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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 161 / ANO 6 / SÉRIE 3 QUARTA-FEIRA, 29.FEV.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Festival Grito Rock estreia em Braga local Página 04 campus Página 03 Hélder Castro, presidente da AAUM, em entrevista Página 05 Fundação AAUM brevemente reativada Balanços, metas e críticas ao governo marcam aniversário da Universidade do Minho Um sofá em troca de um par de sapatos? Sim, desde que seja útil... Página 16 Página 06 Gata na Praia ruma a Albufeira Página 07 Robots fazem a festa!

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JornalAcadémico

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Page 1: ACADÉMICO 12

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA161 / ANO 6 / SÉRIE 3QUARTA-FEIRA, 29.FEV.12

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Festival Grito Rock estreia em Braga

local

Página 04

campus

Página 03

Hélder Castro, presidente da AAUM, em entrevista

Página 05

Fundação AAUM brevemente reativada

Balanços, metas e críticas ao governo marcam aniversário da Universidade do Minho

Um sofá em troca de um par de sapatos? Sim, desde que seja útil... Página 16

Página 06

Gata na Praia ruma a Albufeira

Página 07

Robots fazem a festa!

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Novo ano, novo semestre... De novo o ACADÉMICO para te acompanhar semanalmente até ao final de maio. Regressamos com o acordo ortográfico adotado, por muito esquisito que possa parecer. São evolu-ções da nossa língua que iremos acompanhar, inevitavelmente, de aqui em diante.Esta semana a grande entrevista é com Hélder Castro, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho que nos faz, na sua primeira grande entrevista, uma análise dos primeiros dias à frente da AAUM.Destaque nesta edição para a recuperação daquilo que foi a cerimónia que assinalou o 38º aniversário da Universidade do Minho. O balanço do último ano, o olhar para o futuro, mas, sobretudo, as críticas ao Go-verno, marcaram uma cerimónia que se esperava de festa.Nos próximos anos iremos ver uma academia competitiva, com projetos, fruto de sinergias, a crescer, prin-cipalmente na cidade de Guimarães. E Braga, que acolhe grande parte dos serviços, parece voltar a ficar de fora, pelo menos aparentemente, de todas estas parcerias. Não acham que o capital humano e tecnológico que sai dos muros da academia deveria ser melhor aproveitado pela cidade bracarense? Fica a questão!Esta semana viramo-nos também para a cidade ao acompanhar os três dias do Grito Rock, lançamos o Negócio de Rua e percebemos ainda, dentro do espírito académico, o que é esta semana da euforia e para onde vão, também eles em euforia, os estudantes na Gata na Praia. Fiquem atentos.Até para a semana.

29.FEV.12 // AC

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RobopartyAno após ano, esta iniciativa con-tinua a crescer a olhos vistos e a concentrar em Guimarães jovens que nutrem especial apreço pela robótica. A imagem deste evento é muito positiva na comunidade e iniciativas como esta merecem, cada vez mais, todo o protagonis-mo que se possa dar. Uma exce-lente prova de qualidade na UM.

Excessos em tempos de “Euforia”É inevitável. Há espaço para a di-versão, para o companheirismo, para uns copos com os amigos, mas há também, muitas vezes, espaço para excessos em tem-pos da Semana da Euforia. Os estudantes precisam de descom-primir e nada melhor que esta semana para voltarem ao espírito académico. Mas com calma, ok?

Fundação AAUMÉ no trabalho daqueles que mar-caram (e continuam a marcar) a história da AAUM que se baseia mais um esforço para reativar a Fundação.Uma peça essencial num xadrez cada mais complexo que é ser uma associação académica nos tempos de hoje e com o legado que lhe é adjacente.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quarta-feira, 29 Fevereiro 2012 / N161 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia SilvaDaniela Mendes, Diana Sousa, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura TeixeiraNeuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares

637988-6_MER_SMART_172x250.pdf30/01/2012

Page 3: ACADÉMICO 12

PÁGINA 03 // 29.FEV.12// ACADÉMICO

LOCALfestival grito rock estreia em braga

ADRIANA COUTO

[email protected]

O Grito Rock nasceu em 2002, em Cuiabá, Brasil pelo Espaço Cubo, e é, atu-almente, produzido pelo Circuito Fora do Eixo. Ide-alizado para ser uma alter-nativa ao Carnaval, o pro-jeto acontece, este ano, em mais de 200 cidades num total de 15 países. Braga foi a primeira cidade da europa a ser escolhida para receber a 10ª edição daquele que é considerado o maior festival integrado das américas. Cada edição, organizada nas cidades interessadas, é produzida de forma inde-pendente e chega a Portugal com o objetivo de ser criada uma ponte para um futuro intercâmbio entre artistas brasileiros e portugueses. A versão bracarense foi or-ganizada pelos estudantes erasmus da Universidade do Minho, Taís Capelini e Renato Belineli, que, incen-tivados pelo facto de vários amigos pertencerem a co-letivos sediados no Brasil e trabalharem em projetos culturais, decidiram pensar na possibilidade de reali-

zar o Grito Rock em Braga. Após algumas reuniões e os primeiros parceiros da iniciativa fixados, o projeto ganharia asas para durante três dias dar a conhecer um projeto de sucesso que con-quistou a América Latina e que deu, também este ano, os primeiros passos nos Es-tados Unidos. No passado dia 23, a versão bracarense do festival arran-cou na Fnac do Braga Par-que com a estreia em Por-tugal do filme Bollywood Dream, de Beatriz Seigner. A sala de espetáculos da FNAC do Braga Parque en-cheu para acolher o projeto CineGrito, marcado pelo pe-queno discurso de abertura de Taís Capelini e Renato Belineli.

Poesia emociona nos Coim-brasIncentivados pelo sucesso do primeiro dia do festival, o segundo dia prometia aos bracarenses, uma noite de muita arte na Casa dos Coimbras e não desiludiu. Este local emblemático da cidade de Braga encheu-se de curiosos para ouvir um recital de poesia o que dei-

grupo Crápula. João Araújo, vocalista e gui-tarrista dos Crápula, sentia--se satisfeito no final do con-certo e afirmou que “o Grito Rock é uma boa maneira de promover música indepen-dente, sem estar presa a in-teresses comerciais.”O som dos Burning Man incendiaria o palco do Insó-lito Bar e o público presente que levou a que André Gon-çalves, vocalista da banda, abandonasse por diversas vezes o palco para cantar com a plateia. Houve ainda tempo para os DJ’s Kulture Brothers e Rubens Marti-nez que animaram o resto da noite e encerraram da melhor maneira a primei-ra edição do festival Grito Rock.A organização não poderia estar mais satisfeita e em jeito de balanço afirmou que “foram três dias de ativida-des que conseguiram mobi-lizar as pessoas e chamar a atenção para a produção cul-tural independente. O resul-tado atingiu as expectativas de fomentar o diálogo entre o público e os artistas, bem como estimular a diversida-de e as trocas culturais.”

xou Marcelo “Camelo”, um dos organizadores deste sa-rau cultural, muito satisfei-to: “Apesar de eu já ter orga-nizado oficinas de poesia e saber que isso emociona as pessoas, não esperava ver isso aqui. A arte tem esse poder de despertar senti-mentos dos mais variados modos.”O público presente pôde ainda ver a exposição de material reciclado do espa-nhol Jose Luis Lopez e as-sistir aos pequenos concer-tos dos brasileiros Hermes Pimentel e de Umbuzeiro, dos cabo-verdianos Cláudio Ferreira e Carla Lima e da chilena Sofia Fernandez.

Para Frederico Siqueira, um dos responsáveis pela Casa dos Coimbras, as portas deste local estarão abertas para uma nova edição do Grito Rock: “Nunca tivemos um evento como este, acho que uma iniciativa como esta que reúne as pessoas para transmitir algo de valor é muito boa e deve acontecer mais vezes.”

Música anima último diaCerca de duzentas pesso-as encheram o Insólito Bar para receber o terceiro e úl-timo dia de festival que re-cebeu os concertos dos Bur-ning Man, banda de Viana do Castelo, bem como do

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Insólito foi o palco do último dia do festival

Dez anos após a primeira edição realizada no Brasil, Braga tornou-se na primeira cidade europeia a receber o maior festival integrado das américas que durante três dias juntou o mais variado número de artistas internacionais na Fnac Braga Parque, Casa dos Coimbras e Insólito Bar.

Page 4: ACADÉMICO 12

PÁGINA 04 // 29.FEV.12 // ACADÉMICOLOCAL

fundação aaum brevemente reativadaEDUARDA FERNANDES

[email protected]

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) está a desenvolver esforços no sentido de reati-var a fundação AAUM den-tro de algumas semanas.Criada em 1992 e entretanto extinta, a fundação AAUM é, segundo Hélder Castro, presidente da Associação Académica, em declarações ao ACADÉMICO, uma “fer-ramenta chave no trabalho, principalmente, no que toca às questões sociais e pro-blemas económicos que os estudantes da Universidade do Minho atravessam.”

Numa fase em que a atual conjuntura económica tem levado ao abandono escolar e a outros problemas asso-ciados, o presidente da aca-démica minhota acredita que “fará certamente sen-tido termos uma fundação AAUM dedicada, única e exclusivamente, a pensar neste tipo de questões ou, pelo menos, dedicada em grande parte do seu tempo”.A atual direção da Associa-ção Académica, em cola-boração com ex-membros associativos e com a própria Universidade do Minho estudam, neste momento, a reativação da Fundação. Uma fundação que se pre-tende autónoma e indepen-dente da direção da AAUM,

esta que, por seu turno, é renovada anualmente.Recorde-se que, no segui-mento da cerimónia de co-memoração do 38º aniver-sário da UMinho António

Cunha, reitor da Univer-sidade, manifestou a im-portância da criação de um fundo que funcionaria pre-cisamente como um meio de resposta a situações de

gravidade inesperada, cuja verba saíria do orçamento da própria instituição. Hélder Castro relata que es-tão já a ser feitos contatos no sentido de tentar trazer para este projeto pessoas com diferentes competências dentro da sociedade, mas também que possam ofe-recer diferentes visões. Por último, o atual presidente da AAUM considera que “existe ainda muito trabalho de casa que tem de ser feito”. “Acredito que, assim que possível, será lançada esta formação com uma imagem nova e realmente adaptada aquilo que precisamos dela, que é realmente este caráter de apoio direto aos estudan-tes”, concluiu.

AAUM, em colaboração com ex-membros associativos e com a própria UM estudam a reativação da Fundação.

a euforia já começou!MAURA TEIXEIRA

[email protected]

Numa espécie de boas-vin-das ao segundo semestre, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) realiza a Semana da Euforia. Durante uma semana - de dia 21 de feve-reiro a 1 de março - os alu-nos da Universidade do Mi-nho (UM) podem desfrutar de todos os eventos que esta atividade lhes proporciona, tanto em Braga, como em Guimarães. Este ano os dj’s convidados serão muitos: desde Sérgio Moura, que marcará presença na quar-ta-feira no Bar Académico (BA) de Braga, passando por Pedro Galego, Moa e Elec-trodomestic, no mesmo dia, mas no BA de Guimarães, entre outros. A semana

da Euforia contará, ainda, com a presença do cantor português Toy, também na quarta-feira, na discoteca Sardinha Biba, em Braga. A discoteca da Academia será também palco da atuação de Moullinex. Nesta mesma noite, junto aos Bombeiros Voluntários de Guimarães, no espaço do antigo Black Orange, será proporciona-da a festa Cuba, pelo BA de Guimarães e o Café Univer-sitário. Os alunos da UM poderão ainda contar com a atuação de alguns dos vários grupos culturais da nossa Universi-dade, entre eles a Azeituna, os Bomboémia, a Gatuna e Tuna Universitária do Mi-nho. É ainda durante esta sema-na que será dado a conhecer o cartaz da Gata na Praia ’12, que se vai realizar na sema-

na que antecede o feriado da Páscoa. Uma atividade com 11 anos e tão intrínseca na nossa Universidade, que já não se pode passar um ano sem a realizar. A AAUM continua a de-monstrar a preocupação com as pessoas que passam maiores dificuldades, e, no final da semana, será feita uma ação de solidariedade, que decorrerá na quinta--feira à noite, onde quem levar géneros alimentícios terá direito a “finos” de bor-la. Todos os estudantes da nossa Academia poderão participar, pois esta ativida-de terá lugar tanto na cidade de Braga, como na cidade de Guimarães. A grande adesão que se tem vindo a verificar todos os anos faz com que esta seja mais uma das atividade de sucesso da nossa Academia.

CAMPUS

Page 5: ACADÉMICO 12

CAMPUSPÁGINA 05 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

CÁTIA SILVA

[email protected]

No passado dia 17 de feve-reiro, a Universidade do Minho (UM) comemorou o seu 38º aniversário numa sessão solene no Salão Me-dieval, em Braga. O Reitor, António Cunha e o secre-tário de Estado do Ensino Superior, João Queiró, pre-sidiram à sessão que ficou marcada por uma reflexão do ano de 2011, a apresenta-ção de novos projetos para o

ano 2012 e seguintes, e pe-las duras críticas do Reitor às políticas do governo para o Ensino Superior.António Cunha voltou a su-blinhar a sua intenção de passar a UM para o regime de fundação pública e o seu desagrado pelo orçamento disponível na UM para o ano de 2012. Entre 2010 e 2012, esta Universidade so-freu uma redução de 32% do Orçamento do Estado, prejudicando a sua autono-mia. António Cunha avisa que “importa assegurar que

este desinvestimento no en-sino superior seja revertido em 2013”.

Crescimento em vista

No entanto, estão previstos projetos de crescimento da instituição que pretendem ajudar a atingir a meta apontada pelo Reitor, os 19 mil alunos inscritos. A en-trada de três novos cursos na Universidade do Minho: teatro, design de produto e engenharia física, já no pró-ximo ano letivo é um deles.

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balanços, metas e críticas ao governo marcam aniversário da universidade do minho

Prevê-se ainda um finan-ciamento de 6 milhões de euros para a construção de dois edifícios de bio-susten-tabilidade, um em Braga e outro em Guimarães. A requalificação do Largo do Paço e o programa de rege-neração urbana - Campur-bis - são outros dois grandes projetos infraestruturais para o ano de 2012.Na sessão foi entregue o prémio de mérito de inves-tigação ao professor, Odd Rune Straume, da escola de Economia e Gestão da Uni-

versidade do Minho, que consagra o professor que mais se destacou no ano an-terior pelo trabalho desen-volvido. “A evolução e inves-tigação científica do nosso país tem que começar pelas Universidades (…)”, afirmou o Reitor.Foi feito ainda um destaque ao facto da Universidade do Minho ter sido considerada pela Top Study Links como a melhor universidade para se estudar em Portugal, al-cançando esta o 34º lugar no quadro europeu.

DRDR

DR

Page 6: ACADÉMICO 12

ESPECIAL ELEIÇÕES AAUMPÁGINA 06 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

JOANA NEVES

[email protected]

Falar sobre férias é, por si só, fator de produção mas-sificada de felicidade. Falar sobre as férias da Páscoa tornou-se, para os estudan-tes minhotos algo um boca-do superior a isso. A Gata na

Praia está de volta, e esta XI edição traz novidades. De 31 de Março a 5 de Abril, o Minho ruma até à praia de Santa Eulália, em Albufeira, com direito a (breve) descan-so no Grande Real Eulália Resort & Hotel Spa. Em conversa com o ACA-DÉMICO, João Soares, vice--presidente do Departamen-

to Desportivo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), justifi-ca a escolha deste ano com a vontade de apostar numa lo-calização diferente das ante-riores, sem descurar o factor preço e procurando as “me-lhores condições possíveis para realizar a atividade”.O passaporte de entrada poderá ser garantido dia 13 de Março e os interessados deverão formar equipas de

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aaum propõe gata (no) real

oito pessoas (4 rapazes e 4 raparigas), com a obrigato-riedade de serem sócios da AAUM. O valor por parti-cipante mantém-se nos 145 euros, que incluem a esta-dia no Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa e o brunch, durante os cinco dias, bem como o transpor-te e a participação nas activi-dades desportivas.No que toca às expetativas para esta edição, João Soa-

res assume a vontade de que os alunos adiram em larga escala, esperando inclusive que “a adesão deste ano su-pere a dos anos anteriores”.Ainda que seja mantido o cariz eminentemente desportivo do evento, o vice-presidente do Departa-mento Desportivo promete ainda que para a Gata na Praia deste ano, a AAUM tem preparadas algumas surpresas.

