jornal entreposto | fevereiro de 2013

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - N o 153 | fevereiro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br PÁGINA 20 PÁGINA 10 PÁGINA 10 PÁGINA 12 PÁGINA 18 Tomate alavanca fluxo financeiro na Ceagesp Índice Ceagesp - Janeiro 2013 Frutas Geral Legumes Verduras Diversos -3,16 % 3,36 % 21,24 % 25,91 % 3,31 % 5,46% Baixa Alta Alta Alta Alta Alta Pescado Agrícola| Mercado| Economia| Agronegócio| Qualidade| Transporte | Após alta dos combustíveis, custo do frete deve subir 1,52% Entrepostos| Artigo| Produção| PÁGINA 22 PÁGINA 14 PÁGINA 12 Alagamento isola ETSP Mapa busca apoio do Consea para modernização das Ceasas Balanço do comércio exterior da floricultura Pesquisa e crédito elevam a produtividade agropecuária Estudo aponta benefícios econômicos no controle do cancro cítrico Vendas atingem novo recorde no ETSP Financiamentos de máquinas alcançam R$ 4,7 bi Propostas do CQH para prevenção das perdas de FLV Preços agropecuários encerram janeiro com queda de 0,24% em SP PÁGINA 24 PÁGINA 4 O temporal que atingiu a Grande São Paulo no último dia 14, quinta-feira, também deixou o entreposto da capital ilhado. A inundação que se espalhou pela Ceagesp causou transtornos aos usuários do mercado, deixando carros isolados em meio ao alagamento. Neste verão, a região metropolitana já registrou três mortes causadas por adversidades climáticas. Escola do Sabor introduz couve e couve- flor no cardápio escolar promovendo saúde PÁGINA 19 Projeto| O objetivo é aproximar as crian- ças da agricultura e aumentar a aceitação de frutas e hortaliças Banana nanica, soja e amendoim influenciam retração do indicador paulista Aumento na demanda de variedades gourmet chama atenção de agricultores, mas o aroma e sabor da produção brasileira ainda deixa a desejar

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 153 | fevereiro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

PÁGINA 20

PÁGINA 10

PÁGINA 10 PÁGINA 12 PÁGINA 18

Tomate alavanca fluxo financeiro na Ceagesp

Índice Ceagesp - Janeiro 2013

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos-3,16 %3,36 % 21,24 % 25,91 % 3,31 % 5,46%BaixaAlta Alta Alta Alta Alta

Pescado

Agrícola|

Mercado|

Economia| Agronegócio| Qualidade|

Transporte | Após alta dos combustíveis, custo do frete deve subir 1,52%

Entrepostos|

Artigo|

Produção|

PÁGINA 22

PÁGINA 14

PÁGINA 12

Alagamentoisola ETSP

Mapa busca apoio do Consea para modernização das Ceasas

Balanço do comércio exterior da floricultura

Pesquisa e crédito elevam a produtividade agropecuária

Estudo aponta benefícios econômicos no controle do cancro cítrico

Vendas atingem novo recorde no ETSP

Financiamentos de máquinas alcançam R$ 4,7 bi

Propostas do CQH para prevenção das perdas de FLV

Preços agropecuários encerram janeiro com queda de 0,24% em SP

PÁGINA 24

PÁGINA 4

O temporal que atingiu a Grande São Paulo no último dia 14, quinta-feira, também deixou o entreposto da capital ilhado. A inundação que se espalhou pela Ceagesp causou transtornos aos usuários do mercado, deixando carros isolados em meio ao alagamento. Neste verão, a região metropolitana já registrou três mortes causadas por adversidades climáticas.

Escola do Sabor introduz couve e couve-flor no cardápio escolar promovendo saúde

PÁGINA 19Projeto|

O objetivo é aproximar as crian-ças da agricultura e aumentar a aceitação de frutas e hortaliças

Banana nanica, soja e amendoim influenciam retração do indicador paulista

Aumento na demanda de variedades gourmet chama atenção de agricultores, mas o aroma e sabor da produção brasileira ainda deixa a desejar

Page 2: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

02 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

Turismo no siteAcesse e leia as dicas para Olímpia - SP : www.jornalentreposto.com.br/turismo

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

FEMETRAN2013

VEM AÍMAIS UMA EDIÇÃO

DA TRADICIONAL

FEIRA DE TRANSPORTES

NA CEAGESP

www.femetran.com.br

21-24 | maio

Page 3: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

março de 2011 03Editorial 03fevereiro de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

04 Mercado e ProduçãoJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

O campeão em movimentação financeira na Ceagesp enfrenta dificuldades no cultivo, mas o aumento na demanda das variedades gourmet chama a atenção dos produtores

O Brasil figura entre os 10 maiores produtores mundiais de tomate. Em 2011, foi o oita-vo, totalizando 4,42 milhões de toneladas em 69,31 mil hecta-res, com produtividade média de 63,85 t/ha.

A fruta é fonte de vitaminas, minerais e licopeno. Além dis-so, cinco fatias (110 gramas) têm, em média, apenas 16 calo-rias. Mas o consumo do fruto no país ainda é baixo e o tratamen-to dispensado no cultivo não é tão distinto quanto na Europa, que tem algumas variedades preservadas e os melhores to-mates do mundo.

Na Ceagesp, o tomate não é o primeiro colocado em volume de vendas, mas é o campeão em movimentação financeira: ultrapassa em torno de 80% a laranja, produto preferido dos clientes do entreposto.

A última Pesquisa de Orça-mentos Familiares, POF 2008-2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatísticas, IBGE, mostrou que a aquisição familiar anual per capita, dessa hortaliça frutosa é de apenas 4,916 kg, contra 40 kg na Comunidade Europeia.

A mesma pesquisa apontou a compra de hortaliças como variável de acordo com a faixa de renda, sendo menor em fa-mílias com baixo poder aquisi-tivo. O tomate segue essa ten-dência. Além disso, em relação à POF 2002-2003, a aquisição total de hortaliças diminuiu, aproximadamente 7%.

“O baixo consumo é, tam-bém, reflexo direto da qualida-de do tomate predominante no mercado brasileiro, que deixa a desejar em sabor e aroma”, ava-lia Paulo César Tavares de Melo, mestrado e doutorado em me-lhoramento genético de hor-taliças pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo, USP, integrante do corpo do-cente da própria universidade

desde 2001, lecionando Oleri-cultura - produção de hortali-ças – para turmas de graduação e pós-graduação. É membro oficial do Conselho Mundial do Tomate para Processamento Industrial (WPTC) e respon-sável pelo lançamento de di-versas cultivares de tomate de mesa e para indústria. Confira a entrevista cedida pelo Profes-sor Paulo ao Jornal Entreposto.

Jornal Entreposto – Como está a produção do tomate brasileiro no cenário interno e mundial?

Paulo César Tavares de Melo – Incluindo os segmentos de mesa e indústria, no ano re-trasado, a safra mundial totali-zou 159,02 milhões de tonela-das. A China ocupou o primeiro lugar com produtividade de 49,27 t/ha. O Brasil foi o oitavo maior produtor, com média de

63,85 t/ha. A produção brasilei-ra de tomate está concentrada nas regiões sudeste (37,74%) e centro-oeste (33,8%). Os esta-dos com maior participação na produção nacional foram Goiás (32,56%), São Paulo (19,53%), Minas Gerais (10,16%), Paraná (7,85%) e Bahia (7,67%).

JE – E em valores brutos?PC – Em 2010, a produção

mundial alcançou 86,607 bi-lhões de dólares. Desse total, a América do Sul contribuiu com 4,562 bilhões, cabendo à lide-rança ao Brasil, com 2,971.

JE – Quais fatores influen-ciam o limitado consumo do fruto no país?

PC – É preciso destacar que no Brasil o consumo de hortali-ças é muito baixo e vem caindo nos últimos anos. Essa realida-de é vista com muita clareza

ao comparar a POF 2008-2009 com a de 2002-2003. A aquisi-ção familiar, per capita, anual passou de 29 kg para 27. A si-tuação é dramática. Em domi-cílios com faixa de renda até 830 reais e naqueles entre 830 e 1.245 reais, essa aquisição cai para 15,4 e 22,6 kg, respecti-vamente. Aqueles com renda acima de 4.150 reais adquirem 187% mais que os que ganham até 830. No caso particular do tomate, as diferenças relacio-nadas ao poder aquisitivo da população seguem o mesmo padrão. Domicílios com essa renda mais baixa adquirem anualmente 3,1 kg, enquanto aqueles com renda superior a 6.225 reais, 8,2.

O baixo consumo é, tam-bém, reflexo direto da qualida-de do tomate predominante no mercado brasileiro, que deixa a desejar em sabor e aroma. Sem esquecer das frequentes notí-cias veiculadas na mídia que taxam o tomate como uma das hortaliças com maior contami-nação por resíduos de agrotóxi-cos. É fato que a divulgação dos relatórios do Programa de Aná-lise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, impacta na aquisição de hortaliças.

JE – Qual é a região que mais consome tomate no Bra-sil?

PC – A região Sul, com 6,1 kg, seguida do centro-oeste com 6. Já o menor consumo está no norte, 3,7. O estado que lidera o consumo é o Rio Grande do Sul, 7,2 kg, seguido de Sergipe com 6,7 e Mato Grosso do Sul com 6,6. Sendo o menor registrado no Acre, 2,5. A título de com-paração, em vários países da Europa o consumo per capita excede 40 kg por ano enquanto no Brasil é de apenas 4,9.

JE – Muitos consumidores

reclamam que o tomate bra-sileiro não está tão saboroso. Por que o Brasil enfrenta essa dificuldade no cultivo?

PC – É preciso deixar claro que as empresas sabem do pro-blema da falta de sabor das cul-tivares de tomate do tipo salada longa vida, LV, que representam hoje cerca de 80% da oferta no país. ‘Carmen’ foi o primeiro híbrido de tomate LV lançado no Brasil em meados da dé-cada de 90. Os setores de pro-dução e de comercialização se beneficiaram. Para produtores, vantagens como uniformidade de frutificação e alto potencial de rendimento. Para o setor de comercialização, diminuição de perdas do produto pós-colheita, além de propiciar o incremento das remessas para mercados distantes. Não resta dúvida que os maiores perdedores, com esse predomínio, são os consu-midores. Os mesmos fatores ge-néticos que conferem caracte-rísticas desejáveis ao LV afetam negativamente o sabor, aroma, textura e o teor de licopeno, que dá a cor vermelha ao fruto. Para piorar, alguns produtores, se protegem das oscilações de preço, não realizando a colhei-ta no ponto ideal. A maturação no tomate LV não se completa quando o fruto é colhido verde. Resta, então, saber qual é a sa-ída. A minha maior expectativa é que o mercado de sementes consiga realizar o que todos

Tomate brasileiro ainda deixa a desejar em aroma e sabor, diz especialista

Page 5: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 05Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

A Agrociro, produtora e ata-cadista que atua na Ceagesp desde 1992, tornou-se referên-cia na dedicação para atingir seu principal objetivo: levar mais qualidade e sabor do cam-po para a mesa dos brasileiros.

No início ela ocupava meio box dentro de um dos dispu-tados pavilhões do entreposto. “A princípio, a companhia co-mercializava apenas legumes. Depois, quando introduziram o tomate, o resultado foi tão po-sitivo, que foi necessário abrir uma filial apenas para traba-lhar com esse fruto”, explica Ro-drigo Dias de Souza, adminis-trador. Hoje, além de atuar em todos os estágios da produção, a Agrociro transporta o horti-fruti do campo para o mercado varejista, diminuindo assim as chances de problemas durante o manuseio.

Em parceria com produto-res de todo o país, a atacadista preocupa-se em proporcionar bem-estar para os colaborado-res, refletindo em um excelen-te produto final. “Trabalhamos em cadeia e precisamos estar conectados. Estamos sempre orientando e disponibilizando informações para que possa-mos nos desenvolver juntos”, esclarece Dias, lembrando que a Agrociro imprime etiquetas e coloca a disposição dos agri-cultores para que as caixas de hortaliças sejam devidamente rotuladas.

Agrociro tem setor específico para tomates gourmet

A boa relação entre todos da cadeia continua rendendo bons frutos. Hoje, a empresa tem um setor específico para tra-balhar com tomates gourmet. “A Agrociro foi a responsável por introduzir no mercado da Ceagesp tomates que não eram tão populares, como o holan-dês, o caqui e o cereja. Sempre demos atenção especial para esse segmento que tem cresci-do bastante nos últimos anos”, comemora o administrador, afirmando que o sweet grape ganhou força graças ao traba-lho de agregação de valor.

Ciente da necessidade de acompanhar as tendências corporativas que estão aconte-cendo fora do entreposto, Dias lamenta a falta de estrutura

nós estamos esperando: que o tomate predominante priorize o consumidor, colocando à sua disposição uma gama cada vez mais ampla que permita es-colher quanto ao sabor (mais adocicado ou ácido), formato, tamanho e cor dos frutos.

JE – Na Ceagesp, o tomate é vencedor em movimentação financeira e é crescente a pre-sença dos chamados gourmet. Quais são os mais desejados na mesa dos brasileiros?

PC – Entre os gourmet, qua-tro tipos são os mais importan-tes: Italiano, Saladete, Holan-dês em cacho e os Minitomates. Acredito que esses tomates, em conjunto, devam ter uma fatia de aproximadamente 20% do mercado. A minha expectati-va é que os tomates gourmet ampliem sua participação haja vista as ações de marketing das empresas de sementes em praticamente todos veículos de mídia que denotam a necessi-dade de resgatar o verdadeiro sabor do tomate e, com isso, melhorar a sua imagem junto aos consumidores. Os híbridos dos tipos Italiano e Saladete são versáteis em termos de uso culinário, servindo não apenas para salada, mas também para molho caseiro. Além disso, são matérias-primas de boa qua-lidade para o fabrico de toma-te seco. Já o tomate Holandês agrupa os híbridos vendidos

completamente maduros e em cachos, tal qual foram removi-dos da planta. Os frutos são fir-mes, exibem formato redondo levemente achatado, pesam em média 90 gramas e possuem pós-colheita prolongada. É ideal para fazer tomate rechea-do. E um dos tipos mais caros no mercado. Os minitomates agrupam cultivares comuns e híbridos que produzem frutos pequenos, de várias cores (ver-melho, amarelo, marrom, rosa e alaranjado) e vários formatos (redondo, oblongo, alongado e piriforme)..

Fazem parte dele os toma-tes Cereja e o Grape (ou tomate uva). Podem ser consumidos em saladas, na composição de canapés, de molhos e assados. Dentre os minitomates, o Gra-pe tem conquistado o paladar dos consumidores brasileiros de todas as idades. O fruto se assemelha a uma baga de uva da variedade Thompson, tem sabor muito adocicado e baixa acidez. Esse, na verdade, é o principal diferencial dos grapes em relação ao tomate cereja tradicional. O peso médio dos frutos é de 12 gramas. A colora-ção é vermelha intensa. São fir-mes e a vida de prateleira pode se estender por até 15 dias em perfeitas condições para o con-sumo. Os frutos são colhidos completamente maduros para ressaltar a sua intensa cor e ex-celente sabor.

oferecida pela Ceagesp, mas nota uma positiva mudança na postura das empresas permis-sionárias. “Estou vendo muito box evoluir e se modernizar como o nosso. Tentamos suprir as falhas existentes no mercado para não perder negócios”, es-clarece.

Na Agrociro não existem produtos de diferentes quali-dades. Somente hortifruti cui-dadosamente selecionados e acomodados em embalagens de alto padrão são comerciali-zados. “Às vezes levamos a fama de cobrar caro”, diz Rodrigo. “Mas nosso preço condiz com as características das hortaliças e o cuidado no manuseio. Não temos produto inferior para vender”, finaliza.

QUALIDADE

Mercado e Produção

Page 6: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

06 Mercado e Produção JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

Ilson Gomes, gerente geral da Itimirim, começou ajudando o pai, proprietário da empresa, na adolescência. “A atacadista já tem 37 anos e hoje eu adminis-tro todos os processos. De A a Z”, conta orgulhoso, explicando que a nova política da organização é tentar manusear o produto den-tro da Ceagesp.

“Quando eu seleciono o mercadoria dentro do box, eli-mino uma parte do processo de comercialização, que é enca-minhar a hortaliça até o centro de distribuição, localizado na Rodovia Fernão Dias”. Dessa maneira, Ilson economiza em transporte e diminui o manu-seio do alimento. “Consigo dimi-nuir o custo e repasso essa van-tagem ao comprador”, afirma.

Além de possuir produção própria, a Itimirim investe em

Itimirim oferece tomates selecionados ao gosto do clienteparcerias e disponibiliza os me-lhores materiais para os agricul-tores, financiando o cultivo do começo ao fim. Gomes explica que a empresa se preocupa sem-pre em informar os produtores a respeito de leis relacionadas à rotulagem e higiene. “Aqui no box, o encarregado de treinar os novos funcionários deve passar as coordenadas referentes ao manuseio de alimentos”, com-pleta.

Roberto Gonçalves, vende-dor, confirma as palavras do empresário. “Buscamos sempre a qualidade. É muito difícil tra-balhar com perecível. Deve-se ter muito cuidado”. E lembra: “Nosso forte é a seleção dentro da Ceagesp. Dessa maneira, con-seguimos ‘montar’ as caixas na hora, de acordo com o gosto do cliente”.

Qualificação de colaboradores é fundamental para a Minas Douradas

A trajetória de Elesbão dos Santos Pacheco na Ceagesp é de muito esforço e marcada pelo progresso. Em 1974 ele iniciou suas atividades como carrega-dor, depois se tornou vendedor e exerceu essa função durante três anos. Em 1981 entrou como sócio na atacadista Rio Verde. Oito anos mais tarde abriu a Minas Douradas. Seus maiores clientes são os supermercados e 70% do que é comercializado veem de produção própria.

As cidades paulistas de Tie-tê, Porto Feliz e Capão Bonito abrigam suas produções de tomate, berinjela, pimentão e abobrinha. O restante, Pacheco obtém em parceiras com outros produtores, de São Paulo e Rio de Janeiro.

“É um serviço que não para. São 24 horas por dia. Tanto no cultivo, quanto embalando e transportando”, explica o em-presário e também comemora o sucesso da lavoura desde o na-tal, graças às condições climáti-cas que tem sido favoráveis.

A Minas Douradas se preo-

cupa com a qualificação de seus funcionários, pois Pacheco acre-dita que sem esse tipo de mão de obra, é impossível encontrar, manusear e vender uma boa mercadoria, “em cada roça eu deixo uma pessoa coordenando e orientando o pessoal. É um ali-mento frágil”, conclui.

Com apenas cinco anos de funcionamento, a atacadista Campo Dourado já se desta-ca no mercado pela qualidade dos produtos que comerciali-zam e quem vem do Brasil in-teiro. Apesar da pouca idade, Erisvaldo Amadeu Rodrigues, proprietário, explica que o pai, senhor Amadeu, já tem mais de 30 anos de Ceasa e que ensi-nou aos filhos cada detalhe na cadeia de compra e venda de hortifruti.

Além da constante preocu-pação com a mercadoria que disponibiliza para venda, Eris-valdo também conta com aju-da de uma nutricionista que, a cada três meses, ministra pa-lestras para conscientizar os funcionários sobre o manuseio de alimentos frescos. “Todo colaborador participa desse treinamento. Dessa maneira conseguimos nos destacar na prestação de serviço”, afirma o atacadista.

A seleção dos hortifrutis é realizada no próprio box e o au-mento nas vendas de tomates foi tão significativo, que hoje,

Nutricionistas colaboram na formação dos funcionários da Campo Dourado

SELECIONADOS

COORDENAÇÃOMANUSEIO

ele supera o chuchu. “Tudo o que chega é analisado e sepa-rado. Assim, conseguimos man-ter um padrão e atender diver-

sos tipos de clientes varejistas. Além disso, vendemos tomates gourmet sob encomenda”, des-taca.

Colaboradores participam de palestras de conscientização a cada três meses

Page 7: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 07Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Mercado e Produção

Marcos Roberto Finêncio, o Beto, atua na Ceagesp há 18 anos. Ele e mais dois irmãos, seguiram os passos do pai que começou o trabalho no local em 1967, comercializando uva Niágara. Na década de 80, acrescentou vagem e em segui-da o tomate. Já em 1995, parou de trabalhar com a uva. “Acre-dito que o meu pai escolheu to-mate por ser uma fruta de alto rendimento. Ele trabalhou com frutas, legumes, gado, madei-ra, insumos agrícolas e fertili-zantes. Cada irmão herdou um segmento. Três ficaram com a parte da Ceagesp, na distribui-ção de frutas, legumes e cere-ais’, esclarece Beto, herdeiro e proprietário da Santa Cecília.

A empresa comercializa en-tre 150 e 200 mil caixas de 20 kg por mês e para continuar prosperando, o próximo pas-so é chegar ao público jovem. Para Beto, eles compram os produtos com boa aparência e bem dispostos nas pratelei-ras. Além disso, a Santa Cecí-lia aposta em modernização. A atacadista que começou sem nenhum computador, hoje con-tabiliza mais de cem, dispõe de frete próprio e uma central que classifica o fruto por tamanho e cor.

Cultivando no sul de minas e sudoeste paulista, a cadeia

Santa Cecília moderniza cultivo

produtiva conta com a tecno-logia de georreferenciamento. Beto também contratou uma consultoria de nutrição em plantas para melhorar a pro-dução, o sabor, o calibre da planta e a hora certa de colher. “Eu como tomate todos os dias, e conheço muito bem o gosto. Então, eu mesmo faço a seleção dos melhores e consigo utilizar a curva de absorção. Entendo qual área da produção precisa de mais nitrato de potássio, sulfato de cálcio e outros. Aos poucos, fui aprendendo e con-tratei a consultoria para me ajudar’’ explica.

O empresário, enfrenta al-gumas dificuldades em efetivar um padrão de manuseio. Algu-mas máquinas que reduzem

Wilak aposta na qualidade do manuseio dos frutosA Wilak está presente no

entreposto paulista há 30 anos e, segundo o vendedor Diogo Ferreira dos Santos, o ritmo é intenso: “Nunca ficamos para-dos. Estamos sempre captando novos clientes. Não queremos estagnar”.

Além de comercializar, a Wilak produz tomate, berinje-la, uva Itália, pepino comum, vagem e quiabo nos municípios do interior paulista São Miguel Arcanjo e Piedade. “A produção própria, apesar de trabalhosa, facilita a comercialização”, ana-lisa Diogo, que trabalha na em-presa há quatro anos. Para ele, o cultivo do tomate é mais com-plicado tendo em vista que, em determinadas épocas do ano, a hortaliça perde qualidade e o problema se generaliza. Ainda assim, as variadas demandas propiciam o escoamento daqui-

lo que produzem.Para seguir as determina-

ções da Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária, ANVISA, e do Instituto de Pesos e Medidas, IPEM, um novo rótulo para as embalagens está sendo provi-denciado. Além disso, todos os funcionários conhecem os pro-dutos e são treinados para ma-nuseá-los corretamente. “Não passamos as mercadorias de uma caixa para a outra virando. Colocamos tomate por tomate dentro de cada caixa”, comenta o vendedor.

Os cuidados para não ma-chucar a mercadoria, a seleção e as embalagens de plástico ou papelão são os diferenciais da Wilak. “O nosso box tem bas-tantes embaladores e é para isso mesmo: selecionar da for-ma correta, com cuidado e sem pressa”, finaliza.

PROGRESSO

EMBALAGEM

etapas na seleção e otimizam o trato da fruta foram instaladas, mas o custo é alto. Como a mão de obra é essencial, a política é aperfeiçoar e especializar os funcionários.

Fiscalizada desde de 1997, a Santa Cecília segue as nor-mas em relação a mão de obra e pesticidas. Desde 2001 as embalagens do tomate já eram de papelão. O desenvolvimento é prioridade para Beto: “Temos que nos modernizar, vender produtos embalados e com código de barras. Muitos não se preocupam com a questão da rastreabilidade. O objetivo é evoluir”, e finaliza: “Eu não vendo tomate. Eu vendo a mi-nha marca. E quero manter a idoneidade da minha empresa”.

