jornal académico - 20 de outubro de 2015

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Jornal Oficial da AAUM DIRETOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 246 / ANO 11 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 20.OUT.15 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico ACADÉMICO EM PDF FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA: AGORA, MAIS CEDO Fundo Social de Emergência com o regulamento revisto Gualtar com novo reforço dos TUB Empreendedorismo é “culpa” da necessidade Jessica Pratt estreia em Portugal no GNRation Fernanda Cássio, do departamento de Biologia da UMinho Página 06 Página 05 Página 16 Página 18 Páginas 12 e 13 campus campus universitário cultura entrevista

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Page 1: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

Jornal Oficial da AAUMDIRETOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA246 / ANO 11 / SÉRIE 6

TERÇA-FEIRA, 20.OUT.15

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO EM PDF

FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA: AGORA, MAIS CEDO

Fundo Social de Emergência com o regulamento revisto

Gualtar com novoreforço dos TUB

Empreendedorismo é“culpa” da necessidade

Jessica Pratt estreiaem Portugalno GNRation

Fernanda Cássio, dodepartamento de Biologiada UMinho

Página 06Página 05

Página 16 Página 18

Páginas 12 e 13

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Page 2: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

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Concerto de pianoÉ no próximo dia 24 de outubro, pelas 17h30, que a pianista Ana Luísa Monteiro toca no salão no-bre do Museu Nogueira da Silva, uma unidade cultural da UMi-nho no centro de Braga. Pro-grama com obras de Schubert, Beethoven, Balakirev/Glinka e Rachmaninoff. Entrada a 5 eu-ros para o público em geral, a 3 euros alunos e aposentados e grátis para menores de 12 anos.

XXXI ENAPLO Encontro Nacional da Asso-ciação Portuguesa de Linguís-tica (APL) é anualmente orga-nizado em colaboração com a instituição de ensino superior que acolhe o evento. Este ano, o XXXI ENAPL, realiza-se na Uni-versidade do Minho / ILCH, em colaboração com o Centro de Estudos Humanísticos da UM. O evento acontece no próximo dia 28 de outubro.

CEOTalks@eegFernando Nobre é licenciado e doutorado em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi Assistente (Anatomia e Embriologia). Em 1984 fundou a AMI - Fundação de Assistência Médica Internacional, à qual pre-side até aos dias de hoje. Vem à EEG contar-nos a sua história de vida no próximo dia 23 de outu-bro, pelas 17h30.

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 20 de outubro de 2015 / N246 / Ano 11 / Série 6 // DIREÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Pedro Andrade// REDAÇÃO: Adriana Ribeiro, Ana Ferreira, Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Carla Gonçalves, Carla Rodrigues, Celeste Amorim, Clara Ferreira, Cláudio Pinto, Guilherme Santos, Hugo Brandão, Inês Moreira, Inês Pinheiro, João Vale, Paulo Caldas, Pedro Ribeiro, Raquel Marques, Rita Pereira, Rita Reis, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Mafalda e Sérgio Xavier // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Pedro Andrade // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12nº 341802/12

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.

A crise aqui tão perto

Continua a indefinição política no nosso país. Mas esta semana quero escrever sobre o estado de emergên-cia que muitas famílias portuguesas vivem. Segundo o estudo mais recente do INE relativo a 2013, 19,5% dos portugueses estavam em risco de pobreza. Números, no mínimo, assutadores.

Sabemos, também, que o Fundo Social de Emergência da Universidade do Minho viu o seu regulamento revisto e permite candidaturas dois meses mais cedos que o habitual. Sabemos, ainda, que no ano letivo anterior o FSE registou um número recorde de candidaturas. Mas uma vez, dados assustadores.

A incerteza caminha perigosamente ao nosso lado todos os dias.Dados que me vão tirando a esperança. As assimetrias sociais vão aumentando a cada dia que passa e parece que não vão abrandar.

Às vezes é mais fácil olhar para o lado e fingir que “está tudo bem”. Também já fiz o mesmo. Mas quando leio que as crianças são, há sete anos, o grupo mais afetado pela pobreza, deixo de acreditar num futuro risonho. Mas como se costuma dizer, “a esperança é a última a morrer”.

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Page 3: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

PÁGINA 05 // 20.OUT.15 // ACADÉMICOPÁGINA 04 // 20.OUT.15 // ACADÉMICO

360º

risco de pobreza volta a aumentar em portugal

gualtar e centro histórico comnovas ligações

guimarães vai acolher clube da UNESCO

luaty beirão continua em greve de fome

CAMPUS

Em 2013, a percentagem de risco pobreza atingiu 19,5% dos portugueses. Ou seja, essa per-centagem cresceu 0,7%, em comparação com o ano de 2012.Segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística, a pobreza “no desempenho das atividades habituais revelou-se, sobre-tudo, associada à existência de privação material, sendo que 41,2% das pessoas severamente limitadas se encontravam em privação material”. A causa mais apontada pelas pessoas abran-gidas é a falta de dinheiro, sendo que 53,5% dos inquiridos revela não ter conseguido obter acesso a cuidados médicos.

A Câmara Municipal de Braga está a testar novas ligações entre Gualtar e o centro histórico bracarense. A notícia, avançada pela RUM, explica que se trata de um sistema de semáforos que permitem a chegada mais direta dos peões, ciclistas e transportes públicos no percurso entre os dois locais. Esta aplicação está a ser aferida pela Escola de Engenharia da UMinho. O vereador com o pelouro do ordenamento e do urbanismo, Miguel Bandeira, reforça que o objetivo passa por “aproximar o centro histórico da zona de Gualtar”, bem como gerar “novas formas de mobilidade”.

Depois da assinatura de um protocolo, na passada sexta-feira, a cidade vimaranense passa a ter na Casa da Juventude o ‘Clube UNESCO – Mobilidade Intercultural’. Tratando-se de um projeto de cidadania, Alexandre Barros, do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), afirmou à RUM: “pretendemos transformar a dinâmica da UNESCO numa grande esco-la de democracia, de participação.” Além disso, adiantou que “Guimarães irá de encontro com a mobilidade intercultural, logo, haverá muitos programas de intercâmbio”. Estas iniciativas consistem num prolongamento das Comissões Nacionais desta instituição.

O músico e ativista angolano Luaty Beirão continua sem se alimentar, desde há quase um mês, após a sua detenção, recusando quaisquer tipo de tratamentos médicos. Na passada sexta--feira, foi deslocado para uma unidade de saúde onde disse que apenas quer ser tratado caso o seja libertado, juntamente com mais 14 ativistas detidos. O grupo está acusado da preparação de um golpe de Estado contra o atual presidente de Angola. Segundo o jornal Público, Luaty está ciente “das consequências da sua decisão”.

ADRIANA RIBEIRO

[email protected]

Já estão em vigor as novas ligações entre o campus de Gualtar e as residências uni-versitárias de Lloyd e Santa tecla. Este reforço dos servi-ços dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) acontece à conta dos pedidos dos pró-prios estudantes da Universi-dade do Minho. Carlos Videi-ra, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), disse ao Jornal Académico (JA) que, “não havendo, até à data, um serviço de transportes públi-cos durante a noite, e enten-dendo que grande parte dos estudantes nas residências universitárias são bolseiros, pareceu-nos que deveríamos dar este passo no sentido de aumentar o seu bem--estar”. Assim sendo, o per-curso começa no Campus de Gualtar, tem uma paragem na Residência Carlos Lloyd

RUTE PIRES

[email protected]

A GenMundus é uma asso-ciação sem fins lucrativos, sediada na Póvoa de Lanho-so, que pretende promover a mudança na vida de quem mais precisa através da coo-peração. Um dos seus mais recentes projetos é o ProFutu-rum. Este projeto tem como objetivo principal proporcio-nar a meninas instituciona-lizadas, na cidade de Braga,

gualtar com novas ligações às residências universitárias

profuturum: voluntariado para universitários

Braga e outra na Residência de Santa Tecla, terminando na Avenida Central, estando

disponível em três horários: 22h05, 23h05 e 00h05. Este reforço começou no passado

dia 12 de outubro e serve para “contribuir para o conforto e maior mobilidade mobilidade

dos estudantes durante o pe-ríodo noturno a valores aces-síveis”, diz Carlos Videira.

PEDRO RIBEIRO

[email protected]

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um acompanhamento esco-lar diferente e alternativo que as motive para a importância da escola e do seu contributo para um futuro profissional com mais oportunidades. A GenMundus pretende cativar os alunos universitários para se tornarem voluntários. O objetivo é que prestem apoio escolar a estas meninas, du-rante quatro horas mensais, nas diferentes disciplinas escolares, e que, ao mesmo tempo, partilhem com elas as suas experiências e motiva-

ções. Com esta ajuda a Gen-Mundus acredita que é pos-sível melhorar o rendimento escolar destas meninas, para

que tenham mais oportu-nidades no futuro e, conse-quentemente, tornarem-se mulheres independentes e

ativas na sociedade. Para mais informações, contactar via email: [email protected].

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Page 4: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

PÁGINA 07 // 20.OUT.15 // ACADÉMICOPÁGINA 06 // 20.OUT.15 // ACADÉMICO

JOÃO [email protected]

O Reitor da Universidade do Minho aprovou no passado dia 2 de outubro a nova regu-lamentação do Fundo Social de Emergência (FSE). Entre as principais alterações, con-cretiza-se uma das principais reivindicações da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) - o alar-gamento do período de can-didaturas. Carlos Videira, pre-sidente da direção da AAUM, esclarece esta alteração ao Jornal Académico (JA): “No passado, apenas era possível fazer as candidaturas a partir de dezembro. A partir de ago-ra é possível um estudante candidatar-se já a partir do mês de outubro”. A nova re-gulamentação também criou alterações nas condições de elegibilidade para o FSE. “Um estudante que esteja inscri-to a mais de 60 ECTS deixa de ter a obrigatoriedade de

ter aproveitamento a 60 % dos ECTS a que está inscri-to, basta ter aproveitamento a 36 ECTS, ou seja, não é prejudicado por se inscre-ver a mais créditos do que é obrigado” elucidou Carlos Videira. Ainda nas condições de elegibilidade, mantém--se a dedução de despesas à habitação, saúde e ao rendi-mento apurado, até ao limite de 30% desses mesmos ren-dimentos. Com isto Carlos Videira afirma que “ficam melhor definidas questões como o tipo de despesas que podem ser comparticipadas pelo Fundo Social de Emer-gência, bem como o número de apoios que um estudante pode receber”. O FSE é uma iniciativa conjunta da Reitoria da UMinho, Serviços de Ação Social, Associação Académi-ca e Provedor do Estudante, que foi instituída em fevereiro de 2013 e já apoiou mais de 270 estudantes que, “por al-gum motivo, não podem be-neficiar dos apoios previstos

no sistema nacional de Ação Social” explicou Carlos Videi-ra. “A maioria dos estudantes que recorre ao FSE são es-tudantes que não se enqua-dram nesse sistema devidos aos critérios de aproveita-mento ou que ultrapassam por poucos euros o limiar de elegibilidade no que toca à

está revisto o regulamento do fundo social de emergência

uminho investiga “dados abertos” do quadrilátero urbano

“leitores de filosofia” estão de regresso

contabilização de rendimen-tos do agregado familiar”.

FSE em números

O ano letivo 2014/2015 foi o ano em que foram concedi-dos mais apoios - 131 num total de 167 candidaturas. “Estamos a falar de um in-

vestimento total que chega perto dos 140 mil euros em 2014/2015” confirmou Car-los Videira. No total dos três anos já foram atribuídas 271 bolsas ao abrigo do FSE. O valor total investido na atri-buição de todas as bolsas desde 2013 chega perto dos 280 mil euros.

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gUILhERmE [email protected]

O estudo conduzido pelo Centro de Computação Gráfi-ca (CCG), com apoio do Cen-tro Algoritmi da Universidade do Minho, teve por objetivo analisar a disponibilidade dos dados abertos do cha-mado Quadrilátero Urbano: os municípios de Barcelos, Braga, Guimarães e Famali-cão. A investigação obedeceu a orientações de entidades como a Open Knowledge Foundation, World Wide Web Consortium e Dublin Core Metadata Initiative. Os resul-tados revelaram que existem dados que podem ser consul-tados e usados em diversas áreas, tais como o orçamento anual municipal, gastos, con-tratos, eleições, qualidade do ar, horários dos transportes, orçamento participativo e listas de empresas. No en-tanto, ainda não é possível

encontrar informação sobre transportes em tempo real, instalações públicas, estatís-ticas criminais, segurança e higiene alimentar, acidentes de trânsito, permissões de construção, requisições de serviços e licenças comer-ciais. A disponibilidade des-

tes dados é garantida em par-te por entidades transversais e outra parte pelas próprias câmaras municipais. No en-tender do diretor executivo do CCG, João Nuno Oliveira, estes dados “são o denomi-nador comum das cidades inteligentes (smart cities)”.

Contudo, as conclusões da investigação referem que ainda há muito trabalho a ser desenvolvido para alcançar a quantidade e a qualidade dos dados oferecidos pelo Porto, Lisboa e outras grandes cida-des europeias. Os investiga-dores sugerem que os muni-

cípios “disponibilizem mais dados de forma aberta, com maior detalhe e adequados a plataformas digitais”. O aces-so a estes dados permitirá uma maior transparência das entidades públicas e a cons-trução de uma comunidade mais participativa.

BRUNO [email protected]

Irá decorrer no dia 27 de ou-tubro, às 21 horas, em Braga, a iniciativa “Comunidade de Leitores de Filosofia”, inicia-tiva essa que visa debater os autores mais consagrados da filosofia através de sessões mensais que ocorrerão no Museu Nogueira da Silva.

Organizada pelo Departa-mento de Filosofia da Uni-versidade do Minho e pelo respetivo museu, a entrada é livre, estando assim aberta a iniciativa ao público em geral. A “Comunidade de Leitores de Filosofia” está a cargo de Cristina Costa, Pedro Martins e Sara Gonçalves. A primeira sessão arranca pelas 21h00 e vai discutir a obra ““Do Belo Musical”, de Eduard Hans-lick, um escritor sobre as-suntos musicais da Áustria, considerado o mais influen-

te crítico musical do século XIX. A obra que estará em discussão está dividida em sete partes que não se fazem acompanhar de qualquer títu-lo, em que o autor pretende lançar as bases filosóficas de uma estética musical. A tese defendida por Hanslick é a de que “a música nada repre-senta senão ideias musicais e que o conteúdo do belo mu-sical não são emoções mas apenas sons”. A apresenta-ção da obra vai estar a cargo de Tiago Sousa.

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Page 5: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

PÁGINA 08 // 20.OUT.15 //ACADÉMICO

equipa da uminho avança na cura da doença machado-josephINêS [email protected]

Uma equipa do ICVS iden-tificou um fármaco, deno-minado citalopram, para o tratamento da doença neuro-degenerativa de Ma-chado-Joseph. Esta doença, atualmente incurável, é cau-sada pela mutação do gene ATXN3, provocando um mau funcionamento dos neuró-nios. Consequentemente, os portadores têm problemas de coordenação de movi-mentos, equilíbrio, articula-ção na fala e deglutição dos alimentos.

SARA SILVA [email protected]

No próximo dia 23 de outubro, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) recebe crian-ças do 1º ciclo para lhes dar a conhecer um pouco mais sobre Geologia, naquela que é a sétima oficina do projeto “E fez-se Luz” da Escola de Ciências da Universidade do Minho. A atividade deste mês tem como tema principal “As cores à volta do Vulcão” e é da responsabilidade de Jorge Pamplona e Luís Gonçalves,

Os cientistas da UMinho testaram aproximadamente 600 fármacos já existentes no mercado para tratar ou-tro tipo de doenças e des-cobriram que o citalopram é um potente supressor da agregação e da toxicidade da proteína mutante no sistema nervoso.Os testes em ratinhos con-firmaram melhorias signifi-cativas na coordenação dos movimentos e no equilíbrio. Deste modo, o citalopram acaba por travar alguns dos sinais desta doença rara. A próxima etapa será o estudo clínico em humanos. O estudo demonstra ainda que a estratégia de descobrir

a geologia também é para crianças

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ambos do Departamento de Ciências da Terra da mesma Escola. Como todas as ofici-nas desta iniciativa da acade-mia minhota, é com um “Era uma vez” que se iniciará o “E fez-se Luz…na Geologia”. Durante a oficina deste mês, os alunos que, mediante ins-crição, nela participarem, irão começar por ouvir a história “Fogo que arde e não se vê”, publicada no livro “Contos da Dona Terra” de Maria Helena Henriques. De seguida, ha-verá espaço para explicações científicas e para respostas a

alguns porquês, e ainda para a elaboração de trabalhos plásticos, que serão expostos no final das nove oficinas que compõem o projeto. Inserido nas comemorações do Ano

Internacional da Luz (AIL 2015), o “E fez-se Luz” ter-mina em dezembro, depois de quase um ano de oficinas mensais, com a duração de 90 minutos cada. Até agora,

já foram abordados vários te-mas relacionados com a luz, como o arco-íris e a energia, e, depois do vulcão, o fogo será o cerne da oficina de no-vembro.

novos usos para fármacos já disponíveis pode ser útil no caso das doenças raras.O trabalho, liderado por Pa-trícia Maciel, foi publicado recentemente na conhecida revista “Brain”.O grupo de Patrícia Maciel é uma referência internacio-nal, tendo já sido distinguido com o Prémio Rafael Herva-da, convidado para conferên-cias mundiais e publicado em revistas científicas como a “Neurotherapeutics” e “Hu-man Molecular Genetics”. A equipa está integrada no laboratório associado ICVS/3B’s e na Escola de Ci-ências da Saúde da UMinho, em Braga.

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Page 6: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

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PÁGINA 10 // 20.OUT.15 //ACADÉMICO

dádivas de sangue voltam aohospital de braga

DIOgO RIBEIRO DE [email protected]

O Hospital de Braga lançou, no passado dia 15 de outu-bro, uma nova campanha de divulgação do seu Banco de Sangue. Esta iniciativa, já presente nas ruas da cidade, conta com a colaboração de Ricardo Rio, Presidente da CM de Braga, D. Jorge Orti-ga, Arcebispo Primaz de Bra-ga, António Cunha, Reitor da

UMinho, e o futebolista Alan, do SC de Braga, quatro indi-vidualidades da cidade que se juntam, assim, a tantos outros profissionais do Hos-pital. Após uma breve intro-dução histórica sobre a tra-dição das dádivas de sangue, que tiveram o seu início em 1946 e sofreram um ligeiro interregno desde 2006, An-tónio Marques, responsável pelo Serviço de Sangue do Hospital de Braga, referiu que existem cada vez “pes-soas mais novas a começar a doar sangue”, ideia que é

reforçada por António Cunha ao afirmar que “os estudan-tes da UM se têm mobilizado e a Universidade é conhecida por organizar campanhas de sangue”, deixando a garantia de que existe disponibilidade para se continuar esta onda universitária solidária. Pre-sentes estiveram também Ricardo Rio e D. Jorge Ortiga. O presidente da Câmara Mu-nicipal de Braga felicitou a ini-ciativa porque “contribui para reforçar o espírito solidário dos bracarenses”. Ricardo Rio salientou, ainda, o facto desta

campanha de apelo à doação de sangue conseguir congre-gar 26 entidades e empresas do concelho. O Arcebispo Primaz de Braga disse que as dádivas de sangue no Hospi-tal de Braga são de extrema importância para garantir o bom funcionamento desta valência clínica, reforçar o serviço de saúde e incentivar o espírito solidário que está presente em cada doação. O processo de dádiva de san-gue demora, em média, 45 minutos. O dador começa por preencher um registo de

dados pessoais, passando depois por uma entrevista médica para avaliar o estado de saúde e esclarecer dúvi-das. A colheita é executada por enfermeiros que acompa-nham todo o processo e, an-tes de sair, o dador faz uma refeição ligeira. De referir que todos os dadores podem usufruir de isenção de taxas moderadoras nos centros de saúde, falta justificada para o período da dádiva de sangue e estacionamento gratuito no Hospital, durante o período da dádiva.

Page 7: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

PÁGINA 13 // 20.OUT.15 // ACADÉMICO

ENTREVISTAFERNANDA CÁSSIO:

“BRAGA E GUIMARÃES TÊM GRAVES PROBLEMAS

ECOLÓGICOS”Fernanda Cássio é a diretora-adjunta do departamento de Biologia da Universidade do Minho, uma unidade orgânica da

Escola de Ciências. Uma área com bastante trabalho e que ainda muito por fazer. Em entrevista, Fernanda Cássio garante que nunca consegue desligar-se do trabalho. Diz a investigadora que “a ligação é contínua mas, depois de tantos anos de

trabalho, faz-se de forma serena”.

ELSA mOURA

[email protected]

Que balanço faz de mais de três décadas do depar-tamento?

O Departamento de Biologia iniciou-se, numa primeira fase, com licenciaturas em Biologia e Geologia. Entre-tanto, fomos alargando a nossa oferta educativa. Te-mos bastantes alunos de pós-graduação, mas também de doutoramento e de pós--doutoramento. Contamos com mais de 30 membros do corpo docente, manifes-tamente insuficiente para o número de alunos que tem, porque mais de 500 alunos entram todos os anos. Neste momento, além das instala-ções de investigação labora-torial e ensino, tem perspeti-vas muito interessantes com o recém-criado Instituto Para a Bio-Sustentabilidade que está sediado no Campus de Gualtar. O edifício está pra-ticamente pronto, tem 4 an-dares, está em fase de colo-cação equipamento. Gostaria de salientar os laboratórios

específicos para a área da Ecologia, nomeadamente na Ecologia de Rios. Uma área muito necessitada no nosso país, nomeadamente na zona norte do país - temos qualida-de de água muito má e, isso, tem feito com que tenhamos de pagar multas na Comuni-dade Europeia por não con-seguirmos com os objetivos traçados para 2015. Ora, o Departamento de Biologia tem um papel importante nesta área – para além de permitir um ambiente com uma qualidade mais elevada, vai gerir emprego. O Depar-

tamento está empenhado em fazer cursos técnicos e cien-tíficos para direcionar, ainda melhor, o conhecimento dos nossos jovens.

