jornal acadÉmico 11

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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 160 / ANO 6 / SÉRIE 3 SEGUNDA-FEIRA, 12.DEZ.11 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Hélder Castro é o novo presidente da AAUM • Vitória nas urnas com 77,5% dos votos • Sérgio Moura será o presidente da Mesa da RGA • Nelson Cerqueira será o presidente do CFJ António Cunha, reitor da Universidade do Minho, em grande entrevista “Trazer população universitária para o centro parece-me um projecto absolutamente essencial para a cidade de Braga”

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Page 1: Jornal ACADÉMICO 11

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA160 / ANO 6 / SÉRIE 3SEGUNDA-FEIRA, 12.DEZ.11

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Hélder Castro é o novo presidente da AAUM

• Vitória nas urnas com 77,5% dos votos

• Sérgio Moura será o presidente da Mesa da RGA

• Nelson Cerqueira será o presidente do CFJ

António Cunha, reitor da Universidade do Minho, em grande entrevista “Trazer

população universitária para o centro parece-me um projecto absolutamente essencial para a cidade de Braga”

Page 2: Jornal ACADÉMICO 11

Sem surpresas. Hélder Castro é o novo presidente da AAUM. Os resultados eleitorais voltaram a demons-trar uma preferência dos estudantes pela lista que, na linha de continuidade assumida desde o mandato de Vasco Leão, comandou os destinos da AAUM nos últimos tempos.Resta agora ao futuro presidente da AAUM saber preparar e capacitar uma equipa com as valências capazes de dar aos estudantes aquilo que eles acreditaram quando votaram na sua lista. Cabe à AAUM a defesa intransigente dos interesses dos estudantes e estou certo que a equipa que irá comandar os destinos da instituição no próximo ano saberá procurar os melhores caminhos para o fazer.Em relação às restantes listas, importante salientar que é necessário que se mantenham activas na discus-são sobre os temas que afectam os estudantes. Saberem ser parte activa de um mandato é sinónimo de saber estar numas eleições e espero, sinceramente, que, tanto a lista B, encabeçada por Nuno Lopes, como a lista C, encabeçada por Rui Antunes, sejam essa voz activa na comunidade académica e que ajudem os estudantes.Ainda como nota em relação a estas eleições, não queria deixar de sublinhar a forma pouco responsável como a lista C se envolveu na campanha. A sua não presença na entrevista promovida pela RUM, assim como a sua ausência no debate promovido pela mesma estação de rádio e pela própria Comissão Eleitoral é sinónimo de algo. Guardarei para mim a análise, mas considero uma falta de respeito, acima de tudo, para os estudantes que foram votar e queriam fazê-lo de uma forma esclarecida. Para acrescentar dignaram-se a ser a única lista candidata à direcção a não reagir aos resultados eleitorais na emissão especial preparada pela RUM no campus de Gualtar. Uma vez mais, uma tremenda falta de respeito pelos seus pares. De lamentar.Para fechar, dar apenas conta que o ACADÉMICO vai de férias até Fevereiro próximo. Na altura, com novas ideias, novos projectos e ainda mais dinamismo e interacção junto da comunidade académica, o jornal esta-rá de regresso para abraçar o 2º semestre lectivo. Até lá visitem-nos nos sítios da internet: academico.rum.pt / rum.pt / tv.aaum.pt, pois estaremos a acompanhar de uma forma profissional o desenrolar deste período.Conto convosco por lá.Boas festas e, já agora, boa sorte para os exames de início do ano!

12.DEZ

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Cineclube Aurélio da Paz dos ReisA cidade de Braga precisa de “movida” cultural, é um facto. Apesar de nos últimos tempos termos presenciado algumas manifestações culturais interes-santes, é certo é que há sempre algo mais para se fazer. A criação de um cineclube na cidade é, por si só, um motivo de orgulho para a mesma. Deseja-se um óptimo trabalho e... Bons filmes!

AbstençãoÉ inevitável. Custa acreditar neste total descomprometimento dos estudantes pela decisão na sua academia. A sua associação aca-démica foi a votos e uma larga maioria de alunos alheou-se des-te acto. Num ano difícil para o en-sino superior, todos aqueles que votaram estão agora legitimados a apontar erros a quem dirige e assume a AAUM.

Hélder CastroÉ ele que irá ser a cara de muitos estudantes da Universidade do Minho no próximo ano. As elei-ções para a direcção da AAUM legitimaram uma linha de pensa-mento que se tem mantido desde o início do século. Os estudantes parecem estar satisfeitos. Cabe a Hélder Castro saber estar à altura das responsabilidades que os es-tudantes lhe depositaram.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Segunda-feira, 12 Dezembro 2011 / N160 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

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Page 3: Jornal ACADÉMICO 11

PÁGINA 03 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

LOCAL

o fenómeno musical da internet chegou a bragaângela coelho

[email protected]

Depois do fenómeno na in-ternet, “A Banda Mais Bo-nita da Cidade” chegou a Portugal, na sua primeira digressão fora do Brasil. A banda actuou no passado Sábado, dia 3 de Dezembro, no Theatro Circo, em Bra-ga, depois de ter actuado no Mexefest, em Lisboa.A Banda Mais Bonita da Ci-dade surgiu em 2009 com o objectivo de rearranjar e tocar músicas de outros compositores. Composta por cinco elementos, a ban-

da ficou conhecida interna-cionalmente em Maio de 2011 após ter colocado na internet o vídeo da música “Oração”. Mas não foi preciso tocar a música mais conhecida da banda, “Oração” - que ficou guardada para o fim do con-certo - para conquistar os curiosos que preencheram a plateia do Theatro Circo. A Banda Mais Bonita da Cida-de agarrou, desde o início, o público presente com a sua simpatia e simplicidade. Quem não era fã, rapida-mente foi conquistado.Uyara Torrente, na voz, Diego Plaça, no baixo, Luís

constituído por curiosos do fenómeno da internet ou co-nhecedores do seu trabalho. “Foi uma surpresa, porque a gente está tão longe e não sabe muito bem como as coisas estão chegando aqui. Então foi um grande termó-metro do nosso trabalho e eu estou realmente muito feliz”, concluiu Uyara. Desde o início, a banda usa a internet, particularmente as redes sociais, como prin-cipal meio de divulgação dos seus trabalhos e para co-municar com o público. Para gravar e lançar o pri-meiro CD, a banda arre-cadou fundos através do sistema de financiamento colectivo (site catarse.me) para 11 músicas das 12 que a banda colocou no site como opção para o público colabo-rar, recebendo inclusive do-nativos de Portugal.

Bourscheidt, na bateria, Ro-drigo Lemos, na guitarra, e Vinícius Nisi, no teclado, in-tegram a banda cujo nome foi inspirado no livro de Charles Bukowski, “A Mu-lher Mais Linda da Cidade”. No final do concerto, Hele-na Sofia era uma espectado-ra completamente “derreti-da”. A bracarense confessou ao ACADÉMICO que “já conhecia a banda através do youtube, mas não sabia de onde vinham nem há quan-to tempo existiam”. Apesar de conhecer apenas qua-tro músicas, Helena Sofia afirma identificar-se com o som da banda. Contudo, foi quando tocaram a música “Capitão Romance” da ex-tinta banda portuguesa Or-natos Violeta, que Helena se tornou fã. “Acho que foi um concerto mesmo muito bom e superou as minhas expec-

tativas”, disse.Outro dos espectadores, Paulo Rocha, não conhecia a banda mas garante que ficou fã. O bracarense desta-cou as letras das músicas e também “a forma cativante da vocalista”.A vocalista da banda, Uyara Torrente, admitiu que lhe faltavam palavras para des-crever o concerto. “Estou muito emocionada. Tanto em Lisboa, como hoje foi muito emocionante”, conti-nuou. A cantora (e também actriz brasileira) mostrou-se surpreendida com a forma como as pessoas se mani-festaram durante o concer-to, batendo palmas e can-tando as músicas. A banda sabia que, de alguma forma, tinha atravessado as frontei-ras do Brasil, mas não sabia se o público que os espera-va em Portugal era apenas

Uyara Torrente mostrou-se emocionada pela receptividade

dos portugueses

“A banda mais bonita da cidade” encantou (e deixou-se encantar) no Theatro Circo

Luís Costa

Concerto marcado por momentos de simplicidade

Luís Costa

Page 4: Jornal ACADÉMICO 11

PÁGINA 04 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICOLOCAL

cinema com o tributo a paz dos reis

José ReIs

[email protected]

Aurélio da Paz dos Reis (Porto, 28 de Julho de 1862 — Porto, 18 de Setembro de 1931) é apontado como o pai do cinema animado português – e atenção à in-terpretação das palavras, “animado” nada tem a ver com “cinema de animação”. É considerado o pioneiro do cinema em Portugal, pois foi o primeiro português que produziu e realizou um filme no seu próprio país – e o cinema português, de Oliveira a Canijo, de Vas-concelos a César Montei-ro, de Botelho a Fernando Lopes, tem o dever de lhe agradecer. “A Saída do Pes-soal Operário da Fábrica Confiança” é uma réplica do primeiro filme da histó-ria do cinema, que foi roda-do em França pelos irmãos Lumière. E a ligação a Braga é relevante, já que foi ele o responsável pela cidade ter visto “cinema animado pela primeira vez, no antigo São Geraldo”, antes de partir para o Brasil com o seu fil-me. Estavamos nos finais

do século XIX, inícios do seculo XX, tempos em que a democracia era uma mira-gem e o cinema a 3D – “fora do ecrã?” – era utopia.

Memória de Paz dos Reis

Foi em tributo a esta figura secular, essencial na afir-mação de um cinema de cunho nacional, que surgiu o Cineclube Aurélio da Paz dos Reis (e aqui nenhum dos artigos é usado em vão). É uma “memória” que não morre, que se perpetua para lá dos anos e dos novos for-matos do cinema. “No fun-do, tudo surgiu de um gru-po de amigos que há muito tempo alimenta uma paixão pelo cinema e que, há cerca de um ano, teve a ideia de promover a exibição de ci-nema na cidade de Braga, a cidade na qual nascemos”, revela César Pedro, um dos fundadores deste novo cine-clube. “A ideia era criar um sítio, um local, um espaço, uma ideia de programar ci-nema que fosse para além da simples exibição de um filme. Queriamos que fosse um espaço de encontro com uma identidade cultural,

um espaço de debate, um espaço de partilha de ideias, como o conceito de cineclu-be deve ser”, prossegue o jovem, contabilizando “um ano” desde a ideia da reali-zação do projecto até à real concretização do mesmo.

Ciclo de Natal

E para a chegada a bom por-to, um nome foi fundamen-tal: “Tivemos o convite de uma figura que, a meu ver, é fundamental nesta cida-de”, revela Miguel Ramos,

outro dos responsáveis, referindo-se a João Catalão, programador cultural da Casa do Professor. “Não o conhecia e foi uma supresa. Acho que é um nome fun-damental para a cultura na cidade”, refere. A ideia seria, assim, programar sessões quinzenais no espaço da Casa da Professor. Ideia que foi aceite e que decorre já desde o final de Novembro. “Está, neste momento, a decorrer um ciclo dedicado ao Natal”, acrescenta César Pedro. Mas não se pense

que há direito a aventuras de Shrek. “Não sabíamos mas Braga é uma das cida-des com o maior número de associações de apoio aos an-tigos combatentes (na Guer-ra Colonial). Mas sentimos que na nossa geração (dos 20 anos) há uma grande fal-ta de informação. E a ideia é que, com estes filmes, pos-samos falar com a geração mais velha e possamos co-nhecer mais sobre esta rea-lidade”, destacam. Assim, e depois de na passada sexta--feira ter sido exibido o “Na-tal de 71”, um filme basilar de Margarida Cardoso, será exibido “Adeus, Até ao Meu Regresso”, um documentá-rio de 1974 de António Pe-dro Vasconcelos.

É um novo cineclube criado por amigos que alimentaram, ao longo dos anos, o gosto e paixão pelo cinema. Num tributo directo a Aurélio da Paz dos Reis, figura essencial no surgimento do cinema em Portugal, o cineclube com mesmo nome procura pensar o cinema e dar a pensar o quotidiano.

Começou em 2011 mas vai muito para além deste ano.

O nome Aurélio da Paz dos Reis é uma forma de César Pedro e Miguel Ramos homenagearem o pioneiro do cinema em Portugal

Page 5: Jornal ACADÉMICO 11

CAMPUSPÁGINA 05 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

José Mateus PInheIRo

[email protected]

No passado dia 29 de No-vembro, realizou-se a con-ferência “Jornalismo Econó-mico em Tempos de Crise” no Campus de Gualtar da UM, que visou celebrar um protocolo assinado entre o Correio da Manhã (CM) e a universidade minhota, ten-do em vista a atribuição de estágios renumerados (com uma duração de 6 meses), a 3 mestrados em Ciências da Comunicação na academia.O colóquio, com uma du-ração de aproximadamente duas horas, contou com a presença de personalidades marcantes do panorama universitário actual, como

o reitor da academia, An-tónio Cunha e Felisbela Lopes, pró-reitora. Quando confrontados com as expec-tativas quanto a este acordo, ambos demonstraram-se entusiastas na parceria com “o grupo de media e conse-quente jornal mais impor-tante do país.”Do outro lado, o director do CM, Octávio Ribeiro, aspira a um protocolo que satisfaça ambas as partes, uma vez que “o CM é o único jornal que pretende ser verdadeira-mente nacional, esperando continuar a evoluir, com o auxílio dos novos talentos da Universidade do Minho”. Já Borges de Almeida, ad-ministrador do grupo Cofi-na, sublinhou que o jornal

alcança vendas diárias de 120 mil jornais, partilhan-do ainda a mesma opinião de Octávio Ribeiro, subli-nhando que o jornal “procu-ra talentos na UM, para se tornar um jornal ainda mais nacional do que é hoje.”Em consequência, “o jorna-lismo económico foi bene-ficiado com a crise”, suma-riza o director-adjunto do CM, Armando Esteves Pe-reira, ponto de vista que se encontra de acordo com os pensamentos de Fernando Alexandre, vice-presidente da Escola de Economia e Gestão (EEG) da UM, que expressa que “o público em geral sabe muito mais de economia, de um ponto de vista prático.”

DR

Octávio Ribeiro defendeu a importância da parceria com a UM

mas o que é, afinal, o nosso fado?danIela Mendes

[email protected]

Ricardo Fonseca, investi-gador do Mestrado em Li-teratura Comparadas da Universidade do Minho, procurou na sua tese final encontrar palavras para de-finir o “nosso” Fado de for-ma a validar a sua candida-tura a Património Imaterial da Humanidade, candida-tura já aceite e reconhecida

pela UNESCO.Para o investigador, esta atribuição é sinónimo de “reconhecimento da nossa música e do nosso país”.Numa perspectiva trans-cultural, Ricardo Fonseca procura encontrar respos-tas para definir o Fado, que o considera culturalmente moldado pelo povo, e que, de forma gradual, voltará à sua origem, ainda que, se-gundo o investigador, “não

seja para já”. Acerca da expansão do Fado à escala global, Ricardo Fon-seca considera que “há cla-ramente uma new wave do fado, este género está a ficar com poucas barreiras e a ser muito explorado”, mencio-nando fadistas portugueses como Cristina Branco, Ma-falda Arnauth e Ana Moura que deram a conhecer uma “forma de expressão musi-cal” portuguesa, associando

– se a artistas estrangeiros como Rolling Stones e Prin-ce.No entanto, considera a céle-bre Amália Rodrigues como a fadista mais radical até à geração dos fadistas actuais, uma vez que se destacou na época da ditadura.O investigador Ricardo Fon-seca realça a necessidade da expansão e inovação do Fado, mas mantém a ideia de que as origens são muito

importantes, porém, o auge da época inovadora no Fado não permite que se regresse às origens.O Fado é, para o investiga-dor, “de inegável qualidade e representa a forma de es-tar dos portugueses” e esta atribuição como Património Imaterial da Humanidade é como que uma “lufada para fazer outras coisas”, dando “Legitimidade acrescida, or-gulho e auto – estima”.

CAMPUS

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protocolo assinado entre correio da manhã e universidade do minho beneficia academia com estágios renumerados

Page 6: Jornal ACADÉMICO 11

ESPECIAL ELEIÇÕES AAUMPÁGINA 06 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

hélder castro é o próximo presidente da associação académica da universidade do minho

ana Isabel loPes

[email protected]

José Mateus PInheIRo

[email protected]

Já passava da 01h00 de quarta-feira, dia 7, quando os resultados eleitorais das eleições para a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) foram anunciados.Na voz de Henrique Sou-sa, presidente da Comissão Eleitoral, as percentagens foram conhecidas: a Lista A, encabeçada por Hélder Casto, singrou-se como ven-cedora para a direcção da AAUM, com 77,4 por cento dos votos; a lista B, liderada por Nuno Lopes, e a Lista C, dirigida por Rui Antunes, ficaram-se pelos 16 e 6 por cento, respectivamente.Quanto à mesa da RGA, a lista E, de Sérgio Moura, ob-teve 55 por cento dos votos, conseguindo renovar o seu mandato. Já a lista D (Da-niel Paramés) conseguiu 32 por cento nas urnas, en-quanto a Lista F (Patrícia Schwab) somou 13 por cento das intenções de voto.

Nelson Cerqueira obteve uma margem confortável em relação às outras listas para o Conselho Fiscal e Ju-risdicional, conseguindo 71 por cento das votações com a Lista G, enquanto a lista H (Eduardo Velosa) e lista I (Alexandre Carneiro) obti-veram 18 e 10 por cento dos votos, respectivamente.Olhando para a participação dos estudantes no acto elei-toral, a taxa de abstenção,

que este ano rondou os 89 por cento, confirma a ten-dência dos últimos anos de participação muito redu-zida. O presidente da Co-missão Eleitoral, Henrique Sousa, atribui este número à ideia de que os jovens acre-ditam “que alguém há-de resolver tudo por eles”.A campanha eleitoral para estas eleições foi marcada por uma forte ênfase no tema da acção social. Recor-de-se que o número de de-sistências do ensino supe-rior está a aumentar devido às dificuldades económicas

enfrentadas pelos estudan-tes universitários. As listas candidatas concordaram na necessidade de uma respos-ta mais eficaz e rápida por parte do ministério do Ensi-no Superior e da Ciência em relação a esta questão.A tomada de posse dos no-vos órgãos de governo está marcada para o dia 13 de Ja-neiro de 2012.Foi então a edição deste ano das eleições AAUM onde os seus órgãos de governo foram a votos no dia 6 de Dezembro, num acto elei-toral que se repete todos os

anos, desde a fundação da instituição.À semelhança do que se tem vindo a verificar no passado, havia três listas a concorrer para cada um dos órgãos sociais - Direcção, Mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA) e Conselho Fiscal e Jurisdicional. Ao longo de todo o dia foram disponibi-lizadas urnas de votação em Braga (Escola de Ciências da Saúde, Edifício dos Congre-gados e Complexo Pedagó-gico II) e em Guimarães, na nave principal do Campus de Azurém.

RUM juntou os presidentes do séc. XXI da AAUM num debate moderado por Elsa Moura e Daniel Vieira da Silva

Hélder Castro, o vencedor da noite, será o próximo presidente da AAUM

AAUM TV

AAUM TV

A abstençaõ este ano rondou os 89%

AAUM TV

Page 7: Jornal ACADÉMICO 11

ESPECIAL ELEIÇÕES AAUMPÁGINA 07 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICOeleições aaum... as reacções

Nuno Lopes(lista B)

Qual o balanço que fazes destas elei-ções para o ano de 2011 na AAUM?

Faço um balanço bastante positivo, uma vez que conseguimos aumentar o número de pessoas que se identifi-cam com as nossas ideias em relação ao ano passado. Queremos, acima de tudo, continuar a lutar pelo ensino superior.Aproveito ainda para deixar aqui um repto a uma reunião que vamos marcar na próxima quarta-feira, dia 14, às 16h00 no Prometeu, havendo ainda outro encontro, dia 15, em Gui-marães, no pólo de Azurém à mesma hora.

Que balanço fazes da elevada absten-ção?

Não havia qualquer referência ao período de eleições no site oficial da Associação Académica (www.aaum.pt), o que, conjugado com uma fraca divulgação, resultou no desconheci-mento da população relativamente a este período.

És da opinião que as directrizes de cada lista possam ter influenciado a vontade da população académica em votar?

De maneira nenhuma.Nós não defendemos nada contra os estudantes e seus respectivos di-reitos, não sendo um senão para as pessoas não irem votar, muito pelo contrário: só deveria motivá-las a comparecerem.

Nelson Cerqueira(lista vencedora cfj)

Satisfeito com o resultado conquista-do?

Sim, muito. Em nove mandatos para o Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) conseguimos sete.

O que fazer agora que foram eleitos num número tão elevado?Penso que o ponto de partida é de-senvolver um trabalho em conjunto com as outras listas que elegeram um elemento cada. Há que inves-tir na continuidade, visto que o CFJ que agora foi eleito tem já bastante conhecimento sobre o seu funciona-mento, uma vez que este é já o meu segundo mandato e comigo manti-veram-se mais cinco elementos.

Que trabalho há a fazer?

Continuar a exercer controlo sobre as contas da associação, discutindo todas as ideias com todos os mem-bros do CFJ, uma vez que creio ser possível chegarmos a um consenso, apesar de perceber que possamos ter uma perspectiva diferente em rela-ção a alguns assuntos.

A crise afectará o vosso trabalho?O nosso trabalho terá que ser ainda mais exigente, com um maior ‘rigor no controlo orçamental’, como sem-pre foi defendido na nossa campa-nha.

Sérgio Moura(lista vencedora rga)

É a primeira vez que te candidatas à mesa da Reunião Geral de Alunos?

Não. Este é já o terceiro mandato conse-cutivo à frente da RGA.Juntamente comigo mantêm-se dois elementos que também compunham a mesa anterior.

Assumes então este projecto como sen-do de continuidade?Sim, foi um trabalho que começamos a desenvolver em 2009 e que se traduz, sobretudo, numa vontade de trazer mais gente às Reuniões Gerais de Alunos.Esta é uma tendência que se tem vindo a registar e que procuramos incitar, vis-to que os alunos nem se apercebem da importância deste órgão.É nosso dever consciencializá-los para a pertinência da sua participação neste tipo de eventos.

O que procuram no futuro?É preciso salientar que as RGA’s são o órgão máximo da Associação Académi-ca da Universidade do Minho (AAUM). Nestas reuniões discutem-se questões como a conduta tomada pela própria di-recção, o controlo das contas e a posição da AAUM em relação a grandes temas e formas de luta, tal como tem vindo a acontecer, por exemplo, com a situação das bolsas de estudo.

Page 8: Jornal ACADÉMICO 11

PÁGINA 08 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

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NACIONALrecomendação contra praxes violentas chumbada!danIel Mota PeReIRa

[email protected]

As praxes têm sido, ultima-mente, assunto de grande susceptibilidade no meio académico e não só. Na pas-sada sexta-feira foi chumba-da uma possível resolução do Bloco de Esquerda (BE) contra praxes violentas pela maioria PSD e CDS-PP, con-tra votos favoráveis do Par-tido Socialista (PS), PCP e PEV.O projecto de resolução chumbado recomendava a “realização de um estudo nacional sobre a realidade da praxe em Portugal, fi-nanciado pelo Ministério da Educação e Ciência e cujos resultados sejam públicos e tornados acessíveis online”, como também a “produção e divulgação de um folheto informativo sobre a praxe” em cada universidade ou politécnico.De um modo mais lacóni-

co, o projecto de resolução defendia a “criação de uma rede de apoio aos estudantes do ensino superior que per-mita acompanhamento psi-cológico e jurídico aos estu-dantes que solicitem apoio e que denunciem situações de praxe violenta ou não con-sentida, disponível no sítio da internet do Ministério da Educação e Ciência”.Duarte Marques, deputa-do e líder da Juventude So-cial Democrata (JSD), para além de concordar com a “recomendação que é feita”, contrapõe o seu discurso es-clarecendo que “já existem esse tipo de gabinetes” (refe-rente à criação de gabinetes de apoio psicológico aos alu-nos) e que “nos últimos três anos houve uma evolução”. Este ainda contestou que na recomendação se fizesse referência ao possível valor adicional deste estudo pago sobre as praxes, defendendo “poderá haver universida-des e investigadores que o promovam sem um custo adicional”.

e os cursos com menor desemprego são...tIago dIas

[email protected]

As áreas com menos de-sempregados inscritos nos Centros de Emprego são os serviços de segurança, a saúde e as ciências da vida. Os dados são do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Inter-nacionais do Ministério da Educação e Ciência (GPEA-RI), mas quem fez as contas foi Pedro Lourtie, professor universitário e ex-secretário de Estado do Ensino Supe-rior.De acordo com o quadro ela-borado por Pedro Lourtie, as áreas com mais desemprego são a agricultura, silvicul-tura e pescas, os serviços sociais e a informação e jor-nalismo.No entanto, calculando o rácio entre o número de de-sempregados inscritos nos centros de emprego e os nú-meros de diplomados com o mesmo curso, “o primeiro é a agricultura, silvicultura e pescas e Direito aparece já mais à frente, enquanto ciências empresariais, que aparecia em primeiro nos números absolutos, tam-bém já não fica tão mal”, sa-lienta Pedro Lourtie.

Mulher, licenciada em agri-cultura, silvicultura ou pes-cas e à procura de emprego no Norte do país à menos de três meses... Este é o perfil--tipo do diplomado no de-semprego em Portugal. A maioria estão à procura de um novo emprego e vêm do sistema universitário públi-co.A maior parte dos diploma-dos inscritos em centros de emprego são mulheres (66%), têm entre 25 e 34 anos (47,8%) e residem no Norte do país (39,4%). O grau de licenciado é o mais comum entre os diploma-dos no desemprego (86,1%). Cerca de um quarto dos di-plomados no desemprego estão à procura de trabalho há menos de três meses (24,7%), mas uma percen-tagem quase idêntica está à procura há mais de seis me-ses (24,5%).

Áreas com menos emprego

- A área com maior número de desempregados por di-plomados é a da agricultura, silvicultura e pescas.- A segunda área onde o rácio entre diplomado e de-sempregado é maior é os serviços sociais.- Informação e jornalismo é a terceira área onde há mais

desemprego.- Seguem-se as humanida-des, indústrias transforma-doras e ciências empresa-riais.

Indicadores do desemprego dos diplomados

66% - Dois terços dos di-plomados no desemprego são mulheres. Na população geral a maioria dos desem-pregados também são mu-lheres, mas a percentagem é menor: apenas 53%.1,32 - Agricultura, silvicultu-ra e pescas são as áreas com o rácio mais elevado (1,32) entre os diplomados e o número de desempregados. A seguir vêm as ciências sociais, com 1,04, seguidas da informação e jornalismo, com 0,99.0,10 - Serviços de segurança é a área com menos valor de rácio (0,10) entre o número de diplomados e os desem-pregados. Saúde surge logo a seguir, com 0,19, e as ci-ências da vida ocupam o ter-ceiro lugar neste ‘top’, com 0,28.23.012 - Ciências sociais, co-mércio e Direito são a áreas de formação com mais di-plomados em instituições de ensino superior (23.012 alunos), no ano lectivo de 2009/2010.

Page 9: Jornal ACADÉMICO 11

PÁGINA 09 // 12.DEZ.11 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

António Amorim, do 2º ano do curso de Administração Pública, assumiu que “de certa forma a maldita cri-se que está instalada veio definitivamente afectar as compras de Natal”. O estu-dante salienta ainda outro aspecto, a questão mone-tária: “Este ano estou com menos dinheiro que no ano passado, isto porque não tra-balho, sou um simples estu-dante e vou oferecer coisas mais simbólicas por causa da crise que me afecta e, infelizmente, atinge todos.”O aluno referiu ainda que costumava oferecer, por exemplo, à sua mãe prendas que ela pode usar ou consu-mir e também que costuma oferecer chocolates e doces natalícios. Contou que ao seu irmão costuma “ofere-cer jogos da PSP, de que ele gosta bastante.” Concluiu que nesta quadra natalícia está a pensar “gastar muito menos que no ano passado. Jogos, acabou. Vou oferecer prendas mais simbólicas e acessíveis e não penso gas-tar mais de do que 20 euros por pessoa”, concluiu.

O aluno do curso de Bio-química, declarou ao ACA-DÉMICO que “este ano, as compras de Natal, de certa forma, vão ser alteradas em função da crise em que estamos profundamente mergulhados. Isto deve-se ao facto de, como estudante universitário que sou, estar na base da pirâmide sócio--económica do país”. O re-ferido aluno deu ainda a entender que, em anos ante-riores, tinha mais facilidade em comprar prendas de va-lor mais avultado. Afirmou ainda: “Costumo, normal-mente, comprar perfumes e bijutarias para toda a fa-mília, mas devido às refe-ridas condições e restrições económicas em que nos encontramos vou optar por algo ainda mais em conta, de modo que possa dar na mesma prendas, mas sem gastar tanto dinheiro, como era costume nesta quadra”. O aluno concluiu ainda que “apesar de preferir a sensa-ção de oferecer” gosta, como qualquer pessoa, de receber algo.

A aluna do 2º ano do curso de Direito, quando questio-nada se a crise que atinge a nossa sociedade actual-mente, iria ou não afectar a compra das prendas deste Natal, referiu: “Sim, em vez de comprar um perfume caro para a minha mãe dou--lhe um livro e em vez de comprar uma coisa que seja mais dispendiosa, vou ter de optar por uma coisa que custe menos, que seja mais acessível e, neste caso, mais intelectual, como é o caso do leitura”. A estudante contou ainda que nos anos precedentes costuma dar à mãe artigos como perfumes ou relógios. “Para o pai, é mais à base de ténis ou cal-ças. Estou, sem dúvida, a pensar gastar muito menos que nos natais anteriores, pois o dinheiro que me é disponibilizado é um pouco menos que o habitual. Nor-malmente gasto sempre nas prendas de Natal, cerca de 40 euros para a minha mãe e 60 a 70 euros para o meu pai”, sublinha a estudante minhota.

Francisca Vilas Boas, do 1º ano do curso de Ciências de Comunicação, afirmou que “o problema está na falta de dinheiro”. A estudante assume: “A maioria de nós, estudantes, quem nos paga os estudos são os nossos pais. Por isso se queremos prendas este ano, ou vamos trabalhar, ou temos de ter muito boas notas para ter então a merecida recom-pensa”. Declarou que não gosta muito de dar prendas, nem de as receber, prefere gestos e atitudes humanas como passar o dia com al-guém, ou com um grupo de amigos, ou algo elaborado pela própria pessoa. Como a aluna é oriunda da Ilha da Madeira, contou-nos ainda que, normalmente, no Na-tal se faz um convívio com as pessoas mais chegadas. “Como estou longe de toda a gente, quando chego lá quero muito estar junto dos meus amigos”, atira, antes de afirmar que, neste Natal, está a pensar gastar exacta-mente a mesma coisa que o ano passado, ou seja, cerca de 250 euros.

BRUNO CARVALHO1º ANO //

BIOQUÍMICA

VERÓNICA PINTO2º ANO //

DIREITO

FRANCISCA VILAS BOAS1º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

ana PInheIRo

[email protected]

Face à crise económica a que todos assistimos no nosso país e no mundo, os consumidores, desde os mais aos menos abastados, vêem-se obrigados a cortar nas despesas. Como a época natalícia está a chegar, vêm com ela também as tradicionais prendas. Perante este cenário de consumismo, onde as pessoas gastam sempre mais do que prevêem inicialmente, fomos saber se os estudantes da Universidade do Minho fazem alguma retenção das suas economias, ou então, se estão a pensar gastar o mesmo que nos anos anteriores. Outra questão prende-se com o tipo de prendas que costumam oferecer ou se neste Natal vão optar por alguma solução mais económica.O ACADÉMICO foi para o campus encontrar algumas respostas...

ANTÓNIO AMORIM2ºANO //

ADMIN. PÚBLICA

a crise vai afectar as tuas compras de prendas para o natal?

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ENTREVISTA

alexandRe PRaça

[email protected]

danIel VIeIRa da sIlVa

[email protected]

Estando a meio de um man-dato de quatro anos, olhan-do em retrospectiva para es-tes dois anos está satisfeito? Foi mais difícil do que ima-ginava?Vivemos num período mui-to complexo e dinâmico, pelo que em dois anos acon-tecem muitas coisas. A exe-cução deste mandato tem sido um desafio muito inte-ressante, sempre mais com-plexo do que as nossas ex-pectativas iniciais, mas não

deixa de ser algo desafiante, apesar das dificuldades.

Quando fala de dificulda-des, está a pensar nas finan-ceiras, especificamente?Falo em todas. Durante dois anos o enquadramento que temos mudou significati-vamente, o quadro finan-ceiro alterou-se, mudou o governo, mudaram os par-ceiros, mudaram as regras, o contexto universitário a nível nacional também tem tido dinâmicas diversas, e portanto há uma dinâmi-ca muito grande em volta daquilo que é gerir uma universidade. Quanto aos dois anos do mandato, fo-

ram sempre cumpridos e consolidados os principais objectivos e o resultado e respectivo balanço tem sido muito positivo, sobretudo ao nível de projectos de in-vestimento, onde os meios financeiros são mais impor-tantes. Há certas coisas em que gostaríamos de já estar mais avançados face aquilo que estamos, mas a univer-sidade é muito mais do que projectos de investimento. A dimensão científica, até mesmo a própria dimensão da nossa vida institucional, são áreas onde tem havido muito trabalho feito e, por-tanto, o balanço que faço é bastante positivo.

Especificando, por exemplo, aspectos positivos e negati-vos, se pudesse dar dois ou três, o que é que destacaria mais?É muito positiva a norma-lização institucional que ocorreu e a migração total para o quadro do novo re-gime legal que enquadra as universidades e, portanto, isso teve a ver com uma sé-rie de institucionalização de órgãos e unidades orgâni-cas, e, neste âmbito, é tam-bém um crescendo do grau de autonomia dentro das unidades orgânicas da uni-versidade, escolas ou insti-tutos. Muito importante é o que estamos a fazer ao nível

de toda a reforma adminis-trativa da universidade e do modo como é feita a sua gestão financeira, pelo que é fulcral e, decerto que dará os seus frutos no futuro, as-sim como a implementação do sistema de qualidade.Foi muito importante tam-bém a consolidação da nossa política científica e conseguirmos ter um la-boratório associado no do-mínio das áreas da saúde, em associação com o grupo 3B’s de Engenharia, o que desempenha uma certa afirmação nessa área. De-pois, lançámos um certo conjunto de projectos que estamos a trabalhar, que es-

Reitor da Universidade do Minho abordou temas quentes no universo académico

Daniel Vieira da Silva

PÁGINA 10 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

ANTóNIO CUNhA

“Trazer população universitária para o centro parece-me um projecto absolutamente

essencial para a cidade de Braga”Ultrapassado que está metade do mandato de António Cunha à frente da reitoria da Universidade do Minho, o reitor faz um

balanço positivo do que foi feito e abordou temas quentes na actualidade universitária.Os cortes no financiamento, a escassa acção social, a passagem a fundação e... A praxe dentro dos campi.

Tudo isto para ler numa entrevista exclusiva à RUM/ACADÉMICO/AAUM TV.

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ENTREVISTAPÁGINA 11 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

tamos a discutir, que sejam projectos que tenham futu-ras instalações em Braga, em Azurém, no complexo do Largo do Paço, mas que, de facto, são projectos que devido a constrangimentos financeiros vão deslizando com o tempo. Em Guima-rães, felizmente, o projecto CampUrbis, em associação com a Câmara Municipal e beneficiando do quadro da Capital Europeia da Cultura desenvolve-se a um ritmo intenso e, dentro dos próxi-mos meses, teremos o gos-to e o prazer de inaugurar e abrir várias estruturas, nomeadamente uma es-trutura que é fundamental para a universidade, que é o Centro de Formação Pós--Graduada, mas também duas estruturas associadas à UM nas quais estamos muito empenhados, sendo estas o Instituto de Design e o próprio Centro de Ciência Viva que será complemen-tado com o laboratório da paisagem, num investimen-to que a Câmara de Guima-rães também está a fazer.

Há alguns projectos que têm deslizado, dizia há pou-co. Um deles é recorrente há muito tempo, sendo este a nova sede da Associação Académica da Universida-de do Minho (AAUM). Na última entrevista apontava algumas datas que já foram ultrapassadas…Gostávamos de já ter anun-ciado uma data para a so-lução do processo, estamos a trabalhar no processo de resolução. Era a minha me-lhor expectativa neste mo-mento…

O próprio presidente da AAUM [Luís Rodrigues] diz que guarda com alguma mágoa a nova sede não ter avançado durante estes dois anos em que cá esteve, reco-nhecendo que houve avan-ços nessa área, ainda assim o que é que pode ser feito para se dar o passo definiti-vo para a nova sede avançar?Como disse, estamos a tra-balhar nesse assunto. Es-tamos a trabalhar numa situação que seja muito vantajosa para AAUM, com o objectivo de reduzir, ao mínimo possível, o inves-

timento e compromissos financeiros que fiquem a cargo da AAUM. Portanto, estamos a trabalhar numa solução que seja do ponto de vista financeiro muito vantajosa e muito interes-sante para a AAUM, o que faz parte de um pacote mais global de negociação que envolve outros investimen-tos da universidade, que envolve vários parceiros. É um processo complexo, é um processo cujos actuais contextos económicos não ajudam e tornam grandes investimentos difíceis, pelo que estamos a trabalhar e tenho uma expectativa posi-tiva de que vamos conseguir uma solução. Gostava que ela tivesse sido já consegui-da este ano e que pudesse ser já anunciada este ano, pelo que estou confiante de que poderá ser anunciada brevemente.

Mas a questão da localização é um dos entraves para que estes parceiros se associem finalmente a esta causa da nova sede …Certamente que a localiza-ção será limítrofe ao cam-pus.

É inquestionável que a nova sede da AAUM deverá ficar na área do campus de Gual-tar…Não faz sentido pensar nou-tra solução, pelo que com certeza ficará junto ao cam-pus, dentro do campus ou nas áreas limite deste. Inde-pendentemente da situação que venha a ser conseguida.

José Teixeira, responsável da DST, defendia, que no âmbi-to da reabilitação urbana do centro histórico de Braga, a Universidade teria que in-fluenciar muito mais a cida-de e falou em levar também para o centro a AAUM. Isso está fora de hipótese, com-pletamente?A questão de trazer popula-ção universitária para o cen-tro, e tendo em conta que a zona da Universidade vai crescer naturalmente no fu-turo, parece-me um projec-to absolutamente essencial para a cidade de Braga e um projecto muito interessante. Tudo isso faz parte de uma agenda que a universidade

tem vindo a discutir com as autoridades municipais e com a câmara. Quanto à questão da AAUM, eu não sou dirigente da AAUM, não quero sequer condi-cionar as linhas de pensa-mento da AAUM, pelo que penso que deverão ter sem-pre uma instalação junto do Campus, devido a um con-junto diverso de actividades que devem estar próximas dos estudantes. Além dis-so, ter outras instalações de carácter mais social, mais ligado a momentos de lazer, imbuídos de um contexto cultural, de voluntariado (que é também uma agen-da que a AAUM tem vindo a abordar) vejo como algo muito positivo. Porém, a única coisa que eu estou a dizer é que AAUM deverá ter sempre uma instalação junto do Campus, pelo que se tem uma do outro lado ou não, nomeadamente no cen-tro da cidade dependerá do que os dirigentes da AAUM decidirem.

Relativamente ao edifício do castelo, essa proposta do engenheiro José Teixeira de ser transformado numa es-cola de Artes é viável. Está na agenda da reitoria?A reitoria está a trabalhar num programa que passa também por encontrar uma solução para o edifício do castelo, mas tudo depende do crescimento, pelo que certamente o edifício do castelo poderá ter uma vo-cação cultural. Em termos formais, o ensino das artes, ligadas ao desenho e à escul-tura, a Universidade aposta em cursos nessa área, a par-tir da escola de Arquitectura e esses cursos serão insta-lados em Guimarães. No entanto, neste momento o nosso principal projecto no centro na cidade, no qual já

começámos a trabalhar e já foi iniciado, é um projecto de reestruturação de todo o complexo do Largo do Paço que será o processo central de intervenção cultural da Universidade do Minho na cidade, no centro da cida-de, e que pressupõe com grandes linhas estratégi-cas, havendo ainda espaço para a mudança do arquivo distrital para outro edifício; a mudança de instalações administrativas que ainda existem para o Campus de Gualtar e transformar o Largo do Paço num espaço simbólico, transformando aquele local num espaço de promoção da leitura e a todo o papel que a produção do-cumental teve ao longo da história.

Em relação ao castelo, a es-cola da artes enquanto tal está, à partida, fora de hipó-tese?A escola das Artes enquan-to casa da Universidade do Minho que incida sobre o domínio das artes será um projecto que se iniciará de uma forma informal em Guimarães, pelo que a uti-lização daquele espaço para um espaço ligado de mo-mento à escultura, ao de-senho é um compromisso que, de momento, não que-ro assumir.

Para o próximo ano a Uni-versidade do Minho terá um corte de 8,5%, atendendo principalmente nos salários cortados dos funcionários, mas o professor António Cunha já mencionou que para 2012, pelo que entendi, “dá para aguentar”, mas se houver um corte semelhan-te em 2013, possivelmente não?É sempre muito difícil estas questões, pelo que pôr as coisas nesses termos, tanto para Universidade do Mi-nho, como para as outras universidades portuguesas, não podem deixar de se en-volver na resolução de um problema que todos perce-bemos que o país tem, e portanto como o país se de-para com uma situação eco-nómica séria, tem que haver cortes grandes na adminis-tração pública e as Universi-dades não podem dizer não.Esses cortes são conhecidos, mas há coisas que nós já não falamos, uma vez que aca-bam por ir atacando toda a sustentabilidade financeira da universidade, o aumento do IVA da energia, o que se concretiza numa quantia de 200 mil euros para a Uni-versidade do Minho, o au-mento do IVA nos produtos alimentares, o que poderá por em causa os preços nas cantinas nos produtos ali-

“Gostávamos de já ter anunciado uma data para a solução do

processo da nova sede da AAUM”

Reitor da Universidade do Minho faz balanço positivo dos dois anos de mandato à frente da UM

Dan

iel Vieira da Silva

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

António Cunha considera essencial que a AAUM se debruce sobre a Acção Social

mentares que são servidos aos estudantes da univer-sidade, pelo que a Univer-sidade certamente faz o seu melhor para encontrar soluções para o cenário de dificuldades com que se de-fronta. A universidade pode fazer coisas quase impos-síveis, mas não pode fazer milagres e certamente have-rá, se os cortes orçamentais não forem reduzidos, uma degradação no parque de infra-estruturas da univer-sidade, haverá, desde logo, dificuldade em manter, nas áreas mais científicas, uma actualização/remodelação de equipamentos e há pro-jectos que, no futuro, ficam certamente comprometidos, uma vez que necessitam de verbas próprias. Se a universidade de futuro não tiver maneira de responder a essa necessidade, esses projectos acabam por ficar comprometidos.Além de tudo isto, há que lembrar que a universidade são os seus edifícios e res-pectivos equipamentos e tudo isso é muito importan-te, no entanto, são as pesso-as e as equipas de funcioná-rios o seu próprio capital.Se não formos capazes de fixar e atrair talento para cá a Universidade e, eventual-mente, morrerá, porque será uma universidade vulgar. As universidades precisam de duas coisas: precisam se estudantes, de sangue novo e precisam de talento que é construído a partir desses estudantes, sendo, portanto, um fluxo virtuoso que pre-tendemos manter.

Em relação a esta questão do financiamento, noto aqui um discurso preocupado, como é lógico e de uma cer-ta forma ponderado. Não se identifica nas palavras do reitor da Universidade de Coimbra que diz que em 2013 a universidade fecha portas se os cortes forem idênticos aos que vão acon-tecer no próximo ano?Já tive oportunidade de di-zer que vamos ter um corte na ordem dos 8 a 10%. Se nada for feito que seja capaz de compensar esse corte e se a universidade tiver os mesmos compromissos que tem hoje isso torna-se in-

sustentável.

É possível que alguns cursos tenham de fechar portas?Não é previsível o encerra-mento de cursos de Licen-ciatura ou Mestrado Inte-grado em regime diurno. Poderemos ter alguns ajus-tes no regime pós-laboral, que é uma aposta muito es-pecífica, pelo que não é pre-visível o encerramento de nenhum curso da universi-dade, independentemente do núcleo a que pertença. No entanto, aquela que é uma das principais refor-mas que a reitoria está a conduzir é a reforma curri-cular, pelo que esse projecto tem como um dos seus ob-jectivos eliminar unidades curriculares que tenham muitos poucos estudantes. Deste modo, o objectivo é garantirmos que não temos disciplinas com números inferiores a 10 alunos, pelo que tendencialmente, até mesmo as disciplinas de op-ção, tenham sempre um nú-mero superior a 12 alunos e nunca uma frequência me-nor que essa.

Como é que a reitoria vê estes cortes na acção social e como é que isto pode ter influência nos alunos que já estão a abandonar as univer-sidades?Acho muito bem que a AAUM se preocupe com esta questão. Os números de abandono que refere eu não posso de maneira nenhu-ma confirmá-los, nem os confirmo, primeiro porque só teremos algum número capaz de ser confirmado até ao final de Dezembro, quan-do os alunos tiverem que pa-gar a primeira prestação das propinas. Quando dizemos que os alunos que saem da universidade, não temos nenhum indicador até ao final do ano que nos esteja a dizer isso, embora haja, com certeza, vários alunos a sair da universidade e vários alunos a entrar na univer-sidade através de um pro-cesso com uma dinâmica muito especial, associados aos processos de transferên-cia, associados também aos alunos que se inscreveram também na primeira e na segunda fase e que não con-

firmaram a sua inscrição e que depois saltaram para outra universidade. Portan-to, o movimento que existiu até agora é fundamental-mente esse. No ano passa-do tivemos um número de desistências relativamente baixo, mas os números são conhecidos, que é um valor de total de 560 alunos. Isso envolve alunos que saem por outros motivos... Não é claro quantos desses alunos saíram efectivamente por questões sociais.

Porque sentiu necessidade este ano de intervir nas pra-xes? Acha que houve exage-ros?A universidade tem um quadro de valores muito bem definidos e que está no seu estatuto e, portanto, a universidade certamente tem que reagir quando o seu quadro de valores é pos-to em causa. Para além da questão do quadro valores, sendo os campi um local de trabalho, onde para além das aulas e da actividade lec-tiva normal, há muitas ou-tras iniciativas, actividades de investigação. Todas estas não podem ser perturbadas por ruídos, por manifesta-ções de qualquer género que as afectem.Quero apenas reforçar e dizer de uma forma muito

clara que a universidade é um espaço de tolerância e de liberdade onde os estu-dantes têm certamente a autonomia e essa liberdade para desenvolverem as acti-vidades que entendem, pelo que têm que perceber que o que têm que desenvolver dentro de um quadro de va-lores da universidade, e têm que perceber que quando o fazem não podem por em causa outras entidades e não podem levar ninguém a fazer aquilo que não que-rem fazer.

Em relação à fundação, que já foi aprovada em Conselho Geral, quando é que poderá avançar, embora se fale que o Governo actual não tem grande interesse em desen-volver a ideia…Não temos nenhum sinal nesse sentido deste governo. As fundações universitárias são fundações públicas de direito privado, são um caso muito específico das insti-tuições de regime fundacio-nal e que têm um quadro muito próprio. No entanto, este governo entendeu que havia vários problemas ao nível das instituições funda-cionais de carácter geral, e nomeadamente, as de regi-me de direito privado, e está a fazer uma nova legislação que poderá ter impacto no

quadro jurídico das institui-ções fundacionais universi-tárias, e portanto o governo em resposta ao nosso pedi-do respondeu à Universida-de do Minho dizendo que deveríamos ter uma morató-ria de algum tempo até essa lei estar definida e aprova-da, pelo que é expectável que essa lei seja aprovada até ao final do ano. Espero que o primeiro trimestre do próximo ano esteja destina-do à negociação do processo, sendo uma negociação que poderemos fazer no quadro e nos pressupostos que leva-ram à universidade passar a fundação, mas se estes pressupostos forem signi-ficativamente alterados, a universidade terá que tomar uma nova decisão sobre se continua a apostar neste re-gime ou não.

Está preparado para per-der o seu vice-presidente, o José Mendes? Recentemen-te numa entrevista à RUM/ACADÉMICO e AAUMTV, admitiu a possibilidade de vir a ser candidato autárqui-co a Braga em 2013, à câ-mara de Braga. Encara essa possibilidade de o perder da reitoria?O professor José Mendes é uma figura muito conheci-da e muito querida da uni-versidade e da região. Não sei quais são os seus pro-jectos, pelo que certamente ele tem toda a legitimidade para ter os seus projectos, mas penso que neste mo-mento essa situação não está colocada em cima da mesa e se estiver não tenho dúvidas que o professor José Mendes confrontará o reitor com essa situação.

E é a sua intenção continuar como reitor após 2013?É uma situação também que não se coloca neste ponto, dado que tivemos a oportu-nidade de começar esta en-trevista dizendo que as situ-ações são muito dinâmicas nos dias de hoje, uma vez o que é actualmente o nosso contexto passados seis me-ses está significativamente alterado. Uma decisão so-bre isso certamente será to-mada muito mais perto do final do mandato, e não é neste momento a altura.

Dan

iel Vieira da Silva

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Ângela Ferreira nasceu no Porto em 1975. Apesar de se ter licenciado em Direito, já nessa altura a fotografia era quem mais or-denava. Expondo regularmente desde 1998, Ângela procurou munir-se das ferramentas teóricas necessárias para dar largas à paixão da imagem. Assim, concluiu em 2004 o Mes-trado em Multimedia e Novas Tecnologias em Utrecht, na Holanda e, neste momento, frequenta o Doutoramento em Fotografia e Estudos Artísticos na Universidade Federal do Rio de Janeiro.O percurso de Ângela Berlinde no campo da fotografia é já preenchido por um corpo de trabalho apreciável, com trabalhos rep-resentados em várias galerias e espaços em Portugal, Brasil e Holanda. Faz ainda parte da direção dos Encontros de Imagem de Braga e do Festival de Fotografia MaioClaro. A nível de prémios, Ângela venceu em 2007 o Concurso Internacional de Fotografia de Buenos Aires, tendo sido ainda nomeada para Fotógrafa do Ano na Categoria Emoções para a BBC.O projeto de doutoramento de Ângela Ber-linde implica o trabalho com populações indí-genas dos estados do Amazonas e Ceará, no Brasil. A docente da Escola Superior Artística do Porto procura fazer um estudo antrop-ológico e imagético com estas comunidades, sendo que colaborou ainda como professora na Faculdade de Comunicação e Imagem da Grande Fortaleza.

Segunda: El Guincho - Bombay (Pop Negro, 2010)“o nick drake só após uns valentes anos é que

Para além de ser um tema bastante colorido, é também um elogio à procura de um horizonte. nota-se que todas as músicas deles são “de via-gem”, porque trazem um rodopio por entre aquilo que é a alegria, a fantasia, a liberdade acima de tudo. esta música remete-me para o universo do brasil, que visito regularmente, porque é um corte com as amarras... é um elogio à liberdade!

Terça: JP Simões - Inquietação (1970, 2007)eu acho que JP simões “é” da minha geração e escolhi-o por ser uma espécie de espelho meu em termos musicais. ele revela algumas ideias, conceitos e uma filosofia muito própria daquilo que entendo ser o nosso Portugal, por exemplo. aquilo que entendo ser a nossa juventude, as nos-sas conquistas e desafios enquanto portugueses... e o tema do José Mário branco é tão e cada vez mais atual... e que a voz do JP simões traz para o presente.

Quarta: Noiserv - Bullets on Parade (One Hundred Miles from Toughtlessness, 2008)o noiserv foi responsável pela componente musical do meu filme sobre os Maias de eça de Queirós e foi escolhido a dedo pelo fato da sua música ser reveladora de muita imagem, daí que fosse a minha primeira seleção para a banda so-nora do filme. Qualquer um dos temas dele seria uma boa escolha mas senti que, se escolhesse um dos temas da banda sonora, iria sentir que lhe faltava a componente imagética do filme.

Quinta: Broken Bells - The High Road (Bro-ken Bells, 2009)os broken bells são a banda que me tem vindo a

acompanhar ultimamente, com a qual me identi-fico e cujas letras me transportam para um outro hemisfério, são fantasiosas e simultaneamente reais e permitem-nos ir a ambientes de jardim, de natureza, focando também aspetos como a amizade, o devaneio e a procura de outras reali-dades. os broken bells permitem isto: viagens por outros campos e por outras sensações.

Sexta: Kings of Convenience - Misread (Riot on an Empty Street, 2004)Vi-os no theatro circo, num episódio muito engraçado: este é um concerto típico daqueles que se assiste com amigos. combinámos um breve petisco antes do concerto sob a promessa de que regressaríamos depois para continuar a refeição. no fim do concerto, estávamos de tal modo em êxtase devido à beleza do concerto que decidimos convidar a banda a jantar connosco! Quando voltámos, vínhamos acompanhados pela banda e eles sempre muito curiosos em nos querer con-hecer... Partilhámos momentos de muita beleza e amizade.

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GEL

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Page 14: Jornal ACADÉMICO 11

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

bRuno feRnandes

[email protected]

Um programa, criado por investigadores da Univer-sidade de Darmouth, nos Estados Unidos, promete descobrir até que ponto uma imagem foi alterada no Photoshop.O software, desenvolvido por Hany Fraid, professor de Ciências da Computa-ção, e por Eric Kee, aluno de doutoramento da mesma disciplina, permite identifi-car o modo como a foto foi adulterada, numa escala que vai de 1 a 5, em que o grau 1 significa que a ima-gem sofreu apenas alguns retoques e o grau 5 significa que a imagem foi completa-mente alterada.

A ideia da criação do pro-grama surgiu da proposta legisladora, apresentada em diversos estados europeus, de aplicar uma catalogação para as imagens, caso estas sejam alteradas digitalmen-te, isto é, colocar uma eti-queta ou uma informação vísivel de que aquela ima-gem havia sido manipulada.“Fiquei intrigado com o pro-blema”, referiu Hany Fraid ao “The New York Times”. “Classificar as fotos como sendo ou não alteradas, apenas, parece-me ser uma abordagem muito brusca.”Os dois programadores te-cem críticas a esta proposta de legislação.A proposta pretende uni-formizar a classificação das imagens quando, segun-do os autores do software,

não há photoshop que resista!

sÓnIa sIlVa

[email protected]

Emails do líder da Apple estão à venda

Depois da biografia de Steve Jobs, foi lançado um volume que reúne alguns dos emails en-viados pelo ex-líder da empresa norte–americana de tecnolo-gias. “Letters to Steve: Inside de E-mail Inbox of Apple’s Steve Jobs” é o nome do livro digital, assinado por Mark Millan, jor-nalista da CNN.Entre outros, este documento disponibiliza respostas a queix-

as de clientes e comentários pessoais enviados pelo ex–líder da Apple. O livro está à venda na Amazon, em formato com-patível com o Kindle e, por-tanto, com todas as aplicações gratuitas que permitem aceder aos ebooks da marca em smart-phones e computadores.

Kinect 2 detecta emoções dos utilizadores

Segundo informações apresen-tadas no site Eurogamer, a nova Kinect, terá a capacidade de ler os lábios e será sensível às mudanças emocionais dos uti-

lizadores. Esta tecnologia terá também suporte para Windows. Esta informação ainda não está totalmente confirmada. Con-tudo, afirma-se que a evolução da Kinect será centrada num sensor de movimento muito desenvolvido e numa unidade de reconhecimento de voz. Será tão evoluído que permitirá ler os lábios dos utilizadores, detectar alterações no volume da voz e nas expressões faciais, facili-tando a medição das emoções. Confirmado está que esta tec-nologia possuirá ligação ao Windows e que o seu hardware sofrerá algumas modificações.

Coreia do sul cria guardas–pri-sionais robotizados

Os novos robôs serão testados em Março, num estabelecimen-to prisional de Pohang. Estas máquinas, amarelas e brancas, estão equipadas com quatro ro-das, com câmaras e sensores. Os robôs não foram criados para intervir directamente, mas para avisar. Quando detectam algum problema entram em contacto com os guardas huma-nos, estando programados para identificar comportamentos vio-lentos e suicidas. Investigador universitário re-

sponsável pelo projecto, Lee Baik-Chu, da Universidade de Kyonggi, explicou, à agência sul-coreana Yonhap e citado pela BBC, que o robô deve parecer amistoso para os reclusos.

twittadas

“toda a gente sabe que es-tas [as modificações] são de diferentes tipos. Quando é que é demais? Isso levou--nos a pensar se seria pos-sível fazer essa quantifica-ção”, referiu Hany Fraid à revista “Wired”. O software está concebido para imitar as percepções humanas perante as ima-gens.Para que isso acontecesse,

DR

foram recrutadas centenas de pessoas online que ava-liaram conjuntos de fotogra-fias do “antes” e do “depois”. A avaliação destas pessoas, na escala do 1 a 5, foi depois incorporada no programa. Fraid vai afirmando que o software pode ser um veí-culo de auto-regulação. “Os publicitários têm razões le-gítimas para alterar as foto-grafias de forma a apelar à

fantasia e vender produtos, mas estão a ir um bocadi-nho longe demais. Corrige--se uma coisa e depois outra e, em breve, parece-se com uma Barbie!”, defende o in-vestigador. “Os publicitários devem criar incentivos a re-duzir o retoque.Modelos, por exemplo, po-dem bem dizer: ‘Eu não quero ser um 5! Eu quero ser um 1!’”, conclui.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

> 16 DEZEMBRO 11

Data limite para entrega de candidaturas ao “OUSAR 2011”

> 31 DEZEMBRO 11

Data limite para entrega de candidaturas ao

“13º Prémio Jovem Empreendedor”

>

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM,

noticia...

O Avepark acolheu a sessão de abertura da 1ª Edição do Laboratório de Empresas no passado dia 29 de Novem-bro.O Laboratório de Empresas é uma iniciativa do Spinpa-rk – Centro de Incubação de Base Tecnológica, opera-cionalizada pela TecMinho, que visa apoiar a fase de pré-arranque e arranque de empresas.Os destinatários da inicia-tiva são empreendedores com projetos empresariais

de conhecimento intensi-vo ou de base tecnológica que estejam interessados na melhoria do respetivo plano de negócio e no apoio para a entrada no mercado. Nesse sentido, o Laborató-rio de Empresas assentará a sua atuação numa lógica de apoio personalizado aos em-preendedores fornecido por consultores especializados e terá como base o diagnósti-co e a avaliação dos proces-sos operacionais e de gestão, dando o suporte na identifi-

cação dos pontos críticos e indicando ações capazes de auxiliar no processo de me-lhoria contínua de um negó-cio inovador.Em cada edição do Labora-tório de Empresas funcio-narão 5 Sessões Coletivas onde se irá abordar a for-malização e Constituição de Empresas, como gerir uma PME; marketing, Imagem e Comunicação ; técnicas de Vendas e Negociação Co-mercial e ainda Internacio-nalização da empresa.

SpinPark e TecMinho apoiam o arranque de novas empresas

O Prémio do Jovem Empre-endedor é um projeto da ANJE - Academia dos em-preendedores.Poderão candidatar-se ao Prémio do Jovem Empreen-dedor todos os jovens por-tugueses com idade com-preendida entre os 18 e 35 anos, promotores de proje-tos de criação ou expansão de empresas com caracte-rísticas inovadoras e exequí-

veis. Está excluída a partici-pação no Prémio do Jovem Empreendedor de pessoas pertencentes aos quadros de pessoal e cargos dirigentes da Instituição promotora – ANJE, assim como projetos que já participaram em edi-ções anteriores.

Mais informações em:www.anje.pt

13º Prémio do Jovem

Empreendedor (ANJE)

Entrega de candidaturas

até dia 31 de Dezembro

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CULTURA

José Mateus PInheIRo

[email protected]

No passado dia 30 de No-vembro o Theatro Circo foi o palco selecionado para a realização de mais uma edi-ção do 1º Dezembro, récita de grupos culturais, cuja organização esteve a cargo do Departamento Cultu-ral e Tradições Académicas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Ao longo de mais de quatro horas, a comuni-dade académica - e não só - pôde usufruir de perfor-mances musicais que pri-maram pela boa-disposição, dinamismo e, acima de tudo, pela qualidade, haven-do ainda espaço para críticas humorísticas enquadradas no panorama sócio-político dos dias de hoje.A actividade teve o seu “pontapé de saída” dado pelo Coro Académico da Universidade do Minho

(CAUM), surpreendendo a plateia com reinterpretações marcantes de hits inter-nacionais como “Fix You”,

é desta (boa) cultura que vivem os grupos minhotos

seguindo-se a Tuna Univer-sitária do Minho (TUM), que presenteou a população bracarense com temas eter-

nos como “O Abraço Acon-tece”. Posteriormente, o Te-atro Universitário do Minho encarregou-se de cativar o público assistente com mo-nólogos inspiradores, dando depois lugar à Tun’Obebes. Houve ainda espaço para a percussão, tão ensurde-cedora quanto eletrizante, dos Bomboémia, sendo o primeiro segmento da noite encerrado pela Afonsina.Depois de um breve interva-lo, o Grupo de Fados e Sere-natas iniciou a segunda par-te, seguindo-se o Grupo de Poesia da UM e uma das tu-nas femininas mais popu-lares da academia minhota, a Gatuna. Por outro lado, a crítica social esteve a cargo dos Jograis e da Opum Dei, cujos comentários morda-zes divertiram todos os pre-sentes. A percussão ainda foi prolongada com uma performance dos iPUM, tendo a Azeituna fechado o espectáculo com a apre-sentação de melodias como “Tudo o que eu te dou”,de Pedro Abrunhosa, que iria pisar aquele palco dois dias depois.Para Sónia Duarte, vice-

-presidente do CAUM, “o 1º Dezembro é uma actividade cultural imensa que visa a promoção dos grupos cul-turais da UM. Sentimo-nos motivados aquando da acei-tação do convite, dado que nos foi dada a oportunidade de mostrar o nosso reper-tório, assim como os novos elementos que integram a nossa equipa.”Por fim, no parecer de Mi-guel Araújo de Barros, vice-presidente do Departa-mento Cultural e Tradições Académicas da AAUM, ”O 1º Dezembro destacou-se como uma homenagem digna aos heróis de 1640, dando espaço aos grupos culturais para demonstra-rem a sua versatilidade, o que se reflectiu na lotação esgotada. Consecutiva-mente, a actividade pautou, acima de tudo, pela irreve-rência, demonstrando que não devemos deixar cair as figuras do nosso passado no esquecimento. Em suma, é fundamental reavivar as tradições académicas que existem não só na nossa comunidade como também na cidade de Braga.”

Azeituna fechou a noite em que os grupos culturais mostraram o que valem

Tuna Universitária voltou a dar um brilho especial ao espectáculo

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PÁGINA 17 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 48 / 201102 DEZEMBRO

1 RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

2 KILLS, THE - Baby says

3 WILCO - I might

4 WASHED OUT - Amor fati

5 BEIRUT - Santa Fé

6 WE TRUSTTime (better not stop)

7 M83Midnight city

8 NEON INDIANFallout

9 JP SIMÕES E AFONSO PAIS A marcha dos implacáveis

10 HORRORS, THEChanging the rain

11 NIKI & THE DOVEThe fox

12 DEUSConstant now

13 MÃO MORTAEstância balnear

14 WHO MADE WHO - Every minute alone

15 LAMB - Another language

16 LUÍSA SOBRAL - Xico

17 NOISERV - Palco do tempo

18 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

19 PJ HARVEYThe words that maketh murder

20 DOISMILEOITOQuinta feira

POST-IT

05 > 09 Dezembro

OS LACRAUSUm Peito Em Forma De Bala

CANYONS Tonight

TOM VEKSomeone Loves You

BRAGA

TEATRO22 e 23 de DezembroO escaravelho contadorTheatro Circo

13 a 15 de DezembroÚltimo Acto – CTBTheatro Circo

CINEMA20 de DezembroCinema FaladoTheatro Circo

12 de DezembroO Mundo no arame – welt am drahtTheatro circo

GUIMARÃESDANÇA17 de DezembroRomeu Runa CCVF

MÚSICA16 de DezembroLuísa SobralCCVF

14 de DezembroConcerto inaugural da fundação orquestra EstúdioCCVF

21 de DezembroÓpera de todosCCVF

FAMALICÃOMÚSICA10 de DezembroMafalda Veiga – ZoomCasa das Artes

LEITURA EM DIAMaria Botelha, a Garrafa Aventureira de Pedro Seromenho (Paleta de Letras). A reciclagem explicada aos mais pequenos com muito engenho e criatividade.

O Sentido do Fim de Julian Barnes (Quetzal). Um romance admirável, uma obra literária perfeita.

A Casa das Auroras de Cristina Carvalho (Editorial Planeta). Um dos trabalhos

literários mais importantes da moderna literatura portuguesa de 2011.

Caderneta de Cromos Contra-Ataca de Nuno Markl; Ilustr. Patrícia

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Furtado(Objectiva). Outros tempos, outros consumidores, ou nós à procura da publicidade perdida - hilariante.

Conspiração 365 – Agosto de Gabrielle Lord (Contraponto). Continua a aventura alucinante de Cal - uma grande saga juvenil.

Paulo sousa

[email protected]

Parallax é o fenómeno vi-sual que afecta a percepção dos objectos a diferentes distâncias, dependendo da posição dos observadores. Este termo é também usa-do em Astronomia e agora é também o título do ter-ceiro disco de Atlas Sound. Para quem não sabe, Atlas Sound é mais uma forma que Bradford Cox (sim, o dos Deerhunter) encontrou para exorcisar os seus fan-tasmas. E ainda bem que o faz, porque ele é um dos artistas mais interessantes e

criativos da cena indie con-temporânea.No ano passado, os De-erhunter brindaram-nos com um dos melhores dis-cos dessa colheita de 2010. Neste ano de 2011, como o colectivo não lançou mais do que um registo ao vivo, eis que surge “Parallax”, ou uma forma relativamente diferente de Bradford Cox explorar o som, ou como o próprio desabafa: “It’s all about parallax, man. Five years for one person is 20 for another, you know? It’s like, if a car is coming to-wards you down a highway and you’re going towards it, it’s like this distortion of

CD RUM“it’s all about parallax”

how fast things go by. And I guess my time as a musi-cian has gone by so fast that I realized that I have no per-sonal life. The other guys in Deerhunter, they all found things. And I just have mo-nomania”.Monomanias e paralaxes à parte, este disco orienta--se mais para a canção pop, se o compararmos com os seus 2 antecessores. “Mona Lisa”, o tema de mais fácil audição, conta até com a voz de Andrew VanWyngarden dos MGMT. “Parallax”, com edição da 4AD, é um álbum onde denotamos uma orien-tação mais concreta, mais planeada, mas sem pôr de

lado a experimentação e a conjugação dos elementos electrónicos com a guitarra clássica. Talvez por pressão da editora que, lá no fundo, o que pretende é vender dis-

cos. Mas o ambiente de so-nho, de fantasia, de viagem interior, continua bem pa-tente em praticamente todo o disco. Bradford Cox nunca nos decepcionará.

DR

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PÁGINA 18 // 12.DEZ.11 // ACADÉMICO

DESPORTO

PUB.

universidade do minho vencexxv jogos galaico-duriensescaRlos Rebelo

[email protected]

Decorreram nos dias 29 e 30 de Novembro os tradicionais “Jogos Galaico-Durienses”. Nesta que foi a sua 25ª edi-ção, com o apoio do Agrupa-mento Europeu de Coopera-ção Territorial Galícia Norte de Portugal, Tui e Valença foram as cidades anfitriãs, onde as modalidades esco-lhidas foram o futsal e o bas-quetebol, numa competição mista, ou seja, atletas mascu-linos e femininos alinhavam na mesma equipa da sua res-pectiva universidade. Recorde-se que o início des-tes Jogos Galaico-Durienses remonta ao ano de 1993, onde a 1ª organização do evento decorreu na Universi-dade da Corunha. Esta com-petição visa juntar e aproxi-mar, através do desporto, as

seis universidades do Norte de Portugal e Galiza (Uni-versidade do Minho, do Por-to, de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Corunha, de Vigo e de Santiago de Composte-la) com o objetivo de reunir estudantes, professores e funcionários das mesmas instituições. Quanto à competição des-portiva, a Universidade do Minho (UM) foi a vencedora desta edição, com a moda-lidade de futsal a obter o 1º lugar e o basquetebol o 3º lugar.

FutsalEsta modalidade tinha como “regra” que os elementos masculinos de cada equipa disputavam dois períodos de sete minutos, intercala-dos por mais dois períodos de sete minutos, em que só jogavam os elementos femi-ninos.

No primeiro jogo, a UM de-frontou a Universidade de Vigo e onde os atletas mi-nhotos demonstraram que estavam ali para obter o 1º lugar na modalidade, ao vencer o jogo por 4-2. Já no segundo jogo, frente à Uni-versidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), os minhotos não foram além de um empate a zero bolas. Apesar deste empate, a UM conseguiu a passagem para a final, fruto do melhor “goal average”, onde iria enfrentar a Universidade da Corunha (UDC). Num jogo muito emocionante, os minhotos começaram melhor, ao con-seguir uma vantagem de dois golos, mas rapidamente responderam os “nuestros hermanos” igualando o jogo a dois. Já no último período, a UM marcou e conseguiu aguentar o 3-2 até ao fim do jogo, ficando assim em 1º lu-gar da modalidade.

BasquetebolPara esta competição, o bas-quetebol da UM apresentava--se como um das candidatos à vitória, enfrentando logo no primeiro jogo deste torneio, outra equipa candidata, a Universidade do Porto (UP). Este jogo foi uma espécie de final antecipada com mui-ta disputa e emoção até aos últimos segundos, onde a UM não conseguiu concre-tizar alguns lançes livres no final jogo, acabando por per-der por 57-56. Apesar de, no

segundo jogo, os minhotos vencerem por uma margem de pontos bastante expressi-va a formação da Universi-dade de Vigo, não consegui-ram chegar à final, uma vez que a UP venceu a equipa da Universidade de Vigo. Sendo assim, a formação minho-ta disputou o 3º e 4º lugar frente à UDC, onde venceu com um avultado (73-39), ga-rantido assim a 3ª posição. Já na final a UP mostrou a sua supremacia frente à UTAD, vencendo por 60-37.

Com estes resultados nas respetivas modalidades, a UM conseguiu o 1º lugar da classificação geral seguido da UTAD, UP, UDC, U. Santia-go e U. Vigo, respectivamen-te.Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presen-tes personalidades ligadas às universidades e ao desporto, entre as quais, o Reitor da UM, o professor António Cunha, o Adjunto do Secre-tário de Estado do Desporto e Juventude, André Pardal, e o Secretário-geral do Des-porto da Galiza, José Ramon Lete e Elvira Vieira, Diretora do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galicia - Norte de Portu-gal, que sublinhou que esta edição “ficou marcada pelo bom exemplo da cooperação transfronteiriça entre univer-sidades portuguesas e espa-nholas, bem como entre as cidades de Valença e Tui”.

Minhotos alcançaram resultado importante

Foi, acima de tudo, uma vitória muito suada.No confronto que colocou fr-ente a frente último e penúl-timo classificados do principal escalão do futsal em Portugal, o Sp. Braga/AAUM, a jogar em Nogueiró (casa emprestada) bateu o Loures por 6-5 num jogo electrizante.Do lado da equipa da casa per-cebeu-se que todo o sofrimento pareceu excessivo, isto se hou-vesse uma comparação entre a qualidade que as duas equipas apresentaram em campo.Jefferson ao minuto 1 inaugurou a partida. Até aos 11 minutos, mais quatro golos, tornando esta partida muito emotiva e com muita velocidade dentro das quatro linhas. Ao intervalo o resultado registava 4-3, favoráv-el aos da casa. Na segunda par-te e emoção continuou e, fruto de alguns erros, o resultando foi-se arrastando para o derra-deiro 6-5.Pedrinho (2), Jefferson, Zé Rui, André Machado e um auto-golo de Mingo foram os autores dos golos do lado do conjunto liderado por Pedro Palas.Este resultado permite aos min-hotos abandonarem a posição de “lanterna vermelha” do Campeonato, ao mesmo tempo que coloca os lourenses nos lugares de descida directa.

espaçoscbraga/aaumby DVS

FADU

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A organização de Braga 2012 assinalou o dia 5 de Dezembro, Dia Internacio-nal do Voluntariado com um seminário, organizado em colaboração com a Ju-ventude Cruz Vermelha de Braga. O seminário, com o tema “Descobre o Voluntário que há em ti”, decorreu no audi-tório da Faculdade de Filo-sofia da Universidade Cató-lica durante a tarde e contou com a presença de Hugo Pires, presidente do Con-selho de Administração da Fundação Bracara Augusta e David Rodrigues, presi-dente da Juventude Cruz Vermelha de Braga. No seminário foi debatida a importância do voluntaria-do para a coesão social e o contributo dos voluntários para as acções de Braga. Hugo Pires, presidente do Conselho de Administra-ção, mencionou que Braga 2102: Capital Europeia da

Juventude “apresenta vários eixos estratégicos relativos ao seu projecto de volun-tariado como ferramenta de desenvolvimento dos Jovens”. Acrescentou ain-da que “as competências desenvolvidas pelos jovens que fazem voluntariado são valorizadas pelo mercado de trabalho, cada vez mais exi-gente” David Rodrigues, Presi-dente da Juventude Cruz Vermelha de Braga, salien-tou que “vivemos um novo paradigma de voluntariado, cada vez mais exigente e focado na gestão de recur-sos humanos”. Além disso, salientou que “a Juventude Cruz vermelha de Braga desenvolve os seus projectos tendo em conta estas neces-sidades e este novo paradig-ma”. A Juventude Cruz Verme-lha está presente com uma acção para angariar voluntá-rios no Continente de Braga

até ao Natal, com a acção “Embrulhe Esta Causa”. O Projecto de Voluntariado de Braga 2012: Capital Eu-ropeia da Juventude é uma oportunidade para os jovens se envolverem no projecto durante o ano de 2012, aju-dando a organização e par-ticipando activamente nas actividades.

Para mais informações so-bre como tornar-se voluntá-rio da Cruz Vermelha, visi-tem a página da Juventude Cruz Vermelha Braga ou contactem via email: [email protected] ou [email protected]! Para saber mais sobre o Projecto de Voluntaria-do de Braga 2012 ou para se inscrições, contacte via email [email protected] ou veja em fa-cebook.com/BragaCEJ2012 no espaço “Projecto de Vo-luntariado”!

Braga 2012 e Juventude CruzVermelha celebram Dia Internacional do Voluntário com seminário

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GUIMARÃES

2012

CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA

21 DE JAnEIRO 21 DE DEzEmbRO