Page 7: ACADÉMICO 12

ESPECIAL ELEIÇÕES AAUMPÁGINA 07 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

cesium traz richard stallman à universidade do minho âNgELA COELhO

[email protected]

Richard Stallman, um dos maiores hackers mundiais, vem esta terça-feira, dia 28, à Universidade do Minho (UM) dar uma palestra so-bre a liberdade do utilizador da Internet. O criador da Free Software Foundation e do sistema operativo GNU vai falar do tema “Copyri-ght vs Community” e nas leis ou projetos-lei norte--americanos que, segundo o próprio, põem em risco a liberdade dos cidadãos. A iniciativa decorre pelas 14h no Auditório A1 do campus de Gualtar, em Braga.A organização cabe ao Cen-tro de Estudantes de En-genharia Informática da UM (CeSIUM), com apoio do Departamento de In-formática. André Pimenta, presidente do núcleo de es-

tudantes, classifica Richard Stallman como “uma das mentes mais brilhantes do mundo na área da informá-tica”, sendo este “responsá-vel pelo software livre e pelo movimento que acompanha essas ideologias”.

Stallman contra leis “duras” para os utilizadores deinternet

O norte-americano consi-dera que as grandes cor-porações que lucram com os direitos de autor estão a exercer “lobbying” para serem implementadas leis mais duras, enquanto au-mentam o seu poder e limi-tam o acesso do público à tecnologia, o que exige uma mobilização urgente dos cidadãos. André Pimenta concorda com Richard Stall-man, uma vez que, para o estudante de engenharia

informática, “estas leis vão contra o conceito da inter-net”, pois “vão mudar mui-to a internet como a vemos agora e as pessoas não vão ter direito sobre o que escre-vem ou partilham”.Richard Stallman, nova-

-iorquino de 58 anos, é uma personalidade na área da computação que lançou o movimento de software livre em 1983 e, no ano se-guinte, criou o sistema ope-rativo GNU, no qual qual-quer pessoa pode copiar e

redistribuir o software com ou sem mudanças. Stall-man formou-se na Univer-sidade de Harvard, foi in-vestigador do MIT e recebeu diversos prémios, além de vários doutoramentos “ho-noris causa”.

Richard Stallman é, sem dúvida, um dos nomes mais importantes da internet, tal como hoje a vemos, e estará na UM esta semana

robots fazem festa!responsável por esta iniciati-va, o objetivo passa por “eles se divertirem enquanto aprendem”.A 6ª edição desta festa con-tou com algumas diferen-

ças das realizadas nos anos anteriores, nomeadamen-te, algumas alterações nas provas robóticas e nas ativi-dades lúdicas e desportivas e no modo como foi dada a formação, já que cada sessão andou à volta dos 15 minu-tos para não se tornarem muito cansativas. Para além disso, contou também com o apoio da Capital Europeia da Cultura, um fator que se revelou bastante importan-te, tanto em termos de pu-blicidade, como de cobertu-ra da Roboparty.Durante os três dias, os participantes foram sempre acompanhados pelos cerca de 100 voluntários, alunos de Eletrónica Industrial, que se revelaram uma mais--valia para a organização. Esta foi uma dupla experi-ência tendo em conta que, além de sentirem a sensa-

ção de construir um robot, partilharam também a rea-lidade de “viver” na univer-sidade, isto porque muitos optaram levar o saco cama às costas e ficar lá a dormir, devido à intensidade de tra-balho durante os dias do evento. Contudo, “como for-ma dos pais estarem mais descansados”, a cobertura em vídeo streaming permi-tiu acompanhá-los segundo a segundo, tanto pelos pais, como por quem não teve a oportunidade de estar pre-sente.Depois da aprendizagem e construção dos seus robots móveis e autónomos, cada jovem tem a oportunida-de de ficar com eles e, no ponto de vista de Fernando Ribeiro, “depois podem usá--lo em provas nacionais, ou internacionais, como o caso da RoboCup”.

FABIANA OLIVEIRA

[email protected]

A Roboparty é um evento realizado pela Universi-dade do Minho (UM), em conjunto com a Soluções de Automação e Robótica (SAR), que se realizou entre os passados dias 23 a 25 de fevereiro, no Polo Desporti-vo do campus de Azurém da UM. A iniciativa teve entra-da livre e foi acompanhada por vídeo streaming.Ao final destes três dias de uma conjugação de apren-dizagem e diversão Fer-nando Ribeiro mostrou-se satisfeito com os resultados comentando que “no final, os participantes estavam contentes e as expetativas esperadas foram supera-das”, relembrando ainda que “o resultado das pro-vas será disponibilizado no

site”. Este evento pedagógi-co ensinou os cerca de 400 jovens de todo o país, maio-ritariamente entre os 15 e 18 anos, a construir um robot. Segundo Fernando Ribeiro,

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PÁGINA 08 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

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CURSOS AO RAIO-x

LéNIA REgO

[email protected]

O que pode aprender um aluno em NI?

É um curso de natureza multidisciplinar nas áreas da economia, gestão, rela-ções internacionais e lín-guas.Um terço da carga letiva é composto por disciplinas da área da economia, outro ter-ço da área da gestão e o ou-tro terço destina-se a disci-plinas complementares, seja das línguas, do Direito e das Relações Internacionais.

Há alguma componente prática associada a este cur-so?

Sim. O curso tem um aspe-to inovador, um projeto que é feito no último ano (com

a restruturação é no último semestre) e que se traduz na análise de uma empresa que tenha atividade no exte-rior, internacionalmente.Pretende-se que os alunos passem algum tempo na empresa e depois apresen-tem publicamente um rela-tório em inglês.

É este projeto que distingue este curso dos outros que existem a nível nacional?

Diferencia-se, dada a sua natureza multidisciplinar, conjugando as várias áreas e está muito virado para a projeção das empresas e das organizações no contexto global. Outro aspeto diferenciador, é que pretendemos que o aluno tenha uma experiên-cia internacional, ou seja, incentivámo-lo a participar em programas Erasmus

ou estágios internacionais. Uma parte do curso é lecio-nada em inglês, para alunos que não tenham essa expe-riência internacional, essa oportunidade de estudar numa das universidades que são nossas parceiras. Quando terminam o curso têm esse elemento diferen-ciador em relação a outros cursos.

Depois de terminarem o curso, os jovens ficam em Portugal ou optam por ir trabalhar para o estrangei-ro?

Ainda é um curso jovem e por isso o número de diplo-mados não é muito vasto. Estamos a fazer um traba-lho de mapeamento, para percebermos onde é que os nossos diplomados estão a trabalhar e quais são as pro-fissões que têm encontrado.

Atendendo que a economia portuguesa vai passar por um processo de abertura cada vez maior creio que as oportunidades para os alu-nos com este perfil vão ser crescentes. O curso corres-ponde às expetativas do pró-prio mercado.

Qual é o índice de emprega-bilidade?

Em junho de 2011 tinhamos cinco licenciados registados nos Centros de Emprego e destes, nenhuma estava de-sempregado há mais de um ano.A perceção que tenho é que a empregabilidade destes alunos é bastante elevada.

É então um curso que se re-comenda?

Eu, pelo menos, recomen-do-o.Como é oferecido em natu-reza pós-laboral incentiva-mos o aluno, mesmo que não seja trabalhador estu-dante, a aproveitar parte do dia para ter alguma experi-ência profissional.Por vezes há alguma conota-ção negativa com os cursos de natureza pós-laboral. Eu diria que é mais uma opor-tunidade para permitir a obtenção de algum rendi-mento extra, ter mais tempo para estudar ou enriquecer--se com outro tipo de expe-riências.

João Cerejeira vê um carácter diferenciador no curso de Negócios Internacionais

jOãO CEREjEIRA

Atendendo que a economia portuguesa vai passar por um

processo de abertura cada vez maior, creio que as oportunidades para os alunos com este perfil vão ser

crescentes. O curso corresponde às expetativas do próprio mercado”

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

Page 9: ACADÉMICO 12

PÁGINA 09 // 29.FEV.12 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

Durante este semestre con-tinuarei a exercer vários tipos de atividades extra--curriculares.Ir ao ginásio sempre que possível torna-se uma ativi-dade ligada com o lazer e as-suntos relacionados com o curso que frequento (risos).Sou vice-presidente da co-missão de festas de Direito e isso que requer imenso esforço e dedicação pois avizinham-se várias ativida-des como o Enterro da Gata, o cortejo académico, entre outros.Para além disto pertenço também a uma lista candi-data à presidência da AE-DUM. Caso a minha lista saia vencedora, exercerei funções de secretária.Com isto tudo, este segun-do semestre irá ser bastante preenchido.

Desde que estudo em Braga tive sempre grande preo-cupação em participar em imensos workshops e ativi-dades disponibilizados pela Universidade.No decorrer deste semestre gostaria de continuar a fre-quentar o ginásio (tal como tenho feito).Como faço parte da comis-são de festas do curso vou estar mais ocupado porque temos várias atividades para organizar.

No passado semestre não consegui desenvolver mui-tas atividades extra-curricu-lares devido ao meu horário que não facilitava, de todo, a prática destas.Neste segundo semestre espero conseguir realizar alguns planos em mente. Pretendo obter um curso de árabe ou de mandarim no Instituto Línguas e Ciên-cias Humanas (ILCH), por-que pelo feedback que te-nho são bastante lucrativos. Gostaria também de poder entrar na equipa de voleibol feminino da universidade. Enquanto isto, frequento o ginásio da academia e vou a alguns workshops disponi-bilizados pela Universidade. Por último, se sair com ami-gos é considerada uma ativi-dade extra-curricular prati-co isso, de certeza (risos).

Desde há dois anos que sou voluntário da Cruz Verme-lha Portuguesa e pretendo continuar a fazê-lo sempre que puder, porque é gratifi-cante ajudar as pessoas que mais necessitam, por isso este semestre não irá ser exceção. Sou colaborador da AAUM o que, por vezes, ocupa um pouco o meu tempo.Contudo, tenciono aprender alemão ou italiano aqui na Universidade e entrar na equipa de futebol da AAUM para conhecer mais pessoas e melhorar a minha condi-ção fisíca, mantendo-me saudável.

FRANCISCO ABREU2º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

JÉSSICA REIS BASTOS2º ANO //

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ANTÓNIO PEIXOTO1º ANO //

ECONOMIA

DANIEL MOTA PEREIRA

[email protected]

O inquérito desta semana tinha como principal objetivo perceber quais as atividades extra-curriculares que alguns alunos da Academia costumam praticar.

Desde uma simples ida ao ginásio – para cuidar da saúde e do físico - até à colaboração com algumas organizações fora do plano curricular, foram muitas as respostas dadas pelos entrevistados que se demonstraram sempre bastante participativos nesta entrevista informal do ACADÉMICO...

MARGARIDA CARVALHO SILVA2ºANO //DIREITO

há planos para o 2º semestre? o que tencionas fazer?

Page 10: ACADÉMICO 12
Page 11: ACADÉMICO 12

ENTREVISTA

JOSé MATEUS PINhEIRO

[email protected]

Após um mês de mandato, que balanço fazes do teu de-sempenho da AAUM?Foi um mês muito trabalho-so. Conhecer uma equipa, definir metas, e representar

a melhor academia do país, nunca será uma tarefa fácil. No entanto, os objetivos têm sido cumpridos, e acredito que temos uma base sólida, que servirá de base às ati-vidades a realizar. Acredito na dedicação e na respon-sabilidade sempre incutidas neste processo, bem como

estou ciente da dimensão do desafio que assumi diante de todos os estudantes da Universidade do Minho.

Para quando a abertura do Gabinete do Voluntário? Em que moldes funcionará?Este gabinete assumiu-se como uma prioridade devi-

do à necessidade de encon-trarmos uma estrutura que servisse de intermediário entre os estudantes e as demais campanhas e insti-tuições. Ainda é cedo para adiantar uma data para a abertura do Gabinete do Voluntariado, no entanto, a comissão de trabalho do

Hélder Castro, em entrevista, ao ACADÉMICO

dr

PÁGINA 10 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

HÉLDER CASTRO

“Há sempre mais e melhor a fazer e este ano terá que ser o “melhor de sempre””

Um mês depois da Tomada de Posse dos novos Orgãos Sociais da AAUM, o ACADÉMICO esteve à conver-sa com o atual presidente da direção da Instituição, Hélder Castro.

Assim sendo, inteirámo-nos do balanço do trabalho até agora desenvolvido pelo organismo minhoto através do seu representante máximo, para além de nos ser concedido um vislumbre de projectos futuros.

“Prepararmos o caminho para os

estudantes minhotos que optem por incluir

esta experiência no seu percurso

académico

Page 12: ACADÉMICO 12

ENTREVISTAPÁGINA 11 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

mesmo dará conta dos de-senvolvimentos do processo brevemente.

Quais as expectativas para a reabertura da Fundação AAUM?Como é sabido, a Funda-ção Associação Académica da Universidade do Minho foi instituída no dia 08 de junho de 1991, enquanto instituição privada de soli-dariedade social. De acordo com os estatutos da Funda-ção AAUM, a Universidade do Minho, através do seu Reitor, participa na consti-tuição dos órgãos principais – Direção e Conselho Geral. Dado que se desconhece qualquer atividade desde 1993, iremos apresentar uma proposta para a sua reestruturação, que inclua uma redefinição de finali-dades, tornando-a numa es-trutura com uma dinâmica temporal mais alargada e de atuação mais célere, com especial incidência na área social.

Que atividades consideras importante destacar para os próximos meses?Nos próximos meses, reali-zaremos um sem número de atividades, nas mais di-versas áreas de intervenção da AAUM. Desde o des-porto, com as fases finais do Campeonatos Nacionais Universitários, até às Capi-tais Europeias da Juventude e da Cultura, serão vários os momentos, e as áreas, em que os estudantes terão oportunidade de participar. Estamos atentos às suas ne-cessidades e anseios, e espe-ramos que o nosso trabalho e sensibilidade se consiga refletir nas atividades que temos pensadas para e com eles.

Decorreu recentemente a sessão de boas-vindas aos alunos ERASMUS. Que ava-

liação fazes do recém-criado Departamento de Relações Externas e Mobilidade?É um departamento que está a dar os primeiros pas-sos, mas que já demonstrou que é fulcral no atual pano-rama. Desde a sua primei-ra atividade, ao relaciona-mento entre as diferentes instituições que lidam dia-riamente com estes Estu-dantes, acredito que temos feito progressos notáveis no sentido de acolhermos os estudantes de mobilidade, e de prepararmos o caminho para os estudantes minho-tos que optem por incluir esta experiência no seu per-curso académico.

Que balanço fazes do En-contro Nacional de Dirigen-tes Associativos (ENDA) que decorreu recentemente nos Açores?Foi um ENDA muito mar-cado pelas questões sociais, onde se identificou qual é a prioridade do Movimen-to Associativo Estudantil: garantir as condições de acesso e permanência no Ensino Superior a todos os estudantes. Após enormes recuos por parte do Go-verno no que toca ao apoio prestado aos estudantes em carência financeira, era

importante materializar al-gumas posições em acções, como as comemorações do cinquentenário do Dia do Estudante, aproveitando a projeção do momento para apresentar algumas reivin-dicações. No decorrer deste encontro, e como já é hábito, a AAUM foi das académicas mais interventivas tendo, inclusivamente, apresenta-do três moções, que o plená-rio das associações aprovou, sendo uma delas referente à participação dos estudantes nas Comissões de Avaliação Externa (CAE’s) da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), outra relativa à Acção Social Directa e a última reivindi-ca a realização de um estu-do nacional de aferição das reais necessidades dos estu-dantes.

Encaras o legado deixado pelo teu antecessor, Luís Ro-drigues, como uma herança pesada ou como um desafio a fazer mais e melhor?Encaro o legado de Luís Ro-drigues das duas formas. O trabalho desenvolvido por ele foi marcante na história da Universidade do Minho: desde o Gabinete do Empre-endedor ao posicionamento político, o Luís teve sempre uma postura intransigen-te na defesa dos interesses dos estudantes minhotos, colocando sempre na linha da frente as nossas necessi-dades. No entanto, há sem-pre mais e melhor a fazer, e tal como é já tradição desta casa, este ano terá, mais uma vez, que ser o “melhor de sempre”.Por isso, e apoiados nesta importante base que o Luís e as suas direções deixaram, estou certo que as condições estão criadas para que a tra-dição se concretize.

Na semana passada o reitor da UM, António Cunha,

anunciou os projetos previs-tos para este ano? Que ba-lanço fazes das suas poten-cialidades? Como encaras a abertura de novos cursos, como Teatro e Design de Produto?Acredito que temos que es-tar atentos às tendências e entender qual o futuro da sociedade.Deste modo, a abertura de novos cursos poderá fazer sentido na perspetiva de construirmos uma Univer-sidade completa.É importante entender que existe, e bem, uma preocu-pação por parte da Reitoria em manter o nível exigên-cia na forma como projeta o futuro da Universidade do

Minho, bem como na forma como se adapta aos seus es-tudantes.

“A abertura de novos cursos poderá fazer sentido na

perspetiva de construirmos

uma Universidade

completa”

“Conhecer uma equipa, definir metas, e representar a melhor academia do País, nunca será uma tarefa fácil.”

“É importante entender que existe, e bem, uma preocupação por parte da Reitoria em manter o nível exigência na forma como projeta o futuro da UM, bem como na forma como se adapta aos seus estudantes”

“Encaro o legado de Luís

Rodrigues como uma

herança pesada e um

desafio”

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Rodrigo Areias nasceu em Guimarães, tendo-se mudado com 17 anos para a cidade do Porto para estudar Gestão. Mas, tal como outros, a veia criativa falou mais alto e Ro-drigo foi estudar som e imagem para a Escola de Artes do Porto. Seguiu-se um curso de especialização em realização cinematográfica na Tisch School of Arts da Universidade de Nova Iorque.A sua carreira como realizador e produtor tem os seus primeiros episódios no início de 2000, trabalhando ainda como técnico de som em diversos outros projetos. Contudo, o momento marcante surge em 2004 quando Rodrigo fundou a sua primeira produtora, a Periferia Filmes, em que desenvolveu projetos de sua autoria mas também de realizadores como Edgar Pera ou João Canijo. Mais recentemente, desenvolveu uma nova plataforma de produção, de nome Bando à Parte.Rodrigo Areias tem igualmente um per-curso na área da realização de videoclips, com trabalhos para bandas como Sean Riley and the Slowriders, D3O, Bezegol ou Wray-gunn. Aliás é com Paulo Furtado que tem trabalhado de forma mais consistente, quer na realização de videoclips para The Legend-ary Tigerman quer com Furtado a produzir música para os seus filmes. Exemplo disso é o seu último filme Estrada de Palha. Apresen-tado na passada semana em Vila do Conde, o filme retrata o período conturbado do início do século XX português, apoiado-se ainda em Civil Desobedience de Henry David Thoreau.

Segunda: John Fahey - In Christ There is No East or West (Blind Joe Death, 1959)“Eu, na fase de montagem dos meus três últimos

filmes, coloquei músicas do John Fahey em cima - depois não as mostro aos compositores da banda sonora, pois os filmes têm banda sonora original - para criar uma noção de ritmo musical no filme. Fui ouvindo este e uma série de outros nomes, mas há uma clara relação entre John Fahey e o meu cinema. Por outro lado, acho interessante a forma como ele toca este tema, um original popular americano, de uma forma totalmente diferente desse original.”

Terça: Sonic Youth - Dirty Boots (Goo, 1990)“A banda mais influente no meu percurso como músico são os Sonic Youth. Achei fundamental que, numa lista de 5 músicas, uma delas fosse deles. O “goo” sai numa altura em que tinha cerca de 13 anos e este álbum marcou-me e mu-dou a minha forma de ver uma série de coisas. Eu acho que a música dos Sonic Youth tem algo que é inigualável: é como se estivéssemos a ouvir uma orquestra sinfónica - há momentos de epifa-nia que são simplesmente inacreditáveis.”

Quarta: Spiritualized - Sad Days, Lonely Nights (Sunday Nights, The Songs of Junior Kimbrough, 2005)“Já conheço o trabalho do Jason Pierce desde os Spacemen 3 e do seu minimalismo ruidoso, que é um ícone da sua época. Acho que todos os álbuns dos Spiritualized são muito bem pen-sados e produzidos. Este tema é ligeiramente diferente, é uma versão de um original de Junior Kimbrough, um clássico do blues e transportam a “coisa” para uma outra dimensão, que acho fortíssima. Eu adoro o original e adoro também esta versão!”

Quinta: MC5 - Skunk - Sonically Speaking (High Time, 1971)“gosto muito dos MC5 e, especialmente, desta música. Se não contextualizarmos os MC5 na história da música, nunca diríamos que isto tinha ocorrido no fim dos anos 60/ início dos anos 70! é uma das bandas que, quando é referida, é sempre como “influência de”... Esta é também a música que eu passo mais quando vou levar os meus filhos à escola!”

Sexta: Legendary Tiger Man + Rita Redshoes - A Emboscada (BSO Estrada de Palha, não editado)“Fizemos duas misturas para o filme [Estrada de Palha], uma com música e outra sem música. O objetivo foi criar um chamariz [Legendary Tiger Man e Rita Redshoes tocaram ao vivo na estreia de “Estrada de Palha”], pois as pessoas vão cada vez menos ao cinema e é cada vez mais difícil trazer as pessoas ao cinema, por outro é igualmente uma forma de promover o filme, sobretudo em zonas onde não haverá distribuição do mesmo.”

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TECNOLOGIA E INOVAÇãO

PUB

RAFAELA PEREIRA

[email protected]

“Angry Birds Space” em marçoO espaço é o novo cenário das aventuras dos pássaros mais conhecidos do mundo. A NASA e o National Geographic serão parceiros da Rovio no lança-mento do novo videojogo da sé-rie “Angry Birds”, previsto para o dia 22 de março. Ainda não foram adiantados pormenores sobre o mais recente episó-dio dos pássaros zangados, entretanto surge um pequeno vídeo em http://space.angry-birds.com. Há cerca de um ano

que a empresa finlandesa não lançava um videojogo da série, sendo que o último foi o “Angry Birds Rio” um título alusivo ao filme de animação.

Portugal vai ter Centro Nacional de CibersegurançaO Governo vai criar um Centro Nacional de Cibersegurança, in-tegrado na revisão da Estratégia Nacional de Segurança da In-formação, que deverá estar op-eracional daqui a um ano. Pre-tende dar resposta às ameaças informativas a nível nacional, assegurando paralelamente a cooperação com outros países.

O anúncio foi feito pelo minis-tro da Administração Interna, Miguel Macedo, que alertou para a necessidade de divulgar informações sobre ciberamea-ças e cibercrimes e apostar na formação de profissionais em escolas e centros de conheci-mento especializados. Jogo muda a História MundialUm mundo diferente do que conhecemos é apresentado no jogo didático de aventura produzido em Portugal, o TimeMesh. As Descobertas Marítimas, a Revolução Indus-trial e a Segunda Guerra Mun-

dial são os cenários num jogo que testa os conhecimentos dos jogadores, envolvendo-os diretamente na evolução histórica. O coordenador do projeto, Carlos Vaz de Carvalho espera que o TimeMesh possa ser utilizado como ferramenta de aprendizagem e incluída nos planos de ensino. Os testes es-tão a ser feitos em Portugal, em Espanha e na Eslovénia. Pode ser jogado online em http://www.timemesh.eu.

Apple: iPad 3 em marçoA terceira versão do iPad será apresentada na primeira sema-

na de março, em São Francisco, Califórnia.O iPad 3 estará à venda cerca de uma semana após a apresenta-ção.No site de informação especial-izada, All Things Digital (www.allthingsd.com), são adiantadas algumas novidades: processa-dor mais rápido, possivelmente um quad-core, e display com maior resolução. As vendas do iPad continuam a crescer, desde o seu lançamento no ano de 2010. Sendo que, nos últimos três meses do ano passado, a Apple vendeu 15,4 milhões de iPad.

twittadas

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Como surge a HyperCube?Surgiu por acaso quando fo-mos, em 2007, visualizar um filme 3D. A tecnologia surpreen-deu-me e nos dias seguintes quis perceber como tudo isso funcionava. Na altura estava a terminar o curso de Computa-ção Gráfica e Multimédia e sugeri fazer um trabalho nessa

área. Fiz então o 1º filme - “Via-gens às maravilhas de Barce-los”. Na altura percebi aí uma boa oportunidade de negócio, criei um plano de negócios e a empresa surgiu em 2010.

Como surge a ligação à outra pessoa que assume a empresa?Estudava-mos juntos no curso. Na altura achei que era ne-cessário arrancar com duas pessoas e fiz, assim, o convite ao Paulo para arrancar com a

empresa.

Congregam nos dois todo o tra-balho da mesma?Sim, somos uma empresa pequena com a finalidade de crescer. O que fazemos para chegarmos a grandes clientes são parcerias/protocolos com outras empresas maiores que nos permitem fazer trabalhos mais exigentes e com mais qualidade e chegar assim a cli-entes com maior dimensão.

Qual é o vosso “produto-ban-deira” neste momento?Desenvolvemos trabalhos em três áreas: promoção turística; marketing e saúde. Na pro-moção turística desenvolvemos um filme sobre Viana do Cas-telo “Viana do Castelo 3D, fica no coração”. Captamos ima-gens fabulosas e surpreendeu tudo e todos, daí que utilizemos esse filme para mostrar a nossa capacidade técnica e a nossa qualidade.

Como tudo se processa até ao produto final 3D?Temos uma visão binocular. Cada um dos olhos vê imagens diferentes e é esta diferença que

o cérebro necessita para perce-ber o efeito de profundidade.O que nós fazemos é simular, com as câmeras, a visão este-reoscópica. Na captação utilizamos duas câmeras, que simulam os nos-sos olhos.Essas imagens captadas tem de ser exibida nos ecrãs e para que a imagem seja exibida nos respetivos olhos é obrigatório usar óculos que vão guiar es-sas imagens para cada um dos olhos. Quando o cérebro recebe as duas imagens de uma forma independente, dá-se o efeito de fusão binocular e o efeito de profundidade acontece natural-mente.

Page 15: ACADÉMICO 12

TECNOLOGIA E INOVAÇãO PÁGINA 15 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

Arrancou no passado dia 22 de fevereiro com o Workshop prático sobre “Balanço de Competências e auto-avaliação” em Braga dinamizado pelo GIP (Ga-binete de Inserção Profis-sional) da AAUM e sendo repetido também em Gui-marães, no dia 24.Esta semana, dia 29 irá de-correr o Workshop sobre a “Atitude Empreendedora, dinamizado pela Oficina de Competências a cargo do Liftoff.Ao longo do ano, entre Fe-vereiro e Novembro, inse-ridos neste projeto decor-

rerão mais de vinte e cinco Workshop, duas tertúlias e um Seminário.Este projeto tem como ob-jetivo dotar os participantes de ferramentas e compe-tências que potenciem um ajustamento entre eventuais oportunidades de emprego/criação do próprio emprego e as suas capacidades e ex-pectativas profissionais.Pretende-se que o projeto se desenvolva através de abor-dagem dos vários factores críticos de sucesso profis-sional, nomeadamente, nas temáticas da empregabilida-de, criatividade e inovação,

gestão e o desenvolvimento pessoal.A concretização deste proje-to assentará numa atividade continuada de abordagem a vários pontos de interes-se que culminará na Feira Internacional de Emprego e Empreendedorismo, que propiciará a operacionaliza-ção/transferência das apren-dizagens realizadas ante-riormente.Esta será uma oportunida-de para que os estudantes possam desenvolver as suas competências pessoais e extracurriculares e que lhe possam conferir elementos diferenciadores na sua for-mação, de forma a facilitar a sua integração e apresenta-ção no mercado de trabalho.

A participação nestas ativi-dades serão totalmente gra-tuitas, mediante inscrição e limitadas ao número defini-do para cada uma. Poderão obter mais infor-mações em www.liftoff.aaum.pt

Connecting the Dots Projeto oficial de Braga 2012: Ca-pital Europeia da juventude em total coordenação com a AAUM O Liftoff - Gabinete do Em-

preendedorismo da AAUM encontra-se a promover o Concurso Inova Têxtil junto da comunidade académica da Universidade do Minho.O Inova Têxtil é um con-curso de âmbito nacional organizado pelo CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestu-ário de Portugal.

O concurso tem como prin-cipais objectivos o estímulo e promoção de ideias, mate-riais, produtos, aplicações, serviços e conceitos de ne-gócio novos e inovadores associados à fileira têxtil e respectivos sectores de apli-cação.Para a seleção dos projetos a concurso, o CITEVE nome-ará um júri de até 7 indivi-

dualidades reputadas nacio-nal e internacionalmente dos meios empresarial, co-municação social, criativo, académico e científico para compor o Júri do Concurso.O Liftoff encontra-se dispo-nível para apoiar todos os interessados na elaboração das candidaturas.Para se candidatarem, os interessados terão de enviar para o email [email protected] o formulário de candidatura devidamente preenchido e, simultanea-mente, entregar provas de conceito (amostras/protóti-pos) no CITEVE até ao dia 30 de Abril de 2012.De acordo com o regula-mento do concurso, dispo-nível em www.citeve.pt, os resultados serão divulgados no dia 4 de Junho de 2012.

Liftoff promoveconcurso “InovaTêxtil” na UM

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM,

noticia...

> 28 FEVEREIRO 121º Lean Startup Meetup Braga BA em Braga

> 6 MARÇO 12Workshop“Motivação”

> 28 MARÇO 12Workshop“Transição para o Mercado de Tra-balho”

> 29 FEVEREIRO 11Workshop“Atitude Empreendedora”

> 21 MARÇO 11Seminário“O Capital da Juventude”Braga

>

Page 16: ACADÉMICO 12

CULTURA

SALA DE CINEMA

RAQUEL MOREIRA

[email protected]

“A Invenção de Hugo” teve estreia no passado dia 16, filme realizado por Martin Scorsese, baseado no livro com o mesmo nome, que conta com a participação de Asa Butterfield no papel principal.Hugo vive sozinho em Pa-ris, na década de 30, na tor-re de uma estação de com-boios, onde tenta desvendar o enigma, deixado pelo fa-lecido pai – um automaton (robot humanoide) danifica-do. Hugo acredita que este, quando reparado, entrega-rá uma mensagem do seu

pai. Para o reparar precisa de uma chave com a forma de um coração. Na mesma estação existe uma loja de brinquedos cujo dono, Ge-orges Méliès (Ben Kingsley) esconde-se todos os dias atrás do balcão numa tenta-tiva de fugir ao seu passado. A história começa quando Hugo é apanhado a roubar peças na loja de Méliès para consertar o automaton, Ge-orges tira-lhe tudo o que Hugo possuía no momen-to, incluindo um caderno de grande valor para Hugo. Este caderno vem a ser o catalisador da relação entre os dois, Hugo, passa a traba-lhar na loja de Méliès, nun-ca esquecendo o objetivo

de encontrar a mensagem deixada por seu pai. Será Méliès a chave para desven-dar o enigma guardado no automaton?Este filme é a prova que o cinema tradicional e digital podem-se fundir para dar lugar a um filme visual-mente envolvente. As per-sonagens saltam do ecrã, tornando-se reais. É este o ponto forte deste filme que vai muito para além dos grandes efeitos especiais, a facilidade com que o públi-co se afeiçoa à história e a capacidade de esta se diluir e tornar-se realidade.“A Invenção de Hugo”, no-meado para 11 oscars (ven-ceu 5), é mais uma obra-pri-

JOSé REIS

[email protected]

Um sofá estofado de flores luminosas, maquilhado pelo tempo, traído pelas horas que passam pode ter utilidade quando as costas denunciam mudança ur-gente do mesmo? E os sapa-tos que passaram de moda podem continuar a fazer moda nas ruas (e nos pés) de uma qualquer cidade? A resposta às duas perguntas é a mesma: sim. Se a tudo isto juntarmos uma vontade (a de Luís Andrade, organi-zador da feira) a um evento (a própria feira, chamada Negócio de Rua).Ora, a Negócio de Rua mais não é que uma feira dedica-da à venda e troca de mate-rial útil (e esta é a palavra chave de todo o encontro). A ideia, para começar, é sim-ples: juntar tudo aquilo que há a mais lá em casa, colo-car tudo na parte traseira do

carro e levar até ao Bar Aca-démico de Braga, na rua D. Pedro V, no próximo sábado, onde (quase) tudo se pode vender ou trocar.A ideia, de Luís Andrade, é simples: reutilizar aquilo que não tem utilidade (para nós) e dar uma nova vida àquilo que não tem interes-se (para os outros). Porque a palavra que mais se deve ter em conta na hora de es-colher – compra e venda – é mesmo esta: utilidade. “Nesta feira aceitamos todo o tipo de produtos, desde roupa a calçado, material eletrónico ou artigos de de-coração. No fundo, tudo o que seja útil no dia a dia”, revela Luís Andrade, pro-motor deste “Negócio de Rua”, descartando a hipóte-se de ser mais uma feira de velharias.“Não somos uma feira de velharias e nem queremos que tragam objetos velhos. Para isso já existem muitas feiras espalhadas pelo norte do país”, avança o promotor.

um sofá em troca de um par de sapatos? sim, desde que seja útil...

ma a juntar ao reportório de Martin Scorsese.

“a invenção de hugo”

Espaço de promoção cultu-ral

“Com esta feira queremos potenciar os bons negócios”, continua Luís Andrade, es-clarecendo que escolheu a cidade de Braga “por ser a Capital Europeia da Juven-tude neste ano” e por ser, em muitos casos, os mais jo-vens que aderem a formatos como este, de compra des-complexada de materiais. E foi a pensar neles – mas em todos aqueles que gostam de boas manifestações cul-turais – que esta é uma feira multicultural. “Este preten-de ser um espaço agradável e de promoção cultural. Te-mos música e uma exposi-ção de caricaturas de Nuno Resende”. A entrada é livre, a partir das 15h. “Só as pes-soas que se inscrevem para vender material é que pa-gam uma quota simbólica de cinco euros”. As inscri-ções podem ainda ser fei-tas através de [email protected].

É uma feira em que tudo se vende e tudo se pode comprar, desde que seja útil.A Negócio de Rua é uma feira de artigos em segunda mão e terá uma nova edição em Braga, no próximo sábado.

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PÁGINA 17 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOxTOP RUM - 08 / 201224 FEVEREIRO

1 RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

2 BLACK KEYS, THELonely boy

3 RODRIGO LEÃOO fio da vida

4 B FACHADANão pratico habilidades

5 SHINS, THE - Simple song

6 DEUS - Constant now

7 A JIGSAWThe strangest friend

8 JANE’S ADDICTION - Irresistible force

9 BEIRUT - Santa Fé

10 HORRORS, THEChanging the rain

11 WE TRUST - Again

12 FOSTER THE PEOPLE Pumped up kicks

13 RADIOHEAD - Lotus flower

14 TOM WAITSBack in the crowd

15 ADULTS, THENothing to lose

16 KILLS, THE - Baby says

17 PATRICK WOLF - Together

18 AIR - Seven Stars

19 BEST YOUTH - Hang out

20 KASABIANSwitchblade smiles

POST-IT

27 fevereiro. > 02 março

SUPERNADAArte Quis Ser Vida

FRANKIE ROSEDaylight Sky

QUEENS OF THE STONE AGE Outlaw Blues

BRAGA

TEATRO28 e 29 de FevereiroUma dança com pintura lá dentro – oficina em contexto do espectáculo “terra quente, terra fria”Theatro Circo

CINEMA27 de FevereiroApollonide – Memórias de um BordelTheatro Circo

MÚSICA3 de MarçoA NaifaTheatro Circo

FAMALICÃO

TEATRO3 de MarçoFugaCasa das Artes

GUIMARÃESMÚSICA2 de MarçoGui BorattoSão Mamede

CINEMA4 de MarçoAssim é o AmorSão Mamede

TEATRO2 e 3 de MarçoA Morte de Danton CCVF

LEITURA EM DIAMaria Botelha, a Garrafa Aventureira de Pedro Seromenho (Paleta de Letras). A reciclagem explicada aos mais pequenos com muito engenho e criatividade.

O Sentido do Fim de Julian Barnes (Quetzal). Um romance admirável, uma obra literária perfeita.

A Casa das Auroras de Cristina Carvalho (Editorial Planeta). Um dos trabalhos

literários mais importantes da moderna literatura portuguesa de 2011.

Caderneta de Cromos Contra-Ataca de Nuno Markl; Ilustr. Patrícia

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Furtado(Objectiva). Outros tempos, outros consumidores, ou nós à procura da publicidade perdida - hilariante.

Conspiração 365 – Agosto de Gabrielle Lord (Contraponto). Continua a aventura alucinante de Cal - uma grande saga juvenil.

SéRgIO XAVIER

[email protected]

‘foi talvez a nossa última canção’. É o primeiro verso do po-ema que abre o novo disco d’ A Naifa. Os sons proces-sados da guitarra portugue-sa, que surgem de fundo, remetem para um acordar, para o raiar de uma nova aurora. Mas esta nova vida tem também o negrume e a desilusão, a inocência e o despreendimento, a inquie-tação e o desconsolo, ele-mentos que desde sempre povoaram as pequenas his-tórias e as grandes músicas que A Naifa nos apresenta desde 2004.

Desta feita as narrativas saem da pena de mulheres: Renata Correia Botelho, Adília Lopes, Maria do Ro-sário Pedreira e Margarida Vale de Gato. No fundo, há o aprofundar de um universo feminino (ou visto por essa lente), que a banda tão bem ensaiou no anterior ‘Uma Inocente Inclinação para o Mal’. Se nesse caso a escri-ta partiu de Maria Rodri-gues Teixeira, heterónimo criado por João Aguardela, agora as palavras são exte-riores à banda, mas nada que questione ou belisque a coerência deste universo. A escrita de Margarida Vale de Gato, autora de mais de metade dos poemas musica-

CD RUMcanções aconchegadas

dos, encaixa que nem uma luva neste cosmos urbano. Segundo Luís Varatojo, gui-tarrista e compositor, a obra da poetisa ajudou a criar e a guiar o ambiente do disco. Um facto importante, lam-bidas que estavam as feri-das depois da perda de um amigo, e surgia o impulso para avançar para nova fase seguinte, necessariamente com novos métodos e novas abordagens. Talvez ‘mais crua e com mais cicatrizes’, como afirma Varatojo, com algum desencanto e amar-gura, acrescentamos nós, mas a identidade e a essên-cia d’ A Naifa permanecem. Mais uma vez, a ‘rasgar a vida’. DR

A NAIFA - NÃO SE DEITAM COMIGO CORAÇÕES OBEDIENTES

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PÁGINA 18 // 29.FEV.12 // ACADÉMICO

DESPORTO

PUB.

balanço desportivo da jornada: sorte diferente para as equipas minhotasFILIPA SANTOS SOUSA

[email protected]

O fim de semana trouxe al-guns dissabores para as equi-pas minhotas.O SL Benfica foi o grande ‘desmancha-prazeres’, tendo vencido nas duas ocasiões em que se cruzou com em-blemas do Minho, frente ao Xico Andebol e ao Basquete de Barcelos.Pelo contrário, a Associação Académica de Coimbra, foi a vítima, saindo derrotada frente ao SC Braga/AAUM, em futsal e ao Vitória de Gui-marães em basquetebolComeçando pelo hóquei, a jornada 17 do Campeonato Nacional não correu da me-lhor maneira. O HC Braga perdeu, em casa, frente ao Candelária, por 3-7, encon-trando-se agora no oitavo lugar da tabela classificativa. O Óquei de Barcelos foi der-

rotado pela Oliveirense. Sorte diferente teve a Juventude de Viana, que conseguiu empa-tar a seis, com a formação de Espinho.No basquetebol, o Vitória de Guimarães recebeu e venceu a Académica, por 87-75. Já o Basquete de Barcelos deslo-cou-se à Luz, onde defrontou o segundo classificado, Ben-fica. Os encarnados foram justos vencedores, terminan-do a partida com uma clara vantagem (101-74).A 21ª jornada do Campeona-to Nacional de Andebol ficou marcada pela “goleada” im-posta pelo ABC em Belém, onde os bracarenses vence-ram com uns inequívocos 19-29, subindo ao quinto lugar da classificação. Por sua vez, o Xico Andebol foi derrotado em casa, perante o Benfica. Na próxima jornada há derby no Minho: o Xico e o ABC vão encontrar-se para discu-tir aquele que será o último jogo da fase regular.

CARLOS REBELO

[email protected]

Com o início do segundo semestre, não só está de volta o período letivo, assim como o Desporto Universitá-rio. A Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) tem programado os segundos Torneios de Apu-ramento (TA’s) da Zona NCS das várias modalidades, onde tudo irá ser decidido sobre quem irá ao campeonato na-cional universitário. Natural-mente, nas várias modalida-des, partem como favoritos a alcançarem a qualificação para os Campeonatos Nacio-nais Universitários (CNU’s) as equipas que conseguiram boas prestações no primeiro TA e conseguirem mantê-la neste segundo TA. Começando pela modalida-de do Futebol, o II TA irá se realizar nos dias 27 a 29 de fevereiro na cidade de Faro. A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) parte com maior vantagem de pontos visto ter ganho o I TA desta moda-lidade. Também pela zona algarvia realizar-se-á o II TA

da modalidade de voleibol que terá lugar nos dias 5 e 6 de março na mesma cidade. Partem como favoritos no masculino a AAUAv e Asso-ciação Académica de Coim-bra (AAC), vencedores do I TA em masculino e femini-no, respetivamente.Quanto ao Basquetebol, o segundo torneio desta mo-dalidade decorrerá no dia 1 e 2 de março na cidade de Aveiro. A Associação Aca-démica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) parte em vantagem por ter vencido o primeiro torneio tanto no masculino como no femini-no, mas todas as equipas vão tentar lutar pela qualificação direta para o CNU.No Futsal feminino o II TA será organizado nos dias 8 e 9 de março em Coimbra. A equipa da casa (AAC) venceu o I TA e está numa boa po-sição para a qualificação do CNU , ainda por cima jogan-do em casa. Esta modalidade insere-se no molde competi-tivo de TA’s , sendo apenas o Futsal Masculino disputado em Jornadas Concentradas, e por isso não havendo TA’s no masculino.

Toni, mas principalmente Nené e Miguel Almeida, são verda-deiros reforços que podem aju-dar a equipa a atingir os seus objetivos.Depois de estar a perder logo no início e de se ter deixado em-patar na segunda metade - erros defensivos e desconcentração foram a origem dos mesmos - o Sp. Braga mostrou ter mais e melhores soluções no banco e um cinco competitivo durante toda a partida. André Machado, Amilcar, Nené e Miguel Almeida foram os marcadores na vitória que deixa o Sp. Braga/AAUM na 11ª posição.Na próxima jornada os minho-tos deslocam-se ao terreno do Módicus, atual 3º classificado e pretendem não perder a luta pelo acesso aos play-offs da 1ª divisão nacional de futsal.

espaçoscbraga/aaumby DVS

Regresso à competição oficial, regresso às vitórias.É de um Sp.Braga/AAUM mais consistente que agora se fala no arranque de 2012.A vitória (emocionante, mas mais que justa) imposta à Aca-démica, por 6-4, foi a primeira prova, dentro das quatro linhas, que os reforços “de inverno”

Já no Andebol masculino e feminino, o II TA será dis-putado a 12 e 13 de março em Leiria. No feminino, a equi-pa da casa neste II TA parte como favorita à qualificação para o CNU da modalidade visto que venceu o I TA, ame-alhando o maior número de pontos possíveis num TA. No Masculino a vencedora foi a AAUAv.Por fim o Rugby 7’s terá como local para o segundo torneio de apuramento a ci-dade de Évora. A organização ficará a cabo da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUÉ) e a favorita é a AAC , vencedora do I TA e detentora de vários títulos dos CNU’s anteriores.De relembrar que a Associa-ção Académica da Universi-dade do Minho (AAUM) de-cidiu não participar nos TA’s das diversas modalidades por uma questão de poupan-ça económica, visto já estar apurada para o Campeonato Nacional Universitário na qualidade de equipa da casa, onde os CNU’s terão lugar, pertencendo a organização à AAUM em conjunto com a FADU.

desporto universitário de regresso

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Está escolhida a mascote para Braga: Capital Euro-peia da Juventude 2012.Bracari, foi eleita pelo júri depois de terminado o con-curso que convidava os jo-vens bracarenses a desenha-rem uma mascote alusiva à Capital Europeia da Juven-tude. O vencedor foi Ricardo Coelho, de 20 anos e desig-ner gráfico de profissão, que confessou algumas curiosi-dades sobre a mascote:“Inspirei-me na história dos mais de dois mil anos da ci-dade, tentei criar uma mas-cote que representasse uma simbiose entre o passado e o presente, uma espécie de antiguidade incorporada na modernidade futurista, um

Bracari é o nome da mascote de Braga 2012

guerreiro romano em forma de robô que transmita uma personalidade jovem, sim-pática, enérgica e curiosa.Quanto às cores, optei pelo azul, visto que é a cor da bandeira da cidade e da Ca-pital Europeia da Juventu-de.”O vencedor confessou tam-bém que demorou cerca de duas semanas a desenhar o Bracari e que o nome esco-lhido é «o nome de um povo pré-romano que habitava no noroeste de Portugal e que assim representa toda a sua intemporalidade».O júri explicou os motivos que o levaram a optar pelo Bracari.Joel Pereira, membro do

concelho da Fundação Bra-cara Augusta, afirmou que optou pela figura de Ricardo Coelho, «pela sua forma de projetar o futuro recorrendo ao património e identidade da cidade, sendo uma mas-cote versátil e dinâmica», concluiu. Por seu lado, Hugo Pires, vereador da Câmara Muni-cipal de Braga e presidente da Fundação Bracara Au-gusta, revelou que «espera que o Bracari cause impacto e provoque a simpatia junto dos bracarenses».O próximo passo que o Bra-cari dará é ganhar corpo para que possa distribuir alegria pelas ruas da cidade minhota.

CEJ/WAPA

Decorreu em Braga durante este fim-de-semana a 58ª Assembleia Geral do Conse-lho Nacional da Juventude onde unanimemente houve um reforço do apoio e a con-gratulação com as acções desenvolvidas por Braga 2012: Capital Europeia da Juventude.O Conselho Nacional de Ju-ventude (CNJ), criado em 1985 é a Plataforma repre-sentativa das organizações de juventude de âmbito na-cional, abrangendo as mais diversas expressões do as-sociativismo juvenil (cultu-

rais, ambientais, escutistas, partidárias, estudantis, sin-dicalistas e confessionais) tendo estado reunido em Braga, durante o fim-de-se-mana onde debateram ques-tões essenciais para a políti-ca da juventude de Portugal.Como verdadeiros represen-tantes da Juventude o CNJ constituiu uma plataforma de diálogo e um espaço de intercâmbio de posições e pontos de vista entre as or-ganizações e conselhos de juventude, tendo a propósi-to, José Filipe Sousa, presi-dente do Conselho Nacional de Juventude, referido que a

equipa da Braga CEJ 2012 tem feito “um hercúleo es-forço de equipa, num cum-primento de um programa extremamente ambicioso, que honra Portugal e a Ju-ventude Portuguesa e que está certo do sucesso desta missão.”Durante o encontro o pre-sidente do CNJ salientou, ainda, “o enorme empenho e esforço do município nas políticas da juventude” que “reforçou uma vez mais o enorme património histó-rico de Braga no panorama internacional no que as po-

líticas de juventude dizem respeito.” José Filipe Sousa acrescentou que o ano de 2012 será ainda pautado pelas “boas relações e coo-peração entre Braga2012: Capital Europeia da Juven-tude e a maior organização da sociedade civil represen-tativa de juventude, o CNJ”.Nuno Barreto do Conse-lho de Administração da Fundação Bracara Augusta invocou o empenho “a par-ticipacao e a resiliencia do CNJ na defesa de políticas de juventude e salientou o convite e a disponibilida-de de Braga CEJ 2012 em

cooperar com o CNJ, bem como pelo reconhecimen-to de entidades de âmbito nacional, ao dinamismo e esforço quer do município, bem como da Braga CEJ, na forma empenhada com a cidade de Braga é inovadora em implementação de polí-ticas de juventude.”Nuno Barreto da Braga 2012 prestou ainda uma home-nagem ao actual presidente que agora cessa funções e ao antigo presidente do CNJ Tiago Soares pelo apoio do CNJ no processo de candi-datura de Braga Capital Eu-ropeia da Juventude 2012.

Conselho Nacional de juventude reforça apoio a Braga 2012

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EM 2012 COM OU SEM CRISE VIVE, SENTE, EXPERIMENTA, SORRI. PORQUE EM 2012 HÁ UM LUGAR PARA VIVER. E TU FAZES PARTE DELE.

GUIMARÃES 2012 CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA