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EDIÇÃO 13 – 19 DE JUNHO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 19 de junho de 2015.

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Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 13

EDIÇÃO 13 – 19 DE JUNHO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 13

15.06.2015

ANTT lança hotsite de programa de concessões rodoviárias

ANTT lançou pacote de 11 concessões rodoviárias

O programa de concessões

rodoviárias, lançado pelo governo

federal na última semana, acaba de

ganhar o hotsite PMIs Rodovias

2015. Gerida pela Agência Nacional

de Transportes Terrestres (ANTT), a

página na internet tem o objetivo de

divulgar editais de chamamento

público dos trechos rodoviários que

serão explorados comercialmente.

O site reunirá em detalhes todas as informações necessárias para o cidadão

acompanhar o Processo de Manifestação de Interesse (PMI).

Dentro do pacote do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo

federal, o Ministério dos Transportes lançou onze editais para a concessão de

trechos rodoviários à iniciativa privada. Em fase de estudos técnicos, os projetos

abrangem 4.371 quilômetros e somam R$ 31,2 bilhões.

Os trechos incluem estados do Nordeste (Bahia, Pernambuco, Paraíba e Alagoas),

do Sudeste (São Paulo, Minas Gerais), do Centro-oeste (Mato Grosso do Sul), do Sul

(Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul) e do Norte (Rondônia).

Os estudos também vão considerar obras de contorno, modificação e segmentos

da malha viária e o fracionamento dos trechos em mais de uma concessão. O

prazo final de entrega dos requerimentos é 10 de julho.

Pacotão de investimentos

O Programa de Investimento e Logística (PIL) lançado pelo governo federal prevê

investimentos de R$ 66,1 milhões em rodovias e R$ 86,4 bilhões em ferrovias,

totalizando R$ 152,5 bilhões. Somando outros modais, o montante anunciado

chega perto dos R$ 200 bilhões.

O lançamento dos editais de concessão de onze rodovias representa uma das

etapas do plano de investimentos para o setor rodoviário. Também serão feitos

cinco leilões neste ano e de outros quatro de projetos iniciados em 2014: BR-

476/153/282/480/PR/SP; BR-163/MT/PA; BR-364/060/MT/GO e BR-364/GO/MG.

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 13

O novo pacote é visto com otimismo e, ao mesmo tempo, com cautela por

entidades ligadas ao setor consultadas pela Confederação Nacional do Transporte

(CNT). A expectativa é que as melhorias necessárias na infraestrutura sejam

promovidas a partir da segunda etapa do plano.

No entanto, na análise do diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, o valor de R$

194 bilhões anunciado é bem abaixo do necessário para solucionar os gargalos da

logística nacional. A entidade divulgou estudo recentemente que aponta a

necessidade de investimentos que chegam à quase R$ 1 trilhão.

15.06.2015

Concessionária quer cobrar pedágio em Minas por obra

realizada em Goiás

A cobrança de pedágio no trecho mineiro da BR-040 antes da realização das obras

é alvo de audiência pública na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16). Por

contrato, a cobrança pela concessionária Via 040 – Invepar só pode começar

quando 10% das obras de duplicação total da estrada estiverem concluídas. O

problema, para deputados da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras

públicas, é que as obras começaram em trechos com menor tráfego, em Goiás,

enquanto a cobrança será adotada em Minas.

É a reclamação do deputado Isauro Calais (PMN):

— O problema é que as obras foram feitas em locais com baixo índice de

acidentes e em trechos localizados em Goiás. Ou seja, as principais intervenções

foram feitas até agora lá, enquanto a cobrança de pedágio começará também aqui

em Minas.

A concessionária que venceu o processo de licitação da rodovia, em dezembro de

2013, pertence ao grupo Invepar (Investimentos e Participações em

Infraestrutura), tendo como sócios a construtora OAS Engenharia e os fundos de

pensão Previ, Petros e Funcef.

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 13

11.06.2015

CNT: Programa de Investimentos é visto com cautela por

setor de transportes

O novo pacote de concessões do governo federal é visto com otimismo e, ao

mesmo tempo, com cautela por entidades ligadas ao setor consultadas pela

Confederação Nacional do Transporte (CNT). A expectativa é que as melhorias

necessárias na infraestrutura sejam promovidas a partir da segunda etapa do

plano.

No entanto, na análise do diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, o valor de R$

194 bilhões anunciado é bem abaixo do necessário para solucionar os gargalos da

logística nacional. A entidade divulgou estudo recentemente que aponta a

necessidade de investimentos que chegam à quase R$ 1 trilhão.

A economia fragilizada, segundo Batista, é outro entrave. “As condições atuais

são menos favoráveis que as do passado, quando o governo fez o primeiro

anúncio do PIL. As taxas estão menos vantajosas e isso vai se constituir num bom

desafio para que o projeto possa se concretizar”, explica Bruno Batista.

A forma como as concessões ocorrerão também gera pontos de dúvidas em meio

ao setor. O decreto 8.464 inclui a concessão a partir de cobrança de outorga,

diferente do atual modelo que prevê maior capacidade de movimentação e menor

tarifa. “A classificação por maior valor de outorga onera o setor produtivo. O que

acontece é que o valor que o ofertante fizer nos trechos e que pagará ao governo

será convertido em cobrança de tarifa do usuário”, diz Bruno Batista.

Interior

O interior do país pode ser o grande beneficiado economicamente pelo projeto de

melhoria da qualidade do sistema de transportes, de acordo com o presidente da

Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), José

Helio Fernandes. “Porque onde a logística é facilitada, evidentemente é facilitado

o investimento. Grande parte das regiões que podem ser beneficiadas, que hoje

têm a economia fortemente pautada na agricultura e na pecuária, poderão atrair

mais indústrias”, salienta.

O Programa de Investimento e Logística (PIL) lançado pelo governo federal prevê

investimentos de R$ 66,1 milhões em rodovias e R$ 86,4 bilhões em ferrovias,

totalizando R$ 152,5 bilhões. Somando outros modais, o montante anunciado

chega perto dos R$ 200 bilhões.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 13

12.06.2015

ANTT e NovaDutra orientam passageiros de ônibus sobre

uso do cinto de segurança

Falta do cinto de segurança ainda é responsável por mortes no país

A campanha “Vou de Cinto”, realizada

pela Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT) e a empresa CCR

NovaDutra, concessionária que

administra a via Dutra (BR-116/RJ/SP),

abordou passageiros de ônibus que

passaram por Labrinhas (SP), no

quilômetro 18 da Via Dutra para tomarem

conhecimento sobre a importância do uso

do cinto de segurança.

Na blitz montada com fiscais da ANTT foram oferecidas aos passageiros

instruções sobre o uso do equipamento. A ação também integra o Programa

Estrada Sustentável, lançado durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas

sobre Desenvolvimento Sustentável), em 2012, o Programa Estrada Sustentável

com o desafio de reunir os diversos públicos que interagem com a rodovia:

municípios, empresas, terceiro setor, setor acadêmico, governos e órgão públicos.

O objetivo é que todos, juntos, possam dialogar e promover ações de

desenvolvimento sustentável nas cidades às margens da via Dutra, e na rodovia,

principal eixo que liga as duas maiores economias do Brasil: Rio de Janeiro e São

Paulo. Com 402 quilômetros de extensão, a BR-116/RJ/SP foi concedida para

iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 1º de março

de 1996, pelo período de 25 anos. A licitação fez parte da 1ª etapa do programa

de concessões rodoviárias.

Cinto

Apenas 7% dos passageiros que viajam no banco de trás de veículos utilizam o

cinto de segurança, segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de

Tráfego (Abramet). Na pesquisa, a infração, considerada grave e que acarreta

multa de R$ 127,69 para o motorista, é justificada pela falta de hábito,

desconforto ou a ilusão de que o banco da frente servirá de proteção em um

eventual acidente.

Page 6: Fim de Semana ARTESP - edição 13

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que, em 2014, dos 1.505

acidentes nas rodovias federais, foram registradas 413 mortes por falta de cinto

de segurança. Já nos acidentes em que as pessoas usavam o cinto, dos 15.185

incidentes, houve 580 óbitos – na proporção, uma queda de 27% para 4%, nos dois

cenários.

Usuários de rodovias privatizadas no Estado de São Paulo ainda relutam em usar

o cinto de segurança no banco de trás. É o que revela pesquisa da ARTESP. Pela

amostragem, 53% dos viajantes não utilizam o equipamento de segurança e

colocam suas vidas em risco.

A sondagem foi feita em 6,4 mil quilômetros de rodovias sob concessão no Estado

e revelou ainda a imprudência de 15% dos passageiros no banco da frente. Dos

motoristas consultados, 13% afirmaram que também dispensam o cinto.

17.06.2015

ANTT pede mais prazo para autorizações especiais em

transporte rodoviário

A diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) propôs ao

Ministério dos Transportes que as autorizações especiais vigentes para os

serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros

sejam prorrogadas até 30 de novembro de 2016. A deliberação está publicada no

Diário Oficial da União (DOU) de hoje e ressalva ainda que a autorização poderá

expirar antes desse prazo quando da finalização da concessão de permissão ou de

autorização na forma de edital e regulamento específico.

A ANTT lembra que a possibilidade de prorrogação do prazo das autorizações

especiais está prevista no artigo 5º da Lei 12.996, de 18 de junho de 2014, sendo

a decisão a critério do ministro de Estado dos Transportes, mediante proposta do

órgão regulador.

No despacho publicado no Diário Oficial, a ANTT destaca que para os serviços de

transporte rodoviário interestadual semiurbano ainda não foi finalizada a outorga

por permissão, e para os demais serviços de transporte rodoviário interestadual e

para os internacionais deverá haver prazo de transição para o regime de

autorização. "Até a finalização dos processos de outorga de permissão e de

autorização desses serviços, é importante que eles não sofram solução de

continuidade em prejuízo aos usuários", argumenta a ANTT.

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 13

15.06.2015

Países do Mercosul se unem em luta contra mortes no

trânsito

No Brasil, 17% dos mortos no trânsito são jovens

Acordo firmado entre os países do

Mercosul busca reduzir as mortes por

acidentes de trânsito, após alerta da

Organização Pan-Americana da Saúde

(OPAS) fazer um alerta sobre o crescente

número de vítimas no trânsito no bloco. Os

jovens são as principais vítimas do trânsito

violento e representam 17% do total de

mortos em 2013 no Brasil, que totaliza

42.291 pessoas.

A epidemia de mortes no trânsito, como classifica o ministro da Saúde do Brasil,

Arthur Chioro, compromete o futuro das novas gerações. “Esse é um

compromisso que deve envolver diferentes setores que lidem com a educação,

fiscalização, adequação dos equipamentos e a qualidade no atendimento de

saúde”, observa.

No Brasil, as mortes por acidentes de trânsito são de 22,5 por 100 mil habitantes.

O país é o segundo no ranking segundo relatório da OPAS divulgado neste ano. O

primeiro é a Venezuela, que tem uma taxa de mortalidade de 37,2. Em terceiro

vem o Uruguai, com 21,5, seguindo do Paraguai, com 21,4 mortes.

Comparado há 2009, o Brasil, que ocupava naquele ano a quarta posição do

ranking, teve um salto de 18,3 óbitos para 22,5 mortes. Venezuela também

apresentou crescimento expressivo, sua taxa quase dobrou no período, passando

de 21,8 óbitos por 100 mil habitantes, em 2009, para 37,2 em 2015.

Na proporção, as Américas têm mais mortes entre ocupantes de automóveis, com

42%, seguido dos pedestres (23%) e motociclistas (15%). Usuários mais vulneráveis

de vias públicas – pedestres, ciclistas e usuários de veículos de duas ou três

rodas, figuram, juntos, 41% das vítimas fatais.

Custo

Os custos dos acidentes em todo o mundo chegam a 1,8 trilhão de dólares por

ano em todo o mundo. O montante é baseado em levantamento da Organização

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 13

Mundial de Saúde (OMS), que calcula 1,2 milhão de mortos e de 30 a 50 milhões

de feridos.

Em cinco anos, as internações de vítimas de acidentes no Brasil cresceram 72,4%.

Somente os acidentes com motociclistas tiveram alta de 115%. O Sistema Único de

Saúde (SUS) registrou 170,8 mil internações em 2013 por acidente de trânsito que

custaram R$ 231 milhões. Somente com o atendimento a motociclistas

acidentados, as despesas chegam a R$ 114 milhões.

16.06.2015

PRF lança site para registro de acidentes sem vítimas nas

rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou, em caráter experimental, uma

ferramenta eletrônica à população para a confecção de Declaração de Acidentes

de Trânsito, a e-DAT. O canal permite ao usuário a possibilidade de registrar

acidentes de trânsito sem vítima diretamente pela internet, sem a necessidade da

presença de agentes da PRF no local. Essa declaração substituirá o Boletim de

Acidente de Trânsito – BAT, em situações específicas. A página pode ser acessada

pelo https://www.prf.gov.br/declarante/publico/index.jsf

A e-DAT poderá ser utilizada pelos usuários envolvidos em acidentes de trânsito

ocorridos em rodovias federais no estado, sem feridos ou mortos e que envolvam

até cinco veículos. Além disso, as ocorrências não podem ter veículos

transportadores de produtos perigosos ou oficiais, nem podem ter provocado

danos ao meio ambiente e ao patrimônio público.

Segundo a PRF, a inovação tecnológica apresenta benefícios para o usuário, entre

eles a agilidade, comodidade e segurança e diminuição das

interdições/interrupções de tráfego e das ocorrências delas decorrentes (assaltos,

novos acidentes etc.).

É obrigatório aos condutores declarantes disporem de uma conta de correio

eletrônico (e-mail) para a comunicação entre o órgão e o cidadão.

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 13

16.06.2015

Roubo de cargas no Brasil sobe quase 37% entre 2010 e 2014

No ano passado foram registradas 17,5 mil ocorrências; 85,3% desses

dos roubos são efetuados no Sudeste

Segundo um balanço da NTC&Logística (Associação Nacional de Transporte de

Cargas e Logísticas), houve no Brasil, em 2014, um total de 17,5 mil roubos de

cargas, número 36,7% maior que em 2010, quando foram registrados 12,3 mil.

Ao todo, 85,3% desses tipos de roubos ocorrem no Sudeste, principalmente em

São Paulo e no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o levantamento, os produtos eletrônicos são o principal alvo

dos grupos devido ao elevado valor, embora o roubo de cargas de alimentos e

bebidas também compõe boa parte das ocorrências.

Segundo o coronel Paulo Roberto de Souza, só em 2014, o roubo de cargas

provocou um prejuízo de R$ 1 bilhão (cerca de US$ 322 milhões), e por isso o

setor acende o sinal de alerta.

Em São Paulo, em 2015 já foram registrados 3.133 roubos de cargas. Segundo a

Secretaria de Segurança Pública, as autoridades desarticularam entre janeiro e

maio sete grupos organizados, o que resultou na recuperação de R$ 25 milhões

(cerca de US$ 8 milhões) em produtos e a detenção de cerca de 60 criminosos.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 13

11.06.2015

Fiscalização de trânsito por câmeras de monitoramento

reduz acidentes de trânsito em rodovias

Fiscalização por câmeras reduziu pela metade mortes em trecho

de rodovia paranaense

Depois de um ano da publicação de resolução do Conselho Nacional de Trânsito

(Contran) que regulamenta o monitoramento por câmeras em estradas brasileiras

e permite aplicar multas, os resultados são benéficos para a segurança no

trânsito, de acordo com levantamento da consultoria Perkons. No Paraná, por

exemplo, onde a delegacia de Londrina iniciou o monitoramento em trecho da BR-

369, as mortes em acidentes caíram pela metade.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) calcula que de dezembro de 2014 a abril de

2015 os acidentes caíram 30,65% no trecho, que vai de Ibiporã a Arapongas,

passando de 310 para 215 ocorrências em comparação ao mesmo período do ano

anterior. O número de feridos caiu de 294 para 139 (-28,35%).

De acordo com o chefe de comunicação da PRF-PR, por se tratar de uma fase de

testes, os resultados podem ser ainda mais satisfatório em médio prazo. “O

projeto está crescendo cada vez mais e será estendido para todo o estado”,

afirma. Segundo Martines, por serem de alta resolução, as câmeras permitem

fiscalizar diversas infrações como: ultrapassagem em local proibido ou forçada,

trânsito no acostamento, falar ao celular enquanto dirige, falta do uso do cinto de

segurança, parar em local proibido e a evasão de pedágio.

As câmeras são instaladas pelas concessionárias que administram as rodovias e

disponibilizam as imagens para as delegacias fiscalizarem. Dois policiais

monitoram o circuito em tempo real, o que dá condições de agir rapidamente no

resgate a vítimas de acidentes. “O controle através das câmeras não serve apenas

para aplicar multas. É possível monitorar a segurança do trânsito em geral, como

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 13

verificar se há algum veículo quebrado e tomar providências em menor tempo”,

avalia.

Os pontos monitorados pelas câmeras foram definidos de acordo com a

incidência de acidentes. “Nosso recado para os motoristas é que essa é a

fiscalização do futuro e significa que ele está sendo vigiado em toda a via, e não

apenas onde há placas de sinalização, o que implica em mais segurança”,

completa.

Em São Paulo, onde o videomonitoramento é feito nos Centros de Controle

Operacional (CCOs), o policial pode acompanhar a movimentação nas rodovias

por meio de um monitor e priorizar as ações. “Este tipo de monitoramento serve

para acionamento mais célere das viaturas do trecho, uma vez que o policial que

se encontra no CCO tem a experiência requerida para garantir a fluidez do

trânsito e a segurança dos usuários”, afirma.

Especialistas acreditam que o videomonitoramento pode ser adotado também

para o controle do tráfego em vias urbanas. O especialista em gestão de trânsito e

mobilidade urbana Luiz Gustavo Campos afirma que a fiscalização nos centros

urbanos será um tendência à medida que forem confirmados os resultados na

mobilidade e segurança das rodovias onde o sistema está em operação.

11.06.2015

Caminhoneiros são roubados e passam 13 horas em poder de bandidos

Dois caminhoneiros passaram 13 horas em poder de bandidos nesta terça-feira

(16), em Santos, e tiveram as cargas de suas carretas roubadas. Após denúncia

anônima, a Polícia Militar descobriu o cativeiro e libertou as vítimas.

Os caminhoneiros estavam em uma fila de entrada em um terminal da Alemoa,

quando foram abordados, por volta das 22 horas de segunda-feira (15), por três

assaltantes. Colocados em um dos caminhões roubados e depois em um carro, os

dois foram levados para um imóvel na Rua João Osório da Fonseca, no Bom

Retiro, onde permaneceram como reféns durante toda a madrugada.

Na manhã desta terça-feira, uma denúncia anônima levou policiais militares ao

cativeiro. Quando preparavam-se para entrar na residência, um homem correu

pelos telhados das casas vizinhas e conseguiu fugir. A PM entrou no imóvel e

libertou os caminhoneiros. No local foram encontrados um revólver e 20 gramas

de maconha.

Mais tarde, um dos caminhões foi localizado na Alemoa, com a carga de 35

toneladas de açúcar. A outra carreta, que transportava 50 toneladas do mesmo

produto, foi encontrada em Cubatão, mas sem a carga. Ninguém foi preso.

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 13

17.06.2015

Indicados à Diretoria da ANTT são aprovados em

sabatina do Senado

Indicados pela presidenta Dilma Rousseff para a Diretoria da Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT), Carlos Fernando do Nascimento e Marcelo Bruto

da Costa Correia foram aprovados em sabatina realizada nesta quarta-feira (17/6),

na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal (CI). Os pareceres favoráveis da

comissão serão submetidos a plenário

Para Carlos Fernando, a ANTT tem sido proativa e deve avançar cada vez mais

com a participação da sociedade. Na mesma linha, Marcelo Correia afirmou que o

processo de participação social é muito importante para o amadurecimento dos

projetos de infraestrutura rodoviária e ferroviária

Na mesma reunião, foi lido o parecer favorável à indicação, à Diretoria da ANTT,

de Marcelo Vinaud Prado, que exerce atualmente o cargo de superintendente de

Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da Agência. Assim

como os demais, o servidor precisa ter seu nome aprovado pela comissão e pelo

plenário do Senado

Indicações - Atualmente, Carlos Fernando do Nascimento é diretor interino da

ANTT, além de ser servidor efetivo desde 2006 no cargo de especialista em

regulação de serviços de transportes terrestres

Marcelo Bruto da Costa Correia é secretário executivo especial de Mobilidade

Urbana da Secretaria das Cidades e servidor de carreira cedido pelo Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)

Também indicado, Sérgio de Assis Lobo é diretor de Planejamento da empresa

pública Valec e já foi aprovado pelo plenário do Senado Federal no dia 2/6. Após

sua nomeação pela Presidência da República, a Agência marcará a data da posse

do novo diretor.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 13

17.06.2015

Transporte escolar terá de oferecer cadeirinha, diz Contran

Data para exigência começar a valer ainda não foi divulgada.

Até então, lei só valia para carros de passeio.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vai obrigar transportes escolares a ter

cadeirinha para crianças de até 7 anos e meio. A obrigatoriedade foi decidida em

reunião nesta quarta-feira (17) e uma resolução, que vai determinar a data para a

exigência começar a valer, será publicada nos próximos dias.

Desde 2010, a lei obriga que crianças de até 1 ano sejam transportadas no bebê-

conforto. As que têm entre 1 e 4 anos, em cadeirinhas com encosto e cinto próprio.

Os assentos de elevação, que utilizam cinto de segurança que ficam na altura do

pescoço da criança, devem ser usados para menores de 4 a 7 anos. Até então, a regra

valia para carros de passeio, e não para transporte coletivo, como vans e ônibus, de

aluguel, táxis e os demais com peso bruto superior a 3,5 t.

Continuarão desobrigados de oferecer cadeirinha vans e ônibus que não sejam de

transporte escolar e táxis.

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 13

18.06.2015

Menor aquisição de insumos e baixa produção afetam

transporte de cargas, diz IBGE

Rio - A menor aquisição de insumos pela indústria e o menor ritmo da produção

têm prejudicado o setor de transporte de cargas, afirmou na manhã desta quinta-

feira, 18, Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e

Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, a

agricultura favorável e as exportações em alta beneficiam a receita dos serviços

de transporte aquaviário.

Em abril, o transporte terrestre (que inclui a movimentação de cargas) teve avanço

de 1,5% na receita nominal em relação a abril de ano passado. Já o transporte

aquaviário viu sua receita bruta crescer 14,6% no período.

"Os transportes de carga são influenciados principalmente pela demanda

industrial, que está caindo desde dezembro de 2014, tanto por conta da baixa

aquisição de insumos pela indústria quanto pelo menor escoamento da

produção", afirmou Juliana. "A agricultura é a única atividade favorável e

influencia o transporte aquaviário", acrescentou.

Além do saldo positivo na produção no campo, o aumento das exportações

também explica a resistência do setor aquaviário de transportes. "Desde

novembro de 2014 o comportamento desse setor tem sido positivo. Agora, temos

um saldo da balança comercial positivo", disse a gerente.

A balança comercial brasileira registrou, em março, o primeiro saldo positivo do

ano (US$ 457 milhões). Em abril houve outro superávit, de US$ 491 milhões. Além

disso, as exportações cresceram em relação aos primeiros dois meses do ano.

Receitas

Apesar de a receita nominal dos serviços ter crescido 1,7% na média do País no

período de abril ante o mesmo mês do ano passado, 14 das 27 Unidades da

Federação tiveram queda no valor bruto de suas vendas, segundo o IBGE. Em São

Paulo, porém, a alta foi de 3,3%, portanto acima do resultado geral.

Segundo o órgão, as taxas negativas mais intensas foram observadas em Roraima

(-9,9%), Amapá (-9,8%), Maranhão (-6,8%), Espírito Santo (-4,8%) e Mato Grosso (-

4,3%).

Por outro lado, tiveram crescimento acima da média na receita nominal Rondônia

(7,9%), Ceará (4,5%), Mato Grosso do Sul (3,9%) e Bahia (3,1%).

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 13

18.06.2015

Portaria aprova regimento sobre melhorias no transporte rodoviário

de cargas

Fórum Permanente oferecerá sugestões e medidas técnicas para o

aperfeiçoamento do setor

Foto: Sérgio Alberto/CNT

A Secretaria Executiva do Ministério dos

Transportes (MT) publicou a Portaria nº

281, de 16 de junho de 2015, que aprovou

o Regimento Interno do Fórum Permanente

para o Transporte Rodoviário de Cargas no

âmbito desta pasta.

O fórum tem natureza consultiva e

propositiva ao Ministério dos Transportes,

não se confundido com as atribuições do Conselho Nacional de Integração de

Políticas de Transporte

O seu objetivo é discutir e oferecer medidas técnicas para aperfeiçoar o

transporte rodoviário de cargas, que contará com representantes do Ministério

dos Transportes, da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), do DNIT

(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), transportadores

autônomos, empresas de transportes e embarcadores de cargas

O colegiado estrutura-se em Plenário, Coordenação, Secretaria-Executiva e Grupos

Técnicos.

Dentre as atribuições dos membros, destaca-se: contribuir com suas experiências

para alcançar as melhores soluções das demandas submetidas, participar das

reuniões e debater as matérias em exame, propor e requerer esclarecimentos para

apreciação das matérias, compor grupos técnicos, relatar processos e elaborar

notas técnicas, quando designado pelo coordenador

As reuniões do ocorrerão, ordinariamente, de acordo com o calendário

previamente aprovado ou quando convocado, extraordinariamente, por seu

coordenador.

Veja a íntegra da Portaria nº 281/2015.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 13

15.06.2015

Nova solução da Xerox permite que usuários paguem

Transporte público via App

Tecnologia combina aplicativo e etiquetas com tecnologia de

aproximação. Solução promete tornar mais fácil o gerenciamento de

custos com transporte.

A Xerox, empresa americana do setor de

tecnologia da informação e documentação,

apresentou nova solução de pagamento

para transporte público por meio de

smartphones. A solução batizada de Xerox

Seamless foi apresentada durante o UITP

World Congress and Exhibition 2015 que

aconteceu em Milão, Itália. O evento é um

dos maiores no setor de transporte público

do mundo.

O Xerox Seamless poderá ser utilizado em

trens, ônibus, metrôs, VLTs, terminais de integração de transporte público com

estacionamento.

Para se beneficiar da tecnologia, os operadores precisam instalar as etiquetas

Near Field Communication (NFC) fornecidas pela Xerox em sua rede de transporte.

Tecnicamente, as etiquetas são mais simples do que a maioria dos outros

validadores de bilhetes. Elas usam um método patenteado que assegura que todas

as transações sejam criptografadas e transmitidas até mesmo de lugares sem

conectividade de rede.

Completa a solução um aplicativo de smartphone que também torna mais fácil

para o cliente de transporte público gerir a sua viagem. Basta apenas o usuário

baixar o aplicativo e se cadastrar. A cobrança é processada automaticamente, com

base nas viagens concluídas nos vários fornecedores de transporte público.

Segundo a companhia, entre as vantagens do Xerox Seamless está a

universalidade da tecnologia.

Projetado independentemente de cartões SIM, a ferramenta é compatível com

todas as operadoras de telefonia móvel. A instalação é rápida e fácil, tanto para os

operadores de transporte quanto para os usuários utilizarem. Oferece as mesmas

garantias de segurança, que as bilheterias com sensor de contato de bilhetes.

Além disso, a solução pode ser atraente para turistas, já que poderão acessar

facilmente os serviços sem a necessidade de saber sobre as convenções locais de

bilhetes.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 13

17.06.2015

Brasileiros criam transporte público voltado para centros

urbanos

Um grupo de brasileiros composto por um arquiteto, um eletricista e um

publicitário desenvolveram um novo sistema de transporte público voltado aos

grandes centros urbanos. Trata-se do ‘Aerobolha’, um transporte público feito de

bolhas individuais motorizadas eletricamente e suspensas em um monotrilho.

A ideia é que as estações sejam localizadas nas calçadas. O acesso é feito por

meio de escadas e por uma plataforma elevatória. As estações são únicas,

independente da direção do trem. Após entrar na bolha, um transporte individual,

é só passar um cartão magnético e o fechamento das portas é automático. O

transporte anda a 55 km/h, cerca de 400% mais rápido que a média de um ônibus

urbano.

Reprodução/YouTube

A energia utilizada é diretamente proporcional a quantidade de

usuários

A bordo os passageiros contam com luzes de leitura, vidros elétricos, porta copos

e porta bagagens. A quantidade de pessoas/hora levadas é pelo menos 30%

maiores que de ônibus.

O ‘Aerobolha’ tem como principal vantagem a capacidade de comportar mais

pessoas que um ônibus e pode ser instalado em qualquer centro urbano.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 13

19.06.2015

Estudo mostra que 30 mil mortes poderiam ser evitadas

com exigência do exame toxicológico em motoristas

Estudos da ONG Trânsito Amigo apontam que até 30 mil vidas poderiam ser

poupadas e 200 mil pessoas não seriam feridas nas estradas caso o artigo 235 da

Lei do Caminhoneiro entrasse em vigor quando foi submetido para a sanção da

presidente Dilma. O número tem como base experiências e dados divulgados

pelos Estados Unidos depois da aprovação de um artigo semelhante no estado do

Kansas. Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária, apenas

2,34% das mortes em 2013 foram de motoristas de ônibus e caminhões. O

problema é que os dados não apontam quantas pessoas teriam morrido ou se

ferido em decorrência de acidentes com essas categorias.

— Não é possível ter um número exato, já que os órgãos pararam de divulgar

dados detalhados dos acidentes, mas que ele chega aos milhares, com certeza.

São pessoas que estão repetidamente nas estradas, muitas vezes com jornadas

longuíssimas, sem pausas, e precisam utilizar algo para garantir a corrida. A

fiscalização não deveria ser só neles, mas já é um bom começo — comenta Julio

Jacobo, coordenador da área de estudos sobre violência da Faculdade Latino-

Americana de Ciências Sociais (Flacso) e autor do Mapa da Violência no Brasil.

Entenda como a exigência do exame toxicológico em motoristas poderia evitar

acidentes

Só em 2014, o DPVAT, seguro obrigatório que paga indenizações para vítimas de

acidentes de trânsito, compensou 52.226 famílias por mortes no trânsito, com um

custo de R$ 705 milhões aos cofres públicos. E o número não está diminuindo.

Nos últimos 20 anos, o Brasil foi na contramão da maioria dos países e viu

crescimento na quantidade de mortes, ao invés de redução. Apenas nos últimos

dez anos, o crescimento foi de 38,3%, de acordo com o Instituto Mapa.

OMS alerta para fiscalização

A Organização Mundial da Saúde, em relatório divulgado em 2013, estima que,

desde 2008, 35 países aprovaram novas leis de trânsito ou melhoraram as já

existentes. Afirma que a situação ainda é "um problema de saúde pública que

preocupa o desenvolvimento dos países" devido à falta de fiscalização. No caso

do Brasil, foi dada uma nota 6 (de 1 a 10) para a aplicação das leis já existentes. A

OMS afirma que falta, em grande parte, uma força política resistente para evitar

mortes nas estradas.

— Falta investimento na fiscalização. O Brasil tem uma série de leis bastante

severas, com multas altíssimas e que preveem inclusive a cassação da licença

para dirigir. O que falta realmente é a fiscalização, que precisa ser mais efetiva.

Precisamos de mais homens e mais equipamentos na rua — explica Fabiano

Locatelli, delegado regional de Caçador, responsável pela investigação dos

acidentes de trânsito da região. Recentemente, ele apurou as causas do acidente

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 13

entre um ônibus escolar e um caminhão que deixou três pessoas mortas e 47

feridos em Caçador.

MORTES NO TRÂNSITO

NÚMEROS GERAIS

52.226

Número total de mortes no Brasil em 2014

R$ 705.051.000

DPVAT paga R$ 13.5000 em indenização por pessoa morta no trânsito. Esse valor

foi o total pago em 2014 pelo seguro nesta modalidade.

2.031

Número de mortes em Santa Catarina em 2014

38,3% nos últimos 10 anos

Número de mortes em estradas no Brasil aumentou, na contramão da tendência

de diversos países

Perfil das vítimas

25% mulheres

75% homens

72% entre 18 e 44 anos

24% entre 18 e 24 anos

17.06.2015

BNDESPar poderá investir em debêntures do programa de

concessões

SÃO PAULO - A BNDESPar, unidade de participações do BNDES, poderá investir

nas debêntures emitidas pelas empresas que vencerem os leilões de concessão

em infraestrutura do pacote anunciado pelo governo na semana passada. A

afirmação é de Cleverson Aroeira, chefe do departamento de transporte e logística

do banco.

A participação da BNDESPar pode ficar entre 20% e 30% do volume da emissão,

como uma sinalização de que o banco “compra” o risco do projeto, segundo o

executivo. “Mas se houver demanda para que 100% dos papéis sejam vendidos no

mercado, não fazemos questão de comprar”, disse, em evento promovido pela

Câmara Espanhola e pelo jornal “El País”.

O objetivo da BNDESPar não é garantir a emissão caso não haja demanda do

mercado. Nesse caso, o banco garante o financiamento, mas por meio das linhas

tradicionais do banco com o custo de TLJP e mercado, afirmou.

A BNDESPar já adotou o procedimento de adquirir debêntures emitidas por

empresas na primeira fase do programa de investimento em logística (PIL). Outro

incentivo adotado na ocasião e que deve permanecer é a mudança na forma de

amortização dos empréstimos do BNDES, caso o projeto conte com emissão de

debêntures, segundo Aroeira.

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 13

18.06.2015

Pacote de concessões mostra busca de governo por

equilíbrio, diz Citi

São Paulo - O novo pacote de concessões anunciado pelo governo na semana

passada é uma evolução em relação ao anterior e mostra que o governo busca o

equilíbrio entre o que é bom para uma concessão e um investimento de longo

prazo, na avaliação do presidente do Citi no Brasil, Hélio Magalhães. "O modelo

anterior tinha exigências principalmente pelo ponto de vista de retorno que não

foram bem aceitas pelo mercado. São investimentos de muitos anos. A variável

risco tem importância significativa e impacta a outra variável que é o retorno",

disse após palestrar no Ciab, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O governo tem de, o quanto antes, na sua opinião, puxar a agenda de

infraestrutura, porque embora de um lado seja um dos motores do crescimento

econômico do Brasil é também um gargalo. "Não temos avançado na velocidade

que precisamos", ressaltou Magalhães.

O Citi, que já participou de financiamento de concessões no Brasil, tem olhado

diversas maneiras de atuar no segmento de infraestrutura, conforme Magalhães,

project finance, fundos de infraestrutura, e o governo está aberto para o debate e

para ouvir sugestões dos bancos. Segundo ele, um dos papéis que o Citi pode

desempenhar no âmbito das concessões é atrair investidores estrangeiros. "Quem

conhece o Brasil sabe que de vez em quando o País passa por momentos mais

difíceis, mas é grande e com oportunidades significativas. Ninguém deveria

desprezar o Brasil. Pode ser mais cauteloso", afirmou o presidente do Citi.

Apesar disso, ele falou que há investidores começando a olhar o Brasil e que

obteve informações de que o número de perguntas em relação ao País cresceu,

sinalizando uma melhora na atratividade de investidores. Existem ainda,

conforme o executivo, grandes empresas analisando o segmento de infraestrutura

no Brasil.

"As janelas abrem e fecham muito rápido no mundo. Se ficar esperando todas as

nuvens se dissiparem, céu azul, já foi. É preciso encontrar o momento certo para

entrar. A infraestrutura, certamente, é uma delas", avaliou.

Para ele, a recessão no Brasil deve ser branda, mas lenta. O presidente do Citi não

espera que a Produto Interno Bruto (PIB) recue 2% neste ano. Segundo o executivo,

a recessão deve ser de 1,4%, mas no ano que vem o País já volta a crescer a taxas

de 1,7%, 1,8%.

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 13

17.06.2015

Remuneração em concessões levará em conta custo e risco

de construção, diz barbosa

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, aproveitou o "Fórum de

Infraestrutura - Os desafios para o futuro do Brasil", promovido pela Câmara

Espanhola de Comércio, para garantir aos investidores, incluindo os

internacionais, que o novo plano de concessões em infraestrutura será diferente,

com preços e taxas determinados pelo mercado.

Barbosa afirmou que o governo busca melhorar os marcos regulatórios, com

alterações nos critérios de licitação e editais, por exemplo. "Vamos adotar

remuneração compatível com custos e riscos de construção, já foi assim no leilão

da Ponte Rio-Niterói. Vai ser fixado com base nos custos e taxas de mercado",

afirmou.

O ministro tentou reforçar a viabilidade do plano, que soma R$ 198,4 bilhões.

Segundo ele, antes de anunciar os projetos o governo conversou com as

administrações regionais e o setor privado para saber quais eram as concessões

mais viáveis. "Todos nossos projetos têm pelo menos duas empresas que já

demonstraram interesse privadamente", garantiu.

O chefe do Planejamento afirmou que a realidade econômica brasileira e

internacional mudou e é preciso se adaptar, mas algumas coisas continuam

iguais, como as oportunidades de investimento em infraestrutura. "Temos uma

demanda reprimida muito elevada", afirmou. Ele citou dados sobre a produção de

grãos, o movimento de passageiros nos aeroportos, o aumento da frota de

veículos e o uso dos portos brasileiros, todos com crescimento de mais de 100%

desde 2000. "Há demanda e há oportunidade de investimento. O desafio do

governo é transformar isso em projetos viáveis".

Barbosa disse que nos últimos anos o governo vem tentando aumentar a taxa de

investimento, que atualmente está abaixo de 20% do PIB. "Nossa taxa de

investimento é relativamente baixa para um país de renda média que tem de

acelerar o crescimento". Segundo ele, elevar os investimentos é essencial para que

a recuperação do crescimento seja sustentável, ou seja, dure vários anos.

O ministro mostrou gráficos que mostram que a taxa de investimento do Brasil

está mais ou menos no meio termo entre os principais países do mundo. Na

subdivisão, em máquinas e equipamentos o Brasil vai até bem, mas fica para trás

quando se trata de investimentos em construção civil.

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 13

BNDES

Barbosa afirmou que o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) é fundamental para alavancar os investimentos no

programa de concessões. Mesmo assim, ele deixou claro a intenção do governo de

estimular as empresas a usarem os mercados de capitais. A afirmação foi feita no

"Fórum de Infraestrutura - Os desafios para o futuro do Brasil", promovido pela

Câmara Espanhola de Comércio.

"O financiamento do BNDES é muito importante sobretudo no início do projeto,

quando há necessidade de um capex muito grande. Depois o BNDES pode

diminuir o financiamento e substituir pelo setor privado, sem aumento de custo

do financiamento", comentou.

Barbosa lembrou que, na maioria dos modais do programa de concessões, a

empresa precisa emitir pelo menos 10% em debêntures para ter acesso ao crédito

mais barato do BNDES, que tem como base a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

"Quanto maior a emissão no mercado brasileiro maior a participação de TJLP. Isso

reduz o custo total de financiamento em mais de 100 pontos-base, podendo

chegar a 200 pontos-base dependendo da composição do financiamento",

explicou.

Infraestrutura

Ele deixou claro em sua apresentação que o objetivo do governo com o programa

de concessões não é arrecadatório, mas sim elevar os investimentos em

infraestrutura. No caso das ferrovias, por exemplo, ele disse que poderá ser

usado o modelo de outorga para a licitação, mas mesmo assim o interesse do

governo não é receber uma contrapartida maior. Ele mencionou que este é um dos

modais em que as concessões não avançaram muito nos últimos anos.

Fora do programa de concessões anunciado recentemente, Barbosa disse que a

parte de energia deve ser objetivo de anúncio ou divulgação específica, mas

apontou que já existem vários leilões programados em andamento. Ele também

disse que há um esforço para estimular a microgeração de energia. "É um

potencial pouco aproveitado no Brasil, que pode adicionar bastante capacidade de

geração nos próximos anos".

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 13

AGENDA 2015

20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito

De 23 a 25 de junho em Santos

17ª Feira de Transporte e Logística

De 23 a 25 de junho em Porto Alegre (Centro de Eventos da Fiergs)

Agosto

IX Congresso Brasileiro de Regulação – ABAR

De 17 a 20 de agosto em Brasília

Setembro

5a edição do Salão de Inovação ABCR

14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília

XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego

10 a 13 de setembro em Gramado (RS)

Novembro

TranspoQuip Latin America

10 e 12 de novembro em São Paulo

2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP

17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo