fim de semana artesp - edição 44

30
EDIÇÃO 44 – 19 DE FEVEREIRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

Upload: artesp

Post on 25-Jul-2016

220 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 19 de fevereiro de 2016.

TRANSCRIPT

Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 44

EDIÇÃO 44 – 19 DE FEVEREIRO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 44

12.02.2016

Pavimentação que dura quatro décadas é testada pela USP

Estudos feitos pela

Universidade de São Paulo (USP)

avançam na criação de um

modelo de pavimentação que

tem o dobro de vida útil do

convencional. A nova fórmula

de massa asfáltica, que tem na

composição dois tipos

diferentes de aço, quatro tipos

de concreto e dois tipos de

cimento, pode ficar até 40 anos

sem manutenção. O material é

desenvolvido para aguentar o tráfego de veículos pesados como rodovias,

aeroportos e corredores de ônibus.

Na pista-teste, no campus da USP no Butantã, pesquisadores pavimentaram um

trecho de 200 metros. A pista fica paralela à raia da USP, perto da Portaria 2. Pelo

local circulam carros e ônibus. O trecho, sem juntas como o pavimento de

concreto convencional, aumenta o conforto e segurança ao dirigir e também

reduz custos com desgaste dos veículos. Pesquisas semelhantes vinham sendo

desenvolvidas pela USP usando uma variedade menor de materiais em trechos

mais curtos.

A pista-teste fica paralela à raia da USP, perto da Portaria 2, um trecho no qual

circulam carros e ônibus coletivos. Uma de suas inovações é o fato de ser um

longo trecho sem juntas como o pavimento de concreto convencional, o que

aumenta o conforto e a segurança ao se dirigir, além de reduzir os custos com o

desgaste dos veículos. Até agora a Poli tinha feito pesquisas semelhantes usando

uma variedade menor de materiais e em trechos mais curtos, os quais,

tecnicamente, não precisam de emenda.

A pavimentação dos 200 metros de pista foi feita com 26 caminhões de concreto

de sete metros cúbicos cada. Ela foi dividida em trechos, cada um com

combinações diferentes de materiais. Dos quatro tipos de concretos que estão

sendo testados, dois têm agregados reciclados. Metade da pista utiliza aço

comum e a outra, aço galvanizado. Além disso, os pesquisadores da Poli estão

trabalhando com dois tipos diferentes de cimento, um produzido no Sul do Brasil

e outro no Sudeste.

A pista deve ser liberada para o tráfego no final de fevereiro. Os pesquisadores

querem entender como as fissuras ocorrem no concreto. Equipamentos de

mensuração serão instalados em campo e amostras serão testadas em laboratório.

A intenção é analisar as fissuras provocadas no calor e no frio. Também serão

feitas provas de carga para avaliar o comportamento do concreto armado.

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 44

Durabilidade

A pavimentação asfáltica dura cerca de dez anos. Já uma feita em concreto

convencional pode chegar a 20 anos e, uma em concreto armado, como a testada,

pode chegar a quatro décadas. “O Brasil é um país essencialmente rodoviário e

carente de soluções de alta durabilidade. Precisamos de pavimentos mais

robustos em grandes rodovias e que demandem pouca manutenção”, aponta o

professor José Tadeu Balbo chefe do Departamento de Engenharia de Transportes

(PTR) e do Laboratório de Mecânica de Pavimentos (LMP), coordenador da

pesquisa.

O concreto já é usado no Brasil para a pavimentação, mas o custo limita

sua aplicação. Países europeus e Estados Unidos usam o concreto armado ou a

combinação de concreto e asfalto, soluções mais caras, mas cujos custos se

diluem ao longo dos anos pela economia na manutenção e maior durabilidade.

Trata-se de uma solução viável para rodovias, corredores de ônibus, pátios de

estacionamento de aeronaves em aeroportos, por exemplo.

Os investimentos previstos na pesquisa são de R$ 500 mil. O projeto é custeado

pela iniciativa privada e tem como principais investidores a indústria siderúrgica

e empreiteiras. O desempenho dos materiais em suas diferentes combinações será

testado até 2021.

19.02.2016

ANTT autoriza alteração de tarifa no transporte

semiurbano de passageiros

A Agência Nacional de Transportes Terrestres informa que foi publicada, no

Diário Oficial da União desta sexta-feira (19/2), autorização de recomposição de

11,294% sobre a tarifa do transporte semiurbano interestadual e internacional de

passageiros. Os novos valores passam a vigorar a partir do próximo domingo, 21

de fevereiro.

O cálculo da tarifa é feito levando em consideração a totalidade dos custos da

operação, que inclui, entre outros elementos, combustíveis, lubrificantes, peças,

acessórios, veículos e despesa com pessoal. Cada item de custo tem sua variação

apurada por índices oficiais específicos divulgados pela Fundação Getúlio Vargas

(FGV), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Agência

Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP). A tarifa passará a ser

calculada com base no Coeficiente Tarifário de R$ 0,092557/pass.km.

Em alguns instantes publicaremos a tabela com as novas tarifas do serviço.

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 44

17.02.2016

Oeste do Paraná mobilizado contra os pedágios

Lideranças dos Oeste do Paraná lançam nesta quinta-feira, 18, às 16h, na sede da

Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), em Cascavel, uma campanha

de mídia solicitando a realização de uma nova licitação para os contratos de

pedágios na BR-277, com isso, a redução na tarifa.

Na mesma reunião, convocada pela Comissão de Infraestrutura e Logística do

Programa Oeste em Desenvolvimento, será apresentada a carta a ser enviada ao

Governador Beto Richa pedindo ao não-renovação automática dos contratos

vigentes.

A apresentação da campanha de mídia faz parte da segunda etapa do movimento

iniciado em Foz do Iguaçu, em janeiro. Na ocasião, mais de 250 pessoas, entre

elas empresários, prefeitos, vereadores, quatro deputados estaduais, Cláudia

Pereira, Márcio Pacheco, Chico Brasileiro e José Carlos Schiavinato e, o deputado

federal, Evandro Roman abraçaram a causa.

Segundo o presidente do Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, esse não é

um movimento partidário, mas da sociedade que busca o crescimento econômico

e social do Oeste do Paraná.

O Coordenador da Câmara Técnica, Danilo Vendruscolo, explica que o Governo do

Estado pretende renovar os contratos de administração que vencem em 2021 por

mais 20 anos com base no modelo atual, considerado defasado. A proposta é abrir

uma nova licitação pautada pelos modelos atuais de concessão. O resultado

seriam tarifas mais baixas e mais obras.

Preços justos – João Artur Mohr, Membro do conselho temático de Infraestrutura

da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), durante a reunião fará

uma comparação entre o modelo de concessão utilizado nas rodovias

paranaenses – o primeiro do Brasil – com as demais estradas brasileiras levando

em conta o fluxo de veículos, valor da tarifa e obras realizadas.

Segundo Mohr, enquanto a média do valor aplicado por eixo nas rodovias do

Paraná é de R$ 9,58 a cada 100 quilômetros, em Mato Grosso do Sul é R$ 5,90, no

contrato firmado em março de 2014. Aqui, a concessão previu apenas 32% de

duplicação nas estradas enquanto as sul-mato-grossenses exigem 98% das

rodovias duplicadas em no máximo cinco anos.

Impacto negativo – O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, demonstrará

em números como o alto valor do pedágio impacta negativamente no crescimento

do agronegócio no Oeste. Segundo Grolli, o custo total do pedágio para a

exportação agroindustrial da região custa R$ 100 milhões por ano. “De cada 100

sacas de soja enviada ao Porto de Paranaguá, duas são utilizadas para pagar o

pedágio. No milho, sobe para cinco”.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 44

15.02.2016

Campanha educativa orienta sobre o uso do cinto de

segurança em Lavrinhas (SP)

Parceria da Agência

Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT) e da CCR

NovaDutra realiza mais

uma ação da campanha

“Vou de Cinto”, nesta

terça-feira (16/2), em

Lavrinhas (SP). A iniciativa

visa conscientizar

motoristas e passageiros

de ônibus sobre a

importância do uso do

cinto de segurança e

acontece no km 18 da via

Dutra, na pista sentido Rio

de Janeiro, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a partir das 9h.

Essa é a segunda edição da campanha em 2016 e a expectativa da ação é informar

o máximo de pessoas em uma espécie de blitz educativa, onde serão abordados

os ônibus de viagem. Durante a primeira ação, foram conscientizados 489

passageiros.

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 50,2% da população tem o hábito de

utilizar o equipamento no banco traseiro de veículos de passeio ou em

transportes coletivos. A ANTT atua de forma permanente para conscientizar

motoristas e passageiros de ônibus interestaduais sobre a importância de utilizar

o cinto, equipamento que pode salvar vidas. Ações como estas são necessárias

para que haja a mudança de hábito dos usuários.

Vou de Cinto – A campanha faz parte do Programa Estrada Sustentável que foi

lançado durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento

Sustentável), em 2012. O Programa foi iniciado na via Dutra (BR-116/RJ/SP) e tem

o desafio de reunir os diversos públicos que interagem com a rodovia:

municípios, empresas, terceiro setor, setor acadêmico, governos e órgão públicos

para a abordagem de temas como segurança viária, educação, mobilidade,

infraestrutura verde, entre outros.

de rodovias dois impactos. Segundo a norma, se o caminhão estiver vazio e com

eixo suspenso, não se cobra o pedágio. Até a edição da lei, as concessionárias

Page 6: Fim de Semana ARTESP - edição 44

podiam cobrar pedágio por eixo suspenso. Além disso, a lei aumenta a tolerância

de peso por eixo, o que pode trazer um desgaste maior no pavimento.

Ambas as alterações resultaram no pedido de reequilíbrio do contrato pelas

concessionárias. Este é um caso de revisão extraordinária, pois não havia como

prever a edição de uma lei federal. Dessa forma, a recomposição das perdas de

receita poderia ser feita a qualquer tempo ou junto com o reajuste, de modo a

alterar a tarifa uma única vez ao ano.

O cálculo considera os fluxos históricos de caminhões em cada concessão e, por

isso, apresenta resultados diferentes para cada rodovia. Esse cálculo será

revisado posteriormente com base nos dados reais de isenção e de receita.

Concessão – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), criada em

2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e prestação de serviços de

transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua criação,

resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos

respectivos acordos.

Com 320 quilômetros de extensão, a BR-101/RJ foi concedida para iniciativa

privada com o objetivo de exploração da infraestrutura. A concessão iniciou em

18 de fevereiro de 2008, pelo período de 25 anos. A licitação fez parte da 2ª etapa

do programa de concessões rodoviárias.

17.02.2016

Justiça determina gratuidade para todos portadores de

HIV nos Transportes Metropolitanos de São Paulo

O juiz Alberto Alonso Muñoz, da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São

Paulo, atendeu pedido do promotor de Direitos Humanos Francisco Antonio

Gnipper Cirillo, realizado em maio de 2015, e determinou gratuidade para os

portadores do vírus HIV em ônibus intermunicipais gerenciados pela EMTU –

Empresa Metropolitano de Transportes Urbanos, trens da CPTM e metrô.

Anteriormente, o benefício era apenas concedido para portadores do HIV que

tinham doenças secundárias. Portadores do HIV denunciaram no ano passado

dificuldades para renovar o Bilhete Único para uso nos transportes

metropolitanos.

A ação civil pública foi contra o Governo do Estado de São Paulo, Metrô, EMTU e

CPTM.

Segundo o juiz, o estado não tem capacidade para determinar a existência se as

outras doenças são relacionadas ao HIV, portanto, o benefício deve ser estendido

a todos os portadores.

O benefício deve ser concedido por tempo indeterminado. Também há previsão

de gratuidade para acompanhantes de portadores do vírus HIV, desde que seja

comprovado que os beneficiados principais não podem se locomover sozinhos.

No caso dos transportes por ônibus, o estado deve providenciar a gratuidade pelo

Cartão BOM Especial.

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 44

16.02.2016

Licitação para o Pedral do Lourenço economiza R$ 40

milhões

A Coordenação Geral de Cadastro e Licitação do DNIT concluiu nesta terça-feira

(16/02/16) a primeira fase da concorrência pública para o derrocamento do

Pedral do Lourenço na Hidrovia do Tocantins no estado do Pará. O edital

449/2015 é um pregão eletrônico na modalidade RDCi (Regime Diferenciado de

contratação Integrada). A contratação integrada prevê, neste caso, a elaboração

dos projetos básico e executivo, de todas as ações ambientais e a execução das

obras em um prazo total de 58 meses.

Cinco empresas se cadastraram e apresentaram suas propostas, com base no

investimento estimando pelo DNIT que era da ordem de R$ 560,6 milhões. Esta

fase terminou com a empresa DTA Engenharia LTDA, em primeiro lugar, com a

proposta de R$ 520.6 milhões. A oferta significa uma economia de R$ 40 milhões

para o Governo Federal, reduzindo em 7,15% a previsão para execução da obra. A

segunda colocada fez a proposta de R$ 548 milhões. Na próxima fase a equipe de

licitação fará análise detalhada das propostas e de toda a documentação da

empresa vencedora. Confirmado o resultado, o edital prevê prazo de 15 dias para

possíveis recursos.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 44

O Ministro Helder Barbalho da Secretaria de Portos e o senador Paulo Rocha

acompanharam a sessão do pregão eletrônico juntamente com o Diretor Geral do

DNIT Valter Casimiro. Segundo o Diretor, a expectativa da Autarquia é possibilitar

a assinatura do contrato até o final do próximo mês.

O Pedral tem 43 quilômetros de extensão e está localizado entre a Ilha do Bogéa e

o município de Santa Terezinha do Tauri, no Pará. A obra vai viabilizar o tráfego

contínuo de embarcações e comboios em um trecho de 500 quilômetros, desde

Marabá/PA até Vila do Conde/PA. A intervenção consiste em desgastar os pedrais

que impedem a navegação de comboios de carga durante os meses de setembro a

novembro, período em que o rio fica mais raso. O derrocamento consiste em

abrir um canal navegável de cerca de 140 metros de largura naquele trecho.

Aumentar a navegabilidade da hidrovia do Tocantins vai facilitar o escoamento da

produção agrícola, pecuária e mineral do Pará, do Maranhão, do Tocantins, de

Goiás e de Mato Grosso, que tem o Porto de Vila do Conde/PA e a região do baixo

Amazonas como destino. O porto tem posição privilegiada em relação ao mercado

europeu e norte-americano, e a rota tem uma capacidade operacional estimada em

20 milhões de toneladas para o ano de 2025.

O empreendimento representa mais um passo em direção à mudança na matriz de

transportes brasileira. Um comboio de 150m de comprimento, com capacidade de

6 mil toneladas, equivale a 172 carretas de 35t de capacidade, mas hoje apenas

5% da carga no país é transportada por hidrovias. O transporte aquaviário é mais

econômico e sustentável, porque reduz custos e diminui a emissão de poluentes

ao retirar as carretas das rodovias. Isso aumenta a competitividade do produto

brasileiro no exterior.

19.02.2016

ANTT autoriza reajuste nas tarifas de pedágio das

rodovias BR-116/376/PR e BR-101/SC

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (19/2), a 8ª

revisão ordinária, a 10ª revisão extraordinária e o reajuste da tarifa básica nas

praças de pedágio das rodovias BR-116/376/PR e BR-101/SC, trecho de Curitiba

(PR) a Florianópolis (SC), exploradas pela Autopista Litoral Sul. As novas tarifas

entram em vigor à 0h do dia 22/2/2016.

A tarifa reajustada, para a categoria 1, passa de R$ 1,90 para R$ 2,30 em todas as

praças de pedágio da rodovia. O objetivo da revisão tarifária consiste em manter

o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e atender à Lei nº 13.103/2015. A

alteração foi calculada a partir da combinação de três itens previstos em contrato:

reajuste, revisão e arredondamento.

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 44

12.02.2016

Radares: como funcionam?

A fiscalização eletrônica de velocidade é

intensificada ano a ano nas rodovias

brasileiras. O propósito, segundo os

governos, é ampliar a segurança do cidadão

e coibir excessos que podem tirar vidas por

conta da imprudência. Já o viés

arrecadatório e a destinação incorreta dos

recursos – que por lei devem ser aplicados

em melhorias no trânsito – põe em cheque

este argumento e reforçam a máxima popular de que a fiscalização é a base

daindústria da multa. De qualquer forma, os radares estão em vários pontos de

estradas e vias públicas para identificar transgressões ao Código de Trânsito

Brasileiro (CTB).

Mas afinal, como funcionam os radares eletrônicos?

Há três tipos de radares. Todos funcionam por meio de um padrão instituído pelo

Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A

seguradora Ituran lista cada tipo de equipamento:

Radar Móvel

O radar móvel fica em um veículo que trafega ao

longo da rodovia com sensores de superfície, doppler

ou laser. Os órgãos de fiscalização – polícia

rodoviária, por exemplo – utilizam “radares pistola”,

que emitem sinais de rádio para as viaturas e

registram os excessos de velocidade.

Radar Fixo

Instalado em local específico, como semáforos,

cruzamentos ou locais com altos índices de acidentes

ou vias onde o excesso de velocidade acontece com

frequência.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 44

Radar Estático

Fica alojado em um veículo parado ou em um suporte

apropriado.

Tecnologia

Para cada modelo

a tecnologia usada é

praticamente a mesma.

Os dados são enviados

via Wi-Fi, com

reconhecimento de

caracteres, fibra ótica,

sem falar no flash

infravermelho, que faz

o reconhecimento da

placado veículo em

qualquer tipo de

iluminação disponível

na via.

Velocidade

Como a ferramenta mede a velocidade? Em casos onde dois motoristas trafegam

pela mesma rodovia, mas apenas um ultrapassou o limite indicado na via,

somente o veículo infrator é registrado, devido à capacidade de reconhecimento

que a tecnologia oferece.

Os dados são disponibilizados individualmente. Se há dúvidas dos especialistas,

a infração é descartada.

Para confirmar a velocidade dos veículos, os radares fazem cálculos com base

na distância e tempo. Um microprocessador capta sinais eletrônicos emitidos por

sensores, analisando perfis magnéticos. As imagens são captadas por um

dispositivo de vídeo e criptografadas para garantir a inviolabilidade do sistema.

Infrações

Para cada nível de excesso há uma punição. As infrações consideradas leves

acarretam três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e devem custar

R$42,56 até a data do vencimento, quando conta com 20% de desconto. Já nas

violações médias, a perda é de quatro pontos na carteira e multa de R$68,10.

No caso de infrações graves a multa sobe para R$102,15 e cinco pontos na CNH,

enquanto as gravíssimas variam de R$191,54 a R$957,70 e sete pontos

descontados.

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 44

18.02.2016

Motoristas conseguem na Justiça direito de não pagar pedágio

entre SP e PR

Motoristas de Ourinhos (SP) e

Jacarezinho, no

Paraná, conseguiram na

Justiça o direito de passar

pelo pedágio, que fica na

divisa dos dois estados, sem

pagar a tarifa. Há pelo menos

dez anos, o pedágio que fica

na divisa dos estados de São

Paulo e Paraná e custa 17 reais

para os carros de passeio, é

razão de uma disputa judicial

para tentar retirá-lo dali, pois

ele estaria irregular.

O caso que já foi julgado em três instâncias chegou ao Supremo Tribunal Federal

e está aguardando julgamento.

Para tentar agilizar a votação desse processo, o deputado federal Capitão Augusto

(PR) iniciou uma campanha para que todos entrem com processos individuais na

Justiça para conseguir o cartão e deixar de pagar esse pedágio. “A gente quer

fazer com que mais pessoas ingressem com a ação, para que torne

economicamente inviável a instalação da praça de pedágio aqui. Nós vamos fazer

com que a Triunfo [concessionária] entenda que não compensa essa briga judicial,

porque eles estão instalados irregularmente. A gente quer que eles recuem para

onde era, que é no município de Andirá, no Paraná”, explica o deputado.

Atualmente 71 pessoas já estão com carteirinha e podem passar sem pagar nada

pelo pedágio. Existem ainda outras 221 ações em que o parecer foi favorável e

essas pessoas poderão passar sem pagar nada. Já foram protocolados mais de mil

processos de janeiro até agora só em Ourinhos, em que o pedido pode ser feito

on-line. O julgamento demora em média 15 dias e quando favorável é dado em

caráter liminar.

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 44

19.02.2016

Embriaguez leva à suspensão da CNH de 13 motoristas por

dia em São Paulo

SÃO PAULO - Em pouco mais de dois meses de operação, o setor do Departamento

Estadual de Trânsito (Detran) criado em 2015 apenas para julgar recursos de

motoristas notificados por dirigirem embriagados ou recusarem os testes de

bafômetro suspendeu por um ano uma média de 13 habilitações por dia. As

justificativas apresentadas por condutores na primeira Junta Administrativa de

Recursos de Infração (Jari) do Brasil dedicada apenas para casos de alcoolemia

foram indeferidas. O setor entrou em operação no final de novembro do ano

passado.

No mês de março, uma segunda unidade será aberta na capital e, como a primeira,

vai avaliar os pedidos de todo o Estado. A tendência, segundo o órgão, é que os

julgamentos de notificações de embriaguez ao volante sejam julgados apenas nas

juntas específicas. De janeiro a dezembro do ano passado, 49 mil motoristas

receberam as notificações. As multas valem tanto para quem é pego no teste do

bafômetro quanto aos que se recusam a fazer o teste.

Desde o início dos julgamentos da nova Jari até o final de janeiro, foram avaliadas

1.023 defesas de motoristas que recorreram à multa de dirigir bêbado: apenas em

quatro casos a junta aceitou as justificativas. O presidente do setor é Nilton

Gurman, da ONG Não Foi Acidente e tio do publicitário Victor Gurman, de 24

anos, que virou símbolo do combate à embriaguez ao volante depois de ser

atropelado e morto na Vila Madalena, zona oeste da capital.

Nilton Gurman disse que a maioria das desculpas apresentadas "são absurdas” e

apenas casos muito específicos livram o condutor da suspensão do direito dirigir.

"Tem motorista que diz que sem a CNH ele não vai conseguir levar pão para os

filhos. Acontece que ele deveria ter pensado nisso antes de beber e dirigir”,

afirmou.

Quem conseguiu reverter a multa administrativa teve o carro usado por outro

motorista ou o veículo furtado. No entanto, segundo Gurman, a multa de R$

1.915,40 é mantida quando outro condutor usa o veículo de determinado

proprietário, já que o automóvel foi usado por alguém que supostamente bebeu.

Antes da Jari apenas para esses casos, os recursos eram julgados junto com as

outras justificativas de infração de trânsito e suspensão do direito de dirigir. Nos

departamentos tradicionais, foram julgados 3.818 casos de alcoolemia. Os

infratores se livraram da cassação da Carteira Nacional de Habilitação em 522

julgamentos. A média de condutores punidos foi de dez por dia entre janeiro de

outubro, em um período maior de trabalho na comparação com a nova Jari.

‘Absurdo’. Para o advogado Mauricio Januzzi, da Comissão de Trânsito da Ordem

dos Advogados do Brasil (OAB) e especialista do Código de Trânsito Brasileiro

(CTB), a Jari ter suspendido a multa em apenas quatro dos mais de 1 mil casos, é

"absurdo” do ponto de vista legal.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 44

Segundo ele, em 80% das autuações aplicadas por dirigir embriagado, não foi

comprovado se o motorista estava ou não bêbado, já que ele recusou fazer o teste

do bafômetro. "Do ponto de vista jurídico isso é um absurdo. Não existe uma

presunção de que a pessoa está alcoolizada porque não quis fazer o bafômetro”.

Ainda de acordo com ele, os motorista que têm os pedidos negados na Jari podem

procurar a Justiça comum. "O único jeito, na minha visão, é ingressando em juízo

para contestar a multa e o fato do motorista ser multado exercendo um direito (de

não produzir provas contra ele próprio).”

O diretor-presidente do Detran, Daniel Annenberg, discorda da OAB. Para ele, o

bafômetro "é um aliado do motorista”. "Hoje, fazer o teste é forma de se defender.

Isso fez com que muita gente que antes recusava o bafômetro, começasse a

fazer”, explicou. De acordo com ele, cerca de 98% dos motoristas fazem o

bafômetro porque "sabem que o resultado é aliado.” "Precisamos mudar a cultura

de que os motoristas têm todos os direitos. Se ele não bebeu, precisa provar”,

finalizou.

19.02.2016

Uber perde US$ 1 bilhão por ano para competir no

mercado chinês

O Uber está gastando mais de US$ 1 bilhão por ano na China, enquanto

empreende uma ousada guerra de preços com a rival local Didi Kuaidi, disse seu

presidente-executivo.

O negócio chinês da companhia impulsionou seu valor de mercado no mês

passado para mais de US$ 8 bilhões, após ter arrecadado mais de US$ 1 bilhão em

sua mais recente rodada de financiamento, mas a empresa de serviço de

transportes urbanos dos EUA ainda não é lucrativa na China continental devido à

intensa competição.

"Nós somos lucrativos nos EUA, mas estamos perdendo mais de US$ 1 bilhão por

ano na China", disse o presidente-executivo do Uber, Travis Kalanick, ao site de

tecnologia canadense Betakit. "Temos uma competidora ousada que não é

lucrativa em todas as cidades em que opera, mas eles estão adquirindo parcela de

mercado. Eu gostaria que o mundo não fosse desse jeito."

O número de US$ 1 bilhão foi confirmado por representantes do Uber na China

em e-mail à Reuters nesta quinta-feira (18).

Um porta-voz da Didi Kuaidi, que tem a maior parcela de mercado entre os

aplicativos de transportes urbanos na China, disse que as alegações do Uber

sobre seus gastos eram falsas e que a empresa está se beneficiando por seu

tamanho maior.

"Competidores menores precisam sangrar subsídios para compensar sua rede

insuficiente de motoristas e passageiros", disse o porta-voz, em comentários

enviados à Reuters por e-mail. Ele adicionou que a empresa chinesa agora opera

em 400 cidades e ultrapassou o ponto de equilíbrio em metade delas.

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 44

11.02.2016

ANTT abre audiência sobre regulamentação da gratuidade

de jovens de baixa renda

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abre a Audiência Pública nº

003/2016, para colher sugestões com o objetivo de aprimorar a minuta de

resolução sobre os procedimentos a serem observados na aplicação do Estatuto

da Juventude no âmbito dos serviços de transporte rodoviário interestadual de

passageiros. As contribuições podem ser enviadas de hoje (11/2) até as 18h do

dia 1º/3/2016.

Os interessados também podem participar da sessão pública que será realizada

no dia 25/2, em Brasília (DF). Todos os documentos referentes ao objeto da

audiência estão disponíveis no site da ANTT. Mais informações podem ser obtidas

pelos e-mails [email protected] ou [email protected], ou pelo telefone (61)

3410-1411.

Regulamentação - A Lei nº 12.852/2013 instituiu o Estatuto da Juventude,

conferindo aos jovens de baixa renda benefício tarifário no sistema de transporte

coletivo interestadual, sendo reservadas duas vagas gratuitas por veículo e

comboio ferroviário, assim como duas vagas com desconto de, no mínimo, 50%

no valor das passagens a serem utilizadas após esgotadas as vagas gratuitas. A

regulamentação do estatuto ocorreu em outubro de 2015, por meio do Decreto nº

8.537, que estabeleceu os procedimentos e os critérios para a reserva de vagas.

Cabe à ANTT editar ato normativo, disciplinando o direito conferido aos jovens

de baixa renda em cada veículo e comboio ferroviário do serviço convencional de

transporte interestadual de passageiros. Para isso, elaborou a proposta de

resolução e recebe contribuições da sociedade por meio desta audiência pública.

SERVIÇO

Sessão presencial da AP nº 003/2016

Data: 25/2

Horário: das 14h às 18h

Local: Auditório do edifício-sede da ANTT (SCES, Trecho 03, lote 10, Projeto Orla,

Polo 08 – Brasília/DF).

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 44

08.02.2016

CNT divulga pesquisa sobre Perfil dos Caminhoneiros

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou, nesta quinta-feira

(18), a Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2016, com informações gerais sobre

o profissional e a sua atividade. Foram entrevistados 1.066 caminhoneiros

(autônomos e empregados de frota), de 4 a 14 de novembro de 2015.

A pesquisa revelou que a média de idade dos motoristas é de 44,3 anos e a renda

mensal líquida média é de R$ 3,9 mil, sendo que caminhoneiros autônomos

ganham R$ 4,1 mil e caminhoneiros empregados de frota, R$ 3,4 mil. Em média,

os entrevistados estão na profissão há 18 anos.

A frota tem em torno de 13,9 anos (16,9 anos dos veículos dos autônomos e 7,5

anos dos veículos de frota). Os caminhoneiros rodam cerca de 10 mil km por mês

e trabalham aproximadamente 11,3 horas por dia. 86,8% afirmam que houve

queda da demanda por seus serviços em 2015. Desses, 74,1% alegam que o

motivo foi a crise econômica. No total, 44,8% têm alguma dívida a vencer.

Sobre os entraves da profissão, 46,4% citam o custo do combustível e 40,1%

relatam que o valor do frete não cobre as despesas. Outros pontos negativos são:

perigo/insegurança (60,6%), o fato de ser uma profissão desgastante (34,9%) e o

comprometimento do convívio familiar (32,1%). Em relação aos pontos positivos,

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 44

eles destacaram a possibilidade de conhecer novas cidades/países (47,0%), a

possibilidade de conhecer pessoas (33,0%) e o fato de a profissão ser desafiadora

e aventureira (28,5%).

A maioria (88,4%) tem conhecimento sobre a Lei do Caminhoneiro, mas 34,7% não

estão satisfeitos e não cumprem o tempo de descanso. Os caminhoneiros

reclamam também das más condições de infraestrutura de apoio das rodovias.

Sobre a saúde, 44,6% procuram profissionais dessa área para prevenir doenças e

24,0% utilizam ou já utilizaram medicamento controlado. Desse total, 57,7% para

hipertensão. 59,9% disseram consumir bebida alcoólica apenas aos finais de

semana. 45,6% dos caminhoneiros receberam oferta de algum tipo de droga ou

substâncias ilícitas. Do total de caminhoneiros entrevistados, 12,1% chegaram a

experimentar.

CONCLUSÃO

A pesquisa mostra que o perfil do caminhoneiro brasileiro é formado por

profissionais que têm, em média, 18 anos de profissão e mais de 44 anos de

idade. A frota de veículos está envelhecida, especialmente a dos autônomos. O

presidente da CNT, Clésio Andrade, afirma que a Confederação Nacional do

Transporte defende a implantação do plano de renovação de frota, com incentivo

a financiamentos e reciclagem. “A proposta está no Plano CNT de Recuperação

Econômica, entregue à presidente Dilma Rousseff no final de 2015.”

Os caminhoneiros têm renda mensal baixa e enfrentam problemas como o

elevado preço do combustível, que impacta tanto o trabalho dos autônomos como

as empresas transportadoras. Muitos caminhoneiros reclamam da Lei do

Caminhoneiro e sentem falta de pontos de apoio para cumprir o que determina a

legislação. “O caminhoneiro tem que lidar com as deficiências de infraestrutura

nas rodovias do país, tanto pela má qualidade do pavimento e sinalização como

pela ausência de pontos de parada adequados e suficientes.”

“Com a realização dessa pesquisa, há um reforço na recomendação do

aprimoramento nas campanhas de combate ao uso de drogas, direção segura,

redução de acidentes e treinamento profissional”, conclui Clésio Andrade.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 44

19.02.2016

Volvo teve queda de 64% na venda de caminhões em 2015

A Volvo registrou, nos segmentos de caminhões pesados e semipesados, um total

de 6.722 unidades vendidas em 2015, queda de 64% em relação às 18.832

unidades comercializadas em 2014. No segmento de ônibus, a montadora sueca

teve baixa de 48%, ao vender 864 unidades, contra 1.748 unidades no ano

anterior.

“Não fizemos dinheiro no Brasil em 2015”, resumiu o presidente interino da

Volvo na América Latina, Carlos Morassutti. “E 2016 deverá ser outro ano

desafiador”, disse. A Volvo trabalha com um recuo nas vendas em torno de 15%

este ano, para cerca de 35 mil unidades. No ano passado, os dois segmentos,

juntos, somaram 41,6 mil unidades, baixa de 55% na comparação com as 92,4 mil

unidades registradas em 2014. A Volvo conta com duas fábricas no Brasil, uma

em Curitiba, no Paraná, e outra em Pederneiras, em São Paulo. Ao todo, emprega

cerca de 4 mil trabalhadores. O Brasil é o segundo maior mercado para a

companhia no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

De acordo com o executivo, a fábrica de Curitiba, que conta com cerca de 3,4 mil

trabalhadores, tem hoje um excesso de 15% a 20% de sua mão de obra. O

excedente se deve à fraca demanda dos últimos meses. No entanto, nenhum

trabalhador deverá ser demitido pelo menos até março, em razão de acordo

firmado entre a empresa e o sindicato. Os executivos da montadora se reunirão

com representantes dos trabalhadores nos próximos dias para tentar encontrar

uma solução, que podem ser a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE),

o uso do lay-off (suspensão temporária de contratos), de férias coletivas ou de

banco de horas. Além disso, a Volvo volta a paralisar toda a sua produção de

caminhões na semana que vem, com retorno marcado para o dia 7 de março.

Em razão deste cenário, não há previsão de novos investimentos no País em 2016.

“Apenas vamos manter o que já vem sendo feito, estamos olhando para esse ano

no sentido da manutenção”, disse Morassutti. “Há cinco anos, nós esperávamos

que o mercado como um todo de caminhões pesados e semipesados tivesse em

2016 um volume de 100 mil unidades vendidas. Agora nós estamos prevendo um

mercado de 35 mil unidades. Temos de nos adaptar a nova realidade.”

A empresa aposta nas exportações para ao menos recuperar parte das

vendas,aproveitando a valorização do dólar. No primeiro trimestre, o volume de

encomendas de ônibus do exterior é superior ao do começo de 2015.

Morassutti afirmou ainda que a montadora sueca tem tido bom desempenho em

outros países da América do Sul, citando o Peru, a Colômbia e o Chile. “E temos

vistos bons sinais de recuperação na Argentina”, disse, em referência à gestão do

novo presidente argentino, Mauricio Macri, que assumiu o cargo em dezembro do

ano passado.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 44

16.02.2016

Frota de ônibus com tecnologia avança a passos lentos na

cidade de São Paulo

ADAMO BAZANI

A SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema da capital paulista,

divulgou nesta quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016, balanço sobre os itens de

tecnologia e conforto na frota e na prestação de serviços.

De acordo com a gerenciadora, dos 14 mil 752 ônibus que fazem parte da frota da

capital paulista, 362 veículos possuem serviço de conexão à internet gratuita – wi-

fi. Já 602 veículos do sistema municipal têm ar-condicionado, 164 ônibus contam

com tomadas USB e 2 mil 381 ônibus articulados, superarticulados e biarticulados

possuem câmeras que permitem que o motorista visualize por uma tela no painel

o embarque e o desembarque dos passageiros.

Os números de veículos com essas inovações tecnológicas são modestos em

relação a toda a frota de ônibus municipais. Situação que a prefeitura promete

que vai ser mudada após a realização do processo de licitação dos transportes na

cidade, que está barrada pelo TCM – Tribunal de Contas do Município desde

novembro de 2015. O órgão apresentou dúvidas quanto ao modelo de licitação,

remuneração das empresas, como deve ser implantado o novo CCO – Centro de

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 44

Controle Operacional, o tempo de contrato de 20 anos renováveis por mais 20,

entre outros pontos, inclusive o custeio dos avanços tecnológicos.

CIDADE AINDA NÃO POSSUI TODOS OS ÔNIBUS ACESSÍVEIS:

Nem toda a frota de ônibus em São Paulo é acessível. Dos 14 mil 752 ônibus da

cidade, 12 mil 618 possuem rampas e piso baixo ou elevadores para cadeira de

rodas.

O decreto presidencial n º 5296/2004 determinou no ano em que foi publicado

que as cidades teriam dez anos para que todos os veículos de Transportes

Coletivos fossem acessíveis. Portanto, a acessibilidade total nos transportes,

incluindo os ônibus, deveria ocorrer em 2014.

A NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos diz que a lei

prevê a substituição gradual das frotas de acordo com o vencimento dos

contratos de prestação de serviços. Em média, no país estes contratos são de dez

anos. Os ônibus com equipamentos de acessibilidade começaram a sair

obrigatoriamente de fábrica a partir de 2008. Antes, rampas e elevadores eram

opcionais ou atendiam apenas às legislações locais. Assim, de acordo com

argumento da NTU, as cidades, em sua maioria, só teriam frota total de ônibus

acessíveis somente a partir de 2018.

A discussão, entretanto, não anula o fato de que ainda hoje muitas pessoas com

algum tipo de deficiência encontram dificuldades para andar no transporte

público. A cidade de São Paulo, de acordo com os números divulgados nesta

quarta-feira pela SPTrans, não possui todos os ônibus dotados de equipamentos

de acessibilidade, apesar de os veículos deste tipo serem maioria na frota.

BILHETAGEM ELETRÔNICA:

O balanço da SPTrans também cita a bilhetagem eletrônica.

De acordo com a gerenciadora, dos 14 mil 752 ônibus de São Paulo, 12 mil 377

possuem novos tipos de leitores de Bilhete Único que permitem o desconto dos

créditos de forma mais rápida e com tecnologias que possuem mais capacidade

de armazenamento e transmissão de dados que coíbem possíveis fraudes nos

usos da gratuidade. Uma das novidades é o reconhecimento facial que compara as

fotos tiradas pelo equipamento do validador com os cadastros da SPTrans.

Segundo a gerenciadora, um mesmo cartão do Bilhete Único pode ser recarregado

por várias funcionalidades diferentes, como comum, estudante, vale-transporte,

mensal, semanal, diário.A SPTrans ainda informou que o total de passageiros do

sistema que pagam em dinheiro é de 7%.

LUZES DE NATAL O ANO TODO:

A SPTrans confirmou também que está em andamento o projeto para que os

ônibus da Rede Noturna, que circulam da meia noite às quatro da manhã, tenham

iluminação com luzes de LED em toda a lataria, como os enfeites natalinos nos

veículos da cidade.

O objetivo seria melhorar a visualização dos veículos e a sensação de segurança.

A gerenciadora destacou também a disponibilização de aplicativos para celulares

gratuitos pelos quais o passageiro pode acompanhar em tempo real a posição dos

ônibus, os horários, a previsão de chegada cada ponto e detalhes das linhas.

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 44

18.02.2016

Na contramão da crise, setor portuário registra

crescimento de 4% em 2015

Em um cenário econômico desfavorável,

com retração que deve beirar os 4% no

Brasil, segundo estimativas, o desempenho

do setor portuário em 2015 chama a

atenção. A movimentação de cargas

alcançou 1,007 bilhão de toneladas, a

maior da história. O crescimento foi de 4%,

frente a 2014. O balanço foi divulgado pela

Antaq (Agência Nacional de Transportes

Aquaviários), nesta quinta-feira (18).

O que puxou o resultado, principalmente, foram as exportações de granéis

sólidos, com 632,6 milhões de toneladas transportadas, o que representa alta de

7,2%. O destaque foi para o minério de ferro, cuja movimentação aumentou 5,2% e

chegou a 400 milhões de toneladas. Granéis líquidos, como combustíveis, tiveram

baixa de 2,3%. A movimentação de contêineres também caiu, 1,1%. Já a de carga

solta subiu 5,71%.

"Tivemos o câmbio mais favorável à exportação de commodities e o setor é muito

impactado por minério de ferro e granéis vegetais. Ainda que os preços

das commodities estejam baixos no mercado internacional, quando você tem um

câmbio mais favorável às vendas externas, incrementa o negócio", avalia o

diretor-geral da Antaq, Mario Povia. Ele também cita os bons resultados do

agronegócio e mudanças na infraestrutura, que ajudaram a melhorar o

desempenho. "Ferrovias sendo entregues, rodovias duplicadas, os próprios

terminais portuários estão modernizando suas instalações. Nós estamos mais

eficientes em termos de logística, ainda que longe do ideal", complementa.

No ano passado, houve 7,7% menos atracações em portos brasileiros. Mas o dado,

conforme Mario Povia, é positivo. "Isso significa que tivemos navios maiores, por

causa dos calados com maior profundidade. Melhoramos a nossa produtividade",

afirma.

Os TUPs (Terminais de Uso Privado) responderam por 65% do total de cargas

transportadas, 5% mais que no ano passado. Já os portos públicos movimentaram

35%, com resultados pouco maiores que os de 2014. O crescimento foi de apenas

0,6%.

No longo curso, foram 752,4 milhões de toneladas de cargas movimentadas (que

equivale a 3,8% do total no mundo), 5,4% mais que em 2014. A cabotagem

aumentou apenas 1,7%. A navegação interior movimentou 85,5 milhões de

toneladas, com alta de 2,84%. As exportações somaram 610 milhões de toneladas

e as importações alcançaram 142 milhões. Financeiramente, isso representou US$

191 bilhões e US$ 171 bilhões, respectivamente.

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 44

12.02.2016

Taxa de acidentes graves cai pela metade nas rodovias

federais durante o Carnaval

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) finalizou na quarta-feira (10) a Operação

Carnaval 2016 com redução em todos os índices em relação a 2015. Houve queda

de 58% na taxa de acidentes graves, registrando 1,97 acidente grave por milhão

de veículos em circulação e menos 9% no número de mortos, com 1,18 óbitos por

milhão de veículos em circulação no país. Em números absolutos foram

registrados 1.704 acidentes, que deixaram 1.643 pessoas feridas e 106 mortas.

Nos acidentes graves, aqueles em que pelo menos uma vítima ficou gravemente

ferida ou faleceu, houve queda de 55% em relação ao ano passado, de 413 em

2015 para 185 em 2016.

O balanço da operação foi apresentado nesta sexta-feira, em Brasília, pelo

ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo o ministro, o resultado do

balanço da operação deste ano foi o melhor da última década. “De 2011 para cá,

há uma queda brutal. Quando peguei o ministério, era uma linha ascendente (de

acidentes), isso nos preocupava. Agora, há uma linha descendente, superando as

nossas expectativas”, celebrou Cardozo.

2015 2016

Acidentes 2824 1704

Acidentes graves 413 185

Mortos 116 106

Feridos 1849 1643

Entre a sexta-feira (5) e a quarta-feira (10), a cada sete minutos um teste de

alcoolemia era realizado. Nesse trabalho, a PRF retirou das rodovias 1.347

condutores embriagados e prendeu 162 destes por apresentarem índice de

alcoolemia superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. A

penalidade para quem bebe e se arrisca ao volante é multa de R$ 1.915,40 e

suspensão do direito de dirigir. Já para quem foi preso, a pena é de detenção de

seis meses a três anos.

Nos mais de 432 mil procedimentos de fiscalização, a PRF flagrou 7.582

condutores ultrapassando em locais proibidos. Vale lembrar que esse tipo de

infração provoca acidentes gravíssimos e que a maioria dos acidentes fatais são

causados por ultrapassagens mal realizadas. Além das multas de ultrapassagem,

mais de 36 mil multas foram aplicadas e 1.848 veículos recolhidos aos pátios.

Excesso de velocidade continua sendo um problema nas rodovias federais.

Somente nos seis dias da Operação Carnaval, 92 mil condutores foram flagrados

dirigindo com velocidade superior ao permitido.

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 44

18.02.2016

Concessão da Rodovia do Frango depende da ANTT

refazer todo edital

O Governo somente poderá prosseguir com o leilão da Rodovia do Frango caso

refaça o edital, com 39 alterações. Esta é a conclusão do relatório do Tribunal de

Contas da União (TCU), que analisou a minuta do edital elaborada pela Agência

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para leiloar a concessão dos 460 km

formados pelas rodovias BR-476, 153, 282 e 480, entre Paraná e Santa Catarina.

Trata-se do primeiro trecho da nova rodada de concessão de rodovias que o

governo quer oferecer ao setor privado. Em seu voto, o ministro Augusto Nardes

faz uma “aprovação com ressalvas” à minuta, condicionando sua continuidade

a 39 alterações no edital elaborado pela ANTT, que mais uma vez tem sua

competência colocada em cheque pelo TCU.

Dentre os ajustes mais importantes do TCU constam desde o estabelecimento de

“mecanismos para o reequilíbrio econômico-financeiro” do contrato caso haja

alterações de extensão em trechos de pista simples até retificações de custos

unitários em determinados serviços.

O tribunal dá ainda prazo de até 120 dias para que seja definido um método para

avaliar a adequação dos estudos de demanda apresentados, considerando as

projeções de crescimento usadas nos estudos e o período utilizado para sua

estimativa.

O governo tinha a pretensão de realizar o leilão da Rodovia do Frango no ano

passado, mas acabou deixando a licitação para este ano, por conta de ajustes

necessários na proposta. Conforme revelou reportagem do jornal “O Estado de S.

Paulo” no domingo, o BNDES foi acionado para ampliar a oferta de financiamento

para esses projetos. Há temores de que o cenário econômico conturbado afaste o

interesse dos investidores. As condições de financiamento são o ponto mais

delicado dessa equação.

Após os ajustes do TCU, a ANTT deverá colocar o edital em fase de audiência

pública por 90 dias. A expectativa inicial era que o leilão ocorresse entre junho e

julho deste ano mas as modificações exigidas podem inviabilizar a concessão, ao

menos no prazo pretendido.

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 44

14.02.2016

Ponte é liberada na Regis Bittencourt BR-116 após três

anos de obras

Os motoristas que trafegavam entre Curitiba e São Paulo pela BR-116 encontravam

um estreitamento no tráfego em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana

de Curitiba. Uma das pontes sobre o Rio Capivari estava interditada há 3 anos e

era preciso juntar o fluxo dos dois sentidos da rodovia sobre a outra ponte. Mas o

problema acabou na tarde desta sexta-feira (12), quando foi concluído o reforço

na estrutura e o trânsito de veículos foi liberado por volta das 16 horas.

Inaugurada em 2006, em substituição a uma ponte que ruiu um ano antes, a

estrutura apresentou problemas. Foi identificada uma falha geológica. O pilar

estava “andando”, com mais de 40 centímetros de deslocamento. Para não

demolir a estrutura, a decisão foi reforçá-la com armação estaiada, conta Eneo

Palazzi, diretor-superintendente da Autopista Régis Bittencourt.

A obra custou R$ 40 milhões e será feito um aditivo para que o custo seja

incluído no cálculo do pedágio. A construção não estava entre as

responsabilidades contratuais da concessionária. O projeto foi aprovado pela

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que regula as concessões

federais de rodovias, e a obra começou em 2014. Pelo local passam 20 mil

veículos por dia.

Histórico

Parte da ponte sobre a Represa do Capivari desabou na noite do dia 25 de janeiro

de 2005. O caminhoneiro Zonardi José Nascimento passava pelo local no

momento e morreu na queda. A estrutura levou um ano e três meses para ser

reconstruída. À época da reinauguração da ponte, em abril de 2006, o então

superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) no

Paraná declarou que a queda da estrutura foi causada por problemas da natureza

e que os motoristas poderiam ficar tranquilos porque a construção – que custou

R$ 29,5 milhões – agora era segura e não causaria novas surpresas.

Page 24: Fim de Semana ARTESP - edição 44

16.02.2016

MGO consegue decisão na justiça para aumentar o pedágio

novamente na BR-050

O Desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Dr. Daniel

Paes Ribeiro, concedeu liminar no recurso interposto pela MGO Rodovias,

suspendendo os efeitos da decisão proferida pelo Juízo de 1ª instância, que

obrigava a concessionária a não aplicar o aumento às tarifas das praças de

pedágio da BR-050 em Araguari.

Assim, a partir da zero hora desta terça-feira, 16/02/2016, a tarifa básica (por

eixo) na Praça Araguari 1 (km 13+730) volta ao valor praticado a partir de 12 de

janeiro, ou seja, R$ 5,20; já na Praça Araguari 2 (km 51+475), o valor da tarifa

básica retorna para R$ 4,00 (Veja abaixo a tabela completa).

Em sua decisão, o desembargador alega que: 1. O Juízo de 1ª Instância não

deveria ter dispensado a oitiva prévia da MGO Rodovias, ANTT e DNIT antes de

ter proferido sua decisão; 2. A decisão não observou a presunção de legalidade

dos atos administrativos (Processo Administrativo ANTT); 3. A decisão proferida

não encontra lastro fático para se sustentar, causa prejuízo à concessionária e,

por via de consequência, aos próprios usuários da rodovia.

A concessionária responsabilizou a Lei do Caminhoneiro, Lei 13.103/15 pelo

aumento concedido pela ANTT acima dos índices previstos pelo contrato: “Os

efeitos da “Lei dos Caminhoneiros” nas tarifas – Conhecida por “Lei dos

Caminhoneiros”, a Lei 13.103/2015 entrou em vigor no dia 17 de abril, trazendo

para o mercado regulado de rodovias dois impactos. Segundo a norma, se o

caminhão estiver vazio e com eixo suspenso, não se cobra o eixo suspenso. Até a

edição da lei, as concessionárias podiam cobrar pedágio dos eixos suspensos.

Além disso, a lei aumenta a tolerância de peso por eixo, o que pode trazer um

desgaste maior no pavimento.”

Apesar da justificativa, nem a ANTT, muito menos a concessionária MGO

Rodovias, apresentam os cálculos que justificam os reajustes muito acima do

previsto em contrato. A ANTT tem tido o mesmo procedimento em todos os

aumentos em que a Lei do Caminhoneiro é usada como justificativa.

Page 25: Fim de Semana ARTESP - edição 44

12.02.2016

Governo Federal lança edital de chamamento público

para concessão de novo trecho BR-163/PA

O Ministério dos Transportes publicou,

nesta sexta-feira (12/02), o edital de

chamamento público para a concessão

do trecho rodoviário da BR-163/PA,

entre o entroncamento com a BR-230

(Campo Verde) e o início da Travessia

do Rio Amazonas (Santarém). Com isso

o governo autoriza empresas privadas a

promoverem estudos técnicos e de

viabilidade que vão subsidiar a

concessão e prever as obras que

deverão ser realizadas neste modal

rodoviário.

Este novo projeto terá uma extensão de

331,6 quilômetros e irá complementar a

proposta de concessão da BR-163/MT/PA entre Sinop/MT e Itaituba/PA (Porto de

Miritituba) já em andamento e ampliar o corredor logístico formado pelo trecho

da BR-163/MT, já concedido à iniciativa privada.

As empresas interessadas deverão seguir o termo de referência que traz o

detalhamento das atividades a serem realizadas. Vale destacar que as empresas

que entregarão suas Propostas de Manifestação de Interesse (PMI), ao fim dos

prazos, conforme editais, são incentivadas a propor inovações nos estudos e nas

concessões. O prazo para entrega dos requerimentos vai até o dia 14 de marco de

2016. Os documentos deverão ser encaminhados para o endereço: Esplanada dos

Ministérios, Bloco "R". CEP: 70.044-902 - Brasília/DF.

Segundo o edital, poderão ser considerados tempestivos os requerimentos

enviados por meio eletrônico para o email [email protected] desde que seja

também postada e encaminhada a versão impressa dos documentos ao Ministério

dos Transportes, para o endereço acima indicado, dentro do prazo de dez dias

úteis.

BR-163/PA, entre o entroncamento com a BR-230 (Campo Verde) e o início da

Travessia do Rio Amazonas (Santarém)

Trecho entre Campo Verde e Santarém será objeto de estudo da iniciativa privada

Page 26: Fim de Semana ARTESP - edição 44

19.02.2016

ANTT reajusta em 11,2% transporte rodoviário

semiurbano interestadual

As tarifas dos transportes rodoviários semiurbanos interestaduais serão

reajustadas em 11,29% a partir do dia 21 de fevereiro. O aumento, previsto em

resolução publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

no Diário Oficial da União de hoje (19), vale para todo o território nacional e se

aplica, também, no caso de municípios que são cortados por fronteiras

internacionais.

São considerados “serviços de transporte rodoviário semiurbano interestadual” os

transportes coletivos que, apesar de cruzarem unidades da federação, têm

características urbanas, como uso de roletas, paradas em pontos e permissão para

que os passageiros sejam transportados em pé. O percurso máximo deles é de 75

quilômetros.

De acordo com a resolução, o aumento será aplicado no chamado coeficiente

tarifário vigente. Este valor de referência foi fixado em R$ 0,092557. Para se

chegar ao valor da tarifa, faz-se um cálculo considerando o valor de referência e o

número de passageiros por quilômetro.

Segundo a ANTT, os reajustes foram feitos em decorrência da “necessidade de

manter o equilíbrio econômico-financeiro das permissionárias [empresas que têm

permissão ou licença, autorizadas pela justiça] e autorizatárias [empresas

autorizadas pela ANTT a prestar temporariamente o serviço, ainda que sem a

realização de processo licitatório]”.

Page 27: Fim de Semana ARTESP - edição 44

19.02.2016

Brasil e Argentina concordam com o livre comércio

automotivo

Os governos de Brasil e Argentina concordaram em renegociar um novo acordo

automotivo baseado no livre comércio em substituição ao atual sistema de cotas e

em vigor até o próximo 30 de junho (leia aqui). O objetivo fará parte do

cronograma de negociações bilateral acertado durante reunião realizada na

quinta-feira, 18, em Buenos Aires entre o ministro Armando Monteiro, do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e os

ministros argentinos da Produção, Francisco Cabrera, e dos Transportes,

Guillermo Dietrich.

Ambos definiram que os principais objetivos do cronograma serão a integração

produtiva, geração de empregos, agregação de valor tecnológico e acesso a novos

mercados. Pelas negociações, a adoção do livre comércio do setor automotivo se

dará “progressivamente e em condições de equilíbrio”, indicando que o novo

acordo não se dará no curto prazo.

As tratativas fazem parte do relançamento da Comissão Bilateral de Comércio

firmada pelos ministros a fim de aumentar a integração produtiva e comercial dos

dois países, em linha com as orientações definidas pelos presidentes Mauricio

Macri e Dilma Rousseff durante reunião em Brasília, no início de dezembro

passado.

“Precisamos fortalecer a relação, revigorar o comércio, acentuar e promover a

integração produtiva e caminhar juntos na direção de uma inserção do Mercosul

nos fluxos de comércio e investimentos mundiais. Essa visita pretende

exatamente traduzir a orientação do governo brasileiro de que nós temos cada

vez mais fortalecer a relação com a Argentina”, disse Monteiro em comunicado

conjunto divulgado após o encontro.

Monteiro também comentou sobre as negociações entre Mercosul e União

Europeia em torno de um acordo de livre comércio. “Temos uma visão

convergente de que acordo com a União Europeia é fundamental por exatamente

marcar o reposicionamento do Mercosul na perspectiva de integração com o

maior bloco econômico do mundo”.

Os ministros enfatizaram a necessidade de uma estratégia conjunta visando a

competitividade, desenvolvimento tecnológico e inovação, além de facilitar a

inserção de micro, pequenas e médias empresas nas cadeias regionais e globais

de valor. Segundo o comunicado todas as ações conjuntas terão como eixo a

atração de investimento e a criação de empregos.

"Acreditamos na necessidade de dinamizar o funcionamento interno do Mercosul,

em coordenação com os nossos parceiros. Colocamos especial ênfase nas

questões de investimento, compras governamentais e convergência regulatória”,

disse o ministro Francisco Cabrera.

Page 28: Fim de Semana ARTESP - edição 44

17.02.2016

ANTAQ E ANTT PERDEM DIRETORES 'TÉCNICOS' E FICAM

ESVAZIADAS PARA TOCAR CONCESSÕES

Em busca de uma agenda positiva na economia, a presidente Dilma Rousseff

prometeu acelerar as concessões de infraestrutura em 2016, mas terá um novo

obstáculo pela frente: três agências reguladoras que atuam na linha de frente dos

leilões vão sofrer importantes desfalques nos próximos dias. Diretores de perfil

técnico e que gozam de respeito do mercado, incluindo os presidentes dos órgãos

responsáveis pela engrenagem das próximas licitações de aeroportos e áreas

portuárias, chegam ao fim de seus mandatos e já começaram o processo de

arrumação das gavetas.

O pior de tudo é que, sem ter recuperado a capacidade de articulação política, o

Palácio do Planalto resolveu agir na defensiva e não enviou indicações de

substitutos ao Senado - os novos diretores precisam ser sabatinados pela

Comissão de Infraestrutura e aprovados em plenário. Diante do clima adverso no

Congresso Nacional, o governo não quer ficar refém dos partidos da base aliada e

tem adotado uma postura de cautela, mas isso já ameaça o funcionamento das

autarquias.

A situação mais delicada é a da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dia 19

de março representa o fim da linha para Marcelo Guaranys, presidente do órgão

desde 2011, e para o diretor Cláudio Passos, um engenheiro aeronáutico que

lidera a área de certificação de aeronaves e equipamentos. A saída dos dois deixa

a diretoria colegiada, que já tinha uma de suas cinco vagas em aberto, sem

quórum mínimo para tomar decisões importantes.

Um dos pontos que precisam de sinal verde da diretoria são justamente os editais

de concessão dos próximos quatro aeroportos - Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e

Florianópolis - que Dilma pretende leiloar no fim deste semestre. A Anac também

se prepara para montar uma série de operações especiais nos terminais para a

Olimpíada. Em tese, as deliberações podem ser tomadas "ad referendum" e

receber o endosso dos demais diretores quando o comando do órgão estiver

completo. Na prática, medidas aprovadas assim tornam-se mais vulneráveis a

contestações.

A agência ficará sob liderança de José Ricardo Pataro Queiroz, um delegado

licenciado da Polícia Federal que teve uma passagem pela representação brasileira

na Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) como experiência mais

relevante no setor, e de Ricardo Fenelon, ex-estagiário na Anac e genro do líder do

PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Dois nomes têm sido cotados para compor a nova diretoria. Um é o de Ricardo

Bezerra, ex-diretor da autarquia e filho de Valmir Campelo, ministro aposentado

do Tribunal de Contas da União (TCU). Outro é o do professor de direito

aeronáutico Georges Ferreira, da PUC de Goiás, que presidiu os trabalhos de uma

Page 29: Fim de Semana ARTESP - edição 44

comissão do Senado responsável por sugerir reformas no marco regulatório da

aviação. A Força Aérea Brasileira (FAB) também tenta indicar um representante.

O desfalque atinge também a Agência Nacional de Transportes Aquaviários

(Antaq). Termina amanhã o mandato de Mario Povia como diretor, em um dos

momentos mais importantes do setor portuário - a retomada do programa de

arrendamentos de áreas e a perspectiva de aprovação de dezenas de terminais de

uso privado.

Funcionário de carreira, Povia chefia a agência há quase dois anos e é bem

avaliado pelo mercado, mesmo entre os críticos do aumento de regulação que

marcou sua passagem na diretoria, especialmente após a nova Lei dos Portos, de

2013, que exigiu a adaptação de uma série de normas.

"Ele é um técnico que conhece o setor, é sério e aberto ao diálogo", afirma Wilen

Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). A

associação enviou uma carta à Presidência da República e à Secretaria de Portos

(SEP) pedindo a manutenção de Povia como diretor na Antaq, mesmo sem

comandá-la. Contudo, a percepção no setor é que há uma tendência grande de a

vaga ser moeda de troca do jogo político-partidário, num contexto em que o

Planalto tem de ceder à base.

Além disso, há uma aposta entre os empresários de que o ministro dos Portos,

Helder Barbalho (PMDB), pretende reproduzir na Antaq - que passou a ser

vinculada à SEP após o novo marco regulatório - o modus operandi adotado ao

assumir o ministério, com a troca de grande parte da equipe.

Povia ingressou na Antaq em 2006 por concurso público, ocupando, entre outros

cargos, os de superintendente substituto de Fiscalização e superintendente de

Portos. Desde dezembro de 2012, vinha exercendo o cargo de diretor interino na

agência. Tornou-se diretor efetivo em maio de 2014, sendo posteriormente

nomeado diretor-geral pela Presidência.

Ficarão na Antaq os dois outros diretores, Fernando Fonseca e Adalberto Tokarski,

ambos também de carreira e cujos mandatos terminam em 2017 e 2018,

respectivamente. Entre os assuntos polêmicos que precisarão ser deliberados está

a revisão da norma sobre o THC 2 -a cobrança que os terminais de cais fazem dos

portos secos pela movimentação da carga entre a pilha e a porta do terminal. O

tema não é consensual na agência. Consiste em uma das maiores disputas pelo

mercado de armazenagem entre terminais molhados e recintos alfandegados de

retroárea.

Amanhã também deixam seus gabinetes dois diretores da Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT): Carlos Fernando Nascimento, que tem

concentrado os processos da área de ferrovias, e Marcelo Bruto, que cuida

principalmente da elaboração dos editais de rodovias. Ambos podem ser

reconduzidos, mas o governo não tomou providências.

Page 30: Fim de Semana ARTESP - edição 44

15.02.2016 Estatal gaúcha dos pedágios investirá R$ 100 milhões em

2016

O diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Nelson Lidio Nunes,

informa que a empresa pretende investir R$ 100 milhões este ano nas rodovias

estaduais.

A empresa administra 892,78 quilômetros da malha rodoviária estadual. Em 2015,

a EGR aplicou R$ 80,5 milhões diretamente nas suas rodovias. Do total aplicado,

R$ 62,99 milhões foram destinados a recuperação e manutenção de pavimento,

R$ 3,48 milhões em sinalização da via e R$ 14 milhões em reparos, conservação e

limpeza.

Empresa pública criada para administrar as estradas com pedágio pertencentes ao

Estado do Rio Grande do Sul, a EGR possui uma estrutura enxuta. Ela contrata

empresas para o trabalho de arrecadação, manutenção, conservação, pintura e

ampliação das rodovias.

A EGR conserva, sinaliza e recupera as estradas que estão abaixo das

especificações contratuais, além de implementar, junto ao Detran e à Polícia

Rodoviária Estadual, um programa de segurança no trânsito para alcançar o índice

zero de vítimas fatais em acidentes.