jornal porto académico (fap) #05 (26abril2001)

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PRECISA-SE Federação Académíca do Porto (F.A.P.) procura POSSíVEL CANDIDATO A PRIMEIRO-MINISTRO - efectiva paixão pela educação - conhecimento real do País - capacidade de representação teatral Contactar F.A.P. 226076370 para audições

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POSSíVEL CANDIDATO APRIMEIRO-MINISTRO Federação Académíca do Porto (F.A.P.) procura -efectiva paixão pela educação -conhecimento real do País -capacidade de representação teatral Contactar F.A.P. 226076370 para audições

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Page 1: Jornal Porto Académico (FAP) #05 (26abril2001)

PRECISA-SEFederação Académíca do Porto (F.A.P.)

procura

POSSíVEL CANDIDATOA PRIMEIRO-MINISTRO

- efectiva paixão pela educação- conhecimento real do País- capacidade de representação teatral

Contactar F.A.P. 226076370 para audições

Page 2: Jornal Porto Académico (FAP) #05 (26abril2001)

. ~JÁ QueiMA Quinta-feira I 26 de Abril de 2001

tradição já não é oque era! ... destemodo se poderiatraduzir o defrau-dar de algumas dasesperanças daque-

les para quem "aficcion" da Garraiadaainda continua a constituir o melhorrodapé da Queima das Fitas, Por con-seguinte, para admirar touros duran-te o período da Queima das Fitas des-te ano, restam apenas duas soluçõespossíveis: ou recorrer ao vídeo ofi-cial da Queima das Fitas do ano pas-sado, ou em alternativa consultar ocalendário da Festa Brava dísponí-vel para idêntico período ao da rea-lização da grande festa estudantil daInvicta.

Discutível ou 1100, CCltO é que faceàs determinações do Edital emana-do a 13 de Março, pelo Ministério daAgricultura. do DesenvolvimentoRural e das Pescas, em proibir a rea-lização de espectáculos taurornãqui-cos no âmbito das medidas de ex.c~p-çâo tomadas como salvaguarda doPaís face à febre aftosa, a possibili-dade de realização da programadaGarraiad. ficou irremediavelmentégorada. O referido Edita!, chegou àredacçiindo "PonoAcadémico" em

'lpêndice ti um ottcio da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, ins-tância de quem depende a autoriza-ção para a realização de espectãcuíosdesta natureza. Nem mesmo o levan-tamento desta medida de prevenção,que se veio a verificar no dia 9 deAbril. permitiu a atempada negocia-ção e organização daquele eventoacadémico-tauromáquico.

A Direcção-Gemi de Veterinária,organismo afecto ao Ministério daAgricultura, a quem impendeu a res-ponsabilidade da proibição de reali-zação de touradas, procedeu em con-formidade com uma política deprotecção e prevenção contra a febreaftosa, No respeito pelas medidastomadas, a Federação Académica do

Porto face às dificuldades de cum-primento dos compromissos de calen-darização de tal iniciativa, decidiuassumir a decisão mais indicada parao efeito, ou seja suspender a realiza-ção da Garraiada.

TENDÊNCIASDE REALIZAÇÃO VARIAMCOMAS GEOGRAFIASACADÉMICAS

O panorama a nível nacional éneste domínio, e face às consultasrealizadas pelo Porto Académico jun-to de algumas Academias, de ten-dência variável. AAcademia Minho-ta. sediada em Braga, tem por tradiçãolevar a efeito a Garraiada na Praçade Touros de Viana do Castelo. Esteano não vai constituir excepção e amesma vai realizar-se no âmbito dofestejado final de festa do "EnterrodaGata",a 18 de Maio. Em VúaReaI,a UTAD -Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vai afinar pelomesmo diapasão da Federação Aca-démica do Porto, ou seja não vai rea-lizar Garraiada. Na Covilhã, os res-ponsáveis universitários substituirarnassumidamente a febre aftosa pela"brucelose" ... doença <.loBruce Lee!Porconseguinre. quem vai estar pre-sente é o responsável por este con-tágio e dá pelo singular nome de ZéCabra. De resto, pode dizer-se quepara apanhar a "dita cabra" não serádifícil, uma vez que parafraseando O

tema do Conjunto Antonio Mafra:"Abre o pipo Ó Beatriz, que eu que·ro ficar feliz!", pasmem com o cali-bre desta "pós-graduação": pois sãosó 500 litros de vinho que estão dís-poni veis! Tudo isto se vai passar nodia 2 de Maio.

Em jeito de rodapé, bem mais asul. em Évora, a Semana Acadêmi-ca, que decorre de 27 de Maio a 3 deJunho, também vai incluir Garraia-da no programa.

JOÃO FERNANDO AREZES

Dança, chá 11 tradiçãoA tradição, em alguns casos, conti-

nua a ser o que era. Ou talvez não. Ocerto é que o Baile de Gala deste anovai ter direito a tudo o que é da praxe:Porto d'bonra.jantar. espectáculo, bai-le - claro! - e ceia. Os anfitriões resi-dem no Casino da Póvoa e estarão lápara receber os mais de duzentos fina-listas que, no dia Jl de Maio, vestidosa rigor. dançarão e jantarão por 8 500escudos.

Mas as danças não se ficam por ai.No dia seguinte é por os pés de molhoporque às 17 horas o bailarico é outroe por 7 mil escudos. Com chá. O localainda está por definir, mas ainda assimpodemos adiantar no Chá Dançante,depois do lanche há valsa. depois davalsa há jantar e depois ...

GanharJ11!lJtllS s@re !'1!~.~1i

Os estudantes vão «invadir» as ruasdoPOItO ncdia 7 de Maio. Mofos e canos cir-cularão cumprindo tarefas. respoadendo aperguntas e dando nas vistas para mostrarque a Academia sabe aproveitar um dial?Wª conviver.

Tr.u,,'Sedo Rally-paperque espera umaadesão de cerca de 20 carros e motos. Opercurso escolhido não poderia ser maisvasto: a partida é do Planetário seguindopelas ruasda cidade, passarsío pela.Senho-rada Hora e com fim marcado na praia deMatosinhos. Pelo caminho os participan-jtes encontrarão sete postos de controlo. OsprémiossãopéCt1niári~seDdoqu",ovalor .atribufdQ aos primeiros classificados é de ·170 mil escudos, para os segundos 50 milescudos e para os terceiros 30 mil escudos. jPara concorrer basta ter veíCulode qU3UQ )

ou duas rodas ~ pagar dois mil e quínhen- •tQS escudos mínimos.

Q Fe~.tivalln\ernacional de TúnasAoadémícas (FITA') tem jograis paraanunciar QS tuncs que desfilarão pelopalco do Teatro Sá da Bandeira. São elesa Tuna Feminina do Orfeão do Perto,Tuna Uni versitária da Põrtucalense, 'lunaUnlvershãría da Católica, 'Iuna Univer-sitéria da.Faculdade de Engenharia, TunaUnivêrsitãria da Faculdade de Meéici-na, Uma Universitária da Faculdade deEconomia TOdas de Porto. E: ainda ... aTuna Académiea do ISCAP, Tuna Aca-démica do ISEP. E pronto já está!

O apoio médico está garantido naQueima das Fitas todos os anos. Estaedição contará com duas ambulânciaspermanentes devidamente equipadasparn acorrer aos utentes, Uma tenda esta-lá a funcionar nas 22h30 às sete da manhâe 'prestará apoio a lodos quamos circu-lam no Queimúdromo seja em di versãoseja para qut!m trabalha. Depois dessehorário os doentes mais graves que per-sistem no local serão encaminhados parao hospital Pedro Hispano.

Um carro de apoio percorrerá per-manentemente todo o espaço pronto aacorrer a qualquer situação. Todos asnoites contarão com a presença e o tra-balho de um médico, dois enfermeirose oito alunos de enfermagem sendo queesse número poderá vir a ser reforçadosempre que seja necessário.

'Iodos-os meios de comunicaçãosocial que cobrirão o evento terão à dis-posição uma estrutura para trabalharem.Computadores, fax, Internet, impresso-me arquivo de imagem são alguns dosequipamentos previsto para esta Quei-ma. Ainda um espaço de convívio oodepoderão estabelecer contacto com asbandas que actuarão cada noite.

A lccallzação destes espaços estápensada para perto do palco permitiu-do assím uma melhor visualização dosconcertos. Existirão técnicos de comu-nicação a prestar apoio aos jornalistascredencíados.

. Normalmente acorrem à Queima dásFitas do Porto centenas de jornalistas.

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Quinta-feira I 26 de Abril de 2001

h i_I ,utilizada 811final, temos razão!Mas ainda subsis-tiam dúvidas de queesta paixão pelaEducação, do actual

xecutivo, simbo-lizada de forma i..magética pelo "cora-ção", não passava de um "entartedissimulado"?'

Enrre os "agentes de opinião" quesempre consideram ter um "bitaite"sobre as múltiplas questões que deman-dam a nossa realidade, nas diversasdimensões políticas. sociais, eco-nómicas, culturais, religiosas, des-porti vas etc, há agora um manancialde matéria propicía a debate de ruae de imprensa, que se traduz na afe-rição da legitimidade das contesta-ções levadas a efeito pelos estudan- -tes do Ensino Superior. Nalguns casos,os ditos "agentes de opinião" de tipo-logia variável ousaram acusaras pug-nas estudantis de moda institucio-nalizada, as manifestações junto àAssembleia da República eram vis-tas como subvencionadas excursõesde borhstas e borguistas. Eis comoum trabalho aturado de avaliação,desenvolvido ao longo de sete anospda Fundação das U"i versidadesPortuguesas, tendo em conta maisde 300 cursos públicos, denuncia aexistência de constrangimentos finan-ceiros e ao que se sabe "O dinheiroque têm para funcionar vai quasetodo para pagar a pessoal".

Pairam agora as certezas inequí-vocas da legitimidade dai) contesta-ções, em manchetes do género: "Uni-versidades sofrem de falta definanciamento" ou h Avaliação aoEnsino Superior dá razão a críticasde Reitores e estudantes" que os jor-nais dão à estampa.

abrir": na dimensão festiva que vaisubstituir o luto estudantil que temvindo a ser o apanágio de todas asformas de manifestação. Por isso,a tónica de politização da Queimavai aparecer de uma forma acen-tuada: nos intervalos entre os con-certos das Noites "QQ" - Quemesda Queima", através de discursosalusivos à continua ausência deuma Política de Educação. A quese vai adicionar um plano de ges-tão de imagem posto em práticaquer nos materiais a utilizar duran-te o evento, com especial- incidên-

cores dominantes vão aliar-se asfaixas reivindicativas que estarãobem visíveis ao longo do percur-so, bem como as vozes que emuníssono farão "urna verdadeiracantara' ao Primeiro-Ministro eMinistro da Educação.

O inicío da "marcha lema" aca-dérnica terá lugar por volta das 14horas, existindo ainda por confir-mar como hipóteses às saídas jun-to à Igreja da Lapa ou na Rua Joãodas Regras, descendo até à Praçada República, com entrada pelaRua de Camões, desce, dá a voltaà Avenida dos Aliados e sobe paraapreciação das individualidades e

cia no merchandising: autocolan-tes, t-shirts, isqueiros, canetas, bonés,guarda-chuvas.lenços, entre outros,quer nos suportes administrativose instítucionais como são os casosdo papel de carta, os comunicados,envelopes ou carimbos e mesmonos cartazes, nos quais vai apare-cer associado ao logotipo da Fede-ração Acadérnica do Porto, O 510-gan "Por uma Prioridade naEducação".

O referido slogan estará presentenas diferentes actividades a desen-volver na edição da Queima deste

entidades. Tem o "terminus" defi-nido para a pequena praça que sesitua entre as traseiras da CâmaraMunicipal e Igreja da Trindade.

ESTE CORTEJO TEM DOT(E)A Federação Acudémica do Por-

to vai levar a efeito um concursoao qual podem concorrer todos oscursos que participem no cortejo,cujo propósito será avaliar os car-ros alegóricos em termos de qua-lidade de mensagens que versema política educativa ou a ausênciada mesma. Aos concorrentes quedemonstrarem melhores desem-penhos, quer em termos de quali-

ano, através de faixas que serão, observáveis no Queimódromo, bemicomo no Coliseu do Porto.

O cortejo também será objectode uma "obra de faixada", O mes-mo é dizer que ao longo do trajec-to, os cerca de 50 carros alegóricosvão constituir a matéria viva de umafesta contestatãria e irreverentecomo se vai poder ver pela sátirapolítica ostentada precisamente atra-vés das faixas. Aliás, este ano, faceaos constrangimentos provocadospelas obras de requalificação dabaixa, no âmbito do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, o Cor-tejo vai percorrer artérias alterna-I ivas e portanto não cumprirá o tra-.ecto dos últimos anos.

CANDIDATOS A PRIMEIRO--MINISTRO EM AUDiÇÕES

Após a publicação de um anun-cio, em pleno Domingo de Páscoa,em quatro jornais diários de gran-de tiragem, cuja motivação era "res-suscitar" um Primeiro-Ministro pos··suidor de efectiva paixão pelaeducação, com conhecimento realdo País e capacidade de represen-tação teatral, os "pardais tecnoló-gícos", vulgo telefones e telemó-veis, jamais tiveram a coragem decessar no edificio sede da FAP, aoCampo Alegre.

E foi precisamente neste local,que "o sínodo" da Direcção daque-le Organismo Federativo, reunidodesde as 14 horas de Quarta-feira,25 de Abril, depois de Uma estoícaresistência às performances dos can-didatos, e após a emissão do tradi-cional "fumo branco" (ou pelomenos, bastante menos escuro daque-le que resulta das emissões para aatmosfera feitas pela Inceneradorado Hospital de S. João), pelas seteda tarde, anunciou através do seumais legítimo porta-voz, D. HugoNeto, o "Habemos Papa", perdão"já temos Primeiro"!

JOÃO FERNANDO AREZES

L__Clrttio lada r1D8~rQ

Editorial

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NO CORTEJO TAMBÉM"NÃO PARAMOS"

Face a esta motivação extra e àestratégia renovada do "não para-mos", como palavra de ordem, esti-ma-se uma toada de Queima dasFitas bem ao jeito do "sempre a

dade das mensagens, quer em ter-mos de índice qualitati vo de con-téudo político que o próprio carropersonifique, serão atribuídos pre-mias pecuniários: de 300 contospara o melhor, o segundo cíassifi-cado ganha 200 mil escudos e oultimo lugar com direito ao pódiotem direito a 100 notas de conto.

De entre as novidades, salien-ta-se o facto de cada instituiçãoapenas ter direito a um carro, istopara além de outras inovações comoé caso dos cartolados vão "corte-jar" à frente dos carros.

JOÃO FERNANDO AREZES

"Da Queima dos coposà Queima solidária"Aproximamo-nos rapidamen-

te da Queima das Fitas do Portode 2001.

Este evento, àpós já se Lerafir-mado como um dos mais significa-tivos da Cidade do porto e como amaior semana Acadérnica do país,vai procurar este ano, afirmar-secomo a Queima mais politízada desempre.

O objectivo é evidente, utilizartodaa mediarização da Queima parafazer passar uma mensagem.

A necessidade de uma maioraposta na Educação, não só na bus-ca de soluções para os problemasconcretos que os estudantes sentem,mas sobretudo numa aposta válidana Educação, como forma de recu-peração dos problemas estruturaise do atraso que o País sofre.

Assim as actividades da sema-na da Queima das Fitas, procurarãoaterrar a sociedade para os proble-mas da Educação em Portugal.

Muita; se questionarão, sea Quei-ma das fitas será o veículo adequa-do, em virtude da imagem negativaque lhe está associada.

Oquceuquestíoõoé se essa ima-gem reflete a realidade da Queimadas Fitas, ou não é mais do que umaimagem ventilada por quem nãosuporta ver um evento desta. dimen-são e que movimenta esta quanti-dade de dinheiro, organizada porestudantes e para estudantes.

Há também aqueles a quem nãoagrada o uso desse dinheiro, porquecom os lucros, a FAP substitui-se aoEstado na organização deActivida-

.des Desportivas e Culturais, bemcomo na denuncia pública por pro-blemas na Educação.

E quem continua com aquelaimagem de I' Festa de bêbados u,

pode fazer o paralelo entre a ima-gem da Queima das fitas transmiti-da por alguns "rnedia't..e os festi-vais de verão que parecem passarangelicamente pela; mesmos "media",sem qualquer tipo de excessos, esem que estes noticiem as quanti-dades de alcool ou de outras" subs-tâncias ,. que neles se consomem.

E é este tipo de interesses quefaz com que o maior festival de músi-ca da Cidade do Porto não cresça!

É inegável que existem exces-sos, mas a imagem de •• Festa debêbados" serve apenas os iuteres-ses de quem se sente atingido nobolso, pela Queima das fitas!

Parece conveniente para algunsignorar que as noites da Queima ape-nas parte da Semana Acadêmica.

A Queima também é cultura!Existem exposições de arte, con-

(:eI105 de Jazz e de música Clássi-ca, um resrival de cinema e um outrode runas Acadêmicas.

A Queima também é solidarie-dade!

Os estudantes fazem recolhasde donativos no dia da Benefi-ciência, para doar a uma Institui-ção de caridade. Isto é a Queima,a semana em que os estudantes semostram à Cidade ...

GILALMEIDA

Cortejo Acadérni-co é, por excelên-cia, O momento altoda Queima dasFitas do Porto, sen-do um símbolo de

comunhão dos estudantes com acidade, no seu maior esplendor.

Este ano, com um trajecto qlla~se totalmente modificado, as coresmovediças dos cursos vão animaroutras ruas do burgo portuense.Numa empatia generalizada coma população, os viandantes rece-bem numerosas ofertas primave-ris. ramos de flores de mães e paisorgulhosos. Mas ao espectro de

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Quinta·fejra t 26 de Abril de 2001

m entrevista aoPorto Acadérnico,Hugo Neto fala deEducação, massobretudo da Quei-ma das Fitas e do

que custa a concretizá-Ia. Reve-la as novidades que se farão sen-rir no espaço tia antiga Feira Popu-lar e conta algumas peripécias deanos anteriores.

Foi um dos principais prota-gonistas da onda de contestaçãoque O país sentiu, altura em que,tal como o diário Público nuti-ciou, fez um empolgante discur-so e revelou um sonho, «o sonhode um pais pequeno com um for-re atraso estrutural e que não apos-tava na Educação para recuperaresse atraso, mas nesse sonho,dezenas, centenas de estudantessaiam à rua e lutavam por um paísnovo». Quis «alertar esse país»para os problemas e é O mentorda uma "ameaça" que surpreen-deu a opinião publica: criar o Par-rido da Educação. É ele tambémque anda à procura de um possí-vcl candidato a primeiro minis-tro e os anúncios nos jornais nãodeixaram ninguém indiferente.

Hugo Neto, presidente da FAP,passa horas de um lado paraO outro a falar ao telernóvel,em reuniões, em AssembleiasGerais para que os estudantes doPorto tenham voz audível e asse-gurada nos ouvidos da socieda-de portuguesa. Para acordá-la.nem que seja aos berras em fren-te ao Governo Civil. como o feza 28 de Março.

te do Ministério da Educação queparece visar apenas iludir a opi-nião pública. Estamos tambémcansados de uma sociedade por-ruguesa adormecida e pouco exi-gente. Queremos acordá-la e aler-tar toda a comunidade políticapara o facto de esrar a pacruarcom um governo que não tem umaaposta efectiva numa área tão fun-damental como a educação.

PA . Esta Queima será pal-co para mais coutestação ?

HN - Já anunciamos publi-camente que esta seria a Queí-ma mais politizada de sempre,inc1usivamente esta medidafoi "ratifica da" no EncontroNacional de Direcções Asso-ciativas (ENDA), que decorreuno ultimo fim de semana, emque as associação de estudan-tes do resto do país decidiramtambém uma politização dasvárias Semanas Académicas eQueimas das Fitas.

PA - De que forma?HilI - A Queima das fitas é um

momento de festa e muitas vezesde escape para os problemas queos estudantes atravessam ao lon-go do ano. Queremos, no entan-to, aproveitar esse momentode contacto entre a Academia ea região para dar a conhecer osnossos problemas e vamos fazê-lo com colocação de faixas em-todas as actividades. Haverá ain-da mensagens políticas no Cor-tejo e nos espectáculos das Noi-tes da Queima.

PA - E O primeiro miuístroquando aparecerá?

HN - Aparece quando há maisnecessidade. Nesta altura, pro-

.curamos um candidato e ain-da_ terno urna réstia de esperança

que'a classe política se cons-cieneialize da necessidade de urnamaior aposta na Educação comoarma para ultrapassar o atrasoestrutural que o nosso país aindatem.

O candidato a primeiro minis-tro poderá aparecer durante a Quei-ma das Fitas.

PA - Qual será a função dele?HN - Queremos que a opinião

-} ENTREVISTA A HUGO NETO, PRESIDENTE DA FAP

-----.pre ida.ta·dos.I.bdaltl.II tl'l ••• o.~o•.•

«Temos uma réstia de esperança que a classe política se consciencialize da necessidade de uma maior aposta na Educaçãocomo arma para ultrapassar o atraso estrutural que o nosso país ainda tem».

Porto Académico - O anün-cio publicado pela FederaçãoAcadémica do Porto procuran-do um possível candidato aprt-meiro ministro é nma iniciati-va que reflecte o quê? A rupturadefinitiva com o sistema e como diálogo, um descontentamen-to mais agra vado do que n un-ca ou há realmente a necessi-dade de encontrar umaalternativa para o país'!

Hngo Neto - Penso que é ummisto de tudo isso. Os estudan-tes estão fartos de um diálogomeramente aparente, de promes-sas por cumprir, de todo um pro-cesso de relacionamento por par-

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Quinta-feira I 26 de Abril de 2001

pública possa estar ao nosso lado,queremos de uma forma engra-çada chamar à atenção para o fac-to de que, nesta altura, a demo-cracia portuguesa está em crisepois os seus principais agentesparecem mestres em tornar aces-sório aquilo que é fundamental eo fundamental em acessório.

PA - Acha que não só a clas-se política, mas também toda asociedade passa por uma criseideológica?

HN - Acho que ela é patente eé ai que surge a necessidadede os estudantes desempenharemum papel activo. No passado,tivemos vários exemplos de inter-venções estudantis para alémdas áreas da Educação ou Ensi-no, numa sociedade apática, COIl-formista e adormecida, isso vol-ta hoje a fazer todo O sentido.

PA - Mas ainda se luta pelasquestões com a mesma paixãocom que se lutava bá décadasatrás?

HN - Há décadas atrás, os esru-dantes lutavam pela democraciae pela liberdade. Hoje usam aliberdade conquistada para, naverdade, lutarem pelo aprofun-damento dessa mesma dernocra-da.

No dia 28 de Março, por exem-plo, os estudantes do Porto quesaíram à rua e fizeram-no porqueacreditaram que estavam a exi-gir uma alteração profunda daspolíticas de Ensino, mas tambémporque acreditam que estão a con-tribuir para o futuro do país.

PA - Há união suficiente entreas associações de todo o paíspara que se exija uma revolu-ção na Educação?

HN - A coesão das associa-ções está muito ligada à necessi-dade que os dirigentes associati-vos ou estudantes sentem em estarunidos pelas mesmas causas. Emalturas em que os problemas sãograves e as dificuldades, muitasessa união nota-se mais. Em Mar-ço deste ano, as associações denorte a sul do país estiveram uni-das. Acredito que no futuro issocontinuará a ser verdade.

PA - E esse futuro está pró-ximo? Para quando mais acções?

HN - No último ENDA deci-diu-se proceder à realização deum conjunto de f6runs de deba-te sobre os 4 temas centrais daultima semana nacional de con-testação: empregabilidade, finan-ciamento, insucesso escolar e

acção social. Isso acon-

tecerá ainda antes do fim do anolectivo. Entretanto, cada asso-ciação trabalhará internamente,mas adivinho a necessidade deuma contestação muito forte noinício do próximo ano lectivo.

PA - A Queima das Fitas doaoo passado foi sem duvida amais lucrativa. Para este anoquais são as expectativas e umavez que a casa já está arruma-da e as dividas pagas qne apli-cações farão aos lucros obtidos?

HN - Este ano as expectativasnão são as mesmas. No ano pas-sado havia toda uma necessida-de de que a Queima desse umlucro muito significativo, a pró-pria subsistência da Federaçãodependia disso.

PA - E agora a motivação nãoéa mesma?

HN - A motivação é diferen-te. Nós procuramos conseguirreceitas mensais para a Federa-ção daí que, a nível de patrocí-nios, o encaixe financeiro pro-veniente apel1as da Queima dasFitas seja menor. Isto é. procu-ramos introduzir uma nova lógi-ca na gestão da Federação de for-

.ma a que a Queima da Fitas nãoseja a única fonte de receitas. Issobeneficia a Federação, mas pode-rá significar um menor lucro naSemana da Queima.

PA - Deixam portanto umlegado para o futuro da Fede-ração ...

HN - Já começamos a traba-lhar nesse tipo de contratos, masesperamos que desde o final daQueima das Fitas, até ao térmi-nus do mandato, isso seja aindamuito melhorado.

Já anunciamos que 10 mil con-tos dos lucros da Queima serãoinvestidos numa campanhade marketing destinada a denun-ciar os problemas da Educação.Para além disso pretendemosconcretizar uma série de pro-jectos que já referenciarnos,como é o caso do Polo Zero. Logodepois da Queima, deverátambém haver novidades ao nívelda Acção Social, área em que aPAP se envolverá. Para já, eaté à concretização, preferimosnão desvendar muito ... Noentanto, abrindo um pou-co da cortina, podemosdizer que se tratam deprojectos que terãoa ver com Resi-dências Uni-versitárias.

Os preferidos de HugoPreferido no Porto

Carvalho Guerra, presidente do CentroRegional da Universidade Católica

PA - Quantos dias perde para pre~parar a queima?

HN . Ao nívelda FAP, uma QueimadásFitas é preparada desde que a anietiorler·mina. Mas este trabalhoinrensifica-seap<lé'

Ilir de Outubro o Novembro. São mais deduzentaspessoas envolvidas. há elementos

!da Federação em dedí~o exclusiva e épreciso assegurar para que tudo (''OITa pelo

I m~lhQf. Po.r isso essa tarefa é tão estudadae tao morosa.

I PA - Quantas horas dorme por noite

Idurante a Queima das Fitas?

HN - Normalmente deito-me às noveda manhãe acordo por volta das três da tar-de. O espaço está aberto até muito tarde eé necessário estar sempre disponfvel paraacompanhar lodo o tipo de questões logís-ricas, de segurança financeiras. Evidente-mente que há outras pessoas responsáveisno espaço, mas é ao presidente que com-pete sempre a máxima responsabilidade.Muitas vezes a minha presença pode nãoser necesséria, mas se houver algum pro-blema e eu não estiver presente ou imedia-temente ccraaoãvel, não fico tranquilo.

PA ~Quais as prmeípaís novidades des-ta Qucima?

HN ~ Por opção não haverá palco ai ter-nativo. A FAP quer continuar a dar oportuni-dade a novos valores da música do PQItO,masachamos que isso deve ser feito fora da Quei-ma das Fitas e apontamos desde já o períododa recepção ao calolro.

Tudo V;;U acontecer um pouco à imagemdaquilo l!',.I1.!- foram as duas edições do palcoalrernati VQ da queima mas queremos dar -lhemais dimensão e atenção e isso 11<10é possí-vel em Maio com a sobrecarga de activida-des.

Há uma maior preocupação com a segu-moça, há a intenção Qe que venham a ser fel-

I tas revrsrasna entrada do recmto ao exemplodoqueuccnreceem váriosfestivais Teremosa colaboração de uma empresa de segurançalegal, cuidados reforçados ao nível da erga-nlzaçâo das entradas, novas bilheteiras maisafastadas da porra de acesso c cuidados redo-brados ao nível 40 apoio médico. Os estu-dantes poderão este ano contar com umares-tauraçâo de maior qualidade e a comunicaçãosocial terá acesso a um espaço próprio que sepretende que seja também de convívio comartistas e a organização.

Preferido políticoNão tenho preferido político porque nãome revejo em nenhum líder partidário.

Os meus ídolos são do passado.

Preferido na filosofiaMaquiavel. Por tudo de bom e de mau

da vida que se aprende com ele.

Peferido na músicaCaetano Veloso

Preferido nc cinemaNicholas Cage

Preferido na literaturaEça de Queiróz

Preferido em privadoOs meus pais e a minha namorada

If> PA - Q cartaz de concertos traz algumas

Iuovldndes, nomes já repetentes e o regres-so dos "pímha", Porquê este regresso?

HN ~Não acho 4ue haja o regresso dost "pimba". Há o regresso de Quim Barrcircsque

\

' 6 um müsíco de cariz popular e que: não meparece ter qualquer ligação aos "pimba" ou·'ps.eudo pi.mba" + •

I JndusivameuIejJf.)S$08C(&enmrquccive-

I1IlP-$ Ol<:rtas comerciulmenLl: aperecrvefs, mas

I. querecl.C:iijlnos}XJfoonsi~ques6temosI cs_patrO para a qualidade. ao longo de

rodaasemenae para algumas brin-cadeiras na ncêe do Arraial.

PA.~Qual foi a situação mais ~OIU·

plicada com a qual já se deparou?HN -Na primeira noite de Queimado

ano passado, numa altura em que já 11.~O

esperávamos, por volta das 2030 criou-sena pona de entrada W11 enorme aglomera-do de pessoasem queas ql!C estavamatrãsIazâam O(~são sobre as dó.frente. Cheguei.a temer o pior. Adecisão foi (lI;! abrir as por-tas durante alguns minutos sem controlar

lOS biU.,tes de acesso.

PI\,· E a mais iliyertida?UN ..,Aultima noite é sernpre uma noi-

te de traoaíno.mas ~ uIti.llJ~horas em quepôuca.genre já se encontra no recinto sãode festa e convívio entre toda a organiza-ção.Nes.saalnna,desdeasdezenas>lecomis-sionistas até aQScoordenadores executivose direcção todos sentem um estranho con-junto de sensações ..

PÁ- o cartaz de acti-.-académicas pas-sa sempre despercebi-do. Porquê?

HN - Nós procura-mos, no ano passado. rea-

blliw as acüvidedcs eca-démicas e isso foi conse-guido e a apreciação quefaço é bastante positiva à

excepção de ou outra situa-ção como foi caso a garraiada.

Este.anoo objectivo mantém-se.

PA-N",,1JiIgia?HN • Alivio, porque a maior parte do

Imbalbo terminou, A consciência do devercumprido e ama grande saudade, porqueem todoesse trabalhode equipaF"l" alémdos amigos que se conquista, vive-se mais.intensamente do que nunca,

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Quinta-feira I 26 de Abril de 200!

..Tudo esta em movimento e, o

POItO, parece revolucionar-se intes-rinarnente numa convulsão eston-teante de obras; públicas, artísti-cas, sociais? - não sei... mas, é facto,toda a cidade rosna num frenesimde mudança que, ao que parece,solicita um olhar firme de espe-rança num futuro que se deseja elo-quente no sentir-se urna cidade comhonra e orgulho em si própria, semraiva ou inveja. sem qualquer com-plexo de inferioridade em relaçãoa outra cidade qualquer mas, ernbe-lezada e emblemática em ser a invic-ta, nobre e mui leal cidade do Por-to! Mui felizmente que são pluraisas solicitações que, neste ano Capi-tal, para n6s, da cultura europeiase nos deparam diariamente; apesar de me acharno direito à critica de ver a cultura popular des-valorizada com tão poucas manifestações a sal-tarem-lhe aos olhos e a ficar o povo, mais limavez, a festejar a sua cultura na conquista de umdos seus clubes do futebol, essa manifestação.impar de uma cultura circo e genuinamentepopular; lamento pois apenas o fogo de artifí-cio inaugural a deixar as gentes corno que ofus-

ARTIGO DE OPINIÃO

Desde Novembro de 1999. que os estu-dantes do Ensino Superior estão à esperade ver concretizadas todas as expectativasque o actual Governo criou, durante a cam-panha eleitoral, afirmando e reafirmandoque a Educação era uma paixão e haviauma necessidade de reformar todo o sistemaeducacional vigente, adequando-o à reali-dade e colocando-o ao mesmo ní vel da Euro-pa.

Passados dois anos, recordo que a Edu-cação "foi" uma paixão e nunca foi páginacentral na discussão política em Portugal. Énotório o arrastar de problemas e o adiardas soluções. Felizmente, no nosso País, ain-da existem pessoas com bom senso, comoé exemplo o Presidente da República,Jorge Sampaio, que vetou a criação de Ins-titutos Universitários, posição que só falta-va ser considerada pelo Secretário de Esta-do do Ensino Superior, José Reis, de «ridículae patética», tal como foi a do Conselho Coor-denador dos Institutos Superiores Politécni-cas (CCISP).

Quanto ao ante-projecto de Lei relativo àautonomia do Ensino Politécnica e que pre-vê um espaço de manobra igual ao do Ensi-no Universitário. mas muito mais burocra-

1 eSferl

«É essencial o aumento da bolsa mfnimade dez para onze meses para que possaexistir estabilidade mfnima para que se

atif/ia o sucesso»

tizado, não sei se o devo considerar comouma gota no oceano ou como a demonstra-ção do trabalho pobre que por cá se faz.

Continuamos à espera da evolução do Ensi-no Universitário/Politécnico em áreas dife-rentes. O primeiro com um sentido cientifi-co e de desenvolvimento teórico, o segundoclaramente profissional e com especificida-de prática!

É essencial o aumento da bolsa mínimade dez para onze meses para que possa exis-tir estabilidade mínima para que se atinja osucesso.

Continuamos à espera de estudos reaissobre as cansas do insucesso escolar!

No que respeita ao emprego, e mais con-cretamente no ISCAP, continuamos à espe-ra que dignifiquem a profissão de Contabi-lista 'para que não continue a ser a fronteiraaberta existente relativamente a muitos outroscursos que em nada se comparam ao de Con-tabilidade.

Perante este cenário, não quero estar maisà espera!

RAUL DUROPRESIDENTE DA DIRECÇÁO

DA AE DO ISCAP

O QUE SUGERE. .. ANTÓNIO PEDRO

"Sardinha4as"---n-a -llltu-rl-«Até lá tente-se assistir aos eventos capitais da cultura europeia, tente-se conquistar um aumento no salário,

tente-se viver melhor 11almlliar um futuro melhor para os nossos filhos.•»

Icadas em relação à palavra cultura que, afinaltambém e, por direito lhes pertence .. penso eude que ... Venha depressa o S. João do Porto,celebração do estio que já merecemos depoisde tanto inverno, tanta lama e nódoas e máqui-nas e ainda falta o Euro2004 e o metropolitanoque continua a ir lento e os túneis e os parquessubterrâneos que nos parece irem deixar a bai-xa ainda com mais carros, desta feita por cima

e por baixo, a elevarem-nos à cate-goria "por baixo" de urna das capi-tais europeias da poluição. Venhapois e depressa o S. João do Portoesse arraial exaltado da nossa cultu-ra miúda do caldo verde e da sardi-nha, do garrafão de vinho ~ do euga-tatão bailarico de rua. Gostamos defestejar a nossa alegria na rua, sempudores nem maneius mas livres ealegres como portugueses que somos,desejamos rever a nossa cidade quecremos sairá mais bonita e mais bela,deixem-nos guardar a esperança atésempre. Até lá tente-se assistir aoseventos capitais da cultura européia,tente-se conquistar um aumento nosalário. tente-se viver melhor e alme-jar um futuro" melhor para os nossos

filhos e, porque não, assistir ás provas finaisdos alunos de teatro, dança, música da cidadee, se me é permitido, que tal uma ida ao Teatrodo Campo Alegre ver Simone de Oli veira naSeiva Trupe a dar corpo e voz à escarlate Mar-lene Dietrich.

'É ACTOR E ASSISTENTE DE ENCENAÇÃONO TEATRO SEIVA TRUPE

Actividades AcadêmicasQueima das Fitas 2001- 06DEMAlO

. Domingo OUbOlMonumental Serenata.na Sé do Porto

Domingo llbOOMissa de Bençêo dasPastas, no Estádio da Maia

Domingo 21b30Encontro de Coros,uo Ateneu Comercial

-07DJo:MAlOSegunda-reina 21h30

Concerto Promenade.no Ccliseu do Porte

Segunda-feiraDia da beneficíência pelasruas do Farto e Faculdades

-U8DJo:MAIOTerça-feira 14h

Cortejo

- 09DEMAIOOuarta-Ieíra 21b30

FnJ\ - Festival Ibéricode Tunas Académicas,Ccflseu do Porto

-10 DE MAIOQuinta-feira 21h30

Sarau Cultural. no TeatroSã da Bandeira

-lIDEMAlOSexta-feira 20bJO

Baile de Gala. no Casinada PÓVQB.

- UDEMAlOSábado 17hOO

CháDançante.locala coufiunar

Este é um evento que leva mesesa preparar. é pensado praticamentetodo o ano, ocorre duranteuma sema-na e precisa de outros tantos dias paraser destnontada. Tudo para nada fal-tar às cerca de 30 mil pessoas que porali passam cada noite. A Queima dasFitas em números é fácil de relatar,mas é necessãric não esquecer queessa contagem s6 é possível porquemais de 200 pessoas trabalham para afesta dos estudantes acontecer.

Quantcs metros quadrados de espa~ço - 60 nul m2; Quantas pessoascomporia c espaço - 3 por m2; Quan-tas barruoas no Queimódromo - Cer-ea de 120;Quanrcs WC's - Cercade 100 individuais e 13 grandes:Quanros palcos - 1; Quantas tendasdiscoteca - 1; Quantos bilbetes emi-tidos - MuisdeJOOnúl; Quantos car-tazes - 2 mil mupis, mil cartazesde 70xlOO,30 mil üyes, 15 mil folhe-tos: Quautos "pontos de venda de comi-da - 10; Quanros postos de venda detabaco - 3; Qunnras ambulâncias -2: Quautas grades de segurança -Cerca de 300; Quantas caixas Multi-bWICO - 2; Quantos agentes da poli-cia - ] Pelotão- 23 Polícias; Quan-tos jornalistas - Cerca de 150proflssiouais de rádio, televisão eImprensa: Quantos carros no cortejo- +de50.

ANA DUQUE

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SEMANA ACADÉMICA DE LISBOA

as aulas decorrerem normalmente.A solução. portanto, está em criar

várias noites diferentes que condi-gam com o tecido urbano lisboeta,ele próprio diverso nas etnias, formasde estar e meios de diversão. A pri-meira noite é dedicada ao "rock",como não poderia deixar de ser. Pormais que se tente variar, fugir do"rock" é impossível para qualquerQueima das Fitas ou Semana Aca-démica ou mesmo um Festival.

Dia 9 de Maio vai para as bandasroqueiras portuguesas com os Eye,

de Viseu, a abrir, os Clã, do Porto, aentremear e o sempre jovens e velhi-nhos nas andanças académicas, osXutos e Pontapés. «Um bom aperi-tivo», como lhe chamouAndré Miran-da, para abrir o apetite de urna sema-na de música.

O dia seguinte é mais "às boli-nhas". Música electrónica "para acabeça" que arranca com o renova-da; Rádio Macau, continua com váriosDl's da discoteca Lux e encerra comos Saint Gerrnan. As bandas portu-guesas a cantar em inglês vão servir

Quínta-feira t 26 de Abril de 2001

Semana. Acadérni-ca de Lisboa estámorta, mas comodizem alguns, nun-ca esteve tão vi va,

idréMiranda, pre-sidente da Associação Acadérnica deLisboa, explicou ao Porto Acadérni-co que naquela cidade não se vive O

espirito acadêmico da mesma formao que não implica que não haja essemesmo espirito. A diferença está nageografia, «é mais local», conformeexplicou o presidente da AssociaçãoAcadémica de Lisboa. Mas para alémdeste tai de espirito local há aindaoutra condicionante «a cidade nãotolerar» a "algazarra" tal como tole-ram os cidadãos do Porto, por exem-plo, garante André Miranda. É quePorto, Coimbra e Lisboa pactuam domesmo desagrado quanto ao estadodo sistema educacional do nosso paísmas não partilham da mesma envol-vência entre a academia e a própriacidade. O presidente da AAL expli-ca que Lisboa «é grande em termosestruturais e com uma enorme ofer-ta cultural e nocturna» levando a quea semana académica se disperse por-que «a competitividade, por exem-plo ao nível dos concertos, é gran-de»,

Por isso, o velho formato vai serenterrado. Este ano, de 3 a 12 de Maio,a aposta vai para «um cartaz de qua-lidade em que as actividades acadê-micas não ficarão esquecidas em proldos concertos, mas o novo formatoconcentra-se num género de festi-val». .

TODOS DIFERENTESNOITES DESIGUAIS '

Num universo de cerca de 140mil estudantes que Lisboa compor-ta, entre 30 a 40% reside em Lisboae mora com os pais. André Miran-da considera que este factor tambémé inibidor de uma maior adesão àSemana Acadérnica juntando-se ain-da ao facto de, durante aqueles dias,

de rampa de lançamento para osManiac Street Preachers que encer-ram a noite de 11 de Maio só depoisde no mesmo palco terem actuadotrês bandas do Porto: os Blunder, osZen e os Aufin.

A última destas noites, 12 deMaio, é um pouco mais latina, aroçar a americana, com batidas tãodiversas como sons de "rap" cuba-no, "hip hop" e uma voz da músi-ca ligeira portuguesa como a deMafalda Veiga. No tal "rap" cuba-no, os Orishas, no "hip hop", a bra-sileira que vem a Portugal em exclu-sivo, Femanda Abreu e que encerraesta maratona de quatro dias.

O local? O Salódromc.juntó àGare do Oriente, pela segunda vezconsecutiva e conferindo alguma esta-bilidade à Semana.Acadêmica de Lis:boa. Os preços? Caros PCF dia e aces-síveis pará todas as noites.rlsto é. osestudantes pagam dois mil-escudos

por concerto, mas se comprarem umpasse para todas as noites o preço fica

bastante reduzido: 5 mil escudos pelopass~. Os "outsiders", quem não éestudante, pagam 2 900 escudos/noi-te e 7 mil pela passe. Onde comprar?Em qualquer FNAC de Lisboa, nasTicket Une, em www.ondaticketcom,ou no Multibanco mais perto de si.Também há bilhetes para venda naAAL e nasAE's da cidade.

E como já referimos, a SemanaAcadérnica não despreza as tradiçõespara além de que não pode fugir delas.A Monumental Serenata de Lisboavai acontecer por volta das 21 horas,no Castelo de S. Jorge, com a actua-ção de dois grupos de Fados e váriastunas da academia A tradicional sere-nata nunca é no mesmo local, ao con-trário da do Porto e de Coimbra. AndréMiranda explica que todos os anosse realiza esta tradição nwna zonahistórica de Lisboa para «evocar acidade» que abraça o Tejo e em«memória» à mesma.

ANA DUQUE

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I Quinta-feira I 26 de Abril de 2001

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maio lhe GI-ftSE<i 122:00

Ornatos Violeta~1Jtt2~~Zézé Fernandes

Quim BarreirosInalo F L ". -C.. . It)lIA 112:00 U n ovm rlmlna 5

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