Dia 24 de abril de 2013• 09h: Palestra 1: Vírus do amarelão e murcha-de-fusário raça 3: duas novas ameaças para a tomaticultura de mesa no Brasil - Hélcio Costa, INCAPER, Vitó-ria, ES

Programação Dia 23 de abril de 2013• 14h: Credenciamento• 15h: Abertura do evento - Coordena-dor técnico-científico: Paulo César Tavares de Melo - USP/ESALQ - Departamento de Produção Vegetal Piracicaba, SP• 15h: Conferência de abertura - Novas tecnologias e avanços na produção de tomate de mesa sob cultivo protegido• 16h10: Painel 1:- Economia e produção de tomate de mesa no Brasil - Moderador: Luís Edu-ardo Rodrigues, Presidente ABCSEM, Campinas, SP- Desafios da sustentabilidade econômi-ca do tomate de mesa - Margarete Bo-teon, CEPEA-USP/ESALQ, Piracicaba, SP- Visão geral do setor de sementes e mudas de tomate - Paulo Sérgio Koch, Sakata Seed Sudamérica Ltda, Bragança Paulista, SP• 18h30: Coquetel

• 10h: Palestra 2: Fertirrigação, a cha-ve para ganhos em qualidade e pro-dutividade - Roberto Lyra Villas Bôas, FCA/UNESP, Botucatu, SP• 11h: Palestra 3: Rastreabilidade para o tomate: solução para diferen-ciação e garantia de segurança - Tho-mas Eckschmidt, Paripassu, São Pau-lo, SP• 12h: Almoço• 14h: Palestra 4: Estratégias para alavancar o consumo de tomate de mesa no Brasil - Fábio Hertel, Rede HortiFruti, Vitória, ES• 15h10: Painel 2:- Futuro da tomaticultura de mesa no Brasil - Moderador: Paulo César Tava-res de Melo, USP/ESALQ, Piracicaba, SP - Visão do produtor - Edson Trebeschi, Trebeschi Tomates, Araguari, MG- Visão do setor viveirista - Oliveiro Ba-sílio Bassetto Junior, Hidroceres Co-mercial Agrícola, Estância Hidroceres, Santa Cruz do Rio Pardo, SP- Visão do setor varejista - Hélio Nishi-mura, Consultor de Frutas, Legumes e Verduras do Grupo Pão de Açúcar, São Paulo, SP- Visão da área de pesquisa

• 18h: Encerramento com bate papo

e café

Page 8: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

08 QualidadeJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

Page 9: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 09Tomate para todos os gostosUm jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

CAQUI CARMEM DÉBORA

ITALIANO HOLANDÊS CEREJA

SWEET GRAPE

Características: não é adocicado, apresenta acidez e frescor inermediários. É firme e tem boa conservaçãoUso: saladas, pizzas e vinagrete

Características: firme, tem boa conservação. Não é tão apreciado por chefs, pois tem sabor pouco acentuadoUso: saladas e com recheio, feito ao forno

Características: é levemente achatado nas extremidades, é menos carnudo do que o italiano, tem mais sementes e águaUso: molhos, principalmente, mas também como tomate seco

Características: é alongado, oval, tem polpa sólida, adocicada, com pouca semente. é bastane sensívelUso: mohos, purê de tomate e como tomate seco

Características: menor como variações como Caqui e Débora vem em ramos, como é colhido. Tem baixa acidez e doçura acentuadaUso: saladas, pratos preparados ao forno e molhos

Características: mini tomate com intenso sabor adocicado e alto teor de águaUso: canapés, saladas e para decorar e finalizar receitas

Características: pequeno, como o cereja, mas em formato alongado. Tem sabor doce e intensoUso: saladas e também na companhia de peixes e queijos azedos

Principais tipos de tomate produzidos no Brasil

Page 10: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

10 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

O IqPR (Índice Quadrisse-manal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista) encer-rou o mês de janeiro em queda de 0,24%, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricul-tura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Os produtos que registra-ram as maiores altas foram batata (44,20 %), tomate para mesa (42,46 %), trigo (16,95%) e algodão (5,13 %).Para bata-ta, o final da colheita na região de Itapeva, associado às fortes chuvas que prejudicaram a pro-dução provocaram o aumento do preço do produto. No tomate para mesas, as chuvas geraram perdas de colheita, com impac-to conjuntural no abastecimen-to do produto, elevando seus preços.

No caso do trigo, as quebras na última safra, principalmente no hemisfério norte e Argenti-na, e a valorização do dólar em 2012 elevaram os preços rece-

ECONOMIA AGRÍCOLA

CÁ ENTRE NÓS

Agrícola

Preços agropecuários encerram janeiro com queda de 0,24% em SP

bidos pelos produtores do grão, colocando-o como opção ao mi-lho safrinha nas regiões produ-toras em 2013. Estes aumentos já estão sendo repassados no preço da farinha de trigo e, con-sequentemente, ao consumidor

final pelas panificadoras.A firme demanda pelo algo-

dão no mercado internacional, puxada pelos anseios de am-pliação dos estoques oficiais chineses e a maior necessidade de compra do produto pelas

indústrias têxteis, foram fun-damentais para o reajuste dos preços recebidos pelos cotoni-cultores neste começo de ano.

De acordo com os pesqui-sadores, os produtos que apre-sentaram as maiores quedas

de preços foram banana nanica (-21,01%), soja (-12,92 %) e amendoim (-7,64 %).

Para a banana, o clima quen-te e chuvoso acelerou a oferta do produto, ao mesmo tempo em que a demanda diminuiu com a concorrência de outras frutas de época (verão), provo-cando a redução do preço do produto.

No caso da soja, a perspec-tiva de safra recorde no Brasil, que deve ultrapassar a produ-ção dos Estados Unidos, e a exe-cução de vendas antecipadas por parte dos produtores apre-sentam a expectativa de uma grande quantidade do produto no mercado em 2013.

É importante enfatizar, con-tudo, que em comparação com o mesmo período do ano an-terior os preços atuais estão aproximadamente 40% maio-res. A liberação de estoques de amendoim superou a demanda, provocando a redução dos seus preços.

Por Manelão

O bom Deus ouviu o clamor do povo brasileiro e, antes da conclusão das obras da trans-posição do Rio São Francisco, fez chover no sertão nordes-tino. O cajueiro e o maracujá florirão e o melão aumentará a produção. Haverá fartura na mesa da população.

No balanço executado pela contabilidade que atende a Nossa Turma estamos com uma defasagem de R$ 6 mil mensais. Conseguimos suprir essa diferença em dois even-tos: a Queima do Alho, que vai ocorrer em 5 de maio, e a rifa que efetuamos com a camisa de um craque são-paulino – um amigo da nossa entidade pede ao melhor goleiro brasileiro da atualidade, Rogério Ceni, que nos oferece ela autografada no final do campeonato. Neste ano, será a camisa número 8, do craque Paulo Henrique Gan-so.

No fim do ano, fiquei hos-pitalizado e não consegui arre-cadar fundos com a camisa do

jogador. O Banco Itaú e a Fun-dação Votorantim depositaram no Funcad R$ 170 mil em prol da Nossa Turma, mas, devi-do aos entraves burocráticos, a entrada desse recurso não tem data para ser creditada em nossa conta.

No dia 10 de março, vamos realizar o Bingo da Páscoa, com prêmios maravilhosos: kit mu-lher bonita com prancha para alisamento de cabelo, secador Arno e maquiagem, geladeira, televisor, microondas, tablet, cesta de ovos e cestas de frutas (que vamos pedir a Frutas Be-nassi).

Como a Lei Seca está pe-gando, vamos tomar vinho em casa. Um dos prêmios será uma linda adega climatizada para oito garrafas. Na rodada final, primeira cinquina: camisa ofi-cial do Grêmio autografada pelo Elano e seus companhei-ros de clube. Segunda cinqui-na: camisa do centro-avante do Vasco da Gama Alex Sandro. Cartela cheia: R$ 1 mil em di-nheiro.

A nossa diretora financeira,

Luciana Pasini, o nosso diretor de captação de recursos, João Barossi, da Campo Vitória, es-tão convidando a todos para participar na doação de pren-das e trazendo a família para uma tarde agradável. E o mais importante: os convidados vão conhecer de perto o trabalho do espaço Nossa Turma.

Quem prometeu que virá jogar bingo e mandará uma prenda é a empresária desta-que do ano do ramo imobiliá-rio, Luciana, da Luciana Imó-veis, junto com sua amiga de primeira hora, Laura, gerente do Ciesp-Oeste.

Aproveitando, a Comitiva Capiau, do nosso amigo Tião da Laranja e da Fabiana Berrantei-ra, foi a campeã da Queima do Alho realizada no dia 3 de feve-reiro no Estância Alto da Serra, em Riacho Grande, recebendo o troféu das mãos da dupla Mi-lionário e José Rico. A comitiva ceagespiana agora vai repre-sentar a Grande São Paulo na finalíssima do concurso gastro-nômico em agosto, na Festa do Peão de Barretos.

Tempo de fartura

Banana nanica, soja e amendoim influenciam retração do indicador paulista

Pelo décimo ano consecuti-vo, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo comemora recorde de vendas. Em 2012, o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) comercializou 3,4 milhões de toneladas de fru-tas, verduras, legumes, flores e pescados, melhor resultado des-de 1981.

O fluxo financeiro envolvido na comercialização do ETSP em 2012 foi de R$ 5,72 bilhões, o que representa um crescimento de 13,9% com relação aos R$ 5,02 bilhões movimentados em 2011.

“Podemos afirmar que mais pessoas tiveram acesso aos pro-dutos comercializados na Cea-gesp em razão da elevação da renda e da procura por alimen-tos mais saudáveis. A maioria dos setores produtivos apresen-tou, em 2012, boa rentabilidade em razão dos preços mais eleva-dos. Há de se esperar, portanto,

ECONOMIA

Vendas atingem novo recorde no ETSPSetor de frutas continua a liderar o volume de comercialização

maiores investimentos na pro-dução e a manutenção da eleva-ção do volume comercializado em 2013”, explica o economista da estatal, Flávio Godas.

No ETSP, a maior central de abastecimento da América La-tina e a terceira maior do mun-do, o setor de frutas continua a liderar o volume de comerciali-zação, com 1,79 milhão de tone-ladas, seguido por legumes, com 875,9 mil t.

O setor de alimentos diver-sos vem em terceiro no ranking de volume, com 398,5 mil t, e, na sequência, verduras (231,3 mil t), flores (56 mil t) e pescados (47,4 mil t).

O entreposto da capital rece-beu, durante todo o ano de 2012, produtos procedentes de 16 pa-íses, 21 estados e 1.450 muni-cípios brasileiros. Ao longo do ano, mais de 25 mil produtores rurais e fornecedores destina-ram mercadorias ao ETSP.

Page 11: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 11Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 12: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 201312 Agronegócio

O Brasil e a China são os principais mercados que mais aumentaram a produtividade agropecuária entre os anos de 2001 e 2009. É o que mostrou um recente estudo de técnicos do Departamento de Agricultu-ra dos Estados Unidos.

No caso brasileiro, estudos apontam que fatores como a pesquisa, o crédito agrícola e as exportações influenciam di-retamente esse crescimento. A análise é da Assessoria de Ges-tão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa), elaborada a partir de pesquisas realizadas no Brasil e no exterior.

O levantamento leva em conta a Produtividade Total dos Fatores (PTF), cálculo feito a partir da divisão entre tudo o que é produzido nas lavouras e na pecuária sobre os insumos utilizados no campo (entre os quais trabalhadores rurais, má-quinas agrícolas, defensivos e fertilizantes).

De acordo com o estudo, o aumento de 1% nos gastos com pesquisa é responsável por um crescimento da PTF de até 0,35% em 10 anos, en-quanto o acréscimo de 1% nos

desembolsos do crédito rural (custeio, investimento e comer-cialização) eleva esse índice em 0,25% e o impacto das exporta-ções em 0,14%.

“A produtividade de um país deve ser alta para tornar o pro-duto competitivo no mercado internacional, o que explica as exportações como um fator re-levante sobre os acréscimos no PTF,” explica o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques.

O crédito agrícola no Brasil aumentou de R$ 17,9 bilhões concedidos em 2001 para R$ 75,1 bilhões em 2009, alta de 319,5%. Já as exportações agropecuárias brasileiras tive-ram acréscimo no período de 171,8%, passando de R$ 23,8 bilhões para R$ 64,7 bilhões. Outros indicadores apontam melhorias nas rodovias, teleco-municações, irrigação e energia elétrica como fundamentais, além da mudança na qualidade dos insumos; deslocamento da produção para novas regiões do Norte, Centro Oeste e Centro Nordeste; e por 69,2% do perfil das pessoas ocupadas nos cam-pos estarem na faixa etária en-tre 15 e 49 anos.

Brasil em destaque

Os dados levantados pelo Mi-nistério da Agricultura baseiam--se na obra “Crescimento da Produtividade na Agricultura: Uma Perspectiva Internacional” (Productivity Growth in Agricul-

Pesquisa e crédito influenciam alta da produtividade agropecuáriaLavouras brasileiras estão entre as que mais têm crescido no mundo, puxando o aumento da produção mundial

ture: An International Perspec-tive), que analisa a elevação da produtividade agrícola em 156 países, inclusive o Brasil. O cres-cimento do Brasil quanto à pro-dutividade total dos fatores foi de 4,04% na década 2001-2009, enquanto a taxa mundial foi de

1,84%, no período. “Brasil e Chi-na são os que mais têm elevado a produção e a produtividade, entre as maiores economias do mundo. Esse fato é atribuído aos pesados investimentos em pes-quisa e extensão feitos por am-bos os países”, destaca Gasques.

O total de empréstimos para aquisição de máquinas agríco-las, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem alcançou R$ 4,7 bilhões entre julho e dezembro de 2012, alta de 41% em relação ao mesmos meses de 2011. Os valores são referentes aos financiamentos adquiridos por meio do Progra-

Financiamentos de máquinas e equipamentos alcançam R$ 4,7 biResultado representa 78,4% dos recursos disponíveis para a safra 2012/13

ma de Sustentação do Investi-mento (PSI-BK).

No ano passado, a taxa de juros dessa modalidade re-duziu de 5,5% para 2,5% ao ano, o que influiu no resultado positivo dos últimos meses. A expectativa para 2013 é que os financiamentos continuem em alta. A taxa entre janeiro e junho será de 3%, aumentando para 3,5% ao ano entre julho e dezembro deste ano.

A medida surtiu efeito dire-to no setor de máquinas agrí-colas, que cresceu 6,2% no ano

passado em relação a 2011. Ao todo, foram vendidas quase 70 mil unidades, número que não era alcançando desde a década de 1970, de acordo com a Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa-vea). A expectativa para 2013 é de novas altas, entre 4% e 5%. A avaliação atualizada mensal-mente das contratações do cré-dito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

Page 13: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 13Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Agrícola

O governo federal defi-niu em até R$ 50 milhões a aplicação de recursos para garantir a sustentação de preço da laranja produ-zida na safra de 2012 em São Paulo e Minas Gerais. A medida foi publicada em 24 de janeiro no Diário Ofi-cial da União (DOU) pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e da Fazenda (MF).

A regulamentação faz parte da política de garantia de preço mínimo ao produ-tor por meio de leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produ-tor Rural (Pepro), visando apoiar a comercialização de laranja no mercado interno. Anteriormente, o governo já havia definido a prorroga-ção do valor mínimo da cai-xa de 40,8 kg em R$ 10,10 até o dia 28 de março deste ano.

No ano passado, 26 mi-lhões de caixas do produto foram arrematadas em 16 pregões, beneficiando 1,7 mil produtores. De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Gel-ler, com o anúncio de mais recursos, a expectativa é que sejam comercializadas mais 12 milhões de caixas. O governo federal ainda adotou outras medidas em 2012 para auxiliar o setor, como a prorrogação de dí-vidas dos produtores de laranja e da Linha Especial de Crédito. Outra política de apoio foi a criação da linha de manutenção de pomares, com limite de R$ 150 mil, juros de 5,5% ao ano e pra-zo para pagamento de até cinco anos.

O ano de 2012 foi difícil para o cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais. Com uma boa safra, esti-mada em 365 milhões de caixas de laranja e elevados estoques de sucos, muitos produtores ficaram sem mercado para suas frutas e os preços pagos despenca-ram para patamares entre R$ 6 e R$ 7 por caixa.

LeilõesA diferença entre PEP e

Pepro está em quem parti-cipa como arrematantes dos prêmios. O PEP é concedido pelo governo à agroindús-tria ou cooperativa que ad-quire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e transporta para região com necessi-dade de abastecimento. No Pepro, são os próprios pro-dutores que participam do processo de arremates.

POLÍTICA AGRÍCOLA

Governo garante até R$ 50 mi para comercialização da laranjaMedida deve apoiar comercialização de 12 milhões de caixas do produto

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Page 14: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

14 Floricultura JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

ARTIGO

Em 2012, os resultados das exportações brasileiras de flo-res e plantas ornamentais con-firmaram o ciclo de retração recentemente experimentado pela floricultura nacional, de-caindo 7,76% em relação ao total vendido ao exterior em 2011, fechando no valor global de US$ 26,01 milhões. Tal fato continua refletindo o contexto econômico-financeiro recessi-vo prevalecente nos principais mercados importadores mun-diais, o qual – deflagrado a par-tir do último trimestre de 2008, com a crise imobiliária dos EUA – permanece determinando re-duções globais na demanda pe-los produtos da floricultura.

No período de 2000 e 2008, o País viveu um processo inin-terrupto de obtenção de recor-des sucessivos nos embarques de flores e plantas para o ex-terior, tendo elevado seus re-sultados de US$ 11,97 milhões, em 2000, para 35,5 milhões, em 2008. Tal performance en-contra justificativas em várias condicionantes favoráveis en-tão ocorrentes, entre as quais cabe destacar os esforços pro-mocionais, técnicos e organiza-cionais alcançados pelo Flora-Brasilis – Programa Brasileiro de Exportação de Flores e Plan-tas Ornamentais, que resultou de parceria entre a Agência de Promoção de Exportações e In-vestimentos - APEX-BRASIL e órgãos de representação seto-rial dos produtores e exporta-dores no setor da floricultura, como o Ibraflor e o Instituto Agropólos do Ceará, além de empresários de diferentes regi-ões do País.

Porém, a partir do final de 2008, com a deflagração e posterior acirramento da cri-se econômica internacional, os resultados anuais não puderam se sustentar nos patamares conquistados e os valores ex-portados iniciaram uma traje-tória descendente que se pro-longa até os dias atuais. Cabe ressaltar, contudo, que uma das principais características es-truturais do setor exportador da floricultura brasileira – qual

seja o de se concentrar essen-cialmente na comercialização de material de propagação ve-getal destinado a produtores internacionais de flores e plan-tas e não diretamente à venda para consumidores finais – tem garantido uma relativa suavida-de no processo decrescente das vendas no mercado mundial.

Em 2012, os principais grupos de produtos setoriais exportados pelo Brasil foram o dos bulbos, tubérculos, ri-zomas e similares em repouso vegetativo (55,93%), seguido pelos das mudas de plantas ornamentais (33,84%). Outros grupos de flores e plantas orna-mentais, focados no consumo final, mantiveram tendência de perda de expressão financeira na balança comercial. Assim, as exportações de rosas e seus botões frescos representaram apenas 0,12% das vendas bra-sileiras no mercado internacio-nal, enquanto que as de outras flores frescas e seus botões – que incluem lisianthus, gér-beras, lírios, antúrios e outras flores tropicais – somaram participação relativa de apenas 0,51%.

Balança comercial da floricultura brasileira

Em 2012, a balança comer-cial da floricultura brasileira mostrou saldo negativo de US$ 13,468 milhões, sendo que os

valores das importações foram 51,78% maiores do que os das exportações. Vale observar que no período do auge do cres-cimento das exportações bra-sileiras, entre 2006 e 2008, a balança era superavitária e as importações equivaliam a ape-nas um terço dos valores ex-portados.

Os principais grupos de mercadorias adquiridos in-ternacionalmente pelo Brasil foram os de bulbos, rizomas, tubérculos e similares, desti-nados à propagação vegetati-va – tanto para produção para consumo doméstico, quanto para re-exportação (25,02%) –, bem como os das mudas de orquídeas (22,47%), de mudas de outras plantas (19,39%) e de outras plantas ornamentais (10,32%). Observa-se que as mudas de orquídeas impor-tadas pelo Brasil da Holanda (67,10%), Tailândia (28,28%) e Japão (4,61%), tiveram forte destaque no período analisado, denotando o intenso cresci-mento da base produtiva e do consumo dessas flores no mer-cado doméstico. Somaram, em 2012, US$ 8,870 milhões, com um aumento de 31,47% em re-lação ano anterior. Porém, nes-te caso, não são considerados materiais para a propagação vegetal, mas, sim, para a produ-ção comercial de plantas para consumo final, especialmente importantes nos ascendentes

mercados de Phalaenopsis, Cymbidium e Vandas, entre ou-tras espécies.

Em relação ao comporta-mento observado em anos ante-riores, destacou-se a expansão das importações de produtos já prontos para o consumo como as rosas de corte frescas, as quais chegaram a representar 15,39% da pauta global de im-portações, com crescimento de 6,29% sobre o desempenho de compras do ano anterior. Além delas, outras flores cortadas em geral agregaram 5,45% de participação, com aumento de 11,80% sobre 2011.

O fenômeno da expansão das importações de flores cor-tadas frescas no período justi-fica-se pelo conjunto de indica-dores favoráveis observados na economia brasileira no tocante à expansão dos níveis de em-prego, ocupação e renda, além da estabilidade econômica experimentada pelo País, que vem sustentando um consumo aquecido e mais diversificado dessas mercadorias. Em 2012, as vendas observadas nas duas principais datas de consumo (Dia das Mães e Dia dos Namo-rados) comprovaram a disposi-ção intensificada dos brasilei-ros em presentear com flores, permitindo que parcelas cres-centes de produtos importados convivessem harmoniosamen-te com a produção nacional no suprimento do mercado.

Além disso, cabem destacar dois fatores que vêm colabo-rando para essa performance importadora. O primeiro deles é o fato de que países vizinhos de economia florícola essen-cialmente focada no mercado internacional – especialmente Equador e Colômbia – sofrem mais intensamente os efeitos perversos da recessão global e seus produtos encontram-se mais fartamente disponíveis e acessíveis para o consumo bra-sileiro. Em segundo, destaca-se a valorização cambial do real que vigorou em 2012 e que fa-voreceu o ingresso de merca-dorias estrangeiras.

Em 2012, os países supri-dores do mercado brasileiro de rosas frescas cortadas foram: Equador (50,40%), Colômbia (49,37%), e Holanda (0,23%). Para as demais flores frescas – que incluem principalmen-te alstroemérias, entre outras espécies – as importações fo-ram provenientes da Colômbia (55,32%), Equador (43,41%) e Holanda (1,27%). A Colômbia respondeu, ainda, por 100% das importações brasileiras de cravos e seus botões.

A análise completa sobre os resultados do comércio ex-terior da floricultura brasileira em 2012 foi elaborada e publi-cada pela Hórtica Consultoria e Treinamento no Boletim “Con-texto & Perspectiva”, de janeiro 2013, e encontra-se disponível em http://www.hortica.com.br/artigos/2012_Balanco_do_Comercio_Exterior_da_Flori-cultura_Brasileira.pdf

Balanço do comércio exterior da floricutlura brasileira em 2012Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

* Engenheiro agrônomo, dou-torando em Ciências da Co-municação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-gradu-ado em Desenvolvimento Ru-ral e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Trei-namento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Ur-bano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treina-mento.

Page 15: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

Agrícolafevereiro de 2013 15Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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O Projeto Jaíba é uma das maiores áreas irri-gadas do mundo, servidas pelo Rio São Francisco no norte do Estado de Minas Gerais. A sua opera-ção começou com o assentamento das primeiras famílias de irrigantes no final da década de 80. Um dos seus financiadores foi oJapan Bank for Internacional Cooperation- JICA.

A produção agrícola de Jaíba (municípios de Jaíba e Matias Cardoso) cresceu muito nos últi-mos anos assim como a participação da região no abastecimento das ceasas brasileiras.

Uma avaliação das consequências dos inves-timentos da JICA na região de Jaíba mostrou que a dificuldade de comercialização éum dos princi-pais entraves ao crescimento local. O resultado foi umprojeto de três anos, tendo como meta o fortalecimento da competitividade dos peque-nos e médios produtores do projeto, resultado de uma parceria da JICA com o Governo de Minas - ‘Projeto para Desenvolvimento de Capacidade para Práticas Pós-Colheita e de Marketing na Re-gião de Jaíba’, a partir do início de 2011.

O ‘Encontro de Avaliação de Safra’ é uma das atividades do projeto, que reúne produtores, comerciantes, embaladores, técnicos da pro-dução e do mercado, instituições de governo que atuam na região de produção, associações e cooperativas de produtores, outras entidades como SEBRAE, SENAR. É o momento de analisar o presente e de preparar o futuro, o que exige a compreensão com clareza dos principais proble-mas e desafios de cada cultura, na produção e na comercialização, e a definição de estratégias de melhoria da competitividade e sustentabilidade.

O ‘Primeiro Encontro de Avaliação de Safra’ do ‘Projeto para Desenvolvimento de Capacida-de para Práticas Pós-Colheita e de Marketing na Região de Jaíba’, aconteceu nos dias 21 e 22 de janeiro de 2013. Técnicos especialistas ajudaram a retratar a atual situação na produção e no mer-cado, os seus principais problemas e desafios.

Não existem dados estatísticos confiáveis de área e da produção de manga no Jaíba. O último levantamento foi feito pela ABANORTE em 2004 e mostrou uma área de plantio de 2.573 hectares.

As informações coletadas pela Seção de Eco-nomia e Desenvolvimento da SEDES da Ceagesp ilustram bem o comportamento exuberante da manga na Região de Jaíba, na ceasa de São Paulo. Aqui estão algumas informações de comercializa-ção (Ceagesp), de destino (IMA) e da produção.

Comercialização

A oferta de todas as origens na Ceasa de São Paulo cresceu 28% entre2007 e 2012, quando chegou a 102.320 toneladas. O crescimento do volume, registrado entre 2011 e 2012, foi de 1%. A oferta dos municípios de Jaíba e Matias Cardoso cresceu 2,6 vezes entre 2007 e 2012. A participa-ção % destes municípios na oferta total de manga na Ceagesp paulistana evoluiu de 1,27% em 2007 para 2,61% em 2012 e o seu volume cresceu 19% entre 2011 e 2012.

A variedade Palmer já responde por 41% do volume total de manga comercializado naCeasa de São Paulo e a sua participação está crescendo. A quase totalidade da manga enviada pelos muni-

A manga no Norte de Minas

cípios Jaíba e Matias Cardoso é de Palmer (95%).O estudo da sazonalidade da oferta de man-

ga na Ceagesp em 2012 mostrou como meses de maior oferta de manga (50% do volume) - outu-bro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. A oferta de Jaíba não acontece nos meses de janei-ro, fevereiro, dezembro, sendo muito pequena em novembro. A participação da região de Jaíba foi maior que 4% no fornecimento de manga da Ceagesp paulistana em maio, junho, agosto e ou-tubro, meses de baixa oferta.

Destino

O destino predominante da manga da região de Janaúba em 2012, que inclui Jaíba e Matias Cardoso, registrado pelo IMA, instituto respon-sável pela defesa agropecuária em Minas Gerais, é o estado de São Paulo, com 47% das 1.075 car-gas de manga que passaram pela inspeção do IMA,seguido por Minas Gerais (30%), Rio de Ja-neiro (13%), Distrito Federal (5%) e outros seis estados brasileiros.

Produção

O consultor Moacir Brito Oliveira, com gran-de experiência na cultura e na região fez a apre-sentação sobre a produção de manga e aqui es-tão algumas das suas valiosas informações.

• O tempo entre uma colheita de manga e ou-tra é de 270 dias.

• O período de indução da floração vai dos 145 até 175 dias da colheita, quando começa a floração que vai até 200 dias da colheita anterior. .O período de crescimento dos frutos é de 50 dias – 220 aos 270 dias da colheita anterior. A queda fisiológica dos frutos acontece no período entre 200 e 220 dias.

• A produtividade de uma lavoura de manga em plena produção é menor quando a produ-ção acontece no 1º semestre (20 toneladas por hectare) que no 2º semestre (30 toneladas por hectare), que tem um custo de produção de R$ 10.000,00 por hectare.

• Um dos principais problemas é o colapso in-terno, que pode ser prevenido pelo manejo cui-dadoso da nutrição mineral.

Os produtores de manga de Jaíba contam com uma situação privilegiada de produção – solos planos, irrigação, clima quente e estanque – chu-vas concentradas em alguns meses, insolação alta. A produção e a rentabilidade dos produto-res em 2012 foi boa.

A produção de 2013 já enfrenta problemas. Temperaturas muito altas, superiores a dos anos anteriores no período de indução floral levaram ao aborto do tubo polínico, o que impede a fecun-dação dos gametas femininos pelos masculinos. Alguns produtores de Jaíba estão prevendo que cerca de 50% da produção será de manguitos. O manguito é uma fruta pequena, formada pelo de-senvolvimento do ovário não fertilizado. Ele deve ser descartado da planta para não concorrer com os frutos provenientes de flores fecundadas.

A produção de manga de Jaíba no ano de 2013 vai diminuir.A perspectiva é de menor produção e de frutos maiores e mais coloridos.

Anita de Souza Dias GutierrezClaudio InforzatoFanaleGabriel Vicente Bitencourt de AlmeidaCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Page 17: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 17Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

Qualidade

GARANTIA

O INMETRO exige que todo alimento embalado apresente a identificação do seu peso líqui-do. O alto conteúdo de água e o metabolismo intenso das frutas e hortaliças frescas fazem da garantia do peso líquido um grande desafio.

A perda de peso em frutas e hortaliças é quase que exclusi-vamente perda de água, resul-tando em perdas quantitativas (peso), qualitativas (aparência) e nutricionais.

A colheita interrompe o for-necimento de água aos tecidos levando a perda subsequente de água por transpiração. Essa perda está diretamente relacio-nada à temperatura, umidade e velocidade do ar, além de fato-res inerentes ao produto, como relação superfície-volume, na-tureza da superfície protetora e integridade física.

O murchamento e o enruga-mento são os sintomas visíveis da perda de água e mais cita-dos. Outros sintomas como per-da de brilho, de frescor, maior suscetibilidade a doenças pós--colheita são menos citados, mas igualmente importantes.

A tabela a seguir apresen-ta dados de perda de água e de peso em produtos hortíco-las registrados por diversos pesquisadores, submetidos a diferentes ambientes e dias de armazenamento e a grande variação na %de perda de água. É bom lembrar que as nossas condições de temperatura e umidade relativa e de comer-cialização são mais propícias à perda de água que as dos estu-dos citados.

As medidas mais comuns de prevenção para retardar a perda de água durante o arma-zenamento e a comercialização são a redução do manuseio e dos danos na colheita e na pós--colheita, a redução da tempe-ratura, a elevação da umidade do ar e a adição de barreiras protetoras que reduzam o mo-vimento de vapor de água para o exterior do produto.

Cada produtor e comercian-te precisa entender o processo de perda de água do seu pro-duto de diferentes origens, sob diferentes ambientes, calcular o custo-benefício da adoção de medidas que diminuam a per-da de água e se preparar para garantir o peso líquido do seu produto, segundo as exigências da lei.

Produto

Amora pretaAgriãoAipo

AlfaceAlho-poró

Ameixa maduraAmora

AspargoAtemóiaBanana

Banana PrataBanana, verde

BatataBatata doce

BerinjelaBeterraba

Beterraba com folhasBrócolosCebola

CenouraCenoura com folhas

Cereja Couve de Bruxelas

Couve-florEspinafre

FramboesasGoiaba

JabuticabaJiló

Laranja PeraMaçã

Mamão FormosaMandioca

Mandioquinha salsaManga

Manga TommyMaracujá amarelo

Maracujá doceMelão Charentais

Melão Pele de SapoMilho doceMorango

NaboPepinoPera

Pêssego PimentãoPitangaQuiaboRepolhoRuibarbo

SapotiTomateTomate

Temperatura (°C)

25 ± 2,01515151551010

24,8 ± 1,012,5

18-1911-13

1008-1015,5

20 ± 11515101015

5 ± 0,515151510

8-105

21-2822 ± 1,0

0270-224

06-0721 ± 220 ± 5

1225 ± 225 ± 1

15121015010

22 ± 18,0 ± 1,0

101010

02-031025

Umidade relativa do ar (%)

80 ± 545-6545-6545-6545-65

8060-7560-75

659085

85-90848990

60-7045-6545-6560-7560-7545-6590-9545-6545-6545-6560-7585-9085-9046-48

80 ± 2,085-90

7080-90

7885-90

6775 ± 10

9072 ± 278 ± 245-6578 ± 360-7545-6585-9280-85 70-9890-95

9560-7560-7585-9060-75

65

Dias de armazenamento

31111111313111161111110111115

0,873112111734118110111125311112

Perda de água (%)

20,035,02,87,50,9

0,1-0,20,53,613,00,11,80,3

0,1-0,30,60,110,01,67,50,01,92,81,52,81,911,02,50,31,51,02,7

0,03-0,094,50,81,00,17,03,82,29,06,01,315,01,10,40,11,34,33,28,0

0,1-1,02,30,30,10,5

A perda de água das frutas e hortaliçasSabrina Leite OliveiraEngenheira-agrônoma Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Ainda neste ano, os produ-tores das cadeias de gengibre, inhame e taro que optarem pela certificação de produção inte-grada terão uma norma regula-mentada. A elaboração dessas regras será feita por meio de uma comissão técnica, institu-ída pelo Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Produção Integrada Agro-pecuária (PI Brasil) é um siste-ma baseado na sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, viabilidade econômica e ras-treabilidade de todas as etapas produtivas.

O programa, iniciado em 2001, prevê a inserção de tecno-logias que propiciem a certifica-ção e elevem a competitividade dos produtos. Além disso, dimi-nui o emprego de agrotóxicos e fertilizantes, reduzindo o custo da produção.

A adesão à iniciativa é volun-tária, porém, o produtor que op-tar pelo sistema terá de cumprir rigorosamente as orientações estabelecidas. O Ministério é responsável pela publicação das normas, enquanto as certifica-doras acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inme-tro) fazem as auditorias e emi-tem o selo do programa.

Selo garante sustentabilidade

Todo produto certificado pela produção integrada deverá ter um selo de identificação da conformidade. A presença dele garante que o produto é susten-tável, respeita o trabalhador ru-ral e é um alimento seguro.

O produtor é obrigado a fa-zer a análise de resíduos antes de receber o selo e chegar ao supermercado. Por isso, ao ad-quirir um alimento identificado, é certeza de produto saudável e protegido.

Técnicos do Mapa trabalham na região de Alagoas e Espírito Santo desde o ano de 2007 dis-seminando a PI Brasil. Realizam reuniões temáticas, orientam o agricultor sobre as suas vanta-gens, entre elas a de agregar va-lor para a sua produção.

SUSTENTABILIDADE

Produção integrada de gengibre, inhame e taro será regulamentada

Programa iniciado em 2001 prevê o uso de tecnologias que aumentam a competitividade

Page 18: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

18 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013Qualidade

Todos os anos a perda é pauta de jornais, revistas, te-levisão, escolas. As Ceasas de todo o Brasil são caracterizadas como locais onde grandes des-perdícios acontecem.

Não existem levantamentos que quantifiquem as perdas de frutas e hortaliças frescas. Alguns números absurdos, re-petidos exaustivamente, são de artigos antigos feitos a partir de um único produto, e tratados como verdade absoluta para to-dos, em todas as situações.

Sempre ficamos na proble-mática e não avançamos na so-lucionática.

Aqui estão as propostas do Centro de Qualidade em Horti-cultura da Ceagesp para a pre-

venção das perdas da produção ao consumo de frutas e hortali-ças frescas.

As perdas na cadeia de valoração dos produtos

hortícolas frescos acontecem:

1. Na lavoura, durante o processo de produção e na colheita com o descarte dos produtos inadequados para a comercialização in natura. O controle inadequado de pra-gas e doenças, a ocorrência de granizo, a falta de polinização ou de poda adequada são cau-sas de perdas pós-colheita na produção no atacado, no varejo e no consumidor. O manuseio

inadequado na colheita, em-balamento e transporte para a seleção são causas importan-tes de batidas, ferimentos, que aceleram o metabolismo e per-mitem o desenvolvimento de microorganismos oportunistas, prejudiciais ao produto e mui-tas vezes aos consumidores. Estudos com pêssego, morango e citros mostraram que a maior parte do desenvolvimento de podridões é causada por micro-organismos oportunistas.

2. No barracão de classifica-ção com o descarte de produtos inadequados para a comerciali-zação in natura: muito maduros ou imaturos, defeituosos, muito pequenos, aparência ruim, iní-cio de deterioração. O manuseio inadequado na seleção e emba-lamento são causas importantes de batidas e ferimentos (manu-ais e pela máquina), que acele-ram o metabolismo e permitem o desenvolvimento de microor-ganismos oportunistas, prejudi-ciais ao produto e muitas vezes aos consumidores.

3. Nas centrais de abaste-cimento temos dois tipos de perdas: a que vai para o lixo e a perda de valor do produto, de difícil mensuração. A quantifi-cação de perda que vai para o lixo é feita com a pesagem do lixo, na maioria orgânico. A fra-gilidade comercial do produtor faz com que as perdas sejam transferidas para ele e quem muitas vezes sejam aumenta-das, para o aumento do lucro do comerciante. O transporte e manuseio inadequados são causas de batidas e ferimentos, descarte e perda de valor do produto.

4. O sistema de exposição do supermercado pode des-truir todo o esforço do produ-tor e do atacadista na melhoria do produto. Ele despeja o pro-duto na gôndola, perde a sua rastreabilidade, mistura dife-rentes produtos. As perdas, que eles conseguem identificar as causas, segundo os supermer-cados giram em torno de 7%. Uma perda importante em todo o processo, pouco considerada, é a perda de água. Um produto com 90% de água é colocado num ambiente de 35% de Umi-dade Relativa, sem possibilida-de de absorção de água.

5. A perda no consumo é grande. O consumidor compra

frutas verdes, que apodrecem durante o processo de amadu-recimento. Estudos mostram que no caso do mamão Havaí, a perda pode chegar a 75%. É bom lembrar que o produtor colhe a fruta verde, atendendo o pedido do comprador. A fru-ta verde aguenta pancadas e maus tratos e vai apodrecer na casa do consumidor, o cliente que precisamos agradar para sobreviver.

A prevenção de perdas exige articulação com todos os agen-tes de produção, de comerciali-zação e de consumo. Algumas medidas devem ser tomadas:

1. Criação de um código comercial para a

comercialização de produtos perecíveis frescos

• Estabelecimento dos direitos e responsabilidades de cada agente da produção ao consumo

• Criação de um sistema de arbitragem rápida para a solução de atritos comerciais

• Criação de um cadastro de agentes de comercialização

2. Na produção

• Exigência de obediência á lei

• Estudo das perdas na lavoura e suas causas

• Financiamento para a melhoria da infraestrutura de colheita, classificação, embalamento, armazenamento e transporte

• Capacitação dos produtores, seus funcionários, seus transportadores

• Incentivo à criação de barracões de classificação geridos por grupos de produtores ou terceiros

• Incentivo à unitização da carga e refrigeração

• Cadastro municipal dos transportadores e dos agentes de comercialização locais

3. No transporte

• Exigência de obediência á lei

• Capacitação dos motoristas e transportadoras

• Financiamento da adequação do veículo às exigências da lei

• Pagamento de estacionamento por tempo de permanência no atacado

• Diminuição do tempo de compra no atacado

• Exigência de obediência à lei de transporte de alimentos

4. Na central de abastecimento

• Melhoria de infraestrutura de transporte, recebimento, armazenamento e exposição

• Capacitação de todos os agentes – carregadores, funcionários e gerentes das empresas

•Premiação pela unitização de carga

• Promoção do mercado visando o crescimento das vendas

• Exigência de obediência à lei de comercialização de alimentos

5. No varejo

• Exigência de obediência à lei de rotulagem, embalagem, proteção

• Campanha de adoção do Manuseio Mínimo

• Capacitação dos gerentes e funcionários

• Financiamento para a melhoria da infraestrutura de transporte, recebimento, armazenamento, codificação e exposição

• Pagamento de estacionamento por tempo de permanência no atacado

• Diminuição do tempo de compra no atacado

6. No consumo

• Investimento nas escolas, através do desenvolvimento de material de apoio para as professoras, sobre os produtos hortícolas frescos e visando a aproximação do aluno da produção hortícola, como o projeto Escola do Sabor da Ceagesp.

Perdas: problemática e solucionática

Anita de Souza Dias GutierrezCentro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

DESPERDÍCIO

Page 19: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 19Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

PROJETO ESCOLA DO SABOR

O Projeto Escola do Sabor tem o objetivo de aproximar as crian-ças da agricultura e aumentar a aceitação de frutas e hortaliças na alimentação escolar através da utilização de uma metodologia lúdica: brincadeiras, músicas, jo-guinhos, atividades pedagógicas, plantio e a degustação de diferen-tes receitas.

A mandioca, a beterraba, o chuchu, a goiaba, a batata-doce, a acelga (couve-chinesa), a berinje-la e a vagem são produtos que já foram estudados e introduzidos na alimentação das crianças, as-sistidas pela Associação de Apoio á Infância e Adolescência Nossa Turma.

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp dispo-nibilizará, em breve na internet, todo o material já desenvolvido para que nutricionistas, profis-sionais da educação ou qualquer pessoa interessada possa adotar a metodologia e utilizar todo o material desenvolvido. O projeto foi apresentado com sucesso no I Encontro de Experiências Bem Sucedidas em Alimentação Sau-dável, promovido pela Secretaria do Estado da Saúde em setembro de 2012 no Estado de São Paulo.

Os produtos objeto de traba-lho para o primeiro semestre de 2013 são a couve e couve-flor. A couve (Brassicaoleraceavar.ace-phala DC.)e couve-flor (Brassicao-leracea var. botrytis L.) pertencem à família Brassicaceae, a mesma do brócolis, repolho, rabanete, rúcula.

Na composição da couve e couve-flor existe boa quantidade de fibras, vitamina C, vitamina B3, potássio, ferro, cálcio, fósforo e carotenoides, componentes im-portantes para auxiliar o trânsito intestinal, melhorar os níveis de glicose e colesterol no sangue, prevenir envelhecimento preco-ce, promover bom funcionamento dos vasos sanguíneos, músculos, glândulas, manter a saúde de os-sos e dentes e melhorar a resis-tência do organismo contra doen-ças.

A introdução da couve e da couve-flor na alimentação esco-lar, segundo a metodologia da Escola do Sabor, permitirá que as crianças conheçam como e onde elas são produzidas, como são co-mercializadas, e de interagir com o produto, sua cores, sabores, texturas,estimulando seu consu-mo e consequentemente promo-vendo uma alimentação saudável.

A Escola do Sabor, a couve e a couve-florLeticia FerreiraEstagiária de Nutrição do Centro de Qualidade em Horticultura

Qualidade

Page 20: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

20 Agrícola JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

A secretaria de Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pu-blicou o livro “Intercâmbio Comercial do Agronegócio: principais mercados de des-tino”. Com uma tiragem de 5.000 exemplares, esta é a 7° edição referente aos dados de 2011 com análises do co-mércio bilateral com os 30 principais parceiros do Brasil nesta área.

A publicação tem 456 páginas divididas em seis seções que abordam o co-mércio bilateral total e não agrícola; inserção de produ-tos brasileiros no mercado em questão; assuntos sanitá-rios e fitossanitários, além do regime tarifário. O livro traz ainda informações referentes às importações mundiais do agronegócio que alcançaram a cifra recorde US$ 14,18 tri-lhões, em 2011. Além do de-sempenho das exportações agrícolas, na qual o Brasil foi o terceiro maior mercado exportador de produtos agrí-colas e sobre as exportações que atingiram um total de US$ 81,8 bilhões.

De acordo com o diretor do Departamento de Promo-ção Internacional do Mapa, Marcelo Junqueira, o Inter-câmbio Comercial do Agro-negócio é uma das principais publicações do Ministério da Agricultura e tem como obje-tivo fazer uma análise com-parativa entre os mercados bilaterais, seu desempenho e crescimento. “Esse livro é muito importante porque também abrange aspectos sanitários, fitossanitários e regime tarifário vigente nas relações bilaterais das na-ções parceiras analisadas”, disse.

Livro analisa comércio internacional do agronegócio brasileiroLançado pelo Ministério da Agricultura a edição possui 456 páginas divididas em seis seções

O setor citrícola nacional erradica plantas contamina-das com o cancro cítrico desde quando foi identificado pela primeira vez no Brasil, em 1957. “O cancro tem uma dissemi-nação mais limitada, de modo que a erradicação mostra-se mais eficiente. A eliminação de plantas dentro de um raio de 30 metros ao redor da planta sin-tomática, quando a incidência no pomar é menor que 0,5%, é suficiente”, aponta Armando Bergamin Filho, docente do De-partamento de Fitopatologia e Nematologia (LFN), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq).

No entanto, a partir de 2009, o governo decidiu parar com a obrigatoriedade da erradicação de todas as plantas nos talhões com incidência superior a 0,5% de plantas contaminadas com o argumento de que a doença estava sob controle. Os efeitos dessa relevante mudança na política paulista de controle da doença já são sentidos e, em apenas três anos, o cancro teve sua incidência aumentada em 893% nos pomares do estado.

Com objetivo de analisar os benefícios econômicos de man-ter o cancro cítrico sob contro-le, André Sanches, economista, pós-graduando em economia aplicada na Esalq, avaliou a magnitude dos prejuízos evita-dos com a prevenção e/ou con-trole da doença em cenários de curto, médio e longo prazos.

O trabalho teve orientação de Silvia Helena Galvão de Mi-randa, professora do depar-tamento de Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) e evidenciou elementos que permitem com-parar as possíveis alternativas para garantir a sustentabilida-de econômica da atividade em São Paulo.

O projeto teve duração de dois anos, de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, e contou com o apoio técnico e financei-ro do Fundo de Defesa da Ci-tricultura (Fundecitrus) para o

desenvolvimento da pesquisa. “O projeto foi todo condu-

zido na Esalq, mas foram reali-zadas reuniões entre pesquisa-dores e profissionais do setor citrícola, entre eles produtores e consultores, bem como visi-tas a pomares em regiões que vivem o problema do cancro. O objetivo dessa interação com o setor foi tornar os parâmetros adotados nas simulações mais próximos possíveis do que, de fato, é observado no campo”, explica o autor.

Neste estudo, foram con-siderados custos com a inspe-ção e a erradicação das plantas contaminadas. “Como alguns produtores já adotam pulveri-zação do pomar com cúpricos, esta também foi adicionada como componente dos custos de manejo da doença. Um cus-to adicional ao setor produtivo não considerado neste trabalho é o do replantio das plantas cuja suscetibilidade à doença é mais elevada, as chamadas va-riedades precoces, cuja produ-ção é inviável num cenário de convívio com a doença”, reforça Sanches. Estima-se que, atual-mente, 20% do parque citrícola paulista é composto por varie-dades precoces.

Médio e longo prazo

A questão do horizonte de tempo avaliado mostrou-se fundamental no processo de tomada de decisão em investir na prevenção e controle da do-ença, ou assumir um cenário de manejo, pois a relação benefí-cio-custo de manter o controle do cancro apresentou diferen-ça expressiva com relação ao cenário doença em expansão, quando avaliado no médio e longo prazos.

“As relações benefício-custo para as situações de prevenção e controle são significativa-mente superiores comparadas às do cenário do cancro em plena expansão (sem controle) quando se consideram mais anos de vida para o pomar, de modo que os ganhos da políti-ca de defesa fitossanitária são mais claros em uma análise de médio e longo prazos”, destaca o economista.

No acumulado de cinco anos, a prevenção ao cancro cítrico evita perdas no valor de R$ 1,61 para cada real investi-do; enquanto que, no acumu-lado de 20 anos, essa relação benefício-custo passa para R$ 12,82. Já no cenário em que

90% dos talhões contaminados não são erradicados, a relação é de negativos R$ 0,23 em perdas evitadas para cada real inves-tido no manejo, no acumulado de 5 anos, e de R$ 0,35, em 20 anos.

Os resultados indicam, ainda, que a diferença entre a produção na situação em que o parque investe na prevenção ao cancro e a situação em que a doença se expande sem contro-le aumenta significativamente ao longo do tempo. Essa dife-rença, no acumulado de 5, 10, 15 e 20 anos, é de cerca de 17,8; 113,3; 322,8 e 611,7 milhões de caixas, respectivamente, em favor do cenário de prevenção.

“Estes resultados (em ter-mos de redução na produção) não consideram o fato do can-cro causar prejuízos ainda mais drásticos quando parte das fru-tas produzidas é destinada ao mercado de mesa e não apenas ao industrial. Ressalta-se que o cancro cítrico compromete a comercialização da fruta, pois além de impedir o transporte, afeta significativamente sua qualidade”, lembra o pesquisa-dor.

O estudo contribui para a definição da estratégia adotada pela iniciativa privada quanto à prevenção e controle da doença já que os impactos econômicos tendem a se disseminar ao lon-go da cadeia produtiva, atingin-do a indústria processadora, a de insumos e consumidores domésticos e internacionais.

“Portanto, os resultados corroboram as vantagens eco-nômicas de manter o cancro cítrico sob controle noeEstado de São Paulo, demonstrando que no médio e longo prazo, a escolha do setor como um todo, de investir no controle e, prin-cipalmente, na prevenção à do-ença é financeiramente melhor comparada à opção de apenas um percentual do parque citrí-cola fazer o controle, e mesmo melhor do que a opção pelo convívio com a doença, como ocorre no Paraná”, arremata.

