jornal académico

20
114 Ano: V Série: III Ter 1.Dez.09 Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho Director: Vasco Leão Distribuição Gratuita http://academico.rum.pt Bárbara Seco Eduardo Velosa Luís Rodrigues Candidatos à direcção da AAUM Candidatos Mesa da RGA Candidatos ao CFJ Dia 10 de Dezembro Vota para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho

Upload: daniel-silva

Post on 19-Mar-2016

234 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Edição 114

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Académico

114 Ano: V Série: IIITer 1.Dez.09

Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do MinhoDirector: Vasco LeãoDistribuição Gratuita

http://academico.rum.pt

Bárbara SecoEduardo VelosaLuísRodrigues

Candidatos à direcção da AAUM

Candidatos Mesa da RGA Candidatos ao CFJ

Dia 10 de DezembroVota para os órgãos sociais

da Associação Académica da Universidade do Minho

Page 2: Jornal Académico

02 Ter 1.Dez.09

Editorial

Como vão reparar, a ediçao desta semana do ACADÉMICO está difer-ente no que a conteúdos diz respeito. Esta edição promove um “Especial Eleições AAUM” onde todas as lis-tas são “esmiuçadas” de igual forma, propiciando informação a todos os alunos da UM para que se inteirem da constituição e ideias das listas.

Três listas para a Direcção da AAUM, três para a Mesa da RGA e duas para o Conselho Fiscal e Jurisdicional são um bom começo para que a dis-cussão seja construtiva e a defesa dos estudantes (verdadeiro propósito da existência destes órgãos) seja salva-guardada.A campanha e o debate de ideias tem agora início. Espero que este seja, acima de tudo, timbrado pela sobrie-dade, pela objectividade, pelo dina-mismo e... Pelas ideias, é claro!Nesta importante fase é vital que, não só as pessoas envolvidas nas listas, seja como parte directamente envolvida, seja como apoiantes, se interesse pelo que se diz e discute.Urge espevitar o interesse dos estu-dantes pelos assuntos da academia. Urge chamá-los a intervir, de forma consciente, nos destinos da Asso-ciação que os representa. Urge que os mesmos se sintam capazes de tomar decisões, tenham pensamento próprio e se revelem estudantes com sentido crítico e construtivo.

Mas como a academia não vive só de eleições, e até porque a presente direcção da AAUM ainda mantém actividade até meados de Janeiro, foi anunciada esta semana a Passagem de ano AAUM.Este evento, decorre pelo segundo ano consecutivo, depois de ter tido, no ano passado, a sua estreia com enorme sucesso. O local deste ano mudará, mas os transportes gratuítos disponibilizados pela organização irão ajudar à festa. O carro pode ficar em casa... O regresso será, desta for-ma, bem mais seguro.Por fim queria deixar uma nota acerca dos últimos desempenhos da equipa de futsal do SCBraga/AAUM. De-pois de um arranque de campeonato bastante fraco, a equipa já vai em 3º a dois pontos do segundo classificado. Teremos candidato sério à subida e a AAUM na elite do futsal nacional no próximo ano? Esperemos que sim! Até para a semana!

Daniel Vieira da [email protected]

Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho nº 114 Ano:V Série:III Ter 1.Dez.09

Director: Vasco LeãoEditor Executivo: Daniel Vieira da SilvaRedacção: Ana Cristina Silva, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Catarina Correia, Cláudia Rêgo, Diana Sousa, Eduardo Rodrigues, Elsa Moura, Francisco Vieira, Helena Sofia Costa, Joana Gramoso, João Pedro Mendes, Letícia de Sousa, Luciana Silva, Melanie Rijo, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Tânia RamôaColaboradores: Ana MacKay, Asli Ince, Aslihan Sekerci, Bárbara Santos, Cátia Castro, Edite Zazerska, Elyn Monatin, Isabel Ferreira, José Reis, Nuno Cerqueira, Sandra Pimenta, Sara Eberle e Teresa MedeirosGrafismo: Daniel Vieira da SilvaImpressão: Gráfica AmaresMorada: Rua Francisco Machado Owen, 4710 BragaE-mail: [email protected] e [email protected]: 2000 exemplares

Ficha técnica

2º Página

Para publicares a tua opinião no ACADÉMICO, envia o texto para [email protected], com uma semana de antecedência à publicação do jornal.O conteúdo dos textos é da inteira responsabilidade do seu autor, e por isso, o mesmo deve identificar-se com o primeiro e último nome, e número de aluno. Esta rubrica pretende ser um espaço aberto para que todos possam interagir com o jornal, através da exposição de questões relativas à Universidade do Minho e o meio envolvente.Os textos serão publicados por ordem de chegada.

Correio do Leitor

Consumismo natalício. Parece que já começou, de forma exacerbada, este hábito característico. Natal “rima” com amizade, fraternidade, família e amor. Vamos ser um pouco “ousados” e celebrá-lo com base nestes valores?

SCBraga/AAUM. Depois de, há semanas atrás, serem afastados da Taça de Portugal, parece que a equipa “acordou” e já vai no terceiro lugar do campeonato a dois pontos do lugar que lhe dará a subida. Um bom salto!

Eleições AAUM. Oito listas. Três para a direcção e mesa da RGA e duas para o CFJ. Estão criadas as condições para que o debate nesta semana seja produtivo e que, no fim, os interesses dos estudantes sejam salvaguardados.

A subir A descer No ponto

by DVS

Page 3: Jornal Académico

03Ter 1.Dez.09Campus

Publicidade

“Oferece um sorriso” neste NatalAna Cristina [email protected]

presentes às crianças mais desfavoreci-das, doando “brinquedos novos ou que já não usem, mas que estejam em bom estado”.Esta iniciativa solidária tem este ano a sua 4ª edição e é a forte adesão da co-munidade minhota verificada nos anos anteriores que motiva mais uma edição da Campanha. De acordo com Carlos Silva, têm mesmo sido “superados to-dos os objectivos e o número de doa-ções de brinquedos aumentado”, o que

Pelo quarto ano consecutivo, os Servi-ços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) em cooperação com a Associação Académica da Universida-de do Minho (AAUM) e a Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM), promovem uma Campanha de recolha de brinquedos. Sob o lema “Oferece um Sorriso”, a re-colha vai-se realizar entre os dias 23 de Novembro e 31 de Dezembro, e terá lu-gar nos pólos de Azurém e Gualtar.Segundo declarações do engenheiro Carlos Silva, administrador dos SA-SUM, à Rádio Universitária do Minho (RUM), a ideia por detrás desta iniciati-va é a de “todos contribuirmos um pou-co para o sorriso e para o conforto das crianças que estão mais carenciadas”. Estudantes, funcionários docentes e não docentes, assim como as próprias comunidades das cidades de Braga e Guimarães, onde se localizam os cam-pi da UM, são convidados a oferecer

Campanha promovida pelos SASUM em cooperação com a AAUM e AAEUM já vai na sua quarta edição e estende-se até ao final do ano

DR

Psicominuto

Ana Mackay,Bárbara Santos e Teresa [email protected]

choques aumentava a pessoa queixava-se cada vez mais até que se recusa a responder, enquanto o experimentador ordena ao sujeito para continuar a ad-ministrar choques: “Não tem alternati-va, tem que continuar”.

Resultados:

Mesmo vendo o sofrimento, a maioria dos voluntários continuava a obedecer às ordens e infligindo choques cada vez maiores.A intensidade máxima, 450 v, signifi-caria hipoteticamente matar a outra pessoa.65% das pessoas obedeceram às ordens até o fim e deram o choque suposta-mente fatal.No fim da experiência, muitos dos vo-luntários obedientes suspiraram de alí-vio, esfregaram os olhos com os dedos, ou nervosamente procuraram os seus cigarros.Outros houve que demonstraram ape-nas sinais mínimos de tensão, do prin-cípio ao fim.

O “Pau-Mandado” que é o Homem

Que o próximo minuto de leitura vos faça reflectir sobre o que somos capazes de fazer por ordem de alguém “supe-rior”, ou com mais poder; que vos in-cite a pensar no que o Ser Humano faz e fará em prol da Obediência à Autori-dade, e no que fez ao longo da história. Não será difícil aceder a analogias que vos farão pensar no regime Nazi e na forma como uma figura de autoridade impeliu toda a nação a seguir as suas ordens, que contrariaram a dignidade humana, que merece atenção e luta por parte de todos nós. Stanley Milgram (1933 - 1984) foi um psicólogo norte-americano que desen-volveu uma experiência com o objecti-vo de estudar as reacções individuais face a indicações concretas de outros, ainda que os sujeitos recrutados pen-sassem que seria para estudar a memó-ria e a aprendizagem.

Como decorreu?

A) Um voluntário apresentava-se para participar na experiência, sem saber

que seria avaliado na sua capacidade de obedecer a ordens. Era colocado no comando de uma falsa máquina de infligir choques, sendo encarregues de um suposto papel de “professor” numa experiência sobre “aprendizagem”.

B) A máquina estava ligada ao corpo de um homem mais velho (aluno), que era submetido a uma entrevista numa sala ao lado. Na verdade este “aluno” era um actor e não recebia os choques. O voluntário (professor) podia ver o homem mais velho, mas não era visto por ele;

C) O voluntário era instruído por um investigador a accionar a máquina de choques todas as vezes que a pessoa er-rava uma resposta. A intensidade dos choques aumentava supostamente 15 volts por cada erro cometido, desde 15 (marcado na máquina como “choque ligeiro”) até 450 volts (marcado na má-quina como “perigo: choque severo”);

D) À medida que a intensidade dos

permite alargar o leque de instituições a beneficiar desta recolha.No final da campanha, será formalmen-te divulgado o número de brinquedos recolhidos, sendo os mesmos depois distribuídos a instituições dos conce-lhos de Braga e Guimarães que traba-lham com crianças desfavorecidas.Imbuídos no espírito natalício, nos anos anteriores tem-se verificado que, para além de participarem na iniciati-va, “muitos funcionários e professores

pedem para ser eles próprios a ir às ins-tituições com os filhos entregar estes brinquedos.”Este ano é uma vez mais esperada a adesão de toda a comunidade académi-ca a esta campanha que, ao oferecer um brinquedo, pretende oferecer um sorri-so àqueles que mais precisam. Para tal, os interessados apenas têm de reunir os brinquedos e dirigir-se às secretarias dos Complexos Desportivos de Azurém e Gualtar e entregar as suas doações.

Page 4: Jornal Académico

04 Especial eleições AAUMTer 1.Dez.09

Direcção AAUM: Lista A - Luís Rodrigues

de lealdade e de um amor à instituição ainda maior. À parte das motivações pessoais, a razão principal são sempre os estudantes, não querendo entrar em chavões nem em demagogias.

Quais as linhas orientadoras que pro-pões para dirigir a AAUM?A razão principal é garantir direitos e deveres no que toca aos alunos e à sua representatividade nos órgãos de gover-no, lutar por melhores condições de en-sino, proporcionar variadas vivências e memórias inesquecíveis aos estudan-tes. Nos últimos dois anos, tentámos fazer vários tipos de formações con-templares em que os alunos enriquece-ram sobremaneira e é altura de capita-lizar essas competências. Pretendemos aproximar-nos do tecido empresarial, do mercado de trabalho e criar melho-res condições para os alunos no acesso a ele. Um dos caminhos é a criação de um Gabinete do Empreendedor, em que os alunos possam obter ferramentas e recursos humanos que lhes permitam dar forma aos seus projectos. Esta é de facto uma das bandeiras da lista que, e quero frisar este ponto, ainda está em construção, numa fase de auscultação de ideias, a promover reuniões não só em Braga, mas também em Guimarães. Há aqui um compromisso de lealdade para com todos os estudantes na luta pelas melhores condições. E claro, uma questão que não depende apenas de nós, a do sub-financiamento do Ensino Superior, e de uma Acção Social mais justa. Outro dos pilares que pretende-mos cimentar ao longo do ano é a cul-tura. Não há uma aproximação entre o que é feito a nível cultural entre a uni-versidade e a região. Contamos com o auxílio das autarquias locais [Braga e Guimarães] para fazer este trabalho de aproximação. Quais as principais ideias para os di-ferentes departamentos da AAUM? Há algum departamento prioritário em que deve haver uma intervenção rápi-da?O projecto está ainda em construção mas há já algumas linhas que são im-portantes privilegiar. Temos a questão da aproximação ao tecido empresarial. Neste momento põe-se muito a questão do que é que vale uma licenciatura de “Bolonha” e é uma grande preocupa-ção nossa as saídas profissionais que há para os recém-licenciados. Um dos caminhos necessários é a criação do Gabinete Empreendedor, aliado ao De-partamento de Saídas Profissionais. Te-mos feito um esforço para dar aos estu-

O que te levou a apresentar a candi-datura?Na base da minha candidatura estão algumas motivações pessoais. Sou diri-gente associativo há três anos e isso foi uma componente extremamente impor-tante no meu percurso académico. Não há um único dirigente associativo que não se orgulhe, não só do que conse-guiu fazer pelos alunos, mas também do que conseguiu fazer por si mesmo. Isto remete-me para um certo compromisso

Cláudia [email protected]

dantes competências extra-curriculares e, assim, é preciso capitalizá-las para cultivar o espírito empreendedor. Te-mos de ver o empreendedorismo como uma das grandes saídas profissionais, até porque, em muitas áreas, o mercado está saturado e temos que inventar no-vas formas. Outra novidade na direcção é o Gabinete de Apoio a Núcleos. Nós queremos dar aos núcleos uma especial atenção, fazer um acompanhamento ao trabalho que estes desenvolvem, ter em atenção as suas necessidades… Ainda existe algum distanciamento entre a AAUM e os estudantes porque, talvez, ainda não tenhamos uma nova sede, dentro do Campus, o que facilitaria este trabalho de aproximação. Que inovações pretendes incutir no seio da AAUM?Temos estes dois gabinetes, mas ao mesmo tempo queremos dar continui-dade a alguns que recentemente fo-ram criados e que estão numa fase de construção. Criámos, há dois anos, o Gabinete de Pós-graduação e queremos dar continuidade a esse trabalho e, de preferência, chegar a um número maior de estudantes. O Gabinete dos PALOP também terá uma especial atenção pois representa a segunda maior comunida-de da UM. Queremos ser o “eco” dos problemas e necessidades destes estu-dantes, projectar e dar relevo à cultura deles… A área pedagógica é uma das mais importantes e vai ter uma aten-ção continuada, num trabalho directo com os delegados para saber quais são os problemas, para podermos garantir melhores condições de ensino, para lu-tar pelos direitos dos estudantes, como ficou muito bem demonstrado na sema-na passada na iniciativa conjunta que promovemos com as Associações Aca-démicas do país. Qual deve ser a posição da tua lista na relação com a Reitoria?A relação tem que ser a mais estreita e saudável possível. Há aqui uma coope-ração que tem sido cultivada ao longo dos últimos anos, da qual só têm a be-neficiar ambas as instituições e, conse-quentemente, os estudantes. A nossa postura nesse capítulo é de total von-tade, disponibilidade, cooperação para trabalhar em prol de uma universida-de melhor. Há projectos concretos em que a cooperação é muito importante. A nova sede, para a qual há uma gran-de vontade política do novo reitor. Falo também do desporto, área que exige grande cooperação entre as duas enti-dades. Ao nível cultural, também. Pre-tendemos que esta relação seja o mais

cooperante possível, sempre com o intuito de trabalhar por mais e melhor para os estudantes.

Recentemente houve uma manifesta-ção em Lisboa dos estudantes univer-sitários. Qual é a posição da tua can-didatura em relação às políticas do Ensino Superior?A nossa posição face às políticas do Go-verno ficou muito clara na manifesta-ção. Nós queremos mais investimentos no Ensino Superior, uma acção social mais justa e estes são pilares pelos quais nos vamos bater ao longo do ano, sem a menor dúvida. Há um ministro que tutela a Ciência, a Tecnologia e o Ensi-no Superior é esquecido. Ano após ano as instituições ficam mais condiciona-das com um orçamento completamente estrangulado. Não estamos de costas voltadas... A aproximação a todas as instituições e entidades é um dos lemas desta candidatura, daí estarmos abertos e procurarmos aproximar-nos e deba-ter os problemas com o Ministério. Foi nesse sentido que fomos para a rua com 5 mil estudantes de todo o país. Espere-mos que isto tenha reflexos na forma de actuar do Governo. Estamos, também, num Governo de continuidade e vere-mos quais as suas linhas para o ensino superior, estando aqui para lutar pelos estudantes sempre que for caso disso. Não temos qualquer tipo de vínculo partidário associado que nos compro-meta. Estamos cá pelos estudantes e é por eles que iremos para a rua, sempre que for caso disso. Ao contrário de ou-tras candidaturas cujas bandeiras usa-das são motivadas por outro tipo de vínculos. O único compromisso que eu assumo e, esse sim, é de lealdade total, é com os estudantes.

Fizeste parte, e ainda fazes, da actual AAUM. Esta é uma lista de continui-dade?Entrei para a AAUM para o gabinete de Comunicação e Imagem há três anos. Fui tesoureiro nos últimos dois anos e agora surgiu a vontade de dar continui-dade a um projecto, acrescentando-lhe ideias novas e fazendo um ponto de partida para mais e melhor. Há pessoas que integram, neste momento, a direc-ção da AAUM e a lista candidata para a AAUM. Há uma continuidade e uma identificação total da minha parte com o trabalho desenvolvido nestes últimos anos. Mas estamos a tentar alargar o projecto na fase de pré-campanha, na própria campanha e será um compro-misso que iremos assumir no mandato caso sejamos eleitos.

Luís Miguel Rodrigues, aluno do segundo ciclo de Ciências da Comunicação, encabeça a lista A para as eleições à direcção da AAUM. Dirigente associativo há três anos, o candidato aposta numa política de aproximação aos estudantes, sem descurar a continuidade do bom trabalho efectuado

pela actual direcção

“O único compromisso que eu assumo, de lealdade total, é com os estudantes”

Page 5: Jornal Académico

05Ter 1.Dez.09Especial eleições AAUM

Direcção AAUM: Lista B - Eduardo Velosa

fundações de direito privado. O ensino tem que ser público e nunca uma mer-cadoria ao interesse de uma minoria de empresários que vêem o ensino como mais uma forma de obtenção de lucro à custa da degradação da qualidade de ensino e à custa das propinas dos es-tudantes. A actual direcção da AAUM não dá resposta a nenhum destes pro-blemas sendo conivente com as polí-ticas do Governo e da reitoria quando não mobiliza, quando não informa e quando enche a academia com temas supérfluos que encobrem os verdadei-ros problemas dos estudantes. Quere-mos devolver a AAUM aos estudantes. Quais as linhas orientadoras da lista que propões para dirigir a direcção da AAUM?

Focamos três áreas de intervenção que vemos como fundamentais eixos para a AAUM, política educativa, acção so-cial e pedagogia. Vemos estes três pon-tos como os que mais afectam os estu-dantes, com as políticas deste governo de sub-financiamento, manutenção de propinas em valores proibitivo, acção social ineficaz leva a que milhares de estudantes sejam obrigados a afastar-se do ensino superior, e ainda mais jovens a nunca ponderarem ingressar na uni-versidade por motivos financeiros. Os que conseguem seguir os seus estudos deparam-se com o estrangulamento fi-nanceiro imposto pelo governo que faz com que não haja condições para estu-dar com condições para uma verdadei-ra formação académica, Bolonha não permite aprofundar o estudo das di-versas cadeiras, não há salas de estudo, salas de informática e bibliotecas sufi-cientes nem a horários que se adeqúem à carga horária dos estudantes, as aulas cada vez mais estão lotadas e os turnos não são suficientes para o número de alunos, pois não existem professores suficientes para todos. Isto não implica que nos esqueçamos da cultura, grupos e intervenção cívica que são um espaço que é também negligenciado desde lon-ga data pelas sucessivas direcções da AAUM. Propomos uma aposta na cria-ção e na diversidade cultural em toda a comunidade académica, a actual direc-ção da associação oferece pouco e sem-pre o mesmo. Pensamos também que os estudantes não devem viver numa bo-lha isolada do resto da sociedade, como tal devem discutir e pronunciar-se so-bre temas como os direitos da mulher, direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexu-ais e transexuais), racismo, ecologia e mesmo devem tomar posição contra as guerras de ocupação do Iraque e do Afeganistão ou contra os massacres contra povo Palestiniano. Criaremos grupos de discussão e intervenção para

O que te levou a apresentar candida-tura?

Esta candidatura é dinamizada pelo movimento AGIR, sendo eu apenas um porta-voz do movimento, e surge na continuidade da candidatura apre-sentada no ano passado, visto não ve-rificarmos melhorias nem no estado do Ensino Superior nem na direcção da AAUM. As políticas do Governo são as mesmas, não há financiamento suficiente para o funcionamento das instituições de Ensino Superior, os alunos são confrontados com propinas exorbitantes, sem terem uma acção so-cial eficaz e justa, deixando milhares de fora do sistema de Ensino Superior por questões financeiras. Bolonha dá-nos um primeiro ciclo que só cria mão-de-obra precária e oferece, a alguns, um 2º ciclo mais caro e sem limite de propina. O RJIES efectivou-se pondo empresários, com interesses alheios à qualidade de ensino, nos órgãos de ges-tão da nossa Universidade, retirando, ao mesmo tempo, representação aos es-tudantes e aos funcionários. Vemos ao longo dos últimos anos um processo de privatização do Ensino Superior garan-tido pelo RJIES que prevê a passagem das instituições de Ensino Superior a

Sónia [email protected]

estas questões ou outras que sejam do interesse dos nossos colegas.

Quais as principais ideias para os di-ferentes departamentos da AAUM? Há algum departamento prioritário? Onde penses que deve haver uma in-tervenção rápida?

Sem dúvida, as áreas às quais daremos mais ênfase serão a política educativa e a acção social. Dinamizaremos deba-tes e grupos de trabalho com o intuito de informar e juntar o maior número possível de estudantes, fazendo a pon-te para uma mobilização e luta conse-quentes que levem a um financiamento das universidades que responda às suas necessidades: uma baixa de propinas e, futuramente, o seu fim, uma acção so-cial justa que não exclua ninguém do Ensino Superior e a revogação do RJIES e do Processo de Bolonha. Que inovações pretendem incutir no seio da AAUM?

A principal inovação passa por uma AAUM combativa e mobilizadora, não toleramos mais uma direcção de uma associação de estudantes conivente com a política de governo e com as me-didas antidemocráticas da reitoria, que nada faz pelos direitos dos alunos que representa. Também não vemos a pas-sagem pelo Ensino Superior como uma simples aquisição de um diploma por um preço. Vemo-la como um enriqueci-mento académico e pessoal. Como tal, a AAUM deve ter um papel na inter-venção cívica e cultural daqueles que representa. A Associação Académica deve lutar pelo fim de todas as formas de discriminação e deve ter uma voz nos problemas não só da comunidade académica, mas também na restante so-ciedade que, afinal, todos integramos. A AAUM deve ter um papel activo contra o machismo, homofobia ou racismo e deve ter uma posição contra a guerra ou as alterações climáticas, para tal propo-mos a formação de grupos de discussão destes e outros assuntos do interesse dos estudantes no seio da Associação, fomentando o espírito crítico, originan-do indivíduos mais conscientes e com-pletos. Propomos também, um maior apoio à cultura. As actividades recrea-tivas dinamizadas pela actual direcção da AAUM são apenas de consumo e mais do mesmo, ano após ano. Propo-mos mais e melhores apoios efectivos a qualquer criação artística e procurare-mos utilizar o espaço da Universidade para a exposição desses projectos.

Qual deve ser a posição da tua lista no que diz respeito à relação da AAUM com a Reitoria?