Mas nada substitui o tra-balho no terreno

De forma alguma. Tem de ha-ver uma avaliação no terreno. E por isso é importante tra-balharmos em parceria com as estações de tratamento de águas residuais e, até, com as empresas, que também têm a obrigação de tratar os seus efluentes.

Mas temos registos, qua-se diário, de descargas ilegais

Porque não existe o conheci-mento que poderá criar pro-cessos simples de tratamen-to. É aí que a Universidade tem um enorme papel. Há sempre uma solução a imple-mentar. É importante dizer que o Instituto de Bio-Sus-tentabilidade tem, também, como objetivo, potenciar os projetos entre a engenharia e a biologia. Quando que-remos processos mais tec-nológicos precisamos das

valências da Engenharia. De lembrar que no campus de Azurém temos um edifício mais vocacionado para estas questões.

O trabalho do departa-mento também faz o seu trabalho em parceria com os municípios que aco-lhem a UM.

Municípios com muitos pro-blemas. Neste momento há uma tese de mestrado em que pretendemos avaliar a qualidade ecológica da água no Rio Este, em Braga, e ten-tar implementar no terreno um processo simples para que, caso haja uma concen-tração muito elevada de nu-trientes, os passamos retirar através de micro-organismos de maneira muito simples.

Um trabalho em equipa

Sim, todo o ano, todos os dias. De lembrar que o núme-ro do grupo de trabalhos au-menta ou diminui consoante o financiamento disponível

Voltando às autarquias… Em Guimarães, o Labo-ratório da Paisagem (LP) tem uma ligação direta com a UM

ELSA MOURA

Sim, é verdade. A autarquia de Guimarães é um exemplo de ligação dos seus objeti-vos com uma instituição de ensino universitário. Existem muitos projetos que ligam a UM à Câmara Municipal de Guimarães (CMG). O LP é um espaço muito bonito, foi inaugurado a 24 de junho de 2014 e tem a potencialidade para que seja feita investiga-ção e tem espaços comuns para divulgação, o que é mui-to importante. A CMG fez uma grande aposta na ciên-cia e tecnologia, até porque têm um grande interesse na tecnologia dos rios e da flo-resta.

Nesta ligação a Guima-rães… Uma cidade que se quer candidatar a capital Verde Europeia. De que forma o Departamento tem colaborado?

O Departamento de Biologia tem colaborado num dos ve-

tores estratégicos definidos pela Comissão Verde desta candidatura. Nós identifica-mos, na nossa investigação, a biodiversidade e natureza. Já estão a ser feitas várias ati-vidades: uma delas pretende requalificar a Penha, que tem formações geológicas muito especiais e estamos a pensar se pode ser viabilizada como “Monumento Natural”. Para isso é preciso fazer um tra-balho de prospeção, que já está a ser feito. Mas é preci-so dizer que pretendemos, ainda, num novo projeto, florestar o campus de Gual-tar com espécies autóctones. Há muitos anos que se fala de um Jardim Botânico em Braga e, neste momento, a Universidade tem a vontade de criar este espaço. Portanto vamos iniciar entre outubro e novembro a plantação deste Jardim.

Onde vai situar-se o Jar-dim Botânico?

Vai ficar abaixo do ICS. Um projeto que vai contar com a colaboração de toda a comu-nidade académica que queira plantar as suas ervas. Um projeto a custo zero, tanto de mão-de-obra como de reco-lha de espécies para planta-ção (há bastantes instituições que oferecem as árvores).

Um projeto que demora o seu tempo

E dinâmico. Um Jardim Botâ-nico não tem só as espécies locais. Podemos sempre re-correr a outros colegas de outras universidades sobre que espécies poderão ser incluídas neste espaço. Tam-bém seria interessante contar com uma estufa gigante, fei-ta em rede com uma malha que permita que os animais não fujam, neste caso as bor-boletas. Um local que estará aberto a toda a comunidade, académica e local.

Agora em Braga. Quais os próximos projetos para a cidade dos arcebispos?

Por um lado, na questão da ciclovia e do Rio Este. E, claro, estamos abertos na colabora-ção de qualquer outro projeto em que a autarquia bracaren-se queira a ajuda da Universi-dade do Minho.

Muitos anos de investiga-ção e de trabalho, mas há tempo para outras coisas.

Sim, para viajar, por exemplo. Nem que seja em trabalho

Nunca se desliga da parte da investigação?

Não. Hoje em dia, depois de bastantes anos de experiên-cia, com uma ligação contí-nua mas serena.

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PÁGINA 12 // 20.OUT.15 // ACADÉMICO

“Há muitos anos que se fala de

um Jardim Botânico em Braga. Neste momento, a

Universidade do Minho

tem a vontade de

criar este espaço”

Page 8: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

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Tradutor | M/F | Gui-marães

Tradução, revisão e tarefas relacionadas nos idiomas de trabalho (inglês/alemão/francês> português); - Forma-ção académica superior em Tradução, Línguas Aplicadas ou áreas afins; - Familiaridade com ferramentas CAT e pro-cessos e técnicas de tradução; - Conhecimentos sólidos em dois dos seguintes três idi-omas: - INGLÊS (Obrigatório); - ALEMÃO; - FRANCÊS. - Português enquanto língua materna e excelente domínio da mesma; - Elegível para os Estágios Emprego do IEFP

(Fator obrigatório). Os can-didatos selecionados serão contactados para realizar um teste de tradução nas instala-ções da empresa.

Arquitetura | M/F| Braga- Licenciatura em arquitetura; - Elegível para medida de es-timulo / Estagio - Residente na zona de Braga ou arredores; - Elevada capacidade criativa, comunicação, organização e pró-atividade; - Excelentes conhecimentos em softwares de desenvolvimento 2D e 3D; - Obrigatório envio de Currí-

culo e/ou Portfolio.

Consultor | M/F| Braga- Licenciatura ou Mestrado em Gestão de Empresas / Economia / Marketing / Simi-lares; - Domínio razoável do Inglês, falado e escrito; - Con-hecimentos de contabilidade; - Facilidade de comunicação e capacidade de persuasão / persistência; - Espírito e am-bição comercial em contexto de consultoria empresarial; - Pró-ativo(a) / Com espírito de iniciativa; - Boa apresentação;

Cheque-Formação!

Um dos objetivos do Pro-grama do XIX Governo Constitucional consiste na definição e implementação de medidas que permitam modernizar as políticas ati-vas de emprego, com vista a melhorar o ajustamento entre a oferta e a procura no mercado de trabalho, pre-vendo, nomeadamente, o recurso ao Cheque-Forma-ção, facilitando o acesso in-dividual dos trabalhadores à formação.

A medida Cheque-Forma-ção, criada pela Portaria n.º 229/2015, de 3 de agosto, constitui uma modalidade de financiamento direto da formação a atribuir aos utentes inscritos na rede de Centros de emprego e de Centros de emprego e for-mação profissional do Ins-tituto do Emprego e Forma-ção Profissional, I.P. (IEFP, I.P.), nomeadamente enti-dades empregadoras, ativos empregados e desemprega-dos. Esta medida tem como objetivo principal o incenti-vo à formação profissional, constituindo-se como um instrumento potenciador da criação e da manutenção do emprego e do reforço da qualificação e empregabili-dade.

1. São beneficiários da formação apoiada pelo Cheque-Forma-ção:a) Ativos empregados, com idade superior ou igual a 16 anos, independentemente

do seu nível de qualificação, cujas candidaturas podem ser apresentadas pelos pró-prios ou pelas respetivas en-tidades empregadoras;

b) Desempregados inscritos no IEFP, I.P. há, pelo me-nos, 90 dias consecutivos, com idade igual ou supe-rior a 16 anos, detentores do nível 3 a 6 de qualificação. A formação a apoiar deve corresponder ao definido no Plano Pessoal de Quali-ficação (PPQ), obtido na se-quência de um processo de reconhecimento, validação

e certificação de competên-cias (RVCC) profissional.

2. Apoios:Ativos empregados O apoio a atribuir, por traba-lhador, considera:a duração máxima de 50 ho-ras de formação, no período de dois anos;um valor/hora de € 4, num montante máximo que po-derá atingir os € 175, sendo que o apoio a atribuir não pode exceder 90% do valor total da ação de formação, comprovadamente pago.Desempregados

Iniciativa Campus Ambassador da Jerónimo Martins

Queres trabalhar uma ideia de negócio que pode ser viabilizada com o apoio de investido-res? Então tens de participar na 5ª edição do Liftoff Working Ideas!Este projeto pretende incentivar/impulsionar a conceção e desenvolvimento de ideias de negócio através de empreendedores organizados em equipa e realiza-se de 13 a 25 de no-vembro.

Serão selecionados estudantes com diferentes competências e são selecionadas as melho-res ideias.

Uma vez formadas as equipas em função da identificação dos estudantes com a pool de ideias eleitas e dos contributos que cada elemento do grupo poderá dedicar, é altura de deitar mãos ao trabalho! Desenvolvem-se competências, analisa-se a ideia e estrutura-se um modelo de negócio. Tomadas as decisões, está criado um conceito e uma estratégia de negócio. Isto só é possível com recursos a vários workshops:- Workshop Estratégia e Modelo de Negócio- Workshop Prototipagem- Workshop Marketing, Comunicação e Vendas- Workshop Pitching

Ao longo de todo o processo, contarás com o apoio de vários mentores convidados, cujo co-nhecimento e experiência serão um contributo fundamental para melhorar o teu projeto.Elaborado o plano de negócios, importa preparar uma apresentação atrativa em forma-to “pitch” que cative potenciais investidores numa sessão de encerramento do “Liftoff Working Ideas”.Não deixes de participar nesta atividade que é totalmente GRATUITA!

Para mais informações visita liftoff.aaum.pt

Estão abertas até 30 de outubro as candidaturas para a iniciativa Campus Ambassador da Jerónimo Martins.

O Campus Ambassador é um projeto pioneiro em Portugal e uma ótima oportunidade para iniciar uma inovadora colaboração com uma das maiores empresas portuguesas. O objetivo da iniciativa é criar uma rede de embaixadores que fará a promoção dos Career Programmes da Jerónimo Martins no campus universitário.

Inscreve-te em http://www.campus.jeronimomartins.pt/

Os desempregados que fre-quentem percursos de for-mação com uma duração máxima de 150 horas de for-mação, no período de dois anos, têm direito a um apoio financeiro correspondente ao valor total da ação de for-mação, comprovadamente pago, até ao montante máxi-mo de € 500. Pode acrescer ao apoio acima mencionado, e em conformidade com o estabelecido na Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, a bolsa de formação, o sub-sídio de refeição e as despe-sas de transporte, desde que não atribuídos pela entidade formadora.

3. CandidaturasA apresentação das candi-daturas é efetuada através do portal Netemprego, em www.netemprego.gov.pt, doravante designado por Portal, sendo necessário o registo prévio do candidato no Portal (caso ainda não tenha efetuado este passo);

vi@s – um apoio na gestão da carreiraExplorar consiste na realiza-ção de atividades que favore-cem o autoconhecimento, o conhecimento das oportu-nidades e recursos existen-tes no meio e a tomada de decisão. O comportamento exploratório permite estar preparado para antecipar e realizar com sucesso as mudanças que ocorrem na vida. É um comportamento a adotar em permanência, sendo fundamental nos mo-mentos de transição.

1 - Compreender a situa-ção atual

A carreira desenvolve-se ao longo da vida e é composta por múltiplas transições: - entre ciclos de estudos/for-mação;- entre situações de desem-prego e emprego;- de um para outro emprego;- para a situação de reforma;

Analise o momento em que se encontra!- tem ideia da opção de estu-

dos/formação que vai reali-zar e porquê?- sabe quais as áreas de ati-vidade mais adequadas para si e em que tem mais possi-bilidade de se integrar?- sabe quais as estratégias que vai utilizar para conse-guir integrar-se no mercado de trabalho? -sabe o que vai fazer para se manter ativo na situação de reforma?

Para conseguir responder

positivamente às suas interrogações e resolver de forma bem-sucedida a situação de transição em que se encontra ou com que virá a confrontar-se aprofunde o autoconheci-mento e o conhecimento das oportunidades. 2 - Conhecer-se a si pró-prio As pessoas modificam-se ao longo da vida mas é im-portante perceber como se é

em cada momento. Melhore o seu autoconhecimento! Pondere quais as atividades profissionais ou extraprofis-sionais que poderão, neste momento, estar mais de acordo com as suas carac-terísticas de personalidade, interesses, valores, capaci-dades e competências.

Mais informações em: ht-tps://vias.iefp.pt

Empresariar-te: Formação para o EmpreendedorismoO curso “Formação para o Empreendedorismo” decorre entre os dias 26 de outubro e 7 de dezembro.No âmbito do Projeto (IN)EET, a Oikos irá dinamizar, com a colaboração da AIMinho - Associação Empresarial, dois cursos que têm a duração de 80 horas e que pretendem ajudar os seus participantes:- a identificar as oportunidade de negócio existentes no mercado;- a conhecer os instrumentos de apoio e financiamento que podem utilizar a seu favor e- a elaborar o seu próprio Plano de negócios.As inscrições estão abertas até ao dia 22 de outubro.Mais informações sobre o curso, poderão ser obtidas através do site http://www.oikos.pt/

Working Ideas5ª Edição

Page 9: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

PÁGINA 16 // 20.OUT.15 // ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIO

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RUM BOXTOP RUM10 outubro 2015

1- Sleeping Alone - The Cactus Channel feat. Chet Faker

2 – London - Benjamim Clementine

3 – Shame - Young Fathers

4 - My Heart’s Not In It - Yo La Tengo

5 - Sun Gun - Gala Drop

6 - The Names - Baio

7 - Shake & Tremble - Django Django

8 - Este Dia - Cavalheiro

9 - The Less I Know The Better - Tame Impala

10 - Do The Get Down - The Jon Spencer Blues Explosion

BRAGA

MÚSICA Best Youth23 de Outubro – 21h30Theatro Circo

Jessica Pratt26 de Outubro – 22h00GNRation

TEATRO “Uma Noite na Lua”Com Gregório Duvivier21 de Outubro – 21h30Theatro Circo

“Amor de Perdição”Nova Comédia Bracarense24 de Outubro – 21h30Theatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA The Glockenwise24 de Outubro – 24h00CCVF

FAMALICÃO

MÚSICAMarta Ren & The Groovelvets24 de Outubro – 21h30Casa das Artes

CINEMA “Vício Intrínseco”Cineclube de Joane22 de Outubro – 21h45Casa das Artes

PONTE DE LIMA

MÚSICA Isaura\Francis Dale24 de Outubro – 22h00Teatro Diogo Bernardes

BARCELOS

TEATRO“A Birra do Morto”Grupo Mérito Dramático Avintense24 de Outubro – 21h3Teatro Gil Vicente

AGENDA CULTURAL

CD RUM

ELISABETE APRESENTAÇÃO

[email protected]

LEITURA EM DIABeach House - “Thank Your Lucky Stars”

11 - Return to the Moon (Political Song for Didi Bloome to Sing, with Crescendo) - EL VY

12 – Restless - New Order

13 - Can’t Keep Checking My Phone - Unknown Mortal Orchestra

14 - Viver para sempre - Smix Smox Smux

15 - Are You Ready? - Mercury Rev

16 – Gibraltar - Beirut

17 – Dreams - Beck

18 - Pretty Pimpin - Kurt Vile

19 – Battery - Toulouse

20 - Loud Places - Jamie XX

Sá da Bandeira, no Porto, no dia seguinte. Para mais infor-mações sobre a banda ou o disco podem visitar a página www.beachhousebaltimore.com ou www.facebook.com/beachhouse.

O mais recente disco dos Beach House “Depression Cherry” foi editado no fi-nal de Agosto. No entanto, a banda anunciou a edição para Outubro de mais um álbum. “Thank You Lucky Stars” chegou às lojas no passado dia 16 e ao contrário do que se possa pensar não é uma continuação ou um conjunto de lados B de “De-pression Cherry”. Os Beach House, um projeto oriundo de Baltimore, Maryland, nos Estado Unidos, são constitu-ídos por uma dupla formada pela francesa Victoria Le-grand e pelo norte americano Alex Scally. “Thank You Lucky Stars” está disponível apenas em formato digital e vinil e é o destaque desta semana do cd rum. Segundo a banda, foi gravado ao mesmo tem-

19/10 - Contos para Rir - Luísa Ducla Soares(ed.Porto Editora) ; Mais uma reedição de um dos clássicos da Lite-ratuta Infantil e de uma auto-ra que é um nome incontor-nável da escrita para crianças. Obrigatório.

20/10 - Pelos Leitores de Poesia - Filipa Leal(ed.Abys-mo) ; Um manifesto poético a favor da grande literatura, leia - se, poesia e seus auto-res. Nada que chegue a um poema bem escrito, inova-dor. Uma pérola literária.

21/10 - Um Rasto de Al-fazema - Filomena Marona Beja(ed.Parsifal) ; A escritora mais cerebral, cheia de minú-cia na construção dos seus personagens, conflitos, dra-mas e vivências. A depuração no limite do singelo e crista-lino, em romances que são autênticas obras de joalharia. Uma romancista pujante e única.

22/10 - 40 Anos de Polí-ticas de Ciência e de En-

po que o anterior mas é um disco totalmente diferente. Os Beach House vão andar por terras lusas. Têm dois concertos agendados: no Ar-mazém F, em Lisboa, no dia 23 de Novembro, e no Teatro

Para ouvir de segunda a sexta (9h45/14h45/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt

Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

sino Superior - Maria de Lurdes Rodrigues e Manuel Heitor(ed.Almedina) ; É uma homenagem a um cientista, ministro e homem de cultu-ra: José Mariano Gago; obra magna, é isso que transforma este livro em material essen-cial e obrigatório para profes-sores e investigadores.

23/10 - Vós, Luminosos e Elevados Anjos - William T. Vollmann(ed.7 Nós) ; Este, sim, é um dos grandes no-mes do romance norte-ame-ricano e, até agora, inédito em Portugal. Um conjunto de referenciais da política, arte, literatura, caso contrário, perde - se parte do extraor-dinário valor deste romance imenso e genial.

empreendedores em portugalsão “culpa” da necessidadePEDRO SOUSA

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Um estudo proveniente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra con-cluiu que a maioria do empre-endedorismo em Portugal se deve a necessidade. Iniciada em 2012, a tese de doutoramento de Gonçalo Brás relata que a grande parte do empreendedorismo portu-guês surge como consequên-cia do desemprego. Desta forma, o empreende-dorismo em Portugal cria-se “por necessidade”, ao invés de “por oportunidade”. Segundo o investigador, o empreende-dorismo português é mariori-tariamente apoiado pelo Go-verno (em programas como o “Empreende Já”), em que o desemprego é uma condição obrigatória. Este facto é “preocupante” pois limita os empreendedo-res e a capacidade de idealizar transformações inovadoras no mercado. Investir no empre-endedorismo “forçado” leva a que as pessoas “sejam empur-

radas para o mercado, muitas vezes sem preparação, o que pode resultar no endividamen-to”, sublinhou. Gonçalo Brás conclui que a aposta no empreendedorismo através de políticas estatais

“não tem dado resultado” e sublinha que um empreende-dorismo assente no “autoem-prego” leva a uma “turbulên-cia” de empresas que apenas contribui para o crescimento “anémico” da economia por-

tuguesa. O investigador acredita que “o país tem de passar de uma ótica de obsessão de liderança pelo custo, em que não é pos-sível competir num mundo global e num país sem política

monetária, para um mode-lo assente na diferenciação”. Parte da tese será abordada em Sevilha, entre 5 e 6 de no-vembro, num evento da Rede Internacional de Investigação Económica.

Page 10: Jornal Académico - 20 de outubro de 2015

CULTURA

PEDRO ANDRADE

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Todas as histórias podem começar pelo já clássico “Era uma vez”. Principalmente a de Jessica Pratt. Um corpo singe-lo, cabelos loiros, voz hipnóti-ca mas capaz de quebrar todo e qualquer Sansão. Aos 15 anos começou a tocar

MEMES UM - Esmiuçando a Academia Parece que a sonda Kepler terá descoberto uma superestrutura alienígena. Juntando a isto a descoberta de água em Marte e planetas com capacid-ade para suportar vida, surge logo uma questão: como é que na UM ainda não descobriram que os serviços académicos não funcionam bem?

Um Uminhense também sorri quando…

O que seria dos universitários sem microondas.

Eu nem consigo estar 20h sem dormir quanto mais duas diretas seguidas.

Que maravilha. Ficar em casa enquanto vai tudo dormir para as palestras.

guitarra depois do seu irmão ter desistido da Fender Strato-caster. A cada acorde, a cada estrofe, ninguém fica indife-rente a este “furacão” em for-mato humano. Na bagagem já traz dois ál-buns cheios de histórias. A cada concerto, vemos o mun-do pelos olhos penetrantes de Jessica Pratt. E há tanto para ver! E, na maior parte das vezes, de olhos fechados. Esse é um dos super-poderes de Jessica. A cantautora que é capaz de nos transportar no tempo e

no espaço. A viagem é sempre imprevi-sível. Mas sempre tão doce e arrebatadora. Em Braga, pro-mete encantar tudo e todos. A “femme fatale” que desar-ma qualquer um ao mínimo olhar. “On Our Love Again” é o nome do segundo trabalho desta mulher-menina de São Francisco. Um álbum carregado de folk psicadélico dos anos 60 a es-banjar juventude – uma corte-sia da Drag City que nos enche o coração. Rui Miguel Abreu diz que o

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novo trabalho “é um disco tão intenso que custa por vezes a acreditar tratar-se apenas do segundo na ainda curta carreira de Jessica Pratt”. Já a Pitchfork descreve esse álbum, ”tão breve quanto maravilho-so”, explicando que “passa os seus 31 minutos em diálogo com o passado, mas em per-pétua movimentação em dire-ção ao futuro”. Um trabalho quase pincelado de forma magneticamente perfeita e que nos encaminha na direção que Jessica quer e idealiza através da sua voz.

Temas como “Back, Baby” fazem-nos suspirar por mais e mostram bem que basta Jessi-ca e a sua guitarra. Nada mais interessa. Poderemos comprovar isso mesmo no próximo dia 26 de outubro na Blackbox do GN-Ration. Os bilhetes custam 5 euros.

O espetáculo começa às 22h00 mas a doçura de Jessi-ca Pratt vai inundar o imaginá-rio de quem por lá passar por muito e muito tempo.

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