SANIDADE VEGETAL

Estudo aponta benefícios econômicos no controle do cancro cítricoTrabalho acadêmico evidencia elementos que permitem comparar as possíveis alternativas de prevenção e controle da doença

Page 21: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

fevereiro de 2013 21Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO

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Page 22: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

22 Ceasas do BrasilJORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

PROJETO

As equipes de limpeza da Subprefeitura retiraram qua-tro caminhões de lixo e entulho da Rua José César e debaixo do viaduto Mofarrej.

Após os intensos trabalhos que resultaram no fim das cai-xarias no entorno da Ceagesp, a Subprefeitura vem intensi-

Subprefeitura Lapa retira lixo do entorno da Ceagespficando a limpeza das imedia-ções do complexo a fim de evi-tar que surjam pontos viciados de entulho.No dia 29 de janeiro, as ações ocorreram na Rua José César – portão 09 - onde foi re-alizado um trabalho contínuo de remoção de lixo e entulho. Segundo os agentes de limpe-

O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) propôs ao Conselho Nacional de Segurança Alimen-tar (Consea) que integre as dis-cussões sobre a reestruturação das Centrais de Abastecimento (Ceasas) no País.

De acordo com o Mapa, as Ceasas terão papel decisivo na implementação das políticas de segurança alimentar e Nu-tricional pelo governo, a partir do Plano Nacional de Abasteci-mento.

A reunião com os conselhei-ros do Consea, realizada dia 6 em Brasília, foi conduzida pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Caio Rocha.

Rocha destacou a importân-cia de o Consea participar com proposições na construção da proposta de reestruturação das Ceasas. Isso se dará por meio

ABASTECIMENTO

Mapa busca apoio do Consea para modernização das CeasasPlano nacional prevê a recuperação das estruturas físicas de centrais de distribuição de alimentos

da avaliação dos relatórios que serão elaborados pelo Grupo de Trabalho (GT), constituído pelo Mapa no final do ano passado para reestruturar as Ceasas.

O prazo para a elaboração dos relatórios é até o final des-te mês, quando os documentos serão enviados ao Consea para avaliação. A estimativa é de que até o dia 23 de abril, quando a Comissão Permanente de Abas-tecimento do Consea se reúne, o relatório seja referendado pe-los conselheiros e devolvido ao Mapa com as contribuições.

“A participação do Consea é muito importante na cons-trução da política nacional de abastecimento. Não podemos falar do plano sem incluir a se-gurança alimentar e nutricio-nal. Por isso as contribuições do Consea são essenciais para a conclusão do relatório que será posteriormente encaminhado

za, não se trata apenas da re-moção, é necessário também a conscientização da população.

O problema que persiste ao longo dos anos precisa de ações constantes para que a “rotina” do despejo irregular seja coibi-da. Além das operações, o local também passa por limpeza de

boca de lobo, a fim de prevenir enchentes. A população pode e deve contribuir na prevenção, destinando lixo, recicláveis e entulho em locais adequados.

Vale ressaltar que o descar-te irregular de entulho é crime munido de multa no valor de R$13.535,30.

Para denunciar esta e qual-quer irregularidade, podem e devem ser feitas reclamações / denúncias pelo telefone da Prefeitura 156, pelo site (sac.prefeitura.sp.gov.br) e tam-bém pessoalmente na Praça de Atendimento da Subprefeitura da sua região.

ao ministro Mendes Ribeiro”, salientou o secretário.

Entre os objetivos do Plano Nacional de Abastecimento, constam a promoção da orga-nização entre as cadeias pro-dutivas de distribuição dos ex-cedentes agrícolas, o incentivo ao uso e ao acesso de embala-

gens devidamente adequadas à legislação, aperfeiçoamento do controle de qualidade e di-minuição das perdas de exce-dentes. Também se destacam o subsídio ao conhecimento para a educação nutricional e a recu-peração das estruturas físicas de centrais de abastecimento.

Apresentado novo modelo para a Ceasa em Cascavel

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e a diretoria da Ceasa--PR apresentaram à prefeitura de Cascavel o projeto de requa-lificação e modernização da unidade da Ceasa do município. A intenção é que a central ata-cadista tenha uma nova mode-lagem agroalimentar e que seja um polo de comercialização e de distribuição de alimentos para toda a região Oeste e Su-doeste do Estado.

Atualmente, a Unidade da Ceasa de Cascavel comercializa em torno de 60 mil toneladas de hortifrutis por ano. Com o projeto de modernização, que vai proporcionar mais espaço para a movimentação de car-gas, esse volume pode dobrar. O novo modelo vai incentivar a automação e a mecanização da manipulação dos produtos, pro-piciando também a inclusão de novas cadeias produtivas para comercialização e distribuição, como flores, plantas ornamen-tais, pescados e produtos de agroindústria, salientou Gusi.

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fevereiro de 2013 23Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Ceasas do Brasil

ECONOMIA

Manga tommy

-21,9%Alface lisa

42,5%

Pimentão verde

-17,2%

Cebola nacional

9,6%

Cavalinha

13%

Índice Ceagesp sobe 3,36% em janeiroPor conta do excesso de chuvas, os setores que mais apresentaram altas foram as verduras, seguidas dos legumes. O único a registrar baixa foi o de frutas com queda de 3,16%

Em janeiro, o Índice de pre-ços Ceagesp registrou alta de 3,36%. Nos últimos 12 meses registrou alta de 21,65%. Com exceção do setor de Frutas, to-dos os demais apresentaram elevação dos preços praticados em janeiro. “As condições cli-máticas negativas, com excesso de chuvas nas regiões produto-ras do sudeste, vêm prejudican-do a oferta e a qualidade das verduras e dos legumes mais sensíveis, acarretando acentu-ada elevação dos preços prati-cados destes setores”, esclarece Flávio Godas, economista da Ceagesp.

Conforme o cenário des-crito, a alta mais expressiva foi a das Verduras, que re-gistrou aumento de 25,91%.Sendo as principais elevações a do coentro (80,4%), da alfa-ce lisa (42,5%), do couve-flor (35,9%), do brócolis (33%) e do rabanete (40,8%). Somente a salsa (-25,2%) registrou que-da no setor em janeiro.

A seguir, o setor de Legu-mes fechou o mês com alta de 21,24%. Entre as principais elevações estão as do chuchu (73,4%), da abobrinha italiana (54,7%), da vagem (49,8%), do tomate (43,6%) e do jiló (24,7%). Já entre as quedas destacam-se as do pimentão verde (-17,2%), da pimenta cambuci (-12,2%) e do cará (-8%).

Por sua vez, o setor de Pescados registrou alta de 5,46% e teve como os aumen-tos mais relevantes os da pes-cada (35,8%), do namorado (15,8%), do salmão (13,7%) e

da cavalinha (13%). As quedas mais significativas foram as da beterraba (-12,9%), da sardi-nha (-8,9%), do pacu (-9,7%) e da anchova (-7,4%).

O setor de Diversos apre-sentou elevação de 3,31%. As maiores altas foram do milho pipoca (39,2%), da batata co-mum (12,6%) e da cebola na-cional (9,6%).Entre as quedas mais expressivas estão as do alho (13,7%), do ovo bran-co (-2,8%) e do amendoim (-1,1%).

Único setor em queda, as Frutas recuaram 3,16% e entre as principais quedas,

o destaque vai para o limão Taiti (-26%), o maracujá aze-do (-25,1), a manga Tommy (-21,9%), o figo (-21%) e o ma-mão formosa (-16,3%). Já entre as principais altas estão a la-ranja Lima (16,6%) e o abacaxi pérola (14,1%).

Tendência

Durante o primeiro trimes-

tre são esperadas novas eleva-ções de preços nos setores de Legumes, Verduras e Diversos, em razão das condições climá-ticas negativas características desta época do ano, como ex-

cesso de chuvas e altas tempe-raturas. Assim, somente no final de março, os preços destes se-tores devem iniciar processo de retorno aos patamares habituais.

Em fevereiro, com o térmi-no do período de férias e o es-perado aumento do consumo, a expectativa é de mais elevações de preços,uma vez que não são esperados aumentos significa-tivos do volume ofertado para atender esta maior demanda.

O setor de Frutas deve se-guir em baixa, com ótimas op-ções para o consumidor. Frutos sazonais como manga, mamão, limão,maracujá, melão, entre

outros, e os tradicionais laranja e banana devem registrar bons preços em razão do grande vo-lume ofertado.

Os pescados devem seguir com ligeira retração do volume ofertado. Nesta época do ano, as condições marítimas tam-bém ficam prejudicadas pelo excesso de chuvas. Assim, são esperadas pequenas majorações.

Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir

melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp pas-sou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens.

Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos verme-lhos, além das verduras hidro-pônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regula-res durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de pre-ços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensal-mente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponde-rados de acordo com a sua re-presentatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

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24 Transporte JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

O aumento dos preços do diesel e da gasolina influencia diretamente o setor de trans-porte de cargas. De acordo com um estudo feito pelo Departa-mento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômi-cos da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logísti-ca (NTC&Logística), o valor mé-dio do frete deve subir 1,52%.

A análise foi feita a partir de um caminhão pesado de cinco eixos, cujo combustível repre-senta 30% de seu custo ope-racional. A previsão é de que o frete tenha um aumento médio de 1,52%, mas pode ser que este aumento varie, para mais ou para menos, em função da quilometragem rodada pelo ve-ículo, pondera o diretor técnico

Após alta dos combustíveis, custo do frete deve subir 1,52%Estimativa é da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Os licenciamentos de cami-nhões nacionais – semileves, leves, médios, semipesados e pesados – diminuíram 5,4% em janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 11.868 unidades licenciadas no primeiro mês deste ano contra 12.645 em 2012. Na comparação com dezembro passado, a retra-ção foi de 3,8%.

Uma menor quantidade de

Licenciamento de caminhões registra queda de 5,4% em janeiro

ônibus também foi licenciada, queda ainda mais acentuada, de 16,2%, que a dos caminhões – 2.167 unidades contra 2.585. Os dados são da Associação Nacio-nal dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) e foram divulgados no início deste mês.

De acordo com avaliações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), os números refletem a situação econômica

do país, que exige mais cautela dos transportadores e faz com que eles posterguem investimen-tos. O relatório Focus do Banco Central, por exemplo, aponta que o crescimento da economia em 2012 foi de aproximadamente 1%.

Em relação aos veículos, houve aumento de 23,8% nos licenciamentos no início deste ano: 229.377 em janeiro contra

185.222 unidades no mes-mo período do ano passado. Neste caso, as estatísticas são positivas porque os consumi-dores ainda estão aproveitan-do o aumento gradativo das taxas do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI).

O mercado interno de má-quinas agrícolas – tratores de roda, esteiras, cultivadores motorizados, colheitadeiras e retroescavadeiras – tam-bém apresentou expansão. No total, o aumento em janei-ro deste ano foi de 32,6%. As vendas subiram de 4.417 uni-dades para 5.859.

da entidade, Neuto Gonçal-ves dos Reis.

De acordo com o estudo, o custo do frete de um cami-nhão pesado poderá aumen-tar 0,53% quando o trajeto for de 50 km; 1,52% em um trajeto médio de 800 km e 1,70% quando o trajeto for muito longo. Deve-se levar em consideração que estes valores foram baseados em carga lotação e, dependen-do da operação, a represen-tatividade do combustível varia de 15% a 50%.

Para se ter uma ideia, em operações urbanas ou rotas curtas, o combustível pode representar entre 15% e 20% dos custos operacio-nais. Já em uma operação rodoviária, por exemplo, do agronegócio, em que são utilizados veículos pesados que percorrem grandes dis-tâncias, o peso do combustí-vel pode subir para 40% ou mais.

A Polícia Rodoviária Federal registrou queda nas estatísticas do Carnaval nos 70 mil quilô-metros de rodovias federais brasileiras. Entre zero hora de sexta-feira (08/02) e meia noi-te de quarta-feira de Cinzas, a PRF computou queda de 18% no número de mortes, de 19% no total de feridos e de 10% no número de ocorrências. Em seis dias de operação, foram 3.149 acidentes, com 157 mortes e 1.793 feridos. Em 2012, a PRF contabilizou 3.499 acidentes, com 192 mortes e 2.207 feridos.

No cruzamento com a frota de veículos, outro índice uti-lizado pela PRF para medir a curva da violência nas rodovias federais, a queda é ainda mais expressiva: menos 24% mor-tes. Também há queda de 25% no total de feridos e de 17% no total de acidentes. Neste cruza-mento, foi registrada a maior re-dução da taxa de acidentes por frota nos últimos 10 anos.

“Eu penso que hoje me-nos famílias choram a perda de entes queridos. E isso é um resultado fantástico. É uma vi-tória da sociedade brasileira, do Congresso Nacional quando aprovou a mudança da Lei Seca, dos órgãos de imprensa. Por-tanto, uma vitória do país, que deve ser comemorada, mas não deve ser esquecida. Daqui pra frente a fiscalização continua e nós continuaremos agindo com rigor, com também busca-remos utilizar os mecanismos necessários para conscientizar as pessoas em relação ao perigo que é beber e dirigir”, afirmou o ministro da Justiça, José Eduar-do Cardozo em entrevista após a coletiva de imprensa.

Índice de mortes no trânsito durante o Carnaval é o menor em dez anos

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fevereiro de 2013 25Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Transporte

Wilhelm Maybach, na cidade de Cannstatt, também estão pre-sentes no livro.

A história em quadrinhos é baseada em fatos comprovados. O Arquivo Clássico da Merce-des-Benz ajudou o internacio-nalmente renomado desenhista de histórias em quadrinhos, Willy Harold Williamson, e o escritor, Martin Grünewald, em seu trabalho minuciosamente pesquisado.

Na medida do possível, todas as cenas históricas apresenta-das derivam de fatos documen-tados. Os diálogos nos quadri-nhos procuram ter o mesmo nível de veracidade, apesar de não haver registros de detalhes da época.

Para criar uma impressão de profundidade com efeito tri-dimensional, as cores de cada desenho foram aplicadas indi-vidualmente por um experiente colorista, em três camadas dis-tintas. Esta forma extremamen-te complexa de ilustração per-mite ao leitor um envolvimento muito maior com o desenvolvi-mento da narrativa.

A edição especial custa € 19,80 e está disponível em qua-tro línguas: alemão, inglês, fran-cês e chinês. O livro também pode ser adquirido via internet na Classic Store, pelo link www.mercedes-benz-classic-store.com. Durante o próximo ano, a obra também será disponibili-zada, com uma capa diferente, em livrarias alemãs.

O Mercedes-Benz Museum abre diariamente de terça-feira a domingo, das 9h00 às 18h00. Reservas e outras informações podem ser obtidas de segunda--feira a domingo, das 9h00 às 18h00 pelo telefone +49 711 17-30 000, pelo e-mail [email protected] ou diretamente no site www.mercedes-benz-clas-sic.com/museum.

“Carl Benz - Uma vida dedi-cada ao automóvel” é o título da primeira história em qua-drinhos a contar em imagens coloridas como foi inventado o automóvel. A obra também pro-porciona um panorama da vida fascinante de seu criador, Carl Benz.

O livro, de autoria do artista belga Willy Harold Williamson e do escritor Martin Grünewald, é uma publicação da editora Sa-difa Media que começou a ser vendida na loja do Museu da Mercedes-Benz, em Stuttgart.

“É um dos meios mais di-vertidos de contar as histórias tanto do automóvel como das

A MWM International, fabricante independen-te de motores diesel líder no Mercosul, comemora o melhor mês de janeiro da história da empresa com faturamento de 10.697 mo-tores.

A segunda melhor mar-ca ocorreu em janeiro de 2010, quando foram fatu-radas 10.644 unidades. Os produtos atendem aos seg-mentos veicular, agrícola, industrial, geração de ener-gia e marítimo.

O crescimento nas vendas de motores die-sel da MWM International já demonstra o bom de-sempenho do setor como apontado nas previsões da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores (Anfavea) para 2013. A entidade projeta crescimento de 4% a 5% para a indústria de pesa-dos agrícolas, de 6% a 7% no setor de caminhões e de 16,5% para ônibus.

No ano em que comple-tará seus 60 anos de atu-ação no Brasil, a empresa contabiliza, até janeiro de 2013, mais de 3,9 milhões de motores produzidos, e uma ampla rede autoriza-da de peças de reposição e serviços com mais de 450 pontos, localizados em to-dos os estados do país.

Atualmente, a marca também desenvolve uma linha completa de motores avançados – de 2,5 a 13 li-tros e de 50 a 428 cavalos de potência – que cumprem as mais rígidas normas de emissões de poluentes.

origens de nossa empresa”, co-menta Michael Bock, diretor da Mercedes-Benz Classic.

“A precisão histórica desses desenhos maravilhosos é im-pressionante, enquanto o texto nos balões nos leva realmente à essência do que é contado. Cada pequeno detalhe do primeiro automóvel, o Benz Patent Motor Car, é mostrado com precisão, e Carl e Bertha Benz são claramen-te reconhecíveis”, acrescenta.

Em suas 52 páginas, o li-vro em quadrinhos mostra os momentos mais marcantes da vida de Carl Benz, começando com seu nascimento em 25 de novembro de 1844. Suas ima-

gens notáveis contam os muitos obstáculos e dificuldades en-frentados ao longo da vida pelo homem que determinou o dia do nascimento do automóvel ao registrar a patente de seu carro a motor com três rodas em 29 de janeiro de 1886.

A legendária primeira via-gem de longa distância em um automóvel, de Mannheim até Pforzheim, feita por Bertha e seus filhos Eugen e Richard há 125 anos, é mostrada de forma muito convincente nos quadri-nhos. As invenções e desenvol-vimentos conduzidos na mesma época por outros pioneiros do automóvel, Gottlieb Daimler e

Quadrinhos narram história do inventor do automóvelLivro também mostra as origens da Mercedes-Benz, montadora alemã líder no setor

ECONOMIACULTURA

MWM comemora recorde de vendas de motores em janeiro

Crescimento confirma previsões da Anfavea para o setor

Mercedes-Benz lança livro para comemorar aniversário do centro de pesquisa tecnológica

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26 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013

LANÇAMENTO

Economia e baixo custo operacional são destaques do novo Iveco Vertis HDPrimeiro lançamento do ano, caminhão de porte médio é indicado para distribuição no varejo

Além de economia de com-bustível, o novo Iveco Vertis HD conta com baixos custos de ma-nutenção. E ainda, em relação aos principais concorrentes da categoria médios, o caminhão tem um preço muito atraente.

A versão de nove toneladas chega às concessionárias com preço público sugerido inicial de R$ 115 mil. Para a versão 13 toneladas, os valores começam de R$ 135. “Além do preço com-petitivo e vários itens de série, o novo Iveco Vertis HD vem com dois anos de garantia, sendo um ano total e mais um ano para motor e câmbio. É algo que re-força a confiabilidade do nosso produto”, explica o diretor co-mercial da Iveco Brasil, Alcides Cavalcanti.

Neste mais novo lançamen-to da Nova Geração Ecoline, está presente também a garan-tia da excelência do pós-venda “Em qualquer lugar, na hora que você precisar”, um compro-misso da disponibilidade dos serviços Iveco para cada um dos seus clientes. Entre os pro-gramas prestados, destacam-se Top Driver Iveco, a entrega téc-nica Iveco, o Tele Serviço Iveco e o Iveco Assistance Non-Stop.

O primeiro lançamento do ano aconteceu em 24 de janei-ro, no Expo Transamérica, em São Paulo, onde a montadora fez a apresentação oficial à im-

prensa e ao mercado do novo veículo da marca italiana.

Segundo o departamento de engenharia da Iveco, o ca-minhão de porte médio foi de-senvolvido para as condições específicas do Brasil e vem para

Novo caminhão vem com motor NEF 4 Euro V

preencher uma lacuna neste segmento. Com o novo Vertis HD, a empresa prevê ampliar para 7% sua participação no mercado de caminhões de 8 a 15 toneladas de PBT (peso bru-to total).

PAULO FERNANDO

A FPT Industrial desenvolveu o NEF 4 Euro V para equipar o Iveco Vertis HD. O motor de qua-tro cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro chega ao mercado em duas versões (177cv e 182cv) e traz inovações que proporcionam 5,5% de redução no consumo de combustível, além de melhor performance.

A curva agora possui torque máximo em rotações mais baixas e em uma faixa mais ampla (de 1.250rpm a 2.100rpm), dispen-sando diversas trocas de marcha no caso de uma subida, por exem-plo.

Com sistema SCR (Selective Catalyst Reduction), o novo pro-pulsor atende aos novos limites de emissões do Proconve P7 da legislação brasileira. A tecnologia é utilizada para remover o NOx dos gases de exaustão. Para isso, é adicionada ureia (ARLA 32) no sistema de exaustão com um mó-dulo de dosagem específico, pro-movendo a redução catalítica de NOx para N2.

Pelo uso do SCR, o NEF 4 utiliza uma nova central que se adapta melhor à evolução da arquitetura eletrônica para garantir os reduzidos índices de emis-sões de poluentes. Outra al-teração foi feita nos pistões, criando uma nova câmara de combustão.

O NEF 4 Euro V conta ainda com novos bicos injetores CRIN2 que proporcionam

uma pressão de injeção 14% maior, passando de 1.400bar para 1.600bar, o que melhora a relação estequiométrica entre ar e combustível e diminui os níveis de emissões de poluentes e o con-sumo de combustível.

O novo propulsor teve ainda seu turbocompressor renovado para maior pressão da admissão do ar, melhorando a pressão de combustão. Assim, a queima den-tro da câmara melhora, propor-cionando mais eficiência do mo-tor com menor consumo. O rotor do turbo agora também passou a ser em alumínio forjado, o que garante maior durabilidade.

Os proprietários do novo Ive-co Vertis HD ainda terão como vantagem o aumento no interva-lo de troca de óleo. O novo motor permite paradas a cada 60.000 quilômetros porque utiliza o óleo sintético 5W30. Antes, as trocas eram realizadas a cada 20.000 quilômetros de uso em estradas.

Transporte

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27fevereiro de 2013Um jornal a serviço do agronegócioJORNAL ENTREPOSTO Transporte

As novas regras de seguran-ça para o exercício da profissão de motofretista continuam em vigor em todo o Brasil. Em reu-nião realizada dia 5 de feverei-ro com sindicatos da categoria, o Conselho Nacional de Trânsi-to (Contran) decidiu por man-ter a vigência da lei. No entanto, até o dia 20, o Detran de cada estado pode decidir por mul-tar ou não os profissionais pelo descumprimento das normas.

Isso porque uma nova reu-nião entre os dois lados será realizada nesta data, quando as entidades representativas da categoria apresentarão uma proposta de resolução indican-do que cada Detran seguirá um

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa) www.jornalentreposto.com.br

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TRÂNSITO

Detrans já podem multar motoboys por irregularidadesContran vai analisar proposta de plano de execução diferenciada para cada estado

Aerton GuimarãesAgência CNT de Notícias

cronograma próprio para o iní-cio da fiscalização do tema, de acordo com as necessidades de cada estado.

A ideia é que seja desenvol-vido um plano de execução da fiscalização com prazo de até um ano. Ou seja, alguns esta-dos, mais atrasados em relação à lei, teriam mais tempo para se adaptar. A proposta pode ou não ser aprovada pelo Contran

A Lei 12.009/2009 prevê que o motofretista tenha com-pletado 21 anos, possua ha-bilitação por pelo menos dois anos na categoria “A”, utilize colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos e seja aprovado em curso espe-cializado, regulamentado pelo Contran. Além disso, a moto também deve ser equipada com itens de segurança. Quem des-respeitar alguma das determi-nações fica sujeito a autuações de R$ 191,54, apreensão da moto e pode receber sete pon-tos na carteira de habilitação.

Curso de especialização

Os motofretistas alegam que não houve tempo suficien-te para que os profissionais se adequassem à lei, que exige um curso de especialização de 30 horas no currículo do trabalha-dor para que ele possa atuar.

O Sest Senat informa que oferece o curso em dezenas de unidades em todo o país e, durante todo o ano de 2012, a procura ficou bem abaixo do esperado na maioria de-las. Dependendo da demanda atual, novas turmas poderão ser abertas para contemplar o maior número de profissionais.

Segundo o Contran, as aulas podem ser promovidas pelos Detrans, unidades do Sest Se-nat, Centros de Formação de Condutores (CFCs) e por en-tidades de ensino, desde que comprovada a capacidade téc-nica necessária, de forma pre-sencial ou por ensino à distân-cia (semipresencial).

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Page 28: Jornal Entreposto | Fevereiro de 2013

28 JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciofevereiro de 2013