Jesuítas. Os índios e os jesuítas deixaram suas marcas nas obras erguidas nestes tre-zentos anos, como o da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério, com a ajuda dos índios e dos escravos.

O crescimento da cidade deu-se ao redor da igreja, e Rio das Ostras. como rota de tro-peiros e comerciantes rumo a Campos e Macaé, teve um pro-gressivo desenvolvimento com a atividade da pesca, que sus-tentou a economia da cidade até o início dos anos 2000.

A construção da rodovia Amaral Peixoto e a expansão turística da Região dos Lagos pela instalação da Petrobras em Macaé foram de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população

crescer até chegar ao momen-to de sua emancipação político-administrativa, do município de Casimiro de Abreu, em 1992.

Hoje, Rio das Ostras é co-nhecida internacionalmente pelo seu potencial turístico, seus atrativos e cultura, ca-racterísticas de um município dinâmico.

As 14 praias que desenham sua costa são os atrativos mais procurados pelos turistas que chegam diariamente à cidade. As áreas de preservação do município provam que é possí-vel crescer preservando o meio ambiente. Ilhas, lagoas, o rio das Ostras e o manguezal são verdadeiras maravilhas para os amantes da natureza. Nas áre-as preservadas da cidade, o vi-sitante tem a possibilidade de entrar em contato direto com espécies da fauna e da flora nativas, incluindo as áreas da Mata Atlântica.

A memória de Rio das Os-tras está na essência da cultu-ra dos antigos povos que habi-tavam a região há milhares de anos. Não por acaso, a exube-rância da natureza do município convive em plena harmonia com as melhorias que a cidade vem recebendo nos últimos anos, com os investimentos gerados pelos royalties do petróleo ex-traído da Bacia de Campos.

Considerado um dos melho-res destinos da Costa do Sol, Rio das Ostras tem no turismo sua principal atividade econômi-

ca. De fácil acesso e localizada a 170 quilômetros da capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade, com seus 28 quilôme-tros de litoral, possui mais de 90 mil habitantes e tem como municípios vizinhos Macaé e Casimiro de Abreu.

Pontos Turísticos

Parque dos Pássaros: ocu-pa uma área preservada de oito hectares de formações úmidas e mata de restinga, povoada por uma rica fauna ca-racterística da Mata Atlântica. Os visitantes podem percorrer suas belas trilhas, observar os pássaros e a vegetação. Há a possibilidade de conhecer o interior do viveiro, às sextas-feiras, numa visita guiada por biólogos. O parque é também um campo permanente para pesquisa científica orientada ao reconhecimento e sobrevi-vência da biodiversidade.

Monumento dos Costões Rochosos: é uma extensa faixa de rochas compreendida entre a praia da Joana e a praça da Baleia. Foi transformada em reserva ecológica pela prefeitu-ra e possui grande riqueza de fauna e flora, além de uma bela vista do nascer do sol.

Praça da Baleia: esta área de lazer e contemplação abriga a escultura de uma baleia ju-barte com 20 metros de com-primento de estrutura metálica, recoberta com chapas de bron-ze e liga de latão. É de autoria do artista plástico Roberto Sá,

conhecido internacionalmente por suas esculturas hiper rea-listas. Esta é a maior homena-gem a um cetáceo no mundo.

Píer de Costazul: avança 200 metros para dentro da praia e, além de permitir a observação de uma linda pai-sagem, é o novo ponto para pesca de caniço. De lá o visi-tante pode ver a paisagem de Costazul por um outro ângulo: de dentro do mar.

Orla de Costazul: conta com área de lazer e preserva-ção, com ciclovia, academia de ginástica ao ar livre, quiosques, playgrounds e 15 mil m² de área de restinga preservada.

Ponte Estaiada: A ponte sobre o rio das Ostras, com sua arquitetura futurista, é um dos cartões-postais da cidade. Inaugurada em 2007, a ponte ganhou uma iluminação dife-renciada assinada por Peter Gasper, um dos maiores espe-cialistas do país.

Rio das Ostras e Mangue-zal: O rio que deu origem ao nome da cidade possui 15 quilômetros de extensão e em conjunto com o manguezal, que hoje é área de proteção ambiental, abriga um dos prin-cipais ecossistemas do muni-cípio e da região, com grande diversidade de fauna e flora.

Parque Municipal: Horto flo-restal com vegetação preserva-da da Mata Atlântica. Oferece informações de plantas e pos-

sui grande variedade de mudas ornamentais, medicinais e sil-vestres.

Turismo Rural

Rio das Ostras é um dos únicos municípios turísticos no país que oferece ao turis-ta a associação entre o mar e campo. No circuito ecorrural da cidade é possível admirar outras paisagens. Há campos, montanhas, lagos e um “jeito da roça” capaz de encantar a todos. Fica bem pertinho da cidade, em Cantagalo. Neste circuito, o visitante tem à dis-posição áreas de lazer, pousa-das, pesqueiros, passeios por trilhas ecológicas, arvorismo, haras, criação de diversos ani-mais de fazenda e a feirinha que comercializa produtos co-mestíveis locais e artesanato.

Cultura e História

Casa de Cultura Bento Cos-ta Jr: o imóvel, considerado uma das mais antigas constru-ções de Rio das Ostras, guarda em seu interior histórias signifi-cativas de uma pequena vila de pescadores. O local é classifi-cado como patrimônio histórico e cultural da cidade.

Museu de Sitio Arqueológi-co Sambaqui da Tarioba: abri-ga uma exposição permanente de peças catalogadas por épo-ca, origem e denominação pelo Instituto de Arqueologia Bra-sileira, em reconstituição da pré-história da região. Possui

uma área escavada com restos de esqueletos e exposição de objetos que caracterizam a ocu-pação de uma antiga civilização estimada entre dois mil e qua-tro mil anos. O termo sambaqui é de origem tupi-guarani e signi-fica acúmulo de conchas

Poço de Pedras: construído pelos escravos em meados do século 18, serviu como marco para a construção da cidade. Registros históricos indicam que o poço era utilizado pelos antigos navegadores que cruza-vam a Baía Formosa e aporta-vam no cais do morro do Limão (atual Iate Clube) para que a tripulação pudesse obter água potável.

Centro Ferroviário de Cultu-ra: funciona na antiga estação ferroviária de Rocha Leão. Sua construção, utilizando mão-de-obra escrava, foi concluída em 1887. As paredes, em blocos de pedra bruta, fixadas com estrume, mantêm até hoje o ar bucólico da época..

Serviço:

www.riodasostras.com.br

Ostratur Viagens e Turismo: (22) 2764-5858 / 2760-3322 e [email protected]

Tropical Viagens e Turismo:(22) 2760-4544 e [email protected]

Secretaria de Turismo:(22) 2764-634 / 2764-6885

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Rio das Ostras