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EDIÇÃO 56 – 20 DE MAIO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 20 de maio de 2016.

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EDIÇÃO 56 – 20 DE MAIO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

12.05.2016

Primeira MP de Temer cria programa para tentar destravar

as concessões

Adriana Fernandes e Murilo Rodrigues Alves

BRASÍLIA - O presidente em exercício Michel Temer criou ontem, por meio de

Medida Provisória, o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), com a proposta

de retirar “entraves burocráticos e excessos de interferência do Estado” nas

concessões. Segundo o governo, o novo formato vai corrigir distorções do modelo

usado até então pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff. Foi a primeira

MP do novo governo. O programa, batizado pela equipe de Temer de “Crescer” -

conforme antecipou o Estado - tem enfoque na geração de empregos, bandeira

que o presidente em exercício assumiu. A ideia do “PAC de Temer” é garantir a

“expansão com qualidade” da infraestrutura, com “tarifas e preços adequados”,

fortalecendo o papel regulador do Estado e a autonomia das agências reguladoras.

Novo programa será vinculado à presidência da República

A equipe de Temer acredita que a iniciativa privada vai ter mais segurança

jurídica com o novo programa, o que deve fazer com que as empresas voltem a

investir em grandes obras de infraestrutura e a gerar novos postos de trabalho.

Vai nortear todo o programa de privatizações e concessões que a gestão Temer

pretende turbinar para elevar a arrecadação e os investimentos privados.

Uma das novidades do programa é proibir as empresas responsáveis pelos

estudos prévios de participar dos leilões das outorgas. A equipe de Dilma

Rousseff deixou na gaveta concessões de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias,

com investimentos estimados em mais de R$ 30 bilhões. No entanto, o novo

governo diz que tudo deve ser reavaliado.

Fundo. A Medida Provisória também autoriza o BNDES a constituir o Fundo de

Apoio à Estruturação de Parcerias. Do fundo sairão os recursos para o pagamento

dos serviços de estruturação e liberação das parcerias aprovadas pelo PPI. Pelo

texto da MP, o prazo inicial do fundo será de dez anos, renovável por igual

período.

O novo programa será vinculado à presidência da República e terá à frente o ex-

ministro e ex-governador Moreira Franco. Sua missão será supervisionar todas as

operações em que o Estado fará parcerias com a iniciativa privada para gerar

investimentos em infraestrutura. Ontem, Moreira afirmou que quer ter, em um

mês, clareza das iniciativas. “Não queremos inventar um novo marco econômico”,

disse.

O PPI será dirigido por uma secretaria executiva, que será o braço operacional do

Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República,

criado na mesma medida provisória. Esse conselho terá o próprio presidente em

exercício Michel Temer como presidente.

Além do presidente em exercício e do secretário executivo do PPI, farão parte do

conselho os ministros da Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Transportes, Meio

Ambiente e o presidente do BNDES.

O conselho vai elaborar o calendário e a lista das parcerias, concessões, PPPs,

arrendamentos e outros tipos de contratos. A execução propriamente dita - como

os estudos prévios de engenharia, jurídico, ambiental e econômico, além da

elaboração dos editais e dos leilões - ficará a cargo dos respectivos ministérios,

com a supervisão e o apoio do PPI, que ajudará a coordenar todas as ações.

Os testes vêm sendo feitos desde o ano passado. A inauguração será em esquema

de “soft opening”, ou seja, só por algumas horas por dia. Futuramente, o VLT

funcionará 24 horas. Para o segundo semestre é aguardada a entrega do segundo

trecho de trilhos, da estação ferroviária Central do Brasil à Praça 15, de onde

partem as barcas para Niterói. Serão seis linhas, 28 quilômetros e 31 paradas. A

tarifa custará R$ 3,80, o mesmo que os ônibus cariocas.

Mas a estreia dos bondes, cujos trilhos vêm sendo instalado há dois anos,

incluindo as escavações, suscita dúvidas quanto à segurança dos pedestres.

Embora o VLT tenha aviso sonoro, o costume dos cariocas de atravessar as ruas

fora da faixa preocupa. Outra expectativa é com relação aos calotes. Como não

haverá catracas, o usuário validará o bilhete por conta própria. Fiscais deverão

estar nos bondes. Quem não tiver pago a tarifa será multado em R$ 170. Em caso

de reincidência, o valor subirá para R$ 255.

17.05.2016

TCU aponta comprometimento na segurança dos

motoristas em rodovias federais entre SC e PR

O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou a atuação da Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) sobre a regulação, o controle e a fiscalização da

execução do contrato de concessão para exploração das rodovias BR-101, 116 e

376, no trecho entre Florianópolis e Curitiba (PR). O tribunal verificou

descumprimento, por parte da concessionária Autopista Litoral Sul, das ações

acertadas para recuperação das rodovias, com várias obras e serviços não

implementados de forma adequada e comprometimento da segurança dos

usuários dos trechos rodoviários da concessão.

A análise do TCU levou em conta a concessão prevista em edital da ANTT para

exploração da infraestrutura, prestação de serviços públicos e execução de obras

e serviços de recuperação, manutenção, monitoração, conservação, operação,

ampliação e melhorias daquele trecho rodoviário.

A avaliação mostra que o atraso no cronograma das obras do contorno rodoviário

de Florianópolis é significativo, por sequer haver projeção de data para o término

dos trabalhos. Conforme divulgado pelo TCU, a Autopista alegou ao tribunal

situações imprevisíveis que afetariam o andamento das obras, bem como o início

de novos trechos. Essas situações seriam: ações judiciais, licenças ambientais,

dificuldade de liberação de áreas e alta incidência de chuvas.

Conforme jurisprudência do TCU, a incidência de chuvas só representa

justificativa para atrasos em obras rodoviárias se ficar comprovado que o volume

de precipitação foi suficientemente alto, acima de 8mm, para impedir a

continuidade da execução dos serviços e comprometer o cumprimento do

cronograma inicialmente previsto. O nível de precipitação diária considerada

pelos projetistas que elaboraram a versão inicial do orçamento era de 6mm.

O tribunal também não verificou providências adotadas pela ANTT quanto ao

descumprimento dos termos pactuados na concessão. Foi firmado, no entanto,

Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a concessionária e a ANTT, que abrange

o comprometimento com cumprimento de prazos e a previsão de compensação

por não concluir as obras, com consequente desconto sobre o valor da Tarifa

Básica de Pedágio. Como consequência da fiscalização, o TCU determinou que a

ANTT, no prazo de 15 dias, encaminhe resumo das providências adotadas para

que seja verificada a observância às cláusulas no TAC.

Para o relator do processo, ministro-substituto Marcos Bemquerer, “os novos

elementos indicam situação grave em que os usuários das BR-101 (SC) e BRs 116 e

376 (PR), no trecho entre Florianópolis e Curitiba, estão sendo seriamente

prejudicados ao utilizarem rodovias com qualidade de trafegabilidade

comprometida por deficiências no pavimento existente e por não terem qualquer

perspectiva de conclusão das obras do contorno de Florianópolis, de tal forma

que cumpre a esta Corte de Contas exigir providências por parte da ANTT”.

