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EDIÇÃO 42 – 29 DE JANEIRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 29 de janeiro de 2016.

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Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

EDIÇÃO 42 – 29 DE JANEIRO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

29.01.2016

Economia em Foco: verbas para investimentos em transporte devem

cair 11% em 2016

O informativo Economia em Foco,

divulgado pela CNT (Confederação

Nacional do Transporte) nesta sexta-

feira (28), aponta que o governo federal

reduziu em 11,8% os valores destinados

a investimentos para infraestrutura de

transporte neste ano, na comparação

com 2015. Por enquanto, foram

alocados no PLOA (Projeto de Lei

Orçamentária) de 2016 R$ 12,3 bilhões para o setor. A redução dos recursos

decorre dos cortes orçamentários definidos para promover o ajuste fiscal.

“A decisão do governo federal de reduzir o ritmo de investimento para

reequilibrar suas contas e, assim, promover o ajuste fiscal necessário é um

obstáculo à adequação e ao aumento da capacidade da infraestrutura de

transporte nacional, já considerada precária pelos transportadores”, destaca a

Confederação Nacional do Transporte.

No informativo, a CNT alerta, ainda, que “postergar os investimentos pode

prejudicar as obras já em andamento, assim como impossibilitar a realização

daquelas importantes para dinamizar a atividade de transporte no Brasil”.

Também chama a atenção para o risco de a redução das verbas contribuir para a

aceleração do desgaste da infraestrutura instalada, devido à falta de recursos para

promover sua manutenção.

A publicação, intitulada "Transportadores, o que esperar de 2016?", faz um

balanço dos principais desafios que serão enfrentados pelo setor em 2016 frente

à crise econômica por que passa o Brasil, com o aumento dos combustíveis, a

redução na demanda e a alta do dólar. “Tendo o transporte uma função meio na

viabilização das transações de qualquer natureza, resultados negativos na esfera

econômica impactam fortemente a demanda e, consequentemente, o desempenho

do setor”, diz o Economia em Foco.

Para a CNT, o governo e o setor transportador precisam adotar medidas para

minimizar os efeitos negativos dessa conjuntura. “Ações que promovam a

eficiência e a produtividade são fundamentais para que o setor atravesse esse

momento de crise econômica e, da mesma forma, ajudem a transformar e

dinamizar o setor de transporte e logística do país”, conclui o informativo.

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28.01.2016

Concessionária registra queda de 35% no índice de

acidentes em 2015

A Concessionária Bahia Norte registrou em

2015, uma queda de 35% no total de

acidentes nas rodovias que compõem o

Sistema BA-093. Também houve redução de

24% no índice de ocorrências com vítimas

fatais, comparado ao ano anterior. De acordo

com o gerente de operações da Bahia Norte,

Carlos Alejandro, a diminuição de acidentes

pode ser relacionado à nova configuração do

Sistema BA-093, cujas obras estão em fase

de conclusão. Os usuários contam com

pistas duplicadas, sinalizadas e atendimento 24 horas. “É possível notar um

processo de mudança positiva no comportamento dos nossos usuários. Aqueles

que, por exemplo, abusavam da velocidade ou utilizavam o acostamento para

chegar mais rápido percebem que isso não é necessário, pois a via comporta o

fluxo de veículos e o limite de velocidade estabelecido permite um deslocamento

com conforto e segurança,” ressalta.

As rodovias que compõem o Sistema BA-093 receberam as melhores avaliações do

estado da Bahia, dentro da Pesquisa CNT – Confederação Nacional de Transportes

– 2015. A Via Parafuso (BA-535) foi considerada ótima e a BA-093, BA-521 e BA-

512 foram consideradas boas. Entre os quesitos estudados estão pavimento,

sinalização e geometria da via. Vale ressaltar que a Confederação Nacional de

Transporte percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias

pavimentadas em todo o país.

Tráfego

Mais de 25 milhões de veículos trafegaram pelo Sistema de Rodovias BA-093, em

2015. Esse volume foi 3,18% inferior ao registrado em 2014. O decréscimo pode

ser atribuído à desaceleração da atividade econômica e industrial, segmentos

presentes nas rodovias administradas pela empresa. Já em relação à prestação de

serviço 24 horas aos usuários, as equipes operacionais da Bahia Norte realizaram

mais de 23.800 atendimentos, um crescimento de 5%, também, em relação ao ano

anterior. “A Concessionária tem reforçado a comunicação com os motoristas,

alertando-os sobre a importância de respeitarem a sinalização e os limites de

velocidade, manterem a documentação e a manutenção do automóvel em dia”,

afirma Alejandro.

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28.01.2016

Cerco à licitação de transporte

Dois dias após a Justiça anular parte da licitação que renovou a frota de ônibus na

capital, a Polícia Civil do DF (PCDF) cumpriu mandados de busca e apreensão em

três cidades, a fim de colher mais evidências sobre supostas irregularidades no

certame. Ontem, na primeira hora do dia, agentes estiveram na Câmara

Legislativa, onde recolheram materiais de trabalho da assessora parlamentar Mara

Viegas. Também em Brasília, a corporação esteve na casa do ex-secretário de

Transporte José Walter Vazquez. Em Curitiba, a PCDF vasculhou o escritório e a

casa do advogado e consultor da concorrência Sacha Reck, além da sede da

Marechal, companhia proprietária de coletivos que rodam no DF. Em Alexânia, a

100 km do DF, a casa do presidente da Comissão de Licitação, Galerno Furtado

Monte, foi revistada.

Na segunda-feira, a 1º Vara de Fazenda Pública do DF determinou o cancelamento

da concorrência das bacias 1 e 4, que tiveram como vencedoras as empresas

Piracicaba e Marechal, respectivamente. Outras três ganhadoras do certame, a

Expresso São José, a Urbi e a Pioneira, também fazem parte do processo que corre

há quase três anos na Justiça. O magistrado estabeleceu o prazo de 180 dias para

realização de uma nova licitação.

Segundo o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio

(Decap), Alexandre Linhares, "provas robustas” de irregularidades na licitação

justificaram a ação da polícia. Dois inquéritos sobre o caso estão em andamento:

"Temos indícios bastante consistentes, tanto que o Tribunal de Justiça

determinou esta semana a suspensão da licitação”, disse.

Linhares garantiu que Mara não é suspeita de desviar dinheiro do certame, mas

estão sendo apuradas denúncias de que ela teria passado informações

privilegiadas da CPI do Transporte a investigados. A assessora trabalha para um

integrante da comissão, o distrital Ricardo Vale.

As ações da Justiça e da polícia repercutiram na Câmara Legislativa, onde uma

Comissão Parlamentar de Inquérito investiga a mesma licitação. O presidente da

CPI, Bispo Renato Andrade (PR), marcou uma reunião extraordinária para terça e

afirmou que apenas aguarda o cruzamento dos dados dos sigilos fiscal, bancário

e telefônico para fechar o cerco aos acusados. "É bem provável que o Sacha Reck

venha depor de novo, afinal, ele disse não ter tido chance de se defender”, diz.

O Correio não localizou Vazquez, Furtado, Reck e Mara Viegas. O deputado

distrital Ricardo Vale afirmou que busca mais informações policiais para tomar

providências a respeito. As empresas atingidas pela determinação da Justiça

alegam que ainda não foram notificadas e por isso não comentaram o assunto. O

GDF afirmou que espera mais detalhes, mas antecipou que estuda a possibilidade

de recorrer da decisão.

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28..01.2016

CNT divulga pesquisa inédita Perfil dos Taxistas

A Confederação Nacional do

Transporte divulgou, nesta quinta-

feira (28), sua primeira Pesquisa CNT

Perfil dos Taxistas, com informações

gerais sobre o profissional e a atividade.

Foram entrevistados 1.001 taxistas nas

principais regiões metropolitanas de 12

Unidades da Federação.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 14 de novembro de 2015 em locais de

grande fluxo de taxistas, como regiões centrais, aeroportos, estações rodoviárias,

de metrôs e de trens urbanos. Os taxistas responderam questões sobre saúde,

rotina de trabalho, segurança e concorrência com o Uber, entre outros assuntos A

maioria (94,9%) acredita que houve diminuição na demanda por seus serviços no

ano passado. Para 43%, o motivo foi a crise econômica do país e 30,3%

consideram que a causa seja consequência do transporte clandestino/ilegal. Mais

de dois terços (72%) são taxistas há mais de cinco anos e 93,9% possuem veículos

com até seis anos de uso. Entre eles, a maior parte (45,7%) concluiu o ensino

médio

Entre os pontos positivos citados em relação à profissão, 62,3% alegam ter

autonomia para definir o horário de trabalho e 40,7% gostam da flexibilidade da

jornada. Mas 74,6% consideram a profissão perigosa e 51,4%, desgastante. Ao

comentar sobre os riscos, 28,5% disseram ter sido vítimas de assalto pelo menos

uma vez nos últimos dois anos

Os taxistas comentaram o que pensam sobre o aplicativo Uber. Entre os 92,1% que

já ouviram falar desse serviço de transporte de passageiros, 72,0% disseram ser

contra a legalização. 59,9% consideram a possibilidade de oferecer um serviço

diferenciado em seu táxi para torná-lo mais vantajoso na concorrência com o

Uber. Nas cidades onde o Uber opera (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio

de Janeiro, São Paulo), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua

atividade devido a esse serviço, pois houve diminuição de passageiros.

A renda mensal líquida dos entrevistados é de R$ 2.675,42, e eles afirmaram

gastar, em média, mais de R$ 1.300 por mês com combustível. Ao relatar os

entraves da profissão, a burocracia para obter a permissão é apontada por 41,7%

como o principal problema para se tornar taxista e 57,8% defendem a maior

fiscalização ao transporte clandestino/ilegal.

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29.01.2016

Em pesquisa, apenas 9% dos taxistas creditam redução a

aplicativos como o Uber

Apesar de 72% dos taxistas do país serem contra a legalização do Uber, apenas

9,8% deles creditam a queda no número de corridas em 2015 ao aumento da

concorrência por meio de aplicativos. É o que revela uma pesquisa feita pela

Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem, sobre o perfil

desses profissionais. O levantamento ouviu 1.001 taxistas nas principais regiões

metropolitanas de 12 estados brasileiros.

Desses, 43% afirmam que a crise econômica é a grande responsável pela redução

da demanda de passageiros. Em segundo lugar, para 30,3% dos entrevistados,

vem o impacto negativo do transporte clandestino – problema que não parece ter

solução.

Em Belo Horizonte, por exemplo, conforme o Hoje em Dia mostrou na terça-feira,

enquanto autoridades, motoristas do Uber e taxistas rendem a polêmica em torno

da regulamentação do transporte particular de passageiros, perueiros voltam a

agir livremente na cidade. Em pelo menos três pontos distintos, vários veículos

foram flagrados fazendo embarque e desembarque ilegal nas paradas de ônibus.

Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, diz que a avaliação dos taxistas se altera

quando estão localizados nas cidades onde o Uber opera. "Para aqueles que

conheciam e tinham o serviço nos seus municípios, 68,6% avaliaram que

perderam clientes em função dessa concorrência”. No Brasil, o Uber atua em Belo

Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com Bruno, a pesquisa mostra que os taxistas estão preocupados com a

entrada de novos serviços no mercado, o que é "natural”, mas demonstram

disposição para alterar a forma de trabalhar por causa dos concorrentes. "Cerca

de 60% deles estão dispostos a reagir e buscar maior qualificação. Isso gera algo

muito positivo que é a melhora do atendimento aos clientes, em todo país”.

"O transporte de passageiros oferecido pelo Uber é de natureza privada. Esse tipo

de atividade existe muito antes do aplicativo e não pode ser considerada

irregular”Bernardo Diogo de Vasconcelos, advogado

Decisão favorável

Na noite de quarta-feira, a Justiça mineira concedeu uma liminar a um motorista

do Uber na capital, garantindo que ele continue prestando esse tipo de serviço

mesmo após a sanção da lei municipal 10.900. O mandado de segurança

preventivo foi impetrado na semana passada.

De acordo com o advogado Bernardo Diogo de Vasconcelos, a decisão abre

precedente para que outros motoristas também consigam a autorização judicial

para atuar na capital.

Ele afirma que mais de 400 parceiros do Uber estão na fila para entrar com pedido

semelhante na Justiça.

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28.01.2016

Uber cresce rápido no país e vê espaço para serviços de

entrega

Gustavo Brigatto / São Paulo

Em meio à queda de braço com taxistas e prefeituras, o aplicativo de transporte

Uber apresenta crescimento acelerado no Brasil. A base de usuários cadastrados

já passa de 1 milhão e o número de motoristas está em 10 mil. Em setembro do

ano passado, quando divulgou seus dados pela primeira vez, a companhia havia

falado em 500 mil usuários e 7 mil motoristas.

No Brasil desde maio de 2014, o Uber está disponível em Belo Horizonte, Brasília,

Porto Alegre, Rio, Recife e São Paulo. Hoje, a empresa iniciou operações em

Campinas (SP). E o plano é ampliar ainda mais a cobertura.

"Vamos crescer onde já estamos, mas também queremos ir além das grandes

cidades", disse, ao Valor, Andrew MacDonald, diretor para Canadá, América Latina

e região central dos Estados Unidos (que inclui 14 Estados, como Dakota do Norte,

Texas e Indiana).

Também está no horizonte diversificar a operação. No projeto que batizou de

Uber Everything (Uber de tudo), a companhia está testando a entrega de comida,

documentos e pacotes em algumas cidades do mundo. Segundo MacDonald, essa

operação é uma "startup dentro de uma startup", mas, na medida em que

amadurecer, poderá ser expandida. "Não temos um cronograma, mas há espaço

para ter esse tipo de oferta no Brasil e na América Latina", disse.

Considerando apenas o transporte de passageiros, até o fim do ano o Uber prevê

triplicar a operação no país, com a contratação de mais 100 pessoas, chegando a

150 funcionários. E projeta um impacto bem maior no mercado de trabalho. "Até

outubro, vamos criar 50 mil oportunidades de emprego em um país que fechou

1,5 milhão de vagas em 2015", disse.

O número é uma revisão de uma estimativa feita em setembro. Na época a

companhia falava em criar 30 mil empregos diretos e indiretos no país. Para

MacDonald, a crise enfrentada pelo Brasil é propícia para o avanço da companhia.

Com o desemprego em alta, mais pessoas podem ver o serviço como uma

oportunidade de ter uma renda extra. E quem quer cortar gastos, pode usar o

aplicativo e deixar o carro em casa.

Fundado em 2010, o Uber vem acumulando polêmicas ao se chocar com serviços

de taxi ao redor do mundo. Pelo modelo de negócios da companhia, qualquer

pessoa que atenda a algumas regras determinadas pela companhia pode ganhar

dinheiro com o transporte de passageiros. O problema é que o transporte

compartilhado não está previsto, ou é proibido, pela legislação da maioria das

cidades. Para mudar esse cenário, o Uber tem atuado junto aos reguladores e

também feito campanhas nas redes sociais para ajudar na pressão por mudanças.

Foi o que ocorreu em São Paulo. No fim do ano, o prefeito Fernando Haddad

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colocou em consulta pública um decreto que libera o funcionamento de

aplicativos como o Uber na capital. Pelas regras atuais, o serviço não poderia

funcionar, porque não usa taxistas registrados. Hoje, a Prefeitura entregou 5 mil

novos alvarás para uma nova categoria de táxis, o "táxi preto", que vai operar nos

moldes do Uber: carros pretos, com ar condicionado e até cinco anos de uso.

O Uber diz não concordar com a avaliação de que seu serviço é ilegal e já

conseguiu uma liminar que libera em São Paulo o seu funcionamento. O Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já soltou um parecer indicando que o

Uber não representa uma ameaça à concorrência.

"[A regulamentação em SP] É um grande passo adiante. Estamos muito animados",

disse MacDonald. Segundo ele, das mais de cem cidades da área que comanda no

EUA, Canadá e na América Latina, metade já criou regras que liberam a operação.

O Uber funciona em mais de 340 municípios - número que cresce a cada dia.

O Uber é hoje a startup mais valiosa e que mais levantou dinheiro no mundo.

Foram mais de US$ 12 bilhões em 13 rodadas com investidores e uma emissão de

dívida. No aporte mais recente, a companhia foi avaliada em US$ 62,5 bilhões. Um

valor bastante alto para uma empresa que, segundo estimativas, tem receita na

faixa de US$ 2 bilhões e opera no prejuízo por conta dos altos investimentos em

sua expansão internacional.

De acordo com MacDonald, a companhia já é rentável em algumas cidades. A

expectativa é que o Uber faça uma oferta pública inicial de ações em um prazo de

até dois anos. "Isso não é uma coisa que nos preocupa no dia a dia", disse o

executivo.

27.01.2016

CCR SPVias reduz em 28,9% os acidentes com vítimas

fatais em 2015

A CCR SPVias reduziu em 28,9% o número de acidentes com mortos no ano de

2015. Esse número, comparado ao de 2014, também é resultado de diversas

melhorias nas rodovias sob concessão, como serviços de conservação,

duplicações e implantação de terceiras faixas. Para o diretor presidente da

Concessionária, José Salim, modernizar as rodovias é recompensador, pois

impacta diretamente no desenvolvimento da região e na segurança viária de

milhões de pessoas. “Sabemos que com o nosso trabalho conseguimos poupar

vidas”, diz.Além da realização de obras, a CCR SPVias promove ações educativas

focadas em segurança, qualidade de vida e preservação ambiental. Uma dessas

atividades é o Café na Passarela, que tem como objetivo reduzir o número de

atropelamentos, chamando a atenção dos moradores das regiões próximas às

rodovias sobre a utilização das passarelas.

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26.01.2016

Fiep aponta que pedágio deveria ser mais barato e ter

mais obras

O pedágio deveria ser mais barato e as concessionárias deveriam fazer mais

obras, de acordo com estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Paraná

(Fiep) divulgada na última sexta-feira (22).

A Fiep sugere uma mudança radical no modelo de concessão de rodovias no

estado. Conforme a pesquisa, o preço do pedágio deveria cair pela metade. A

análise foi feita com comparação com outros estados.

“Se for comparar com Santa Catarina ou com São Paulo, onde existem pistas não

só duplas, triplas, quádruplas, a logística é melhor, a infraestrutura é melhor e os

valores são muito menores do que o cobrado aqui no Paraná”, afirma Edson

Campagnolo, presidente do Fiep.

Para a Fiep, o sistema atual prejudica a indústria paranaense, porque o produto

final fica mais caro do que em outros estado, por causa do preço do pedágio.

Campagnolo considera o modelo do estado “ultrapassado e caro”.

“Esse modelo que estgá aqui tem que ser revisto e o tempo é até 2021. Então acho

que fazer concessão, renovação, talvez não seja o melhor modelo”, diz o

presidente da Fiep.

Os contratos com as concessionárias vencem em 2021, mas existe a possibilidade

de serem prorrogados. A decisão cabe ao governo federal, já que a maior parte

das estradas que formam o sistema de integração é de BRs.

Para identificar possíveis desequilíbrios, o governo estadual está fazendo

revisões nos contratos de concessão desde 2011. O governo diz que não teve

acesso ao estudo realizado pela Fiep e informou que os assuntos relacionados às

concessões rodoviárias está sendo conduzido pelo Ministério dos Transportes.

Já o diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João

Chiminazzo Neto, questionou a forma com que a pesquisa da Federação das

Indústrias foi conduzida. “Não diria que é um equívoco, mas é uma comparação

que não pode ser feita exatamente dessa forma”, comenta.

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28.01.2016

Muito além da mobilidade

THE ECONOMIST

A gigantes de internet estrangeiras costumam penar na China. Exceção feita à

presença que têm em Hong Kong, Facebook, Twitter e Google são, em grande

medida, irrelevantes no país. Da mesma forma, embora venha conquistando

mercados mundo afora, o aplicativo de caronas pagas Uber não está tendo vida

fácil na China. Ao contrário do que acontece com os outros titãs de tecnologia,

porém, as agruras do desmancha-prazeres dos choferes de praça não têm a ver

com normas injustas, elaboradas para favorecer empresas locais. O maior

problema do Uber na China é ter encontrado um concorrente à sua altura.

Criado no ano passado, o Didi Kuaidi é fruto da fusão de aplicativos de transporte

rivais, controlados por duas gigantes de internet chinesas, o Alibaba e a Tencent.

Agora o Didi domina o mercado online de transporte pessoal na China: no ano

passado, realizou 1,4 bilhão de corridas, número superior ao de corridas

contratadas por meio do Uber em todo o mundo, desde que o aplicativo

americano entrou em operação. O Didi controla, ao que tudo indica, dois terços

do mercado chinês de serviços de motorista particular (sua maior fonte de

receitas), e está presente em centenas de cidades. O Uber só tem presença

significativa em meia dúzia delas, embora tenha anunciado esta semana que vai

expandir a cobertura para 55. Ambas as companhias vêm gastando rios de

dinheiro em incentivos financeiros para atrair motoristas.

Ao contrário do Uber, cuja atuação na China está centrada nos serviços de

motorista particular, os usuários do Didi podem escolher entre um táxi, um

automóvel particular, um carro compartilhado, uma van ou um ônibus para

transportá-los. No mês que vem, quando terá lugar a migração em massa

decorrente das celebrações do ano-novo chinês, os milhões de indivíduos que vão

se deparar com voos e trens lotados poderão recorrer ao Didi para compartilhar

viagens intermunicipais a preços similares ao das passagens de trem.

A companhia também formou parcerias com concorrentes do Uber em outros

países (chegando, em alguns casos, a investir neles): o GrabTaxi, no Sudeste

Asiático, o Ola, na Índia, e o Lyft, nos Estados Unidos. A presidente do Didi, Jean

Liu, que já trabalhou na área de fusões e aquisições do Goldman Sachs, ajudou a

companhia a levantar US$ 3 bilhões para enfrentar o Uber. Em pouco tempo,

metade do mercado global estará operando na plataforma de tecnologia da

aliança encabeçada pelo Didi, sustenta Liu, o que deve beneficiar tanto chineses

em viagem ao exterior, como estrangeiros em visita à China.

Mas ajudar as pessoas a ir do ponto A ao ponto B é só o começo. As ambições do

Didi vão muito além disso. A empresa pretende oferecer outros tipos de serviço,

aproveitando ao máximo sua enorme base de clientes e a riqueza dos dados

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reunidos a seu respeito. Na terça-feira, os executivos da companhia anunciaram

um acordo com o China Merchants Bank (CMB). Há um número crescente de

motoristas do Didi que deseja comprar um carro zero, e embora muitos deles

agora tenham uma fonte de renda estável, graças ao aplicativo, falta-lhes o acesso

ao mercado formal de crédito. O Didi e o CMB começarão oferecendo crédito

automotivo — primeiro para os motoristas do aplicativo, mas no futuro talvez

também para seus passageiros.

Os usuários do Didi já podem usar o aplicativo para marcar a realização de um

test drive com veículos de várias montadoras, incluindo Mercedes e Audi. Desde

que o serviço foi lançado, em outubro, cerca de 1,4 milhão de pessoas já pegaram

um dos 92 modelos disponíveis para dar uma volta.

Uma das "atividades secundárias” mais peculiares a que o Didi pretende se

dedicar é a de casamenteiro. Em breve, o Hitch, seu serviço de compartilhamento

de caronas, permitirá que motoristas e passageiros escolham, com base em seus

interesses mútuos, com quem querem dividir o trajeto a ser percorrido. A

empresa já tem um acordo com o LinkedIn para que as pessoas possam fundir

suas contas nas duas redes sociais. O objetivo é proporcionar àqueles que

costumam levar de uma hora a duas para ir de casa para o trabalho, e do trabalho

para casa, uma viagem mais proveitosa, durante a qual podem surgir negócios,

amizades e, quem sabe, até relacionamentos amorosos.

27.01.2016

CMN aumenta prazo para caminhoneiros refinanciarem

débitos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou ontem (28) um período maior

para caminhoneiros que desejam refinanciar seus débitos. O prazo, que havia

terminado em 30 de dezembro do ano passado, agora valerá até 30 de junho

deste ano. A decisão do colegiado cumpre o que estava previsto na Medida

Provisória 707, publicada no final de 2015.

O Procaminhoneiro é um programa do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) para aquisição de caminhões novos e usados de

fabricação nacional com o objetivo de modernizar a frota brasileira. O Ministério

da Fazenda ressaltou que a mudança foi apenas na data, sendo que todas as

demais condições financeiras do programa permanecem inalteradas.Também na

reunião desta quinta-feira, o CMN eliminou, por questões formais, a subdivisão

nos limites financeiros para financiamento a projetos de mobilidade urbana no

âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Os valores para

contratação de crédito tinham três patamares: R$ 12,2 bilhões, R$ 7,2 bilhões e

R$ 2 bilhões. Segundo a Fazenda, porém, “foram apontados obstáculos

operacionais em se atualizar os limites de cada inciso”, e, por isso, passará a ser

utilizado apenas o limite global de R$ 21,4 bilhões.

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28.01.2016

ANTT realiza sessão pública de audiência sobre a

subconcessão da ferrovia de Ouro Verde de Goiás a Três

Lagoas

Foi realizada, nesta terça-feira (26/1), a primeira sessão

presencial da Audiência Pública nº 001/2016, que tem o

objetivo de colher subsídios para aprimorar os estudos

técnicos e as minutas de edital e de contrato que

disciplinarão as condições em que se dará a

subconcessão do trecho ferroviário compreendido entre

os municípios de Ouro Verde de Goiás (GO) e Três Lagoas

(MS). O projeto integra a segunda etapa do Programa de Investimentos em

Logística (PIL), do Governo Federal.

Os interessados podem contribuir, encaminhando sugestões por meio do

sitehttp://pilferrovias.antt.gov.br, até as 18h do dia 19/2/2016, ou participar das

sessões públicas que serão realizadas ainda em Três Lagoas (MS), no dia 2/2, e em

Brasília, no dia 16/2.

Concessão - Em fase final de construção pela Valec, o trecho é a continuação da

Ferrovia Norte-Sul nos estados de Goiás e São Paulo. A chegada ao município de

Estrela d’Oeste (SP) permitirá a conexão da Norte-Sul com a ALL Malha Paulista,

possibilitando o acesso ao Porto de Santos.

Ao todo, serão contemplados 33 municípios nos estados de Goiás (Acreúna,

Brazabrantes, Damolândia, Goianira, Indiara, Jandaia, Nova Veneza, Ouro Verde

de Goiás, Palmeiras de Goiás, Paranaiguara, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Bárbara

de Goiás, Santa Helena de Goiás, São Simão, Trindade e Turvelândia), Minas Gerais

(Santa Vitória, União de Minas e Iturama), São Paulo (Ouroeste, Guarani d’Oeste,

Fernandópolis, Estrela d’Oeste, São João das Duas Pontes, Pontalinda, Guzolândia,

Sud Mennucci, Pereira Barreto, Itapura e Ilha Solteira) e Mato Grosso do Sul

(Selvíria e Três Lagoas). O trecho ferroviário atravessará uma região que possui

vocação agrícola e industrial, com destaque para a produção de celulose.

A extensão da ferrovia é de cerca de mil quilômetros e os investimentos previstos

para sua construção têm valor aproximado a R$ 2,3 bilhões. O período da

subconcessão é de 35 anos.

Mais esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail [email protected].

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27.01.2016

Quatro estados têm rodovias interditadas por causa de

estragos causados pela chuva

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) interditou mais

uma rodovia em razão de estragos causados pelas chuvas. Foi a BR-251, próximo

ao km 480, em Francisco Sá (MG). Conforme o órgão, a medida é preventiva e foi

tomada por causa de uma erosão abaixo do asfalto. Além disso, há, ainda, cinco

rodovias federais total ou parcialmente interditadas em Minas Gerais, São Paulo,

Rio de Janeiro e Bahia.

Carros de passeio, ônibus e caminhões menores estão sendo desviados para

dentro da cidade de Francisco Sá. Os veículos de grande porte devem seguir pela

BR-122, para Janaúba e Riacho dos Machados, uma vez que as ruas do município

não foram planejadas para manobras de veículos longos. Nessa opção, o percurso

aumenta em até 100 quilômetros. Equipes do Dnit estão no local e as obras de

recuperação estão em andamento. A expectativa é que o trecho seja liberado em

até 10 dias.

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A BR-460/MG está com bloqueio parcial na altura do km 44, entre as cidades de

Carmo de Minas e Lambari. O problema decorre do rompimento da rodovia. O

tráfego está liberado em mão única somente para veículos leves e ônibus, após a

construção de um desvio. Veículos pesados devem seguir pela MGC- 383, por São

Lourenço e Soledade de Minas, e pela BR- 267, para Cambuquira. A recuperação

definitiva do local deve ocorrer em cerca de 90 dias, com a execução de novo

dispositivo de drenagem e a recomposição do pavimento.

A BR-354/MG, no trecho da Serra de Itamonte, está com restrições para veículos

pesados por causa de erosões em aterros e taludes de cortes instáveis. Para

veículos de até 33 toneladas, o fluxo deve seguir pela MG-158, por Itanhandu

(MG), Passa Quatro (MG) e Cruzeiro (SP). Veículos maiores devem passar pela BR-

267, via Juiz de Fora (MG) e pegar a BR-040. À noite, a rodovia é interditada por

medida de segurança.Na Bahia, parte do acostamento no km 11 da BR-020 cedeu,

em Luís Eduardo Magalhães. Assim, o tráfego está em meia pista, de forma

alternada entre os dois sentidos.A BR-354/RJ está parcialmente interditada no km

0,4, também devido à erosão.Já em São Paulo, a BR-459 está totalmente

interditada entre os kms 26,8 e 31, no Vale do Paraíba, em razão de avarias no

pavimento, na cabeceira da ponte sobre o Rio Paraíba e o viaduto da RFFSA. As

alternativas, segundo o Dnit, são as seguintes:

a) Para veículos pesados (caminhões e ônibus):

– das 6h às 18h, vindos de Minas Gerais em direção a Lorena (SP) ou à Via Dutra

(BR-116): a partir de Itajubá, seguir pela rodovia BR-360/459 até o município de

Wenceslau Brás. Acessar a rodovia MG-350 até Delfin Moreira e em seguida até

Pouso Alto. De lá, seguir pela BR-354 até a cidade de Santana do Capivari, após a

qual deve-se pegar a saída para a rodovia MG-158, sentido Itanhandu e Passa

Quatro. A BR-354/MG está interditada à noite por medida de segurança. Por isso,

essa rota só pode ser utilizada das 6h às 18h. Percorrer a BR-354 até a divisa

MG/SP. Por fim, seguir pela rodovia SP-052, passando por Cruzeiro e continuando

até a Via Dutra.

– a qualquer hora, vindos de Minas Gerais em direção a São José dos Campos (SP)

ou à Via Dutra (BR-116): a partir de Itajubá, percorrer a rodovia BR-459 até o

município de Piranguinho. Seguir pela rodovia MG-295 até Paraisópolis,

acessando a MG-173 até a cidade de São Bento do Sapucaí, já dentro do estado de

São Paulo. Seguir até Monteiro Lobato pela rodovia SP-050, e de lá até São José dos

Campos, continuando até a Via Dutra.

b) Para veículos leves (automóveis e motos)

– vindos de Minas Gerais em direção a Lorena (SP) ou à Via Dutra (BR-116): seguir

normalmente pela BR-459 até o município de Piquete (SP). Na altura do Km 16,5,

acessar a rodovia SP-183, percorrendo-a até as saídas para Cachoeira Paulista (via

SP-058) ou Cruzeiro (via SP-052), conforme o caso, continuando até a Via Dutra

em seguida.

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

29.01.2016

Artigo - Rodovias oneram custo Brasil*

Num país em que cerca de 60% das cargas são movimentadas por caminhões,

existem quase 1.736 mil km de vias rurais.

A extensão é razoável, quando comparado com outros países. No entanto, o

quadro muda de figura quando se constata que, deste total, apenas 218 mil, ou

seja, 12,6% são pavimentados. Numa comparação com países do G-20, o Brasil

fica na lanterna neste quesito. O penúltimo é o México, com 36,1%. Sete países da

Europa têm suas vias totalmente pavimentadas. Países de grande extensão

territorial, como China (79,2%), Rússia (79%), Estados Unidos (67,2%) ou Austrália

(41,6%) estou todos bem à frente.

Os Estados Unidos, em particular, têm 6.506 mil km de estradas, das quais 4.375

mil km, pavimentadas.

Eis uma fonte do Custo Brasil. Estudos do extinto GEIPOT revelam que o custo

operacional de um caminhão aumenta 56% quando se passa de uma rodovia (via

pavimentada) para uma simples estradas (via não pavimentada).

Se quantidade a desejar, o mesmo acontece com a qualidade. Segundo

levantamento de 2015 da CNT, 57,3% das rodovias apresentam estado de

conservação péssimo, ruim ou deficiente. Somente 37.9%, portanto, estão em

condições ótimas ou boas.

Eis aí outra fonte do Custo Brasil. Estudos de DECOPE/NTC concluíram que,

enquanto o pavimento em estado Ótimo não há incremento no custo operacional

de um caminhão. Um pavimento em bom estado acarreta acréscimo de 18,8%. Este

percentual chega a 41% para rodovias na condição regular, atingindo 65,6% se a

via tem estado ruim. Já as rodovias com pavimento Péssimo chegam a aumentar o

custo em 91,5% .

Ponderando estas variações com base no estado de conservação das rodovias, a

CNT concluiu que o aumento do custo Brasil relacionado às condições das

rodovias chega a 26%, sendo maior no Norte (37,6%), Centro Oeste (27,5%) e

Nordeste (26,2%) que no Sul (25,7%) e Sudeste (20,8%).

Conclui-se, assim, que parte do custo elevado dos produtos que chegam às lojas

ou supermercados deve-se à má gestão das rodovias.

* Neuto Gonçalves dos Reis é Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística,

membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente

da 24ª. JARI do DER-SP.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

27.01.2016

Sessão pública de audiência sobre a concessão da BR-

163/230/MT/PA é realizada em Sinop (MT)

A Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT) realizou, nesta terça-feira (26/1), o

terceiro encontro presencial da Audiência

Pública nº 014/2015, em Sinop (MT), que

discute as minutas de edital e contrato, o

Programa de Exploração da Rodovia (PER) e os

estudos de viabilidade para concessão da BR-

163/230/MT/PA. Contribuições para aprimorar

o processo de concessão ainda podem ser

encaminhadas até as 18h (horário de Brasília) do dia 12/2/2016.

Participaram da sessão pública 146 pessoas, que registraram 57 contribuições. O

formulário para o envio das sugestões e todos os documentos referentes ao

objeto da audiência estão disponíveis no site da ANTT.

Concessão – A BR-163/230/MT/PA será concedida no trecho da BR-163 do

entroncamento com a MT-220 até o entroncamento com a BR-230(A); e da BR-230

do entroncamento com a BR-163(B) (Campo Verde/PA) até Miritituba (PA),

possuindo 976 quilômetros.

O segmento rodoviário abrange 12 municípios em dois estados: Mato Grosso e

Pará, regiões com grande escoamento de grãos para importação e exportação. Está

prevista, pelo mecanismo do gatilho de tráfego, a duplicação de 246,8

quilômetros da rodovia e a implantação de marginais e melhorias em 10

travessias urbanas. A execução dos trabalhos iniciais, a conclusão da

pavimentação (118,6 quilômetros) e a construção de quatro pontes nos primeiros

dois anos da concessão são condições para o início da cobrança de pedágio.

Estão previstos investimentos no valor de R$ 6,51 bilhões. A concessão consiste

na exploração por 30 anos da infraestrutura e da prestação do serviço público de

recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias,

pavimentação, ampliação de capacidade e manutenção do nível de serviço.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

27.01.2016

Estudo aponta que pedágio no Paraná custa o dobro do que

deveria e obras são insuficientes

O pedágio deveria ser

mais barato e as

concessionárias

deveriam fazer mais

obras, de acordo com

estudo divulgado pela

Federação das Indústrias

do Paraná (Fiep)

divulgada na última

sexta-feira (22). A Fiep

sugere uma mudança

radical no modelo de

concessão de rodovias

no estado. Conforme a

pesquisa, o preço do

pedágio deveria cair pela metade. A análise foi feita com comparação com outros

estados.

“Se for comparar com Santa Catarina ou com São Paulo, onde existem pistas não

só duplas, triplas, quádruplas, a logística é melhor, a infraestrutura é melhor e os

valores são muito menores do que o cobrado aqui no Paraná”, afirma Edson

Campagnolo, presidente do Fiep.

Para a Fiep, o sistema atual prejudica a indústria paranaense, porque o produto

final fica mais caro do que em outros estados, por causa do preço do pedágio.

Campagnolo considera o modelo do estado “ultrapassado e caro”. “Esse modelo

que está aqui tem que ser revisto e o tempo é até 2021. Então acho que fazer

concessão, renovação, talvez não seja o melhor modelo”, diz o presidente da Fiep.

Os contratos com as concessionárias vencem em 2021, mas existe a possibilidade

de serem prorrogados. A decisão cabe ao governo federal, já que a maior parte

das estradas que formam o sistema de integração é de BRs.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

28.01.2016

São Paulo deve ter pontos de ônibus de alta tecnologia a

partir de 2017

ADAMO BAZANI

A partir de 2017, os pontos de

ônibus mais movimentados da

capital paulista devem ser de

alta tecnologia.

A estimativa é da empresa

Otima que desde 2013 é

responsável pela manutenção

dos totens e dos abrigos nas

paradas de ônibus.

O contrato da Otima é de 25

anos. Em troca da manutenção

dos espaços, a empresa pode

comercializar áreas para publicidade.

A Otima apresentou na Campus Party, que é realizada no Anhembi até o dia 31 de

janeiro, um conceito de ponto de ônibus que pode ser utilizado neste projeto de

modernização das paradas.

O ponto possui um painel que informa em tempo real a posição dos ônibus, as

rotas das linhas que servem o local, câmera de monitoramento, wi-fi, previsão do

tempo e um carregador que pode conectar até cinco celulares de uma só vez.

No evento empresa também vai promover uma espécie de maratona tecnológica

para dar oportunidades a ideias para a mobilidade urbana e cidades inteligentes.

Os três melhores projetos serão premiados e podem receber apoio.Em nota, o

diretor de tecnologia e operações da empresa, Lúcio Correia, diz que abrigos

inteligentes de ônibus são tendências nas principais cidades.

“O Abrigo do Futuro, ou Abrigo Conectado, será realidade em um futuro

próximo. Com uso das mais modernas tecnologias nos abrigos de ônibus,

poderemos oferecer uma série de benefícios para a população e para a cidade de

São Paulo, colocando a cidade na vanguarda tecnológica do mundo, aplicando

efetivamente o conceito de smart city.”A empresa garante que os pontos serão

feitos com materiais mais resistentes nos casos vandalismo

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

27.01.2015

Demanda da aviação civil cresce 1,1% em 2015 e mercado deve

estagnar neste ano

As empresas aéreas brasileiras registraram incremento de 1,1% na demanda (em

passageiros-quilômetros pagos transportados) em 2015 na comparação com 2014,

conforme dados divulgados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta

quarta-feira (27). Já a oferta (em assentos-quilômetros ofertados) acumulou alta

de 1%. Conforme o órgão, os dados sinalizam estagnação do mercado para 2015.

Em dezembro houve a quinta queda mensal consecutiva na demanda, de 4,5%. A

oferta diminuiu 3,3%.

A quantidade de passageiros pagos transportados no ano foi de 96,1 milhões,

com alta de 0,3% frente a 2014. O aproveitamento de aeronaves no mercado

doméstico se manteve estável com relação a 2014, e fechou 2015 em 79,8%.

O transporte aéreo de cargas dentro do país caiu 6,8% em 2015 em relação ao ano

anterior.

Transporte internacional

No mercado internacional, a

situação é mais animadora. No

acumulado de janeiro a

dezembro de 2015, a demanda

aumentou 13,8% se comparado

a 2014. A oferta ampliou

15,3%.

Dezembro foi o 22º mês

consecutivo de aumento na

demanda, com incremento de

8,9%. Já a oferta internacional

registrou a 17º alta seguida, de 7,7%. Tanto a demanda quanto a oferta

internacional foram recorde para o mês de dezembro nos últimos dez anos. Tam,

Gol e Azul são as empresas brasileiras que operam no mercado internacional.

O número de passageiros pagos transportados nesses voos cresceu 8,5% e chegou

a 635,1 mil. A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos fora do Brasil foi de

81,4% no ano passado. Em 2014, o índice registrado foi de 82,5%.

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

29.01.2016

Lei estadual do Rio de Janeiro coloca em risco direito dos

motoristas

Na ressaca que acontece nas festas de final de ano, entre os dias 25 e 31 de

dezembro/2015, o governo do estado do Rio de Janeiro sancionou a Lei 7.181 de

28/12/2016 que modifica regras no campo da capacitação para o trânsito –

prerrogativa exclusiva do legislativo federal, como assim define a Constituição –

que, na prática, estabelece uma inexplicável reserva de mercado para as auto

escolas que ministram o curso de reciclagem e que fere frontalmente a lei do

consumidor e restringe a concorrência, impedindo o legítimo direito do cidadão

de escolher alternativas com custos menores e condições mais vantajosas.

A lei trata dos cursos de formação de novos condutores e da reciclagem daqueles

que, por excesso de pontos em seu prontuário, estão obrigados pelo Código de

Trânsito Brasileiro a fazerem um curso específico de reciclagem para a

recuperação da CNH. Textualmente essa nova lei estadual só permite aos

habilitados nas categorias A e B realizarem o curso de reciclagem nos Centros de

Formação de Condutores (antigas autoescolas) na modalidade presencial (em

salas de aula). Já motoristas profissionais (categorias C, D e E) tem a

prerrogativa exclusiva de fazerem o Curso na modalidade a distância, se assim

desejarem, uma vantagem inexplicavelmente negada ao motorista amador, que

representa a maioria dos habilitados no estado do Rio de Janeiro. Diz a Lei:

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Os cursos para obtenção da primeira habilitação, para os condutores em

geral, somente poderão ser ministrados, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, de

forma presencial.

Art. 2º – Os cursos de atualização e reciclagem para os condutores de veículos de

passeio, seguirão os termos do artigo anterior, ou seja, somente poderão ser

realizados de forma presencial.

Art. 3º – A regra disposta no artigo anterior não se aplica aos motoristas com

atividade remunerada que se utilizam dos veículos automotores para a realização

de atividades profissionais, que poderão realizar os cursos de atualização e

reciclagem à distância.

Art. 4º – Caberá ao Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro DETRAN-

RJ, a regulamentação dos cursos oferecidos à distância, de acordo com a Resolução

nº 168/2004 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.

Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

Rio de Janeiro, em 28 de dezembro de 2015.

LUIZ FERNANDO DE SOUZA

Governador

Impressiona que os advogados da Assembleia Legislativa e do próprio governo

estadual não tenham percebido a inconstitucionalidade flagrante da matéria e a

gritante afronta aos direitos do cidadão fluminense. Questionados sobre o

assunto, dirigentes das instituições que foram alcançadas pela medida levantam

duas hipóteses: “Seria a ressaca festiva da virada do ano a causa de tal cochilo da

autoridade estadual? Ou, talvez, a aprovação à decisão visivelmente política e

direcionada para atender aos apelos de um grupo de proprietários de auto

escolas?”

Faz sentido essa suspeita porque esses empresários, ameaçados pela saudável

evolução tecnológica à qual decidiram não aderir, afirmaram na audiência pública

temerem a redução de suas receitas com a perda de uma expressiva parcela de

clientes para as instituições credenciadas pelo DENATRAN (Órgão Federal de

Trânsito) e pelo próprio DETRAN/RJ.

Trata-se, sem dúvida de tema de interesse geral e absolutamente relevante para

os milhões de cidadãos habilitados no estado do Rio de Janeiro e especialmente

para os mais de 200 mil que se encontram com a carteira suspensa e que terão

que fazer o curso de reciclagem para se submeterem a prova do DETRAN, após o

cumprimento do prazo de suspensão.

Esse “imbróglio” teve início no dia 28 de setembro de 2015 com a realização de

uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, a pedido do

deputado Dionísio Lins, autor do projeto 1.014/15 que se transformou na lei,

onde houve presença maciça de dirigentes e instrutores dos Centros de Formação

de Condutores – parte diretamente interessada em seu resultado – e de nenhum

representante das três empresas credenciadas pelo DENATRAN e pelo DETRAN/RJ

para ministrarem o curso a distância, numa flagrante afronta ao direito de defesa

e ao contraditório. Com mais de duas horas de duração, a audiência limitou-se a

ouvir o lamento dos dirigentes dos CFCs, não dando chance para que a direção do

DETRAN/RJ apresentasse seus argumentos. O presidente do DETRAN, José Carlos

Araujo, servidor da Assembleia Legislativa, sob a enorme pressão sofrida –

incluindo a de um deputado federal integrante do mesmo partido do vice

governador do estado -, comprometeu-se em publicar uma portaria para estudo do

caso.

De fato, com uma agilidade incomum no serviço público, no mesmo dia 28 a

Presidência do DETRAN/RJ publicou a Portaria 4.682/2015, suspendendo os

cursos de reciclagem a distância em andamento desde maio de 2015. A

justificativa para tal medida que afetou as atividades das empresas envolvidas

nos cursos a distância que fizeram significativos investimentos e, principalmente,

aos milhares de condutores suspensos não poderia ser mais clara: proteger e

blindar o fluxo financeiro de um grupo de autoescolas contra a “ameaça” da

tecnologia. Vejam:

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

A legalidade das atividades das empresas regularmente habilitadas pelo órgão

máximo de trânsito federal (DENATRAN) para ministrarem os cursos na

modalidade a distância está claramente garantida pelo arcabouço legal e

normativo federal que rege a matéria. Vejamos:

Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Seu Artigo 19º define as

competências do Órgão Máximo Executivo de Trânsito (DENATRAN) que,

entre outras, em seu inciso VI estabelece procedimentos sobre a

aprendizagem e habilitação de condutores de veículos, a expedição de

documentos de condutores, de registro e licenciamento de veículos).

Pela Resolução CONTRAN 168/2004 do CONTRAN, que Estabelece Normas e

Procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e

elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de

habilitação, os cursos de formação, especializados, de reciclagem e dá

outras providências. No anexo II da referida resolução, o inciso 5º

estabelece que “O curso de reciclagem do Motorista Infrator (CRCI) será

ministrado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do

Distrito Federal ou por instituição/entidade por ele credenciada, para

condutores penalizados nos termos do artigo 261, § 2º, e artigo 268 do

CTB.”

Pela Resolução CONTRAN 411/2012, que alterou o § 1º, e seus incisos III e

IV, do artigo 1º da Resolução CONTRAN nº 358 de 13 de agosto de 2010,

que passou a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º ……………

1º As atividades exigidas para o processo de formação de condutores serão

realizadas exclusivamente pelos órgãos e entidades executivos de trânsito

dos Estados e do Distrito Federal, ou por instituições ou entidades públicas ou

privadas com comprovada capacidade técnica por estes credenciadas para:

III – Processo de atualização e reciclagem de condutores de veículos automotores e

elétricos – Centros de Formação de Condutores – CFC e instituições e entidades

credenciadas nas modalidades presenciais e à distância.”

PORTARIA PRES-DETRAN N°. 4579/2015, de 27 de fevereiro de 2015, que

dispõe sobre o cadastramento de instituições e empresas interessadas em

ministrar os cursos de atualização e de reciclagem de condutores, na

modalidade de ensino à distância – EAD. Tratou-se de uma chamada pública

às instituições homologadas pelo DENATRAN para que apresentassem seus

projetos pedagógicos para a adoção do ensino à distância para o motorista

infrator no RJ, sob as exigências contidas no CTB e nas resoluções 168, 358

e 441 do CONTRAN. Além das exigências contidas nas normas acima

citadas, o DETRAN fez outras, no campo tecnológico e operacional, que

exigiram das empresas que atendessem à totalidade dos requisitos,

capacitação específica e investimentos significativos em plataformas

tecnológicas seguras e sob permanente supervisão do DETRAN/RJ.

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

Na opinião do advogado especialista Armando de Souza, presidente da Comissão

de Trânsito da OAB/RJ no mandato 2013/2015 haverá reações. “Certamente,

muito em breve, cidadãos fluminenses vão se dar conta dessa indevida

intromissão dos poderes públicos nos seus direitos de consumidor e entrarão na

justiça em busca de reparação. Isso, sem contar a possibilidade de uma ação

direta de inconstitucionalidade apresentada por entidades interessadas e até a

interferência do Ministério Público para o resgate do estado de direito no trânsito

no estado, na legítima defesa dos interesses de toda a sociedade”

28.01.2016

Segundo a entidade, a dramaticidade dos acidentes com

veículos pesados justifica a medida

A obrigatoriedade do exame

toxicológico para motoristas

profissionais ganhou mais um aliado. A

OAB Nacional acaba de ingressar como

parte interessada na ação que corre no

STF para defender a necessidade de

exame toxicológico para motoristas com

CNH nas categorias C, D e E.

De acordo com o presidente nacional da

OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho,

não há inconstitucionalidade na

exigência do novo teste toxicológico

para os caminhoneiros e outros profissionais.

“A questão deve ser abordada do ponto de vista da segurança da sociedade. O

exame virá em benefício dos motoristas profissionais para assegurar a qualidade

no trabalho”, ressalta.

O exame já está regulamentado pela Lei Federal 13.103/15 e sua obrigatoriedade

terá início em 02 de março para a emissão e renovação da CNH e na admissão e

desligamento de motoristas profissionais. O teste irá detectar a utilização

recorrente de drogas como maconha, cocaína, opiáceos, anfetaminas e

metanfetaminas, com visão retroativa mínima 90 dias.

Na ação, Marcus Vinícius aponta que a obrigatoriedade do exame prevista na Lei

justifica-se pela dramaticidade dos números decorrentes dos acidentes com

veículos pesados de carga e passageiros.

Page 24: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

29.01.2016

ANTT obtém decisão favorável na justiça sobre a

concessão da BR-040/MG/RJ

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio da sua

Procuradoria Federal (PF/ANTT), derrubou, no Tribunal Regional Federal da 2ª

Região (TRF2), liminar proferida pela 1ª Vara Federal de Petrópolis (RJ), que

determinava a suspensão da prorrogação do contrato de concessão da BR-

040/MG/RJ. A rodovia é administrada pela Companhia de Concessão Rodoviária

Juiz de Fora – Rio (Concer), como meio de custeio das obras da Nova Subida da

Serra (NSS), previstas no 12º termo aditivo do contrato.

A decisão de primeira instância atendeu pedido formulado em ação civil pública

ajuizada pelo Ministério Público Federal de Petrópolis (MPF) contra a ANTT, União

e Concer, em dezembro do ano passado. A Procuradoria Federal apresentou

pedido de suspensão da liminar e o presidente em exercício do TRF2, o

desembargador federal Reis Friede, acolheu os argumentos da PF/ANTT.

Os procuradores federais demonstraram que sem o custeio definido pelo 12º

termo aditivo é impossível a realização das obras na Serra de Petrópolis, que

exige, por suas condições geológicas, o monitoramento sismográfico,

pluviométrico e de controle de recalques de forma permanente, indispensáveis

para a segurança dos usuários da rodovia, dos moradores de bairros do entorno e

dos funcionários que atuam nas obras.

Foi considerada ainda que a decisão proferida pela 1ªVara Federal de Petrópolis

era desproporcional e causaria grave lesão ao interesse público, à segurança e à

economia pública. Segundo a unidade da Advocacia-Geral da União (AGU), a falta

de custeio levaria à paralisação das obras, acarretando a degradação dos avanços

já construídos e os investimentos já realizados, assim como retardaria os

benefícios de conforto e segurança que a nova rodovia dará aos usuários.

Por final, foi comprovada que a decisão desrespeitava as duas suspensões de

liminares concedidas anteriormente, amparadas nos mesmos motivos de lesão à

economia e à segurança.

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28.01.2016

Na ressaca do Acordo de Paris

JOSÉ ELI DA VEIGA

Em termos políticos e psicossociais é indiscutível que foi muito melhor o

resultado da CoP-21 do que um relançamento exponencial daquela angustiante

decepção causada pelo desacordo de Copenhague, em 2009. Só que em termos

econômicos foi mais um retumbante fracasso.

Quem ficou exultante com o Acordo de Paris não deve esquecer que o processo de

descarbonização mal engatinha em países de vanguarda. E que só começará a

andar e a se alastrar pelo globo quando o uso de energia renovável se tornar

economicamente vantajoso, o que depende de imprescindíveis inovações

tecnológicas, que, por sua vez, dependem de razoáveis incentivos.

Isso é tão óbvio, que autoriza supor que após 23 anos de extenuantes negociações

climáticas globais o mundo já priorize esforços em pesquisas com tal objetivo.

Se muitas das grandes nações aderirem, o Global Apollo Program poderá tornar

obsoleto o Acordo de Paris

Ora, pode ser inacreditável, mas tal suposição é totalmente falsa. Os US$ 6

bilhões de recursos públicos que estão sendo usados na busca de inovações no

âmbito das energias renováveis correspondem a meros 1,8% do orçamento que os

governos destinam a PD&D (pesquisa, desenvolvimento e demonstração). Pior:

desde os anos 1980 despencou de 11% para 4% a participação do conjunto das

pesquisas energéticas no orçamento global de PD&D.

A situação não difere no setor privado. Mesmo entre empresas que mais investem

em energias solar e eólica, só 2% do valor do faturamento tem ido para inovação

tecnológica, proporção que deve ser comparada a 5% no setor de bens de

consumo eletrônicos e a 15% no farmacêutico.

Para azedar ainda mais esse balanço, acrescente-se que os US$ 101 bilhões

mobilizados para estimular a adoção de energias renováveis não chegam a um

quinto dos abomináveis subsídios que continuam a diretamente favorecer o uso

de energias fósseis: US$ 550 bilhões. E é melhor nem fazer tal comparação com os

dados divulgados pelo FMI, pois, ao incluírem efeitos indiretos, chegam a

inimagináveis US$ 5,3 trilhões, mais de 6% do PIB global.

É altamente significativo, portanto, que, após 23 anos de governança climática

global, não tenha sido viável obter na CoP-21 um elementar duplo compromisso:

pelo fim dos subsídios às energias fósseis e em prol da precificação de emissões

de carbono, o sinal que aceleraria a busca por inovações descarbonizantes.

Um sério desdobramento dessa impotência do Acordo de Paris é que dependerá

ainda mais de iniciativas públicas (governamentais ou filantrópicas) uma

prioridade à pesquisa científica e tecnológica que impulsione o incipientíssimo

processo de transição energética. Essencialmente em três de suas áreas mais

decisivas: renováveis, armazenamento e infraestrutura de transmissão. Já que,

felizmente, o quadro não é tão calamitoso em três outras que também são

Page 26: Fim de Semana ARTESP - edição 42_

cruciais: eficiência energética, CCS (captura e armazenamento de carbono) e fusão

nuclear.

Daí a importância estratégica da iniciativa de um time britânico de primeira linha,

liderado por Sir David King, ex-conselheiro-científico-chefe do Reino Unido, que

contou com mais seis eminentes autoridades, entre as quais Lord Martin Rees e

Lord Nicholas Stern. Seis meses antes da CoP-21 esse grupo lançou o Global

Apollo Program (GAP), cuja meta é conseguir que entre 2020 e 2025 a geração de

nova energia de base proveniente de fontes renováveis fique mais barata do que

adicionais usos de carvão. Mais precisamente, que isso ocorra em 2020 nas partes

mais ensolaradas do planeta, e no mundo inteiro a partir de 2025.

A ideia é formar um consórcio de governos nacionais dispostos a autonomamente

destinar no próximo decênio uma média de 0,02% do PIB para pesquisas sobre

renováveis, armazenamento e infraestrutura de transmissão. Programa que será

uma versão avançada, expandida e internacionalmente coordenada de muitas

iniciativas nacionais. Para que seja bem conduzido, o time pretende imitar o êxito

obtido pelo setor privado com semicondutores graças ao ITRS (International

Technology Roadmap for Semiconductors). E ficará em Paris, na própria Agência

Internacional de Energia, o Roadmap Committee que coordenará o GAP.

Mesmo que o prazo estipulado não se mostre realista, é fácil perceber que, se vier

a contar com a adesão de muitas das grandes nações, esse programa logo poderá

tornar obsoleto o Acordo de Paris. Tarefa relativamente fácil no tocante aos

painéis de fotovoltaica (PV), pois os preços já andam caindo 17% a cada

duplicação da capacidade acumulada. O principal desafio será evidentemente o

chamado CSP (concentrated solar power), pois sua viabilização está na

dependência de dois outros sérios gargalos - armazenamento e infraestrutura de

transmissão - para os quais o GAP elenca os sete caminhos que parecem mais

promissores.

Quando resultados de tão ambicioso programa começarem a surgir, eles

certamente reduzirão riscos e garantias, tornando mais atrativos

empreendimentos descarbonizantes, para as quais não faltariam investidores,

mostra o livro "Moving the Trillions", organizado por Alfredo Sirkis, com tradução

brasileira prevista para breve: http://www.zeeli.pro.br/4915.

José Eli da Veiga - professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da

Universidade de São Paulo (IEE/USP) e autor de "Para entender o desenvolvimento

sustentável" (Editora 34, 2015). Escreve neste espaço mensalmente às quintas.

Página web: www.zeeli.pro.br

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28.01.2016

Queda do petróleo coloca renováveis em risco no Brasil

Daniela Chiaretti / São Paulo

O impacto que a queda vertiginosa do preço do petróleo pode ter na matriz de

energia é diferente no Brasil e no mundo. Se nos países industrializados a crise

não deve afetar a expansão da geração de eletricidade por fontes renováveis, no

Brasil pode estimular o uso das térmicas movidas a combustíveis fósseis e

prejudicar a competitividade dos biocombustíveis, acreditam alguns analistas.

"Aqui o risco é maior e o país deve evitar as armadilhas", alerta o físico e

especialista em energia José Goldemberg, presidente da Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp e ex-ministro da Educação, no começo

da década de 90.

As energias renováveis mais comuns, eólica e solar, são usadas para produzir

eletricidade em países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE). Nas nações industrializadas, as renováveis competem com

carvão, não com petróleo. Isso também acontece na China e Índia, que usam

muito carvão. Por isso, analistas internacionais acreditam que o mercado de

energias renováveis não se abalará com o preço do petróleo em queda. "Seria

muito caro mudar toda a infraestrutura para produzir eletricidade a partir do

petróleo", diz Goldemberg.

O cenário é diferente no Brasil. O petróleo cada vez mais barato pode estimular o

uso maior das termelétricas movidas com derivados do petróleo, como o Brasil já

vem fazendo para compensar as perdas com energia hidrelétrica quando os

reservatórios estão baixos - uma das "armadilhas" citadas por Goldemberg. "Essa é

a lógica puramente econômica, e isso não deveria acontecer", aconselha.

A outra ameaça, na visão dele, é seguir explorando o pré-sal. "Continuar

investindo no pré-sal é ir na contramão do mundo. Talvez o Brasil tenha que

enfrentar essa realidade". Goldemberg se refere às notícias da semana passada,

com grandes empresas adiando investimentos de US$ 380 bilhões em exploração

de petróleo em "lugares problemáticos, como o Ártico", cita.

No último ano e meio, o preço do petróleo caiu mais de 75%. Saiu de US$ 110 o

barril para ficar em menos de US$ 30 nos últimos dias. Enquanto isso, o mercado

das renováveis coleciona boas notícias. É provável que a China bata dois novos

recordes - ter instalado 30,5 gigawatts (GW) de eólica em um único ano, 2015, e

ainda, 16,5 GW de solar. A usina de Belo Monte, a título de comparação, terá

potência instalada de 11,2 GW.

"O que se imagina é que a China irá migrar do carvão direto para as renováveis",

diz a engenheira Suzana Kahn, presidente do Painel Brasileiro de Mudanças

Climáticas (PMBC), que reúne cerca de 350 cientistas brasileiros. O preço baixo do

petróleo é conjuntural, e os investimentos da indústria de energia são de longo

prazo, analisa. "As oscilações do preço do petróleo não afetam tanto a estratégia

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de investimento do setor, por isso não acredito que atrapalharia o bom momento

das renováveis."

Para Suzana, as renováveis se beneficiam da instabilidade do Oriente Médio,

porque os países buscam segurança energética. "As renováveis têm a vantagem de

serem fontes de energia distribuídas e geradas localmente. Essas instabilidades,

de certa forma, beneficiam as renováveis, que não estão sujeitas às oscilações

mundiais."

"No caso brasileiro, o consumo de petróleo ocorre basicamente no transporte", diz

André Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio ambiente (Iema),

de São Paulo. "Para nós, o grande desafio desse cenário está em viabilizar

combustíveis renováveis. Se o petróleo se mantiver baixo assim, dificulta o etanol

de segunda geração, que vem sendo pesquisado no Brasil", cita Ferreira. "Mesmo o

etanol que usamos hoje pode ser desafiado no futuro, se essa situação se

prolongar. Nosso problema está aí, na competitividade do etanol, não na geração

de energia elétrica."

"A discussão central, que vai além do petróleo, é o Brasil falar sobre o nosso

portfólio de ativos para a nova economia", diz Carlos Nomoto, secretário-

executivo do WWF-Brasil. "Na nossa cesta de ativos temos água, floresta,

luminosidade, ventos e 8 mil quilômetros de costa. A dependência do Brasil ao

petróleo não deveria ser assim."

Para Nomoto, que trabalhou mais de 20 anos no mercado financeiro, "é preciso

precificar estes ativos e valorizá-los." Ele defende que o país crie "um ambiente

regulatório para atrair capital para isso. Dinheiro existe e o Brasil poderia ser o

país perfeito para investidores nestes recursos."

Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), de

novembro, pelo menos 27 países estão reduzindo ou acabando com os subsídios

aos combustíveis fósseis. Na ausência de subsídios, as tecnologias das renováveis

se tornam ainda mais competitivas.

"O setor de energias renováveis tem crescimento mais estável", diz Pedro Telles,

da campanha de clima e energia do Greenpeace. "O preço do petróleo está baixo

agora. Mas até quando irá sustentar esse nível? A perspectiva de longo prazo das

energias renováveis é mais atraente do que a do petróleo." Telles lembra a

mensagem do acordo assinado na CoP-21: "O principal sinal do Acordo de Paris

foi que teremos que ficar longe dos combustíveis fósseis."