jornal acadÉmico 3

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“GeNeRation é um projecto que mais nenhum município em Portugal teve coragem de assumir” entrevista Marisa Ribeiro, vice-presidente do Departamento Recreativo da AAUM, responsável pela Recepção ao Caloiro’11 faz o balanço do evento entrevista “Tivemos um total de 18 mil pessoas no recinto” Página 08 Página 13 especial recepção ao caloiro ‘11 l Guimarães, berço das Serenatas Velhas Página 03 e 04 desporto go by bike: em braga... uma alternativa saudável aos transportes públicos Página 18 Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, entidade que gere a Capital Europeia da Juventude, em exclusivo RUM/ACADÉMICO l Uma latada quente Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 152 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 11.OUT.11 academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico twitter.com/jornalacademico

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Edicao 3 do jornal ACADEMICO

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“GeNeRation é um projecto que mais nenhum município em Portugal teve coragem de assumir”

entrevista

Marisa Ribeiro, vice-presidente do Departamento Recreativo da AAUM, responsável pela Recepção ao Caloiro’11 faz o balanço do evento

entrevista

“Tivemos um total de 18 mil pessoas no recinto”

Página 08

Página 13

especial recepção ao caloiro ‘11l Guimarães, berço das Serenatas Velhas

Página 03 e 04

desporto

go by bike: em braga... uma alternativa saudável aos transportes públicos

Página 18

Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, entidade que gere a Capital Europeia da Juventude, em exclusivo RUM/ACADÉMICO

l Uma latada quente

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA152 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 11.OUT.11

academico.rum.pt facebook.com/jornalacademicotwitter.com/jornalacademico

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Chegada ao fim mais uma semana de diversão para os estudantes da Universidade do Minho, o tempo é agora de balanço. A aposta, ainda que “forçada” numa data mais próxima do início do ano, acabou por ser compensada com a “colagem” dos dias de festa a um fim-de-semana e a um feriado. Começo precisamente nesse dia 5 de Outubro. A simbologia da data foi assumida por muitos estudantes que deram um colorido especial à cidade de Guimarães, numa data tão importante para o nosso país. Foi no “berço” da Nação que se fez a festa da República em Portugal.Em relação à “colagem” das festividades da Recepção ao Caloiro ‘11 ao fim-de-semana, foi grande o meu espanto em não ver um recinto lotado no último dia. Eram muitos os estudantes, mas não chegaram para encher um Pavilhão Multiusos que viveu, na noite de quarta-feira, uma das maiores festas de que há memó-ria na Recepção ao Caloiro. Uma vez mais, os meus parabéns à organização.Ainda assim, nesta semana em que a selecção portuguesa de futebol ficou a um passo de se qualificar para o Europeu do próximo ano, volto a destacar aqui um tema que marca a actualidade nacional.No passado Domingo, Alberto João Jardim e seus pupilos venceram as eleições na Madeira. A maioria ab-soluta, apesar dos sustos em que Jardim se viu mergulhado, voltou a dar confiança a uma governação que já deu sinais de completo desrespeito pelo país e até pelos cidadãoes madeirenses (que dizem defender até à morte e até dão boleia para poderem “livremente” votar). Em relação aquele que era visto como o adversário político de Jardim, Maximiano Martins, do PS, falhou redondamente na sua estratégia. Políticos fracos têm, por norma, resultados fracos.Esperemos pelo que vai acontecer nos próximos anos, numa altura em que urge uma reprogramação das políticas governamentais, não só na Madeira, mas também em todo o país. Ainda assim, há uma linha que já foi muitas vezes pisada por Alberto João Jardim e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, deve, para não repetir erros do passado, ter uma voz activa e mão pesada no tratamento deste caso. Haja coragem em Portugal Continental para resolver os problemas da Madeira. Só dessa forma poderá haver justiça para o povo madeirense e quiçá... Para PortugalAté para a semana!

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Sean Rilley and the SlowridersUm momento único. Com ro-pupagem nova, a banda lisboeta chegou ao salão Medieval da reitoria da UM para encerrar o Festival de Outono e comemorar o 22º aniversário da RUM. Quem viu não ficou arrependido (apesar do calor) e ficou certamente mais confiante por saber que há ban-das em Portugal com este nível de qualidade e humildade.

“Democracia” da MadeiraA Madeira teve, há dias, hipótese de mudar. Não o fez. O povo as-sim não o quis e, apesar das “bo-leias” e da criação de eleitores em duplicado e na hora (à boa ima-gem do simplex), o que é certo é que a ilha vai continuar a cami-nhar sozinha. Portugal e o seu PR que abram os olhos para ver a luz no fundo de um qualquer túnel por Alberto João inaugurado.

Pedro Dias a caminho da FPF? Cabe-lhe a responsabilidade de ser uma das vozes estratégicas no que toca ao desporto na Uni-versidade do Minho. As suas boas relações com o futsal e o prestígio alcançado, à boleia da AAUM, nas boas prestações e organizações desportivas no Mi-nho, fazem dele um candidato a vice-presidente na Federação Por-tuguesa de Futebol. Parabéns!

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 11 Outubro 2011 / N152 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

PÁGINA 03 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

ANA LOPES

[email protected]

A cidade de Guimarães re-cebeu, este ano, mais uma edição das Serenatas Velhas. Este evento é já uma acti-vidade familiar à academia minhota que, nas festivida-des da Recepção ao Caloiro, procura reviver o passado, trazendo um pouca da anti-ga tradição. Segundo a orga-nização, esta é uma activida-de que “traz ainda mais vida à cidade de Guimarães”. A Serenata, que teve lugar no largo da Oliveira, é apenas uma das actividades do car-taz deste ano, que tem por base o tema “A olhar para um palácio”.Esta foi a primeira activida-

de que constava do cartaz da Recepção ao Caloiro que se

seguiu até à sexta-feira se-guinte, num programa que

ESPECIAL // RECEPÇÃO AO CALOIRO ‘11

contempla concertos, festas e praxe, cuja finalidade foi acolher e dar as boas-vindas aos novos alunos da acade-mia minhota.As Serenatas Velhas conta-ram com a presença de um grupo de fados que antece-deu a tradicional charrete que precorre as ruas da ci-dade, numa tradição que, diz a organização, remonta às festas Nicolinas dos es-tudantes vimaranenses. “Como qualquer tradição que se preze, tentámos sem-pre mantermo-nos fiéis às origens para que, daqui a vinte anos, um qualquer es-tudante da Universidade do Minho possa assistir a uma Serenata tão bonita quanto esta”, afirmam.

Para Diogo Oliveira, esta é uma actividade “não só para os novos estudantes, mas também para as pessoas de outras faixas etárias. Um dos intuitos do evento é dar a conhecer a cidade à acade-mia, e a academia à cidade”. O estudante de Tecnologias e Sistemas de Informação afirma que apesar de ser “importante conhecer no-vos tipos de música, há que também valorizar o que é tradicional”, daí a importân-cia de “revisitar a tradição”.De acordo com a organiza-ção, a Associação Académi-ca da Universidade do Mi-nho (AAUM), as Serenatas deste ano “tiveram mais gente a assistir que o ano passado”.

DR

Serenatas evocam uma tradição académica ao som do fado

Actividade marca o arranque da Recepção ao Caloiro

DR

guimarães, berço das serenatas velhas

PÁGINA 04 // 11.OUT.11 // ACADÉMICOCAMPUS

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Adriana Couto

EDUARDA FERNANDES

[email protected]

NEUZA ALPUIM

[email protected]

Entre as habituais latas, bidões de metal, gritos de “guerra” e músicas, os re-cém-chegados ao mundo académico, fizeram-se ou-vir no desfile que os tinha como protagonistas.A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), responsável pela organização do evento, na voz de Diogo Oliveira, direc-tor do departamento cultu-ral e tradições académicas de Guimarães, garante que houve, de facto, a preocupa-ção para que nada falhasse. Conforme o testemunho,

apesar de factores externos, como o facto da cidade de Guimarães se encontrar em obras e o dia escolhido para o evento ser um fe-riado (o que, por si só, traz vários condicionantes como a diminuta oferta de trans-portes), a AAUM procurou assegurar todas as condi-ções físicas e humanas para que a latada fosse um êxito. Assim, foram disponibili-zados autocarros próprios para o efeito, recrutados os serviços da polícia munici-pal, para o corte do trânsito, a PSP, para garantir a segu-rança dos participantes e a presença de quatro bombei-ros para garantir a assistên-cia necessária. Segundo declarações pres-tadas por Luís Rodrigues,

presidente da AAUM, ao jornal “O Povo de Guima-rães”, outra das preocupa-ções passou por garantir o funcionamento da cantina do campus de Azurém, esta que abriu de propósito e a ti-tulo excepcional num feria-do para alimentar os cerca de 5 mil alunos que partici-param na Latada.Num tempo em que se fala frequentemente de crise, Diogo Oliveira considera que os gastos com a latada foram racionalizados e que o dinheiro gasto foi bem gasto, porque foi com os es-tudantes, relevando que esta é uma actividade marcante, principalmente para os no-vos alunos e que é preciso proporcionar-lhes uma boa experiência. Uma das preo-

cupações passou, também, por tentar que os estudan-tes com menos recursos económicos não deixassem de frequentar esta, e todas as outras, actividades e, por isso, houve um cuidado com os preços dos bilhetes para a Recepção ao Caloiro, es-sencialmente com o bilhete geral.Na opinião de Sandra Fer-nandes, ex-aluna da Uni-versidade do Minho, “a la-tada, este ano, correu muito bem”. Esta foi de resto a opinião manifestada pela

maioria dos entrevistados, sendo notório o êxtase reve-lado sobretudo pelos alunos que ingressaram este ano no ensino superior. No final da noite, já no pavi-lhão Multiusos, foi revelado o curso vencedor do cortejo, Electrónica. O ambiente de festa foi de resto uma componente no-tável da Latada, assim como os cerca de 30º que se fize-ram sentir, os quais abran-dados com os cerca de 460 litros de cerveja distribuídos pela AAUM.

ESPECIAL // RECEPÇÃO AO CALOIRO ‘11

Como todos os anos, o Jardim da Cordoaria, foi o ponto de partida da Latada, um dos rituais da tradição académica. O cortejo, até à Praça dos Leões, reuniu na cidade de Guimarães milhares de estudantes.

Adriana Couto

Adriana Couto

“Caloiros” encheram as ruas de Guimarães de cor, música e muita diversão

Bombos, latas, bidões. Tudo serve para fazer barulho na Latada que encheu as ruas da cidade de Guimarães

uma latada quente

CAMPUSPÁGINA 05 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

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Sentiu da parte dos estudan-tes receptividade positiva?Senti... A 100%. Aliás, uma das coisas que me dá mais força para continuar é pre-cisamente o apoio que me dão. Os estudantes estavam a saltar e a cantar, o que faz que tenhamos uma reacção espontânea em palco.

Sente-se capaz de ser “cabe-ça de cartaz” num próximo evento académico?Sim! Nas últimas festas tenho estado presente, no-meadamente no Enterro da Gata e agora na Recepção ao Caloiro. Penso que estou a voltar a ser o Zézé Fernan-des de há alguns anos atrás,

zézé fernandes (en)canta

JOANA NEVES

[email protected]

Depois de uma alteração no estilo pessoal e uma aventu-ra por novos géneros musi-cais, Emanuel mudou tam-bém a nossa concepção de espectáculo. O denominado “Rei do Pimba” subiu ao pal-co do Multiusos de Guima-rães na passada quarta-feira, pondo à prova as aptidões de dança de todos os presentes. “Os artistas deixaram de ser os dez em cima do palco e passaram a ser estes milha-res de jovens” referiu, com satisfação, o cantor. O autor do hit “Pimba-Pimba” - a partir do qual se passou a utilizar o termo para rotu-lar um género específico de música popular em Por-tugal – levou o público à loucura (por 2 vezes) quan-do cantou o seu mais re-cente sucesso “O Ritmo do Amor”, num concerto que

o mesmo intitulou como “maravilhoso”. Embora algo surpreendido com o sucesso da sua música, uma vez que a transformação em fenó-meno era “difícil de prever”, Emanuel esclarece que não o deve à sorte, já que é um compositor experimentado, com estudos nas áreas de composição e orquestração, o que lhe permite ter noção do que vai resultar em su-cesso e “tratar a música por tu”.

Um sucesso internacional

Menos previsível ainda era que a experiência de “Kudu-ro” iria permitir ao artista “tocar em todas as disco-tecas de Espanha, Chipre, Egipto, Itália” e levá-lo, in-clusive, a editar esta música em Espanhol, no próximo mês.Questionado sobre esta vi-ragem na sua carreira, e no género que o rotulava como

“cantor pimba”, Emanuel in-voca a necessidade de actua-lização: “A música parte da comunicação emocional e as emoções mudam, as pes-soas vão tendo outro tipo de vivências”. O cantor acres-

“rei do pimba” e de muito mais

Emanuel proporcionou grandes momentos em palco que levaram ao êxtase milhares de estudantes

ESPECIAL // RECEPÇÃO AO CALOIRO ‘11

DANIELA MENDES

[email protected]

Ao som de Zézé Fernandes os estudantes minhotos vibraram e divertiram-se na segunda noite de mais uma Recepção ao Caloiro.

Como foi esta actuação na Recepção ao Caloiro?Os estudantes já estão habi-tuados ao meu espéctaculo, estou sempre divertido e animado. Penso que fiz um bom espéctaculo e corres-pondi ao que a Associação Académica da Universidade do Minho estava à espera.

para a cidade de Braga.

Então já se sente um membro desta família académica?Sim, penso que estou a fa-zer parte da “mobília” daqui de Braga, pois tenho estado presente nos últimos anos nestas festividades acadé-micas.

BragabyNight

centa que, ao compor esta música, procurava contra-riar a tendência relativa à in-dústria musical de se dizer que “já se fez tudo”, ciente, contudo, da complexidade de somente existirem “sete

notas para fazer novidade”. Ficando no ar a promessa de novas e inesperadas par-cerias, quem sabe se vamos ver o (ex) “Rei do Pimba” ao lado de, por exemplo, um ra-pper como Sam the Kid.

CAMPUSPÁGINA 06 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

lientou “a presença em palco deles, que é espectacular”. Já Vera Miguel, também

estudante de Direito, afir-mou que “não estava nada à espera de um concerto as-

a banda... vista do palco

ADRIANA COUTO

[email protected]

Os estudantes da academia minhota aguardavam por uma banda há muito acari-nhada pelo público portu-guês, os Linda Martini, que actuariam pela primeira vez numa festa académica organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) na cida-de de Guimarães. Desta for-ma, o Pavilhão Multiusos recebeu os quatro jovens de Lisboa.Cláudia Guerreiro, Pedro Geraldes, Hélio Morais e André Henriques puseram os estudantes a cantar as suas músicas a plenos pul-mões, o que surpreendeu os artistas, que acharam o público fenomenal. “Eu já andei na universidade e por

linda martini rendem-se ao público minhotoForam muitos aqueles que foram ao

Pavilhão Multiusos para ver a banda lisboeta

ESPECIAL // RECEPÇÃO AO CALOIRO ‘11

ALEXANDRE ROCHA

[email protected]

Pouco passava da 1h quan-do os Linda Martini entra-ram em cena. A reacção do público foi imediata: mal pisaram o palco, a banda lis-boeta foi recebida com uma ovação estonteante, que fez eco por todo o Multiusos de Guimarães e despertou o espanto, mal disfarçado, pe-los quatro membros do co-lectivo. A banda agradeceu a calorosa recepção e, assim, iniciou o concerto no qual o rock descomprometido, sin-cero e feroz foi rei e senhor. “Dá-me a tua melhor faca” deu inicio ao espectáculo de setenta minutos que per-correu os dois álbuns dos quatro de Queluz.”As putas dançam slow”, “Amor Com-bate”, “Juventude Sónica” e “Partir para ficar” foram alguns dos temas que con-

tribuíram para um show explosivo e extasiante. “100 metros sereia” serviu para dar o desfecho épico ao con-certo, na qual o vocalista se pôs de joelhos e cantou, em perfeita sintonia com o pú-blico presente, os últimos versos da canção. No final, a banda agradeceu a todos os que viram o concerto.A forte presença em palco dos membros, a interacção dos mesmos com o público e os riffs de guitarra frené-ticos encarregaram-se de encher a sala, onde houve desde fãs incansáveis da banda, que saltavam, dança-vam, cantavam, batiam pal-mas e faziam mosh à beira do palco, até curiosos que, sem saberem o que esperar, apreciaram calmamente a música. Carlos Silva, estudante de Direito, achou que o espec-táculo foi “muito bom” e sa-

sim”, mas deixa uma crítica ao público, que “não estava a aderir” ao mesmo.

isso considero um bom pú-blico.Os concertos grandes são sempre diferentes, mas este correu muito bem”, referiu Cláudia.Os Linda Martini desde cedo conquistaram o públi-co português, considerados uma banda que veio trazer à música portuguesa uma lufada de ar fresco quando lançaram, entre 2004 e 2005, o EP “Amor Comba-te”, um estrondoso sucesso que fez a plateia vibrar de emoção. “Os Linda Martini são rock. São quatro pessoas que gostam de tocar juntas, que se conhecem desde mi-údos e que continuam a gos-tar de fazer música juntos.E, por isso, enquanto assim for, faz sentido nós continu-armos a criar música”, expli-cou a banda.Questionados sobre as in-fluências que levavam a

criar a sua música, muito graças ao sucesso da canção “Juventude Sónica”, aponta-da, pelo público, como um tributo aos Sonic Youth, os Linda Martini não hesita-ram em responder que toda a gente tinha influências, “Tudo aquilo que ouvimos e vemos desde que nasce-mos”, explicaram.Numa despedida em plena apoteose, os Linda Martini abandonaram o palco can-sados, mas felizes.Será que em Portugal se faz boa música? “Há muitas bandas, há muita gente, é só uma questão de as pessoas estarem de olhos e ouvidos abertos para procurarem e encontrarem coisas boas em todo os cantos.”Pela reacção do público pre-sente no concerto, só pode-mos afirmar que os Linda Martini são um desses bons exemplos.

Lisboetas foram em palco aquilo que os estudantes

estavam à espera

BragabyNight

AAUM

PÁGINA 07 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

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fazem é fruto de referências como Foo Fighters, Placebo ou Kings of Leon.“Muita paixão, muito traba-lho e dedicação” é a receita desta banda que procura que as pessoas sintam a mesma diversão que eles sentem quando estão a to-car. Apesar de acreditarem que Portugal não é um país de oportunidades, o objec-tivo dos quatro elementos é agarrar as poucas que exis-tem e mostrar que as peque-nas bandas também fazem boa música.No fundo, a Recepção foi uma oportunidade única

para chegar até um grande número de pessoas e fica a esperança de terem con-seguido “criar o bichinho”. Quanto ao futuro, gosta-vam de poder ver o nome da banda em cartazes de fes-tivais como o Marés Vivas, Optimus Alive ou Paredes de Coura e, claro, o evento da casa: o Enterro da Gata. De momento, a prioridade são os concertos agenda-dos. Podem ver os “Stolen

primeira vez, para mais tarde recordar

MARIANA FLOR

marianacostaf [email protected]

A última noite da Recepção ao Caloiro fez-se com os bra-ços cruzados em forma de X. De volta à academia mi-nhota, os Xutos e Pontapés levaram o Pavilhão Multiu-sos de Guimarães ao rubro.Apesar de ainda estarem a recuperar da presença no Rock in Rio Brasil, energia não faltou e estes “animais de palco” voltaram a mos-trar a sua essência.Durante mais de uma hora e meia, os estudantes mi-nhotos cantaram e pularam ao som de temas como “Não sou o Único”, “A minha ca-sinha” ou “O homem do Leme”.

caloiros recebidos “com xutos e pontapés”

Zé Pedro mostou-se feliz por voltar a tocar para os

estudantes minhotos

ESPECIAL // RECEPÇÃO AO CALOIRO ‘11

FAbIANA OLIVEIRA

[email protected]

Os “Stolen Tunes” actuaram no último dia da Recepção ao Caloiro, em Guimarães, com um concerto que “será para recordar um dia mais tarde”. Foi a tocar em casa que deram o seu primeiro grande concerto e, no final, a sensação de satisfação e missão cumprida era notó-ria. O facto de terem aber-to o concerto de “Xutos e Pontapés”, banda referência do rock português fez com que aquele momento fosse, ainda mais, especial. Se deu

para perceber que muitos dos presentes estavam ali para ver “Xutos”, foi igual-mente perceptível o sorriso na cara de quem viu o con-certo dos “Stolen Tunes” até ao fim.De início, a junção destes jovens músicos foi uma brincadeira. Começaram por fazer alguns covers, to-cando músicas de outros grupos, até perceberem que funcionavam como banda e que estava na altura de le-var aquilo a sério. É assim que explicam o seu nome, porque, no fundo, conside-ram que o que hoje em dia

Tunes”, dia 11, no ARCUM da belha, evento organizado pelo Tuna Universitária do Minho (UM), junto à UM. Dia 5 de Novembro no Bra-ga Viva, no Braga Shopping e dia 19 de Novembro, no bar N101, nas Taipas.Depois, será hora para tra-balhar na gravação do pri-meiro álbum da banda que pretende que seja algo inti-mista e que reflicta o que é ser “Stolen Tunes”.

BragabyNight

tas académicas, a banda confessou adorar este tipo de ambiente. “Identificamo--nos muito com este público e um bom espectáculo tem a ver com essa identifica-ção”, afirmou Zé Pedro. “O

concerto de hoje foi muito bom, sentimo-nos muito acarinhados pelo público”, acrescentou.Mais de trinta anos depois, a banda quer ser um exemplo para os jovens de hoje. “Em tempos acreditámos num sonho e viemos a concre-tiza-lo. Portanto, qualquer jovem deve acreditar em ser aquilo que deseja”, acrescen-tou o guitarrista.Tim, Zé Pedro, Kalu, João Cabeleira e Gui continuam a atravessar gerações com os seus hinos do rock n’ roll e querem continuar a fazer música por muitos anos. Uma tournée para celebrar os 35 anos da banda e o lan-çamento de novos temas são alguns dos projectos em ca-lha.

Estes ícones da música por-tuguesa estiveram presen-tes, este ano, no Enterro da Gata, mas dessa vez sem um nome de peso, o guitar-rista Zé Pedro, que se en-contrava com problemas de

saúde. Em conversa com o ACADÉMICO, o guitarrista recordou a angústia vivida durante esse período e agra-deceu ao público o apoio e carinho que lhe prestaram.Presença frequente em fes-

Uma estreia num grande palco com a esperança de chegar ao Enterro da Gata

BragabyNight

PÁGINA 08 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

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DIANA ISAbEL SOUSA

[email protected]

As noites de concertos no pavilhão Multiusos, em Gui-marães, já fazem parte da tradição da UM, marcando o arranque das actividades lectivas a cada ano que passa. O objectivo é proporcionar aos estudantes da academia, es-pecialmente aos caloiros, uma boa dose de espírito académi-co: muita diversão! A vice--presidente do Departamento Recreativo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Marisa Ribeiro, considera que os pro-pósitos da actividade foram, mais uma vez, cumpridos.

A afluência à Recepção 2011 superou expectativas?

“Sim, este ano consegui-mos ter uma maior taxa de participação nas três noites do que nos anos anteriores. Tivemos um total de 18 mil pessoas! A primeira e a úl-tima noites de concertos foram as mais concorridas.”

E o ambiente no pavilhão Multiusos, de uma maneira geral, como o caracteriza-rias?

“Um ambiente bastante ani-mado! E, apesar de terem participado na Recepção bastantes pessoas que não eram estudantes da acade-mia, conseguimos manter o

espírito académico que tan-to caracteriza a nossa insti-tuição.Acima de tudo, espero que todos se tenham divertido e que a Recepção ao Caloiro 2011 tenha deixado sauda-des.”

Foi difícil escolher o cartaz da Recepção 2011?

“A escolha é sempre compli-cada, até porque tentamos agradar a todos e também, por vezes, a agenda das ban-das e os seus cachês nem sempre são compatíveis. Portanto, torna-se, de facto, difícil fazer todo o cartaz.Claro que tentamos sem-pre fazer o melhor e o mais transversal cartaz a um pre-ço mais reduzido.”

Acha que os estudantes fica-ram satisfeitos com as esco-lhas de cartaz?

“Este ano, o cartaz que apre-sentamos foi claramente aceite pelo público e isso reflectiu-se nas bilheteiras, onde tivemos um aumento no número de bilhetes ven-didos de 25%.”

Então, o balanço que fazes da Recepção ao Caloiro 2011 é positivo?

“Sim, faço. Visto que tudo correu conforme o esperado e, uma vez que consegui-mos que mais estudantes

participassem no momento do que em anos anteriores, considero que todos os ob-jectivos foram cumpridos, nunca esquecendo que há sempre algo a melhorar. Há sempre pormenores que não correm tão bem como o esperado mas, ao longo

das noites, conseguimos melhorar o que tinha cor-rido menos bem na noite anterior. De salientar que uma das nossas maiores preocupações é a seguran-ça no interior do recinto, pois não queremos que os participantes, especialmen-

te os estudantes, se sintam desconfortáveis nas nossas actividades e, nesse aspecto tudo correu bastante bem.Por tudo isto, acho que as expectativas que tínhamos para a Recepção ao Caloiro deste ano foram cumpri-das.”

“tivemos um total de 18 mil pessoas no recinto”

A vice-presidente do Departamento Recreativo da Associação Académica da Univer-sidade do Minho, Marisa Ribeiro, faz balanço positivo da Recepção ao Caloiro 2011

DR

Marisa Ribeiro considera que foram cumpridas as expectativas na edição

deste ano da Recepção ao Caloiro

INQUÉRITOque balanço fazes da recepção ao caloiro ‘11?

PÁGINA 09 // 11.OUT.11 //ACADÉMICO

“Gostei muito da Recep-ção ao Caloiro. No entanto, achei as bandas do segundo dia um pouco pesadas. Para mim, o Emanuel dá um grande espectáculo. Pen-so que os preços dos bares podiam ser mais acessíveis, mas a distribuição dos mes-mos está muito bem feita e original.Adorei Xutos e Pontapés, foi o melhor dia para mim.Gostei do espaço que es-colheram para a festa mas considero que deveria exis-tir mais ventilação porque faz muito calor a e o chão é escorregadio”.

“Foi a melhor Recepção de todas. Para mim, as bandas foram bem escolhidas e ac-tuaram melhor este ano. Foram espectaculares.O espaço do Pavilhão Mul-tiusos está muito bem es-colhido. Emanuel foi muito bom, gostei especialmente da música “O Ritmo Do Amor”.Na minha opinião, a melhor barraca é a de Engenharia Mecânica porque, claro, é a do meu curso”.

“Penso que a Recepção está mais fraca relativamente aos outros anos. Não gosto da localização do espaço, ainda fica bastante longe de Braga. A distribuição dos bares está igual a todos os anos, não trouxeram nada de novo.De qualquer modo, estou a divertir-me muito na mes-ma.Gostei das actuações das bandas e, por mais vezes que veja os Xutos e Ponta-pés, nunca me canso”.

“Já não é a primeira vez que venho à Recepção ao Caloi-ro e, relativamente aos ou-tros anos, está mais fraca. Os preços das bebidas está muito alto, mas eu compre-endo. Estamos a viver tem-pos de crise.De qualquer maneira, estou a gostar muito.O espaço está muito bem escolhido, acho que estão a aproveitá-lo muito bem. Gostei mais do primeiro dia devido à actuação do Ema-nuel e já estou um bocado “farta” dos Xutos e Ponta-pés”.

TIAGO PINHO2º ANO //

ENG. MECÂNICA

RICARDO OTERO4º ANO //

ENG. CIVIL

VANESSA OLIVEIRA1º ANO //

LÍNGUAS E LIT.EUROPEIAS

INÊS MATA [email protected]

O Pavilhão Multiusos foi, mais uma vez, palco para a Recepção ao Caloiro.O evento contou com a actuação de Emanuel, Linda Martini, MANDY, Xutos e Pontapés, entre outros.

Nesta festa distribuída entre três noites bastante animadas, onde é o espírito académico que reina, alguns alunos deram a sua opinião ao jornal da academia, o ACADÉMICO

MARLENE RODRIGUES1º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

BragabyNight BragabyNight

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Adriana Couto

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Adriana Couto

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PÁGINA 12 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

ALEXANDRE PRAÇA

[email protected]

A oposição critica o facto de as associações juvenis não estarem a ser envolvidas no projecto da Capital Europeia da Juventude como deve-riam. Dizem, inclusivé, que estão a ser recusadas muitas ideias dessas mesmas asso-ciações.Não teme que o programa da juventude seja prejudica-do por causa disso?Não concordo com alguma das críticas do Dr. Ricardo

Rio. Existe, neste momento, a tentação de algumas pesso-as de colar ou de pôr a Ca-pital Europeia da Juventude (CEJ) ao nível da Capital Eu-ropeia da Cultura. Estamos a falar de coisas diferentes.Estamos a falar de um pro-jecto, Capital Europeia da Cultura, que é um projecto nacional entregue pelo pró-prio Governo a Guimarães em 2012 e estamos a fa-lar de um orçamento, com infra-estruturas e progra-mação, de 110 milhões de euros. Só para programação têm 25 milhões de euros.

E a CEJ é um projecto estri-tamente municipal?É um projecto estritamente municipal. É o quarto ano que se realiza este evento ao nível europeu. A primeira cidade foi Roterdão, a se-gunda Turim, Antuérpia e depois será Braga. É, como disse, um projecto estrita-mente municipal que foi a concurso onde tivemos de apresentar um candidatura e tivemos que defender o nosso programa e o que é que iremos fazer, em 2012 em Braga. Fomos a concur-so com mais nove cidades europeias e ganhámos esse

concurso. Mas ao nível do financiamento o Governo não põe aqui um tostão.Apresentámos um orça-mento, na altura, à Comis-são Europeia e ao Fórum Europeu da Juventude de um milhão e quinhentos mil euros, entretanto con-seguimos enquadrar a CEJ e todo o programa que tí-nhamos apresentado em Bruxelas numa candidatura ao QREN, e nesta consegui-mos um financiamento de quatro milhões e meio (esta-mos aqui a falar que vamos buscar dinheiros europeus). Tivemos de explicar quais eram as três linhas orien-tadoras estratégicas para a capital e quais são: - Sobretudo numa altura difícil, tentar dar mais fer-ramentas aos jovens para enfrentar o mercado de trabalho (temos hoje uma média do desemprego nos jovens que é o dobro da mé-dia nacional);- Promover a participação cí-vica dos jovens na cidadania activa, porque estes estão cada vez mais afastados dos projectos de decisão e nós queremos trazer os jovens para a construção da sua ci-dade e dizerem o que é que querem da sua cidade o que é que querem do seu país. Nesse sentido será elabora-do um documento, porque em 2012 haverá o Fórum da Juventude no Rio de Janeiro e uma reunião de todos os chefes de estado onde Braga será a porta-voz;- Promover internacional-mente Braga como uma cidade com um passado e património riquíssimo, com mais de 2000 anos de his-tória, a cidade mais antiga de Portugal e como uma ci-dade jovem, de futuro dinâ-mico e que tem muito para oferecer.

“generation é um projecto que mais nenhum município em Portugal teve coragem de assumir”

ENTREVISTA

E não tem dúvidas de que o programa vai ser consen-tâneo com isso e que vai ser um êxito?Não, o programa foi feito e idealizado à volta destes três grandes eixos. Quando apresentámos a candidatu-ra ao QREN, apresentámos uma candidatura que já tínhamos formalizado ao Fórum Europeu da Juventu-de e na Comissão Europeia e apresentámos também a intenção de requalificarmos um espaço do centro histó-rico que seria a síntese de toda a programação da Ca-pital Europeia da Juventude. Queríamos que aconteces-sem, nesse edifício, todas estas coisas que estamos aqui a dizer. Será o edifício âncora da CEJ. Queremos reabilitar este edifício, que tem como principal objec-tivo ser a síntese da capital e de tudo que irá acontecer. Para além disso, queremos que vá ter, depois, um efei-to de reabilitação urbana no centro histórico. Era um

edifício que não tinha uso e ao darmos um novo progra-ma e nova função estamos, também, a ajudar os jovens, a criar dinâmica e movi-mento no centro histórico e a tentar contaminar toda aquela envolvente do centro histórico. Depois, não tenho dúvidas que haverá lá gente de indústrias criativas, na incubadora de empresas, a criar e a morar, e que isso depois vai contaminar toda aquela envolvente.Acredito muito naquele projecto, é um projecto em que nos metemos de cabeça e, sobretudo, é um projec-to com muito futuro e que mais nenhum município em Portugal teve coragem de assumir.Existe uma coisa relativa-mente parecida em Lisboa (LXFactory), mas vamos entrar numa rede de edifí-cios com esta funcionalida-de ao nível europeu, mas é sobretudo um projecto de vanguarda e absolutamente inovador em Portugal.

Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, entidade responsável pela Capital Europeia da Juventude, fala em exclusivo à RUM e ACADÉMICO

Projecto GeNeRation é pioneiro no nosso país

Hugo Pires apontou as três pricipais linhas orientadoras da Capital

Europeia da Juventude

Convidada a partilhar connosco 5 musicas, Raquel Ochoa partilha não só sons mas letras, palavras e paisagens. Da distante América do Sul, do morno Cabo Verde ou mesmo das aparente próximas ilhas dos Açores e da Madeira.Esta jovem escritora dedica-se à literatura de viagem e foi em 2009 que ganhou maior notoriedade ao tornar-se na primeira vence-dora do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o romance histórico, A Casa-Comboio.Contudo 2008 foi o ano mais produtivo em termos de escrita para Raquel, com O Vento dos Outros, uma crónica de viagens à América do Sul e Bana - Uma vida a cantar cabo verde, dedicado a esse expoente desse género tão especial que é a morna. Da conversa com a escritora, retivemos uma expressão: viajar é ganhar e perder pessoas, mostrando assim que o mais importante é a geografia dos afectos.

Segunda: The Cure - Letter to Elise (Paris, 1993)“Este é um dos meus álbuns preferidos de sempre e penso que eles estavam muito inspirados naquela noite... pelo que sei tocaram num castelo ou numa construção antiga e tem uma acústica incrível. Eles próprios estavam imbuídos daquele espírito algo soturno que os caracteriza, mas ao mesmo tempo profundo e sentido. Este tema é um hino ao acto de nos rendermos a outro.”

Terça: Jay Jay Johanson - Suddenly (Prologue, 2004)“Conheci o Jay Jay Johanson com o álbum Whiskey, é um álbum que quando se ouve pela primeira vez perguntamos: -’Que música é

esta?’. Ele tem uma postura de camaleão e nós perdemos-lhe o rasto, mas a voz está lá. Ele é um ultra-romântico mas goza, em simultâneo, com esse romantismo, criando uma dualidade mara-vilhosa. Ele consegue fazê-lo de forma brilhante com aquele vozeirão quente.”

Quarta: Tara Perdida - Desalinhado (É Assim, 2002)“Os Tara Perdida e esta música são o ‘foguetão’ que há em mim!... e o foguetão que todos nós temos. Eu tenho quatro ou cinco bandas que me servem de ‘injeção’. Este é o meu lado ‘punk’, de mandar tudo às malvas, pois todos nós temos esses dias. Isto acontece quando tenho de ir pro-curar energia que não tenho e gosto deles porque, em primeiro lugar são portugueses e depois porque têm letras que são muito atuais.”

Quinta: Jonh Grant - Queen of Denmark (Queen of Denmark, 2010)“Na música, tal como na literatura, uma das coisas mais difíceis é fazer humor. E ele, nesta música, está extremamente irritado mas consegue, ao mesmo tempo, ter uma fleuma na maneira como se dirige e faz a crítica que faz. Adoro o álbum, há alguns álbuns que considera-mos perfeitos, tal como o Ten, dos Pearl Jam, ou os dois primeiros do ben Harper e este do John Grant, entre outros.”

Sexta: Ornatos Violeta - Ouvi Dizer (O Mon-stro Precisa de Amigos, 1999)“Este é outro álbum perfeito, de uma ponta a outra. Acho que há uma boa combinação de boa música, em termos instrumentais, e umas letras deliciosas... é pura poesia! Para mim foram um marco na altura em que apareceram e que para mim fez todo o sentido. Quando volto a eles dão-me sempre algo - são como um bom livro que se lê uma vez e, quando voltamos a ler, descobrimos coisas que não tínhamos captado na primeira vez que lemos.”

RAQUEL OCHOA

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOtwittadas

JOSÉ MATEUS PINHEIRO

[email protected]

Google Maps “ganha” vista aéreaA partir de agora será pos-sível visualizar o Google Maps através da perspectiva de uma cabine de helicóptero, graças a uma parceria com o Google Earth, sendo possível visualizar a rota pretendida em 3D. A fun-cionalidade é activada uma vez

definido o percurso e seleccio-nada a opção 3D.

Meio bilião de chineses usam e abusam da internetA China tornou-se grande adep-ta da World Wide Web, pelo que cerca de 500 milhões de chine-ses são frequentadores assídu-os da Internet, sendo grande parte deles utentes da Weibo, equivalente chinês ao Twitter. Porém, a censura continua a

ser uma constante, pelo que o acesso ao Facebook, Youtube e outros sites populares mundi-almente continua vedado aos chineses.

Timeline “facebookiana” adiadaA timeline que o Facebook apre-sentou em Setembro passado foi posta em stand-by. Esta nova funcionalidade permitiria aos utilizadores contarem a sua história de vida através de recur-

sos multimédia como vídeos, fotos, texto, etc. No entanto, problemas legais relacionados com a questão de privacidade estão a dificultar o lançamento desta característica inovadora, pelo que possivelmente só a veremos na internet a meio de Outubro.

3D melhora desempenho esco-larA Texa Instruments ordenou

um estudo que demonstra que os alunos que usam técnicas 3D nas aulas registaram um aumento de cerca de 20% no sucesso académico. Esta tec-nologia tem a vantagem de pôr todos os alunos mais à vontade, fazendo com que estes partici-pem mais e apreendam mais conhecimento. No entanto, como esta tecnologia é bastante dispendiosa ainda são poucas as escolas que usam este re-curso.

nova versão do iphone desaponta investidores, mas já reage à voz do utilizador

JOSÉ MIGUEL LOPES

[email protected]

Um dia antes da morte do ex-CEO da Apple, Ste-ve Jobs, a 5 de outubro, foi apresentada pela empresa a nova versão do iPhone. Uma das principais funções da edição 4S do aparelho é a capacidade de suportar e responder a comandos de voz do utilizador.A câmara de vídeo, agora com uma potência de oito megapixels e um processa-dor mais rápido constituem algumas das melhorias da nova linha do smartphone da Apple. Ainda assim, o principal acrescento que o iPhone 4S traz aos utilizado-res é a nova aplicação ‘Siri’. Esta nova funcionalidade permite fazer do dispositivo uma espécie de assistente pessoal de quem o usa, fru-to deste novo software que recorre à tecnologia de inte-ligência artificial. Assim sendo, torna-se pos-sível pedir ao smartphone, por intermédio da voz do utilizador, que realize pes-quisas na internet ou que forneça dados sobre o esta-do do tempo, entre outras informações e tarefas. Ou-tro exemplo do uso da inteli-gência artificial do aparelho

é a capacidade de este se adaptar, de forma gradual, às preferências de quem o utiliza.

Aparelho deve chegar a Por-tugal no final do ano

O iPhone 4S chega às lojas de países como o Reino Uni-do, França ou Estados Uni-dos já no dia 14 deste mês. Para Portugal não existe ainda uma data definida para o começo da comercia-lização do produto, embora se saiba que o novo modelo deverá estar disponível no país até ao final deste ano.Segundo dados registados pela operadora de telecomu-nicações norte-americana, AT&T, mais de 200 mil pessoas terão reservado a compra do aparelho, menos de 12 horas após a apresen-tação pública do produto, já presidida pelo novo res-ponsável máximo da Apple, Tim Cook.

Documentos na “nuvem”

Ainda para este mês está agendado o lançamento do serviço iCloud que permiti-rá aos utilizadores da Apple armazenarem em arquivos digitais na internet, fichei-ros de música, vídeo ou fotos, para além de outros tipos de conteúdos.

“Siri” reage às indicações do utilizador

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM, apresenta...

> 15 OUTUBRO 11Data limite para recepção de can-didaturas do concurso “Empreen-dedorismo está na Moda” – liftoff.aaum.pt

> 15 OUTUBRO 11Data limite para recepção de can-didaturas do concurso “Empreen-dedorismo está na Moda” – liftoff.aaum.pt

> 9 NOVEMBRO 11Dia do EmpreendedorAniversário LiftOff

> 18 OUTUBRO 11Workshop “Marketing Pessoal”Sede da AAUMBraga

> 19 OUTUBRO 11Tertúlia “Momento Atreve-te 2011”Campus de Gualtar

No dia 11 de Outubro de A iniciativa “O Empreendedo-rismo está na Moda” tem disponível em www.liftoff.aaum.pt um formulário de candidatura onde os inte-ressados poderão submeter a sua ideia de negócio. A seleção das ideias premia-das terá em conta a ligação da ideia ao sector da Moda,

o seu carácter inovador e aplicabilidade prática, o po-tencial de mercado e inter-nacionalização, bem como o perfil dos seus Promotores.

15 de Outubro é o prazo li-mite para recepção de proje-tos candidatos. As melhores ideias serão divulgadas até 31 de Outubro de 2011.

Plano Intensivo Workshops Liftoff – Outubro a DezembroPróximas acções de formação

>

Data limite entrega de candidaturas ao concur-so “O Empreendedoris-mo está na Moda” – 15 de Outubro de 2011

SEMIBREVE: onde a música encontra as imagens...

JOSÉ REIS

[email protected]

Pode ser um evento-ovni no amorfismo cultural de uma cidade (e, no fundo, não está longe de ser uma ver-dade incómoda para alguns agentes culturais da cidade). Pode até ser um evento que só agora, nestes tempos con-turbados, pôde ser feito (ten-do em conta o cartaz e todas as contrapartidas que ele acarreta, até pode ser uma verdade inconveniente para alguns). Mas é, sem dúvida, o evento do ano na cidade de Braga (com vários “!” após a afirmação). O SEMIBREVE é o “festival dos festivais”,

uma aula de educação mu-sical nunca antes vista por estes lados.

Três dias

A “aula”, feita em três mó-dulos, será dada entre 11 e 13 de Setembro na melhor “escola” da cidade: o The-atro Circo. E são vários os “professores” convidados. “A nossa ideia foi mostrar o que de melhor se faz dentro desta área [música electrónico-experimental--exploratória]”, revela-nos Luís Fernandes, um dos responsáveis deste festival que marca o arranque – ain-da em fase de aquecimento – para a 2012 Braga Capital Europeia da Juventude. Do

cartaz, fazem parte pesos pesados como o austríaco Fennesz, que acaba de edi-tar um novo álbum com Ruichi Sakamoto, ou Cars-ten Nicolai, mais conhecido como Alva Noto, que lança o excelente álbum “Univrs” [o ACADÉMICO já o ouviu e recomenda a audição].

Colaborações especiais

“A maior parte dos concertos são colaborações especiais. No caso de Murcof [outra das presenças no SEMIBRE-VE], há a colaboração dos Anti VJ, um colectivo muito forte a nivel video”, desven-da o também músico Luis Fernandes. “E no caso do Fennesz, tentamos que co-

laborasse pela primeira vez com um artista português”. O sortudo vai ser o músico/artista visual Pedro Maia. “Porque a nossa iniciativa passa também por mostrar o que de melhor existe cá dentro [Portugal]”, reitera. Destaque ainda para a pre-sença no festival do promis-sor Jon Hopkins, jovem pro-

dutor londrino que, apesar da idade (32), já editou ál-buns como gente grande – e “Diamond Mine”, o ultimo deles, foi um dos nomeados ao Mercury Prize deste ano (e talvez tivesse ganho, se uma senhora chamada PJ Harvey não tivesse encon-trado o caminho da salvação em “Let England Shake”).

CULTURA

e divertimo-nos imenso”, acrescentou. No entanto, o grupo garante que a sala em que decorreu o espectáculo motivou uma modificação na dinâmica do seu espec-táculo: ”Alterámos a dinâ-mica das canções para criar um espectáculo específico”, revelou o músico. Ao longo da actuação, os quatro ele-mentos da banda – Afonso, Filipe Costa, Filipe Rocha e Bruno Simões – foram tro-cando de instrumentos, o que sugeriu um “dinamis-mo musical interessante”.Tendo lançado o seu mais recente álbum, “It’s been a long night”, em Maio de 2011, quando esperam, ago-ra, voltar a estúdio? Embora ainda não haja data, Afonso espera que seja daqui a “um ano”. “Na noite a seguir a um álbum estar terminado, começa o próximo”, expli-

cou Bruno Simões.Sean Riley and The Slowri-ders lançaram o seu pri-meiro trabalho em 2007. Apesar de já terem passado quatro anos, será que conti-nuam a sentir nervosismo antes das actuações? Segun-do Bruno Simões, “não há receio, mas sim ansiedade de pisar os palcos e tocar”. De acordo com o artista, o receio vai desaparecendo à medida que se vão “conhe-cendo melhor enquanto músicos”.Projectando já a tournée eu-ropeia que a banda vai rea-lizar em Janeiro, os quatro elementos afirmaram que os seus objectivos são “tocar o mais possível para o maior número possível de pesso-as, seja cá ou lá fora”. Mas o facto de cantarem na língua inglesa facilita o lançamen-to do grupo em países es-

trangeiros? “Cantar em por-tuguês facilitaria a entrada na comunidade de língua portuguesa”, brincou Filipe Costa. Mais a sério, Afonso apontou para a dualidade da questão: “Os portugue-ses acham que se cantamos em inglês temos maiores possibilidades de ingressar no mercado estrangeiro. No entanto, nos outros países, sabem que cantamos numa língua que não é a nossa de origem. Ou seja, somos ape-nas mais um grupo igual aos outros, a tentar cantar em inglês”. E acham que os portugueses continuam a só gostar do que é estrangei-ro? “Hoje em dia, penso que se passa um pouco do inver-so. Há cada vez apoio mais forte ao que é português, principalmente às coisas mais alternativas”, concluiu Afonso.

“Na noite a seguir a um álbum estar terminado, começa o próximo”

No Salão Medieval da reitoria da UM, Sean Rilley encerrou o Festival de Outono

... e onde Murcof encontra Fennez que encontra Jon Hopkins que encontra Alva Noto. O SEMIBREVE promete ser um festival para ficar na memória de todos, dos mais atrevidos e os mais preconceituosos.

DR

Sean Riley and the Slowriders encerram Festival de Outono, em noite onde a RUM apagou 22 velas

CLAÚDIA FERNANDES

[email protected]

Encerrava-se o Festival de Outono, a Rádio Univer-sitária do Minho (RUM) comemorava o seu aniver-sário e o Salão Medieval da Reitoria da UM, em Braga, foi pequeno para as muitas pessoas que foram ver a ac-tuação de Sean Riley and

the Slowriders, no passado Sábado. Durante uma hora, Afonso e companhia canta-ram êxitos como “This wo-man” e “Houses and wives” que, de acordo com o voca-lista Afonso, foram muito bem recebidos pela plateia. “A RUM lançou-nos um de-safio que era actuar numa sala incrível e única como esta, mas a avaliar pela re-acção do público, penso que correu tudo muito bem

Bilhetes à venda no Theatro Circo

PÁGINA 17 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 40 / 201107 OUTUBRO

1 FEIST(How come you never go there)

2 WE TRUST(Time (better not stop))

3 TIGUANA BIBLES(Surrender)

4 WASHED OUT(Amor fati)

5YOU CAN’T WIN, CHARLIE BROWN(A while can be a long time)

6 PZ (For sure)

7 UTTER(In the end)

8 DEUS(Constant now)

9 GIRLS(Heartbreaker)

10 KAISER CHIEFS(Little shocks)

11 LONG WAY TO ALASKA (United colors of patapon)

12 NOISERV(Palco do tempo)

13 WOMBATS, THE(Anti-D)

14 DOISMILEOITO(Quinta feira)

15 KILLS, THE (Baby says)

16 MUNK(Keep my secret)

17 VACCINES, THE(Post break-up sex)

18 WILCO (I might)

19 JP SIMÕES E AFONSO PAIS (A marcha dos implacáveis)

20 M83(Midnight city)

POST-IT10 > 14 Outubro

BEST YOUTHHang OutCASA DEL MIRTOHuman FeelingsBONNIE PRINCE BILLYQuail And Dumplings

BRAGAMÚSICA15 de OutubroHorselaughter – I was a Ghost, ThenFnac Braga

TEATRO14 e 15 de OutubroTeatro Menor – Culturbe/ a escola da noiteTheatro Circo

FOTOGRAFIAAté 31 de Outubro

Encontros da Imagem 2011 – 21ª EdiçãoBragaParque/ Museu Nogueira da Silva/ Pedro Remy/ Galeria Show me/Casa dos Crivos/ Museu D. Diogo de Sousa/Museu da Imagem

GUIMARÃES15 de OutubroProjecto I.M.A.N.CCVF

TEATRO14 de OutubroNão se brinca com o amor

CCVF

FAMALICÃO15 de OutubroUtter – Empty SpaceCasa das Artes

BARCELOSMÚSICA14 de OutubroBirds are IndieSubscutaAuditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

LEITURA EM DIAFrankenstein, o Filho Pródigo de Dean Koontz, Ed. Contraponto. O regresso do “Filho Pródigo” da Literatura do Fantástico - uma grande trilogia;

João Aguardela, Esta Vida de Marinheiro de Ricardo Alexandre, Ed. QuidNovi. A biografia “emotiva” de um dos nomes maiores da moderna música portuguesa;

No Meu Peito Não Cabem Pássaros de Nuno Camarneiro, Ed.Pub.D.Quixote. O primeiro romance, excelente, à volta de três grandes escritores: Pessoa, Borges e Kafka.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

A Partícula de Vénus de Douglas Preston, Ed.Saída de Emergência. Um divertimento literário obrigatório.Mau - Mau de Filipe Nunes Vicente, Ed.Quetzal. Mais um primeiro romance sobre a vida num subúrbio “degradado” e muito bem escrito.

AbEL DUARTE

[email protected]

Nasceram em meados de 2008 e lançaram recente-mente o seu álbum de es-treia. “Again into eyes” é o cartão de visita dos londri-nos S.C.U.M., com selo da insuspeita Mute. Um disco recheado de guitarras psi-cadélicas e ambientes expe-rimentais que nos remetem para uma série de projectos surgidos nos últimos anos. O New Musical Express con-siderou mesmo os S.C.U.M. como os “pequenos Hor-rors”. A comparação tem a sua razão de ser, uma vez que são inquestionáveis as semelhanças com “Skying”,

o álbum mais recente dos The Horrors. Apesar de tudo, reconhece-se o esfor-ço do quinteto britânico em procurar uma identidade própria, que o coloca num patamar acima da média em relação a outros projectos recentes. “Again into eyes” é um disco elegante e at-mosférico, inteligentemente construido de modo a man-ter o interesse durante a sua audição. É apenas o começo dos S.C.U.M., no entanto são já uma promessa a ter em conta futuramente. Para já, vale a pena arriscar a au-dição de “Again into eyes”, certamente que um ou ou-tro tema será merecedor de nova oportunidade.

CD RUMs.c.u.m. – again into eyes (mute, 2011)

DR

pavilhões de gualtar e azurém retomam actividades físicasCARLOS REbELO

[email protected]

Está de volta o desporto uni-versitário aos pavilhões da Universidade do Minho. Desde o dia 26 de Setembro que já se trabalha nas várias modalidades que a academia oferece aos seus alunos. Os estudantes que estejam in-teressados devem-se dirigir

PÁGINA 18 // 11.OUT.11 // ACADÉMICO

DESPORTO

ao pavilhão de Gualtar ou de Azurém e obter infor-mações detalhadas sobre a modalidade que queiram praticar, podendo optar por seguintes modalidades/ac-tividades físicas: Andebol, Atletismo, Futebol 11, Futsal, Balneoterapia, Basquetebol, Capoeira, Danças de Salão, Danças, Hapkido, Judo, Ka-raté Shotokan, Kick Boxing,

Massagem Terapêutica, Megaboxing, Musculação e CardioFitness, Natação, Pi-lates, Actividades de Ritmo, Pólo aquático, Rugby, Ryu Jitsu, Shiatsu, Squash, Golf, Taekwon-Do, Ténis, Ténis de Mesa, Viet Vo Dao, Voleibol, Xadrez, Hata –Yoga, Swas-thya Yôga entre outras.Na vertente mais competiti-va, os melhores da modalida-

de representarão a Associa-ção Académica Universidade do Minho (AAUM) em tor-neios universitários, tendo em vista a qualificação para os Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s).Este conjunto de actividades e gestão dos espaços despor-tivos da Universidade do Mi-nho está a cargo do Departa-mento de Desporto e Cultura

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(DDC), com responsabilida-de na dinamização cultural e desportiva, em cooperação com a AAUM. O DDC e a AAUM preten-dem que os alunos adiram e desfrutem de todos os espa-ços que a universidade dis-ponibiliza, e que tenham o maior leque de opções de ní-vel desportivo e cultural para os tempos livres.

go by bike: em braga... uma alternativa saudável aos transportes públicosFILIPA SOUSA

[email protected]

A Go By Bike é um projecto inovador em Braga, da au-toria de Carlos Ferreira. Ini-ciou-se em meados de Maio deste ano e, não obstante o arranque relativamente lento que teve, os meses de Julho e Agosto superaram posi-tivamente as expectativas. Esta iniciativa pretende ser uma alternativa aos meios de transporte tradicionais e afirmar-se como um projecto de massas.Carlos Ferreira esteve a viver em Londres durante 4 anos, aí rendeu-se aos encantos e ao facilitismo que andar de bicicleta numa grande cida-de proporciona. “Eu sou na-

tural de Braga e sendo esta a Capital Europeia da Juventu-de 2012, achei que este pro-jecto não poderia ter vindo em melhor altura”, referiu ao ACADÉMICO o impulsiona-dor da Go By Bike.

Parcerias são importantes no projecto

O bracarense decidiu seguir com esta ideia em frente, após uma conversa com os proprietários do Truth Hotel em Braga, que o chamaram à atenção de que os turistas re-almente procuravam outras alternativas aos transportes públicos. O público-alvo da Go By Bike são claramente os turistas. Até à data o projecto conta com a pontuação máxima de

5 estrelas no site “Trip Advi-sor”, cuja avaliação tem em conta a qualidade das bici-cletas, do serviço e do atendi-mento prestado.

Promoções para estudantes universitários

Alegrem-se os estudantes da Universidade do Minho, pois

neste momento existe um pack promocional destinado única e exclusivamente aos seus alunos. Por exemplo, a todos aqueles que quiserem desfrutar das bicicletas ape-nas durante um mês, terão que pagar a quantia de 41 euros. Ou então, se optarem por um período de 3 meses têm ainda direito a um che-

ck-up grátis, isto por 85 euros e com a opção de pagamento em 2 prestações. Para além disso, os alunos usufruirão de algumas vantagens, no-meadamente a assistência na estrada 24 horas por dia.Apesar do site do projecto ainda não se encontrar con-cluído, a Go By Bike dispõe de uma página na rede social Facebook, onde os interessa-dos poderão encontrar mais pormenores.De momento, a iniciativa é já bastante conhecida entre os habitantes da cidade dos arcebispos. Porém, “seria muito importante que conse-guíssemos estabelecer uma parceria com a autarquia de Braga e em particular com o Posto de Turismo”, confes-sou Carlos Ferreira.

São muitas as razões para... Go by bike

A organização de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude promoveu esta semana, dia 10 de Outubro, uma sessão de formação com as associações juvenis da cidade, de modo a sensi-bilizar e capacitar os parti-cipantes para candidaturas ao programa Juventude em Acção.

A formação, que durou o dia todo, começou com uma recepção, seguido de uma apresentação do programa Juventude em Acção, que explicou seus objectivos e estruturação, prevendo a formação candidaturas tan-to a nível nacional, como a nível europeu.

Durante a tarde, a sessão de trabalho procurou explicar as especificidades da Acção 1, bem como as prioridades do programa e qual o en-quadramento das possíveis propostas e áreas de acção com as realidades das asso-ciações juvenis.

Ao final da tarde, fez-se uma análise extensiva dos

formulários de candidatu-ra e os respectivos anexos, bem como toda a parte de orçamentação e de avaliação posterior a ter em conside-ração.

Esta sessão permite que as associações se informem e capacitem sobre as oportu-nidades e possibilidades de obterem fundos europeus que possam estar disponí-veis nas suas áreas de acção. Permite também dar mais conhecimentos sobre a área da Educação Não-Formal.

O programa Juventude em Acção é o programa da União Europeia para jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 28 anos (e em alguns casos entre os 13 e os 30). O programa, que tem como objectivo pro-mover o sentido activo de cidadania, solidariedade e tolerância entre os jovens europeus, envolvendo-os na construção do futuro da Europa.

O programa corre entre 2007-2013, sobre a denomi-

nação de “Youth in Action”, tendo como participantes todos os estados membros da União Europeia, bem

Braga 2012 promove formação na área dos projectos europeus

CEJ

como todos os países vizi-nhos e ainda outros países parceiros no mundo.

Mais informação sobre o evento em http://www.f a c e b o o k . c o m / e v e n t .php?eid=205047819563607

CEJ

CEJ