jornal académico - 05 de maio de 2015

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Jornal Oficial da AAUM DIRETOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 240 / ANO 11 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 05.MAI.15 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico ACADÉMICO EM PDF CONTAGEM FINAL: O ENTERRO DA GATA É JÁ ALI! Equipa da UM desenvolve boné capaz de realizar encefalograma Trabalhadores-Estudantes: os ultraflexíveis Theatro Circo recebe peça “Falar Verdade a Mentir Noel de Miranda, o cientista pela Associação Americana para a Investigação do Cancro Página 08 Página 09 Página 18 Páginas 06 e 07 campus reportagem cultura entrevista

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Page 1: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

Jornal Oficial da AAUMDIRETOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA240 / ANO 11 / SÉRIE 6

TERÇA-FEIRA, 05.MAI.15

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO EM PDF

CONTAGEM FINAL:O ENTERRO DA GATA É JÁ ALI!

Equipa da UM desenvolve boné capaz de realizar encefalograma

Trabalhadores-Estudantes:os ultraflexíveis

Theatro Circo recebe peça “Falar Verdade a Mentir

Noel de Miranda, o cientista pela Associação Americana para a Investigação do Cancro

Página 08

Página 09 Página 18

Páginas 06 e 07

campus

reportagem cultura

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Page 2: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

05.M

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III Semana do DECA III Semana do Departamento de Engenharia Civil decorre na Escola de Engenharia da Uni-versidade do Minho, de 3 a 8 de maio de 2015, no campus de Azurém (Guimarães). É organi-zada pela Associação de Estu-dantes de Engenharia Civil da UMinho (AEECUM), com apoio do Departamento de Engenha-ria Civil. O objetivo da iniciativa é oferecer a todos os interessa-dos uma série de atividades para proporcionar o aumento do co-nhecimento nesta área.

Ciclo “Domingos Selvagens”Sob a organização da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS), sediada no Departa-mento de Biologia da Universi-dade do Minho e com apoio do Município de Braga esta ativi-dade permite aos interessados conhecerem mais sobre as infra-estruturas concelhias no âmbito da natureza e do contacto com o meio natural. As sessões acon-tecem no primeiro domingo de cada mês. A próxima sessão acontece no dia 7 de junho com o tema “Gatos e Linces”

UM entre as melhoresA Universidade do Minho é uma das melhores universidades do mundo com menos de 50 anos, revela o ranking Times Higher Education 100 Under 50. A aca-demia minhota subiu 11 posições, em relação ao ano passado, na-quele que é o top 100 mundial das universidades jovens. Assim, pelo terceiro ano consecutivo, a UMinho está entre a elite mun-dial no THE 100 Under 50. O THE 100 Under 50 pretende chamar a atenção para as novas institui-ções universitárias de topo.

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 05 de maio de 2015 / N240 / Ano 11 / Série 6 // DIREÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Pedro Andrade// REDAÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Ferreira, Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Carla Rodrigues, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Cláudio Pinto, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Maria João, Marta Roda, Pedro Ribeiro, Raquel Marques, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Mafalda Oliveira, Nuno Cerqueira, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Pedro Andrade // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12nº 341802/12

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.

Outra vez, é verdade

Enterro da Gata. Sim, vou voltar a escrever sobre a festa da academia minhota. Estamos a menos de uma semana do evento que vai juntar os estudantes na Alameda do Estádio Municipal de Braga (mais conhecida por Gatódromo ao longo desta semana) para dias (mas principamente noites) de folia.Já prometi há duas edições atrás que iria ao Enterro da Gata pela primeira vez. Não me esqueci do que es-crevi e, como se costuma dizer, “prometido é devido”.

Olhando para o cartaz, estou curioso com La Roux. Não sou propriamente fã do pop eletrónico da Elly Jack-son que usa e abusa dos agudos mas acredito que será um bom espetáculo. Ora, de tudo o resto, confesso que gostava de rever os Linda Martini: já vão alguns anos desde que os vi no festival Paredes de Coura.

Carlos Videira, presidente da AAUM, disse há algumas semanas que este cartaz é “transversal a todos os ti-pos de gostos da academia”. As críticas, claro, não tardaram. Mas, verdade seja dita, esta é um cartaz dirigido às massas. Afinal de contas estão por lá aglomerados alguns dos nomes mais recentes da música nacional (com a exceção do veterano Quim Barreiros, claro) que fazem as delícias dos tops.

Meus caros, não é isso que se pretende de um evento destes? Eu também adorava assistir às atuações de Róisin Murphy ou dos Jungle no Enterro da Gata. Mas sabemos muito bem que são artistas para outros “festivais”. Só para terminar: quantos de vocês vão ao Gatódromo pelos concertos? Pois, bem me parecia.

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Page 3: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

PÁGINA 05 // 05.MAI.15 // ACADÉMICOPÁGINA 04 // 05.MAI.15 // ACADÉMICO

LOCAL

domingos bragança quer campus da justiça em guimarães

BVB pedem ajuda à autarquia bracarense

ELSA MOURA

[email protected]

Domingos Bragança quer criar um verdadeiro campus da Justiça em Guimarães. A ambição foi transmitida na passada quinta-feira, dia 30 de abril, no final da reunião de câmara. “Gostava de ver aqui instalado o nosso campus da Justiça, no palácio, neste ex posto de saúde, passava a ter aí o Tribunal de Família e os arquivos judiciais. E mais abaixo, se possível integrar o colégio da Sra. da Conceição, na parte que foi desocupada. Portanto, trazer tudo para o centro da cidade”, explicou o autarca.

CAMPUS

Domingos Bragança assina-lou que está a trabalhar para a concretização deste objec-tivo há mais de um ano, até porque este campus “seria melhor para os utentes, mas também para todos os tra-balhadores que operam na justiça”. O autarca lamentou ainda o facto de a Segurança Social ter colocado à venda o antigo posto de saúde, lo-calizado junto ao tribunal. “É uma pena passar para um particular esse edifício quan-do faz tanta falta ao Palácio da Justiça. Não faz é sentido a câmara comprar e eu espe-ro que não estejam à espera disso porque isso eu nunca farei”.

DANIEL SILVA

[email protected]

Os Bombeiros Voluntários de Braga estão a necessitar de ajuda “urgente”. Foi pelo menos esse o apelo feito na passada quinta-feira à noite, dia 30 de abril, por António Machado, presidente da ins-tituição que, em Assembleia Municipal pediu intervenção mais efectiva do município e da sociedade civil aos Bom-beiros. António Machado garante que “são poucos os apoios que têm recebido” e diz que para que a corpora-ção faça uma boa interven-ção no dia-a-dia “precisa de ambulâncias” e “precisa de um novo carro todo o terre-no para combate a incêndios florestais”. António Machado avisa que BVB não têm di-

nheiro para novo quartel. De acordo com António Macha-do, os Bombeiros Voluntários de Braga precisam do quartel mas da parte dos bombeiros “não há possibilidades” para investir e avisa que “sozinhos não têm possibilidades de

fazer nada”. Recorde-se que o projecto foi aprovado e a inauguração do edifício está prevista para Junho. Na res-posta a este apelo, Ricardo Rio garantiu que o apoio do município aos bombeiros existe. “Já neste mandato foi

dada uma colaboração para os bombeiros voluntários, com financiamento para uma viatura que não existiu du-rante muitos e muitos anos por parte do anterior execu-tivo”. Para além disso, Rio referiu que o município está

a equacionar “outras formas de apoio que permitam po-tenciar um recurso impor-tante”. O presidente da autar-quia bracarense reconheceu o trabalho “importante dos bombeiros”, mas lembrou que “uma coisa é um apoio ao desenvolvimento do tra-balho, outra coisa é ser a câmara a garantir a estabili-dade dos bombeiros”, algo que, acrescentou “nunca irá acontecer”. Os bombeiros, actualmente com 80 homens ao serviço passam por difi-culdades financeiras graves. Com um orçamento anual de cerca de 600 mil euros, An-tónio Machado, presidente da instituição fez ontem, em Assembleia Municipal, um apelo ao executivo, juntas de freguesia e sociedade civil para que ajudem os Bombei-ros Voluntários.

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está a chegar à UM a nova edição das jornadas portuguesas de genéticaCARLA RODRIGUES

[email protected]

Entre os dias 25 a 27 de maio de 2015 irão realizar-se na Universidade do Minho (UM), no Campus de Gual-tar, em Braga, as 19ª Jorna-das Portuguesas de Genéti-ca. Estas Jornadas têm como principal objetivo o encontro entre aqueles que se dedicam ao estudo e à investigação da Genética nas mais diversas vertentes. Nestas Jornadas espera-se encontrar um “am-

biente científico e acolhedor” ao qual se pretende (re) des-cobrir e “discutir” uma am-pla variedade dos temas de maior atualidade de pesquisa em Genética. Nesta edição das Jornadas de Genética, os estudantes têm a opor-tunidade de apresentarem os seus trabalhos que irão concorrer ao prémio “Prof. Doutor Amândio Sampaio Tavares”, que é atribuído à melhor apresentação oral, e, ainda, o prémio “Prof. Dou-tor Luís Archer” para melhor

apresentação em painel. Este encontro está a ser organi-zado pelo Centro de Biolo-gia Molecular e Ambiental (CBMA), sendo dirigido por Margarida Casal, diretora do CBMA e professora catedráti-ca do Departamento de Bio-logia da Escola de Ciências da UM. No primeiro dia Martin Richards, do Departmento de Ciências Biológicas da Uni-versidade de Huddersfield, irá falar na UM sob o tema “Archaeogenetics of West Eurasia”. No segundo dia, as

jornadas recebem a visita de Sónia Melo, do IPATIMUP, no Porto, para a palestra “The Biology and Functional Con-tribution of Exosomes in Can-cer Progression and Metas-tasis”. Ainda no mesmo dia, a palestra”How genetic and genomic tools may improve resistance to Phytophthora cinnamomi in chestnut”, por Rita Costa, da Unidade de Sistemas Agrários, Florestais e Sanidade Vegetal. No últi-mo dia as jornadas terminam com a palestra “Cancer, Ge-

netics & Ecology”, por Jorge Pacheco do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho e do ATP-Group - Instituto para a Investigação Interdis-ciplinar da Universidade de Lisboa. A língua oficial deste congresso é o Inglês e todas as comunicações serão feitas nessa língua. As informações acerca do programa e sobre o regulamento das inscrições nas jornadas encontram-se disponíveis no site oficial alo-jado em www.jpg2015.com

nunca foi tão fácil “entrar” na UMCLARA SOFIA FERREIRA

[email protected]

Todos os estudantes que fre-quentam pela primeira vez a Universidade do Minho (UM) podem candidatar-se ao pro-jeto “Tutorias por Pares”, que os auxilia na integração neste novo espaço de ensino. Os Tutores podem ser quais-quer alunos que frequentem a UM há pelo menos um ano, como explica José Sou-sa, colaborador do projeto: “Poderão exercer o papel de Tutores todos os alunos da Universidade do Minho, a partir do 2º ano de frequência de qualquer curso”. “Os alu-nos devem candidatar-se ao papel de tutor, sendo sujeitos a procedimentos de seleção mediante critérios estabeleci-dos. O exercício das funções de tutor é uma atividade que integra o Suplemento ao Di-ploma do Aluno em vigor na Universidade do Minho”, acrescenta. Os Tutores inte-ragem com os Tutorandos

na localização, nos métodos de estudo, inscrição nos exa-mes, entre outros, e, por isso, os tutores podem ser de qual-quer curso, uma vez que não se pretende que os alunos sejam professores ou expli-cadores. Qualquer aluno que

pretenda ter um tutor tam-bém poderá inscrever-se no projeto. José Sousa clarifica: “qualquer aluno que frequen-te o 1º ano de um curso da Universidade do Minho pode requerer o apoio da tutoria por pares, através de inscri-

ção em: [email protected]”. Os Tutorandos recebem apoio em sessões de Tutoria em grupos pe-quenos que permitem uma aproximação com os alunos (normalmente três elemen-tos), sendo estas supervi-

sionadas e com a duração de 60 a 90 minutos e com frequência semanal ou quin-zenal. José Sousa acrescenta que “o projeto ‘Tutorias por Pares’ integra uma equipa estruturada de alunos e pro-fessores garantindo a realiza-ção de atividades com prática supervisionada”. Internamen-te, o projeto organiza-se em grupos-alvo específicos: “alu-nos Erasmus, alunos maiores de 23, alunos que frequentam o ensino pós laboral e alunos com necessidades especiais”, explicita José Sousa, permi-tindo assim uma maior cor-respondência às dificuldades de cada um. Alguns dos obje-tivos deste programa são pro-porcionar o envolvimento en-tre os estudantes, bem como a cooperação e formação, e também a partilha de ques-tões relacionadas com a vida no Ensino Superior. Todas as informações sobre o projeto podem ser encontradas atra-vés do link www.facebook.com/ProjectoDeTutoria-sECoacchingPorPares

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Page 4: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

PÁGINA 07 // 05.MAI.15 // ACADÉMICOENTREVISTAPÁGINA 06 // 05.MAI.15 // ACADÉMICO

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ENTREVISTANOEL DE MIRANDA:

O INVESTIGADOR qUE “COMUNICA CIêNCIA”

Noel de Miranda, ex-aluno de Biologia Aplicada da Universidade do Minho, foi recentemente distinguido pela Associação Americana para a Investigação do Cancro, com uma bolsa no valor de 93 mil euros. Atribuído em Filadélfia, nos EUA, o galardão pretende ajudá-lo a prosseguir a sua investigação na área do tratamento do cancro colo-retal, também conhe-

cido por cancro intestinal. Em entrevista ao Jornal Académico, Noel de Miranda garantiu que vai continuar a trabalhar no campo da oncologia e confessou que gostava de voltar a Portugal para continuar o seu trabalho.

VIRGÍNIA BRITO

[email protected]

Sucintamente, qual é o seu percurso académico?

No ano 2000 ingressei no curso de Biologia Aplicada na Universidade do Minho. Através do programa ERAS-MUS realizei o estágio cur-ricular no departamento de Patologia do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda. Após o estágio,

em finais de 2004, fui con-vidado a permanecer e, um ano mais tarde, iniciei o dou-toramento no mesmo de-partamento. Durante todo o período passado na Holanda realizei investigação em can-cro colo-retal. Estudei meca-nismos que as células tumo-rais adoptam para escapar ao sistema imunitário dos pacientes. Entre 2010 e 2013

fiz um pós-doutoramento no Instituto Karolinska de Esto-colmo (Suécia) onde estudei alterações genéticas asso-ciadas com linfomas difusos de grandes células B através da aplicação de técnicas de sequenciamento avançadas. Em 2014 regressei ao Centro Médico da Universidade de Leiden para estudar factores genéticos e hereditariedade

em cancro colo-retal.

quando e como é que os Estados Unidos entraram na sua vida?

A Associação Americana para a Investigação em Cancro distribui todos os anos um número de bolsas e prémios para distinguir investigadores de qualquer nacionalidade

em diferentes fases da sua carreira científica. A bolsa que me foi atribuída era des-tinada a um investigador em fase inicial de carreira, para desenvolver estratégias que melhorem o tratamento de cancro colo-retais em estádio avançado, particularmente em doentes com menos de 50 anos de idade. Por prin-cípio, concorro a todas as bolsas/prémios relacionados com a minha área de investi-gação – se os pré-requisitos definidos no concurso o permitirem. Geralmente, a probabilidade de uma bolsa/prémio ser atribuída a um in-vestigador europeu a realizar investigação na Europa é me-nor do que a probabilidade da mesma ser entregue a um investigador a trabalhar nos Estados Unidos (também devido ao menor número de aplicações provenientes de institutos europeus). Por isso, este prémio foi recebido com grande surpresa e felicidade.

quando é que ficou evi-dente o gosto pela área de investigação, mais especificamente sobre o cancro?

No último ano do curso de Biologia Aplicada escolhi a “cadeira” opcional de On-cobiologia. As aulas foram lecionadas no Instituto Por-tuguês de Oncologia do Porto. A confrontação com a

realidade em termos da alta incidência desta doença, da eficácia limitada dos trata-mentos disponíveis, da quali-dade de vida dos doentes, foi um choque tremendo para todos os alunos. Após esse período decidi enveredar por este caminho.

Como surgiu a ideia e a oportunidade de investi-gação sobre o cancro co-lo-retal em estádio avan-çado?

A componente de investiga-ção que se dedica ao desen-volvimento de tratamentos para cancro colo-retal deve--se focar, essencialmente, no estudo de tumores em está-dio avançado uma vez que estádios iniciais da doença podem ser resolvidos através de intervenção cirúrgica. Em estádios de doença avança-dos a intervenção cirúrgica na maior parte das vezes não é suficiente, e é necessária a utilização de quimioterapia e/ou radioterapia.

Em que consiste a sua pesquisa sobre cancro co-lo-retal em estádio avan-çado? quais as técnicas, o processo e qual é o es-tádio da investigação?

No último ano tenho traba-lhado na identificação de factores genéticos que pre-dispõem ao desenvolvimento de cancro-coloretal em famí-lias que apresentam uma in-cidência anormal desta doen-ça ou em pacientes que são diagnosticados em idades extremamente jovens. Com a receção deste prémio vou iniciar uma nova linha de in-vestigação na qual pretendo determinar se será possível estimular o sistema imunitá-rio de doentes com cancro colo-rectal em estádio avan-çado. Isso será feito através do recurso a proteínas que se encontram especificamente alteradas nas células tumo-rais. Algumas células que compõem o sistema imu-nitário têm a capacidade de distinguir as proteínas que compõe as células saudáveis das que se encontram alte-radas em cancros. A minha expectativa é que será possí-vel amplificar uma reação do sistema imunitário contra as células tumorais através da vacinação de doentes com

essas mesmas proteínas.

qual é a perspetiva para tempo médio de trata-mento e percentagens de sucesso para a imu-noterapia personalizada? (caso a pesquisa já este-ja avançada o suficiente para ser possível respon-der a esta questão)

É difícil estimar o tempo de tratamento e as percenta-gens de sucesso antes da re-alização de testes clínicos. O cancro colo-retal é uma doen-ça bastante heterogénea, ou seja, os cancros diferem bas-tante entre si de um ponto de vista molecular e de evolução da doença (cancros mais ou menos agressivos). Este tra-balho também tem como objetivo identificar quais os cancros colo-rectais que podem ser tratados através deste tipo de imunoterapia. O desenvolvimento de imu-noterapias em cancro colo--retal é também apoiado pela observação de que os doen-tes que experienciam uma resposta imunitária natural contra os seus tumores, em geral, têm um prognóstico clínico melhor, ou seja, vivem mais tempo após o diagnós-

tico. É também importante ser referido que, recentemen-te, estratégias terapêuticas baseadas na estimulação do sistema imunitário (não es-pecificamente contra prote-ínas alteradas nos tumores) produziram resultados muito promissores no tratamento de melanomas, cancro do pulmão e outros nos quais a eficácia dos tratamentos ac-tuais é limitada.

Existem já perspetivas para testes clínicos?

O projeto para o qual recebi financiamento tem como um dos objectivos promover a re-alização de testes clínicos no caso dos resultados em labo-ratório serem encorajadores.

Dado que este tratamen-to só é possível num con-texto de “medicina perso-nalizada”, é possível que os custos prejudiquem a sua viabilidade? quais as possíveis desvantagens deste tratamento?

A utilização de proteínas que se encontrem modificadas nas células tumorais para a estimulação do sistema imunitário tem que, neces-

sariamente, ser feita num contexto de “medicina per-sonalizada”. Isto deve-se ao facto de as proteínas afetadas serem diferentes de cancro para cancro e, portanto, de paciente para paciente. Os custos estariam maioritaria-mente relacionados com o sequenciamento do material genético derivado dos teci-dos tumorais, através de téc-nicas de nova geração, e com a produção e teste das prote-ínas tumorais em laboratório. Este tipo de terapêutica acar-retaria maiores custos do que os que estão subjacentes ao uso de quimioterapeuticos mais comuns (e antigos) para os quais as patentes já expi-raram. Por outro lado, qui-mioterapias e imunoterapias não-personalizadas de nova--geração acarretam custos enormes por paciente (che-gando às centenas de mi-lhares de euros). Estes estão maioritariamente associados à exploração do período em que vigora uma patente para um determinado fármaco. A utilização de proteínas altera-das em células tumorais para vacinação de pacientes num contexto de medicina per-sonalizada em princípio não poderá ser patenteado e, por isso, os custos até poderão ser menores do que os que estão associados a alguns fármacos.

quais as vantagens des-te tipo de tratamento em relação aos mais comuns?

Acredito que a grande vanta-gem deste tipo de imunote-rapia tem a ver com o facto de se focar na eliminação das células tumorais e não ape-nas na inibição do crescimen-to e evolução dos cancros como é o caso de algumas terapias. Ou seja, tem um po-tencial curativo. Acresce que, tratando-se de uma terapia especificamente dirigida às células malignas, produzirá efeitos secundários mínimos nos doentes.

quais as oportunidades que o curso na Universi-dade do Minho lhe ofere-ceu?

O curso de Biologia Aplica-da tinha uma componente prática bastante forte que foi importante para me adaptar rapidamente quando iniciei

o trabalho na Holanda. A existência da disciplina de Oncobiologia lecionada no IPO-Porto também foi essen-cial para orientar o rumo da minha carreira académica.

O que aconselha aos atu-ais alunos de Biologia Aplicada que gostariam de perseguir uma carrei-ra na investigação?

Em investigação, acho essen-cial experienciar realidades diferentes (em culturas/paí-ses diferentes). Desta forma consegue-se um enriqueci-mento pessoal e profissional inestimável que não se atin-ge, por exemplo, quando uma pessoa desenvolve toda a sua carreira no mesmo instituto. O “à vontade” com a língua inglesa e o gosto em comu-nicar ciência são também extremamente importantes. E algo que está subjacente ao “espírito científico” tem a ver com a necessidade de sempre se questionar tudo o que nos é apresentado como uma verdade ou facto: mes-mo o que nos é apresentado por colegas, professores, ou livros.

Em que medida irá este prémio mudar o rumo da sua carreira?

Apesar do valor monetário do prémio ainda não permitir a autonomia do projeto, este prémio tem um prestígio enorme que me vai permitir angariar mais fundos para o meu trabalho e, eventual-mente, formar o meu próprio grupo de investigação.

O que pretende fazer a partir daqui, quais as perspetivas futuras para a sua carreira?

O objetivo será sempre ter autonomia e independência financeira a nível profissional para poder testar e aplicar as minhas ideias. Em princí-pio isso será sempre feito no campo da oncologia e com um foco muito grande em pesquisa translacional para que as investigações possam ser aplicadas o mais rápi-do possível para o benefício das pessoas afetadas com cancro. Um sonho (cada vez mais distante) é poder fazer isto tudo no meu país.

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Page 5: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

PÁGINA 08 // 05.MAI.15 //ACADÉMICO

boné com encefalogramas? ora explique outra vez

CAMPUS

RAQUEL MARQUES

[email protected]

Aparentemente é um boné normal, mas na verdade está equipado com um electro-encefalograma (EEG), mais conhecido por ser um exa-me auxiliar de diagonóstico utilizado na prática clínica. O EEG é capaz de recolher informações a nível cerebral, sendo utilizado principal-mente no diagnóstico de epilepsia. Além deste uso em contexto clínico que permi-te alertar o doente ou a sua

família da ocorrência de um ataque epilético, este boné equipado com EEG pode detectar as alterações eléctri-cas que ocorrem no cérebro quando se inicia um período de sono e informar os seus utilizadores acerca disso. Esta funcionalidade poderá ser útil para prevenir a sono-lência em indivíduos que con-duzem ou manobram máqui-nas perigosas, ajudando a evitar acidentes. A escola de Ciências da Saúde da Univer-sidade do Minho, através do instituto de ciências da vida e saúde (ICVS), desenvolveu, nos últimos anos, o projeto que tornou possivel aplicar o EEG ao boné, tornando pos-sivel este tipo de diagnóstco clínico em qualquer lugar e a

qualquer hora. Este dispositi-vo foi mais um dos projetos MyHealth, uma plataforma que tem vindo apostar no desenvolvimento de novos dispositivos de recolha de in-formações e dados clínicos, como é o caso da cinta para grávidas capaz de detetar a vitalidade do feto, e o dispo-sitivo portátil que faz análi-ses clínicas usando saliva ou urina. O Projecto MyHealth faz parte do projecto âncora DoIT, uma iniciativa do He-alth Cluster Portugal (HCP) que conta com o apoio do COMPETE. O projeto em causa, coordenado pelo mé-dico e professor Nuno Sousa, conta também com a cola-boração da unidade local de saúde do Alto Minho e das

empresas Frulat, Plux e da empresa têxtil Manuel Gon-çalves. Este boné inteligente ainda não se encontra dis-ponível para comercialização

mas o tempo previsto para o aparelho entrar no mercado ocorrerá entre os próximos 12 a 24 meses.

SARA SILVA

[email protected]

Nos próximos dias 16 e 17 de maio, no auditório da Escolha Velha da Sé, em Braga, reali-za-se uma Oficina de Teatro Galego, orientada pela atriz e dramaturga galega Vanesa Sotelo. Inserido no I Encon-tro Minho-Galiza, o evento é uma organização do Centro de Estudos Galegos da Uni-

oficina de teatro une minho e galiza

versidade do Minho (UM), com a parceria da licenciatu-ra em Estudos Culturais, da União de Freguesias de Ma-ximinos, Sé e Cividade e da Xunta da Galicia.

As inscrições para esta ativi-dade estão já abertas e têm um custo de 15 euros, sendo que podem ser efetuadas na internet.

De acordo com um membro da organização, Francisco Abrunhosa, os participantes nesta oficina podem contar com “atividades de escrita dramatúrgica e exercícios tea-

trais”, bem como com forma-ção acerca do teatro e cultura na Galiza. “E tudo isto é liga-do a um facto muito impor-tante que é a herança entre o Minho e a Galiza, os seus muitos fatores em comum”, sublinha.

Conforme se pode ler na pá-gina de Facebook do I Encon-tro Minho-Galiza, o projeto “visa contribuir para o conhe-cimento e (re)encontro entre as duas culturas [minhota e galega], através do teatro”, que “tem sido ao longo de sé-culos uma das formas de co-municação entre os povos”.

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PÁGINA 09 // 05.MAI.15 // ACADÉMICO

REPORTAGEMultraflexíveis? não, são trabalhadores-estudantes

FRANCISCO GONÇALVES

[email protected]

O 1º de maio é celebrado em todo o mundo. O Dia do Tra-balhador é feriado em Portu-gal desde a queda do Estado Novo em 1974, ano a partir do qual os trabalhadores por-tugueses começaram a ma-nifestar e a defender os seus direitos. A história deste dia remonta a 1886, em Chicago, onde teve lugar a primeira grande manifestação que uniu milhares de trabalha-dores reivindicando oito ho-ras de trabalho diárias. Esta manifestação, e as que se seguiram nos dias seguintes, resultaram em dezenas de mortos e feridos e dos trinta e um trabalhadores presos pela polícia, três foram con-denados a prisão perpétua e cinco condenados a pena de morte. Três anos depois, em junho de 1889, é declarado, em homenagem às lutas sin-dicais de Chicago, o primeiro

dia do mês de maio como Dia Internacional do Traba-lhador pela Segunda Interna-cional Socialista, organização que passou a convocar uma manifestação anual pela luta de melhores condições labo-rais. No entanto, foi apenas em 1919 que o senado fran-cês ratificou as oito horas de trabalho diárias (sucedeu o mesmo em Portugal, nesse ano) e proclamou o primeiro de maio como feriado na-cional, iniciativa seguida um ano mais tarde pela União Soviética, acabando por alas-trar a outros países do globo. Desses primeiros dias do sin-dicalismo, resultaram muitas outras oportunidades e bene-fícios para a classe trabalha-dora. Uma das mais recentes conquistas foi o estatuto de trabalhador-estudante, aco-lhido pelo Código do Tra-balho português. No seu artigo 89º, o Código define trabalhador-estudante como “o trabalhador que frequenta qualquer nível de educação escolar, bem como curso de pós-graduação, mestrado ou doutoramento em instituição de ensino, ou ainda curso de formação profissional ou

programa de ocupação tem-porária de jovens com dura-ção igual ou superior a seis meses”. Para marcar este dia, o Jornal Académico (JA) foi à procura daqueles que se de-dicam a trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Renato Delgado tem 43 anos e fre-quenta o 2º ano de Direito. O programador informático, que usufrui há cerca de um ano deste estatuto, revela ser difícil a conciliação entre ambas as atividades, justifi-cando: “além de trabalhado-res estudantes acumulamos outras funções e deveres que muitas vezes não são lembrados, tais como pai de família e outras obrigações a que um cidadão ativo está sujeito”. Refere, no entanto que “uma vez que não tenho horário fixo e posso trabalhar a qualquer hora do dia ten-to frequentar o máximo de aulas possíveis retirando dai um rendimento extra para o estudo”. Questionado ainda sobre se sentia prejudicado em relação aos outros estu-dantes, a resposta negativa foi perentória: “Foi uma op-ção minha e reconheço as minhas desvantagens em

relação a um “estudante profissional”, como tal não vejo aí um prejuízo mas sim uma desvantagem”. Perante a mesma questão, a respos-ta de Patrícia Marinho, de 19 anos, segue a mesma linha da de Renato: “Não, comple-tamente, até porque foi uma escolha minha”. Usufruindo apenas há cerca de dois me-ses do estatuto, a estudante do 1º ano de Ciências da Co-municação e colaboradora de loja garante que “há sempre tempo para fazer tudo, é uma questão de organização” e exemplifica: “se sabemos que temos duas horas de al-moço uma delas é para apro-veitar e reler os textos que faltam para a próxima aula”. Aluna do 1º ano do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano da Universidade de Aveiro, Paula Oliveira, de 21 anos, garante não se sentir prejudicada com o facto de ser trabalhadora-estudante. Exercendo trabalho part-time aos fins-de-semana como operadora de caixa da Sonae, Paula alerta que “por vezes os outros (estudantes) sen-tem que nós somos benefi-ciados em alguns aspetos,

o que depois acaba por nos deixar um pouco desconfor-táveis e por vezes não aceita-mos alguma ajuda por parte dos docentes para que não sejamos alvo destas ‘críti-cas’”. Paula afirma também sentir-se privilegiada em re-lação ao tempo de trabalho: “Nesse aspeto eu tenho sor-te, porque durante a semana consigo acompanhar perfei-tamente as aulas. Torna-se mais difícil quando tenho exames ou trabalhos para en-tregar domingo ou segunda--feira, pois durante o fim-de--semana o tempo é escasso e o cansaço acumulado depois de um dia de trabalho não fa-cilita, nem dá muita vontade de pegar nos livros” desaba-fa. Ainda assim “durante a semana tem de haver um es-forço maior para que o pou-co tempo do fim-de-semana seja compensado, o pedido de esclarecimentos aos do-centes, a presença e atenção nas aulas e muito mas muito trabalho em casa durante a semana acaba por ser o tru-que para que se consiga ter sucesso, embora por vezes seja difícil conciliar estudo e trabalho”.

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REPORTAGEMvenham mais 25MARIA ARAÚJO

maria.jose.barros.araujo@gmail.

com

A vigésima quinta edição do FITU começou na passada quarta-feira, dia 29 de abril, com um Warm-UP no Largo dos Peões seguido de uma atuação da TUM no Sardi-nha Biba, discoteca oficial do evento. No dia 30 de abril realizaram-se as emblemá-ticas serenatas à Cidade em frente à Sé de Braga. Estas serenatas têm como tradi-ção a entrega de rosas com mensagens, pelos tunos, às raparigas que estejam na pla-teia. Nesta atuação, a tuna estreiou pela primeira vez em Braga a serenata “Don-zela Inesperada”, um original composto pela Tuna. Durante a tarde de sexta-feira, dia 1 de maio, e em simultâneo com a inauguração da exposição “Tuna Universitária do Minho – 25 anos de Memória”, fo-ram chegando as tunas que, mais tarde, atuaram no Thea-tro Circo. O espétaculo em si começou às 21h30 de sexta--feira, e foram os Jogralhos, que também celebram 25 anos e estiveram presentes no I FITU – Bracara Avgvs-ta, quem abriu o festival. Na sua intervenção, como não podia deixar de ser, fizeram menção ao estado do País, da Economia e da Academia Minhota. De seguida, entrou a TUM com o “Delírio do Gerês”, o “Sonho”, o “Gerês Tónico”, a “Tanto Mar” (uma estreia no Theatro Circo), a música de solista “Con Te Partiro” e, para finalizar, aca-baram com “Terras de Portu-gal”. Durante a atuação, Rui Vieira, magister do grupo, nomeou Manuel Fernandes e Carlos Silva como mem-bros honorários da Tuna por terem estado sempre presen-tes no caminho percorrido. Carlos Silva agradeceu dizen-do: “A tuna é uma escola de formação de homens… Há poucos grupos da Universi-

dade do Minho que são em-baixadores daquilo que são os valores do Minho. Isto que vemos aqui no palco é o espirito de renovação”. A primeira tuna a concurso foi a “Tuna Universitária do Ins-tituto Superior Técnico” que ganhou o prémio “Melhor Instrumental”, com a “1 a 0”, prémio este que foi entregue por João Cardoso, ensaia-dor da TUM. Apresentaram ainda uma serenata titulada como “Se um dia não houver luar” e a música de solista “Talvez”. Como tema tiveram as cidades antigas gregas e fizeram uma crítica à atuali-dade política e económica do País utilizando o humor. De seguida entrou a Tuna Medi-cina do Porto, que levou para casa o “Grande Prémio FITU Bracara Avgvsta” e uma bra-guesa, entregues pelo Reitor da UM António Cunha. Co-meçaram com uma canção original, chamada “Cidade” para homenagearem o Por-to, e estrearam a “Valsa pelo meu País”, uma música de intervenção à realidade de Portugal. Dedicaram, ainda, uma serenata original às suas guias chamada “Conquista”.

A última tuna em palco a con-curso foi a “Tuna Universitá-ria de Aveiro” que levou para casa o prémio de “2ª Melhor Tuna”, entregue por Ricardo Rio, presidente da Câmara Munincipal de Braga, e o de “Melhor Solista”, entregue por Gabriel Oliveira, presi-dente dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM). Esta tuna fez uma homenagem a Zeca Afonso, sendo a maior parte dos temas apresentados do referido autor. O espetáculo de sexta-feira, dia 1 de maio, acabou com a tuna convida-da a extra concurso, a Azei-tuna – Tuna de Ciências da Universidade do Minho, que faziam 23 anos nesse dia. Durante o espetáculo, a Azei-tuna explicou que não queria olhar para o passado de um modo saudosista e melan-cólico e, como tal, convidou o público a olhar para o futu-ro, daqui a precisamente 25 anos porque “o mais impor-tante é que continuaremos nessa altura, velhos e novos, charmosos ou senis, a usar a música como uma desculpa para sair de casa e estarmos juntos, às vezes alegres e em

harmonia, outras vezes pega-dos uns com os outros, tal e qual como todas as famílias.” O dia seguinte começou com um convívio no Largo do Paço em redor do porco que estava a ser assado no espeto. João Marques veio de Famalicão com a Tuna de Medicina do Porto, e expli-cou ao Jornal Académico (JA) que já passou pelo FITU três vezes mas que a atuação da passada sexta-feira foi “espe-tacular.” Esta tuna como to-das as outras e os Bomboé-mia – Grupo de Percussão da Universidade do Minho par-ticiparam no “Passe-Calles” pelas ruas do centro histórico de Braga, trazendo animação à cidade em dia de chuva. Durante a tarde houve ainda o batismo dos caloiros no Largo do Paço, uma tradição implantada há vários anos no festival. João Barbosa, di-retor da TUM explicou que “para a noite de sábado as pessoas podem esperar mui-tas surpresas, temos muitos momentos preparados, até porque hoje é a grande atu-ação dos 25 anos, por isso, temos mesmo muita coisa preparada. Temos músicas

que sempre tocamos, músi-cas de solistas, músicas que são emblemáticas para nós.” O último dia de espetáculo começou às 21h30 horas, e foi a “Tuna da Universidade Católica Portuguesa – Porto” que ganhou o prémio “Passa--Calles”. Aproveitaram a oca-sião para apelar à diversão responsável em tempo de atividades académicas e en-cantaram o público com uma performance coordenada e emocionante de pandeiretas. De seguida entrou a “Tuna Académica de Lisboa” que venceu o prémio de “Melhor Bandeira”, entregue pelo pre-sidente da Associação Aca-démica da Universidade do Minho, Carlos Videira, e en-trou no pódio com o 3º lugar, prémio entregue por Lídia Dias, Vereadora da Cultura e Educação da Câmara Munici-pal de Braga. A terceira Tuna a subir a palco foi a “Tuna de Ciências da Universidade de Granada” que veio de Espa-nha e trouxeram na bagagem músicas como a “Amigo”, “Por Amor” e “Motivos” que foi dedicada às mulheres de Braga. A última tuna a con-curso foi a “Tuna de Medicina de Coimbra” que ganhou os prémios “Tuna do Público”, “Tuna mais Tuna” e “Melhor Pandeireta”. Em palco apre-sentaram várias músicas como a “Voar”, a “Coimbra dos Amores” e o instrumen-tal “Às vezes”. Por fim, en-traram em palco alguns dos fundadores com a “Risos de Estudante”. De seguida a TUM teve 125 vermelhinhos em palco, onde todos jun-tos entoaram canções como a “Boémia”, o “Tunalmente Molhado”, o instrumental “Partizan”, a “Essência” (com participação da “Big Band” da ARCUM), o solo “Desejo” e, a finalizar, a “Pilinha de Braga”, que foi a música mais votada na aplicação móvel lançada para o Festival. São 25 anos de muita música e animação que encheu o Theatro Circo este fim-de-semana. Venham (muitos) mais 25!

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PUB.

GRUPOS CULTURAIS25 anos em exposiçãoMARIA ARAÚJO

maria.jose.barros.araujo@gmail.

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A Tuna Universitária do Mi-nho (TUM) foi fundada em 1990 por vinte jovens que, na altura, frequentavam a Academia Minhota. Passa-dos vinte cinco anos, ambos os membros atuais e antigos desta tão célebre Tuna jun-taram esforços e decidiram realizar uma série de eventos que celebrassem este marco tão importante. Na passada sexta-feira, dia 1 de maio, a TUM, inaugurou uma exposi-ção sobre os 25 Anos na Rei-toria da Universidade no Mi-nho (UM), no Largo do Paço. Jorge Louro, um dos fun-dadores da TUM diz: “Nós queríamos assinalar o ani-versário de diversas formas e quisemos de alguma forma dar uma oportunidade para as pessoas conhecerem uma parte da Tuna que normal-mente fica escondida. Vão estar expostos objetos que fomos colecionando e pe-quenas histórias que temos.” A exposição estará aberta ao público durante o mês de maio, porém, este funda-dor pensa em ir mais além e

acrescenta: “Surgiu a oportu-nidade para que haja alguma itinerância desta exposição e ela possa visitar outros locais, mas ainda não está bem de-finido. Digamos que há essa possibilidade”. A exposição é composta por fotos dos anos passados, histórias, pré-mios e ainda instrumentos utilizados, entre muitos ou-tros objetos que fazem parte deste caminho percorrido. Está também apresentado o traje da Tuna, com as meias vermelhas e o bico vermelho, marcas inegáveis desta TUM. Jorge Correia, um dos impul-sionadores deste projeto e membro da Tuna há 4 anos explica: “Esta ideia pareceu--nos pertinente para mos-trarmos parte da nossa his-tória aos nossos seguidores, parceiros e amigos ao longo destes 25 anos. Surgiu a ideia de fazermos essa recolha de parte de objetos que têm significado e de prémios que tínhamos vencido. Nunca tí-nhamos realizado um projeto assim desta dimensão.” Jorge deixa ainda o convite à acade-mia: “aconselho as pessoas a virem ver a exposição, decer-to vão gostar, tem algumas particularidades engraçadas como a parte interativa da exposição, onde podem ou-vir a nossa música como se estivessem num palco. Acho que há uma série de mais--valias que quem não vier vai perder”.

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A voz dos projetos da ESN Minho

A ESN Minho promove vários projetos de caráter social, educativo e ambiental, no sentido de enriquecer as experiências dos alunos que participam em projetos de mobilidade, bem como forma de colocar várias culturas em contacto com a comunidade local, de formas distin-

tas. Marta Negrão é estudante de psicologia na Universidade do Minho, e a pessoa responsável pelo Departamento de Projectos Inter-nacionais. Em entrevista com a aluna, conseguimos perceber concretamente em que consistem cada um dos projetos que tem em mãos e

quais as suas repercussões.

Em que é que consiste e que pretende concretizar o Departamento de Pro-jectos Internacionais?

O departamento de Projetos Internacionais alberga uma série de projetos essencial-mente internacionais, ou seja, projetos que existem também em outras secções da ESN espalhadas pelo mundo. São projetos muito variados mas todos parti-lham o objectivo de tornar os programas de mobilidade mais enriquecedores, possí-veis e únicos.

Neste momento que pro-jetos tens em mãos, em função da ESN?

Pertencem a este departa-mento seis projetos: o Ex-changeAbility (EA), o Socia-lErasmus (SE), o ESN 2.0., o Buddy, o Alojamento, e os Surveys.

Podes explicar em que consiste, e o que signifi-ca para ti cada um desses projetos?

O EA é dos projetos mais in-teressantes, a meu ver. O ob-jectivo deste projeto é tornar os programas de mobilidade possíveis a todos os alunos, direcionando a atenção aos alunos que possuem algum tipo de incapacidade física. Numa primeira fase pre-tende fazer o mapeamento dos edifícios dos campi de Gualtar e Azurém e das zo-nas à volta, para identificar

Entrevista realizada por: Daniel Santos Editado por: Alexandre Vale

falhas de acessibilidade que existam. Desta maneira, tencionamos sensibilizar a comunidade académica e as ambas as cidades de Braga e Guimarães para este proble-ma que não deveria sequer existir.O SE é um projeto que têm um especial impacto na co-munidade local. Divide-se em três pilares: solidarie-dade, educação e ambiente.Pretende integrar os alunos de mobilidade na comuni-dade local de uma maneira solidária, divertida e grati-ficante. O EiS (Erasmus in Schools) é um projeto in-ternacional que tem como objectivo promover a mo-bilidade em idades mais novas. Levamos alunos in-ternacionais às escolas para partilharem experiências, para darem a conhecer os seus países e respectivos costumes e, desta forma, damos a conhecer aos mais novos as oportunidades que têm no estrangeiro e a im-portância da aprendizagem de diversas línguas. Visitá-mos também alguns lares onde os alunos de mobili-dade deram aulas de dança ou fizeram simplesmente companhia aos idosos. Fo-ram também já realizadas várias recolhas de bens ali-mentares e doadas a insti-tuições (ex.: Cruz Vermelha de Braga). Estamos neste momento a tentar participar em atividades preparadas pela Quercus e temos um espaço na horta da UM. São imensas as atividades que

realizamos e ideias à espera de uma oportunidade.O ESN 2.0 é um projeto de grande interesse para os alunos da UM. Tem como objectivo acompanhar es-tes alunos desde o momen-to que decidem fazer um programa de mobilidade. Como? Facilitando o acesso a informação dos progra-mas, entrando em contacto com a secção da ESN de des-tino, fazendo a ligação com alunos internacionais que estejam na UM desse mes-mo destino e com alunos portugueses que tenham realizado também um pro-grama de mobilidade no mesmo destino. Ainda não foi possível implementar o projeto em pleno pois aguardamos pelo protocolo de cooperação que se encon-tra a ser debatido com a UM para que haja uma interação e cooperação formal com os SRI para que o apoio que queremos disponibilizar seja prestado com a maior antecedência possível. De momento estamos a traba-lhar com as ferramentas que temos. O Buddy é o projeto que a maior parte conhece. Pretende fazer um matching (com base no percurso académico e qua-lificações linguísticas) pré-vio à chegada a Portugal de alunos internacionais com alunos portugueses e, desta forma, facilitar a integração cultural e académica dos mesmos. Desta maneira os alunos portugueses têm também a oportunidade de

contactar com novas realida-des e de desenvolver as suas capacidades linguísticas. De momento encontra-se ina-tivo pela existência de um programa similar promovi-do pelos SRI. O Alojamen-to é um projeto local que auxilia na procura de casa. Possibilita também, através do subprojecto Couchsur-fing, a estadia temporária dos alunos internacionais de Braga em Guimarães, e vice-versa. Através do Fre-ecycle, outro subprojecto pertence ao Alojamento, os alunos poderão deixar con-nosco todos os bens que não desejarem levar para o seu país. Desta forma, podemos emprestar aos alunos de semestres seguintes aquilo que necessitarem. Temos mais dois subprojectos nos quais estamos ainda a tra-balhar para os implemen-tar: ESN Minho Housing e o ESN Social Housing. No primeiro, seria possível aos alunos outgoing porem à disposição as suas casas durante o período que esta-riam fora do país aos alunos incoming. No segundo, da-ríamos a possibilidade aos alunos incoming de esco-lher ficar alojados com cida-dãos portugueses (famílias ou outros). Os Surveys são interna-cionais e locais. São basi-camente uma recolha de feedback aos alunos que já experienciaram algum tipo de programa de mobilidade para assim conseguir me-lhorar cada vez mais todo o

trabalho que é desenvolvido. Os internacionais são nos enviados pela ESN interna-cional e o nosso papel é pro-move-los junto dos alunos da nossa secção e os Surveys locais fazem o mesmo mas a nível do trabalho feito pela ESN Minho. qual a pertinência da criação de cada um des-tes projetos? que impac-to têm na comunidade?

Todos os projetos mencio-nados anteriormente têm o intuito de facilitar o acesso à mobilidade, de tornar es-tas experiências realmente importantes e de contribuir para uma partilha de co-nhecimentos entre culturas através da inserção do alu-nos incoming na comunida-de local contribuindo estes de forma benéfica para o sem bem-estar.

Depois de algum tempo a participar nestas ativida-des, qual é o balanço dos resultados?

Muito bom. É óptimo ouvir os alunos internacionais di-zer depois de uma atividade social o bem que se sentem e a vontade enorme que têm de repetir a experiência. Para não falar da comuni-dade local que fica sempre maravilhada por ver alunos estrangeiros interessados em contribuir de alguma forma para o seu bem-estar.

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Page 8: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

PREPARA O TEU FUTURO

Ofertas de emprego

[email protected]

EmpreendedorismoEmpregabilidade

http://liftoff.aaum.pt/facebook.com/aaum.liftoff

As seis ideias de negócio trabalhadas na 4ª edição do Working Ideas vão ser apresentadas a potenciais investidores, business angels e capitais de risco através de um pitch final com o objetivo de que se associem aos projetos e à sua viabilização no mercado.

Estás convidado para a sessão de encerramento do Working Ideas (que inclui o pitch final e um espaço de networking) e que irá decorrer no Auditório B1 da Universidade do Minho a 6 de maio, a partir das 18h00.

Inscreve-te em liftoff.aaum.pt.

Working Ideas Sessão de encerramento

> 19 MAIO ‘15Curso Comunicar com Sucesso

>> 06 MAIO ‘15Pitch final Working Ideas

www.aaum.pt/gip

Gabinete-de-Inserção-Profissional-da-AAUM

> 22 MAIO ‘15Concurso de Empreendedorismo Social Angels

> 28 MAIO ‘1511ª Call for Entrepreneurship

DESIGNER DE PUBLICI-DADE E WEB DESIGNER | M/F | BRAGA- Formação na área de Design Gráfico, comunicação ou simi-lar; - Experiência comprovada na função ; - Conhecimentos e experiência nas seguintes fer-ramentas: Adobe Photoshop, Illustrator e Corel Drow; - Sen-tido de responsabilidade; - Dis-ponibilidade Imediata. - Orde-nado de acordo com a função;- Contrato de trabalho; - Sub-sídio de alimentação; - Seguro de AT.

TÉCNICO DE RE-CURSOS HUMA-NOS M/F | BRAGA- Licenciatura em Ciências Sociais ou similar; - Conheci-mentos de Inglês; - Bons con-hecimentos de informática na óptica do utilizador; - Ex-periência em Trabalho Tem-porário (pelo menos 1 ano); - Forte capacidade de comuni-cação e assertividade

TÉCNICO ADMINIS-TRATIVO | M/F | BRAGA - Atitude empreendedora; - Proactividade e Dinamismo; - Autonomia e elevado grau

de responsabilidade; -Forma-ção Superior (em Ciências Económicas e Empresariais será factor preferencial); - Ex-periência associativa; -Elegibi-lidade para estágio profission-al /IEFP; - Conhecimentos em Modelos e Planos de Negócio

GESTÃO, ECONOMIA, CONTABILIDADE E AFINS | M/F | BRAGAO GRUPO CASAIS pretende para o Programa Lançarte à Gestão! - Recém-formado em Gestão, Economia, Contabili-dade e afins; - Inscrito/a como TOC (preferencial); - Bons

Conhecimentos de Inglês e/ou Francês (essencial); - Conhe-cimentos sólidos de Contabi-lidade, gestão financeira e Tes-ouraria; - Bons conhecimentos de Excel; - Espírito de iniciativa e rigor profissional; - Bom rela-cionamento interpessoal e es-pírito de equipa; - Disponibili-dade e motivação para projetos profissionais no estrangeiro; - Integração em Grupo empre-sarial com forte presença no estrangeiro; - Ambiente Jovem e Dinâmico; - Estágio profis-sional de 9 meses; Candida-turas devem ser submetidas através do site www.casais.pt

PEJENE - PROGRAMA DE ESTÁGIOS DE JOVENS ES-TUDANTES DO ENSINO SUPERIOR NAS EMPRESAS

Está lançada a 23ª edição do PEJENE - Programa de Es-tágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Em-presas, promovido pela Fun-dação da Juventude. Os está-gios destinam-se a todos os jovens que frequentem o penúltimo e o último ano de qualquer curso do en-sino superior (Licenciatu-ra, Mestrado ou Mestrado Integrado, Pós-Graduação),

em estabelecimentos de ensino público, privado e/ou cooperativo, abrangendo todas as áreas de estudo. Destina-se também a todas as empresas/entidades in-teressadas em acolher es-tagiários. Os estágios terão a duração mínima de 2 meses e máxima de 3 me-ses, decorrendo entre julho e setembro. Para além da experiência proporcionada, os estagiários podem ainda contar com os subsídios de alimentação e de transporte, assim como um Seguro de Acidentes Pessoais.

Entidades de Acolhimen-to dos Estágios

Empresas Industriais (in-cluindo de transportes, co-municações e afins), Comer-ciais, de Serviços (incluindo de Consultadoria), Institui-

EMPREGO APOIADO – ESTÁGIOS Vi@s é um portal disponi-bilizado e gerido pelo Insti-tuto do Emprego e Forma-ção Profissional (IEFP).

Tem como finalidade dispo-nibilizar informação e fun-cionalidades que concorrem para a gestão da carreira da generalidade dos cidadãos, minimizando condiciona-lismos de ordem geográfica, motora ou de tempo, e para a atuação de profissionais de orientação, professores e pais.

São objetivos do Vi@s: - Flexibilizar as modalida-des de prestação de serviços no sentido de responder a um maior número de cida-dãos e à sua diversidade de necessidades; - Aumentar a acessibilidade

a instrumentos de orienta-ção, designadamente, para cidadãos com dificuldades de mobilidade ou em situa-ção de isolamento geográfi-co;- Garantir o livre acesso a informação profissional na

ções Financeiras (Bancos, Seguradoras e afins), e Ins-tituições sem fins lucrativos (Fundações, Associações, etc.), Municípios, Juntas de Freguesia, Agências de De-senvolvimento Local, entre outras.

Candidaturas para os es-tudantes

Após 30 de abril, a Fundação da Juventude divulga online a lista de vagas para estágio, iniciando-se assim as can-didaturas online para os jovens estudantes a 4 de maio. Cada estudante pode candidatar-se até 4 vagas de estágio, de acordo com as suas preferências.

Mais informações consul-tar:

http://www.fjuventude.pt/

era digital; - Desenvolver e rentabilizar a capacidade de autogestão da carreira dos cidadãos;- Concorrer para a transpa-rência do mercado de traba-lho e da formação profissio-nal

- Apoiar a atuação dos técni-cos com competências espe-cíficas no âmbito da orienta-ção profissional;

Ao registar-se pode co-meçar a explorar!!

Mais informações/registo em: http://vias.iefp.pt/

Social Angels Concurso de Empreendedorismo

Call for entrepreneurshipPortugal Ventures

O Projeto Social Angels lançou a 23 de abril um Concurso de Empreendedorismo no Concelho da Póvoa de Lanhoso com o objetivo de estimular a atitude empreendedora no território e suscitar a emergência de negócios inovadores que deem origem à criação de novos postos de trabalho qualificado.

Podem candidatar-se pessoas singulares, individualmente ou em grupo, com uma ideia empreendedora que se enqua-dre nestes objetivos, que beneficiarão de um programa de aceleração de ideias dinamizado por um profissional com experiência neste âmbito, onde terão a oportunidade de estruturar e maturar as suas ideias para posterior imple-mentação. O período de candidaturas decorre entre 23 de abril e 22 de maio de 2015. Mais informações sobre o concurso, poderão ser obtidas através dos sites www.soldoave.pt ou www.mun-planhoso.pt/, onde constam o regulamento e o formulário eletrónico para submissão das candidaturas.

A Portugal Ventures já abriu o período de candidaturas à 11ª Call For Entrepre-neurship, uma nova oportunidade de acesso ao investimento de capital de alto risco para os projetos inovadores de base científica e tecnológica nas fases seed e startup. O período de submissão de projetos vai decorrer até ao próximo dia 28 de maio. Orientada para o fortalecimento do ecossistema empreendedor português e para o desenvolvimento de uma economia mais moderna e competitiva, a Call For Entre-preneurship vai selecionar projetos para investimento nas áreas de Tecnologias de Informação, Comunicação, Eletrónica & WEB, Ciências da Vida, Turismo e Recursos Endógenos, Nanotecnologia e Materiais. Na preparação e qualificação dos projetos, os empreendedores poderão melhorar e adequar a sua ideia recorrendo ao apoio e orientação de uma das 45 entidades que constituem a Rede de Parceiros do Programa de Ignição (Ignition Partners Work). As ideias selecionadas beneficiarão de um investimento até 750 mil euros, num má-ximo de 85% das necessidades de financiamento do mesmo. Além do investimento financeiro, os projetos selecionados poderão usufruir de acon-selhamento por especialistas nacionais ou internacionais detentores de uma vasta experiência profissional, acompanhada por redes de contactos relevantes. A incuba-ção e a aceleração de ideias em pólos internacionais de inovação figuram como outras possibilidades enquadradas no conjunto de vantagens competitivas oferecidas pela iniciativa. Os projetos ou ideias poderão assim integrar os centros do ecossistema de empreendedorismo tecnológico Português em São Francisco (Silicon Valley) - “Por-tugal Ventures in the Bay”, em Boston - “Portugal Ventures in Boston” e ainda em Austin. Sabe mais em liftoff.aaum.pt

Page 9: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

RUM BOXTOP RUM -16/ 201524 ABR

1 - JOSÉ GONZÁLEZ - Leaf off the cave

2 - B FACHADA - Já o tempo se habitua

3 - ALT-J - Hunger of the pine

4 - CHET FAKER - Talk is cheap

5 - ALL WE ARE - Keep me alive

6 - WAR ON DRUGS, THE - Red eyes

7 - WARPAINT - No way out

8 - DJANGO DJANGO - First light

9 - PEAKING LIGHTS - Eyes to sea

BRAGA

MÚSICA

Concerto SolidárioDia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho08 de maio – 21h00

Camané09 de maio – 21h30Theatro Circo

Colleen09 de maio – 22h30GNRation

Idiolecto14 de maio – 21h30Theatro Circo

Peixe + Nova Orquestra Futurista do Porto15 de maio – 22h30GNRation

Banda do Mar16 de maio – 21h30Theatro Circo

TEATRO

“Falar Verdade a Mentir”Companhia de Teatro de Braga05 de maio (11h00, 15h00, 21h30) e 06 de maio (11h00, 15h00)Theatro Circo

“Um Espectáculo Sem Graça Nenhuma”Commedia a La Carte07 de maio – 21h30 Theatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA

Sandy Kilpatrick08 de maio – 24h00CCVF

TEATRO

“Britânico”De Jean Racine, Encenação Nuno Cardoso09 de maio – 21h30CCVF

FAMALICÃO

TEATRO

“Amor e Baco”Atelier “bau dos Segredos”11 e 12 de maio – 21h30Casa das Artes

“A Cantora Careca”Atelier “bau dos Segredos”13 e 14 de maio – 21h30Casa das Artes

BARCELOS

TEATRO

“O Meu País é o Que o Mar Não Quer”A Casa da Esquina09 de maio – 21h30Teatro Gil Vicente

AGENDA CULTURAL

LEITURA EM DIA

10 - PORTICO - 101 (feat. Joe Newman)

11 - COURTNEY BARNETT - Pedestrian at best

12 - MAC DEMARCO - Brother

13 - ISAURA - Useless

14 - JUNGLE - Time

15 - ARIEL PINK - Put your number in my phone

16 - BLACK LIPS - Make you mine

17 - HOT CHIP - Huarache lights

18 - TAPE JUNK - Thumb sucking generation

19 - TY SEGALL - Feel

20 - GEORGE FITZGERALD - Full Circle (feat. Boxed In)

4/5 – Uma Morte Impos-sível – IIan Rankin(ed.Porto Editora) ; Uma nova série de policiais numa descida ao passado e inferno da luta pela independência da Escó-cia. Aliciante.

5/5 – História Breve da Lua – António Gedeão(ed.Porto Editora) ; O poeta An-tónio Gedeão explica a me-ninas e meninos a Lua tão mágica, serena e inspiradora de poetas e amantes. Um clássico.

6/5 – O Pintor Excessivo – Manuel Tomás(ed.Parsifal); Agora que os Açores estão na moda, é o mote para se sentir o que é a amizade, a lealdade e o amor.

