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EDIÇÃO 11 – 03 DE JUNHO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 03 de junho de 2015.

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EDIÇÃO 11 – 03 DE JUNHO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

02.06.2015

Concessões de aeroportos vão facilitar entrada de

vencedores de outros leilões

O governo pretende reduzir as barreiras concorrenciais nos editais das próximas

concessões de aeroportos, que deve ser anunciada no dia 9, como parte do pacote

de infraestrutura da presidente Dilma Rousseff. Nos primeiros leilões, quem

ganhava um dos três terminais ofertados - Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e

Brasília (DF) - tinha suas outras propostas automaticamente desconsideradas. O

objetivo era ter, em prol da competição, pelo menos três operadores privados

diferentes ao final do processo.

Na segunda rodada, quando foram licitados o Galeão (RJ) e Confins (MG), quem já

havia ganhado um dos aeroportos não pôde encabeçar nenhum consórcio - só

podia entrar com até 15% de participação nos demais grupos. A restrição foi

criticada pela primeira leva de concessionárias privadas, que fez intenso lobby na

Casa Civil e no Tribunal de Contas da União (TCU) para derrubar essa barreira,

sem sucesso.

Agora, ao leiloar um terceiro bloco de aeroportos, o governo avalia impor menos

obstáculos à apresentação de ofertas pelos cinco grupos que já administram os

aeroportos privados. Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Salvador (BA) são

presenças garantidas. Dilma também quer incluir Fortaleza (CE) no próximo leilão

e comunicou sua intenção à presidente da TAM, Claudia Sender, em reunião há

duas semanas, no Palácio do Planalto. A companhia aérea está em pleno processo

de escolha de um novo "hub" (centro de distribuição de voos) no Nordeste.

Na avaliação oficial, não há mais necessidade de restringir a participação de

operadores privados porque um ambiente de concorrência no segmento

aeroportuário já foi consolidado. O que havia motivado a existência das barreiras,

segundo fontes do governo, foi evitar que dois aeroportos na mesma região ou

próximos geograficamente entre si tivessem o mesmo controlador.

Disposto a manter esse conceito, o governo pretende impedir apenas que o

mesmo consórcio arremate dois terminais em uma única região. Por isso, os

aeroportos de Porto Alegre e Florianópolis deverão ter vencedores diferentes. A

tendência é que a regra valha também para Salvador e Fortaleza, mas esse caso

deve ser avaliado separadamente, pois esses aeroportos estão a 1,2 mil

quilômetros de distância entre si - superior a qualquer par de aeroportos

leiloados anteriormente.

Não haveria problema, porém, se o mesmo consórcio arrematasse as concessões

de Salvador e Porto Alegre, por exemplo.

Uma coisa é praticamente certa: a Inframérica, operadora dos aeroportos de

Brasília e de São Gonçalo do Amarante (RN), não poderá entrar na disputa de

Salvador ou de Fortaleza. Para o governo, os voos do Nordeste ficariam muito

concentrados nas mãos do grupo, caso ele tivesse o controle de dois terminais na

região. Construído do zero, São Gonçalo do Amarante foi o primeiro aeroporto

privatizado no país, em 2011. A argentina Corporación América anunciou, no mês

passado, a compra da fatia da brasileira Engevix na Inframérica. Cada uma tinha

50% de participação.

Embora as restrições já tenham sido discutidas na área técnica, não se trata ainda

de uma decisão final, pois Dilma ainda não apreciou o assunto. Formalmente, as

cláusulas só precisam sair no lançamento das minutas dos editais.

28.05.2015

ANTT autoriza EcoRodovias a iniciar cobrança de pedágio

na Ponte Rio-Niterói

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o início da

cobrança de pedágio na Ponte Rio-Niterói, explorada pela concessionária

Ecoponte, do Grupo EcoRodovias Infraestrutura e Logística. A decisão está

publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 27. Segundo o texto, a

Tarifa Básica de Pedágio no local será de R$ 3,70 e começará a valer a partir de

zero hora do dia 1º de junho.

No leilão realizado em 18 de março, a EcoRodovias ofereceu uma tarifa de R$

3,28442, com deságio de 36,67% em relação à tarifa teto de R$ 5,18620 do edital.

Com a atualização do valor pela variação do Índice Nacional de Preço ao

Consumidor Amplo (IPCA), o pedágio cairá de R$ 5,20 para R$ 3,70.

O trecho concedido, com 13,2 quilômetros de extensão, fica na BR-101 entre o

acesso à ponte, em Niterói, e o entroncamento com a RJ-071, a Linha Vermelha. O

contrato de concessão terá duração de 30 anos e exigirá investimentos da ordem

de R$ 3,3 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões em operação e R$ 1,3 bilhão em obras.

02.06.2015

Consumo de etanol cresce 32% e bate recorde no país

Com menos dinheiro no bolso, o motorista brasileiro está enchendo o tanque com

mais etanol hidratado. O efeito psicológico do reajuste da gasolina C, que chegou

neste ano a até 13% nos postos de algumas regiões do país, fez com que a fatia de

mercado do biocombustível aumentasse seis pontos percentuais desde dezembro,

para 30,3% em abril. Com a demanda por gasolina em queda, o market share do

hidratado tende a subir nos próximos meses e poderá, ao longo do ano, se

aproximar dos picos de 2009, acima de 40%.

Entre janeiro e abril, o consumo de hidratado no país foi de 5,465 bilhões de

litros, 32% mais que no primeiro quadrimestre de 2014, conforme dados da

Agência Nacional de Petróleo (ANP). No mesmo intervalo, a demanda por gasolina

"C" decresceu 4%, diante da percepção negativa vinda do reajuste, potencializado

pela retomada da cobrança da Cide. Abastecer com etanol hidratado em vez de

gasolina foi vantajoso na maior parte do quadrimestre em cinco Estados - São

Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Isso

acontece, conforme parâmetro mais aceito pelo mercado, quando o preço do

biocombustível é inferior a 70% do preço da gasolina nos postos.

Conforme o diretor da trading Bioagência, Tarcilo Rodrigues, a explicação mais

generalista para a guinada do etanol neste ano é que, com o aumento dos preços

da gasolina, o motorista passou a encher o tanque de etanol com menos dinheiro

do que se fosse completar com o concorrente fóssil. "Mas o mercado de varejo é

mais complexo do que isso. Estamos falando de percepções econômicas, níveis de

escolaridade e comportamento diversos", observa.

Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, por exemplo, não é vantajoso ao

motorista usar etanol - e, portanto, o market share do biocombustível vem

permanecendo imóvel em 4% há alguns anos. Por outro lado, em Estados do

Nordeste, onde o biocombustível também não é competitivo, mas a paridade não

fica tão distante dos 70%, sua participação aumentou neste ano.

Na Bahia, por exemplo, onde a relação com o preço da gasolina foi de 72% em

abril, o market share do etanol foi a 18% até abril, ante uma fatia de 11% que

persistiu nos últimos dois últimos anos. Na Paraíba, onde a paridade foi de 73%

até abril, a participação do etanol saltou para 17%, após ficar no patamar de 9,2%

durante o ano passado.

No entanto, a lua de mel do motorista com o combustível verde pode não

perdurar até o fim deste ano. Os modelos econômicos, diz o especialista, indicam

que haverá produção de hidratado suficiente para um consumo mensal de 1,3

bilhão de litros em 12 meses - contados a partir de abril. A demanda, no entanto,

já encosta no patamar de 1,5 bilhão. "A 'correção' entre oferta e demanda terá que

vir com aumento de preço, o que pode voltar a criar resistência por parte do

consumidor", diz Rodrigues.

O ponto de equilíbrio dessa equação pode mudar, a depender de quanto do caldo

da cana que iria para a produção de açúcar neste ciclo 2015/16 será direcionado

para a fabricação de mais etanol, explica o diretor da trading. "Demanda temos.

Quanto mais produção tivermos, menor o impacto nos preços".

Também vai pesar nessa conta a política de reajuste dos preços da gasolina no

país. Desde março deste ano, voltou a defasagem entre o valor de importação da

gasolina pela Petrobras e o preço de venda do produto no mercado interno. Nas

contas de Rodrigues, essa diferença, que passou novamente a trazer prejuízo à

estatal, abre espaço para um reajuste de R$ 0,50 por litro nos postos, o

equivalente a uma alta de 16% frente ao preço médio do litro da gasolina no

Estado de São Paulo - de R$ 3,411, na última semana de maio, conforme a ANP. R$

3,411, na última semana de maio, conforme ANP.

02.06.2015

Brasil tem o pior retorno de impostos do mundo

O Brasil segue na última colocação no ranking que mede o retorno oferecido em

termos de serviços públicos de qualidade à população em relação ao que o

contribuinte paga em impostos. Segundo o estudo divulgado ontem pelo Instituto

Brasileiro de Planejamento Tributário (BPT), o país ficou pela 5ª vez seguida na

"lanterninha” da lista, que é liderada pela Austrália. O estudo avaliou os 30 países

com as maiores cargas de tributos do mundo. O ranking leva em consideração a

arrecadação de tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e

municipal) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 e o Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), que

mede a qualidade de vida e bem-estar da população.

Todos os países ganham do Brasil em retorno de quantidade e qualidade de

serviços públicos. Ou seja, educação, saúde, segurança e transporte são mais

condizentes ao tributo pago pelo contribuinte. No Brasil, onde a carga tributária

foi de 35,04% do valor do PIB, é o contrário. A população paga muito e não recebe

serviços de qualidade, tendo que arcar do próprio bolso, além do imposto, para

ter uma boa escola, um bom atendimento médico e segurança.

A Austrália ficou em 1º lugar no chamado Índice de Retorno de Bem Estar à

Sociedade (IRBES), seguida da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Na edição

anterior do estudo, os três primeiros colocados foram, respectivamente EUA,

Austrália e Coreia do Sul.

O Brasil ficou na 30ª posição do ranking, atrás de países como Uruguai (11º) e

Argentina (19º) e Grécia (16º). "Mesmo com os sucessivos recordes de arrecadação

tributária, – marca que, em 2015, já chegou aos R$ 800 bilhões de tributos –, o

Brasil continua oferecendo péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere à

qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento

básico, entre outros serviços. E o pior, fica atrás de outros países da América do

Sul”, destaca o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

O estudo aponta que, apesar de terem carga tributária muito próxima à do Brasil,

países como Islândia (35,50% do PIB), Alemanha (36,70%) e Noruega (40,80%) estão

muito à frente no que se refere a aplicação dos recursos em benefício da

população, ocupando, respectivamente a 14ª, 15ª e 18ª posições. O destaque

dessa edição foi o Reino Unido, que passou do 17º para o 10º lugar.

28.05.2015

Governo recua e BNDES financiará até 70% de concessões

O receio de fracasso nos leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos fez o

governo voltar atrás e rever a participação do BNDES. O banco estatal vai financiar

até 70% dos investimentos previstos no pacote das concessões de infraestrutura

que o governo pretende anunciar no início de junho. Com a suspensão dos

repasses do Tesouro, a participação do banco havia sido reduzida para até 50%.

O BNDES será a fonte do financiamento de longo prazo, enquanto outros bancos

devem assumir os chamados empréstimos-ponte, tipo de financiamento de curto

prazo concedido ao empreendedor para garantir o início dos investimentos

enquanto o crédito de longo prazo é analisado. Nos últimos pacotes, o banco de

fomento também era a fonte dessas operações, que devem ficar agora a cargo das

instituições de varejo, com custo de mercado.

Essa estratégia permitirá que o financiamento de longo prazo só comece a ser

desembolsado em 2017 - ou, no melhor dos cenários, no segundo semestre de

2016.Os financiamentos de longo prazo também não serão integralmente

contratados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a taxa usada como

referência para as operações do banco e que atualmente está em 6% ao ano, bem

abaixo dos juros de mercado, considerando que a taxa básica (Selic) está cotada

em 13,25% ao ano.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que

20% do financiamento a ser liberado pelo banco de fomento terá juros de

mercado. Mesmo os 50% restantes só terão TJLP integral se o projeto oferecer

como contrapartida a emissão de debêntures. O banco vai se comprometer a

subscrever os títulos, caso o mercado não absorva 100% das emissões. A

instituição de juros de mercado em parte dos financiamentos do BNDES das obras

de infraestrutura vai reduzir a rentabilidade dos projetos. Mas o banco não

dispõe de recursos suficientes para empréstimos vultosos como estes

remunerados a juros tão abaixo do mercado.

Apesar de a equipe econômica divulgar que trabalha para mudar a composição do

financiamento dos projetos de infraestrutura no País - sempre com base nos

bancos públicos -, a reportagem ouviu de fontes que trabalham no desenho do

pacote que não há como retirar do BNDES o papel de maior financiador desses

projetos. Embora tímida, essa redução no papel do banco de fomento está sendo

considerada "razoável" por fontes do governo. Resta ao BNDES desembolsar cerca

de R$ 30 bilhões contratados nos últimos pacotes de concessões. Os

financiamentos de longo prazo da nova rodada de concessões vão somar em

torno de R$ 110 bilhões.

27.05.2015

Eco 101 avisa acionistas do aumento de 18,61% no

pedágio mas não informa os usuários

A concessionária Eco101, responsável pela administração da BR-101 no Espírito

Santo e trecho inicial da Bahia, comunicou aos acionistas que o pedágio aumentou

nesta segunda-feira , dia 18, mas não informou aos usuários apesar de estar

ciente oficialmente desde sexta-feira (15). E o aumento foi de 18, 61% ,

completamente fora do padrão habitual dos aumentos do pedágio, porque já

incorpora o custo da não cobrança do eixo suspenso nos caminhões, previsto na

Lei 13.103/15.

Conhecida por muitos como Lei dos Caminhoneiros, a nova legislação previa a

não cobrança por eixo suspenso em caminhão vazio mas como foi publicada sem

condições de ser aplicada, a solução encontrada foi não cobrar de qualquer

caminhão que passe com eixo suspenso. O Governo já tinha alertado que este

custo seria repassado para o pedágio e agora o usuário das rodovias que circula

nos demais veículos está pagando pelo eixo suspenso dos caminhões.

Além da Eco101 não informar aos usuários do aumento do pedágio, a ANTT-

Agência Nacional de Transportes Terrestres também omitiu essa informações dos

usuários e da própria imprensa. Até as 12h20 desta segunda-feira a Agência

sequer divulgou no seu site o aumento, apesar de estar ciente da publicação no

Diário Oficial no dia 15 de maio e a Resolução ter sido aprovada pelo Diretor

Geral da Agência no dia 13 de maio, conforme está no próprio título da

publicação legal: RESOLUÇÃO Nº 4.702, DE 13 DE MAIO DE 2015

Veja o comunicado aos acionistas feito na manhã desta segunda-feira para os

acionistas pela ECO 101:

São Paulo, 18 de maio de 2015 - A EcoRodovias Infraestrutura e Logística S.A.

(BM&FBOVESPA: ECOR3) informa que foi publicada, em 15 de maio de 2015, no

Diário Oficial da União, Resolução nº 4.704 da Agência Nacional de Transporte

Terrestres (ANTT) que aprova o reajuste na tarifa básica de pedágio de 18,61% na

ECO-101 Concessionária de Rodovias S.A.,

sua controlada direta

O reajuste, vigente, desde à zero hora de 18 de maio combina os efeitos

decorrentes da Reajuste da Tarifa Básica de Pedágio, 2ª Revisão Ordinária e 1ª

Revisão Extraordinária, sendo:

1. aumento de 8,13% da aplicação do reajuste anual, correspondente à variação do

IPCA no período de maio/2014 a maio/2015

2. aumento relativo à adequação de custos incluindo a conservação e operação de

trecho urbano, operação semafórica, e substituição das balanças móveis e

3. aumento referente ao reequilíbrio decorrente do art. 17 da Lei 13.103/2015,

obtido através do histórico de tráfego de veículos que passaram com eixo

suspenso nas Praças Pedágio da BR-101 ES/BA, o que terá impacto ao longo de

toda concessão, mas será aferido anualmente.

29/5/2015

Alerta: 7 em cada 10 caminhoneiros que utilizam rodovias

paulistas estão acima do peso

O levantamento, realizado nos meses de março e abril deste ano com 309

motoristas de cargas pesadas abordados nas rodovias Fernão Dias e Belém-

Brasília (região de Marília), mostrou ainda que 56,31% dos caminhoneiros

avaliados apresentaram alterações de força manual direita e esquerda. Além

disso, 48,54% dos motoristas estavam em jornada excessiva de trabalho e 45%

afirmaram abusar do consumo de álcool.

Para o estudo, foram realizados testes de verificação da pressão arterial e da

frequência cardíaca, de glicemia capilar, teste de acuidade auditiva e visual, teste

de visão estereoscópica e de visão cromática, avaliação do IMC (índice de massa

corpórea), avaliação de carga horária de trabalho, avaliação de sonolência diurna,

entre outros. Também foram administradas vacinas contra difteria, tétano,

sarampo, rubéola, caxumba e hepatite B.

Os serviços oferecidos aos caminhoneiros integram o programa “Comando de

Saúde nas Rodovias”, coordenado pelo SEST (Serviço Social do Transporte) e

Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), em parceria com o

Departamento de Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Ministério da Justiça.

26.05.2015

MPF e PRF firmam acordo para combater o excesso de

peso nas rodovias federais

O Ministério Público Federal – por

meio do Grupo de Trabalho Excesso

de Cargas nas Rodovias Federais da

1ª Câmara de Coordenação e Revisão

(Direitos Sociais e Fiscalização de

Atos Administrativos) – e o

Departamento de Polícia Rodoviária

Federal assinaram acordo de

cooperação técnica para combater o

excesso de peso nas rodovias

federais brasileiras. O documento tem como objetivo elaborar diretrizes para a

atuação integrada e uniforme do MPF e da PRF na abordagem e autuação de

empresas que descumprirem a legislação vigente.

O acordo é fruto do trabalho conjunto de membros do MPF de todo o país e

representantes da Polícia Rodoviária Federal. Ele prevê o intercâmbio de

documentos, peças informativas, estudos e trabalhos técnicos referentes à

fiscalização entre os dois órgãos para formação de um banco de dados e a

elaboração de publicações.

Entre as medidas, está a criação de roteiro de atuação do MPF para orientar

membros e servidores do órgão na utilização de informações recebidas da Polícia

Rodoviária Federal, com o objetivo de orientar a redação de termos de

ajustamento de conduta com as empresas infratoras, bem como instruir eventuais

ações civis públicas. O documento terá como fundamento estudo técnico

elaborado pelo próprio órgão com a estimativa de valores a serem utilizados

como parâmetros para ressarcimento dos danos materiais e morais advindos da

prática reiterada de excesso de carga.

29/5/2015

Sem caixa, governo avalia estender prazo de concessões

de rodovias

O esgotamento dos recursos públicos para bancar obras federais de

infraestrutura vai mexer com o futuro das atuais concessões de rodovias e

ferrovias. Por conta da anemia financeira que toma conta do Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da estatal Valec, o governo

começou a estudar uma alternativa que, até um ano atrás, era assunto proibido

dentro do Palácio do Planalto: aumentar o prazo das atuais concessões.

No caso das rodovias, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a medida é

vista como uma das únicas maneiras de tirar obras milionárias do papel sem que

isso leve a aumentos não previstos de pedágios para o consumidor.

Responsável pelas rodovias federais, o Dnit é dono de um grande número de

obras que precisam ser executadas em trechos de rodovias já concedidas à

iniciativa privada, seja nas rodovias feitas recentemente pelo governo ou nas

mais antigas, realizadas na década de 1990. A participação direta do Dnit em

determinadas obras em rodovias concedidas - como a construção de uma

passarela ou de um trecho de duplicação, por exemplo - tem sido utilizada há

anos como uma saída para garantir a melhoria do serviço à população, evitando

que esse custo seja repassado para a tarifa cobrada pela concessionária.

A situação crítica do caixa da União, porém, tem pressionado o governo a abrir

mão dessa estratégia. O plano é tirar as obras do Dnit e repassá-las às empresas.

Em troca, as concessionárias ganhariam mais tempo nas concessões para explorar

comercialmente a rodovia, diluindo assim a cobrança de pedágio.

Reunião

Nesta quarta-feira, 28, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson

Barbosa (Planejamento), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e Joaquim Levy

(Fazenda) reuniram-se no Palácio do Planalto para discutir como será feita a

concessão da Ferrovia Norte-Sul. Um dos objetivos é encontrar uma saída para

concluir as obras que atualmente são tocadas pela estatal Valec.

O plano do governo é fazer a outorga onerosa da ferrovia e, com isso, arrecadar

alguns bilhões de reais para melhorar o caixa da União. Aquele que vencer o leilão

também ficaria responsável por entregar o trecho ainda inacabado da Norte-Sul,

entre Ouro Verde (GO) e Estrela D'Oeste (SP). Não houve uma definição sobre o

assunto.

28.05.2015

Projeto é adiado e obras na rio-santos vão atrasar

Não será na próxima temporada de verão que o tráfego na SP-055, a Rodovia Rio-

Santos, ficará melhor para os motoristas. As obras de melhoria e ampliação

anunciadas no ano passado pelo Governo do Estado ainda estão longe de

começar.

Previsto para terminar na última segunda-feira, o projeto-executivo das obras foi

adiado mais uma vez. Com exceção do trecho entre Ubatuba e Caraguatatuba,

único concluído, os projetos entre os quilômetros 102,3 e 248,3 – que abrange

Guarujá e Bertioga – agora devem ser finalizados em julho, de acordo com a

assessoria de imprensa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Inicialmente previstas para o fim do primeiro semestre deste ano, as obras ainda

vão depender, além da conclusão do projeto-executivo, de autorização ambiental.

Por isso, o DER contratará o Eia-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental),

cujo prazo de elaboração é de 12 meses.

Enquanto isso, audiências públicas devem ser realizadas em todos os municípios

que receberão as obras. O próximo passo é a licitação para realizar as

intervenções, que não devem começar antes de 2016.

Fases

As obras se dividem em três lotes. O primeiro vai do Km 102,3 ao Km 211,5, entre

Guarujá e Bertioga, onde haverá o recapeamento da pista. Será realizada também

a contenção de encostas em vários trechos de Bertioga a São Sebastião. O

investimento nessa fase será de R$ 95,3 milhões.

O segundo projeto prevê a duplicação da pista entre Bertioga e São Sebastião, com

construção de viadutos e melhoria na sinalização, o que custará R$ 62,5 milhões.

Por fim, o trecho entre São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba receberá serviços

de ampliação da capacidade de tráfego, com faixas adicionais intermitentes,

rotatórias e melhoria de sinalização. As intervenções custarão R$ 82,7 milhões.

Investimento

O investimento nessas intervenções será de aproximadamente R$ 300 milhões,

contabilizando-se despesas com supervisão das obras, gerenciamento,

licenciamento ambiental, entre outros gastos.

Esses recursos estão contemplados no pacote para rodovias do Governo do

Estado, assinado em setembro de 2014 pelo governador Geraldo Alckmin.

02.06.2015

Paraná articula apoio de secretários contra estadualização

de rodovias

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, articulou

nesta segunda-feira (01), no Rio de Janeiro, uma ação conjunta de diversos

governos estaduais contra a medida federal (MP082) que quer estadualizar

rodovias da União. No encontro com secretários de Transportes de todo o Brasil,

Richa Filho pediu apoio contra a aplicação desta medida, que repassará 14 mil

quilômetros de rodovias a 15 estados, provocando um prejuízo anual de mais de

R$ 3 bilhões.

A medida provisória foi criada em 2002 para ajudar financeiramente 15 estados,

com o compromisso que absorvessem 14 mil quilômetros de rodovias federais.

Depois em 2006, foi criada uma lei no qual definia uma data para estadualização

das rodovias federais, cuja data encerra no dia 31 de dezembro deste ano.

“A decisão pela devolução ao Estado seria um retrocesso na reestruturação do

setor rodoviário nacional. Estas rodovias têm características de estradas federais,

pois fazem a interligação de estados. Além disto, por elas circulam boa parte da

produção nacional”, disse Richa Filho, no encontro do Conselho Nacional de

Secretários de Transportes (Consetrans).

O secretário disse que outra desvantagem é o alto custo de manutenção destas

rodovias, que oscilariam em média R$ 200 mil o quilômetro. Este valor deixaria

de ser absorvido pela União e seria repassado aos estados, como mais uma carga

aos cofres estaduais.

Somente no Paraná, a previsão é que sejam repassados ao Estado 945 quilômetros

de rodovias federais, em custo estimado de R$ 200 milhões ao ano. Se for

implementada a medida provisória, a União cuidará de apenas 700 quilômetros de

rodovias federais no Paraná.

Richa Filho pede a extinção da medida provisória e anulação desta cobrança que

já dura 13 anos. Com o apoio de outros estados, o secretário defende pela

permanência destas rodovias pela União.

Outro assunto discutido no encontro foi das Contribuições de Intervenção do

Domínio Econômico (Cide), cuja parte da verba é usada na manutenção de

rodovias do Brasil. O tributo foi extinto há pouco mais de dois anos, retirando

renda de estados. Somente o Paraná foi prejudicado em mais de R$ 100 milhões

por ano. Com o retorno da contribuição, no segundo semestre, será possível aos

estados reforçar as equipes de manutenção de rodovias, melhorando as condições

as estradas.As reivindicações dos secretários foram encaminhadas ao Ministério

dos Transportes que tiveram representante na reunião.

29.05.2015

Brasil terá licitações de rodovias todos os anos, diz Nelson

Barbosa

O governo federal terá programas contínuos de concessões em infraestrutura,

afirmou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Em entrevista concedida

nesta quinta-feira, 28, ao jornal O Estado de S. Paulo em seu gabinete, Barbosa

disse que o objetivo do governo é manter leilões sistemáticos de rodovias,

ferrovias, portos e aeroportos, à semelhança do que é feito hoje nas licitações de

blocos de exploração de petróleo e de fornecimento de energia elétrica para o

mercado regulado.

"Estamos trabalhando para que isso seja uma atividade contínua no Brasil. Vamos

fazer isso agora em 2015 e no ano que vem, e a ideia é fazer continuamente até

chegar um momento em que estará tudo concedido, e aí será somente uma

questão de gerir as renovações", disse Barbosa.

O ministro não negou os desentendimentos com o colega da Fazenda, Joaquim

Levy, mas disse que foram divergências normais e pontuais em um processo de

política econômica. "Os diretores do Banco Central também divergem nas

reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária)", comparou.

Mesmo com a aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal, Barbosa

destacou outros pontos que ainda considera importantes, como o projeto de lei

que revisa a desoneração da folha de pagamentos. "A aprovação dele no

Congresso é indispensável para o reequilíbrio fiscal. Se for aprovado agora em

junho, já contribui neste ano e ainda mais para o ano que vem. Essa fase do ajuste

fiscal inicial ainda não acabou", disse.

O ministro também fez comentários sobre o fator previdenciário, outro tema caro

para o governo, e evitou falar sobre um eventual veto da presidente Dilma

Rousseff nas mudanças aprovadas pelo Congresso. "Não estamos falando de veto

ou não ainda. Vamos avaliar. Indicamos o voto contra o fim do fator

previdenciário quando foi apresentado na Câmara. Antes disso, já nos

dispusemos a criar um fórum para discussão específica sobre isso. O fórum será

criado na semana que vem e, lá, vamos elaborar propostas de consenso para

enviar ao Congresso", afirmou.

PIB

Questionado sobre a revisão para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016,

Barbosa admitiu que retomada econômica será mais lenta do que o governo

inicialmente imaginava.

Ressaltou, porém, que o próprio mercado projeta que a economia voltará a

crescer no último trimestre deste ano. "Estamos fazendo o possível para antecipar

isso, fazendo isso começar já no terceiro trimestre. Mas, mesmo com essa

recuperação no fim do ano e melhorando ao longo de 2016, o PIB do ano que vem

ainda será relativamente baixo. O importante é ter projeções consistentes com as

melhores práticas", avaliou.

O governo federal terá programas contínuos de concessões em infraestrutura,

afirmou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Em entrevista concedida

nesta quinta-feira, 28, ao jornal O Estado de S. Paulo em seu gabinete, Barbosa

disse que o objetivo do governo é manter leilões sistemáticos de rodovias,

ferrovias, portos e aeroportos, à semelhança do que é feito hoje nas licitações de

blocos de exploração de petróleo e de fornecimento de energia elétrica para o

mercado regulado.

"Estamos trabalhando para que isso seja uma atividade contínua no Brasil. Vamos

fazer isso agora em 2015 e no ano que vem, e a ideia é fazer continuamente até

chegar um momento em que estará tudo concedido, e aí será somente uma

questão de gerir as renovações", disse Barbosa.

O ministro não negou os desentendimentos com o colega da Fazenda, Joaquim

Levy, mas disse que foram divergências normais e pontuais em um processo de

política econômica. "Os diretores do Banco Central também divergem nas

reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária)", comparou.

Mesmo com a aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal, Barbosa

destacou outros pontos que ainda considera importantes, como o projeto de lei

que revisa a desoneração da folha de pagamentos. "A aprovação dele no

Congresso é indispensável para o reequilíbrio fiscal. Se for aprovado agora em

junho, já contribui neste ano e ainda mais para o ano que vem. Essa fase do

ajuste fiscal inicial ainda não acabou", disse.

O ministro também fez comentários sobre o fator previdenciário, outro tema

caro para o governo, e evitou falar sobre um eventual veto da presidente Dilma

Rousseff nas mudanças aprovadas pelo Congresso. "Não estamos falando de veto

ou não ainda. Vamos avaliar. Indicamos o voto contra o fim do fator

previdenciário quando foi apresentado na Câmara. Antes disso, já nos

dispusemos a criar um fórum para discussão específica sobre isso. O fórum será

criado na semana que vem e, lá, vamos elaborar propostas de consenso para

enviar ao Congresso", afirmou.

PIB

Questionado sobre a revisão para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016,

Barbosa admitiu que retomada econômica será mais lenta do que o governo

inicialmente imaginava.

Ressaltou, porém, que o próprio mercado projeta que a economia voltará a

crescer no último trimestre deste ano. "Estamos fazendo o possível para

antecipar isso, fazendo isso começar já no terceiro trimestre. Mas, mesmo com

essa recuperação no fim do ano e melhorando ao longo de 2016, o PIB do ano

que vem ainda será relativamente baixo. O importante é ter projeções

consistentes com as melhores práticas", avaliou.

01.06.2015

Jumentos usam sinalizadores para circular nas estradas

do RN

Nas estradas do Brasil, muitos acidentes acontecem quando um animal atravessa

a pista. E as consequências podem ser bem graves. Como evitar? A gente

mostrar uma boa ideia que apareceu no Rio Grande do Norte.

De um lado da pista, um carro com o vidro quebrado. De outro, um jumento

morto. Nas rodovias federais que cortam o Nordeste foram registrados, nos

últimos dois anos, 3.327 acidentes envolvendo animais na pista. “Nesse período

de chuva, onde aparecem muitos pastos, ou muito pasto ao longo das rodovias,

torna-se maior a presença desses animais”, explica o inspetor da PRF Roberto

Cabral.

O problema é que à noite, com a visibilidade reduzida, fica praticamente

impossível enxergar qualquer animal na pista

O inventor Rodolfo Rummenigge foi buscar uma solução que evitasse novos

acidentes e mortes. E a ideia surgiu exatamente quando estava dirigindo. “Eu,

vendo os garis, quando eu vinha com o farol, eu vinha com meu carro e eu

observei que refletia. Aí eu disse: ‘Oxe, se a gente pode colocar numa farda, por

que não pode colocar num animal?’”, conta ele

A ideia foi costurada com a ajuda da sogra de Rodolfo. “Ele trouxe a ideia do

colar e nós vamos testar, pra ver se dá certo”, diz a costureira Dina Mendonça.

Foi então que partiram para o teste nos próprios animais, que receberam as

faixas nas patas e pescoço. Depois, passearam com eles pelo acostamento e

atravessaram a rodovia. Pronto. Os motoristas reduziram a velocidade.

“Deu pra enxergar um pouco, porque eu vi uma plaquinha iluminada no animal.

Aí, deu pra parar um pouco”, afirma o auxiliar técnico Cristiano Maicon, que

diminuiu a velocidade

Os donos dos animais também ficaram satisfeitos. A ideia está sendo

patenteada, mas os inventores garantem que só querem evitar acidentes. "Por

mim, está aprovada", garante Cristiano Maicon.

02.06.2015

Motoristas de ônibus e caminhões burlam lei e aumentam

poluição

A reportagem que abriu a edição desta segunda-feira (1º) tem a ver com a saúde

de milhões de brasileiros. E com o desrespeito a uma lei. Porque a poluição do ar

nos nossos maiores centros urbanos seria muito menor se todos os ônibus e os

caminhões estivessem usando um aditivo que é obrigatório no óleo diesel. Mas

não.

Pelas estradas são eles que transportam parte da economia do país. Mas também

carregam a fama de ser os vilões que poluem o nosso ar. É do escapamento dos

caminhões e também de ônibus movidos a diesel, que saem os óxidos de

nitrogênio que são altamente agressivos ao meio ambiente.

Para tentar reduzir o problema, o Conselho Nacional do Meio Ambiente, o

Conama, exige desde 2012, que seja injetado no sistema de escapamento de

caminhões e ônibus um aditivo simples chamado Arla 32, que é a base de ureia.

Com esse produto, os índices de poluição caem pela metade.

Quando esse aditivo atinge o catalisador desses veículos ele entra em contato

com os óxidos de nitrogênio. Ocorre então uma reação química: os óxidos de

nitrogênio são transformados em nitrogênio e água: o N2, um gás inofensivo ao

meio ambiente

“A função principal do Arla 32 é diminuir significativamente a quantidade de

poluentes emitidos pela combustão dos motores a diesel”, engenheiro mecânico

Silvio Camolesi

Cada galão com cinco litros de Arla 32 custa entre R$ 40 e R$ 50, o que provoca

um aumento de custos

“A despesa do Arla é muito grande, se você faz uma viagem aí de dois mil

quilômetros, você gasta R$ 160 de Arla”, diz o caminhoneiro Anderson Barbosa.

Isso acaba levando muitos motoristas e donos de transportadoras a burlar a lei.

Entre outros procedimentos, eles misturam água com Arla. Em fiscalizações na

BR-153, no interior de São Paulo e na Regis Bittencourt, a Polícia Rodoviária

Federal e o Ibama apreenderam quase 20 veículos em dois dias de operação.

Além das multas de trânsito pela tentativa de enganar a fiscalização, os

motoristas são punidos também por crimes ambientais

“Penalidades de multas variam de R$ 500 a R$ 10 mil por veículo. A perda do

veículo. O veículo vai ser apreendido pelo Ibama e responde um processo

criminal enquadrado no artigo 54 da lei de crimes ambientais”, afirma a analista

ambiental do Ibama Rizza Regina Rocha.

02.06.2015

Estados defendem manutenção dos investimentos do Ministério dos Transportes

Ministro e secretários de Transportes se reúnem no Rio para tratar de

políticas para o setor

Em reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Transportes (Consetrans)

realizada no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (1/6), com

a presença do ministro dos transportes, Antonio Carlos Rodrigues, e do diretor

geral da ANTT, Jorge Bastos, os secretários de Transportes dos Estados

defenderam a manutenção dos investimentos em infraestrutura de Transportes

previstas para o ano de 2015.

Os secretários manifestaram preocupação com relação às noticias de

contingenciamento de verbas para investimento e manutenção na rede de

rodovias e ferrovias federais. O Consetrans aprovou, por unanimidade, moção

que solicita ao Governo Federal garantir as verbas necessárias para a manutenção

da malha viária nacional, alertando quanto ao precário estado de conservação do

sistema.

Os estados também manifestaram apoio aos planos do Ministério dos

Transportes de ampliar as concessões de rodovias e ferrovias federais. O

Consetrans defendeu ainda a autorização, pela ANTT, de novos investimentos por

parte dos concessionários nas rodovias federais já concedidas, de modo a

solucionar gargalos estruturais no sistema

"O que discutimos hoje foram temas fundamentais para o setor de Transportes e

infraestrutura no país. Demonstramos a enorme preocupação dos Estados com o

anunciado contingenciamento de verbas federais para a ampliação, e

principalmente, conservação das rodovias federais. Apoiamos uma maior

participação da iniciativa privada na gestão e operação do sistema viário nacional

", disse o presidente do Consetrans e secretário de Transportes do Estado do Rio

de Janeiro, Carlos Roberto Osorio

Recursos na CIDE começam a chegar aos Estados em julho

Na reunião também foi discutida a revisão na MP 82/2002 que estadualizou cerca

de 13 mil quilômetros de rodovias federais nos Estados. Outro tema em debate foi

a participação dos estados na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

(CIDE). O ministro dos Transportes confirmou que o Governo Federal iniciará em

julho o repasse de recursos da CIDE aos Estados. A previsão é que um montante

de aproximadamente R$ 600 milhões seja disponibilizado em 2015. Conforme

previsto em lei, esses recursos terão que ser aplicados pelos estados

obrigatoriamente na infraestrutura de transportes

Estados fecham questão contra diminuição da desoneração ao Sistema de

Transportes Públicos de Passageiros

O Consetrans, também por unanimidade, ratificou sua posição contrária à

diminuição da desoneração concedida ao setor de transporte público de

passageiros. Como parte das medidas de ajuste fiscal, projeto de lei encaminhado

pelo poder executivo ao Congresso Nacional prevê o aumento de 2% para 4,5% na

alíquota incidente sobre a folha de pagamentos das operadoras de transportes

públicos de passageiros. Conforme manifestação encaminhada à Câmara dos

Deputados, os secretários de Transportes alertaram que, caso a queda da

desoneração seja aprovada, haverá um inevitável impacto nas tarifas de

transportes públicos em todo o Brasil.

"Não achamos certo colocar um benefício concedido a um serviço público

essencial, como o transporte de passageiros, no mesmo patamar de incentivos

concedidos a setores produtivos. Alterar as regras do jogo significa penalizar

diretamente a população, que utiliza todos os dias os meios de transporte",

afirmou Osorio.

29.05.2015

Concer consegue derrubar liminar e pedágio da BR-040

aumenta mas concessionária não avisa os usuários

A concessionária CONCER, que administra o trecho da BR-040 entre o Rio de

Janeiro e Juiz de Fora (MG), conseguiu derrubar a liminar do MPF que havia

reduzido a tarifa básica de R$ 9,00 para R$ 8,00 no último dia 15. Com a decisão

a concessionária voltou a cobrar os R$ 9,00 de tarifa básica.

Apesar de ter obtido a liminar ontem, a Concer não informou os usuários, nem

mesmo no seu site, apenas começou a cobrar. Também não comunicou a

imprensa. O mesmo comportamento teve a ANTT que até agora não divulgou nada

no seu site, nem distribuiu a informação para os veículos de comunicação. É mais

um exemplo de como são tratados os usuários de rodovias.

03.06.2015

Concessões podem chegar a R$ 120 bi

BRASÍLIA- O governo está finalizando o pacote de concessões em transportes com

uma estimativa de investimentos entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões. Segundo

fontes envolvidas na elaboração do programa de privatizações, que será lançado

na próxima terça- feira, a maior parte deste montante será investido em rodovias.

Pelo menos 14 estradas serão incluídas no programa, mas esse número ainda

poderá aumentar. Do valor a ser anunciado pelo Palácio do Planalto, cerca de R$

30 bilhões se referem a investimentos em ferrovias e rodovias já concedidas no

passado, mas que receberão melhorias.

Embora o pacote de concessões venha sendo tratado como a principal agenda

positiva do governo para este ano, o valor estimado será a metade dos R$ 240

bilhões anunciados em 2012, quando a presidente Dilma Rousseff lançou o

Programa de Investimento em Logística ( PIL). No entanto, o governo vê essa nova

quantia como factível, já que não considera planos mais ousados como o trem-

bala, que nunca saiu do papel.

O anúncio do pacote — anteriormente previsto para maio — foi adiado porque a

presidente mostrou- se insatisfeita com a primeira versão. Segundo

interlocutores, essa tentativa inicial incluía projetos pouco maduros,

especialmente na parte das rodovias, onde apenas quatro seriam privatizadas.

Entre os aeroportos que vão a leilão, foi a própria Dilma que decidiu incluir o de

Fortaleza, além dos três que já estavam definidos: Porto Alegre, Salvador e

Florianópolis. Segundo um integrante do governo, a concessão de Fortaleza

estava fora deste pacote porque implicaria potencial perda de recursos para a

Infraero.

— Incluir o quarto aeroporto agora irá desequilibrar a receita da Infraero, mas

está decidido e teremos que trabalhar para recompor essa perda— disse essa

fonte.

OUTORGA DE PORTOS

No setor de portos, a equipe econômica planeja a cobrança de outorgas na

concessão de novos investimentos e ganhou apoio de integrantes do setor. O

governo vem debatendo a publicação de um decreto nesse sentido. Na quarta-

feira, a Associação Brasileira de Terminais Portuários ( ABTP), que representa 81

empresas do setor, enviou carta ao Tribunal de Contas da União ( TCU) e à

Secretaria Especial dos Portos ( SEP) manifestando- se a favor da cobrança de

outorga. "Entendemos que essa condição para julgamento das propostas deve

prevalecer nas licitações atuais”, escreveu Wilen Manteli, diretor- presidente da

ABTP. A entidade vê a outorga, assim como a análise de pré- qualificação de

concorrentes, como medidas que vão premiar as empresas mais aptas a investir.

03.06.2015

Programa de concessões passa por revisão de modelos

Prestes a sair do forno, o novo pacote de concessões de infraestrutura ainda tem

conteúdo pouco conhecido. Mas informações já antecipadas indicam que haverá

importantes revisões de regras, assim como ocorreu com as políticas fiscal,

monetária e cambial neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O

governo aposta nas concessões para plantar as bases da recuperação da

economia, que depende de uma infraestrutura propícia à melhoria da

produtividade.

No setor de ferrovias trava-se um dos debates mais calorosos. O Tribunal de

Contas da União (TCU) foi um dos primeiros a questionar o modelo lançado no

Programa de Investimento em Logística (PIL), em 2012, que previa a concessão ao

setor privado de 11 mil quilômetros de ferrovias e o investimento de quase R$

100 bilhões. Nesse modelo, a estatal Valec assumiria o risco do investidor

privado, comprando toda a capacidade de carga da via para revendê-la aos

transportadores. Segundo cálculos do TCU, o prejuízo do governo somente com a

concessão de um trecho da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) nesses moldes superaria R$

17 bilhões.

O TCU aplaudiu a intenção do modelo de quebrar com o pernicioso monopólio

vertical que pode se estabelecer quando o construtor da ferrovia é seu único

operador, com consequências nefastas nos custos e na concorrência, mas

destacou que o papel da Valec não garante que os objetivos de maior competição

e redução dos preços serão obtidos e que o prejuízo era assustador.

As dificuldades fiscais do governo deram um argumento extra aos críticos do

modelo de acesso aberto pois dificilmente a Valec terá condições financeiras para

comprar a capacidade de carga e repassá-la aos transportadores. O professor da

PUC-Rio, Leonardo Rezende, afirma que a concessão integrada produzirá o efeito

oposto, isto é, vai abastecer os cofres do governo pois despertará interesse e

gerará disputa (Valor, 26/5). Caberá ao regulador estabelecer regras para evitar

abusos e fiscalizar as operações.

Já o ex-presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, afirma que o uso da

malha ferroviária por vários operadores é que garante a competição, como em

uma rodovia, sugere a adoção das parcerias público-privadas (PPP) nos casos em

que os gastos não serão cobertos pela geração de receita e argumenta que o

modelo é usado na União Europeia, parte da Austrália e do Chile (Valor, 28/5).

Nesse mesmo dia, porém, em entrevista ao jornal, o consultor do Banco Mundial

que avalia o pacote brasileiro de concessão de ferrovias, Robert Willig, disse que

o modelo europeu é uma "tragédia", não reduziu custos e obrigou o governo a

reassumir várias operações. O consultor recomenda um meio termo, que combina

o modelo integrado com o acesso aberto e a regulamentação efetiva do direito de

passagem.

Há discussões de modelos até mesmo em setores em que as concessões foram

bem-sucedidas na primeira etapa do programa, caso dos aeroportos. Depois de

ter colocado barreiras nos primeiros leilões para evitar que os grandes grupos

participassem de várias disputas simultaneamente ou tivessem participação

relevante em diversos aeroportos, há indicações de que o governo pretende

reduzir esses limites.

Os leilões de rodovias, sucesso indiscutível da primeira fase do PIL, que ampliou

a malha federal concedida à iniciativa privada de 3,9 mil quilômetros para 8,8 mil

quilômetros, também não escapam da discussão por maior flexibilidade.

Concessões já realizadas poderão ter o prazo ampliado ou aumentos de tarifa

autorizados para a realização de obras que estavam a cargo do governo e não

foram feitas por falta de recursos. Especula-se até a inclusão nos leilões de obras

do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Nesse processo de revisão de regras, uma das partes mais complexas é

certamente a do financiamento, que precisa ser redimensionado depois do corte

dos repasses do Tesouro ao BNDES, mas depende de maior participação do

sistema financeiro privado.

O pano de fundo das mudanças em gestação no programa de concessões é

certamente a limitação fiscal, mas as discussões revelam também da parte do

governo uma maior compreensão dos riscos e dificuldades de financiamento

enfrentados pelo investidor privado e uma grande vontade de ser bem-sucedido

para melhorar o clima do país.

27.05.2015

Caminhoneiro trabalha demais e abusa do álcool, diz

pesquisa

José Maria Tomazela - O Estado de S. Paulo

Levantamento foi feito em duas rodovias do Estado de São Paulo e

aponta também que 71,5% dos condutores estão acima do peso

SOROCABA - Quase a metade dos caminhoneiros que trafegam por rodovias do

Estado de São Paulo tem jornada excessiva ao volante e admite abuso no consumo

de álcool. A conclusão é de pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 27, pela

Secretaria Estadual de Saúde. As entrevistas foram realizadas em março e abril

deste ano nas Rodovias Fernão Dias, na região de Bragança Paulista, e

Transbrasiliana, na região de Marília, ambas no interior de São Paulo.

A amostragem, que abrangeu 309 motoristas, indicou ainda que 71,5% dos

caminhoneiros estão acima do peso e 34% apresentam hipertensão arterial. Mais

da metade deles - 56,3% - apresenta redução de força manual. O excesso de

jornada foi apontado por 48,5% dos entrevistados, enquanto 45% afirmaram que

abusavam do álcool.

O levantamento fez parte do programa "Comando de Saúde nas Rodovias", que

envolve ainda o Serviço Social do Transporte (Sest), o Serviço Nacional de

Aprendizagem do Transporte (Senat) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Pesquisa mostra que 34% dos caminhoneiros no Estado de São Paulo apresentam

hipertensão arterial

Pesquisa mostra que 34% dos caminhoneiros no Estado de São Paulo apresentam

hipertensão arterial

De acordo com Simone Alves, da Divisão Estadual de Saúde do Trabalhador, a

ação objetiva avaliar a saúde dos motoristas de cargas pesadas e contribuir para

aumentar a segurança dos demais motoristas que trafegam pelas rodovias. Além

de orientações e encaminhamento, os entrevistados receberam vacinas.

Para o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo

(Sindicam), Norival de Almeida Silva, o quadro apresentado pela pesquisa reflete

as condições de trabalho do profissional.

"Isso acontece também em outras rodovias e resulta dessa jornada excessiva que

sacrifica o trabalhador e contribui muito para os acidentes", afirmou o presidente

do sindicato.

Segundo Silva, a Lei 13.103, também conhecida como Lei do Caminhoneiro,

reduziu o período de descanso e aumentou o tempo do motorista ao volante

03.06.2015

Inmetro muda normas para transporte de pessoas com deficiência em

coletivos

Veículos acessíveis não poderão mais ter cadeira de transbordo, e sim

plataforma elevatória

Foto: Reprodução/Artesp

Por determinação do Inmetro, a partir de 31 de março de 2016, veículos de

transporte coletivo adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade

reduzida não poderão mais ter cadeira de transbordo para embarque e

desembarque desses passageiros. Por meio de portaria, o Instituto estabeleceu

que o embarque e o desembarque, nesses casos, deverá ocorrer somente por meio

da plataforma elevatória veicular certificada.

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e outros órgãos gestores do

transporte coletivo, sob regime de fretamento e turismo, é que são responsáveis

por estabelecer o percentual de veículos acessíveis, equipados com a plataforma.

Conforme o Inmetro, ônibus dobledeck que possuírem piso baixo, rampa de

acesso e acomodação para pessoas com deficiência no primeiro piso não

precisam instalar a plataforma elevatória.

Outras alternativas para garantir a acessibilidade aos ônibus e vans devem ser

submetidas à avaliação técnica do Instituto.

27.05.2015

Setor privado pode investir R$ 500 milhões em

transportes

Ferrovias no Brasil: só o setor ferroviário precisará de cerca de R$ 150

milhões

Antes de participar hoje (27) de reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim

Levy, o presidente da Confederação dos Transportes (CNT), Clésio Andrade,

disse o setor privado poderá dar contribuição de R$ 500 milhões para a melhoria

do setor de infraestrutura de transportes do país nos próximos anos, o que

compensará em parte a falta de

recursos decorrente do

contingenciamento (retenção de

gastos) de R$ 69,9 bilhões anunciado

pelo governo no último dia 22.

“[O valor de] R$ 1 trilhão [é o ] que a

CNT prevê como investimento em

infraestrutura [necessário para o país

nos próximos anos, dos quais] 50%

podem [ser cobertos pela] iniciativa

privada, sem nenhuma necessidade de gasto de orçamento público”, disse

Andrade.

“[Essa contribuição dos empresários seria] uma alavancagem muito grande para a

economia”, disse.

Segundo Clésio Andrade, do total do investimento necessário para melhorar a

infraestrutura de transportes do país, só o setor ferroviário precisará de cerca de

R$ 150 milhões. “Estamos falando de investimento em sistemas multimodais, em

terminais de armazenagem”, acrescentou.

Ao analisar a infraestrutura brasileira, Clésio Andrade disse que “o Brasil perdeu a

visão sistêmica de transporte em nível governamental”.

A CNT, segundo ele, poderia ajudar o país oferecendo “a visão sistêmica de todos

os modais de transportes”.

E acrescentou: “Temos estudos profundos. Vou inclusive entregar ao ministro

Joaquim Levy o plano CNT de transporte logístico, que mostra claramente essa

visão”.

Conforme disse, quando a CNT menciona transportes, “não está falando de

transporte de caminhão, ônibus ou ferrovia: está falando sobre qual a melhor

forma de você pegar o produto e chegar no porto [de forma] mais barata”.

AGENDA 2015

Junho

M&T Expo - Feira Internacional de Equipamentos

para Mineração e Construção

9 a 13 de junho em São Paulo

20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito

De 23 a 25 de junho em Santos

Agosto

IX Congresso Brasileiro de Regulação – ABAR

De 17 a 20 de agosto em Brasília

Setembro

5a edição do Salão de Inovação ABCR

14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília

XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego

10 a 13 de setembro em Gramado (RS)

Novembro

TranspoQuip Latin America

10 e 12 de novembro em São Paulo

2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP

17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo