fim de semana artesp - edição 23

27
EDIÇÃO 23 – 04 DE SETEMBRO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

Upload: artesp

Post on 23-Jul-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 22 de maio de 2015.

TRANSCRIPT

Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 23

EDIÇÃO 23 – 04 DE SETEMBRO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

Para reduzir mortes de animais nas rodovias, Câmara

analisa construção de ecodutos

Ecoduto é apontado como solução para reduzir mortes de animais nas

estradas

A Câmara dos Deputados avalia projeto de lei que obriga concessionárias e

estados a instalarem ecodutos na malha viária de todo o país. As estruturas são

pontes ou túneis parecidos com passarelas de pedestres, mas são construídas

com vegetação e terra para imitar o ambiente da região e garantir segurança para

os animais.

Os ecodutos deverão ser exigidos nas obras de construções ou ampliações de

rodovias e incluídos em Estudos de Viabilidade Técnica e Estudos de Impacto

Ambiental. A instalação pode ser subterrânea ou aérea, a depender das

características da fauna e condições do relevo de cada região.

Se aprovado o projeto, as rodovias deverão contar com a estrutura em três anos.

“Tem sido noticiado, com certa freqüência, a morte por atropelamento de

diversos animais nas rodovias visto que elas, muitas vezes, acabam interceptando

fisicamente um corredor ecológico natural. Imprescindível, portanto, que se

analisem as barreiras físicas existentes em áreas de trânsito da fauna, de forma a

se prever a construção de estruturas que propiciem a segurança na travessia da

fauna.”, consta na justificativa.

Prevenção

Especialistas da fauna brasileira e de outros setores tomaram a iniciativa de

buscar preservar as vidas de animais silvestres que muitas vezes são vítimas de

acidentes nas estradas brasileiras. Os trabalhos no combate aos atropelamentos

são realizados no Mato Grosso do Sul e devem ser ampliados para todo o país.

O Rede Estrada Viva, como é chamado o projeto, reúne dados sobre a fauna, os

índices de mortalidade dos animais nas rodovias e busca sensibilizar o público,

além de atuar na formatação de estratégias com a finalidade de reduzir os

atropelamentos.

Os números preocupam. Pesquisa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de

Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras, calcula que 450 milhões de

animais silvestres sejam atropelados todos os anos no Brasil. Além dos prejuízos

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 23

incalculáveis, os mais importantes e impactantes são as perdas de vidas de

animais e humanas, já que quando bichos de médio e grande parte estão

envolvidos em choque com veículos, geralmente o acidente é muito grave. Outra

consequência deste índice alarmante é a perda da biodiversidade no país.

Para se ter ideia da dimensão deste problema, de 2013 a 2014, mais de 1,1 mil

carcaças de 25 espécies de animais silvestres foram encontradas em três trechos

de pouco mais de 1 mil quilômetros de rodovias do Mato Grosso do Sul.

Entre os animais que mais morrem nas estradas daquele estado estão cachorro do

mato, tatu peba, tamanduá bandeira, tamanduá mirim e capivara. “O problema é

de fato muito grave e acontece por uma série de razões, entre elas, a negligência

do motorista, que muitas vezes ultrapassa a velocidade permitida”, afirma

Patrícia Medici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta

Brasileira (IPÊ).

Algumas ações já contribuíram para a preservação da fauna. Em 2006, no Pontal

do Paranapanema no Estado de São Paulo, num trecho que corta o Parque Estadual

Morro do Diabo, foram instaladas placas educativas e radares a fim de reduzir os

atropelamentos de fauna. A iniciativa foi suficiente para reduzir a mortalidade de

antas de uma média de seis por ano para uma a cada três anos.

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 23

31.08.2015

Uso diurno do farol baixo deve se tornar obrigatório em

rodovias

Atualmente, acionamento das luzes só é previsto em túneis e à noite

Um projeto de lei que tramita pela

Câmara dos Deputados deve alterar o

Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Na última sexta-feira (28), a Comissão

de Constituição e Justiça e de

Cidadania (CCJC) aprovou o relatório

que referente ao PL 5070/13 que

torna obrigatória a utilização de farol

baixo em rodovias também durante o

dia.

Proposto pelo deputado Rubens Bueno, o projeto altera os artigos 40 e 250 do

CTB, inserindo as rodovias no contexto. Pela lei atual, o uso do farol baixo é

obrigatório durante a noite e nos túneis providos de iluminação pública.

A justificativa utilizada pelo autor é de que muitos acidentes registrados em

rodovias têm como causa a pouca visibilidade por parte dos motoristas, já que

“os designs modernos dos veículos e as novas cores utilizadas veem contribuindo

para ofuscá-los no meio ambiente mesmo durante o dia”.

Vale mencionar que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) já sugere há 17

anos que os motoristas trafeguem pelas rodovias com faróis baixos mesmo

durante o dia. A recomendação, porém, não é acatada com grande frequência.

Agora, o projeto de lei deve ser enviado ao Senado, onde será revisado. Caso seja

aprovado, entra em vigor de imediato e fará com que os motoristas que

descumprirem a norma recebam quatro pontos (infração média) na Carteira

Nacional de Habilitação (CNH) e arquem com multa de R$ 85.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 23

01.09.2015

O descompasso tarifário das concessões brasileiras

O elevado custo das tarifas dos serviços públicos concedidos tornou-se tema

recorrente no Brasil. Contudo, pouco se discute sobre como tais tarifas são

definidas e como a forma de definí-las pode influir na eficiência dos serviços

prestados.

Um ponto nevrálgico desta discussão gravita ao redor da Taxa Interna de Retorno

(TIR). No setor da infraestrutura, a TIR funciona como importante referência para

a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro das concessões e, também,

como instrumento para que os serviços a serem concedidos sejam potencialmente

rentáveis e, por isso, atrativos a possíveis investidores.

Todavia, em diversos casos, os concessionários têm os seus índices de

rentabilidade - através da TIR - atrelados às condições macroeconômicas

existentes à época da licitação dos serviços concedidos, independentemente das

variações ocorridas no país durante a execução dos contratos de concessão, que,

não raro, estendem-se por mais de duas décadas.

Confunde-se, neste ponto, a regra da inalterabilidade da equação econômico-

financeira do contrato com uma falaciosa impossibilidade de alteração da TIR - o

que, paradoxalmente, acaba por desequilibrar a aludida equação.

Seria o mesmo se, atualmente, os bancos garantissem, aos investimentos feitos na

década de 90, quando a Selic chegou a superar os 45%, rentabilidades atreladas às

taxas de juros que eram praticadas à época.