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt

Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

PÁGINA 16 // 05.MAI.15 // ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIOreabilitação do estádio universitário de coimbra custa mais de 20 milhõesPEDRO SOUSA

[email protected]

A vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC), Helena Frei-tas, afirmou que a reabilitação do Estádio Universitário de Coimbra (EUC) deve custar pelo menos 20 milhões de euros, não havendo ainda cer-tezas quanto ao financiamen-to. A intervenção, que prevê a demolição de várias estruturas e a construção de novas no recinto localizado na margem esquerda do rio Mondego, ainda não tem apoio garanti-do, explicou a vice-reitora da UC. No passado dia 29 de abril decorreu no auditório da reitoria da UC um debate pú-blico sobre o papel do EUC. O grupo de trabalho, composto por representantes da Uni-versidade, da Autarquia e da Associação Académica apre-sentou as linhas gerais do pro-grama de reabilitação daquela estrutura, confirmando que a requalificação será feita de for-ma faseada, existindo já obras a decorrer. Para além de obras em dois edifícios, está prevista a criação de dois novos pavi-lhões, num investimento de quatro milhões de euros cada, um novo edifício administrati-vo, um centro de interpretação

desportiva, dois espaços infor-mais, um campo de futebol 7 e a demolição de algumas infraestruturas existentes, ha-vendo a expectativa de que a reabilitação esteja terminada em cinco anos, disse Helena Freitas, em declarações aos jornalistas. A intervenção no pavilhão III arrancou em me-ados de abril e tem um custo de 400 mil euros, estando previsto um prazo de execu-ção de três meses. O arranque das obras no pavilhão I está previsto para julho, com um

custo de 1,2 milhões de euros e igual prazo de execução. He-lena Freitas lembra que “estas pequenas obras” são de risco, pois “não há garantia de que a UC vá ser reembolsada no âmbito do atual quadro comu-nitário”. Segundo a vice-rei-tora, há variáveis que podem aumentar ou diminuir o valor previsto para a realização das obras, como, por exemplo, a possibilidade de a Faculdade de Desporto ocupar as insta-lações da Escola Silva Gaio, ou mesmo a estratégia de

circulação de trânsito a ado-tar naquela zona da cidade. O próximo quadro comunitá-rio não prevê “financiamento direto para infra-estruturas desportivas”, esclareceu ainda, ressalvando que, se houver “a inteligência e a criatividade de enquadrar” este projeto no contexto do desenvolvimento da cidade, haverá lucro. Em declarações aos jornalistas à margem da sessão, o docente do Departamento de Aquitec-tura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, António

Bettencourt, sublinhou a “falta de qualidade espacial, cons-trutiva e ambiental” de um estádio “perto do caos”. Ape-sar de Helena Freitas apontar a conclusão do projeto para um “horizonte de cinco anos” há intervenções que terão que ser concluídas até 2018. Nesse ano, os EUSA Games (os Jo-gos Europeus Universitários) marcam presença no Estádio Universitário e há equipamen-tos que terão que estar pron-tos a receber provas da com-petição.

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JOSÉ GONZÁLEZ

7/5 – A Flor de Abril – Pedro Olavo Simões(ed.Booklândia) ; Um dos livros mais importantes dos últi-mos anos com ilustrações de Abigail Ascenso. Obrigatório para o 2º Ciclo, dizemos nós.

8/5 – Perguntem a Sa-rah Gross – João Pinto Coelho(ed.D.Quixote); Uma escrita poderosa e Kimberly Parker fica na nossa memó-ria.

ELISABETE APRESENTAÇÃO

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Blur – “The Magic Whip”

tão cedo. Entretanto, os Blur estão de regresso a Portugal, com concerto agendado para o dia 17 de julho no festival Super Bock Super Rock. Para mais informações podem vi-sitar a página www.blur.co.uk ou ainda facebook.com/blur. Para escutar 5 temas de The Magic Whip, de 4 a 8 de maio, na RUM.

A 19 de fevereiro deste ano, os Blur anunciavam através das redes sociais o regresso aos discos com o lançamen-to de um novo álbum com o título “The Magic Whip”. Ao mesmo tempo lançavam o primeiro single “Go Out”. É também o regresso, ao fim de 16 anos, do guitarrista Graham Coxon que abando-nou a banda depois de “13”. O dia do lançamento estava marcado, 27 de Abril, 12 anos depois de “Think Tank”. Ao todo são 12 faixas, com ins-piração asiática e gravadas durante o período em que a banda esteve na Ásia, em 2013. Damon Albarn destaca mesmo o tema “Pyongyang”, que terá sido composto de-

pois da visita à Coreia do Nor-te. Alex James, baixista dos Blur, revelou recentemente, em entrevista ao NME, que o material que a banda gravou em Hong Kong e que serviu de base a este novo álbum, daria para um outro disco, acrescentando, no entanto, que os fãs não devem espe-rar um outro longa-duração

Page 10: Jornal Académico - 05 de maio de 2015

PÁGINA 19 // 05.MAI.15 // ACADÉMICO

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CULTURAo theatro circo vai “falar verdade a mentir”

PEDRO RIBEIRO

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Os dias 5 e 6 de maio serão dias de teatro em terras bra-carenses, no Theatro Circo. Organizado pela Companhia

de Teatro de Braga, a obra garrettiana ‘Falar Verdade a Mentir’ que estreia hoje, terça-feira, dia 5 de maio, insere-se no período român-tico da história da literatura portuguesa. A encenação e a dramaturgia ficam ao car-go de Rui Madeira. O ence-nador responsável pela peça

explicou que se trata de uma “comédia”. O destaque des-ta representação teatral vai para a sua “surpreendente atualidade”, que se revela um “retrato fiel” do “nosso viver coletivo”. Afirmando que “com Garrett estamos na verdadeira modernidade”, entende uma “promoção do

‘sujeito’” no seu mundo em constante evolução, tratan-do-se de um “espaço/tempo de debate e experimenta-ção”. Com uma sessão para público geral marcada para as 21h30 de hoje, terça-feira, dia 5 de maio, além das ses-sões especiais às 11h00 e às 15h00, as sessões continuam

amanhã, quarta-feira, dia 6 de maio, uma a iniciar pelas 11h00 e outra pelas 15h30. To-das terão lugar no Pequeno Auditório do Theatro Circo. Os bilhetes já estão à venda e têm um custo de dez euros – atenção: com Cartão Qua-drilátero, o bilhete sai a cinco euros.

BITS & BITES

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CLÁUDIO PINTO

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Clientes da Uber em Por-tugal criam página de apoio no Facebook e lan-çam petição

Os clientes da Uber, empresa que fornece um serviço priva-do de transporte de passagei-ros através de uma aplicação móvel, criaram uma página no Facebook – Queremos Uber em Portugal - a contestar a decisão do Tribunal Cível de Lisboa, que decidiu a favor

Carros vão chamar auto-maticamente o 112

Todos os carros ligeiros vendi-dos a partir de 31 de março de 2018 terão de estar equipados com um aparelho que informa automaticamente os serviços de emergência quando há um acidente. O sistema, chamado “eCall”, está desenhado para ser automaticamente aciona-do sempre que há um choque. A transmissão é automática, podendo também ser aciona-da manualmente.

PT reclama pagamento de 50 milhões ao Estado

Entre as muitas dívidas por pagar, as do Estados referen-tes aos programas e-escolas e e-escolinhas ultrapassam os 56 milhões de euros, dos quais 50 milhões cabem à MEO (an-tiga TMN) da PT e os outros 6 milhões à NOS (antiga OP-TIMUS). Ainda assim, a Voda-fone terá também que pagar 1 milhão de euros ao Estado.

de uma providência cautelar interposta pela Associação Nacional dos Transportes Ro-doviários em Automóveis ligei-ros (ANTRAL) e determinou a

suspensão da atividade da em-presa em Portugal. São já mais de 6600 subscritores que de-monstram o seu desconten-tamento pelo encerramento

da empresa. Na página da rede social está ser divulgada uma petição pública de apoio à Uber. No entanto, segundo a decisão do tribunal tornada

pública no dia 28 de Abril, e que a ANTRAL divulgou par-cialmente na sua página on-line, fica claro o desinteresse em voltar atrás.

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Hoje terça-feira, dia 5 de maio, estreia no Theatro Circo, a peça “Falar Verdade a Mentir”, do dramaturgo Almeida Garrett. Rui Madeira, o encenador, afirma decorrer “num ritmo de comédia”.

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