jornal porto académico (fap) #09 (outubro&novembro2002)

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NQ3 I Outubro/Novembro 2002 ca , e FAP Social apoia a integração dos mais. desfavorecidos As nossas lutas . por uma melhor qualidade de ensino A Praxe, uma forma de vivência académica Desporto da Academia "já mexe"

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, Asnossaslutas . porumamelhor qualidade deensino Desporto daAcademia "jámexe" FAP Socialapoia aintegração dosmais. desfavorecidos APraxe,umaforma devivênciaacadémica NQ3IOutubro/Novembro 2002

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Page 1: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

NQ3 I Outubro/Novembro 2002

ca ,e

FAP Social apoiaa integração dos mais.desfavorecidos

As nossas lutas .por uma melhor

qualidade de ensino

A Praxe, uma formade vivência académica

Desportoda Academia

"já mexe"

Page 2: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

o Falar de um novo ano lectivo é reflectir sobre a:: experiência que vai sendo acumulada ao longo dase vivências académicas, individuais e colectivas. E

~ a diversidade dessas vivências implica, no con-~ ~ texto de uma reflexão, um esforço no sentido de~.<t procurar um equilíbrio ecléctico que fomente o cres-

cimento harmoniOso dos indivíduos enquanto tal e,a outro nível, das estruturas colectivas.

Tal crescimento só poderá acontecer de formapositiva se tiver como referências permanentes aqualidade e a exigência. A qualidade da vida quecada um de nós leva, a qualidade do trabalho quedesempenhamos, o grau de exigência que aplica-mos a nós próprios e àquilo que nos rodeia. E destaforma surge a auto-avaliação, a auto-crítica, ele-mento fundamental para a percepção das realida-

des conjunturais eestruturais e daípara a construção

Ed t 1 e ou aperfeiçoa-

1 OT1a mento de projec-tos, pessoais, pro-fissionais, etc ... Aautcrcrítica, por seuturno, não vive

> Nuno Mendes sem humildade, mas também não é equilibradasem tolerância. Será sem dúvida a melhor auto-crítica aquela que é feita à luz simultânea da exigên-cia e da tolerância. E este paradoxo terá de serpacífico, deverá ser vivido sem criar no indivíduoconflitos que conduzam à inacção receosa ou até à

revolta injustificada e gratuita.Posto isto, convém aplicar ao novo ano lectivo

da nossa querida Academia do Porto.E diz-se "querida" deliberadamente. Porque o

mundo académico e especialmente o do Porto, éum universo de afectos e emoções, sentidos epartilhados permanentemente, nas histórias que porvezes se perdem no tempo. Todos nós, que jávivemos a Academia há algum tempo, sejamosestudantes ou funcionários, somos também fruto davivência que vamos tendo. E por vezes deixamo-nos cair numa modorra insuportável, que nos levaa sermos desinteressados, a considerarmos que énormal sermos vítimas de algumas injustiças, queé o destino sermos vítimas da mediocridade.

Cabe aos jovens e aos estudantes levantar avoz e dizer bem alto que basta de serem vítimas dafalta de visão estratégica, do favorecimento dospoderosos em detrimento de quem mais precisa,do ataque desavergonhado a direitos e do incre-mento desautorizado dos deveres. Basta destamentalidade pequena que faz de uma noz um uni-verso inteiro, esta mentalidade tão portuguesa queamordaça e amarra um país inteiro. As orientaçõesde rigor e de disciplina são essenciais numa casaque está suja e desarrumada; mas o pó começasempre a ser limpo de cima para baixo.

E o principal receio é de ver que essa mentali-dade também já mora em alguns daqueles quedeveriam ser justamente o motor da mudança.

Este ano lectivo terá de ser de uma vez por

todas o ano em que os estudantes aprenderam comos seus erros. O ano em que vão finalmente enten-der que merecem mais e melhor que aquilo quetêm. E o esforço tem de começar já e junto dosmais novos. É urgente consciencializar, in(formar},ter mentes esclarecidas e capazes de discutir assuas próprias vidas. É urgente mudar mentalida-des, estabelecer definitivamente a solidariedadecomo valor-padrão, ao invés do individualismodesregrado. É urgente uma verdadeira cultura deexigência, onde a reivindicação e a crítica surgemapós a auto-avaliação e a correcção dos próprioserros e a extinção das próprias incoerências.

Será um ano lectivo de combate, leal e hones-to, por parte de quem tanto recusa adormecer àsombra do conformismo como recusa perder a ra-zão à boleia de extremismos.

Será um ano lectivo de criação, onde os estu-dantes mostrarão mais uma vez a sua força, o seuespírito empreendedor de concrelização de ideias ede projectos sérios, sustentados e com futuro.

Será acima de tudo, um ano de verdade, aindaque seja uma verdade cruel, onde tudo será dito eonde pouco será deixado por fazer. Custe o quecustar.

Esta é a minha fé. A fé de haver uma multidãode jovens sequiosos de crescimento pessoal e delibertação de amarras que só precisam que alguémlhes diga qual o caminho a tomar nesta encruzilha-da que se apresenta hoje perante nós. Não há nadaa perder.

Bom cha e adeus ...Bom dia e adeus ...Porque este jomal é bimestral, porque este man-

dato está a terminar, porque este é o "meu" últimojornal...

Cumprida a missão de reabilitar aquele quepoderá ser o melhor jornal da Academia e agoraque preparamos a edição do "último" número pornós editado, não poderia deixar de proceder ásdevidas despedidas, agradecimentos e recomen-dações.

Sem pretensiosismo nem conselhos sábios deexperiência acumulada, porque isso reservamosaos "velhinhos" da academia e do associativismo,sem discursos eruditos. sem lamúrias nem egosinchados, poderemos dizer que, neste campo, cum-primos o nosso dever.

Retomamos o Porto Académico após algunsmeses de interregno, aquando da Queima das Fi-tas. Dedicamos o primeiro número à divulgação doevento, publicamos o passado dos acontecimen-tos, horários, preços e informações sobre as activi-dades (night and day!). No segundo número fize-mos um balanço da Queima, questionamos licida-de, na pessoa do Vereador Paulo Cutileiro, fizemosum balanço das actividades ao nível da estruturaorganizativa e da qualidade dos concertos, com aopinião dos nossos colegas "experts" que assegu-raram o (bom!) funcionamento do Gabinete de Co-municação da Queima 2002 e começamos a ques-tionar as políticas do nosso Governo emmatéria deeducação.

Hoje, ao publicarmos a terceira edição do PortoAcadémico, damos o salto no sentido daquilo quesempre foi o nosso objectivo para este jornal; apro-ximar os estudantes da sua Academia, das suas

Reitorias e Direcções, das suas Associações deEstudantes, da sua Federação Académica. Porquea razão de existir das estruturas académicas eassociativas são os estudantes.

Queremos um Porto Académico que relembreaos estudantes a sua posição na sociedade, que osestimule para a participaçâo activa nas suas esco-las e sobretudo no desempenho das suas assoca-ções. Que compareça às actividades, que partici-pe na sua organização, que questione a sua perfi-nência. Que vá, que comente, que elogie e quecritique. Que participe e que organize.

Queremos informar. Para que possam intervir.Para que conheçam o funcionamento das faculda-des, o financiamento, a gestão (danosa ou "miracu-losa"). Para que percebam a acção social, o pro-cesso de atribuição de bolsas, a alimentação (oudes-alimentação). Para que conheçam os seusdeveres e direitos, para que compreendam que épossível melhorar intervindo nas instituições e nasesferas de discussão apropriadas.

Queremos estimular. Para que se interessempelas suas Associações. Para que estejam a pardas actividades organizadas, das posições toma-das, das opiniões dos seus representantes. Paraque participem nos eventos, compreendam a suaorganização, questionem os recursos disponíveise utilizados. Para que reclamem a defesa dos seusinteresses, para que sejam criteriosos na avaliaçãodo desempenho das suas aes, das políticas adop-tadas, das actividades realizadas da gestão dosrecursos económicos. Para que compreendam queo órgão máximo dos estudantes serão sempre asreuniões gerais de alunos (ou assembleias gerais).

Queremos explicar. Como funciona a Federa-ção Académica. Porque não se trata apenas deQueima. Porque não é uma versão portuguesa dacaixa forte do Tio Patinhas. Porque não é inatingí-vel e só é um tabu se os alunos e, sobretudo, os

seus dirigentes associativos, assim o quiserem. AFAP existe porque os alunos a construíram e paraservir os alunos. Quer através da Queima, expo-ente máximo das actividades académicas, queratravés das actividades de recepção aos novosalunos, da CED-FAP (Comissão Executiva doDesporto responsável, entre outras, pelo tão apete-cido Campo de Férias Desportivas), da recente·mente criada FAP Social, da representação dosestudantes, da defesa dos seus interesses por umensino de melhor qualidade, por uma prioridade naeducação.

Mas o Porto Académico, as Associações, aFederação Acadêmica sâo aquilo que os alunosassim o entenderem. Não queremos alunos que selimitem a ler artigos, a votar em branco ou "de cruz"na associação que os representa, a conhecer aFederação apenas pelo logotipo. Queremos alunosque escrevam no jornal, que critiquem os artigos,que opinem. Queremos alunos que escolham cons-cienciosamente as direcções das suas associa-ções, que façam cumprir os planos de actividadespropostos durante as campanhas eleitorais, quequestionem os relatórios de contas e actividades.Queremos alunos que conheçam a Federação, quese façam representar pelos seus dirigentes, quefaçam exigir explicações das políticas, actividadese contas da Federação que é também e, primeiroque tudo, sua.

Queríamos despertar consciências. Dos alu-nos, porque são o suporte e o objectivo da nossaexistência. Dos dirigentes associativos, porque fo-ram eleitos para fazer representar os melhores inte-resses da sua comunidade académica.

Esperamos que este Porto Acadêmico siga nobom caminho. Livre e ncornooatvo. No bom sen-tido!. ..

Foi um prazer escrever e será sempre um pra-zer ler o "melhor' jornal da academia* '-

> Ana Barroca

Page 3: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

o estudante cornocerrtrodo srsterna ou o por quê de umateorra "Esbadarrto-Cêrrtmca 1T

> Nuno Reis Portugal conheceu ao longo da sua história se-cular a grandeza que o melhor da coragem e saga-cidade das suas gentes justificam. Viveu também (vive ainda?) a inevitabilidade do elevado preço apagar por uma falta de visão estratégica de futuro.Sem ter pretensões a fazer uma abordagem exaus-tiva dos erros históricos que nos foram afastandodaqueles que um dia nos invejaram, e que passa-mos a invejar, importa, com um olhar no futuro,evitar incorrer em erros antigos no presente.

Portugal atravessa hoje, é reconhecido por to-dos, um momento complicado. Não bastasse umaconjuntura económica internacional desfavorávelainda tínhamos que pagar por uma derrapagem or-çamental inoportuna. Até os nossos tradicionais"aliados" na desgraça, os simpáticos Gregos, jános ultrapassam em muitos indicadores macroeco-nómicos.

A verdade é que não somos muitos, não temospoços de petróleo, os diamantes caíram com oImpério. Não obstante continuamos a ter um capitalinestimável de riqueza: a força das nossas Gentes.E aí reside o fulcro do nosso potencial para recupe-rar um atraso estrutural de décadas relativamenteaos protagonistas da realidade geopolítica a quenos reportamos, desde a entrada para uma Comu-nidade Europeia de esperança. Correndo o riscode fugir um pouco ao fio condutor central desteexercício de reflexão não posso deixar de abrir· umparêntesis e lamentar que Portugal pareça estarhoje mais virado para os Estados Unidos em detri-mento da Europa, Por razões de proximidade geo-gráfica e voltando à questão da visão estratégica,Portugal não pode deixar de empenhar-se a fundona construção de uma real potência Europeía.

Que ninguém duvide que a Educação é o pilardas sociedades modernas. Apostar na força dosPortugueses é apostar na qualificação dos nossosrecursos humanos. Só assim será possível contra-riar um problema endógeno de falta de produtivida-de, só assim poderemos dar cumprimento à pro-messa de "recuperarmos no prazo de 18 anos oatraso que nos separa dos países europeus maisdesenvolvidos". Nesse sentido, não posso com-preender o argumento falacioso do ministro da Ci-

ência e Ensino Superior quando afirma que a per-centagem do PIB que Portugal investirá em 2003com o Ensino Superior nos aproxima da média daUnião Europeia. Não somos nós que temos derecuperar um atraso estrutural significativo? Nãosomos nós que temos de apanhar o fugidio "pelotãoda frente"? Então, não será que teremos de dispen-der um esforço económico suplementar ao que ospaíses desenvolvidos realizam?

Reportando-nos à realidade actual e à discus-são sobre o orçamento de estado para 2003, nãopodemos deixar de lamentar que a área do EnsinoSuperior (e se quisermos ir mais longe as áreas daEducação e Cultura) sejam claramente secundari-zadas quando comparadas com áreas como aDefesa ou a Administração Interna. Não questio-nando a bondade do investimento nestas áreas, odinheiro que se investe na Educação tem um retor-no incomensuravelmente maior para um país comoo nosso. "Um orçamento rigoroso" (palavras doministro) que se limita a ter por aspiração asseguraràs instituições de Ensino Superior o patamar míni-mo para um orçamento exequivél em regime decontenção não pode merecer a concordância dosestudantes. Poderá ser até, e à luz daquilo queatrás referimos, mais um irremediável erro históricoa comprometer o nosso desenvolvimento futuro.

A este nível é de salientar a postura corajosa eresponsável da Federação Académica do Portoface ao O.E. 2003. Corajosa porque ao exigir doEstado o cumprimento integral do orçamento pa-drão para as instituições de ensino superior, consa-grado na Lei de financiamento, realizou uma vira-gem histórica (recorde-se que no passado, e porrazões várias, o Porto defendeu a revogação daLei de Financiamento). Responsável porque aocontrário de outras estruturas associativas, maispreocupadas em defender os aumentos salariaisdos professores ou em querer avançar para extern-porâneas manifestações de rua, não só preconizauma estratégia inteligente de contestação como foi aprimeira a desenvolver uma acção concreta e efi-caz. A "Sopa do Estudante" alcançou um impactomediático que uma manfestação de rua dificilmenteteria nesta altura e teve o mérito de chamar a aten-

çâo da opinião pública para o problema da falta dequalidade das cantinas do Ensino Superior. Numquadro de previsíveis acções sindicais de contes-tação ao novo Código do Trabalho, uma manifesta-ção estudantil de rua seria (será?.) apenas "maisuma" e lim~ar-se-ia a servir a agenda de manifesta-ções programada por um qualquer partido político.

Retomando a linha de raciocínio, que interrompipara me debruçar sobre o posicionamento da FAP., acho importante salientar que não estou aqui adefender um sistema de ensino em que os estudan-tes sejam "vacas sagradas" de um sistema fácil elaxista (se atentarmos em entrevistas dadas pelosfilhos de emigrantes de Leste que vêm estudar paraPortugal o nível de exigência da Escola portuguesaé bastante inferior) mas acredito que uma Educa-ção assente numa cultura de exigência e baseadanum primado dos estudantes seria ainda mais efi-caz no cumprimento do que deve ser o nosso de-sígnio nacional, Assim, parece-me muito mais qra-vaso e atentatório do futuro do Pais cortar nos in-vestimentos em Educação do que deixar de au-mentar em 2003 os descriminadíssimos professo-res universitários.

Sendo certo, como diria o Prof. Joaquim PintoMachado, que uma instituição de Ensino Superiornão existe só para os estudantes a verdade é queé por causa deles que a instituição existe.

Tudo isto acaba por entroncar numa visão daEducação, e designadamente do Ensino Superior,que deverá ter o Estudante como o elemento cen-tral e encará-lo como fundamentada esperança deum Portugal mais desenvolvido. Será na forma-ção adequada de quadros médios e superiores quepoderemos conseguir um desenvolvimento sus-tentado do país. Deste modo, o Estudante deve serencarado como uma promessa que se quer realida-de para acabar com a décalage que nos separados países mais desenvolvidos. É esse o nossodesafio. Tem de ser essa a nossa ambição. Por umPortugal de futuro, não podemos deixar que osGovernos, tenham eles a cor que tiverem, nãoassumam por inteiro uma estratégia estudanto-cên-tiice.

FEDERACÃOACADE'MICADO PORTO

POR UMA PRIORIDADE NA EDUCAÇÃO

direcçãopropriedade

redacção

Nuno Mendes, Ana BarrocaFederação Académica do Porto

Nuno Mendes, Ana Barroca, Nuno Reis, Rui Rios, Pedro Simões,

Vasco Boga Duarte, Pedro Filipe Sousa, Vasco Miguel Lourenço daCosta, João Português, Daniel Vieira, Alberto Pinto, HenriqueAndrade

bimestral

Scarface - Moínhos de Matos

10.000 exemplaresCriação Livre tel. 225 188535

periodicidadefotografia

tiragemcomposição gráfica e impressão

Page 4: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

-~Um olhar chfererrteo~....,,,,~~

> Rui Rios Desde há quatro anos que faço parte do movi-mento associativo. Ocupei os mais diversos car-gos na minha AE (AEFDUCP), em duas federa-ções ( FAUC, FAP), e Comissão Executiva daQueima das Fitas. A minha passagem por estescargos fez com que tivesse hoje, uma perspectivamuito diferente da que tinha ao entrar no ensinosuperior, do que é uma AE ou uma Federação.Hoje ocupo unicamente, o cargo de Vice-presiden-te da FAP e por este motivo vou fazer apenas uma

. reftexão sobre como deveria funcionar uma estrutu-ra com a grandeza da FAP.

A direcção da FAP é hoje constitu ída por novepessoas: um Presidente, dois Vice -presidentes,um tesoureiro e cinco vogais. Para quem esta fami-liarizado com o movimento associativo, principal-mente no aspecto organizacional, notará logo a faltade um secretário-geral. O cargo do secretário-geralé, na minha opinião, um cargo que deveria existirnesta federação por uma simples razão: nas ae sexiste um livro de actas onde estão registas todasas opiniões cos respectivos membros da direcçãoe das decisões por esta deliberadas. Ora na FAPnão existe há já alguns anos (se é que algum diaexistiu) um livro de actas da direcção. Isto é mauporque muitas vezes quem chega à direcção daFAP e pretende tomar uma decisão, não tem umaperspectiva histórica (a não ser que seja um "velhi-nho"), das decisões e posições anteriormente to-madas, e principalmente os motivos dessas mes-mas opções. Penso que a FAP teria muito a ga-nhar, especialmente as direcções vindouras.

Em relação à organização financeira da FAP,praticamente desde que entrei no movimento asso-ciativo que sou contra a forma como esta se pro-cessa.

Na FAP existe o cargo de tesoureiro, que temcomo sua responsabilidade zelar pelas contas des-ta federação. Ora muita gente sabe que a FAPmovimenta alguns largos milhares de I, sendo queestes estão a cargo de uma única pessoa, quemuitas vezes não tem qualquer género de forma-ção ou, pelo menos, início de formação (por acasoneste mandato o tesoureiro estuda economia, sem-pre ajuda!) . Nos anos anteriores as contas compi-ladas pelo tesoureiro da FAP seguiam para umcontabilista, de forma a que este ajudasse na reali-zação dos relatórios e contas. Hoje este processojá é algo melhor, ou pelo menos, mais credível,uma vez que é uma empresa de renome mundialque está a fazer as contabilidade da FAP ( DELOIT-TE) e que em conjunto está a fazer uma auditoriaaos dois mandatos anteriores e de seguida farátambém ao nosso.

Defendo que a FAP tem hoje um elevado volu-me de "negócios' e no caso de alguns dos projec-tos em mente saírem do papel, esse volume subiráconsideravelmente. Para melhor controlar as con-tas penso que a FAP deveria contratar um contabi-lista a tempo inteiro. Quero com isto dizer alguémque esteja todos os dias na sede, para conferir eorganizar pagamentos, para proceder à cobrançade créditos, para proceder à realização de planosde tesouraria, etc. Ainda mais importante seria estetécnico existir em alturas como a queima da fitas,em que existem dez milhões de pequenas coisas aacontecer e onde o tesoureiro da FAP está expostoa uma excessiva pressão. Dou um exemplo práti-co: durante a semana da queima o tesoureiro temde estar presente no recinto (devido à venda debilhetes); ora, esse dinheiro é depositado, tal comoo da venda de bebidas e outras receitas, para além

de inúmeros pagamentos efectuados. Era aqui queentrava em acção o técnico que.enquanto o tesou-reiro e restante direcção e equipa da queima dormi-am (não existem super-homens), procedia à elabo-ração das contas, o que permitiria que todos os diasa direcção tivesse uma ideia clara e precisa, decomo está financeiramente a correr a queima. Sen-do que no fim de cada mandato essas contas deve-riam ser auditaoas por uma empresa credível eidónea, para se garantir uma total transparência deprocessos. Tudo isto não significaria que devería-mos acabar com o cargo de tesoureiro, deveriampelo menos ser reformadas as suas obrigações, ouentão abandonar mesmo esta designação e passara existir uma Vice-presidência para a área financei-ra.

Na restante equipa da FAP, temos o Presiden-te, que é o rosto, a parte visível da direcção. Opresidente da FAP, deverá ser uma pessoa quetenha alguma identificação com a estrutura e com aforma de actuação histórica da FAP; deverá seruma pessoa com uma forte capacidade de lideran-ça (não confundir com autoritarismo); deverá ter acapacidade de unir e defender os quatros subsiste-mas de ensino, independentemente do seu subsis-tema de origem; conseguir fazer uma equipa o maiscoesa possível e levar a cabo a execução de umprojecto para o futuro da FAP.

A restante direcção, são pessoas que acima detudo devem ter um grande espírito de sacrifício ehumildade ao aceitar um convite para integrar adirecção da FAP. A vida dentro de uma direcção deuma federação desta envergadura nem sempre éfácil e por vezes tomar as melhores opções é mes-mo o mais difícil. Tem de haver entre todos um forteespírito de união e solidariedade e não partir logo apensar qual vai ser o meu cargo para o ano, ou avelha tentação do pós-queima "deito abaixo ou não".A direcção da FAP deve estar preparada para ofacto que tem duas actividades extremamente des-gastantes muito próximas uma da outra (Campo deférias desportivas e Queima das Fitas), e que quantomais cedo as coisas forem feitas, quanto mais cui-dado houver ao escolher as pessoas que vão tra-balha'r, maior será o sucesso dessas duas activida-des.

Desporto: acho que muitas pessoas nem têmbem consciência, mas de facto existe .ou existiudesporto na FAP (para além das Férias Desporti-vas), Para organizar as actividades desportivas foicriada a Comissão Executiva do Desporto, quehoje, após os conflitos que se verificaram no man-dato anterior, está paralisada. À partida esta parali-sação seria algo de mau mas, na minha opinião.poderá permitir que se reestruture a CED-FAP. ACED-FAP sempre trabalhou na base do voluntari-ado, da carolice e da boa vontade de algumaspessoas. No entanto, com o passar dos anos ecom a falta de renovação das pessoas, a CED-FAP entrou num período de conflito com a direcçãoda FAP por diferentes decisões estratégicas e es-pecialmente por um grande desacordo da formacomo os orçamentos eram gastos. Ainda no anteri-or mandato procedeu-se à contratação de um técni-co de desporto que vai resolvendo vários proble-mas (na típica arte do "desenrascanso português'),sem ter uma equipa que o ajude ou um projectopara se guiar. Por estes motivos defendo que aestrutura do desporto na FAP deverá ser ao máJIi-mo proâssionalizada, até porque sai muito maisbarato e não existe qualquer espírito académicoque possa serpercdo ao profissionalizar esta área.

Politica educativa: a Federação Académica doPorto representa 26 associações de estudantes, de4 subsistemas de ensino. Apenas a FAP e aAAL,representam os 4 subsistemas de ensino, essefactor faz com que as responsabilidades da FAPsejam acrescidas, uma vez que tem de defenderos 4 subsistemas de igualforma (o que nem sem-pre aconteceu no passado). A direcção da FAPtendo sempre uma autonomia própria está nestecampo bastante limitada pelas deliberações da As-sembleia Geral da FAP, uma vez que é esta querepresenta os estudantes.

A FAP tem sido ao longo destes últimos anos aFederação que tem liderado o movimento associa-tivo nacional. Isto deve-se a três factores bem cla-ros: a capacidade financeira da FAP, que lhe permi-te organizar qualquer tipo de protesto; a forte capa-cidade mobilizadora das ae' s federadas, e nestesúltimos anos de algumas não federadas, e a coe-rência que a FAP manteve ao longo destes últimosanos, debatendo-se por uma melhor educação emPortugal.

Ao escrever este texto pretendo deixar umaideia àqueles que se preparam para um novo pro-cesso eleitoral na FAP, de alguns dos desafios comque se vão deparar e com algumas das coisasque, no meu entender, poderiam ser alteradas. AFAP encontra-se hoje num momento em que vai terde decidir, a muito curto prazo, qual o seu futuro, sepassa a oferecer uma maior variedade de serviçospara os estudantes e para as aes federadas, ou sepretende continuara funcionar como hoje, sem umprojecto a longo prazo e sem a perspectiva decrescer enquanto estrutura. Para a próxima direc-ção nada será fácil: depois da última queima, asexpectativas para a próxima estão muito elevadas,e a nível de politica educativa, com um govemo ater de proceder a cortes financeiros e reestrutura-çóes de fundo do ensino superior, muitas polémicasserão levantadas e então veremos a verdadeiranatureza da próxima direcção da F~P.

Page 5: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

A palavra às r'ettot'ras> Prof. DoutorJosé Novais BarbosaReitor da Universidade do Porto

Por ocasião da publicação do Porto Académicopara o ano lectivo de 2002·2003, é com muito gostoque dirijo calorosas saudações a todos os estudan-tes da Academia do Porto, e em particular os quefrequentam a Universidade do Porto, associandoas boas vindas aos que pela primeira vez nela seintegram. Formulo votos dos maiores êxitos esco-lares que espero tenham continuidade na vida pro-fissional futura.

Congratulando-me pela iniciativa de difusão dainformação constante do porto Académico que devesersaudada pela sua oportunidade e interesse comoum dos serviços que a experiência entretanto obti-da pelos estudantes mais antigos da federação Aca-dêmica do Porto permite colocar à disposição dosmais novos.

As associações de estudantes desenvolvem asua actividade na esfera da influência de institui·ções de ensino superior e dela são parte indissoci-ável. Contribuem decisivamente para o funciona-mento harmonioso de organizações em que docen-tes, funcionários não docentes e estudantes devemcoordenar esforços para que os processos de for-mação e a investigação possam atingir os niveisde qualidade desejáveis.

A Universidade - e agora refiro especificamen-te a Universidade do' Porto - espera dos seusestudantes uma contribuição activa na promoçãoda coesão e unidade da instituição, tendo presenteque, em âmbito mais alargado que o das taculda-des e devam considerar estudantes da Universida-dedo Porto.

Faço votos por que a participação atrás referidatenha lugar num ambiente de cordialidade e alegria,para que em todos perdurem recordações muitoagradáveis da estadia na Universidade.

Outubro de 2002

> Praf. Doutor Francisco da Costa DurãoReitor da Universidade Portucalense

o Reitor da Universidade Portucalense vem,através da FAP, saudar todos os alunos da nossafamília académica, em especial os que neste anolectivo a ela chegam. .

Cada um chega à Universidade como um pro-jecto, que é também um sonho, onde todas as

> Prot. Doutor Francisco da Costa DurãoReitor da Universidade Portucalense Infante D. Henrique

A Universidade Portucalense Infante D. Henri-que é uma instituição privada de ensino superiorcooperativo e de investigação científica, criada e .autorizada a·funcionar em Junho de 1986 (Despa- .cho nº 122186).

Os cursos de licenciatura, pésijraduação, mes-tradoe doutoramento, distribuem-se por seiS De-partamentos: Ciências Históricas e da Educação,Direito, Economia, Gestão, Informática e Matemá-tica, suportados em termos científico·pedagógicospor um corpo docente habilitado e qualificado,

Contando, presentemente, com cerca de quatromil alunos em formação- graduada e pós-gradua-da, a Universidade Portucalense disponibiliza umamplo e moderno campus, inserido num dos pólosuniversitários do porto (Asprela), reconhecido peloseu elevado grau de inovação tecnológica, numaaposta que teve como objectivo proporcionar aosseus alunos um finsino de qualidade.

O campus, construído de raiz para a actividadeuniversitária - ensino, investigação, prática culturaldocente e discente, etc -, apresentando como umcomplexo educacional dos mais avançados dacomunidade europeia, suporta via rede de dados emúltiplas ligaçoes em fibra, o tele-ensino, Internet,etc. Todos os espaços são servidos por milharesde ligações às redes de alto débito, com especialênfase os do quarto piso, ocupados com dezassetelaboratórios informáticos, cada um cone doze com-putadores, impressoras, scanner, etc.

Para além da Biblioteca, .da Livraria, dos tó-

> Prof. Doutor Luís SoaresPresidente do Instituto Politécnico do Porto

Por razões de ausência do país, não foipossível ao Professor Doutor Luís Soares,presidente do IPP dar as boas vindas aosnovos alunos

> Prof. Doutor Francisco Carvalho GuerraPresidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa

A quem chega mandam as regras que se dê asboas vindas.

Outras não poderiam ser as minhas palavraspara os recém chegados à Universidade; não ofaço, porém, nesta ocasião por puro formalismodiletante, mas por arreigada convicção de que osnovos precisam de chegar bem.

Porque, de facto, iniciam umã nova trajectóriadas suas vidas, estão na grelha de partida de no-vas e originais experiências. Ponto é que nestepercurso, neste trajecto dinâmico, saibam manter arota e nãos e afastem dos seus objectivos essenci·ais.

Caminhante, como dizia o poeta, não há cami-nho, o caminho faz-se andando. A vida, com efeito,por vezes reserva-nos surpresas que nos obrigama corrigir a rota, no entanto, nos seus aspectosessenciais o rumo que decidim·os tomar é determi-nante na construção que tivermos por bem encetar.

Fase cruciaf da formação do ser humano, aUniversidade vai apetrechar o recém vindo comconhecimentos e competências que o vão habilitara entrar no mundo do trabalho.

São os que agora entram que serão o capfalhumano de amanhã. Defendo que é este o principalinstrumento de crescimento e riqueza dos países,entendido o capital humano como potencial de cres-cimento, mudança e desenvolvimento latente emqualquer ser humano.

Não aeredão na imutabilidade das coisas e muhomenos na imutabilidade humana. A prová-lo, en-contramos tudo aquilo que o Homem foi capaz defazer ao longo do tempo e a versatilidade com queo tem fe~o.A Universidade fornece o lastro no qualvão repousar grande parte das nessas competênci-as, é indubitável. Mas da mesma forma que qual-quer gestor considerava possível e normal renovaro parque tecnológico da sua -empresa, de igual for-

expectativas são legítimas.Que o sucesso da sua vida escolar seja a base

firme para o sucesso profissional. E que encontremno ambiente académico a resposta às expectativasque os trouxe para a Universidade.

8 de Outubro. de 2002

runs, cantina, bares, esplanadas interiores e exteri-ores e parques de estacionamento, o campus en'-cerra, ainda, um conjunto de espaços convidativosà reflexão e estudo. E, igualmente, ao convívio.Naturalmente que neste espaço se integram as or-ganizações estudantis: Associação de Estudantesda Universidade Portucalense (AEUPIDH), As-sociação Europeia de Estudantes de Direito (ELSA),Coro, Tunas (Masculina e Feminina), Teatro Aca-démico Universidade Portucalense (TAUP), RádioPortucalense e o.Núcleo de Estudantes do Depar-tamento de Informática da universidade Portucalen-se (NEDIUP).

Uma Universidade (num campus) atenta àsrealidades da sociedade contemporânea, que temcomo objectivo a formação integral dos seus alu-nos, preparando-os para receberem, com sentidocrítico, o novo conhecimento. promovendo o desen-volvimento de capacidades de ser social numasociedade global; incentivando-os para o exercíciode uma acção profissional qualificada; incutndo-lhes a responsabilidade dos seus direitos de cida-dão, estimulando-os no sentido de adquirirem aabertura mental necessária para aceitarem e parase adaptarem a uma sociedade em permanentetransformação.

É, portanto, desta forma que entendo o EnsinoSuperior Universitário, são, por isso mesmo, estesos pressupostos que tenho como mentores do anolectivo de 2002-2003 que agora se inicia.

ma a renovação e o desenvolvimento do conheci-mento é determinante para cada um de nós!

No sentido mais amplo de termo, a formaçãodeve constituir a primeira obrigação de cada pes-soa em relação a si própria. Só dessa forma podegarantir capacidade de diálogo com os outros eentendimento do mundo.

Num mundo marcado pela mudança, este ter-mo significa, grande parte das vezes, sobrevivên-cia. Consigo arrasta o signrticado de perigo e opor-tunidade, consoante a perspectiva com que cadaum a encara.

Para nós, não obstante ela se traduza em alte-ração de poder e hábitos, constituirá sempre, naactualidade, uma oportunidade.

É por essa transição. da situação actual para avisão futura que sols os responsáveis.

Conto convosco e com a vossa audácia!Bem vindos!

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o papel da autaTqulana lntegTação dos alunos

:> Oro Rui RioPresidente da Câmara Municipal do Porto

o início da actividade acadêmica ê um momsn-to particularmente intenso na vida de uma pessoa,na medida em que, por norma, se misturam dois

. sentimentos distintos: um certo temor pela perspec-tiva de integração num ambiente diferente e o eníu-siasmo que a entrada na universidade eerrprepro-vaca. Por isso, há que saber preparar o acolhimen-to dos novos estudantes de forma a sopesar estetipo de sentimentos e evitar assim que eles sejaminibidores do futuro desempenho escolar do aluno.

Nessa tarefa, a universidade, as diferentes fa-culdades, os organismos académicos, as associa-ções de estudantes e a própria cidade e respecu-vos órgãos de poder local têm papéis a desempe-nhar. Ou seja, todos eles contribuem, em maior oumenor escala, para a adequada inserção dos no-vos alunos no meio académico. E, se trabalharemem conjunto, essa nserçao será naturalmente maissimples, completa e frutífera.

No caso particular da Câmara Municipal doPorto, direi que o seu papel na integraÇão de novosestudantes na comunidade acadêmica, em particu-lar, e na cidade, em geral, passa essencialmentepela oferta de infra-estruturas de vária ordem e,claro, pela programação que lhes é inerente. Desta .forma, a autarquia está a disponibilizar nos domíni-os cultural, desportivo, social, recreativo e.ate ecu-cativo uma formação e uma animação complemen-

tares às providenciadas habitualmente pela acade-mia.

Seria fastidioso estar aqui a elencar a ofertamunicipal ao nível cultural, educativo, desportivo erecreativo, por isso apenas me deterei em algunsequipamentos que considero serem de extremo in-teresse e importância para os alunos do ensinoSuperior. Todos eles sobressaem, de resto, pelaqualidade das suas instalações, pelas suas valên-cias específicas e ainda por serem economicamen-te acessíveis.

No capítulo do desporto e da educação físicadestaco,a título de exemplo, as piscinas munici-pais (Constituição, Cartes, Campanhã e Pastelei-ra), o Pavilhão dos Desportos Rosa Mata e o Com-plexo Desportivo Monte Aventino, para a práticadesportiva indoor, e o Parque da Cidade, o Parquede S. Roque e a Quinta do Covelo, para o desen-volvimento físico ao ar livre.

Já na vertente educativa, os estudantes da Fe-deração Académica do Porto (FAP) podem realizaras suas inveStigações, emorernarern-se nos seusestudos, assistirem acolóqelos e conferências ou,tão-só, entregarem-se ao prazer da leitura na Bibli-oteca Pública Municipal do Porto, na BibliotecaMunicipal Almeida Garrett ou ainda no ArquivoMunicipal do Porto / Casa do Infa:nte.

Quanto à oferta museológica do município, há asalientar a Casa Taitl Gabinete de Numismática, aCasa-Museu Guerra Junqueiro, a Casa-MuseuRosa Ortigão Sampaio, o Museu Romântico Quin-ta da Macieirinha ou a Casa do Infante. Todos estes

espaços apresentam importantes espólios museo-lógicos e são incontornáveis para quem queira co-nhecer a história da cidade do Porto, De registar, apropósito, a construção em curso do Museu doVinho do Porto ou o futuro Museu do Brinquedo.

Na vertente cultural e recreativa, devo realçar aprofusa programação das chamadas "artes do pal-co" implementada tanto no Rivoli como no Teatro doCampo Alegre. Estas duas salas municipais sãocentros nevrálgicos do que de melhor a cidadeInvicta pode oferecer no campo do teatro, oarrúsi-ca, do bailado ou do cinema. Para tanto, muito temcontribuído ° trabalho desenvolvido, no caso doRivoli, pela Culturporto - Associação de ProduçãoCultural e, no caso do Teatro do Campo Alegre, dacompanhia Seiva Trupe.

Já as artes plásticas têm como espaços nobresde divulgação artística a Galeria do Palácio dosViscondes de Balsemão, dois equipamentos que aDivisão Municipal de Cultura e Turismo que está agalvanizar com exposições regulares e diversifica-das.

Como vemos, a autarquia portuense está dota-da de equipamentos e é promotora de iniciativascapazes de facilitar a integraÇão de novos estudan-tes nacidade e no meio académico. Além disso, aedilidade está particularmente receptiva à coopera-ção com as 'torças vivas" da academia, nomea-damente com a FAP, no sentido, precisamente, degarantir qualidade de vida aos alunos e, ao mesmotempo, honrar as tradições de hospitalidade da ci-dade do Porto.

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Ma1s um ano .lectrvo se 1n1C10U> Pedro SimõesPelo Presidente da Faculdade de Economiada Universidade do Porto

POT> Vasco Boga DuarteVice-presidente daAEFMDUP

Af:FMDUP

"Mais um ano lectivo se iniciou ... Porém, nãopode ser visto como "mais um" ano, mas simcomo "o ano" lectivo, Isto porque o futuro traz di-versas dúvidas e algumas nuvens negras, emépoca de importante reestruturação do Ensino Su-perior. É essencial acordar os intervenientes e to-dos os agentes educativos envolvidos na evolü-ção e desenvolvimento que certamente desejam.

No momento actual, começa a ferver a discus-são do Orçamento de Estado, no qual os impactosno Ensino Superior Público são de realçar. O maisque previsível corte para as Universidades, naordem dos 4% vai acarretar consequências. Sal-tam à vista a insegurança na manutenção de certasinstituições que estão no limiar do fecho e pedem,de uma vez por todas, cair da corda bamba. Tam-bém o congelar do investimento que se desejavapara 2003 não deixa de ser preocupante. Assim,quando se quer fazer crescer sustentadamente todoum Ensino Superior, há que criar as condições

para tal. E embora admita que mais importante quea quantidade é a qualidade, e que a gestão dasUniversidades é por vezes não eficiente, não sepode cortar na base, no futuro de um'país, cujacauda da União Europeia começa a pesar cadavez mais. Se o país está de "tanga', porque têmque ser os alunos a apanhar frio!?

Também aAcção Social tem que ser olhada deoutro modo pelas entidades responsáveis. O re-cente acréscimo no preço das refeições e nos alo-jamentos das residências não é admissível e sóvem prejudicar aqueles que menos podem e que jámuitos sacrifícios fazem para atingir os seus objec-tivos.

Assim, este ano vai ser um ano em que todosnós temos que mostrar empenho nas nossas cau-sas, tem que haver consciencialização e maiorunião entre todos. O nosso papel na sociedade nãose pode resumir a "tirar cursos". O nosso papel nasociedade é desenvolvermos os cursos em queaplicamos o nosso tempo e esforços, e tambémajudar ao máximo todos os que vêm atrás de nós,as gerações futuras, Que precisam de mais melhorcondições. Nós, enquanto dirigentes associativos,temos uma grande responsabilidade, mas certa-mente um grande orgulho em trabalhar nesse sen-

TugalD

Início de ano lectivo, início de uma nova vida!. .."Mais uma corrida, mais uma viagem" ... para al-guns a primeira, para alguns a úttima, para outros ...mais uma!

A verdade é que, independentemente de parauns ser o começo e para outros parte do percurso,ficam sempre algumas questões ... O que nos dáde Superior este Ensino? Quantos de nós realmen-te crescém com aAcademia?! Como vivemos nóso ingresso e a passagem pelo Ensino Superior?Damos o "Salto" e tornamo-nos algo mais do quenos foi mortalmente destinado?!?! Deixámos aque-la estranha forma de vida que foi o Ensino Secun-dário onde prevalece a infantilidade e o egocentris-mo?!

É difícil acreditar que já nos catapultámos paraum mundo novo quando vivemos num meio tãomortiço onde o individualismo se impõe como modode sobrevivência!. .. Chega a ser chocante estesentimento generalizado que já classifica como uto-pia uma sociedade minimamente equilibrada, ondecada ser motivado contribui para o bem comum ...

Mas o que nos completa hoje em dia?! Que raiose passa connosco para que nos satisfaçamos comobjectivos tão egocêntricos?!? Estaremos tão de-primidos e carentes de estima para que só umvazio de valores satisfaça este ego colectivo tãoegoísta?

Afinal de contas, que geração é a nossa? Quelinhagem sucede à "Geração Rasca"? Seremosainda a mesma que "domingo sabe de cor o quevai fazer segunda-feira"? Correm rumores entre oscorredores do meio intelectual que está em constru-ção uma tese de doutoramento que divide a des-cendência da "Geração Rasca" em quatro facções;

1- Geração Pavlov: grupo social numerosoque sobrevive de modo mecãnico através de refle-xos condicionados em resposta a estímulos bási-cos;

2· Geração Projecção ( ou "Sacode o Capo-te"): é a tribo mais numerosa e cumpre o ritualbidiário de projectar os males do Mundo no famige-rado "Sistema" e/ou Governo;

3- Geração "Big Breda"; é o bando mais suigeneris, que de modo voraz busca a notoriedade.Para tal, os seus elementos partilham em directocom o País, as suas intimidades e flatulências emtroca de quinze minutos de fama;

4- Geração Narciso: abundante quantidade deindivíduos que, à semelhança do mito, possui comoobjectivo de vida a sua própria imagem.

Até há alguns dias atrás partilhava esta ideiageneralizada de analisar a nossa geração ... Asúltimas conversas de café acabavam sempre nomesmo tema e com a mesma conclusão: estamosassombrados, possuídos pelo "Espírito Tuga": cor-rupto, fraco e amorfo ...

Mas um dia ... mas um dia eu vi a luz!!! Melhordizendo." um taxista ... Explicando melhor. o tem-po era pouco e a ãnsia de chegar a tempo à janta-rada pelos lados do "Piolho" era tanta que, excep-cionalmente recorri a um táxi ... talvez por desti-no ... e foi assim que eu vi a luz!!! Durante a via-gem ouvi um homem zangado com o País, com o

tido! Se alguns dos problemas persistem tambémse deve à inércia que se verifica no trabalho pornós desenvolvido. Dai, mudar e empreender sãoverbos que terão que fazer parte do vocabulário dopróximo ano.

Precisamos de uma Universidade do Portocoesa, articulada, mexida, educadora e enriquece-dora de toda esta cidade!

Por fim, mas não menos importante, resta-meuma palavra para os caloiros que agora iniciamuma vida diferente. Desejo a maior felicidade naconcretização de objectivos e no alcançar de êxi-tos, que perduram para toda a vida. Claro que paraisso, será um ano de trabalho e de luta, pelo quedeverão ser também acompanhados per quem temresponsabilidades, desde todos os COlegas quepartilham os mesmos problemas e ambições, atéaos professores, que também têm que se aproxi-mar, cada vez mais, de um dos seus principaisobjectivos: Formar bons alunos, excelentes pes-soas e enriquecer toda uma formação impar que avida Académica transmite.

Assim, sucessos académicos para todos, umQrande ano cheio de objectivos conseguidos e so-

. nhos concretizados! Aproveitem os melhores anosda vossa vida.

que somos e com o que realmente devíamos ser. ..Depois de longos minutos de lamúrias, de frasesfeitas e fatalistas sobre este nosso cantinho à beira-mar plantado e quase, quase a fechar a porta dotáxi, já sem ver a cara deste caricato Messias,ouço a Mensagem: "Ó chefe!!! Está nas vossas _mãos!!! São bócês estudantes que vão mudar estaporcaria toda!!!. .."

Foi naquele singular momento, vestido de pre-to, de capa traçada e com um "brio I do caraças"que vi a nossa salvação ... Nós somos a nossaprópria salvação!!! Não é possível que tenhamosevoluído para um tão primitivo e animal estilo devida! Não vamos ser nós a perverter a "liberdadeque ajudou a democracia a estabelecer-se"!

Saberemos buscar um bem maior. __sabere-mos ser mais do que meros licenciados em Qual-quer curso ... saberemos aplicar tudo o que apren-demos e estamos a aprender, para viver e construireste nosso querido"T ugal"L ..

Estar no Ensino Superior é construir a Acade-mia, é pensar o País, é querer mudar o MUNDO!!!A nossa vontade tem de ser arrogante, prepotente emegalómana até ... mas sempre munida de umaatitude humilde para que se destrua este apático esenil modo de existir.

Sejamos çaloros na ingenuidade de acreditar esimultaneamente doutores na perseverança paraessa meta alcançar! Façamos do nosso cérebrouma zona erógena e tenhamos prazer em Pen-sar. .. em pensar como vamos edificar e arquitectaro que nos rodeia. Está na altura de promover umaAcademia como seio de uma cultura de civismo ...está na altura de ressuscitar uma Academia quesempre se afirmou como "Escola de Resistência".

Este é o "primeiro dia do resto das nossasvidas"!

Bem-vindo a esta nossa Academia!...

Page 8: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

.i A propósrto do Mlnlstrod'i,lida Crêrtcra e Errsrrio Super ror

> Pedro Filipe SousaPresidente da Direcção daAElCBAS

A 18 de Abril do corrente ano tomou posse oactual Ministro da Ciência e do Ensino Superior,Prol. Doutor Pedro Lynce,

Passados já 6 meses, é pois altura de fazeruma avaliação do seu mandato e da sua forma deestar na qualidade de Ministro.

Para iniciar, gostaria de saudar a forma como oMinistro tem dialogado e promovido a discussãocom os seus parceiros, nomeadamente os repre-sentantes dos estudantes, quer com o presidenteda FAP, quer com o representante' das Associa-ções de Estudantes da Universidade do Porto,Apesar de se tratar de uma "obrigação" da suacondição de Ministro, distinguir-se·á pelo menos dealguns Ministros que, à margem dos seus parcei-ros sociais, fazem avançar leis sem previamentepromovl;lr a sua discussão,

Referir-me-ei agora a dois aspectos específicosda sua actuação: o regime jurídico do desenvolvi-mento e qualidade do ensino superior e o financia-mento do ensino superior.

Relativamente ao primeiro doc.umento, julgo quese trata de um bom documento, Alguns considera-rão um documento muito vago, outros considerá-lo-ão muito específico e restritivo ...

Provavelmente um dos conceitos mais polémi-cos e discutíveis terá sido a possibilidade de encer-ramento de Instituições ou de Licenciaturas. A mai-oria das AAEE terá sido peremptoriamente contra,

Pessoalmente, a ideia de encerrar Instituiçõessem qualidade, mesmo as Públicas, ou cortar ofinanciamento a.licenciaturas, apesar de politica-mente impopular, perece-me necessário. se nãomesmo urgente. Trata-se pois de um investimentona qualidade do ensino em detrimento da quantida-de de ensino e da pulverização de Instituições eLicenciaturas a que temos assistido. Mais, estãoconsideradas as condições que permitirão o encer-ramento das Instituições: "redução ou suspensãodo financiamento públioo quandc as instituições nãoaplicarem as recomendações" ou 'os resultadosda avaliação das instituições de ensino superior, senegativos podem ainda deternjinar. .. encerramentoas Instituições.". Refira-se que está salvaguardadoo interesse dos estudantes inscritos nessa licencia-tura/instituição: " ... éassegurado aos estudantes odireito a transferirem-se para outro estabelecimentode ensino ...",

Coloca-se depois a questão de perceber dequem é a responsabilidade desses resultados ne-gativos: uns acusarão o Governo Central, outrosapontarão o dedo aos gestores das Universidades,Na minha opinião deverão ser partilhadas as res-ponsabilidades, mas se existem, e ninguém o ques-tionará, exemplos de excelência no ensino superi-or público, ainda que desenvolvidos sob o mesmoGovemo, então acredito que realmente a responsa-bilidade não caberá segura e exclusivamente aoGoverno, Trata-se pois de apostar na qualidade, eacredito que todas as Instituições que têm apostado

e investido nessa matéria nada terão a recear facea esta proposta de encerramento de Instituições, ouo simples corte de financiamento.

Relativamente a licenciaturas com um númeroreduzido de alunos, existem no meu entender doisquadros possíveis: ou a licenciatura não tem inte-resse público e não faz sentido o Governo financiá-la, ou tem interesse público, como será o caso daslicenciaturas na área da física, e será urgente per-ceber o motivo do reduzido interesse dos estudan-tes nessa área. Deve-se por isso investir, não obri-gatoriamente a nível financeiro, e promover essasmesmas áreas/licenciaturas.

Outro ponto louvável, e espero não se tratar deapenas mais um no documento, define como atri-buição do Estado "criar uma rede de estabeleci-mentos públicos que cubra as necessidades detoda a população." Nem mais, nem menos. Farásentido as Universidades continuarem a licenciarmilhares de jovens em áreas oomo a do ensino queno final da sua formação somente lhes é apresenta-do o desemprego? AAEE's há que defendem aliberdade de escolha e o direito ao ensino., poissão essas mesmas AAEE's que vêm mais tardereivindicar pela integração dos recém-licenciadosnos quadros do Estado, visto' que este os iludiu eos "enganou" permitindo-lhes que se licenciassemnessa área. Sej!1mos honestos e coerentes: ousomos conscientes e diminuímos os numerus ela-usus em áreas declaradamente com excesso dequadros ou exigimos a liberdade de escolha e as-sumímos, nesse sentido, nós próprios o risco defazer essa licenciatura.

Por outro lado, haareas profissionais em queexiste real falta de recursos humanos, nomeada-mente na área da saúde, Não será que a diminui-ção das despesas na formação de professores, porexemplo através da redução dos numerus claususem algumas instituições, ou mesmo o encerramen-to dealqurnas outras, permitiria o investimento naformação em áreas carenciadas, como é a área dasaúde? Na minha opinião deverá ser esse o cami-nho, Um aspecto menos positivo relativamente aeste ponto,'e esta foi a minha interpretação da par-ticipação do Ministro no debate realizado na Maiano passado dia 14 de Outubro, é a intenção doMinistro contabilizar a formação existente no Ensi-no Superior Particular e Cooperativo (ESPC) emtermos das reais necessidades do País, isto é,caso as estatísticas indiquem a necessidade deformar 1000 professores do ensino básico, e caso oESPC tenha capacidade para formar 300 professo-res, então caberá ao Ensino Superior Público aformação dos restantes 700 professores. Na minhaopinião o princípio é errado, e aliás não é o que estáprevisto regime jurídico, como tive oportunidade dereferir anteriormente, O Ensino Superior Públicodeverá ser responsável pela formação da totalida-de dos 1000 professores necessários nessa data,

Quanto ao financiamento do Ensino Superior.,.a situação presente é seriamente crítica e se até fazsentido discutir a forma de financiamento para ofuturo é inaceitável que as regras sejam alteradas ameio do jogo: o atraso na transferência de verbasque o Governo oostuma realizar a meio do ano civilpara as Universidades, de forma a financiar asdespesas referentes aos aumentos do vencimentodos funcionários Docentes e não Docentes, à dataainda não realizada, e tendo as próprias Universi-

dades adiantado esse pagamento, colocou as Uni-versidades numa situação financeira muito delica-da, ao ponto de comprometer qualquer projecto naárea da inovação e desenvolvimento, Mais graveainda do que o atraso em causa, é a pOSsibilidadeavançada pelo Ministro, na tal palestra realizada naMaia, de não vir a ser transferido esse montante. Éclaramente uma situação inaceitável e que nemmesmo a restrição financeira a que esiamos sujei-tos por convergência a nível da União Europeiajustifica esta alteração de regras,

E se é verdade que temos assistido a um de-sinvestimento no ensino superior, não podemos seralheios aos casos de sucesso que vão existindonesta realidade.sub financiada, como já referi. Oque nos leva à questão da gestão, aliás iniciada nopassado dia 9 de Outubro a sua discussão emPlenário do Senado da Universidade do Porto: farásentido a gestão das Universidades e suas Unida-des Orgânicas continuar na mão de Académicos,ou será mais eficiente uma gestão prestada porprofissionais de economia e gestão que exerçamum papel orientador e conselheiro, sem contudonunca se sobrepor ao Conselho Directivo ou aoConselho de Administração? A solução passaránaturalmente pela assessoria de um profissional,que desempenhará as funções para as quais foiformado, neste caso um economista ou um gestar,um consultor que aponte estratégias, cabendo aosórgãos, legitimamente eleitos, a definição final daestratégia a adoptar.

Continuando este exercício teórico, concordocom o princípio da promoção daqualidade edaexcelência e, nesse sentido, não me incomoda umfinanciamento em função dessa mesma qualidadeou em função do desejo e da apresentação de pro-jectos concretos que procurem atingir essa mesmaqualidade. Não se pode continuar a financiar deigual forma Instituições com diferentes níveis dequalidade,eficácia, produtividade é excelência.

Defendo um financiamento por contrato comobjectivos bem definidos. com compromisso deambas as partes: ao Governo cabe financiar e su-pervisionar e às Universidades e Unidades Orgâ-nicas executar os projectos apresentados, Não serãocapazes as escolas de assumir esse compromis-so? Quero crer que as Instituições de qualidadenão recearão esta forma de financiamento: no míni-mo receberão o mesmo financiamento e ainda po-derão receber financiamento resultante do corte àsinstituições cujo nível de qualidade seja reduzido eIou não manifestem real desejo em melhorar o rnes-mo. Se as Instituições não estiverem dispostas aassumir compromissos por que motivo há-de oGoverno continuar a financiá-Ias?

Para terminar a análise deste ponto, gostaria delamentar, não apenas o corte nofnanctamento aoEnsino Superior, como também a forma cega comoeste está a ser realizado: todos vêem ser reduzidoOseu financiamento independentemente da qualida-de que têm defendido e produzido,

Em forma de conclusão, desejo queo Govemotenha coragem política para aplicar o regime jurídicoapresentado, e o faça correcta e justamente, quepromova a discussão, urgente, sobre o futuro dofinanciamento ao ensino superior em Portugal e,por fim, que reconsidere a forma pouco ética comeactuou relativamente ao financiamento para o ano2002,

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Errsmo SUp~Tl0TI Para onde vamos?Par a orrde nos levam?

> Vasco Miguel Lourenço da CostaPresidente da AEFLUP

Mais um ano lectivo que se inicia. Para algunsjá lá vão muitos. Para outros trata-se de uma fasecompletamente nova. Implica o contacto com umarealidade a todos os níveis diferente. Desde logo ocontacto com um espaço novo (muitas vezes numacidade diferente), com colegas e professores no-vos, currículos e métodos de avaliação diversos.Consequentemente, é necessário um considerávelesforço de adaptação a todas estas novas variá-veis que vão acompanhar os novos alunos duranteos próximos anos. Â todos, caloiros e restantes,um bem haja e votos de felicidades. ,

E se a entrada na Universidade é um momentode relativa felicidade (afinal com os numerus clau-sus não são lodos os que conseguem entrar) anova realidade comporta aspectos positivos e ne-gativos.

Assim, rapidamente após alguns dias de frequ-ência ficaremos imediatamente com a ideia de queo Ensino Superior não é de todo um mar de rosas,E no Que toca à Faculdade de Letras da Universi-dade do Porto, existem inúmeros problemas. Des-de o espaço sobrelotado, aos azulejos que caem,da falta de salas à falta de computadores, da inexis-tência de uma sala de convívio à ainda mais pre-mente inexistência de uma cantina; nada está feitopara tomar a frequência na faculdade uma estadiaagradável. E se a isto juntarmos as subidas nospreços das refeições nas cantinas, as residênciasem número claramente insuficiente e o eterno pro-blema dos sucessivos atrasos na atribuição dasbolsas, veremos claramente o quanto há a fazerpara que o Ensino Superiortome o caminho certo.Para tudo isto é preciso investir!

Mas com os anunciados cortes orçamentais, opanorama do Ensino Superior avizinha-se muitonegro, e na nossa Faculdade já se notam os seusefeitos, juntos dos nossos colegas trabalhadores-estudantes, que correm o risco de ver o EnsinoNoctumo encerrar, em virtude do não cumprimentodo Estado e da tutela nas suas obrigações, Asconsequências não findam aqui.

Ao longo dos últimos anos, sucederam-se governos e um número consideravelmente mai-or de ministros da Educação apregoando aos seteventos uma paixão pela educação. A paixão des-vanece-se quando, ultrapassando as'rneras pala-vras constatamos na realidade qual o panorama daeducação e do sistema de ensino, A Educação nãoé encarada ou assumida como um investimento dasociedade no seu próprio désenvolvimento a longoprazo e que deve ser acessível a todos, mas comouma mercadoria transacionável que deverá, prefe-rencialmente, dar lucro. É por isso que não hácreches que respondam às necessidades ou pavi-lhões nas escolas secundárias, ou porque temosde pagar propinas que nos dizem destinarem-se amelhoramentos mas que todos sabem cobrir o de-sinvestimento do Estado na Educação.

É essa mesma lógica que não deixa espaço àcriatividade, à iniciativa pessoal ou à organiiaçãodos estudantes, Mais do que fomento do debate ecriação de espírito crítico e interventivo, existemescolas onde, desde o início se favorece o decorarde conceitos para os testes.

Para que exista também uma real igualdade deoportunidades é necessária a criação de condiçõesefectivas para a sua prossecução. Os estudantestêm percursos e backgrounds familiares diferentesque condicionam o seu aproveitamento escolar, Noentanto tudo se pága: refeições, livros, fotocópias,certidões, diplomas, explicações, etc, etc ... A má-xima consagrada na Constituição de que o Ensinodeveria ser tendencialmente gratuito foi atirada paraas calendas gregas,

O Ensino Superior não foge obviamente aosproblemas estruturais. Se a situação nunca foi fa-mosa esta começa-se a agravar a partir do iníciodos anos 90. Nessa altura, os sucessivos ministé-rios procuraram implemenlar o pagamento de propi-nas. Se os estudantes saíram vencedores em t 992,estas foram reintroduzidas em 1994. Em 1995 ogoverno PS é eleito e revoga a lei em vigor. Esteem campanha eleitoral afirmou que só reintroduziriaas propinas após uma reforma fiscal. A reformaficou por fazer mas em Setembro de 1997 é apro-vada a Lei Quadro de Financiamento do EnsinoSuperior contemplando-as de novo.

Embora o movimento estudantil tivesse posi-ções diversas (uns recusavam Jiminannente o prin-cipio de.pagamento de propinas outros aceitavam-

no) foi unânime ao denunciar que esta nova Lei deFinanciamento significava um novo passo na des-responsabilização face ao Ensino Superior e queas propinas, longe de serem utilizadas para o in-vestimento nas faculdades, seriam utilizadas parapagar despesas e cobrir os sucessivos cortes dedotação orçamental proveniente do orçamento deEstado para as. instituições,

Este diagnóstico foi correcto, pois passados 4anos atingimos uma situação de ruptura completa.Os cortes definidos pelo orçamento reclificativo deJulho e os cortes que se anunciam para este anolectivo conduzem as instituições para a bancarrota.

Na FLUI', em 2000, 103% do orçamento pro-veniente do Estado foi gasto em despesas compessoal (salários). Ora o dinheiro das propinas ser-viu para pagar todas as outras despesas. O futuroé incerto. Se agora já nem garantem os saláriosdos professores o que acontecerá com a tão neces-sária cantina ou com o projecto de aulas em regimenocturno?

A FLUP precisa de mais instalações, maiscondições infraestruturais, de mais professores. Emsuma, de mais investimento. Aqualidade do ensi-no e da investigação assim o exige. No entanto, aopção actual contraria as necessidades dasfaculdades,estudantes e professores.

Num momento em que o modelo de educaçãodo govemo entra em falência é necessário redefinirum novo rumo, fazer opções claras. Aassunção daeducação como um direito de cidadania e não comoum serviço que se paga, e que como tal é só paraquem pode. Todos os cidadãos tem o direltoà edu-cação em condições de igualdilde, Daí a importàn-cia da gratuítidade, Ajustiça social faz-se atravésde uma reforma fiscal e não através do pagamentode propinas. Este ano será, como todos os outrostêm sido, um ano pleno de dificuldades, mas tam-bém pleno de força por parte dos estudantes que sepreocupam com o futuro do seu país, porque essefuturo é o seu, são eles próprios. A Educação temde ser encarada com responsabilidade pelo Esta-do, e ser definitivamente assumida como uma prio-ridade para o país,

Até que isso aconteça, é preciso meter mãos áobra e lutar por aquilo que acreditamos. Defenderos estudantes e as suas necessidades. É para issoque cá estamos, nas AE's e nas Federações. Ounão é?

Contabilidade Orqarnzadae as ASSOCiaçõesde Estudantes> Henrique Andrade

Sempre que se fala de Associações de Estu-dantes e dos montantes que estas movimentampaira uma suspeita e mistério digna de um livro deAgatha Christie ou um dos casos apenas resolvi-dos pelo famoso Sherlock Holmes,

Se realizassemos um inquérito aos alunos daAcademia do Porto ou de outras Academias dopaís a opinião geral seria esta com certeza. É doconhecimento geral que o aluno do Ensino Superi-or, assim como os dirigentes associativos, é cadavez mais exigente consigo e com os outros, preo-

cupado e atento ao que lhe rodeia, AsAssociaçóesde Estudantes do Porto, e a Direcção da Federa-çãoAcadémicado Porto (F.A.P.), têm juntado es-forços para tornar as suas contas cada vez maisorganizadas e transparentes, dentro dos pararnêtrosda fiscalidade e legalidade. Exemplo disso são aspropostas aprovadas em reuniões nacionais assimcomo acções de sensibilização para este assunto;como foi a sessão de esclarecimento na Faculdadede Economia da Universidade do Porto com otema" Contabilidade Organizada ",

A F.A.P. como estrutura e f6rum de discussãoentre as 26 Associações que representa está a criar

mecanismo de controlo e aconselhamento paraassim optimizar os recursos humanos e financeirospor si utilizado.

Neste sentido a Direcção da Federação Acadé-mica do Porto, neste mandado mudou de empresade Contabilidade - para a Gesnort, Lda., uma em-presa associada da Multinacional Deloitte & ToucheTohmatsu - assim como a Auditoria para este man-dato irá começar em breve.

É importante que o Poder Central apoie e ajudeas Associaçõesde Estudantes na regularização daSituação Fiscal de uma forma que evite por emrisco a sobrevivência das mesmas.

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A rrnpor+ârrcra dos tijolos> João PortuguêsPresidente da AE ISEP

ma engenheiros há já 150 anos) não recebe o seuquinhão das propinas referentes ao seu número dealunos, será isto. uma boa gestão. ou teremos quetapar os furos dos outros.

Nós engenheiros ou futuros, temos visto nodecorrer. destes últimos anos a nossa formação adegradar-se, não por culpa nossa, mas sim, poruma fana de investimento nas condições de estudo,devem concordar comigo, que o ensino do enge-nheiro deverá ser algo que devera acompanhar deperto as novas tecnologias, no entanto, o contactomais próximo que o futuro engenheiro formado peloISEP tem com estes desenvolvimentos tecnológi-cos, será umas revistas da especialidade, se oaluno investir umas boas massas. Claro que osalunos não são abastados (bolseiros e outros) vêema sua formação prejudicada por não poderem com-prartais manuais.

NãO é mania da perseguição, mas a vida paraos futuros engenheiros não anda às mil maravilhas!

Está de novo em estudo um Ante-Projecto dediploma para a qualificação profissional exigida aosautores de projectos de obras e para a direcçãotécnica de obras que revogará o decreto -lei 73/73de 28 de Fevereiro.

Será, de certo. consenso geral que uma revl-

> Deputado da Assembleia da Republicae ex-Presidente da FAP

Aproxima-se novamente um período de refle-xão sobre o passado conjuntamente com um perí-odo de planeamento e assim, fazendo contas àvida. concluímos que. por mais contas que taça-mos é muito difícil gerir aquilo que não existe. Queo dinheiro está caro toda a gente o sabe mas aindaninguém conseguiu encontrar a fórmula que relaci-ona o dinheiro caro com uma gestão eficaz (e seique neste momento há muitas cabecinhas pensan-teso com inúmeros computadores topo de gamadebruçados na questão), e o problema acaba porcair naquelas peças chamadas alunos.

Por estranho que pareça. os alunos agora atépagam propinas, concordando que a sua contribui-ção é necessária ou válida para um investimentona qualidade de ensino. mas estes trocos têm sidousados para sustentar o decorrer normal do anolectivo ao em vez de ser investido na melhoria, nainvestigação, ou seja, na qualidade.

Já agora por tocar na questão das propinas, nãoserá estranho que a contribuição dada pelo alunopara a sua educação, seja investida em escolasque este não frequenta? Pois é, é assim que sepassa o ISEP (escola de grande prestígio que ÍQ[:

são ao decreto-lei. que se encontra em vigor, temuma necessidade premente. dada a desactualiza-ção do mesmo assim como a evolução ocorrida nasociedade e na engenharia. na sua diversificaçãode ramos e especialidades cada vez mais abran-gentes.

Seguramente este assunto não é novo paraquem se mantém informado, uma vez que já tantapolémica gerou no passado. Mas como quandonão se aprende com os erros cometidos no passa-do estes tendem a repetir-se, prevê-se novamenteque os fúturos interessados não sejam ouvidos naquestão. Sabemos e temos consciência que nãosomos uma entidade parceira na discussão mas. anossa opinião seria, ou pelo menos devera ser, deelevado interesse.

Sem dúvida que defendemos a regulamenta-ção do sector, situação que já deveria ter aconteci-do noutros tempos, mas a questão só é prementeagora, e assim sendo porque não ouvir e discutircom os príncipais interessados?

O diploma regulariza o sector da construção eatendendo a isso, quem o constituiu deveria saberque nenhuma construção se inicia do telhado para orés-do-chão e que o material mais importante sãoos pequenos tijolos ...

A unlãoé'o rnars rmpor+arrtePela Presidente daAE ISLA

Antes de mais e em nome daAEISLA, gostariade desejar um excelente ano a todos os estudantesdo Ensino Superior.

Para este ano académico, a união seráo maisimportante. Respeitar e ser respeitado são duas

formas para que possamos viver em sociedade. Aimagem dos estudantes universitários parece estarum pouco degradada e, para tal, compete-nos me-lhorar essa imagem com mediadas atitudes sufici-entemente úteis e credíveis à sociedade actual.

Mais do que as capas e batinas devemos conse-guir passar as nossas ideias e objectivos com cla-reza sem deixar perder as tradições mas antesajustá-Ias à evolução do Homem.

Saudações Académicas,

Entrevista ai

R1CaTdo Almelda11Para onde deve rumar a FAP?A FAP ao longo dos anos, felizmente, tem vin-

do a afirmar-se como um pólo dinamizador e agiu·tinador dos estudantes da academia.

Em primeiro lugar a FAP deve continuar a man-ter este caminho, não esquecendo nunca que aspessoas passam, mas a instituição fica. Assim,espero que no futuro os líderes da FAP tenhamelevada capacidade mas acima de tudo que te·nham carácter para fortalecer a Academia do Porto.

2' Qual foi o facto de teor Associativo ouAcadémico que mais marcou o seu mandatona FAP?

É sempre difícil separar um facto de tantos ou-tros que vivi com profunda intensidade. Não possoesquecer nunca os amigos, os grandes amigos

que ficaram e que ainda hoje tenho o prazer de ter.Não posso também esquecer a abertura da Quei-ma das Fitas a todas as outras instituições nãoFederadas e olhar para os estudantes e sentir o seuorgulho em estarem presentes na Queima da FAP.Assim foi no Cortejo, nas Noites e em todas asoutras actividades.

Não posso ainda esquecer o Desporto (CEDIFAP) e toda a proximidade que conseguimos, jun-tos. ter com os estudantes do Porto.

Por último gostaria de transmitir o orgulho quetive em ser convidado a integrar a comiíiva doPresidente da Republica da sua viagem oficial aoBrasil.

No fundo foi um grande orgulho para mim, tersido Presidente da FAP.

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CornentáT10S à PRAXE> Davide

> AmeriCusSemcusDux Veteranorum

A praxe será saudável se aqueles que a prati-cam ou que estão a receber os caloiros pensaremque tão a lidar com pessoas que nunca lidaramcom aquele tipo de situação. Talvez a praxe nãopasse pela humilhação total tal como eu a vi serfeita e a senti na pele, talvez não passe pela quaseobrigação de auto-mutilação para se inserir numespírtto acadérilico. Dizem eles que é para tu teresorgulho do teu traje, é para tu sentires o espíritoacadémico, tens que fazer tudo aquilo que manda-mos mas há outras altemativas. Para ser mto sin-cero, eu a partir do momento que entrei para afaculdade deparei-me com situações que eu julga-va só existirem em tempos que já lá vão, que sóexistissem no imaginário de muitos mas afinal des-cobri que a praxe tb serve, para alguns (há quefrisá-lo), como um meio de libertação de todas assuas frustrações. Eu concordaria de facto com apraxe se a visse como uma coísaqus eu adorariapassar outra vez mas pelo que vi e passei meussrs ... Digo que a praxe é preciso ser mudada. Estána moda a irreverência e a diferença logo os srs drsapenas tentam fazer aquilo que nunca ninguém fez,as coisas mais inacreditáveis possíveis. A praxe né uma obrigação é um meio de podermos conhecertoda a gente e para conhecer toda a gente, n épreciso que meia dúzia, ou sejam lá qtos forem, depessoas que já lá andam nos enxovalhem a tda ahora e nos obriguem a fazer tudo aquilo que passapela sua. muito doutoresca cabecinha. Pensem.meus senhores, pensem.

> Maria João Claro q é importante! De outra forma, a integra-çao dos caloiros uns com os outros, c a faculdadee c colegas de outros anos seria muito complicada.Sou totalmente a favor mas nada de abusos,"srs, drs:" ...

Academia do Porto no limiar do século XXI continua viva!A tradição desta academia está a ser vivida por todos que sentem a

Praxe como um estado de espírito e um modo de vida,

> Michael A praxe é fundamental na integração dos calei-ros. só com a praxe ncas a conhecer os teus cole-gas de curso bem como os alunos mais velhos.tem em si algo de ditatorial mas é um mal que vempor bem.

in www.fap.pt

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Acção de forrnaçãode chrtqerrtes desportrvos

> Daniel VieiraTécnico de DesportodaFAP

Vai decorrer na sede da FederaçãoAcadémicado Porto, nos próximos dias 8,9 e 10 de Novem-bro uma Acção de Formação de Dirigentes Des-portivos fazendo uma abordagem a aspectos deter-minantes da Gestão Desportiva, nomeadamente:Gestão de Recursos Humanos, Liderança, Des-porto e Comunicação Social, Planeamento, Siste-mas Competitivos, Organização de Actividades eConcepção do Desporto no Ensino Superior.

Esta Acção visa a formação dos dirigentes doDesporto no Ensino Superior e em particular dosdirigentes associativos ou colaboradores das asso-ciações de estudantes da nossa Academia.

Entre os prelectores irão estar presente váriosmestres e licenciados na área das Ciências e daGestão do Desporto, especialistas e-mdetermina-das áreas e profissionais do Desporto no EnsinoSuperior.

No que conceme à organização desta acção, aFederação Académica do Porto vai contar com oapoio da Federação Académica do Desporto Uni-versitário (FADU), entidade responsável pela orga-nização do Desporto no Ensino Superior no nossopaís.

As inscrições podem ser feitas na FederaçãoAcadémica do Porto e na Federação Académicado Desporto Universitário.

Competições TeglonalsEm relação aos campeonatos regionais vão ter

inicio no dia 4 de Novembro. As inscrições já estãoa decorrer para as modalidades de BasquetebolFeminino e Masculino e Voleibol Feminino e Mas-culino.

Os campeonatos de Andebol masculino e oFutebol de 5 feminino vão iniciar-se mais tarde eoportunamente as informações chegarão à vossaassociação. De realçar que é necessário uma foto-grafia por aluno para as modalidades colectivas eque as equipas se apresentem devidamente equi-padas aos jogos (equipamentos iguais e numera-dos). Os calendários de jogos e os resultados dosmesmos, para além de serem enviados regular-mente para as associações vão estar disponíveisna página da Federação (www.fap.pt) para umaconsulta mais assídua por parte dos dirigentes edos próprios atletas.

Cornpeftçôes NaC10nalSA partir deste ano lectivo as nossas equipas

para irem às fases finais dos campeonatos nacio-nais terão que participar nos Torneios de Apuramen-to que se irão realizar em quatro momentos aolongo do ano, e após isso o apuramento é feitoatravés de um ranking das classificações dessesTorneios deApuramento.

~ste sistema já teve início no ano transacto namodalidade de Andebol masculino que contou coma presença da FCDEF-UP e da Portucalense.

As associações que estiverem interessadas emparticipar nos Tornelos deApuramelÍto devem infor-mar-se junto do técnico de desporto da FederaçãoAcadémica do Porto ou consultar o site da FADU(www.fadu.pt)

O manual do processo de inscrições já deve terchegado à vossa associação, se por algum motivonão o tiverem recebido contactem a FAP ou aFADU. Esperamos que este ano seja um ano demudança no Desporto da nossa Academia e que asassociações se interessem mais pelas diversasactividades e campeonatos que se realizam regu-larmente sob a égide da federação.

Um dos objectivos principais para este ano é aQUALIDADE.

Qualidade nas representações nas diversascompetições nacionais em que as associaçõesestão presentes, em que a Federação à semelhan-ça dos anos transactos, apoiará nas deslocaçõesdos atletas para os diferentes locais de competiçãoe possivelmente a nível de equipamentos desporti-vos para que as associações estejam de acordocom os regulamentos específicos de cada modali-dade.

Qualidade na organização de eventos para osestudantes em geral como por exemplo os Cam-pos, que em vez da quantidade vamos dar conti-nuidade aos projectos desenvolvidos anteriormen-te que tiveram mais sucesso e apostar cada vezmais no seu desenvolvimento para prestar um ser-viço cada vez mais de encontro com as necessi-dades lúdicas e desportivas dos estudantes.

Para que os nossos objectivos sejam cumpri-dos com sucesso é necessário que o movimentoassociativo em geral, dinamiza e divulgue juntodos seus estudantes todas estas actividades, por-que sem o interesse e empenho de todos os alunosestas actividades não fazem qualquer sentido!!

Bom ano desportivo.

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ln Pro Tesfen.o 229 - Outubro de 2002

Cantinas. cozinhas e Tetelçõeschumbam na higiene e quahdade

Instalações sujas, em mau estado de conser-vaçâo e falta de cuidados básicos de higiene dosfuncionários são as principais falhas encontradas

num estudo realizado a 20 cantinas do ensino supe-rior e agora publicado na edição de Outubro darevista Pro Teste. As cantinas da Faculdade de

Ciências Sociais e Humanas, da UniversidadeNova de Lisboa, e do InstITuto Politécnica de Tomarforam mesmo eliminadas por servirem refeiçõescom uma bactéria que pode ser nociva para a saú-de.

Em cada estabelecimento de ensino, a revistados consumidores analisou um almoço compostopor sopa, prato de carne, salada e sobremesa. Foiao nível das saladas que se registaram os pioresresultados, devido a problemas de higiene. Alémdisso, a maioria das refeições servidas primavapelo excesso de gordura e sal. Por vezes, o usodeste último ultrapassava a dose diária recomenda-da.

Segundo a Pro Teste, os responsáveis (nome-adamente, os serviços de Acção Social) deveriamapostar na melhoria das instalações e na formaçãoprofissional do pessoal que trabalha nestes locais,sobretudo porque muitos estudantes fazem do al-moço na cantina uma das suas refeições princi-pais.

"A lei para este sector até é exigente. Mas deque serve uma boa lei, se a fiscalização, não temfeito os traball10s de casa?', questiona aquela re-vista de defesa do consumidor/DECO. Por isso,deixa o alerta aos Serviços de Acção Social dascantinas e à Direcção-Geral de Fiscalização eControlo da Qualidade Alimentar: "Estas são 20das muitas cantinas do ensino superior existentesem Portugal. Como estarão as outras? Será queas condições de higiene e de conservação dosalimentos são respeitadas? Que tipo de contr%ssão efectuados?'~ Mais: "como seriam as coisasse o reitor e alguns professores fossem frequenta-dores assíduos das cantinas?' .

Acerca das nossas lutas ...;> Nuno Mendes As semanas que se aproximam serão de de-

núncia de inúmeras snuações injustas que se pren-dem com outras tantas dimensões do dia-a-dia demilhares de estudantes. A lUta por uma melhor qua-

.Iidade de ensino é uma luta antiga, levada a cabopor gerações que já passaram e Que por cá aindaandam. Mas é uma luta justa, não é uma mera

de~ulpa paraos Qs!udantes protestarem, como al-gumas vozes gostam por VêZQ~ do fazor paeeer. Eessa justiça reside precisamente no facto de poucoou nada ter mudado desde então. Algumas vitóriasimportantes foram conseguidas: impedimos que aspropinas fossem hoje talvez o triplo ~o que sãoactualmente; conseguimos a construçao de algu-mas cantinas e residências nomeadamente naAca-demia do Porto; contribuímos deCISivamente paraque avançasse a avaliação da qualidade de cursose de instituições. Mas isto é ainda mamfestame~tepouco e muito mais há para exigir. E ~ssa eXlgen-cia não é capricho, não é leviandade; e a luta pelosnossos direitos e por uma nova perspectiva deEnsino Superior por parte dos governos - umaperspectiva de verdadeira prioridade, de EnSinoSuperior como principal motor de desenvolvimentoestrutural e sustentado de um país ainda atrasado edebilitado como é Portugal. .

Devemos porém, evoluir no discurso trazidonesse combate, nomeadamente mostrando a toda

a comunidade estudantil como é que bandeiras algoesotéricas, como os crónicos cortes orçamentais,se repercutem directamente na vida do estudante.O problema já é quase como um virus insidioso,daqueles que diminuem a qualidade de vida dodoente, sem ele quase dar por isso. O estudante

acorda, dirige-se à sua Escola, tem aulas, comequalquer coisa no meio tempo e vai oara,casR Evive assim, pensando que aquilo que lhe e dado eaquilo que "pode ser". Conforma-se com ess.a "fa-talidade" e deixa-se adormecer pela cançao deembalar. Isto é absolutamente perverso é a argu-mentação Que sustenta esta realidade completa-mente falaciosa. E vital e urgente que os estudan-tes saibam claramente que é devido aos cortesorçamentais que não podem ter turmas menores,onde aprenderiam mais e melhor; Que e.devldo aeles que não podem ter mais e melhor equipamentotécnico e labaratorial para poderem trabalhar e estu-dar, que não há um núme!o ~~nte de c:.omputado-res na sua Escola, que nao tem instalações condlg-.nas, que não há aulas noctumas em inúmeras ns-tituições que o iustificam pelo seu uOlve~o de tra-balhadores-estudantes, que as bolsas sao baixas,que a qualidade da alimentação nas cantinas ~elxatanto a desejar, Que o dinheirO das propinas nao vaipara a Qualidade de ensino (corno manda a lei),mas para pagar ordenados de professores e de

funcionários, Mas há outras questões, igualmenteimportantes. que não dependem de finanCiamento,mas tão só de vontade política: quando é que sedeixa de responsabilizar exclusivamente o estu-dante pelo insucesso escolar (através da prescri-

ção) e se assume que enquanto os docentes nãotiverem formação pedagógica e enquanto não hou-ver boac oondiçô= fí~i"".para um estudo de qua-lidade, também estes são factores que contnbuemem grande medida para os nrveis de insucesso?Quando é que os govemos tomam uma posição deforça em relação ao poder quas~ total, minado porinteresses ccrporativos e nao 50, das ordens, dascâmaras e das associações profissionais na acre-ditação de cursos, assumindo eles. os govemo~,Que basta a homologação ministerial para garantirmais tarde a entrada nas ordenslcâmaraslassocl~çõos e o respectivo reconhecimento proftssíonariQuando é que o estatuto da carreira docente passaa contar efectivamente (e não como agora) com a _qualificação pedagógica do candidato para a res-pectiva progressão? .

Enfim, Quando é que o estudante passara a ~ro centro do sistema e deixará de ser um mconveru-:ente do mesmo? , .

A participação activa, esclarecida e voluntáriados estudantes faz parte da resposta ...

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FAP socialà área de Saúde, um intedocutor responsável porestabelecer a ponte com a FAP SOCIAL.

Neste momento, são vários os projectos emestudo, e em fase de preparação, nomeadamente aLinha de Apoio ao Novo Estudante, uma rede detransporte universitário para Estudantes com Ne-cessidades Educativas Especiais, campanhas deprevenção de doenças sexualmente transmissíveis,fóruns de discussão de problemas que afectam di-recta ou indirectamente os estudantes universitári-os, promoção de encontros que ponham a nu, insu-ficiências e desigualdades dentro do sistema deAcção Social, mobilizando e informando os próprí-

ÁTeas de Irrterverição

os dirigentes associativos, agentes fundamentaisna denúncia de injustiças.

A FAP SOCIAL não se quer substituir ao Esta-do, nem tão pouco fazer o papel de super herói quesalva tudo e todos, quer acima de tudo fomentar overdadeiro espirito de serviço inerente ao cargo dedirigente associativo, e ser uma mão visível paraaqueles que ao entrarem no Ensino Superior, sin-tam dificuldades de integração. Por isso, a tua par-ticipação é necessária e imprescindível, para quedeixem de haver desigualdades que indirectamen-te minem o Sistema Educativo.

ma, um plano de sensibilização a realizar durante a Queima das Fitas.Programa de prevenção SIDAa colaboração com a Comissão Distrital de Luta Contra a Sida deverá

ser estreitada com o desenvolvimento de um programa de educação dacomunidade universitária na prevenção da SIDA.

Assistência médica aos estudantes do ensino superiorpromover a divulgação de informação sobre os serviços médicos dis-

poníveis pelas várias instituições de ensino superior.

> Alberto Pinto A Federação Académica do Porto criou umaestrutura de seu nome FAP SOCIAL, tentandodesta forma aprofundar a sua vocação de AcçãoSocial. apoiando colegas, que, de uma forma ou deoutra, se vêm discriminados do processo de ensi-no. Mas os projectos sem pessoas não passam deideias, por isso o voluntariado desempenha umpapel fundamental.

A forma de organização escolhida passa porreuniões regulares onde podem participar todas asAssociações interessadas. Então, são discutidasformas de auxílio directo e indirecto, em que asInstituições associadas ter~o num estudante ligado

Universidades livres de fumosensibilizar a população estudantil para os malefícias do turno do tabaco

e, juntamente com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e/ou outrasinstituições, um plano de intervenção na área do tabagismo.

Serviços já disponíveis- Programa de Apoio a Estudantes do Ensino Superior- PsicoGlobal- Consulta de Nutricionismo- Directório de serviços médicos das reitorias- Apoio ao estudante deficiente

- Amudança está "nas tuas mãos.Protesta e resisteil!!

Queima dali Fitaspreparar, juntamente com o elemento da Comissão Executiva da Quei-

"Sopa do Estuderrte"

Corrtra a Má Qua11dadeda Cormda das Carrhrias

Sopa do EstudanteTerçal8 OUI2002

12.00b na FEPOSpreçus das relelÇÕ8!l nas cantinasVão aumentar_AchaS que vais comer melbor~!!

IrADI=~.,.....-. po P08TO--DIIl!~que temos de8penar.o cinto.Seremos sempre 061: os uolGOS li

usar o Clntollll

Foram necessários 150 quilos de batatas, 100quilos de broa de milho, 50 quilos de chouriço, 125quilos de couve, cinco quilos de sal e dez litros deazeite para preparar as 500 doses de caldo verdeque, na opinião de Nuno Mendes, presidente daFAp,.serviram para "ajudar os estudantes a passara tarde com o estômago mais composto". A inicia-tiva, que teve lugar no átrio da Faculdade de Eco-nomia da Universidade do Porto. Sllrviu Mr~ ~m_•__~. ~"u"v <1umemoae 1, 50 para 1,75 eurosdopreço da refeição social nas cantinas universitári-as, sem o correspondente acréscimo de qualidade.Segundo Nuno Mendes, a alimentação das canti-

nas é muito fraca. "Tem muitos fritos, o peixe é raro. e a carne normalmente [resume-se] a frango ou

febras de porco. O ministro aumentou o preço dasreteíções sem aumentar também a qualidade, ape-sar de ter dito que a acção social era uma priorida-de". adiantou o dirigente estudantil. Diariamente, ascantinas da Universidade do Porto servem certade 13 mil refejções ao almoço e cerca dê cin~~ ",:1_ ••.j_ •.•h••••• r"Olv .:;IvUnumero ae outubro, a revista"Pro-Teste" já deu conta da fraca qualidade da co-mida das cantinas universitárias.

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Page 15: Jornal Porto Académico (FAP) #09 (outubro&novembro2002)

Agenda Académlca JI Actrvrdades AElCBAS . I Actrvrdades AI fOUP ~

- - - - - - - - - +- - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - +- - - Quarta,16deOutubro - --

I "A Universidade do Porto (UP) loi criada em 1911, O documento referido será redigido pela Direcção e I ACTIVIDADES DE RECEPÇÃOI resultado da agregação de várias Instituições de terá em consideração os pareceres ou comentários I AO NOVO ALUNO:I Ensino Superior que existiam desde o século XVIII. dos estudantes, que os deverão enviar para o e- I A AEFDUP organiza uma visita guiada pelaI A UP é a maior Instituição de Ensino Portuguesa, mail aeicbas_up@ portugalmail.pt até às 18 horas I cidade do Porto exclusivamente para os novos

com 14 Escolas, 23 000 estudantes de licenciatura de quarta-ieira. Na reunião semanal será discutido alunos. Com partida e chegada na Faculdade deI e 3 500 estudantes em pós-graduações. Tem o e corrigido o documento inicial e redigida uma ver- I Direito, o percurso atravessa toda a cidade sendoI maior número de vagas, 4205 em 2001, e a mais são final. Este documento final servirá de base para I as referências fundamentais feitas por um guiaI alta percentagem de ocupação, cerca de 95%. as reuniões a agendarcom os diferentes responsá- I turístico. Segue-se um jantar de apresentação nasI O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar veis pelas matérias em causa. I instalações da Faculdade onde, além dos novosI (ICBAS), da Universidade do Porto, foi criado em Qualquertema não referido no calendário apresen- I alunos, estarão presentes representantes do

Agosto de 1975. O ICBAS é hoje responsável tado poderá ser incluído neste ciclo, devendo o Conselho Directivo, da Reitoria e dos diversosI pelas licenciaturas em Medicina, Ciências do Meio aluno propô-lo por e-mail à Direcção daAEICBAS. I grupos académicos da Faculdade de Direito doI Aquático, Bioquímica e Medicina Veterinária. Nes- Porque acreditamos que este deverá ser o papel da I Porto. AAEFDUP estará ainda presente na festaI te contexto, existem protocolos que visam o de- Direcção daAEICBAS, porque todos os estudan- I da noite ERASMUS com os novos alunosI senvolvimento do Ensino e da Investigação com o tes deverão finalmente acusar de uma forma res- I .abrangidos por este programa.

Hospital Geral de Santo Antônio e o Instituto de ponsável aquilo que já vêm acusando descoorde-I Medicina Legal para a licenciatura em Medicina, nadamente e timidamente há já algum tempo, por-I com o IPIMAR para a licenciatura em Ciências do que entendemos que o objectivo será atingido comI Meio Aquático e com o Instituto de Ciências Agrá- sucesso se todos participarmos, e porque não par-I rias de Vai~ão, da UP, ,e.o Laboratório Nacional de ticiparé aceitar as coisas como estão e perder a

I ínvesüqaçâo Vetennana, para a licenciatura em legitimidade para mais tarde eXlglf qualquer resolu-Medicina Veterinária." çâo para um qualquer problema, convidamos-te a

I Sendo a UP e o ICBAS duas Instituições de pres- participar.I tígio nacional e intemacional, cujos níveis de exce-I lênciadeverão ser mantidos e, se ainda possível, > A Direcção da AEICBASI aumentados, carecem contudo da resolução pronta

e eficaz de alguns problemas existentes em domí-I níos específicos da sua actividade.I Assim, e porque entendemos ser essa uma dasI suas funções, a Direcção da Associação de Estu-I dantes do Instituto de Ciências Biomédicas AbelI Salazar, da Universidade do Porto, promoverá

durante os próximos meses de Outubro e Novem-I bro um ciclo de discussões onde o objectivo seráI identificar os reais problemas do ICBAS e da UPI e, uma vez que acreditamos que a participação nãoI deverá limitar-se ao simples diagnóstico, sugerirI soluções para os mesmos.

INeste projecto coordenado pela Direcção daAEI-CBAS, os estudantes terão finalmente a oportuni-

I dade de dar voz às suas exigências e justas reivin-I dicações, e fazê-lo de uma forma séria e organiza-I da.I Colaboraremos dessa forma com a Reitoria e com

os órgãos directivos do ICBAS naquelas que acre-I ditamos serem as suas funções e reais preocupa-I ções na condução da missão da UP e do ICBAS,I respectivamente.I Em cada semana será elaborado um documento 21 novembro

que será colocado à discussão na reunião com os ensinar e aprender no icbas e conselh~ peda- Il estudantes do ICBAS, a realizar às quintas-feiras. gógico do icbas . professores, avallaçao... I·-------~-I------------------------~I

I .:I IIIIIIIIIIIIII

www

170utubroapresentação do ciclo de discussões e dos

temas a discutir

24 Outubrodesporto universitário e cdup instalações,

actividades ...

31 outubroacção social na up e sasup . residências, canti-

nas, bolsas ...

7 novembroestudar no lcbase conselho directivo do icbas

14 novembroestudar na up e reitoria da up . bibliotecas,

processo de Bolonha, erasmus/Sócrates, cultu-ra ...

AGENDA CULTURALdata: 21 a 24 de Outubro

título: DireltoàOignidadelocal: Faculdade de Direito do Porto

organização: Associação de Estudantes da Fa-culdade de Direito do Porto (AEFDUP)

No seguimento do dia internacional para a erradicação dapobreza, a AEFDUP organiza o ciclo DireiloàDignidade que

tem previstas as seguintes iniciativas: uma exposição fotográ-fica sobre os sem abngo da cidade do Porto. uma acção d.recolha de ajmentcsafavor do BancoAJimenlar, acções deapresentação de diversas Associações relacionadas com o

tema e ainda a presença de um stand do Comércio Justo queapresentará asua filosofia e terá à venda alguns produtos

fabricados no terceiro mundo.

data: 18 a 24 de Novembro de 2002título: V Semana Cultural da AEFOUP

local: Faculdade de Direito do Portoorganização: Associação de Estudantes da Fa-

culdade de Direito do Porto (AEFDUP)Pelo quinto ano consecutivo, a AE da Faculdade de Direito do

Porto apresenta a sua Semana Cultural. Os colóquios econlerências desta Semana são iá uma referiincia para todos

aqueles que se querem manter informados e actuali2adosno mundo jurfdico. Este ano, além destes eventos mais

técnicos, a Semana, que começa com um SafariFotográfico. abre-se aos partuenses. Assim, aprqveilamos estaoportunidade para te convidar para assistir às peças de teatro,às sessões de cinema, às exposições e aos acontecimentos

desportivos que vão ter lugar durante esta Semana que termina-rá com o ICampo de Montanha daAEFDUP.

data: quinta-feirastítulo; EspaçoOlocal: AEFDUP

A AEFOUP vai abrir nas suas instalações, às qUinta·feiras ànoite. o EspaçaD. Neste espaça. onde pooeràs beber um copoou iogar uma partida de bilhar ou matrecos, poderás lambém

jogar com os membros do núcleo de xadrez daAEFDUP,participar em diversas tertúliasIT.riúli.Dl M_'_"_ ••• ,~".ooe mmes {CineDireito) e ver diversas exposições (GalenaD).

Mais informações em www.aefdup.orgou aefdup@dire~o.up.pt

fap.pt•

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IFEDERAÇÃO I Actividades AEESMAEACADEMICA 1-- -;;o;daL~'nter;m;s- - - - --

. DO PORTO I Data: 11 a20deOutubro- Título: "Sbozzare Animal"POR UMA PRIORIDADE NA EDUCACAO I Local: Café Concerto _ ESMAE

I Escola Superior de MúsicaI e Artes do Espectáculo/ Rua da Alegria 503 400·045 Porto

'

Autoria: Priscila FemandesI Organização: AE E$MAE

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I//I/I Informações: noites da [email protected]

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Rua do Campo Alegre, 627 • 4150-179 PortoTelet. 226 076 370/1 • Fax 226 076 379

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Actividades AE JSlA II//I/,IIII//I//IIIIIIIIII//

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16deOutubro14h Entrega dos Diplomas de Caloiro

Salão Nobre da FCUP

Actividades AI: FFUP------------Agenda

Programa da Semana de Recepção ao Caloiro20021.2003

------------13 a 20 de Novembro

IX Fórum de Farmácia: "H IV Hoje"Auditório da Reitoria 9h

20 de NovembroSarau Cultural de FarmáciaAuditório da Reitoria 21 h30m

Data: 2 a 26de OutubroTítulo; Joana Perez

Local: Café Concerto - ESMAEEscola Superior de Música

e Artes da EspectáculoRua da Alegria 503 400-045 Porto

Organização: AE ESMAE

Dial819h59m - hora de entrada -ISLA

21 h59m -leilão dos caloiros23h59m - SerenataFesta: Ribeirinha

29,30/11 e 1/12Campo de Farmácia de Inverno

Gerês - Pousada da JuventudeDia21

09h29m - hora de entrada -ISLA1Oh29m - manhã de Verão

12h59m - traz o teu come de todos15h59m - jogos sem fronteiras19h59m - jogos sem fronteiras

Festa: Cerveja Viva

InformaÇÕeS: 22 2088001Data: 29 a 3 de Novembro

Título: Teresa Gonçalves e Carlos da CostaLocal: Café Concerto - ESMAE

Escola Superior de Músicae Artes do Espectáculo

Rua da Alegria 503 400·045 PortoOrganização: AE ESMAE

ActiVidades AE JSCSN------------AGENDA CULTURAL

25 de Outubro" Trovadores

Org. Oportuna· TunaAcadémicaTeatro Sá da Bandeira

Dia 2212h59m - Hora de entrada -ISLA

13h59m - Visita às Caves do Vinho do Porto16h59m - Cruzeiro no Rio Douro

Festa: Pirata Bar

Data: 4 a 10 de NovembroTítuto: SUBBUREAU

Local: Café Concerto - ESMAEEscola Superior de Música

e Artes do EspectáculoRua da Alegria 503 400·045 Porto

Autoria: Oito Gluco(Eduardo Barbosa e Jonathan Saldanha)

Organização: AE ESMAE

Semana do Instituto: 6a 14de NovembroV!II Feira do Livro - tradição a bom preço

Dia 2313h29m - Hora de entrada -ISLA14h59m - Desfile em SI. Catarina

17h29m - Culto da Pedra Sagrada20h29m - Hora de Entrada -ISLA

21 h29m - Desfile na Ribeira do Porto22h29m - Casco Paper

Festa: Academia Bar

Início do Torneio de futebolTorneio de Bowling

e outras actividades desportivas

15 de Novembro: dia do InstitutoSeminário de Vllar

Data: 11 a 19 de NovembroTítulo: Come-me

Local: Café Concerto - ESMAEEscola Superior de Música

e Artes do EspectáculoRua da Alegria 503 400-045 Porto

Autoria: Maria de Castro, Mariana CondeeValterSotto Maior

Organização: AE ESMAE

Dia 2412h59m - Hora de entrada -ISLA13hS9m - Guerra entre Caloiros

18h59m - Hora de entrada -ISLA19h59m - Jantar do Caloiro

xxhxxm - Actuação da Tuneka e da Real TunaFesta: Mexcal

16 a 20 de Novembro:Abertura das Inscrições do Concurso

de Artigos Científicos

20 de Dezembro:Lanche de Natal- confraternizaçãocom fins de Solidariedade social Data: 20 a 26 de Novembro

Título: Sophie AllardLocal: Café Concerto - ESMAE

Escola Superior de Músicae Artes do Espectáculo

RU<l d•• Alegna 503 400-045 PortoOrganização: AE ESMAE

Dia 2513h59m - Hora de entrada -ISLA

14h29m - Dia DesportivoVisita de Autocarro à Cidade deVila Nova de Gaia

Festa: Swin9

ActiVidades AE fCUP---- ..•._------Agenda Académica

Semana de Recepção ao Caloiro

Data: 20 de NovembroTitUlO; Muslca - Pauto Mesquita

Local: Café Concerto - ESMAE - 21 h30mEscola Superior de Música

e Artes do EspectáculORua da Alegria 503 400-045 Porto

Organização: AE ESMAE

Dia31 7a 11 do 0"lu6,,, d4G iOh .-17hVorn;

Feira do livroSala de exposições de Física

~llMO",- Wo,~ .19 crureo •• -I;:;L.A

ZOh59m - Lalada23h59m - Baptismo

Fssta: Surpresa 7 de Outubro - 24:01 h :Monumental Serenata de·CiênctasAtrio de Entrada do Pólo dos Leões

Data: 27de Novembro a 3de DezembroTítulo: Catarina Miranda

Local: Café Concerto - ESMAEEscola Superior de Músi~a

e Artes do EspectáculoRua da Alegria 503 400-045 Porto

Organização: AE ESMAE

9 de Outubro - 9h :Cascu.s Paper

14 de Outubro - 20h :Julgamento Geral _ .

Atrio de entrada do Pólo dos Leoes

15 de Outubro - 9h :.Latada

FESTAS"Welcome party li" Recepção aos novos alunos

17 de Outubro de 2002. Café concerto

22h