A raiz do problema é um equívoco conceitual, consistente na indevida

transmutação da TIR em garantia absoluta de rentabilidade ao investidor, pois se

o contrato não gera a rentabilidade prevista inicialmente, acaba revisto,

normalmente com o aumento das tarifas cobradas dos usuários.

Este imbróglio gera duas distorções imediatas. A primeira é o incentivo à

ineficiência, pois através da TIR, a administração estabiliza a rentabilidade do

concessionário, sem considerar a sua eficiência na prestação dos serviços. Assim,

diminuem-se os incentivos para a redução dos custos, pois a despeito de quais

sejam estes o Poder Público, além de cobrir-lhes, ainda garante uma margem

mínima de lucro ao concessionário.

A segunda consequência é óbvia e já foi apontada pela Secretaria de Fiscalização

de Desestatização e Regulação do Tribunal de Contas da União. Em contratos de

longo prazo, como é o caso da generalidade dos contratos de concessão, a

existência de uma TIR fixa pode onerar desproporcionalmente o usuário, gerando

lucros extraordinários para o concessionário ou vice-versa.

Esta hipótese, infelizmente, se materializou no último decênio, porquanto a

lucratividade dos concessionários - atrelada à TIR inicial - permaneceu intocada,

gerando lucros muito maiores do que qualquer investimento com riscos

Page 6: Fim de Semana ARTESP - edição 23

comparáveis disponível no mercado. Lucros estes que, além de custeados às

expensas dos usuários, foram frutos não da eficiência do concessionário, mas da

mera melhora do quadro econômico brasileiro.

A análise de casos concretos evidencia a magnitude do ônus indevido suportado

pelos usuários de concessões licitadas durante a década de 90. Por exemplo, nas

rodovias concedidas no Rio de Janeiro, ao fim do século passado, a TIR é de

17,58% na Dutra, 17,99% na Rio-Teresópolis e 19,85% na Via Lagos. Em alguns

outros contratos do mesmo período tal taxa chegou a ser fixada em 24%. Por

outro lado, a TIR máxima aprovada pelo TCU referente às concessões rodoviárias

realizadas em 2013 - todas com diversos investidores interessados - foi de 7,2%.

Um exemplo concreto bem ilustra o ponto. Em junho de 2015, com a celebração

de novo contrato de concessão, o pedágio da Ponte Rio-Niterói passou de R$ 5,20

para R$ 3,70 - uma redução de cerca de 30%. Tal diferença pode ser atribuída,

dentre outros fatores, à equivocada petrificação da TIR então vigente (16,62%),

instituída em 1995, quando da última licitação, e até então jamais alterada.

Por outro lado, uma TIR estática pode também, a depender da dinâmica

econômica, gerar graves prejuízos aos investidores privados. Por exemplo, as

concessões licitadas até 2013, que adotaram taxas de retorno de cerca de 7%, se

não corrigidas em breve, mostrar-se-ão igualmente descompassadas com a cena

econômica hoje delineada, desta vez, em prejuízo dos concessionários.

Prova disto é que, devido as consideráveis oscilações econômicas em curso, o

Ministério da Fazenda elevou, no mês passado, para 8,5% e 9,2% as Taxas Internas

de Retorno referente às novas concessões de aeroportos e rodovias federais,

respectivamente.

A distorção, portanto, em todos os casos, não está na TIR estabelecida no

momento da licitação, mas na sua incólume manutenção durante todo o período

de execução do contrato de concessão.

O atual modelo tem feições lotéricas, trata-se de um jogo de azar que ora pode

conduzir o concessionário a lucros excessivos e desarrazoados, ora pode implicar

prejuízos incalculáveis e injustos. Na perspectiva do usuário, igualmente, o

modelo atual tanto pode, como ocorreu nos últimos anos, acarretar superlativos

ônus indevidos, como pode levar a tarifas que, de tão baixas, inviabilizem a boa

prestação de serviços.

Uma engenharia tarifária livre de distorções, calcada numa Taxa Interna de

Retorno flutuante - atualizada periodicamente em consonância com as variações

macroeconômicas experimentadas pelo país - certamente é um aperfeiçoamento

urgente a esse modelo, que tantos benefícios já gerou aos usuários e ao Brasil. Só

assim será possível conciliar as necessidades de (i) atrair investimentos privados,

(ii) promover amplo acesso aos serviços públicos concedidos e (iii) avançar em

termos infraestruturais, sem se dilatar, ainda mais neste cenário de grave crise

econômica e arrecadatória, os já astronômicos gastos públicos.

João Paulo da Silveira Ribeiro é advogado e membro da Comissão de Direito

Administrativo da OAB/RJ.

João Pedro Accioly Teixeira é acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade

do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 23

31.08.2015

DNIT inicia regularização das “faixas de domínio” das

rodovias federais

Um dos principais passivos das estradas brasileiras acaba de entrar para a agenda

de resolução de conflitos do Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes (DNIT). A regularização das faixas de domínio das rodovias e

ferrovias do país começa a ser executada ainda este mês, e terá como piloto a BR-

070 (DF/GO/MT).

Com o lançamento do Programa Federal de Faixas de Domínio, o ProFaixa, o DNIT

formaliza o início da titulação das faixas de domínio – que são as áreas dos

perímetros urbano e rural que compreendem a pista das estradas até 40m de cada

lado, incluindo os canteiros, pontes, viadutos, túneis e acostamentos.

O ProFaixa vai formalizar a propriedade da rodovia e respectivas margens,

identificando os terrenos e seus antigos donos, delimitando seus contornos e

transferindo-os em definitivo para a União. Em outras palavras, as rodovias que já

existem de fato agora também vão passar a ter dono de direito, com papel

passado no cartório.

“Precisamos padronizar um modelo de regularização que sirva para todas as

unidades federadas. Temos que incluir neste processo as rodovias rurais e os

trechos urbanos e ferroviários”, alertou o diretor de Planejamento e Pesquisa do

DNIT, Adailton Cardoso Dias.

As etapas de regularização patrimonial consistem no levantamento documental

de matrículas e registros dos imóveis lindeiros; na definição de limites físicos das

áreas; e na criação de uma metodologia de monitoramento posterior à titulação.

O lançamento do ProFaixa acontece na Superintendência do DNIT em Goiânia, dia

31 de agosto, às 14h30. O DNIT tem prazo de 20 anos para executar o programa.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 23

01.09.2015

Mailson: 'Sinto que o pessimismo ficou excessivo em

relação à crise econômica'

Para o ex-ministro, o governo já adotou algumas medidas em direção à

retomada da confiança.

O ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega afirmou nesta terça-feira, 1, que

tem percebido um pessimismo excessivo em relação à crise econômica do Brasil.

"Eu ando por aí e vejo as pessoas achando que a economia vai afundar, e isso não

é verdade. A economia vai piorar antes de melhorar, mas não vai entrar em

colapso. Não vamos virar a Argentina nem a Venezuela", disse.

Para o ex-ministro, o governo já adotou algumas medidas em direção à retomada

da confiança, como interromper as intervenções

nos preços da Petrobras. "O setor privado reage a

incentivos, e já começou a reagir. Hoje

osjornais deram que já há uma intensificação do

processo de substituição de importações, como

consequência da depreciação do câmbio",

afirmou.

Além disso, aponta Mailson, as previsões indicam

que a inflação vai "despencar" no próximo ano, movimento que, segundo ele,

"seria a maior queda da inflação desde o Plano Real". "Isso interrompe o processo

de corrosão inflacionária dos salários", explicou. Na avaliação do ex-ministro,

também há uma acumulação dos estoques que, com o tempo, será alinhada com a

demanda dos consumidores.

Apesar da crítica ao excesso de pessimismo, Mailson considera que a perda do

grau de investimento das agências de classificação de risco "é praticamente

certa". "Há um mês eu não achava isso, mas hoje eu acho", disse.

Em relação à presidente Dilma Rousseff, Mailson insistiu que o impeachment não

é a solução e que ele não trabalha com essa possibilidade em seu cenário. Para

ele, Dilma tem 80% de chance de continuar no cargo até o fim do mandato. Ainda

assim, não poupou críticas à gestão da presidente. "Ela será uma presidente com

terceiro pior desempenho econômico e a segunda gestão a ter dois anos seguidos

de recessão (considerando 2015 e 2016)", afirmou.

Sobre o orçamento enviado pelo governo ao Congresso, Mailson disse que a

presidente peca em esperar dos parlamentares uma solução para os problemas

fiscais do País. "O Congresso sempre foi irresponsável com o orçamento. A

solução depende de iniciativa do Poder Executivo, a partir da sua articulação com

lideranças do Congresso", disse.

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 23

31.08.2015

Ministro dos Transportes manda ANTT informar aumento

de pedágio com antecedência

Saiu publicado no Diário Oficial de hoje Portaria do Ministério dos Transportes

que na prática determina que a ANTT informe com 10 dias de antecedência

qualquer aumento de pedágio que será praticado. A medida visa evitar situações

constrangedoras como ocorreu na sexta-feira dia 21, quando a ANTT publicou o

aumento de pedágio no trecho Rio-Juiz de Fora, com quase 25% de majoração,

aproximadamente 6 horas depois de já estar em vigor como determinava

Resolução da própria Agência. Periodicamente o Estradas.com.br tem reclamado

desta política da ANTT de autorizar aumentos as vésperas da entrada em vigor,

prejudicando os usuários. Alguns usuários interpretam como tentativa da ANTT

de evitar discussões, apresentando o fato consumado. A prática se revela ainda

mais duvidosa na medida em que os aumentos estão muito acima do previsto em

contrato. A justificativa tem sido que estão compensando os prejuízos causados

pela isenção de cobrança de pedágio de eixo suspenso de caminhão vazio. A

ANTT não apresenta nenhum cálculo ou estudo que justifique a diferença, parece

apenas aceitar como bons os dados informados pelas concessionárias de

rodovias. Como são cálculos complexos, não há justificava alguma para publicar o

aumento no dia que entrou em vigor. Veja a Portaria publicada hoje.

GABINETE DO MINISTRO DOS TRANSPORTES

PORTARIA Nº 228, DE 28 DE AGOSTO DE 2015

O MINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, no uso das atribuições que lhe

confere o art. 87, inciso II, da Constituição Federal

Considerando o disposto no item c do parágrafo único do artigo 26, do Decreto-

Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, que define medidas para o exercício da

supervisão ministerial; e considerando a necessidade de conhecimento prévio dos

reajustes e revisões tarifárias realizadas pela Agência Nacional de

Transportes Terrestres – ANTT, que influem diretamente nas políticas públicas

conduzidas por este Ministério, com vistas a harmonizar as políticas e

programações do Governo com o setor de atuação da entidade; resolve:

Art. 1º A Secretaria de Fomento para Ações de Transportes deste Ministério,

deverá comunicar ao Ministro de Estado dos Transportes os reajustes e revisões

tarifárias dos serviços públicos previstos no inciso VII do art. 24, da Lei nº

10.233, de 05 de junho de 2001, aprovados pela Agência Nacional de Transportes

Terrestres – ANTT, com 10 (dez) dias de antecedência às publicações no Diário

Oficial da União.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 23

31.08.2015

Testes de uso de drogas nas fiscalizações de trânsito

poderão entrar em vigor em menos de um ano

Testes que ainda estão sendo estudados detectam dezenas de drogas

pela saliva, como cocaína, maconha e opiáceos

Como já ocorre com o bafômetro para o consumo de álcool, o Brasil

deve passar a fazer testes de uso de drogas durante as fiscalizações

de trânsito em menos de um ano.

Quem afirma é o assessor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),

Daniel Cândido, em audiência pública realizada na Comissão de Viação e

Transportes da Câmara dos Deputados, no dia 25/8. Cândido também disse na

ocasião que a análise de produtos com essa finalidade começou há poucas

semanas.

Por meio dos testes que estão prestes a serem implementados, são capazes de

detectar dezenas de drogas pela saliva, como cocaína, maconha e opiáceos.

Estima-se que em aproximadamente seis meses a avaliação do equipamento será

concluída nas câmaras temáticas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), do

Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e da Anvisa

(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Pode, então, surgir uma minuta de resolução do Contran para regularizar o uso,

como ocorreu com o bafômetro”, afirmou.

De acordo com o presidente da ABC (Associação Brasileira de Criminalística),

Bruno Telles, em 2013, a incidência de drogas ilícitas em acidentes aumentou um

ponto percentual e chegou a 13%. Cada morte em rodovia, segundo o dirigente,

pode chegar a custar R$ 200 mil somente em atendimento médico e hospitalar, o

que onera muito os cofres públicos.

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

Secretaria cria departamento exclusivo para transporte de

cargas

Divisão ficará responsável por planejamentos pertinentes ao setor, tais como a

definição vias adequadas e de horários para a circulação de veículos de

abastecimento na cidade

O transporte de cargas ganhou na manhã desta segunda-feira (31) um

departamento exclusivo dentro da Secretaria Municipal de Transportes (SMT). O

prefeito Fernando Haddad e o secretário responsável pela pasta, Jilmar Tatto,

assinaram o decreto que cria a Divisão de Transportes de Cargas do

Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV).

“Sei da importância do setor para

a riqueza da cidade de São Paulo.

Nós temos que considerar a carga

como um subtipo de transporte

coletivo porque estamos tratando

da coletividade, estamos cuidando

do abastecimento de 12 milhões

de pessoas. Se esse abastecimento

não ocorrer da melhor maneira

possível, toda a cidade é

impactada”, afirmou Haddad.

A medida atende a uma antiga reivindicação do setor, que antes deveria se

reportar ao Departamento de Transportes Públicos (DTP). A nova divisão tratará

das demandas específicas do segmento, tais como cargas especiais, produtos

perigosos e autorizações.

“Uma das funções desse departamento é estudar uma melhor circulação desses

veículos na cidade, o que passa pela discussão dos horários de circulação e pela

ampliação ou não dos VUCs (veículos urbanos de carga) – veículos de

abastecimento muito presentes, principalmente no centro expandido”, disse

Jilmar Tatto.

O secretário também acrescentou que caberá à divisão uma otimização da

fiscalização de tais veículos. “Vamos aprimorar do ponto de vista da fiscalização

para evitarmos, por exemplo, cargas perigosas trafegando pelas vias da cidade

sem aviso e monitoramento adequado”, afirmou.

Na prática, a Divisão de Transportes de Cargas terá como atribuições o

planejamento e a proposição de ações para a melhoria do tráfego de caminhões e

da logística de abastecimento em parceria com a Companhia de Engenharia de

Trânsito (CET). Caberá a ela mapear, regulamentar e adequar todas as atividades

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 23

de trânsito e transporte de carga, estipulando não somente os melhores horários,

mas também as vias mais apropriadas.

Entrega noturna

Também estará sob responsabilidade do departamento recém-criado a entrega

noturna de cargas, cujo projeto-piloto aconteceu entre outubro de 2014 e março

de 2015, em um perímetro da região oeste formado pelas marginais Tietê e

Pinheiros, as pontes da Freguesia do Ó e da Casa Verde e as vias Marquês de São

Vicente, Pompéia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo e Pacaembu.

O sistema de entregas aplicado nessa região foi desenvolvido por um grupo

técnico criado em 2013, em diálogo com todos os atores do segmento, em

especial os transportadores e grandes redes de comércio. A implantação foi

realizada em parceria com 15 empresas, entre lojas de rua, shopping centers e

home centers. As entregas eram realizadas das 21h às 5h.

“Essa administração está vendo a carga da maneira como ela deve ser vista. Não

dá para conviver em uma cidade como São Paulo sem o abastecimento. Nós vamos

deixar de concorrer com os demais veículos e com os coletivos durante o dia na

cidade de São Paulo. Vamos utilizar o sistema viário no momento em que ele está

subutilizado”, afirmou Manoel Sousa Lima Júnior, presidente do Sindicato das

Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp). O projeto-piloto deverá ser

ampliado nos próximos meses.

Durante a cerimônia de assinatura do decreto, o secretário Jilmar Tatto lembrou

ainda que a Prefeitura realiza uma pesquisa inédita sobre circulação de cargas na

cidade. O estudo Origem e Destino de Cargas está levantando dados junto a

empresas de serviços, indústria, comércio, construção e coleta de resíduos.

Segundo Tatto, mais de mil questionários foram distribuídos e cerca de 400 deles

já foram respondidos. O projeto está vinculado à política pública de

reorganização do espaço viário e de melhoria da mobilidade urbana.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

Governo retira exigência em leilões de rodovias

Para atrair mais empreiteiras

pequenas e médias, o governo

resolveu fazer novas

mudanças nos próximos

leilões de rodovias federais. A

partir de agora, não haverá

mais nenhuma exigência de

patrimônio líquido mínimo

para quem quiser entrar nas

disputas. O objetivo é remover

entraves para a participação

de grupos menores nos

leilões, bem como de

empresas estrangeiras, conforme explicou ao Valor a secretária-executiva do

Ministério dos Transportes, Natália Marcassa.

Na última rodada de concessões de estradas, a Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT) definiu um valor mínimo de patrimônio líquido para habilitar

empresas interessadas nos leilões. Esse montante ficava entre R$ 400 milhões e

R$ 870 milhões, dependendo dos investimentos no trecho oferecido à iniciativa

privada. A mesma exigência estava na minuta de edital da Rodovia do Frango, um

corredor logístico de 460 quilômetros no Paraná e em Santa Catarina, que foi

discutida com investidores em audiência pública e estabelecia um valor de R$ 430

milhões.

Na nova versão do edital, que foi enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU)

na segunda-feira, o governo abriu mão da cláusula de patrimônio líquido. A

decisão valerá para os 14 outros lotes de rodovias que o governo quer leiloar até

o fim de 2016. De acordo com Natália, essa mudança não foi motivada pela

Operação Lava-Jato, mas reflete um estímulo à maior concorrência nos leilões.

À exceção da BR-050, assumida por um "pool" de dez construtoras de pequeno ou

médio porte, todas as concessões de rodovias feitas entre 2013 e 2014 foram

arrematadas pelos grandes grupos nacionais - boa parte controlados por

empresas envolvidas na Lava-Jato. O patrimônio líquido era visto como uma

barreira à diversificação dos concorrentes. Empreiteiras menores teriam

dificuldades em atingir os valores mínimos exigidos pelo governo. Enquanto isso,

Natália Marcassa: objetivo é remover entraves para estimular concorrência

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 23

as estrangeiras costumam ter um nível de endividamento mais alto e patrimônio

menor nos balanços.

"Com essa tacada, o governo toma uma boa iniciativa", diz o presidente da

comissão de obras públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção

(CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge. Ele considera que, para o sucesso da segunda

etapa do programa de concessões, não se pode manter a dependência das

gigantes do setor. "Há claramente uma necessidade de abrir espaço para os

grupos médios", enfatiza Lima Jorge.

O executivo afirma que já esperava uma redução da exigência de patrimônio

líquido, mas não o fim da cláusula. "Isso ajuda as empresas menores daqui e

facilita a entrada de companhias de fora", acrescenta. Segundo ele, é nítido o

interesse das construtoras pequenas e médias nos leilões de rodovias, inclusive

como forma de gerar novas fontes de receitas. "Quem depende de recursos do

OGU [Orçamento Geral da União] ficou a ver navios."

Lima Jorge expõe, no entanto, uma preocupação: não escancarar as portas para

construtoras estrangeiras e prescindir das empresas nacionais. "O ideal seria

fomentar condições para trabalhemos em parceria", pondera.

Para o especialista em infraestrutura Luís Felipe Valerim Pinheiro, sócio do VPBG

Advogados, a retirada da exigência de patrimônio líquido deve mesmo aumentar a

concorrência e diminuir a barreira de entrada para estrangeiros nos leilões. Sem

outros mecanismos que garantam a presença de empresas saudáveis nos

certames, porém, corre-se o risco de deixar as futuras concessões nas mãos de

"aventureiros".

"O importante é não fragilizar a execução do contrato. É preciso tomar outras

precauções", diz Valerim, que era coordenador da área de infraestrutura e energia

na Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Ele integrava a

equipe que discutia a elaboração de boa parte dos editais dos leilões de 2013 e

2014.

A secretária-executiva afirma que o governo está tomando uma série de cuidados

para evitar riscos de não execução contratual. Segue válida, por exemplo, a

obrigatoriedade de apresentação de garantias financeiras que endossem as

propostas feitas nos leilões. Isso pode ser feito por meio de seguro ou de fiança

bancária.

Também continua intocada a necessidade de aporte significativo para capitalizar

as sociedades de propósito específico (SPEs) que assumem as concessões. No caso

da Rodovia do Frango, a integralização de capital exigida é de R$ 200 milhões - R$

138 milhões na assinatura do contrato e o restante até um ano após a concessão.

Para leiloar esse lote, o governo ainda depende de aval do TCU. A tarifa máxima

de pedágio foi fixada em R$ 14,62 por cada 100 quilômetros e aposta-se na

concorrência para diminuí-la.

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 23

01.09.2015

Demanda por transporte internacional subiu 21,9% em

julho

Brasília, setembro de 2015 – A demanda (em passageiros-quilômetros pagos

transportados – RPK) do transporte aéreo internacional de passageiros das

empresas aéreas brasileiras apresentou crescimento pelo 17º mês consecutivo,

com aumento de 21,9% em julho de 2015, quando comparada com o mesmo mês

de 2014. A oferta internacional (em assentos-quilômetros oferecidos – ASK)

registrou o 12º mês consecutivo de crescimento, com alta de 25,2% em

comparação ao mês de julho de 2014. Ambas foram recordes para um mês nos

últimos dez anos. No acumulado de janeiro a julho de 2015, a demanda

internacional aumentou 14,7% em relação ao mesmo período de 2014. A oferta

internacional cresceu de 15,5% no período

A Gol foi a aérea brasileira que registrou maior alta na demanda por transporte

aéreo internacional de passageiros em julho de 2015, na ordem de 11,9% quando

comparada a julho de 2014. O indicador da TAM registrou alta de 11,7%.

O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no

mercado internacional em julho de 2015 atingiu 697,1 mil, aumento de 21,7% em

relação a julho de 2014. Trata-se da maior quantidade de passageiros

transportados em voos internacionais por empresas brasileiras registrada para

um mês nos últimos dez anos. No período de janeiro a julho de 2015 a

quantidade de passageiros transportados acumulou aumento de 15,9% em relação

ao mesmo período do ano anterior, foram 4,2 milhões em 2015 contra 3,6

milhões em 2014

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais (RPK/ASK) foi de

82,9% em julho de 2015, contra 85,2% no mesmo mês de 2014, representando

uma variação negativa de 2,6%.

Transporte Doméstico

A demanda (RPK) por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou

crescimento de 8,6% em julho de 2015, comparada com o mesmo mês de 2014,

enquanto a oferta (ASK) registrou aumento de 6,2% no mesmo período. Com o

resultado de julho de 2015, a demanda doméstica completou 22 meses

consecutivos de crescimento e alcançou o seu maior nível para o mês desde o

início da série. Já a oferta doméstica apresentou o décimo primeiro mês

consecutivo de crescimento, tendo sido recorde para o mês nos últimos dez anos.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 23

Com o resultado de julho, a demanda doméstica acumulou alta de 4,7% no ano e a

oferta acumulou aumento de 3,5% no mesmo período

Entre as principais empresas aéreas brasileiras*, Gol e Azul destacaram-se com as

maiores taxas de crescimento da demanda doméstica em julho de 2015, quando

comparadas com o mesmo mês de 2014, da ordem de 10,7% e 10,0%,

respectivamente. A Avianca apresentou crescimento de 6,9% e a TAM de 5,7%.

Avianca, TAM, Gol e Azul aumentaram a oferta, em termos de ASK, em 10,6%,

7,2%, 4,8% e 3,7% respectivamente

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por

empresas brasileiras (RPK/ASK) em julho de 2015 foi da ordem de 83,4%, aumento

de 2,3% em relação ao mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, o

aproveitamento doméstico foi de 80,4%, frente a 79,5% do mesmo período de

2014, o que representou melhora de 1,2%

O número de passageiros pagos transportados no mercado doméstico em julho de

2015 atingiu 9,0 milhões, aumentando 7,9% em relação a julho de 2014, e

alcançou a maior quantidade para o mês nos últimos dez anos. No acumulado de

janeiro a julho de 2015, as empresas aéreas brasileiras transportaram 56,5

milhões de passageiros, cerca de 2 milhões a mais em comparação ao mesmo

período de 2014

Considerando dados recentemente apurados junto à Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT), verificou-se que o modal aéreo continua

ampliando a sua participação no transporte interestadual de passageiros de longa

distância (acima de 75 km) em comparativo com o modal rodoviário. O avião foi o

meio de transporte utilizado por 63,5% dos passageiros deste mercado no

primeiro trimestre de 2015, frente a 62% em igual período do ano passado, o que

representou uma variação positiva de 2,5%

Os dados mencionados acima estão disponíveis no Relatório de Demanda e Oferta

do Transporte Aéreo, divulgado hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil

(ANAC), que também contempla informações sobre carga transportada, todas

ilustradas por meio de gráficos e considerações. O relatório pode ser acessado

por meio do link a seguir:http://www2.anac.gov.br/estatistica/demandaeoferta/

O relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo é elaborado com base nas

operações regulares e não regulares das empresas brasileiras de serviços de

transporte aéreo público de passageiros

*Principais empresas aéreas brasileiras: foram consideradas aquelas que

registraram participação de mercado superior a 1%, em termos de RPK.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

O que deve vir primeiro: infraestrutura ou crescimento?

A carência de infraestrutura em nosso país é muito grande. Quando saímos da

região sudeste e conhecemos as periferias das cidades do norte e do nordeste,

nos chama a atenção o descaso do poder público com infraestrutura básica como

saneamento, falta de água, e esgoto lançado nas ruas e nos riachos, o que é muito

comum e forte proliferador de doenças. Com o crescimento econômico e o

aumento da frota de automóveis e motocicletas, as dificuldades de mobilidade

também deixaram de ser um problema somente das capitais do sul e do sudeste.

Consequência da falta de planejamento e, portanto, da demora em executar obras

de infraestrutura no tempo certo, temos a impressão de sempre estarmos

correndo atrás do prejuízo e nunca conseguirmos atender a demanda em todos os

setores que a sociedade necessita

Talvez seja um problema cultural, mas não podemos de forma passiva justificar

para sempre a falta de planejamento em todas as deficiências urbanas que temos.

É preciso colaborar e cobrar do poder público as ações no tempo certo e com a

velocidade necessária

A China tem urbanizado sua população em um ritmo nunca visto no globo. Nos

últimos anos foram 500 mil pessoas, todos os meses, mudando para as cidades,

aproximadamente uma cidade nova de Sorocaba a cada mês, e em apenas um ano

foram construídas 10 milhões de novas moradias sociais para atender essa

demanda crescente

O município de Songdo, na Coreia do Sul, é o melhor exemplo de como deveria

acontecer o nascimento de uma nova cidade. Com transporte coletivo, escolas,

universidades, museus e parques; além, é claro, de toda a infraestrutura básica e

de um grande aeroporto. Todos os investimentos foram feitos antes da chegada

das residências. Quando as pessoas chegaram já contavam com absolutamente

tudo o que é necessário para viver com qualidade de vida

Uma ferramenta bastante utilizada para financiar essas obras pelo poder público

é a "tax increment financing" (TIF) que permite a antecipação de recursos

destinados à infraestrutura urbana dando como garantia o aumento da

arrecadação gerada pelos investimentos. Um círculo virtuoso de crescimento

onde todos têm benefícios

Ao contrário de muitas cidades do mundo, que conseguem atender as demandas

de forma antecipada e preparar as cidades de forma ordenada, perdemos muito

tempo com nossa burocracia burra e ineficiente

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 23

O tempo que levamos para licenciar empreendimentos, tanto públicos quanto

privados, levam a desdobramentos com enormes prejuízos sociais e ambientais.

Ao agirmos de forma passiva e não indutora incentivamos ocupações ilegais,

aumento da favelização e crescimento desordenado de nossas cidades.

Enquanto demorarmos 20 anos para licenciar, licitar e construir um rodoanel da

nossa maior cidade, parece ser muito difícil acreditar que conseguiremos atingir o

status e competir com igualdade de condições com as grandes economias do

mundo.

Quantos anos ainda precisaremos esperar para podermos mudar o transporte

rodoviário com todos os ônus de poluição, acidentes e tempo perdido por uma

opção ferroviária, ao menos entre a capital e as principais cidades do entorno.

Obras e ações em nosso país costumam demorar décadas, e o pior, na minha

opinião, é que nos habituamos a isso e aceitamos o processo como usual.

Temos a opção de fazer um novo futuro, participando de forma efetiva das

decisões através de entidades representativas da sociedade civil organizada, além

de aprendermos a cobrar e escolher melhor nossos representantes em todas as

esferas e níveis de poder

Flavio Amary é vice-presidente do Interior do Sindicato da Habitação no

Estado de São Paulo (Secovi-SP) e escreve às quartas-feiras neste espaço -

[email protected]

02.09.2015

Aplicativo permite compra de créditos do cartão de transporte

BOM, em SP

Os usuários do transporte público na Grande São Paulo contam a partir desta quarta-

feira (2) com um aplicativo para compra de créditos do cartão BOM, aceito em ônibus

da EMTU, metrô, trens da CPTM e linhas municipais de algumas cidades.

O aplicativo BOM MOB foi disponibilizado gratuitamente para smartphones (android

e IOS) e possibilita a consulta de créditos para os cartões BOM e BOM+ (vale-

transporte comum) na função transporte. Ele também permite a consulta de saldo.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, participou do

lançamento durante o seminário da Associação Nacional das Empresas de

Transportes Urbanos. “É mais uma tecnologia à disposição do usuário", disse.

Após fazer o download, o usuário faz um cadastro com e-mail e digita o número do

cartão de transporte. O cliente tem opções de pagamento com cartões de crédito. O

valor mínimo é de R$ 5 e o máximo de R$ 100.

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 23

01.09.2015

No vermelho, Infraero avalia concessão de área comercial

de Congonhas

Solução em estudo prevê manutenção da gestão do aeroporto com a

estatal, mas administração das lojas seria terceirizada

A Infraero está estudando fazer uma concessão da área comercial do aeroporto de

Congonhas. A mudança está em avaliação no governo e a decisão deve ser tomada

no início do ano que vem, de acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do

Vale. A concessão da área de lojas de Congonhas é uma das alternativas em

análise para reequilibrar as contas da Infraero, que vem registrando déficit após a

privatização de cinco de seus principais aeroportos em 2012 e 2013.

O ministro da aviação Civil, Eliseu Padilha, ressaltou que o governo não pretende

fazer a concessão da parte operacional de Congonhas "sob qualquer hipótese".

"Mas isso não quer dizer que não poderemos fazer uma concessão da área

comercial para uma empresa de shopping", afirmou. Vale e Padilha conversaram

com o Estado nesta segunda-feira, 1, antes de participar de um evento do Grupo

de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.

Hoje, a Infraero precisa fazer uma licitação para alugar cada loja nos aeroportos

administrados por ela. Com a mudança, a empresa contrataria uma companhia

imobiliária para administrar as lojas e essa empresa teria autonomia para alugar

os espaços sem licitação. A operação ligada à atividade aeroportuária, como a

negociação com companhias aéreas, ainda ficaria a cargo da Infraero.

Além de Congonhas, o governo também classificou os aeroportos de Santos

Dumont, no Rio, e de Manaus como espaços prioritários e que não devem ser

concedidos completamente, disse Padilha. Uma possibilidade em avaliação é

agrupar aeroportos em Sociedades de Projetos Específicos (SPEs), que poderiam

ter sua área comercial concedida em conjunto.

O governo já procurou o setor privado para discutir a possibilidade de fazer um

projeto piloto de concessão da área comercial no aeroporto de Goiânia. A

Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), que

reúne lojistas como Dufry, H.Stern e Grupo RA (líder na área de alimentação em

aeroportos), se manifestou contra o projeto. "Acho que existe um potencial

conflito de interesse entre o operador do aeroporto e o gestor comercial", disse o

presidente da Ancab, Miguel Costa.

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 23

Segundo ele, os lojistas ainda preferem o modelo de licitação da Infraero à

política comercial das concessionárias privadas. "Existe um lance mínimo que é

público e uma competição entre as empresas pelos espaços. Nos aeroportos

privados, há uma negociação fechada com poucos lojistas e isso na prática tornou

o aluguel muito mais caro", afirmou.

Reestruturação

De acordo com Padilha, a Infraero deve ser dividida em duas empresas - a

Infraero Serviços e a Infraero Participações. A Infraero Serviços terá como sócia a

empresa alemã Fraport, administradora do aeroporto de Frankfurt, que terá

participação de 49% na companhia. Por meio dessa divisão, a Infraero poderá

disputar contratos para administrar aeroportos internacionais e até alguns dos

270 aeroportos regionais que o governo pretende reformar. "Mas ela não teria a

outorga e, por isso, não teria de arcar com os investimentos", explicou Vale.

A divisão de Participações vai reunir as fatias da Infraero em aeroportos, como os

49% que detém em Guarulhos, Viracopos e Brasília, privatizados em 2012, e de

Galeão e Confins, em 2013, e cerca de outros 60 aeroportos brasileiros. As SPEs

formadas por grupos de aeroportos ficariam abaixo da Infraero Participações.

Vale confirma que a Infraero poderá reduzir sua participação nos cinco

aeroportos já privatizados, mas diz que o porcentual ainda não foi definido.

Fontes do setor aéreo afirmam que a empresa negocia fatia de 10% nesses

aeroportos.

01.09.2015

Aplicativo ajuda deficientes visuais a usarem o transporte

público em SP

Um aplicativo lançado nesta terça-feira (1º) irá ajudar os deficientes visuais e

utilizarem o transporte público em São Paulo. O “CittaMobi Acessibilidade” é grátis

e ajuda na autonomia dos usuários. A novidade foi lançada na feira da Associação

Nacional de Empresas de Transporte Urbano, o Transpúblico, mostrou o SPTV.

O aplicativo indica, por sistema de voz e vibração, quanto tempo até a chegada ao

ônibus na parada, além de todas as informações necessárias para embarque e

desembarque. O aplicativo pode ser baixado aqui:

www.cittamobi.com.br/acessibilidade

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 23

04.09.2015

Transporte inadequado de crianças é a 3ª infração mais

registrada em GO

Em apenas uma hora de fiscalização, PRF multou quase 30 motoristas.

Infração é considerada gravíssima, com multa de R$ 191 e 7 pontos na

CNH.

A falta de cadeirinhas e assentos elevatórios nos

carros é a terceira infração mais registrada nas

rodovias federais que cortam Goiás, segundo a

Polícia Rodoviária Federal. A lei que obriga

condutores a transportar crianças em bancos

especiais completou 5 anos, mas muitos pais

ainda desrespeitam a norma. Desde então, quase

60 mil motoristas foram flagrados cometendo a

infração nas BRs de todo o país.

Segundo o assessor de imprensa da PRF, inspetor Newton Moraes, o número de

multas por falta de assentos apropriados perde apenas para o excesso de velocidade

e para as ultrapassagens irregulares. “Durante uma fiscalização, em apenas uma

hora, em um único ponto, registramos 27 infrações desse tipo”, disse.

Em um dos flagrantes feitos pela PRF, um bebê estava no banco de trás, sem

proteção. “Ele estava totalmente solto sem proteção nenhuma. Em um caso de

acidente, poderia ser uma vítima muito grave ou até mesmo fatal”, disse o policial

rodoviário federal Marcelo Azevedo. Segundo os policiais, o menor deveria estar em

um bebê conforto instalado de costas para o banco do motorista e preso pelo cinto

de segurança.

Em outro carro fiscalizado, uma mãe levava o filho com menos de dez anos no banco

da frente. Quando foi abordada pelos policiais, ela tentou justificar a infração falando

que ele já era grande e que o cinto o protegia por inteiro.

A fiscalização também encontrou pais que respeitam a norma de trânsito e

conscientizam seus filhos sobre a necessidade de usar a cadeirinha. “Para ele é mais

seguro porque criança ainda não tem muita noção. Se ele ficar solto aqui, com uma

freada brusca, pode acontecer um acidente grave”, disse o motorista Gislê Rodrigues.

De acordo com a lei, crianças de até 1 ano devem ser transportadas no chamado bebê

conforto. De 1 a 4 anos, em cadeirinhas com encosto e cinto próprio. Aqueles que

completaram 4 anos, devem ser levados em assentos com elevação para evitar que o

cinto aperte o pescoço. A partir dos 7 anos e 6 meses, não é preciso mais um banco

apropriado, mas continua sendo obrigatória a utilização do cinto de segurança do

carro.

A multa para esse tipo de infração, considerada gravíssima, é de R$ 191 e ainda

recebe sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 23

03.09.2015

Paris terá um dia sem carros para incentivar o transporte

sustentável

Ação de mobilidade sustentável acontece 27 de setembro em vias

importantes da cidade. Ao invés de carros, as ruas darão lugar a shows

e exposições

O tráfego de automóveis será

proibido em Paris, na França, no

dia 27 de Setembro das 11h às

18h em vias importantes de

doze regiões da Cidade Luz, com

exceção de ambulâncias e

viaturas policiais. A ideia é

realizar uma ação pela

mobilidade sustentável para

servir de exemplo na luta contra

a poluição, problema que já é

encarado como central por lá

Em Março, a prefeitura implantou vários rodízios para tentar melhorar os níveis

de poluição do ar, que são críticos. Nessa data, as principais avenidas e regiões

turísticas da cidade só poderão ser percorridas a pé e de bicicleta. Transportes

sobre trilhos funcionarão normalmente. Ao invés de carros, as ruas darão lugar a

shows, exposições e outras atividades para estimular a convivência no espaço

público.

Iniciativa semelhante ocorrerá em Bruxelas, na Bélgica, no dia 20 de Setembro.

Nessa data, o transporte público será gratuito. Os veículos autorizados a circular

pelas ruas da cidade não poderão ultrapassar 30 km/h de velocidade.

Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de

responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes

da publicação.

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

Publicado plano de concessão de rodovias entre PR, SC e

RS

Programa de Logística

Ação faz parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL), com

investimentos de R$ 4,5 bilhões, e melhorias para os trechos

por Portal Brasil publicado: 01/09/2015 18h20 última modificação: 01/09/2015

18h20

O Ministério dos Transportes publicou, nesta terça-feira (1º), no Diário Oficial da

União, a aprovação do Plano de Outorga para concessão de trechos das rodovias

BR-476, BR-153, BR-282 e BR-480, para a iniciativa privada. As estradas ligam

Paraná, Santa Catarina e alcançam a divisa com o Rio Grande do Sul. A ação faz

parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL) com investimentos

previstos de R$ 4,5 bilhões.

O trecho rodoviário a ser concedido para iniciativa privada, de 460 km, é

composto pelas rodovias BR-476/PR, no trecho entre Lapa e União da Vitória; BR-

153, entre União da Vitória e a divisa SC/RS; BR-282, no trecho entre o

entroncamento com a BR-153 e o entroncamento com a BR-480; e BR-480, entre o

entroncamento com a BR-282 e Chapecó.

Além do Plano de Outorga, na segunda-feira (31), a Agência Nacional dos

Transportes Terrestres (ANTT) encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU),

para análise e aprovação, estudos relacionados ao trecho, assim como as minutas

do edital e do contrato de concessão.

O Plano de Outorga reúne os detalhes do trecho concedido, abrangendo a situação

atual e as projeções de melhorias, e tem o objetivo de subsidiar a nova concessão.

O projeto recebeu contribuições durante o período de audiência pública, enviadas

por correio, meio eletrônico e em sessões presenciais, realizadas em Chapecó

(SC), Curitiba (PR) e Brasília (DF).

Para ampliar a atratividade da disputa, foram estabelecidas regras inovadoras em

relação aos leilões anteriores de rodovias. Uma delas é a exclusão da exigência de

patrimônio líquido mínimo, mantidos os demais requisitos de qualificação

econômico-financeira necessários, e o estabelecimento de regras e prazos para a

análise de pleitos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.

Page 24: Fim de Semana ARTESP - edição 23

02.09.2015

Concessão da BR-262 no ES e em MG é disputada por 26

empresas

Um dos principais objetivos é a duplicação da pista.

Publicação fixa prazo de seis meses para elaborar e apresentar

trabalhos.

Começou, nesta terça-feira (1), mais uma

fase do processo da concessão da BR-262,

que liga o Espírito Santo a Minas Gerais, à

iniciativa privada.

Concluindo uma primeira etapa de

manifestação de interesse do mercado, ao

todo, 26 empresas foram autorizadas pelo

Ministério dos Transportes para realizar

estudos técnicos para a ampliação e

duplicação do trecho.

A rodovia liga Belo Horizonte a Vitória por meio da região serrana, servindo como

corredor de exportação e importação e como rota turística. Após um leilão fracassado

em 2013, o governo Dilma Rousseff (PT) resolveu, este ano, colocar a estrada federal

dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL).

Com o novo segmento, a extensão total passa a ser de 485,9 km com estimativa de

investimentos de pelo menos R$ 2,5 bilhões. Um dos principais objetivos é a

duplicação da pista, assegurando mais segurança e redução de custos.

Uma portaria publicada no Diário Oficial desta terça-feira (1) detalha os

procedimentos e fixa em seis meses (189 dias) o prazo de elaboração e apresentação

dos trabalhos das empresas requerentes. Esses estudos de engenharia e demais

prospecções serão aproveitados, parcial ou integralmente, na licitação do trecho

rodoviário. “Vamos trabalhar para fazer todas as concessões durante este mandado”,

declarou Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Os aportes para tudo virão do

BNDES. “Não faltará dinheiro”, pregou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Começa nova fase de concessão da BR-262

Page 25: Fim de Semana ARTESP - edição 23

04.09.2015

Obras de Viracopos terão atraso maior

A entrega do novo terminal do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior

de São Paulo, prevista para este mês, foi adiada novamente pela concessionária

Aeroportos Brasil. Segundo as empresas gestoras, houve "redução no fluxo de

recursos" em 2015, o que não permitiu a conclusão da obra. O prazo contratual

para que ela estivesse pronta era 11 de maio de 2014, um mês antes da Copa do

Mundo - o atraso já chega a um ano e quatro meses.

Mesmo inacabado, o Píer A, exclusivamente internacional, chegou a ser

inaugurado antes do Mundial, para que o aeroporto pudesse receber jogadores de

sete seleções. Mas, depois, ele só voltou a receber voos internacionais no dia 14

de outubro. Hoje, esse píer recebe 38 voos por semana, e, de acordo com a

concessionária, faltam apenas "acabamentos", como instalações elétricas, ar-

condicionado e sistemas. As obras civis já foram finalizadas.

Os voos domésticos, no entanto, previstos para serem transferidos neste mês ao

local, continuam no terminal antigo. A transferência "deve ser iniciada até o fim

deste ano", diz agora a concessionária.

Quando o Estado esteve no aeroporto em maio, funcionários que trabalhavam na

construção disseram duvidar que o terminal fosse finalizado neste mês.

"Setembro? Deste ano? Muito difícil", comentou um. "Isso aí vai ficar pronto só em

2020", disse outro.

"A redução no fluxo de recursos ocorrida neste ano impossibilitou a conclusão da

obra e, consequentemente, alterou o cronograma da segunda fase da

transferência dos voos para o novo terminal", explicou a Aeroportos Brasil em

nota. "A expectativa é que parte dos recursos seja liberada neste mês de setembro

para que o ritmo da obra seja intensificado novamente."

A obra é executada pelas construtoras Constran, que pertence à UTC, e Triunfo.

No fim de abril, o aeroporto conseguiu a aprovação de R$ 633,7 milhões em

empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),

mas ainda faltam os trâmites burocráticos para a liberação de todo o dinheiro.

Por descumprir o contrato, a concessionária pode ser multada pela Agência

Nacional de Aviação Civil (Anac) em R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia

de atraso. A Anac informou que já notificou as construtoras e que "o auto de

infração encontra-se em fase final de análise na primeira instância de decisão na

agência" e que o valor da multa "será definido com a conclusão da análise."

Page 26: Fim de Semana ARTESP - edição 23

Imprevistos.

Inicialmente orçado em R$ 2 bilhões, o valor da construção passou para R$ 3

bilhões por causa dos atrasos. A concessionária, que começou as obras em agosto

de 2012, teve de lidar com acidentes de trabalho (com dois mortos), paralisações

de funcionários e autuações do Ministério Público do Trabalho.

Em novembro do ano passado, a Justiça do Trabalho condenou a Aeroportos

Brasil a pagar R$ 800 mil por danos morais coletivos pela contratação ilegal de

trabalhadores temporários.

As obras estavam 92% concluídas em maio do ano passado. Por falta de dinheiro,

o ritmo diminuiu vertiginosamente, avançando apenas quatro pontos porcentuais

em 16 meses. Hoje esse índice está em 96%. Um dos acionistas da concessionária

é a empreiteira UTC, cujo presidente, Ricardo Pessoa, está em prisão domiciliar

por seu envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava

Jato.

Page 27: Fim de Semana ARTESP - edição 23

AGENDA 2015

Setembro

5a edição do Salão de Inovação ABCR

14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília

XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes

e Medicina de Tráfego

10 a 13 de setembro em Gramado (RS)

Novembro

2ª Conferência Global De Alto Nível Sobre Segurança No Trânsito

(ONU)

18 e 19 de novembro em Brasília

2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP

17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo