jornal acadÉmico - edição 4 - 2011/2012

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Praxe académica Proibição à vista? Minho em grande na gala FADU O dia-a-dia na guitarra e voz de Old Jerusalem desporto Página 18 Página 16 Indignados de todo o país saem à rua contra a austeridade económica Página 08 nacional cultura T-shirts desenvolvidas na UM chamam a atenção da Nike e da Adidas Página 05 Magia vai andar no ar no XVI TROVAS campus O jantar de todos os “caloiros” Página 04 campus campus Página 03 Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 153 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 18.OUT.11 academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico twitter.com/jornalacademico Reportagem ACADÉMICO sobre as praxes na U.M.

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jornal da academia

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Page 1: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

Praxe académica

Proibição à vista?

Minho em grande na gala FADU

O dia-a-dia na guitarra e voz de Old Jerusalem

desporto

Página 18 Página 16

Indignados de todo o país saem à rua contra a austeridade económica

Página 08

nacional

cultura

T-shirts desenvolvidas na UM chamam a atenção da Nike e da Adidas

Página 05

Magia vai andar no ar noXVI TROVAS

campus

O jantar de todos os “caloiros”

Página 04

campus

campus

Página 03

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA153 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 18.OUT.11

academico.rum.pt facebook.com/jornalacademicotwitter.com/jornalacademico Reportagem ACADÉMICO sobre as praxes na U.M.

Page 2: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

Praxes, praxes e mais praxes.É, sem dúvida, o tema que marca a actualidade na Universidade do Minho. São muitos os factos que gostaria de destacar neste espaço, mas permitam-me apenas sublinhar alguns.Começo pelas notícias que vieram a público na passada semana. São 99% mentira (apenas não generalizo para todas as situações porque desconheço algumas delas). É necessário que alguns dos pais destes “caloi-ros” tenham noção da juventude dos seus filhos, dos interesses e vontades dos mesmos e que não pensem que “beber ou fumar” seja obra dos diabos da praxe. “Encher”, “ficar de 4”, “marchar” são rituais que não humilham ninguém. Eu mesmo fiz todo este processo praxístico (praxei e fui praxado) e em muito me or-gulho. Apenas fortaleceu as minhas relações pessoais com colegas e contribuiu para uma maior integração neste novo mundo.Todos os anos é a mesma discussão. Praxe, sim ou não? Todos os anos digo sim à praxe com fundamento. Digo, e continuarei a dizer não a toda a praxe que possa comprometer qualquer integração de alguém em algum local em alguma altura.Permitam-me também dizer que há quem praxe com mais veemência que outros. Há alguns que se aprovei-tam do traje para soltar uns berros enclausurados há anos. A esses, aconselho moderação.Agora falemos no pós-notícias dos “correios” e nas suas reacções.Parece-me, no mínimo estranho, estarem aqui a criar uma tempestade num pequeno copo de água. Centro--me, claro está, na reacção ao comunicado do Sr. Reitor da UM. O mesmo relembrou, e bem, que a praxe ofensiva e abusiva dentro do campus não era permitida. Repito “praxe abusiva e ofensiva”. Daí que a praxe pode e vai continuar na UM, desde que esta não afecte o normal funcionamento da instituição, não emita ruído excessivo e não atentem nem configurem “ofensas à integridade e dignidade humanas”. Nenhuma novidade portanto.Agora a reacção à reacção da reitoria.Vemos manifestações de “praxantes”, culto ao “código da praxe” (como se de a Bíblia se tratasse), vídeos promotores da praxe (com auxílio daquelas músicas inspiradoras que costumam pintar um belo comício político)... Tudo isto porquê? Todo este insurgimento por não se poder praxar de forma violenta dentro dos campi? Mas já era suposto praxar-se dessa forma no passado? Ou alguém o fez? Quem não tem medo, nada deve temer, digo eu.A praxe na Universidade do Minho deve continuar. Deve continuar a ser um exemplo de camaradagem e companheirismo que ensina alguns valores que se leva para o Mundo.Não façam por ter medo e integrem os vossos novos colegas e dêm um exemplo cabal que há muitos anos se fez um STOP à praxe ofensiva na UM.Até para a semana!

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“Indignados”Foram muitos no passado Sába-do. Ainda assim, aqueles que em Março viam neste movimento uma oportunidade para derrubar Sócrates & boys, agora acham--se no direito de dizer que estão a fazer o melhor e que esta ma-nifestação é desajustada. Cores partidárias à parte, percebam que esta não é a sua luta.Não se aproveitem, portanto.

Sp.Braga/AAUMInfelizmente a equipa não está a cumprir neste início de tempora-da. Apesar de superior em muitos dos jogos, a turma minhota não foge, neste momento, ao último lugar da tabela. Não está por isso a correr de feição este ano de es-treia na 1ª divisão. Espera-se que nas próximas jornadas haja pon-tos a cair para os lados de Braga, senão está hipotecada a época.

Atreve-te 2011Em tempos de crise e sufoco, o que será do nosso futuro se não acreditarmos nele e acreditarmos também que esta juventude tem valor. Precisamos de ser empre-endedores e atrevidos.O Atreve-te 2011 chega ao Minho para nos mostrar o que de bom se produz no país. O ano passado foi exemplo disso, por isso... Há razões para acreditar!

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 18 Outubro 2011 / N153 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

Page 3: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 03 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

CAMPUSmagia vai andar no ar no XVI trovasângela coelho

[email protected]

Este ano a Gatuna, Tuna Feminina Universitária do Minho, apresenta pela 16ª vez o Trovas, Festival Inter-nacional de Tunas Femi-ninas, que se realizará no próximo dia 29 de Outubro, pelas 21h, no Theatro Circo, em Braga. À semelhança dos anos an-teriores, a Gatuna põe a con-curso algumas das melho-res tunas a nível nacional. O festival vai contar ainda com a participação extra--concurso da TUM - Tuna Universitária do Minho e a apresentação ficará a cargo dos Jogralhos – Grupo de Jograis da Universidade do Minho.

Sofia Patrão, presidente da tuna feminina, revela ao ACADÉMICO que “as ex-pectativas são muito eleva-das” para este XVI Trovas. “O ano passado foi o regres-so do festival ao Theatro Cir-co e correu muito bem, por isso, no mínimo, queremos manter a qualidade”, acres-centa a aluna de Medicina.O tema da edição deste ano é a Magia, um tema que esperam que possa “trazer um pouco mais de encanto a este festival”, explica a pre-sidente da Gatuna.O programa inclui momen-tos mágicos, com a partici-pação especial da escola de magia “Oliver Magic”.

Animação no centro da cida-de de BragaA tuna anfitriã tem ainda,

no dia 28, preparado um jantar de recepção às Tunas a que se segue então uma

és atrevido? com muito gosto!Fabiana oliveira

[email protected]

Estamos numa altura em que é difícil olhar com cla-reza para o futuro e respec-tivas saídas profissionais depois de terminar o curso. Desta maneira, e para ten-tar dar a volta por cima, há uma palavra que está cada vez mais na moda: empre-endedorismo. Assim, as associações académicas do Minho (AAUM), Coimbra (AAC), Aveiro (AAUAv), da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (AE-FCUP) e de Trás-os-Montes

e Alto Douro (AAUTAD) juntaram-se e organizaram o “Atreve-te 2011”.Para ficar a conhecer me-lhor este concurso, dia 19 de Outubro (quarta-feira) irá realizar-se o “Momentos Atreve-te”, entre as 15h00 e as 16h30 no Auditório B2, Complexo Pedagógico 2, no Campus de Gualtar. O concurso está aberto a todos os jovens estudantes ou recém-licenciados do En-sino Superior, a nível nacio-nal, que se atreverem a par-tilhar projectos inovadores. O propósito do concurso passa por desenvolver o es-

pírito de iniciativa e de natu-reza empresarial nos jovens.A criatividade é bastante importante para se conse-guir chegar à inovação e, assim, contribuir para o crescimento da economia portuguesa. O “Atreve-te” pretende divulgar casos de sucesso junto dos agentes económicos e ser uma refe-rência do empreendedoris-mo no âmbito universitário. Os candidatos serão avalia-dos segundo o seu perfil e capacidade de síntese, grau de viabilidade, criatividade e inovação do projecto.As candidaturas poderão ser

feitas até ao dia 2 de Dezem-bro e a gala final realizar-se--á, este ano, na Universida-de do Minho (UM), nos dias 14 e 15 de Dezembro.No “Momento” de quarta--feira, dia 19, também será

abordado o tema “A impor-tância da iniciativa como característica empreendedo-ra”, que contará com a pre-sença de Pedro Fraga da em-presa F3M e Tiago Sequeira do Factory Business Center.

festa subordinada ao tema no Bar Académico de Braga.Na tarde do dia 29, a Aveni-

da da Liberdade vai parar, com uma pequena demons-tração por parte das diversas tunas e ainda workshops da escola Oliver Magic e a actu-ação dos iPUM.Depois do espectáculo, a noite continua no Sardinha Biba.Os prémios oferecidos às tunas são feitos pelos jovens do Centro de Actividades Ocupacionais da Associação Portuguesa de Pais e Ami-gos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).Esta é uma parceria iniciada no ano passado e que muito orgulha a Gatuna: “É uma maneira de eles se diverti-rem, de irem ver as tunas, e claro que nós também fi-camos a ganhar, porque os prémios são lindíssimos”, conclui Sofia Patrão.

AAUM

gatunaMagia é o tema deste ano

Concurso premiou, na edição

2010, a SilicoLife

Page 4: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 04 // 18.OUT.11 // ACADÉMICOCAMPUS

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o jantar de todos os caloiros

adriana couto

[email protected]

Já é tradição da academia minhota acolher bem os seus alunos e a Gatuna – Tuna Feminina Universitá-ria do Minho, há treze anos que se alia ao bem acolher os “caloiros” através de um jantar que reúne no espa-ço da cantina do campus de Gualtar, todos os novos alunos dos mais variados cursos.Soube-se que a noite ia co-meçar da melhor forma quando, ao fundo, se come-çou a ouvir os cânticos de curso que os alunos entoa-vam enquanto aguardavam

a sua entrada na cantina.Os dois pisos da cantina, foram preparados a rigor para acolher a iniciativa da Gatuna e receber os alunos que, durante quatro horas, transformaram a típica can-tina num verdadeiro arraial onde a animação reinava.

Da macarena à passerelle

Entre muitas guerras de curso, dança e os mais varia-dos cânticos, os Bomboémia abririam a noite, deixando o público presente a aplaudir ao ritmo das suas músicas. Também a Tuna Académi-ca do Minho quis marcar a diferença, cantando músi-cas conhecidas de todos os

alunos, o que levaria a que estes se lhes juntassem na

cantoria e pusessem todos os presentes a dançar a céle-bre “Macarena”.Nas pausas, a música ficava a cargo das meninas da Ga-tuna, mas depressa o azul dos iPum e da Azeituna tomou conta de toda a canti-na, tendo havido tempo para um encore da Azeituna, a pedido de muitas caloiras.Entre comboios que se for-mavam nos corredores do espaço, sorrisos e toda a boa disposição já habitual num convívio destes, houve ain-da tempo, para delírio dos cursos participantes, para um desfile de moda pro-movido pela Gatuna, com o objectivo de eleger a miss e o mister Caloiro 2011, que

fez com que os manequins improvisados arranjassem fortes claques por parte dos respectivos cursos.Acabaria a noite no campus com uma sessão de karaoke, mostrando a energia e dotes musicais dos jovens alunos.Apesar da quebra em re-lação às inscrições do ano passado, os alunos, segundo a Gatuna, estiveram mais animados e interagiram sem receios com os grupos culturais presentes e nem mesmo a presença do Papa da Academia e do Cardeal Patriarca por Braga no jan-tar os deixou com receio, tendo a noite continuado no Bar Académico e na discote-ca Sardinha Biba.

A cantina do campus de Gualtar enfeitou-se para receber os novos alunos da academia, naquela que foi a 13ª edição do Jantar do Caloiro organizado pela Gatuna

AAUM

AAUMAzeituna também marcou presença na festa

Sorrisos e diversão foram nota constante

na Noite do Caloiro

Page 5: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

CAMPUSPÁGINA 05 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

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José Miguel lopes

[email protected]

Investigadores da Universi-dade do Minho (UM) desen-volveram um novo tipo de t-shirt que permite regular a humanidade e a tempera-tura do corpo. A inovação terá já chamado a atenção de empresas como a Nike e a Adidas.As camisolas em questão permitem ainda prevenir o aparecimento de irritações na pele, uma vez que di-ficultam o surgimento de micro-organismos. Devido

a estas características, são vistas como ideias não só para a prática futebolista, mas também para outros desportos. Por este motivo, organizações gigantes do setcor estarão interessadas no projecto. Segundo o portal de infor-mação online da UM, os clubes de futebol Sporting Braga, Vitória (Guimarães) e Académica já adoptaram a inovação. Citado por este órgão de comunicação, o co-ordenador do projecto, Raul Figueiredo, explica que a ideia “surgiu da observação do desempenho de camiso-las utilizadas em diversos

t-shirts desenvolvidas na UM chamam a atenção da nike e da adidas

crónica erasmus: ambiguidades

rita Magalhães

[email protected]

Estudante Erasmus da Universidade do Minho em Manchester (Reino Unido)

Quando visto à distância, estudar fora do país é uma experiência incrível que de-senvolve a nossa indepen-dência, o nosso sentido de responsabilidade e até pode ser o melhor momento de toda a nossa vida. O que não deixa de ser verdade, apenas se acrescenta a realidade: saímos da nossa zona de conforto, partimos para um país que, para muitos, é ab-solutamente desconhecido, à descoberta de uma “nova” vida. Com tudo isto, vem a saudade de casa, a vontade de fugir quando algo cor-re mal ou pelo menos não

corre como nós queremos, o desespero quando quere-mos explicar algo que nou-tra língua é uma autêntica missão impossível, mas no fim, temos a recompensa de que o fizemos sozinhos, sem ajuda e que, por isso, testamos as nossas capaci-dades e os nossos limites.

desportos”, a partir da qual se concluiu que existiam “dificuldades na humidade gerada pelo suor do atleta”. O investigador acrescenta que este tipo de problema é, por vezes, decisivo nos re-sultados de qualquer atleta.Já sobre o alegado interes-se de organizações como a Nike no produto, Raul Figueiredo mostra algum cepticismo. “Sabemos que as negociações com multi-nacionais decorrem sempre ao longo de largos períodos e nem sempre se traduzem em resultados positivos”, afirma o investigador, cita-do pela mesma fonte.

A empresa Lacatoni, sedia-da em Braga, é por agora

a única a comercializar t--shirts com esta inovação.

De um lado temos uma nova rotina: a casa e as ta-refas domésticas como uma simples ida ao supermerca-do mais próximo, a faculda-de e o curso que ainda que sejam minimamente pare-cidos com o que estamos ha-bituados notamos sempre algumas diferenças, o con-

vívio 24h sobre 24h com as pessoas com quem vivemos e a forma como aprendemos a lidar com isso. Do outro lado temos a descoberta: as pessoas novas, as grandes festas, as viagens e os pas-seios, a vontade de conhecer e de fazer mais e melhor. Há, sem dúvida alguma, uma ambiguidade gigante de sentimentos e emoções, de pensamentos e acções, de como fazer e fazê-lo.Pequenas contradições que todos os dias nos fazem crescer mais um pouco e aprender um pouco mais sobre nós.