O tribunal tem reforçado o entendimento de que não está incluída em suas

competências a fiscalização direta da prestação de serviço público por empresas

concessionárias, atribuição conferida às agências reguladores. Compete ao TCU,

no entanto, examinar se as agências fiscalizam de forma adequada a execução dos

contratos de concessão e a qualidade de tais serviços e cobrar delas que adotem

as providências previstas no seu campo de atuação.

A reportagem do Diário Catarinense tentou entrar em contato com a ANTT, mas

não houve retorno até as 23h desta segunda-feira. A Autopista Litoral Sul

informou que ainda não foi notificada e que irá responder os questionamentos

assim que tomar conhecimento da decisão do TCU.

19.05.2016

Governo cumprirá contratos de concessão de aeroportos

em vigor, diz secretário

O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira

Franco, disse nessa quinta-feira, 19, durante a inauguração da expansão do

terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), que o presidente

interino Michel Temer vai cumprir os contratos de outorga feitos no governo

anterior que envolvem as concessões dos aeroportos de São Gonçalo do Amarante

(RN), Guarulhos e Viracopos (SP), Brasília (DF), Galeão (RJ) e Confins (MG). Essas

concessões, as primeiras do setor, garantem à Infraero 49% de participação nos

consórcios.

As empresas que administram esses terminais alegam que estão sem recursos

para fazer o pagamento anual da outorga, que vence em junho, e pediram ao

governo o adiamento do prazo.

Moreira Franco foi cauteloso ao ser perguntado se o governo pretende rever os

contratos de outorga em vigor. Segundo ele, a revisão não é um ato de vontade.

“Precisamos de segurança jurídica, de respeito aos contratos. Precisamos que as

decisões sejam tomadas com muita responsabilidade, prudência e cautela para

que os nossos parceiros possam entender que o Brasil mudou e que precisamos

criar um clima capaz de estimular o investimento para que a gente possa voltar a

crescer e gerar os empregos necessários”, disse.

Segundo Moreira, a prioridade do governo Temer nesse momento é reduzir o

desemprego. “Hoje, a prioridade do governo não é melhorar a qualidade do

serviço, diminuir o custo Brasil. Essas questões são questões que virão como

consequência da prioridade que é gerar emprego.”

17.05.2016

Ministério dos Transportes não fará privatizações na

gestão Temer

A decisão do governo de integrar à estrutura do Ministério dos Transportes a

Secretaria de Aviação Civil e a Secretaria de Portos não significa que a pasta

controlada pelo PR passará a ter superpoderes. Pelo contrário. É grande o risco de

o Ministério dos Transportes acabar com uma estrutura inchada e sem seus

principais projetos: as concessões de infraestrutura.

Duas nomeações para a Casa Civil, feitas a pedido do ministro Eliseu Padilha,

indicam que as privatizações serão tocadas diretamente pelo presidente em

exercício Michel Temer e pelo ex-ministro Moreira Franco (PMDB-RJ), principal

articulador do novo governo nos projetos de concessões.

A atual secretária executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa, foi

convidada para ocupar a subchefia de monitoramento da Casa Civil. Já a

secretaria executiva da Casa Civil deverá ser ocupada por Daniel Sigelmann, que

até agora presidia a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Técnicos

Natália Marcassa e Daniel Sigelmann têm em comum o fato de serem veteranos na

cúpula dos transportes e reconhecidos por ter “perfil mais técnico”. Natália,

oriunda da Agência Nacional de Transportes Terrestres, deve atuar como um

braço direito da Presidência na formulação de propostas.

Nos últimos anos, ela estava diretamente envolvida com novos projetos de

concessões de rodovias e ferrovias do governo, além da negociação para

renovação dos contratos das atuais concessionárias.

Daniel Sigelmann, que tem passagens pela BR Distribuidora, Ministério da

Fazenda e Tesouro Nacional, passou a atuar mais diretamente na área de

transportes a partir de 2011, sempre ligado a projetos de concessões tocados

pelo governo.

Cortes

Nos últimos anos, o Ministério dos Transportes foi um reduto o PR. Sem as

concessões, sobrará para a pasta administrar orçamentos de suas autarquias,

como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec,

da área de ferrovias. As duas estatais sofrem com o corte drástico em seus

orçamentos.

18.05.2016

Falta agilidade para parcerias público-privadas, diz

presidente do IPT

Sem maneiras mais criativas e flexíveis de levantar recursos e interagir com a

iniciativa privada, a pesquisa brasileira continuará penando para transformar

boas ideias científicas em produtos inovadores e lucrativos, diz o engenheiro

metalúrgico Fernando José Gomes Landgraf, atual diretor-presidente do IPT

(Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em São Paulo.

Landgraf comanda o instituto (ligado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento

Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) desde 2012. Embora negue que seja

necessário escolher entre pesquisa básica e aplicada– ou seja, entre a ciência que

tenta entender como as coisas funcionam e a que busca aplicações diretas–, ele

enxerga mais limitações para fazer o segundo tipo no Brasil.

Para o engenheiro, a falta de agilidade para financiar parcerias público-privadas

na área é um dos fatores que limitam o desempenho brasileiro. Ele reconhece a

importância do financiamento público para que tecnologias realmente inovadoras

surjam, mas aponta também a necessidade de que as pesquisas, em alguma

medida, se autofinanciem –a exemplo do IPT, cuja receita atual é, em sua maioria,

proveniente de serviços prestados a empresas.

Folha - O governador Geraldo Alckmin irritou a comunidade científica ao

criticar as pesquisas financiadas pela Fapesp, afirmando que muitas delas não

têm utilidade prática. Como o sr. vê esse dilema entre investimentos na

ciência básica e os voltados para a pesquisa aplicada?

Landgraf - É claro que ambas são importantes. Não há como um país ter avanços

na pesquisa aplicada sem boa pesquisa básica. Também é verdade que a Fapesp

[agência de fomento do Estado de São Paulo] tem tentado estimular a interação

entre instituições de pesquisa públicas e as empresas, há algumas iniciativas

nesse sentido.

Mas, de maneira geral, a interação com o setor privado e a pesquisa que gera

produtos inovadores ainda são modestas, em parte também porque as próprias

empresas não buscam essa interação com a intensidade necessária.

Então isso não significaria que as empresas é que precisam criar uma cultura

mais ousada sobre esse tema?

O problema é que a maneira como o financiamento dos projetos conjuntos

funciona normalmente não favorece isso. Seria interessante achar um modo de

trabalhar que facilitasse essas parcerias, coisa que instituições como a Embrapii

[Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, organização social ligada ao

governo federal] já vêm estimulando ao fazer as coisas de um modo diferente.

O que há de diferente na maneira como a Embrapii atua?

O principal ponto é a velocidade e flexibilidade com que as propostas para o

financiamento de projetos são analisadas. Há uma espécie de benefício da dúvida

dado pelas entidades financiadoras à parceria entre a instituição de pesquisa e a

empresa, de maneira que todo o processo de análise do mérito daquela proposta

é mais rápido -existe um monitoramento constante e rigoroso durante a execução

dos recursos, mas não tantos entraves antes.

Outra questão que temos de considerar com cuidado é a maneira como essas

parcerias começam. As situações em que os institutos de pesquisa brasileiros

procuram uma empresa já com um produto pronto, ou mesmo com um plano

claro para chegar a esse produto, são raríssimas. Normalmente o que acontece é o

contrário: a empresa procura a instituição de pesquisa com um problema

específico, e é a partir daí que soluções às vezes são desenvolvidas e se

transformam em produtos.

A impressão é que, desde os anos 1990, tem havido um esforço constante

para estimular os pesquisadores brasileiros a se transformarem em

empreendedores, mas esse modelo parece ter fracassado. O sr. concorda?

Eu não acho que esse modelo tenha fracassado. A questão é que, naturalmente,

são raras as pessoas com vocação para o empreendedorismo. Vejo isso ao dar

aulas na Escola Politécnica da USP –poucos dos meus alunos querem virar

empresários.

Claro que o ambiente brasileiro de fato não é muito favorável a isso, mas o

problema está longe de ser só nosso. A Universidade Harvard e o MIT [Instituto de

Tecnologia de Massachusetts], que ficam do lado um do outro nos EUA, devem

formar milhares de alunos todos os anos, num dos locais com o maior índice de

inovação tecnológica do mundo. Você sabe quantas empresas são criadas por

esses formandos anualmente?

Vou chutar: em torno de 30?

Chutou bem, é mais ou menos isso mesmo –de dez a 30. Além disso, não se pode

esquecer o papel crucial das instituições públicas e do incentivo governamental

para a inovação, porque eles fazem o investimento de longo prazo para que as

ideias realmente inovadoras vinguem.

Mas é claro que é possível pensar em maneiras de obter financiamento para

pesquisa sem depender só do Estado. Aqui no IPT, por exemplo, 35% da dotação

orçamentária vem do governo paulista, enquanto os outros 65% derivam da venda

de serviços para empresas.

Existem críticas ao fato de que a Fapesp possui um patrimônio financeiro

próprio, que lhe permite maior estabilidade e autonomia em seus

investimentos de pesquisa, mesmo quando a arrecadação cai. Esse modelo

deve ser mantido, na sua opinião?

Não acho que seja necessário alterar esse modelo. Mas é importante discutir qual

a proporção dos recursos que vai para pesquisa básica e pesquisa aplicada.

16.05.2016

Câmara deve votar MP que reincorpora rodovias de 15

estados à União

A Câmara dos Deputados deverá votar, até o dia 31 de maio, a MP 708/2015, que

autoriza a União a reincorporar trechos de rodovias localizadas em 15 unidades

da federação à malha rodoviária federal. Do contrário, a medida provisória

perderá a validade. Essa é uma entre quatro MPs e três projetos de lei do Poder

Executivo com urgência constitucional que trancarão a pauta da Câmara a partir

desta terça-feira (16).

Ao todo, mais de 10 mil quilômetros de rodovias que haviam sido transferidos

aos estados e ao Distrito Federal em

2002 devem voltar para o controle da

União. A maior parte dessa malha está

em Minas Gerais (2,8 mil Km), no Rio

Grande do Sul (1,8 mil km) e na Bahia

(1,3 mil km).

Na MP, enviada ao Congresso Nacional

em dezembro, o governo federal

argumentou que a reincorporação é

importante para viabilizar concessões.

Os trechos devem atender a critérios

como: promover a integração regional, interestadual e internacional; ligar capitais

de estados entre si ou ao Distrito Federal; atender a fluxos de transporte de

grande relevância econômica; e promover ligações indispensáveis à segurança

nacional.

Pelo texto, ao efetivar a reincorporação, os governadores assinarão um termo no

qual renunciarão a ressarcimento ou indenização por despesas realizadas no

período de vigência do domínio estadual sobre os trechos de rodovia federal.

A MP prevê, também, que o Dnit conclua obras do PAC (Programa de Aceleração

do Crescimento) relativas à implantação e à duplicação das rodovias. Para os

empreendimentos que se encontram em fase de projeto, será admitida a

contratação da obra até 31 de dezembro de 2018, desde que o edital seja lançado

até 30 de junho de 2018.

18.05.2016

Soluções para melhorar o transporte de cargas

“Quando você está dirigindo e vê um caminhão pela frente, qual é a sua primeira

reação?” É com essa pergunta que o doutor em transportes pela Universidade de

Brasília (UnB) Evandro Manzano dos Santos começa a explicar seu mais recente

estudo sobre o transporte de cargas no Distrito Federal. A meta dele é encontrar

soluções de logística urbana que possam reduzir custos e melhorar a qualidade

do meio ambiente. Chegou à conclusão de que é possível. Mas as ações dependem

do envolvimento de empresários do setor, do poder público e dos moradores, em

especial daqueles que vivem próximos às quadras comerciais.

Manzano usou como ponto de partida a análise das notas fiscais eletrônicas. Com

base nas informações contidas nos documentos, ele descobriu os polos de maior

concentração de cargas e descargas no DF. O Conic, no Plano Piloto, lidera a lista

da demanda de carga. Em seguida, aparece a CSG 9, em Taguatinga Sul, e a Cidade

do Automóvel. Nessas duas últimas cidades, o que causa a alta são as empresas

de bebida.

E são justamente elas — as bebidas —, que representam quase 15% dos itens

transportados no DF, ocupando o topo do serviço. Em seguida, os materiais

elétricos. “A partir dessas informações, propusemos soluções para se ter um

transporte mais eficiente com menor impacto ambiental. Esses produtos chegam

aos seus destinos em caminhões. É comum vê-los parados em fila dupla para

descarregar. Também deixam o trânsito lento por onde passam. Sem falar na

emissão de poluentes”, afirma o especialista.

O estudo

Uso de dados de documentos fiscais eletrônicos para o planejamento do

transporte urbano de cargas, conduzido por Manzano, apontou algumas

alternativas, que, segundo ele, podem reduzir a frota em até 30%. E esse é o maior

custo das transportadoras. A primeira opção é fazer a entrega noturna. “Assim, o

motorista (do caminhão) não perde tempo procurando vaga, não leva multa por

estacionar em local proibido e gasta menos tempo para fazer descarregar os

produtos”, elenca o pesquisador.

Outra solução, que também passa pela entrega noturna, é o uso dos

estacionamentos públicos, uma vez que ficam vazios após o encerramento do

expediente. “Se é um prédio de escritórios, por exemplo, o condomínio precisará

contratar um funcionário ou pagar adicional noturno para uma pessoa receber

essas mercadorias e organizá-las em caixas. Depois, sobe e deixa nas portas dos

escritórios. Haverá economia com elevador, energia elétrica e tempo dos

funcionários, que precisam parar o trabalho para receber esses produtos em vez

de focar no cliente”, explica.

A terceira proposta passa pela criação de vagas para caminhões. Nesse ponto, a

parceria com os lojistas seria fundamental. Segundo Manzano, de 70% a 80% dos

espaços das entrequadras são ocupados por veículos dos comerciantes e

funcionários das lojas. “Se o empresário se cotizar e oferecer transporte coletivo

para os empregados ou criar incentivo para que eles usem o transporte público,

isso vai liberar vagas nos comércios. Dessa forma, mais clientes estarão dispostos

a frequentar o local”, pondera Manzano.

Logística

O pesquisador critica medidas adotadas em São Paulo, como a restrição de

veículos de grande porte em determinadas áreas. Segundo ele, se a empresa usava

um caminhão para atender determinada região, teve de distribuir a carga em três

vans. Com isso, aumentou o fluxo de veículos, e o trânsito piorou. Atualmente, o

maior entrave para se fazer entrega noturna é a falta de segurança.

Caso esse modelo de logística urbana seja implantado, o fluxo de caminhões

deverá ser reduzido em até 30%. Segundo Manzano, a estimativa é de que uma

empresa do setor de bebidas tem uma frota de cerca de 300 caminhões. Se a tese

se confirmar, seriam no mínimo, 90 caminhões a menos nas ruas.

18.05.2016

Ampliado prazo para caminhoneiros refinanciarem dívidas

O Senado aprovou, nessa terça-feira (17), o projeto de lei que amplia o prazo para

caminhoneiros refinanciarem empréstimos contraídos por meio de programas do

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Com isso, quem

financiou veículos, reboques, semirreboques e carrocerias, novos e usados, até o

fim de 2015, terá até 30 de dezembro deste ano para renegociar a dívida junto ao

agente financeiro.

O projeto teve origem em uma medida provisória 707/2015, editada pelo governo

federal no final do ano passado. Pelo texto original, o prazo para acessar o

refinanciamento encerraria em junho e valia para contratos assinados até 2014.

Mas os limites foram alterados pelo Congresso Nacional.

O objetivo foi dar uma alternativa aos transportadores, penalizados com a

diminuição na demanda pelos seus serviços devido à recessão econômica.

Poderá acessar a renegociação, conforme o projeto, empresários individuais,

empresas, associações e fundações que atuam com o transporte rodoviário de

cargas com receita anual de até R$ 2,4 milhões.

17.05.2016

Aprovado retorno dos pedágios privados na malha

estadual gaúcha

Assembleia Legislativa aprovou hoje por 32 votos a 15, a volta dos pedágios em

estradas gaúchas a partir da retomada do modelo de concessões para a iniciativa

privada. O prazo de 30 anos foi mantido conforme o projeto original. Uma

emenda define um marco regulatório, estabelecendo as regras para concessões

(como exigia o PDT). Outras preveem a revisão dos contratos pela Agergs, o

aumento do número de participantes nas licitações para evitar cartéis, a

instalação de postos de pesagem e o envio dos modelos de concessão para o

conhecimento da Assembleia, com 60 dias de antecedência.

O líder do governo, Alexandre Postal, do PMDB, argumentou que o prazo de 30

anos é justificado para oferecer um valor de tarifa menor. “Esse é um modelo

internacional e funciona como qualquer outra modalidade de crédito, por

exemplo. Se o cidadão comprar uma casa e fizer um financiamento de cinco anos,

ele vai pagar mais a cada parcela. Se o tempo para quitar o saldo for diluído em

um prazo maior, o valor a ser pago é menor”, argumentou.

Entre outras críticas, o deputado Pedro Ruas, do PSOL, atacou justamente o

período, considerado por ele muito extenso. “Esse saldo de 30 anos e os pedágios

espalhados pelo Estado vão ser pagos pelas nossas próximas gerações”, alertou.

Já o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, do PP, sustentou que a

proposta apresentada segue os modelos de concessão de rodovias adotados pelo

governo Dilma. Ele voltou a enfatizar que o Rio Grande do Sul está sem dinheiro

até para pagar os servidores do Executivo em dia, e que não há outra alternativa,

fora os pedágios, para qualificar a malha rodoviária estadual.

“Essa aprovação foi importante e demonstramos flexibilidade ao acatar emendas,

até mesmo a que estabelece o marco regulatório. Só não poderíamos modificar

por demais a proposta original sob o risco de afugentar os interessados em

participarem das licitações”, ponderou.

Falta de resistência

Defensores do Palácio Piratini ainda lembraram que não houve resistência da

população com o retorno dos pedágios, diferente do que ocorreu na época do

governador Antonio Brito, também do PMDB, que promoveu concessões por um

período de 15 anos. Postal recordou ter participado desse processo. “Eu estava

aqui no passado e defendi o a proposta de polos do governador Antônio Brito. Na

oportunidade, além das galerias lotadas, tivemos que abrir o Teatro Dante Barone

para receber os manifestantes contrários aos pedágios na época

O líder da bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi, contra-atacou e afirmou que o

governo dispunha de recursos do BNDES passíveis de serem utilizado para

melhorar as estradas, mas adotou a verba para outros fins. (Voltaire Porto/ Rádio

Guaíba)

16.05.2016

BRT: Abertura em marcha lenta

Quase 20 anos após a inauguração da Linha Amarela, em novembro de 1997, o Rio

ganhará, no fim de junho, o corredor Transolímpico, a segunda via expressa

municipal com cobrança de pedágio e a primeira integrada a um BRT. Com a

abertura da pista, o tempo de deslocamento entre o Recreio e Deodoro deve ser

reduzido em 78%: dos cerca de 90 minutos atuais para pouco mais de 20 minutos,

num percurso de 25 quilômetros (sendo 13 no trecho sob concessão). Mas, assim

como aconteceu com o Transcarioca (Barra-Galeão), entregue cerca de um mês

antes da Copa do Mundo, a operação do novo BRT (que liga os parques olímpicos

de Deodoro e Barra) será parcial durante os Jogos.

Na Copa, das 47 estações e cinco terminais do Transcarioca, apenas três pontos

funcionaram. As demais estações foram abertas progressivamente após o evento,

realizado de 12 de junho a 13 de julho de 2014. No caso do BRT Transolímpico,

que terá 18 estações e três terminais, somente três paradas estarão abertas

durante os Jogos (terminais do Recreio e do Parque Olímpico da Barra e estação

de Magalhães Bastos). O terminal de BRT de Deodoro também não estará pronto.

Isso porque ele será construído pelo projeto do BRT Transbrasil. O pedágio será o

mesmo da Linha Amarela (R$ 5,90 para carros de passeio).

CONTRATO PREVIA CONCLUSÃO EM ABRIL

A prefeitura sustenta que o Transolímpico não sofreu atrasos e que a implantação

gradual dos serviços já estava prevista, porque a prioridade era garantir a

operação para os Jogos. O contrato original, porém, previa que a obra estaria

concluída em 26 de abril, segundo relatórios do Tribunal de Contas do Município

(TCM).

— Todo novo serviço de transportes passa por ajustes até operar com plena

capacidade. Após as Olimpíadas, as demais estações serão abertas

progressivamente, como aconteceu no BRT Transcarioca. Assim como a Linha

Amarela, essa é uma obra para integrar a cidade, que foi pensada na década de

60. E vai melhorar a oferta de transporte público com o novo corredor de BRT —

disse o prefeito Eduardo Paes.

Na sexta-feira, repórteres do GLOBO percorreram todo o trecho recém-construído,

que ainda conta com 5 mil operários trabalhando em serviços de acabamento.

Segundo a prefeitura, 95% das intervenções na via, que cruza 11 bairros, já foram

executados. Já é possível, por exemplo, circular de carro entre Deodoro e a Barra,

com exceção de um pequeno trecho no acesso para a Avenida Salvador Allende,

entre a Favela Asa Branca (Curicica) e o futuro terminal de integração de BRTs nas

proximidades do Parque Olímpico.

Orçado em R$ 2,2 bilhões, o corredor Transolímpico será administrado pela

concessionária ViaRio, formada por Invepar, Odebrecht Rodovias e CCR. O grupo

venceu a concorrência da prefeitura para administrar a via por 25 anos.

As futuras estações do BRT Transolímpico já estão sendo instaladas — em boa

parte delas, falta apenas colocar os equipamentos de bilhetagem. Os acessos a

quase todas as estações serão feitos por passarelas, que começaram a ser

construídas. As cabines da praça de pedágio (paralela à Estrada do Catonho)

também estão sendo montadas. Os túneis se encontram em fase final de

acabamento, e operários concluem instalações elétricas. Em alguns trechos,

também estão sendo colocadas telas que servem de barreiras acústicas como as

que existem em outras vias expressas.

O entorno do BRT também é um canteiro de obras. Ruas vizinhas à via expressa

em Magalhães Bastos estão sendo reurbanizadas pelo projeto Bairro Maravilha.

Nas proximidades da Vila Militar, uma escola pública está sendo erguida em parte

de um terreno cedido pelo Exército que acabou não sendo totalmente aproveitado

na construção da via expressa.

No caso da Avenida Salvador Allende (que liga a Barra ao Recreio), incorporada ao

projeto da via expressa, mas fora dos limites da concessão, boa parte das pistas

laterais já foi implantada. Há 15 dias, a prefeitura abriu ao tráfego um novo

viaduto de acesso à Avenida Embaixador Abelardo Bueno (onde fica o Parque

Olímpico). Mas há trechos ainda interditados. Para conseguir chegar ao Recreio,

os motoristas precisam passar por um desvio contornando o Riocentro.

O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, observou que o projeto que

saiu do papel tem um traçado bem diferente daquele que foi concebido

originalmente. As mudanças evitaram demolições de cerca de 2 mil residências,

lojas, igrejas localizadas entre Jacarepaguá e Magalhães Bastos, e até capelas do

cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap:

— Nós fomos ajustando as frentes de obras para evitar atrasos, enquanto

buscávamos alternativas técnicas para manter os moradores. É uma obra

complexa. Mas, em termos de dificuldades, o maior desafio nem foi aqui. Foi na

construção do BRT Transcarioca, porque o serviço foi implantado atravessando

bairros já consolidados da cidade — disse Pinto.

A partir de hoje, funcionários do Consórcio ViaRio vão iniciar, em Jacarepaguá,

um cadastro dos proprietários de automóveis que vivem num raio de dois

quilômetros de uma praça secundária de pedágio, em construção na Estrada do

Rio Grande. No local, será cobrado o acesso de veículos que seguem no sentido

Recreio. Caso esses moradores cadastrados queiram ir à Barra ou ao Recreio pela

via expressa, estarão isentos de pagamento. Se, no entanto, optarem por seguir

até Deodoro ou Magalhães Bastos, terão de pagar pedágio, como outros

motoristas.

A velocidade média autorizada no Transolímpico será de 80 quilômetros por

hora. A estimativa da concessionária ViaRio é que 55 mil veículos circulem pela

rodovia no primeiro ano. A via expressa será monitorada por 104 câmeras de

segurança, e os túneis terão 53 telefones de emergência. A empresa contará ainda

com cinco reboques para atender os motoristas.

O Transolímpico é o terceiro BRT do Rio, juntado-se ao Transoeste (Barra-Campo

GrandeSanta Cruz), inaugurado em 2012, e ao próprio Transcarioca. O quarto BRT

será o Transbrasil (Deodoro-Caju), que chegou a ser anunciado para antes dos

Jogos, mas ficou para 2017.

CONHEÇA O TRAJETO

VIA LIGARÁ DEODORO AO RECREIO DOS BANDEIRANTES

FORNECEDORA DE SAIBRO É ALVO DO MP

Empresa que fornece saibro para o Transolímpico é alvo de investigação por

extração ilegal, revelou reportagem do “Fantástico”. As obras do BRT

Transolímpico empregaram saibro extraído irregularmente de uma pedreira cujos

proprietários são investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) por crime

ambiental. A denúncia foi feita ontem pelo “Fantástico”, da TV Globo, que revelou

ainda que a extração foi facilitada por uma licença de exploração emitida de

forma irregular pelo Inea.

Segundo a reportagem, a empresa responsável pelo serviço é a CMX3 Construtora

e Mineradora, que pertence ao empresário Crispim Gomes Alberto e ao seu filho,

Crispim Augusto Lourenço Gomes. Ambos são investigados há mais de 20 anos

pela destruição de dez mil metros quadrados de Mata Atlântica para a retirada

ilegal de material. Em 2014, pai e filho chegaram a um acordo com o MPF para

recuperar a área, depois de disputas judiciais iniciadas na década de 90.

Após o acordo, os empresários conseguiram a licença ambiental. O documento

também liberava a exploração de uma área de 19 mil metros quadrados, superior

à solicitada. Ao ser informado sobre o caso, o secretário estadual do Ambiente,

André Corrêa, cassou a licença de lavra. Já o MPF apresentou nova denúncia

contra a empresa por crime ambiental, pedindo o cancelamento do registro da

CMX3.

A prefeitura informou ao “Fantástico” que, se ficar comprovada alguma

responsabilidade do consórcio que faz a obra, ele poderá ser punido.

Além do BRT Transolímpico, empresas da mesma família forneceram materiais

para outras obras olímpicas, como a do novo Joá, o Parque Olímpico da Barra e o

Complexo Esportivo de Deodoro.

15.05.2016

Venda de carros levará dez anos para se recuperar

Após nove anos de crescimento contínuo, o mercado de carros novos freou em

2013 e, desde então, só acumula retrações. Neste ano, pelas projeções do setor,

as fábricas devem comercializar no País perto de 2 milhões de veículos, o que

significará retroceder ao mercado de dez anos atrás, quando havia nove fábricas a

menos do que hoje.

“A capacidade ociosa cresceu muito e, mesmo que ocorra uma recuperação do

mercado, vai levar pelo menos uma década para o setor recuperar a plena

capacidade”, diz João Morais, economista da Tendências Consultoria, especialista

em setor automotivo. Ele lembra que o ambiente de insegurança afugenta o

consumidor de bens de alto valor, como o automóvel. “O que o governo de Michel

Temer precisa fazer é gerar um cenário de maior previsibilidade.”

Só assim consumidores como Lucas de Paula Francisco Grespan, de 26 anos,

conseguirão levar adiante o plano de comprar um carro novo. No caso dele, o

Corsa 2001 não atende mais às necessidades da família, principalmente após o

nascimento da filha Lauryn, há11 meses. “Preciso de um carro mais seguro e mais

confortável, com airbag e ar-condicionado, itens que o atual não tem”, afirma.

Ele fazia cotações de preço e de financiamento quando perdeu o emprego de

motorista em uma empresa de fios de cabos elétricos em Santo André, no ABC

paulista, há seis meses. Enquanto não consegue nova colocação, ajuda o cunhado

em uma oficina mecânica, mas a renda caiu pela metade. “Não vou me arriscar

agora e só vou atrás de outro carro quando conseguir trabalho com remuneração

melhor”, afirma Grespan, que mora na casa da mãe com a esposa e a filha.

Bonanza. Não faz muito tempo o cenário era outro. Os anos de bonanza, regados

a crédito farto, incentivos fiscais, aumento da renda e queda do desemprego

elevaram o mercado brasileiro de um patamar de vendas de 1,57 milhão de carros

e caminhões em 2004 (um ano após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

assumir a presidência da República) para 3,8 milhões em 2012 (também um ano

após a posse de Dilma Rousseff, afastada do cargo na semana passada).

A partir de 2013, o mercado começou a regredir. Foram vendidos 3,76 milhões de

veículos, volume que baixou para 3,49 milhões no ano seguinte e para 2,56

milhões em 2015. Recuperar o nível recorde de 2012 vai levar ao menos uma

década, preveem analistas do setor automobilístico.

De janeiro a abril deste ano as vendas caíram 27,9.

20.05.2016

Inaugurada ampliação do Galeão (RJ), aeroporto oficial dos

Jogos Olímpicos

A ampliação do Aeroporto do

Galeão (RJ), principal porta

de entrada dos visitantes e

delegações para os Jogos

Olímpicos do Rio 2016, foi

inaugurada nessa quinta-feira

(19). São 100 mil m² de área,

com 26 novas pontes de

embarque, sendo três delas

com especificações técnicas

para acomodar as maiores

aeronaves do mundo. Foram

investidos R$ 2 bilhões de

reais nas obras.

“Entregue em tempo recorde, a renovação do Aeroporto Internacional Tom Jobim

é o resultado de um compromisso que firmamos, em 2014, para a cidade e nossos

passageiros. No pico das obras, o consórcio construtor chegou a gerar mais de 7

mil empregos”, afirma Luiz Rocha, presidente do RIOgaleão, que administra o

aeroporto. Aproximadamente 1,5 milhões de passageiros devem passar pelo

terminal em razão dos Jogos.

Com as mudanças, o Galeão passa a contar com 24 mil m² de área comercial,

entre lojas e restaurantes, e amplia o leque de opções para os passageiros. Serão

mais de 100 novos estabelecimentos, abertos aos poucos, até as Olimpíadas.

Além disso, o novo Welcome Center, localizado no desembarque do Terminal 2,

terá informações turísticas sobre a cidade e o estado do Rio de Janeiro e opções

de transportes, além de orientações sobre o aeroporto. O projeto é uma parceria

com RioTur e Setur, que capacitaram equipe trilíngue para realizar um

atendimento personalizado e auxiliar o viajante a planejar o roteiro de visitas na

Cidade Maravilhosa e indicar possibilidades de turismo por todo o estado.

Com um quilômetro de extensão, o Píer Sul tem 14 esteiras rolantes com

comprimentos de até 100 metros, quatro elevadores e seis escadas rolantes. No

Terminal 2, a concessionária também realizou investimentos, incluindo a

instalação de seis pórticos de raio-x, 14 elevadores e 16 escadas rolantes. A

revitalização e automatização dos sistemas de energia, assim como de um novo

sistema de sonorização totalmente digital, serão concluídas antes das Olimpíadas.

Conforme a RIOGaleão, até 2039, quando se encerrará o prazo da concessão,

serão aplicados R$ 3,2 bilhões em novas infraestruturas.

20.05.2016

Sistema de biometria facial da Metrocard bloqueia 320

cartões utilizados indevidamente

ADAMO BAZANI

A Metrocard, associação que reúne as empresas de ônibus que prestam serviços

na região metropolitana de Curitiba e que é responsável pelo sistema de

bilhetagem eletrônica, informou que 320 cartões que dão direito à isenção do

pagamento de tarifa foram bloqueados desde setembro do ano passado porque

estavam sendo usados de maneira irregular. Apenas no mês de abril deste ano,

foram bloqueados 99 cartões.

O sistema de biometria facial, que possibilitou estes bloqueios, foi implantado em

setembro de 2015, como parte do processo de implantação de nova bilhetagem

eletrônica após a desintegração financeira entre as linhas municipais de Curitiba,

gerenciadas pela URBS – Urbanização de Curitiba S.A., e as linhas metropolitanas

de responsabilidade da Comec – Coordenação da Região Metropolitana de

Curitiba, do governo do Estado do Paraná.

O presidente da Metrocard, Lessandro Zem, disse, em nota, que o bloqueio do uso

indevido das gratuidades beneficia todos os passageiros pelo fato de estas

viagens sem cobrança de tarifa terem o custo repassado para o passageiro que

paga.

“Hoje, em média 9,4% dos passageiros são transportados no Sistema Metropolitano

de forma gratuita. Como o custo destas gratuidades acaba onerando o valor da

tarifa paga pelos demais usuários, é essencial garantir que apenas as pessoas que

possuem este direito façam o seu uso … Assim, quem ganha é o usuário e o sistema

como um todo, pois tem-se a certeza de que apenas os reais beneficiários estão

usufruindo do direito à gratuidade, evitando fraudes que acabam por onerar e

impactar negativamente as tarifas.”

O sistema de biometria é batizado de Max Face e foi desenvolvido pela Transdata

Smart.

Câmeras nas regiões das cataratas captam imagens dos passageiros e depois

programas de computador comparam com o cadastro. Veja como funciona o

sistema:

1 – Fotos dos usuários são tiradas durante o embarque dos passageiros.

2- Quando o ônibus volta para a garagem, as fotos coletadas durante o dia são

enviadas para a Metrocard, onde um software começa a fazer a análise automática

das fotos dos passageiros isentos que utilizaram os veículos durante o dia.

3- Caso as imagens não coincidirem com as fotos previamente cadastradas, irão

para uma segunda etapa de verificação, desta vez pessoal. Um funcionário

compara a foto tirada do passageiro isento que passou pela catraca com a foto

cadastrada no momento em que o passageiro fez seu cartão.

4 – Se for realmente constatado que não se trata do dono do cartão, a Metrocard

poderá aplicar as sanções cabíveis para cada caso, como, por exemplo, o bloqueio

temporário do cartão.

5 – Quando o cartão for utilizado novamente, o passageiro será comunicado que o

bilhete foi bloqueado e que deverá se dirigir até a Metrocard, onde serão

apresentadas as fotos do uso indevido.

6- Caso o passageiro ainda tenha direito à isenção, será feita uma segunda via do

cartão sem cobrança, e o passageiro será instruído novamente sobre as regras de

utilização do transporte gratuito.

O presidente da Metrocard, Lessandro Zem, informou que os investimentos na

implantação e manutenção da nova tecnologia não vão pesar para o bolso dos

passageiros:

“Os investimentos em tecnologia, efetuados pelas empresas e sem impacto na

planilha tarifária, mostram que estamos conseguindo oferecer um serviço com

mais qualidade, eficiência e, sobretudo, transparência na gestão do transporte

coletivo … Todo este trabalho visa garantir o atendimento à portaria n° 26/2015

da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC), que, na seção III,

define as disposições aplicáveis aos cartões isentos e determina que todos os

usuários isentos sejam fotografados eletronicamente no cadastro ou renovação do

cartão para que a foto fique armazenada no Sistema de Bilhetagem Eletrônica e

seja utilizada para personalização do cartão eletrônico e reconhecimento via

biometria facial, bem como para demais procedimentos em casos de eventuais

irregularidades.”

16.05.2016

Sono é causa de 30% das mortes em rodovias brasileiras

Dados da Associação Brasileira do

Sono (ABS) mostram que até 30% das

mortes ocasionadas em rodovias

brasileiras são causadas por

motoristas que dormem ao volante.

Pensando nisso, o Departamento de

Trânsito do Paraná (Detran) faz um

alerta sobre os perigos de dirigir

cansado e sonolento.

“Com o ritmo estressante e agitado

do trânsito nas cidades e até mesmo

a rotina pesada de caminhoneiro nas

rodovias, os motoristas estão dirigindo cada vez mais cansados. Com sono, o

condutor não consegue agir a tempo para desviar de uma batida ou corrigir a

direção do seu veículo”, aponta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

Segundo a Neurologista da ABS, Marcia Assis, o estresse é um dos fatores que

mais refletem na qualidade do sono e que podem trazer prejuízos no trânsito.

“O estresse provoca um estado de hiperatividade em que os pensamentos estão

acelerados e prejudicam o início do sono. Quando não dormimos o suficiente as

nossas funções diárias, sejam sociais ou profissionais, ficam prejudicadas pela

sonolência, alterações na memória e atenção. Dessa forma, ficamos mais sujeitos

à acidentes graves”, explica.

Para Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) dormir mal pode

reduzir 50% a concentração do condutor no trânsito. Os motoristas e

motofretistas que excedem horas de trabalho são considerados os mais

vulneráveis ao sono na direção.

ATENÇÃO – O sono costuma aparecer a cada doze horas devido à produção de um

hormônio chamado melatonina. Existem vários sinais que indicam o sono e que

os motoristas devem ficar atentos, como bocejar, ter dificuldades de manter os

olhos abertos, sair da faixa de direção e começar a invadir a pista contrária.

“Diversos medicamentos podem antecipar a sonolência, por isso, é importante

que antes de ingerir a medicação esse fator seja levado em conta. Os especialistas

recomendam que as pessoas tenham entre 7 a 9 horas de sono por noite.

Entretanto, a variação desta quantidade de horas é variável de uma pessoa para

outra, sendo assim, devemos obedecer uma rotina de horas de sono que seja

suficiente para estarmos alerta e dispostos durante o dia”, lembra Traad.

11.05.2016

Rodoviários do Rio são os que ficam mais tempo de

licença

Pouco depois de meio- dia no Terminal Padre Henrique Otte, no Santo Cristo. Com

17 anos de profissão, o motorista de ônibus José Augusto Filho se ajeita na

beirada da rampa de acesso a uma das plataformas. Com marmita na mão, meio

sem posição para se sentar, ele se prepara para almoçar e, logo depois, encarar o

trânsito, até de noite, ao volante da linha 318 ( Rodoviária- Alvorada). Em volta,

outros motoristas fazem o mesmo: comem onde dá, quando dá, prestes a

enfrentar a jornada de estresse no engarrafamento, muitas vezes por horas além

do previsto, em veículos nem sempre em condições adequadas de se dirigir.

Tudo que contribui para uma situação que os usuários dos ônibus observam no

cotidiano: a saúde de quem conduz os cerca de 6,4 milhões de passageiros por

dia nos coletivos do Grande Rio não anda das melhores. Constatação que, agora,

um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência Social corrobora: de

todas as regiões metropolitanas do país, os funcionár ios das empresas de ônibus

fluminenses são os que mais precisam ser afastados do trabalho e também os

que, em média, ficam mais tempo longe de suas funções.

MOTORISTAS RECLAMAM DE JORNADAS EXCESSIVAS

Más condições de trabalho também contribuem para licenças

Com base nos dados do Registro Anual de Informações Sociais ( Rais) de 2012 e

2013, concluiu-se que, dos cerca de 100,8 mil trabalhadores do setor na Região

Metropolitana do Rio, 35.543 ( 35%) tiveram de se licenciar de suas funções nesse

período ( contra 23,8 mil ou 22% dos trabalhadores da Grande São Paulo). Somado

o tempo em que todos eles ficaram afastados, totalizariam 7.635.103 dias, ou

uma média de 214,8 dias sem trabalhar por funcionário afastado ( frente a uma

média de 202 dias em São Paulo e 97 em Belo Horizonte).

— Os motoristas do Rio andam estressados. No meu caso, às vezes até para dar

uma informação a um passageiro é difícil. Trabalhamos, no mínimo, nove horas

por dia. Já cheguei a fazer 13 horas. Isso tendo que dirigir e dar troco aos

passageiros. Acho que esse é um dos motivos de tantos afastamentos — especula

um motorista de uma das linhas que partem do Padre Henrique Otte, sem se

identificar.

— A falta de manutenção dos ônibus com certeza é uma das principais causas.

São bancos soltos ou tortos, que dão dores na coluna, embreagem dura que

provoca problemas no joelho... Sem falar que alguns têm perda de audição

trabalhando com o barulho da rua e do motor — cogita outro motorista.

Verificou- se ainda que, de 2012 a 2014, o Rio registrou 2.210 ocorrências de

acidentes de trabalho, que resultaram na morte de 20 motoristas, além de 1.058 (

47,8%) casos de afastamento do trabalhador por período superior a 15 dias.

EMPRESAS AUTUADAS E, para entender esses números, auditores fiscais da

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio fizeram uma inspeção

em 30 empresas de ônibus do Rio. Eles encontraram um panorama preocupante,

que ajuda a agravar a exaustão a que profissionais como motoristas e cobradores

estão submetidos: foram constatadas irregularidades que resultaram em 902

autos de infração, cujos valores alcançaram cerca de R$ 125,4 milhões. Nas ações,

foram detectados casos de jornadas excessivas, falta do intervalo de cinco

minutos entre uma viagem e outra, além de más condições de trabalho.

20.05.2016

Pesquisa internacional revela que 86% das mulheres

brasileiras disseram ter sofrido assédio no

transporte público

ADAMO BAZANI

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 20 de maio de 2016, pela ActionAid,

organização internacional pela igualdade e combate à pobreza, mostra que 86%

das mulheres brasileiras disseram que já sofreram algum tipo de assédio no

transporte público, incluindo estações, paradas de ônibus, terminais, trens, metrô

e ônibus.

O número de respostas é igual da Tailândia, onde 86% das mulheres entrevistadas

também falaram ter sido vítimas de algum tipo de assédio nos transportes. Na

Índia, este número é de 79% e na Inglaterra, de 75%.

O levantamento ouviu no primeiro trimestre, 2500 mulheres com 16 anos ou mais

e foi feito Instituto YouGov na Inglaterra, Brasil, Tailândia e Índia.

No Brasil, foram ouvidas 503 mulheres de todas as regiões numa proporção que

seguiu o perfil da população feminina brasileira do censo populacional do IBGE.

Segundo a pesquisa, 77% das brasileiras que disseram ter sido alvo de assédio

informaram que o assobio é a forma mais comum de abordagem. Depois vieram:

olhares insistentes 74%, comentários de cunho sexual 57% e xingamentos 39%.

Além disso, 48% afirmaram que foram seguidas nas ruas, 44% tiveram os corpos

tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas

em espaços públicos.

O assédio a mulheres no transporte público tem sido um desafio para

gerenciadoras e operadoras dos serviços de mobilidade urbana que afirmam que,

em parceria com as forças de segurança, como polícias e guardas civis, fazem

campanhas de conscientização e também de estímulo a denúncias.

As gerenciadoras e operadoras também afirmaram reforçar a segurança,

principalmente em terminais estações. Em diversos sistemas, foram testados de

carros/vagões de trens e de metrô ou mesmo a implantação ônibus exclusivos

para mulheres nos horários de pico.

15.05.2016

Pesquisa feita por estudante da UnB reforça perigos de

dirigir ao telefone

Dirigir e falar ao celular

distraem o motorista e podem

se tornar um comportamento

fatal no trânsito. Pesquisas

apontam que a falta de atenção

contribui para 10% dos

acidentes com morte e 17% das

ocorrências com danos

materiais. Apesar do risco, há

quem considere seguro guiar,

mandar e ler mensagens,

navegar na internet ou fazer

chamadas. A fim de entender o

mau comportamento de motoristas e pedestres, a estudante de engenharia civil

da Universidade de Brasília (UnB) Bianca Fonseca realizou o estudo Distrações

perigosas: uso de equipamentos eletrônicos no trânsito por motoristas e

pedestres. A falta de atenção causada pelo envio de mensagem e as

consequências ficaram evidentes no levantamento. Dos 11 motoristas envolvidos

em acidentes, 10 enviavam textos na hora da colisão.

O trabalho foi orientado pelo professor Pastor Willy Taco e coorientado pela

doutoranda do Programa de Pós-graduação em Transportes da UnB Zuleide

Oliveira Feitosa. A pesquisadora chegou à conclusão de que os jovens motoristas

estão entre o grupo de maior risco. “O celular é mais amplamente utilizado para

envio de mensagens de voz ou texto, provavelmente devido à facilidade de acesso

a aplicativos como WhatsApp e Messenger do Facebook, principalmente por

jovens entre 18 e 25 anos, de renda alta”, explica Bianca.

No caso de pessoas acima de 25 anos e também as de menor renda, o uso do

telefone é menos frequente, e eles exploram menos funcionalidades do aparelho.

“Independentemente da renda, os jovens costumam utilizar o celular em

situações em que o veículo não está totalmente parado, como em

congestionamento, faixa de pedestres ou semáforo.”

Só no último ano, a fiscalização emitiu 51.788 multas no Distrito Federal. Entre

janeiro e março deste ano, foram constatadas 12.411 infrações de uso de celular

ao volante. O comportamento é tão arriscado que, recentemente, a presidente

afastada Dilma Rousseff sancionou a lei que torna mais rigorosa a punição para

quem ignora a lei. De infração média, a conduta passará a gravíssima a partir de

novembro.

20.05.2016

Moovit agora mostra horários de trens e metrô e opções

de acesso às estações

ADAMO BAZANI

O aplicativo de transportes

Moovit lançou nesta semana

uma atualização que traz mais

informações sobre os sistemas

de trens e metrô das cidades

que cobre.

A ferramenta pode ser usada em

celulares gratuitamente.

De acordo com a empresa

responsável pelo aplicativo, a

versão 4.11 permite o

planejamento de viagens de

acordo com o meio de

transporte específico escolhido pelo passageiro, como ônibus trem ou metrô, e

não apenas pela origem e destino do deslocamento.

Além disso, o aplicativo agora mostra previsão de chegada das composições às

estações, como explica em nota:

“A versão 4.11 do aplicativo traz como novidade a opção de planejar viagens

restringindo as opções de modais conforme a preferência do usuário (ônibus, trem

ou metrô), além de disponibilizar informações sobre o horário de chegada das

composições às estações de embarque. Em versões anteriores, o planejador de

viagens do Moovit já contemplava trens e metrôs, porém não possibilitava que o

usuário limitasse a sugestão de rotas somente a estes modais. Além do novo

formato de planejar viagens, a nova versão do aplicativo indicará ao usuário qual

a melhor opção de entrada e saída das estações, de modo que ele continue tendo a

alternativa mais rápida e prática para se deslocar entre diferentes pontos da

cidade.”

Continua a opção de o passageiro emitir alertas sobre linhas que estejam

operando com atraso ou que estejam enfrentando problemas que prejudiquem a

viagem dos demais usuários.

O Moovit está atualmente disponível em mais de 800 cidades de 65 países,

contabilizando mais de 35 milhões de usuários. No Brasil o aplicativo cobre mais

de 50 cidades e atualmente registra mais de 10 milhões de usuários registrados.

AGENDA 2016

JUNHO

XI Seminário Nacional Metroferroviário

14 de junho - Rio de Janeiro

64ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e

Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana

30 de junho- São Paulo