Não podemos deixar de focar o anterior reitor e a relação que a direcção AAUM mantinha com este. Guimarães Rodri-gues utilizou todo o tipo de manobras antidemocráticas para calar os estu-dantes que exprimiam o seu desagrado com as condições impostas pela reito-ria e, particularmente, com os serviços de acção social e respectivo director. Sempre impediu a colocação de faixas e cartazes no espaço da Universida-de, foi conivente com os SASUM, e o seu director Carlos Silva, quando estes ameaçaram uma aluna por esta ajudar a promover reuniões nas residências para discutir os problemas dos residen-tes, forçou um docente a terminar um blog pessoal por este não dignificar a academia, sempre pediu quantias ab-surdas pela cedência de espaços para promover reuniões ou debates e foi responsável pelo vergonhoso resulta-do do relatório do tribunal de contas efectuado às contas da Universidade, tendo ainda impedindo a comunicação social de cobrir uma conferência de im-prensa sobre esta notícia no espaço da UM. Mesmo assim, a actual direcção da AAUM, representada na lista A, afirma que este foi um reitor que sempre lu-tou pelos alunos do Minho tendo mes-mo aprovado, em RGA, a atribuição do título de sócio honorário da AAUM e ficando muito indignados por essa vo-tação ter tido um número considerável de votos contra. O novo reitor, António Cunha, nunca se pronunciou desfavo-ravelmente às anteriores políticas da reitoria, antes pelo contrário. Mais gra-ve ainda, do nosso ponto de vista, foi este a se apresentar como favorável à passagem da UM a fundação de direi-to privado. Nunca nos privaremos de confrontar a reitoria ou outra entidade pelos interesses dos nossos colegas. Candidataste-te nas últimas eleições e voltas a recandidatar-te no presen-te ano. Que diferenças existem neste ano?

A nossa recandidatura faz tanto ou mais sentido hoje que há um ano atrás visto os problemas que encontramos no en-sino superior e na direcção da AAUM apenas se terem agravado. O número de alunos que é afastado do Ensino Supe-rior não pára de aumentar devido a pro-pinas proibitivas e a uma acção social injusta e ineficaz. O Ensino Superior não é devidamente financiado levando as instituições ao actual estrangulamen-to financeiro. A universidade não é um local verdadeiramente democrático e a experiência académica que nos é dada não corresponde às nossas ambições. Não vendo resposta da actualdirecção da AAUM, faz todo o sentido a nossa recandidatura.

Eduardo Velosa salienta a importância de actuar em duas áreas principais: política educativa e acção social. A defesa dos direitos dos estudantes é um dos lemas da sua recandidatura. Eduardo Velosa admite mesmo confrontar a reitoria para defender os interesses dos colegas. O candidato propõe ainda a redução das propinas e a não privatização do Ensino Superior, defendendo que a

universidade deve ser um local democrático

“Queremos devolver a AAUM aos estudantes”

Page 6: Jornal Académico

06Ter 1.Dez.09 Especial eleições AAUM

Direcção AAUM: Lista C - Bárbara Seco

tudantes possível com as propostas do ELO. Por esta razão, o movimento de-cidiu, à semelhança do que aconteceu no passado ano lectivo, candidatar-se e facultar aos estudantes o seu espaço de livre opinião. A par disto, a insatisfação com o modo como a actual Direcção da AAUM tem tratado algumas questões, que para o ELO Estudantil são funda-mentais, como uma consciente e for-te consciencialização dos estudantes acerca dos seus direitos e dos que lhes têm sido a retiradas pelas políticas edu-cativas que têm vindo a ser praticadas.

Quais as linhas orientadoras da lista que propões para dirigir a direcção da AAUM?

As linhas orientadoras da lista que encabeço, a Lista C, passam pelo refe-rido anteriormente: consciencializar, despertar consciências, discutir, deba-ter, lutar e transformar, no essencial. O ELO Estudantil defende, e estas são as linhas orientadoras de toda a nossa campanha, assim como o são também de todas as nossas acções em outros momentos, a defesa intransigente pelo Ensino Público, gratuito, democrático e de qualidade para todos, sem propi-nas, sem Bolonha, sem RJIES, por mais financiamento e mais e melhor Acção Social Escolar.

Quais as principais ideias para os di-ferentes departamentos da AAUM? Há algum departamento prioritário. Onde penses que deve haver uma interven-ção rápida?

O ELO Estudantil apresenta este ano propostas um pouco diferentes para os Departamentos da AAUM do que fez o ano passado, nomeadamente no que

O que te levou a apresentar candida-tura?A candidatura do ELO Estudantil surge do objectivo principal deste movimen-to estudantil: chegar ao máximo de es-

Luciana [email protected]

respeita ao seu número e funções. No geral, consideramos que muitos dos de-partamentos que não têm funcionado, de todo, ou que não têm funcionado devidamente na AAUM devem ser re-pensados, de forma a serem dinamiza-dos e optimizados. A AAUM divide-se em Departamentos por necessidade de organização, para melhor responder ao trabalho a que se propõe, e por isto, não faz muito sentido insistir em man-ter departamentos que não trazem nada de novo à Academia, ou que em nada ajudam a uma maior participação da AAUM na vida dos estudantes. Há um departamento prioritário para o ELO, mas que não será apresentado pela nossa lista em forma de departamento, mas sim como uma linha orientadora, transversal a toda a actividade da Asso-ciação Académica, que é o de política estudantil.

Que inovações pretendes incutir no seio da AAUM?

As inovações prendem-se com as ques-tões apresentadas na questão anterior.

Qual deve ser a posição da tua lista no que diz respeito à relação da AAUM com a Reitoria?

Consideramos que uma Associação Académica deve defender os direitos dos estudantes em todos os momentos, e que isto deve ser independente de po-sições, opiniões, ou opções da Reitoria. A Associação Académica deve também servir como veículo para um diálogo aberto e mais próximo entre a Reitoria e os estudantes. O ELO valoriza uma re-lação de compreensão e abertura entre Reitoria, Associação Académica e os estudantes da UM. Haverá, no entanto,

um conjunto de medidas e opções que irão, com certeza, contra tudo o que ELO defende, nomeadamente no que diz respeito ao Ensino público e gra-tuito, sem Bolonha e sem RJIES, mas sabemos que muitas destas questões transcendem a própria Reitoria e que se relacionam mais com questões polí-ticas e opções do Governo em relação à política educativa.

Recentemente houve uma manifesta-ção em Lisboa dos estudantes univer-sitários. Qual a posição desta candida-tura em relação às políticas do ensino superior?

Foi um momento de grande contestação estudantil, que para além das bandeiras de luta que levaram mais de 3 mil estu-dantes a desfilar em Lisboa demonstrou existir um grande descontentamento com o estado actual do Ensino Superior, tendo havido protestos também contra as propinas, Bolonha, o RJIES e as Fun-dações de direito privado. A posição do ELO em relação às políticas para o En-sino Superior é de descontentamento e contestação, visto que estas têm vindo a empurrar as Universidades para a sua privatização, que trouxe às Instituições entidades externas para a sua gestão, e, como último passo, a sua passagem a Fundações de direito privado, medidas que são claros ataques à escola pública, ao Ensino Superior para todos, e que transformam as Universidades em Ins-tituições inseridas numa lógica de mer-cado. A formação dos estudantes deve ser posta em primeiro lugar, e o Ensino Superior deve ser uma das priorida-des do Governo, que devia estar, neste momento, a investir no sector e não a utilizá-lo como fonte de lucro, como se de uma empresa se tratasse.

Publicidade

“Consciencializar, despertar consciências, discutir, debater, lutar e transformar”

Bárbara Seco é a candidata da lista C à Associação de Académica da Uni-versidade do Minho. A aluna do 2º ano de Ciências da Comunicação repre-senta o movimento ELO Estudantil. Esta não é a primeira vez que Bárbara

Seco se candidata à presidência da Associação Académica. Nas eleições do ano passado a sua candidatura obteve 3% do total dos votos, mas este ano

já estableceu linhas orientadoras de acção

Page 7: Jornal Académico

07Ter 1.Dez.09

Especial eleições AAUMPara a mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA), a Comissão Eleitoral recebeu três listas candidatas (D, E, F). O ACADÉMICO foi falar com os respectivos responsáveis a fim de perceber as orientações e pro-

postas de cada uma das listas

Catarina Mendo, 22 anos, aluna do 3º ano do curso Estudos Portugueses e Lusófonos é o elemento do movimento ELO Estudantil que dá a cara pela lista F que tem como principal objectivo le-var um maior número de alunos à RGA e gerar uma participação activa desses mesmos estudantes.Segundo Catarina Mendo, é importan-te: “explicar e apelar a quem procure fazer parte das decisões que serão to-madas nas RGA’s, que não seja apenas fantoches na altura em que determi-nado grupo quer aprovar determinada decisão, mas que o faça de forma justa e consciente porque “as decisões que são tomadas nas reuniões dizem di-recta ou indirectamente respeito a to-dos os estudantes. Acrescentou ainda que “grande parte dos estudantes não sabe que qualquer que seja o problema relacionado com o percurso académi-

co, problema pedagógico ou estrutural ou outro, pode e deve ser colocado na RGA para que se possa resolver.”Quando questionada a respeito da fal-ta de afluência dos alunos às RGA´s, a representante da lista F considera que o principal factor para explicar um re-duzido número de alunos, centra-se es-sencialmente na “falta de conhecimen-to” acerca da dinâmica e função deste organismo e também pela falta de di-vulgação e esclarecimento dos últimos anos.Nesse sentido, os principais desafios da candidatura do ELO Estudantil passam pelo esclarecimento dos estudantes e por uma melhor divulgação utilizan-do vários meios além das tradicionais circulares que apenas são afixadas nos placares de curso. Deste modo, carta-zes, e-mail institucional (como o devi-do contacto individualizado com o es-

Mesa RGA: Lista F - Catarina Mendotudante), flyers e circulares que passem por todas as turmas, são as soluções encontradas para alargar o espectro de participação dos alunos nas RGA´s. Na óptica de Catarina Mendo, ”facto-res como esclarecimento e divulgação nunca podem ser dissociados”.Como remate da conversa com a lista F, o ACADÉMICO procurou entender o tipo de relação que este movimento pretende criar como os estudantes. A representante do mesmo não hesitou em dizer que “para a Lista F as opiniões de todos os estudantes, e cada um deles em particular, são importantes.” Cada aluno e de cada curso tem a palavra e para isso pretendem promover acções de formação para delegados de turma, com o tema específico RGA e também fazer com que haja a participação dos vários aglomerados de estudantes e to-dos os outros núcleos/ grupos culturais.

Salientou ainda: ”que este trabalho será simplificado com a formação e esclare-cimento individualizada e centrada no estudante, porque se os estudantes não vêm até à RGA, a mesa da RGA terá de ir ter com os estudantes, com cada um deles.”

Mesa RGA: Lista D - Sérgio Moura

Joana Machado, 25 anos, aluna em mes-trado de Sociologia, é a representante da lista E que concorre à mesa RGA nas próximas eleições. Aproximando-se a data do acto eleitoral, o ACADÉMICO foi tentar saber um pouco mais sobre esta lista.A candidatura de Joana Machado está

integrada num conjunto de candidatu-ras dinamizadas pelo movimento AGIR que tem como principal objectivo de-volver a AAUM e os seus órgãos aos estudantes.Segundo a candidata pela lista E, a RGA tem cumprido um “papel de ór-gão apêndice da direcção da AAUM”, quando deveria assumir-se como ór-gão deliberativo máximo da Associa-ção Académica. ”Não queremos uma mesa da RGA da direcção da AAUM, queremos uma mesa da RGA que seja verdadeiramente dos alunos”, afirmou. Quando questionada sobre a pouca afluência dos estudantes, registada nos últimos anos, às Reuniões Gerais de Alunos, Joana Machado não hesitou em salientar que a falta de participação não é fruto do acaso, mas um problema que “tem sido promovido ao longo do tempo pela direcção da AAUM e por

mesas da RGA alinhadas com essas di-recções”. De acordo com a estudante, existem interessados em “esvaziar “ a discussão do instrumento de decisão mais democrático da academia.A representante da Lista E realça ainda a mínima divulgação das RGA’s e o fac-to de os assuntos realmente essenciais para os alunos serem raramente discu-tidos (como as políticas do Governo para o Ensino Superior, a acção social, etc.). “No fundo, tudo isto resulta de uma política consciente das sucessivas direcções da AAUM que visa diminuir a democracia dos órgãos e não informar e mobilizar os estudantes contra os ata-ques que o Ensino Superior tem sofrido pelas mãos do Governo”, concluiu.Como medidas para combater as baixas taxas de participação dos estudantes nas RGA’s, Joana Machado enumera três pontos fundamentais: boa divulgação

das reuniões, documentação antecipa-damente disponível e, por fim, discus-são de temas que de facto preocupem e afectem a comunidade universitária.Por último, o ACADÉMICO procurou saber se a Lista E está a pensar criar alguma relação especial com grupos e núcleos de alunos e/ou grupos cul-turais. À questão, a representante da lista afirmou defender uma maior par-ticipação de todos os estudantes, bem como uma colaboração mais evidente entre alunos, grupos, núcleos e órgãos da AAUM. “Queremos que a mesa da RGA seja acessível a todo que queiram ver os seus assuntos e preocupações discutidos e não um órgão afastado dos alunos que simplesmente convoca reuniões apenas quando os estatutos o exigem ou a direcção da AAUM pede”, rematou Joana Machado no final da en-trevista ao ACADÉMICO.

Sérgio Moura, aluno do curso de di-reito, decidiu candidatar-se à mesa da RGA por considerar o momento ideal para pôr ao dispor da Associação Aca-démica a experiência e saber que tem acumulado no dirigismo ao longo dos anos. Considera positivo o facto de já ter passado pela Mesa da RGA, que lhe permite “perceber o trajecto des-cendente percorrido pela mesma nos últimos anos no seio da comunidade académica”. Ao constatar isso, decidiu avançar com a candidatura para inver-ter o rumo dos acontecimentos porque enquanto órgão deliberativo máximo da AAUM, onde é dada voz e poder de decisão a todos os alunos da UM, pen-sa ser fundamental que a Mesa da RGA recupere o prestígio de outrora.Quando questionado acerca da pouca afluência dos alunos nas RGAs, o re-presentante da lista D, responde: “tanto

pode resultar do desinteresse geral de parte da academia em relação à activi-dade associativa, como da falta de di-vulgação das RGAs, ou, pior, das con-tingências geralmente provocadas pelo regime de avaliação contínua decor-rentes de Bolonha. Importa, perceber que o mal terá de ser atacado de frente, bem como tomando em consideração variados vectores.” Deste modo, como medidas para combater este problema, a lista D considera que o segredo está na comunicação. Pretende então criar o hábito à comunidade académica de consulta do site da RGA apostando na dinamização do mesmo. Também considera “imperativo inovar nas con-vocatórias, de forma a fazer chegar a mensagem ao maior número possível de alunos e, com isso, incutir o senti-mento de que fazem parte de uma Aca-demia que necessita deles para existir

e crescer de uma forma sustentada.” Tudo isto para criar um laço de proxi-midade com o estudante da UM, utili-zando para isso todos os meios dispo-níveis para aumentar e melhorar as vias de comunicação entre a Mesa da RGA e a comunidade académica.Em declarações ao ACADÉMICO, Sér-gio Moura salientou que a Mesa da RGA tem como dever respeitar e tratar todos os alunos como iguais, propor-cionando condições de acesso iguais e justas a todos os que desejem interagir com o órgão. Acrescenta que ”seria um contra-senso criar relações privilegia-das com determinados grupos / núcle-os e/ou grupos culturais, já que tal seria um atentado à imparcialidade exigida a um órgão com a natureza da Mesa.” No entanto, pondera a possibilidade de a Mesa aproveitar a actividade desses mesmos grupos para progredir no seu

esforço de divulgação da actividade académica de modo a cativar os alunos para o conhecimento do estado da Aca-demia. Em conclusão, a lista D defen-de a ideia que a mesa da RGA está ao dispor de todos os alunos sempre que necessário.

Mesa RGA: Lista E - Joana Machado

Tânia Ramôa Diana Sousa

Page 8: Jornal Académico

08Ter 1.Dez.09 Especial eleições AAUM

Publicidade

Membro do movimento AGIR, Nuno Ge-raldes defende a necessidade de refor-mulação das actividades da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), sugerindo uma relação mais transparente. O candidato realça ainda a importância do conhecimento da ac-tuação do Conselho Fiscal e Jurisdicio-

nal e do cumprimento das suas funções em prol dos interesses dos estudantes. Em desacordo com o desempenho da actual direcção, Nuno Geraldes propõe maior coordenação entre a AAUM e os estudantes da academia.

O que te levou a candidatar ao Conse-lho Fiscal e Jurisdicional?

A minha candidatura ao Conselho Fis-cal e Jurisdicional (CFJ) está integra-da num conjunto de candidaturas aos órgãos da AAUM, dinamizadas pelo movimento AGIR e que têm como prin-cipal objectivo devolver a AAUM e os seus órgãos aos estudantes. O CFJ têm tido uma política completamente cola-boracionista com a direcção da AAUM e isso tem de mudar. As últimas di-recções tratam a AAUM como se fosse deles e usam discricionariamente o di-nheiro desta para actividades que são no mínimo de interesse questionável. A forma como a AAUM tem feito par-

Conselho Fiscal e Jurisdicional da AAUM - Lista G: Nuno Geraldescerias com empresas faz com que por vezes ela sirva mais para fazer propa-ganda a produtos dessas empresas do que para cumprir o seu papel de repre-sentante dos interesses dos estudantes. Um CFJ isento e que cumpra a sua fun-ção deve questionar este tipo de deci-sões e informar os alunos daquilo que não ache correcto fazer.

Que característica comum destacas dos membros da tua lista?

Creio que aquilo que mais nos une é o facto de querer uma AAUM diferen-te da que temos hoje, uma AAUM dos alunos e para os alunos em que estes participem e estejam informados das actividades da associação. Aqui o CFJ tem uma função importantíssima que é a de ver e informar os alunos se o di-nheiro da AAUM está a ser usado para algo que seja feito em prol dos estudan-tes ou se é usado para defender interes-ses próprios ou alheios.

Um apertado e rigoroso controlo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema?

É fundamental que as contas da AAUM sejam vistoriadas por um órgão isento, que faça uma análise de onde e como é usado o orçamento e qual a relevância de determinados investimentos. Esse papel deveria ser feito pelo CFJ mas não tem sido posto em prática.

Quantos elementos esperam eleger para o órgão?É sempre complicado fazer esse tipo de cálculos quando existe uma absten-ção da ordem de grandeza que a UM tem e isto é fruto da descrença que a maior parte dos colegas tem nos órgãos da AAUM. Quando os estudantes não são envolvidos no funcionamento da AAUM e esta se comporta como uma comissão de festas, há esse sentimento de que ninguém está a fazer nada pelos estudantes.

Iolando Sequeira é o representante da lista G ao Conselho Fiscal e Jurisdicio-nal da Associação Académica da Uni-versidade do Minho. Já há três anos que é membro deste órgão da AAUM, mas Iolando Sequeira quer continuar este caminho de sucesso à frente do Conse-lho Fiscal e Jurisdicional.

O que te levou a candidatar ao Conse-lho Fiscal e Jurisdicional?O desafio de candidatar-me ao CFJ da AAUM surge da vontade em continu-ar a contribuir com o bom trabalho que temos feito e o desejo de que esta seja cada vez mais a melhor academia! Nos últimos três anos fui membro deste órgão, o que é uma mais valia para o mesmo tendo em conta a minha expe-

riência.

Que característica comum destacas dos membros da tua lista?Estou bastante satisfeito com a equipa que criamos, quatro membros já fazí-am parte do CFJ da AAUM, mas todos eles possuem experiência e motivação e acredito no dinamismo que vão im-pôr nas suas funções. Uma das caracte-rísticas da nossa lista é, também a sua heterogeneidade.

Um apertado e rigoroso controlo dor orçamentos e contas da AAUM é um lema?Aquilo a que nos pretendemos fazer, para além das competências do Con-selho fiscal e Jurisdicional, conforme vem nos estatutos, é analisar pormeno-rizadamente, e emitir opiniões rigoro-sas, com base em todos os documentos, cadernos de encargos, contratos de con-cessão de serviços da AAUM, contratos de trabalho dos funcionários da AAUM, incidir a análise sobre as principais ac-

tividades da AAUM (que movimentam mais verbas). Exigir à direcção todas as condições de trabalho para uma fisca-lização rigorosa. Esperamos da mesma a disponibilização atempada de todos os documentos que consideremos rele-vantes para a concretização dos objec-tivos a que nos propomos.Queremos promover a entreajuda e co-operação, estreitando os laços entre os órgãos da AAUM (Direcção, Mesa e o CFJ). Se a cooperação que esperamos ter, se concretizar, iremos longe não só para defender os interesses da AAUM, mas acima de tudo, os da Academia.

Quantos elementos esperam eleger para o órgão?Seria modesto da minha parte não afir-mar que desejo que todos sejam eleitos, somos uma equipa válida e todos fazem falta para que possamos fazer aquilo a que nos propomos.

Que melhorias esperas implementar neste mandato, caso venças estas elei-

ções?Pretendo fazer um acompanhamento mais “próximo” das actividades da di-recção e avaliar o feedback dos alunos nas mesmas. Com isto pretendo susten-tar todo o trabalho na credibilidade, ri-gor, isenção, transparência e seriedade em relação à direcção.O que podemos prometer é dedicação e trabalho, muito trabalho…

Conselho Fiscal e Jurisdicional da AAUM - Lista G: Iolando Sequeira

Sónia [email protected]

Luciana [email protected]

Page 9: Jornal Académico

09Ter 1.Dez.09Campus

Catarina [email protected]

Pela segunda vez consecutiva, a Asso-ciação Académica da Universidade do Minho (AAUM) vai organizar uma festa de passagem de ano para os estudantes da academia minhota.Este ano, a festa organizada pela AAUM vai-se realizar na Quinta do Esquilo, no Lugar da Cova, em Amares, o mesmo local onde se realizou o Baile de Fi-nalistas, organizado pela AAUM. Para Marisa Ribeiro, vice-presidente do De-partamento Recreativo da AAUM e res-ponsável pelo evento, “o local conforta-nos pela sua simbiose entre a natureza e o ambiente festivo que vamos propor-cionar. A Quinta do Esquilo é um local mais amplo, em relação ao ano passado e tem toda uma envolvência que o tor-na um local de eleição para uma festa como a Passagem de Ano AAUM.”Os bilhetes para sócios da Associação Académica custam 25 euros, enquanto

que para não sócios se ficam pelos 30 euros, se forem comprados até ao dia 23 de Dezembro. A partir dessa data os bilhetes encarecem, passando para 30 euros e 35 euros, respectivamente.A localização da quinta, no presente ano, é menos próxima da Universidade e do centro da cidade. Marisa Ribeiro-sublinha que este afastamento “influen-cia um pouco os estudantes.” Porém, a AAUM criou uma rede de transportes entre a universidade e a Quinta do Es-quilo que funcionará até pouco antes da meia-noite (23h15). Desta forma, a responsável pelo evento assegura que “com os transportes disponibilizados aos nossos colegas penso que o factor localização deixa de ter importância.” O facto das viagens serem totalmente gratuítas proporciona uma maior co-modidade aos estudantes. Esta medi-da, para além de dar mais condições de transporte aos estudantes tem, tam-bém, uma vertente comportamental como base. “Os estudantes, ao saberem que podem usufruir de um serviço de transportes vão deixar o carro em casa e, desta forma, em caso de terem inge-rido bebidas alcoólicas, poderão voltar para sua casa em segurança” garantiu Marisa Ribeiro.Todos os interessados em reservar o transporte para a Quinta do Esquilo terão de se inscrever nos Gabinetes de Apoio ao Aluno dos dois campi e nas sedes da AAUM, locais de venda dos bilhetes.

AAUM volta a despedir-se do ano com os estudantes minhotos

Actividade realiza-se novamente este ano, depois de ter sido “inaugurada” no ano transacto

AAUM

Expectativas altas para a última noite

Na primeira festa a localização era mais próxima do centro da cidade de Braga e os bilhetes esgotaram. A capacidade máxima do recinto foi atingida (cerca de 1200 lugares).Porém, este ano, apesar do afastamen-to, os transportes que vão ser disponi-bilizados culminam esse ponto.“Quem for à festa de passagem de ano vai-se deparar com dois espaços de mú-sica, bar aberto e catering que vai du-rar toda a noite, com mesas de doces,

frutos secos, charcutaria, queijos e frios variados. No final da noite vai haver o típico caldo verde, bifanas e moelas”, assegura a responsável.Marisa Ribeiro assume que “são espe-radas ainda mais pessoas que no ano transacto. Este ano estamos a contar juntar na Quinta do Esquilo cerca de 1500 / 1600 estudantes para uma festa de arromba.”A abertura das portas acontece às 22h30. Os autocarros vão sair de Gual-tar das 22h15 às 23h15 e voltam das 5h às 7h, apenas para alunos com reserva.

Publicidade

Page 10: Jornal Académico

10 Ter 1.Dez.09 Inquérito

Inquérito

José Silva

Pensas votar nas eleições para os órgãos sociais da AAUM no próximo dia 10 de Dezembro?

3º anoEngenharia Informática

Patrícia Branco4º anoEnfermagem

Aires Coelho2º anoEngenharia Biológica

Sim, obviamente vou votar, acho que é um dever e um direito de todos os es-tudantes, já que é por nós e para nós que há eleições. Costumo sempre votar mas sei que há muitos alunos que não o fazem por simplesmente não terem in-teresse por estas questões que, por mui-tos, são consideradas como sendo “po-litiquices!”. Estou satisfeito como tudo se processa e sinto-me bem informado para votar de forma consciente. Infeliz-mente muitos alunos não prestam aten-ção ao que lhes é disponibilizado e cul-pam as listas de uma má campanha.

Vou votar este ano como tenho votado nos anos anteriores. No entanto, sinto que, como aluna de enfermagem, de-veria haver uma maior atenção à for-ma como as informações da campanha eleitoral chegam até aos Congregados, local onde temos aulas. Há pouca infor-mação. Sinto-me, tal como muitos dos meus colegas, deslocada do que se passa em Gualtar e isso prejudica-nos na hora de voto. Já por isso, não conheço todos os candidatos, nem alguns dos órgãos para que se vai votar. No entanto, acho que todos os estudantes devem procu-rar se informar em condições para que tudo seja feito de forma conscienciosa. À parte da informação, estou contente com o que tem sido feito até aqui.

Claro que vou votar. Ainda não tenho total conhecimento relativamente aos órgãos em questão, mas acho que a maioria das pessoas, com o aproximar da data, procuram-se informar melhor. Penso que poderia haver uma melhor comunicação a nível da campanha, por-que muita gente não conhece todos os candidatos, ou não está bem informada e consciente para ir votar. Independen-temente de quem ganhe as eleições, gostaria que a AAUM usufruisse da sua posição para chegar perto dos respecti-vos órgãos competentes, e reinvidicas-se mais direitos para nós estudantes, no que se refere ao processo de Bolonha.

Cristina Oliveira1º ano - Mestrado Marketing e Gestão EstratégicaO voto de todos é essencial, por isso é claro que vou fazer valer os meus direi-tos, votando. Quanto aos órgãos, since-ramente poderia estar melhor informa-da! Apesar da abstenção ter tendência a ser alta, penso que os alunos têm sem-pre noção de quem poderá a vir repre-sentá-los, até porque a associação tem feito um óptimo trabalho até aqui. Em termos de campanha, considero que só a Lista A se comunica em condições, numa camapanha clara que se distin-gue das outras listas que, diga-se de passagem, dão-se pouco a conhecer.

Com as eleições à porta, o ACADÉMICO decidiu questionar alguns estudantes acerca da sua intenção de dirigir-se às urnas de voto no próximo dia 10 de Dezembro.Inquirimos também acerca do que pensam relativamente à campanha e ao even-tual conhecimento, ou não, que nutrem pelos candidatos e órgãos sociais para que se vai votar.Sentimos, em muitos casos, uma certa falta de interesse por estas questões em que, muitas das vezes, cai no esquecimento a função de uma Associação Aca-démica que, mais não é do que uma organização que tem como objectivo pio-neiro organizar, defender e representar os estudantes, como também faz valer os seus interesses e valores.Constatamos assim que os alunos deveriam estar mais receptivos e conscientes do quão importante é a sua participação nos desígnos da Academia e da Asso-ciação Académica que os representa e defende.

Joana [email protected]

Page 11: Jornal Académico

11Ter 1.Dez.09Publicidade

Page 12: Jornal Académico

12 Ter 1.Dez.09 Mundo Universitário

Jovens universitários cada vez mais “à procura” de bolsas de estudo

Para o orçamento de Estado de 2010, os reitores de todas as academias nacio-nais deverão apresentar a proposta de um aumento de 10% do financiamento. Os responsáveis dizem que esta é a so-lução possível para fazer face ao corte de 20% das verbas disponíveis das uni-versidades na legislatura passada.Até ao final deste ano, Mariano Gago, Ministro da Ciência e Ensino Superior, entrará em negociações com as univer-sidades e institutos politécnicos para acordar um contrato de confiança. A promessa é lançar “um Programa Espe-cial para o Desenvolvimento do Ensino Superior”, e foi feita numa carta envia-da a reitores e presidentes dos politéc-nicos.O ministro compromete-se a lançar “um nível de financiamento global di-recto ao Ensino Superior (ES) público, que assegure os recursos necessários às instituições”. Promover “um investi-

Elsa [email protected]

mento competitivo, por objectivos”, de modo a expandir o sistema e incentivar a “captação de receitas próprias” é a aposta de Mariano Gago.

Mestrado sem propinas para licenciados sem empregoLuciana [email protected]

Luís Pedro tem 41 anos, é licenciado em Engenharia Zootécnica, master de-gree em produção animal internacional (Inglaterra), tem uma pós-graduação em Gestão, já desempenhou cargos de direcção em cinco empresas e está de-sempregado há dois anos. Hugo Braz tem 30 anos, marketeer, é licenciado em Gestão, desempenhou funções no

Publicidade

Na passada semana, estudantes manifestaram-se contra o financiamento escasso às universidade

Lusa

quadro sénior de uma multinacional durante oito anos e está sem emprego desde o Inverno de 2008.Os dois têm um bom currículo acadé-mico e experiência profissional. De que vale então continuar a investir na for-mação? Nenhum deles sabe a resposta, mas continuam a estudar, como se fosse um vício, que não conseguem largar.

Aposta na formação para conseguir emprego

Neste momento, Luís Pedro e Hugo Braz estão entre os 30 alunos que preenchem 5% das vagas nos mestrados executivos que a ISCTE Business School (IBS) que abriu este ano lectivo para licenciados sem emprego. Os requisitos deste cur-so são ter curso superior, ter mais de três anos de experiência profissional e procurar emprego há pelo menos seis meses. “A iniciativa tem muito a ver com a nossa responsabilidade social e,

Uma semana depois de estudantes, de várias universidades do país, se uniram em Lisboa para reivindicarem os seus direitos, Manuel Heitor, secretário de

Estado do Ensino Superior, fez várias reuniões com os representantes dos es-tudantes.

Número de universidades e politécni-cos é “absurda”

Esta preocupação em aumentar o diá-logo entre as instituições de ES e o Mi-nistério da Ciência e Ensino Superior é vista com bons olhos por parte dos ór-gãos académicos, Luís Reto, Presidente do ISC-TE-IUL, diz que “é de saudar esta postura de maior diálogo com as universidades e esta aposta no ES tal como se fez com a Ciência na última legislatura”. Na sua opinião, a carta re-conhece que “é necessário mais dinhei-ro para o ensino superior”, apontando para “um reforço do orçamento de base competitiva”. O reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa defende uma integração de instituições de ensino superior, o que implica a uma reorganização do sector. António da Nóvoa considera que a existência de 15 universidades e 15 institutos poli-técnicos num país com dez milhões de habitantes é “absurda”. Acrescenta ain-da que esta situação é mais “absurda” na capital.

Para combater o desemprego qualificado, o ISCTE oferece mestrados a licenciados

num momento de recessão económica, consideramos que podemos contribuir para reduzir o desemprego entre a po-pulação qualificada”, explica o presi-dente do IBS, António Gomes Mota. O objectivo deste curso é oferecer uma oportunidade aos alunos de frequentar uma pós-graduação sem pagar nada no sentido de valorizar a formação e en-contrar um novo emprego em tempo de crise. “Mais do que enriquecer o currí-culo, estes cursos servem para estabele-cer uma rede de contactos com os pro-fissionais que estão no activo”, explica Hugo Braz, aluno do mestrado em Sales Management.

Novas perspectivas perante o mercado “lotado”

Mais de um ano à procura de emprego serviu para concluir que não há lugar para ele: “Quadros médios e superiores estão neste momento bloqueados.” O

mercado de trabalho encolheu e Hugo Braz encontra-se agora “naquele inter-valo de tempo” que o exclui da maioria das ofertas: “Quem tem entre cinco e 12 anos de experiência não consegue em-prego porque esses lugares deixaram de existir.” Perfil desadequado às vagas a que se candidatou foi o que ouviu ao longo de dezenas de entrevistas. Expe-riência a mais parece ser uma desvan-tagem.O desemprego, no entanto, pode até ser uma nova oportunidade. Tanto Hugo Braz como Luís Pedro estão convenci-dos de que chegou a hora de satisfazer as suas ambições. O marketeer diz que é o momento de criar o seu próprio ne-gócio e o engenheiro decidiu seguir o seu gosto pessoal e tirar uma pós-gra-duação em Marketing e Management: “É uma viragem total no meu percurso profissional, que nada tem a ver com o sector primário em que sempre traba-lhei.”

Page 13: Jornal Académico

13Ter 1.Dez.09Nacional

Cátia [email protected]

O número de alunos com necessida-de de apoios da Acção Social Escolar (ASE) aumentou consideravelmente desde o ano lectivo anterior, dados que são confirmados por vários municípios do país, especialmente no financiamen-to para refeições e material escolar.Segundo António José Ganhão, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, as principais razões para tal facto são a crise econó-mica sentida actualmente, aliada ao desemprego crescente e, consequen-temente, à descida de rendimento por parte das famílias portuguesas. Ainda, o Director Regional de Educação do Norte (DREN), Gonçalo Rocha, acautela que os dados disponíveis não abarcam todas as escolas, o que significa que fal-ta muita informação para contabilizar

dados definitivos.Pelo menos seis das dez autarquias in-quiridas no distrito do Porto confirmam a subida dos apoios da ASE. Na Maia, o número dos alunos abrangidos pelos escalões A e B no actual ano lectivo su-biu mais de 30% em comparação com o ano transacto, compreendendo agora cerca de 2000 estudantes, sendo que a autarquia paga a totalidade das refei-ções de ambos os escalões, indo para

Apoios sociais cada vez mais solicitados na educação em Portugal

Apoios sociais são cada vez mais necessários às famílias com filhos nas escolas

DR

Letícia de [email protected]

Susan Hockfield chegou a Portugal no passado dia 24 para receber um douto-ramento “honoris causa” nunca antes ocorrido na academia portuguesa. Ho-ckfield é a primeira mulher na história a chegar a presidente do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a univer-sidade do mundo com maior ligação à indústria. A cerimónia foi realizada em conjunto por três universidades portu-guesas (Técnica, Nova e Porto), que se associaramm para dar um grau conjun-

to.Manuel Heitor, secretário de Estado do Ensino Superior, refere-se a este acon-tecimento como sendo um facto inédito no ensino superior português e no espa-ço europeu e diz ainda não ter díuvidas que “o MIT Portugal veio alavancar um conjunto de actividades em associação entre várias universidades e centros de investigação criando massa crítica em vários sectores”. Susan Hockfield é ainda uma das res-ponsáveis pelo lançamento da “MIT Energie Iniciative”, uma estrutura que funciona como uma espécie de clube que pretende financiar actividades de investigação para aumentar a eficiên-cia ambiental das actuais tecnologias energéticas, assim como promover sis-temas energéticos sustentáveis, através de tecnologias inovadoras. Portugal en-trou para o projecto no ano transacto.

Presidente do MIT recebe doutoramento ‘honoris causa’ em PortugalLíder do MIT lança três novas redes de investigação em Portugal

Durante os três dias que esteve em Por-tugal, a presidente do MIT lançou três novas redes de investigação. Sobre ci-dades sustentáveis, sistemas susten-táveis de energia (que inclui o desen-volvimento de carros eléctricos) e uma investigação na área das células estami-nais e medicina regenerativa.

Cidades sustentáveis

A iniciativa nasceu no dia 24 do passa-do mês de Novembro num encontro na Câmara Municipal de Lisboa. Consiste em lançar um fórum e rede de inves-tigação sobre cidades sustentáveis, en-volvendo Lisboa e o Porto, juntamente com as cidades de Boston, Lima, Cida-de do México, São Francisco e Singa-

pura.

Sistemas sustentáveis de energia

Outra das iniciativas lançadas diz res-peito à criação de uma rede de inves-tigação em sistemas sustentáveis de energia e mobilidade eléctrica, estimu-lando a cooperação entre centros de in-vestigação em Portugal e no MIT.

Células estaminais, engenharia de te-cidos e medicina regenerativa

A última rede de investigação apresen-tada tem como objectivo usar as células estaminais no tratamento do cancro; pretende-se estimular a cooperação científica entre hospitais e centros de investigação em Portugal e no MIT so-bre novas terapias celulares com impac-to em formas de tratamento de cancro.

além do que a lei vaticina.

No Ensino Superior o cenário mantém-se

O caso mais evidente é o de Águeda, no distrito de Aveiro, em que a percen-tagem é de 57,7%, ainda que se verifi-que uma baixa nos alunos apoiados que recebem escalão A e um incremento substancial nos de escalão B, devido à

mudança dos critérios de atribuição da ASE, juntamente com o aumento expo-nencial do desemprego do município (à volta dos 56%). Neste mesmo senti-do, Clara Silva, vereadora da educação da Câmara Municipal do Montijo, alega que neste momento de crise, muitas fa-mílias de classe média estão a usufruir de apoios que, apesar de sempre po-derem fazê-lo, nunca necessitaram de utilizar.Ainda que de modo mais discreto, este aumento de pedidos é visível em Mar-co de Canaveses, Trofa, Póvoa de Var-zim, Paços de Ferreira, Setúbal, entre outros.Especificamente falando dos alunos do ensino superior, tem-se notado um acréscimo no número de estudantes com dificuldades em pagar as propinas. Deste modo, o Conselho de Ministros aprovou, no dia 1 de Junho do presente ano, entre outras resoluções, um diplo-ma que visa apoiar alunos universitá-rios. Das medidas a adoptar destaca-se o aumento das bolsas de estudo em 15% (para os estudantes deslocados) e 10% (para os estudantes não deslo-cados) e a implementação de um novo passe escolar designado “sub23”, que abrange alunos do ensino superior até aos 23 anos, inclusive.

Publicidade

Page 14: Jornal Académico

14 Ter 1.Dez.09 Tecnologia e Inovação

Plataforma “autarquias.org”: a utilização não coaduna com a utilidade

Pedro Caldeira, director da PartilhOpi-nião, uma associação sem fins lucrati-vos, constituída por um grupo de cida-dãos de diferentes campos profissionais e que visa a promoção de ideais de ci-dadania activa em Portugal, afirmou à comunicação social que “a mais valia é que de um lado o cidadão coloca es-tes alertas e do outro qualquer câmara municipal do país pode, sem sair do sí-tio, ter uma diversidade de informação para resolver esses assuntos”.

Utilização simples e ao alcance de to-dos os utilizadores

Para utilizar a ferramenta electrónica, o cidadão apenas necessita de uma conta de e-mail. Caso queira criar ou assinar uma petição necessita de um número de eleitor. No caso de participar em de-bates ou fazer comentários não neces-sita de identificação, podendo faze-lo anonimamente. Quanto ao município, este possui um login que permite visualizar os as-suntos e responder aos cidadãos, bem como, aceder a estatísticas. Este portal electrónico possui um nú-

mero médio de visitas diárias que ron-da os 5 mil utilizadores. De entre as preocupações mais significativas está o trânsito, seguido de problemas de segu-rança.No entanto, ainda que constitua uma mais-valia, a sua utilização fica muito aquém da utilidade que tem, uma vez que apenas a câmara de Grândola ade-riu ao sistema. A plataforma estreita as relações entre as autarquias e os cidadãos de forma rápida e efectiva, sem sair do lugar, po-dendo estes acompanhar o trabalho dos seus autarcas.

Denunciando problemas ao nível da se-gurança, higiene urbana, turismo, des-porto, gestão municipal, espaços ver-des, cultura, juventude, abastecimento, habitação, educação, património, obras municipais, urbanismo ou ambiente, a plataforma interactiva “autarquias.org” permite aos utilizadores subverter as falhas que detectam no seu município, informando os membros camarários e acelerando a sua resolução. Os cidadãos podem ainda fazer debates, alertas, petições ou expressar opiniões sobre os assuntos do seu interesse e que afectem a sua região. Todos os utiliza-dores, incluindo os autarcas, podem visualizar os assuntos, comentando-os ou acrescentando informação comple-mentar.

DR

Jornal i-online nomeado para prémioO sítio na internet do jornal “i” está nomeado para os prémios “Open Web Awards 2009”. O blogue especialista em Web So-cial “Mashable”, organiza a com-petição que referencia as melhores práticas nos meios digitais. A situação não é inédita para meios digitais associados directa ou indi-rectamente a Portugal. Na edição de Open Web Awards 2008, a rede social The Star Tracker – o “Linke-dIn português”, venceu a categoria “Niche Social Network”.

Ir ao café através das redes sociaisBobba Bar, nome desconhecido por enquanto, mas que vai deixar de o ser. O Bobba Bar é uma rede social disponível para telefones móveis que permite convidar ami-gos para tomar um café virtual ou pagar uma bebida àquela menina sentada no bar. Esta aplicação está disponível para os aparelhos da Apple, Nokia e Samsung.

Twitter oferece possibilidade de geo-refêrencia

O Twitter tem uma nova aplicação denominada de “geolocation”. Esta aplicação permite aos utilizadores colocarem um carimbo geográfico nas suas “twitadas”, podendo as-sim ser publicada a informação da sua localização geográfica no mo-mento. É uma aplicação opcional mas que quando accionada per-mite pesquisas mais específicas e mensagens mais personalizadas.

Sítio electrónico tem média de 5 mil visitas/dia

TwittadasPor Sofia Costa

Skype vendido em leilão

O eBay, site de leilões online, vendeu recentemente a sua filial “Skype” a um grupo de inves-tidores. O Skype é o serviço de VoIP mais popular entre os inter-nautas de todo o mundo, permite fazer chamadas grátis entre pc’s e chamadas para números móveis ou fixos a preços reduzidos. A compra foi feita pela módica quan-tia de 1,84 mil milhões de euros.

Cátia [email protected]

“Defende Ferelden, cumpre o teu destino”Francisco [email protected]

Análise : Dragon Age: Origins

Dos criadores de Star Wars: Knights of the Old Republic, Mass Effect e Baldur’s Gate chegou-nos um conto épico de violência, traições e luxúria.Dragon Age: Origins é definido como um “sucessor espiritual” de Baldur’s Gate por muitos. É um RPG diferente, cheio de pormenores, com uma longe-vidade imensa.O jogo possui origens de diversas raças e classes (humanos, elfos e anões). Um anão nobre começa a história na família real de uma das cidades dos anões, en-quanto que um anão plebeu inicia a sua aventura nas ruas da cidade. Estas “ori-gens” são como que uma introdução aos factos da história principal, tendo

o jogador a oportunidade de conhe-cer melhor o mundo de Dragon Age, conhecer pessoas, tomar decisões que influenciarão o seu futuro, quer sejam deliberações boas ou más, morais ou imorais. No entanto, o jogador acabará sempre por “salvar o mundo”.Existem três classes base: warrior, ro-gue e mage. Podendo estas classes evo-luir para Berserker ou Templar (para os warriors), Shapeshifter ou Blood Mage (para mage) e Bard ou Assassin (para rogue), entre muitas outras especiali-zações.Depois de completar a parte introdu-tória do jogo, o jogador eventualmente encontrará Duncan, líder de um grupo

Sites oficiais do jogo: http://dragonage.bioware.com e http://www.thride.com

DR

Jogo - Dragon Age: Origins

Género - RPG

Plataforma - PC, PS3 e Xbox 360

Data Lançamento - 20/11/2009

Classificação - 96/100

Lixos na via pública, postes de iluminação que não funcionam, buracos perigosos, falhas ao nível dos abastecimentos, entre outros problemas, são

mais facilmente detectáveis pelos cidadãos residentes no local do que pelas autoridades autárquicas. Com essa certeza, a PartilhOpinião criou um por-

tal onde os cidadãos podem criar alertas electrónicos

Cão comprou extras para videojogos A Microsoft vai reembolsar um utilizador norte-americano de vid-eojogos pelo dinheiro que o cão dele gastou no site da Xbox Live. O dono do Óscar descobriu a ine-sperada aquisição quando leu um email enviado pela Microsoft agradecendo-lhe pela compra de cinco mil pontos (42 euros) para a consola dos videojogos.

chamado Grey Wardens, que o guiará, de acordo com o seu destino, a tornar-se num Grey Warden, com a tarefa fi-nal de eliminar o Archdemon e todo o Darkspawn, ou seja, os vilões do jogo. Porém, muitas voltas e reviravoltas se darão até o jogador, por fim, cumprir o seu destino. A qualidade gráfica do jogo é notável e muito pormenorizada. A BioWare conseguiu conjugar tudo de bom de Knights of the Old Republic e Baldur’s Gate, criando assim Dragon Age: Ori-gins, uma perfeita harmonia entre a jo-gabilidade, longevidade qualidade dos dois anteriores. Um RPG obrigatório e sem dúvida, um dos jogos do ano!

Page 15: Jornal Académico

15Ter 1.Dez.09Cultura

Braga

Música

3 de DezembroThe Rodeo + Brisa RochéTheatro Circo

4 de DezembroSONOPÓLIS RUM- Tó Trips apresenta Guitarra 66Museu Nogueira da Silva

4 de DezembroCharlie + BerryTheatro Circo

4 de DezembroDavid Fonseca (showcase)FNAC Braga

5 de DezembroChristmas with CantabileTheatro Circo

7 de DezembroQuarteto Luísa RibeiroEspaço Cultural Pedro Remy

Guimarães

Música

3 de DezembroSolo BrasilCentro Cultural Vila Flor

5 de DezembroDavid FonsecaSão Mamede

7 de DezembroLisbon Film OrchestraSão Mamede

Dança

4 de DezembroLago dos CisnesCentro Cultural Vila Flor

5 de DezembroBaile RomânticoCentro Cultural Vila Flor

Teatro

9 de DezembroOs músicos de Bremem - Teatro InfantilSão Mamede

Famalicão

Música

5 de DezembroSkyeCasa das Artes

Teatro

3 e 4 de DezembroTeatro do BolhãoCasa das Artes

Agenda“O nosso espectáculo foi concebido para não ter nenhuma barreira de linguagem”

Os be-dom, banda portuense de per-cussão com materiais alternativos criada há cerca de dez anos, lançaram recentemente o primeiro DVD gravado ao vivo nesse estilo em Portugal. Na semana passada, Miguel, Marco, Tiago, Baltaz, Raul e Rui deslocaram-se à Fnac de Braga para divulgarem o trabalho. Antes de uma exibição com bidões, panelas, garrafas e o próprio corpo, os be-dom estiveram à conversa com o ACADÉMICO.

Como está a correr a divulgação do DVD? Vem de acordo com as expecta-tivas?Baltaz: Está a correr bem. Temos tido alguma atenção por parte dos media, a editora também tem tratado bem das coisas. Estamos agora numa “tour” pe-las lojas Fnac a promover o DVD.

Vocês tinham dito que queriam fazer uma edição especial. Parece que já está nas lojas…B: Já temos a edição especial de 250 unidades, ou seja, uma edição limita-díssima. No primeiro dia no Nortesho-pping esgotou e no Marshopping está praticamente esgotada. O que estamos a fazer é quando fomos tocar às Fnac a edição especial vai estar lá. Hoje viemos cá a Braga e está aqui, mas vai desaparecer. Acho que compensa por-que é uma caixa mais engraçada, com alguns extras e ao mesmo preço que a normal. O nosso desejo era que a caixa inicial fosse esta.

Acham que estão a ter a atenção devi-da por parte dos media?B: A nível da imprensa, a editora con-tacta muita gente a ver se querem fa-zer uma reportagem e, normalmente, somos chamados para fazer. Acho que estamos a ter grande atenção. Também é preciso ver que acabou por resultar porque o lançamento foi numa semana boa. Na seguinte, saiu para o mercado um montão de coisas e a imprensa não consegue dar atenção a tudo. Penso que aquelas duas primeiras semanas foram boas ao nível da divulgação e atenção.

Prepararam alguma coisa especial para o concerto?B: Vamos tocar, como sempre, em tudo. Preparámos umas piadas especiais para

a promoção do DVD nas Fnac, que acho que vão divertir bastante o público. E tratámos de personalizar, como sem-pre, nas exibições nas Fnac.

O que preferem: um palco com uma grande plateia ou um ambiente mais fechado, em que exista maior proximi-dade com os espectadores?Marco: O que estimula não é o número de pessoas de cada espectáculo, óbvio que gostamos de tocar para muita gen-te, mas gostamos de espectáculos com muita interactividade com o público. Não temos apenas um concerto, temos, no fundo, um espectáculo de entreteni-mento em que fazemos comédia além de tocarmos em bidões. B: É bom ver que as pessoas sorriem, que participam quando pedimos. No fundo, é esse o objectivo do espectácu-lo.

Desde que saiu o DVD, acham que mu-dou alguma coisa?B: O que posso dizer é que temos muito menos tempo. Por exemplo, hoje saí-mos do trabalho e viemos para aqui. Acho que o que mudou é que as pes-soas podem ver-nos em casa e quem não nos conhece tem uma nova forma de nos conhecer. Não podendo ir ao es-pectáculo, compra o DVD para ter uma ligeira ideia do que é uma actuação ao vivo porque, mesmo assim, muito fica por mostrar.

Imaginem que eram convidados para actuar na UM. Como ia ser o espectá-culo e com o que é que iam tocar?B: Arranjaríamos de certeza uma forma de interagir com o público, mais que não seja por uma notícia que tenha sa-ído há pouco sobre a UM, ou alguma mascote que tenham ou objecto pecu-liar que exista.

Cláudia [email protected]

Publicidade

M: E espírito não falta. Tenho a certeza de que interactividade não ia faltar.

Como é que se imaginam daqui a 20 anos?B: Ou estamos aí simplesmente a tocar bidão como os Xutos e Pontapés ou já estamos cada um no seu trabalho… Mas, divertimo-nos tanto a fazer isto que acho que daqui a 20 anos ainda va-mos andar por aí a fazer “tour” pelas Fnac.M: A questão é até que ponto vamos funcionar, mas a motivação é muita.

Quais são os próximos objectivos dos be-dom?B: Marcar uma “tour” por auditórios nacionais e salas de espectáculos de câmaras municipais, pois são estes es-paços onde existe melhor comunicação com o público. As pessoas que vêem o DVD vêem um espectáculo num audi-tório, apesar de termos a possibilidade de adaptar o espectáculo a qualquer sí-tio onde actuemos. Por exemplo já fo-mos a queimas-das-fitas.M: Se calhar também actuar para fora do país, onde já tocámos algumas ve-zes. O nosso espectáculo foi concebido para não ter nenhuma barreira de lin-guagem. O público pode ser qualquer pessoa do Mundo.

Quais são as maiores dificuldades?B: No fundo é mesmo o tempo. Outra é que a maior parte das coisas que se pro-cessam a nível do mundo do espectácu-lo é em Lisboa. Nós, vivendo no Porto, temos de lá ir muitas vezes.M: Já muitas vezes saí de trabalhar e fui ao Algarve dar um concerto e depois voltei para ir trabalhar no dia seguinte.B: A grande dificuldade é conciliar as duas vidas: ser be-dom e trabalhar, ao mesmo tempo.

be-don actuaram na FNAC e trouxeram boa disposição com a sua actuação

Cláudia Fernandes

Page 16: Jornal Académico

16 Ter 1.Dez.09 Cultura

RUM BOX

Top RUM – 48/200927 de Novembro

1 PACO HUNTER - Pensacola2 AIR - Sing sang sung3 LEGENDARY TIGER MAN, THE - Life ain’t enough for you4 CRISTINA BRANCO - Bomba-relógio5 ARCTIC MONKEYS - Crying lightning6 BIG PINK, THE - Dominoes7 D3Ö - Wanna hold you8 RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE - Vida tão estranha9 TEMPER TRAP, THE - Science of fear10 BAT FOR LASHES - Daniel11 DINOSAUR JR - Pieces12 OQUESTRADA - Oxalá te veja13 KINGS OF CONVENIENCE - Boat behind14 TIGUANA BIBLES - Lost words (slow)15 EELS - My timing is off16 ANDREW THORN - Me jane17 MÁRCIA - A mentira18 GOSSIP, THE - Heavy cross19 DIRTY PROJECTORS - Stillness is the move20 MASSIVE ATTACK - Splitting the atom

Premiados c/ cheques-disco naLouie Louie

Daniela PrataRaquel Mendes

Post It 30 de Novembro a 4 de Dezembro

LOBOAgora, aqui

THE HORRORSWhole new way

BUILT TO SPILLHindsight

A pregação anticapitalista

Ninguém faz documentários como Michael Moore. Divertido, sarcástico, irónico e em parte corajoso. O alvo continua a ser a América, mais concre-tamente o sistema dominante - o capi-talismo - que o realizador compara ao diabo. Depois da sátira negra contra a paixão pelas armas, em “Bowling for Colum-bine”, a crítica à política de Bush em “Fahrenheit 9/11” e o mais recente “Si-cko”, sobre o sistema de saúde norte-americano, Michael Moore vai mais longe ao tentar compreender a origem da crise financeira mundial e qual o preço a pagar por esse amor desmesu-rado ao capitalismo. Em «Capitalismo: Uma História de Amor» segue a sua linha de provocação. Moore vai directo ao assunto. Conversa com famílias afundadas em hipotecas, questiona e “apanha” congressistas

Cátia [email protected]

Estreia:“Capitalismo: Uma História de Amor”

desprevenidos, persegue executivos das grandes corporações em Wall Stre-et, como a Goldman Sacks.Moore está do lado dos fracos e dos oprimidos. De megafone na mão re-clama à porta das empresas o dinheiro roubado aos contribuintes e dá voz de prisão aos administradores da AIG, o primeiro gigante a falir no ano passado. Para o realizador de “Roger & Me”, os Estados Unidos são agora um império romano à beira do colapso.

O realizador defende um novo sistema económico e quem sabe, uma revolu-ção, demonstrando que o poder está nas mãos do povo e só eles podem decidir se querem continuar neste sistema em que se tira mais do que se recebe.Menos turbulento e mais equilibrado do que os anteriores, “Capitalismo: Uma história de amor” poderá ser fruto da mudança da vitória de Barack Oba-ma. Ou daí talvez não! Afinal, Moore é um típico produto capitalista.

Moore colocou uma fita à volta de bancos para isolar “o cenário do crime”

Cumpriu

Sangue novo dos The Bravery

Formaram-se em 2003 em Nova Ior-que e são compostos por Sam Endicott (voz/guitarra), John Conway (teclas), Anthony Burulcich (bateria), Michael Zakarin (guitarra) e Mike H. (baixo). Fa-lamos dos The Bravery que dia 1 de De-zembro lançam o mais recente trabalho, intitulado “Stir The Blood”. Este álbum sucede a “The Sun and The Moon” edi-tado em 2007 do qual podia-se ouvir o tema “Time Won’t Let Me Go”. O álbum de estreia, homónimo, foi lançado em 2005 e tem na sua composição alguns dos grandes êxitos da banda como “An Honest Mistake” e “Unconditional”. O single que apresenta este novo trabalho chama-se “Slow Poison”. Composto por 11 faixas este álbum foi produzido por John Hill que recentemente cola-borou com Santogold e M.I.A. Vai sair em vários formatos como se pode ver na página oficial da banda. Podem es-colher entre uma edição normal, uma edição limitada para fans e um Deluxe Fan Pack autografado e com edição de 500 exemplares. Desde 2005, altura do lançamento do primeiro álbum, que os The Bravery já foram postos no mesmo

Elisabete Apresentaçã[email protected]

CD RUM : The Bravery / Stir the blood

“Stir the blood” vai ser comercializado numa edição normal e duas edições especiais para fans

DR

DR

patamar que os The Killers como nova melhor banda rock da década e foram ainda comparados aos Interpol, The Editors e Kasabian, mas os The Bravery nunca tiveram o mesmo alcance comer-cial que estas bandas tiveram. De referir

que os The Bravery andam a promover este disco em digressão com os Weezer. Para mais informações sobre a banda ou este novo disco podem visitar o site www.thebravery.com ou ainda www.myspace.com/thebravery.

Page 17: Jornal Académico

17Ter 1.Dez.09Erasmus

Job opportunities

For many students living in Europe, to work out is an opportunity to acquire experience, to know new places and improve professional knowledge. In addition, it’s possible to reach the so dreamed financial independence.The Brazilian student Dennis Lima came to Braga two years ago, to attend Science of Communication. When he arrived, he realized that the cost of life in Portugal was higher than he was thinking. And the solution was to get to work.After a few months looking for employ-ment in trade, Dennis was appointed as a waiter in a bar. Today, he is assistant bar in one of the most famous discos of the city. “I am the man who brings ice, collect glasses, and organize things in the dance floor”, explains.The student says that his job is a bit tiring. Because of the employment, he needed adjusting the school schedule and, sometimes, he misses the class. Anyway, he doesn’t plan to leave his worker life. For Dennis, to work at the

disco is an opportunity to know new people, make friends and learn with the other employees.Like him, dozens of Erasmus have dis-covered opportunity to make money. Even who has some kind of scholar-ship wants to work, because this extra money can afford trips around Europe, tours with friends, parties and shop-ping. The University of Minho also offers some opportunities for students. The social service of the institution informs that they can work in the labs, bars, res-taurant and university residences. The activities are light and the payment turn around 200 Euros for a month. Most vacancies for this semester are al-ready completed, but you still can ap-ply for a kind of register of reserve. Just go to the office of social service, near the cantina, with your personal docu-ments in hands. For the student Artur Rebellato, it wasn’t necessary to do it. He found a job on a Brazilian relationship website. He was in a page about Braga, when saw an advertising and decided to send his resume. “I would like to work, but, in that moment, I wasn´t looking for a vacancy. I was in a page about the city, saw the advertising and sent my con-tacts. After some days, they called me and when I arrived in Portugal, it was everything decided”, affirms. Artur works only the weekends in an agency of tourism and travel. He sup-ports groups of older people who travel around Portugal and other Countries.

Feel the beauty of dance at Centro Cultural Vila Flor - GuimarãesAslihan Sekerci

In December 2009, Centro Cultural Vila Flor Guimarães will take you to a romantic atmosphere by some great dance events. Here is one of them: “Swan Lake”Considered a masterpiece of classical ballet, “Swan Lake” by Pyotr Tchaik-ovsky, will be performed by the Mos-cow Tchaikovsky Ballet that is known for its romanticism and beauty and is truly the most spectacular of the clas-sical ballet.“Swan Lake” is presented by Classic Stage Company with the participation of dancers from renowned prestigious international Bolshoi Theater, Mariin-sky, Perm, Kiev and Odessa. The show tells the story of a prince looking for the ideal woman and sees the figure of the swan smoothness and feminine charm, which lets him madly in love. But in fact, the swan is the transfiguration of a beautiful fairy princess; a subject of genuine poetic romantic…The performance will start at 21.30 on 4th of December 2009. Ticket prices:

[email protected]

DR

Ticket Price:10 EURO (There is 50% discount for CCVF Card)For more information, please call the number: 253 424 700. Third dance performance at Centro Cultural Vila Flor is “Hanare”, which marks the return to the stage of the talented dancer and choreographer, Aldara Bizarro. He will have his Por-tuguese national premiere at 22.00 on 12th of December 2009. In Japanese archery, “Hanare” is the moment of release of the arrow. The moment of release should not be sought, but arise naturally on the right time. This is how “Hanare” appears in the career of Aldara Bizarro on his return to the stage as solo. He invites Francisco Camacho and Nuno Rebelo, who marked his career as a dancer and now works as choreographer, to his performance. A common point in this meeting will be intimacy…Ticket Price:10 EUROSpecial Discounted Price: 7.5 EUR0 (Credit for Municipality Staff and Retired Staff, Card for Disabled People; Municipal Youth Card; Youth Card for under age 25, and students) CCVF Card Discount is 50%.

Centro Cultural Vila Flor Guimarães will take you to a romantic atmosphere by some great dance events

DR

With his money, the student pays the residence, food costs and plans some trips.But Artur is a lock person. Unfortu-nately, seek employment outside the university is not a so simple task. In fact, is not easy even to the Portuguese people getting to the market. Be patient and prepared to participate of long and difficult selections.Of course, a good resume can make the difference. So, always provide correct information and send only to vacancies

that really set to your profile. Also is important to have a reasonable knowl-edge of Portuguese language. There are a lot of websites which can help you to seek for a job. Some of them are www.mercadodeemprego.com and www.eurojobs.com. In these websites, is common to find offers part-time, which require only about four hours daily dedication. Normally, there are vacancies in communications compa-nies, sales and baby sister among oth-ers.

Vívian [email protected]

1st Stalls 22.00 EURO2nd Stalls 20.00 EUROSecond dance event is coming at 21.30 on 5th of December; Vila Flor invites you to choose your dancing partner and come to join them at Bale Roman-tic that will be held at The Palace Vila Flor. It is undoubtedly a privileged place for the realization of Bale Roman-tic. In addition to a public presentation of research in the field of historical and social dance, corresponding to the sec-ond half of the nineteen century, Bale Romantic presents a double faced of

entertainment and dance season, invit-ing the public to participate. The use of “Carnet de Bal” by reviving rules of label so used, it is the plot that valse, polkas, mazurkas and other dances will be the themes in an evening of fun and fellowship.If you purchase a ticket for the Bale Romantic, you can enjoy two classes in the previous days on 1st and 2nd December 2009 from 19:30 to 20:30 at Centro Cultural Vila Flor, where some dances will be rehearsed and directed by Dance Teacher Vicente Trindade.

There are a lot of websites which can help you to seek for a job

Page 18: Jornal Académico

18 Ter 1.Dez.09 Desporto

Quarta vitória consecutiva do SCBraga/AAUMmeira vez na frente do marcador.A partir daí, o conjunto vimaranense subiu um pouco as linhas de marcação. Mas, no minuto 30, distraíram-se e per-mitiram que Faria aparecesse sozinho ao segundo poste para completar um passe de Coroas. A situação complicou-se ainda mais para os da casa quando, a quatro minu-tos do fim, um dos seus jogadores re-cebeu o segundo cartão amarelo, sendo excluído da partida. Com a vantagem numérica, coube ao SCBraga/AAUM gerir o resultado. Os pupilos de Palas o fizeram muito bem e, aos 38 minutos, ainda foram coroados com o 5-2, nova-mente, por intermédio de Faria. Os bracarenses conquistaram assim o quarto triunfo consecutivo e, conse-quentemente, subiram à terceira posi-ção da tabela de classificação, com 13 pontos ganhos. Agora, estão somente à dois pontos do segundo colocado, o Rio Ave. Na oitava jornada enfrentarão a formação do Gafanha, que está na 12ª colocação com apenas 4 pontos amea-lhados. O jogo será no próximo dia 05 de Dezembro, às 17h30, no Pavilhão Universitário.

Carlos [email protected]

siva do adversário. Este, por sua vez, limitava-se a explorar as rápidas tran-sições defensivas e, foi numa destas ocasiões, que conseguiu chegar à van-tagem. Passavam 12 minutos, quando o capitão vimaranense surpreendeu Pli com um forte remate no canto esquer-do. Os bracarenses continuaram “ador-mecidos” e, dois minutos mais tarde, após um ressalto o mesmo atleta fixou o 2-0 para os Piratas.Todavia, no minuto seguinte, após um bom passe de Fabrício, Lino reduziu para a margem mínima, o que serviu de alento para a sua equipa. Aos 18 minu-tos, na sequência de um mau alívio do defensor, André Machado passou pelo guarda-redes e assinalou a igualdade, que manteve-se até os jogadores reco-lherem-se aos balneários.

A reviravolta bracarense

O segundo tempo iniciou-se com as for-mações algo acanhadas, com receio de arriscarem demasiado. Entretanto, aos 25 minutos, após um canto estudado, Rui Coroas apareceu livre para rematar e colocar o SCBraga/AAUM pela pri-

No passado sábado, o conjunto arsena-lista realizou uma curta viagem à vizi-nha Guimarães para defrontar a equipa dos Piratas de Creixomil. Apesar dos vimaranenses se encontrarem na zona de descida, o encontro revelou-se bas-tante complicado. Contudo, a qualida-de e a experiência dos atletas do SCBra-ga/AAUM prevaleceram e mais uma vitória foi conquistada.No lote dos eleitos para este jogo não constaram Ricardinho e Skat, ambos le-sionados, Rui Anão a cumprir suspen-são e José Magalhães por opção técni-ca. O treinador Pedro Palas alinhou de início com Pli na baliza, Faria, André Machado, Coroas e Ferrugem. Nos primeiros minutos, o SCBraga/AAUM tentou, com o seu sistema ha-bitual, contrariar a forte postura defen-

NATAÇÃO: Tiago Venâncio bate terceiro recorde nacional nos Campeonatos de EspanhaO português Tiago Venâncio ba-teu mais um recorde nacional na última jornada dos Campeonatos de Espanha de natação, disputado em Castellon. O novo máximo na-cional foi registado nos 50 met-ros livres, com o tempo de 21,71 segundos. O nadador português havia já batido sábado os recordes nacionais de 100 (48.00 segundos) e 200 (1.45,70 minutos) metros, re-spectivamente. O palmelense está a estudar na Universidade Camilo Jose Cela desde Setembro último e tenciona completar o curso de gestão na instituição de ensino superior de Madrid nos próximos três anos.

desporto.ZIPPor Nuno FC

Porto à USC, um jogo muito disputado e equilibrado onde os portuenses con-seguiram a vitória por 46-44.VoleibolEntrando bem na fase de grupos, a UMi-nho conseguiu arrancar com o pé direi-to na competição, vencendo a USC por 2-0 em sets, mas acabaram por perder o segundo jogo contra U. Corunha tam-bém pelo mesmo resultado. Na semi-final, os estudantes minhotos jogaram contra a primeira classificada do outro grupo e perderam por 2-1. No jogo de atribuição do 3º e 4º lugar a U.Minho voltou a não conseguir vencer, tendo a U.Porto levado a melhor por 2-0. A vencedora desta modalidade foi a U. Corunha tenho vencido na final a U. Vigo por 2-0.Ténis de MesaNesta modalidade a UMinho classi-ficou-se em quinto lugar, depois de 2 derrotas na fase de grupos. Os minho-tos defrontaram a UTAD para o jogo de 5º e 6º lugar e venceram os transmonta-nos por expressivos 5-1.XadrezOs xadrezistas minhotos obtiveram o quinto lugar desta modalidade. A USC foi a vencedora desta competição.DuatloNa série feminina do Duatlo a UMinho conseguiu a 5ª posição tanto na natação como no atletismo. Na classificação geral a U.Minho ficou-se pelo 6º lugar, último da classificativa que viu a Universidade de Santiago de Compostela vencer a competição.Com um sistema de rotatividade, para o próximo ano cabe à UTAD a organiza-ção dos XXV Galaico Durienses.

Nos passados dias 24,25 e 26 Novembro decorreu em Santiago de Compostela, Espanha, os XXIV Jogos Galaico Du-rienses. Este ano com sete modalidades desportivas a serem disputadas pelas habituais seis universidades - Univer-sidade do Minho (UMinho), Universi-dade do Porto (U. Porto), Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Universidade de Vigo (U. Vigo), Uni-versidade de Santiago de Compostela (USC) e Universidade da Corunha (U. Corunha)AndebolA equipa minhota entrou mal na com-petição ao perder por 38-46 frente à U. Vigo e apesar de vencer o segundo jogo por 32-28 à U. Corunha, não evitou o 3º lugar na fase de grupos devido à vitória da U. Corunha frente à U. Vigo por 32-

30. No jogo de 5º e 6º lugar os minhotos venceram a partida por 38-32. A final desta modalidade entre U. Corunha e USC só se decidiu na marcação dos li-vres de sete-metros, tendo a U.Corunha levado a melhor por 4-2.BasquetebolInserida no grupo A, juntamente com a U. Corunha e UTAD, a UMinho venceu os dois jogos da fase de grupos, respec-tivamente por 52-48 e 52-41 ficando em primeiro lugar do Grupo B. Nas semi-finais, encontrando-se com o segundo classificado do grupo B, os atletas mi-nhotos perderam frente aos atletas da casa, a USC, por 41-51. Já a primeira classificada do Grupo B, a U. Porto ven-ceu a equipa da U. Corunha por 74-53.No jogo de 3º e 4º lugar a UMinho vol-tou a encontrar a U. Corunha e venceu a partida por 53-43, classificando-se em terceiro lugar na modalidade.A final desta modalidade opunha a U.

Minho fica-se pelo sexto e último lugar nos Galaico-Durienses

XXIV Jogos Galaico – Durienses

O SCBraga/AAUM esteve em desvantagem, porém, deu a volta ao resultado e ascendeu à terceira posição

ATLETISMO: Dulce Félix ganha Lotto Cross na BélgicaDulce Félix, do Sporting Clube de Braga, confirmou o favoritismo que lhe era atribuído e venceu o Lotto Cross, em atletismo, realizado em Roulers, na Bélgica. A atleta bra-carense venceu com cinco segun-dos de vantagem sobre a dinama-rquesa Maria Sig Moller. A belga Veerle Dejaeghere foi terceira clas-sificada.

Eduardo [email protected]

FUTEBOL: Escócia - Futebolista do Rangers em risco de castigo por ter baixado os calçõesO futebolista Nacho Novo, do Glasgow Rangers, poderá ser casti-gado por ter baixado os calções no final do jogo em que a sua equipa, campeã escocesa, perdeu com o Aberdeen (1-0). O jogador espan-hol, que começou a partida no banco e substituiu Lee McCulloch à hora de jogo, está sob investiga-ção da polícia por aparecer numa fotografia com os calções em baixo após o final do jogo. Nacho Novo, de 30 anos, a cumprir a quinta época no Glasgow Rangers, poderá também ser alvo de um processo disciplinar por parte da Federação Escocesa de futebol.

A comitiva minhota nos Galaico-durienses não alcançou uma classificação satisfatória

Nuno Gonçalves/UMDicas

TODO-O-TERRENO: Equipa luso-francesa vence 24 Horas de Fronteira (Portalegre)A formação constituída por Mário Andrade, Alexandre Andrade, Stephane Barbry e Georges Lansac, em Moncé Clio V6 completou 114 voltas ao Terródromo de Fronteira, mais uma que a segunda classifi-cada, uma equipa francesa. A 12.ª edição da prova, que se iniciou no passado sábado contou com a in-scrição de mais de 70 equipas.

Page 19: Jornal Académico

19Ter 1.Dez.09Publicidade

Page 20: Jornal Académico