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EDIÇÃO 34 – 19 DE NOVEMBRO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 19 de novembro de 2015.

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EDIÇÃO 34 – 19 DE NOVEMBRO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

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19.11.2015

Governo define estudos que serão usados na concessão de

aeroportos

Material ainda passará por análise do Tribunal de Contas da União

(TCU).

Leilões dos quatro terminais estão previstos para ocorrer em maio de

2016.

A Secretaria de

Aviação Civil da

Presidência da

República (SAC)

definiu os estudos

de viabilidade que

serão usados na

concessão à

iniciativa privada de

quatro aeroportos

em 2016. O resultado do edital de seleção foi divulgado nesta quinta-feira (19), no

Diário Oficial da União.

Os estudos servirão como base para definir a modelagem das concessões dos

aeroportos de Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS),

cujos leilões devem ocorrer em maio do ano que vem.

De acordo o governo federal, para as concessões dos aeroportos de Salvador e

Fortaleza foram selecionados os estudos apresentados pelo Consórcio Aéreo Brasil,

com previsão de ressarcimento de R$ 8,45 milhões e R$ 7,13 milhões,

respectivamente. Os valores serão pagos ao consórcio pelo vencedor de cada leilão.

Já para Porto Alegre e Florianópolis, foram selecionados os estudos do consórcio

liderado pelo escritório Moysés & Pires Sociedade de Advogados, com previsão de

ressarcimento de R$ 7,56 milhões para o primeiro e R$ 7,67 milhões para o segundo.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que, após ajustes e

correções apontados pela Comissão de Avaliação de Estudos, os levantamentos serão

encaminhados para análise e aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Concessões

A privatização dos quatro aeroportos foi confirmada pelo governo federal em junho,

no lançamento da nova etapa do Plano de Investimento em Logística (PIL), que

também prevê concessões de portos, rodovias e ferrovias. A estimativa do governo é

que os aeroportos recebam, no total, R$ 8,5 bilhões em investimentos.

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19.11.2015

Alckmin anuncia pacote de R$ 13,4 bi para concessões no

setor de transporte

O governo paulista também oferecerá ao setor privado a operação de cinco aeroportos para aviação executiva hoje feita

pelo Estado

Especial: Aeroportos Renato Ribeiro Silva/Futura Press/Folhapress

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançou nesta quinta-feira (19)

um novo pacote para concessões de rodovias, aeroportos, metrô e para o sistema

de ônibus intermunicipais no valor total de R$ 13,4 bilhões.

O governo espera gerar aproximadamente 280 mil empregos e incrementar o PIB

do Estado em aproximadamente R$ 10,4 bilhões com o plano de concessões.

Os maiores investimentos devem acontecer em rodovias: R$ 10,5 bilhões. O

Estado vai oferecer 2,2 mil quilômetros de vias, em quatro lotes que atravessam o

Estado, boa parte formando corredores de ligação entre Minas Gerais e o Paraná.

O objetivo é dar aos motoristas alternativas às rodovias federais, como a Regis

Bittencourt. O prazo da concessão será de 30 anos.

O governo paulista também oferecerá ao setor privado a operação de cinco

aeroportos para aviação executiva hoje feita pelo Estado. Os terminais, que serão

licitados em um único lote, estão localizados em Bragança Paulista, Campinas,

Jundiaí, Ubatuba e Itanhaém. Com prazo de 30 anos, a concessão deve atrair R$

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91,8 milhões em investimentos, sendo R$ 34,5 milhões nos primeiros quatro

anos.

O governo separou o sistema de transportes intermunicipais rodoviário do

Estado, que atinge 425 milhões de quilômetros, em cinco áreas a serem licitadas:

Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru e Santos. Segundo

Alckmin, o objetivo é modernizar a frota, com serviço de wi-fi e ar-condicionado.

O investimento previsto é de pelo menos R$ 2,6 bilhões. Cerca de 152,8 milhões

de passageiros são atendidos por essas linhas ao ano.

METRÔ

A gestão tucana também incluiu no pacote a concessão da operação da linha 5-

lilás do metrô, que atualmente opera entre as estações Capão Redondo e Adolfo

Pinheiro, na região de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Ao todo, são 9,3

km de extensão e atende diariamente a cerca de 250 mil pessoas.

Em processo de expansão desde 2009, a linha deve ganhar até 2018 mais 11,5 km,

com dez novas estações, terminando na estação Chácara Klabin, em interligação

com a linha 2-verde. As novas estações da linha 5, prometidas na campanha de

2010 para serem entregues em 2014, deverão sair do papel só a partir de 2017 –

com a entrega de nove estações, três no primeiro semestre e seis no segundo. O

investimento da ampliação, segundo a gestão tucana, será de R$ 9,5 bilhões e vai

ampliar para 780 mil o número de passageiros diários.

A expansão da obra foi suspensa pela Justiça por cerca de 15 meses após a

constatação de indícios de corrupção na escolha da construtora. Os problemas

com licitações envolvendo a linha começaram em outubro de 2010, com a

concorrência principal, de R$ 4 bilhões, para a construção do trecho. Após a

Folha revelar quem seriam os vencedores dos 14 lotes da disputa, a licitação se

tornou alvo de ação do Ministério Público Estadual e resultou, no final de 2011,

na suspensão das obras e no afastamento do presidente do Metrô, Sérgio

Avelleda.

O decreto assinado nesta quinta pelo governador autoriza ainda o

aprofundamento dos estudos para exploração da linha 5-lilás e do monotrilho da

linha 17-ouro (zona sul) em conjunto. A privatização é a mais nova aposta do

governo para tentar salvar do fracasso de sua opção pelo monotrilho.

A linha 17-ouro vai interligar a estação Jabaquara, da linha 1-azul, à estação São

Paulo-Morumbi, da linha 4-amarela, tendo uma parada no aeroporto de

Congonhas (zona sul), e interligando com a Linha 5-lilás e linha 9-esmeralda da

CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

"Há duas hipóteses para a concessão: a licitação poderá ser da linha 5 sozinha ou

junto com a linha 17", disse Alckmin. Atualmente, só uma das cinco linhas do

metrô de São Paulo tem operação privada: a linha 4-amarela, que liga a Luz, no

centro, ao Butantã, na zona oeste. As demais linhas são administradas pelo

Estado.

A futura linha 6-laranja do metrô, entre a Brasilândia, zona norte, e a estação São

Joaquim, centro, também está sendo feita em regime de PPP (Parceria Público-

Privada).

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19.11.2015

Alckmin não conta com BNDES para concessões de

infraestrutura em SP

Apesar de admitir as dificuldades do BNDES para financiar novos projetos em

infraestrutura, o governo paulista não acredita que o cenário de escassez de

crédito será um problema para a viabilizar o pacote de concessões em rodovias,

aeroportos, metro e serviços de ônibus intermunicipais.

Segundo a subsecretaria de parcerias e inovação de São Paulo, Karla Bertocco, o

governo estadual não considerou o BNDES como financiador dos projetos. Como

alternativa, o governo estadual está procurando organismos multilaterais, como o

IFC, para concessão de linhas de crédito e para ajudar na atração de investidores

estrangeiros.

"Estamos apresentando o pacote ao IFC para que nos ajude a apresentar as

concessões no exterior, numa espécie de road show para atrair empresas

estrangeiras", disse Bertocco após o lançamento do pacote que prevê

investimentos de R$ 13,4 bilhões.

Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo

Alckmin também disse que o Estado pretende atrair companhias de fora do país

para tirar as obras do papel. Ele minimizou os efeitos que a crise política e

econômica possam ter no processo de licitação.

"São investimentos de 25, 30 anos. Os investidores enxergam à frente, e a

economia brasileira vai se recuperar", disse. O tucano ainda destacou a

atratividade do mercado paulista para as empresas. "São 43 milhões de pessoas e

um PIB maior que o da Argentina", afirmou.

No caso dos aeroportos, Alckmin disse que haverá financiamento da Desenvolve

SP, agência de desenvolvimento do governo paulista, mas ainda não há detalhes

sobre taxas de juros e carência para pagamentos. Esses detalhes serão definidos

após audiência pública, prevista para os mais próximos meses

O governador também não informou quanto o governo estadual pretende

arrecadar com as licitações. Segundo ele, esse valor depende da definição do

modelo de concessão, que só será definido também após a realização das

audiências públicas.

A publicação dos editais para as concessões de rodovias está prevista para abril

de 2016. Já os editais para as licitações de aeroportos e ônibus intermunicipais

devem sair em março, enquanto o edital para aeroportos deve ser divulgado em

setembro.

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18.11.2015

Dezesseis empresas manifestam interesse na concessão de

estradas

Os estudos são sobre 3.840 quilômetros de rodovias nas diversas

regiões do Estadoesis empresas manifestam interesse na concessão de estradas

Dezesseis empresas apresentaram estudos para a concessão de estradas em Minas

Gerais. De acordo com o governo as empresas se inscreveram no Procedimento

de Manifestação de Interesse (PMI) das Estradas Mineiras. Os estudos são sobre

3.840 quilômetros de rodovias nas diversas regiões do Estado. Das 16 empresas,

15 são consórcios.

O consórcio formado pelas empresas Barbosa Mello Participações e Investimentos,

CCR, Construtora Cowan,

EcoRodovias, Hap Engenharia e

Construtora Norberto Odebrecht

manifestou interesse por 3.286

quilômetros de rodovias,

divididos em doze lotes. Já o

consórcio formado por CIMCOP

Engenharia e Construções,

Construtora Colares Linhares,

Integral Engenharia, Construtora

Marins, Pavidez Engenharia e

Tamasa Engenharia, com

interesse por 323,9 quilômetros,

em lote único, na região de Pouso Alegre.

Também apresentaram estudos em lotes únicos o Consórcio Estrada do Boi,

composto por Engecom Engenharia e Comércio, Emcogel Empresa de Construções

Gerais e Alta Engenharia da Infraestrutura, e a Sobrado Engenharia.O prazo para

entrega ou postagem pelos correios das manifestações de interesse no PMI das

Estradas Mineiras terminou na última segunda-feira (16/11).

A análise dos trechos que foram objeto de interesse dos consórcios e empresas

que apresentaram estudos no PMI das Estradas Mineiras será feita por um grupo

executivo a ser formado.

Somente após esta análise, que terá como principais premissas atender aos

interesses da população e manter as estradas mineiras em condições ideais de

segurança e trafegabilidade, é que o Governo do Estado definirá os trechos das

rodovias e os termos que comporão o processo licitatório para fins de concessão.

Confira aqui as propostas para as empresas e quais são os trechos

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19.11.2015

São Paulo perde peso na economia nacional entre 2010 e

2013

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo cresceu 2,9% em 2013, em linha

com a média nacional, de 3,0%, mas, de 2010 a 2013, a participação do Estado na

economia nacional encolheu em 1,2

ponto porcentual, para 32,1%,

segundo informou nesta quinta-

feira, 19, o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). O PIB

de SP chegou em 2013 a R$ 1,71

trilhão.

De acordo com o IBGE, mudanças na

indústria explicam a menor

participação do Estado na economia.

A indústria leve, como de alimentos e bebidas, migrou para outros Estados, ao

mesmo tempo que a indústria de transformação perdeu peso no PIB do País como

um todo.

"Já era uma tendência São Paulo perder participação, em função da indústria estar

se espalhando pelo Brasil. O caso clássico é o setor de alimentos e bebidas, que

está indo para perto do consumidor e da matéria-prima", afirmou Frederico

Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

Segundo o técnico do IBGE, apesar da migração da indústria leve, São Paulo segue

concentrando a indústria pesada mais complexa, também na transformação.

Como a indústria de transformação perdeu 2,7 pontos porcentuais de

participação no valor adicionado do PIB de 2010 a 2013, o peso de São Paulo

também cai.

Outros Estados. Rio de Janeiro cresceu 1,2% em 2013 ante 2012, mas manteve a

posição de segunda maior economia do País, com participação de 11,8% (R$

626,32 bilhões). Minas Gerais cresceu 0,4% em 2013, mantendo o terceiro lugar,

com 9,2% (R$ 486,96 bilhões). Já o Paraná viu seu PIB crescer 5,6% em 2013, acima

da média nacional. Com isso, o Estado ultrapassou o Rio Grande do Sul, no posto

de quarta maior economia do País, com 6,3% (R$ 332,84 bilhões) de participação

no PIB.

O Estado que mais cresceu em 2013 foi o Rio Grande do Sul, com crescimento de

8,2%. A que menos cresceu naquele ano foi a economia do Espírito Santo, com

variação de 0,1%.

No acumulado de 2010 a 2013, a economia de São Paulo avançou 8,3%. O

destaque foi o crescimento do Mato Grosso, cujo PIB avançou 21,9% no período,

contra um acumulado de 9,1% na média nacional. O Estado com o pior

desempenho acumulado de 2010 a 2013 foi o Rio, com crescimento de 5,7%.

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19.11.2015

Acidentes de trânsito representam prejuízo de 3% do PIB

Mundial

Acidentes de trânsito causam prejuízos que correspondem até 3% do PIB em todo

mundo, podendo chegar até 5% nos países em desenvolvimento.

A informação foi dada pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, dia 18

de novembro de 2015, durante abertura da Segunda Conferência Global de Alto

Nível sobre Segurança do Trânsito, em Brasília. E o atual cenário não é muito

animador. Dilma diz que acidentes com mortes podem crescer a 30%, de acordo

com projeções globais.

A presidente ressaltou medidas que privilegiem o coletivo, como a manutenção

de calçadas e vias para ônibus e bicicletas.

Lei seca

Nas palavras da presidente, a aplicação da Lei Seca ajudou a reduzir em 6% no

número de mortes, entre 2012 e 2013, passando de 44 mil 800 para 42 mil e 200.

Mais de 1500 representantes de 120 países devem participar da Conferência nesta

semana.

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18.11.2015

CCR estuda estender concessão da NovaDutra

Prazo seria aumentado entre 10 e 15 anos em função de um aditivo

para obras na Serra das Araras e nas marginais do Rio e São Paulo

SÃO PAULO - O diretor vice-presidente de gestão da CCR, José Braz, afirmou nesta

quarta que a companhia estuda, em conjunto com a Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT), a extensão da concessão da CCR NovaDutra em

função de um aditivo para obras na Serra das Araras, além da realização de obras

nas marginais no Rio de Janeiro, São Paulo e São José dos Campos.

Segundo o executivo, o total de investimentos necessários para a realização

dessas obras seria de R$ 3,2 bilhões, e a extensão do prazo de concessão seria a

maneira pela qual ocorreria o reequilíbrio contratual da concessão. De acordo

com Braz, o prazo dessa extensão ainda será conversado com a ANTT conforme

as projeções de receita forem amadurecendo, mas o aumento no prazo poderia

chegar a 10 ou 15 anos.

"Sobre o aditivo na Serra das Araras, os assuntos estão andando, evoluindo de

maneira importante", disse Braz. "Podemos dizer que as discussões estão

chegando a um bom termo entre a concessionária e o poder concedente. O

projeto andou bastante e hoje é maduro, contempla todas as questões de

segurança e acesso à rodovia".

O executivo destacou que, atualmente, a concessão da CCR NovaDutra vai até

fevereiro de 2021, e que a taxa interna de retorno (TIR) para as obras do aditivo

contratual, definida em 9,95%, é adequada para a remuneração das posições de

fluxo marginal da concessão. "O reequilíbrio será feito via extensão de prazo, com

essa extensão sendo definida a medida que a projeção da receita for conversada

com a agência", disse.

No mesmo evento, o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maurício Muniz, afirmou que

a assinatura do aditivo para as obras na Serra das Araras está "em processo de

finalização".

"Não adianta estabelecer uma TIR se ela não for atrativa ao setor", destacou

Muniz. "Só é possível construir uma acordo se as duas partes estiverem

confortáveis. A expectativa é que o aditivo seja assinado ainda neste ano".

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[

19.11.2015

Concessionárias de rodovias reclamam de demora em

liberação de financiamentos

As concessionárias de quatro rodovias leiloadas no primeiro mandato da

presidente Dilma Rousseff elevaram o tom das críticas ao Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pela demora na obtenção dos

créditos de longo prazo para seus investimentos.

As empresas têm mais de R$ 3 bilhões em empréstimos-ponte, de curta duração,

que vencem até o primeiro trimestre de 2016 e reclamam das condições do banco

para aprovar novos financiamentos.

"Estamos tendo dificuldades", resumiu o presidente da Associação Brasileira de

Concessionárias de Rodovias (ABCR), Ricardo Pinheiro, durante audiência pública

na Comissão de Infraestrutura do Senado. De acordo com representantes das

empresas, o BNDES tem feito exigências além do que havia prometido em 2013,

quando essas estradas foram licitadas.

Há duas semanas, o presidente do banco, Luciano Coutinho, deu pessoalmente

garantias ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, de que o

financiamento de longo prazo para as últimas concessões sairia até o fim de

dezembro.

As empresas temem diminuir subitamente o ritmo das obras de duplicação dos

trechos concedidos se houver mais atrasos e alertam que os recursos liberados

nos empréstimos-ponte estão perto do fim.

As concessionárias reclamam que o BNDES tem acenado, segundo elas, com

financiamentos inferiores aos solicitados. Também estaria trabalhando com um

prazo de carência para pagamento dos empréstimos mais curto do que os cinco

anos prometidos na época dos leilões.

Queixam-se ainda da incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e

de que o banco exige garantias corporativas, ou seja, os próprios balanços das

empresas precisam ser usados como fiança. O problema disso é que os grupos

ficam com menos margem para participar dos próximos leilões de rodovias.

No caso da carência para pagar o financiamento, por exemplo, as empresas

afirmam que o BNDES quer contar o prazo a partir da assinatura do contrato. Para

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o setor privado, o mais correto é iniciar essa contagem no momento em que o

empréstimo é aprovado.

Para o chefe do Departamento de Transportes e Logística do banco, Cleverson

Aroeira da Silva, as críticas são injustas. Ele diz que a instituição tem trabalhado

com "as mesmas condições acordadas antes dos leilões" e está "comprometida"

com a liberação dos recursos para as concessionárias. "Temos tido uma agenda

bastante intensa com as empresas, reuniões semanais, e estamos na fase final de

negociações."

Aroeira observou que algumas condições anunciadas nas cartas-compromisso do

BNDES podem estar sendo mal interpretadas - caso do financiamento de até 70%

dos investimentos, limite usado pelo banco nos projetos de transmissão de

energia elétrica.

Como as empresas que participam dos leilões têm oferecido deságios muito

grandes, obtendo menos receitas ao longo dos contratos de concessão, a equação

econômico-financeira dos empreendimentos acaba mudando. Com isso, os

empréstimos têm coberto cerca de 50% dos investimentos, no caso de linhas de

transmissão.

17.11.2015

ANTT realiza audiência sobre regulamentação do

transporte rodoviário de passageiros sob regime de

fretamento

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abre Audiência Pública nº

010/2015, com o objetivo de colher sugestões para a revisão da Resolução nº

4.777/2015, que trata da regulamentação da prestação do serviço de transporte

rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros realizado em

regime de fretamento. Os interessados podem encaminhar as contribuições até as

18h (horário de Brasília) do dia 27/11/2015.

Ainda será realizada a sessão presencial da audiência, em Brasília (DF), no dia

23/11. As informações sobre o objeto a ser discutido está disponível no site da

ANTT. Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos pelo e-

[email protected] ou pelo telefone (61) 3410-1510.

Participação social – A Tomada de Subsídio nº 006/2015 colheu contribuições

para a avaliação de tópicos da Resolução nº 4.777. Como continuação do

processo, a audiência pública vai complementar as demandas recebidas para a

revisão da resolução.

SERVIÇO

Sessão presencial da Audiência Pública nº 010/2015

Data: 23/11/2015

Horário: 14h às 18h

Local: Auditório Eliseu Resende – edifício-sede da ANTT. Endereço: SCES, Lote 10,

Trecho 3, Projeto Polo 8 – Brasília (DF).

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18.11.2015

Governo irá estudar novo aeroporto na Grande São Paulo

O secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz,

disse em evento da CCR que o tema sobre um novo aeroporto na cidade de

Caieiras irá voltar a ser estudado.

“A gente sabe que é um investimento importante para o Estado, é um momento

em que estamos procurando novos investimentos”, afirmou o secretário.

Muniz diz ainda que ainda não há uma posição mais definida sobre o tema porém

o investimento está no “radar” e “é importante que seja viabilizado”.

No Mês passado, a CCR já havia informado ao Mercado que assumiu os direitos de

um contrato de opção de compra de um terreno para o aeroporto em Caieiras com

o projeto intitulado de Nasp (Novo Aeroporto São Paulo).

Estudos iniciais da CCR apontam que o novo aeroporto pode ter capacidade de 50

milhões a 60 milhões de passageiros por ano, com voôs nacionais e

internacionais. O valor do projeto está entre R$ 7 bi a R$ 8bi.

O novo aeroporto, a 30 km da capital, sera concorrente dos Aeroportos de

Guarulhos e de Viracopos, em Campinas. A CCR, em sua apresentação, diz que o

Aeroporto de Guarulhos deverá estar saturado nos próximos 5 anos e que

Viracopos é muito distante da capital (100 km). Ainda segundo a concessionária, o

deslocamento da capital para o Nasp leva, em média, 31 minutos a menos do que

a ida até Guarulhos, no caso de 80% da população com renda acima de cinco

salários mínimos.

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18.11.2015

Ônibus da Scania usa lixo como combustível

Modelo ecológico pode ser movido usando dejetos de animais e

outros tipos de lixos orgânicos

Assim como Doc Brown e Marty Mcfly abastecerem o DeLorean com lixo para

viajar no tempo, no filme De volta para o Futuro, a Scania testa um prototipo de

ônibus movido biometano ( gás que pode ser produzido através de dejetos de

animais e outros tipos de lixo orgânico) e GNV (Gás Natural Veicular) que pretende

avançar em alguns anos a busca por um tipo de combustível sustentável.

+ Scania apresenta seu primeiro caminhão híbrido

Com 15 m de comprimento e capacidade para até 130 passageiros, o modelo

“verde” está sendo testado em algumas cidades do país. A última foi São Paulo,

onde rodou 5 000 km acompanhado por outro, de mesmo porte, a diesel.

O resultado, aferido pela Netz Engenharia Automotiva, mostrou uma economia de

28% por km em relação ao modelo convencional.

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18.11.2015

Haddad sanciona nova lei dos fretados em São Paulo e

perdoa multas

ADAMO BAZANI

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou a lei 16.311, chamada de

nova lei dos fretados.

As áreas de restrição de circulação

continuam as mesmas, mas há

benefícios para o setor. Entre eles, o

fim da obrigatoriedade do TA – Termo

de Autorização e o CVS – Certificado

de Vínculo ao Serviço para os ônibus,

micro-ônibus e vans que só usam a

cidade como passagem, não

realizando embarques e

desembarques.

Houve também redução nos valores

das multas, que antes eram em torno

de R$ 2.500. Agora, os valores são de R$ 180 para infrações leves, R$ 360 para

médias, R$ 540 para infrações graves e R$ 720 para gravíssimas. No entanto, a

operação de veículos clandestinos gera multa de R$ 3400 e retenção do ônibus ou

van. Estes valores serão corrigidos anualmente com base no IPCA.

As multas aplicadas entre agosto de 2009 e dezembro de 2013 foram canceladas,

mas o dono da empresa ou veículo deve procurar o DTP – Departamento de

Transporte Público.

Agora, o termo de autorização passa a valer dois anos depois da renovação e não

mais um ano como era anteriormente.

A idade máxima de micro-ônibus e vans deve ser de dez anos e quinze anos para

ônibus.

As empresas que operam o sistema de transportes urbanos da cidade não podem

usar os veículos para atividades de fretamento.

Confira a íntegra da lei:

LEI Nº 16.311, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2015 (PROJETO DE LEI Nº 587/13, DO

EXECUTIVO, APROVADO NA FORMA DE SUBSTITUTIVO DO LEGISLATIVO) Dispõe

sobre a atividade de fretamento no âmbito do Município de São Paulo. FERNANDO

HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são

conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 14 de outubro

de 2015, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º O transporte coletivo

privado de passageiros na modalidade fretamento, no âmbito do Município de São

Paulo, obedecerá ao disposto nesta lei. § 1º Considera-se fretamento a atividade

econômica privada de transporte coletivo, restrita a segmento específico e

predeterminado de passageiros, que não se sujeita a obrigações de

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 34_

universalização, continuidade e modicidade tarifária, atributos do Transporte

Coletivo Público de Passageiros, classificada da seguinte forma: I – de âmbito

municipal: é a atividade de transporte coletivo privado com origem e destino

dentro dos limites do Município de São Paulo, prestado rotineiramente ou não; II –

de âmbito intermunicipal: é a atividade de transporte coletivo privado em que o

Município de São Paulo figura, em qualquer hipótese, como localidade de

referência dos trajetos, seja como destino, origem ou rota de passagem. § 2º Os

veículos que, na atividade de fretamento, necessitem utilizar as vias do Município

como passagem não estão sujeitos às disposições desta lei, desde que não

acessem a área restrita ao seu trânsito e não utilizem as vias para o

estacionamento, o embarque e o desembarque de passageiros. § 3º A atividade de

fretamento deverá ser realizada por ônibus, micro-ônibus ou veículos mistos,

com capacidade superior a 9 (nove) pessoas. § 4º Os veículos que desempenham a

atividade de fretamento deverão cumprir as disposições do Programa de Controle

da Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE, nos termos da

regulamentação expedida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. §

5º As empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de

transporte coletivo ficam proibidas de utilizarem suas frotas, inclusive a reserva

técnica, na atividade de fretamento, sob pena de aplicação de multa e apreensão

do veículo pela fiscalização municipal, nos termos desta lei. Art. 2º Para os efeitos

desta lei, considera-se: I – transporte contínuo de passageiros: aquele realizado de

forma sistemática, com a mesma origem e destino e, basicamente, o mesmo grupo

de usuários; II – transporte eventual de passageiros: aquele realizado com

diferentes origens e destinos e/ou diferentes grupos de usuários. Seção I Das

Condições para o Exercício da Atividade de Fretamento Art. 3º As atividades de

fretamento somente poderão ser desempenhadas no Município de São Paulo por

pessoas jurí- dicas que possuam Termo de Autorização – TA, expedido pela

Secretaria Municipal de Transportes – SMT. § 1º O Termo de Autorização – TA será

fornecido às operadoras que apresentarem os seguintes documentos: I – ato

constitutivo, devidamente registrado nos órgãos competentes; II – inscrição no

Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ; III – inscrição no Cadastro de

Contribuintes Mobiliários – CCM do Município em que estiver localizada a sua

sede; IV – prova da regularidade fiscal perante as Fazendas Federal, Estadual e

Municipal; V – prova da regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro Social

– INSS e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS; VI – comprovação de

frota operacional de, no mínimo, 2 (dois) veículos; VII – requerimento em

formulário específico a ser estabelecido pela Secretaria Municipal de Transportes

– SMT. § 2º O Termo de Autorização – TA poderá ser fornecido de maneira

simplificada às operadoras sediadas fora da Região Metropolitana de São Paulo –

RMSP e que realizam transporte eventual de passageiros, na forma definida pela

Secretaria Municipal de Transportes – SMT. § 3º O Termo de Autorização – TA terá

validade de 2 (dois) anos, podendo ser renovado sucessivamente, preenchidas as

condições previstas nesta lei. Art. 4º Para cada veículo que desempenhar a

atividade, as operadoras deverão requerer o respectivo Certificado de Vínculo ao

Serviço – CVS, apresentando os seguintes documentos: I – Certificado de

Propriedade do Veículo – CRV em nome da operadora ou como arrendatária no

caso de arrendamento mercantil ou leasing; II – Certificado de Registro e

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 34_

Licenciamento do Veículo – CRLV; III – comprovante de aprovação em vistoria

técnica, nos termos da regulamentação em vigor; IV – comprovante de

regularidade perante o Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso –

I/M-SP, nos termos da regulamentação em vigor; V – comprovante de

recolhimento do Seguro Obrigatório por Danos Pessoais Causados por Veículos

Automotores de Via Terrestre – DPVAT, no código 3; VI – apólice de seguro de

responsabilidade civil para danos corporais, materiais e morais a passageiros e

terceiros, no valor mínimo de: a) R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) para

veículos mistos e micro-ônibus; b) R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) para

ônibus; VII – comprovante da idade máxima do veículo de: a) 10 (dez) anos, no

caso de veículos mistos e micro-ônibus; b) 15 (quinze) anos, no caso de ônibus;

VIII – comprovação do atendimento à legislação federal, estadual e municipal

sobre acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. § 1º Os

valores das apólices tratadas no inciso VI do “caput” deste artigo deverão ser

atualizados anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo –

IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou por

outro índice que venha a substituí-lo. § 2º O Certificado de Vínculo ao Serviço –

CVS terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovado sucessivamente,

preenchidas as condições previstas nesta lei. Art. 5º A operadora na atividade de

fretamento deverá: I – afixar, na parte externa do veículo, o número de

identificação de seu Termo de Autorização – TA, na forma a ser estabelecida pela

Secretaria Municipal de Transportes – SMT; II – manter, sob a guarda do motorista,

os seguintes documentos: a) cópia simples do Termo de Autorização – TA ou do

Termo de Autorização Simplificado – TAS; b) Certificado de Vínculo ao Serviço –

CVS; c) plano de operação do veículo, nos casos previstos em regulamentação a

ser expedida pela Secretaria Municipal de Transportes – SMT; d) resumo ou

extrato do contrato de prestação de serviços e/ou nota fiscal da atividade; e) lista

completa de passageiros ou outra forma de sua identificação que comprove o

vínculo com o contratante; f) Carteira Nacional de Habilitação – CNH, na categoria

profissional “D” ou “E”, do condutor do veículo com anotação de autorização para

o transporte coletivo de passageiros. Parágrafo único. Os documentos previstos

na alínea “d” do inciso II do “caput” deste artigo serão objeto de regulamenta- ção

por ato da Secretaria Municipal de Transportes – SMT. Art. 6º Nos veículos

destinados ao exercício da atividade de fretamento é vedado o transporte de

passageiros em pé, devendo ser respeitada a capacidade original de lotação de

passageiros sentados do veículo. Seção II Do Trânsito de Veículos de Fretamento

no Município de São Paulo Art. 7º As restrições e as condições especiais para o

trânsito dos veículos que exercem a atividade de fretamento serão objeto de

regulamentação por ato da Secretaria Municipal de Transportes – SMT. Art. 8º Não

serão permitidos o embarque e o desembarque de passageiros dos veículos de

fretamento em pontos de parada, estações de transferência ou terminais do

Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros, salvo naqueles

autorizados pela Secretaria Municipal de Transportes – SMT. Art. 9º É vedado o

uso de vias e logradouros públicos para o estacionamento dos veículos que

desempenham a atividade de fretamento, cabendo à operadora dispor de local

próprio para tal finalidade. Parágrafo único. Em caráter excepcional e transitório,

desde que não se comprometa a fluidez do trânsito e o desempenho do serviço de

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 34_

transporte coletivo público de passageiros, bem como não cause transtornos à

vizinhança, a Secretaria Municipal de Transportes poderá autorizar, após análise

técnica, o uso de vias e logradouros públicos para o estacionamento de veículos

de fretamento, mediante edição de ato específico. Seção III Das Penalidades

Aplicáveis Art. 10. O descumprimento das disposições constantes desta lei e das

demais normas regulamentares sujeitará as operadoras às seguintes sanções,

aplicadas isolada ou cumulativamente: I – advertência escrita; II – multa; III –

retenção, remoção ou apreensão do veículo; IV – cassação do Certificado de

Vínculo ao Serviço – CVS; V – cassação do Termo de Autorização – TA. Parágrafo

único. A aplicação das penalidades previstas neste artigo será disciplinada por

decreto do Executivo. Art. 11. De acordo com a gravidade, as infrações serão

classificadas nos seguintes grupos: I – grupo A: falhas leves que não afetam o

serviço ou a segurança dos usuários; II – grupo B: infrações de natureza média,

por desobediência a determinações do Poder Público ou por descumprimento dos

parâmetros operacionais estabelecidos que não afetam a segurança dos usuários;

III – grupo C: infrações de natureza grave, por desobedi- ência a determinações do

Poder Público que possam afetar a segurança dos usuários; IV – grupo D:

infrações de natureza gravíssima, por atitudes ou situações que coloquem em

risco a segurança dos usuários. Art. 12. Para efeito de aplicação das sanções, as

multas ficam assim definidas: I – infração do Grupo A (leve): multa no valor de R$

180,00 (cento e oitenta reais), aplicada em dobro no caso de reincidência; II –

infração do Grupo B (média): multa no valor de R$ 360,00 (trezentos e sessenta

reais), aplicada em dobro no caso de reincidência; III – infração do Grupo C

(grave): multa no valor de R$ 540,00 (quinhentos e quarenta reais), aplicada em

dobro no caso de reincidência; IV – infração do Grupo D (gravíssima): multa no

valor de R$ 720,00 (setecentos e vinte reais), aplicada em dobro no caso de

reincidência. § 1º Os valores das multas de que trata este artigo deverão ser

corrigidos anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo –

IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou por

outro índice que venha a substituí-lo. § 2º Considera-se reincidência o

cometimento da mesma infração no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias,

contados da data da primeira autuação. Art. 13. A execução da atividade de

fretamento sem autorização da Prefeitura será caracterizada como serviço

clandestino, sujeitando o infrator às seguintes penalidades, aplicadas isolada ou

cumulativamente: I – apreensão e remoção do veículo; II – aplicação de multa no

valor de R$ 3.400,00 (três mil e quatrocentos reais). § 1º O infrator estará sujeito

ao pagamento dos preços públicos referentes à remoção e estadia do veículo. § 2º

A multa prevista no inciso II do “caput” deste artigo será aplicada em dobro em

caso de reincidência, ocorrida no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, contados

da data da autuação. § 3º O valor da multa prevista no inciso II do “caput” deste

artigo deverá ser atualizado anualmente pela variação do Índice de Preços ao

Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE, ou por outro índice que venha a substituí-lo. § 4º Fica a

Prefeitura autorizada a reter o veículo até o pagamento dos valores referidos no §

1º deste artigo. § 5º Os veículos apreendidos há mais de 90 (noventa) dias, em

razão de sua utilização para o transporte clandestino de passageiros e não

retirados por seus proprietários, serão leiloados nos termos da regulamentação

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 34_

vigente. Art. 14. O Executivo expedirá ato normativo para disciplinar o

procedimento de aplicação de penalidades e os respectivos enquadramentos,

devendo observar, necessariamente, a notificação prévia, a fim de garantir o

contraditório e a ampla defesa. Art. 15. A aplicação das sanções previstas nesta

lei não exclui a possibilidade de adoção das medidas administrativas e a aplicação

de outras sanções decorrentes da infração às restrições ao trânsito de veículos

que exerçam a atividade de fretamento, das regras referentes ao embarque e

desembarque de passageiros, do estacionamento de veículos e das demais

normas de trânsito previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB. Art. 16. Das

penalidades aplicadas caberá recurso, em 1ª instância, à Comissão especialmente

designada para este fim, nomeada por ato do Secretário Municipal de Transportes.

Parágrafo único. O prazo para interposição do recurso de que trata o “caput”

deste artigo será de 30 (trinta) dias, contados da notificação da penalidade

aplicada. Art. 17. Da decisão proferida pela Comissão prevista no art. 16 desta lei

caberá recurso, em 2ª instância, ao Secretário Municipal de Transportes. Parágrafo

único. O Secretário Municipal de Transportes poderá delegar a competência

instituída no “caput” deste artigo. Seção IV Das Disposições Finais Art. 18. A

Comissão de Acompanhamento da Regulamentação do Fretamento – CAREF, órgão

de caráter consultivo vinculado à Secretaria Municipal de Transportes – SMT,

criada pela Lei nº 14.971, de 25 de agosto de 2009, será composta por

representantes da Administração Pública e de entidades representativas dos

operadores e dos usuários dos veículos que exercem a atividade de fretamento,

na forma a ser definida em decreto do Executivo, com a competência para

acompanhar o desenvolvimento da atividade de fretamento, apreciar e emitir

parecer sobre solicitações de entidades e usuários vinculados ao serviço, bem

como exercer outras atribuições correlatas. Art. 19. A fiscalização do

cumprimento das obrigações previstas nesta lei e nas demais normas aplicáveis

será feita, no âmbito da respectiva competência, pela Secretaria Municipal de

Transportes – SMT, pelo Departamento de Transportes Públicos – DTP, pelo

Departamento de Operação do Sistema Viário – DSV, pela São Paulo Transporte

S.A. – SPTrans e pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET. Art. 20. As

atuais prestadoras de serviços de fretamento no Município de São Paulo deverão

se adaptar às disposições constantes dos arts. 3º a 6º desta lei no prazo de 90

(noventa) dias, contados da data de sua publicação. Art. 21. As disposições desta

lei não se aplicam ao transporte escolar regular, regido por normas específicas.

Art. 22. Ficam canceladas todas as multas e suas respectivas reincidências,

correspondentes ao período de agosto de 2009 e dezembro de 2013, aplicadas

com base no art. 15, § 1º, III, da Lei nº 14.971/09. Art. 23. O Poder Executivo

regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de sua

publicação. Art. 24. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada

a Lei nº 14.971, de 25 de agosto de 2009. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO, aos 12 de novembro de 2015, 462º da fundação de São Paulo. FERNANDO

HADDAD, PREFEITO FRANCISCO MACENA DA SILVA, Secretário do Governo

Municipal Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 12 de novembro de

2015.

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18.11.2015

ANTT quer raio-x completo da malha ferroviária

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no âmbito das negociações

para prorrogação dos contratos de concessão, quer que os atuais concessionários

ferroviários realizem um inventário completo e georeferenciado de toda a malha

ferroviária do país, inclusive os trechos sem utilização ou subutilizados, que eles

eventualmente queiram devolver ao governo. As informações são do site da

“Revista Ferroviário”.

“Ninguém tem certeza do que foi entregue às concessionárias”, disse ontem o

diretor da ANTT, Carlos Nascimento, durante palestra sobre ‘short line’ na 18ª

Negócios nos Trilhos - NT Expo. O Brasil tem quase 30 mil km de malha

ferroviária, 6 mil km operam com densidade inferior a 1 trem por dia. Parte dessa

malha poderá ser operada como ‘short line’, que são trechos ferroviários de baixa

capacidade econômica, operados por pequenos empreendedores, muito comuns

nos Estados Unidos e com algumas experiências na Europa, especialmente na

Itália.

Além da radiografia completa da malha ferroviária, a Agência antes de aceitar a

renovação dos contratos quer classificar as ferrovias, como é feito no modelo

americano; definir o conceito do serviço adequado a ser prestado pelos

operadores; e reformatar a resolução que criou o Operador Ferroviário

Independente (OFI).

A ANTT também quer modificar o decreto 8.129/2013 para permitir a concessão

do trecho Palmas (TO) – Anápolis (GO) da Ferrovia Norte-Sul pelo modelo vertical.

Pelo decreto, a Agência só pode fazer concessões pelo chamado modelo

horizontal, no qual vários operadores ferroviários podem utilizar a capacidade da

malha ao mesmo tempo. É o modelo que criou o Operador Ferroviário

Independente (OFI).

O modelo horizontal de concessão prevê que um operador administre a

capacidade da linha ferroviária com diversos outros operadores fazendo o

transporte de mercadorias para seus próprios clientes, com seu próprio material

rodante. O modelo vertical é o atual modelo de concessão, no qual um único

concessionário opera e controla toda a malha. A mudança no decreto permite que

o trecho Palmas (TO) – Anápolis (GO) seja licitado pelo modelo vertical, como já

ocorre no outro trecho da Norte-Sul, entre Palmas (TO) e Açailândia (MA), que é

operado pela VLI, numa subconcessão da Vale.

Todas as concessionárias privadas estão negociando com a ANTT a prorrogação

do prazo de concessão. Esta prorrogação está prevista nos contratos, que

começam a vencer em 2026.

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17.11.2015

CPTM e monotrilho com menos recursos em 2016

Trem da CPTM. Companhia também terá menos investimentos

ADAMO BAZANI

O governo do estado de São Paulo vai reduzir em R$ 350 milhões os

investimentos na CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos em 2016,

de acordo com proposta do Orçamento enviada pela gestão Geraldo Alckmin à

Assembleia Legislativa.

O valor é 45% menor que o previsto para este ano.

O governo do estado responsabiliza a

redução à crise econômica, a queda na

arrecadação e às dificuldades de

repasses de recursos para a mobilidade

por parte do governo federal.

A secretaria de transportes

metropolitanos informou que, mesmo

com recursos menores, as obras de

modernização vão continuar.

Nas contas da pasta, se forem

consideradas as aquisições de trens e

obras, haverá aumento de repasses

para a companhia.

A CPTM, de acordo com levantamento da TV Globo, apresentou neste ano 309

falhas.

MONOTRILHO COM MENOS RECURSOS:

As obras do monotrilho, sistema de trens que trafegam por elevados, vão ter

redução de 19% nos investimentos. Neste caso, além de problemas orçamentários,

há questões técnicas sobre a viabilidade dos serviços em alguns trechos e

congelamento da construção de estações que constavam nas previsões iniciais.

O Metrô vai receber R$ 1 bilhão a menos em 2016, como noticiado na semana

passada.

A queda será de 28%, mas o metrô contabiliza redução de 5% em relação aos

investimentos previstos para 2015.

Por exemplo, a extensão da linha 5 – Lilás, que deveria ter sido entregue em 2012,

vai ter redução de 29% nos investimentos.

Ainda de acordo com a emissora, neste ano, o metrô apresentou 235 falhas, a

maior parte na linha 1 Azul – Tucuruvi/Jabaquara, com 90 ocorrências.

Os investimentos em modernização das linhas serão cortados em 2016 pela

metade, com redução de R$ 164 milhões.

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16.11.2015

Brasil reduz em 36% o número de mortes de crianças no

trânsito

O dado representa a redução de mais de 560 óbitos de crianças na faixa etária de

0 a 10 ano

O Brasil reduziu em 36% o número de mortes de crianças (0 a 10 anos) no trânsito

na última década. Entre os anos de 2003 e 2013, esse número caiu de 1.621 para

1.054 vítimas. Cerca de 560 crianças foram salvas, sejam as ocupantes de

veículos motorizados, sejam as que se deslocam a pé ou de bicicleta. Quinhentas

crianças são diariamente vítimas fatais do trânsito em todo o mundo, segundo

estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Como forma de chamar a

atenção dos líderes mundiais, 500 crianças de escolas do Distrito Federal

realizaram na manhã desta segunda-feira (16/11) uma mobilização na área

externa do Congresso Nacional em Brasília.

O evento Save Kids Lives é uma campanha mundial e oficial, liderada por crianças

e coordenada pelo grupo Colaboração Global das Nações Unidas para a Segurança

no Trânsito. O objetivo é conclamar autoridades de todo o mundo a assumir

compromissos e adotar medidas pela redução das mortes no trânsito. A

Declaração das Crianças para a Segurança Viária já atingiu a marca de 1 milhão de

assinaturas e será entregue pelos organizadores aos líderes mundiais e demais

participantes da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito

– Tempo de Resultados, que acontece nos dias 18 e 19 de novembro, em Brasília.

A mobilização Save Kids Lives, em Brasília, foi organizada pela FIA Foundation em

parceria com a Aliança Global de ONGs pela Segurança no Trânsito, a Criança

Segura (coordenadora brasileira da campanha) e a Policia Rodoviária Federal, com

apoio de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e da empresa

Michelin.

“Esse é evento importante para chamar a atenção para o problema, e para que os

países reforcem as medidas voltadas para proteger as crianças no trânsito, seja as

ocupantes de veículos motorizados, seja as que se deslocam a pé ou de bicicleta”,

afirmou a coordenadora do projeto Vida no Trânsito no Ministério da Saúde,

Marta Silva, lembrando que o Brasil logrou reduzir as mortes de crianças no

trânsito, na última década e meia, em cerca de 36%. “Campanhas educativas,

aumento da segurança veicular e a lei da cadeirinha contribuíram para a redução”,

destacou.

Lei da cadeirinha – Um dos mais importantes avanços na legislação brasileira

protetiva a crianças no trânsito é a lei da cadeirinha, de maio de 2010, que

estabeleceu padrões de segurança para transporte de crianças menores de dez

anos. De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran),

crianças nessa faixa etária devem viajar no banco traseiro usando cinto de

segurança ou sistema de retenção equivalente - bebês de até um ano de vida têm

que estar em bebê conforto ou conversível, de um a quatro anos em cadeirinhas e

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de quatro a sete anos em assento de elevação. A não obediência ao dispositivo

legal é considerada infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, perda de sete

pontos na Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo até que a

irregularidade seja sanada.

ROAD SAFETY BRAZIL - A 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no

Trânsito tem entre seus objetivos avaliar o andamento das iniciativas para

redução das mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo o mundo em meio à

Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020.

O Brasil, que se voluntariou a sediar o evento, é um dos Amigos da Década -

grupo informal comprometido com o sucesso do plano global. A meta do grupo é

salvar 5 milhões de vidas no planeta até 2020 por meio da adoção, pelos países

comprometidos, de políticas, programas, ações e legislações que aumentem a

segurança nas vias, especialmente para pedestres, ciclistas e motociclistas, que

correspondem à metade das estatísticas de mortes no trânsito, segundo a

Organização Mundial de Saúde (OMS).

Também integram o grupo Rússia, Estados Unidos, Espanha, França, Austrália,

Argentina, Costa Rica, Índia, México, Marrocos, Nigéria, Omã, Filipinas, África do

Sul, Suécia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Organização Mundial de Saúde, Banco

Mundial, Comissão Econômica para a Europa, Comissão Global pela Segurança no

Trânsito (vinculada à Federação Internacional de Automobilismo) e Parceria

Global pela Segurança no Trânsito (Vinculada à Federação Internacional da Cruz

Vermelha).

A Conferência é organizada por um comitê interministerial composto por nove

ministérios, sob a coordenação do Ministério da Saúde, em parceria com

Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde (Opas)

e o grupo Amigos da Década.

VIDA NO TRÂNSITO – O Projeto Vida no Trânsito é uma iniciativa brasileira

voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção

da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para

a Década de Ações pela Segurança no Trânsito 2011-2020. O foco do projeto são

ações que incidam sobre fatores de risco, como a mistura de álcool e direção e a

velocidade excessiva, além de outros fatores ou grupos de vítimas identificados

localmente a partir de análises dos dados, especialmente relacionados a acidentes

de transporte terrestre envolvendo motociclistas.

O programa é coordenado pelo Ministério da Saúde, tem articulação

interministerial e parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Foi

lançado em 2010, como parte da iniciativa internacional denominada Road Safety

in Ten Countries (RS 10), sob a coordenação da Organização Mundial da Saúde

(OMS), incluindo a participação das entidades Association for Safe Internacional

Road Travel (ASIRT); Centers for Sustainable Transport (EMBARQ); Global Road

Safety Partnership (GRSP); Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (JHU)

e World Bank Global Road Safety Facility (GRSF).

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19.11.2015

Saiba como cidades podem fazer Brasil retroceder em

metas de clima

Mas, de acordo com a cientista Suzana Kahn, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de

Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de

Janeiro (Coppe-UFRJ), estas emissões podem voltar a aumentar se não houver um

esforço de redução nas cidades brasileiras.

A pedido da fundação americana Bloomberg Philanthropies, Kahn realizou um

estudo em parceria com a pesquisadora Isabel Brandão para avaliar

oportunidades de redução de emissões nas áreas urbanas do país.

O mostra que uma melhor gestão em três áreas – resíduos (esgoto e lixo),

transporte e uso eficiente de energia - pode dar um grande impulso à mitigação

de impactos ambientais e, ao mesmo tempo, aponta que pouco tem sido feito em

relação a elas.

"Ações neste sentido ainda são muito incipientes. Há uma ou outra iniciativa

isolada voltada para pontos específicos, como qualidade do ar ou

congestionamento e que acaba gerando benefícios para o clima, mas o objetivo

principal não tem como foco o meio ambiente", afirma Kahn.

Amanada Eichel, da Bloomberg Philanthropies e conselheira especial para

assuntos climáticos do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, diz que, se o

Brasil não incluir metas voltadas para cidades em seus planos de redução de

emissões, o país pode retroceder em suas metas climáticas.

"O Brasil já é muito urbano: 84% da população vive em cidades, e este índice

subirá para 90% em cinco anos. No entanto, a política climática nacional é muito

focada em ações em florestas e na agricultura", afirma Eichel.

"Os resultados destas ações têm sido impressionantes, mas o país ainda não

percebeu a oportunidade que existe nas cidades. Se não agir em outros setores

além destes em que já vem atuando, a expectativa é que as emissões do país

voltem a aumentar entre 2020 e 2030."

Metas

Na prática, isso pode vir a comprometer metas anunciadas pela presidente Dilma

Rousseff na ONU em setembro e que serão apresentadas na Conferência do Clima

em Paris, que terá início em 30 de novembro. Entre os principais objetivos, está a

redução das emissões em 43% até 2030.

Entre as ações propostas para isso - fim do desmatamento ilegal, restauração de

florestas e pastagens e aumento da participação de fontes renováveis na matriz

energética -, não há nenhuma voltada especificamente para as áreas destacas no

relatório da Coppe-UFRJ.

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"As cidades têm um poder muito grande neste sentido, porque estão mais

próximas dos cidadãos, e seus gestores podem ser mais cobrados por resultados",

afirma Kahn.

"Os prefeitos também são os principais interessados, pois os impactos das

mudanças climáticas afetarão principalmente as áreas urbanas."

O estudo destaca, por exemplo, que menos da metade do esgoto produzido no

país é coletado e, deste volume, apenas 40% é tratado. Neste quesito, o Brasil é

112º do mundo entre 200 países no Índice de Desenvolvimento Sanitário, da

Organização Mundial da Saúde.

"Isso é chocante", afirma Eichel. "Melhorias nesta área trariam não só melhorias

para qualidade de vida, mas também benefícios significativos para o clima,

porque o metano que é liberado pelo esgoto e pelo lixo é mais prejudicial que o

carbono."

O relatório aponta também que residências e edifícios comerciais em áreas

urbanas respondem por 50% do consumo de eletricidade do país. Se forem

cumpridos novos padrões de eficiência energética nestas construções, como

aproveitamento da luz natural, poderiam ser economizados no país 25.000 GWh,

segundo o estudo.

Em setembro, de acordo com os dados mais recentes da Empresa de Pesquisa

Energética, órgão ligado ao ministério de Minas e Energia, o consumo do país foi

de 37.701 GWh.

Transporte

O relatório identifica também a área de transporte como a de maior potencial de

redução, pois este setor responde pela maior parte das emissões em cidades

brasileiras.

A pesquisa aponta que a Política Nacional de Mobilidade Urbana (que autoriza

estados e municípios a restringir circulação de veículos, entre outras coisas),

lançada em 2012, pode reduzir até 2020 as emissões de transporte de passageiros

em 19,5 milhões de toneladas de CO2 até 2020. Seria o mesmo que anular quase

todas as emissões de uma cidade do porte do Rio, onde 22 milhões de toneladas

de CO2 foram emitidas em 2012.

"Para isso, seria necessário não só melhorar o transporte público, mas também

restringir o uso do carro, criando pedágios urbanos e vetando sua circulação em

áreas da cidade", defende Kahn.

O relatório destaca iniciativas como o BRT, no Rio de Janeiro. Segundo dados do

estudo, o índice de pessoas usando meios de transporte de massa na cidade

atingirá 63% em 2016, ante 18% em 2010, antes da criação deste sistema de

corredores exclusivos para ônibus.

Eichel, da Bloomberg, destaca, no entanto, que investimentos na infraestrutura de

transportes levam tempo e, por isso, é importante atuar nas outras duas áreas

para que objetivos sejam atingidos no curto prazo.

"Apesar de terem mais impacto, mudanças na rede de transporte demoram mais a

gerar benefícios. As oportunidades de redução com mais eficiência energética

podem ter, por exemplo, um efeito quase imediato."

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AGENDA 2015

Novembro

Fórum Infraestrutura de Transporte

24 e 25 de novembro em São Paulo -

Teatro Unives Cultural

Seminário internacional ‘Cidades a Pé’

25 a 28 de novembro em São Paulo

Dezembro

Curso Introdutório à regulação

03 e 04 de dezembro em São Paulo- sede da Artesp