jornal entreposto | outubro de 2011

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - N o 137 | outubro de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Primavera amplia oferta de flores no entreposto A goiaba na Escola do Sabor Boa safra garante alcachofras maiores |Ceasas Brasil| pág. 23 | Floricultura| pág. 24 | Agricultura| pág. 11 Frutas Geral Legumes Verduras Diversos Pescado -1,97% -2,64% -6,37% -7,93% -3,42% 0,69% Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Índice Ceagesp - setembro 2011 pág. 6 pág. 8 pág. 2 pág. 20 Momento atual favorece planejamento para mercado de flores Anuário chega aos supermercados em parceria com a Apas Preços da Ceagesp caem 2,64% em setembro Novo sindicato quer estender fundo de comércio na Ceagesp O Anuário Entreposto, um completo guia de fornecedo- res de hortifrutícolas de entrepostos de abastecimento do estado de São Paulo, está sendo distribuído gratuitamente aos supermercadistas em conjunto com a revista Super Varejo, editada pela Apas, após convênio firmado entre o Grupo de Mídia Entreposto e a entidade

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Um jornal a serviço do agronegocio

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Page 1: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 137 | outubro de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

Primavera amplia oferta de flores no entreposto

A goiaba na Escola do Sabor

Boa safra garante alcachofras maiores

|Ceasas Brasil| pág. 23

| Floricultura| pág. 24

| Agricultura| pág. 11

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos Pescado-1,97%-2,64% -6,37% -7,93% -3,42% 0,69%BaixaBaixa Baixa Baixa Baixa Alta

Índice Ceagesp - setembro 2011

pág. 6

pág. 8

pág. 2

pág. 20

Momento atual favorece planejamento para mercado de flores

Anuário chega aos supermercados em parceria com a Apas

Preços da Ceagesp caem 2,64% em setembro

Novo sindicato quer estender fundo de comércio na Ceagesp

O Anuário Entreposto, um completo guia de fornecedo-res de hortifrutícolas de entrepostos de abastecimento do estado de São Paulo, está sendo distribuído gratuitamente aos supermercadistas em conjunto com a revista Super Varejo, editada pela Apas, após convênio firmado entre o Grupo de Mídia Entreposto e a entidade

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201102

O papel dos supermerca-dos na comercialização de FLV (Frutas, Legumes e Verduras) é cada vez mais importante e cresce a cada ano. Diante des-se cenário, a quarta edição do Anuário Entreposto começa a ser distribuída junto com a revis-ta SuprVarejo, editada pela Apas (Associação Paulista de Super-mercados) e considerada refe-rência para o setor varejista.

O guia, elaborado pelo Gru-po de Mídia Entreposto, é uma ferramenta indispensável a to-dos os agentes envolvidos no setor hortifrutícola do estado de São Paulo. A publicação traz uma lista atualizada de ataca-distas de FLV que atuam nos 13 entrepostos administrados pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazenagem do Estado de São Paulo) e também na Ceasa Campinas.

Por meio dessa ação con-junta, o Grupo de Mídia En-treposto e a Apas pretendem atingir a permanente profissio-nalização do setor para aten-

der melhor aos anseios dos empresários, compradores e produtores de produtos in na-tura.

“Procuramos através deste guia, aperfeiçoar as negocia-ções entre supermercadistas e permissionários de entre-postos, melhorando a oferta e a opção de compra”, afirma o diretor comercial do Grupo En-treposto, José Felipe.

Pesquisas mostram que a qualidade e o frescor de FLV é um dos fatores de maior impor-tância para os consumidores. Pensando nisso, além da lista de comerciantes, o anuário traz também matérias técnicas que facilitam a escolha, classifica-ção, consulta às legislações e à informação para que o vare-jista realize uma boa compra.

O estado de São Paulo re-presenta quase 20% das 15 mil lojas do setor supermerca-dista brasileiro e é responsável por 31/% de seu faturamento.

Parceria com revista Super Varejo favorece supermercadistas e permissionários

Atualmente o setor de FLV representa 13% das vendas dos supermercados

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio março de 2011 03EditorialJORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 03

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Page 4: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201104 Desenvolvimento Sustentável

Paulo FernandoDe São Paulo

A economia de baixo teor de carbono ressurge, a menos de um ano da Rio+20 (Conferên-cia das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável), como tema central dos fóruns e debates empresariais promovi-dos no Brasil e no exterior.

O Painel Intergovernamen-tal sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) já alertou que a alteração do clima do planeta provocada pelas ati-vidades humanas foi cientifica e inequivocadamente detectada.

O efeito estufa causado pelo volume excessivo de emissões dióxido de carbono e outros ga-ses que aquecem o planeta exi-ge nova postura e ousadia dos tomadores de decisões estra-tégicas e, assim, começa a ser fortalecido o consenso de que as externalidades dessas mu-danças precisam ser incorpora-das aos preços da economia de mercado.

Embora um acordo inter-nacional com força de lei ainda não tenha sido ratificado pelos líderes mundiais, evitar os pio-res cenários climáticos proje-tados pelo painel científico das Nações Unidas demanda res-posta rápida e imediata da so-ciedade contemporânea.

Nessa empreitada, os agri-cultores desempenharão, mais uma vez, papel fundamental para a sobrevivência da huma-nidade nos próximos séculos, consolidando os esforços con-tra a escalada do aquecimento global.

O movimento de descarbo-nização da economia mundial passa pela agropecuária, setor que deve protagonizar profun-das mudanças rumo a um novo e promissor modelo de desen-volvimento, posto que cortar o volume das emissões antrópi-cas dos gases do efeito estufa é um imenso desafio, que mexe

diretamente com o modo como o mundo produz e consome alimentos, bens e serviços. No setor agrícola, o sequestro de carbono, por meio do plantio direto na palha, da integração lavoura-pecuária-floresta e de outras práticas sustentáveis, maximiza ganhos ambientais e econômicos.

Nesse aspecto, o mercado de emissões e a remuneração dos serviços ecossistêmicos prestados nas propriedades rurais surgem como fontes de recursos indispensáveis para os produtores do século 21.

A prestação de serviços ecossitêmicos é mais uma grande oportunidade que sur-ge para setor responsável por 30% do Produto Interno Bru-to (PIB) continuar crescendo, já que a produção mundial de alimentos deverá ser incre-mentada em 40% nas próximas décadas.

“E nenhum país do mundo está tão preparado quanto o Brasil para fazer frente a essa demanda, garantindo a segu-rança alimentar e a diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Nessa cruzada, os em-presários do campo precisarão produzir mais com menos ter-ra, menos água, menos energia e mais tecnologia”, afirma o advogado Flávio Menezes, res-ponsável pela elaboração do PABC (Programa de Governan-ça Climática para uma Agrope-cuária de Baixo Carbono), pla-no lançado em julho pela CNA, confederação que representa o setor.

Responsabilidade superestimada

Publicado em 2006, o In-ventário Nacional de Emissões informa que, anualmente, 1,2 bilhão de toneladas dióxido de carbono equivalente (CO2e) são emitidas em função das queimadas para abertura de áreas agrícolas, produção de

carvão vegetal ou exploração de produtos madeireiros. Se-gundo o documento, a agrope-cuária brasileira é o segundo setor mais intensivo em emis-sões no país, atrás somente do setor florestal.

Entretanto, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a criação de gado não produz impactos significativos para as mudanças do clima, aponta o professor Luiz Gylvan Meira Filho, do IEA/USP (Ins-tituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo). “Há uma responsabilidade exa-gerada atribuída ao agronegó-cio”, garante o cientista brasi-leiro, que já foi vice-presidente do IPCC.

Segundo o especialista, a metodologia atual empregada no cálculo do impacto que cada molécula de metano tem sobre o clima do planeta apresenta uma falha grave e, assim, supe-restima as emissões da pecuá-ria.

Pela métrica atual do GWP (sigla em inglês para “potencial de aquecimento global”), ado-tada pelo Protocolo de Quioto, cada tonelada de CH4 emiti-da equivale a 21 toneladas de CO2. Quando o cálculo é feito pelo GTP (sigla para “potencial de mudança de temperatura global”), que considera a per-da de calor da Terra, esse grau de equivalência é de 1 para 5. Portanto, cada tonelada de CH4 emitida é equivalente a cinco toneladas de CO2, volume bem inferior à quantidade estimada pelos inventários feitos com base no GWP

Mercado de carbono

Independente de meta obri-gatória de redução de emissões, a adoção de práticas menos in-tensivas em carbono na agri-cultura e no setor florestal é um diferencial de sustentabilidade e competitividade, apontam os especialistas.

“Os programas e as políticas de governança climática tam-bém estimularão o desenvolvi-mento do mercado brasileiro de emissões reduzidas”, ressal-ta Menezes.

No momento, discussões sobre a criação de um sistema nacional de “cap and trade” estão sendo realizadas junto ao Ministério da Fazenda. “O ‘cap and trade’ determina uma quantidade máxima de poluen-tes que um setor econômico, estado ou país pode emitir. Nesse sistema, quem reduz suas emissões além do neces-sário pode comercializar esse saldo positivo em forma de cré-ditos de carbono”, acrescenta o advogado paulista, lembran-do que a recuperação de áreas degradadas pela agropecuária servirá para consolidar a hege-monia do Brasil como produtor de alimentos, sem perder de vista a necessidade de reduzir as emissões de carbono.

“A absorção de CO2 pelas gramíneas, por exemplo, pode contribuir enormemente para neutralizar os gases do efeito estufa liberados pelo rebanho bovino nacional”, diz.

Nesse contexto, traduzir para o mercado a redução de carbono ou as fontes de sumi-douro e quantificar o benefício das práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva e nos produtos finais é o grande de-safio do setor agropecuário.

O mercado de emissões mo-vimentou 142 bilhões de euros em 2010. “No entanto, a agri-cultura brasileira ainda não é geradora de créditos de carbo-no”, informa.

Custos e oportunidades

Os custos das mudanças climáticas não serão distribu-ídos equitativamente, mas os impactos na competitividade podem ser reduzidos pela ação conjunta. Novos mercados se-rão criados e os investimentos em fontes de baixo carbono po-dem alcançar mais de US$ 500 bilhões por ano até 2050.

Cada vez mais, serão neces-sárias políticas para apoiar o desenvolvimento de uma gama de tecnologias de baixo carbo-no e alta eficiência energética em uma escala de tempo ur-gente.

De acordo com diversos es-tudos, quanto mais a sociedade demorar a agir, os esforços vi-sando reduzir emissões serão maiores nos futuro. Por exem-plo, se as emissões registrarem pico em 48 GtCO2 em vez de 52 GtCO2 em 2020, a taxa de corte se reduz de 2,5% para 1,5% ao ano.

Segundo um diagnóstico feito em 2006 pela equipe de Nicholas Stern, ex-economista-chefe do Banco Mundial, as al-terações climáticas exigem uma resposta internacional baseada

Programa da CNA foca sustentabilidade no campoSegundo inventário nacional, agropecuária brasileira é o segundo setor mais intensivo em emissões no país, atrás somente do setor florestal

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 05

na compreensão dos objetivos de longo prazo e num acordo sobre cada uma das etapas de ação. “Quatro elementos-chave serão indispensáveis nesse processo – comércio de emis-sões, cooperação tecnológica, redução do desmatamento e adaptação”, diz o documento batizado como Relatório Stern.

O valor monetário de danos ambientais provocados pela poluição da água e do ar, esgo-tamento dos recursos naturais e desperdícios em geral pode alcançar US$ 28,6 trilhões em 2050, ou 23% a menos se tec-nologias limpas e eficientes fo-rem introduzidas, informa um estudo realizado pelo Progra-ma das Nações Unidas para o Meio Ambienta (Pnuma).

As oportunidades globais

de negócios vinculados à sus-tentabilidade devem movimen-tar, a preços de 2008, entre US$ 3 trilhões e US$ 10 trilhões em 2050. Até 2020, essa movimen-tação está estimada entre US$ 500 bilhões e US$ 1,5 trilhão.

A versão nacional do Re-latório Stern aponta que o pa-gamento médio de US$ 3 por tonelada de carbono retida na floresta amazônica pode ge-rar uma renda de US$ 450 por hectare, desestimulando en-tre 70% e 80% da pecuária da região. “Quando os mercados globais de carbono tiverem se desenvolvido de forma a remu-nerar mais amplamente pro-gramas de reflorestamento, o Brasil será o destino certo de investimentos nessa área”, re-força Menezes.

A área de soja plantada em terras de novos desmatamen-tos na Amazônia na safra de 2010/2011 saltou de 6,2 mil hec-tares para 11,6 mil hectares em relação ao período anterior. Ape-sar do avanço, a cadeia produtiva do setor considera que a cultura não é mais uma das principais causas do desmatamento do bioma. Os números foram apre-sentados no dia 13 de outubro durante a renovação da morató-ria da soja, iniciativa de empresas exportadoras e organizações da sociedade civil para boicotar a soja produzida em áreas de novos desmatamentos na Amazônia.

Assinada pela primeira vez em 2006, e repactuada ano a ano, a moratória foi renovada até 31 de janeiro de 2013. A partir de imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Grupo de Trabalho da Soja (GTS) sobrevoa polígonos e avalia se houve plantio de soja nas áreas de novos desmatamen-tos. Se o grão foi plantado nessas áreas de derrubada recente, a fa-zenda passa a ser boicotada pelos compradores.

Dos 375 mil hectares monito-rados na última safra, o GTS iden-tificou plantio de soja em 11,2 mil hectares. A área corresponde a 0,39% do total desmatado em Mato Grosso, Pará e Rondônia após julho de 2006, quando o em-bargo foi declarado. Os três esta-dos são responsáveis por 98% da produção de soja na Amazônia. Em toda o bioma, há 1,96 milhão de hectares de lavouras da oleagi-nosa.

“Em 2006, nossos clientes da Europa estavam interrompendo as compras de soja. Examinando os cinco anos da moratória, ve-mos grandes progressos. Hoje há governança, controle em tempo real do que está acontecendo e punições, como embargos e mul-tas”, avaliou o diretor-geral da As-sociação Nacional dos Exporta-dores de Cereais, Sérgio Mendes.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óle-os Vegetais, Carlo Lovatelli, disse que a moratória tirou a soja do rol dos principais fatores de desma-tamento da Amazônia, “É um ve-tor quase insignificante. O produ-tor que pensa em transgredir, vai pensar 27 vezes e não vai plantar, porque sabe que isso vai ser ruim para ele.”

Além do monitoramento, o GTS quer estimular a inscrição do

Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma ferramenta de regularização fundiária com identificação ge-orreferenciada das propriedades rurais, com a delimitação de áre-as que devem ser preservadas, como a reserva legal.

“É possível identificar onde se desmata. Temos que avançar para identificar quem desmata. E esse é o papel do CAR”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Iza-bella Teixeira. A expectativa de flexibilização do Código Florestal tem esvaziado o CAR, segundo a ministra. Os produtores estão aguardando as alterações antes de registrar suas propriedades. A expectativa do setor é que mu-dança em tramitação do Congres-so torne a lei menos rígida.

O diretor da campanha Ama-zônia do Greenpeace, Paulo Adá-rio, que coordena a sociedade civil no GTS, disse que o debate enviesado sobre o Código Flo-restal tem criado expectativa de anistia para desmatadores. Isso,

acrescentou, pode comprometer os resultados futuros da mora-tória. “O debate pode levar a um retrocesso muito grande na legis-lação ambiental, o que vai tornar a moratória mais importante do que nunca, porque vai ser a in-dústria dizendo não ao desma-tamento. É quase uma resposta política, porque a moratória vai além da lei”.

A renovação da moratória foi elogiada pela Amazon Alliance, um grupo internacional de em-presas compradoras de soja bra-sileira. Entre elas, o Carrefour e o McDonald’s. Em comunicado, o grupo se diz preocupado com as alterações na lei ambiental brasi-leira.

Além da Anec, Abiove e Gre-enpeace, também fazem parte do GTS o Banco do Brasil, o Minis-tério do Meio Ambiente e as or-ganizações não governamentais Conservação Internacional, TNC, WWF-Brasil e Instituto de Pes-quisa Ambiental da Amazônia.

Moratória é renovada, mas plantio aumenta em áreas desmatadasAgência Brasil

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201106 Entrevista

Com a proposta de garan-tir um fundo de comércio a todos os comerciantes ataca-distas de hortifrutigranjeiros em centrais de abastecimento, foi criado o Sincomat (Sindica-to do Comércio Atacadista de Hortifrutigranjeiros e Pescados em Centrais de Abastecimento de Alimentos no Estado de São Paulo). Todos os comerciantes do entreposto receberão em breve o manual “Quem você acha que é na Ceagesp”, com as principais propostas da en-tidade. A seguir, trechos da a entrevista com o presidente do Sincomat, Paulo Murad.

Jornal Entreposto - O fundo de comércio não é um direito de todos os permissionários da Ce-agesp?Paulo Murad – Não, Permis-sionário é apenas um apelido dado aos comerciantes ataca-distas sujeitos a um contrato de permissão de uso, seria o mesmo que chamar alguém de inquilino ou locatário e, por-tanto, como permissionários, estão sujeitos às regras da per-missão de uso que mudam de acordo com a administração de plantão. JE – O senhor pode explicar me-lhor? Murad - O que define a catego-ria econômica é o CNAE [Clas-sificação Nacional de Atividade Econômica] das empresas. Na Ceagesp todos os CNAE são de comerciantes atacadistas, não existe CNAE de permissionário, por isso o fundo de comércio é um direito apenas do comer-ciante, permissionário não é categoria econômica e não tem direito a nada.

JE - O Sincomat está registrado como sindicato?Murad - Está registrado como uma associação pré-sindical, de acordo com o artigo 515 da CLT, com o CNPJ 14.363.413/0001-45. Agora precisamos da ade-são da categoria para concluir o processo de investidura sin-dical.

JE – É possível ter outros sindi-catos representando a mesma categoria?Murad - Como expliquei ante-riormente, não existe outro sin-dicato que representa a catego-

ria econômica diferenciada do Sincomat, como previsto no seu Estatuto Social e no artigo 511 da CLT. Por isso, ele foi criado.

JE - Mas havia necessidade de criar um novo sindicato para conseguir esse fundo de comér-cio para os comerciantes da Ce-agesp?Murad - O fundo de comércio é um direito coletivo dos comer-ciantes da Ceagesp, mas ainda não foi legalmente reconheci-do, tanto que a administração quando cancela um TPRU (Ter-mo de Permissão Remunerado de Uso), incorpora este fundo de comércio e passa este ponto na licitação pelo maior lance, mas este dinheiro deveria ir para as mãos do último comer-ciante, que é o dono deste pon-to comercial, e não para a Cea-gesp, que nada contribuiu para isso, apenas alugou o espaço. Atualmente, os TPRUs são com prazo de cinco anos para poder licitar este fundo de comércio várias vezes. Isso é um verda-deiro absurdo, pois não existe contrato precário com prazo determinado.

JE - Qual a maneira para resol-ver essa situação ?Murad - A maneira correta de conseguir o reconhecimen-to deste fundo de comércio é através da adesão de todos os comerciantes da Ceagesp numa

entidade forte e que reivindi-que este direito em nome de todos, porque individualmente será um trabalho árduo, caro e sem força política.

JE - Como é que o senhor se tor-nou presidente do Sincomat?Murad – Há mais de 20 anos atuo como advogado na Ce-agesp e uma proposta que sempre defendi, foi que os co-merciantes atacadistas da Ce-agesp, mesmo com permissão de uso,têm direito ao “fundo de comércio” ou “ponto comer-cial”, constituído pela clientela, nome comercial, instalações comerciais,etc, inclusive reco-nhecido como direito autôno-mo no artigo 133 do Código Tributário Nacional e nas Cor-tes de Justiça brasileira como “fundo empresarial”, indepen-dente da propriedade do bem imóvel que ocupa ou a relação contratual existente, seja loca-ção, concessão, permissão ou autorização de uso, por este motivo, fui convocado para ser o primeiro presidente da enti-dade, junto com uma diretoria com muita vontade de resolver esses problemas. Acredito que se houver uma adesão de todos os comerciantes da Ceagesp às propostas do Sincomat, isso facilitará o reconhecimento do fundo de comércio mais rápido e dará maior segurança a eles norelacionamento com a admi-

nistração. Por isso, precisamos da adesão de todos.O ex-presidente do Sincaesp, Cláuido Ambrósio, agora secre-tário geral da nova entidade, também concedeu entrevista. A seguir, trechos da conversa:

JE - O senhor foi presidente do Sincaesp e agora está como ae-cretário do Sincomat. Como o sr. explica isso?Cláudio Ambrósio - Fui presi-dente do Sincaesp por mais de 20 anos e conquistamos muitos direitos em favor do mercado, mas vivemos uma nova fase e só o Sincomat poderá resolver os graves problemas que estão acontecendo.

JE – E quais são esses proble-mas?Ambrósio – Há seis anos, quando eu ainda era presidente do Sincaesp, a Covisa [Coorde-nação de Vigilância em Saúde] tentou fazer as mesmas exigên-cias que está fazendo agora e na época provamos que a maior parte das reformas era de res-ponsabilidade da Ceagesp. Pas-sados esses anos, eles voltaram e estão obrigando os próprios comerciantes a fazer todas as reformas e investir milhões nos prédios da Ceagesp porque nin-guém fez nada.

JE - Mas isso não é obrigação de quem ocupa essas áreas comerciais?

Permissionário ou comerciante na Ceagesp?

Ambrósio - Apenas uma par-te, a outra é da Ceagesp. As instalações comerciais de res-ponsabilidade do comerciante, devem ser consideradas como fundo de comércio e de sua propriedade, mas hoje, se por algum motivo for cancelado seu TPRU, como permissionário ele não tem direito a nada, por isso enfatizo a necessidade do Sin-comat,

JE - O que o senhor achou da proposta de mudança do entre-posto defendida pelo deputado Junji Abe publicada na edição anterior do Jornal Entreposto? Ambrósio - O deputado Junji Abe é muito atuante no seg-mento agrícola, mas imagine no caso de realmente acontecer essa mudança e os comercian-tes estarem representados por uma entidade de permissioná-rios sem direito a nada. Vai ser uma catástrofe. A diretoria do Sincomat participou de todas as tentativas de mudança do entreposto e sabe que o único jeito de os comerciantes da Ce-agesp serem respeitados numa hora dessa é ter o seu fundo de comércio garantido, para isso todos os comerciantes preci-sam estar unidos em uma en-tidade forte e que busque os meios legais para lhes garantir esse direito coletivo, como pro-põe o Sincomat.

Paulo Murad, (à esquerda) presidente do Sincomat, e Cláudio Ambrósio, secretário da entidade, defendem a garantia do fundo de comércio a todos os permissionários da Ceagesp

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 07

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201108 Artigo

Antonio Hélio Junqueira

Consumo de flores e plantas ornamentais no Brasil

A análise da evolução do mercado de flores e plantas ornamentais no Brasil tem mostrado, de maneira incon-fundível, a importância do con-sumo interno na sustentação e dinamização dos negócios seto-riais da floricultura nos últimos anos.

De fato, tem-se observado seguidamente a ocorrência de indicadores anuais de cresci-mento da ordem de 8% a 10% na oferta física de mercadorias, que vem se fazendo acompa-nhar de aumentos entre 12% a 15% do faturamento setorial. Em 2010, a movimentação fi-nanceira global da floricultura empresarial brasileira foi de R$ 3,8 bilhões e, diferentemente do que ocorreu com importan-tes produtores latino-america-nos vizinhos – como Colômbia, Equador e Costa Rica – não se ressentiu dos reveses na de-manda mundial pelos produtos do setor. Para 2011, as princi-pais cooperativas, empresas e lideranças setoriais já apontam para um crescimento da ordem de 10% nos valores de comer-cialização, o que elevará o fa-turamento da floricultura para perto de R$ 4,2 bilhões.

Atualmente, o consumo per capita anual no país já atinge o valor de R$ 20, que, embora fique muito aquém dos parâ-metros comparativos em ter-mos internacionais, sinaliza um setor aquecido e em franca

expansão, o que favorece os in-vestimentos bem planejados e a confiança no futuro da ativi-dade.

Parte desse desempenho é seguramente devido ao grande vigor econômico sustentado pelo Brasil, com ótimos indica-dores sociais recentes de em-prego, ocupação e crescimento da renda de amplas parcelas da população. Porém, é fácil constatar que o aumento do consumo na cadeia produtiva da floricultura tem sido muito mais intenso do que o da média da economia. Em 2010, o cres-cimento do PIB brasileiro foi da ordem de 7,5% e o da floricul-tura, 15%. Em 2011, enquanto os analistas apontam para o ar-refecimento do mercado, com projeções inseguras quanto a uma taxa de crescimento da or-dem de 3,5%, a cadeia produti-va de flores e plantas ornamen-tais sustenta um crescimento cerca de três vezes maior.

Além destes fatores, há que se considerar ainda outros pontos relevantes da estrutu-ração competitiva do setor, que agrega a modernização técnica e logística da cadeia de distri-buição e o crescimento das ven-das nos canais de autosserviço.

Neste contexto, torna-se extremamente importante refletir sobre a dinâmica do consumo de flores e plantas ornamentais no mercado inter-no do país, com o objetivo de identificar e qualificar as suas principais condicionantes. Esta é a forma mais direta e segura para que as empresas, coope-rativas e entidades setoriais de representação possam oferecer estratégias consistentes que venham a garantir a perenida-de deste movimento sustenta-do de crescimento.

O Brasil não conta, até o momento, com a realização de uma pesquisa focada na com-preensão global dos hábitos, comportamentos, dinâmicas e determinantes qualitativas e quantitativas das compras de flores e plantas ornamentais. Poucas iniciativas têm sido re-alizadas, quase sempre condi-cionadas por cortes e perspec-tivas regionais e em períodos muito distintos de tempo, o que não tem permitido a constru-ção de um conhecimento sóli-do, estruturado e conseqüente sobre o setor. Além disso, nos-sas pesquisas têm revelado que grande parte desses estudos já realizados concentra-se sobre premissas, estereótipos e pré-conceitos que não se sustentam frente aos parâmetros de uma investigação mais criteriosa.

Para que a floricultura bra-

sileira possa maximizar o apro-veitamento das novas oportuni-dades de negócios que surgem – especialmente no contexto do boom imobiliário e da chegada dos macroeventos esportivos mundiais de 2014 e 2016 – será de fundamental importância investir na concepção e execu-ção de um projeto focado no es-tudo do consumo, tanto no con-texto atual, quanto prospectivo nos cenários dos próximos três, cinco, dez e 15 anos.

As entidades representati-vas da floricultura, como o Ibra-flor e as câmaras setoriais na-cional e estaduais, poderão ser importantes dinamizadores e coordenadores dessa iniciativa. Porém, a participação ativa e parceira dos órgãos de fomento e apoio, bem como dos produ-tores e das empresas da cadeia produtiva serão fundamentais.

Momento atual favorável incentiva o planejamento estratégico para o futuro

Na contemporaneidade, o consumo reflete aspectos rele-vantes das expressões identi-tárias pessoais e grupais e, as-sim, se reveste de significados narrativos sobre quem somos, o que pensamos e o que senti-mos em relação a nós mesmos, ao mundo e à natureza que nos cerca.

Compreender e atuar pro-ativamente neste campo exige conhecimento, preparo e foco estratégico. Trata-se, segura-mente, de um desafio ao qual produtores, empresários e li-deranças da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais não podem mais se furtar.

Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 09

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201110 Agrícola

Segundo a expectativa da Se-cretaria de Agricultura, a região do Pontal do Paranapanema deve tornar-se, nos cinco pró-ximos anos, uma das principais produtoras de maracujá do esta-do de São Paulo. Uma conjunção de fatores deve contribuir para a consolidação desta tendência.

Entre eles estão: adoção do sistema de produção de mudas altas de maracujá em condições protegidas; grande número de pequenos produtores nos assen-tamentos e de agricultores fami-liares com tradição em fruticul-tura; e as opções de mercado, diz o pesquisador Nobuyoshi Narita, diretor do Pólo Alta Sorocabana da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os assentados do Pontal tem a produção de lei-te como carro-chefe de suas ati-vidades e os demais agricultores familiares da região, além do lei-te, produzem hortaliças e frutas.

O sistema de manejo de ma-racujá adaptado à região é um divisor de águas, pois viabiliza economicamente a cultura, ao permitir a convivência com vi-roses e doenças do solo, e abre caminho para a diversificação de atividades com foco em frutas e hortaliças. A implantação da tec-nologia nos assentamentos, bem como a necessidade de diversi-ficação, foi potencializada pelo início dos programas federais

Pontal do Paranapanema pode se tornar grande produtor de maracujá

de aquisição de alimentos. Além do maracujá, o Pólo fornece nos últimos três anos apoio tecnoló-gico aos assentados na produção de mamão, goiaba, uva e hortali-ças, em parceria com a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo. Tanto os porta-enxer-tos de uva quanto as variedades de uva, mandioca e batata ingle-sa utilizadas são tecnologia IAC.

O “sistema de produção de maracujazeiro amarelo visando à convivência com viroses e do-enças do solo” foi implantado em 2006 inicialmente na Alta Pau-lista, com ênfase nos municípios de Adamantina e Mariápolis, por ser uma das principais regiões produtoras do Estado. Foram três experimentos em diferentes áreas de produtores, conta o pes-quisador José Carlos Cavichioli, diretor do Polo Alta Paulista.

Em 2007, teve início a ação mais voltada para a transferên-cia da tecnologia (cursos, pales-tras, demonstrações, avaliações no campo etc.). No ano seguin-te, foi feita a primeira produção comercial de mudas em dois vi-veiros da região, quando então foram produzidas cerca de cinco mil mudas enxertadas (toleran-tes a doenças do solo), por enco-menda de produtores.

A produção de mudas em vi-veiros comerciais continuou em 2009, sempre sobre encomenda.

“O mais importante é que temos conseguido manter a área culti-vada com a fruta na região”, ob-serva Cavichioli.

ViroseA disseminação da virose foi

ampliada a partir de 1998, em importantes regiões produtoras de maracujá, como foi o caso do município de Vera Cruz, na Alta Paulista, de acordo com Cavi-chioli. Em Adamantina, a doen-ça manifestou-se mais intensa-mente a partir de 2002. “Então, a proposta foi conciliar o modelo de produção de maracujá, per-mitindo a convivência da cultura em áreas de ocorrência da virose e de doenças do solo.”

O resultado desse projeto, que durou dois anos, foi a o au-mento do interesse pela cultura na região, conta Narita. Tanto que a quantidade de plantas au-mentou de 20 mil em 2009 para cerca 40 mil, das quais 25 mil plantas cultivadas no sistema de produção de mudas altas em condições protegidas.

Já no sistema de produção em viveiros protegidos, as mu-das vão para o campo com mais de 1,5m em agosto, após a co-lheita e a eliminação da cultura anterior. A idéia é quebrar o ciclo da doença e produzir o maracujá nos meses de dezembro a março, que é o período de maior deman-da de suco.

Apesar das importações cres-centes de alho pelo Brasil – entre janeiro e agosto deste ano entra-ram no país 109,9 mil toneladas do produto argentino e chinês –, os agricultores mineiros investem no aumento da safra. O IBGE estima que a produção de alho em Minas Gerais neste ano vai alcançar 19,7 mil toneladas, volume 5,3% maior que o registrado em 2010.

A colheita mineira prevista para este ano equivale a 16,6% da safra nacional, garantindo a vice-liderança do ranking brasileiro do alho, atrás apenas de Goiás. Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecreta-ria do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, João Ricardo Alba-nez, o aumento da safra estadual é consequência principalmente da intensa utilização de tecnologia nas lavouras. “Por isso, a produti-vidade média de alho no Estado é de 12,1 toneladas de alho por hec-tare. Há dez anos, a produtividade era de 8,1 toneladas por hectare”, explica Albanez.

Primeiro colocado na produção estadual de alho, o Alto Paranaíba tem uma safra estimada de 13,8 mil toneladas, volume correspon-dente a cerca de 70% da safra esta-dual. Albanez avalia que o plantio, principalmente na região líder de produção, foi estimulado em 2011 pela recuperação de preço regis-trada em 2010, como consequên-cia de uma redução temporária das importações de alho chinês.

O agricultor familiar Oswaldo Júnior, que mantém o cultivo de alho em 18 hectares no município de São Gotardo, no Alto Paranaíba, diz produtor deve sempre investir na qualidade, independente da im-portação. “É necessário produzir sempre o nosso alho com quali-dade exista ou não a importação. Além disso, o volume das compras externas do produto pelo Brasil pode cair, e nesse caso os preços internos serão mais compensado-res.”

Oswaldo concorda que o alho nacional, especialmente o colhido nas lavouras mineiras, tem a pre-

ferência dos consumidores que va-lorizam a qualidade. A observação é compartilhada pelo extensionis-ta Dener Henrique de Castro, que atua no município. “O produto de Minas Gerais tem qualidade reco-nhecida em todo o país, especial-mente nos mercados de São Paulo, Recife e Amazonas”, explica.

A preferência do consumidor brasileiro pelo alho nacional tam-bém é citada por Eduardo Sekita, diretor do grupo Sekita, de São Go-tardo, que trabalha com a parceria de 49 produtores em 190 hectares da propriedade. Esse contingen-te de agricultores familiares deve garantir ao grupo, em 2011, uma produção da ordem de 3,7 mil to-neladas, ele informa.

“O grande problema é que as importações permitidas pelo go-verno federal possibilitam a ven-da do acho chinês por R$ 40,00 a caixa de dez quilos, enquanto no Alto Paranaíba o preço varia de R$ 42,00 a R$ 45,00, porque abaixo disso seria insuficiente para cobrir os custos de produção”, explica o executivo.

Segundo Sekita, outro aspecto que dificulta a situação dos pro-dutores brasileiros é que o alho importado está presente em todo o país durante o ano inteiro. Já o produto colhido nas lavouras da maioria dos Estados chega ao con-sumidor em um período definido, de agosto a fevereiro, sendo que em Minas Gerais o abastecimento predomina numa faixa de tempo ainda menor, de agosto a janeiro.

Organização da produção“Diante do cenário da impor-

tação de alho pelo Brasil, os agri-cultores devem buscar orientação junto às associações e cooperati-vas para desenvolver a produção programada”, recomenda o supe-rintendente da CeasaMinas, Lucas de Oliveira Scarascia. Ele diz que é fundamental para os produtores o acesso a informações sobre as tendências do mercado, política de abastecimento do país, situação do câmbio e interesse de outros pa-íses em colocar seus produtos no Brasil.

MG aposta na qualidade do alho para concorrer com produto importado

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 11

São Roque promete alcachofras maiores e mais saborosas

Os visitantes da 19ª Expo São Roque poderão apreciar alcachofras muito mais robustas e saborosas. Isso porque, segundo os produtores da �lor, a safra de 2011 será uma das me-lhores dos últimos anos. O clima e o aumento de 20% nas plantações são os prin-cipais motivos dessa evo-lução em relação ao ano passado.

A safra começa entre as últimas semanas do in-verno e se estende pela primavera. As alcachofras produzidas em São Roque neste ano estão maiores e mais roxas e a tendência é a valorização da �lor no mercado. O tempo e tem-peratura na cidade durante a plantação ajudaram, pois choveu bem menos que no ano passado e o inverno se manteve seco, clima ideal para uma boa colheita.

Melhoria genética

Desde o ano passado, a prefeitura de São Ro-que, promove o Projeto de Incentivo à Produção de Alcachofra, que tem por objetivo coordenar e ge-renciar ações de ciência e tecnologia voltadas ao agronegócio.

Após um estudo deta-lhado sobre a produção da alcachofra em São Ro-que, feito por engenheiros agrônomos e pesquisado-res, onde foram analisadas as condições de clima, solo, pragas entre outros, de-tectou-se a possibilidade de aumento na produção da �lor. “A demanda pela alcachofra aumentou subs-tancialmente, por conta principalmente da popula-rização do consumo e, sem dúvida, a Expo São Roque é um grande incentivo”, ressalta Leodir Ribeiro, di-retor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Roque.

A alternativa proposta pelos especialistas é me-lhorar as condições gené-ticas da “Alcachofra Roxa de São Roque”, assim cada pé conseguirá multiplicar o número de �lores. A inten-ção é que os testes termi-nem em 2012 e o plantio e colheita sejam feitos até 2013.

Serviço:

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201112

Mercedes-Benz renova linha de veículos comerciais

A Mercedes-Benz, pela primeira vez em sua trajetória de 55 anos no país, renova total-mente e ao mesmo tempo, todo o seu portfólio de caminhões, ônibus e veículos comerciais leves Sprinter para 2012.

“Não estamos apenas mod-ernizando, atualizando e mel-horando os nossos produtos. Muito além disso, uma nova em-presa está surgindo, ainda mais forte e competitiva”, a�irma Jür-gen Ziegler, presidente da com-panhia no Brasil e CEO para a América Latina.

De acordo com o executivo, a renovação simultânea de toda a linha de veículos comerciais é uma medida inédita não só para a empresa, como também para a indústria automobilística na-cional.

“Estamos introduzindo avançadas tecnologias, como o BlueTec 5, novos motores para atendimento ao PROCONVE P-7 e uma inédita identidade visual dos veículos”, diz Ziegler. “Com isso, agregamos ainda mais qualidade e excelência aos nos-sos caminhões, ônibus e comer-ciais leves, buscando contribuir para que os nossos clientes al-cancem maior e�iciência e re-sultados em suas atividades de transporte de cargas e passage-iros, aumentando assim a sua rentabilidade”, explica.

Nova identidade

A linha de caminhões Mercedes-Benz 2012 traz um forte impacto visual, graças ao design inédito e moderno das cabinas, es-pecialmente a grade fron-tal e os conjuntos óticos de farois.

Com base no top de linha Actros, que se dife-rencia no mercado por seu per�il arrojado, foi criada uma identidade similar para todos os modelos, reforçando o conceito de família e acentuando a imagem de modernidade e força dos caminhões da marca.

Às já conhecidas famí-lias Accelo, Atego, Axor e Actros, juntam-se agora os caminhões Atron, sucesso-res de modelos campeões na preferência dos clien-tes. Adicionalmente, novos modelos e versões se inte-gram à mais completa linha do mercado de caminhões, como os leves Accelo 815 e 1016 para 8 e 10 toneladas de PBT, respectivamente, e os novos entreeixos na família Axor.

Montadora lança novo portfólio de caminhões, ônibus e veículos leves

Os caminhões médios e semipesados da linha Atego da Mercedes-Benz chegam ao mercado, em 2012, com grandes novidades. O primeiro impacto é visual, com o design totalmente novo, moderno e atrativo da cabina, que re�lete a força e a robustez superior do veículo.

Contando com a avançada e exclusiva tecnologia BlueTec 5, que atende ao PROCONVE P-7 de forma mais econômica e ecológica, os caminhões Atego da linha 2012 oferecem tam-bém mais potência e torque, assegurando elevada produ-tividade para a distribuição urbana e para o transporte de cargas em médias e longas dis-tâncias rodoviárias.

“Essas inovações ampliam ainda mais as vantagens da linha Atego, que se destaca no mercado pelas amplas possibi-lidades que oferece aos clientes para a escolha do caminhão que melhor atenda sua demanda de transporte”, diz Joachim Maier, vice-presidente de Vendas da Mercedes-Benz do Brasil.

Atego: robustez, e�iciência e produtividade na estrada e na cidadeInterior da cabina privilegia espaço e ergonomia, tornando mais confortável a jornada diária do motorista e ajudantes

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 13

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O lançamento da linha de caminhões 2012 da Mercedes-Benz marca a chegada ao mer-cado da inédita família Atron, sucessora da atual Linha Tra-dicional de médios, semipesa-dos e pesados. O grande desta-que é a manutenção da cabina semiavançada para alguns mo-delos.

Linha inédita moderniza veículos campeões na preferência dos clientesCarro-chefe da nova linha, o caminhão semipesado Atron 2324 6x2 é o sucessor do campeão de vendas L 1620, oferecendo mais potência e torque

“Os caminhões ‘bicudos’ da nossa marca têm uma imagem muito forte no mercado brasi-leiro, desfrutando de grande preferência e con�iança jun-to aos clientes. Isso se deve a atributos como qualidade, ro-bustez, durabilidade e ótimo valor de revenda”, a�irma Joa-chim Maier, vice-presidente de Vendas da Mercedes-Benz do Brasil. “Com o Atron, aprimo-ramos e atualizamos a Linha Tradicional, especialmente os nossos campeões de venda, como o L 1620 6x2, que se tor-na agora o Atron 2324 6x2”.

De acordo com o executivo, a nova família Atron também se destaca pela avançada tec-nologia BlueTec 5 e pelos mo-tores mais potentes, econômi-cos e ecológicos, que atendem ao PROCONVE P-7. “Ou seja, vamos oferecer muito mais aos nossos clientes, contribuindo para que alcancem maior pro-dutividade e rentabilidade no transporte”, diz Joachim Maier.

Ao lado do semipesado Atron 2324 6x2, que substi-tui o L 1620, a nova linha in-clui o caminhão médio Atron 1319 4x2 (sucessor do atual L 1318), o pesado Atron 2729 6x4 (em lugar do 2726) e tam-

bém o pesado Atron 1635 4x2 cavalo mecânico (substituto do LS 1634). Veja no �im des-se texto, a tabela de modelos, motores, potências, PBT e en-treeixos.

O caminhão médio Atron 1319, o semipesado Atron 2324 e o pesado Atron 1635 são os únicos de seus segmen-tos a contar com cabina se-miavançada, agora muito mais moderna e atrativa. Já o Atron 2729 mantém a cabina avan-çada de seu antecessor 2726, com design alinhado aos novos caminhões Mercedes-Benz.

Graças à diversidade de modelos, a linha Atron oferece amplas opções de escolha para empresas de transporte de carga ou de carga própria, bem como para os caminhoneiros autônomos, clientes que con-tribuem de forma importante para o sucesso dos caminhões “bicudos” da marca no País.

Os caminhões Atron são in-dicados para médias e longas distâncias rodoviárias e trans-porte urbano de cargas, assim como para operações fora-de-estrada, como nos setores da construção civil, mineração, madeira e cana-de-açúcar.

Page 14: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201114 Agrícola

O greening atingiu 3,8% das plantas e 53,3% dos pomares do parque citrícola paulista, se-gundo aponta o levantamento amostral realizado pelo Funde-citrus (Fundo de Defesa da Ci-tricultura). A região mais afeta-da pela doença é a Central, com 6% de árvores doentes, seguida pela Sul com 5%. A região Nor-te apresentou 0,8% de plantas contaminadas, a Oeste, 0,7% e Noroeste, 0,17%. O número de plantas doentes continua infe-rior se comparado com o esta-do norte-americano da Flórida, segundo maior parque citrícola do mundo, que tem aproxima-damente 18% de plantas conta-minadas.

Para o Fundecitrus, esse re-sultado se deve à resposta dos produtores ao treinamento e adoção, mesmo que sem a in-tensidade recomendada. O uso de mudas sadias e certificadas, constantes inspeções no cam-po, erradicação de plantas do-entes e controle do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, são as principais ações de combate à doença.

Dentre as medidas de ma-nejo da doença, a mais impor-tante é a remoção das plantas doentes, pois se mantidas nos pomares, servem de fonte para a contaminação de plantas sa-dias. Por outro lado, é funda-mental a adoção de controle do inseto vetor, por meio de pulve-rizações. Essa é uma iniciativa importante, porém não pode ser adotada isoladamente. “So-mente as aplicações de insetici-das não são suficientes para im-pedir o crescimento da doença, uma vez que não é possível ze-rar a população da praga”, afir-ma o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari.

Nesse sentindo, é impor-tante reforçar que as medidas devem ser adotadas de manei-ra integrada, pois uma comple-menta a outra.

O Fundecitrus reforça que o ideal, para ser mais eficaz, é que os citricultores realizam o ma-nejo regional.

Em 2010, uma pesquisa da instituição comprovou que, quando feito em conjunto por vários produtores vizinhos, o manejo do greening é mais efi-caz, podendo reduzir em até 90% os níveis de incidência da doença. Desde então, a institui-

ção apoia a formação de grupos de manejo regional do greening.

Em todo o Estado de São Paulo, grupos se formaram, to-talizando 4.379 propriedades trabalhando em conjunto para o controle do inseto vetor e essa estratégia tem apresentado re-sultados animadores.

Um exemplo bem-sucedido foi a pulverização realizada em grupo por citricultores de Mogi-Mirim, Santa Cruz do Rio Pardo e Ibitinga durante as primeiras semanas de agosto.

Em Mogi-Mirim, na região Sul do Estado, o produtor Ar-

Greening atinge 3,8% dos pomares paulistas

noldo Mielke está trabalhando em conjunto há, aproximada-mente, um ano. Em seu pomar, no primeiro semestre de 2011, encontrou 0,75% de plantas doentes. “É uma luta constante para frear o avanço da doença, mas temos conseguido com su-cesso e trabalhando em parce-ria com os vizinhos.”

Além das pulverizações conjuntas, Mielke realiza cons-tantes inspeções na sua pro-priedade. “Assim que encontro a planta doente, já faço a erradi-cação na mesma semana. Minha meta é evitar que a doença pas-

se de 1%”, diz. Antônio Hermes Bruno, também atuante no gru-po de Mogi-Mirim, é favorável ao trabalho conjunto. “O pesso-al precisa ter mais consciência e atuar com o planejamento das ações de maneira coordenada. Só assim, vamos manter o gree-ning sob controle”, destaca.

Em Santa Cruz do Rio Pardo, o engenheiro agrônomo Márcio Augusto Soares, da Agrotere-nas, trabalha em grupo desde 2010 e aprova os benefícios da prática. O índice de plantas doentes nas propriedades do grupo é 1,1%”, afirma. Aproxi-madamente 32 fazendas par-ticipam de ações conjuntas no município – o que equivale a uma área de aproximadamente 40 mil hectares de citros.

Em Avaré, os produtores começaram a se mobilizar este ano. É o caso de Luiz Fernando Anizi, que passou a adotar o manejo regional em maio. “Es-tou buscando mais eficiência no controle do inseto. Os pro-dutores precisam entender que dependemos um do outro”, diz. Anizi é responsável por uma área total de 1.650 hectares em Botucatu, Avaré e Pederneiras, onde foram realizados traba-lhos conjuntos na segunda se-mana de setembro.

O levantamento é feito anu-almente e segue uma metodolo-gia estatística em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo. Faz parte das estratégias do Fundecitrus para identificar a evolução das pragas e doenças dos citros, avaliar e aprofundar o conhecimento sobre as condi-ções de controle das doenças.

Os interessados em agendar uma visita dos agrônomos do Fundecitrus podem entrar em contato com a instituição pelo telefone 0800 11 2155.

Page 15: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201116 Qualidade

Sabrina LeiteCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O levantamento do com-portamento dos compradores do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) é imprescindível na definição de estratégias de ação da Ceagesp e dos seus per-missionários.

Os compradores no ETSP foram entrevistados, ao longo dos últimos anos: 2005, 2008 e 2010. Em 2005 foram en-trevistados 561 compradores pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH). Em 2008 foram entrevistados 218 com-pradores escolhidos ao acaso nos diferentes pavilhões, pela Secme e pelo CQH. Neste ano, de janeiro a março, foram en-trevistados 113 compradores pelo CQH.

Os resultados obtidos foram os seguintes:

1. Concentração do horário de entrada dos compradores, en-tre 2005 e 2011. O horário de entrada dos compradores está mais concentrado e mais próxi-mo das 5 horas da manhã. Hoje, 50% dos compradores concen-tram a sua entrada no entre-posto em entre 5 e 7 horas da manhã, enquanto que em 2005 a mesma porcentagem de com-

O horário do comprador na Ceagesppradores, entravam entre 5 e 9 horas da manhã (Tabela 01).

2. O crescimento do tempo de permanência dos compradores no ETSP entre 2005 e 2011. Os compradores estão entrando mais cedo e saindo mais tarde. O tempo médio de permanência do comprador era de 7 horas em 2005 e 2008, passou para 8 horas em 2011. Uma verdadei-ra loucura quando pensamos na perecibilidade das frutas e hortaliças frescas.

3. A frequência de compras cresceu: em 2005, mais de 50% dos compradores compravam durante três dias da semana ou menos e em 2011, este número cresceu para cinco dias ou me-nos. As exigências municipais podem ter forçado uma dimi-nuição do tamanho do veículo e uma necessidade de maior frequência de compras.

4. A participação do atacadista (de 3% para 12%) e do varejo (de 25% pra 45%) aumentou entre 2005 e 2011. No mesmo período houve queda da par-ticipação do varejo de rua de 35% para 27% (Figura 01).

5. A maior parte dos compra-dores entrevistados em 2011 (62%) retorna com caixa vazia para entregar ao seu fornece-dor.

6. Uma logística cada vez mais difícil de gerenciar.

A tendência é que a situação ainda fique mais complicada, com a expansão imobiliária da

Vila Leopoldina e de crescentes restrições ao trânsito de veí-culos e que a implantação de propostas como a de mudança de horário, a de implantação de

Tabela 01 Concentração do horário de entrada dos compradores entre 2005 e 2011

Ano

Horário de entrada

% dos compradores

n° de horas de entrada

2005

5 às 9

50

4

2008

5 às 8

49

3

2011

5 às 7

52

2

Figura 01 Composição dos compradores por equipamento de destino

um centro logístico de caixas e a de cobrança de estaciona-mento e outras que melhorem a eficiência como centro de dis-tribuição sejam necessárias.

As recentes mudanças do Código Penal endureceram as penalidades pela venda de mer-cadoria imprópria ao consumo.

O inciso IX do artigo 7º da Lei 8.137/90 dispõe que cons-titui crime contra as relações de consumo: “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer for-ma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições im-próprias ao consumo”. A pena prevista para tal delito é de 02 a 05 anos de detenção ou mul-ta, podendo haver redução da pena em 1/3 e da multa em uma quinta parte, na hipótese do crime ser culposo, ou seja, sem intenção, na grande maio-

ria dos casos por negligência. Até dia 3 de julho deste ano,

o comerciante flagrado em uma das situações acima era preso em flagrante e a autoridade po-licial arbitrava fiança, ficando o preso solto no mesmo dia e posteriormente respondendo a eventual ação penal.

A legislação atualmente em vigor estabelece que a venda de mercadoria imprópria ao con-sumo sujeita sócios, gerentes e funcionários de estabelecimen-tos comerciais a permanece-rem presos até que sua fiança seja fixada pelo juiz, cujo valor será fixado entre dez e 200 sa-lários mínimos.

A Lei 12.403/2011, em vi-

gor desde julho passado, alte-rou diversos artigos do Código de Processo Penal relativos à prisão processual, fiança, liber-dade provisória e outras me-didas cautelares. O artigo 322 determina que a autoridade po-licial somente pode conceder a fiança nos caso de infração cuja pena privativa de liberdade má-xima não seja superior a quatro anos. Nos demais casos, ou seja, penas superiores, a fiança de-verá ser requerida ao juiz que decidirá em 48 horas.

Saiba mais em: http://www.pla-nalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm

O responsável pela venda de mercadoria imprópria ao consumo

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Page 18: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201118 Qualidade

Marcos Ujiie NogueiraCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Programa HortiEscolha da Ceagesp desenvolve ferra-mentas de escolha e de controle de qualidade das frutas e horta-liças frescas. O primeiro passo foi desenvolver uma ferramen-ta de escolha da classificação de melhor custo-benefício, agora disponível para diversas frutas e hortaliças, que inclui as opções de escolha para cada produto, a tabela de equiva-lência entre denominações de classificação, os padrões mí-nimos de qualidade, a sazona-lidade e o custo-benefício de cada classificação (aproveita-mento e valor).

O segundo passo é desen-volver uma ferramenta de es-colha entre frutas ou hortaliças de mesma função no cardápio. A primeira dificuldade é esta-belecer os critérios para agru-par frutas e hortaliças de mes-ma função no cardápio.

Começamos pelas hortali-ças subterrâneas feculentas, um agrupamento que parece simples. Estudamos a composi-ção nutricional de cada produ-to e estabelecemos que a hor-taliça, para pertencer ao grupo das feculentas precisa ter aci-ma de 14% de carboidratos e mais de 50 quilocalorias por 100 gramas. Existem algumas hortaliças subterrâneas que não atendem a esses critérios como a cebola, o alho, o yacon, a beterraba, o nabo e a cenoura.

A morfologia botânica dife-rencia as hortaliças feculentas em tubérculo (batata inglesa), raiz tuberosa (bardana, batata baroa, batata doce, mandioca e inhame-cará), rizoma (taro - inhame e renkon).

Conheça algumas curiosida-des sobre essas hortaliças:

Batata: originária dos Andes peruanos e bolivianos, onde é cultivada há mais de sete mil anos, a batata é um tubérculo, geralmente ovoide. A estrutura denominada tubérculo é o talo modificado e adaptado para a reserva de carboidratos, onde 85% da massa seca total pro-

As hortaliças feculentas e o Hortiescolha

duzida pela planta é acumula-da. As variedades diferem no formato, nas colorações de cas-ca e da polpa, no teor de maté-ria seca e na qualidade culiná-ria. As mais comuns são: Ágata, Asterix, Baraka, Bintje, Caesar, Cupido, Markies, Monalisa e Mondial.

Bardana: raiz originária da Europa e Sibéria, trazida ao Brasil por imigrantes japone-ses. É rica em carboidrato e cál-cio, utilizada desde a antiguida-de em tratamentos de doenças de pele e é considerada uma planta hipoglicemiante, depu-rativa e diaforética.

Batata doce: planta rasteira, rústica que não exige cuidados especiais para seu cultivo, ori-ginária da América Central. Co-mercialmente são encontrados quatro tipos de batata doce, classificadas de acordo com a

cor da polpa: branca, amarela, roxa e avermelhada.

Inhame ou cará: plantas originárias da África, Ásia e América do Sul, possuem cau-les herbáceos de crescimento trepador e raízes tuberosas, possuindo maior expressão e consumo na Região Nordeste do país.

Taro ou inhame chinês: o taro é um rizoma (caule de re-serva) originário das regiões tropicais úmidas da Ásia (Ín-dia, Bangladesh e Myanmar). A planta possui folhas grandes verde-escuro e limbo na for-ma de coração. São conhecidas mais de 600 espécies e apenas seis são utilizadas como ali-mentos. As duas variedades atualmente encontradas no mercado brasileiro são o roxo e o branco.

Mandioca ou aipim: raiz de

grande importância nacional. O Brasil é considerado o pos-sível centro de origem e di-versificação da espécie. É uma planta arbustiva muito rústica e apresenta boa resistência à deficiência hídrica, quando comparada a outras culturas. As mandiocas mansas ou doces, com baixo teor de linamarina, são consumidas in natura, após cocção ou fritura. As mandio-cas brava ou amarga possuem alto teor de linamarina, que é perdida na industrialização. A cor da polpa amarela ou branca é uma das características de di-ferenciação das variedades de mandioca.

Mandioca salsa ou batata baroa: originária da região an-dina da Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia, chegou ao Brasil em 1907 e se espalhou por todo o território nacional,

recebendo diversas denomina-ções como, mandioquinha sal-sa, batata fiúza e aipim branco. No Brasil a variedade Amarela de Carandaí e a Amarela Sena-dor Amaral são as predominan-tes nas lavouras.

Renkon ou lenkon : origi-nária da Ásia, é conhecida por sua bela flor, chamada flor de lótus. Há milênios é utilizado como alimento e medicamento pelos povos asiáticos. Suas ra-ízes possuem textura macia e fibrosa, semelhante ao broto de bambu, e o sabor é leve.

A seguir você confere as composições nutricionais e gra-vuras de identificação das dife-rentes hortaliças feculentas. A batata inglesa surpreende por apresentar baixo valor calórico e baixo teor de carboidrato e alto teor de vitamina C, quando comparada às outras.

Ilustrações: Bertoldo Borges/CQH-Ceagesp

Nutrientes

Kcal (cru/cozido)

Proteína (g)

Carboidratos (g)

Fibra alimentar (g)

Cálcio (mg)

Magnésio (mg)

Manganês (mg)

Fósforo (mg)

Ferro (mg)

Sódio (mg)

Potássio (mg)

Zinco (mg)

Vitamina C (mg)

Batata

64/52

1,8

14,7

1,2

4

15

0,1

39

0,4

*

302

0,2

31,1

Bardana

(Gobo)

72/88

1,53

17,34

3,3

41

38

0,232

51

0,8

5

308

0,33

3

Batata

baroa

101/80

1

24

2,1

17

12

0,07

45

0,3

*

505

0,2

*

Batata

doce

118/77

1,3

28,2

2,6

21

17

0,18

36

0,4

9

340

0,2

*

Inhame

ou Cará

96/78

2,3

23

7,3

17

11

0,01

35

0,2

9

816

0,2

17,1

Taro(Inhame Chinês)

97/116

2,1

23,2

1,7

20

29

0,15

65

0,4

*

568

0,3

5,6

Renkon ou

Lenkon

74/*

2,6

17,23

4,9

45

23

0,261

80

1,16

40

556

0,39

44

Mandioca

ou Aipim

151/125

1,1

36,2

1,9

15

44

0,05

29

0,3

2

208

0,2

16,5

*Dados não encontrados.

Page 19: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 19Qualidade

O cultivo da melancia re-monta à pré-história, como mostram as pinturas do antigo Egito. No Brasil, as sementes de melancia foram trazidas pelos escravos durante o ciclo econômico da cana-de-açúcar, no século 17. As primeiras me-lancias cultivadas no Brasil são originárias da África equatorial e mais tarde, frutos grandes de origem egípcia foram introdu-zidos no país.

De acordo com informações do IBGE (2006), a melancia é cultivada de forma predomi-nante por pequenos produto-res. São mais de 107 mil produ-tores estabelecidos, em maior parte, nas propriedades com menos 20 hectares (70,0%). A maior parte dos produtores está concentrada no Rio Gran-de do Sul (30,3%), Maranhão (19,5%) e Bahia (13,2%). A maioria dos produtores con-centra-se em pequenas áreas de até cinco hectares (36,6%), sendo que o maior número de produtores nesse estrato é do Maranhão.

O desenvolvimento de nor-mas de classi�icação, como uma linguagem de caracterização do produto na comercialização, é um dos trabalhos desenvolvi-dos na Ceagesp, responsável pela operacionalização do Pro-grama Brasileiro para a Moder-nização da Horticultura.

pa, ausência ou presença de se-mentes, formato, tamanho va-rietal, desenho da casca – lisa, com estrias estreitas ou largas, cor de fundo da casca, cor das estrias.

Foram criados cinco grupos que unem tamanho varietal e presença de sementes e sub-grupos que caracterizam na coloração de fundo da casca e a coloração da polpa.

Os grupos varietais são Per-sonal (1 a 2 kg, sem semente), Mini (2 a 3 kg, sem semente), Caçula (3 a 5 kg, sem semente), Icebox (5 a 6 kg, sem semente) e Comum (maior que 5 kg, com semente).

Os subgrupos varietais são de�inidos pela coloração de fundo da casca – amarela e verde e pela coloração da pol-pa – amarela, rosa e vermelha. A caracterização de um cultivar pelas normas de classi�icação de melancia deve indicar o seu grupo varietal (tamanho varie-tal e presença de semente) e a coloração da casca e da polpa.

Fonte de informação: “Dinâ-mica do agronegócio brasileiro da melancia: produção, consu-mo e comercialização”.Circular Técnica 42. Embrapa – Dezem-bro de 2006.

Grupos varietais da melancia

Anita de Souza Dias GutierresCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O programa foi criado em 1997 pelas Câmaras Setoriais de Frutas e de Hortaliças da Se-cretaria da Agricultura do Esta-do de São Paulo, com o objetivo de enfrentar os dois principais desa�ios das frutas e hortali-ças frescas: a inexistência de padrões de qualidade e a má qualidade de embalagens, com a denominação de Programa Paulista para a Melhoria dos Padrões e das Embalagens de Hortigranjeiros.

Em 2000 o programa se tor-nou nacional, por demanda de outros estados brasileiros e a sua denominação foi mudada para Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultu-ra. É um programa de adesão voluntária e auto-regulamenta-ção setorial.

Agora o Centro de Qualida-de em Horticultura da Ceagesp está �inalizando as normas de classi�icação da melancia, que deverá ser lançada ainda em novembro.

O número de cultivares de melancia é grande e crescente.

É muito di�ícil comparar in-formações sobre os diferentes tipos de cultivares e o seu de-sempenho no mercado. Assim sendo, o primeiro passo para o desenvolvimento das normas de classi�icação é a de�inição dos grupos varietais da melan-cia, de características que orga-nizem as variedades com carac-terísticas semelhantes.

As variedades podem ser diferenciadas pela cor da pol-

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As normas de classifi cação da melancia estão sendo fi nalizadas pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp e devem ser lançadas ainda em novembro. Padronizar e melhorar a qualidade das embalagens dos produtos estão entre os objetivos do programa

Page 20: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201120 Qualidade

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Giselle Souza LimaCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A goiaba pertence à família das Mirtáceas, como muitas outras frutas brasileiras: araçá, gabiroba, pitanga, cambucá, ja-buticaba, feijoa. A palavra goia-ba vem de koiab, da linguagem dos índios tupis e signi�ica “se-mentes aglomeradas”.

O livro “Dicionário de Plan-tas Úteis do Brasil’, de M. Pio Correa, lista outras plantas brasileiras também conhecidas como goiaba: goiaba de anta, goiaba de espinho, goiaba do mato, goiaba preta, goiabeira azeda, goiabeira brava, goiabei-ra do mato, goiabeira serrana.

A goiaba é um poderoso an-tidiarréico e é rica em vitamina C e licopeno. Ela contém mais vitamina C que a laranja e mais licopeno que o tomate. Uma goiaba vermelha fornece 5,40 mg de Licopeno e 218 mg de vitamina C e consegue suprir 100% das necessidades diárias de vitamina C em uma criança e 20% da necessidade diária de licopeno de um adulto.

A goiaba é a primeira fruta abordada no projeto Escola do Sabor, que trabalhou até agora com mandioca, batata-doce, beterraba e chuchu. Ela foi es-colhida por ser uma fruta bra-sileira, rica em vitaminas e mi-nerais e por poder contar com a parceria da Val Frutas.

A Escola do Sabor é o resul-tado do trabalho conjunto da Associação Nossa Turma e da Ceagesp, através do Centro de Qualidade em Horticultura e o sucesso do trabalho exige par-ceria com os atacadistas.

O projeto tem como obje-tivos aproximar a criança da agricultura e desenvolver a validação de uma metodologia lúdica de introdução de frutas e hortaliças frescas no cardápio das crianças. Cada hortaliça já introduzida pela Escola do Sa-bor passa a fazer parte do car-dápio de rotina das crianças. A melhor aceitação de mandio-ca, chuchu, beterraba e batata doce e a doação da empresa Iguape Comércio de Legumes já garantem uma alimentação mais nutritiva e de maior diver-

sidade. A empresa Val Frutas é a parceira da Escola do Sabor na introdução de goiaba. Ela comercializa uma parte da sua produção como goiaba fresca e outra parte industrializada e está licenciada para utilizar a marca Chico Bento, um dos personagens mais queridos criado por Maurício de Sousa. O senhor Assis, da Val Frutas, visitou a Nossa Turma no dia 4 de outubro e participou da de-gustação e da avaliação da acei-tação pelas crianças, após ex-perimentarem uma mousse de

A goiaba na Escola do Sabor na Ceagesp

goiaba servida como sobreme-sa. Nas duas semanas anterio-res as crianças já haviam pro-vado a fruta in natura e o suco de goiaba. Jogos de subtração e adição com os personagens e de colorir ajudaram a reforçar a goiaba no mundo das crianças. Outros jogos como o reconheci-mento de formato, maturação de fruto, a montagem do cami-nho da produção ao consumo, o labirinto das vogais e o jogo das letras também são ferramentas utilizadas para despertar o in-teresse dos pequenos.

A Escola do Sabor trabalha três meses com cada produto, portanto as atividades com a goiaba irão até o �inal do perío-do escolar e os interessados em conhecer melhor o trabalho e aplicá-lo em outras escolas po-dem procurar o CQH ou a Nossa Turma.

CQH – Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp(11) 3643-3825/ 3643-3827 [email protected] Turma (11) 3643-3737

Assis, da Val Frutas, (esquerda) é parceiro no projeto Escola do Sabor

Page 21: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 21

Ve’ culos vendidos sem implementos. Algumas vers› es, itens opcionais e cores est‹ o sujeitos ̂ disponibilidade de estoque, podendo variar seu prazo de entrega. 1) Garantia de 2 anos v‡ lida para a linha Iveco Vertis, sendo o 1¡ ano de cobertura total e 2¼ ano de cobertura do trem de for• a (motor, transmiss‹ o e eixo traseiro), expirando em 24 meses a partir da emiss‹ o do certifi cado de garantia ou ao completar 180 mil quil™ metros. As indica• › es de coberturas e exclus› es est‹ o expressas no livro de garantia que acompanha o ve’ culo. 2) Taxa de 0,89% ao m• s = 11,22% ao ano atravŽ s da modalidade BNDES Finame TJLP e 0,57% ao m• s = 7% ao ano atravŽ s da modalidade BNDES Finame Procaminhoneiro. Condi• › es vigentes a partir de 01/08/2011, conforme circulares 195-2006 e 196-2006, sujeitas a altera• › es por atos de autoridade monet‡ ria, BNDES e BACEN. Financiamentos de atŽ 100% para micros, pequenas e mŽ dias empresas (faturamento anual inferior a R$ 90 milh› es) na modalidade BNDES Finame TJLP mediante aprova• ‹ o de crŽ dito. Para modalidade BNDES Finame Procaminhoneiro, entrada m’ nima de 10% para microempresas do segmento de transporte rodovi‡ rio de cargas (faturamento bruto anual de atŽ R$ 2,4 milh› es) e entrada m’ nima de 20% para empresas individuais do segmento de transporte rodovi‡ rio de cargas e transportador aut™ nomo de cargas mediante aprova• ‹ o de crŽ dito, que poder‡ exigir um maior percentual de entrada. O prazo m‡ ximo das opera• › es ser‡ de 60 meses, com atŽ 3 meses de car• ncia. Ser‡ cobrada taxa de cadastro no valor de R$ 980,00 para pessoa jur’ dica e pessoa f’ sica no caso de opera• › es efetivamente realizadas. Taxa BNDES Finame TJLP sujeita a varia• ‹ o trimestral. TJLP atual: 6,0% a.a. Taxa BNDES Finame Procaminhoneiro fi xa. Telefone comercial Iveco Capital: (31) 3888-5918; Ouvidoria: 0800 28 29900 Ð ouvidoria@ bancofi dis.com.br Ð Iveco Capital Ž uma unidade de neg— cios do Banco FIDIS S/A. 3) Capacidade de carga referente ˆ s vers› es 90V16 e 130V18 (cabine simples) com dist‰ ncia entre eixos de 3.308mm e 4.350mm, respectivamente. Para mais informa• › es, consulte a rede de concession‡ rias Iveco ou o Centro de Aten• ‹ o ao Cliente (0800-702-3443).

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Page 22: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201122 Qualidade

Anita de Souza Dias GutierrezHélio Satoshi WatanabeCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

As laranjas, os limões, as limas e os pomelos são do gênero botâ-nico Citrus e da família Rutacea. O Tahiti, o limão mais conhecido e consumido pelos brasileiros, é uma lima ácida, assim como o Ga-lego. No mundo inteiro, o limão mais comum é o siciliano.

O mercado atacadista da Ce-agesp trabalha com 18 classifi-cações diferentes de tamanho de Tahiti. A denominação da classi-ficação segue o número de frutos na caixa M (a caixa mais utilizada para o seu embalamento), que vão de 15 (os maiores) até 42 (os menores) dúzias por caixa M.

O serviço de Cotação de Pre-ços da Ceagesp monitora todos os dias, nos maiores atacadistas de Tahiti, os preços de venda do atacado para o varejo, o maior preço, o menor e o mais comum por classificação. As informações podem ser recebidas por e-mail e consultadas na internet em www.ceagesp.gov.br/cotacoes/, a par-tir das 18 horas de cada dia e na edição do dia seguinte, em jornais como Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Valor Econômico.

A Ceagesp agrupa, para fins de cotação de preços, as classifica-ções dos limões em três grupos: A, B e C. No grupo A estão os fru-tos maiores, de tamanho superior a 56 mm de diâmetro equatorial. No grupo B estão os frutos de ta-manho médio, de tamanho entre 48 a 56 mm de diâmetro equato-rial. No grupo C estão os frutos menores, de tamanho inferior a 48 mm de diâmetro equatorial. Em resumo, a Ceagesp levanta diariamente nove preços dife-rentes para o Tahiti: três tipos de preços (maior, comum e menor) e três tamanhos (A, B e C).

O Tahiti, assim como outras frutas e hortaliças frescas, tem uma grande diferenciação de va-lor por tamanho e por qualidade, no mesmo dia. Os dados históri-cos da Cotação de Preços permi-tem calcular o Índice de Valor por classificação do Tahiti. No ano passado, o Tahiti graúdo alcançou um preço médio 50% superior ao miúdo e o médio 24%. A diferen-ça média de valor por qualidade no mesmo dia de comercialização, calculada pela diferença entre o maior e o menor preço de cada dia, foi de 18%. A diferenciação de valor de um limão graúdo e de boa qualidade em relação a um li-mão miúdo e de pior qualidade é de 59%, se utilizarmos como base de cálculo na Cotação de Preços da Ceagesp, que levanta os produ-tos mais comuns no mercado.

O limão tahiti na Ceagesp paulistanaNa realidade, a diferença de

valor por qualidade é muito su-perior – chegando ao dobro do preço, no mesmo dia.

O Tahiti apresenta grande di-ferença de valor ao longo do ano. Em 2010 o preço médio mensal do limão do grupo A variou de R$ 19 por caixa M em janeiro a R$ 54 em novembro. Se tomarmos como base o preço médio anual em 2010, teremos uma variação média (todas as classificações) de + 59% para – 47%, conforme mostra o gráfico abaixo. A pro-dução fora da safra paulista (de setembro a dezembro) foi muito compensadora no ano passado - preços 41% superiores ao preço médio do ano.

O volume de oferta varia mui-to ao longo do ano. O volume mé-dio de oferta mensal foi de 6.409 toneladas em 2010. O volume de dezembro, janeiro, fevereiro e março foram superiores ao volu-me médio anual em 30%, 24%, 22% e 20% respectivamente. Em dezembro o volume e o preço cresceram, contra a lei da oferta e da demanda. Os dados semanais de preço e volume em dezembro mostram uma diminuição de 15% no preço e um aumento de 13% no volume entre a primeira e a úl-tima semana de dezembro.

A comercialização de Tahiti no ETSP foi feita por 249 ataca-distas, sendo 29 responsáveis por 80%. Os cinco primeiros por 32% e os dez primeiros por 52% do volume em 2010.

O volume total de Tahiti co-mercializado no ano passado foi 76.908 toneladas. O estado de São predomina como origem (99%), seguido por Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. O Espírito Santo é a origem de 0,06% do volume – 47 toneladas em 2010, concentradas em no-vembro, quando o preço foi 59% superior ao preço médio do ano e o volume 86%.

Os dados mostram uma gran-de exportação de lima ácida pelo Brasil, 63 mil toneladas por ano, o que representa 7% da produ-ção brasileira. A oferta na expor-tação se concentra nos meses de março, abril, maio, junho e de-zembro. Os maiores preços estão entre setembro e dezembro. Os preços na exportação são me-nores que os preços médios do mercado atacadista da Ceagesp, entre agosto e novembro. Além disso, o fruto de qualidade expor-tação tem um preço diferenciado no mercado atacadista – superior em 60% em relação ao preço mé-dio. O mercado interno é uma op-ção melhor para quem consegue produzir frutos de qualidade e de setembro a dezembro.

Page 23: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 23Ceasas do Brasil

Após altas nos últimos três me-ses, os preços no atacado dos prin-cipais produtos comercializados na Ceagesp apresentam recuo de 2,64% em setembro. “O mês foi ca-racterizado pela melhora acentuada das condições climáticas no âmbito produtivo, como pouca incidência de chuvas e temperaturas amenas. Outro fator que contribuiu foi não ocorrer geadas nas principais regi-ões produtoras do sul e do sudeste”, analisa o economista da estatal, Flá-vio Godas. No ano, o indicador acu-mula alta de 0,88% e, nos últimos 12 meses, retração de 0,46%.

Com exceção do setor de pesca-dos, os demais setores contabiliza-ram retração nos preços. As frutas,

item de maior representatividade na cesta de 105 produtos frescos que compõe o Índice Ceagesp, teve queda de 1,97%. Acerola (-26%), mamão papaya (-19,6%) e manga tommy (-16,6%) registraram as principais baixas nos preços. Já as elevações �icaram por conta do �igo (14%), do maracujá (13,6%) e do morango (9,1%).

“Como aspecto negativo, do ponto de vista da oferta, há que se considerar a alta do dólar que tende a encarecer o produto estrangeiro, principalmente no setor de frutas. Porém, a boa oferta e qualidade do produto nacional e os estoques ele-vados dos importados �izeram com que o aumento dos preços dos es-

Ceagesp encerra setembro com queda de 2,64% nos preços

trangeiros fossem bastante tímidos em setembro”, avalia Godas.

O setor de verduras foi o apre-sentou a maior retração, com 7,93%. As principais quedas foram dos brócolis (-22,7%), do nabo (-22%) e do almeirão (-15,6%). Os aumentos foram da salsa (22,5%), do milho verde (6,3%) e do repo-lho (19,7%). Outro setor a registrar baixa signi�icativa foi o de Legumes, com 6,37%. Os principais recu-os nos preços foram da berinjela (-46,8%), pepino japonês (-38%), abobrinha (-23%), ervilha (-26,5%) e pimenta cambuci (-19,6%). As principais altas foram do pimen-tão vermelho (44%) e da cenoura (6,7%).

O setor de diversos - cebola, batata, ovos e coco seco - também computou queda, com 3,42%. As principais baixas foram da cebo-la nacional (-9,4%), do coco seco (-8,9%) e do amendoim (-2,5%). A batata comum (5,9%) foi à única a apresentar elevação no preço. Ape-nas o setor de pescados apresentou elevação de 0,69%. As anchovas (18,6%), a tainha (10,2%) e o cama-rão (20,1%) tiveram as principais altas nos preços, já as quedas foram do atum (-15%), do cação (-11%) e da corvina (-7,9%).

“Com a proximidade do �inal do ano, a tendência para os próximos meses é de ligeira elevação de pre-ços do setor de frutas e queda nos

setores de legumes e verduras. Já os setores de diversos e pescados devem permanecer nos patamares atuais, tendendo, portanto, a estabi-lidade de preços”, prevê Godas.

Cebola Nacional

-9,4%Berinjela CamarãoMamão Papaya

-46,8% 20,1%-19,6%Brócolis

-22,7%

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos

Índice Ceagesp setembro 2011

Geral

Frutas

Legumes

Verduras

Diversos*

Pescados

-2,64%

-1,97%

-6,37%

-7,93%

-3,42%

0,69%Fonte: Ceagesp

Page 24: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201124 Ceasas do Brasil

Minas Gerais é o maior pro-dutor de batatas no Brasil. No ano passado, a produção mi-neira rendeu 1,2 milhão de to-neladas – o equivalente a 48% da safra nacional. Apesar dessa situação, o estado concentra sua produção em apenas uma variedade, a Ágata, adequada apenas para o preparo na for-ma assada e cozida a vapor. Por isso, a CeasaMinas, em parceria com a Secretaria de Agricultu-ra, criou o Projeto de Segmen-tação do Mercado de Batatas. Atualmente aplicado em dois sacolões, o projeto está sendo ampliado para mais 58 esta-belecimentos, desde o final de setembro.

O projeto prevê a introdu-ção, no varejo, de variedades já produzidas em Minas Gerais: Asterix e Cupido. Nas lojas par-ticipantes, o consumidor será orientado e terá acesso a infor-mações sobre cada uma des-sas variedades. A Asterix, por exemplo, possui alto teor de material seco, o que favorece a fritura. Assim, ela fica crocante e seca, ao contrário da Ágata, que fica encharcada e murcha quando é frita. “A Ágata é ideal para fazer salada, pois ela tem muita água. Depois de cozida, ela não quebra quando é corta-da. Ela continua firme”, explica Joaquim Alvarenga, engenhei-

A chegada da pirmavera traz mais variedades de flores e plantas ornamentais comer-cializadas pelos produtores da feira de flores da Ceagesp, considerada a maior do país e uma das maiores do mundo no gênero. Setenta por cento dos tipos de flores são mais propí-cios nesse período.

“Em 2011, o setor de flores registra crescimento médio de 7% no volume de vendas. Com o início da primavera, a ten-dência é de mais variedades ofertadas, excelente qualidade e preços atrativos para o con-sumidor”, analisa o economista da estatal, Flávio Godas.

Bastante utilizadas em ar-ranjos, a flores de corte como gérberas, rosas, bocas-de-leão, copos-de-leite, estrelícias, vio-letas, lírios, dálias e girassóis

ro agrônomo da CeasaMinas e coordenador do Setor de Agro-qualidade da estatal.

A falta de segmentação, acrescida do fato de que o con-sumidor está cada vez mais exi-gente, faz com que a batata in natura venha perdendo espaço na mesa dos mineiros, acarre-tando redução do volume de produção. “A solução que o con-sumidor encontrou foi comprar a batata industrializada conge-lada e pré-frita no supermerca-do. A indústria já usa a varie-

dade própria para fritar”, conta Joaquim. A ideia do projeto é reverter essa situação, aumen-tando a procura e, consequen-temente, a produção.

Segmentar o mercado é ga-rantir maior competitividade e satisfação dos clientes, ofere-cendo diversas variedades de batata, de acordo com o uso culinário que o consumidor desejar: assar, cozinhar e fri-tar. Valorizar a produção e os produtores mineiros, atender às exigências do consumidor e

CeasaMinas aposta na segmentação de batatas para orientar escolha do consumidor

trabalhar com produtos cada vez mais adequados é colocar a produção de batata mineira em um lugar de destaque no mer-cado, criando novas oportuni-dades de negócio.

Culinária Segundo pesquisa realizada

pela Associação Brasileira da Batata, em supermercados e sacolões, 96% dos entrevista-dos gostariam que as informa-

ções sobre o uso culinário esti-vessem disponíveis nos pontos de venda. De acordo com o se-cretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, está previsto o treinamento dos lojistas e fun-cionários em seus pontos de venda. “A comunicação nas lojas também será reforçada com car-tazes e banners explicativos so-bre cada variedade”, afirma. Os 58 lojistas receberão o material informativo gratuitamente.

Para a estatal, a venda seg-mentada representa um gran-de diferencial de mercado, que gera benefícios para todos os envolvidos. O produtor ganha ao agregar valor ao produto e ao conquistar mercados especí-ficos para as novas variedades de batata. Para o comerciante, a profissionalização da ven-da contribui para aumentar a proximidade com o consumi-dor, que tem suas necessidades atendidas, e incrementar as vendas. O consumidor ganha na possibilidade de diversificação no preparo, além de melhorar o sabor dos pratos elaborados com a variedade de batata ideal para aquela finalidade. Segun-do Elmiro Nascimento, o tra-balho conta, ainda, com o apoio do movimento das donas de casa. “Um importante segmen-to para a divulgação das ações junto ao público consumidor”, finaliza.

Primavera amplia oferta de flores na Ceagespsão ótimas opções para a esta-ção. As rosas nacionais podem ser encontradas a partir de R$ 6, o maço com 30 unidades, enquanto 20 unidades das ro-sas colombianas saem a partir de R$ 25. Outras sugestões de bons preços são o lírio, de R$ 15 a R$20 o maço, o cravo por R$ 18 e o crisântemo por R$ 10.

Para quem procura flores de vaso, as dicas são as orquídeas, nas variedades dendrobium, a partir de R$ 10, e phalaenopsis, a partir de R$ 20. Azaléia, caixa com seis vasos nº 13, pode ser encontrada a R$ 30; já a caixa com 12 vasos nº 9 sai por R$ 20, enquanto as mudas para jardim estão a partir de R$ 15 a caixa com 15. Montada em uma área de mais de 20 mil m², a feira de flores da Ceagesp é responsável pela distribuição de flores para

praticamente todo o Brasil e também para países do Merco-sul, entre outros. Mensalmente, passam por aqui cerca de 4 mil toneladas de flores de corte e de vaso, gerando receita men-sal de R$ 20 milhões.

A feira ainda abrange co-merciantes de plantas, grama, mudas, vasos, acessórios e ar-tesanato, no atacado e no vare-jo, que recebem produtos das cidades de Holambra, Mogi das Cruzes, Cotia e Bragança Pau-lista, entre outros municípios do Estado de São Paulo.

Serviço:Todas as terças e sextas-feiras, das 5h às 10h30Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina – PavilhãoMLP Entrada pelo portão 4 (estacionamento pago)

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 25Ceasas do Brasil

O projeto “Ceasa do futuro- cidade do abastecimento” é a aposta da diretoria da da Ceasa do Rio Grande do Sul para contribuir de maneira mais expressiva no desenvolvimento do estado no que diz respeito à segurança alimentar.

Ainda em fase de planejamento, o projeto trabalha com três programas es-tratégicos, que incluem ações de revitali-zação das estruturas públicas, incluindo o pavilhão da agroindústria familiar, e reformas e adequação do espaço �ísico para o abastecimento e distribuição de alimentos. Outra estratégia é incluir a agricultura familiar como provedora de alimentos consumidos em órgãos públi-cos estaduais e federais. Apoiar os agri-cultores familiares na comercialização de alimentos das associações, coopera-tivas e agroindústrias rurais de base fa-

miliar para o mercado convencional e da economia popular também é uma meta do projeto.

Segundo a central, os três programas têm como principais objetivos fortale-cer instrumentos públicos visando à melhoria do abastecimento e segurança alimentar da população gaúcha, ofertan-do alimentos de qualidade e incentivar a produção no Estado.

Segundo o consultor da Ceasa e da Emater, Lecian Conrad, de forma geral, os programas estão em fase de análise pela direção da central de abastecimen-to gaúcha. “Algumas ações já estão mais avançadas, já com orçamento para esse ano. No caso das compras institucionais, estamos em fase de planejamento e ela-boração de uma Lei estadual”, informa.

Dados da Embrapa apontam que diariamente 39 mil toneladas de ali-mentos produzidos no Brasil são joga-dos fora. Na Ceasa-DF, das mais de 30 mil toneladas de alimentos produzidos por mês, entre 8% a 10% têm o lixo como destino fi nal, o equivalente a duas mil toneladas por mês.

Para amenizar os impactos causa-dos por esse desperdício e resolver o problema de desnutrição, a central de abastecimento está investindo em infraestrutura e tecnologia para viabi-lizar o aproveitamento de 100% dos produtos que passam pelo local. Esta semana 41 contêineres e outros 39 que estão por vir, serão distribuídos nas instalações da empresa. Essa foi a medida adotada pela Ceasa-DF para separar o lixo seco do orgânico. O pre-sidente da central, Júlio Menegotto, informou que os alimentos em con-dições de consumo serão coletados nos boxes e distribuídos a entidades fi lantrópicas. “Os inapropriados servi-rão para, em um segundo momento,

o preparo de composto, e em parceria com a Emater-DF, vamos devolver aos produtores material para o preparo de adubagem. Já o lixo seco vai para a reciclagem correta”.

Outra medida adotada é a aquisi-ção de uma varredoura mecânica. O equipamento, que faz o trabalho de 30 homens/hora, vai melhorar o sistema de limpeza que há pouco era precária e muitas vezes inviabilizava o acesso do público externo, informou Menegotto.

A Ceasa também passara por uma ampliação que, segundo a instituição, permitirá que novos atacadistas te-nham acesso aos espaços, impactan-do positivamente na economia local, gerando mais empregos e ofertando mais variedades para os consumido-res da Ceasa. Segundo o presidente, até meados do próximo ano os boxes já estarão prontos para serem licita-dos e alugados pelos atacadistas inte-ressados. No total serão construídos 54 novos boxes.

Ceasa/RS quer implantar “cidade do

abastecimento”

Ceasa DF adotará programa de desperdício zero

Page 26: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201126 Meio Ambiente

Agência Câmara

As fontes renováveis re-presentaram no ano passado 45,4% da oferta total de ener-gia no Brasil. Enquanto isso, o petróleo e seus derivados cor-responderam a 38% do mon-tante energético. Segundo Dias, a utilização de fontes renová-veis no país é muito superior à média global, que gira em torno de 12% da oferta total. A informação foi dada pelo chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Manuel Dias, no último dia 6 de outubro.

As declarações foram da-das em audiência pública para avaliar o 1º Plano Nacional de Agroenergia e de Microdestila-rias, válido entre 2006 e 2011, realizado na Câmara dos Depu-tados. O evento foi promovido pela subcomissão permanente sobre energias alternativas e renováveis, vinculada à Comis-são de Minas e Energia.

A agroenergia é obtida a partir de produtos agropecuá-rios e florestais e tem o objetivo de diminuir a dependência do petróleo e reduzir a emissão de gases poluentes.

De acordo com o dirigente da Embrapa, as principais me-tas do plano estão sendo cum-pridas, incluindo a redução comprovada da circulação de gases que provocam o efeito es-tufa. Entre as experiências bem sucedidas mencionadas por Dias está o programa de biodie-sel (combustível produzido a partir da soja, do pinhão-man-so, do dendê e outras oleagino-

Fontes renováveis representam 45% da energia nacional

sas). “Hoje, todo óleo diesel que é comercializado no País tem 5% do biodiesel”, lembrou.

O diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Reno-váveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dor-nelles, afirmou que uma das importâncias do programa de biodiesel foi a inclusão da agri-cultura familiar na cadeia de produção energética, contri-buindo para a geração de ren-da nessa população. Conforme Dornelles, em 2010 houve mais de R$ 1 bilhão em aquisições de fontes energéticas vindas da agricultura familiar, sendo que, em 2009, o valor tinha sido de apenas R$ 677 milhões.

Segundo o diretor, o gover-no ainda promoverá ajustes

nesse programa, especialmente com relação a aspectos tribu-tários. A ideia é criar mecanis-mos para que o elo familiar da cadeia produtiva de energia seja competitivo no mercado de energia em larga escala.

Etanol

O aumento do uso dos car-ros flex, que possibilitam o uso do etanol (combustível cuja matéria-prima é basicamente a cana-de-açúcar), também foi apontado pelo dirigente da Em-brapa como um dos sucessos do Plano Nacional de Agroenergia. Dias ressaltou que, entre 2001 e 2011, dobrou-se a produção do biocombustível no Brasil, embora o programa de etanol tenha sido muito afetado pela crise econômica de 2008.

Outro fator que afeta o pro-grama de etanol é a baixa na produção de cana-de-açúcar. “Neste ano, a produção baixou por problemas climáticos, por falta de chuva”, explicou o re-presentante da Embrapa. Dias afirmou que melhorar a pro-dutividade da cana-de-açúcar para o etanol e das matérias-primas para o biodiesel é um dos grandes desafios para o próximo Plano de Agroenergia, em fase de elaboração, que va-lerá entre 2012 e 2016.

“A demanda por cana-de-açúcar está aumentando, mas a produção brasileira está caindo, o que vai demandar um investimento grande”, com-plementou o superintendente de Refino e Processamento de Gás Natural da Agência Nacio-nal de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustível (ANP), Waldyr Barroso.

Falhas

O deputado Padre João (PT-MG), que solicitou a audiência, afirmou que Plano Nacional de Agroenergia foi bem sucedi-do ao possibilitar o avanço da produção em grande escala do etanol. Ele apontou, porém, que falta estímulo às microdestila-rias (unidades que produzem entre 1 mil e 5 mil litros de eta-nol por dia).

O parlamentar considerou um equívoco ter focado a pro-dução do biodiesel na agricul-tura familiar e a produção do etanol no agronegócio. “Não é nenhuma ameaça para o agro-negócio a possibilidade de o agricultor familiar produzir o etanol”, sustentou. João dis-se ainda que muitos donos de microdestilarias de etanol são atualmente donos de postos de gasolina e que falta regulamen-tação para isso.

Waldyr Barroso explicou que a regulamentação para o produtor de etanol está em con-sulta pública neste momento e que será feita uma diferencia-ção entre as pequenas usinas, para uso próprio ou pesquisa, e as usinas para comercializa-ção. Em setembro deste ano, foi publicada a Lei 12.490/11, que introduziu o etanol na ca-deia energética nacional, esta-belecendo a obrigatoriedade de autorização da ANP para o exercício da atividade de pro-dução do biocombustível, entre outras providências.

Page 27: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 27Meio Ambiente

Em agosto, a Amazônia perdeu uma área de 164 quilô-metros quadrados, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ). Em rela-ção a agosto de 2010, houve redução de 38% no ritmo do desmatamento. O número é o menor registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 1988. Tam-bém houve queda na compara-ção com julho, quando o Inpe registrou a derrubada de uma área equivalente a 225 km².

“O resultado significa que as ações que foram adota-das de abril para cá – quando houve um pico de desmata-mento – como a instalação do gabinete de crise e o envio de fiscais para os estados, tiveram impacto muito grande, porque vêm garantindo redução men-sal do desmate”, avaliou o di-retor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministé-rio do Meio Ambiente, Mauro Pires.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados do des-matamento da Amazônia em setembro deverão manter a tendência de queda do ritmo da devastação. “A avaliação preliminar e a avaliação em campo feitas pelo Ibama [In-stituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis] sinalizam que o [desmate registrado pelo] De-ter de setembro será menor. A tendência de queda deve se manter, os dados são muito positivos”, adiantou.

O Deter, que revela dados mensais, monitora áreas maio-res de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambien-tal. Além do corte raso (des-matamento total), o sistema registra a degradação progres-siva da floresta.

A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazô-nia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa an-ual foi 7.000 km², segundo da-dos consolidados hoje (3) pelo Inpe.

A estimativa preliminar, di-

vulgada em novembro de 2010, era 6.451 km². De acordo com o coordenador do programa Amazônia do Inpe, Dalton Vale-riano, a diferença de 8,5% en-tre a estimativa e a consolida-ção da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro.

“Toda estimativa tem uma margem de erro de 10% ad-mitida. Nos últimos quatro ou cinco anos, as estimativas têm ficado aquém do consolidado.

Desmatamento na Amazônia é o menor

para agosto

Significa que o desmatamento está se pulverizando, novos fo-cos estão aparecendo”, avaliou.

Apesar da correção para cima, a taxa de 2010 ainda é a menor registrada pelo Inpe desde o início da série história do Deter.

Ainda em novembro, o Inpe deve divulgar a nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011.

Pesquisador defende transformação de áreas de-gradadas em reserva legal

A exploração de áreas degradadas pode ren-der ao trabalhador rural mais recursos do que a insistência em continuar com a pecuária, segundo o pesquisador da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Rodrigues. Ele apresentou no final de setembro aos senadores, em um debate sobre o novo Código Florestal, experiên-cia de diversos fazendeiros paulistas e mineiros que adotam o sistema de ganho financeiro com a explora-ção de madeira em reserva legal, pelo manejo florestal.

Segundo ele, a área degradada por pastagem soma 6,4 milhões de hect-ares, no país. O professor defende que o agricultor transforme áreas aban-donadas e degradadas de encostas e topos de morro em reserva legal.

Segundo ele, os peque-nos agricultores ganham, em média, R$ 180 por hectare ao ano. Com o manejo em reserva legal, o rendimento passou para R$ 770 ao ha/ano, R$ 470 oriundos de explorações e R$ 300 em rendimentos pela compensação ambien-tal. As reservas são feitas, geralmente, em morros e encostas, onde começam a explorar o eucalipto.

Ricardo Rodrigues lem-brou aos senadores das comissões de Meio Ambi-ente, Agricultura e da de Ciência e Tecnologia, onde a matéria tramita agora, que o parecer da Câmara e do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) não trataram dessa questão. Ele apresentou uma série de argumentos contrários

Pesquisador defende transformação de

áreas degradadas em reserva legal

à redução de áreas de pro-teção permanente (APP) e a necessidade de não vin-cular essas áreas a reser-vas legais.

A legislação atual prevê a necessidade de se preser-var 30 metros de mata cili-ar a partir das margens de rios, córregos e nascentes. A proposta que tramita no Senado reduz essa área para 15 metros de largura. O pesquisador destacou que as APPs protegem as várzeas, o solo, previnem a erosão, além de abrigarem animais de cada região.

Rodrigues ressaltou que a capacidade de po-linização das plantas des-sas matas é fundamental para a produção agrícola da maioria dos cultivares. Assim, as APPs ajudam os agricultores quando func-ionam como instrumento para estimular o cresci-mento do plantio. O pes-quisador destacou, tam-bém, que a compensação da reserva legal prioritari-amente deve ocorrer em microbacias e bacias da região da propriedade. E não em outro local, como prevê o texto aprovado na Câmara. Caso não seja possível, ele defendeu que essa compensação ocorra em área degradada dentro do estado, mas alertou que nesses casos “vai ser cria-do problema jurídico”.

Já o pesquisador da Ac-ademia Brasileira de Ciên-cias Elíbio Leopoldo Rech Filho ressaltou que o im-pacto ambiental causado pela agricultura e pecuária pode ser compensado pelo avanço tecnológico con-quistado pelo país nos úl-timos anos. “Temos ciência que o sistema agrícola cau-sa impacto ambiental, mas existem tecnologias capaz-es de minimizar isso.”

Agência Brasil

Page 28: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201128 Transporte

No último mês, a pro-dução de caminhões regis-trou um recuo de 17% na comparação com agosto deste ano, entretanto, no comparativo entre setem-bro passado e o de 2010, a indústria obteve alta de 10,7% com 18.243 unida-des produzidas. No acu-mulado deste ano, 159 mil veículos foram produzi-dos, volume que represen-tou um aumento de 12,8% ao registrado em igual mo-mento de 2010.

Em relação à indústria automotiva de forma ge-ral – caminhões, ônibus, comerciais leves – a queda foi de 19,7% sobre agosto. No comparativo entre se-tembro último e o do ano passado, o decréscimo foi de 6,2%. Contudo, quando comparado os nove pri-meiros meses deste ano com igual período do ano passado, em 2011, mais carros saíram da fábrica - no total foram 2.604.108, alta de 3,3%.

De acordo com a Anfa-vea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veí-culos Automotores), esta queda já era esperada, pois neste mês há um re-cuo histórico na produção. Somado a este fato recor-rente, algumas montado-ras como Fiat e Volkswa-gen deram dias de folga a funcionários devido ao alto estoque de veículos. No entanto, a entidade manteve a prospecção de crescimento para o ano em 1,1%.

Não foi somente a pro-dução que recuou, as ven-das também caíram 4,9% entre agosto e setembro, no entanto, no acumulado do ano, as 2.682.706 uni-dades comercializadas re-presentaram alta de 7,2% na comparação a igual es-paço de tempo de 2010. Se for levado em considera-ção somente caminhões, o crescimento foi de 15,9% na mesma base compara-tiva.

A Caixa Econômica Federal criou o Crédito Auto Ecoe�icien-te para �inanciar veículos no-vos, considerados ecoe�icien-tes. Segundo o banco, veículos classi�icados com menor índice de emissão de poluentes no programa Nota Verde do Ibama poderão ser �inanciados com taxa de juros a partir de 1,39% ao mês.

O programa Nota Verde clas-si�ica os veículos em uma escala que vai de uma e cinco estrelas. Quanto mais estrelas, menor o índice de emissão de poluentes do carro. “Com a oferta de con-

Caixa cria linha de crédito para �inanciamento de carros ecoe�icientes

Produção de caminhões

registra queda em setembro

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfi l Profi ssiográfi co Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)Entre em contato com nossos representantes

Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644

End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Programas exigidos por lei:

Chegamos no último trimes-tre do ano e o espírito do ataca-dista entra no ritmo do horário de verão: acordar cedo, vender os hortifrutícolas e exorcizar o �iado, que é o nosso mau, para poder pensar no peru do Natal.

Nesses 40 anos que trabalho no interior da Ceagesp, pude observar a evolução das emba-lagens e da qualidade dos pro-dutos. O melão brasileiro era o caipira, que nascia perdido no meio dos cafezais e era perfu-mado, embora o sabor deixasse a desejar. Os melões europeus, amarelo e de casca verde, eram bonitos e reinavam absoluto, pois os as frutas plantadas em território paulista eram peque-nas e sem sabor. Aí os empre-sários rurais migraram para o Nordeste, foram pesquisando,

Horário de verão

CÁ ENTRE NÓS

Por Manelão

melhorando o plantio e a pós-colheita e hoje o melão produ-zido no Brasil, na minha humil-de opinião, é o mais saboroso do mundo.

******

O Dia das Crianças na Nossa Turma teve duas festas. No sá-bado, dia 8, os voluntários do banco HSBC, do servente ao ge-rente, reviraram a terra, plan-taram sementes e pintaram as paredes externas da entidade. Ainda ofereceram às crianças várias guloseimas e brincadei-ras, como piscina de bolinha e cama elástica, e também de-ram brinquedos educativos e trouxeram um palhaço engra-çado que animou a galera.

No dia 12 a atividade come-

çou às 9 horas, com a missa em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, pela saúde de todos e alegria das crianças. Repre-sentando os carregadores, José Pinheiro e a diretoria do Sindi-car; Sassá, da Iguape e Oswaldo Koga, da 5 Estrelas, estiveram representando o setor de Legu-mes. O senhor Di Paula foi o re-presentante do setor de Frutas e os �ilhos da dona Lurdes e do Paulinho da Capanema foram os representantes da batata. O chefe de comunicação da Cea-gesp, Beto Custódio, represen-tou o presidente da companhia, Mário Mauruci.A senhorita Lu-ciana, da Leri Fruit, represen-tou os funcionários e familiares pelo passamento do senhor José Ignácio, pai do Cláudio e do Beto.

No momento de ação de gra-ças, o poeta José Daniel decla-mou uma poesia de sua autoria, que foi ouvida atentamente pe-las crianças e seus pais, pelo di-ácono Luiz e pelo bispo Dom Jú-lio Endi Akamine, que presidiu a celebração e abençoou os ali-mentos do nosso mercado que foram dados em oferenda. A música �icou por conta do pro-fessor Alonso, do colégio Madre Paula Montalt. Depois da missa, os membros do Rotary Alto da Lapa fritaram batatas e prepa-raram hambúrgueres iguais aos das redes de fast food. O Borges, do CQH, pintou o rotos da garotada e o Edu, da padaria Nativa, foi conferir se o bolo es-tava bom. No �ina, as rotaria-nas entregaram presentes para toda a garotada.

dições especiais para essa linha de crédito, a Caixa pretende in-centivar a comercialização de veículos ecoe�icientes, e a uti-lização de tecnologias limpas pelas montadoras.

O resultado �inal é colaborar para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, destaca a Caixa, em nota.

Segundo o banco, na lista de automóveis ecoe�icientes, o cliente pode escolher entre diversos modelos de grandes montadoras, com motores de 1.0 a 2.0, e modelos que variam do esportivo ao off-road.

Page 29: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 29Transporte

A montadora alemã Mer-cedes-Benz anunciou o lança-mento da nova geração dos ve-ículos comerciais leves da linha Sprinter, que chega ao Brasil a partir de abril de 2012. Os destaques �icam por conta dos motores de tecnologia “limpa” e da e�iciência dos sistemas de segurança, além de maior capa-cidade de transporte.

A linha Sprinter, formada por vans, furgões e chassis com cabina é equipada com a nova geração de motores mais po-tentes e que atendem à legis-lação Proconve P-7, que deve entrar em vigor no país a par-tir de janeiro do próximo ano. Seguindo o estilo do modelo europeu, a nova geração man-tém o per�il em forma de cunha, e apresenta farois dianteiros maiores e capô integrado à gra-de. Ainda na parte dianteira, o parabrisa mais alto e os retro-visores maiores aumentam a visibilidade do veículo.

O interior do veículo tam-bém foi totalmente modi�icado. O novo painel de instrumen-tos, o aumento do número de porta-objetos e a utilização de materiais de alta qualida-de valorizam o espaço interno e a ergonomia. Isso também �ica evidenciado no acesso aos comandos e na posição do vo-lante em relação ao painel, que disponibiliza, opcionalmente, teclas para comunicação com o rádio e o telefone via Bluetooth. Além disso, a coluna de direção ajustável, tanto em altura como em profundidade, contribui para a melhor ergonomia.

A fabricante de motores diesel MWM desenvolveu a tecnologia para atender a le-gislação de emissão Euro VI, que exige que os veículos di-minuam ol iníde de emissão de poluentes.

Os protótipos foram tes-tados e aprovados no centro tecnológico da empresa e

possuem no motor uma tec-nologia que resulta em um catalisador com fi ltro fechado para diminuição do material particulado.

De acordo com o gerente de Divisão de Desenvolvimen-to do Produto, Domingos Ca-rapinha, o motor possui um sistema de combustão com

tecnologia que o torna mais limpo, permitindo que os ca-talisadores atinjam o nível de emissão exigido. “Comparado ao Euro V, o propulsor Euro VI reduz em cinco vezes a emis-são de NOx e em duas vezes a de material particulado”, diz.

Segundo Carapinha, os testes indicaram que o Euro

VI, abastecido com o com-bustível de 10 ppm (parte por milhão), oferece benefícios como redução no consumo de combustível, redução no abas-tecimento de ureia e melhor performance de emissões, que gera ganhos ambientais.

No Brasil, a previsão é que o Proconve P8, equivalente ao

Euro VI, entre em atividade em 2016.

A companhia afi rma que já está preparada para atender a fase P7 do Proconve (Progra-ma de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) - equivalente à legislação de emissão Euro V - que entrará em vigor no Brasil em janeiro de 2012.

O novo câmbio favorece as manobras em velocidades bai-xas. Já a relação da sexta mar-cha, 15% mais alta, contribui para manter a rotação do mo-tor mais baixa, mesmo nas ve-locidades mais altas.

De acordo com a empresa, além de contribuir para a eco-nomia no consumo de combus-tível, essa nova transmissão propicia melhor dirigibilidade e maior agilidade para o veículo.

Nova geração da linha Sprinter chega ao Brasil em 2012

Capacidade de carga

O novo furgão oferece vá-rias opções de capacidade vo-lumétrica de carga, que vão de 7,5 m³ a 15 m³. A porta lateral corrediça, com 182 cm de al-tura e 130 cm de largura, está 24% maior em relação à versão atual.

Com isso, permite o carre-gamento de um palet pela la-

teral do veículo, o que também pode ser feito pela porta trasei-ra, agilizando e otimizando a movimentação de produtos.

A abertura de 270 graus da porta traseira e a opção de por-tas corrediças nas duas late-rais ampliam as possibilidades de carga e descarga em locais estreitos e de di�ícil acesso. A linha de furgões contará com duas opções de alturas internas

e três comprimentos. O chassi com cabina da linha suporta a implementação de diversos ti-pos de carroçarias, que permi-tem uma capacidade volumé-trica de carga até 22 m³.

O furgão Sprinter tem uma trajetória de sucesso, com mais de 200 mil unidades produzi-das na América Latina desde 1996. Desse total, 85 mil unida-des foram vendidas no Brasil.

MWM apresenta tecnologia para deixar caminhões menos poluentes

Page 30: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegóciooutubro de 201130 Apesp

Espaço ApespEspaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

O levantamento realizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp em julho e publicado aqui na ed-ição de agosto mostrou que a mudança da sacaria de batata de 50 para 25 quilos é bem aceita pelos agentes da cadeia de abastecimento.

As organizações de atacadistas, associações e sin-dicatos solicitaram ao Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, uma mudança do peso máximo da embalagem de 50 quilos para

A mudança da embalagem da batata

Anita de Souza Dias GutierrezEngenheira agrônoma/ Ceagesp 25 quilos, estabelecido no item

4 da Norma de Identidade e Qualidade, Acondicionamento, Embalagem e Apresentação - Portaria 69, de 21 de fevereiro de 1995, que estabelece que “a batata para consumo será acondicionada em embala-gem nova, seca, limpa e com capacidade máxima de até 50 kg (cinquenta quilogramas) líquidos”. A norma atual só es-tabelece o peso máximo da em-balagem, só proíbe embalagens acima de 50 kg. A utilização de embalagens inferiores a 50 kg é permitida.

A Lei nº 9.972 de 25 de maio de 2000 instituiu a classifica-ção de produtos vegetais, sub-

produtos e resíduos de valor econômico. A Lei foi regula-mentada pelo Decreto 3664 em 17 de novembro de 2000, que foi revogado e substituído pelo Decreto 6269 em 22 de no-vembro de 2007. segundo o Dr. Fábio Fernandes, Coordenador Geral do de Qualidade Vegetal - CGQV/DIPOV, o MAPA não tem mais competência para regula-mentar embalagem.

É um momento de grandes mudanças para o setor de bata-ta. O MAPA está solicitando nova Norma de Identidade e Qualidade, Acondicionamento, Embalagem e Apresentação. A lei já exige a obediência à norma atual e a emissão de

um certificado de classificação por profissional habilitado. A batata, como todas as frutas e hortaliças frescas, precisa contar com uma linguagem de descrição do produto na comercialização – variedade, tamanho e qualidade, que per-mita a utilização de métodos modernos de comercialização, transparência, arbitragem de atritos comerciais, diferencia-ção de valor por qualidade e tamanho. É preciso avaliar se a norma atual cumpre o seu papel e o que teria que ser mu-dado para melhorá-la.

Agora as solicitações de mudanças das exigências para as embalagens precisam ser encaminhadas ao Inmetro. Na última reunião da Câmara Setorial Federal da Cadeia

Produtiva de Hortaliças ficou combinado o agendamento de uma reunião conjunta entre a Câmara Setorial, o MAPA e o In-metro para tratar da mudança do peso máximo da embalagem de batata e de uma norma espe-cífica de peso para frutas e hor-taliças pré-medidas. As frutas e hortaliças frescas possuem um alto conteúdo de água e me-tabolismo acelerado. A perda de água é um dos problemas enfrentados na pós-colheita, o que torna imprescindível uma norma específica para as frutas e hortaliças frescas.

Maiores informações po-dem ser obtidas no Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp – (11) 3643-3825 ou [email protected]

Page 31: Jornal Entreposto | Outubro de 2011

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio outubro de 2011 31

Mariana G. Marques

Turismo

Localizadas no centro-oeste paulista, as cidades da região con-hecida como “Caminhos do Tietê” oferecem aos turistas cenários de rara beleza e clima agradável. O rio Tietê corta essas cidades e oferece aos seus visitantes passeios, prática de esportes náuticos e pesca es-portiva.

A região é marcada pela concen-tração de uma riqueza histórica e arquitetônica, devido à presença da atividade dos bandeirantes no pas-sado. As cidades também oferecem festas tradicionais e religiosas, típi-cas da cultura interiorana paulista.

Bariri

Além de um povo gentil e hos-pitaleiro, Bariri tem muito o que mostrar aos seus visitantes. Um dos destaques é a igreja Nossa Senhora das Dores. Sua história remonta à época da fundação do povoado de Bariri. A primeira construção data de 1864, feita de barro, sapé e madeira. Com o crescimento da cidade, a capela tornou-se pequena e em 1906 teve início a construção de uma nova Igreja, construída no mesmo local da anterior. No início da década de 60, uma terceira igreja precisou ser construída, também no mesmo local. Existe até hoje com

linhas modernas e ampla nave cen-tral.

Além do patrimônio histórico, Bariri oferece lazer em seus princi-pais rios - o Tietê e o Jacaré Pepira. Um destaque para a Usina de Bariri, criada em 1965, que formou um grande lago. Outro passeio interes-sante é o lago prefeito Accácio Mas-son, com área de lazer de acesso livre, parque infantil e lanchonete.

Barra Bonita

Conhecida como “Cidade Sim-patia”, Barra Bonita é famosa por seus passeios de barco pelo Rio Tietê. O nome da cidade vem do córrego Barra Bonita (afluente do Rio Tietê), que atravessa a cidade. “Barra” tem origem do pequeno porto para embarcações, em for-mato de barra, muito usada pelos bandeirantes que navegavam pelo Tietê para abastecimento de água limpa. A eclusa, com seus 142km de comprimento, é a atração turística mais divulgada e conhecida da ci-dade, além de ter um importante valor econômico por viabilizar a hidrovia Tietê-Paraná. Nos passeios é possível conhecer toda a margem do rio, em modernas e confortáveis embarcações com direito a passa-gem pela eclusa.

Entre a mata exuberante e o rio cristalino, destaca-se uma orla de areia alva, formada no estuário de pequeno córrego caudaloso que deságua no Rio Tietê. Ao entarde-cer, a natureza oferece um espetá-culo deslumbrante, impregnando a vista do visitante com as cores de uma cena paradisíaca.

Dois Córregos

O núcleo que deu origem à ci-dade, em meados do século 19, foi a “Pousada dos Dois Córregos”, ponto de descanso dos viajantes que se di-rigiam para os sertões do noroeste de São Paulo a caminho de Mato Grosso.

Destacam-se na região suas cachoeiras, como a Cachoeira do Paredão, localizado na Fazenda

Santa Cruz do Paredão, com 100 metros de queda d’água. Outras ca-choeiras bastante procuradas são a Don’Aninha e Véu da Noiva, ambas localizadas na Fazenda Barcelos, um atrativo histórico da região.

Em Dois Córregos também é muito conhecido o artesanato nha-duti, trabalhos de renda que lembra uma teia de aranha, e a goiabada cascão da Fazenda Morro Alto, pro-duzida pelas irmãs Paulo.

Caminhos do TietêIguaraçu do Tietê

A cidade de Igaraçu do Tietê, chamada também de “Mirante da Colina” é conhecida pelas suas bele-zas naturais. Chegando lá, conheça a Praça Matriz, o Mirante e Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e a Praia Maria do Carmo Abreu Sodré, a primeira praia de lazer nas mar-gens do Rio Tietê reconhecida ofi-cialmente pelo estado.

Itapuí

Conhecida como “Bica de Pe-dra”, Itapuí possui um dos trechos mais largos do Rio Tietê, chegando a ter uma distância de dois quilômet-ros entre as margens. Uma balsa faz a travessia de veículos e pedestres.

Uma das maravilhas do estado de São Paulo passa por Itapuí. O Rio Tietê, com suas águas límpi-das, a três quilômetros do centro da cidade localiza-se a ´Prainha` de Itapuí, que é uma ótima opção para passar o fim de semana, fazendo um churrasco nos quiosques que a praia proporciona, brincar no par-quinho e descansar à sombra das árvores. Em Itapuí o rio é limpo e proporciona o prazer de nadar em pleno rio Tietê.

Para mais informações:Bariri: Ellis Viagens e Turismo - www.ellisturismo.com.br/Barra Bonita:Samacahe Viagens e Turismo - www.samacahe.com.br Primar Navegação e Turismo - www.primarnavegacao.com.br

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