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EDIÇÃO 35 – 27 DE NOVEMBRO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 27 de novembro de 2015.

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EDIÇÃO 35 – 27 DE NOVEMBRO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

27.11.2015

Economia fraca afeta consumo de combustíveis

Apesar de uma frota de carros 6% maior no país na comparação com o ano

passado, o consumo de combustíveis do chamado ciclo otto, basicamente

compreendido por etanol hidratado e gasolina C, começa a mostrar um recuo

mais consistente na comparação com o desempenho de 2014. A combinação entre

a desaceleração da economia e preços de combustíveis até 30% mais elevados no

ano deve fazer com que esse mercado, até então com taxas de crescimento

robustas, tenha avanço mais tímido ou até retração.

A expectativa é que a queda das vendas a partir de agora seja puxada pelo etanol,

cujos preços subiram neste ano 30% ao consumidor final ante 19% da gasolina. Os

dados se referem aos preços médios dos dois produtos nos postos do Estado de

São Paulo apurados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O consumo de hidratado, que em outubro ficou no patamar de 1,7 bilhão de

litros, tende a recuar em novembro e dezembro para níveis de 1,3 bilhão a 1,4

bilhão de litros, conforme estimativas de traders. As projeções são de que esse

volume mensal vai cair no primeiro trimestre do próximo ano a 1,1 bilhão de

litros, patamar adequado para fazer frente à oferta prevista, segundo

especialistas.

Até agora, a queda na comercialização dos combustíveis do ciclo otto está sendo

provocada pela gasolina, cujas vendas acumulam retração de 7% no país até

outubro. Em agosto, as vendas combinadas de gasolina e etanol hidratado

equivalente (considerando que o etanol tem 70% do rendimento da gasolina)

foram 1,2% menores do que em igual mês de 2014, conforme dados da ANP. Em

setembro, esse recuo se aprofundou para 2% e, em outubro, caiu 3,1%.

Conforme traders, a expectativa é de que, em relação a outubro, as vendas de

etanol no mês de novembro sejam 10% menores. O declínio do etanol deve

empurrar o ciclo otto para uma queda mensal de 3,5%, afirmam especialistas.

No acumulado deste ano até outubro, o saldo ainda é de crescimento de 1% nas

vendas (em termos equivalentes) dos dois combustíveis no país. Até dezembro,

esse percentual deve permanecer em 1%, na projeção do Sindicom. Se for

confirmado, esse aumento, apesar de ainda positivo, está muito aquém dos

patamares de 6% dos anos anteriores.

Os desaquecimento do mercado de combustíveis começou em fevereiro deste

ano, após um aumento dos preços da gasolina e do retorno de cobrança da Cide

sobre o derivado fóssil. Antes disso, em janeiro, um motorista do Estado de São

Paulo gastava, em média, R$ 174,18 para encher o tanque de seu veículo

(considerando uma capacidade de tancagem de 60 litros) - dados os preços

médios da gasolina apurados pela ANP. Na última semana, esse gasto já havia

superado os R$ 200, alcançando R$ 207,48.

Por isso, nos últimos meses, os consumidores iniciaram uma forte migração da

gasolina para o etanol hidratado, seu concorrente direto no mercado de carros

flex. Conforme dados da ANP, de janeiro a outubro, as vendas do biocombustível

acumulam alta de 42,5%, sendo que, somente em outubro, o volume atingiu o

maior nível do ano (1,7 bilhão de litros), 44,60% de alta na comparação com o

mesmo período de 2014.

"O que vem acontecendo é que a relação favorável do etanol sobre a gasolina

vinha se reduzindo e, agora em novembro, deixou de existir nos principais

Estados consumidores", disse o diretor do sindicato que representa as

distribuidoras do país (Sindicom), César Guimarães.

O fato é que abastecer com etanol também está mais caro. Desde janeiro, o

motorista do Estado de São Paulo está pagando 30% mais para encher o tanque

com o produto - em janeiro eram R$ 114 e, na última semana, estava em R$

149,43, conforme dados da ANP.

É difícil no atual cenário econômico e político projetar o que vai acontecer com o

consumo, avalia o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano

Pires. "Já estamos com inflação de dois dígitos, com aumento forte de despesas

básicas, como energia elétrica. Pode ser que o brasileiro passe a deixar o carro

mais em casa, pois ele tem alternativa. O transporte público é ruim, mas existe",

analisou.

Já para as usinas produtoras de etanol, Pires vê um cenário positivo, ainda que as

vendas não cresçam. "O preço da gasolina vai ter que subir de novo por causa do

rombo da Petrobras e a margem do etanol vai continuar aumentando", avalia o

diretor do CBIE.

22.11.2015

Governo Dilma atrasa pagamentos de

obras em rodovias

Com o caixa no vermelho,

o governo Dilma Rousseff

está atrasando os

pagamentos por obras nas

rodovias, os principais

investimentos do

Executivo federal.

Segundo levantamento

feito pela Folha, o valor

das obras do Orçamento

deste ano concluídas até

outubro chegava a R$ 1,6

bilhão. Desse total,

entretanto, apenas 25% –ou R$ 400 milhões– haviam sido pagos.

Algum descompasso entre a conclusão e o pagamento dos serviços contratados é

usual; as proporções deste ano é que são inusitadas. No mesmo período de 2014,

por exemplo, os trabalhos prontos somavam R$ 2,7 bilhões, e os pagos, R$ 2,3

bilhões.

Os dados apontam que, além de ter cortado despesas na tentativa de conter a

escalada de sua dívida, o governo está, no caso das rodovias, adiando

desembolsos que estão autorizados.

Os investimentos em infraestrutura são os principais afetados por essa política, o

que deprime ainda mais a economia do país.

No papel, o Orçamento deste ano reserva R$ 10,3 bilhões para obras de

manutenção, adequação, ampliação e construção de rodovias federais. Até

outubro, porém, os pagamentos não passavam de R$ 4,9 bilhões –dos quais R$

4,5 bilhões referentes a gastos remanescentes de anos anteriores.

A contração dos investimentos públicos, generalizada entre os ministérios e as

estatais, contribui para a elevação do desemprego e a queda dos salários. No caso

das rodovias, o atraso dos pagamentos cria obstáculos adicionais para as

empreiteiras especializadas no setor.

Nos contratos com o serviço público, as empresas têm de realizar a obra e

apresentar uma fatura. Após a checagem do documento pelo governo, ela entra na

fila para receber o dinheiro.

120 DIAS DE ATRASO

Até meados de 2014, os pagamentos a cargo do Dnit (Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes) eram feitos em cerca de 30 dias. Hoje, há faturas

sem pagamento há mais de 120 dias.

Segundo a Aneor (Associação Nacional de Empresas de Obras Rodoviárias), o Dnit

tem algo como 900 contratos em vigor, com pouco mais de 400 grupos

empresariais (empresas ou consórcios). O quadro de atraso só piora.

O órgão terminou o ano passado com cerca de R$ 1,2 bilhão em dívidas com as

companhias. Ao fim de 2015, a previsão de representantes das empresas é que o

valor se aproxime dos R$ 2,5 bilhões.

"Não aguentamos mais financiar o governo", disse José Alberto Pereira Ribeiro,

presidente da Aneor.

Segundo Ribeiro, isso ocorreu porque, diferentemente de outras pastas, o

Ministério dos Transportes não determinou que contratos deveriam ser

paralisados. Com isso, as faturas continuaram chegando sem que houvesse

recursos para pagar.

As empresas, diz, enfrentam dificuldades para obter financiamentos bancários, e

os casos de recuperação judicial crescem. Segundo ele, estão nessa situação 15 de

20 empresas que trabalham para o Dnit no Rio Grande do Sul.

Para ele, a consequência da dívida é a paralisação de obras importantes e, ainda

pior, a falta de conservação das estradas brasileiras durante o período de chuvas,

o que deverá piorar a situação.

Segundo o Dnit, houve "uma redução no ritmo de execução para promover uma

adequação aos cortes orçamentários, a fim de que nenhuma obra seja paralisada".

O órgão informa que a previsão de investimentos para 2016 é a mesma deste ano.

"Entendemos que será possível dar manutenção à malha existente no próximo

exercício", diz a mensagem do Dnit.

23.11.2015

Estradas do Rio terão sistema para coibir sonegação e

tráfico de armas

…informações serão confrontadas com as especificadas nas notas fiscais das

cargas”, detalha o secretário de Fazenda, Julio Bueno.

Milhagem premiada

Outra estratégia do governo fluminense contra a sonegação é criar um programa

de milhagem para notas fiscais.

“Estamos trabalhando num projeto muito atraente. Ao fazer uma compra, o

consumidor informa seu CPF e ganha pontos, que podem ser trocados por

prêmios, que vão de entradas para o Theatro Municipal à redução do IPVA, de

créditos no Bilhete Único a ingressos para o Maracanã”, explica Bueno.

O programa será lançado do primeiro semestre do ano que vem.

23.11.2015

Parceria é o melhor caminho para reduzir acidentes em

rodovias, diz Cardozo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, propôs nesta quarta-feira (18) firmar

parcerias com os Estados e municípios, em uma integração federativa, para

reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito. O exemplo a ser seguido é

da operação integrada Rodovida, na qual são executadas ações simultâneas e

conjuntas em locais e horários pré-definidos.

“Nos últimos quatro anos, registramos a redução de 20% dos acidentes e 22% de

mortes nas rodovias federais. Foram mais de 5,5 mil vidas poupadas somente em

rodovias federais”, pontuou.

A Rodovida é um grande esforço governamental envolvendo a União, estados e

municípios com o objetivo de reduzir os acidentes e as mortes no trânsito. A

ação aumenta a presença e a disponibilidade dos órgãos públicos nas rodovias

proporcionando segurança, conforto e fluidez.

A integração entre Casa Civil, ministérios da Justiça, Saúde, Cidades, Transportes

e os órgãos estaduais e municipais é uma das ações que contribuem para que o

Brasil alcance a meta imposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a

Década Mundial da Segurança Viária: reduzir em 50% o número de mortos em

decorrência de acidentes de trânsito.

O planejamento da operação leva em consideração estudos estatísticos para

direcionar as ações de prevenção, fiscalização, socorro às vítimas de acidentes e

as campanhas educativas.

O ministro explicou que três fatores foram fundamentais para que os índices de

acidentes, que vinham em uma curva ascendente, caíssem: a técnica de

policiamento; a integração entre as polícias e a mudança na legislação.

Cardozo destacou, ainda, a participação da imprensa na divulgação das

operações, o que chamou de “conscientização social”. “É esse caminho que

queremos trilhar. A integração federativa para atingirmos as metas, seja na

redução dos acidentes, seja nas mortes no trânsito”, afirmou.

Conferência

A 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito (Road Safety

Brazil) tem entre seus objetivos avaliar o andamento das iniciativas para redução

das mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo o mundo em meio à Década de

Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020.

26.11.2015

Atendimentos para gratuidades em transportes

interestaduais aumentam 15%

De acordo com o governo federal crescimento da procura pelo

programa Passe Livre se deu pela possibilidade da emissão de

benefício para acompanhantes

ADAMO BAZANI

Mais pessoas têm viajado

gratuitamente no Brasil pelas

linhas interestaduais, por meio

do Programa Passe Livre.

De acordo com o balanço do

Ministério dos Transportes, o

número de atendimentos do

programa Passe Livre aumentou

em 15% neste ano.

O cálculo leva em conta que de

janeiro a outubro do ano

passado, o programa analisou

85.914 processos. No mesmo período deste ano, 98.877 processos foram

analisados.

O programa Passe Livre, do governo federal permite viagens de graça entre os

estados para pessoas com deficiência e que possuem renda de até um salário-

mínimo por mês, no transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário.

Uma das novidades é a extensão da gratuidade para acompanhantes de

beneficiários. Neste caso, o Passe Livre atingiu uma marca de 12 mil solicitações

em 2015, o que corresponde a quase 10% de todos os processos analisados neste

ano.

O acompanhante também deve ter baixa renda mensal para ter acesso ao Passe

Livre.

Por causa da alta procura, o governo federal diz que ampliou a estrutura da

central de atendimento do Ministério dos Transportes.

Por dia, são realizados na sede do programa cerca de 550 atendimentos, dos

quais 90% são solicitações de todo Brasil por meio dos Correios e as demais

recebidas pessoalmente.

20.11.2015

DNIT apresenta ações em fórum global sobre segurança no

trânsito

As ações executadas pelo DNIT para garantir a segurança dos

usuários das rodovias federais foram apresentadas durante a 2ª

Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito –

Tempo de Resultados, evento realizado em Brasília nos dias 18

e 19 de novembro que contou com a presença das delegações

de mais de 120 países. O Brasil é signatário da Década de Ação

pela Segurança no Trânsito ( 2011-2020), programa lançado pela Organização

Mundial de Saúde - OMS - ONU no qual governos de todo o mundo se

comprometem a adotar medidas para reduzir o número de mortes no trânsito.

O programa de segurança e sinalização rodoviária BR Legal representou um marco

da entrada do país nas iniciativas de valorização da vida, conforme preconizado

pela OMS. Além de implantar e manter sinalização horizontal, vertical e suspensa,

o BR Legal instala dispositivos auxiliares de segurança viária, como pórticos em

trechos urbanos, e defensas metálicas em trechos com curvas em toda a malha

federal sob a responsabilidade do DNIT. Durante painéis, mesas redondas e

debates, o BR Legal atraiu a atenção das delegações de outros países pelas

inovações que apresenta, a exemplo da utilização de materiais nobres na

sinalização horizontal e tachas metálicas, além da exigência de elaboração de

projetos de sinalização e segurança rodoviária.

Outra inovação na área de segurança rodoviária é o Veículo de Diagnóstico de

Rodovias – VDR, que coleta e processa informações que alimentam um sistema de

computadores para se aferir o IRI (Índice de Irregularidade Internacional), um

indicador da qualidade da estrada. O VDR faz filmagem em alta resolução, tira

fotos de quatro megapixels a cada cinco metros e possui sistema de rastreamento

por satélite, barômetro digital, GPS de navegação, odômetro de precisão e

sensores laser (perfilômetros).

Eventos paralelos

Durante a realização da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no

trânsito, o DNIT recepcionou comitivas de outros países e expôs tecnologias em

reuniões. Uma comissão de representantes da área de transportes rodoviários da

República Democrática do Timor-Leste foi recebida pela diretoria do DNIT. A

visita teve como principal objetivo conhecer detalhes sobre os programas de

restauração e manutenção de rodovias federais brasileiras, dentre eles o CREMA –

Contrato de Restauração e Manutenção, implantado pelo DNIT há cerca de 8 anos.

Também foram realizados encontros com as comitivas de Moçambique, Armênia,

Senegal, Irão e Sudão.

22.11.2015

Governo do Rio vai usar scanners nas barreiras fiscais

para combater tráfico e sonegação

Os cinco postos fixos de fiscalização da Operação Barreira Fiscal do Rio ganharão

scanners, em forma de portal, para aumentar a eficácia da repressão à circulação

ilegal de cargas nas estradas fluminenses, inclusive de drogas e de armamento

utilizado por criminosos.

A licitação do projeto deverá ser realizada em seis meses. De acordo com o

Governador Luiz Fernando Pezão, está previsto um investimento de R$ 600

milhões, que serão obtidos por meio de uma parceria público-privada.

Os equipamentos serão instalados nos postos localizados em Nhangapí (Via

Dutra, em Itatiaia), Timbó (RJ -186, no Trevo de Itaperuna), Levy Gasparian (BR –

040), Mato Verde (BR – 101 Norte) e Angra dos Reis (BR -101 Sul).

O objetivo do Governo do Rio é reduzir, ao máximo, a sonegação do Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado, que hoje é estimada

em bilhões. “Além de ajudarem a combater a sonegação de impostos, os scanners

também servirão para coibir a chegada de armas e drogas ao estado. Os aparelhos

poderão identificar a quantidade e o tipo de produto que está sendo

transportado. Essas informações serão confrontadas com as especificadas nas

notas fiscais das cargas”, detalha o secretário de Fazenda, Julio Bueno.

Milhagem premiada

A criação de um programa de milhagem para notas fiscais é outra estratégia do

Governo do Rio contra a sonegação. O programa será lançado no primeiro

semestre do ano que vem. “Estamos trabalhando num projeto muito atraente. Ao

fazer uma compra, o consumidor informa seu CPF e ganha pontos, que podem ser

trocados por prêmios, que vão de entradas para o Theatro Municipal à redução do

IPVA, de créditos no Bilhete Único a ingressos para o Maracanã”, explica Bueno.

25.11.2015

Brasil e Noruega firmam cooperação sobre transporte marítimo

Memorando de entendimento visa criar novas oportunidades

econômicas para os dois países

O Brasil e a Noruega assinaram um memorando de entendimento que tem como

objetivo expandir e aprofundar a cooperação em matérias relacionadas ao

transporte marítimo. Os dois países querem facilitar o diálogo entre órgãos

governamentais para desenvolver iniciativas mutuamente benéficas e criar

oportunidades econômicas e de investimentos.

Entre os assuntos que merecerão destaque estão o transporte marítimo

internacional, serviços de apoio portuário, serviços de navegação de apoio

marítimo, serviços auxiliares de transporte marítimo, afretamento de

embarcações, entre outros.

Para a implementação da parceria, um comitê de coordenação se reunirá

regularmente, a fim de definir atividades futuras, avaliar o progresso e os

resultados obtidos. Pelo lado brasileiro, o comitê deverá ser presidido pelo

Ministério das Relações Exteriores, com a participação do Ministério dos

Transportes, da Marinha do Brasil, e da Antaq (Agência Nacional de Transportes

Aquaviários), entre outros; pelo lado norueguês, o comitê deverá ser presidido

pelo Ministério do Comércio, Indústria e Pesca da Noruega

O memorando de entendimento está publicado no Diário Oficial da União desta

quarta-feira (25).

25.11.2015

Setor de transportes já declara 2016 um ano perdido,

…os modais (rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo), no período de 26 de

agosto a 17 de setembro, em todo o Brasil.

Para agravar o quadro, 36,4% dos participantes do setor rodoviário responderam

que dispensaram transportadores autônomos de cargas em 2015 e 57,2%

perceberam aumento nos índices de roubos nas áreas de atuação. O setor

aquaviário sofreu com aumento do custo operacional.

Já o setor ferroviário aguarda aumento no volume de cargas movimentadas no

ano que vem. A sondagem mostra mostra as expectativas dos representantes do

transporte urbano de passageiros por ônibus, do transporte metroferroviário, do

rodoviário de passageiros e do aéreo.

A carga tributária é tida como um dos principais para o crescimento da atividade

transportadora para 67,7% dos entrevistados. De acordo com Clésio Andrade, é

necessário implementar estratégias eficazes para que o país retome o crescimento

econômico e contorne os efeitos da crise. “Investir em infraestrutura de

transporte e diminuir a carga tributária e a burocracia são algumas das medidas

mais urgentes. Com essas ações, reduziremos custos logísticos,

proporcionaremos o aumento da competitividade e mostraremos à sociedade que

o setor transportador pode dar um grande impulso para a retomada do

crescimento”, finaliza.

20.11.2015

DNIT e Cartórios firmam parceria para regularização de

faixas de domínio

O DNIT e o setor de cartórios, por meio da Associação Nacional de Notários e

Registradores do Brasil (ANOREG) e do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil

(Irib), celebraram acordo para agilizar a implementação do Programa Federal de

Faixas de Domínio, o ProFaixa. O ProFaixa vai formalizar a propriedade da

rodovia e respectivas margens, identificando os terrenos e seus antigos donos,

delimitando seus contornos e transferindo-os em definitivo para a União.

A parceria entre do DNIT, por meio da Diretoria de Planejamento e Pesquisa (DPP),

e os registradores de imóveis foi formalizada em novembro, durante o XVII

Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro. O acordo vai facilitar o

acesso a documentos indispensáveis à demarcação das faixas de domínio das

rodovias federais.

Dirigentes da Anoreg se colocaram à disposição do DNIT para cooperar e

interceder em favor do órgão nos casos em que cartórios de todo o Brasil

impuserem obstáculos na liberação de documentos e registros que facilitem a

identificação dos verdadeiros titulares das faixas de domínios.

As faixas de domínio são os limites laterais das rodovias. Podem ter entre 30m e

80m a partir do eixo da pista ou do canteiro central (quando se tratar de rodovia

duplicada). Cabe à Coordenação Geral de Desapropriação e Reassentamento

(CGDR), da DPP, promover a regularização dos perímetros rodoviários ocupados

irregularmente.

“Ainda estamos encontrando dificuldade para obter isenção de taxas e realizar a

avaliação de matrículas das áreas lindeiras. Mas com a parceria, o nosso trabalho

vai ser bastante facilitado”, observou o coordenador-geral de Desapropriação e

Reassentamento do DNIT, Bruno Marques.

No estado de Goiás, a CGDR já identificou 196 certidões de propriedades

particulares que avançam além do limite legal. Esses documentos vão orientar a

regularização das faixas de domínios na BR-070, trecho escolhido para execução

do projeto piloto do ProFaixa. O perímetro compreende 290 quilômetros, entre

Pirenópolis (GO) e Jussara (GO). Dois dos 18 cartórios localizados nesta região

têm dificultado o acesso do DNIT a registros cartoriais: daí a importância do

acordo firmado com as entidades representantes do setor de cartórios.

“Com o acordo celebrado entre a administração pública federal e os donos de

cartórios, vamos poder concluir os projetos piloto das faixas de domínio de

algumas rodovias dentro do planejamento proposto até o fim de 2016″, avalia o

diretor da DPP, Adailton Cardoso Dias.

25.11.2015

Setor de transportes está pessimista e empresários de

ônibus pedem menos intervenção do governo

Definitivamente o setor de transporte está

pessimista com a realidade atual do Brasil e

uma mudança de fato só é esperada a partir

de 2017. É o que revela a Sondagem

Expectativas Econômicas do Transportador

2015, realizada pela CNT – Confederação

Nacional do Transporte com representantes

de todos os modais, entre fluviais,

rodoviários, ferroviários, metroferroviários,

urbano e metropolitano, tanto de cargas

como de passageiros .

Foram ouvidos 713 transportadores entre 26 de agosto e 17 de setembro.

De acordo com a pesquisa, 86% dos transportadores entrevistados não confiam na

atual gestão do Governo Federal. Já para 49% dos entrevistados, o Brasil só vai

voltar a crescer em 2017. E pior, outros 19,6% acreditam em melhoria somente em

2018.

Entre todos os setores de transporte 54% disseram que neste ano vão ter uma

receita bruta menor em comparação a 2014.

Para 67,7%, a elevada carga tributária é um dos principais problemas do setor de

transporte.

Já em relação ao transporte de passageiros metropolitano e urbano , 83,1% das

empresas de ônibus se queixam do que consideram excesso de interferência do

poder público no mercado, estipulando gratuidades e tarifas com pouca

negociação. Em relação ao transporte metroferroviário 77,8% das empresas

disseram que os custos operacionais foram elevados em 2015, considerando

gastos com energia elétrica, por exemplo.

Nos segmentos de transporte rodoviário de passageiros, interestadual ou

internacional, 91% dos entrevistados não aprovam a volta da cobrança do Cide no

combustível. A postura é diferente entre os transportadores urbanos, que

defendem que parte do combustível subsidie as tarifas.

PRINCIPAIS DADOS

2015 – AVALIAÇÃO SOBRE GESTÃO ECONÔMICA E RETOMADA DO

CRESCIMENTO

54,0% disseram que esperam ter redução da receita bruta em 2015 em

comparação com 2014

76,4% das empresas entrevistadas tiveram aumento do custo operacional em 2015

79,1% dos transportadores demitiram funcionários em 2015

86,0% têm baixo grau de confiança na gestão econômica do governo federal

84,0% afirmaram que a confiança na gestão econômica reduziu desde 2014

91,3% acreditam que as medidas de ajuste fiscal não serão suficientes para a

retomar crescimento

49,0% acreditam que o país voltará a crescer em 2017. Outros 19,6% esperam

crescimento em 2018

O que mais prejudica a atividade das empresas: crise econômica (65,9%),

infraestrutura de

transporte (12,8%), burocracia (9,0%)

2016 – EXPECTATIVAS

49,9% acreditam que o PIB brasileiro será ainda menor em 2016

69,9% acham que a receita bruta será mantida ou reduzida em 2016

29,3% acreditam que reduzirão a contratação formal de empregados

80,9% acham que haverá aumento no preço do diesel; 79,1% de lubrificante e

79,6% de pneus

67,0% acham que a inflação aumentará; para 70,4%, haverá aumento na carga

tributária;

66,4% acham que a taxa de juros vai se elevar e 56,3% apontam aumento na taxa

de câmbio

INFRAESTRUTURA E INVESTIMENTOS

62,4% consideram que infraestrutura de transporte é insuficiente

53,7% consideram a qualidade da infraestrutura existente no país ruim ou

péssima

42,2% acreditam que a qualidade da infraestrutura será apenas mantida em 2016

45,1% acreditam que os investimentos públicos serão reduzidos em 2016

42,9% esperam que os recursos privados investidos em 2016 sejam mantidos no

mesmo patamar de 2014

RODOVIÁRIO DE CARGAS

36,4% dos empresários dispensaram transportadores autônomos de carga

agregados em 2015

Para 2016, apenas 17,3% das empresas devem aumentar a contratação de

transportadores

autônomos de carga agregados

57,2% relataram aumento no roubo de cargas, no último ano, nas áreas em que

atuam

FERROVIÁRIO DE CARGAS

100% das concessionárias têm invasões de faixas de domínio e passagens em

nível em suas malhas (anteriores às concessões)

60% das empresas esperam aumento no volume de cargas movimentadas em 2015

e 2016

80% apontam a necessidade de definição de regras de reversibilidade dos

contratos

100% apontam necessidade de revisão da Resolução ANTT nº 2.695/2008, que

estabelece

precedentes para a execução de obras na malha ferroviária

TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

50,6% afirmaram haver mecanismos de priorização do transporte público coletivo

nas cidades em que operam

Entre os benefícios da priorização do transporte público estão: redução do tempo

em trânsito dos

veículos (65,5%), maior pontualidade nas rotas operadas (17,8%) e economia de

combustível (9,5%)

49,4% afirmaram haver plano de mobilidade nos municípios em que operam

83,1% das empresas afirmam que medidas de redução da intervenção do governo

no mercado (gratuidades, tarifas etc) é a ação que mais beneficiaria o

desempenho da atividade.

TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO

Falta de recursos financeiros (44,5%) e de projetos (22,2%) são dois dos principais

entraves à

expansão das linhas férreas

77,8% das empresas tiveram seus custos operacionais elevados em 2015

No caso do aumento do custo com energia elétrica, 66,7% dos empresários

afirmaram que foram prejudicados pelo sistema de bandeiras tarifárias de energia

elétrica, implementado pela Aneel

55,6% dos entrevistados afirmaram que a principal medida para melhorar a

operação das empresas é o deslocamento do horário de pico de energia para o

sistema metroferroviário

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS (INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL)

39,6% afirmaram transportar usuários beneficiários de gratuidades

Desoneração de combustíveis é apontada por 66,7% dos entrevistados como a

ação mais

importante para as empresas

91,0% não aprovam a volta da cobrança da Cide-combustíveis

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO (NAVEGAÇÃO MARÍTIMA E INTERIOR)

57,5% das EBNs(Empresas Brasileiras de Navegação) revelaram aumento do custo

operacional em 2015

84,6% dos empresários apoiam a criação de novos centros de formação de oficiais

no país, com autorização da Marinha do Brasil

53,8% dos entrevistados utilizamTUPs(Terminais de Uso Privado) em suas

operações. Desses, 42,8% afirmam preferir TUPs por serem mais eficientes

As ações mais importantes para o segmento são o programa continuado de

dragagens, a liberação de construção de novos TUPs e derrocamentos em pontos

estratégicos

TRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIROS

66,7% das empresas aéreas esperam aumentar o volume de passageiros em 2016

83,3% dos entrevistados afirmaram que a taxa de câmbio tem elevado impacto

sobre a atividade

O problema citado por 100% dos representantes da aviação civil brasileira é o alto

custo dos insumos

Redução da alíquota de ICMS incidente sobre o QAV (querosene de aviação) é

apontada comonecessária. Empresas desejam alíquota máxima de 12%

26.11.2015

Cai número de indenizações por invalidez permanente pagas pelo

DPVAT em 2015

De janeiro a setembro de 2015, o seguro DPVAT pagou 518,3 mil indenizações a

vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Dessas, 33,2 mil foram por morte,

409,2 mil por invalidez permanente e 75,8 mil foram reembolsos de despesas

médicas e hospitalares. Apesar de os números serem elevados, uma notícia é boa:

as três modalidades apresentaram reduções expressivas, de 17%, 5% e 15%,

respectivamente.

A Seguradora Líder, que administra o DPVAT, chama a atenção para a queda nos

casos de invalidez permanente, que vinham crescendo de forma progressiva. Em

2014, por exemplo, o incremento foi de 34% na comparação com 2013. “Vemos

como uma evolução essa redução no número de indenizações pagas por invalidez

permanente, pois vinha crescendo de forma progressiva. Isso mostra que o

esforço em realizar uma fiscalização mais incisiva, tornar os veículos mais

seguros e melhorar a percepção da população quanto aos riscos do trânsito vem

surtindo efeito. Mas os números ainda são comparáveis a de uma guerra civil, o

que nos mostra que temos muito trabalho pela frente”, avalia o diretor-presidente

da Seguradora Líder, Ricardo Xavier.

Mais uma vez, a motocicleta foi o veículo com o maior número de indenizações,

apesar de representarem 27% da frota do país. De janeiro a setembro, acidentes

com moto motivaram 76% dos pagamentos. Desses casos, 82% foram para

invalidez permanente e 4% para morte, sendo que a maior parte foi no Nordeste,

onde quase metade da frota de veículos é formada por motocicletas.

O Sudeste teve a maior parcela de acidentes com óbito (37%) e concentrou o maior

número de casos envolvendo automóveis (48%). É nessa região que estão 49% de

veículos cobertos pelo seguro DPVAT.

Seguro DPVAT

O seguro é pago a todas as vítimas de acidente de trânsito ou familiares. O valor é

liberado até 30 dias depois da solicitação e entrega da documentação. O pedido

de indenização deve ser realizado, gratuitamente, em um ponto oficial de

atendimento, sem a necessidade de intermediários.

São três tipos de cobertura: morte (R$ 13,5 mil), invalidez permanente (até R$

13,5 mil) e reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2,7 mil).

Mas informações estão disponíveis no site www.dpvatsegurodotransito.com.br ou

pelo telefone 0800 022 1204. Os Correios também recebem os pedidos de

indenização.

24.11.2015

Ministério das Cidades diz que monotrilho da linha 18

“pode não ser a melhor solução”

ADAMO BAZANI

Sem previsão de início das obras, com estimativa de custo atual de R$ 305

milhões por quilômetro e capacidade de atendimento para 430 mil pessoas por

dia, o monotrilho da linha 18 Bronze, projetado para ligar o ABC Paulista à

Capital, continua rendendo muita polêmica e ainda é uma incerteza.

Nesta segunda-feira, 23 de novembro de 2015, a Comissão de Transportes e

Comunicações da Assembleia Legislativa recebeu o secretário estadual de

Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e o secretário nacional da

Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, para discutir os

motivos pelos quais o trem, que circula em elevados , ainda não teve as obras

iniciadas.

Enquanto o governo do estado diz que as obras não começaram por questões

financeiras, o governo federal garante que a maior preocupação é sobre a

viabilidade do modal.

Clodoaldo Pelissioni disse que a Parceria Público Privada (PPP) para a Linha 18 foi

assinada em agosto de 2014, sendo que a partir dessa data haveria ainda mais

seis meses para a execução do contrato, prazo que já foi esgotado. Como as obras

do monotrilho não começaram, o governo do estado de São Paulo e o Consórcio

ABC Integrado assinaram um aditamento de contrato que termina em fevereiro de

2016.

Segundo Pelissioni, o governo do estado aguarda R$ 1,2 bilhão do governo federal

por meio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social. Mas

este valor só seria liberado caso fossem realizadas as desapropriações, que

demandariam em torno de R$ 500 milhões, recursos que dependem de um aval da

Caixa Econômica Federal por meio do Cofiex – Comitê de Financiamento Externo.

O deputado estadual Orlando Morando disse que recebeu um e-mail da instituição

informando que não há previsão de o recurso ser liberado.

Já o secretário nacional da Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, comentou que o

governo federal não tem objeções pela ligação contar com um monotrilho em vez

de outro modal, mas que o meio de transporte parece não ser a melhor solução.

Como prevê o contrato de execução de obras, é necessário primeiro a linha 17

Ouro, da zona Sul de São Paulo, começar a operar para verificar eventuais

problemas técnicos e operacionais.

“Nos causa preocupação a forma pela qual se trabalha a solução. Não estamos

convencidos de que a solução será a mais adequada … Isso não quer dizer que

nós boicotemos” – disse, segundo a agência da Assembleia.

Dario acrescentou ainda que um dos temores, pela estrutura exigida por um

monotrilho, com estações e pilastras para os elevados, é que eventualmente, não

havendo dinheiro para a conclusão ou não se comprovando a viabilidade técnica

depois da operação em outras linhas, o monotrilho da linha 18 se torne um

“esqueleto”.

Para exemplificar, Dario citou as obras da linha 15 Prata (zona Leste de São Paulo)

e 17 Ouro (zona Sul), que contaram com recursos federais, e estão com estações

congeladas, o que segundo ele, gera um “desconforto”.

Pelissioni reagiu e disse que as obras de monotrilho não são esqueletos: “São

Paulo não tem esqueleto. Na linha 17 temos 1.500 empregados trabalhando e na

linha 15, 1.900.”

O secretário municipal de transportes de São Bernardo do Campo, Oscar José

Garneiro Silveira Campos, defendeu o monotrilho que, segundo ele, já é um

modal “comprovado em outros países”.

No entanto, um estudo intitulado “A verdadeira realidade dos monotrilhos

urbanos – Sonho ou Utopia: De volta ao Futuro?”, do engenheiro e mestre em

Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia – IME, Marcus Vinicius Quintella

Cury, mostrou que diversos países desativaram suas redes de monotrilho por

causa de altos custos e problemas operacionais.

http://marcusquintella.com.br/sig/lib/uploaded/estudos/MONOTRILHO__Sonho_

ou_Utopia_.pdf

No dia 1º de dezembro de 2010, a Revista Exame publicava uma matéria da

repórter Alexa Salomão, intitulada “A conta não fecha com os monotrilhos”,

também apresentando dados de especialistas sobre custos em relação à demanda

atendida e modelos abandonados no mundo. Na época, se discutia algumas obras

em São Paulo:

http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0981/noticias/a-conta-nao-

fecha

Se houver liberação dos recursos para desapropriação, com a liberação dos R$

500 milhões pelo Cofiex, as obras só devem começar no segundo semestre de

2016 e serão concluídas em 2020.

O MONOTRILHO DO ABC:

Quando(e se) completo, o monotrilho do ABC deve ter 15,7 quilômetros de

extensão, partindo de São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São

Caetano do Sul até a Estação Tamanduateí, na Capital Paulista, onde deve fazer

integração com a linha 10-Turquesa da CPTM – Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos e a linha 2- Verde do Metrô.

Previsão Inicial de entrega: Final de 2014/Início de 2015

Previsão atual de entrega: Sem definição, embora que o governo estadual acena

para a possibilidade de ser em 2020

Data de assinatura do contrato de construção: 22 de agosto de 2014

Modelo: Parceria Público-Privada PPP

Empresas vencedoras da licitação para construção e operação: Primav,

controladora do grupo EcoRodovias e empreiteira CR Almeida , Encalso, Cowan e

a o grupo argentino Benito Roggio Transportes – Consórcio ABC Integrado. Deve

operar com o nome: VemABC – Vidas em Movimento

Duração do Contrato: 21 anos de operação e manutenção

Custo inicial das obras: R$ 4,2 bilhões

Custo atual das obras: R$ 4,8 bilhões – 14% a mais

Extensão total: 15,7 quilômetros – trecho inicial de 14,9 quilômetros

Custo Atual por quilômetro: R$ 305 milhões 732 mil (o quilômetro de metrô é

em média de R$ 750 milhões, mas transporta até dez vezes mais pessoas e o

custo do quilômetro BRT completo é de R$ 30 milhões transportando a

quantidade semelhante de pessoas)

Demanda a ser transportada: 340 mil passageiros por dia

Estações da fase inicial: SÃO BERNARDO DO CAMPO – Estação Djalma Dutra

(55,7mil passageiros/dia) , Estação Paço Municipal (21,9 mil passageiros/dia) ,

Estação Baeta Neves (11,2mil passageiros/dia); Estação Senador Vergueiro

(7,7mil passageiros/dia) , SANTO ANDRÉ – Estação Fundação Santo André (5

mil passageiros/dia), Estação Afonsina (14mil passageiros/dia), SÃO CAETANO

DO SUL – Estação Instituto Mauá (20,8mil passageiros/dia), Estação Praça Regina

Matiello (16,5mil passageiros/dia), Estação Estrada das Lágrimas (13,5mil

passageiros/dia), Estação Espaço Cerâmica (8,8 mil passageiros/dia), Estação

Goiás (8,9mil passageiros/dia) SÃO PAULO Estação Vila Carioca (depende de

adequações urbanísticas e não foi incluída na primeira fase).- Estação

Tamanduateí (121,5mil passageiros/dia)

Estações segunda fase: Praça Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho e Capitão

Casa (SÃO BERNARDO DO CAMPO)

Estrutura operacional: 26 trens, um pátio de estacionamento e manutenção de

trens, três terminais de integração intermodal e um estacionamento para três

trens ao longo da linha.

OS MONOTRILHOS DE SÃO PAULO:

A linha 15 Prata deveria ter 26,7 quilômetros de extensão, 18 estações entre

Ipiranga e Hospital Cidade Tiradentes ao custo R$ 3,5 bilhões com previsão de

entrega total em 2012. Agora, o orçamento está 105% mais alto, com o valor de R$

7,2 bilhões. O custo por quilômetro sairia hoje por R$ 269 milhões. A previsão de

9 estações agora é para 2018. Está congelado o trecho entre Hospital Cidade

Tiradentes e Iguatemi e Vila Prudente-Ipiranga. O governo do estado promete

atendimento a uma demanda de 550 mil passageiros por dia

A linha 17 ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18

estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do

Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Hoje,

o orçamento está 41% mais caro somando R$ 5,5 bilhões e a previsão para a

entrega de 8 estações até 2017. Atualmente, o custo por quilômetro seria de R$

310 milhões. O monotrilho, se ficar pronto, não deve num primeiro momento

servir as regiões mais periféricas. Assim, os trechos entre Jabaquara e a

Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região

do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras

congeladas.

Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4

Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação

Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e

Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando

estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417 mil e 500

passageiros por dia.

A linha 18 Bronze deveria ter 15,7 quilômetros de extensão, com 13 estações

entre a região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, até a estação

Tamanduateí, na Capital Paulista ao custo de R$ 4,5 bilhões com previsão de

entrega total em 2015. Agora, o orçamento está 14% mais caro, chegando a R$ 4,8

bilhões, sem previsão de entrega. A previsão de demanda é de até 340 mil

passageiros por dia, quando completo. O custo hoje por quilômetro seria de R$

305 milhões. Como as obras não começaram, especialistas defendem outro meio

de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até

10 vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.

26.11.2015

Recadastramento obrigatório no RNTRC começa dia 1º de dezembro

ANTT diz que postos de atendimento poderão apresentar dificuldades em razão

de instabilidades no sistema

No dia 1º de dezembro, terça-feira, terá início o período de recadastramento

obrigatório dos transportadores no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores

Rodoviários de Cargas). Os primeiros que devem regularizar a situação junto à

ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) são aqueles com veículos cuja

placa termina com 1, que terão até 31 de janeiro para realizar o procedimento.

Até dia 1º, está aberto o prazo para o recadastramento voluntário. A Agência, no

entanto, admite que os motoristas poderão enfrentar algumas dificuldades, em

razão de instabilidades no sistema de suporte ao cadastro de transportadores.

Conforme a ANTT, em razão da necessidade de ajustes nesse sistema, os postos

de atendimento aos transportadores, começaram a funcionar somente em 19 de

novembro, com três dias de atraso.

“É possível que até 1º de dezembro alguns pontos de atendimento apresentem

problemas localizados. Durante esse período, poderá haver instabilidades e

ajustes para melhorar o atendimento aos transportadores”, diz nota divulgada

pela Agência.

O registro é realizado em três etapas: cadastro e renovação de informações em

ponto de atendimento credenciado (cada sindicato ou entidade pode ter mais de

um ponto nos municípios de sua base territorial); identificação visual dos

veículos (adesivo); identificação eletrônica dos veículos (TAG).

Os pontos de atendimento não podem realizar alteração de domicílio, que deve

ser providenciado junto aos Detrans (Departamentos de Trânsito), nem

cancelamento e reativação do registro.

O cronograma de recadastramento é o seguinte:

1 – 01/12/2015 a 31/01/2016

2 – 01/02/2016 a 08/03/2016

3 – 09/03/2016 a 14/04/2016

4 – 15/04/2016 a 21/05/2016

5 – 22/05/2016 a 27/06/2016

6 – 28/06/2016 a 03/08/2016

7 – 04/08/2016 a 09/09/2016

8 – 10/09/2016 a 16/10/2016

9 – 17/10/2016 a 22/11/2016

0 – 23/11/2016 a 31/12/2016

24.11.2015

Governo estuda concessões patrocinadas de rodovias, diz

secretária

A ideia é viabilizar as concessões em rodovias com menos tráfego,

nas quais o valor dos pedágios precisa ser elevado para remunerar o

investimento do setor privado

O Ministério dos Transportes estuda lançar um modelo alternativo para

concessões de rodovias que são menos atrativas para o setor privado. Segundo a

secretária-executiva da pasta, Natália Marcassa, o governo federal pode promover

concessões patrocinadas, em que a União arcaria com os investimentos em obras

e o setor privado apenas com a operação e manutenção das vias.

Inédito no governo federal, esse modelo já foi adotado por alguns governos

estaduais, como o de Minas Gerais. A ideia é viabilizar as concessões em rodovias

com menos tráfego, nas quais o valor dos pedágios precisa ser elevado para

remunerar o investimento do setor privado.

"Estamos estudando contratos melhores para as empresas, que ficariam

responsáveis apenas pela manutenção. O investimento seria feito pelo governo

federal", disse ela durante o Fórum Infraestrutura de Transporte, realizado nesta

terça-feira (24) pela Folha de S.Paulo, na capital paulista.

"Essa é uma iniciativa que o ministério está trabalhando. Pode ter anúncios nesse

sentido no ano que vem", afirmou a secretária-executiva, que também comentou a

viabilidade do novo programa de investimentos em logística do governo federal.

Segundo ela, o ministério quer estimular a participação de novas empresas no

setor, inclusive de médio porte e estrangeiras. Para isso, será permitido que

investidores estrangeiros liderem consórcios ou tenham participação de 100% nos

mesmos, com apoio do BNDES.

Presente na mesma mesa de debates, o presidente da Aneor, José Alberto Ribeiro,

apoia a entrada de mais empresas no setor. "A crise traz oportunidades para as

empresas grandes e médias participarem desses leilões de concessão. É

importante ter mais gente participando", afirmou.

TRANSFERÊNCIA

Durante o painel que debateu as obras mais desafiadoras e os projetos em

infraestrutura mais desafiadores nos próximos anos, Claudio Frischtak,

presidente da consultoria Inter B., destacou a necessidade de o governo federal

aumentar os investimentos em infraestrutura para reduzir o deficit logístico do

país, estimado entre R$ 400 bilhões e R$ 600 bilhões.

Segundo ele, os investimentos em infraestrutura de transporte correspondiam a

2% do PIB há 40 anos. Nas décadas de 1990 e 2000, a média foi de 0,63% do PIB,

enquanto na década atual, subiu para 0,93% do PIB, o que ainda é insuficiente.

"Deveríamos estar investindo no mínimo 3% do PIB para recuperar a nossa malha.

Ou seja, estamos investindo um quarto do que seria preciso", disse.

Frischtak destacou que é preciso dar um salto nos aportes, e que é um engano

pensar que o governo federal pode passar a integralidade dos investimentos para

o setor privado.

De acordo com ele, para cada R$ 100 gastos pelo governo federal em 2014, R$

2,27 foram destinados ao setor. "Os investimentos em infraestrutura foram

equivalentes a 2% do orçamento executado. Neste ano os números são muito

piores. É preciso discutir quais são as prioridades orçamentárias do país."

Ele definiu como principais desafios logísticos as áreas de mobilidade urbana, em

que há falta de planejamento e de recursos do setor público; e de ferrovias. "O PIL

2 é um exercício de ficção no que diz respeito a ferrovias. Só ficaria em pé em

forma de PPP (Parceria Público Privada) e não seria uma PPP trivial. O Estado tem

que comparecer com no mínimo com 70% ou 80%, afirmou.

As maiores oportunidades, afirmou, estão nas concessões de aeroportos e de

rodovias. Ele destacou, porém, que entraves no mercado de crédito podem

dificultar as concessões.

23.11.2015

Governo eleva para 10,6% taxa de retorno de concessões

ferroviárias

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Fazenda informou nesta segunda-feira que

decidiu elevar a taxa interna de retorno (TIR) de referência para os investidores

interessados nos próximos leilões de concessões de ferrovias do país, de 8,5 por

cento para 10,6 por cento.

A "atualização tem objetivo de tornar os ativos ferroviários no Brasil competitivos

com relação a alternativas semelhantes de investimento", afirmou o ministério em

comunicado à imprensa.

As concessões de ferrovias estão situadas em importantes áreas agrícolas

brasileiras, o que poderá elevar a competitividade do agronegócio e de outros

produtos do país no futuro.

A medida ocorre depois de o governo federal já ter elevado a taxa de retorno das

novas concessões de aeroportos, portos e rodovias, em julho, também em esforço

para tornar o programa de concessões mais atraente ao investidor.

A Fazenda apontou que o valor de referência não equivale à taxa efetiva de

retorno dos próximos leilões, que depende de características de cada concessão.

Os próximos trechos ferroviários a serem concedidos na segunda etapa do

Programa de Investimentos em Logística (PIL) envolvem Ferrovia Norte-Sul entre

Açailândia (MA)/Barcarena (PA) e Palmas (TO)/Anápolis(GO), com investimento

estimado de 7,8 bilhões de reais; trechos da mesma via entre

Anápolis(GO)/Estrela D´Oeste (SP) e Estrela D´Oeste (SP)/Três Lagoas (MS), com

investimento de 4,9 bilhões de reais; e trecho da ferrovia Lucas do Rio Verde

(MT)/Miritituba (PA), com investimento de 9,9 bilhões de reais.

Procurado, o Ministério dos Transportes não soube estimar quando os leilões vão

ocorrer ou estimativa de arrecadação, mas afirmou que os estudos sobre as

concessões "estão prontos".

26.11.2015

Plano de Logística Portuária será lançado em dezembro,

diz ministro

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Helder Barbalho, disse que a segunda

fase do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) será lançado em dezembro.

Segundo ele, o plano visa “a construção de um diagnóstico do setor portuário e a

capacidade de fazer um prognóstico até 2042 levando em consideração números

e dados”, disse o ministro. Barbalho participou, no início da tarde desta quarta-

feira, do Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido pelo jornal Folha de

S.Paulo, no auditório Unibes Cultural, na zona oeste da capital paulista.

Segundo o ministro, o Brasil possui, atualmente, 37 portos públicos e 176

terminais de uso privado com capacidade de oferta de 1,43 bilhão de

toneladas/ano de operação. “Hoje utilizamos 63% dessa oferta”, disse ele, que

aposta em um crescimento do setor.

“O cenário é de pleno crescimento, de avanço. Entre 2003 e 2014 tivemos

crescimento de 70% na demanda portuária, na movimentação de carga nos portos

brasileiros. No último ano, crescimento de 4,1% com estimativa de que, este ano,

fechemos com crescimento de 4,8%”, disse Barbalho. Para os próximos 25 anos,

estimou o ministro, a previsão é de crescimento de 103% na movimentação de

carga nos portos brasileiros.

Durante o evento, o ministro falou que os investimentos públicos e privados

previstos para o setor nos próximos cinco anos somam R$ 51 bilhões, sendo R$

3,9 bilhões de investimentos públicos em dragagens e melhorias portuárias. Do

setor privado estão previstos R$ 19,6 bilhões em novos terminais, R$ 16,2 bilhões

em novos arrendamentos e R$ 11 bilhões em renovações contratuais. “Nossa

orientação e determinação é facilitar que o investimento privado possa acontecer,

garantindo segurança jurídica e estabilidade do ambiente da atividade portuária”,

disse Helder Barbalho

O diretor-presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen

Manteli, também participou do evento e destacou que o setor ainda precisa ser

estruturado, reduzindo a burocracia, qualificando a mão de obra e melhorando o

acesso aos portos. “Outra questão é que é preciso descentralizar o setor”,

defendeu ele.

Leilões

O ministro falou ainda sobre o leilão marcado para o dia 9 de dezembro, em São

Paulo, de quatro áreas a serem licitadas: uma em Vila do Conde, no Pará, e outras

três em Santos, São Paulo. O leilão prevê investimentos da ordem de R$ 1,1

bilhão. De acordo com o ministro, a maioria dos interessados é formada por

empresários brasileiros. “Logo em seguida continuaremos a segunda fase do

primeiro bloco, que são outras quatro áreas, todas no Norte: três em Belém, na

capital paraense, e uma quarta área em Santarém, no estado do Pará”.

Durante o evento, Manteli questionou o ministro sobre os contratos dos terminais

portuários pré-1993, que estão vencidos ou prestes a vencer, e que forçam a

maioria dos terminais a operar via liminar. Antigamente, as empresas tinham um

contrato de aluguel para operar nos terminais, que eram renovados. A partir de

1993, com a Lei dos Portos, o critério para exploração de uma área portuária

pública passou a exigir licitação.

Segundo Manteli, os processos de licitação são demorados e o governo deveria

criar um mecanismos para antecipar a prorrogação desses contratos. “É preciso

antecipar a prorrogação para gerar segurança jurídica para os investidores. Serão

mais bilhões de reais sendo investidos. É um processo rápido”, disse ele.

Em resposta a Manteli, o ministro disse que o governo estuda estender esses

contratos pré-93 por meio de um decreto. “Há uma discussão com o Congresso

Nacional e há uma discussão interna no governo para que seja feito um decreto

presidencial que permita a operação das operações pré-93 e vamos prosseguir

discutindo esse assunto porque desejamos construir, o mais rápido possível, uma

solução que permita esses investimentos”, disse o ministro.

27.11.2015

Cidades terão veículos modernos, mas falta integração de

modais urbanos

As obras de transporte urbano que serão realizadas nos próximos anos no Brasil

deixarão o país mais perto de inovações tecnológicas vistas em regiões

consideradas exemplo de mobilidade ao redor do mundo.

Há, por exemplo, obras de BRTs (transporte rápido por ônibus, na sigla em

inglês), adotados por países como Espanha, Suíça e Colômbia, em diversas

cidades brasileiras. O VLT (veículo leve sobre trilho), espécie de bonde moderno

utilizado em países europeus, também será adotado nos próximos anos.

As novidades não estão apenas nos modelos a ser implementados –há também

soluções para sistemas já conhecidos. É o caso do metrô sem condutor,

implementado na linha 4-amarela do metrô de São Paulo, capaz de aumentar a

eficiência energética e reduzir o intervalo entre os trens em até 40%, segundo a

Siemens, responsável pela tecnologia.

A partir de 2020, os passageiros da linha 6-laranja também poderão usufruir da

tecnologia. "Os sistemas são modernos, comparáveis aos melhores do mundo",

diz Gustavo Guerra, presidente da Odebrecht Mobilidade, parte do consórcio que

realiza a construção da linha 6.

Mas, de acordo com especialistas, faltam na ampliação da oferta de transporte

projetos que aumentem a integração entre os modais.

"Temos que integrar o ônibus, o BRT, o VLT, o monotrilho, e também pensar nas

pessoas que completam seus percursos a pé ou de bicicleta", afirma Clodoaldo

Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitano de SP.

O professor da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães cita a importância de

terminais de transferência entre o transporte sobre trilhos e os ônibus.

"O metrô é bonito, moderno, mas quando o passageiro sai do trem, precisa andar

vários quarteirões na chuva para pegar o ônibus", diz consultor Horácio Figueira.

"Isso é rudimentar, e parece que ninguém quer resolver."

Para ele, isso acontece porque ninguém quer arcar com os custos extras. "Quem

constrói o metrô não acha que é responsabilidade dele fazer, também, o terminal.

Isso deveria ser dividido com o poder municipal", afirma.

CONCORRÊNCIA

O presidente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores sobre

Trilhos), Joubert Flores, afirma que há, hoje, competição entre os modais, o que

prejudica o funcionamento do sistema de transporte urbano.

Segundo ele, em regiões desenvolvidas há órgãos responsáveis por planejar e

gerenciar o sistema para que ele seja eficiente mesmo sem competição,

garantindo aos passageiros uma menor tarifa com qualidade.

Embora a integração melhore a experiência do usuário do transporte coletivo,

alguns acreditam que ela não é suficiente para fazer com que parte da população

abandone os meios privados de deslocamento.

Para isso, será preciso, ainda medidas que tornem proibitivo o custo de utilização

do carro. "Na hora de escolher o modal, as pessoas levam em conta tempo e

custo", diz Eduardo Vasconcellos, assessor da ANTP (associação de transportes

públicos). Para ele, o custo para circular com veículo próprio ainda é baixo. "Na

Europa, você paga seis vezes mais para andar de carro que de coletivo. Aqui,

paga-se a mesma coisa, ou até menos."

O QUE ESTÁ POR VIR

Obras de transporte urbano nos próximos anos

Metrô em São Paulo

O governo de Geraldo Alckmin vai conceder a operação da linha 5-lilás do metrô à

iniciativa privada. Ela deve ganhar até 2018 mais 11,5 km, com dez novas

estações

A linha 6-laranja, que vai ligar a Brasilândia até a estação São Joaquim, deve

iniciar suas operações em 2020. Terá integração com duas linhas da CPTM

VLT

Os veículos leves sobre trilhos, espécie de bonde visto em países da Europa, terão

operação em diversas cidades brasileiras, com início a partir do ano que vem.

Entre os municípios com obras ou projetos para o VLT estão Rio, Fortaleza (CE),

Salvador (BA), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Campinas (SP) e cidades da Baixada

Santista, também em São Paulo

Trens

Além das duas linhas do monotrilho que serão construídas pelo governo do

Estado de São Paulo, há outros projetos para o transporte ferroviário em

andamento no país. Um exemplo é o trem intercidades, que vai ligar municípios

do interior de SP. Há ainda o trem pé vermelho no Paraná e o regional entre

Brasília e Luziânia (GO)

BRT

Chamado de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), o sistema é

caracterizado por corredor exclusivo para que os veículos circulem com mais

agilidade. Além disso, a cobrança é feita fora dos ônibus, para aumentar ainda

mais a rapidez. Está em implementação em cidades como Porto Alegre (RS), Belo

Horizonte (MG) e Belém (PA).

27.11.2015

Decea regulamenta uso do espaço aéreo por drones

Outras regras sobre licenciamento e autorização para uso dos

equipamentos ainda serão fixadas pela Anac

O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) regulamentou o uso do

espaço aéreo brasileiro por aeronaves remotamente pilotadas, os drones. As

regras estão previstas na ICA (Instrução do Comando da Aeronáutica) 100-40, em

vigor desde 19 de novembro, e valem para usos que não sejam para esporte e

lazer.

Conforme o documento, os drones somente poderão acessar o espaço aéreo

brasileiro após a emissão de uma Autorização Especial, que deve ser solicitada

junto ao Órgão Regional do Decea. A

Instrução esclarece como se dá o processo

de solicitação e as informações necessárias

para a autorização. Em princípio, será

proibido o voo sobre áreas povoadas e

grupos de pessoas, exceto em situações

específicas autorizadas pelos órgãos

responsáveis.

A ICA 100-40 fixa, também, os limites de altura que os equipamentos poderão

alcançar, de acordo com o peso do drone. A limitação será de, no máximo, 120

metros para aeronaves não-tripuladas de até 25kg. Quando elas forem maiores, o

voo deverá ser realizado em espaço aéreo segregado, independentemente da

altura. Para isso, deverá ser feita a solicitação formal ao órgão regional

responsável pela área pretendida para o voo, com antecedência mínima de 30

dias antes da data de início da operação.

O Decea vai dar início a uma regulamentação específica para drones utilizados

para esporte e lazer e deve divulgar as normas em 2016.

Regras da Anac

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também está trabalhando na

regulamentação das aeronaves remotamente pilotadas. Uma proposta foi posta

em consulta pública, que encerrou no dia 2 de novembro. O objetivo é estabelecer

como se dará a certificação dos equipamentos, restrições para seu uso, a fim de

garantir a segurança das pessoas que estão em solo, e as exigências de habilitação

para os pilotos.

Para ler a íntegra da ICA 100-40, clique aqui.

27.11.2015

Multa de cadeirinha em van escolar fica para 2017

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) decidiu adiar o início da

fiscalização sobre a obrigatoriedade de "cadeirinhas” em vans e ônibus escolares.

Os veículos deveriam oferecer o equipamento para crianças de até 7 anos a partir

de 1.º de fevereiro de 2016, mas as multas a motoristas que desrespeitarem a

medida só começarão a ser aplicadas em fevereiro de 2017. A alteração deve ser

publicada nesta sexta-feira, 27, no Diário Oficial da União.

De acordo com diretor do Denatran, Alberto Angerami, a mudança visa a oferecer

tempo a fabricantes das cadeirinhas para que o mercado esteja abastecido. "Não

queremos que haja exploração, com preços abusivos. Se a fiscalização começasse

a valer em fevereiro, o mercado não estaria abastecido convenientemente”, disse.

Angerami explicou que a resolução que prevê o uso do equipamento nos veículos

de transporte escolar entrará em vigor em 2016, tendo sido adiada apenas a

fiscalização. "Se um pai levar a cadeirinha, o motorista é obrigado a usá-la. É

assim que vai funcionar”, acrescentou.

A obrigatoriedade havia sido anunciada pelo Ministério das Cidades em junho

deste ano e causou reação de associações de motoristas e proprietários de vans e

ônibus escolares em todo País, desencadeando protestos em São Paulo e em Belo

Horizonte, por exemplo.

A mudança foi debatida em audiência no Conselho Nacional de Trânsito (Contran)

na quarta-feira desta semana. Angerami disse que a medida foi tomada com a

devida transparência. "O conselho conta com participantes de diferentes

ministérios e foi devidamente debatida”, disse.

Carros. Os equipamentos de segurança em carros particulares já são obrigatórios

desde setembro de 2010. Em abril daquele ano, o Denatran havia informado que

deveria estender a obrigatoriedade do uso ao transporte escolar. Segundo o órgão

informou naquela oportunidade, a medida só seria aplicada depois de uma

discussão do tema nas câmaras temáticas do Contran.

O descumprimento da norma em carros de passeio está sujeito a penalidade

prevista no artigo 168 do Código de Trânsito Brasileiro, que considera a infração

gravíssima e prevê multa de R$ 191,54 mais 7 pontos na Carteira Nacional de

Habilitação.

A legislação vigente determina que crianças de até 1 ano sejam transportadas no

"bebê-conforto”. Entre 1 ano e 4 anos, em cadeirinhas com encosto e cinto

próprios. Dos 4 anos aos 8 anos incompletos, a cadeirinha não precisa ter encosto

(assento de elevação ou booster), mas deve permanecer atada ao cinto de

segurança.

27.11.2015

Novo serviço do Uber oferece transporte para animais de

estimação

O Uber inaugurou o UberPet, um novo serviço em que o dono pode carregar seu

animal de estimação pelas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Lançado no dia

13 de novembro, o UberPet permite o transporte do bicho sempre acompanhado

pelo usuário.

Animais mais exóticos, como cobras, também são permitidos. O dono, no entanto,

precisa ter o controle do seu animal dentro do carro. Um réptil, por exemplo,

deve ser transportado numa caixa. Ao solicitar o aplicativo, é necessário indicar

que haverá um animal na viagem, para o motorista cobrir o banco traseiro com

uma capa impermeável. A empresa informa que os usuários deverão arcar com

uma taxa caso o bichinho danifique o veículo.

“Já levei três clientes com cachorros grandes, e eles ficaram muito felizes. Todos

se comportaram. Ouvia muito passageiro reclamando que alguns táxis não

transportam animais, então achei muito legal a ideia”, comentou o motorista

Jorge Magalhães ao jornal “O Globo”.

26.11.2015

Ford cria traje que permite o motorista entender os riscos

de dirigir sobe efeito de drogas

A Ford, em parceria com o Instituto Meyer-Hentschel, da Alemanha, realizou um

programa de educação inédito que simula, em situação próxima ao real, os efeitos

do uso de drogas ilícitas no corpo de uma pessoa ao dirigir um veículo. Para essa

experiência, foi criado um traje especial, chamado pelos cientistas de “roupa de

motorista drogado”, que reproduz os danos físicos, como o tempo de reação mais

lento, a visão distorcida, tremor nas mãos e baixa coordenação motora

produzidos por drogas como maconha, cocaína, heroína, Ecstasy e LSD.

Anteriormente, a Ford já havia concebido a “roupa de motorista embriagado”.

Agora, o novo traje usa recursos como cotoveleiras, munhequeiras, joelheiras,

pesos nos pés, óculos e headphones para reduzir os movimentos, o tempo de

reação e o equilíbrio.

O objetivo desse simulado é aprofundar as pesquisas nesta área e sensibilizar o

público, especialmente os jovens, sobre o perigo de dirigir nesse estado. “Dirigir

após consumir drogas ilegais pode trazer consequências fatais para o motorista,

passageiros e outras pessoas nas ruas. Por isso desenvolvemos essa ação de

educação global focada sobretudo nos motoristas mais jovens”, diz Jim Graham,

gerente do programa de educação no trânsito da Ford.

“Sabemos que algumas drogas podem causar tremor nas mãos, por isso

instalamos um dispositivo que produz esse efeito”, diz Meyer-Hentschel Gundolf,

presidente do Instituto Meyer-Hentschel. “Os usuários de drogas às vezes veem

luzes piscando no seu campo periférico, que os óculos reproduzem, e os fones de

ouvido geram sons imaginários. Os óculos também criam sensações visuais

coloridas, um efeito colateral do uso de LSD”.

Segundo a Administração de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA),

cerca de 18% das mortes de motoristas em acidentes envolvem drogas além do

álcool, como maconha e cocaína. Outro estudo, do Instituto Nacional de Saúde

dos EUA, mostra que o risco de se envolver em um acidente praticamente dobra

depois do uso de maconha.

19.11.2015

Má gestão de resíduos, transporte e energia podem fazer Brasil

retroceder em metas de clima 4

Poluição encobre o céu da cidade de São Paulo; Brasil precisa aproveitar oportunidades de redução de emissões nas áreas urbanas

O Brasil vem conseguindo reduções significativas de suas emissões de carbono,

segundo dados do governo federal. Em 2012, o volume era 41,1% menor do que

em 2005, graças a ações em setores como agricultura, florestas e uso do solo.

Mas, de acordo com a cientista Suzana Kahn, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de

Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de

Janeiro (Coppe-UFRJ), estas emissões podem voltar a aumentar se não houver um

esforço de redução nas cidades brasileiras.

A pedido da fundação americana Bloomberg Philanthropies, Kahn realizou um

estudo em parceria com a pesquisadora Isabel Brandão para avaliar

oportunidades de redução de emissões nas áreas urbanas do país.

O trabalho mostra que uma melhor gestão em três áreas - resíduos (esgoto e lixo),

transporte e uso eficiente de energia - podem dar um grande impulso à mitigação

de impactos ambientais e, ao mesmo tempo, aponta que pouco tem sido feito em

relação a elas.

"Ações neste sentido ainda são muito incipientes. Há uma ou outra iniciativa

isolada voltada para pontos específicos, como qualidade do ar ou

congestionamento e que acabam gerando benefícios para o clima, mas o objetivo

principal não tem como foco o meio ambiente", afirma Kahn.

Amanada Eichel, da Bloomberg Philanthropies e conselheira especial para

assuntos climáticos do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, diz que, se o

Brasil não incluir metas voltadas para cidades em seus planos de redução de

emissões, o país pode retroceder em suas metas climáticas.

"O Brasil já é muito urbano: 84% da população vive em cidades, e este índice

subirá para 90% em cinco anos. No entanto, a política climática nacional é muito

focada em ações em florestas e na agricultura", afirma Eichel

"Os resultados destas ações têm sido impressionantes, mas o país ainda não

percebeu a oportunidade que existe nas cidades. Se não agir em outros setores

além destes em que já vem atuando, a expectativa é que as emissões do país

voltem a aumentar entre 2020 e 2030."

Metas

Na prática, isso pode vir a comprometer metas anunciadas pela presidente Dilma

Rousseff na ONU em setembro e que serão apresentadas na Conferência do Clima

em Paris, que terá início em 30 de novembro. Entre os principais objetivos, está a

redução das emissões em 43% até 2030.

Entre as ações propostas para isso - fim do desmatamento ilegal, restauração de

florestas e pastagens e aumento da participação de fontes renováveis na matriz

energética -, não há nenhuma voltada especificamente para as áreas destacas no

relatório da Coppe-UFRJ.

"As cidades têm um poder muito grande neste sentido, porque estão mais

próximas dos cidadãos, e seus gestores podem ser mais cobrados por resultados",

afirma Kahn.

"Os prefeitos também são os principais interessados, pois os impactos das

mudanças climáticas afetarão principalmente as áreas urbanas."

O estudo destaca, por exemplo, que menos da metade do esgoto produzido no

país é coletado e, deste volume, apenas 40% é tratado. Neste quesito, o Brasil é

112º do mundo entre 200 países no Índice de Desenvolvimento Sanitário, da

Organização Mundial da Saúde.

"Isso é chocante", afirma Eichel. "Melhorias nesta área trariam não só melhorias

para qualidade de vida, mas também benefícios significativos para o clima,

porque o metano que é liberado pelo esgoto e pelo lixo é mais prejudicial que o

carbono."

O relatório aponta também que residências e edifícios comerciais em áreas

urbanas respondem por 50% do consumo de eletricidade do país. Se forem

cumpridos novos padrões de eficiência energética nestas construções, como

aproveitamento da luz natural, poderiam ser economizados no país 25.000 GWh,

segundo o estudo.

Em setembro, de acordo com os dados mais recentes da Empresa de Pesquisa

Energética, órgão ligado ao ministério de Minas e Energia, o consumo do país foi

de 37.701 GWh.

Transporte

O relatório identifica também a área de transporte como a de maior potencial de

redução, pois este setor responde pela maior parte das emissões em cidades

brasileiras.

A pesquisa aponta que a Política Nacional de Mobilidade Urbana (que autoriza

estados e municípios a restringir circulação de veículos, entre outras coisas),

lançada em 2012, pode reduzir até 2020 as emissões de transporte de passageiros

em 19,5 milhões de toneladas de CO2 até 2020. Seria o mesmo que anular quase

todas as emissões de uma cidade do porte do Rio, onde 22 milhões de toneladas

de CO2 foram emitidas em 2012.

"Para isso, seria necessário não só melhorar o transporte público, mas também

restringir o uso do carro, criando pedágios urbanos e vetando sua circulação em

áreas da cidade", defende Kahn.

Incentivo ao uso de transporte público pode ter o maior impacto na redução

de emissões

"Se não houver este tipo de penalidade, que é impopular do ponto de vista

político, as pessoas dificilmente deixarão o carro em casa, porque é um meio de

transporte mais confortável."

O relatório destaca iniciativas como o BRT, no Rio de Janeiro. Segundo dados do

estudo, o índice de pessoas usando meios de transporte de massa na cidade

atingirá 63% em 2016, ante 18% em 2010, antes da criação deste sistema de

corredores exclusivos para ônibus.

Eichel, da Bloomberg, destaca, no entanto, que investimentos na infraestrutura de

transportes levam tempo e, por isso, é importante atuar nas outras duas áreas

para que objetivos sejam atingidos no curto prazo.

"Apesar de terem mais impacto, mudanças na rede de transporte demoram mais a

gerar benefícios. As oportunidades de redução com mais eficiência energética

podem ter, por exemplo, um efeito quase imediato."

27.11.2015

Financiamento cresce em quatro anos, mas muda de rota

em 2015

Um balanço ainda parcial

mostra que o Banco Nacional

de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES)

desembolsou, entre janeiro e

outubro de 2015, um total

de R$ 23 bilhões para

projetos da Economia Verde,

classificação internacional

para projetos que

proporcionam a redução de

emissões de gases de efeito-

estufa no meio ambiente.

No ano passado inteiro, o

banco desembolsou R$ 28 bilhões para Economia Verde, com crescimento de 50%

no período de quatro anos (2011-2014). A principal fonte dos recursos é o

orçamento do próprio banco, composto pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador

(FAT), retorno dos empréstimos e captações junto a agências internacionais como

a japonesa JBIC e a alemã KfW.

José Guilherme da Rocha Cardoso, chefe de departamento da área de meio

ambiente do banco, explica que os números finais ainda estão sendo calculados,

mas já se sabe que os valores foram reduzidos e devem fechar 2015 abaixo de

2014.

O motivo é a alteração na política operacional anunciada em dezembro de 2014,

pela qual a participação do banco nos financiamentos caiu de 80% para 70%. "Mas

a área de meio ambiente foi a menos prejudicada e nos últimos doze meses os

desembolsos cresceram 8%", afirma Cardoso.

Os projetos contemplados incluem energias renováveis (biocombustíveis,

hidrelétrica, eólica e solar), eficiência energética, mobilidade urbana (transporte

ferroviário, metroviário e navegação), gestão de água e esgoto e resíduos sólidos

e melhorias agrícolas (produção agropecuária sustentável, recuperação florestal,

armazenamento ambiental, reservas hídricas, entre outros).

Cardoso destaca os programas na área de reflorestamento, como o Fundo

Amazônia, que realiza operações não-reembolsáveis com recursos obtidos de

doações. De acordo com informações do site do banco, as doações somam

atualmente R$ 2 bilhões, dos quais 96% provenientes do governo da Noruega, 3%

do banco de desenvolvimento da Alemanha (KfW) e 1% da Petrobras.

Desse total, R$ 1,2 bilhão estão aprovados para uma carteira de 75 projetos. Além

de conservação, combate a incêndios, controle territorial e cadastramento de

imóveis rurais, o fundo tem cinco outros com foco exclusivo em populações

indígenas na Amazônia Legal.

A experiência com o Fundo Amazônia será apresentada pelo banco em sua

participação na CoP-21. Em um estande que o banco manterá aberto durante a

conferência, serão apresentados ainda 14 projetos de restauração de três mil

hectares de Mata Atlântica por instituições que atenderam a uma chamada pública

realizada em 2009.

Segundo Cardoso, apesar da queda da atividade econômica, os projetos de

renovação florestal despontam entre os demais com uma demanda crescente por

parte de empresas. "Com o Código Florestal indicando a necessidade de

cadastramento rural e recuperação de APP (Áreas de Proteção Ambiental), as

empresas devem pedir mais recursos ao banco".

O BNDES participa ainda como agente do Fundo Clima, um programa do governo

federal para financiar projetos, estudos e empreendimentos cujo objetivo seja a

mitigação de efeitos das mudanças climáticas. O Fundo Clima é parte da Política

Nacional sobre Mudança do Clima, criado pela Lei 12.114/2009, regulamentado

pelo Decreto 7.343/2010 e sua dotação orçamentária é de R$ 560 milhões.

Já o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou em outubro uma

nova linha de financiamento para ajudar instituições financeiras da América

Latina e Caribe no enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas. Os

recursos, num total de US$ 840 milhões (US$ 700 milhões do banco e US$ 140

milhões em contrapartida do país), servirão para implementar estratégias e

sistemas de governança nos portfólios dessas instituições, com o

desenvolvimento de produtos e serviços para abordar a mitigação e adaptação às

mudanças climáticas.

Segundo informações disponíveis no site do BID, a linha de financiamento faz

parte do programa "BeyondBanking", do Departamento de Finanças Estruturadas

(SCF na sigla em inglês), que visa ampliar e aprofundar as relações do BID com

essas instituições, ao mesmo tempo elevar seu conhecimento sobre os

instrumentos de financiamento climático. Para acessar o programa, as instituições

devem ter relacionamento com o BID e atender aos critérios da iniciativa para

promoção de energias sustentáveis e mudanças climáticas.

27.11.2015

China testa primeira linha circular de trem de alta velocidade do mundo

A província de

Hainan, no sul da

China, já iniciou o

teste de um

traçado ferroviário

que completa a

primeira linha de

trem de alta

velocidade do

mundo a circundar

uma ilha. No

período de testes,

até 20 trens vazios

correrão por dia

pela parte oeste do anel ferroviário de 345 quilômetros. Os exercícios testarão

respostas para situações de emergência. As informações são do site da “Revista

Ferroviária”.

Até o fim de 2015 o trecho ocidental será oficialmente posto em operação, com

uma velocidade projetada de 200 km/h, de acordo com seu operador, Companhia

Ferroviária de Guangzhou. O trecho ocidental tem 16 paradas em seis cidades e

distritos, ligando Haikou, capital provincial, com Sanya, local turístico tropical. A

construção teve início em 2013 com um investimento de 27 bilhões de yuans

(cerca de R$ 16 bilhões).

O anel oriental de 308 quilômetros também de Haikou a Sanya, começou sua

operação no fim de 2010 com uma velocidade projetada de até 250 km/h. A linha

passa por Boao, uma cidade cênica onde o Fórum de Boao para a Ásia é

anualmente realizado. Com uma área terrestre de 35.400 quilômetros quadrados,

Hainan é ligeiramente maior que a Bélgica.

AGENDA 2015

Novembro

Seminário internacional ‘Cidades a Pé’

25 a 28 de novembro em São Paulo

Dezembro

Curso Introdutório à regulação

03 e 04 de dezembro em São Paulo- sede

da Artesp