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ELEIÇÕES MARCADAS PARA 3 DE DEZEMBRO JÁ MEXEM AS ELEIÇÕES PARA A AAUM ACADÉMICO EM PDF CARLOS VIDEIRA E LUÍS MASQUETE SÃO OS PRIMEIROS CANDIDATOS CONHECIDOS Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 198 / ANO 9 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 13.NOV.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Presidentes dos Conselhos Gerais preocupados com financiamento e rede do ensino superior em Portugal campus entrevista André Machado: Mais do que um símbolo no Braga/AAUM Ricardo Rio quer ligação forte entre autarquia e UMinho especial Estudantes denotam falhas formação técnico-prática na UMinho reportagem

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Page 1: ACADÉMICO 198

ELEIÇÕES MARCADAS PARA 3 DE DEZEMBRO

JÁ MEXEM AS ELEIÇÕES PARA A AAUM

ACADÉMICO EM PDF

CARLOS VIDEIRA E LUÍS MASQUETE SÃO OS PRIMEIROS CANDIDATOS CONHECIDOS

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA198 / ANO 9 / SÉRIE 5QUARTA-FEIRA, 13.NOV.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Presidentes dos Conselhos Gerais preocupados com financiamento e rede do ensino superior em Portugal

campus entrevista

André Machado:Mais do que um símbolo no Braga/AAUM

Ricardo Rio quer ligação forte entre autarquia e UMinho

especial

Estudantes denotam falhas formação técnico-prática na UMinho

reportagem

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13.NO

V.13 // AC

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BA

METR

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

Ligação da UM à autarquiaPode não ser mais do que um pla-no de intenções, mas o desejo e vontade do novo executivo cama-rário bracarense em aproximar-se da Universidade do Minho para de lá “beber” o que é produzido parece-me um bom princípio. Os tempos exigem conjugação de esforços. Exigem sinergias ao mesmo tempo que se pede mais, a menos custo. Saber viver em comunidade, com uma regiona-lidade patente, será um caminho que deve ser trilhado. Volto a lem-brar... O plano de intenções está lá, veremos a “obra”.

Financiamento do ESVolta o tema a estar em desta-que. Desta vez foram os presi-dentes dos Conselhos Gerais das universidades que fizeram do mesmo, um apontamento obrigatória de agenda. Percebe--se que as universidades não conseguem suportar mais cor-tes. Até porque o que se passa na atualidade já está a apertar, em demasia, o cinto.Devem estar as universidades acima de qualquer contingên-cia orçamental por se tratarem do futuro do nosso país? Fica a pergunta!

Mundial de Karaté no MinhoMais uma organização atribuída à Universidade do Minho.Esta candidatura da AAUM, UMi-nho e FADU foi acatada pela FISU no passado fim de semana, daí que, em 2016, a UMinho voltará a ser o palco de uma grande prova mundial. Depois de basquetebol, badminton, taekwondo, futsal, andebol, chegou a vez do kara-té, uma modalidade que procura uma maior projeção na acade-mia. Certamente que a academia saberá, uma vez mais, mostrar o que vale na organização exemplar deste tipo de eventos.

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 13 Novembro 2013 / N198 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VENCEDOR DO CONCURSO UM AO QUADRADO: LUCIANA BRAGA - EPL

Page 3: ACADÉMICO 198

PÁGINA 03 // 13.NOV.13// ACADÉMICO

LOCALdas antigas salas de cinema, o melhor que o associativismo tem para dar

ALEXANDRE VALE

[email protected]

Há um espaço em Braga, inaugurado recentemen-te, que tem vindo a ganhar uma certa notoriedade, pelo trabalho desenvolvido. Estamos a falar do TOCA, iniciais que remetem para o Trabalho de uma Oficina Cultural e Associativa. O TOCA é um projeto, cria-do pelo SYnergia, uma as-sociação juvenil sediada em Braga, apresenta-se como um espaço sem fins lucra-tivos, e tem como objetivo

prestar apoio e dinamizar várias atividades a nível as-sociativo, juvenil, artístico, inovador, entre outros. O espaço das antigas salas de cinema do BragaShop-ping serve como sede para as várias atividades que esta tem organizado. Desde logo o que chama a atenção é a forma como o espaço é aproveitado, com algum engenho. Duas das salas de cinema são aproveitadas enquanto salas de espetácu-los, enquanto o antigo bar é reaproveitado para provi-denciar bebidas aos presen-tes (sem pipocas). Ainda se

podem avistar também al-gumas mesinhas, nas quais as cadeiras acolchoadas dos cinemas servem para aco-modar quem queira lá sen-tar um pouco. Com as portas abertas no dia 20 de setembro, a ver-dade é que a TOCA conta já um repertório de even-tos organizados variado. Entre alguns, conta-se com o Braga Music Week 2013, uma semana de concertos, destinada a celebrar o dia da música, coorganizado com o Núcleo de Apoio às Artes Musicais (NAAM), uma as-sociação juvenil e cultural de Barroselas. Esta decorreu de 27 de se-tembro a 05 de outubro e serviu não só para mostrar o trabalho pretendido pelo TOCA, mas também pro-porcionar uma semana de concertos, com bastantes nomes emergentes. Entre alguns, contava-se com ban-das de Braga como Days of July e os Ermo, assim como coletivos como Ninja Kore e os Imploding Stars. Tam-bém, em conjunto com o NAAM, coube à TOCA aco-

agradável, situado no cen-tro de Braga, que promove atividades que são, em re-gra geral, interessantes e economicamente acessíveis. Ficamos à espera para ver o rumo que o TOCA irá levar.

lher a edição deste ano do Bracara Extreme Fest, entre 4 e 5 de outubro. Ainda não se sabe o peso que poderá ter na vida cul-tural de Braga, mas, para já, conta-se com um espaço

TOCA

Page 4: ACADÉMICO 198

PÁGINA 04 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

conselhos gerais preocupados com financiamento e rede do ensino superior em portugalANA RITA MAGALHÃES

[email protected]

Realizou-se, na passada semana, o I Encontro dos Presidentes dos Conselhos Gerais das Universidades Portuguesas, na Univer-sidade do Minho e onde o tema do financiamento e da reestruturação da rede de ensino superior estiveram em discussão. A primeira reunião deveu--se à importância assumida pelos Conselhos Gerais que, entre outros aspetos, tem uma exigente e complexa tarefa de planear o futuro da universidade portuguesa e definir estratégias para cada instituição, em particular. O reconhecimento das uni-versidades portuguesas a nível internacional foi um dos aspetos unânimes na reunião, nomeadamente ao nível da investigação, do en-sino/aprendizagem e da sua

relação com a sociedade. Neste encontro, como não poderia deixar de ser, esti-veram presentes na mesa da discussão as questões financeiras inerentes ao ensino superior. Os suces-sivos cortes nos orçamentos e a sua imprevisibilidade dificulta a “programação dos planos de ação, a segu-rança da previsão pluria-nual das suas atividades e a assunção de obrigações contratuais indispensáveis ao normal funcionamento das instituições”, pode ler--se no comunicado final, a que o ACADÉMICO teve acesso. Importa pois adotar medidas que “garantam se-gurança na gestão e solidez na planificação”, pode ainda ler-se. Ainda relacionado com a questão financeira, os presi-dentes dos conselhos gerais identificam que é funda-mental o apoio social para que os jovens com dificul-

dades económicas tenham possibilidade de frequentar o ensino superior, evitando assim o abandono precoce e graves problemas “em ter-mos de progresso social e humano” no futuro. Laborinho Lúcio, presidente do Conselho Geral da Uni-versidade do Minho (UM), foi o porta-voz dos seus ho-mólogos e considerou injus-ta a política de atribuição de

CAMPUS

bolsas no ensino superior. “Precisamos claramente de repensar a política de atri-buição de bolsas”, salienta. A racionalização da rede do ensino superior foi outro dos temas debatidos, sendo que os presidentes dos con-selhos gerais assumem que “a racionalização da rede não deve ser vista apenas como redução de custos, mas sim como um processo

de criação de valor”, tal como se pode ler no comunicado. Assim, estes responsáveis, propõem-se a “promover a discussão sobre os laços de cooperação entre as institui-ções de ensino superior”. Dada a sua importância, fi-cou definido que estas reu-niões deverão ser anuais, sendo que o próximo encon-tro se realizará na Universi-dade de Évora.

UMdicas

Page 5: ACADÉMICO 198

CAMPUSPÁGINA 05 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

RuM

[email protected]

A Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM) quer criar uma biblioteca com obras de antigos estudantes desta academia.A ideia é juntar as obras dos antigos alunos que serão depois colocadas na futura sede da associação, explicou à RUM Francisco Pimentel. O presidente da associa-ção considera que é “uma boa maneira de divulgar as obras deles e de as publicar”.O Presidente da AAEUM explica que basta enviá-los via CTT ou em mão, na sede da associação. “Agrade-cemos que os livros tragam dedicatória e assinatura do autor. Basta um exemplar

CÁTIA SILVA

[email protected]

O Grupo de Alunos de Ci-ências da Comunicação (GACCUM) tem uma dire-ção renovada para um novo ano de mandato. As eleições decorreram no passado dia 6 de novembro, no Instituto de Ciências Sociais (ICS), e foram compostas por três listas: A, B e C, que, mesmo unidas, pertenciam, cada uma, a um órgão do grupo.Bárbara Martins, aluna do 2º ano do curso de Ciências da Comunicação, secretária no ano anterior, é agora a nova presidente. “Ser presi-dente da direção é um cargo de extrema responsabilida-de. Há muita coisa que de-pende de mim e chefiar um grupo nunca é fácil, requer

muito trabalho e dedicação. Mas não tenho medo disso”, assume a estudante.Com ideias de “inovação e mudança” em mente, pro-mete trazer desafios novos, fazer do GACCUM um gru-po mais próximo dos alunos e fazê-los apoiarem-se nele. Nos seus discursos durante a campanha salientou ainda querer resolver dos proble-mas encontrados pelos alu-nos, assim como proceder à organização de workshops, palestras e as já conhecidas jornadas de Ciências da Co-municação.“Acredito que o GACCUM tem capacidade para atrair mais sócios, para organizar atividades chamativas, para ajudar nos estudos, para melhorar currículos e, de uma maneira mais geral, para se tornar mais próxima dos três ciclos de estudo de

Ciências da Comunicação”, termina.O grupo deste ano inclui alunos de todos os anos da licenciatura, bem como alunos do primeiro ano de mestrado. O conselho fiscal fica assim liderado por An-dré Malheiro e a assembleia

aaeum quer criar biblioteca com obras de antigos alunos

estudantes. Quem estiver interessado deve colocar dois ou três exemplares à consignação na secretaria

da associação. Entretanto, a AAEUM espera ainda colo-car alguns livros à venda na feira do livro de Braga.

de cada, porque no fundo queremos fazer um espólio de tudo que os ex estudan-tes têm escrito, seja poesia,

seja prosa”, explicou. Recorde-se que a associação já começou a comercializar alguns livros de antigos

direção do gaccum renovada

geral por Carla Pinho.No que respeita a resulta-dos, a lista à direção venceu com uma percentagem de 54%, tendo havido uma abs-tenção total de 35%, já o con-selho fiscal e a assembleia geral arrecadaram 51% dos votos.

A tomada de posse será no próximo dia 18, pelas 18h30, na sala de atos do ICS.Além dos elementos do grupo, os sócios, restantes alunos, professores e fun-cionários são convidados a estar presentes na cerimó-nia protocolar.

GACCUM

Page 6: ACADÉMICO 198

FRANCISCO GONÇALVES

[email protected]

“Será o corte de mais de 4% (80 milhões de euros face ao ano passado) no orçamen-to para o ensino superior a abertura do governo? Pare-ce que sim.” É esta a crítica avançada, em comunicado, pelo movimento AGIR em resposta à Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM), que já veio justificar os condicio-namentos aos protestos das «quintas-feiras negras», denunciando assim, nas palavras de Luís Masquete, do movimento interventivo estudantil, o “ato de cum-plicidade que a AAUM teve

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

As eleições para os órgãos sociais da Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM) estão mar-cadas para o próximo dia 3 de dezembro.A data foi definida na passa-da semana, em Reunião Ge-ral de Alunos que definiu a composição da Comissão Eleitoral.A RGA decorreu no campus de Azurém, em Guimarães.Carlos Videira, atual presi-dente da AAUM apresentou a sua candidatura a um se-gundo mandato à frente dos

destinos da AAUM.Em declarações ao ACADÉ-MICO, o estudante explicou como surgiu esta recandida-tura: “Acredito que depois de um primeiro mandato me devo submeter ao julga-

mento dos estudantes por aquilo que foi o cumpri-mento das nossas promes-sas e do nosso programa eleitoral, que penso que teve uma execução muito positi-va”.Para além disso, Carlos Vi-deira admite que “com um ano de experiência, com a descoberta de novas poten-cialidades, há uma curva de aprendizagem e, portan-to, estamos agora em con-dições de aproveitar ainda melhor as potencialidades com as quais estamos depa-rados”.Carlos Videira assumiu vontade de concluir proje-tos ainda por acabar e que

irão transitar deste man-dato; ainda assim, assume que há outros projetos na calha: “Há alguns projetos que não conseguiram ser terminados. Será justo que esta direção se apresente a eleições para concretizá-los. Há, depois, uma série de oportunidades descobertas no decorrer deste mandato e que faz com que tenhamos novos projetos e ideias para apresentar”, assume o aluno de mestrado no curso de Re-lações Internacionais. “Pre-tendemos apresentar um programa eleitoral exequí-vel, sério e ambicioso”, con-cluiu o atual presidente da AAUM que apresenta uma

lista composta por elemen-tos que já o acompanham, mas também algumas caras novas.Já Tiago Cunha será o pre-sidente da Comissão Eleito-ral. “Vai haver uma maior divulgação e maior apelo ao voto no sentido de reduzir a abstenção”, assume o es-tudante que pretende que os alunos “sejam mais ati-vos neste processo eleitoral. Vamos tentar fazer o que pudermos, seja através de cartazes, f lyers, divulgação no e-mail institucional”. O prazo limite para entrega de candidaturas já ficou defini-do para 16 de novembro.

agir avança com candidatura à aaumque reunisse “todos aqueles que não se reveem na atual direção da AAUM e estão contra a austeridade no en-sino superior”. No final, Luís Masquete lançou ainda um desafio à AAUM para que “não responda atra-vés da comunicação social, como tem vindo a fazer rela-tivamente às quintas-feiras negras, mas que assuma a sua posição de forma clara”.

AGIR concorre com “listas próprias”

Foi com este intuito de uni-ficação de uma oposição que o movimento convocou uma reunião para a passada sexta-feira, 8 de novembro. Em comunicado, o AGIR reitera a necessidade de

uma associação “ativa de defesa dos direitos dos estu-dantes e não de dirigentes acomodados a reunir com o ministério que destrói o en-sino superior público”. Nes-te sentido, e como “nenhum outro coletivo se mostrou (até ao momento) dispo-nível para construir listas unitárias”, o movimento intervencionista avança, as-sim, com a criação de “lis-tas próprias”. O cabeça de lista apresentado pelo movi-mento será Luís Masquete, aluno do segundo ano de Línguas Aplicadas, que as-sumirá o cargo de porta-voz do AGIR para estas eleições. O comunicado refere ainda que a apresentação pública da candidatura se realizará durante esta semana.

em relação às políticas dos sucessivos governos, ao es-conder estes protestos”. Foi o mote da austeridade e os seus efeitos no ensino superior que levaram o mo-vimento AGIR a convocar uma conferência de im-prensa na passada quarta--feira, 6 de novembro, junto ao Prometeu. Segundo Luís Masquete, “o Orçamento de Estado para 2014 irá agravar a situação em que se encon-tra o Ensino Superior”, que nos últimos anos assistiu a um aumento do valor das propinas e a uma redução do número de bolsas atribu-ídas. É nesta perspetiva que o estudante considera que, “devido à proximidade que a AAUM tem da reitoria”, os estudantes precisam de

uma associação cujos mem-bros “representem, de facto, os alunos e que façam pres-são junto do reitor e que não suavizem protestos devido a supostas aberturas por parte das entidades do go-verno” indicando que “são promessas demagógicas, promessas que são a mesma conversa todos os anos”. Por conseguinte, Luís Masquete anunciou a criação de uma “lista opositora” como “real alternativa à atual associa-ção”, para a AAUM, cujas eleições se realizarão no próximo dia 3 de dezembro, lista essa que o membro do AGIR desejaria que, ao con-trário dos anos anteriores, fosse uma “lista única de oposição” e houvesse uma “unidade de contestação”

eleições na aaum a 3 de dezembro e com carlos videira como primeiro candidato

CAMPUSPÁGINA 06 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

Carlos Videira recandidata-se à

direção da AAUM

Page 7: ACADÉMICO 198

CAMPUSPÁGINA 07 // 13NOV.13 // ACADÉMICO

LéNIA REGO

[email protected]

A Universidade do Minho já está a preparar uma candi-datura para o Centro Multi-média do Instituto de Ciên-cias Sociais (ICS) .O sonho já é antigo, mas ainda não foi concretizado. Em dia de aniversário do instituto, o reitor António Cunha, revelou que o pro-cesso ainda está longe de ser finalizado, mas já foram dados os primeiros passos. “Finalmente começamos a avançar com o processo do

centro multimédia do ICS. Estamos a preparar uma candidatura que esperemos que seja bem sucedida. Pen-so, portanto, que vamos ter boas notícias num futuro próximo para um projeto que o ICS perssegue há muitos anos”, assumiu o reitor da academia minhota.E esta foi uma boa notícia em dia de aniversário.O ICS assinalou os 37 anos de existência com uma mesa redonda sobre os ho-rizontes para as ciências so-ciais e a entrega de prémios de mérito. Quanto ao futuro, o instituto

vai continuar a intensificar a relação com a comunida-de. Helena Sousa, presiden-te do ICS relembrou a assi-natura de protocolos com as câmaras municipais que vão permitir o desenvolvi-mento de vários projetos. “É um sinal de aproximação das autarquias, que intera-gem diretamente com as populações, com as insti-tuições de ensino superior que devem contribuir para que estas tenham condições para uma melhor tomada de posição pública. O ICS está comprometido com a melhoria das condições de

vida das comunidades, com a compreensão das suas his-tórias, com a qualificação das suas ofertas culturais e com a preservação e requali-ficação das suas paisagens”, afirmou Helena Sousa.A responsável pelo instituto relembrou ainda a integra-ção das ciências sociais no programa europeu para a ci-ência, o programa horizonte 2020.Helena Sousa acredita que as ciências sociais poderão ajudar a procurar soluções para os desafios sociais que se adivinham.“Esses desafios são as assi-

metrias sociais, o envelhe-cimento, a demografia, a saúde e bem estar, a segu-rança, as alterações climáti-cas, as migrações, a cultura, as identidades, a inclusão e coesão e a proteção das li-berdades sociais. Estes são grandes problemas com que a Europa se tem deparado e onde tem revelado e tra-duzido a sua incapacidade de resposta”, concluiu a res-ponsável pelo instituto.Composto por quatro depar-tamentos e três centros de investigação, o ICS possui 5 licenciaturas, 10 mestrados e seis doutoramentos.

centro multimédia foi “meia-prenda” em dia de aniversário do ics

UMDicas

Page 8: ACADÉMICO 198

CAMPUSPÁGINA 08 // 13.NOV.13 //ACADÉMICO

NEMuM

O Núcleo de Estudantes de Medicina e o Hospital de Braga irão organizar nos próximos dias 13, 14 e 15 de novembro, a sétima edição do Hospital dos Bonequi-nhos, que decorrerá na en-trada principal do Hospital de Braga e contará com cer-ca de 700 crianças, prove-

nientes de 25 jardins de in-fância do concelho de Braga. O Hospital dos Bonequi-nhos conta já com seis edi-ções e pretende criar um momento de proximidade entre crianças do pré-esco-lar e toda a envolvente da prática médica onde, num ambiente tão descontraído como didático, estas pos-sam esquecer velhos pre-conceitos como o conhecido

“medo da bata branca”.O Hospital dos Bonequi-nhos consiste na criação de um hospital modelo, cons-truído à escala dos mais pe-quenos, destinado às crian-ças dos jardins de infância do concelho de Braga, no qual as crianças assumem o papel de pai/mãe que leva o seu boneco “doente” ao mé-dico, papel aqui assumido pelos estudantes de Medici-

na. Através da simulação de vários procedimentos mé-dicos não invasivos e con-tando com o papel ativo da criança, pretende-se a fami-liarização das mesmas com o ambiente hospitalar e, assim, reduzir a ansiedade característica destas idades. A atividade irá decorrer das 9h00 às 18h00, sendo o ho-rário das 9h00 às 17h reser-vado às escolas.

está de volta o “hospital dos bonequinhos”

Dicas

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Mais um evento de reno-me atribuído ao desporto da Universidade do Minho. Será em 2016 que a acade-mia minhota irá receber mais um mundial, desta feita de karaté.A candidatu-ra da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), em conjunto com a instituição e a Federação Académica de Desporto Universitário (FADU) foi acatada no final da passada semana pela FISU que deci-diu, uma vez mais, confiar ao Minho a organização des-te evento mundial. “Mostra um reconhecimen-to muito grande relativa-mente àquilo que é a nossa capacidade organizativa”, defende Carlos Videira. O presidente da AAUM re-lembrou que esta escolha dá ainda “uma capacidade

uminho escolhida para organizar mundial universitário de karaté

mundial universitário de Karaté. É mais uma grande organização atribuída à aca-demia minhota depois do

mundial de futsal em 2012 e do mundial de andebol que irá acontecer no próxi-mo ano.

e um prestígio de de dois em dois anos termos a ca-pacidade de organizar um Mundial Universitário”. Se-rão assim três organizações seguidas de mundiais uni-versitários. Em 2012 foi de Xadrez e Futsal. Em 2014 em Guimarães será o cam-peonato Mundial Universi-tário de Andebol.Também ouvido pela RUM, Fernando Parente, diretor do Departamento de Des-porto e Cultura da Uminho, sublinhou a “satisfação por ver reconhecido internacio-nalmente estes eventos”.Fernando Parente encara estas organizações “numa perspetiva de desenvolvi-mento desportivo, fazêmo--lo para promoção interna daquilo que é a prática des-portiva regular, mas nesta área também chamando os parceiros, os atletas de alto rendimento, os treinadores para haver também um im-

pacto positivo nesta verten-te.Será então no Minho que se irá realizar, em 2016, o

ORGANIZAÇÃO PARCEIROS

13 A 15 DE NOVEMBRO DE 2013

Horário para Escolas 9h30 às 17h00

Horário de livre acesso 17h00 às 18h00

Hospital de BragaEntrada Principal

Page 9: ACADÉMICO 198

PÁGINA 09 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

INQUÉRITO

Joana Bastos afirma que o projeto da construção de um centro aquático da Uni-versidade do Minho “pode ser uma mais-valia” para a mesma. Além disso, a estu-dante verifica que nos dias que correm “há cada vez mais pessoas da nossa idade com problemas na coluna”, pelo que se as futuras pisci-nas tiverem também uma área dedicada à saúde, pode ser ainda mais vantajoso “tanto para os estudantes, como para os restantes ha-bitantes da zona”.A aluna defende ainda que este projeto é promissor à abertura do curso de des-porto no Minho, dependen-do sempre “do número de interessados”. Joana concor-da, igualmente, que estas instalações poderão trazer mais alunos à universidade e que o público académico teria uma boa adesão ao es-paço e às atividades.Por fim, a aluna de Gestão pensa que faz sentido uma candidatura por parte da UM às Universíadas, visto que os atletas têm vindo a sair bem qualificados em “desportos como andebol e futebol”.

Francisco Medeiros reco-nhece que a construção e requalificação das infraes-truturas em questão, pode ser uma “mais-valia para a prática desportiva na uni-versidade”.O aluno afirma que após a conclusão destes espaços fará sentido abrir o curso de desporto na Universidade do Minho, uma vez que esta “ficará mais qualificada” para acolher o mesmo.O estudante de Biologia Aplicada diz ainda que es-tas infraestruturas podem trazer mais alunos à UM, visto que “muitas pessoas, provavelmente, gostariam de tirar aqui o curso de des-porto” e assim seria possível fazerem-no. No geral, o es-tudante pensa que o público académico teria uma boa adesão aos novos espaços e que “quem sabe, talvez” ele próprio pudesse vir a conhe-cer e a usufruir das instala-ções.

Raquel Espírito Santo afir-ma que apesar de não co-nhecer o campo de futebol de Gualtar e de não saber se este “precisa de remode-lações é boa ideia apostar neste espaço”.A aluna assegura que uma vez que a universidade “tem muito boas instalações desportivas”, faz sentido a abertura do curso de des-porto na mesma, e acredita que as infraestruturas deste projeto podem trazer mais alunos à Universidade do Minho.A estudante de Engenharia Biológica, pensa que o pú-blico académico utilizaria estes espaços, visto que as piscinas podem “atrair as pessoas que não gostam tanto de máquinas e de gi-násio” e que eventualmente ela própria também faria questão de conhecer e fre-quentar as instalações. Por fim, Raquel diz que num futuro próximo, faz sentido uma candidatura da UM ao evento multidesportivo in-ternacional entre universi-dades – as Universíadas.

Amanda Franco considera que este projeto pode tra-zer mais alunos e externos à UM, o que acaba por ser “interessante, visto que abre as portas à comunidade”.Amanda afirma que a cons-trução e requalificação des-tes espaços vem “beneficiar a universidade”, e deste modo faria mais sentido a abertura de um curso de desporto, visto esta ser uma licenciatura que “não há em muitos locais em Portugal”. Isto tornaria a “universida-de mais atrativa”, e benefi-ciaria os alunos interessa-dos - que acabam por “ficar muito restritos” em termos de opções. Por outro lado “como há cursos em risco de fechar”, a aluna pensa que pode ser bom a univer-sidade “explorar novas alter-nativas”.Para terminar, a estudante de Ciências da Educação acredita que uma vez que os alunos têm ficado bem classificados nas atividades desportivas “porque não pensar numa candidatura às Universíadas?”

FRANCISCO MEDEIROS1º ANO//

BIOLOGIA APLICADA

RAQUEL ESPÍRITO SANTO2º ANO //PATRIMÓNIO E

ENGENHARIA BIOLÓGICA

ARMANDA FRANCO2º ANO - DOUTORAMENTO //

CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

MÁRCIA PEREIRA

[email protected]

No seguimento da entrevista dada pelo reitor da UM, que avançou com a ideia da construção de um centro aquático e requalificação do campo de futebol de Gualtar, o ACADÉMICO saiu à rua e inquiriu quatro estudantes para perceber a sua opinião acerca deste tema.

O inquérito passou ainda por questões relacionadas com a eventual abertura do curso de desporto na universidade e ainda por perguntas como “Na tua opinião o público académico aderiria e frequentaria estes espaços?”.O ACADÉMICO quis também saber a opinião dos estudantes minhotos em relação a uma eventual candidatura da UM às Universíadas – um evento multidesportivo internacional organizado por alunos universitários de 2 em 2 anos.

JOANA BASTOS2º ANO//GESTÃO

um centro aquático e a requalificação do campo de futebol de gualtar. o que achas que estes projetos poderão significar para a uminho?

Page 10: ACADÉMICO 198

PÁGINA 10 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

antes.

O Paulo Tavares é, desde há duas épocas, o líder técnico da equipa. Qual a tua opi-nião acerca deste treinador?É um excelente treinador, por quem já tinha sido trei-nado na Fundação Jorge Antunes. É um brilhante conhecedor das equipas adversárias, prepara-nos muito bem para os jogos e a qualidade de treino dele é muito boa.

mais experientes, o que pro-porciona diferentes estilos de jogo.

Que diferenças notas em re-lação aos outros anos?Cada vez somos mais pro-fissionais naquilo que fa-zemos, quer na qualidade como treinamos quer na qualidade com que joga-mos. Temos vindo a estar mais concentrados para fa-zer o que nos compete e to-dos damos mais um bocadi-nho do que o que dávamos

ENTREVISTA

SuSANA SILVA

[email protected]

Quais foram as principais diferenças que sentiste quando o Sporting Clube de Braga se fundiu com a AAUM?Nesse ano da fusão houve muita diferença ao nível do profissionalismo. Vínha-mos (Sporting de Braga) de uma equipa com outra es-trutura, habituada a outros

ambientes e a outro tipo de organização e quando nos juntamos à Associação Aca-démica, que naquele mo-mento estava na distrital, era visível a diferença entre os hábitos de treino. Acima de tudo, tornamo-nos um grupo de amigos e o projeto SC Braga/AAUM tem vindo a crescer de forma sustenta-da.

Como caraterizas o atu-al plantel do SC Braga/AAUM?

É um excelente plantel, composto por jogadores de diferentes idades e caracte-rísticas. Devemos ser dos planteis, por exemplo, que tem mais esquerdinos. É um plantel jovem, com mi-údos com grande qualida-de, como o André Coelho e o Fábio Cecílio que foram recentemente chamados à seleção sub 21 e o Amílcar, que foi convocado para a seleção nacional A. Além disso, temos, também, na equipa outros jogadores já

ANDRÉ MACHADO

mais do que um símbolo no clubeAndré Machado, capitão do SC Braga/AAUM, tem estado em evidência neste inicio de campeonato. O jogador, um dos que melhor conhece os “ cantos à casa”, tem realizado, à face do que acontece com o resto do plantel, um ex-

celente início de época, sendo, neste momento, o melhor marcador da equipa.O ACADÉMICO esteve presente no último jogo da equipa bracarense e no final do encontro entrevistou o jogador,

que já pertencia a esta estrutura no ano da fusão entre o Sporting Clube de Braga e a Associação Académica da Uni-versidade do Minho, em 2007, e para quem, representar estes emblemas, é “ um enorme prazer”.

Page 11: ACADÉMICO 198

REPORTAGEMPÁGINA 11 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

representar estas duas ins-tituições.

Já vais na sétima época consecutiva a representar o SC Braga/AAUM. Qual o momento/jogo que mais te marcou?Talvez há dois anos quan-do conseguimos garantir a manutenção na primeira divisão. Nas últimas jor-nadas realizamos grandes exibições e foram os jogos contra o Belenenses que nos permitiram manter na primeira divisão. Lembran-do esses momentos, é sem dúvida muito bom, neste momento, esta estrutura es-tar montada desta maneira.

A seleção nacional, ainda é um objetivo?Sinceramente, não. Dedico--me ao futsal, neste mo-mento, porventura mais do que me dedicava antes, na altura em que poderia ter a possibilidade de ser chama-do à seleção. Por isso, neste momento não acredito nis-so.

atravessar o teu melhor mo-mento de forma?Em termos de maturidade e de leitura de jogo acredito que sim. Fisicamente não, como é óbvio, pois já come-ço a ter algumas quebras. Mas no que diz respeito à análise e forma de encarar o jogo, confirmo que estou numa boa fase.

Como é ser capitão do SC Braga/AAUM?É uma enorme responsa-bilidade. Nos últimos anos têm vindo sempre a entrar jogadores novos e ter de lhes mostrar o espírito do nosso grupo requer muita responsabilidade. Além do mais, tenho de dar sempre o exemplo nos treinos e nos jogos.

O André é sócio do Sporting Clube de Braga. Qual a sen-sação de jogar pelo clube do coração?É um enorme prazer. À ex-cepção de duas épocas, sem-pre joguei por este clube e é uma enorme satisfação

perigo junto às redes do ad-versário.A Académica tentava repor a igualdade, mas na baliza bracarense encontrava-se um homem inspirado – o guarda redes brasileiro Beto negava as intenções de golo da equipa da Briosa. Aos 32 minutos, o SC Bra-ga/AAUM ampliou a vanta-gem para 3-1: André Coelho - que bisou na partida - face à estratégia da equipa da Académica em jogar com o guarda redes avançado, aproveitou um mau passe e rematou, de longe, para a baliza, que se encontrava sem oposição.A três minutos do final, o lance polémico do encontro: o àrbitro assinalou pénal-ti por alegada infração de Amílcar que acabou expul-so, o que fez exaltar os âni-mos nas bancadas e no lado dos elementos da equipa da casa. Jander, converteu com sucesso a grande penalida-de e colocou a hesitação no

No passado sábado, o SC Braga/AAUM recebeu, no Pavilhão desportivo da Uni-versidade do Minho, a Aca-démica AC em jogo a contar para a 10º jornada da Liga Sportzone Futsal.A partida acabou com mais uma vitória da equipa mi-nhota - desta feita por 4-2 - que somou assim a sua terceira vitória consecutiva.O SC Braga/AAUM, por-ventura, não esperava um duelo tão difícil. A Acadé-mica, sexta classificada, entregava o favoritismo à equipa da casa, mas o certo é que este foi um jogo em que a incerteza do resultado permaneceu até perto do fi-nal do encontro. O início do jogo foi marca-do pela golo da Académi-ca: André Santos (Picasso) inaugurou o marcador no primeiro minuto, após uma jogada estudada. A equipa bracarense não se deixou intimidar e no minuto se-guinte, Paulinho, restabele-

ceu a igualdade.O SC Braga/AAUM conti-nuou a almejar a baliza da Académica e Miguel Almei-da, aos 13 minutos, rematou forte para dupla defesa do guarda redes adversário. Pouco depois, foi a vez de André Machado, no segui-mento de uma boa jogada individual, colocar perigo na grande área - valeu o cor-te da defesa da Académica a evitar que a bola chegasse ao seu companheiro de equipa.A Académica mostrava in-tuito em igualar o marcador, mas pecava na finalização.A três minutos do final da primeira parte, a equipa minhota colocou-se em van-tagem, por intermédio do jovem André Coelho, um dos mais “irrequietos” da formação minhota. No recomeço da partida, as objetivas da equipa do SC Braga/AAUM continuavam direcionadas à baliza acade-mista – Amílcar e Paulinho remataram forte e criaram

marcador: perto do término do encontro a diferença era de apenas um golo (3-2).Mas a tarde pertenceu mes-mo à equipa da casa, que continua a realizar um iní-cio de época irrepreensível - Tiago Brito, quando falta-vam 55 segundos para o fi-nal, pôs um ponto final no resultado: 4-2. Vitória importante para a equipa bracarense, que con-tinua invencível nos jogos realizados em sua a casa e, com este resultado, é quarta, a apenas um ponto do trio da frente constituído por Benfica, Sporting e Leões de Porto Salvo.

“O SC Braga/AAUM foi um justo vencedor”, afirmaram ambos os treinadores

Na conferência de imprensa realizada no final da parti-da, Paulo Tavares, técnico do SC Braga/AAUM consi-derou que este resultado se adequou àquilo que se pas-

braga/aaum vence académica por 4-2sou no encontro. “Fomos a melhor equipa em campo, a que procurou durante os 40 minutos estar à frente do marcador”, afirmou.O treinador reconheceu, também, mérito no jogo praticado pelo adversário, que, na sua opinião, dificul-tou a tarefa dos seus jogado-res.”A organização e a coesão defensiva da Académica não nos permitiram grandes oportunidades”, destacou.Do lado contrário, Tó Coe-lho, treinador da Académica AC, considerou que o equi-líbrio do jogo apenas se aba-teu quando a equipa braca-rense fez o seu terceiro golo, altura a partir da qual a sua equipa “ não conseguiu ter a mesma clarividência que tinha tido até aí”.Na sua opinião, o SC Braga/AAUM foi um digno vence-dor: “O Braga mereceu ga-nhar, pois foi mais eficaz e mais equipa nos momentos decisivos”, disse.

de falharmos muitos golos, e temos apresentado uma grande qualidade de futsal. Acredito que se nos manti-vermos unidos e conscien-tes de que temos de traba-lhar todas as semanas para chegarmos ao fim de sema-na e realizar um bom jogo, podemos ir longe.

Como olhas para o facto de existirem tantos jogadores jovens no plantel?É óptimo. Todas as equipas precisam de ter jogadores jovens que permitam, no futuro, manter a tradição e o mesmo espírito de equipa que existe no plantel, que, neste momento, aqui, é fan-tástico. Todos eles são dedi-cados e correm o dobro do que nós, mais velhos, cor-remos nos treinos, o que é normal. É muito bom tê-los no plantel porque são exce-lentes miúdos.

É difícil conciliar a vida pro-fissional e o futsal?Sim, às vezes torna-se mui-to difícil. Ter de trabalhar

E qual a tua opinião face à direção?Sendo uma direção não pro-fissional são espectacula-res. Fazem tudo pelo amor ao grupo e dedicam-se de forma extraordinária.

O SC Braga/AAUM está a realizar uma excelente épo-ca. Até onde achas que pode chegar esta equipa?Se nos deixarem, espera-mos chegar muito longe. Temos vindo a realizar ex-celentes exibições, apesar

nove ou dez horas por dia, sair a correr, muitas vezes sem fazer as refeições ade-quadas e vir para o treino é muito complicado. Ao fim de semana, nos jogos, nem tanto, porque praticamente ninguém trabalha. Mas ao fim de semana os que traba-lham fazem um grande es-forço e é de louvar esse em-penho por parte de todos.

O André, em nove jornadas, foi eleito em duas para o cinco ideal. O que é que isso representa para ti?Representa que não só eu, mas toda a equipa, tem vindo a trabalhar bem. Na última jornada que fui no-meado apenas marquei um golo e, por isso, só a exibição da equipa é que me permi-tiu ser nomeado para tal. Acho que é um prémio que é de todos os jogadores deste plantel, que têm vindo a rea-lizar um bom trabalho.

Consideras que apesar de já praticares futsal há muitos anos e teres 30 anos, estás a

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nesses mesmos espaços”. Ricardo Rio abordou ainda dois espaços onde pretende ver alguns serviços ligados à universidade. Referiu-se ao edifício da antiga Fábrica Confiança e GNRation. “Em relação à Fábrica Confiança, uma vez requalificada, ou em relação ao GNRation po-deremos lá acolher, se assim entenderem, a Rádio Uni-versitária do Minho ou ou-tros serviços da Associação Académica da Universidade do Minho. Estamos a equa-cionar essas hipóteses. Tudo está em aberto, dependente, também, do interesse des-tas mesmas, assim como da própria Universidade. Tan-to quanto soubemos che-garam a ser equacionadas [essas soluções] no passado e não foram concretizadas, não sabemos bem porquê”, sublinha o autarca.

penho e otimizar o serviço que presta à comunidade. É precisamente isso que queremos estreitar e cola-borar com as universidades na concretização dos seus próprios projetos”, asume o responsável municipal.

RUM e AAUM a caminho do centro da cidade?

Ricardo Rio aproveitou ain-da para identificar algumas ideias para projetos que fa-zem parte do ambiente uni-versitário. “Desenvolvere-mos projetos comuns para diversas áreas de interven-ção pública, seja na esfera cultural, económica, de pro-jetos de afirmação regional do território, através do apro-veitamento de determina-dos espaços que podem vir a ser desenvolvidas inicia-tivas para acolher serviços

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

ENTREVISTA:

ALEXANDRE PRAÇA

[email protected]

JOSé REIS

[email protected]

Há menos de um mês na liderança do executivo, ri-cardo Rio e a sua equipa de vereação já vão deixando a sua marca.Braga conheceu, 37 anos de-pois, um novo rosto à fren-te da Câmara Municipal, quando Ricardo Rio suce-deu ao “dinossauro político” Mesquita Machado. Agora, sem tabus, o novo presiden-te do executivo sentou-se à mesa nos estúdios da RUM para uma entrevista encai-xada no programa Campus

Verbal da Universitária. Os jornalistas José Reis e Ale-xandre Praça conduziram a entrevista em que vários temas foram abordados, mas onde a Universidade do Minho e a forma como a au-tarquia a vai querer absorver ganhou especial incidên-cia para o ACADÉMICO. Nesse prisma, Ricardo Rio demosntrou uma abertura quase total para “incubar” o que sai do campus uni-versitário fazendo com que a cidade ganhe mais com esta sinergia. Talvez por isso a criação de um pelou-ro no executivo que apenas ficará responsável por fazer a ponte com a academia mi-nhota o que, no entender de Ricardo Rio, irá servir para estreitar as relações entre as duas partes. O presidente da autarquia identificou em Miguel Bandeira, professor

universitário, o rosto ideal para cumprir com alguns objetivos bem definidos: “desenvolver um conjunto de práticas contínuas de diálogo e auscultação que vão envolver o vereador com esse pelouro e o próprio presidente da câmara; per-ceber qual o conhecimento que está a ser produzido na universidade, nas diferentes áreas, e conseguir ir beber esse conhecimento para me-lhorar o desempenho muni-cipal”. Sobre esta matéria, Ricardo Rio pretende que a Universidade do Minho possa ajudar em questões energéticas, nas soluções de engenharia, mobilidade e ainda urbanísticas. “Em to-das as áreas do conhecimen-to da Universidade há fato-res de inovação que podem ajudar a Câmara Municipal a melhorar o seu desem-

O tema Universidade do Minho foi alvo de conversa na entrevista do novo presidente à RUM

“Em todas as áreas do conhecimento da uminho há fatores de inovação que

podem ajudar a câmara municipal a melhorar o seu desempenho e otimizar

o serviço que presta à comunidade”

DR

ESPECIALRICARDO RIO

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estudantes denotam falhas formação técnico-prática na universidade do minho

Estas são as soft skills, que englobam três áreas essen-ciais para uso posterior no mundo do trabalho: toma-das de decisão e sentido crítico; planeamento e orga-nização; trabalho em equipa e relacionamento interpes-soal. Cerca de 94% dos es-tudantes acha estas aptidões importantes para o uso no mercado do trabalho.Contudo, tanto as compe-tências transversais como as específicas são valorizadas. Estas últimas constituem as hard skills. As hard skills são vistas pelos estudantes como algo necessário a de-senvolver de modo a aplicar no mercado do trabalho. Por isto entende-se um melhor funcionamento com os pro-gramas informáticos. 66% dos alunos aponta as ferra-mentas Office como mais importantes e 38% os sof-twares de gestão.O estudo aponta, então, para a necessidade de uma oferta formativa, o que a UM não possui em todas as suas escolas e institutos. Há, por isso, necessidade em todas as escolas e insti-tutos de dotar os estudantes de competências de índole comportamental e que são reconhecidas no mercado do trabalho.Segundo Nuno Pinto Bas-tos, “a UM começa a per-ceber a necessidade de de-senvolver competências nos estudantes a este nível”.Futuramente, de forma a ve-rificar a existência de uma oferta formativa capaz de responder às necessidades atuais dos estudantes uni-versitários da UM, é possí-vel fazer-se um novo estudo, de modo a perceber o posi-cionamento da universidade perante esta temática.

“das respostas obtidas, ve-rificou-se uma valorização das competências transver-sais, as competências com-portamentais, que não são tão trabalhadas em contexto académico e que os estu-dantes sentem que são uma mais-valia para ingressar no mercado do trabalho.”

MARTA RODA

[email protected]

AAssociação Académica da Universidade do Minho (AAUM), em parceria com a Edit Value, apresentou, na passada semana, o estu-do diagnóstico “Becoming Skilled”.O objetivo deste estudo foi recolher informação sobre as aptidões que os estudan-tes da Universidade do Mi-nho consideram essenciais para a transição do mundo estudantil para o mercado do trabalho e se as adqui-rem no seu percurso acadé-mico ou não.Os resultados vieram de praticamente todos os ins-titutos e escolas da univer-sidade, havendo uma pre-

dominância da Escola de Engenharia (27%) e da Es-cola de Economia e Gestão (19%). No que toca à situa-ção de emprego, 64% dos alunos é apenas estudante. Nuno Pinto Bastos, admi-nistrador da Edit Value, afirma que “este estudo englobou alunos dos anos de licenciatura, mestrado e doutoramento. Obtivemos 186 respostas, as quais nos dão alguns dados interes-santes e que nos fazem re-fletir”.Estas respostas adiantam que cerca de 62% dos es-tudantes encontram-se sa-tisfeitos com a formação teórica da UM. No entanto, quando se fala da formação técnico-prática, esse valor baixa para os 55%. Adicio-nalmente, 35% dos estu-

dantes considera que a uni-versidade não faculta todas as ferramentas necessárias para ingressarem no merca-do de trabalho.

Soft skills valorizadas pelos estudantes

Nuno Bastos concluiu que,

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

CLARA FERREIRA

[email protected]

Eminem distinguido na catego-ria de artista do ano

Na primeira edição dos You-Tube Music Awards foram dis-tinguidos também Taylor Swift, Macklemore & Ryan Lewis, Gina Gerwig. Apesar de tudo, as atenções neste evento foram centradas na organização do evento.A cerimónia transmitida via streaming fora caraterizada pela originalidade e criatividade pen-sada e relizada pelo cineasta Spike Jonze. Houve lugar para atuações ao vivo de Lady GaGa, Eminem, Arcade Fire, M.I.A. e The Creator. Este espetáculo premiou a genuinidade e criou uma particularidade inédita: os apresentadores não tinham guião e não assistiram aos en-

saios e também se criaram vid-eoclips em direto.

Dois terços das famílias têm computador em casa e 62% tem Internet por banda larga

Divulgado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), um inquérito à utilização de tecnologias de informação e da comunicação refere que 67% das famílias portuguesas tem acesso a computador e 62% tem internet por banda larga.As conclusões deste estudo remetem ainda para os se-guintes valores: 64% utilizam computador, 62,3% acedem à

Internet, e uma percentagem de apenas 15% fazem compras on-line. Números estes, segundo o INE, que revelam a “tendência crescente no acesso das famí-lias a computador e internet”.Numa perspetiva regional o INE alerta para percentagens aproximadas de 75% em Lisboa, e 50% em locais de acesso re-duzido, o Alentejo, relativas ao acesso ao computador, à Inter-net e a ligação à Internet por banda larga. O acesso às TIC é mais fre-quente entre os 16 e os 24 anos (99% dos estudantes utilizam computador e Internet), dimin-uindo particularmente a partir

dos 45 anos, e também maior no sexo masculino.

Facebook já não é a rede social mais utilizada

De acordo com o estudo recen-te norte-americano, nos EUA, o Twitter já é mais utilizado entre os jovens do que o Facebook (26% e 23% respetivamente). A grande surpresa é do Insta-gram que subiu doze pontos percentuais no seio dos jovens.

Os profissionais responsáveis pelo Facebook têm estado a fazer alterações na rede social, bastante polémicas, uma vez que permitem aos posts dos utilizadores entre 13 e os 17 anos serem públicos, o que an-teriormente não acontecia.

Smartphones e tablets vão ser permitidos nas aterragens e descolagens

A administração Federal de Avi-ação norte-americana anunciou

recentemente a possibilidade dos passageiros das compan-hias aéreas poderem utilizar tablets, e-readers, smartphones e jogos eletrónicos nas aterra-gens, descolagens e durante as viagens de avião.Há ainda a necessidade de se comprovar que estes aparelhos não têm influência no desem-penho dos aviões para que esta lei seja aprovada, tal estará pre-visto para o final do ano.Ainda assim, continuarão a ser proibidas as telecomunicações no interior do aparelho e tam-bém a conexão à Internet a me-nos de 10 mil metros do solo.

twittadas

ADRIANA CARVALHO

[email protected]

Hoje em dia todos os lançamentos das novas tecnologias são analisa-dos pela sociedade. Com todos os sucessos anteriores da empresa Apple - e o óbvio poder da marca - chega agora o novo modelo: iPad Air, para quebrar recor-des. A Fisku utilizou uma aplicação que recolhe dados anónimos e foi

utilizada por milhões de utilizadores. Após a recolha desses dados, a empresa especializada em marketing online chegou à conclusão que a adoção do novo mo-delo do iPad foi cinco vezes mais rápida do que a dos modelos an-teriores. À data do estudo, o iPad Air já contava com 0,73% do total do uso de todos os iPads ativos, contra os 0,14% do mo-delo anterior e 0,21% registados pela primei-

ipad air vende 5 vezes mais que

antecessorra versão do iPad Mini no mesmo período. Apesar do Air ter o melhor desempenho no que diz respeito à taxa de adesão, o iPad 2 ainda continua a ser o mais utilizado com 37,1% do mercado, mas desde o dia 31 de outubro que tem vindo a cair já mais de 2%. Depois temos à data da recolha, o iPad 3 com 17,8% do mercado, iPad 4 com 22% e o iPad mini com 20,4%. Uma das razões para a preferência, para além de ser um modelo novo, está

o facto do modelo se en-contrar à venda, desde o primeiro dia de lança-mento, com cartão SIM, ao contrário dos anterio-res. As opiniões positivas acerca do modelo Air centram-se no facto de este ser muito leve e fino e trazer o pacote iLife e iWork gratuitos. Segundo estas mesmas opniões, o único capaz de fazer frente seria o Surface RT, talvez o ver-dadeiro concorrente do iPad feito pela Microsoft.

DR

DR

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

Engenheiro Informático - Estágio Emprego M/F

Perfil:- Licenciatura em Engenharia Informática- Elegível para Estágio Em-prego /IEFP- Idade dos 18 aos 30 anos- Inscrito no Centro de Em-prego

Controlo de GestãoEstágio emprego (M/F) Guimarães

Perfil do candidato:

- Licenciatura em Economia, Gestão, Contabilidade, Audi-toria ou similar;- Idade até 30 anos - Inscrito no IEFP

Gestor de acessóriosM/F

- Habilitações literárias: míni-mo 12ºano;- Experiência profissional no sector têxtil;- Conhecimentos na execução de Packing List e impressão de rótulos;- Conhecimentos informáticos - Capacidade de organização e gestão de tempo;- Competências de comunica-ção e organização.

Outras ofertas:

- Técnico de Electricidade - Ma-nutenção M/F - Estágio Em-prego

- Junior Developer - Estágio Emprego M/F

- Professor de Inglês M/F | Braga

Candidaturas em:www.aaum.pt/gip

Ofertas de emprego

w w w. a a u m . p t /g i p [email protected]

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

promove...

tworking sejam estabele-cidas parcerias e sinergias que possam gerar valor para a região.

Para tal, conta-se com a pre-sença de startups / spinoffs em diferentes fases do negó-cio, com origem na Univer-sidade do Minho e que, na sua maioria, contaram com o apoio do LIFTOFF em al-gum momento do seu pro-cesso de desenvolvimento. Os empreendedores inte-ressados em participar de-verão inscrever-se em liftoff.aaum.pt.

http://liftoff.aaum.pt/facebook.com/aaum.liftoff

O LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor da AAUM - comemora o 3ª aniversário e convida empreendedores a participarem no Take and Share que decorre a 20 de novembro, das 18.30h às 20h, no Campus de Gualtar (Universidade do Minho - Braga).

O evento tem como objetivo conectar os participantes através da troca informal de ideias, de experiências e de contributos para o seu negócio. Espera-se que num ambiente informal de ne-

Dia doEmpreendedor

Comemoração3º Aniversário do Lifotff No âmbito do Connecting The Dots | Uminho | Liftoff |

CGD e inserido na comemoração do 3º aniversário do Lif-toff | Dia do Empreendedor decorre, a 20 de novembro, o Workshop Gestão do Tempo.

Conteúdos programáticos:

- A importância do tempo- Metodologia GTD - Getting Things Done- Formas de evitar a procrastinação- Planeia a tua vida Nos dias que correm, a gestão pessoal do nosso tempo é cada vez mais importante para conseguirmos uma vida completa, e de sucesso, a nível pessoal e profissional. O tempo é o recurso mais escasso que temos, e está-se a esgo-tar a cada segundo que passa. Neste workshop vem conhecer e experimentar técnicas e métodos que vão revolucionar a maneira como geres o teu tempo, as tuas tarefas e, acima de tudo, a tua vida!Participação gratuita mediante inscrição.

Workshop Gestão do Tempo

Connecting the dots @ UMinho

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CULTURA

o sufocante espaçoSALA DE CINEMA: gravidade (2013)

rem, com os personagens principais a levitarem, qua-se sem controlo nenhum sobre os seus corpos, são hipnotizantes. É uma expe-riência super imersiva, só interrompida pelos momen-tos em que a tensão aumen-ta. Apesar de não assentar num guião muito sólido,

com personagens sem gran-de caracterização, o elenco faz um trabalho incrível de exploração das suas perso-nagens. Sandra Bullock e George Clooney conseguem carregar o filme às costas.Acresce que o 3D aqui está super bem trabalhado. Aqui não se sente que o preço do bilhete esteja a ser infla-

cionado. Ver o filme com os óculos 3D faz-nos sentir que estamos bem no meio do espaço em que decorre o filme. Quase que tocamos nas estrelas e quase que po-demos sentir a respiração das personagens principais. É nestas alturas que se de-seja poder ver Gravity num IMAX.

ALEXANDRE VALE

[email protected]

Gravity é um thriller de fic-ção científica centrado na luta pela sobrevivência de dois astronautas: a doutora Ryan Stone (Sandra Bullo-ck), uma engenheira médi-ca, na sua primeira missão espacial, e Matt Kowalski (George Clooney), um as-tronauta veterano, com uma franca dose de charme des-comprometido. Após a sua nave ser destruída por des-troços de um satélite russo, os dois ficam sozinhos, no meio do vazio e do silêncio do espaço, sem comunica-ções com a base, sem ma-neira de serem salvos e com o oxigénio quase a acabar. O pior dos cenários possíveis está instalado e os dois têm que se aventurar de forma a poderem regressar a casa.Gravidade é um thriller de ficção científica tenso, que serve de montra para o enorme talento do reali-zador Alfonso Cuarón, que nos presenteia com uma

experiência visualmente arrebatadora. Já lá vão sete anos desde que o cineasta mexicano trouxe o distópico os “Filhos do Homem”. Pois bem, não podia ter quebra-do o hiato da melhor forma.Tecnicamente, o filme está magnânimo. As cenas de gravidade zero, com os des-troços das naves a flutua-

Realizador:Alfonso Cuarón

Elenco: Sandra Bullock; George Clooney; Ed Har-

ris

Estreou em Portugal:10/10/2013

Nacionalidade: Americana

Pontuação: 4/5

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o Oriente de Paul Theroux, Quetzal. 30 anos passados da obra O Grande Bazar, Theroux regressa a outros países e regiões e, então, o retrato do Camboja é assombroso.

5 - Resistência de Rosa Aneiros (D. Quixote); um poderoso romance, vindo da Galiza vizinha, sobre todos e todas que lutaram pela Liberdade, acreditando nas suas ideias. Um romance mágico

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RUM BOXTOP RUM - 45 / 201308 NOVEMBRO

1 ARCADE FIRE - Reflektor

2 QUEENS OF THE STONE AGE I sat by the ocean

3 NOISERVToday is the same as yesterday, but yesterday is not today

4 JP SIMÕESGosto de me drogar

5 DEVENDRA BANHARTYour fine petting duck

6 CAYUCAS - High school lover

7 PALMA VIOLETSBest of friends

8 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you

9 PRIMAL SCREAMIt’s alright, it’s ok

10 VAMPIRE WEEKENDDiane young

11 ARCTIC MONKEYSDo i wanna know

12 BONOBOHeaven for the sinner

13 CUT COPYWe are explorers

14 ELVIS COSTELLO & THE ROOTSWalk us uptown

15 LITTLE FRIEND - Sunken low

16 MGMT - Your life is a lie

17 NOME COMUMNinguém fica só

18 RHYE - The fall

19 CULTS - High road

20 GUTA NAKI - Ainda não sei

POST-IT11 novembro > 15 novembro

ERMOCorrespondência

BLOOD ORANGEChamakay

AU REVOIR SIMONE Somebody Who

ABEL DuARTE

[email protected]

Presença habitual atrás da bateria, tanto em disco como ao vivo, Sandra Vu ajudou a promover bandas como The Raveonettes, Dirty Beaches, Boredoms, Midnight Movies e, maiori-tariamente, como baterista das Dum Dum Girls. Agora passou para primeiro plano

ao dedicar-se à sua própria banda, os SISU. O quarteto editou recentemente “Blood Tears”, o álbum de estreia. Um conjunto de canções pop com sonoridades não pop, resultantes do desafio e gozo de Vu em combinar opostos. Soando experi-mental à primeira audição, “Blood Tears” é um disco pop, apesar da interpretação excêntrica de Vu o tornar pouco convencional. Escri-to, tocado e produzido por

CD RUM

Vu, “Blood Tears” teve a ajuda dos companheiros de banda, Ryan Wood como co--produtor e Nathanael Kee-fer na bateria. A mistura foi da responsabilidade de Lars Stalfors (Chelsea Wolfe, The Soft Pack, The Mars Volta). Ao vivo, a banda conta ain-da com Juliana Medeiros (Dum Dum Girls) nos sin-tetizadores e coros. “Blood Tears” é atmosférico, suave e bem disposto, cativando de imediato os sentidos.

AGENDA CULTURALBRAGA

FESTIVAL SEMIBREVE15 de novembroHelmTheatro Circo

16 de novembroForest SwordsTheatro Circo

17 de novembroSculptureTheatro Circo

15 de Novembro

“Édipo Rei”, de Pier Paolo PasoliniCasa do Professor

GUIMARÃES

GUIMARÃES JAZZ15 de novembroKenny Werner e David Sanchez quintetCCVF

16 de novembroA HR Big Band & John Abercrombie & Jim McNeelyCCVF

14 novembroJack DeJohnette group feat. Don ByronCCVF

FAMALICÃO

MÚSICA15 de novembroJay-Jay JohansonCasa das Artes

14 de novembroLore (GB/DE/AU, 2012)Casa das Artes – Pequeno Auditório

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

sisu“blood tears ”

1 - Se Não Podes Juntar-te a Eles, Vence-os de Filipe Homem Fonseca, Divina Comédia. Portugal exangue, cheio de medo, e as pessoas desistindo e, como dizia o outro, o povo é sereno.

2 - Eu Estou Sempre Cá de Maria de Lurdes Candeias, Planeta. Histórias de abandono, medo, anorexias, fobias, alcoolismo, crianças, adolescentes e jovens

assustados levando - os, como nos últimos dias à tragédia mais extrema

3 - Mensagem de Fernando Pessoa comentada por Miguel Real, Parsifal. Uma grande reedição.

4 - Comboio Fantasma para

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DESPORTO

inesperado para o conjunto minhoto. O treinador da equipa fe-minina de basquetebol da AAUM, Alexandre Oliveira, define este começo de época como “muito positivo”, desta-cando a “determinação” das suas atletas ao alcançarem o primeiro objetivo do ano: a “classificação para os Cam-peonatos Nacionais Univer-sitários”. A par da equipa

DIOGO PARDAL

[email protected]

As equipas de basquetebol da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) estiveram em gran-de destaque no I Torneio de Apuramento (TA) para as fases finais dos campeona-tos nacionais universitários, com a equipa masculina a vencer a sua respetiva prova e a equipa feminina e garantir o 2º lugar. O torneio realizou-se em Guimarães, cidade europeia do desporto, nos dias 4 e 5 de novembro e contou com a participação de 13 equipas, oito masculinas e cinco femi-ninas. No masculino, a equipa mi-nhota entrou a perder contra a AAUAv (21-25), mas não perdeu o rumo e realizou um caminho sem derrotas até ao final da competição, dei-xando pelo caminho o IPV (45-10), AAUTAD (40-28) e AAUBI (45-23). Na final, a AAUminho voltou a encon-trar a equipa de Aveiro tendo, desta vez, garantido a vitória (53-37). Para João Chaves, treinador da equipa masculina de bas-quetebol da AAUM, este foi um arranque “bastante posi-tivo”, uma vez que o objetivo passava por “obter a melhor classificação possível em casa”. O facto do segundo TA se realizar no Algarve, em fevereiro, também reforça a

importância desta primeira vitória, já que, “por questões de logística, poderá haver dificuldades na convocatória de atletas”, ficando, assim, garantida “alguma vanta-gem”. A equipa tem como objetivo para a época, “tentar melhorar a classificação do ano passado, chegar às me-dalhas e, se possível, repetir o sucesso de 2012”, onde se tornou campeã nacional na

basquetebol da aauminho começa a época com o pé direito

modalidade. Segundo o trei-nador, o plantel desta época é “mais equilibrado”, em re-lação ao de 2012, o que ofe-rece uma maior garantia de sucesso. No feminino, a AAUminho assegurou o 2º lugar após duas vitórias, frente à AAUBI (48-27) e AAC (38-18), e duas derrotas, contra a AAUAv, campeã em título, e contra a AAUTAD (39-35), resultado

masculina, o grande objeti-vo para esta época passa por “alcançar um lugar no pódio nas fases finais”. Apesar de o basquetebol não ser uma modalidade com grande tradição na região do Minho, João Chaves acredita que este “tem vindo a con-quistar o seu espaço, fruto de um bom trabalho dos clubes regionais e da Universidade do Minho”.

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UMDicas

FADU

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“São dois nomes que foram considerados pela Pitchfork como ‘Best New Musical’. É muito difícil para nós desta-carmos os cabeças de cartaz de cada uma das edições”, afere Luís Fernandes. Con-tudo, inquestionável é o va-lor de um dos nomes para o último dia do festival, o multifacetado Atom TM. “Este é um festival mais de interior, em que a qualidade de som é fundamental e que possa permitir que os visu-ais ganhem uma dimensão maior. O Theatro Circo é o espaço ideal para este tipo de eventos”, conclui Luís Fernandes.

livre.

Cartaz entre emergentes e consagrados

O ponto fundamental de qualquer festival de música são os concertos e, por isso mesmo, há vários pontos de destaque para mais uma edição deste festival. O ar-ranque é dado na sexta-feira, com o histórico Philip Jeck e a ajuda de LOL Sargent, com as electrónicas de Raime e Helm. Mas um dos pontos de maior interesse vai para ao segundo dia do festival, onde figuram Forest Swor-ds e The Haxan Cloack.

JOSé REIS

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É um festival de nicho, fei-to para uma minoria que ganha cada vez mais ex-pressão. Uma minoria que procura descobrir as novas pistas da música electróni-ca mais exploratória, onde tenta descobrir as potencia-lidades e as pistas da nova música. O SEMIBREVE, o festival que arranca nesta sexta-feira em Braga, é a

oportunidade ideal para se mapear o que de melhor existe a emergir na cena ex-perimental/electrónica/ex-ploratória/dançável. “Foram duas edições que correram muito bem. Temos aposta-do numa bitola muito alta e, por isso, sentimento que não podemos voltar atrás, não podemos regredir. No fundo, não podemos defrau-dar as expectativas criadas”, revela Luís Fernandes, em conversa com o ACADEMI-CO, um dos elementos da organização deste festival (e um dos responsáveis pelo cartaz de luxo deste evento. Mas já lá vamos). Com duas

edições já quantificadas e à porta da terceira sessão, este é um festival que já extrava-sou fronteiras, nacionais e internacionais. “É notório o interesse crescente pelo pú-blico internacional. Temos sentido isso na venda de bilhetes para as diferentes edições”, revela Luís Fer-nandes, da organização do festival. Sinal disso mesmo é o reconhecimento anual da revista Wire, que todos os anos se faz representar no festival e que, neste ano, irá promover uma conversa--tertúlia com o músico Ra-fael Toral na livraria Cen-tésima Página, com acesso

ESPECIAL SEMIBREVEPÁGINA 19 // 13.NOV.13 // ACADÉMICO

O que há em comum entre o fenómeno Forest Swords e o camuflado The Haxan Cloack, o consagrado Atom TM e o português Rafael Toral? Há muito a uni-los, muito

a separá-los, mas todos estarão na terceira edição do SEMIBREVE, o festival de música electrónica que começa esta sexta-feira no Theatro Circo.

atom tm e nomes emergentes durante três dias em braga

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