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EDIÇÃO 62 – 08 DE JULHO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 08 de julho de 2016.

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Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Governo prepara regras para licença ambiental

Está redigida no Ministério do Meio Ambiente a minuta da proposta do governo

para regularizar o licenciamento ambiental no país. A linha-mestra da iniciativa é

incluir no processo a variável de localização do empreendimento. A ideia é corrigir

distorções que hoje exigem os mesmos estudos de impacto de uma indústria na

região metropolitana de São Paulo e de outra, de igual porte e atividade, mas em

área ambientalmente tão vulnerável quanto o Pantanal.

A minuta tem 37 páginas, 8 capítulos e é datada de 23 de junho. O Valor teve acesso

a ela com exclusividade. A proposta estabelece prazos para o licenciamento,

simplifica o processo para empreendimentos considerados de pouco impacto e não

libera do licenciamento setores integralmente.

Inclui três anexos que estruturam o potencial de degradação ambiental de

empreendimentos de pequeno, médio e grande porte. Por essas matrizes, um

projeto de grande porte, com "alto impacto ambiental" e situado em área com "grau

de relevância ambiental" considerado "muito alto", terá que passar pelo chamado

licenciamento trifásico - receber as licenças prévia, de instalação e de operação e

apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), já que seu potencial de degradação

ambiental é significativo. Contudo, um projeto igualmente de grande porte em uma

região considerada ambientalmente de baixa relevância e com impacto tido como

baixo, pode ter licenciamento simplificado sem exigência de EIA.

O texto também dá espaço para a manifestação de órgãos importantes ao processo

de licenciamento, como a Fundação Nacional do Índio (Funai) no caso de impacto

em terras indígenas, ou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(Iphan), por exemplo. Mas diz claramente que a palavra final cabe ao órgão

ambiental.

A proposta do governo, ainda não definitiva, tem mensagem política clara. A

iniciativa, capitaneada pelo ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, é tentar

neutralizar projetos sobre a questão que tramitam no Congresso, vários deles em

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regime de urgência, e ambientalmente nocivos. A pasta costura a iniciativa com os

ministérios da Agricultura, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Casa Civil. A

ideia é ouvir outros ministérios e apresentar a proposta de governo o mais rápido

possível.

Um dos projetos mais delirantes em

tramitação no Congresso é a Proposta de

Emenda Constitucional (PEC) 65/2012,

que acaba com o licenciamento

ambiental - prevê que a mera

apresentação do EIA de um

empreendimento implicará sua

autorização e que a partir daí não pode

ser cancelado. Outro é o projeto de lei do

senador Romero Jucá (PMDB-RR), o PLS

654/2015, que define um prazo de, no

máximo, oito meses para o licenciamento de grandes obras consideradas

estratégicas pelo governo, como hidrelétricas e estradas. Não prevê audiências

públicas e elimina fases essenciais do licenciamento. Foi batizado de

"licenciamento a jato" pelos ambientalistas.

A tentativa dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente é de dar eficiência ao

processo de licenciamento equilibrando uma equação difícil - exigir os estudos

ambientais quando realmente necessários e reduzir demandas excessivas. Pelas

regras em vigor, por exemplo, empreendimentos de petróleo precisam de

licenciamento - tanto faz se o que está em foco é uma grande refinaria ou um posto

de abastecimento de combustível. Como o posto segue padrões (distâncias

mínimas para casas ou escolas, por exemplo), e tem impactos mais previsíveis, a

intenção é que o licenciamento seja diferenciado, mais simples e mais rápido que

o da refinaria.

Há consenso que o país precisa organizar o licenciamento ambiental, hoje previsto

na Política Nacional de Meio Ambiente e detalhado em grande número de resoluções

do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). É uma regulamentação dispersa

e muito questionada. O projeto liderado por Sarney Filho, ainda em construção, é

um substitutivo ao Projeto de Lei 3.729, de 2004, que já tem 15 projetos apensados.

O texto-base é o substitutivo aprovado na Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável da Câmara, com relatoria do deputado federal

Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Espanhóis se preparam para nova rodada de concessões

no Brasil

O presidente da espanhola Ferrovial, Alejandro de la Joya, afirmou que a companhia

está pronta para a disputa pelos quatro aeroportos que o Brasil pretende privatizar,

mas cobrou agilidade do governo brasileiro na definição do modelo de concessão.

O executivo disse que não pretende entrar como sócio minoritário dos terminais.

"Para nós, só faz sentido investir em um consórcio com mais de 40% de participação

ou mais de 50%", disse. "Essa participação vai depender das regras do edital e ainda

estamos esperando para definir nossa estratégia. O que asseguro é que não faz

parte dos nossos planos sermos sócios investidores [minoritários]."

Hoje, a Ferrovial é responsável pela gestão do aeroporto de Heathrow, de Londres

—um dos maiores do mundo—, administra rodovias em nove países e registrou

faturamento de € 8 bilhões em 2015.

No passado, a Ferrovial criticou os indicadores de desempenho da economia

brasileira que foram considerados no cálculo dos lances para os aeroportos de

Guarulhos. Naquele momento, já questionava as taxas de crescimento do PIB e o

lance mínimo de R$ 3,2 bilhões.

Em um consórcio com a construtora Queiroz Galvão, a empresa deu lance de cerca

de R$ 6 bilhões, mas perdeu para a Invepar, da OAS, que pagou R$ 12 bilhões.

O presidente da Ferrovial negou a intenção de comprar fatias das empreiteiras nos

aeroportos Guarulhos ou Viracopos. A fatia da OAS em Guarulhos (24,4%), que hoje

pertence aos credores da construtora, está avaliada em cerca de R$ 1,6 bilhão. A

UTC, que tem 23% de Viracopos, pede cerca de R$ 560 milhões.

Joya afirmou que a empresa também avalia investir em concessões rodoviárias. No

Brasil, a Ferrovial só presta serviços para a concorrente espanhola Abertis, que

duplica a Rodovia do Café (BR 116) e a rodovia Fluminense (BR 101).

O diretor financeiro da Abertis, José Aljaro, afirmou que o grupo pretende destinar

até € 1,2 bilhão em novos investimentos às rodovias que já administra no Brasil.

Ele disse ainda que a empresa tem interesse na nova fase de concessões. "Tudo vai

depender das condições [da nova etapa].

O secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do Brasil, Moreira Franco,

não compareceu ao evento alegando que precisava concluir a nova política de

concessões junto com o presidente interino, Michel Temer.

As declarações foram dadas durante o XV Encontro Santander América Latina.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Espanhola Ferrovial se prepara para disputar leilão de

aeroportos no País

MADRI e SÃO PAULO - O presidente da

Ferrovial Agroman, Alejandro de la Joya, disse

nesta quinta-feira, 7, em Madri, que a empresa

espanhola está interessada na concessão dos

quatro novos aeroportos no Brasil. O

executivo do grupo, que tem uma construtora

e opera terminais na Europa, afirmou que

eventual participação da companhia nos

leilões será “ativa” nos consórcios. Segundo apurou o ‘Estado’, a espanhola vem

para reforçar o interesse nas concessões. De acordo com fontes próximas ao

processo, a lista já inclui outros estrangeiros, a maior parte deles da Europa.

“Estamos interessados e acompanhamos essas quatro privatizações. Não há

decisão, todavia, em função da composição com os sócios que conseguiremos e

onde pode haver maior sinergia”, disse de la Joya, durante palestra realizada no

15.º Encontro Santander América Latina, na capital espanhola. O governo já

anunciou que oferecerá à iniciativa privada os terminais de Florianópolis,

Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.

O executivo reconheceu que a frágil situação do setor de construção no Brasil pode

gerar espaço para a entrada mais forte de construtores e operadores estrangeiros.

“Mas preferimos que as empresas locais tenham boa forma”, disse a jornalistas,

após painel sobre a infraestrutura na América Latina.

De la Joya nega que a empresa esteja avaliando algum empreendimento já

concedido à iniciativa privada e que esteja procurando novo sócio. O executivo

citou, porém, que “neste momento não temos nenhuma concessão de rodovias, mas

sempre estamos de olho”.

Tempo. Apesar de o projeto de privatizações ser prioritário para reforçar o caixa

do governo, a expectativa é de que falte tempo para conseguir realizar o leilão dos

aeroportos ainda este ano.

Na melhor das hipóteses, disse uma fonte do setor, o edital deverá ser lançado este

ano, com o evento ficando para janeiro de 2017. No discurso oficial, no entanto, o

governo planeja fazer a licitação ainda no segundo semestre. O processo de

audiência pública sobre o tema foi concluído no último dia 20.

Apesar do interesse estrangeiro, o fator impeachment ainda pesa contra o

andamento do processo, uma vez que o afastamento da presidente Dilma Rousseff

ainda é temporário. “Os olhos (dos investidores) estão abertos, mas há receio por

causa da instabilidade política”, disse Ricardo Medina, especialista em

infraestrutura do L.O. Baptista-SVMFA.

Para Medina, a conclusão do processo será determinante para o retorno dos

investimentos do País: “É o turning point (ponto de inflexão), porque o Brasil passa

a ter um navegador definido.

Page 6: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

BB, Caixa e BNDES discutem concessões

Os presidentes dos três maiores bancos públicos do país - Banco do Brasil, BNDES

e Caixa Econômica Federal - decidiram ontem criar um grupo que reúna técnicos

das três instituições com o objetivo de aprimorar ferramentas financeiras que

ajudem na retomada do crescimento do país. O primeiro foco das discussões será

o financiamento à infraestrutura.

A decisão foi tomada em uma reunião na sede do Banco do Brasil, em Brasília.

Estiveram presentes Paulo Caffarelli (BB), Maria Silvia Bastos Marques (BNDES) e

Gilberto Occhi (Caixa), além do secretário de política econômica do Ministério da

Fazenda, Carlos Hamilton, e do secretário adjunto do Ministério do Planejamento,

Esteves Pedro Colnago Júnior.

No encontro, foram discutidos o equacionamento financeiro de projetos atuais e

futuros de infraestrutura, o financiamento de micro, pequenas e médias empresas

e o aprimoramento da operação BNDES. A ideia é alinhar as visões dos três bancos

sobre os temas e usar o corpo técnico das instituições para desenvolver propostas

que aprimorem os instrumentos envolvidos nessas operações.

Não está definida a periodicidade das reuniões desse fórum. Segundo executivo

que participou do encontro, a ideia é envolver os bancos privados nas discussões.

O financiamento à infraestrutura é um dos principais temas em discussão no

governo interino de Michel Temer. Na semana passada, o Valor noticiou a intenção

das autoridades em mudar as regras de financiamento para as próximas concessões

de infraestrutura. O plano envolveria descontar, de forma automática, da receita

da concessionária a parcela destinada a pagar os empréstimos bancários.

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Luz baixa nas rodovias é obrigatória a partir de hoje

Pesquisas constataram uma redução entre 5% e 10% das colisões

frontais com a adoção da medida

Todos os motoristas em tráfego pelas rodovias brasileiras precisam manter a luz

baixa acesa durante o dia, a partir de hoje, 8 de julho. O objetivo é melhorar o nível

de visibilidade dos veículos em circulação.

De acordo com o Ministério das Cidades, pesquisas constataram uma redução entre

5% e 10% das colisões frontais com a adoção da medida. Além disso, estudos

apontam que a maioria das colisões frontais é causada pela não percepção do outro

veículo por parte do motorista em tempo hábil para reação. A maioria dos estudos

sobre o tema conclui que a presença de luzes acesas reduz significativamente o

número de colisões entre veículos durante o dia, especialmente colisões frontais.

São consideradas rodovias, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as ligações

interurbanas, que ligam uma cidade à outra, com limites mais altos de velocidade

em relação às vias urbanas.

O condutor deve usar farol baixo em rodovias estaduais e federais. Mas também

deve ficar atento ao trafegar por rodovias que cortam perímetros urbanos, como

por exemplo, no Rodoanel Mario Covas em São Paulo (SP), no Anel Rodoviário Celso

Mello Azevedo em Belo Horizonte (MG), ou o caso da BR 116 que corta diversos

munícipios do país.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 62

Ele só pode desligar os faróis se estiver em uma avenida que, apesar de ser uma

continuação da rodovia, tem o tráfego ordenado pelo órgão de trânsito municipal.

A orientação da Polícia Rodoviária Federal é que o motorista preste atenção ao nome

da via e à placa de sinalização. Se for, por exemplo, SP ou BR e tiver uma placa

dizendo que é “sob jurisdição e domínio do DER ou do DNIT” tem que manter o

farol ligado.

O descumprimento da nova regra resultará em infração média e os condutores

serão penalizados com multa de R$ 85,13 e perda de 4 pontos na Carteira Nacional

de Habilitação (CNH).

Tipos de faróis

O uso de faróis baixos ou de faróis de rodagem diurna (DRL) é suficiente para o

cumprimento da lei e estão regulamentados pela Resolução CONTRAN nº 227/2007.

Vale ressaltar que faróis de neblina, de milha, ou luz de posição não cumprem a

função exigida pela lei.

Veja a diferença entre eles:

Faróis altos – Têm facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma

grande distância do veículo.

Faróis baixos – Além de serem obrigatórios durante o dia, seu facho de luz também

é destinado a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou

incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em

sentido contrário.

Luz de posição (ou farolete) – É o facho de luz do veículo destinado a indicar a

presença e a largura do veículo. É obrigatória para manobrar durante a noite, sob

chuva em qualquer horário do dia e ao parar o carro para embarque ou

desembarque.

Faróis de neblina - Têm facho de luz largo, com cobertura de 70 a 120 graus com

um corte plano e abrupto na parte superior par, e alcance curto — geralmente

imediatamente à frente do carro. São projetados para iluminar a via por baixo da

neblina, que se forma a pouco mais de 30 cm do chão.

Faróis de milha - Têm facho estreito e de longo alcance (por isso são tecnicamente

chamados de “faróis de longo alcance”). No Brasil, são permitidos apenas onde não

há iluminação pública, nem motoristas à frente ou no sentido contrário.

Luz de LED

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) informou que irá aceitar que veículos

transitem em rodovias durante o dia com a luz diurna de LED acesa em vez do farol

baixo. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) solicitou a inclusão da luz de LED, uma

faixa de lâmpadas logo abaixo do farol, que equipa alguns modelos de carros mais

novos.

Também conhecida pela sigla DRL (de "daytime running lamp"), a luz diurna de LED

será aceita de dia nas estradas, mas não vale para todas as outras situações em que

o farol baixo é exigido, como circulação à noite ou em túneis.

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08.07.2016

Uso de farol baixo reduz acidentes nos Estados Unidos e

na Europa

O uso do farol baixo nas rodovias, durante o dia,

já é lei há muito tempo em vários países.

Na Europa, a chamada Lei do Farol Baixo existe há

mais de quarenta anos. O país pioneiro foi a

Finlândia, que estabeleceu a obrigatoriedade

em 1972. Em seguida, a norma foi adotada na

Suécia (1977), na Noruega (1985), Islândia (1988)

e Dinamarca (1990).

No Canadá e nos Estados Unidos a história é um

pouco diferente. O governo canadense definiu, em janeiro 1990, que os carros

deveriam ser fabricados com as chamadas daytime running light, ou drls, que são

faróis acionados automaticamente quando o carro é ligado.

Nos Estados Unidos, as leis são estaduais. Estados como Alabama, Florida, Lousiana

e Mississipi tornaram obrigatório o uso do farol baixo durante o dia nas estradas.

Em outros,como a Georgia, a opção ficou com os motoristas. Alguns acendem faróis

baixos, de dia, até dentro das cidades.

Essas medidas são polêmicas nos Estados Unidos. Existe até uma associação de

motoristas que faz campanhas contrárias ao uso dos faróis automáticos. A

associação mantém campanha de boicote às montadoras que adotam o modelo de

acendimento automático. Para a associação, a medida não é tão eficaz na redução

de acidentes e ainda aumenta o

consumo de combustível.

Apesar das críticas, os números

provam o contrário. Pesquisas

apontam que tanto na Europa

quanto na América do Norte,

houve uma redução de 25% nos

acidentes com morte.

Principalmente nos que

envolvem colisões frontais,

pedestres e ciclistas.

Só aqui, nos Estados Unidos, os

atropelamentos tiveram queda

de 12%, desde que a recomendação do uso diurno de faróis foi adotada.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Carro usado vira opção na crise e venda dispara

Enquanto o mercado de carros zero quilômetro acumula queda de 25,4% no

primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos

seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento

de 23,6%.

Quem compra o seminovo é o consumidor que compraria o zero, mas está trocando

um pelo outro”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das

Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Segundo ele, diante da crise econômica, o veículo usado se encaixa melhor no

orçamento dos consumidores. “Além da vantagem do preço, muitos modelos com

até três anos ainda estão na garantia”, diz Santos.

O desempenho positivo não se repete em veículos mais velhos. As vendas de carros

com quatro a oito anos de uso caíram 12,9% no primeiro semestre e as de nove a

12 anos, 12,4%. A redução para aqueles com mais de 13 anos foi de 17,2%.

Ao todo, foram vendidos de janeiro a junho 4,786 milhões veículos usados,

incluindo caminhões e ônibus. O número é 3,8% menor que o do mesmo intervalo

do ano passado.

Do total, 2,266 milhões são modelos com até três anos de uso, ou 47,3% das vendas.

O mercado de veículos zero quilômetro somou 983,5 mil unidades na primeira

metade do ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos

Automotores (Fenabrave). Significa que, para cada novo, foram comercializados

quase cinco veículos usados.

Somente em junho, as vendas de veículos usados cresceram 2,4% em relação a

maio, mas foram 2,7% menores do que as de igual mês de 2015.

Em falta. Na loja de veículos seminovos Trans Am Faraj, na zona norte de São

Paulo, os negócios cresceram, até agora, 12%, informa o proprietário Munir Faraj.

Modelos na faixa de preço de até R$ 100 mil, como Toyota Corolla e Honda Civic

estão em falta, informa Faraj. Também carros compactos em versões mais

equipadas, como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix estão difíceis de serem

encontradas.

De acordo com Faraj, boa parte dos modelos vendidos nas loja é adquirida de

concessionárias de montadoras mas, com a queda nas vendas de novos, o usado

fica escasso.

“Grande parte dos consumidores deixa o usado como parte do pagamento de um

zero, mas, com a situação econômica atual, essa troca não está ocorrendo”, diz.

Segundo ele, muitos dos negócios feitos atualmente envolvem a troca do automóvel

mais novo por outro mais velho para sair da loja com algum dinheiro para pagar

outras dívidas.

A venda de motos usadas caiu 2,3% na primeira metade do ano na comparação com

o primeiro semestre de 2015 – para 1,336 milhão de unidades. Já o mercado de

motos novas recuou 17,7% no mesmo período, para 547 mil unidades.

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Montadoras demitiram 2,1 mil funcionários no primeiro

semestre

As montadoras eliminaram 244 postos de trabalho no mês passado, segundo

balanço divulgado hoje pela Anfavea. No total, a indústria automobilística, junto

com as fábricas de tratores agrícolas, terminou junho com um quadro de 127,7 mil

trabalhadores.

Foram eliminadas 2,1 mil vagas desde o início do ano, ou um total de 31,9 mil

postos extintos desde que o setor iniciou o ciclo de ajuste de mão de obra, em

novembro de 2013.

Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o número do mês passado, com

redução nos cortes, mostra uma estabilização no nível de mão de obra. Apesar

disso, ele afirmou que o setor ainda opera com excesso de trabalhadores. De acordo

com a Anfavea, 26 mil funcionários do setor estão ou em “layoff”, com contratos

de trabalho suspensos, ou em regime de proteção ao emprego, no qual a jornada

de trabalho é reduzida, assim como os salários.

“Esperamos diminuir esse gap (excesso de mão de obra) com a retomada do

mercado a partir do fim deste ano”, comentou o executivo.

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Quadrilhas mudam foco e cargas menores são mais

visadas na região de Campinas

Assaltantes procuram cargas com menos segurança nas rodovias. Número de

roubos aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano.

Quadrilhas especializadas em roubo de cargas mudaram o foco nas rodovias que

cortam Campinas (SP) nos últimos meses, segundo dados oficiais da Secretaria de

Segurança Pública (SSP). Os assaltantes estão atacando caminhões com cargas

menores e com menos segurança.

O delegado Ronei Barbosa Lima, da Delegacia de Insvestigações Gerais (DIG), afirma

que as ações se tornaram mais comuns com cargas menores, já que as grandes

empresas e transportadoras têm investido em novas formas de coibir essas

situações, com maior segurança.

"Nós temos percebido alguns roubos de cargas de bebidas, então os criminosos

roubam essas cargas e levam para mercadinhos e pequenas mercearias e as vendem

com facilidade", explica o delegado.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de casos desse

tipo de roubo aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano em

comparação com o mesmo período de 2015. No ano anterior, foram registrados 91

casos, contra 107 deste. De todos os meses, março foi o de maior registro, com 35

notificações.

Assalto

Nesta quinta-feira (7), assaltantes tentaram levar cargas de bicicleta e eletrônicos

de dois caminhões, em Campinas. A ação teve início na Rodovia Adalberto Panzan

(SP-102), onde os assaltantes renderam os motoristas de duas carretas.

Uma delas foi encontrada abandonada no acostamento. A outra estava na Rodovia

dos Bandeirantes (SP-348).

Quando os policiais chegaram, dois suspeitos estavam tentando desinstalar o

equipamento que pode rastrear o veículo, mas eles fugiram pela linha do trem.

Foram encontrados também celulares e ferramentas.

Chip

No final do ano passado, um instituto de tecnologia avançada de Campinas

desenvolveu um chip que promete combater fraudes e roubo de carga. O

dispositivo, que já está no mercado, funciona como um "DNA" eletrônico do

produto e faz o rastreamento das mercadorias transportadas.

A tecnologia foi desenvolvida no Instituto Wernher Von Braun após sete anos de

pesquisa e um custo de R$ 50 milhões. O equipamento é feito de grão de areia, tem

1 milímetro quadrado e a largura de um fio de cabelo. Ele funciona por

radiofrequência e tem programação criptografada, que gera em tempo real a

localização do produto, desde as etapas de produção até a entrega ao consumidor.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Conheça projetos para melhorar o asfalto que vão além do

tapa-buraco

Trafegar sobre um asfalto que toca música de acordo com a velocidade do veículo,

gera luz própria e esquenta para evitar a neve já é uma realidade para motoristas

de países como Estados Unidos, Japão e Holanda. Ainda que em escala experimental

em alguns casos, essas tecnologias já estão sendo empregadas em estradas,

estacionamentos e vias internas de grandes empresas e são a aposta parta melhorar

a segurança viária – principalmente em estradas.

As estradas musicais existem na aldeia de Futami, em Okinawa, no Japão, desde

2007. São três ao todo, um delas desenhada para tocar Futami Jowa – uma canção

da década de 1920. Se o motorista acelerar além dos 40 km/h, limite para as vias,

o atrito entre o pneu e as ranhuras do asfalto produzem um som distorcido e

incômodo. Velocidades muito baixas também não reproduzem fielmente as

canções. Publicações locais dão conta de que a ideia teria sido criada pelo

engenheiro Shizuo Shinoda. Mas ela teria sido aperfeiçoada pelo Hokkaido

Industrial Research Institute.

E a ideia de Shinoda de usar o próprio asfalto para criar elementos de segurança

viária que não sejam apenas tinta e obstáculos tem evoluído para algo mais

sofisticado. No final do ano passado, o Departamento de Transporte dos Estados

Unidos, por exemplo, firmou seu terceiro contrato com a empresa Solar Rodways

para avançar os estudos sobre um sistema de painéis de vidro temperado que

armazenam o calor. Fixadas no asfalto, essa placas geram energia para iluminar a

sinalização viária e aquecer a pista nos meses com neve. O custo de implantação

ainda não é divulgado pela empresa. Mas um dos contratos de financiamento que

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 62

ela conquistou rendeu U$$ 750 mil ao projeto (o que equivalente a R$ 2,475

milhões na cotação atual).

A Solar Rodways foi fundada em 2006, pelo casal Scott e Julie Brusaw, em

Sandpoint, Idaho. Em um primeiro momento, os projetos estão sendo voltados para

espaços menores, como estacionamentos e calçadas. Mas os fundadores dizem no

site da companhia que esse terceiro contrato permitirá leva-lo para rodovias.

Pelo mundo

Captar energia no asfalto e gerar mais segurança para a população não é

exclusividade da Solar Rodways. Isso está presente também na cidade Holandesa

de Brabant desde 2013. Lá, a empresa Heijmans implantou um sistema de placas

que absorva o calor solar para gerar energia. Essa tecnologia é utilizada para

aquecer o asfalto, evitando a formação de gelo, e para emitir sinalização horizontal

na pista se a temperatura asfáltica estiver alta demais ou baixa demais a ponto de

atrapalhar o motorista. Essa cidade também tem um projeto para implantar um

sistema de wireless no afasto ativado pela presença do carro. Em Israel, o projeto

é para gerar eletricidade no afasto a partir de cristais piezo elétricos. Mas esse é

para 2020.

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Recife testa ônibus sem cobrador por questões

de segurança

RENATO LOBO

O Grande Recife Consórcio de Transportes, responsável pelo gerenciamento do

sistema de ônibus na Região Metropolitana de Recife, deve iniciar a retirada dos

cobradores na primeira linha (901 – TI Abreu e Lima / TI Macaxeira) na próxima

segunda-feira, 11 de julho de 2016.

A medida, segundo o consórcio, será feita por questões de segurança,

possibilitando a redução drástica na circulação de dinheiro, e consequentemente

de assaltos. A forma de cobrança deve ser em caráter de teste.

De acordo com o Grande Recife, a operadora se comprometeu a realocar todos

os cobradores para outras funções, como motoristas ou despachantes. O acesso à

linha será feito por meio do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), sendo o os VEM’s

Trabalhador, Estudante, Livre Acesso e Comum.

Além de ajudar na segurança, o medida deve dar agilidade às partidas dos coletivos,

evitando filas antes das catracas, e por consequência, aumentando a velocidade na

linha.

08.07.2016

ANTT autoriza operação de Maria Fumaça de Santa

Catarina

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a operação da Maria

Fumaça, passeio a ser realizado na malha concedida à América Latina Logística

Malha Sul (ALL), no trecho de Corupá a Rio Natal, no Estado de Santa Catarina. A

prestação desse serviço de transporte ferroviário de passageiros de caráter não

regular e eventual será realizada em comemoração ao aniversário do Município de

Corupá, nos dias 9 e 10/7, das 14h às 16h30 e das 9h30 às 12h, respectivamente.

O percurso é de aproximadamente 34 quilômetros e está a cargo da Associação

Brasileira de Preservação Ferroviária - Regional Santa Catarina (ABPF).

A fim de garantir a segurança no passeio, a ABPF deverá cumprir determinações

como respeitar o limite máximo de 18 Km/h em todo o trajeto; ter

acompanhamento de equipe de socorro; entre outras.

À associação ficam submetidas as normas e os regulamentos do transporte

ferroviário de passageiros e a Resolução nº 359/2003.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Zona Azul poderá ser paga por aplicativo de celular a

partir de 2ª

A partir da próxima segunda-feira, o pagamento por vagas de zona azul poderá ser

feito por aplicativos de celular. A longo prazo, a ideia da gestão Fernando Haddad

(PT) é dar fim aos cartões de estacionamento de papel.

Um decreto que autoriza a cobrança digital será publicado no "Diário Oficial" da

cidade nesta sexta-feira (8).

O usuário do sistema poderá comprar o equivalente a um CAD (cartão azul digital)

–R$ 5 a hora, mesmo preço do modelo de papel usado hoje– ou vários créditos que

podem ser abatidos à medida que vão sendo usados.

Já os fiscais da CET vão dispor de um sistema que informará, por meio do número

da placa, se o veículo pagou pela hora de estacionamento na rua. Para a prefeitura,

além de modernizar a cobrança, o novo modelo evita, por exemplo, pagamentos

acima da tabela, praticados por flanelinhas que chegam a cobrar R$ 8 pelo bilhete.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, entre os aplicativos,

há dois que funcionam somente pelo sistema Android e um pelo Android e também

pelo iOS (iPhone).

As plataformas foram criadas por três empresas (Sertell, Estapar e Digipare), que

ficarão com 10% da receita de cada cartão eletrônico vendido.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 62

Os três aplicativos tem funcionamento parecido. Após baixá-lo no celular, o

motorista deve fazer um cadastro no qual informará o número de celular, os

números de placas de carros que usarão o serviço e o cartão de crédito como forma

de pagamento.

RAIO-X DA ZONA AZUL

Prefeitura pretende cobrar de motocicletas e implantar sistema de cobrança via

aplicativo

Com o cadastro feito, o dono do carro

pode comprar os créditos. No momento

do estacionamento, ele terá que acionar

o aplicativo, fazer a opção de placa e

liberar o uso do crédito pelo tempo

determinado. Por mensagem de texto, o

dono do carro será avisado que o tempo

de estacionamento já está perto de

vencer, recebendo um "alarme" para

nova ativação ou retirada do veículo do

local.

Não haverá, por enquanto, a cobrança

fracionada. Ou seja, são cobrados os

mesmos R$ 5, independentemente de a

vaga ser usada por dez minutos ou uma

hora. Pelo menos um dos aplicativos

prevê oferecer a opção de desconto de

10% para os clientes que comprarem 10

cartões eletrônicos. Todos mostrarão o

histórico de compras e terão mapas

indicativos das ruas.

Para atuarem, as empresas terão que

fazer uma compra mínima de 30 mil

CADs.

PONTOS DE VENDA

Outra mudança será a instalação de

pontos de vendas digitais de zona azul.

Segundo a diretora financeira da CET

(Companhia de Engenharia de Tráfego),

Maria Lucia Begalli, a previsão é que isso

ocorra em aproximadamente 20 dias.

Nesse modelo, o motorista poderá

comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo–

que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro,

como é hoje. "São estratégias para acabar com o papel de vez", disse o secretário.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 62

08.07.2016

Planejado para automóveis, Distrito Federal agora sofre

com poluição extrema, diz relatório oficial

ADAMO BAZANI

Brasília é uma cidade planejada, mas para os carros, e hoje as pessoas sentem

ainda mais esta realidade pelos congestionamentos e poluição.

O plano de Juscelino Kubitschek que “revolucionaria” o Brasil teve obviamente sua

importância e não deve-se deixar de lado os méritos do considerado pioneiro da

arquitetura modernista brasileira, Lúcio Costa, autor do projeto urbanístico do

Plano Piloto de Brasília, que começou em 1956. A cidade foi inaugurada

oficialmente em 21 de abril de 1960, um projeto de governo do então presidente

Juscelino Kubitschek, desde sua posse em janeiro de 1956.

Apesar de sim, representar modernidade para a época, Brasília é algo que as cidades

não precisam ser hoje em dia.

Nesta semana, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural,

divulgou o inédito Inventário de Emissão por Fontes e Remoção por Sumidouros de

Gases de Efeito Estufa do Distrito Federal.

Os resultados são surpreendentes pelos números, mas não pela lógica.

Praticamente metade das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de

carbono entre 2005 e 2012, período do estudo, no ar do Distrito Federal vem

justamente pelo segmento de transporte.

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 62

E pelo tipo de combustível, o grande vilão da poluição é justamente o automóvel,

responsável por praticamente 70% das emissões dentro do segmento de

transportes.

O estudo faz um alerta para a necessidade de ampliação das redes de transportes

públicos, com o crescimento da malha de metrô e de corredores de ônibus, que

com espaço privilegiado na cidade, ganham eficiência e capacidade, podendo assim

convencer mais pessoas a deixarem os automóveis em casa no dia a dia.

O relatório é bem claro ao mostrar que o maior crescimento de emissões pelos

veículos ocorreu justamente no período que a indústria automotiva recebeu

benefícios fiscais do

Governo Federal.

Se por um lado, houve

planejamento em Brasília,

mesmo que privilegiando os

carros em vez das pessoas,

por outro lado as cidades do

Distrito Federal sofrem com

a falta de infraestrutura e

com crescimento

desorganizado ao longo da

história, o que impacta

também na necessidade de

criação de uma malha para

os transportes públicos

pensando em toda a região e na integração com os municípios próximos que ficam

em Goiás.

Inauguração de Brasília, na mesma época que era implantada a cultura do carro

como status no Brasil.

O Distrito Federal possui uma das maiores relações de veículos por habitantes.

São 55 automóveis para um grupo de 100 habitantes.

O problema não é apenas a taxa de motorização, mas o uso que se faz do automóvel.

Isso inclui as viagens diárias que poderiam ser feitas em redes de transportes

públicos eficientes e até mesmo os pequenos deslocamentos, que deveria ser não

motorizados.

O decreto 7390, de 9 de dezembro de 2010, da Presidência da República, determina

que até 2020 todas as unidades da Federação reduzam em ao menos 40% as taxas

de emissões de gases de efeito estufa. Os transportes coletivos devem estar nos

planos para que esta meta seja alcançada.

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08.07.2016

Carros elétricos chineses desembarcam no Ceará

Um programa inédito de compartilhamento de automóveis lançado no início desta

semana em Fortaleza (CE) abriu as portas do país a carros elétricos de origem

chinesa. Dois modelos importados da China - o pequenino Zhi Dou, do pouco

conhecido Xindayang Group, e o crossover E6, um hatch com características de

perua produzido pela BYD - foram escolhidos para compor a frota do serviço, que

começa com cinco veículos, mas que, conforme o cronograma do projeto, já terá

20 unidades rodando na capital cearense a partir de setembro.

Responsável pela iniciativa, a Hapvida, maior operadora de saúde no Nordeste,

investe R$ 7 milhões no que é o primeiro serviço público de carros compartilhados

na América Latina, reproduzindo no Brasil um modelo implementado em Londres

e Paris. A intenção do grupo não é fazer do "carsharing" - como o serviço é

conhecido em inglês - um novo negócio, mas sim divulgar e vincular seu nome a

uma alternativa de mobilidade sustentável, estampando sua logomarca em veículos

de emissão zero.

A operação, ainda em fase de demonstração, começou na segunda-feira. A ideia é

alcançar 50 mil usuários no primeiro ano. O projeto prevê 12 estações onde eles

poderão retirar e entregar os carros. A distância média entre as estações, que

também servem de postos de recarga das baterias, é de sete quilômetros.

Para gerenciar a operação, a Hapvida contratou a Serttel, a mesma empresa

responsável por administrar o compartilhamento de bicicletas em cidades como

São Paulo e Rio de Janeiro.

Interessados no serviço precisam se cadastrar no sistema e, após habilitado, baixar

o aplicativo por onde conseguem reservar e obter uma "chave virtual" para

destravar e travar os veículos. É cobrada uma taxa de adesão mensal de R$ 40,00,

que pode ser revertida em crédito para aluguel dos automóveis. O usuário paga R$

20,00 para utilizar o carro por até meia hora. No que passar disso, são cobradas

taxas, descontadas do cartão de crédito, que variam de R$ 0,40 a R$ 0,80 por

minuto de uso. A receita gerada pelo serviço fica com a Serttel.

Há pouco mais de três meses, a General Motors (GM) começou a testar o modelo de

compartilhamento de carros com funcionários de sua fábrica no ABC paulista. A

ideia da montadora é, até o fim deste ano, levar o serviço a um condomínio

residencial de São Paulo.

Segundo um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG), o número de

adeptos do "carsharing" vai saltar de 5,8 milhões para 35 milhões de pessoas em

todo o mundo até 2021. O impacto nas vendas de veículos novos, no entanto, deve

ser inexpressivo, na avaliação da casa, já que a maioria dos motoristas não deve

abdicar totalmente de ter o carro próprio. Ao mesmo tempo, cerca de um terço das

vendas perdidas será compensada pela própria demanda vinda das frotas de

automóveis compartilhados em grandes centros urbanos.