fim de semana artesp - edição 54
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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 06 de maio de 2015.TRANSCRIPT
EDIÇÃO 54 – 06 DE MAIO DE 2016
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
05.05.2016
Setor industrial defende novo modelo para destravar
infraestrutura
SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)
inicia hoje uma empreitada para tentar destravar os investimentos em
infraestrutura - praticamente parados por causa da crise político-econômica e
também pela Operação Lava Jato. Na lista de propostas desenhadas pela entidade
e que será entregue ao governo (atual ou a um eventual governo de Michel
Temer), estão medidas como a volta dos leilões pelo valor de outorga e a
retomada da capacidade de gestão das agências reguladores.
No comando da associação desde janeiro deste ano, o economista Venilton
Tadini quer tratar de problemas que afastaram investimentos no setor nos
últimos anos. Na opinião dele, o Brasil perdeu a capacidade de planejar e passou
a viver de espasmos, fazendo licitações aqui e acolá, sem uma lógica de
integração nacional. “Numa concessão de rodovia, por exemplo, é preciso mostrar
as vantagens, a redução do frete, para onde vai, etc. Tem de justificar que não sai
do nada e vai para lugar nenhum.”
Ex-diretor de infraestrutura e planejamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tadini tem no currículo uma
dezena de privatizações realizadas na década de 90. Depois disso, virou
presidente do banco Fator, onde ficou durante 20 anos. Exímio conhecedor dos
meandros da infraestrutura e do crédito para o setor, ele crítica o modelo
financeiro adotado pelo governo Lula e Dilma Rousseff nas concessões
rodoviárias, que limita taxa de retorno para o investidor.
Na opinião do executivo, o governo tem de criar um plano de negócio, com o
volume de investimento necessário e uma tarifa de pedágio. Cada investidor vai
calcular sua taxa de retorno e fazer as propostas dentro das condições
estabelecidas no edital, diz ele. A proposta da Abdib - que atende a uma enorme
insatisfação dos investidores nos últimos anos - vai na direção do que o possível
governo de Michel Temer tem sinalizado para as futuras concessões.
Outro ponto levantado pela Abdib refere-se ao enfraquecimento das agências
reguladores, que recentemente tem perdido espaço para o Tribunal de Contas da
União (TCU). “Para readequar a capacidade dos reguladores, é preciso ter
orçamento, plano de carreira e respaldo jurídico para os profissionais tomarem as
medidas necessárias sem medo de punições. O regulador não pode ficar refém de
outros órgãos (leia-se TCU e Ministério Público).”
02.05.2016
Brasil investiu R$ 26,6 bi em infraestrutura de transporte
em 2015
Os investimentos em infraestrutura no País somaram R$ 26,6 bilhões no ano
passado, entre recursos do setor público e privados relativos aos contratos de
concessão, informa o Caderno de Transportes 2015. O balanço de atividades de
2015 foi publicado nesta segunda-feira (2) pelo Ministério dos Transportes,
demonstrando os avanços do setor no período.
Entre os anos 2011-2014, o setor de infraestrutura apresentou evoluções
importantes, também a partir das parcerias entre os setores público e privado,
promovendo o aumento da capacidade das vias, atraindo maior competitividade
para o setor em âmbitos nacional e internacional.
De 2012 a 2013, especificamente, os investimentos do Ministério dos Transportes
subiram de R$ 15,5 bilhões para 16,3 bilhões. Destaque para a duplicação de
investimentos em ferrovias, em relação ao ano anterior: de R$ 1,04 bilhão para R$
2,5 bilhões.
Rodovias
Em 2015, os recursos disponíveis foram utilizados para a duplicação, adequação e
construção de rodovias administradas pelo Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os investimentos no modal por meio de
recursos públicos totalizaram R$ 6,3 bilhões.
No exercício, foi possível a conclusão de 391 obras, com a realização de 329,81
quilômetros de duplicações, além do início de outras 146, em razão da assinatura
de Termos de Ajuste de Conduta (TAC), entre a Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) e as concessionárias, promovidas em 2013. A partir do setor
privado, foram investidos R$ 5,8 bilhões.
Destacam-se também 42.765,30 quilômetros da malha rodoviária federal que
foram atendidos por meio dos Programas de Contratação, Restauração e
Manutenção por Resultados de Rodovias Federais Pavimentadas (PROCREMA),
aliados às obras de restauração e serviços de conserva rotineira.
Ferrovias
Entre 2011 e 2014, foram concluídos 913,7 quilômetros de ferrovias. A expansão
da malha ferroviária, fundamental para a cadeia logística do País, registrou em
2013 a execução de trechos da Ferrovia Norte-Sul com investimentos de R$ 6,04
bilhões. Outros R$ 4,23 bilhões foram investidos na Ferrovia de Integração Oeste-
Leste (Fiol) e mais R$ R$ 7,53 bilhões na construção da Nova Transnordestina.
No ano passado, houve o investimento pelas concessionárias de R$ 7.658
milhões. O transporte por ferrovia atingiu a marca de 485,4 milhões de toneladas
úteis (TU) no ano.
Pelo Programa de Aceleração do Crescimento, destacaram-se as execuções de 15%
da Ferrovia Norte Sul (FNS) – Extensão Sul, trecho Ouro Verde/GO – Estrela
d’Oeste/SP (682,0 km); 15% da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), trecho
Ilhéus/BA – Caetité/BA (537 km) e mais 8% da FIOL no trecho Caetité/BA –
Barreiras/BA (485 km). A Ferrovia Nova Transnordestina registrou avanços em
sua execução: foram lançados 599,5 km de superestrutura.
Hidrovias
Foram executadas ações em mais de 6 mil quilômetros de hidrovias para garantir
a navegabilidade. Dentre as intervenções realizadas estão sinalização, adequação
de pontes, adequação de canais, melhorias em eclusas, retiradas de obstáculos e
dragagens de manutenção.
Foram realizadas obras de adequação e melhoria nos corredores das hidrovias do
Paraná, Paraguai e Brasil – Uruguai, com destaque para as dragagens de
manutenção no tramo norte do rio Paraguai e no rio Taquari e para a manutenção
da sinalização das hidrovias do Paraguai e do Paraná.
Além dessas intervenções, também deve ser ressaltado o apoio aos
melhoramentos na Hidrovia do Tietê, com a continuidade da obra de ampliação
do vão da ponte ferroviária Ayrosa Galvão e com o início das obras do
atracadouro de espera da eclusa de Bariri.
06.05.2016
Produção de ônibus no Brasil amarga queda acumulada de
39,2%, diz Anfavea
ADAMO BAZANI
A crise econômica persiste, o que afeta diretamente os setores que expressam o
nível de investimento de diversos seguimentos do país, como a produção de
ônibus e caminhões.
De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 5 de maio de 2016, pela
Anfavea -Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a
produção de ônibus no Brasil entre janeiro e abril deste ano teve recuo de 39,2%
em relação ao mesmo período de 2015, que já registrou números negativos
expressivos
De acordo com o balanço, nesse período, foram produzidos em 2016, 5.924
chassis de ônibus contra 9.747 de janeiro a abril de 2015.
Como a crise econômica e fiscal atinge diretamente os cofres públicos, afetando
assim os investimentos em mobilidade urbana, o setor de ônibus urbanos foi o
que mais registrou queda, de acordo com a Anfavea. A produção de janeiro a abril
de 2016 recuou 43,4% em relação ao mesmo período de 2015. Foram fabricados
neste ano 4.338 chassis de ônibus urbanos ante 7.659 do período de janeiro a
abril de 2015.
Estes números são refletidos na prática nos planejamentos de fabricantes de
chassis e carrocerias de ônibus.
Nesta terça-feira, 3 de maio de 2016, em teleconferência com analistas de
mercado, a Marcopolo anunciou que admite a possibilidade de estudar o
fechamento de plantas de fabricação de carrocerias, sendo as plantas de ônibus
urbanos no Rio de Janeiro, tanto da marca como da Neobus, as mais cotadas
para um eventual fechamento. Relembre neste link: http://wp.me/p18rvS-6mv.
Outras fabricantes de ônibus também encerraram as atividades de plantas fabris
por causa da crise econômica brasileira.
No dia 28 de janeiro, a Comil anunciou o encerramento da produção de ônibus
urbanos na fábrica de Lorena, no interior de São Paulo. Em torno de 200
trabalhadores foram demitidos.
A empresa concentra agora toda a produção na sede em Erechim, no Rio Grande
do Sul.
No dia 5 de fevereiro foi a vez da Ibrava – Indústria Brasileira de Veículos
Automotores anunciar o encerramento temporário das atividades na planta de
Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos inicialmente 70 funcionários. A
empresa é especializada na fabricação de micro-ônibus, a maior parte deles para
linhas urbanas.
A produção de ônibus rodoviários também registra expressiva queda, porém
menor que a dos ônibus urbanos. Entre janeiro e abril de 2016, foram produzidos
1.586 chassis de ônibus rodoviários contra 2.088 no mesmo período de 2015, o
que representa queda de 24%.
MARCAS E LICENCIAMENTOS:
Se a produção cai, os licenciamentos acompanham situação semelhante.
De acordo com balanço da Anfavea, divulgado nesta quinta-feira 5 de maio, os
licenciamentos de ônibus de janeiro a abril de 2016 tiveram queda de 46,3% em
comparação ao mesmo período de 2015, somando 3.636 unidades ante 6.767 de
2015.
Confira:
1º) Mercedes-Benz – 1.844 ônibus – queda de 44,4%
2º) MAN/Volkswagen Caminhões & Ônibus – 697 ônibus – queda de 54,2%
3º) Agrale – incluindo minionibus Volare – 635 ônibus – queda de 29,3%
4º) Volvo – 224 ônibus – queda de 50,3%
5º) Iveco – 146 ônibus – queda de 70,7%
6º) Scania – 84 ônibus – alta de 40%
29.04.2016
Pedágios da BR-153 serão reajustados de novo e alta
acumulada chegará a 108%
O preço do pedágio em todo o trecho paulista da BR-153 (Rodovia
Transbrasiliana) deverá ser reajustado pela segunda vez em menos de seis meses.
A tarifa básica para carros saltará para R$ 7,70, uma alta de mais de 108% em
relação ao que era cobrado até o final do ano passado.
A informação foi confirmada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres) durante a audiência pública que debateu o projeto de duplicação da
estrada. O evento foi realizado na última terça-feira (26) em São José do Rio Preto
e contou com a presença de quase 50 pessoas.
No final do ano passado, a valor da tarifa subiu de R$ 3,70 para R$ 4,30. De
acordo com o superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária do
órgão federal, Luiz Castilho, uma nova alta deverá acontecer ainda neste primeiro
semestre, com a taxa aumentando mais R$ 3,40 de uma só vez.
Em nota, a ANTT explicou que o contrato de concessão firmado com a
concessionária Triunfo Transbrasiliana prevê a recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro através de reajustes no preço do pedágio ou aporte de
recursos.
Esse novo aumento, porém, é condicionado a aprovação de projetos para
duplicação de trechos da rodovia, realização de audiência pública e análise das
propostas colhidas durante o encontro. As obras somam 88 quilômetros.
AS OBRAS
Responsável pelo trecho de 321,6 quilômetros da rodovia federal, entre Ourinhos
e Icém, ou seja, da divisa dos estados Paraná/São Paulo até a divisa São
Paulo/Minas Gerais, a Triunfo Transbrasiliana deseja a duplicação da BR-153 entre
o quilômetro zero e o km 51,7, denominado Lote 01, e entre o km 162 e o km 195,
chamado Lote 03.
O projeto da concessionária prevê, entre outros pontos, a construção de um anel
viário da base da PRF (Polícia Rodoviária Federal) até o entroncamento com a SP-
333. Atualmente a BR-153 sofre descontinuidade no trecho entre a Avenida Jóquei
Clube - em frente à Polícia Federal - e o Posto Gigantão. Quem vai sentido norte,
por exemplo, precisa trafegar pela SP-294 e SP-333 até acessar novamente a
rodovia federal.
Já o Lote 02, que prevê a duplicação do trecho urbano de Rio Preto, foi excluído
por conta de um contrato assinado em 2014 com o DNIT (Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes), outro departamento do Ministério dos
Transportes, no valor de R$ 186,9 milhões.
O prazo de concessão da Triunfo Transbrasiliana termina em 2033.
Até o dia 6 de maio, a ANTT recebe, via internet, sugestões e críticas a cerca das
obras. O endereço é o www.antt.gov.br.
04.05.2016
Novo modelo de concessão de rodovias gaúchas é freado
no Legislativo
Se proposta for aprovada, concessionárias
terão contratos de 30 anos de exploração
comercial de rodovias
Proposta do Governo do Rio Grande do Sul
de privatizar rodovias perdeu força na
Assembleia Legislativa. A discussão foi
retirada da pauta na sessão plenária desta
terça-feira, 3, pela própria base governista,
pressionada pela oposição. Outro ponto
polêmico, a alteração da Empresa Gaúcha
de Rodovias (EGR), foi aprovado por 36
votos a 13.
Ambos os projetos movimentaram a sessão do Legislativo. Parlamentares
contrários argumentam que a medida não gera benefícios aos usuários das
estradas estaduais e questionam a ausência de discussão com setores envolvidos.
Além disso, observam que não há contrapartidas ao Estado nas concessões, o que
é considerado um retrocesso na gestão das rodovias.
Irônico, o deputado Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT, disse que os
gaúchos sentirão saudades da política adotada na gestão do ex-governador
Antonio Brito (PMDB), na qual os regimes de concessão tinham validade de 15
anos renováveis por período igual. Já a atual proposta prevê que a concessionária
vencedora de licitação assuma a rodovia por 30 anos e sem marco regulatório, o
que retiraria o direito do Poder Legislativo de analisar as concessões. “Pela
proposta de Sartori, a iniciativa privada ficará com o ‘filé’, num negócio em torno
de R$ 24 bilhões, tocando à EGR a ‘carne de pescoço’. “Não há transparência, é
esvaziado o poder de fiscalização dos usuários e retira-se o poder deliberativo do
Legislativo”, explicou Mainardi.
Emendas
Em torno do debate acalorado, Sergio Peres (PRB), apresentou quatro emendas ao
projeto em discussão. Entre elas, parlamentar sugere um novo modelo de
cobrança do pedágio. A proposta é determinar a distância mínima de 100 km
entre um posto de pedágio e outro. O parlamentar também sugere isenção de
tarifa para pessoas com doenças graves e degenerativas. Já a emenda nº 12 prevê
a extinção do artigo 11, o qual tira da Assembleia Legislativa a participação na
análise das licitações de concessão para exploração rodoviária. “É papel do
Parlamento gaúcho fiscalizar os atos do Executivo e tirar essa prerrogativa é
violar a missão dos deputados de representar e defender os interesses da
sociedade gaúcha”, avalia.
Uma emenda coletiva, proposta com os deputados Álvaro Boessio (PMDB), Marcel
Van Hattem (PP) e Missionário Volnei (PSC), estabelece a compensação dos valores
pagos nas praças de pedágio no Imposto Sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA). De acordo com a matéria, a medida será válida para veículos
com registro no estado e o desconto será autorizado mediante apresentação dos
recibos expedidos pelas concessionárias.
EGR
Já o projeto que muda a EGR, considerada empresa pioneira no Brasil e modelo de
gestão de pedágio, prevê profundas alterações, a começar pela formação de um
novo conselho administrativo. Importantes órgãos do Conselho da EGR, como a
FAMURS (Federação das Associações dos Municípios do Estado), a Associação de
Usuários de Rodovias Concedidas do Estado do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos
Transportadores Autônomos de Carga, o Sinditac (Sindicato dos Transportadores
Autônomos de Cargas do RS), o Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte
de Cargas e Logística do RS) e a Assurcon (Associação dos Usuários de Rodovias
Concedidas do RS) devem ficar de fora do Conselho, que será reduzido de 13 para
sete integrantes.
“Isto é um golpe contra o bolso do cidadão. Esse governo incompetente que se
instalou no Palácio Piratini, que nesses dois anos e meio não foi capaz de
apresentar nenhum projeto decente para o estado do Rio Grande do Sul, agora se
prepara para repetir aquilo que o Antônio Britto já fez, que foi inviabilizar o Rio
Grande do Sul”, disse Nelsinho Metalúrgico (PT).
A administração da EGR sobre os pedágios gerou uma redução de até 70% nas
tarifas de pedágio no Rio Grande do Sul. Além disso, a distribuição dos recursos
para investimentos em infraestrutura é feita de forma adequada. “A proposta do
governo Sartori é um cheque em branco para o governador. A EGR vai ter outro
papel, que não é aquele para o qual foi criada. Esta pauta é um atraso para o Rio
Grande do Sul”, comentou o deputado Zé Nunes (PT).
Para o diretor-presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, a gestão da empresa será
mais eficiente, pois poderá ampliar sua receita com o mesmo quadro de pessoal.
“A empresa deixa de existir para a cobrança de pedágios e passa a ter foco na
administração de rodovias”, explica. Segundo ele, a mudança no número de
conselheiros também reduzirá custos. “Com a possibilidade de administrar toda a
faixa de domínio de suas rodovias, a empresa pode explorar espaços comerciais,
que é outra inovação da lei.”
A EGR tem sob sua responsabilidade 14 praças de pedágio e 892 quilômetros de
rodovias que recebem um volume de tráfego de mais de 40 milhões de veículos
por ano.
05.05.2016
Governo inclui 16 novos trechos de rodovias para leilão
Grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá
de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel
O governo brasileiro publicou esta semana a inclusão no Programa Nacional de
Desestatização (PND) dos 16 trechos de rodovias que pretende conceder à
iniciativa privada. Agora, só falta combinar com o mercado.
Seja com Dilma Rousseff ou com Michel Temer na presidência, o fato é que
grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá
de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel.
“O modelo atual de concessão está esgotado. Os melhores trechos já foram
repassados à iniciativa privada. Se continuarmos com as mesmas regras, teremos
pedágios com preços inviáveis, e a população tem reagido a isso”, diz Carlos
Campos, economista e especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea).
Os 16 trechos de estradas foram anunciados pelo governo em junho de 2015, mas
até hoje não foi possível leiloar nem um trecho sequer. O cronograma original
previa cinco leilões
de rodovias em
2015 e outros 11
este ano, mas,
nenhum aconteceu.
A Agência Nacional
de Transportes
Terrestres (ANTT)
está com dois
editais prontos para
licitar a chamada
Rodovia do Frango, em Santa Catarina, e a BR-163, no Pará.
No entanto, será preciso aguardar, porém, o desfecho político do país. Nos
últimos meses, as duas estradas tiveram suas propostas completamente alteradas
para tentar despertar o interesse dos investidores.
04.05.2016
ANTT vai conceder incentivos fiscais a concessionárias
por obras rodoviárias
Agência concederá incentivos fiscais em obras de infraestrutura
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai habilitar concessionárias
de rodovias e ferrovias ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento
de Infraestrutura – Reidi. Trata-se da desoneração fiscal para a execução de
projetos de infraestrutura.
As diretrizes para a emissão dos atestados de habilitação das concessionárias
para exploração da infraestrutura e dos serviços de transporte constam na
Resolução nº 5.082, divulgada no Diário Oficial da União (DOU) de 2 de maio e
estão dentro do que trata a portaria nº 124 do Ministério dos Transportes.
A agência emitirá, dentro de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período,
documento declarando que o benefício do Reidi foi considerado no cálculo do
preço do projeto no âmbito dos contratos de concessões ferroviárias, ou se foi
considerado o cálculo da tarifa dos contratos de concessões da infraestrutura
rodoviária.
Depois de concluído o
prazo, ou após o término
do projeto enquadrado no
Reidi e com o recebimento
de pedido da
concessionária, a ANTT
emitirá em até 15 dias,
contados da data da
solicitação, atestado de
execução parcial ou
integral da entrada em
operação do
empreendimento.
O Reidi foi criado pela Lei nº 11.488/2007, como forma de ampliar as implantação
de projetos de infraestrutura. É beneficiária do regime a pessoa jurídica que tenha
projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nos setores de
transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação.
O incentivo fiscal do Reidi consiste na suspensão da incidência das contribuições
para PIS (1,65%) e Cofins (7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições
destinadas à utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao
seu ativo imobilizado.
05.05.2016
Passagem da tocha olímpica pelas rodovias federais
concedidas terá apoio das concessionárias
Com a chegada do fogo olímpico ao solo brasileiro, a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) organizou a passagem do comboio responsável
pela chama no percurso pelas rodovias federais concedidas. O símbolo das
Olímpiadas de 2016 vai viajar por todo o Brasil, durante cerca de 90 dias,
passando por mais de 300 cidades.
A ANTT é responsável por apoiar as autoridades envolvidas e garantir a
segurança, conforto e fluidez dos segmentos sob sua competência. O comboio
principal é composto por 31 veículos. Além disso, a Agência vai disponibilizar
uma viatura caracterizada, um veículo administrativo da concessionária em cada
trecho, uma ambulância e um guincho leve para evitar qualquer circunstância
negativa.
ANTT nas Olimpíadas – A tocha olímpica chegou à capital federal nesta terça-
feira, onde começa a trilhar seu caminho rumo ao Rio de Janeiro, sua parada final.
A primeira rodovia federal concedida por onde passará, no dia 6/5, será a BR-
153/GO, sob a administração da Concebra. As unidades regionais da ANTT
providenciarão o apoio necessário para cada trecho percorrido, por meio dos
Centros Integrados de Comando e Controle, sob coordenação da Secretaria
Especial para Grandes Eventos (SESGE).
A Agência participou de todas as etapas da organização do evento, fazendo parte
dos grupos da Secretaria Especial para Grandes Eventos (Ministério da Justiça),
Tocha Olímpica (Presidência da República) e Geolímpiadas e Parolimpíadas
(Ministério dos Esportes).
29.05.2016
Rio terá pelo menos 100 carros elétricos para aluguel;
licitação sai amanhã
A Prefeitura do Rio publicou hoje, no Diário Oficial, o aviso de licitação do
sistema de aluguel de carros elétricos. Amanhã, sai o edital.
Funcionará assim: a empresa que ganhar a licitação terá de colocar à disposição
no mínimo 100 carros para serem alugados, que poderão ser carregados em 50
estações, no Centro e na Zona Sul, em locais como a Praça Mauá, o campus da
UFRJ na Praia Vermelha e a Av. Bartolomeu Mitre, em Ipanema.
05.05.2016
EMTU rompe contrato com construtora por atraso nas
obras do corredor de ônibus da região de Campinas
ADAMO BAZANI
A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos informou na tarde desta
quinta-feira, 5 de maio de 2016, que rompeu o contrato com a construtora
Estacon Engenharia S/A, responsável por parte das obras do corredor BRT
Noroeste, da região de Campinas, no interior de São Paulo.
Segundo a gerenciadora de transportes metropolitanos, deve ser realizada uma
nova licitação.
Na versão da EMTU, o rompimento de contrato ocorreu porque a construtora não
cumpriu os prazos estipulados
para as obras.
Já a empreiteira disse que o
rompimento ocorreu porque o
valor previsto no início do
contrato não deu cobertura para
todo o serviço.
Segunda empresa, o valor inicial
era de R$ 141 milhões e foi
reajustado para R$ 169 milhões.
Mesmo assim, ainda de acordo
com a construtora, não teria sido suficiente.
A EMTU ainda informou que aplicou seis multas à construtora no valor de R$ 1
bilhão e 75 milhões. A empreiteira diz que as multas somam R$ 300 mil e que
recorreu.
O corredor Metropolitano Biléo Soares deve ter 47,4 km ligando Campinas aos
municípios de Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Monte Mor, Americana e Santa
Bárbara D’Oeste. A obra completa deveria ter sido entregue em janeiro deste ano.
Mas agora, a nova previsão é para 2017.
A partir do próximo sábado, dia 7, começa a operação parcial do Terminal
Metropolitano de Americana, na região de Campinas, no interior de São Paulo, que
faz parte do sistema.
Serão 48 linhas no local, sendo 15 metropolitanas e 33 municipais.
02.05.2016
Excesso de carga aumenta risco de acidentes nas estradas
Um caminhão com excesso de carga tem a eficiência dos freios reduzida pela
metade. É o que aponta o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) no
primeiro dia da campanha “31 Dias para mudar o trânsito”, que começa nesta
quarta-feira (4), como parte das atividades do Maio Amarelo.
Segundo o último anuário estatístico do Detran, que compila informações das
Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, Polícia Militar e prefeituras, em 2014
foram 5.063 acidentes com vítimas envolvendo caminhões no Estado.
“O problema é que quando o motorista precisa acionar os freios em uma situação
inesperada, de forma brusca, o veículo está preparado tecnicamente para
suportar o peso. Assim, além de colocar a própria vida em risco, acaba arriscando
a segurança dos demais companheiros de estrada”, comenta o diretor-geral do
Detran, Marcos Traad.
Dados da Seguradora Líder, responsável pelo Seguro DPVAT, mostram que das
indenizações pagas em todo Brasil, 38% envolviam pagamentos por morte de
motoristas, 38% de pedestres e 24% de passageiros.
“O sistema de frenagem está ajustado para um determinado peso que, se não
corresponde ao que o veículo está transportando, derruba pela metade a
eficiência dos freios”, explica o engenheiro da Transtech Engenharia e Inspeção
Ltda, Rubem Melo.
Estradas
Outro problema causado pelo excesso de carga é o desgaste das estradas. De
acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um
caminhão com 50% de excesso de carga causa 10 vezes mais danos ao pavimento
do que se estivesse com o peso normal.
Campanha
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) criou uma estratégia diferente
para chamar a atenção para a prevenção de acidentes e redução do número de
vítimas no trânsito. Como parte das ações do movimento Maio Amarelo, a
autarquia criou 31 pequenas campanhas publicitárias, com duração de um dia
cada uma, sobre atitudes que podem fazer a diferença.
Os vídeos mostram depoimentos baseados em fatos reais e serão exibidos, um
por dia, no site www.detran.pr.gov.br/maioamarelo e nas redes sociais do Detran.
06.05.2016
EXCLUSIVO: São Paulo poderá ter paralisações de ônibus a
partir da próxima ADAMO BAZANI
Quem depende de transporte por ônibus na cidade de São Paulo pode enfrentar
problemas a partir desta terça-feira, 10 de maio de 2016. Já os moradores do ABC
Paulista podem sofrer com greve parcial de ônibus na segunda-feira.
O Sindmotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte
Rodoviário Urbano de São Paulo informou em primeira mão ao Blog Ponto de
Ônibus que a partir de terça, a categoria deve realizar paralisações espalhadas na
cidade e que, na próxima sexta-feira, dia 13 de maio, será realizada uma greve
que afetaria todas as empresas de ônibus, incluindo as viações do subsistema
estrutural e as ex-cooperativas, do subsistema local. Os veículos sairiam nos
primeiros horários, mas ainda na parte da manhã parariam no meio do trajeto,
afetando também o trânsito. Os terminais seriam fechados.
O motivo, segundo a entidade trabalhista, é que ainda não houve acordo com as
empresas de ônibus a respeito do reajuste salarial de motoristas, cobradores e
demais funcionários dos transportes.
A categoria pede reposição da inflação acumulada mais aumento salarial real de
5%. Além disso, os trabalhadores querem R$ 2000 de PLR – Participação nos
Lucros e Resultados e vale-refeição de R$ 25.
Segundo o sindicato, na próxima terça-feira às 11h, haverá uma reunião com os
empresários na Secretaria Municipal de Transportes com a presença de
representantes da prefeitura para tentar por fim ao impasse. No entanto, se não
houver acordo, ainda segundo o sindicato, as primeiras paralisações devem
ocorrer logo em seguida.
O sindicato diz que não recebeu nenhuma proposta das empresas de ônibus sobre
a campanha salarial que está em andamento.
Greve de ônibus no ABC pode afetar 90 mil na segunda-feira
Passageiros que dependem de 40 linhas de ônibus no ABC Paulista e em parte da
capital podem enfrentar dificuldades na próxima segunda-feira, dia 9 de maio.
Trabalhadores de sete empresas de ônibus ameaçam cruzar os braços alegando
atrasos nos pagamentos.
As empresas que devem ser afetadas são EAOSA- Empresa Auto Ônibus Santo
André, Viação São Camilo, Urbana Santo André, Viação Ribeirão Pires, Viação
Riacho Grande, Viação Triângulo e Viação Imigrantes.
As viações operam na Vila de Paranapiacaba e nos municípios de Rio Grande da
Serra, Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do
Sul e São Paulo.
As companhias atendem em torno de 90 mil passageiros por dia. De acordo com o
sindicato que representa os rodoviários no ABC, as empresas do grupo de Baltazar
José de Sousa atrasaram o pagamento de cerca de 2 mil funcionários.
O empresário, que é considerado pela Justiça o maior devedor individual da
União, com débitos de impostos que somam R$ 1 bilhão, propôs pagamento
escalonado até quarta-feira, dia 11. A proposta foi rejeitada pelos rodoviários.
Baltazar alega que não recebeu da EMTU –Empresa Metropolitana de Transportes
Urbanos, gerenciadora das linhas intermunicipais, R$ 4,3 milhões referentes a
gratuidades e descontos de meia passagem.
O empresário ainda reclama
que a gerenciadora reteve
R$ 1,5 milhão, cobrando
taxas e que repassou do
total R$ 93 mil até agora
para as empresas.
A EMTU não se manifestou
sobre os valores. Estas
empresas de Baltazar atuam
na área 5, correspondente
ao ABC Paulista, a única
das regiões metropolitanas do Estado onde as empresas operam sem contratos de
licitação, apenas com permissões precárias, pelo fato de os empresários da região
esvaziarem as seis tentativas de licitação pela EMTU desde 2006.
A gerenciadora cogita na licitação prevista para este ano extinguir a área 5 e
anexar os serviços às outras quatro áreas operacionais da região metropolitana de
São Paulo.
Se a paralisação prometida ocorrer mesmo nesta segunda-feira, também devem
ser afetadas as linhas de ônibus municipais do lote 05 do Consórcio União Santo
André, operadas pela Empresa Urbana Santo André.
04.05.2016
Prefeitura abriu Ciclovia Tim Maia sem ver cálculo da obra
RIO - A Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, foi inaugurada em janeiro sem
que a prefeitura tivesse um documento considerado fundamental para a
checagem de sua segurança. Fontes ligadas à investigação do desabamento que,
no último dia 21, provocou a morte de duas pessoas, informaram ao GLOBO que o
consórcio Contemat-Concrejato fez a obra sem entregar à Fundação Geo-Rio a
chamada memória de cálculo, na qual estão todas as contas que embasaram o
projeto executivo da estrutura, elaborado pelo grupo de empresas.
Segundo especialistas, é praxe as empresas responsáveis por uma construção, a
pedido do contratante (no caso, o município), apresentarem o documento.
Técnicos da Geo-Rio alegam terem pedido várias vezes a memória de cálculo ao
consórcio.
A memória de cálculo é considerada muito importante porque permite detectar
problemas no planejamento de uma obra. De acordo com a Norma 7.187 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): “O memorial de cálculo deve
ser iniciado com uma indicação clara do modelo estrutural adotado, com as
dimensões principais, características dos materiais, condições de apoio, hipóteses
de cálculo e outras informações que sejam necessárias para defini-lo”.
MATERIAL É INDISPENSÁVEL
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro
(Crea-RJ), Reynaldo Barros, diz que o documento é indispensável para qualquer
projeto. Uma memória de cálculo, por exemplo, fez parte do projeto básico da
ciclovia elaborado pela Geo-Rio.
— Você precisa ter todos os cálculos necessários para definir como o projeto
executivo será realizado. O normal é a memória ser fornecida de imediato. O
contratado deve ter essas informações. Se não tem, é um erro — disse Barros.
Professor da Uerj, o engenheiro elétrico Alexandre Rojas destacou que a ausência
do documento é mais um sinal de que a obra da ciclovia apresentava lacunas:
— Se a prefeitura não exigiu, foi uma falha da contratante. A licitação não prevê
essa obrigatoriedade (da entrega da memória de cálculo), mas a documentação
pertence ao dono da obra.
Em nota, a Secretaria municipal de Obras afirmou que “os cálculos são feitos
durante o projeto executivo, que ficou a cargo do consórcio” e que “tais
documentos já foram disponibilizados, a pedido da Geo-Rio, pelo consórcio a
todos os órgãos que investigam o incidente”. Já o grupo Contemat-Concrejato
disse que só vai se pronunciar após o fim das investigações.
06.05.2016
Começa prazo para envio de sugestões sobre concessão de
quatro aeroportos
Começa hoje (6) a audiência pública para colher sugestões sobre o edital de
concessão de quatro aeroportos internacionais: o de Salvador, Deputado Luís
Eduardo Magalhães; o de Porto Alegre, Salgado Filho; o de Florianópolis, Hercílio
Luz; e o de Fortaleza, Pinto Martins. De acordo com a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), a audiência vai durar 45 dias, com sessões presenciais nas cidades
onde estão os terminais a serem leiloados.
Segundo dados da Anac, o aeroporto de Salvador apresenta a maior
movimentação anual: 9 milhões de passageiros. Em seguida vem o de Porto
Alegre, com movimentação de 8,4 milhões; Fortaleza, com 6,3 milhões de
passageiros; e, por último Florianópolis, com 3,7 milhões de passageiros.
Somados, são mais de 27 milhões de pessoas que equivalem a 11,6% dos
passageiros de todo o Brasil.
O edital prevê ainda a possibilidade de o mesmo grupo econômico vencer a
disputa para mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região
geográfica.
O valor mínimo para aquisição da concessão do aeroporto de Salvador é R$ 1,490
bilhão, o segundo maior investimento, ficando atrás do de Fortaleza, que tem
lance mínimo superior a R$ 1,5 bilhão. O lance mínimo para operacionalização do
terminal de Porto Alegre se aproxima dos R$ 729 milhões e o de Florianópolis é
de R$ 328 milhões. Somando os valores dos quatro aeroportos em processo de
desestatização, o montante ultrapassa R$ 4 bilhões.
Por indicação do Tribunal de Contas da União, os novos operadores deverão
garantir o emprego dos funcionários da Infraero, que já trabalham nos aeroportos
leiloados, até o dia 31 de dezembro de 2018.
Além das obras de grande porte, os vencedores das concessões devem tomar
ações imediatas como a melhoria das condições de utilização dos banheiros e
fraldários do aeroporto, disponibilização de internet wifi gratuita de alta
velocidade, melhoria do sistema de iluminação no acesso aos terminais, melhoria
nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores, esteiras de
bagagens e correção em infiltrações, fissuras, manchas e desgastes nas
estruturas. Todas essas ações devem ser concluídas até o término da transição
operacional do aeroporto.
29.04.2016
UberPool traz compartilhamento de corrida entre
estranhos para SP
Um ano e oito meses após o Uber liberar o compartilhamento de carros e da conta
por mais de um usuário em San Francisco, na Califórnia, metade das viagens
passou a ser feita assim. Chamada de UberPool, a modalidade mais barata para os
usuários e rentável para motoristas estreia nesta sexta-feira (29) em São Paulo.
A chegada de um dos serviços mais populares do Uber à capital paulista ocorre
dois dias depois de vereadores municipais adiarem a votação de uma lei que
regulamentaria aplicativos de carona e compartilhamento de carros.
"A ideia é colocar mais gente dentro do
carro", explica Fabio Sabba, porta-voz da
empresa no Brasil. "Quanto mais gente
sentado, mais você consegue tirar carro da
rua e pagar menos."
Depois de a cidade californiana ser a
primeira a receber o UberPool, o serviço se
tornou uma porta de entrada para novos
usuários por ser "cool" e cobrar menos.
Desde então, 3 milhões de pessoas
começaram a usar o Uber atraídos por essa
opção.
Quando os usuários optam pelo
compartilhamento, o app analisa se há
alguém em seu caminho que vai para o
mesmo destino ou que possa ficar no meio
do caminho. Se elas estiverem
relativamente próximas, de modo que
pegar a segunda não vá atrapalhar muito a
viagem da primeira, pronto, está feito o
"match" (para quem estranhou o termo,
associado às combinações do Tinder, não
se assuste, pois é assim mesmo que o Uber
trata a ação: "Quando a gente fala 'match'
aí é mais no sentido de casar [o destino] de
duas pessoas", brinca Sabba.). Depois
disso, o sistema mostra ao motorista qual roteiro seguir, considerando todas as
escalas.
Para Sabba, sentar-se ao lado de um desconhecido não será incômodo. "Eu não
acho que isso seja um problema, porque você fica ao lado de estranhos mais
vezes do que imagina. No cinema, fica duas horas com um cara que você não
conhece do seu lado e acha normal."
As tarifas não são exatamente rateadas igualmente entre os vários passageiros.
Ainda assim, a conta fica mais leve porque um desconto de 10% a 40% é aplicado
sobre o valor total. Os motoristas também saem ganhando. Em vez dos 25%
recolhidos pelo Uber, destinam 10% do preço final quando não há "matches".
Quando há combinações, a fatia do Uber sobe para 30% -- nesses casos, porém, o
valor pago é maior por haverem mais pessoas no carro.
Apesar de o Uber operar em 413 cidades no mundo todo, só em 34 é possível
rachar o pagamento com estranhos. A capital paulista é apenas a segunda na
América Latina em que a empresa oferece a opção de serviço.
"Só funciona quando você tem uma quantidade razoável de usuários e motoristas.
A gente acredita que São Paulo agora tem essa densidade", explica Sabba. "A
cidade é gigante e tem muita gente usando. Segundo, tem um trânsito
considerável. Ou seja, tem um desafio de mobilidade."
O executivo prefere não comentar quais outras cidades brasileiras podem receber
o UberPool. Por mês, o Uber cresce 30% no Brasil (em números de motoristas e
usuários) -- a empresa tinha 10 mil motoristas e um milhão de usuários no Brasil,
quando estava em oito cidades em janeiro. De lá pra cá, Salvador e Recife
entraram na conta. Nesta sexta, é a vez de Fortaleza.
28.03.2016
Teste do VLT revela figura do 'varredor de trilhos'
RIO - Mais um teste do VLT no Centro do Rio, feito nesta quarta-feira, colocou em
cena dois tipos cariocas. Um deles é bem conhecido, o "tranca cruzamento". Já o
outro era até então desconhecido na cidade: o "varredor de trilhos".
É que para que o veículo pudesse passar, funcionários da obra iam na frente do
trem, varrendo as folhas que caíram sobre os trilhos, como mostra o vídeo acima.
Enquanto isso, o VLT seguia as vassouras em velocidade reduzida.
A imagem lembra o esporte de inverno curling, que ganhou o gosto dos
brasileiros nas transmissões pela televisão. Na modalidade, um atleta atira uma
pedra sobre uma pista de gelo, enquanto outros vão "varrendo" a pista para que o
objeto deslize mais ou menos até o alvo.
Outro problema que ficou evidente no teste foi o hábito carioca de motoristas de
ônibus e também de carros particulares de fechar os cruzamentos. Para que o VLT
pudesse passar durante o teste, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante
Barroso na manhã desta quarta, foi preciso que seis operadores de trânsito da
CET-Rio tentassem insistentemente livrar o cruzamento dos veículos que o
obstruíam com o engarrafamento.
A previsão da prefeitura é que o VLT seja inaugurado no dia 22 de maio. A
primeira linha ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, com 18
paradas e um tempo de percurso estimado em 30 minutos.
05.05.2016
App ajudará cariocas e turistas a usarem os transportes
públicos na Rio 2016 As Olimpíadas estão chegando e com ela um número enorme de turistas e,
certamente, cheio de dúvidas de como usar os transportes públicos da cidade e
os cariocas também. Dia destes estive na Presidente Vargas e não achava o ônibus
para voltar para casa, acabei pegando um táxi…. sério…
Uma das formas de retirar estas dúvidas é o uso da tecnologia, então como parte
integrante do Plano Olímpico de Mobilidade, será possível planejar viagens em
qualquer modal da cidade, utilizando aplicativo de smartphone. Para que isso
fosse possível, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de
Transportes (SMTR), padronizou e unificou dados de todos os transportes
disponíveis no Rio — ônibus, BRT, VLT, trens, metrô, vans, barcas e teleféricos. O
banco de dados Data Rio, que ficará de legado após os Jogos, foi disponibilizado
para aplicativos do mercado. O Moovit foi o primeiro aplicativo oficial de
transporte público homologado por atender os requisitos exigidos pelo
município.
Ao todo, são mais de 50 km de linhas e novos serviços mapeados, interligando o
sistema de transporte às regiões de competição – na Barra, Deodoro, Maracanã e
Copacabana. Por meio do app, o usuário terá informações sobre trajetos de linhas
de ônibus e serviços dos demais modais, indicações dos locais de competição,
além das rotas olímpicas. Com isso, o passageiro poderá planejar viagens
utilizando diferentes tipos de transporte e tendo conhecimento prévio sobre a
disponibilidade dos serviços.
Além disso, durante os Jogos Rio 2016, um integrante do Moovit acompanhará os
trabalhos do Comitê Olímpico de Mobilidade – que reúne representantes de vários
órgãos da Prefeitura – no Centro de Operações Rio (COR), de onde as informações
sobre trânsito e transporte serão monitoradas em tempo real. Associando dados
oficiais às informações de usuários na comunidade do app, o Moovit poderá
indicar os trajetos mais rápidos ou curtos aos passageiros.
O banco de dados Data Rio, elaborado pelo Comitê de Mobilidade, formado pela
Secretaria Municipal de Transportes, Governo Estadual, Centro de Operações Rio e
Iplan Rio, reúne informações em tempo real sobre os transportes da cidade:
itinerários, localização de pontos e estações, tempo de intervalos, entre outros.
Acessibilidade para todos
Para garantir que as informações estejam disponíveis ao maior número de
pessoas, o Moovit está disponível em 35 idiomas, incluindo português, inglês,
espanhol e francês.
Outra importante novidade é que, atendendo a um dos requisitos da Prefeitura, o
app também conta com recursos de acessibilidade que permitem sua utilização
por pessoas com deficiência visual – opção disponível para celulares equipados
com os sistemas iOS e Android. Integrado às funcionalidades VoiceOver e
TalkBack (para iOS e Android, respectivamente), o Moovit têm todas as suas telas
acessíveis.
Essas funcionalidades permitem que o usuário pressione seu dedo na tela do
celular e, então, ouça qual botão ou ícone está sendo visualizado, facilitando a
navegação e permitindo que deficientes visuais planejem suas viagens e rotas
com mais facilidade.
O Moovit estará disponível também em versão web no site oficial para o turista, o
www.visit.rio, que indica as melhores opções de lazer, gastronomia e locomoção
pela cidade. Pelo app, os usuários poderão ainda compartilhar rotas e trajetos
com seus contatos via e-mail e redes sociais.
02.05.2016
Faixas exclusivas são aposta das cidades para resolver o
trânsito. Mas será que são eficazes?
Para parte dos motoristas de automóveis particulares, ficar parado no trânsito
enquanto o ônibus, a bicicleta e até o pedestre a ultrapassa em faixas exclusivas
pode parecer uma injustiça. Mas a segmentação da via pública por diferentes
modais vem sendo uma medida recorrente em grandes cidades para resolver
congestionamentos. Priorizando o transporte coletivo e a bicicleta, gestores
públicos acreditam que diminuirão a quantidade de automóveis particulares no
dia a dia das metrópoles.
Com um histórico de vias segregadas ao transporte coletivo, Curitiba dá os
primeiros passos na implantação das faixas. Essa estrutura mais simples de
priorização do ônibus, com tinta e tachões, já está disseminada em cidades
populosas como Londres, São Paulo, Rio de Janeiro e Bogotá e até em municípios
médios como Juiz de Fora (MG) e a paranaense Londrina.
Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da Associação Nacional de
Transportes Públicos (ANTP), explica que as faixas e os corredores segregados
devem ser projetos complementares. “Cada projeto se adapta para o perfil da via
onde ele está sendo implantado”, disse Néspoli. A canaleta, por exemplo, é
perfeita para vias com características expressas como a Linha Verde ou a Avenida
das Torres (quando já não houver mais torres). Mas já não é a melhor solução
para vias arteriais, como as ruas XV de Novembro e Conselheiro Laurindo -- ambas
com projetos já implementados.
A segregação das vias e o estímulo ao transporte coletivo surgem como
alternativas ao alargamento do sistema viário, modelo que se mostrou pouco
eficaz no médio prazo. Paulistanos que o digam. Em 2010, o então prefeito José
Serra concluiu uma obra de R$ 1,5 bilhão para alargar a Marginal Tietê. Cinco
anos depois, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou que os
congestionamentos por ali aumentaram, em média, 80%.
Mas especialistas apontam que a implantação da faixa tem de vir acompanhada de
outras medidas. “Precisa haver racionalização da frota coordenada com a
demanda. Em São Paulo, a impressão inicial era de que as faixas não davam certo.
Mas hoje já não há mais questionamentos”, defendeu Lincoln Paiva, presidente do
Instituto Mobilidade Urbana. A capital paulista conviveu com um fenômeno
comum pós-implantação das faixas. Como os ônibus circulavam mais
rapidamente, eles chegam antes ao destino e passavam a ficar mais tempo
parados no ponto final. Por isso, há a necessidade de adequar as tabelas de
horários de partidas nas linhas beneficiadas com os corredores exclusivos.
São Paulo ganhou 410 quilômetros de faixas exclusivas nos últimos três anos. Até
então, havia 90 quilômetros. No ano passado, a prefeitura divulgou que a
velocidade média do transporte coletivo na cidade aumentou 67,5% – passando de
12,1 Km/h para 20,3 Km/h. Também no ano passado, a pedido da Gazeta do Povo,
a Urbs apresentou dados que mostraram redução no tempo de viagem das linhas
que trafegavam nas faixas já instaladas em Curitiba.
Salvador suspendeu faixas por ter congestionado linhas de ônibus
Crítica comum feita por motoristas de automóvel particular, o congestionamento
causado pela implantação de faixas exclusivas de ônibus fez a prefeitura de
Salvador rever a implantação de duas faixas na capital baiana. Em novembro de
2013, as avenidas Juracy Magalhães Júnior e ACM chegaram a ganhar esses
corredores. Mas dias depois da implantação, a fiscalização foi suspensa.?À época,
a justifica do município foi de que a via acabou congestionando o tráfego dos
ônibus que circulavam por ali porque havia muitas linhas. A promessa era de que
mais estudos fossem feitos no local para a retomada da priorização. Mas até hoje
as faixas permanecessem desativadas, apesar de outras terem sido implantadas
em outras vias de Salvador.
Apesar de defender a política de priorização do transporte coletivo como um
todo, o arquiteto e urbanista Lucio Gomes Machado afirma ser um “mito”
imaginar a extinção dos automóveis particulares nas grandes cidades.”É claro que
o transporte coletivo tem de crescer. Mas São Paulo, por exemplo, é caracterizada
por uma diversidade de serviços e as pessoas precisam estar em vários lugares da
cidade durante um mesmo dia, microcapilaridade que o transporte coletivo não
consegue fazer. Então , vamos ter que continuar resolvendo problemas viários,
especiais e de estacionamento.”, afirma.
AGENDA 2016
JUNHO
XI Seminário Nacional Metroferroviário
14 de junho - Rio de Janeiro