jornal porto académico (fap) #03 (22fevereiro2001)
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Quinta-feira I 22 de Fevereiro de 2001
As associações deestudantes doPólo li estão arecolher assina-turas para enviar
. àAssembleia daRepública porque querem ver dis-cutida a situação da incineradora ins-talada no seio do Polo Universitá-rio da Asprela, na freguesia deParanhos. Depois de vários protes-tos que levaram inclusivamente àdemissão do director Regional doAmbiente da Delegação do Norte,Paulo Monteiro, a questão da inci-neradora ainda não está encerrada epromete mais capítulos.
Os documentos já estão a rolarpelas universidades do Porto e deve-rão ser entreguesbrevemente à Assem-bleia da República para além de umaqueixa formal que deverá ser apre-sentada á Procuradoria da Repúbli-ca porque a decisão da Ministra daSaúde, Manuela Arcanjo, não satis-fez os estudantes.
A questão remonta a 1999, anoem que a ESE (Escola Superior deEducação) do Porto já alertava parao perigo da localização da incine-radora do Hospital de S. João. Doisanos volvidos, a opinião públicasensibilizou-se com a situação pas-sada no Polo liUniversitário jun-tando-se aos protestos encabeçadospelos estudantes.
Apesar de a Ministra da Saúdeter decidido o encerramento da inci-neradora, previsto para o dia 31 deMarço, os estudantes demonstram-se insatisfeitos já que, até lá, as quei-mas de resíduos hospitalares conti-nuarão, mesmo que em númeroreduzido de horas.
Para além disso, a incineradora«promete» obras de requalificaçãoque reduzirão os efeitos das díoxi-nas, e essa promessa vem sendo fei-ta desde Julho do ano de 99. Masos estudantes não querem as pro-metidas obras, «os estudantes que-rem o encerramento definitivo deuma incineradora que, apesar depertencer ao Hospital que ali se
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Fi' recll~8 assiaatlraspara 8188rrar"ja ineiD.e-raiara
encontra, está a afectar a saúde decentenas de pessoas do universo aea-démico daquela zona da-cidade»,conforme explicou Jorge Ferreira,da associação de estudantes da ESE.
A queixa contra o ministério da .Saúde que está a ser prepara pelaFAP centra-se ainda no facto de estaincerineradora estar «à margem dalei, pois produz resíduos tóxicoscom um nível de dioxinas mil vezessuperior ao que a lei permite, o queé uma situação aberrante», disseJorge Ferreira.
Paulo Monteiro considera as inci-neradoras «necessárias», mas ape-nas «quando existem condições para
as manter em funcionamento», con-forme explicou à imprensa nacio-nal, na altura dos protestos. E o direc-tor regional da delegação Norte doAmbiente explicou ainda não se tra-tar desse caso pois «na Asprela teriamde ser encaminhados pa.ra outrasunidades de queima».
A sugestão que Paulo Monreirofez a José Sócrates de transferir osresíduos hospitalares como medidacautelar, não agradou e o directorregional do Ambiente demitiu-se nopassado mês de Janeiro.
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Quinta-feira I 22 de Fevereiro de 2001
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EIDA decideO-oltllltalal' --lialti,-nal-~
As associações prometem contestação em todo o país
Contestação é o pon-to de ordem dosestudantes de todoo país para discus-são neste ENDA (Encontro Nacional
de Dirigentes Associativos) que serealiza nos próximos dias 24 e 25de Fevereiro, no ISCAP, no Porto.Este encontro servirá para calen-darízar e tipificar medidas a seremadoptadas para a contestação pre-vista para breve. O descontenta-mente é generalizado, conforme
explicaram em conferência deimprensa, no passado dia 20, noPorto, os dirigentes académicos detodo o país.
No ENDA ficará decidido comque linhas se cozerão as contesta-ções que se vão realizar, dentro embreve, por todo o país, O consen-so está alcançado pelos estudantese a estratégia já está alinhavada.As formas de luta passarão "porvárias acções desde entrega de auto-colantes, calendários, cartazes econtestação de rua. «Há.todo Umtipo de iniciativas que já estãopensadas internamente, por cadaorna das associações», explicou
. Hugo Neto, presidente da Federa-.ção Académica do Porto. «Nestemomento, as associações já têmtodo um trabalho que permitirá uma .ultima definição no ENDA» avan-.çou ainda o presidente acadêmico.
EDUCAÇÃOPRIORITÁRrAA intenção dos estudantes, já
desde há muito tempo, é que a edu-cação seja tema prioritário para oGoverno português. «Pretendemosuma alteração de políticas educa-tivas e que a educação seja agen-dada como prioridade política»referiu Hugo Neto que foi secun-dado por todos os dirigentes asso-ciativos.
Humberto Martins explica queos estudantes quérem «inverter aestagnação em termos de resolu-ção acerca dos temas da educação»
e Jorge Jacinto alertou para a «fal-ta de estratégia da educação emPortugal» e para a «falta de medi-das governamentais».
«São necessárias cerca de dezassociações para convocar o ENDAextraordinário. Nesta altura, elesurge no seguimento de um con-junto de reuniões que houve a nívelnacional onde se entendeu por bemque este encontro fosse um pontode viragem», explicou o presiden-te da Federação Académica do Por-to.
O presidente da Académica deCoimbra considera que «havia umanecessidade de demonstrar o por-quê dos estudantes estarem des-.contentes e, portanto, sentirem esteENDA extraordinário como umaforma de. concretização e demos-trar o que vai ser uma iniciativa deâmbito nacional». Hllmberto Mar-tins quer, juntamente com todas asassociações «colocar a educaçãono lugar que merece, posicionar à
discussão no panorama nacional,nas agendas políticas, na tomadade medidas efectivas para alterar asituação actual». "
ALERTA À oPINIÃoPÚBLICAEsta contestação será portanto
um culminar de várias tentativasde consertação dos estudantes comO Governo e Ruga Neto explicouque «os alertas ao Governo e enti-dades responsáveis já foram dados
e enviados, mas não tiveram a res-posta que pretendíamos». O queneste momento, os estudantes dizemestar a fazer é «um alerta para aopinião publica, não para os estu-dantes, porque esse já estão aler-tados». Ruga Neto disse ainda osestudantes «querem que não hajaum diálogo aparente, mas um diá-logo efectivo, o que não tem acon-tecido até agora».
Na conferência de imprensa emque estiveram presentes Carlos San-tos, da Associação Académica doAlgarve, Raul Duro da AE do[SCAP, André Miranda da Asso-ciação Académica de Lisboa, JoãoRosa, da AE do Instituto SuperiorTécnico, Jorge Jacinto, da Asso-ciação Acadérnica da Beira Inte-rior, Humberto Martins, da Asso-ciação Acadérnica de Coimbra,Representante da Associação Aca-démica de Vila Real a «ameaça»de contestação foi lançada por todosos líderes.
Hugo Neto considera que «esteé um ENDA de viragem» e pro-mete que a partir continuarão «atéque os objectivos sejam conse-guidos».
«Vamos até onde for preciso»rematou o líder estudantil do Por-to. João Rosa, Instituto SuperiorTécnico disse que está «disposto aparar Lisboa».
ANA DUQUE E MARIA DALuz OVELHEIRO
Editorialo que fizemose o que queremos
o mandato que agora terminafoi um mandato de profunda rees-uururação financeira e de profun-da reestrururaçâo interna. O prin-cipal objectivo foi credibilizar etonar mais unida e transparente aFederação. Mesmo assim foi ain-da possível apostar forte em algunsprojectos:
\.
• Orquestra Académica do Por-lO (OAP) que é já uma realidade
'" da Academia do Porto, mas pre-tendemos que seja uma realidadeno meio cultural da cidade e daregião
• Encontro de Coros Galaico-Duriense
.. Concerto de apresentação daQueima das Fitas
• Edição de dois CD's do Palcoalternativo e toda a parte acadé-mica da Queima das Fitas e quebrevemente serão lançados
• Lançamento do SuplementoPorto Académico (voz e ponto deencontro da Academia do Porto)
• U ma Semana de recepção aocaloiro inesquecível
Para além de tudo isto, fomosfundamentalmente uma voz sem-pre activa na defesa dos interessesdos estudantes. Queremos conti-nuar a sê-lu, mas queremos mais.Queremos acordar a sociedade por-ruguesa. Não pudemos ficar COD-
formados e a sociedade portugue-sa não pode ficar conformada, nemadormecida.
• O último estudo sobre o insu-cesso escolar diz-nos que 50% dosestudantes desistem do ensino supe-rior
.•Não há estudos sobre as reaiscausas do insucesso escolar
• Não uma política de finan-ciamento que permita às institui-ções fazer frente às suas dificul-dades
• Não há novos' mecanismospara uma gestão mais empresarialnas instituições
• Estado desrespcnsabiliza-serelativamente aos estudantes doparticular cooperativo ao ponto denão lhes assegurar apoios sociaisindirectos
• Não há uma acção social ver-dadeiramente justa e eficaz capazde assegurar urna verdadeira igual-dade de oportunidades no ensinosuperior
• Temos uma das mais altas taxasda Europa de recém licenciadosdesempregados
• As famílias portuguesas sãoaquelas que comparativa e per-centualmente mais custos supor-tam com a frequência dos seusjovens no ensino superior
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Não podemos ficar conforma-dos. Queremos uma sociedade exi-gente. Queremos a educação comoprioridade não ao nível do discúr-so, mas ao nível das acções e opções.Queremos políticas de juventude.Queremos um Estado responsávele não desresponsabilizador,
Os Estudantes são uma forçaviva. A Academia dó Porto é umatorça viv a, Contem connosco. VamosTrabalhar.
HUGoNETO ~ ,
..........~_J
Quíntafeíra I 22 de Fevereiro de 2001
~ ENTREVISTA COM JOÃO CARVALHO, ADMINISTRADOR DOS SERViÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADEDO PORTO (SASUP)
«Os alunos pl'otestal'am e com toda a I'azão, pOl'que o Pólo 111não tem qualquel' tipo de apoio na ál'ea da alimentação. Temos instalações deficientese degl'adadas e é necessál'io aumentar a capacidade de oferta». Quem o diz é João Cal'valho, administl'adol' do SASUP.
Oresponsável por «gerir» umdos departamentos da UPque está directamente liga-do ao quotidiano dos estu-dantes é alguém que se põedo lado da Academia. João
Carvalho apoia algumas causas que têm tra-zido os estudantes para a rua e, em entrevis-ta, ao Porto Académico é isso mesmo quetransparece, Mais e melhores cantinas, bol-sas de estudo a tempo e a onze meses e maisverbas são os protestos que unem os estu-dantes e o administrador do SASUP.
Porto Académico- O Fundo de Apoioao Estudante diz que o pagamento das bol-sas se deve ao atraso do estudo dos pro-cessos. Qual a sua opinião?
João Carvalho- As bolsas do primeirotrimestre na Universidade do Porto forampagas há bastante tempo, o primeiro paga-mento foi feito em Novembro a todos os alu-nos que já estavam analisados que eram cer-ca de oitocemos bolseiros residentes a quemfoi dada prioridade para efeitos de aloja-mento. Estes recebem a bolsa no inicio doano, com um atraso máximo de um mês.
Depois vão-se fazendo pagamentos à medi-da que existem processos estudados e, nes-te momento, existem cerca de duzentos bol-seiros por estudar que são os últimos queentregaram as suas candidaturas. Aliás ain-da estamos a aceitar algumas candidaturaspara este ano lectivo porque, no caso de haveralterações sócio-económicas no agregadofamiliar ocorridas após o fim do tempo pre-visto, admitimos essas candidaturas fora deprazo e essa é uma medida prevista no regu-lamento.
Estes atrasos são crónicos e prendem-sefundamentalmente com questões adminis-trativas. E estas questões são tanto da res-ponsabilidade dos serviços como dos alunos.Nomeadamente as que se prendem com adeclaração de aproveitamento escolar por-que só são bolseiros os alunos que cumpramos requisitos de elegibilidade para efeitos deacção social e essa elegibilidade carece daconfirmação do aproveitamento escolar queé dada pelas secretarias dos serviçosadministrativos das faculdades eesse é um processo que não ésimples para além de serbastante moroso. É por-tanto urna questão difi-cil de ultrapassar.
