jornal académico - 03 de março de 2015

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4ª EDIÇÃO Dolce Vita em Braga pode acontecer até outubro Página 04 Miopia: atenção comunidade académica Página 08 José António Teixeira: o “expert” em biotecnologia estão a chegar “cidades que contam histórias” Páginas 06 e 07 Páginas 18 local entrevista cultura campus Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 232 / ANO 11 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 03.MAR.15 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico ACADÉMICO EM PDF

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Page 1: Jornal Académico - 03 de março de 2015

4ª EDIÇÃO

Dolce Vita em Braga pode acontecer até outubro

Página 04

Miopia: atenção comunidade académica

Página 08

José António Teixeira:o “expert” em biotecnologia

estão a chegar “cidades que contam histórias”

Páginas 06 e 07

Páginas 18

local entrevista

cultura

campus

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA232 / ANO 11 / SÉRIE 6

TERÇA-FEIRA, 03.MAR.15

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO EM PDF

Page 2: Jornal Académico - 03 de março de 2015

03.MA

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Ciclo “Domingos Selvagens”De janeiro a julho, a Quinta Pe-dagógica de Braga, sob a organi-zação da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (sediada no Departamento de Biologia da Universidade do Minho), pro-move atividades direcionadas às famílias no primeiro domin-go de cada mês, das 10h00 às 13h00, permitindo aos interes-sados conhecerem mais sobre as infraestruturas concelhias no âmbito da natureza e do contac-to com o meio natural.

Novo ano Chinês na UMO Instituto Confúcio da Uni-versidade do Minho assinalou, na passada sexta-feira (20 de fevereiro), o Ano Novo Chinês em Caminha. Um programa comemorativo que conta com exposições, gastronomia, leitu-ras, workshops artísticos, exibi-ção de artes marciais e, ainda, com um recital. Organização do Agrupamento de Escolas Sidó-nio Pais, com a parceria do mu-nicípio de Caminha, no distrito de Viana do Castelo.

UM para maiores de 23Os interessados em ingressar na Universidade do Minho através do concurso especial para maio-res de 23 anos podem inscrever--se até ao dia 12 de março. Há mais de 50 cursos ao dispor neste âmbito. As inscrições decorrem no Gabinete de Apoio ao Acesso, situado no Edifício dos Serviços Académicos do campus de Gual-tar (Braga) e nos Serviços Aca-démicos do campus de Azurém (Guimarães) , no período normal de expediente.

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FICH

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INA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // quarta-feira, 03 de março de 2015 / N232 / Ano 11 / Série 6 // DIREÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Pedro Andrade// REDAÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Maria João, Marta Roda, Norberto Valente, Pedro Ribeiro, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Mafalda Oliveira, Nuno Cerqueira, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // CRONISTAS: António Paisana, Joana Arantes, Maria Aldina Marques, Paulo Reis Mourão // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Pedro Andrade // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12nº 341802/12

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.

Não editorial

Esta semana poderia refletir sobre novos empreendimentos, protocolos colaborativos, novas direções, cele-brações redondas ou até mesmo sobre envelhecimento ativo.

Teria tempo para discorrer uns quantos pensamentos sobre o aumento preocupante dos casos de miopia entre os estudantes universitários ou sobre todo o “capital da juventude”.

Esta semana faria todo o sentido alongar-me sobre a importância da guitarra na cultura musical do povo português ou sobre as histórias que uma cidade conta por quem lá passa.

Poderia falar sobre tudo isto e muito mais. Mas não. Costuma dizer-se que o editorial “é um comentário, geralmente publicado em destaque nas primeiras páginas de um jornal ou de uma revista, que reflete a linha ideológica e a posição do editor ou da comunidade editorial relativamente ao assunto tratado”.

Nesta edição do Jornal Académico não há editorial. Não há opiniões, comentários ou apontamentos sobre qualquer artigo editado nesta semana.

Ou será que há?

EDITO

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E // andr.pedro@gm

ail.com

Page 3: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PÁGINA 05 // 03.MAR.15 // ACADÉMICOPÁGINA 04 // 03.MAR.14 // ACADÉMICO

LOCAL

mafalda oliveira

[email protected]

A Universidade do Minho (UM) recebeu na semana passada o Encontro Nacional de Alunos de Administração Pública. A academia minho-ta deu as boas-vindas a mais de 200 estudantes de admi-

nistração pública de todo o país que, ao longo de 3 dias, debateram temas atuais com a presença de diversos ora-dores.

Na cerimónia de boas-vindas, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Carlos Videira, lamentou o “elevado desemprego jovem” e a “má imagem que ainda existe da

administração pública”. Mas o presidente da AAUM lembrou que “não há nada mais nobre do que a gestão da riqueza pública, daquilo que é o bem comum e que nos deve motivar para alcan-çar o desenvolvimento e a igualdade de oportunidades”, acrescentou. A décima terceira edição deste evento foi organizada Centro de Estudos de Ad-

UM recebeu o encontro nacional de estudantes de administração pública

UM rumo ao japão

espaço “dolce vita” em braga pode acontecer até outubro

guimarães com nova zona de lazer

NUNo CerQUeira

[email protected]

Poderá estar para breve uma resolução para o edifício que iria albergar o “Dolce Vita” em Braga. Ricardo Rio, pre-sidente da câmara de Braga, aguarda com expectativa o futuro do mesmo.Em conversa com os jorna-listas na passada sexta-feira (27 de fevereiro), no âmbito de uma visita à freguesia de Adaúfe, Ricardo Rio explicou que ainda está projetado para o local uma superfície comercial: “Todas as indica-dções que temos por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é que será para man-ter uma atividade de nature-za comercial. Tem-se falado, várias vezes, que a SONAE poderá estar envolvida, mas ainda ninguem nos contac-tou e, portanto, não temos informação oficial sobre esta matéria”, avanou.Numa avaliação económi-ca, Ricardo Rio acrescentou

mafalda oliveira

[email protected]

Guimarães vai ter uma nova zona de lazer no centro vima-ranense que se poderá esten-der ao Parque da Cidade. As obras de regularização da ribeira de Couros, por causa das inundações, estão a de-correr nos últimos meses e vão “permitir a construção de uma zona de lazer na zona

ministração Pública e, além dos debates, contou com 2 workshops promovidos pelo Liftoff e pela Alento.

Pedro Perdigão, do Centro de Estudos de Administração Pública da UM (CEAP), apro-veitou a ocasião para incenti-var todos os estudantes pre-sentes a “descobrir a forma como se estuda a administra-ção pública na Universidade

do Minho”.

O décimo terceiro Encontro Nacional de Alunos de Ad-minitração pública na UM contou com a presença de Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, Carlos Menezes, professor da Esco-la Economia e Gestão da UM, Paulo Cunha, presidente do câmara de Famalicão, entre outros.

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CAMPUS

sara silva

[email protected]

A Universidade do Minho (UM) entra em ação no “Via-ble International Academic Links across Cultural Ties in Europe and Asia – VIA LAC-TEA”, um programa de in-tercâmbio com Espanha e o Japão. Na passada semana, a academia minhota recebeu e reuniu-se, pela primeira vez,

com os seus parceiros, as Universidades de Santiago de Compostela, Kanazawa e Aichi Prefectural, num encon-tro que contou com palestras relativas às culturas europeia e japonesa. De acordo com o vice-presidente do Instituto de Letras e Ciências Huma-nas (ILCH), Xaquín Núnez, o projeto terá “a duração de três anos e permitirá a mobi-lidade de alunos e docentes das quatro universidades en-volvidas”. “Os primeiros alu-nos da Universidade do Mi-nho vão agora em princípios de abril”, refere. Quanto aos

alunos japoneses, após uma estadia de 10 semanas numa outra universidade, serão re-cebidos na UM a 27 de abril e ficarão até ao início julho. Segundo o professor Núnez, durante esse período na UM, os estudantes vindos do Ja-pão poderão contar com ati-vidades que promovem o in-tercâmbio cultural. “Eles vão poder estagiar no Mosteiro de Tibães, na Companhia de Teatro de Braga, no Theatro Circo, no BabelliUM. O que se pretende é que estes es-tágios também sirvam para dinamizar a atividade cultural

conjunta”, garante. Além dis-so, não deixa de constatar a importância que este projeto poderá ter para os alunos do ILCH. “No contexto de globa-lização, de mobilidade, será uma mais-valia no âmbito das vivências mas também no âmbito profissional”. Indo ao seu encontro, o vice-reitor da UM, Rui Vieira de Castro, salienta também a prepon-derância deste projeto para a própria UM, já que “a vinda para a Universidade do Mi-nho de professores visitan-tes, ainda que por períodos curtos, vai representar um

que “poderá ser interessante complementá-lo com outros equipamentos, porventura até de natureza turística, mas isso compete naturalmente aos promotores. Quando chegar ao ponto de se dis-cutir quais são as soluções finais para aquele projeto, a Câmara Municipal estará sempre disponível para cola-

borar na concretização de ini-ciativas que sejam uma mais valia para a cidade”. Quanto às acessibilidades, nada está em causa quanto ao projeto da variante do Cávado cuja responsabilidade é do Dolce Vita, assegura Ricardo Rio: “Dentro do avanço do projeto há contrapartidas que foram assumidas pelo executivo

anterior duma componente muito alargada dessa variante do Cávado que teria que ser executada pelos responsáveis desse mesmo projeto.” Ricardo Rio assumiu ainda que, no início do seu man-dato, teve uma reunião com os responsáveis da CGD. O presidente do município ex-plicou que “as licenças de

construção foram prorroga-das recentemente precisa-mente para dar sequência ao trabalho que está a ser desen-volvido.” Ricardo Rio assegurou aos jornalistas que vincou à CGD que aquilo que estava acorda-do em termos de contraparti-das teria que ser escrupulosa-mente cumprido.

DR

das Hortas”, garante Joaquim Carvalho, diretor do departa-mento de obras municipais. “Vai ser feita a recuperação urbanística e paisagística desta zona com a criação de zonas verdes e de lazer”, acrescenta.Esta nova área de lazer esta-rá pronta até finais de março e o objetivo, a médio prazo, é criar uma ligação com vias

pedonais e cicláveis entre es-tes dois espaços. Na segunda fase da interven-ção “será, então, requalifica-da toda zona das Hortas”, garante Joaquim Carvalho.A próxima fase ainda não tem data definida para começar mas o objetivo do município vimaranense é aproximar o Parque da Cidade do centro de Guimarães.

novo modo de tornar mais evidentes, para nós, as po-tencialidades de colaboração que podem vir a acontecer”, declara. Mas não esquece o ILCH: “Isto representa tam-bém um alargamento da área de intervenção do Instituto de Letras neste tipo de proje-tos”. O VIA LACTEA visa, não só permitir a mobilidade de estudantes e docentes, mas também, estreitar as relações entre a Península Ibérica e o Japão, e consolidar projetos competitivos entre as univer-sidades galegas e do Norte de Portugal.

DR

Page 4: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PÁGINA 07 // 03.MAR.15 // ACADÉMICOENTREVISTAPÁGINA 06 // 03.MAR.15 // ACADÉMICO

ENTREVISTAJOSé ANTóNIO TEIxEIRA:

O “ExPERT” EM BIOTECNOLOGIA

Natural do Porto, José António Teixeira foi reconhecido pela Universidade do Minho com o Prémio Científico 2015. Com mais de 30 anos de carreira, o diretor do Centro de Biotecnologia da UM continua a trabalhar, todos os dias, com a

mesma energia de há 3 décadas.

daNiel silva

[email protected]

Que projetos é que tem, agora, em mãos?

São projetos que se encaixam na biotecnologia, em particu-lar nas áreas industrial e ali-mentar. Temos projetos que passam desde a pulverização de resíduos agroalimentares, um tema que está muito na moda, até projetos para pro-dução de compostos (desde biosurfactantes, compostos a que chamamos prébioticos). Trabalhamos com uma gama muito alargada de temas liga-dos à biotecnologia

Um trabalho de equipa

Sim, este é um trabalho de equipa. Tenho uma equipa alargada com quem trabalho para definir estratégias por forma a obter financiamento.

Quanto ao financiamen-to. Este grupo de traba-lho, no Centro de Enge-nharia Biológica, está a sofrer com as avaliações da FCT?

Bem pelo contrário. O Centro de Engenharia Biológica foi a

unidade da Universidade do Minho que mais dinheiro que recebeu neste processo de avaliação.

Estamos a falar de que valores?

Um milhão de euros anuais.

Isto permite trabalhar com alguma folga

Sim, dá alguma folga. Permite

ter uma linha de base susten-tada e planear os próximos seis anos com algum cuida-do e, assim, definir algumas linhas estratégicas. Contudo, não é suficiente. Precisamos de ter a capacidade de cap-tar financiamento por outras vias. A FCT deu-nos alguma folga, não nos podemos quei-xar. É um ponto de partida interessante mas temos de ir mais longe. Para manter esta estrutura, e estamos a

falar de quase 300 pessoas, precisamos de captar mais investimento.

Qual é a principal carac-terística deste Centro para que se consiga dife-renciar?

O Centro de Engenharia Bio-lógica é o centro de referên-cia no norte de Portugal. A biotecnologia, enquanto área de referência, é trabalhada e

estudada cá. A biotecnologia tem um grande leque de apli-cações: conseguimos intervir em diversas áreas, temos estrutura e competências, e, por isso, conseguimos cap-tar investimento. Claro que a colaboração com a indústria também é importante para essa captação de investimen-to e para a tal diferenciação.

Esta ponte entre a inves-tigação e a aplicação no terreno também é impor-tante. é esse o objetivo?

A investigação que se faz é boa. É-me difícil fazer a se-paração entre a investigação aplicada e a investigação fun-damental. Existem as duas e coexistem porque uma ali-menta a outra.

O Centro de Engenharia Biológica tem tido sem-pre esta ligação forte com a indústria?

Nós temos vários projetos em colaboração com a indús-tria. Trabalhos de investimen-to direto da indústria e outros projetos de co-promoção em que somos entidades parcei-ras.

é aliciante trabalhar nes-te Centro?

Um dos problemas de Por-tugal é a transferência de co-nhecimento para o exterior. Diria que nós temos cresci-

do muito em Portugal nos parâmetros que são usados para avaliar o trabalho cien-tífico. Estamos muito bem lançados em termos de pu-blicações científicas, o que significa que se gerou co-nhecimento científico. Falta agora transferir esse conheci-mento para o exterior. É esse o próximo passo e é o que tentamos fazer.

No aniversário dos 40 anos da Escola de Ciên-cias falou-se que o pró-ximo passo é sair dos laboratórios e alargar o conhecimento científico à sociedade.

Sim, é verdade. Os próprios fundos comunitários con-vidam a isso mesmo. Mas nós temos essa estratégia há bastante tempo. Quando vim para a UM, definimos como estratégia, na parte agroalimentar, fazer pontes com o exterior, que nos tem permitido duas coisas: obter reconhecimento fora da uni-versidade e captar mais fun-dos em colaboração com a indústria.

A nível mais técnico, al-gum projeto que esteja a captar a sua atenção?

Temos projetos de diferentes características. Temos um que eu acho particularmen-te interessante que arrancou há alguns anos atrás. É um projeto em que estamos a desenvolver metodologias para melhorar a eficiência da extração de petróleo. E este é um projeto industrial. Na biotecnologia alimentar te-mos projetos de extração de compostos bioativos de resí-duos agroalimentares. Uma área de trabalho fundamental porque o resíduo é olhado, cada vez mais, como matéria--prima importante para fazer produtos de valor acrescenta-do. Temos muito a “aconte-cer” nesta área - o projeto de maior referência já começou há muitos anos. Falo da va-lorização do soro de queijo, que é uma excelente fonte de proteínas. Temos agora um processo para a produção de compostos a que chamamos prébióticos com vantagens a nível do aparelho digestivo. Temos trabalhado, ainda, em novas tecnologias de proces-samento alimentar – proces-

samentos não convencionais. Temos resultados muitos interessantes com uma tec-nologia chamada “processa-mento óhmico de alimentos”. Neste caso utilizamos um campo elétrico para proces-sar o alimento. Numa primei-ra fase começamos a usar esta tecnologia para fazer pasteurização sem utilizar vapor e, agora, estamos a utilizá-la para alterar a textura dos alimentos.

Quantas pessoas traba-lham diariamente consi-go?

No meu grupo de investi-gação temos 20 doutores e cerca de 16 alunos de douto-ramento. Cada um com o seu tema.

Como chegou à biotecno-logia?

A biotecnologia, nos anos 80, era um chavão. Na altura acreditava-se que ia mudar uma série de coisas. Formei--me em Engenharia Química no Porto e, nessa altura, a disciplina “Bioengenharia” chamou-me a atenção. Quando comecei a carreira enquanto docente na Uni-versidade do Porto comecei a trabalhar nessa área. Em condições completamente diferentes das atuais e que evoluíram, naturalmente, até aos dias de hoje.

é do Porto e todos os dias vem para Braga. Esta é uma cidade onde encon-tra mais margem de pro-gressão na área?

A minha vinda para Braga foi um desafio para crescer nes-ta área. Por vários motivos, não me parece que no depar-tamento de Engenharia Quí-mica do Porto houvesse con-dições para desenvolver esta área como se desenvolveu cá. Esta era uma escola nova, estava a ser criado o Centro de Engenharia Biológica e era uma grande aposta da Uni-versidade do Minho. Foi um grande desafio que me foi co-locado (e ainda bem).

Mas o gosto pela inves-tigação tem de vir de al-gum lado…

Acredito que todas as pesso-as, naturalmente, têm gosto

pela investigação e gosto em descobrir coisas novas. Mas nos anos 80 só fazia investi-gação quem continuasse liga-do às universidades. Isso, na altura, era uma recompensa para os bons alunos. Foi qua-se natural começar a fazer investigação. E mais uma vez o digo, todos nós temos von-tade de fazer coisas novas.

São 35 anos de carreira, recheados de muitas pu-blicações e de alguns pré-mios. O mais recente foi o de Mérito Científico 2015. é importante para os in-vestigadores ver o seu trabalho reconhido?

Isso é indiscutível. Ver o nos-so trabalho reconhecido pe-los nossos pares é óptimo. Este prémio é o resultado de todo o trabalho que tem vin-do a ser feito.

Mas também partilha o prémio com os colegas.

O prémio só é possível por-que há uma equipa, uma estrutura montada. Hoje em dia fazer ciência de forma isolada não é possível, talvez em algumas áreas, mas na biotecnologia não faz senti-do. Resulta porque há uma equipa e temos a capacidade de aproveitar as valências de toda a equipa

Há outros prémios ao lon-go dos anos. Momentos marcantes, dentro e fora da Universidade. Como é que o Centro é visto fora da UM?

Fazíamos parte de um labo-ratório associado, o IBB (Ins-titute for Biotechnology and Bioengeneering), coordena-do no Instituto Superior Téc-nico. Neste último ano, por-que crescemos, decidimos autonomizar as candidaturas às unidades de investigação da FCT, o que correu muito bem. Isto mostra que o nos-so trabalho é reconhecido e somos vistos como parceiros de referência nesta área.

A componente letiva tam-bém marca o vosso dia--a-dia. A Biotecnologia continua a ser procurada pelos alunos?

Já foi mais procurada. Tem a ver com diversas questões,

as disciplinas de acesso, por exemplo. Já temos muitos mestres, porque o curso já tem 30 anos, mas há muita gente que ainda não percebe o que é a Engenharia Bioló-gica. E isso tem limitado o acesso ao curso – tivemos uma altura em que eram mui-tos os alunos que pretendiam entrar no curso. Nos últimos anos houve um decréscimo na procura desta área. Mas acredito que seja algo pontu-al. Acredito que também es-tamos a sofrer com a conjun-tura económica atual, porque sabemos que a maioria dos alunos é desta zona onde a universidade está sediada, uma região muito afetada pela crise. Esperamos que seja, então, uma situação momentânea. Até porque a formação que temos em En-genharia Biológica é muito importante – tem um leque de aplicações muito gran-de e a indústria precisa dos nossos Engenheiros Biológi-cos. Todos os nossos alunos acabam por ser reconhecidos quando entram no mercado de trabalho.

Estamos a falar de quan-tas vagas?

Neste último ano entraram 50 alunos. O curso encheu. A situação começa a inverter--se, tendo em conta os últi-mos anos.

Quais são as ambições de quem entra neste curso?

A nossa competência é for-mar profissionais para a in-dústria. Mas claro que são precisas pessoas para fazer investigação. E temos in-vestigadores com diferentes formações porque a biotec-nologia exige capacidades diversas, e é nessa “mistura” que tudo funciona.

Não se vê a trabalhar noutra área?

A Biotecnologia de hoje é muito diferente daquela que se fazia há 30 anos. A área cresceu muito mas ainda há muito mais para fazer. Há muitos desafios, todos os dias.

Está no topo da sua car-reira?

Em termos catedráticos

estou no topo da carreira. Mas, como disse, há novos desafios todos os dias. Não nos podemos acomodar. A responsabilidade é cada vez maior porque a exigência também é maior.

Continua a aceitar esses desafios com a mesma força e vontade de há 30 anos?

Claro. Continuo a adorar aquilo que faço mas, confes-so, dispensava alguma buro-cracia. (risos)

Gosta de viajar, de conhe-cer “novos mundos”.

A investigação faz-se conhe-cendo outros investigadores, outras pessoas. Viajar, em la-zer ou em trabalho, é impor-tante para ter uma visão glo-bal do mundo à nossa volta. Viajar muda a nossa maneira de estar porque abre horizon-tes e faz-nos perspetivar as coisas de maneira diferente.

Há países que o tenham marcado especialmente?

O que me preocupa, essen-cialmente, nos países onde tenho ido fora da Europa é a diferenciação de classes sociais. E isso é muito preo-cupante.

A Índia é um desses ca-sos?

Sim, claro. Mas não é o único país. O Brasil, por exemplo cresceu bastante economica-mente mas o fosso social é preocupante.

Para além das viagens, da família, há tempo para outros “prazeres da vida”?

Já houve mais tempo. Mas é preciso “desligar” durante algum tempo. Ler, ouvir mú-sica ou, simplesmente, ca-minhar, são momentos dos quais eu não prescindo.

Para terminar, alguma mensagem que queira deixar para o Centro de Engenharia Biológica?

É ótimo trabalhar cá e temos de manter os níveis de quali-dade. O prémio é meu mas é preciso lembrar que o traba-lho é de todos.

Page 5: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PÁGINA 08 // 03.MAR.15 //ACADÉMICO

miopia: atenção academia

AEPUM com imagem renovada

pedro aNdrade

[email protected]

Os estudantes universitários vêem cada vez pior. O Labo-ratório de Investigação em Optometria Clinica e Experi-mental da Universidade do Minho desenvolveu um estu-do para conhecer a prevalên-cia da miopia na população estudantil.

Os testes realizados em dois momentos, em 2002 e 2014, a cerca de 200 alunos da Es-

cola de Ciências da UM reve-laram um aumento da mio-pia de 23% para 42%.

Ao Jornal Académico (JA), Jorge Jorge, professor respon-sável do estudo, explica que “foram avaliados os alunos que entram no primeiro ano na UM. Verificámos que, des-de 2002 até 2014, houve um aumento na prevalência da miopia nesses alunos”. Um aumento que tem vindo a “verificar-se a nível mundial, principalmente nos países asiáticos”, acrescenta. Jorge Jorge garante que “em

Portugal já havia essa per-cepção mas este estudo veio confirmar que o país está a seguir a mesma tendência”. “Estamos perto de uma epi-demia”, alerta o coordenador do projeto e professor da Es-cola de Ciências.

Para o responsável do estudo é preciso “fazer um estudo epidemiológico da popula-ção portuguesa e sensibilizar os pais e educadores sobre a miopia através de campanhas de sensibilização”. Para Jorge Jorge é igualmente importan-te “dotar os clínicos com as

novas técnicas de retenção da progressão da miopia”.

25% da população mun-dial com miopia

A miopia é o problema visu-al com maior prevalência no mundo.

Calcula-se que aproxima-damente 1600 milhões de pessoas tenham miopia, o que representa cerca de ¼ da população mundial. A miopia com valores dióptricos acima de 6.00D representa um ris-co acrescido de lesões ocula-

res, podendo levar à cegueira em casos mais severos.

Hoje sabe-se que a realização prolongada de tarefas que exigem esforço visual em vi-são de perto e a falta de ati-vidades ao ar livre são dois dos principais fatores para o aparecimento e o desenvolvi-mento da miopia.

Para evitar a sua progressão, surgiram recentemente no-vas lentes de contacto, que mostram uma grande efeti-vidade em crianças e adoles-centes.

CAMPUSDR

florbela CaetaNo

f [email protected]

O novo mandado da AE-PUM arrancou com várias novidades. A nova direção, liderada por Paulo Silva, alu-no do Mestrado Integrado em Psicologia, promete estar cada vez mais próxima da Academia Minhota. Herdei-ra do Grupo de Estudantes de Psicologia da Universida-de do Minho (fundado em 1992 por uma equipa de sete estudantes de Psicologia), a

AEPUM (nome adotado em 2005) procura, atualmente, alargar a oferta formativa per-sonalizada. Nas palavras da Direção, o objetivo passa por “colmatar pequenas lacunas, indo ao encontro dos interes-ses dos estudantes de Psico-logia”. Assim, a atual equipa promete dar continuidade ao trabalho deixado pelos últimos mandatos, nomea-damente o Seminário de In-vestigação em Psicologia da Universidade do Minho (SI-PUM), que na última edição contou com estudantes de

cinco áreas de estudos e seis instituições do Ensino Supe-rior. Atividades que “conti-nuam a fazer todo o sentido hoje em dia, pelo prestígio que têm ganho interna e ex-ternamente”, acrescentam os responsáveis. Aliando tra-dição e inovação, a AEPUM está a preparar atividades desportivas, recreativas e lú-dicas, contando sempre com o apoio da Presidência e dos vários departamentos da Es-cola de Psicologia, enquan-to o contacto com todos os núcleos da Universidade do

Minho (UM) será privilegia-do. O ano de mandato ainda está longe do fim, mas fica a crença do crescimento da associação e da importância atribuída ao contributo dos alunos para a criação das atividades, até porque “toda a comunidade de Psicologia conhece a AEPUM e demons-tra respeito” pelo trabalho desenvolvido, reconhece a equipa. Para já, o novo logóti-po, site e utilização das redes sociais assumem-se como a imagem de marca para este novo mandato.

semana da euforia:

flash

fotográfico

Paulo Silva, novo presidente da AEPUM

Page 6: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PÁGINA 11 // 03.MAR.15 //ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIOinovação tecnológica na vanguarda do envelhecimento ativofraNCisCo goNçalves

[email protected]

“Em 2000, cerca de 420 mi-lhões de pessoas, ou seja, cerca de 7 por cento da po-pulação mundial, têm mais de 65 anos de idade. Em 2050, este número será de quase 1500 milhões de pes-soas, cerca de 16 por cento da população mundial”, lê-se no site oficial do AAL4ALL (www.aal4all.org), um proje-to inovador da Health Clus-ter Portugal – Associação

do Pólo de Competitividade da Saúde - uma associação privada sem fins lucrativos, que tem como objetivo pro-mover o desenvolvimento tecnológico e científico na área. “É um projeto mobili-zador (…) que envolveu mais de 30 instituições nacionais (…) de diversas áreas, quer académica, quer da indústria, quer da saúde, quer da segu-rança”, refere Miguel Sales Dias, da Microsoft Portugal e líder deste consórcio, que envolve também a Universi-dade do Minho, na sessão de divulgação de resultados da AAL4ALL (Ambient Assisted Living for All), na passada segunda-feira, 23 de feverei-

ro. O Parque da Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) foi o palco de demonstrações das várias criações de cerca de 200 en-genheiros, cientistas e inves-tigadores, que durante quatro anos trabalharam no sentido de encontrar soluções para o problema do envelhecimento ativo.Entre as principais cria-ções, destacam-se o “Smart Shoe Locator”, um protótipo de sapato com sistema de aquecimento autónomo in-tegrado que permite a locali-zação da pessoa e a definição da área de segurança através do GPS e, ainda, um sensor ambiental de deteção de di-óxido e monóxido de carbo-

no. A PT Inovação, um dos promotores da AAL4ALL, apresentou por sua vez, uma plataforma de monitorização da saúde que através de uma balança de peso com sen-sores permite saber dados biométricos (glicemia, coles-terol, tensão arterial, tempe-ratura corporal) e dados do-móticos (humidade, dióxido de carbono e temperatura da casa). Tecnologias que vão permitir “proporcionar um novo fôlego à perspetiva de viver até uma idade avançada com qualidade de vida”, ex-plica uma nota de imprensa da Health Cluster Portugal. Os vários promotores deste projeto, que “envolveu um

investimento à volta de 6,8 milhões de euros, com um cofinanciamento público a fundo perdido à volta de 4 milhões de euros”, como in-dica Miguel Sales Dias, apon-tam a internacionalização, iniciada já pela PT Inovação em Angola, e a implementa-ção, por exemplo, no Serviço Nacional de Saúde, como os principais objetivos a alcan-çar.As várias soluções estão já a ser testadas por cerca de 400 pessoas, entre idosos e cuidadores, em áreas como o Grande Porto, Aveiro, Covilhã e Évora, num país onde cerca de 19% da população, segun-do os censos de 2011, tem mais de 65 anos.

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4ª EDIÇÃO

Page 7: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PÁGINA 13 // 03.MAR.15 // ACADÉMICO

Joana Meira

UM celebra 40 anos de educação

CAMPUS

alexaNdre vale

[email protected]

Conferências, exposições e a publicação de um livro estão agendadas para comemorar as quatro décadas de existên-cia do Instituto de Educação da Universidade do Minho (IE – UM). A abertura oficial do ano co-memorativo dos 40 anos de

Educação na UM decorreu no passado dia 23 de feverei-ro.

Para assinalar a data, o IE vai organizar, ao longo de 2015, um Ciclo de Conferências que pretende reunir vários es-pecialistas da área.

José Augusto Pacheco, presi-dente do IE, garantiu ao Jor-nal Académico (JA) que estas conferências pretendem de-

bater temas diferentes dentro da própria Educação. “Temas muito diversificados que abarcam as Ciências da Edu-cação e os Estudos da Crian-ça com vários conferencistas nacionais e estrangeiros”, acrescenta.

As actividades irão arrancar oficialmente no dia 30 de março, às 18h00, com uma conferência encabeçada por António Sampaio da Nóvoa,

da Universidade de Lisboa. Para além das conferências a decorrer ao longo do ano, irão também ser feitas três exposições temáticas, a ter lugar no IE, intituladas de “Memória da Tecnologia Educativa”; “40 anos de Edu-cação na Universidade do Mi-nho”; “Olhar dos livros sobre a Educação na Universidade do Minho”.

Finalmente, para encerrar o

ciclo de comemorações, será lançado o livro “40 anos de Educação na Universidade do Minho”, que, segundo a página oficial, irá recolher “os contributos, as linhas de força e as análises daquilo que foram as últimas quatro décadas no domínio da Edu-cação, e olhar para o futuro que este domínio científico e profissional inevitavelmente propõe enquanto elemento pertencente ao agir humano”.

está a chegar mais uma edição do festival cidade berçoalexaNdre vale

[email protected]

Como é habitual por esta altura do ano, a tuna aca-démica Afonsina já está em contagem decrescente para mais uma edição do Festi-val Cidade Berço, a decorrer nos próximos dias 27 e 28 de março, em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, uma mudança ambicionada pela Tuna há já algum tempo. Segundo informação apu-rada pelo Jornal Académico (JA), o festival vai contar, pela primeira vez, com a presen-ça da Gatuna e da Tuna Uni-versitária do Minho. Dia 27

será, como é hábito, a noite de serenatas, a decorrer na Praça da Oliveira, em Gui-marães, e o dia 28 será o dia do Festival, que após vários anos de sucessivas tentati-vas, acontecerá pela primeira vez no auditório do Centro Cultural de Vila Flor, que se-gundo o Magister, Gil Cunha, é “uma grande conquista e um grande acontecimento para a Afonsina”. Os bilhetes custarão 6 euros, um euro a mais que o ano passado, mas, ainda assim, “um preço geral acessível a todos aque-les que desejem fazer parte

deste Festival”, acrescenta Gil Cunha. A Afonsina justifica o preço do bilhete com a neces-sidade de cobrir as despesas de um modo diferente, uma vez que o espaço cultural em que o festival será inserido “obriga a que as questões monetárias e logísticas sejam pensadas de um modo dis-tinto”. Não adiantando muito mais sobre a programação, Gil Cunha diz apenas que “do Festival Cidade Berço espera-se o habitual clima de celebração, que contará com muitas atividades e surpre-sas.”

Page 8: Jornal Académico - 03 de março de 2015

PREPARA O TEU FUTURO

Ofertas de emprego

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EmpreendedorismoEmpregabilidadehttp://liftoff.aaum.pt/

facebook.com/aaum.liftoff

O LIFTOFF está a organizar a 4ª edição do Seminário “O Capital da Juventude”.

O evento tem como principal objetivo debater quais os recursos e estratégias determinan-tes para o sucesso, abordar temáticas relacionadas com as potencialidades dos jovens de hoje, identificar o Capital da Juventude e perceber quem são os jovens de futuro e de que forma os sonhos e os projetos podem ser concretizados.

A atividade encerra com uma tertúlia, em contexto informal, a decorrer em Guimarães.

PROGRAMA09h45 | Receção/Acreditação

10h00 | Sessão de Abertura Carlos Videira (Presidente da AAUM)

10h30 | Painel I – “Recursos Capitais e estratégias para o Sucesso” | Campus de Gualtar- Recursos Críticos ao Sucesso- Percurso, Apoios e Escolhas- A importância da sustentabilidade dos projetos

Oradores:- Moacir Rauber (Consultor e orador motivacional) - Narciso Moreira (Diretor de Projeto da Betweien)

12h30 | Almoço

14h00 | Painel II – “Sonhos da Juventude” | Campus de Gualtar- A importância e a definição do Sonho- A auto-motivação e a persistência- Sonho vs. objetivos

Oradores: - Mateus Brandão (Escritor e Viajante)- Ricardo Peixe (Coach de Alta Performance, Trainer e Career Special-ist)- Carla Rocha (Apresentadora e produtora de rádio na RFM)

16h00 | Coffee Break

16h30 | Painel III – “Jovens de Futuro” | Campus de Gualtar- Potencialidades dos Jovens - Caminhos para um Futuro de Sucesso- Fatores distintivos da Juventude de Hoje

Oradores:- Ana Miró (Cantora Sequin)- Pedro Almendra (Fundador da Surftotal)- Inês Silva (Fundadora da Startup X)

18h30 | Jantar (livre)

21h30 | Painel IV – “Capital Semente: será o empreendedorismo para todos?” | Casa Amarela- Empreendedorismo como alternativa para triunfar no mercado de tra-balho- Incentivo ao sonho como fator de estímulo à formação empreendedora- Empreendedor por oportunidade vs. Empreendedor por Natureza

Oradores: - Rui Pinheiro (Fundador d’O Empreendedor Bracarense)- Dany Oliveira (Project Manager da PromoPlayer)

Moderador: - Daniel Silva (Diretor e Jornalista na Rádio Universitária do Minho)

Seminário “O Capital da Juventude”

> 09 MARÇO ‘15MS Excel Avançado

>> 04 MARÇO ‘15Tertúlia Negócios Sem Gravata

www.aaum.pt/gip

Gabinete-de-Inserção-Profissional-da-AAUM

> 11 MARÇO ‘15Semanário O Capital da Juventude

> 15 MARÇO ‘15Programa de Aceleração Startup Braga

Administrativo de Con-tabilidade Fluente em Francês/Espanhol | Bra-ga| M/F

- Licenciatura na área de Cont-abilidade, Economia, Adminis-tração Pública ou Gestão;- Excelentes conhecimentos de Espanhol ou Francês- Bons conhecimentos de In-glês;- Experiência em sector/depar-tamento de contabilidade entre 1 a 5 anos;- Bom domínio de ferramen-

tas informáticas do Windows, particularmente Excel;- Conhecimentos de SAP - preferencial

Programador WEB - Braga (M/F)

- Profissional Multidisciplinar, com forte capacidade autodi-data e autonomia de trabalho;- Experiência e formação na área das TIC;- Experiência com platafor-mas open source: WordPress, Joomla, Drupal, Magento;- Desenvolvimento web em

HTML5 e CSS3; JavaScript, jQuery;- Noções de estratégias SEO, E-mail Marketing, Google Ad-words, e Google Analytics;- Conhecimento das Ferra-mentas Adobe (Dreamweaver, Photoshop, Illustrator, Flash).

Professor de História e Geografia - Guimarães - (M/F) - Centro de Estudos em Gui-marães, necessita de profes-sor de Historia e Geografia desde o básico ao secundário em regime de parte time

(sábado).- Dá- se preferência a professo-res residentes no concelho de Guimarães ou arredores.

Progamador - Guimarães - (M/F)

- Recém-licenciado ou ainda a frequentar o curso de Engen-haria Informática ou equiva-lente;- Experiência em programação C# e FrameWork.net;- Part-Time flexível, de 16 ou 24 horas por semana, com possi-bilidade de trabalhar em casa.

GIP nos campiNo arranque deste semestre o Gabinete de Inserção Pro-fissional (GIP) da AAUM lança a iniciativa GIP nos Campi.

Esta iniciativa tem como ob-jetivo fomentar uma maior proximidade com os estu-dantes e, para isso, a partir do dia 3 de Março a Técnica do GIP estará na universida-de para te ajudar.

O GIP presta um serviço gratuito de apoio personali-zado a estudantes, licencia-dos e outros utentes, na (re) inserção profissional.

Este será um espaço desti-nado ao atendimento indi-vidualizado onde poderás tirar todas as dúvidas relati-vamente a questões de em-

prego, estágios, formações, CV’s, entrevistas e cartas de apresentação. Poderás ain-da esclarecer todas as tuas questões relacionadas com a inserção no mercado de tra-balho e com as técnicas de procura ativa de emprego.

O atendimento será fei-to nas Pirâmides, junto ao Liftoff, no Campus de Gualtar, todas as terças--feiras entre as 14h30 e as 18h00.

O atendimento em Guima-rães será disponibilizado mediante a tua solicitação. Este apoio é totalmente GRATUITO. Aparece!

Para qualquer esclareci-mento adicional envia um e-mail para [email protected].

“Sou Mais” - Programa Nacional de Microcrédito

Emprego Jovem Ativo

O “ Sou Mais” - Programa Nacional de Microcrédito é um programa estabelecido por Acordo de Cooperação entre o IEFP e a CASES, que tem por objetivo facili-tar o acesso ao crédito atra-vés de um financiamento de pequeno montante, des-tinado a apoiar a concretiza-ção de projetos, cujo limite máximo de investimento e de financiamento é de 20.000€. Para responder à operacionalização do apoio informativo e orientação

Desenvolvimento de experi-ências práticas em contexto de trabalho por equipas de jovens, compostas por 2 ou 3 jovens desfavorecidos do ponto de vista das qualifica-ções e da empregabilidade e 1 jovem qualificado, tendo em vista melhorar as suas condições de integração so-cioprofissional.

Os Destinatários são:

Jovens com idade entre os 18 e os 29 anos, inclusive,

técnica a Atlas Cooperativa Cultural, entidade que in-tegra a Rede Animar, tem, disponíveis em Braga, Téc-nicos de Apoio Local para o Programa “ Sou Mais”. Todo o apoio é confidencial e gratuito. A próxima sessão informativa realiza-se no próximo dia 6 de março de 2015, das 15h00 às 16h30, na delegação de Braga da Atlas.Tel.: 253 273 165 / 960 459 932 Email: [email protected]

inscritos como desemprega-dos no IEFP, e que se encon-trem numa das seguintes situações:

Não possuam a escolaridade obrigatória e se encontrem em particular situação de desfavorecimento face ao mercado de trabalho, nome-adamente porque abando-naram a escola ou não con-cluíram o 3º ciclo do ensino básicoDetentores de uma quali-ficação de nível 6 ou supe-

rior do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), ou seja, detentores, no míni-mo, de licenciatura.

Mais informações em www.iefp.pt

INFORMAÇÕES:

- Evento aberto à comunidade em geral- A participação é GRATUITA mediante inscrição.- É permitida a inscrição por Painel.- Será disponibilizado transporte entre o Campus de Gualtar e o Campus de Azurém para os painéis em horário laboral.- Serão entregues certificados de participação.- Os alunos da Escola de Economia e Gestão beneficiam de 0.5 ECTS (European Credit Transfer and Accumulation) pela participação em pelo menos dois painéis.

Sabe mais em liftoff.aaum.pt

4ª EDIÇÃO

Page 9: Jornal Académico - 03 de março de 2015

RUM BOxTOP RUM - 8/ 201527 FEV

1 - ALL WE ARE - Keep me alive

2 - JUNGLE - Time

3 - DJANGO DJANGO - First light

4 - JOSÉ GONZÁLEZ - Leaf off the cave

5 - ISAURA - Useless

6 - BAXTER DURY - Palm trees

7 - ALT-J - Hunger of the pine

8 - B FACHADA - Já o tempo se habitua

BRAGA

MÚSICA

“UM ao Molhe”Tren Go Soundsystem + O Manipulador+ Daily Misconceptions06 de março – 22h00Juno Café

Mísia06 de março - 21h30Theatro Circo

Adriana Calcanhoto07 de março - 21h30Theatro Circo

TEATRO

“Um Picasso”Companhia de Teatro de Braga03, 04 e 05 de março - 15h00 (dias 04 e 05) e 21h30Theatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA

Throes + The Shine07 de março – 24h00CCVF

FAMALICÃO

TEATRO

“Trago-te na pele”06 e 07 de março – 21h30Casa das Artes

ARCOS DE VALDEVEZ

MÚSICA

Capicua06 de março – 23h00Casa das Artes

AGENDA CULTURAL

CD RUM

NUNo di rosso

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LEITURA EM DIARomare “Projections”

9 - XINOBI - Mom and dad

10 - CHET FAKER - Talk is cheap

11 - ST VINCENT - Bad believer

12 - TRASH KIT - Medicine

13 - PORTICO - 101 (feat. Joe Newman)

14 - BATIDA - Pobre e rico

15 - ARIEL PINK - Put your number in my phone

16 - WOODEN SHJIPS - Back to land

17 - LO-FANG - Light year

18 - CARIBOU - Our love

19 - HOLY NOTHING - Cumbia

20 - HOT CHIP - Huarache lights

Simone ou Ray Charles, até outros bem mais obscuros. Tudo isto suportado por muito corte e costura, de primor inigualável.

O álbum de estreia de Ro-mare, editado pela Ninja Tune, é uma sentida ode à música negra. O jovem produtor britânico, uma

02/03 - xerazade - Manue-la Gonzaga(ed.Bertrand) ; Uma paródia literária, sim da teoria, à volta das narrativas complexas e em aberto das Mil e Uma Noites. Xerazade cria e recria um pungente, delicado e poético hino ao Amor.

03/03 - O Homem do Puzzle - Fausta Cardoso Pereira(ed.Planeta) ; A estreia, é o seu primeiro trabalho li-terário, de uma autora a ter muito em conta; a banaliza-ção da vida, o descartar dos trabalhadores excedentários, e a ganância da nova econo-mia e dos fundos financeiros.

04/03 - A Casa das Ro-sas - Andréa Zamorano(ed.Quetzal) ; Vivendo em Por-tugal, esta brasileira faz a sua estreia no romance sobre os anos conturbados do fim da ditadura militar e o processo das Diretas que fez chegar a democracia ao grande país da América do Sul; no en-tanto, é uma ficção sobre a

das certezas do panorama electrónico internacional, leva-nos numa visita guia-da às suas referências, que vão dos mais óbvios Nina

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt

Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

neurose, corrupção moral e familiar. Uma boa surpresa.

05/03 - O Homem do Pu-zzle - Almeida Faria(ed.Assí-rio e Alvim) ; É uma oportuna reedição da obra de um dos mais importantes e maiores escritores portugueses do séc.XX.

06/03 - Hereges - Leonar-do Padura(ed.Porto Editora) ; Uma tela perdida de Rem-brandt, grande pintor holan-dês do séc.XVII, na posse da família Kaminsky, possibilita ao grande escritor cubano uma reflexão poderosa so-bre a intolerância política e religiosa, a liberdade, a arte e, claro está, temos Mario Conde para deslindar toda a trama.

PÁGINA 16 // 03.MAR.15 // ACADÉMICO

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a AIESEC está a recrutar

UM vai debater o “capital da juventude”

CAMPUS

Norberto valeNte

[email protected]

Se te queres juntar à maior organização mundial de jo-vens, tens até ao próximo dia 12 de março para o fazer. Para isso, basta ires ao site – www.aiesec.pt – ou à página de facebook da AIESEC Mi-nho, onde encontrarás todas as informações que precisas para que te consigas inscre-ver. Tal como esclareceu ao Jornal Académico (JA) Ana Rita Oliveira, presidente da

aNa rita magalhães

[email protected]

“A pensar nos jovens e para os jovens”, é desta forma que o Liftoff apresenta a 4ª edição do seminário “O Ca-pital da Juventude”. A inicia-tiva decorre no próximo dia 11 março, entre as 10h00 e

AIESEC Minho, a AIESEC é uma organização que “foi criada por um grupo de jo-vens em 1948, no contexto da segunda guerra mundial, com o objetivo de alcançar a paz e desenvolver o potencial humano”. Regem-se essen-cialmente por seis valores: ativar a liderança, demons-trar integridade, viver a diver-sidade, desfrutar a participa-ção, ambicionar a excelência e agir de forma sustentável. Ana Rita defende que aquilo que diferencia a AIESEC das

restantes organizações é, acima de tudo, “o propósito de promover a paz e desen-volver o potencial humano através das experiências de estágios internacionais”, pro-movendo, assim, a liderança nos jovens. A presidente da organização acrescenta ain-da que cada pessoa que faz parte da AIESEC “desenvol-ve outras competências que não se praticam tanto du-rante o percurso académico, até mesmo a nível pessoal”, altura em que várias pesso-

as percebem melhor aquilo que realmente querem fazer do futuro. Assim, a organiza-ção prepara também os seus membros para o mercado de trabalho. A AIESEC tem apre-sentado algumas propostas à Câmara Municipal de Braga e tem também trabalhado com algumas escolas do distrito, bem como com a Santa Casa da Misericórdia de Braga e de Vila Verde, desenvolvendo projetos no âmbito da res-ponsabilidade social. Quando questionada sobre a possibili-

dade de os alunos minhotos estarem prontos para as-sumir um papel de lideran-ça, Ana Rita confessou que “ainda há alguma resistência por parte dos universitários”, justificando isso com o facto de achar “que às vezes é difí-cil para as pessoas que estão de fora compreenderem bem aquilo que a AIESEC faz”. Ana Rita deixa um conselho aos alunos: “não tenham tanto re-ceio de procurar esse conhe-cimento e a não se fechem tanto no curso”.

as 18h30, no Auditório B1 do CPII, em Gualtar, Braga e em Guimarães, pelas 21h30, na casa Amarela. Joana Barbosa, responsável pela organiza-ção, salienta que se trata de um evento no qual se preten-de “debater quais os recursos e estratégias determinantes para o sucesso, abordar te-máticas relacionadas com as

potencialidades dos jovens de hoje, identificar o Capi-tal da Juventude e perceber quem são os jovens do futuro e de que forma os sonhos e os projetos podem ser con-cretizados”. Pela primeira vez o evento decorre em duas cidades simultaneamente. Apesar do local “central” continuar a ser Braga, a or-

ganização assegura “o trans-porte aos estudantes de cur-sos lecionados no Campus de Azurém”, tentando ainda “aproximar a atividade a um novo público, daí a inclusão de um novo painel a decorrer em horário pós-laboral em Guimarães”, refere a técnica do Gabinete Empreendedor da Associação Académica da

Universidade do Minho. O seminário conta com “um le-que diversificado de oradores vindos de diferentes áreas e com atividades profissionais distintas”. O “Capital da Ju-ventude” pretende, assim, “uma maior identificação e sentimento de proximidade entre participantes e painéis”, conclui Joana Barbosa.

DR

Page 10: Jornal Académico - 03 de março de 2015

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BITS & BITES

DR

PUB.

O último lançamento de um dos videojogos de maior su-cesso da Rockstar já está dis-ponível para as consolas, mas a versão para computador tei-ma em não chegar. Segundo as últimas informações, o lan-çamento oficial para PC será a 14 de abril.

Como normalmente acontece, as versões para PC chegam um pouco depois, mas a ver-dade é que os fãs começam a ficar impacientes depois dos sucessivos adiamentos.

Como compensação por estes atrasos, a Rockstar já garantiu que todos os jogadores que fizeram a pré-reserva do jogo vão receber, automaticamen-te, 200.000 dólares no arran-que do storyplay. Resta espe-rar pelo dia 14 de abril.Contamos convosco Rockstar.

pedro aNdrade

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Até sempre Pirate Bay

Depois de no início do mês de fevereiro ter sido acionada uma providência cautelar no Tribunal da Propriedade Inte-lectual para bloquear o acesso ao Pirate Bay, o certo é que o tribunal já ordenou aos ope-radores de telecomunicações para bloquearem o acesso ao mais famoso site de tor-rents (extensão de arquivos utilizados por um protocolo de transferência do tipo P2P - peer to peer). Os operadores estão, assim, obrigados a bloquear 30 domí-nios relacionados com o Pirate Bay até ao final deste mês de março. Caso o prazo não seja cumprido, será aplicada uma multa que rondará aos 2500€ por cada dia em que o prazo seja ultrapasado. É então o adeus ao Pirate Bay. Mas até quando?

GTA V para PC adiado mais uma vez

Photomath: o terror dos professores de matemáti-ca

Equações resolvidas em se-gundos e sem complicações? Parece mentira mas é tudo verdade. Sim, é possível e está à distância de uma app móvel. Aliando o poder computacio-nal dos dispositivos móveis à

inteligência do PhotoMath, é possível resolver uma equação em poucos se-

gundos. Para isso basta tirar uma foto-grafia à equação que o Photo-Math faz o resto. Além do resultado, a app mostra todos os passos ne-cessários para a resolução

da equação, ajudando assim os utilizadores a perceberem como se chegou ao valor final em apenas alguns segundos. Na versão para Android, a Mi-croBlink (empresa que criou o PhotoMath) referiu que im-plementou um conjunto de novas melhorias e funcionali-dades das quais se destacam a possibilidade de resolver equações de segundo grau, inequações e equações de va-lores absolutos. Segundo informações da em-presa, esta app ja foi descarre-gada 11 milhões de vezes por utilizadores do iOS e Windows Phone, tendo sido resolvidas mais de 8 milhões de equa-ções. O PhotoMath está atualmente disponível para o Android 4.1 ou superior, iOS e Windows Phone. A matemática nunca pareceu tão fácil.

DR

CULTURA

daNiel silva

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Depois do que consideram ter sido uma primeira edição marcada pelo sucesso, está de regresso o Festival da Gui-tarra à cidade de Braga para a sua segunda edição. 6 espe-táculos em espaços distintos marcam a edição deste ano que quer continuar a apostar na componente formativa. Lídia Dias, vereadora da cul-tura na Câmara Municipal de Braga destaca que este é, acima de tudo, um festival pensado para a cidade, ain-da para mais depois da boa experiência do ano passado. “Não é um festival exclusivo para a Conservatória Calous-te Gulbenkian, é um festival para toda a cidade. No ano passado tivemos cinco con-certos e sempre com casa cheia”, destacou a vereadora. O diretor do festival de Gui-

tarra de Braga, Vitor Ganda-rela, destacou a exclusividade que está patente na lógica de programação deste certame até porque este é um festival “que vale pela qualidade dos músicos. Não é apenas mais um festival. O conceito é não ter só boa música... É ter boa música em bons espaços”. Este ano há um concerto que se aguarda com alguma expectativa, o espetáculo “3 guitarras / 2 obras / 2 intér-pretes / Várias opiniões” que irá acontecer no dia 7 de mar-ço na Igreja da Conceição no Instituto Monsenhor Airosa.Vitor Gandarela sublinhou igualmente que “o objetivo fi-nal é conseguir que as pesso-as incluam a música nos seus rituais diários. Isso para mim é fundamental”, rematou o responsável. O Festival de Guitarra de Bra-ga acontece até 29 de março com a promessa de se afir-mar na agenda cultural da cidade bracarense.

festival de guitarra quer afirmar-se na agenda cultural bracarense

alexaNdra Campos

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A 7 de março, a partir das 17h30, a Casa da Cultura da Trofa receberá a exposição “Cidades que contam Histórias” da artista plástica Ana Oliveira. Uma ideia que parte da criação de persona-gens e cidades imaginárias que se cruzam com as ex-periências da autora da ex-posição. Inspirada na obra literária que a marcou no secundário – “As cidades invisíveis” de Ítalo Calvino -,

Ana Oliveira também criou as suas cidades, caracteri-zando o desafio como sendo “um exercício mental”. As cidades retratadas na obra de Ítalo Calvino têm um caráter utópico, o mesmo que é retratado nas ilustra-ções a aguarela sobre cinco camadas de papel da artista. O trabalho está a ser desen-volvido “há um mês, parece muito tempo mas não é”, afirma Ana Oliveira. A ex-posição será montada na Casa da Cultura no próximo dia 4 de março e conta com 7 peças da artista, sendo a 8ª a maior deste conjunto

- “é o culminar de todas as cidades”, conta ao Jornal Académico (JA). Após a ex-posição na Trofa, que estará patente até ao dia 28 de mar-ço, a artista conta expôr as suas peças noutras cidades caso estas não sejam ven-didas. Ana Oliveira pretende continuar com os seus pro-jetos pessoais, respondendo às encomendas que lhe são solicitadas, principalmente de retratos. A artista tem ai-nda a perspetiva de colabo-rar com um copy writer na criação de um cartoon, onde o seu trabalho passará pela “criação das personagens”.

há “cidades que contam histórias”

DR

DR

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