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EDIÇÃO 54 – 06 DE MAIO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 06 de maio de 2015.

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Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 54

EDIÇÃO 54 – 06 DE MAIO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 54

05.05.2016

Setor industrial defende novo modelo para destravar

infraestrutura

SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)

inicia hoje uma empreitada para tentar destravar os investimentos em

infraestrutura - praticamente parados por causa da crise político-econômica e

também pela Operação Lava Jato. Na lista de propostas desenhadas pela entidade

e que será entregue ao governo (atual ou a um eventual governo de Michel

Temer), estão medidas como a volta dos leilões pelo valor de outorga e a

retomada da capacidade de gestão das agências reguladores.

No comando da associação desde janeiro deste ano, o economista Venilton

Tadini quer tratar de problemas que afastaram investimentos no setor nos

últimos anos. Na opinião dele, o Brasil perdeu a capacidade de planejar e passou

a viver de espasmos, fazendo licitações aqui e acolá, sem uma lógica de

integração nacional. “Numa concessão de rodovia, por exemplo, é preciso mostrar

as vantagens, a redução do frete, para onde vai, etc. Tem de justificar que não sai

do nada e vai para lugar nenhum.”

Ex-diretor de infraestrutura e planejamento do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tadini tem no currículo uma

dezena de privatizações realizadas na década de 90. Depois disso, virou

presidente do banco Fator, onde ficou durante 20 anos. Exímio conhecedor dos

meandros da infraestrutura e do crédito para o setor, ele crítica o modelo

financeiro adotado pelo governo Lula e Dilma Rousseff nas concessões

rodoviárias, que limita taxa de retorno para o investidor.

Na opinião do executivo, o governo tem de criar um plano de negócio, com o

volume de investimento necessário e uma tarifa de pedágio. Cada investidor vai

calcular sua taxa de retorno e fazer as propostas dentro das condições

estabelecidas no edital, diz ele. A proposta da Abdib - que atende a uma enorme

insatisfação dos investidores nos últimos anos - vai na direção do que o possível

governo de Michel Temer tem sinalizado para as futuras concessões.

Outro ponto levantado pela Abdib refere-se ao enfraquecimento das agências

reguladores, que recentemente tem perdido espaço para o Tribunal de Contas da

União (TCU). “Para readequar a capacidade dos reguladores, é preciso ter

orçamento, plano de carreira e respaldo jurídico para os profissionais tomarem as

medidas necessárias sem medo de punições. O regulador não pode ficar refém de

outros órgãos (leia-se TCU e Ministério Público).”

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 54

02.05.2016

Brasil investiu R$ 26,6 bi em infraestrutura de transporte

em 2015

Os investimentos em infraestrutura no País somaram R$ 26,6 bilhões no ano

passado, entre recursos do setor público e privados relativos aos contratos de

concessão, informa o Caderno de Transportes 2015. O balanço de atividades de

2015 foi publicado nesta segunda-feira (2) pelo Ministério dos Transportes,

demonstrando os avanços do setor no período.

Entre os anos 2011-2014, o setor de infraestrutura apresentou evoluções

importantes, também a partir das parcerias entre os setores público e privado,

promovendo o aumento da capacidade das vias, atraindo maior competitividade

para o setor em âmbitos nacional e internacional.

De 2012 a 2013, especificamente, os investimentos do Ministério dos Transportes

subiram de R$ 15,5 bilhões para 16,3 bilhões. Destaque para a duplicação de

investimentos em ferrovias, em relação ao ano anterior: de R$ 1,04 bilhão para R$

2,5 bilhões.

Rodovias

Em 2015, os recursos disponíveis foram utilizados para a duplicação, adequação e

construção de rodovias administradas pelo Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os investimentos no modal por meio de

recursos públicos totalizaram R$ 6,3 bilhões.

No exercício, foi possível a conclusão de 391 obras, com a realização de 329,81

quilômetros de duplicações, além do início de outras 146, em razão da assinatura

de Termos de Ajuste de Conduta (TAC), entre a Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT) e as concessionárias, promovidas em 2013. A partir do setor

privado, foram investidos R$ 5,8 bilhões.

Destacam-se também 42.765,30 quilômetros da malha rodoviária federal que

foram atendidos por meio dos Programas de Contratação, Restauração e

Manutenção por Resultados de Rodovias Federais Pavimentadas (PROCREMA),

aliados às obras de restauração e serviços de conserva rotineira.

Ferrovias

Entre 2011 e 2014, foram concluídos 913,7 quilômetros de ferrovias. A expansão

da malha ferroviária, fundamental para a cadeia logística do País, registrou em

2013 a execução de trechos da Ferrovia Norte-Sul com investimentos de R$ 6,04

bilhões. Outros R$ 4,23 bilhões foram investidos na Ferrovia de Integração Oeste-

Leste (Fiol) e mais R$ R$ 7,53 bilhões na construção da Nova Transnordestina.

No ano passado, houve o investimento pelas concessionárias de R$ 7.658

milhões. O transporte por ferrovia atingiu a marca de 485,4 milhões de toneladas

úteis (TU) no ano.

Page 4: Fim de Semana ARTESP - edição 54

Pelo Programa de Aceleração do Crescimento, destacaram-se as execuções de 15%

da Ferrovia Norte Sul (FNS) – Extensão Sul, trecho Ouro Verde/GO – Estrela

d’Oeste/SP (682,0 km); 15% da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), trecho

Ilhéus/BA – Caetité/BA (537 km) e mais 8% da FIOL no trecho Caetité/BA –

Barreiras/BA (485 km). A Ferrovia Nova Transnordestina registrou avanços em

sua execução: foram lançados 599,5 km de superestrutura.

Hidrovias

Foram executadas ações em mais de 6 mil quilômetros de hidrovias para garantir

a navegabilidade. Dentre as intervenções realizadas estão sinalização, adequação

de pontes, adequação de canais, melhorias em eclusas, retiradas de obstáculos e

dragagens de manutenção.

Foram realizadas obras de adequação e melhoria nos corredores das hidrovias do

Paraná, Paraguai e Brasil – Uruguai, com destaque para as dragagens de

manutenção no tramo norte do rio Paraguai e no rio Taquari e para a manutenção

da sinalização das hidrovias do Paraguai e do Paraná.

Além dessas intervenções, também deve ser ressaltado o apoio aos

melhoramentos na Hidrovia do Tietê, com a continuidade da obra de ampliação

do vão da ponte ferroviária Ayrosa Galvão e com o início das obras do

atracadouro de espera da eclusa de Bariri.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 54

06.05.2016

Produção de ônibus no Brasil amarga queda acumulada de

39,2%, diz Anfavea

ADAMO BAZANI

A crise econômica persiste, o que afeta diretamente os setores que expressam o

nível de investimento de diversos seguimentos do país, como a produção de

ônibus e caminhões.

De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 5 de maio de 2016, pela

Anfavea -Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a

produção de ônibus no Brasil entre janeiro e abril deste ano teve recuo de 39,2%

em relação ao mesmo período de 2015, que já registrou números negativos

expressivos

De acordo com o balanço, nesse período, foram produzidos em 2016, 5.924

chassis de ônibus contra 9.747 de janeiro a abril de 2015.

Como a crise econômica e fiscal atinge diretamente os cofres públicos, afetando

assim os investimentos em mobilidade urbana, o setor de ônibus urbanos foi o

que mais registrou queda, de acordo com a Anfavea. A produção de janeiro a abril

de 2016 recuou 43,4% em relação ao mesmo período de 2015. Foram fabricados

neste ano 4.338 chassis de ônibus urbanos ante 7.659 do período de janeiro a

abril de 2015.

Estes números são refletidos na prática nos planejamentos de fabricantes de

chassis e carrocerias de ônibus.

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Nesta terça-feira, 3 de maio de 2016, em teleconferência com analistas de

mercado, a Marcopolo anunciou que admite a possibilidade de estudar o

fechamento de plantas de fabricação de carrocerias, sendo as plantas de ônibus

urbanos no Rio de Janeiro, tanto da marca como da Neobus, as mais cotadas

para um eventual fechamento. Relembre neste link: http://wp.me/p18rvS-6mv.

Outras fabricantes de ônibus também encerraram as atividades de plantas fabris

por causa da crise econômica brasileira.

No dia 28 de janeiro, a Comil anunciou o encerramento da produção de ônibus

urbanos na fábrica de Lorena, no interior de São Paulo. Em torno de 200

trabalhadores foram demitidos.

A empresa concentra agora toda a produção na sede em Erechim, no Rio Grande

do Sul.

No dia 5 de fevereiro foi a vez da Ibrava – Indústria Brasileira de Veículos

Automotores anunciar o encerramento temporário das atividades na planta de

Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos inicialmente 70 funcionários. A

empresa é especializada na fabricação de micro-ônibus, a maior parte deles para

linhas urbanas.

A produção de ônibus rodoviários também registra expressiva queda, porém

menor que a dos ônibus urbanos. Entre janeiro e abril de 2016, foram produzidos

1.586 chassis de ônibus rodoviários contra 2.088 no mesmo período de 2015, o

que representa queda de 24%.

MARCAS E LICENCIAMENTOS:

Se a produção cai, os licenciamentos acompanham situação semelhante.

De acordo com balanço da Anfavea, divulgado nesta quinta-feira 5 de maio, os

licenciamentos de ônibus de janeiro a abril de 2016 tiveram queda de 46,3% em

comparação ao mesmo período de 2015, somando 3.636 unidades ante 6.767 de

2015.

Confira:

1º) Mercedes-Benz – 1.844 ônibus – queda de 44,4%

2º) MAN/Volkswagen Caminhões & Ônibus – 697 ônibus – queda de 54,2%

3º) Agrale – incluindo minionibus Volare – 635 ônibus – queda de 29,3%

4º) Volvo – 224 ônibus – queda de 50,3%

5º) Iveco – 146 ônibus – queda de 70,7%

6º) Scania – 84 ônibus – alta de 40%

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29.04.2016

Pedágios da BR-153 serão reajustados de novo e alta

acumulada chegará a 108%

O preço do pedágio em todo o trecho paulista da BR-153 (Rodovia

Transbrasiliana) deverá ser reajustado pela segunda vez em menos de seis meses.

A tarifa básica para carros saltará para R$ 7,70, uma alta de mais de 108% em

relação ao que era cobrado até o final do ano passado.

A informação foi confirmada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes

Terrestres) durante a audiência pública que debateu o projeto de duplicação da

estrada. O evento foi realizado na última terça-feira (26) em São José do Rio Preto

e contou com a presença de quase 50 pessoas.

No final do ano passado, a valor da tarifa subiu de R$ 3,70 para R$ 4,30. De

acordo com o superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária do

órgão federal, Luiz Castilho, uma nova alta deverá acontecer ainda neste primeiro

semestre, com a taxa aumentando mais R$ 3,40 de uma só vez.

Em nota, a ANTT explicou que o contrato de concessão firmado com a

concessionária Triunfo Transbrasiliana prevê a recomposição do equilíbrio

econômico-financeiro através de reajustes no preço do pedágio ou aporte de

recursos.

Esse novo aumento, porém, é condicionado a aprovação de projetos para

duplicação de trechos da rodovia, realização de audiência pública e análise das

propostas colhidas durante o encontro. As obras somam 88 quilômetros.

AS OBRAS

Responsável pelo trecho de 321,6 quilômetros da rodovia federal, entre Ourinhos

e Icém, ou seja, da divisa dos estados Paraná/São Paulo até a divisa São

Paulo/Minas Gerais, a Triunfo Transbrasiliana deseja a duplicação da BR-153 entre

o quilômetro zero e o km 51,7, denominado Lote 01, e entre o km 162 e o km 195,

chamado Lote 03.

O projeto da concessionária prevê, entre outros pontos, a construção de um anel

viário da base da PRF (Polícia Rodoviária Federal) até o entroncamento com a SP-

333. Atualmente a BR-153 sofre descontinuidade no trecho entre a Avenida Jóquei

Clube - em frente à Polícia Federal - e o Posto Gigantão. Quem vai sentido norte,

por exemplo, precisa trafegar pela SP-294 e SP-333 até acessar novamente a

rodovia federal.

Já o Lote 02, que prevê a duplicação do trecho urbano de Rio Preto, foi excluído

por conta de um contrato assinado em 2014 com o DNIT (Departamento Nacional

de Infraestrutura de Transportes), outro departamento do Ministério dos

Transportes, no valor de R$ 186,9 milhões.

O prazo de concessão da Triunfo Transbrasiliana termina em 2033.

Até o dia 6 de maio, a ANTT recebe, via internet, sugestões e críticas a cerca das

obras. O endereço é o www.antt.gov.br.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 54

04.05.2016

Novo modelo de concessão de rodovias gaúchas é freado

no Legislativo

Se proposta for aprovada, concessionárias

terão contratos de 30 anos de exploração

comercial de rodovias

Proposta do Governo do Rio Grande do Sul

de privatizar rodovias perdeu força na

Assembleia Legislativa. A discussão foi

retirada da pauta na sessão plenária desta

terça-feira, 3, pela própria base governista,

pressionada pela oposição. Outro ponto

polêmico, a alteração da Empresa Gaúcha

de Rodovias (EGR), foi aprovado por 36

votos a 13.

Ambos os projetos movimentaram a sessão do Legislativo. Parlamentares

contrários argumentam que a medida não gera benefícios aos usuários das

estradas estaduais e questionam a ausência de discussão com setores envolvidos.

Além disso, observam que não há contrapartidas ao Estado nas concessões, o que

é considerado um retrocesso na gestão das rodovias.

Irônico, o deputado Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT, disse que os

gaúchos sentirão saudades da política adotada na gestão do ex-governador

Antonio Brito (PMDB), na qual os regimes de concessão tinham validade de 15

anos renováveis por período igual. Já a atual proposta prevê que a concessionária

vencedora de licitação assuma a rodovia por 30 anos e sem marco regulatório, o

que retiraria o direito do Poder Legislativo de analisar as concessões. “Pela

proposta de Sartori, a iniciativa privada ficará com o ‘filé’, num negócio em torno

de R$ 24 bilhões, tocando à EGR a ‘carne de pescoço’. “Não há transparência, é

esvaziado o poder de fiscalização dos usuários e retira-se o poder deliberativo do

Legislativo”, explicou Mainardi.

Emendas

Em torno do debate acalorado, Sergio Peres (PRB), apresentou quatro emendas ao

projeto em discussão. Entre elas, parlamentar sugere um novo modelo de

cobrança do pedágio. A proposta é determinar a distância mínima de 100 km

entre um posto de pedágio e outro. O parlamentar também sugere isenção de

tarifa para pessoas com doenças graves e degenerativas. Já a emenda nº 12 prevê

a extinção do artigo 11, o qual tira da Assembleia Legislativa a participação na

análise das licitações de concessão para exploração rodoviária. “É papel do

Parlamento gaúcho fiscalizar os atos do Executivo e tirar essa prerrogativa é

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 54

violar a missão dos deputados de representar e defender os interesses da

sociedade gaúcha”, avalia.

Uma emenda coletiva, proposta com os deputados Álvaro Boessio (PMDB), Marcel

Van Hattem (PP) e Missionário Volnei (PSC), estabelece a compensação dos valores

pagos nas praças de pedágio no Imposto Sobre a Propriedade de Veículos

Automotores (IPVA). De acordo com a matéria, a medida será válida para veículos

com registro no estado e o desconto será autorizado mediante apresentação dos

recibos expedidos pelas concessionárias.

EGR

Já o projeto que muda a EGR, considerada empresa pioneira no Brasil e modelo de

gestão de pedágio, prevê profundas alterações, a começar pela formação de um

novo conselho administrativo. Importantes órgãos do Conselho da EGR, como a

FAMURS (Federação das Associações dos Municípios do Estado), a Associação de

Usuários de Rodovias Concedidas do Estado do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos

Transportadores Autônomos de Carga, o Sinditac (Sindicato dos Transportadores

Autônomos de Cargas do RS), o Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte

de Cargas e Logística do RS) e a Assurcon (Associação dos Usuários de Rodovias

Concedidas do RS) devem ficar de fora do Conselho, que será reduzido de 13 para

sete integrantes.

“Isto é um golpe contra o bolso do cidadão. Esse governo incompetente que se

instalou no Palácio Piratini, que nesses dois anos e meio não foi capaz de

apresentar nenhum projeto decente para o estado do Rio Grande do Sul, agora se

prepara para repetir aquilo que o Antônio Britto já fez, que foi inviabilizar o Rio

Grande do Sul”, disse Nelsinho Metalúrgico (PT).

A administração da EGR sobre os pedágios gerou uma redução de até 70% nas

tarifas de pedágio no Rio Grande do Sul. Além disso, a distribuição dos recursos

para investimentos em infraestrutura é feita de forma adequada. “A proposta do

governo Sartori é um cheque em branco para o governador. A EGR vai ter outro

papel, que não é aquele para o qual foi criada. Esta pauta é um atraso para o Rio

Grande do Sul”, comentou o deputado Zé Nunes (PT).

Para o diretor-presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, a gestão da empresa será

mais eficiente, pois poderá ampliar sua receita com o mesmo quadro de pessoal.

“A empresa deixa de existir para a cobrança de pedágios e passa a ter foco na

administração de rodovias”, explica. Segundo ele, a mudança no número de

conselheiros também reduzirá custos. “Com a possibilidade de administrar toda a

faixa de domínio de suas rodovias, a empresa pode explorar espaços comerciais,

que é outra inovação da lei.”

A EGR tem sob sua responsabilidade 14 praças de pedágio e 892 quilômetros de

rodovias que recebem um volume de tráfego de mais de 40 milhões de veículos

por ano.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 54

05.05.2016

Governo inclui 16 novos trechos de rodovias para leilão

Grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá

de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel

O governo brasileiro publicou esta semana a inclusão no Programa Nacional de

Desestatização (PND) dos 16 trechos de rodovias que pretende conceder à

iniciativa privada. Agora, só falta combinar com o mercado.

Seja com Dilma Rousseff ou com Michel Temer na presidência, o fato é que

grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá

de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel.

“O modelo atual de concessão está esgotado. Os melhores trechos já foram

repassados à iniciativa privada. Se continuarmos com as mesmas regras, teremos

pedágios com preços inviáveis, e a população tem reagido a isso”, diz Carlos

Campos, economista e especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(Ipea).

Os 16 trechos de estradas foram anunciados pelo governo em junho de 2015, mas

até hoje não foi possível leiloar nem um trecho sequer. O cronograma original

previa cinco leilões

de rodovias em

2015 e outros 11

este ano, mas,

nenhum aconteceu.

A Agência Nacional

de Transportes

Terrestres (ANTT)

está com dois

editais prontos para

licitar a chamada

Rodovia do Frango, em Santa Catarina, e a BR-163, no Pará.

No entanto, será preciso aguardar, porém, o desfecho político do país. Nos

últimos meses, as duas estradas tiveram suas propostas completamente alteradas

para tentar despertar o interesse dos investidores.

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 54

04.05.2016

ANTT vai conceder incentivos fiscais a concessionárias

por obras rodoviárias

Agência concederá incentivos fiscais em obras de infraestrutura

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai habilitar concessionárias

de rodovias e ferrovias ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento

de Infraestrutura – Reidi. Trata-se da desoneração fiscal para a execução de

projetos de infraestrutura.

As diretrizes para a emissão dos atestados de habilitação das concessionárias

para exploração da infraestrutura e dos serviços de transporte constam na

Resolução nº 5.082, divulgada no Diário Oficial da União (DOU) de 2 de maio e

estão dentro do que trata a portaria nº 124 do Ministério dos Transportes.

A agência emitirá, dentro de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período,

documento declarando que o benefício do Reidi foi considerado no cálculo do

preço do projeto no âmbito dos contratos de concessões ferroviárias, ou se foi

considerado o cálculo da tarifa dos contratos de concessões da infraestrutura

rodoviária.

Depois de concluído o

prazo, ou após o término

do projeto enquadrado no

Reidi e com o recebimento

de pedido da

concessionária, a ANTT

emitirá em até 15 dias,

contados da data da

solicitação, atestado de

execução parcial ou

integral da entrada em

operação do

empreendimento.

O Reidi foi criado pela Lei nº 11.488/2007, como forma de ampliar as implantação

de projetos de infraestrutura. É beneficiária do regime a pessoa jurídica que tenha

projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nos setores de

transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação.

O incentivo fiscal do Reidi consiste na suspensão da incidência das contribuições

para PIS (1,65%) e Cofins (7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições

destinadas à utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao

seu ativo imobilizado.

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 54

05.05.2016

Passagem da tocha olímpica pelas rodovias federais

concedidas terá apoio das concessionárias

Com a chegada do fogo olímpico ao solo brasileiro, a Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) organizou a passagem do comboio responsável

pela chama no percurso pelas rodovias federais concedidas. O símbolo das

Olímpiadas de 2016 vai viajar por todo o Brasil, durante cerca de 90 dias,

passando por mais de 300 cidades.

A ANTT é responsável por apoiar as autoridades envolvidas e garantir a

segurança, conforto e fluidez dos segmentos sob sua competência. O comboio

principal é composto por 31 veículos. Além disso, a Agência vai disponibilizar

uma viatura caracterizada, um veículo administrativo da concessionária em cada

trecho, uma ambulância e um guincho leve para evitar qualquer circunstância

negativa.

ANTT nas Olimpíadas – A tocha olímpica chegou à capital federal nesta terça-

feira, onde começa a trilhar seu caminho rumo ao Rio de Janeiro, sua parada final.

A primeira rodovia federal concedida por onde passará, no dia 6/5, será a BR-

153/GO, sob a administração da Concebra. As unidades regionais da ANTT

providenciarão o apoio necessário para cada trecho percorrido, por meio dos

Centros Integrados de Comando e Controle, sob coordenação da Secretaria

Especial para Grandes Eventos (SESGE).

A Agência participou de todas as etapas da organização do evento, fazendo parte

dos grupos da Secretaria Especial para Grandes Eventos (Ministério da Justiça),

Tocha Olímpica (Presidência da República) e Geolímpiadas e Parolimpíadas

(Ministério dos Esportes).

29.05.2016

Rio terá pelo menos 100 carros elétricos para aluguel;

licitação sai amanhã

A Prefeitura do Rio publicou hoje, no Diário Oficial, o aviso de licitação do

sistema de aluguel de carros elétricos. Amanhã, sai o edital.

Funcionará assim: a empresa que ganhar a licitação terá de colocar à disposição

no mínimo 100 carros para serem alugados, que poderão ser carregados em 50

estações, no Centro e na Zona Sul, em locais como a Praça Mauá, o campus da

UFRJ na Praia Vermelha e a Av. Bartolomeu Mitre, em Ipanema.

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 54

05.05.2016

EMTU rompe contrato com construtora por atraso nas

obras do corredor de ônibus da região de Campinas

ADAMO BAZANI

A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos informou na tarde desta

quinta-feira, 5 de maio de 2016, que rompeu o contrato com a construtora

Estacon Engenharia S/A, responsável por parte das obras do corredor BRT

Noroeste, da região de Campinas, no interior de São Paulo.

Segundo a gerenciadora de transportes metropolitanos, deve ser realizada uma

nova licitação.

Na versão da EMTU, o rompimento de contrato ocorreu porque a construtora não

cumpriu os prazos estipulados

para as obras.

Já a empreiteira disse que o

rompimento ocorreu porque o

valor previsto no início do

contrato não deu cobertura para

todo o serviço.

Segunda empresa, o valor inicial

era de R$ 141 milhões e foi

reajustado para R$ 169 milhões.

Mesmo assim, ainda de acordo

com a construtora, não teria sido suficiente.

A EMTU ainda informou que aplicou seis multas à construtora no valor de R$ 1

bilhão e 75 milhões. A empreiteira diz que as multas somam R$ 300 mil e que

recorreu.

O corredor Metropolitano Biléo Soares deve ter 47,4 km ligando Campinas aos

municípios de Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Monte Mor, Americana e Santa

Bárbara D’Oeste. A obra completa deveria ter sido entregue em janeiro deste ano.

Mas agora, a nova previsão é para 2017.

A partir do próximo sábado, dia 7, começa a operação parcial do Terminal

Metropolitano de Americana, na região de Campinas, no interior de São Paulo, que

faz parte do sistema.

Serão 48 linhas no local, sendo 15 metropolitanas e 33 municipais.

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 54

02.05.2016

Excesso de carga aumenta risco de acidentes nas estradas

Um caminhão com excesso de carga tem a eficiência dos freios reduzida pela

metade. É o que aponta o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) no

primeiro dia da campanha “31 Dias para mudar o trânsito”, que começa nesta

quarta-feira (4), como parte das atividades do Maio Amarelo.

Segundo o último anuário estatístico do Detran, que compila informações das

Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, Polícia Militar e prefeituras, em 2014

foram 5.063 acidentes com vítimas envolvendo caminhões no Estado.

“O problema é que quando o motorista precisa acionar os freios em uma situação

inesperada, de forma brusca, o veículo está preparado tecnicamente para

suportar o peso. Assim, além de colocar a própria vida em risco, acaba arriscando

a segurança dos demais companheiros de estrada”, comenta o diretor-geral do

Detran, Marcos Traad.

Dados da Seguradora Líder, responsável pelo Seguro DPVAT, mostram que das

indenizações pagas em todo Brasil, 38% envolviam pagamentos por morte de

motoristas, 38% de pedestres e 24% de passageiros.

“O sistema de frenagem está ajustado para um determinado peso que, se não

corresponde ao que o veículo está transportando, derruba pela metade a

eficiência dos freios”, explica o engenheiro da Transtech Engenharia e Inspeção

Ltda, Rubem Melo.

Estradas

Outro problema causado pelo excesso de carga é o desgaste das estradas. De

acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um

caminhão com 50% de excesso de carga causa 10 vezes mais danos ao pavimento

do que se estivesse com o peso normal.

Campanha

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) criou uma estratégia diferente

para chamar a atenção para a prevenção de acidentes e redução do número de

vítimas no trânsito. Como parte das ações do movimento Maio Amarelo, a

autarquia criou 31 pequenas campanhas publicitárias, com duração de um dia

cada uma, sobre atitudes que podem fazer a diferença.

Os vídeos mostram depoimentos baseados em fatos reais e serão exibidos, um

por dia, no site www.detran.pr.gov.br/maioamarelo e nas redes sociais do Detran.

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06.05.2016

EXCLUSIVO: São Paulo poderá ter paralisações de ônibus a

partir da próxima ADAMO BAZANI

Quem depende de transporte por ônibus na cidade de São Paulo pode enfrentar

problemas a partir desta terça-feira, 10 de maio de 2016. Já os moradores do ABC

Paulista podem sofrer com greve parcial de ônibus na segunda-feira.

O Sindmotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte

Rodoviário Urbano de São Paulo informou em primeira mão ao Blog Ponto de

Ônibus que a partir de terça, a categoria deve realizar paralisações espalhadas na

cidade e que, na próxima sexta-feira, dia 13 de maio, será realizada uma greve

que afetaria todas as empresas de ônibus, incluindo as viações do subsistema

estrutural e as ex-cooperativas, do subsistema local. Os veículos sairiam nos

primeiros horários, mas ainda na parte da manhã parariam no meio do trajeto,

afetando também o trânsito. Os terminais seriam fechados.

O motivo, segundo a entidade trabalhista, é que ainda não houve acordo com as

empresas de ônibus a respeito do reajuste salarial de motoristas, cobradores e

demais funcionários dos transportes.

A categoria pede reposição da inflação acumulada mais aumento salarial real de

5%. Além disso, os trabalhadores querem R$ 2000 de PLR – Participação nos

Lucros e Resultados e vale-refeição de R$ 25.

Segundo o sindicato, na próxima terça-feira às 11h, haverá uma reunião com os

empresários na Secretaria Municipal de Transportes com a presença de

representantes da prefeitura para tentar por fim ao impasse. No entanto, se não

houver acordo, ainda segundo o sindicato, as primeiras paralisações devem

ocorrer logo em seguida.

O sindicato diz que não recebeu nenhuma proposta das empresas de ônibus sobre

a campanha salarial que está em andamento.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 54

Greve de ônibus no ABC pode afetar 90 mil na segunda-feira

Passageiros que dependem de 40 linhas de ônibus no ABC Paulista e em parte da

capital podem enfrentar dificuldades na próxima segunda-feira, dia 9 de maio.

Trabalhadores de sete empresas de ônibus ameaçam cruzar os braços alegando

atrasos nos pagamentos.

As empresas que devem ser afetadas são EAOSA- Empresa Auto Ônibus Santo

André, Viação São Camilo, Urbana Santo André, Viação Ribeirão Pires, Viação

Riacho Grande, Viação Triângulo e Viação Imigrantes.

As viações operam na Vila de Paranapiacaba e nos municípios de Rio Grande da

Serra, Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do

Sul e São Paulo.

As companhias atendem em torno de 90 mil passageiros por dia. De acordo com o

sindicato que representa os rodoviários no ABC, as empresas do grupo de Baltazar

José de Sousa atrasaram o pagamento de cerca de 2 mil funcionários.

O empresário, que é considerado pela Justiça o maior devedor individual da

União, com débitos de impostos que somam R$ 1 bilhão, propôs pagamento

escalonado até quarta-feira, dia 11. A proposta foi rejeitada pelos rodoviários.

Baltazar alega que não recebeu da EMTU –Empresa Metropolitana de Transportes

Urbanos, gerenciadora das linhas intermunicipais, R$ 4,3 milhões referentes a

gratuidades e descontos de meia passagem.

O empresário ainda reclama

que a gerenciadora reteve

R$ 1,5 milhão, cobrando

taxas e que repassou do

total R$ 93 mil até agora

para as empresas.

A EMTU não se manifestou

sobre os valores. Estas

empresas de Baltazar atuam

na área 5, correspondente

ao ABC Paulista, a única

das regiões metropolitanas do Estado onde as empresas operam sem contratos de

licitação, apenas com permissões precárias, pelo fato de os empresários da região

esvaziarem as seis tentativas de licitação pela EMTU desde 2006.

A gerenciadora cogita na licitação prevista para este ano extinguir a área 5 e

anexar os serviços às outras quatro áreas operacionais da região metropolitana de

São Paulo.

Se a paralisação prometida ocorrer mesmo nesta segunda-feira, também devem

ser afetadas as linhas de ônibus municipais do lote 05 do Consórcio União Santo

André, operadas pela Empresa Urbana Santo André.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 54

04.05.2016

Prefeitura abriu Ciclovia Tim Maia sem ver cálculo da obra

RIO - A Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, foi inaugurada em janeiro sem

que a prefeitura tivesse um documento considerado fundamental para a

checagem de sua segurança. Fontes ligadas à investigação do desabamento que,

no último dia 21, provocou a morte de duas pessoas, informaram ao GLOBO que o

consórcio Contemat-Concrejato fez a obra sem entregar à Fundação Geo-Rio a

chamada memória de cálculo, na qual estão todas as contas que embasaram o

projeto executivo da estrutura, elaborado pelo grupo de empresas.

Segundo especialistas, é praxe as empresas responsáveis por uma construção, a

pedido do contratante (no caso, o município), apresentarem o documento.

Técnicos da Geo-Rio alegam terem pedido várias vezes a memória de cálculo ao

consórcio.

A memória de cálculo é considerada muito importante porque permite detectar

problemas no planejamento de uma obra. De acordo com a Norma 7.187 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): “O memorial de cálculo deve

ser iniciado com uma indicação clara do modelo estrutural adotado, com as

dimensões principais, características dos materiais, condições de apoio, hipóteses

de cálculo e outras informações que sejam necessárias para defini-lo”.

MATERIAL É INDISPENSÁVEL

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro

(Crea-RJ), Reynaldo Barros, diz que o documento é indispensável para qualquer

projeto. Uma memória de cálculo, por exemplo, fez parte do projeto básico da

ciclovia elaborado pela Geo-Rio.

— Você precisa ter todos os cálculos necessários para definir como o projeto

executivo será realizado. O normal é a memória ser fornecida de imediato. O

contratado deve ter essas informações. Se não tem, é um erro — disse Barros.

Professor da Uerj, o engenheiro elétrico Alexandre Rojas destacou que a ausência

do documento é mais um sinal de que a obra da ciclovia apresentava lacunas:

— Se a prefeitura não exigiu, foi uma falha da contratante. A licitação não prevê

essa obrigatoriedade (da entrega da memória de cálculo), mas a documentação

pertence ao dono da obra.

Em nota, a Secretaria municipal de Obras afirmou que “os cálculos são feitos

durante o projeto executivo, que ficou a cargo do consórcio” e que “tais

documentos já foram disponibilizados, a pedido da Geo-Rio, pelo consórcio a

todos os órgãos que investigam o incidente”. Já o grupo Contemat-Concrejato

disse que só vai se pronunciar após o fim das investigações.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 54

06.05.2016

Começa prazo para envio de sugestões sobre concessão de

quatro aeroportos

Começa hoje (6) a audiência pública para colher sugestões sobre o edital de

concessão de quatro aeroportos internacionais: o de Salvador, Deputado Luís

Eduardo Magalhães; o de Porto Alegre, Salgado Filho; o de Florianópolis, Hercílio

Luz; e o de Fortaleza, Pinto Martins. De acordo com a Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac), a audiência vai durar 45 dias, com sessões presenciais nas cidades

onde estão os terminais a serem leiloados.

Segundo dados da Anac, o aeroporto de Salvador apresenta a maior

movimentação anual: 9 milhões de passageiros. Em seguida vem o de Porto

Alegre, com movimentação de 8,4 milhões; Fortaleza, com 6,3 milhões de

passageiros; e, por último Florianópolis, com 3,7 milhões de passageiros.

Somados, são mais de 27 milhões de pessoas que equivalem a 11,6% dos

passageiros de todo o Brasil.

O edital prevê ainda a possibilidade de o mesmo grupo econômico vencer a

disputa para mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região

geográfica.

O valor mínimo para aquisição da concessão do aeroporto de Salvador é R$ 1,490

bilhão, o segundo maior investimento, ficando atrás do de Fortaleza, que tem

lance mínimo superior a R$ 1,5 bilhão. O lance mínimo para operacionalização do

terminal de Porto Alegre se aproxima dos R$ 729 milhões e o de Florianópolis é

de R$ 328 milhões. Somando os valores dos quatro aeroportos em processo de

desestatização, o montante ultrapassa R$ 4 bilhões.

Por indicação do Tribunal de Contas da União, os novos operadores deverão

garantir o emprego dos funcionários da Infraero, que já trabalham nos aeroportos

leiloados, até o dia 31 de dezembro de 2018.

Além das obras de grande porte, os vencedores das concessões devem tomar

ações imediatas como a melhoria das condições de utilização dos banheiros e

fraldários do aeroporto, disponibilização de internet wifi gratuita de alta

velocidade, melhoria do sistema de iluminação no acesso aos terminais, melhoria

nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores, esteiras de

bagagens e correção em infiltrações, fissuras, manchas e desgastes nas

estruturas. Todas essas ações devem ser concluídas até o término da transição

operacional do aeroporto.

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 54

29.04.2016

UberPool traz compartilhamento de corrida entre

estranhos para SP

Um ano e oito meses após o Uber liberar o compartilhamento de carros e da conta

por mais de um usuário em San Francisco, na Califórnia, metade das viagens

passou a ser feita assim. Chamada de UberPool, a modalidade mais barata para os

usuários e rentável para motoristas estreia nesta sexta-feira (29) em São Paulo.

A chegada de um dos serviços mais populares do Uber à capital paulista ocorre

dois dias depois de vereadores municipais adiarem a votação de uma lei que

regulamentaria aplicativos de carona e compartilhamento de carros.

"A ideia é colocar mais gente dentro do

carro", explica Fabio Sabba, porta-voz da

empresa no Brasil. "Quanto mais gente

sentado, mais você consegue tirar carro da

rua e pagar menos."

Depois de a cidade californiana ser a

primeira a receber o UberPool, o serviço se

tornou uma porta de entrada para novos

usuários por ser "cool" e cobrar menos.

Desde então, 3 milhões de pessoas

começaram a usar o Uber atraídos por essa

opção.

Quando os usuários optam pelo

compartilhamento, o app analisa se há

alguém em seu caminho que vai para o

mesmo destino ou que possa ficar no meio

do caminho. Se elas estiverem

relativamente próximas, de modo que

pegar a segunda não vá atrapalhar muito a

viagem da primeira, pronto, está feito o

"match" (para quem estranhou o termo,

associado às combinações do Tinder, não

se assuste, pois é assim mesmo que o Uber

trata a ação: "Quando a gente fala 'match'

aí é mais no sentido de casar [o destino] de

duas pessoas", brinca Sabba.). Depois

disso, o sistema mostra ao motorista qual roteiro seguir, considerando todas as

escalas.

Para Sabba, sentar-se ao lado de um desconhecido não será incômodo. "Eu não

acho que isso seja um problema, porque você fica ao lado de estranhos mais

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 54

vezes do que imagina. No cinema, fica duas horas com um cara que você não

conhece do seu lado e acha normal."

As tarifas não são exatamente rateadas igualmente entre os vários passageiros.

Ainda assim, a conta fica mais leve porque um desconto de 10% a 40% é aplicado

sobre o valor total. Os motoristas também saem ganhando. Em vez dos 25%

recolhidos pelo Uber, destinam 10% do preço final quando não há "matches".

Quando há combinações, a fatia do Uber sobe para 30% -- nesses casos, porém, o

valor pago é maior por haverem mais pessoas no carro.

Apesar de o Uber operar em 413 cidades no mundo todo, só em 34 é possível

rachar o pagamento com estranhos. A capital paulista é apenas a segunda na

América Latina em que a empresa oferece a opção de serviço.

"Só funciona quando você tem uma quantidade razoável de usuários e motoristas.

A gente acredita que São Paulo agora tem essa densidade", explica Sabba. "A

cidade é gigante e tem muita gente usando. Segundo, tem um trânsito

considerável. Ou seja, tem um desafio de mobilidade."

O executivo prefere não comentar quais outras cidades brasileiras podem receber

o UberPool. Por mês, o Uber cresce 30% no Brasil (em números de motoristas e

usuários) -- a empresa tinha 10 mil motoristas e um milhão de usuários no Brasil,

quando estava em oito cidades em janeiro. De lá pra cá, Salvador e Recife

entraram na conta. Nesta sexta, é a vez de Fortaleza.

28.03.2016

Teste do VLT revela figura do 'varredor de trilhos'

RIO - Mais um teste do VLT no Centro do Rio, feito nesta quarta-feira, colocou em

cena dois tipos cariocas. Um deles é bem conhecido, o "tranca cruzamento". Já o

outro era até então desconhecido na cidade: o "varredor de trilhos".

É que para que o veículo pudesse passar, funcionários da obra iam na frente do

trem, varrendo as folhas que caíram sobre os trilhos, como mostra o vídeo acima.

Enquanto isso, o VLT seguia as vassouras em velocidade reduzida.

A imagem lembra o esporte de inverno curling, que ganhou o gosto dos

brasileiros nas transmissões pela televisão. Na modalidade, um atleta atira uma

pedra sobre uma pista de gelo, enquanto outros vão "varrendo" a pista para que o

objeto deslize mais ou menos até o alvo.

Outro problema que ficou evidente no teste foi o hábito carioca de motoristas de

ônibus e também de carros particulares de fechar os cruzamentos. Para que o VLT

pudesse passar durante o teste, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante

Barroso na manhã desta quarta, foi preciso que seis operadores de trânsito da

CET-Rio tentassem insistentemente livrar o cruzamento dos veículos que o

obstruíam com o engarrafamento.

A previsão da prefeitura é que o VLT seja inaugurado no dia 22 de maio. A

primeira linha ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, com 18

paradas e um tempo de percurso estimado em 30 minutos.

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 54

05.05.2016

App ajudará cariocas e turistas a usarem os transportes

públicos na Rio 2016 As Olimpíadas estão chegando e com ela um número enorme de turistas e,

certamente, cheio de dúvidas de como usar os transportes públicos da cidade e

os cariocas também. Dia destes estive na Presidente Vargas e não achava o ônibus

para voltar para casa, acabei pegando um táxi…. sério…

Uma das formas de retirar estas dúvidas é o uso da tecnologia, então como parte

integrante do Plano Olímpico de Mobilidade, será possível planejar viagens em

qualquer modal da cidade, utilizando aplicativo de smartphone. Para que isso

fosse possível, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de

Transportes (SMTR), padronizou e unificou dados de todos os transportes

disponíveis no Rio — ônibus, BRT, VLT, trens, metrô, vans, barcas e teleféricos. O

banco de dados Data Rio, que ficará de legado após os Jogos, foi disponibilizado

para aplicativos do mercado. O Moovit foi o primeiro aplicativo oficial de

transporte público homologado por atender os requisitos exigidos pelo

município.

Ao todo, são mais de 50 km de linhas e novos serviços mapeados, interligando o

sistema de transporte às regiões de competição – na Barra, Deodoro, Maracanã e

Copacabana. Por meio do app, o usuário terá informações sobre trajetos de linhas

de ônibus e serviços dos demais modais, indicações dos locais de competição,

além das rotas olímpicas. Com isso, o passageiro poderá planejar viagens

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 54

utilizando diferentes tipos de transporte e tendo conhecimento prévio sobre a

disponibilidade dos serviços.

Além disso, durante os Jogos Rio 2016, um integrante do Moovit acompanhará os

trabalhos do Comitê Olímpico de Mobilidade – que reúne representantes de vários

órgãos da Prefeitura – no Centro de Operações Rio (COR), de onde as informações

sobre trânsito e transporte serão monitoradas em tempo real. Associando dados

oficiais às informações de usuários na comunidade do app, o Moovit poderá

indicar os trajetos mais rápidos ou curtos aos passageiros.

O banco de dados Data Rio, elaborado pelo Comitê de Mobilidade, formado pela

Secretaria Municipal de Transportes, Governo Estadual, Centro de Operações Rio e

Iplan Rio, reúne informações em tempo real sobre os transportes da cidade:

itinerários, localização de pontos e estações, tempo de intervalos, entre outros.

Acessibilidade para todos

Para garantir que as informações estejam disponíveis ao maior número de

pessoas, o Moovit está disponível em 35 idiomas, incluindo português, inglês,

espanhol e francês.

Outra importante novidade é que, atendendo a um dos requisitos da Prefeitura, o

app também conta com recursos de acessibilidade que permitem sua utilização

por pessoas com deficiência visual – opção disponível para celulares equipados

com os sistemas iOS e Android. Integrado às funcionalidades VoiceOver e

TalkBack (para iOS e Android, respectivamente), o Moovit têm todas as suas telas

acessíveis.

Essas funcionalidades permitem que o usuário pressione seu dedo na tela do

celular e, então, ouça qual botão ou ícone está sendo visualizado, facilitando a

navegação e permitindo que deficientes visuais planejem suas viagens e rotas

com mais facilidade.

O Moovit estará disponível também em versão web no site oficial para o turista, o

www.visit.rio, que indica as melhores opções de lazer, gastronomia e locomoção

pela cidade. Pelo app, os usuários poderão ainda compartilhar rotas e trajetos

com seus contatos via e-mail e redes sociais.

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02.05.2016

Faixas exclusivas são aposta das cidades para resolver o

trânsito. Mas será que são eficazes?

Para parte dos motoristas de automóveis particulares, ficar parado no trânsito

enquanto o ônibus, a bicicleta e até o pedestre a ultrapassa em faixas exclusivas

pode parecer uma injustiça. Mas a segmentação da via pública por diferentes

modais vem sendo uma medida recorrente em grandes cidades para resolver

congestionamentos. Priorizando o transporte coletivo e a bicicleta, gestores

públicos acreditam que diminuirão a quantidade de automóveis particulares no

dia a dia das metrópoles.

Com um histórico de vias segregadas ao transporte coletivo, Curitiba dá os

primeiros passos na implantação das faixas. Essa estrutura mais simples de

priorização do ônibus, com tinta e tachões, já está disseminada em cidades

populosas como Londres, São Paulo, Rio de Janeiro e Bogotá e até em municípios

médios como Juiz de Fora (MG) e a paranaense Londrina.

Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da Associação Nacional de

Transportes Públicos (ANTP), explica que as faixas e os corredores segregados

devem ser projetos complementares. “Cada projeto se adapta para o perfil da via

onde ele está sendo implantado”, disse Néspoli. A canaleta, por exemplo, é

perfeita para vias com características expressas como a Linha Verde ou a Avenida

das Torres (quando já não houver mais torres). Mas já não é a melhor solução

para vias arteriais, como as ruas XV de Novembro e Conselheiro Laurindo -- ambas

com projetos já implementados.

A segregação das vias e o estímulo ao transporte coletivo surgem como

alternativas ao alargamento do sistema viário, modelo que se mostrou pouco

eficaz no médio prazo. Paulistanos que o digam. Em 2010, o então prefeito José

Serra concluiu uma obra de R$ 1,5 bilhão para alargar a Marginal Tietê. Cinco

anos depois, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou que os

congestionamentos por ali aumentaram, em média, 80%.

Mas especialistas apontam que a implantação da faixa tem de vir acompanhada de

outras medidas. “Precisa haver racionalização da frota coordenada com a

demanda. Em São Paulo, a impressão inicial era de que as faixas não davam certo.

Mas hoje já não há mais questionamentos”, defendeu Lincoln Paiva, presidente do

Instituto Mobilidade Urbana. A capital paulista conviveu com um fenômeno

comum pós-implantação das faixas. Como os ônibus circulavam mais

rapidamente, eles chegam antes ao destino e passavam a ficar mais tempo

parados no ponto final. Por isso, há a necessidade de adequar as tabelas de

horários de partidas nas linhas beneficiadas com os corredores exclusivos.

São Paulo ganhou 410 quilômetros de faixas exclusivas nos últimos três anos. Até

então, havia 90 quilômetros. No ano passado, a prefeitura divulgou que a

velocidade média do transporte coletivo na cidade aumentou 67,5% – passando de

12,1 Km/h para 20,3 Km/h. Também no ano passado, a pedido da Gazeta do Povo,

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a Urbs apresentou dados que mostraram redução no tempo de viagem das linhas

que trafegavam nas faixas já instaladas em Curitiba.

Salvador suspendeu faixas por ter congestionado linhas de ônibus

Crítica comum feita por motoristas de automóvel particular, o congestionamento

causado pela implantação de faixas exclusivas de ônibus fez a prefeitura de

Salvador rever a implantação de duas faixas na capital baiana. Em novembro de

2013, as avenidas Juracy Magalhães Júnior e ACM chegaram a ganhar esses

corredores. Mas dias depois da implantação, a fiscalização foi suspensa.?À época,

a justifica do município foi de que a via acabou congestionando o tráfego dos

ônibus que circulavam por ali porque havia muitas linhas. A promessa era de que

mais estudos fossem feitos no local para a retomada da priorização. Mas até hoje

as faixas permanecessem desativadas, apesar de outras terem sido implantadas

em outras vias de Salvador.

Apesar de defender a política de priorização do transporte coletivo como um

todo, o arquiteto e urbanista Lucio Gomes Machado afirma ser um “mito”

imaginar a extinção dos automóveis particulares nas grandes cidades.”É claro que

o transporte coletivo tem de crescer. Mas São Paulo, por exemplo, é caracterizada

por uma diversidade de serviços e as pessoas precisam estar em vários lugares da

cidade durante um mesmo dia, microcapilaridade que o transporte coletivo não

consegue fazer. Então , vamos ter que continuar resolvendo problemas viários,

especiais e de estacionamento.”, afirma.

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AGENDA 2016

JUNHO

XI Seminário Nacional Metroferroviário

14 de junho - Rio de Janeiro