Mais ainda.Abrimos osconcursospara candi-datura àbolsa numperíodoque coin-cidecoma sférias
da Páscoa e, nessa altura, os alunos estão deférias e só quando regressam é que entregamos boletins nos serviços e 80% das candida-turas dá entrada nos serviços no último diadando uma margem de manobra muito redu-zida para estudar aos processos.
PA - Qual poderia ser a solução?
JC - Se os alunos entregassem os bole-tins de candidatura para o ano seguinte noinício do prazo de candidatura, teríamos maistempo para estudar os processos - quatro acinco meses. Uma vez que entregam os bole-tins nos últimos dias, e existem sempre cen-tenas de boletins entregues fora do prazo,não há tempo suficiente para estudar os pro-cessos. Teríamos de abrir concurso logo noinicio do ano para se começar um novo pro-cessamento de bolsas para O ano seguinte.
Mas esse processo causaria uma grandeperturbação para os alunos e penso que nãose deve avançar por esse lado.
GESTÃO PÚBLICAMAIS EFICffiNTE
PA- Ainda relativamente ao atraso nopagamento das bolsas, o SASUP diz queo dinheiro vem do Fundo do Apoio ao Estu-dante, este porém alega que os Ser-viços de Acção Social é que têmde prever os gastos para nãohaver atrasos,
Haverá ou não má ges-tão?
JC - Eu não sei oque entendem pormá gestão. Não épor falta de recur-sos financeiros quenão se têm pagobolsas, à excep-ção do ano tran-sacto que nomês de Julho,mês esseem
que os serviços não conseguiram fazer faceao pagamento das bolsas de Julho e que tevede se transferir esse pagamento para Setem-bro. Ao longo destes últimos anos foi a úni-ca vez que se faltou ao pagamento por faltade disponibilidade financeira. Nesse aspecto,o Fundo de Apoio ao Estudante é capaz de terrazão. Mas não tem razão quando diz que osserviços têm sempre disponibilidade finan-ceira o que não corresponde 11 verdade.
Isto porque os encargos são relativos adez meses de bolsas de estudo e a dotaçãoglobal é distribuída em duodécimose ao fim do oitavo ou nono pagamento,teremos dificuldades nessa rubrica orça-mental.
Mas essas situações são ultrapassáveis seos serviços tiverem saldos de tesouraria pro-venientes da gestão de outras rubricas orça-mentais. Portanto essa gestão flexível é pos-sível de ser feita caso os serviços tenham saldosde tesouraria o que nem sempre acontece. Eo ano transacro foi mn ano de difícil execu-ção orçamental na medida em que houve reten-ções por força da aplicação da lei de execu-ção orçamental e as verbas só foramdisponibilizadas em Dezembro não dandohipóteses a para que os serviços as utilizas-sem.
PA- O SASUP tem liberdade de geriro dinheiro, excepto os das bolsas.
O que o Fundo do Apoio ao Estudantediz é que o SASUP pode retirar o dinheirode outras áreas para compensar os atrasos.O que pensa acerca disto?
JC- O SASUP pode fazer um gestão fle-xível do seu orçamento e não é preciso reti-rar dinheiro de outras áreas para inscreverem bolsas. Penso que isso tem de ser tudomuito claro.
A bolsa de estudo insere-se no âmbitodas relações entre o Estado e o estudante etem de ser suportada integralmente peloEstado sem sacrificar outros planos de desen-volvimento da acção social. Se o Fundo deApoio ao Estudante acha que existe má ges-tão, desafio-o a pegar na responsabilidadedo pagamento das bolsas de estudo aos estu-dantes, o que para o SASUP seria muitobom.
PA- O Fundo do Apoio ao Estudanteacusa o SASUP de não gastar todo o dinhei-ro que tem".
JC- É uma constatação já que o SASUPtem transitado com saldos de gerência - quesão saldos de investimento os quais não pude-mos movimentar - desde há uns anos a estaparte.
É fácil gastar dinheiro desde que o haja eessa acusação deixa a entender que o Fun-do de Apoio ao Estudante estará a adoptaruma política de não incentivar a boa gestão,porque se os serviços cumprem os seus objec-tivos não se pode falar em má gestão, poder-se-a falar em gestão rigorosa dos recursos queestão afectos. Estão enganados se pensam queos Serviços de Acção Social não precisarndedinheiro para bolsas de estudo porque os ser-viços justificaram, durante todo o ano lectivoanterior, que careciam de facto de verba paraatribuição de bolsa de estudo.
PA- Qual a sua opinião relativamenteà aplicação da H" bolsa?
JC- Se as Universidades reconhecida-mente estendem a sua actividade lectiva poronze meses não tenho dúvida que o 11° mêsde bolsa deve ser atribuída quando corres-ponde a um LIo mês de actividade lectiva e
portanto deve ser atribuído.
PA - Então é uma situação a ser estu-dada instituição a instituição".
JC- Sim, porque se existem den-tro das instituições de Ensino Supe-rior cursos com actividade esco-
lar durante onze meses, é óbvioque o aluno que é careneiado
não deixa de ser no 1 J o mês.Mas os onze meses de bol-
sa para tudo, para toda agente. para todos os
Quinta·feira I 22 de Fevereiro de 2001
cursos, para todas as faculdades, indepen-dentemente se têm ou não actividade lecti-va, aí discordo.
A bolsa não é propriamente um salárioou uma remuneração e terá de ser atribuídade acordo com o que está estipulado, aju-dando a suportar os encargos, enquanto oaluno se mantém em actividade lectiva.
CANTINAS DEFICIENTESE DEGRADADAS
«Se o Fundo de Apoio ao Estudant-e acha que existe má gestão,desafio-o a [legar na responsabilidade do pagamento das bolsas
de estudo aos estudantes»
Até aqui vínhamos trabalhando com asAssociações de Estudantes a coberto de umdespacho do Secretario de Estado do EnsinoSuperior - despacho muito antigo - que per-mitia que as cantinas funcionassem aos sába-dos e as Associações de Estudantes são as enti-dades responsáveis por esse funcionamento.
Mas o SASUP "acordou" com os seu tra-balhadores a prestar esse tipo de apoio e todosos encargos decorrentes desse funcionamen-to eram dos serviços.
Isto era uma situação bastante complicadado ponto de vista legal e labora! e, entretanto,houve por parte de alguns funcionários mani-festa indisponibilidade para continuar a pres-tar esse tipo de apoio, verificamos tambémque a afluência às cantinas durante esses diasé muito reduzida, nomeadamente alunos daUP são muito poucos e, na ausência de con-trole de acesso, verificamos que boa parte das
cantinas eram utilizadas não por alunos da UPe, como tal, para evitar possíveis problemasde ordem adíninistrativa e até legal, decidimosencerrar as cantinas aos sábados e domingos.
No entanto, temos em estudo um proces-so de comparticipação das refeições aos sába-dos e aos domingos para os alunos da UPatravés da iniciativa privada. Estamos a nego-ciar com alguns restaurantes privados de modoa conrracrualizar urna solução que permitaaos Serviços comparticiparem estes encargos.
sos sociais, mais errado é ainda porque asempresas estão no mercado para ganhardinheiro e é legitimo que o façam. Não éliquido que as empresas públicas não consi-gam cumprir a mesma função de uma empre-sa privada.
O que é necessário é que os serviços públi-cos que prestam esse tipo de apoio sejamdotados dos mesmos mecanismos de agili-dade de gestão que são dotadas as empre-sas privadas.
Se o Estado acha que é necessário criarempresas privadas ou colocar na mão de pri-vados a gestão dos seus mecanismos de apoiosocial para os tornar eficazes e eficientes,então está a aceitar que os seus serviços sãoineficientes porque eventualmente não estãodotados de mecanismos de agilidade que per-mitam fazer uma gestão mais económica dosdinheiros públicos.
É urna questão que dá para discussão publi-ca de muito interessante porque a ideia deque tudo o que é publico é mau e tudo o queé privado é bom, ganha alguma simpatia dopovo, mas acho que é bastante demagógica.
Nós temos rácios de produtividade desatisfação por parte dos estudantes que difi-cilmente se encontrar nas empresas priva-das,
LEI FINANCIAMENTOACÇÃO SOCIAL NECESSÁRIA
PA- O que pensa sobre a proposta dalei de financiamento dos serviços de acçãosoeia!'! Acha que haverá necessidade deuma implantação desta lei?
JC- Acho que sim. Estive pessoalmentena base da execução dessa proposta e fui umdos interveníentes bastante activos no pro-cesso.
Consideramos que tem de haver critériosde financiamento claros e transparentes dosServiços de Acção Social. Seja qual for oresultado dessa proposta em termos práticos,o que é importante, neste momento, é que seclarifique o financiamento dos Serviços e s6por isso é importante que haja uma f6rmulade financiamento.
Os Serviços de Acção Social devem sabercom o que de facto podem contar no anoseguinte, e essa é uma garantia para que osServiços possam evoluir sustentadamente, aolongo do tempo.
PA- Que projectos existem para o futu-ro do Serviços de Acção Social?
JC- A definição desses projectos nãosão da nossa exclusiva responsabilidadeou competência e dependem bastante doque a tutela entender, pois o administradoré um mero executivo. Até o Reitor tam-bém têm competências muito próprias noque diz respeito à definiçüo de políticas deAcção Social.
Contudo, penso que a Acção Social, noque toca ao SASUP, centra-se, neste momen-to, na dotação dos serviços de infra-estrutu-ras como é o caso de novas cantinas e resi-dências que permitam uma prestação demelhores serviços,
E temos instalações bastante deficientes edegradadas e é preciso aumentar a capacida-de de oferta.
É preciso alterar as infra-estruturas e cons-truir novas para se poder prestar aos alunosmelhores condições na área do alojamento ealimentação e portanto a política deverá enca-minhar-se por aí.
MARIA DA Luz OVELHEIRO
PA- Em Novembro, os alunos do pulodo Campo Alegre protestaram devido àinexistência de cantinas. Como está a cor-rer este processo?
JC- Este processo penso que está bemencaminhado. Os alunos protestaram e comtoda a razão, porque de facto o Pólo III nãotem qualquer tipo de apoio na área da ali-mentação.
Neste momento. apresentamos ao direc-tor geral (aliás houve uma reunião com eleem Novembro passado) um memorando dosserviços que propunha a aplicação dos sal-dos de gerência.
Isto porque, no que diz respeito à trans-ferência de dinheiros de investimento paraoutras rubricas orçamentais, os serviços nãotêm autonomia de fazer essa movimentaçãoa não ser com a autorização da tutela e doMinistério das Finanças.
Os Serviços propuseram que o dinheiroque ficou liberto, em PIDAC pela aprovaçãodestas candidaturas em sede do PRODEP Iíl,fosse aplicado na construção da cantina eresidência do Campo Alegre a ser construí-da junto à faculdade de Ciências. Os Servi-ços propuseram isto porque seria a formamais rápida de dotar aquele Pólo de uma uni-dade alimentar, pois a cantina e parque daresidência da Faculdade de Letras é urna obraque tem um período de execução mínimode dois anos e meio a três anos, Mas estacantina e residência a construir junto Facul-dade de Ciências tem prazo de execução deum ano.
Em função deste período propusemos aoDirector Geral que fosse, prioritariamente,dado financiamento para esta acção.
Embora com capacidade limitada de refei-ções, está previsto um volume de 500 a 600refeições que pode minirnizar a falta de ser-viços de alimentação naquele Pólo.
O processo de construção da cantina eresidência e parque da Faculdade de Letrasé a obra que vai permitir dotar o Pólo de capa-cidade de resposta suficiente para as solici-tações que terá. Mas esse é um processo queestá, neste momento, ainda em poder da tute-la. A obra está orçamenruda num milhão cen-to e setenta mil contos mais IVA e a abertu-ra de concurso carece da autorização dosecretário de Estado [José Reis].
Não sei se existe financiamento (o projec-to foi candidato ao IIIQCA), nem em que péestá o processo de aprovação da candidatura,mas penso que o secretário de Estado está sen-sibilizado para a questão e que está a fazertodos os esforços para encontrar o financia-mento que permita dar o despacho autoriza-tório para a abertura do concurso. Se vai demo-rar muito não sei, pois não tenho informaçãosobre essa matéria.
PA- A política de encerramento das can-tinas aos feriados e fins-de-semana vai pros-seguir'? Não Haverá outra alternativa?
JC- Como sabe os Serviços de acção socialnão são considerados serviços essenciais, por-tanto aos sábados, domingos e feriados estãoencerrados.
PA - Qual a sua opinião sobre uma even-tual gestão privada dos serviços de acçãosocial?
JC- É uma questão que tem sido muitodiscutida ao longo dos últimos anos. Pensoque a ideia de que tudo o que é público émau é errada e, no que toca à gestão de recur-
Quinta-feira I 22 de Fevereiro de 2001
~ ARTIGO DE OPINIÃO
«Há longos anos que os alunos da Faculda-de de Medicina se sentem hostilizados·pelaAdmi-nistração do Hospital de S. João. Tal atitude estápatente no facto de ser dificultado aos alunos oacesso às enfermarias e serviço de urgências(onde deveriam aprender a parte prática do seucurso) e às instalações em geral. Há já váriosanos que os alunos não podem Ter acesso às ins-talações depois das 22 horas. Se, até agora osalunos têm sido afastados do edifício que cons-titui o hospital, mas também a Faculdade deMedicina, mais recentemente, foram afastadosdo parque de estacionamento, com o argumen-to Salazarista de « Venham de autocarro que nomeu tempo eu também vinha».
Ora, como é do conhecimento geral, os aces-sos ao mais povoado pólo da UP, estão longe deserem os melhores, tal como não são os trans-portes públicos. Os alunos Vêm-se condenadosa.esperas intermináveis em tilas de trânsito queteimam em não andãr a procurar avidamente umqmt'o.uét eS\1a,ço o1\de VOSSaUl «abandonar» oSeu veículo. Q pólo unive",iÚlrio da Asprela temcresciôo a um ritmo exponencial, en4unnto que0.'1iJCC~SO~e as condições ~~t~guardffJ há muitotcmpo.Recetnemeuus, com a ~bertura da FEUPe com 11 chegada de mais un.s znifhares de vef-cuíos; a única medida tomada foi a transforma-ção do HSJ, na maior rorunda da Europa.
Mas, com a expulsão dos alunos de Medici-na, Dentária e nutrição do parque do HSJ, o caos
&11111- de-·ledici.na-~o8tilizados pala Ho'pital da'S~ dolo
« o pólo univel'Sitál'io da Asprela temcrescido a um ritmo exponenciaJ, enquanto1/1I8os acessos 8 as condiçiíeS estagnaram
Irá l1IIIIto tempo.»
noite, ou que, simplesmente têm uma aula queacaba depois do sol posto. vêm-se obrigados apercorrer centenas de metros, sem qualquer vigi-lância ou iluminação e sujeitando-se a todos osperigos daí inerentes. Espero que a direcção doHospital não tenha que vir a ser responsabili-zadapor qualquer acto de vandalismo ou de vio--lência perpetrado contra os alunos da Faculda-de de Medicina.
Para completar este cenário verdadeiramen-te surrealista os alunosainda estão sujeitos averdadeiros atentados contra a sua Saúde, aoserem obrigados a respirar um ar claramentecontaminado por dioxinas e metais pesados,provenientes da Central de Incineração e dascaldeiras do HSJ. Se é de lamentar que aDirec-ção do Hospital ainda não tenha tomado umaatitude relativamente ao encerramento da inci-neradora, é ainda mais lamentável a atitude daadministração central, sob as pessoas dos minis-
. trçs da-Saúde e do Ambíenre, ao não revelarema coragem necessária para se oporem a um dosmaiores "lobbys" da Saúde deste país, antespreferindo pôr em risco a saúde dos milharesde estudantes que constituirão O::. rfolissiouaisgrãduados db fu~uro. .
Não nos venham falar de paixões ...»rodoviário e os problemas de estacionamentovão aumentando ainda mais.
Como se isso não fosse suficiente para todosaqueles que ficam a estudar até altas horas da
GIL FARIA(AEFMUP)
o QUE SUGERE ...PAULA PEQUITO
Ilha dlslrta··« ...só poderemos recorrer às 8er/engas
ou à ilha do Pessegueiroonnada que SIJ COIIIfJ8I'8a "Cast away "!!f!!» .
«Para fugir ao stress citadino eà rotina do dia-a-dia, nada melhorque uma escapadela até uma ilhadeserta mais próxima.i.no nossocaso ( Portuguesas e Portugueses)...só poderemos recorrer às Ber-lengas ou à ilha do Pesseguei-ro...nada que se compare a ••Castaway "!!!!! Mas aconselho-vos alevarem companhia, pois em cer-tas alturas uma bola de vaiei, nãodá muito jeito!!!!!
• Apreciar a natureza de umamaneira mais rebelde curtindo osol ( se ele decidir aparecer! i),beber uns deliciosos cocktails( ou mesmo um traçadinho da tas-ca da esquina) !! O que realmenteinteressa". é aproveitar o máximoaquilo que temos e dar ouvidosaos nossos desejos.
Arrisquem e façam boa via-gem até à vossa "ilha deserta"!!!
Depois dessa alucinante via_ogem, de um " Kit-Kat" navida...voltámos nós da azáfamado dia-a-dia.
E como bons portugueses-quesomos, claro, não podíamos dei-xar de achar que foram poucasas horas que-estivemos "out" ...
Com parte de nós lá (aindano outro mundo), e outra meioadormecida por cá, lá vamosandando devagarinho, com anossa costela alentejana, dando onosso máximo ....ou melhor, aqui-lo que conseguimos dar.
Ok, aqui vai a solução:Sugiro que logo pela manhã
(depois de deixar tocar o desper-tador, o telemóvel, e até a chama-
da.da mamã a tentar a todo custotirar-nos da cama) ...apanhemos umtaxi, para prolongar a estadia novale dos lençóis!! !
E, depois, aí sim enfrentaro dia ... AH !!! Com muitocafé!!! »
+Paula Pequito é u mais jovemestilista. foi revelação dos prémiode moda Optimus e trabalha comMaria Gambina. A sua linha é semdúvida o "streat wear".
<<Acidadedo Porto não podecontinuar a ser encarada nosseus estritos limites adminis-trativos, como se o rio Douroe circunvalação fossem mura-
lhas inexpugnáveis de umacidade medieval.
Com efeito, hoje em dia, orerrítórío define-se muito maispela lógica da conexão e dofuncionamento em rede do quepelos mecanismos da proxirni-dade»
Manuel Seabra, in públi-co, 31 Janeiro 2001
«Ü·PSdeverálançarumgran-de debatenacional sobre a redu-ção da idade de voto»
António Guterres. in Jor-nal de Noticias, 16 Fevereiro
2001
~<Éuma daquelas cedênciasao populismo barato, é fazertábua rasa dos princIpios na ten-ração fácil e grosseira da con-quista de um Ou dois votOs)')
Marques Mendes, sobre oapoio de Durão Barroso à
pena de prisão perpétua noscrimes contra a humanidade,
in Público. 10 de Fevereiro2001
«Se quisesse ser candidatoao Porto, obviamente que era.Nem Nossa Senhora de Páti-ma o impediria»
Luís Filipe Menezes inPúblico, JJ de Fevereiro
2001
.«Podemos falar à vontade,camaradas»
Paulo Pedroso, secretáriode Estado do Trabalho e
Formação abrindo um
encontro de governadorescivis, in 24 Horas, 15 Feve-
reiro 200/
«(Este PS) é um partidomuito governamentalizado,muito situcionista, muito deaparelho, muito sem causas,
sem projectos e sem rumo»
Munuel Alegre, in lnde-pendente, /6 Fevereiro 200/
Quinta-feira I 22 de Fevereiro de 2001
.••• ACADEMIA DE VILA REAL - AAUTAD
'P-- m Vila Real o traje édiferente e a praxetambém. Hádois anos.um aluno queíxou-seda dureza da praxe e
•••••••••• num programa de TVfoi tema central. Mas o certo é queas coisas já não são bem assim eafiançam os caloiros que por lá pas-sam: não há praxe como esta!
Naquela academiajá não se rapamcabeças. Os caJoiros andam em gru-po pois é esse o espírito a cultivar.mas o «malhanço» continua la. Aacademia levou mais vida à terra queviu nascer Miguel Torga, viu viverCamilo Castelo Branco. viu lutarCarvalho Araújo e conhece ao vivoe a cores Manuel Rocha Marfins.Quatro nomes de que vos vamos.falar.
Manuel Rocha Martins aindaexerce a profissão que o tomou famo-so no país. Nunca saiu em nenhu-ma Caras ou VIP. mas é por causadele que a louça preta de Bisalhãessobrevive. Oleiro desde os oito anosde ldade. hoje ",mIl)" fa\luea umadas louças mais tradicionais portu-guesas que corre riscos de desapa-recer. já que poucos seguem a arteda olaria.
Carvalho Araújo está «rijo» - emestátua - na principal avenida da "ida-de com o mesmo nome. Foi oficialda marinha de guerra. poUtico repu-blicano e deputado por Vila Real. Nodecurso da I Guerra Mundial, Augus-to de Castilho, tentou evitar o afun-damento do vaporpoouguês S. Miguelque transponava .205 passageiros.Carvalho Araújo evitou o afunda-mente pagando com a própria vidae hoje éum herói da cidade.
Camilo Castelo Branco tem casamuseu em Vila Real porque o nove-lista ,;ivéu por lá e ali tem um liceucom o seu nome. Mas antes de fixarresidência na cidade. Camilo moroua cerca de 6 km. numa pequena aldeiachamada Vilarinho de Samartã onde.a propósito. poderás encontrar umconhecido restaurante. a Adega dosPassos Perdidos.
Por fim. Miguel Torga. O poetatem lugar marcado na história deVila Real porque foi muito pertodaquela cidade que viveu. em SãoMartinho d' Anta.
Já tens motivos para conhecerVila Real. a Universidade. a histó-ria. as gentes. a cultura e a tradição.
JOELHO DE PORCAE CRISTAS DE GALOComo em qualquer boa terra por-
tuguesa em VUaReal come-se e bebe-se bem. Para come~ar a pequena epossível descrição, aconselhamos orestaurante «o Espadeíro» onde se
encontra o famoso joelho da porca.Em Vila Real. todos estão. mais oumenos. convencidos que este pratoé típico daquela região. Não sabeméque andam enganados há uma datade anos. É que o proprietário do res-taurante adoptou esta especialidadegastronómica da Holanda aquandode uma visita que fez a terra à terrados «coffe shops» ainda eles nemexistiam.
E de tripas não reza a históriaapenas na capital do Norte. Elasandam «liaS molhes» lá para os ladosde Vila Real. Este prato chama-seprecisamente tripas aos molhos e éuma 'dobrada enrolada em presunto
e estulàda. Não te esqueças de «regar-muito bem estes petiscos com umagarrafa de Sta Mana ou Murça.
Se a fome não for assim tantaquanto isso então o melhor é «ati-rares-te» a uns bons Covilhetes.Podes encontrar este pasteís salga-dos na pastelaria Gomes. Perguntaonde é e ninguém te enganará.
Se já estiver na altura de uma boasobremesa a sugestão vai para urnasCristas de Galo que é um doce dechila folhado.
Estas são as algumas hipótesespara quando a ocasião for mais espe-cial e a bolsa ainda tiver algumas«coroas». Mas não sendo este o caso,
o melhor é usares a cozinha da resi-dência ou a cantina da OTAD. Ébom e barato (cerca de 300 escu-dos/refeição) e sempre popas algumpara os capes. No capítulo dos coposa única solução é a de sempre: cor-rer as capelinhas e depois voltar paracasa ou para a residência que têmsalas de estudo. informática, frigo-rífico e micro-ondas - para O casode o dinheiro não chegar nem paraa cantina. Existem duas residênciasuniversitárias: uma mista e uma mas-culina.
Chamar de Pan6ias ao Festíval Inter-nacional de Tonas. Desenrola-sedur-ante dois dias com a participa-ção das melhores tunes académicasnacionais e espanholas. Paranóias,é o que é! Mas há mais aconteci-mentos culturais naquela cidade etudo por causa dos estudantes.
Durante o mês de Maio. tens asemana Académica, no primeiro mêsde cada ano lectivo tens a recepçãoao Caloiro com uns dias muito espe-ciais chamados «semana das barra-quinhas». A semana do caloiro tam-bém lá está e. em Outubro. há JogosPopulares.
Vila Real prima por não perdera tradição e é neste mês que isso secomprova com a academia a enca-beçar.
Durante uns dias. a cidade fechauma das suas principais artérias paraver os estudantes das Universidadesportuguesas e espanholas subir opau ensebadotentar apanhar o lei-tão. a oorrer com cântaros entre mui-tos outros jogos tradicionais.
É nesse fim de semana quea cida-de conhece uma nova animação comconcertos, círculos de cinema - fil-mes a partir da meia noite. a tre-zentos escudos por sessão e casasempre cheia -. teatro. actuações derunas e muito mais. Tens de passarpor lá porque, este ano. aAAUTAPespera ter dez mil visitantes noctur-nos como é habito nos anos ante-riores.
QUE NÓIA, 'TÁS AVER?Pan6ias. Deu-lhes para aquilo.
., .~Q SQCIALE PEDAGóGIG;O
Este departamento da assccíaçãc trabalha dírec- .tamente com o-admínistrador dos sef.viço~ de aeçãosocial Neste momento, existem negociações entre aassociação, os serviços e a-reitoria para que (le~porcento da;s.receilaSem propinas da UTAD'p<\Ssémparaas mãos dos serviços de acção social para melhoriade cantinas e obras de requalifiçação. .
O departamento pedagógico defende-os interessesdos alunos no que diz respeito ao curso propriamen-te dito. Por exemplo; foiscenseguido que os alunospudessem efeclUnra lliDtFicú:la ~-ae terem.«cadei-ras» àtrasadas do primeiro ano. O Pedagógico faz ain-da trabalho na área das saídas profissionais aj9dat!do~~:os finalistas a fusenrern-se nomercad:d:a- J
./
Este é O departamento Q,uemais tem.realizado tra-balhe na academia. quer em termos de desporto fede-radô quer em termos de desporto universitário. Exis-te o desporto virado para o lazer dê quem quer darumas estieadelas ao corpo. mas não estã vírado paraas grandes competições. São pequenos torneios den-tro da Universidade,
«Nem sempre são fáceis pois em termos de insta-lações estão muito limitadas». explicou João Almei-da, presidente da AAU'D\D.
As modalidades disponíveis variam entre atletis-mo, canoagem.ténis, polo aquático •.andebol, ténis demesa, ginástica. paínt-ball.xadrez, natação, futebol,
I e futebol de sàlão.lG!Faté.l5asketball, rugby e hóquei(mpauns.
ANA DUQUE
~~ -'ÚlTIMAPÁGINA Quínta-feíra I 22 de Fevereiro de 2001
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R'i ao som ae'vwlinose piano que a Orques-tra Académica do Por-to (OAP) abrilhantou a
j~auguração·da rua daRestauração no passa-
do dia 2 de Fevereiro e que mere-ceu os aplausos de todos os presen-tes bem como comentários como ode Elisa Ferreira, Ministra do Pla-neamento que caracterizou a ani-mação da FAP como um «rnagnifi-co apontamento musical»,
Ao contrário de outras ruas járeabertas, a rua da Restauração mere-ceu a apresentação de exposiçõesde pintura e escultura de cerca detrinta artistas plásticos. Também apoesia teve lugar nesta festa de inau-guração, com autores como Eugé-nio de Andrade, Agustina Bessa-Luis, entre outros poetas e escritores.
o evento preparado com pompae circunstância; iniciou com umainstalação fotográfica denomina-da «Um único olhar», realizadapor Rui Pinbeiro. Esta obra pre-tendeu documentar o processo derequalificação da rua. Diversasfotografias foram tiradas de for-ma a revelar as diferentes fasesde preparação da obra, tendo segui-damente procedido a uma mon-tagem para transmitir a sensaçãode evolução até ao resultado final.
A inauguração continuou noPalácio do Vinbo Verde com apresença do Presidente da Câma-ra do Porto, Nuno Cardoso, aMinistra do Planeamento Elisa Fer-reira, o Ministro da Cultura JoséSasportes e a Presidente da Socie-dade Porto 20001 Teresa Lago. Aífoi assinado um protocolo de COQ-
A ACADEMIA RECOMENDA
sgotaram os bilhetespara Uma das maisptestigia<1,/S compa-nhi«s briUinicas, TIl.Royal Shakespeare
.•••• - •• Company, que esta-rá de 7 a 10Março no Teatro Nacio-nal S. João (TNSJ) no âmbito doFestival PONTI e a solução é plan-tarem-se à porta do teatro, no diada representação e tentar encon-trar reservas que não foram levan-iadas. A companhia traz ao Porto
um dos cumes do teatro Sbalres'-pereano. «The Tempest"'é tidacomo sendo a lítrima peça escritapor William ·Shakespeare. Estarepresentação descreve a históriada luta pelo poder e a afirmação davingança como principio ordena-dor do mundo.
«The Tempesc faz parte da pro-gramação dos espectáculos de artesdo palco do Porto 2001. O primeirofoi «A princesa Malene», estrea-do no passado dia 25 de Janeiro,
peração entre aquele ministério, aPorto 2001 e a Câmara Municipaldo Porto.
Teresa Lago ressaltou o facto deas obras terem terminado com um
uma peça deMaurice Maeterlinck,com encenação de Pierre Volt<.
O interesse popular em redordeste espectáculo fez com que aescassas semanas da sua estreia já .tenha esgotado totalmente os bilhe-teso
Ainda em Janeiro, a acentuadaprocura obrigou os responsáveisdo teatro a restringirem os convi-tes, por forma a permitir o maiornúmero de interessados assistirema este espectáculo.
atraso de quatro rnesses, numa obraque demorou quase onze meses paraser concluída, custando cerca de450 mil contos, mais 38, 4% do queO valor da adjudicação.
Com alguma sorte, os portuen-ses qll" não compraram o seu bilhe-te podem adquirir ingressos meiahora antes do inicio do espectácu-lo, altura em que serão vendidas asreservas excedentes.
Este facto permite afirmar quehá uma clara mobilização das pes-soas em volta de alguns espectá-culos da Capital Europeia da Cul-tura, é que foi a taxa de ocupação(las salas tem sido de 100%.
O PONT!, que é um festival da
A rua da Restauração apresen-ta-se agora dinamizada, totalmen-te renovada e a contar com a pre-sença dos eléctricos.
Ainda a marcar esta aberturadestacam-se as queixas dos mora-dores pelo atraso das obras, ossucessivos cortes de electricidadee principalmente a falta de esta-cionamento. Nuno Cardoso con-seguiu entretanto arranjar umasolução provisória à custa do emprés-rimo de um terreno na zona de Mas-sarelos, enquanto o Parque doscaminhos do Romântico não ficapronto. Os ânimos acalmaram-see a festa continuou. Festa esta «doPorto para O Porto e não de elitespara elites» conforme sublinhouElisa Ferreira.
responsabilidade do TNSJ e quetem edição bienal, este ano assumeum fonnalo diferente. Mé ag"''',este é o festival do Natal que decor-re durante o mês de Dezembro haven-do representações diárias. Mas paraa edição de 2001 ficou decidido O
. alargamento do PONTI, ou seja, ofestival decorre não apenas no- últi-mo mês de 2001, mas todo o ano.
MARIA DA LuzOVELHEIRO
r-----, - .._~-i I AGIU.i i,.,.Q
I :;:!!r:~!i:~,"adocwPO AJu:::::':'d'Fu_m O" n,i•• i,o diadl4UP ~08'Março-FestadeXaraoh: d . t d -d04.Abrll·~défonnal;ão",l)\recém, .0 rei' a ·v. a
Ucbm;indbs: «Fur:o~ia por um dia.19 MarçerTomciode K'aJ:tmg
··1 A=~~:~:A1!l Faeuldade êe Ciêodas . de de Farmácia dada Nutrição eAliint..ntaçio da UP Universidade do
O~ :f06de:Aoo.l- xrSeUlftnada Nulri" "Iç'o, .- Porto vai levar a
03"AbriJ· sessio de Gí,lJema: '-JJ;ving in 1 cabo uma acção deLus 'Vegas... "" r~ ',~ I'
04 e Oi f'bfÜ;5"oogfe,\SQ Cientíâcc .j formação para recém-licenciados,I\~ JilJel,ildad. _ B.md<, alõo9U,,, e álcoois» 1 . no dia 4 de Abril. Este evento é pro-d'MedicilUOdQUP ., . i movido pelo Gabinete de Estágios
i siçã~~~~Mar3";-:~~ I?;.B\PU- t;.~5~"',,,e~"llNÍ>A(EQÇO"!tO I e Saídas Profissionais (GESP) daI UOSUlào::~~:aselThr:up - csscas» N~iariátd",DirigeDtesAs1)oeíatiVQS}j associação e terá lugar nas instala-
~
.Oe2!doM"çO'àsJ5"O""-PQN- 16•• Marçod,à,21liJtl' 2'J!ijjç,odo i - da' Id d h .UTES lll- Medicina & Desperto. Palestras FIl'1 (FeslJ.vafInlen;\acion~ de Tucas o f çoes racu a e e c ama-se «rar-com ecavidados e expcsíções; no Salão de ISCAP) no 'Tca\J:oS4 ria Ban . ~Cla por um dia»,
----- • .,-' A associação de estudantes daque-, .' . ..;iI.I Ficha 'Iêcníca Director: lIugo Neto; Dircaor-Adfunso: Rui Brito;Í'Redacção: ~aria Q'I Luz Ovelhéiro e ~e; Co/(iboràiiores: ôillIFatia e Paula P~uito; Fo~g,?jiâ; Mo.in\los e Comé!cio dQ Porte; Gra-Irsmo e Produçao: O Comérclo do Porto l '. I
DESTAQUE DA AGENDA
AK'Onh'usidadePcrrecaleuseo I de. Março às 15 h- éQnf(:i'~tlda .••0Estado c1aNação.P- Dr; Durão B!UlOS9
{}5 e 6 d: MaJ.'.ÇQàs 9:30h e ioh respec-ÚvameJUc. Seminário eDepeudêncía d.udroki1 ••..Pref D.e Puno da (os!:!Q9 e 10 de Março à$ 21.30h- fITUP- Fes-rival Imemaeional de Tunasda.Universi-dadc Ponueaíense- CôííseudO Pono12 de Março às 101r Cicrc-de Cinema
na PonllCliJen:.o.:>-J6deM~àsZl.tt:-lP'Oala~cll-se19823 de MlU\'O-res!jSdà:Gar,Jgem
la faculdade pretende apresentar,neste evento, entidades profissio-nais farmacêuticas e testemunhosde farmacêuticos que trabalbem emdiferentes áreas profissionais indoao encontro das expectativas dos
estudantes !inalistasyrpmo,,~ndoa sua integração no mercado de tra-balho,
Ainda na origem deste dia espe-cial está a intenção de estabelecerprotocolos de cooperação corn'díver-sas empresas e instituições privadaspara à realização de estágios extra-curriculares por pane dos álunos daFaculdade de Farmácia do Porto.
Este gabinete, o GESP trabalhaainda em regime de colaboraçãocom o Gabinete de Ensino e For-mação (GEF) cuja função é de col-matar formas sentidas durante o cur-so de ciências farmacêuticas, assimcomo explorar assuntos abordadossuperficialmente durante as aulas.
Este gabinete prevê dese~vol-ver também outras actividades de
que são ex.emplo acções de [arma-ção. visitas de estudo por um dia adiversas empresas para estabelecercontacto entre os alunos e a reali-dade do mercado de trabalho. Ain-da outra actividade intitulada de«Copos e Conversas» que serãonoites de conversas sobre temasligados à área farmacêutica em queos alunos intervenientes discutirãoem ambiente descontraído, nos dias21 de Março e 24de Maio de 200 I,durante a realização da Expo Far-ma. Nestes dias, o convite é paratomar um copo e falar do futuroque aguarda os mais novos farma-cêuticos.
MARIA DA Luz OVELHEIRO
E-ANADuQuE