DRSp. Braga, Vitória e Rio Ave usam estas camisolas

Page 6: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

CAMPUSPÁGINA 06 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

elsa Moura

[email protected]

Esta quarta-feira, 19 de Ou-tubro, o Departamento de Ciências da Comunicação e o Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade organizam um workshop de rádio, denominado ‘ Do guião ao Microfone: como conceber um programa de rádio?’Coordenada pela professo-ra Madalena Oliveira, esta primeira formação dedica-da à rádio está a cargo de Luciano Maluly, Professor da Universidade de S. Paulo

(Brasil).Especialmente dirigido a alunos dos três ciclos de estudos em Ciências da Co-municação e outros mem-bros do CECS, o primeiro workshop decorre esta quar-

ta-feira no Instituto de Ci-ências Sociais, Laboratório 007, entre as 15h e as 17h.A participação é gratuita mediante inscrição para o e-mail [email protected].

Workshop

Do guião ao microfone: como conceber um programa de rádio?

Formador: Luciano Maluly Professor na Universidade de S. Paulo (Brasil) Coordenação: Madalena Oliveira

19 de Outubro de 2011 ICS, Laboratório 007

15h00 – 17h00

Inscrição gratuita Os interessados devem inscrever-se por email até ao dia 17 de Outubro para o endereço [email protected]

Departamento de Ciências da Comunicação CECS

gettyimages.com

Como conceber um programa de rádio?

apple aposta em videojogo de alunos da UMdiana sousa

[email protected]

Magic Defenders é um vi-deojogo que está a fazer sucesso no mercado inter-nacional. Manuel Costa e Ricardo Graça, estudantes da Universidade do Minho (UM), criaram um jogo so-bre um herói com poderes mágicos que defende a sua aldeia da invasão dos orcs. Magic Defenders está agora a ser usado pela Apple como imagem de marca, tendo já se destacado como “Aplica-

ção da Semana”. Manuel Costa e Ricardo Graça partilham a paixão por videojogos. Face à actu-al explosão de plataformas móveis, o desafio foi então criar um jogo onde todas as acções são controladas através do ecrã, de forma intuitiva. Assim surgiu o Magic Defenders, um jogo que, devido à narrativa fan-tasista, ao aspecto visual e à jogabilidade simples, captou o interesse da empresa nor-te-americana de software Apple. Hoje, o Magic Defen-ders, está então disponível

para o Ipad, Iphone e Ipod da Apple e afirma-se como caso de sucesso. A 3 de Janeiro deste ano, Ricardo Graça e Manuel Costa fundaram, em Bra-ga, a Clueless Ideas, uma produtora de aplicações de entretenimento para dispo-sitivos móveis. Este projecto germinou no IdeaLab, o la-boratório de ideias de negó-cio da TecMinho-Uminho (estrutura de interface da UM, promovendo a ligação à sociedade e procurando a inovação e desenvolvimen-to tecnológico). O objectivo

de Ricardo Graça e Manuel Costa é contribuir para me-lhorar a qualidade do sof-tware de entretenimento móvel. Os dois alunos da UM procuram, também,

desafiar jovens estudantes interessados na área a par-tilharem as suas ideias já que o futuro no mundo dos videojogos parece, de facto, promissor.

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Page 7: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 07 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

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meJobU: ajuda-te a procurar emprego!raFaela pereira

[email protected]

MeJobU é uma nova rede social destinada a todos os jovens licenciados que pro-curam emprego. Criada por dois portugueses, Pedro Branco e César Couto, a pla-taforma facilita o contacto entre profissionais desem-pregados e entidades em-pregadoras.

O MeJobU foi lançado numa iniciativa conjunta entre a Fundação da Juventude e a Consultora em Novas Tec-nologias Dopamina 360, com o intuito de aproximar os jovens de novas respostas de empregabilidade. Difícil de pronunciar, mas acessível de usar, MeJobU, funciona como qualquer outra rede social. Efectua--se a criação de um perfil ou adiciona-se o perfil de outra

plataforma, como o Face-book ou o Twitter, evitando a necessidade do preenchi-mento dos dados mais do que uma vez. Adiciona-se amigos, que neste caso são licenciados na mesma situ-ação, bem como potenciais empregadores. O jovem desempregado tem a oportunidade de mostrar muito mais do que um Cur-riculum. No MeJobU é pos-sível criar uma entrevista e uma apresentação pessoal que fica disponível a todas

universidades “mapeadas”daniela Mendes

[email protected]

Avaliar as universidades eu-ropeias é um dos projectos que, num futuro próximo, será posto em prática de forma a ajudar a perceber o funcionamento do sistema académico.Apoiado pela Comissão Eu-

ropeia, esta avaliação vai ser desenvolvida através de dois projectos: o U-Multirank e o U-Map. O primeiro visa criar um Ranking que permita res-peitar a natureza heteróge-na de multidimensional das academias.Os critérios avaliativos são o do ensino da aprendizagem, a investigação, a transferên-cia de conhecimento, a in-

ternacionalização e o envol-vimento regional.Aliado ao U-Multirank, o U-Map permite uma fácil leitura deste método de ava-liação e procura elaborar perfis com vários vectores, de acordo com parâmetros internacionais, que se visu-alizam em gráficos multifa-cetados. Este está inserido no âmbi-to do Programa Aprendiza-

UNIVERSITÁRIO

as potenciais entidades em-pregadoras que visitem o perfil. E ainda é permitido mostrar todos os trabalhos desenvolvidos, os portfolios, os vídeos, as imagens, e os outros conteúdos considera-dos relevantes para conven-cer as empresas de que são a melhor escolha para a vaga.Esta não é uma rede social que serve somente para aju-dar os jovens licenciados à procura de emprego. As entidades empregadoras, também, podem criar um

perfil e ainda colocar ofer-tas de emprego ou procurar pessoas para a sua empresa. Os anúncios postados es-tarão disponíveis para con-sulta de todos os visitantes do MeJobU e assinantes da “newsletter”.A Fundação da Juventu-de apostou num site para jovens entre os 20 e os 30 anos, mas não coloca limite de idade, o que permite in-cluir as pessoas que optam por fazer uma pós-gradua-ção ou um mestrado.

gem ao Longo da Vida, que classifica as mais de 3000 instituições universitárias na Europa.Num parecer sobre esta medida, Manuel Assunção, Reitor da Universidade de Aveiro (UA), afirma que “pode ser um instrumento muito útil para ajudar na reflexão sobre a racionali-zação do sistema do ensino superior português”.

Este projecto também é van-tajoso, na opinião do reitor da UA, pois acaba por ser usado para “pensarmos so-bre aquilo que estamos a fazer”, o que “nos permitirá melhorar”.Para muitos que possam desconfiar deste projecto, faz-se a sugestão de que “só quem aceita ser avaliado está disponível para mu-dar”.

MeJobU assemelha-se a uma rede social

Page 8: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 08 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

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cÁtia alves

[email protected]

A última manifestação teve lugar no passado dia 12 de Março, quando a Geração à Rasca saiu à rua para pro-testar, ainda no período de governação de José Sócrates. Volvidos sete meses, mar-cou-se encontro para as três da tarde nas principais cida-des do país. Se inicialmente não pare-cia haver grande afluência, a tendência inverteu-se e a organização aponta valores que rondam as 100 mil pes-soas só na baixa de Lisboa, mais todos aqueles que se reuniram em Braga, Porto,

Coimbra, Faro, Angra do Heroísmo e Évora. Depois de Pedro Passos Co-elho ter apresentado ao país os principais cortes do Orça-mento de Estado para 2012 na passada quinta-feira, foi, sem dúvida, o alvo mais ata-cado nos apupos dos mani-festantes. Também a troika não ficou imune em frases como “a dívida não é nossa”,

gritadas aos quatro ventos. Ainda que os organizadores tivessem sido os mesmos da manifestação anterior, desta vez uniram-se a um protesto a nível mundial o “United for Global Change”, que teve origem em Espa-nha e que se realizou em mais de 80 países por todo o mundo, denominando-se os protestantes como os “In-

indignados de todo o país saem à rua contra a austeridade económica

dê mais a partir de 31 de outubroFilipa barros

[email protected]

No próximo Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro, entrará em funcionamento um novo portal online por-tuguês de doações: o dou.pt, cujo objectivo é ser uma “plataforma nacional para a reutilização de bens, que faz a ponte entre quem se quer desfazer de um bem e quem o pretende receber”. O projecto será apresen-

tado oficialmente na Gul-benkian.Pedro Saraiva, um dos fun-dadores do projecto, explica que a ideia surgiu quando o computador do pai, com al-guns anos de uso, avariou. Para o consertar, bastava comprar uma nova placa gráfica, mas dado ao seu valor de mercado manifes-tamente alto, decidiu que era económico encontrar alguém que tivesse uma e já não necessitasse dela. Ao fim de três meses de procu-ra e muitas chamadas tele-

fónicas, Pedro conseguiu o que procurava. “Foi a pri-meira doação! Mas acho que gastei tanto em telemóvel como numa placa nova... Tinha de haver um método melhor de operacionalizar este tipo de oferta e procu-ra”, salientou.“No dou.pt todos os artigos vão estar georeferenciados e categorizados permitin-do que o serviço seja tanto nacional como fácil de con-sultar, já que cada utiliza-dor verá os seus resultados de pesquisa ordenados por

proximidade geográfica, podendo ser apurados por qualquer zona, raio e catego-ria à escolha”. Pedro Saraiva acrescenta que, aqueles ob-jectos que não encontrem novos donos, poderão sem-pre ser reciclados.E quem poderá ter interesse no dou.pt? À partida, qual-quer pessoa, singular ou co-lectiva, que queira doar ou receber determinado produ-to, revolucionando-se assim a forma como os bens circu-lam em sociedade.Quanto a custos, o doador

não terá qualquer encargo, sendo o serviço completa-mente gratuito. Já o recep-tor terá que pagar a quantia simbólica de um euro por transacção, qualquer que seja o bem em questão, e os fundos obtidos terão como destino a manutenção do serviço. Para Pedro, a filosofia que o projecto encerra resume-me ao seguinte: “Queremos dar passos para passar de uma sociedade de consumo para uma comunidade de parti-lha”.

dignados”. Violência marca manifesta-ções noutros países

Na verdade, em Roma hou-ve até lugar a confrontos violentos entre os manifes-tantes e as autoridades po-liciais, o que não sucedeu em Portugal, onde o único momento de maior tensão policial se verificou na altu-ra em que os “indignados” tentaram ocupar a escadaria da Assembleia da Repúbli-ca, tendo sido obrigados a recuar por elementos das forças policiais. Como já tinha acontecido na última manifestação,

no final dos protestos, os “indignados” reuniram-se numa assembleia popular, decididos a debater pontos de vista e possíveis contri-butos para o combate à crise económica que nos assolou. Também para as 19 horas de Domingo ficou marca-da uma nova assembleia popular, igualmente frente ao parlamento. Assunção Esteves garantiu que está disposta a receber e a ler as propostas apresentadas pe-los manifestantes. A indignação não ficou por aqui e está já agendada uma próxima manifestação já para o dia 26 de Novembro.

SIC

NACIONAL

O povo voltou a sair à rua

Page 9: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 09 // 18.OUT.11 //ACADÉMICO

“Acho que a polémica que se instalou em volta da praxe é totalmente exagerada por-que, primeiro só frequenta a praxe quem quer, portan-to os alunos podem assinar a qualquer altura a folha anti-praxe, podem não ir à praxe e não é por isso que serão excluídos mais tarde.O segundo ponto é que a praxe que tenho vivido e a praxe que me tem sido aplicada não tem sido nada violenta, assim como as pra-xes a que tenho assistido, e até mesmo as pessoas com quem tenho falado não no-tam nada . Através da praxe conheci os meus colegas de curso, principalmente, aju-dando a que se instalasse entre nós um espírito de en-treajuda, um espírito de ca-maradagem. Aprendemos a ser unidos, a comportarmo--nos como um todo, uma vez que as atividades que a praxe nos proporciona nos leva a trabalhar juntos, pelo que só por isso proporciona uma integração muito me-lhor”.

“É normal que aconteça, principalmente da parte dos pais, uma vez que entregam os seus filhos a uma nova vida, a uma nova etapa, sen-do natural que não queiram que estes sejam maltrata-dos, não querendo com isto dizer que eles o são, muito pelo contrário, uma vez que eu já praxei, e nenhum dos meus “caloiros” foi maltra-tado ou obrigado a beber, mas também acho que os “caloiros” deveriam dizer e mostrar que isso não acon-tece. Tenho mesmo a cer-teza que isso não acontece. Em relação à comunicação social, acho que há um exa-gero tremendo relativamen-te ao que acontece, embora seja o trabalho deles para que sejam falados, pelo que não estou aqui a dizer mal de nenhum jornalista, mui-to pelo contrário, respei-to muito o trabalho deles, mas todos os anos acontece sempre algum problema no início das praxes e alguma polémica”.

“Não, acho que não. Acho que há praxes que são real-mente bastante violentas, mas acho que as pessoas criam um mito em relação a isso, pelo que acaba muitas vezes por não corresponder à verdade. As praxes não são assim.A praxe tem correspondi-do às minhas expectativas e também tive muita ajuda dos meus amigos, que me contavam como era e tem correspondido muito ao que eu pensava que era. A praxe, enquanto propósito de integração cumpre isso. Fui às praxes, conheci mui-to melhor os meus colegas e realmente une bastante a turma.Estou pronta para “aguen-tar” a praxe até Maio”.

“A minha praxe não foi vio-lenta, mas não sei como é em outros cursos. Compre-endo a atitude dos pais, eles sofrem pelos filhos, é nor-mal toda esta preocupação.Nunca verifiquei nenhum comportamento abusivo na minha praxe e embora esta, às vezes, seja exagerada, acaba por ser boa, uma vez que ajuda na integração nas pessoas”.

SíLVIA OLIVEIRA 1º ANO //

MEST. ECON. IND. E EMPRESA

MARIA JOãO RIBEIRO 1º ANO //

PSICOLOGIA

ANA CRISTINA 2º ANO //

MARkETING

INQUÉRITO

José Mateus pinheiro

[email protected]

Na última semana a praxe na Universidade do Minho tem sido bastante debatida na comunicação social, havendo opiniões bastante divididas quanto à legitimidade desta matéria.De modo a tentarmos perceber melhor toda a polémica que se instalou, o ACADÉMICO entrevistou quatro estudantes do campus de Gualtar para saber a sua opinião.

PEDRO CARA-DE-ANJO1ºANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

achas legítima toda esta polémica em volta da praxe ?

Page 10: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

O projecto At Freddy’s House nasceu a partir da vontade de Frederico Cristiano em 2006. Enquanto trabalhava no seu primeiro registo de originais as músicas “Rubber Nose” e “Drunken Boat” foram escolhidas para fazer parte do “Acorda!” primeira compilação de nova música portuguesa em mp3. Foi um começo que levou mais tarde à participação noutras colectâneas e à edição do seu pri-meiro EP.Em 2009 o projecto de Fred é alvo de de-staque na colectânea “Novos Talentos FNAC” com o tema “My Falling House”. At Freddy’s House surge ainda no segundo volume da colectânea “3 Pistas Vol.2” organizado pela Antena3. É aqui que Fred atinge o alvo na mouche com uma cover de “Dancing in the Dark” de Bruce Springsteen, que acabou por ser alvo de grande destaque nas rádios nacio-nais. Também em 2009 é editado “Lock”, o primeiro EP. pela Optimus DiscosNo ano de 2010, Fred lança uma versão com-pleta do seu EP, curiosamente denominada Lock Full Version, com algumas faixas adicio-nais. Neste ano, Fred assume que pretende uma viagem mais inimista na abordagem ao seu novo registo musical.

Segunda: Etta James - At Last! (At Last!, 1961)“a voz da etta James tem referências que se estendem aos blues, ela foi descoberta pelos deten-tores da chess records. estes consideraram que a sua voz não se resumiria aos blues e que poderia ser um ícone da música pop. é uma voz quente, também próxima do soul, mas que assenta essen-cialmente nos blues. este foi o tema que marcou a carreira da etta James e, curiosamente, ainda hoje é o tema mais tocado nos casamentos nos estados unidos da américa.”

Terça: Ray Charles - Georgia on my Mind (The Genius Hit the Road, 1960)“este tema não é um original do ray charles, é uma canção datada de 1930 e composta por [hoagy] carmichael e com letra escrita por [stu-art] gorell. é uma canção que contém alguma ambiguidade, pois muitas pessoas pensam que é uma canção dedicada ao estado da geórgia en-quanto outros afirmam que a dedicatória é sim à irmã de gorell, ela própria chamada georgia. em relação à questão dos temais originais e das versões, é um pouco como os pares de sapatos: servem melhor a alguns pés do que a outros...”

Quarta: Elvis Presley - If I Can Dream (single, 1968)“a coroa de rei do rock pode ser distribuída a vários músicos mas, efetivamente, elvis é um dos maiores de sempre e é uma figura incontornável no mundo da música. o elvis alternou o muito bom e o muito mau, não totalmente por culpa dele: ele foi apanhado naquela teia comercial e envolveu-se com um agente muito ambicioso e manipulador, que construiu a carreira do elvis ao seu sabor e de acordo com os seus interesses. por incrível que pareça, o elvis nunca atuou fora dos eua e uma das razões tem a ver com problemas legais desse mesmo agente.”

Quinta: Bob Dylan - The Times They are A-Changin (The Times They are A-Changin, 1964)“o bob dylan não se satisfazia com a mono-

tonia e era um compositor muito atento àquilo que se passava no mundo. Mesmo o seu dia-a-dia já era uma mudança muito grande, ele estava atento até aos minutos que passavam. ele foi a um festival de música folk e, nesse concerto, utilizou uma guitarra elétrica e o produtor desse festival tentou, com um machado, cortar o fio de alimentação da guitarra pois considerava aquilo um escândalo... o bob dylan era tudo, menos tradicional.” Sexta: Bob Marley - Redemption Song (Upris-ing, 1980)“este tema foi composto em 1979 e tem uma história curiosa: nesta altura bob Marley já estava muito doente, tinha-lhe sido diagnosticado um cancro. neste período ele tinha que lidar com a sua dor e aprender a enfrentar a sua própria mortalidade. e é nesse estado de espírito que ele capta redemption song, um tema inspirado nos discursos do orador Marcus garvey, que têm uma mensagem muito forte - a da emancipação men-tal, que mais ninguém senão nós próprios pode libertar a nossa mente.”

FREDERICO CRISTIANO

Page 11: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

inês Mata

[email protected]

Mariana Flor

marianacostaf [email protected]

É de conhecimento geral que, os tão aclamados ritu-ais iniciantes provocam opi-niões controversas e estão, em grande parte das vezes, no centro da polémica.Na última semana, devido a artigos de índole nega-tiva publicados por vários meios de comunicação so-cial, a Reitoria foi obrigada a tomar uma atitude em prol do nome da Academia. As actividades praxísticas voltaram a “desequilibrar a balança” das opiniões na Universidade do Minho e sofreram, inclusivamente, uma paragem condicionada nos “campi”. Os artigos mediáticos con-tinham declarações de pais inconformados pois, entre vários casos, os “doutores” ou “engenheiros” obriga-vam os seus filhos a bebe-

rem e a fumarem enquanto os praxavam. Por um lado, há quem não entenda o pro-pósito dos rituais e os con-sidere abusivos, por outro, há quem os defenda, justi-ficando que servem, única e exclusivamente, para aco-lher os novos alunos e fo-mentar o espírito de união e solidariedade. A fim de contradizer as úl-timas declarações, a Reito-ria adoptou uma postura radical para adquirir “um ambiente capaz de propor-cionar a educação pessoal, social, intelectual e profis-sional dos estudantes e de promover uma cidadania activa e responsável”. Sen-do assim, o comunicado do Reitor, António Cunha, expressa claramente as de-cisões para um futuro pró-ximo no que remete a esta temática: “não são permiti-das, nos campi, acções, ha-bitualmente designadas por “praxe académica”, que con-figurem ofensas à integri-dade e dignidade humanas; não são permitidos actos que limitem ou dificultem a participação dos novos alu-nos nas actividades peda-

gógicas com as quais estão comprometidos e não são permitidas manifestações que, pelo ruído que provo-

praxe: estará o fim para breve?REPORTAGEM

cam, perturbem o normal funcionamento das activi-dades académicas”.

Praxe... Uma tradição

A praxe na academia mi-nhota está carregada de tradição e simbolismo. O conhecido traje, os rituais ou até mesmo as serenatas fazem parte de anos de his-tória que perduram até aos dias de hoje. A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) respeita a herança deste ritual acadé-mico mas lembra que não apoia atitudes abusivas por parte dos “doutores” ou “en-genheiros”.De acordo com o comuni-cado sobre as praxes aca-démicas publicado no site da instituição, a AAUM “ (...) reconhece um papel

relevante no âmbito da in-tegração dos novos alunos no contexto da sua inclusão (…)” e compreende o valor no “processo de adaptação e assimilação destes alunos

Apesar de todas as críticas, as praxes continuam a ser um ritual de copanheirismo e entreajuda

“Encher” ou “ficar de 4” parecem ser alguns dos “castigos pesados” aplicados aos “caloiros”

Os praxantes do curso de LEI reconhecem a fama que a sua praxe tem mas defendem-na,

pois afirmam que têm de manter a

tradição e que não obrigam ninguém a

nada

AAUM

PÁGINA 11 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

AAUM

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PÁGINA 12 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

Apesar dos “castigos”, “caloiros” não se sentem intimidados com a praxe a que estão a ser sujeitos a

Apesar de tudo o que se diz... A opinião é unânime entre praxantes e praxados: A praxe não é terrorismo!

de experiências e culturas muito próprias de cada cur-so”. No entanto, a AAUM diz não colaborar com ac-tividades que prejudiquem o decorrer das actividades académicas dentro da uni-versidade e opõe-se à “(…) utilização de métodos que indiciam violações de direi-tos individuais e/ou asso-mos de autoridade, ambos igualmente inaceitáveis”.

Abusos parecem ser mito entre “caloiros” e Cabido confirma... Uma mentira

Entre os novos alunos, as opiniões parecem não estar completamente de acordo com os ditos “abusos” de que têm sido alvos. Patrícia e Catarina, “caloiras” do cur-so de Gestão, consideram a praxe como algo “muito divertido” e acrescentam ainda que os “doutores” le-vam tudo na “brincadeira e nunca abusam”. “Não temos razão de queixa e nunca nos obrigaram a fazer nada con-tra a nossa vontade. Se que-remos sair mais cedo, basta dizermos. Se alguém está mal disposto, eles ficam preocupados. Não sabemos o que se passa com os outros cursos, mas na nossa praxe

nunca nos obrigaram a fu-mar”, garantem as jovens.O Cabido de Cardeais, que tem como responsabilidade moderar este tipo de situa-ções insinuadoras sobre os costumes e tradições acadé-micas, sentiu-se na obriga-ção de responder aos meios de comunicação, rematando que: “nenhum aluno é obri-gado a participar na praxe, se essa não for a sua vontade ou se qualquer acto pratica-do na mesma vá contra os seus valores éticos, morais e/ou cíveis”. O Papa da Academia, Pedro Silva, exerce um cargo não formal com uma posição de destaque na representativi-dade praxística. Para ele, as declarações mediáticas são “completamente irrisórias” e parecem mesmo uma “di-famação muito grande”.

Entre os praxantes

Um aluno praxante no cur-so de Línguas e Literaturas afirma fazer apenas activi-dades de integração. Para o jovem, as praxes do seu cur-so “não estão relacionadas com as praxes de Engenha-ria” onde metem, constante-mente, os alunos “a encher ou de quatro”. Por um lado,

o aluno não concorda com rituais muito agressivos mas, por outro lado, com-

preende que os cursos que os praticam, têm de manter a reputação que atingiram. Os praxantes do curso de LEI reconhecem a fama que a sua praxe tem mas defen-dem-na, pois afirmam que têm de manter a tradição e que não obrigam ninguém a nada. “Todas as pessoas que estão a ser praxadas, estão a fazê-lo porque que-rem. Isto é uma opção que é tomada de livre vontade. Quando se decide ir para o exército ou para um clu-be de futebol, sabe-se de antemão que há um certo envolvimento e regras para respeitar. Quem disser que obrigamos alguém a estar aqui, é mentira”, conclui um dos alunos. Até os funcionários da uni-versidade têm uma posição definida.No Gabinete de Apoio ao Aluno, gerido pela AAUM, o “Sr. Bernardo”, como é conhecido entre os alunos, concorda com os rituais de iniciação. No entanto, para o funcionário, esses mesmos rituais deviam ser “apenas

até Dezembro”.Quanto às notícias que fo-ram veiculadas nos media, Bernardo afirma que “se calhar, os pais não sabem que os filhos fumam e be-bem e é mais fácil culpar os outros”.Posições favoráveis ou não, o certo é que a decisão da Reitoria deixará muitos pais satisfeitos mas, com certeza, muitos alunos indignados. Como diz a voz do povo, ou se ama ou se odeia.

AAUM respeita a herança do

ritual académico, mas lembra

que não apoia atitudes abusivas

por parte dos “doutores” ou “engenheiros”.

AAUM

AAUM

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

neuza alpuiM

[email protected]

No passado dia 10 foi apro-vada uma nova directiva pelo Conselho de Ministros da União Europeia (UE) com a finalidade de proteger aqueles que compram via online e promover uma me-lhoria nas relações comer-ciais entre países da UE. Os estados-membros têm dois anos, a partir da data em que for publicada no Diário da União Europeia, para im-

plementar a nova norma. A transparência de custos e as falsas promessas são duas das cláusulas que constam nesta directiva, onde se de-fende que todas as informa-ções têm de constar no web-site, evitando que os clientes sejam induzidos em erro, acabando por pagar mais do que estavam à espera. Por exemplo, no caso do paga-mento com cartão de crédito não será cobrada qualquer taxa adicional, assim como, qualquer serviço que impli-

compras online estão agora mais seguras

soFia borges

[email protected]

Iphone 4S bate recorde de pré-vendas

O Iphone 4S que só estará à venda em Portugal a partir de Dezembro, já está disponível, desde o dia 14 de Outubro, nos Estados Unidos, Austrália, Ca-nadá, França, Alemanha, Japão e Reino Unido.O novo dispositivo da Apple superou em pré-vendas, apenas num dia, um milhão de uni-dades, conseguindo um novo

recorde, visto que o anterior pertencia ao Iphone 4 com 600 mil unidades por dia.O Iphone 4S, entre outras coi-sas, inclui um chip dual core A5, resolução de gravação de vídeo 1080p full HD e Siri - um assis-tente inteligente que funciona através da voz do utilizador.Philip Schiller, da Apple, mani-festa o seu agrado na resposta dos clientes ao Iphone 4S.

Tablet a 17 euros

O governo indiano, num pro-jecto para o sector da educação,

prevê a distribuição de tablets a preços muito reduzidos.17 euros é a quantia apontada para professores e alunos, em-bora este tablet possa também ser adquirido fora do contexto educativo a um preço igual-mente baixo.O objetivo é distribuir 10 mil-hões de tablets subsidiados du-rante os próximos cinco anos.Para já este produto está geo-graficamente limitado ao mer-cado indiano, mas, ao que in-dica a imprensa, a DataWind poderá vir a comercializar este modelo noutros países.

Facebook para iPad

Foi difícil, mas o iPad recebe fi-nalmente uma versão da mais popular rede social da actuali-dade.Foi tida uma especial atenção no aspecto gráfico, sendo que a qualidade está presente em cada funcionalidade.A versão 4 da aplicação serve na perfeição aos intentos do iPad e permite, com facilidade, gerir o conteúdo da rede social, com todas as funções disponíveis, bem como jogos, chat, entre outras opções.

twittadas

que pagamento tem de estar devidamente explícito no site. No que toca aos reem-bolsos, os clientes em vez de terem 7 passam a ter 14 dias para desistir da sua compra, a partir do momento em que recebem o produto. Da mesma forma, os vendedo-res dispõem de 14 dias para devolver o produto ao con-sumidor. Para facilitar este processo, os consumidores têm ao seu dispor um for-mulário comum a todos os Estados-membros da UE.

Consumidores mais seguros

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Page 15: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM, apresenta...

> 26 OUTUBRO 11Workshop “Gestão de Carreira” Sede AAUMBraga

> 9 NOVEMBRO 11

Dia do EmpreendedorAniversário LiftOff

> 22 NOVEMBRO 11Workshop “Networking”Sede AAUMBraga

> 30 OUTUBRO 11Data limite para divulgação das 8 melhores ideias candidatas ao con-curso “Empreendedorismo está na Moda”

> 14 NOVEMBRO 11Workshop “Comunicação com o Mercado de Trabalho”Sede da AAUMBraga

O LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor da AAUM, a EDIT VALUE® Consul-toria Empresarial, e o CI-TEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal e o , encontram-se a promover a iniciativa “O Empreen-dedorismo está na Moda!”,

através da qual vão oferecer apoio técnico especializado para elaboração de um pla-no de negócios profissional a oito empreendedores com ideias inovadoras de base tecnológica relacionadas com o sector da Moda.O concurso encerrou a 15 de Outubro, aguardando-se

Este workshop decorrerá en-tre as 18h00 e as 22h00, na sede da AAUM, em Braga.Terá como objetivo que no final da formação os for-mandos deverão ser capazes de compreender a impor-tância de uma gestão de car-reira eficaz na promoção da empregabilidade, conseguir planear e gerir a sua inser-ção ou transição de empre-go de forma sustentada e

>

mobilizar um conjunto de ferramentas que lhe permi-tam gerir a sua carreira de forma eficaz.Terá um custo de 20 euros para sócios e de 30 euros para não sócios.

Mais informações em www.liftoff.aaum.pt

“O Empreendedorismo está na Moda”Ideias vencedoras conhecidas em breve

Workshop“Gestão de Carreira”26 de Outubro

agora a comunicação dos resultados. As ideias vence-doras serão divulgadas em liftoff.aaum.pt até 31 de Ou-tubro de 2011.

Programa e informações em www.liftoff.aaum.pt

Page 16: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

guimarães acolhe “espaços pop up”FÁbio alves

[email protected]

Foi no passado dia 30 de Setembro o término para a apresentação de candidatu-ras aos “Espaços Pop Up”. Este projecto inovador, ins-pirado no Pop Up Culture e albergado na agenda da Capital Europeia da Cul-tura de 2012, apela à cria-ção artística e incentivo à concretização real de ideias que ocuparão, temporaria-mente, locais culturalmente desabitados e esquecidos na cidade vimaranense, com o objectivo de dar vida e uma nova utilização a esses mes-mos espaços.As inscrições, abertas a

candidatos (individuais, en-tidades ou em grupo) resi-dentes em toda a extensão da União Europeia e com idades compreendidas entre 18 e 40 anos, dividia-se em diversas categorias, passan-do pela reanimação de lojas ou montras; desenvolvi-mento de performances de espectáculo de rua ou acti-vidades com carácter produ-tivo; e até mesmo conceitos de consciencialização cívica. Para além disso era reque-rido uma caracterização es-pecífica sobre os trabalhos a desenvolver, no âmbito da iniciativa, e o seu orçamento global, que não poderia ex-ceder o valor de 2000 euros.Durante os quase dois me-ses de período em que era

possível efectuar a candida-tura, foram recebidas cerca de 250 propostas, maiorita-riamente nacionais e voca-cionadas, principalmente, para a transformação de ce-nários urbanos e criação de galerias artísticas.Desse total, apenas 30 serão aprovadas e apresentadas publicamente no próximo ano.Guimarães, assim, não só dará oportunidade de ex-perimentação a jovens cria-dores, que poderão pôr em prática os seus produtos teóricos, mas também de enriquecimento criativo e sócio-económico à popula-ção, que irá ser o espectador deste envolvimento europeu de dinamização cultural.

CULTURA

José reis

[email protected]

“All songs written and per-formed by Francisco Silva, except 11, written by Lou Reed”. E é mesmo por “Can-dy Says”, o tal tema (11) es-crito por Reed ainda nos tempos em que os dias eram (bem) passados ao sabor dos Velvet Underground, que começamos a audição do novo disco. Uma sucessão de vozes, parecendo sobre-postas, parecendo ecos, mas que mais não são que uma voz processada em diferen-tes tempos/a diferentes rit-mos, nos leva a um mundo que, pensamos, “não pode ser real”. Pelo menos, não parece ser real. Mas o mun-do de Francisco Silva, a voz/personagem que se esconde por trás de “Old Jerusalem”, é o mais real que podemos conhecer. E se a simpatia fosse garante de sucesso,

diríamos que Francisco Sil-va era o músico português mais sortudo.

Disco intimista e pessoal

“Old Jerusalem” podia ser o álbum-tributo-síntese de Old Jerusalem. Numa car-reira de dez anos, o quinto álbum – homónimo – pode bem ser o rosto mais apu-rado de uma figura com quem crescemos (e de quem ainda nos lembramos dos primeiros passos, ao som de “April”, em 2003). “As pessoas podem pensar que este disco, por ser homóni-mo, seja o meu registo mais pessoal. Mas não é tanto por aí. No fundo, todos os discos são pessoais e inti-mistas porque expressam o que vivia na altura”, destaca o músico, em conversa com o ACADÉMICO. “Mas se quiserem pensar que assim é, não me oponho”, lança. Um disco composto por 12 temas que não envergonha

o músico e muito menos en-vergonha os fãs. “é um disco que não apresenta corte com os anteriores. Há continui-dade” na voz e na guitarra, nos tons intimistas e nas vozes aconchegantes. Fran-cisco Silva sabe o que faz – e para quem faz. “O álbum não choca aqueles que já conhecem Old Jerusalem”, atira.

Universo partilhado

“Old Jerusalem” vem de uma música de Will Ol-dham, mais conhecido como Bonnie Prince Billie, que actua em Portugal no próximo fim-de-semana – domingo, 23, no Centro Cultural Vila Flor, em Gui-marães. De resto, o universo é partilhado: uma voz que nos toca sem querermos, letras pessoais que nos di-zem respeito mesmo sem consentirmos tal invasão. Um feito apenas ao alcance de poucos músicos.

o dia-a-dia na guitarra e voz de old jerusalem

Old Jerusalem a 23 de Outubro no CCVF em Guimarães old jerusalem

Com selo da PAD, Francisco Silva edita o quinto álbum de originais enquanto Old Jerusalem. E dá-lhe o nome de “Old Jerusa-lem” Um disco intimista, de voz e guitarra, ideal para aconselhar aos sogros sem comprometer o casamento.

DRForam recebidas mais de 250 propostas

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PÁGINA 17 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 41 / 201114 OUTUBRO

1 JP SIMÕES E AFONSO PAIS A marcha dos implacáveis

2 JORGE CRUZEntre iguais

3 MURDERING TRIPPING BLUESBroken lovers

4 TIGUANA BIBLES -Surrender

5 FEISTHow come you never go there

6 WE TRUSTTime (better not stop)

7 RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

8 SMIX SMOX SMUXQuantas vezes já

9 OS TORNADOSDinamite

10 JULIE & THE CARJACkERS I’ve heard it on the radio before

11 DOISMILEOITOQuinta feira

12 DEUS - Constant now

13 BEIRUT - Santa Fé

14 PETER MURPHYI spit roses

15 NOISERVPalco do tempo

16 HORRORS, THEChanging the rain

17 PZFor sure

18 PJ HARVEYThe words that maketh murder

19 MãO MORTAEstância balnear

20 M83Midnight city

POST-IT17 > 21 Outubro

RITA BRAGAUnder The MoonFUTURE ISLANDSBefore The BridgeFINkPerfect Darkness

BRAGAMÚSICA22 de OutubroDead Combo & A royal orquestra das caveirasThetaro Circo

TEATRO18 a 20 de OutubroAuto da Barca do Inferno – CTBTheatro Circo

CINEMA18 de OutubroLisboetasTheatro Circo

GUIMARÃESMÚSICA23 de SetembroBonnie Prince BillyCCVF

TEATRO22 de OutubroA casa da famaSão Mamede

DANçA22 de OutubroViolet Meg Stuart/ Damaget GoodsCCVF

BARCELOSMÚSICA21 de OutubroLula PenaSubscutaAuditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

FAMALICÃOSTAND-UP COMEDY21 de OutubroPedro Tochas – CoisasCasa das Artes

LEITURA EM DIA1 - Os Mercados e Outras Conversas de A.Pedro Ribeiro, Ed. Corpus. Um dos iconoclastas da Moderna Literatura Portuguesa.2 - Emissão dedicada ao Nobel da Literatura. Para o Leitura em Dia o grande poeta vivo é, e continuará a ser, Herberto Helder.3 - O Romance do Gramático de Ernesto Rodrigues, Ed. Gradiva. O romance mais importante, um hino à Língua

Portuguesa, escrito em 2011. O livro do ano.

4 - O Grilinho Tenor de Palmira Martins e ilus. de Tânia Clímaco, Ed.Trampolim.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

O regresso à infância e ao seu imaginário poético, com ilustrações admiráveis.5 - Maria Francisca de Sabóia de Diana de Cadaval, Ed. Esfera dos Livros. Um dos períodos mais dramáticos da nossa História e uma mulher/rainha obstinada.

sérgio Xavier

[email protected]

O primeiro contacto que ti-vemos com os Tiguana Bi-bles, em 2009, através do EP ‘Child of the Moon’, (Op-timus Discos) deu-nos a co-nhecer uma banda com um bom punhado de canções de matriz rock.Ao olharmos para alguns dos nomes mais familia-res do projecto, como Ví-tor Torpedo (Tédio Boys, Blood Safari, The Parkin-sons) ou Kaló (Tédio Boys, Bunnyranch), poderíamos

pensar que estaríamos pe-rante mais uma banda-fura-cão, de energia inesgotável e guitarras rock em ebulição. Nada disso. Os Tiguana Bi-bles punham de lado essa tensão e mostravam-se con-tidos e insinuantes. Para isso, muito contribuía a voz de veludo de Tracy Vandall. Naturalmente que a quali-dade do cartão de visita au-mentou as expectativas em relação a um disco de maior fôlego. E eis que 2011 traz finalmente o tão aguardado trabalho. ‘In loving memory of...’ mantem intacta a es-sência da banda, mas cria

CD RUMtiguana bibles‘in loving memory of...’

também pontes para ou-tras sonoridades. Apresenta um lado mais enérgico em ‘Surrender’, ‘Rebound’ ou ‘Devil’, ou uma faceta mais lunar e melancólica em ‘Bye bye train’.Perto do final há ainda es-paço para uma incursão ao território Tex-Mex (Black Mamba Stroll), que não des-toaria numa banda sonora de western, ou uma revisão de ‘Against the law’’, tema que já integrava o EP de es-treia.‘In loving memory of...’ con-firma o que já se suspeitava. Temos banda!

DR

Page 18: Jornal ACADÉMICO - Edição 4 - 2011/2012

PÁGINA 18 // 18.OUT.11 // ACADÉMICO

pedro dias integra lista de fernando gomes à FPFFilipa santos sousa

[email protected]

Fernando Gomes, candida-to à presidência da Federa-ção Portuguesa de Futebol (FPF), anunciou a inclusão do nome de Pedro Dias, para a sua lista que vai a eleições a 10 de Dezembro.Pedro Dias encontra-se liga-do à Universidade do Minho desde 1998, altura em que foi convidado para trabalhar no Departamento de Des-porto. Pode dizer-se que é

DESPORTOum especialista em desporto universitário, uma vez que foi eleito quatro vezes para o Comité Executivo da Fede-ração Internacional de Des-porto Universitário. Convém ainda destacar o cargo que ocupa enquanto membro do departamento técnico de fut-sal da UEFA, o que confirma, de facto, uma aposta clara de Fernando Gomes nesta área.Em comunicado feito aos ór-gãos de comunicação social, o actual presidente da Liga Portuguesa de Futebol, Fer-

nando Gomes, adiantou que a inclusão de Pedro Dias na sua lista constitui: “uma for-te aposta no futsal, uma área essencial no desenvolvimen-to do trabalho da FPF”.Pedro Dias veio integrar uma lista, da qual já faziam parte nomes como Mónica Jorge, seleccionadora nacional de futebol feminino e os anti-gos internacionais, Pauleta e Humberto Coelho.Fernando Gomes parece de-terminado em ganhar a cor-rida à presidência da FPF e

para isso anunciou mais um reforço à sua candidatura. Hermínio Loureiro é a mais recente ‘aquisição’ do diri-gente da Liga de Clubes. O actual presidente da Câma-ra Municipal de Oliveira de Azeméis deverá ficar encar-regue das relações institucio-nais da FPF.Para além de Fernando Gomes, também António Sequeira entra na luta pela presidência da FPF, cujas eleições, como já foi referido, estão marcadas para o dia 10

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de Dezembro e não contarão com a recandidatura de Gil-berto Madaíl, igualmente tornada pública esta semana.

minho em grande na gala FADUcarlos rebelo

[email protected]

Decorreu na passada sema-na, no Centro de Congres-sos de Tentúgal, a IV Gala de Desporto Universitário da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU).Pelo quarto ano consecutivo, premiaram-se os melhores da época desportiva universi-tária de 2010/2011, através de cinco categorias: melhor atle-ta masculino, melhor atleta feminina, melhor treinador, melhor equipa masculina e melhor equipa feminina do

ano. Nesta gala do despor-to estiveram presentes 350 convidados entre os quais o Secretário de Estado do En-sino Superior, João Queiró, os adjuntos do Secretário de Estado do Desporto e Juven-tude, André Pardal e Paulo Marcolino, o presidente do Estádio Universitário de Lis-boa, João Roquette, o Presi-dente da Confederação de Desporto de Portugal, Carlos Cardozo, o Presidente do Co-mité Olímpico de Portugal, Vicente Moura e o Presiden-te do Comité Paralímpico de Portugal, Humberto Santos, entre outras individualidades

do mundo do desporto no nosso país.Tal como é habitual, foi tam-bém entregue o Galardão Prestígio, neste caso, a Du-arte Lopes, Chefe de Missão às Universíadas de 2009 e 2011 .

Universidade do Minho ob-têm dois galardões

Na entrega dos prémios “Me-lhor do Ano”, que premeia quem mais se destacou na época 2010/2011, a Uni-versidade do Minho (UM) apresentava seis nomeações em três categorias: Equipa Masculina do Ano (andebol asculino) , Treinador do Ano (Gabriel Oliveira/andebol e Hugo Serrão/taekwondo) e Atleta Masculino do Ano (Rui Bragança/taekwondo e Filipe Magalhães/andebol).Das três categorias que estava nomeada a Associação Aca-démica da Universidade do

Minho (AAUM), obteve dois galardões, através de Gabriel Oliveira, treinador da equipa de andebol da AAUM, que recebeu a distinção de “Trei-nador do Ano”, bem como a sua equipa que também foi galardoada com o prémio “Equipa Masculina do Ano”.Ambos tinham já recebido estes prémios na 2ª Gala do Desporto Universitário, em 2009.Gabriel Oliveira sobre o ga-lardão, esclareceu que deve o prémio à equipa. “Sem eles não o teria conseguido”, su-blinhou.Já Filipe Magalhães, capitão da equipa, questionado so-bre a conquista do prémio de Equipa Masculina do Ano pela Universidade do Minho, adiantou, em nome da equipa que sentiram “um grande orgulho. É sempre bom quando vemos o nosso trabalho recompensado, ain-da por cima conseguimos

também o prémio de melhor treinador do ano, penso que o Andebol da Universidade do Minho está de parabéns”. Em relação a objectivos para a próxima época, Gabriel Oli-veira e Filipe Magalhães são claros, conquistar novamen-te o campeonato nacional universitário e a bi-conquista do Europeu Universitário da modalidade, algo que ainda nenhuma equipa da UM/AAUM conseguiu até ao mo-mento.Os restantes galardoados foram Sara Moreira (atleta feminina do Ano), Alberto Paulo (atleta masculino do ano) e a equipa de futsal fe-minino da Universidade da Beira Interior (melhor equi-pa feminina do ano).A Universidade do Porto (UP), ainda viu ser-lhe en-tregue o prémio de melhor clube por ter terminado no final do ano desportivo em 1º lugar do Ranking da FADU.

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“Braga 2012: Capital Eu-ropeia da Juventude e o Hóquei Clube de Braga ce-lebraram, na quinta-feira, dia 13, a assinatura de um protocolo de cooperação. Durante toda esta tempora-da, o Hóquei Clube de Bra-ga (HCB) usará, na manga de todos os equipamentos, o

SEMIBREVE chega à cidade de Braga

CEJ

logo de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude.A direcção do Hóquei apro-veitou também para inau-gurar uma nova bancada e as inaugurações seguiram--se de um jogo amigável entre o HCB e o Liceo la Coruña, campeão europeu, que o HCB ganhou 7-2.”

Capital Europeiada Juventude:Braga 2012 sobre rodas

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