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EDIÇÃO 43 – 05 DE FEVEREIRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 05 de fevereiro de 2015.

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Page 1: Fim de Semana ARTESP - edição 43

EDIÇÃO 43 – 05 DE FEVEREIRO DE 2016

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

Page 2: Fim de Semana ARTESP - edição 43

01.02.2016

Cortes em obras de infraestrutura chegarão a 11% em

2016

O governo federal deve reduzir

em 11,8% os recursos para

investimentos em infraestrutura

de transporte neste ano, prevê

estudo da Confederação Nacional

do Transporte (CNT). O Projeto

de Lei Orçamentária (PLOA) tem

alocados R$ 12,3 bilhões para o

setor. Os cortes orçamentários

foram definidos para o reajuste

fiscal.

“A decisão do governo federal de

reduzir o ritmo de investimento

para reequilibrar suas contas e, assim, promover o ajuste fiscal necessário é um

obstáculo à adequação e ao aumento da capacidade da infraestrutura de

transporte nacional, já considerada precária pelos transportadores”, destaca a

Confederação Nacional do Transporte.

A entidade alerta que a redução de investimentos vai prejudicar obras em

andamento e vai representar um retrocesso no setor logístico com o travamento

de outros projetos considerados fundamentais para dinamizar a atividade de

transporte no Brasil. De acordo com a CNT, existe o risco de a redução de verbas

contribuir para a aceleração do desgaste da infraestrutura instalada por conta da

falta de recursos para promover sua manutenção.

O estudo também faz um balanço dos principais desafios que serão enfrentados

pelo setor neste ano. Entre eles, o aumento no preço dos combustíveis,

impulsionado pela crise econômica e a redução na demanda, além da alta do

dólar. “Tendo o transporte uma função meio na viabilização das transações de

qualquer natureza, resultados negativos na esfera econômica impactam

fortemente a demanda e, consequentemente, o desempenho do setor”, diz o

boletim.

Para a CNT, governo e setor devem se posicionar para minimizar os efeitos

negativos deste conjunto. “Ações que promovam a eficiência e a produtividade

são fundamentais para que o setor atravesse esse momento de crise econômica e,

da mesma forma, ajudem a transformar e dinamizar o setor de transporte e

logística do país”, conclui o informativo.

Page 3: Fim de Semana ARTESP - edição 43

29.01.2016

Aumento da tarifa de pedágio na BR-050 é suspenso a

pedido do MPF/MG

O Ministério Público Federal (MPF) obteve decisão judicial suspendendo o

aumento da tarifa básica de pedágio autorizado pela Agência Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) para o trecho da BR-050 compreendido entre

Uberlândia/MG e a divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás. Nesta terça-feira

(2) o pedágio foi reduzido para R$ 3,00 e R$ 3,90 nas duas praças de

Araguari(MG), as demais mantiveram os mesmos valores.)

A BR-050 é administrada atualmente pela Concessionária de Rodovias Minas

Gerais Goiás [MGO Rodovias]. No início deste mês, a ANTT autorizou, por meio da

Resolução 4988/2016, reajuste no valor das tarifas de pedágio cobradas nas duas

praças existentes nesse trecho da BR-050.

O aumento, que atendeu pedido feito pela concessionária e passou a vigorar no

dia 16 de janeiro, foi de 32,89%, portanto, bem acima da inflação, que fechou

2015 em 10,67%.

Para o MPF, tal reajuste é “injustificável”, em especial porque não se baseou em

nenhum estudo contábil que possa validar o percentual sugerido pela

concessionária e acatado pela ANTT.

“Mais grave ainda é que a cobrança do pedágio é feita em um trecho onde não foi

realizado qualquer investimento pela concessionária além da construção das duas

praças de pedágio”, afirma o procurador da República Cléber Eustáquio Neves,

autor da ação.

Segundo o procurador, “esse segmento da BR-050 não possui nenhuma

sinalização e boa parte de sua cobertura asfáltica encontra-se em péssimas

condições de trafegabilidade, com inúmeras deformações e buracos”.

A explicação dada pela MGO Rodovias é a de que o trecho ainda se encontra sob

supervisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ao

qual caberia a realização das obras de manutenção e a sinalização.

O Dnit, por sua vez, afirma que não existe previsão orçamentária para a

realização de obras no local.

“O que se vê, portanto, é que a concessionária, autorizada pela ANTT, iniciou a

cobrança de tarifa na BR-050 sem oferecer nenhuma contraprestação aos

usuários. A empresa não se dignou a sinalizar a rodovia, nem adotou qualquer

medida de manutenção e conservação do pavimento, contrariando um conceito

básico do Direito Tributário, segundo o qual a cobrança da tarifa exige uma

contraprestação para o usuário”, explica Cléber Neves.

A empresa alega que o contrato de concessão prevê o reequilíbrio tarifário e que

ela teria sofrido perdas a partir de uma mudança introduzida pela Lei dos

Caminhoneiros [Lei 13.103/2015], que isentou do pagamento de pedágio os

veículos de carga que trafegarem vazios com os eixos suspensos.Mas, para o

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juízo da 3ª Vara Federal de Uberlândia, a afirmação não se sustenta, porque não

existem dados que justifiquem tais premissas. E sem esses dados, é preciso levar

em conta “o risco do negócio”, ou seja, deve-se considerar que a redução da

arrecadação do pedágio possa ter origem na diminuição do tráfego de cargas

decorrente da crise econômica, “sem qualquer correlação específica com o

advento da inovação legislativa”.

O magistrado também lembrou que se o Dnit ainda não entregou à concessionária

aquele segmento da rodovia, tais trechos “não são objeto de manutenção pela

concessionária , diminuindo seus custos, fato igualmente ignorado na planilha de

reajuste”.

Ao deferir o pedido de liminar, o juízo federal ainda afirmou que a manutenção

do reajuste trará “evidente prejuízo irrecuperável aos usuários da rodovia, diante

da impossibilidade de reversão dos valores pagos. Por outro lado, subsequente

decisão favorável às requeridas poderá viabilizar posterior cobrança”, não

trazendo qualquer prejuízo à concessionária.

02.02.2016

Pesquisa revela que no Brasil 80% dos motoristas usam o

celular ao volante

Uma pesquisa feita pelo Hospital Samaritano, de São Paulo, apontou que 80% dos

motoristas admitem que fazem uso do celular ao dirigir. Deste total, 42%

confirmam que enviam mensagens de texto ao volante, enquanto outros 8%

afirmam que não mudariam de comportamento mesmo sabendo das

consequências. A pesquisa foi realizada com 4,1 mil pessoas. Dirigir usando o

celular é uma infração considerada média, com multa de R$ 85,13 e o acréscimo

de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O desvio do foco para o celular representa várias ações sendo realizadas ao

mesmo tempo, explica Renato Anghinah, coordenador do Núcleo de Neurologia do

Hospital Samaritano. “Eu estou olhando para o celular, eu estou lendo no celular e

vou digitar, eu estou fazendo várias ações. A última coisa que eu vou pensar é no

trajeto que eu estava executando”, diz o especialista, em entrevista ao jornal

“Gazeta do Povo”.

Estudos apontam que uma troca rápida de mensagens, por exemplo, tira 23

segundos da atenção no trânsito. O tempo é suficiente para que um carro a 60

km/h rode 380 metros sem que o motorista olhe para o trânsito em volta - é o

equivalente a três campos de futebol.

Para André Pedrinelli, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, dois

segundos de distração para digitar uma letra no celular são suficientes para

causar um acidente. “Acidente que pode até provocar a morte de alguém”, adverte

Pedrinelli.

Page 5: Fim de Semana ARTESP - edição 43

01.02.2016

SP: Presidente da União Nacional dos Caminhoneiros filia-

se ao PTB

O PTB de São Paulo recebeu

em seus quadros um reforço

esta semana. Trata-se da

filiação de um dos maiores

líderes do setor de transportes

autônomos do país: José

Araújo da Silva, o China da

Silva, como é conhecido o

presidente da União Nacional

dos Caminhoneiros (Unicam) e

da Federação de Transportes

Autônomos de Cargas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país (Forte). As

entidades têm, juntas, cerca de dois milhões de profissionais filiados e atua para

a unir e buscar a valorização da categoria que contribui para o progresso de todo

o Brasil.

O ato de filiação do líder do setor de caminhões foi durante encontro com o

deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB de São Paulo e secretário-

geral do partido. Campos Machado e China da Silva trataram de assuntos

relacionados à categoria em todo o país e discutiram estratégias políticas para

ajudar o setor a enfrentar a crise que o Brasil atravessa.

O convite para filiar-se ao PTB foi aceito pelo líder caminhoneiro, que reconheceu

a história e o respeito do PTB diante das conquistas para os trabalhadores nestes

70 anos de existência do partido, fundado por Getúlio Vargas.

No encontro, China da Silva manifestou intenção de postular uma vaga na Câmara

dos Deputados, em 2018, pelo PTB paulista. Campos Machado, por sua vez, disse

que “a chegada deste grande líder sindical reforça ainda mais os vínculos do PTB

com os trabalhadores e nos enche de orgulho sua filiação e seu reconhecimento

de que nós somos o verdadeiro partido que consolidou todas as conquistas

trabalhistas no país”.

O líder dos caminhoneiros disse a Campos Machado que vai dar início a uma

grande campanha de filiação entre a categoria em todos os estados da Federação,

visando o fortalecimento do PTB nas eleições municipais de 2016 e também nas

eleições de 2018.

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29.01.2016

A espetacular impressora de pavimentos

E não é de hoje que as inovadoras impressoras 3D vem causando um grande

impacto em nosso cotidiano. Por si mesmas trazem a eficiência, a alta

produtividade e o baixo custo. Algo que realmente impressiona a todos.

O engenhoso equipamento da vez, é a “RPS6 RoadPrinter” responsável pelo

assentamento de pavimentos. Desenvolvida pela empresa européia Road Paving

Systems essa máquina esta ligada com a ampla agilidade e o fácil manuseio, o que

a torna cada dia mais atrativa aos olhos de grandes empresas.

De acordo com a RPS, essa máquina é divisível em 4, 5 e 6 metros. A mesma é

capaz de pavimentar aproximadamente duas faixas de rolamento de rodovias

brasileiras com blocos sextavados de diferentes formas, cerâmicas ou até mesmo

pedras. Embora a sua locomoção seja motorizada, o processo ao todo é

abastecido com a matéria prima pelos próprios operadores, facilitando a sua

precisão.

A RPS6 RoadPrinter tem uma capacidade de execução de aproximadamente 4

metros por minuto. Por intermédio da GSX Máquinas tem chegado ao Brasil para

inovação do mercado.

Page 7: Fim de Semana ARTESP - edição 43

31.01.2016

BNDEs aprova, mas demora para liberar recursos para

concessionárias de rodovias

A não liberação de parte do empréstimo-ponte de R$ 1.408 bilhão pelo Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para a Concessionária

Rota do Oeste S.A., subsidiária da Odebrecht Transport, pode paralisar as obras

de duplicação da BR-163 que vai da divisa com o Mato Grosso do Sul até Sinop,

trecho de 822,8 km. A assessoria de imprensa do BNDES informou estar

ultimando os processos para aprovar o quanto antes os financiamentos de longo

prazo das rodovias licitadas em 2013, mas não estipulou data para as referidas

liberações da Concessionária Rota do Oeste. Além da Rota do Oeste, outras duas

gigantes do setor, Triunfo e Invepar, também tiveram empréstimos aprovados,

mas não liberados.

As três concessionárias são responsáveis por mais de 3 mil km de rodovias

federais. Pelo contratado, a Concessionária Rota do Oeste estaria apta a partir da

execução de 10% do total de quilômetros a cobrar pedágio, o que gerou várias

ações judiciais, por parte do senador José Medeiros, líder do PPS que inclusive

formalizou reclamação ao Procon alegando a qualidade das obras para o

pagamento do pedágio e do deputado estadual Max Russi (PSB-MT) que deseja a

suspensão de qualquer cobrança enquanto as obras não estiverem com um

mínimo de 50% concluído.

A grande celeuma, segundo a própria concessionária relatou em audiências

públicas, se deve ao fato de que parte dos 822,8 km seria de obras de obrigação

do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit realizar como

o trecho entre Rondonópolis e Posto Gil, só que a crise financeira levou o órgão

federal a abrir mão dessas obras e repassar as mesmas para a Concessionária Rota

do Oeste. O assunto não é novo, tanto que os senadores por Mato Grosso, Blairo

Maggi (PMDB) e José Medeiros (PPS) já cobraram providências para a liberação do

empréstimo-ponte por causa da importância das obras para o escoamento da

safra agrícola e pelo não encarecimento do frete.

Já o vice-líder do Governo e presidente da Frente Parlamentar de Logística,

senador Wellington Fagundes (PR), agendou uma audiência pública para debater a

questão em fevereiro, sob pena das obras paralisarem. Informativo do Sindicato

da Construção Pesada alertou para o fato do BNDES não liberar o empréstimo-

ponte para Mato Grosso, estimado em R$ 762 milhões, que deveria ter acontecido

em 2015. Aprovado em 2014, o empréstimo-ponte asseguraria os investimentos

iniciais enquanto não se concretizasse a operação maior, que subsidiaria os

valores necessários para a execução das obras que podem ser maiores se ficar

também com a Concessionária Rota do Oeste o novo trecho entre Sinop até

Miritituba (PA).

Com 70% pavimentado é considerado pelo setor produtivo como a segunda maior

rota para escoamento da safra de grãos, com 976 quilômetros.

Page 8: Fim de Semana ARTESP - edição 43

01.02.2016

Rodovias concessionadas registram redução de mais 50%

em número de acidentes em 2015

Fechar o ano com indicadores positivos

relacionados à segurança viária é o foco das

concessionárias de rodovias em todo o país. A

Região Metropolitana do Recife (RMR) possui

duas rodovias concessionadas, a Rota do

Atlântico, em Suape, e a Rota dos Coqueiros, no

Paiva, que comemoram a diminuição no número

de acidentes nas estradas em 2015.

A Concessionária Rota do Atlântico registrou

uma redução de acidentes de 55% em relação a 2014, ou seja, uma queda de 223

em 2014 para 99 no ano passado. Importante destacar que ao longo de dois anos

de operação, não houve acidente com vítima fatal na Rota do Atlântico. “Nosso

foco é garantir uma viagem segura para quem seguir pela via expressa,

proporcionando também a agilidade e conforto durante o percurso”, explica o

presidente da Concessionária Rota do Atlântico, Elias Lages. Os indicadores de

segurança foram divulgados esta semana pela concessionária formada pela

Odebrecht Transport e Invepar, responsável pela administração de 44

quilômetros de vias, compostas pela PE-009, VPE-052 e VPE-034.

Além de contribuírem com esses índices positivos, os investimentos em

sinalização, manutenção e monitoramento viário garantiram à Rota do Atlântico

conceito ótimo em todos os quesitos (pavimento, sinalização, geometria da via e

condições gerais) avaliados na última pesquisa da Confederação Nacional dos

Transportes (CNT).

A segurança viária também tem se destacado na Concessionária Rota dos

Coqueiros, gerida pelas empresas Odebrecht Rodovias e o Grupo Cornélio

Brennand, alcançando números importantes. A redução de acidentes na rodovia

em relação a 2014 chegou a 60% principalmente os ocasionados por saídas nas

rotatórias e as quedas de motos. Como a via tem um desenho sinuoso, era

comum as saídas e derrapagens, reduzidas drasticamente com a implantação de

radares e reforço na sinalização para redução de velocidade.

Em recente pesquisa de satisfação sobre a qualidade do sistema viário da Rota

dos Coqueiros, os usuários deram média espontânea de 8,4, e destacaram a

segurança viária e a sinalização horizontal da rodovia como excelentes. Quase a

totalidade dos entrevistados, se disse satisfeito ou muito satisfeito com a

rodovia. “Para a Rota dos Coqueiros, o resultado foi positivo por manter a

satisfação do usuário em relação aos serviços prestados pela Concessionária. Isso

reflete no conhecimento do condutor sobre os benefícios que a via concessionada

Page 9: Fim de Semana ARTESP - edição 43

proporciona. A pesquisa mostra que as pessoas perceberam que a arrecadação do

pedágio é importante para a garantia do conforto, a rapidez e a segurança”,

explica Rafaela Elaine, gerente geral da Concessionária Rota dos Coqueiros.

Durante todo o ano de 2015 as duas concessionárias investiram em ações de

educação no trânsito, levando o motorista usuário a refletir sobre sua segurança e

dos demais usuários das duas rodovias. A Concessionária Rota do Atlântico

realiza ações educativas através de Programa Cidadania na Pista, com blitzes que

visam sensibilizar motoristas para evitar imprudências no trânsito, como excesso

de velocidade e consumo de álcool. Em 2015 mais de 800 motoristas foram

atendidos pelo programa. Já a Concessionária Rota dos Coqueiros, realizou ações

do seu Programa de Educação para o Trânsito (PET) por meio de duas edições do

Parada Legal, que oferece serviços de saúde, manutenção automotiva e educação

de trânsito atingindo os motoristas que trafegam na via. As crianças também

estão na atenção da concessionária como multiplicadores viários, que em 2015

realizou atividades voltadas para o público de 7 até 11 anos de idade, como o Por

Trás das Placas na feira do Detran-PE e em escolas do entorno e além da

concessão.

SERVIÇO DE AUXÍLIO AO USUÁRIO (SAU)

As duas concessionárias dispõem de Serviço de Auxílio ao Usuário 24 horas e

monitoramento por câmeras de alta resolução. O SAU da Rota do Atlântico pode

ser acionado pelo telefone gratuito: 0800.031.0009. O SAU funciona com suporte

de viaturas de inspeção de tráfego, guincho leve e pesado, ambulância com

resgatistas. A frota inclui, ainda, um caminhão-pipa de combate a incêndios,

equipes de limpeza e veículos para remoção de animais soltos na pista.

Com 44 câmeras espalhadas ao longo da via, a equipe do Centro de Controle

Operacional da Rota do Atlântico monitora todo o trecho, acionando apoio em

caso de emergência, como socorro médico ou mecânico, com o foco em garantir

uma viagem segura para quem seguir pela via expressa. Em 2015, a

Concessionária realizou 5,4 mil atendimentos ao usuário, sendo 1,8 mil veículos

guinchados e 110 resgates.

O Serviço de Auxílio ao Usuário (SAU) da Rota dos Coqueiros pode ser acionado

pelo telefone 0800.281.0281. O SAU dispõe de ambulância de resgate, viaturas de

inspeção de tráfego e guincho leve, em base operacional situada em Barra de

Jangada. Em média, são prestados 120 atendimentos por mês. O sistema viário

possui 21 câmeras de monitoramento distribuídas ao longo do seu traçado de 6,5

quilômetros, incluindo a ponte sobre o Rio Jaboatão e a via, observadas 24 horas

pelo Centro de Controle Operacional.

Page 10: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

Prefeitura de São Paulo retoma licitação de corredor que

foi suspensa por exigência do Ministério das Cidades

ADAMO BAZANI

A Prefeitura de São Paulo retomou a licitação para requalificação do segundo

trecho do corredor de ônibus na Estrada do M ‘Boi Mirim, na zona sul da capital

paulista, assim como para a revitalização da via, inclusive para carros.

O certame foi suspenso no final de janeiro por exigência do Ministério das

Cidades, conforme tinha noticiado o Blog Ponto de Ônibus com exclusividade. É

justamente esta pasta que é responsável pelo gerenciamento e liberação dos

recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento para a maior parte das

obras de mobilidade urbana.

A prefeitura conta com os recursos do PAC para requalificar este trecho do

corredor de ônibus.

Em outubro do de 2015, o TCU – Tribunal de Contas da União indicou suspeita de

sobrepreço neste segundo trecho de obra. De acordo com cálculos do TCU, o

sobrepreço seria de R$ 10 milhões 66 mil 400 e 62 centavos. A prefeitura já tinha

recebido R$ 33 milhões de repasse do Governo Federal.

Habitualmente, os pareceres do Tribunal de Contas da União são levados em

consideração pelo Congresso Nacional que vota favoravelmente ou não à

liberação de recursos por parte dos Ministérios ou da União.

O trecho que vai ser licitado é entre a Rua Ribeiralta e Avenida dos Funcionários

Públicos, na zona sul de São Paulo, que inclui a obra do corredor de ônibus, e tem

aproximadamente 5 quilômetros de extensão.

Page 11: Fim de Semana ARTESP - edição 43

A retomada da licitação ocorre depois de ajustes no edital quanto às obras e

valores.

A obra deve ficar pronta em até 24 meses depois da contração que deve ocorrer

neste bimestre.

As propostas que antes deveriam ter sido entregues em 29 de janeiro agora

devem ser apresentadas em 19 de fevereiro, conforme comunicado da Sirub –

Secretaria de Infraestrutura Urbana ao qual o Blog Ponto de Ônibus teve acesso:

RDC PRESENCIAL Nº 010/15/SIURB PROCESSO Nº 2015-0.334.502-1 OBJETO:

ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO E EXECU- ÇÃO DAS OBRAS DE

MELHORAMENTO E ALARGAMENTO DA ESTRADA M’BOI MIRIM, DESDE A RUA

RIBERALTA ATÉ A AVENIDA DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E IMPLANTAÇÃO DO

CORREDOR DE ÔNIBUS M’BOI MIRIM, INTEGRANTES DO PLANO MUNICPAL DE

MOBILIDADE URBANA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES. A Secretaria

Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, por intermédio da Comissão

Permanente de Licitação, comunica aos interessados na licitação em epígrafe, que

fica designada a data de 19 DE FEVEREIRO DE 2016, às 14h para prosseguimento

deste certame, no mesmo local anteriormente designado.

Nesta semana, o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Roberto Garibe,

durante a entrega da requalificação do Corredor Inajar de Souza, disse que alguns

corredores teriam a licitação refeita, entre os quais este prolongamento do espaço

para ônibus na Estrada do M Boi Mirim.

Entre os outros corredores citados pelo secretário estão o corredor do Itaim

Paulista e trechos do corredor Radial Leste, todos barrados pelo TCU -Tribunal de

Contas da União ou pelo TCM -Tribunal de Contas do Município.

O secretário reafirmou que até o início de março devem ser entregues 33

quilômetros de corredores de ônibus, incluindo obras recentemente finalizadas.

Os corredores dentro desta estimativa são:

– Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, com 3,3 quilômetros de extensão e que

custou R$ 45 milhões com recursos do PAC – Concluído

– Corredor de ônibus Inajar de Souza, zona Norte, em janeiro (concluído no início

de fevereiro)

– Corredor de ônibus da M’Boi Mirim, na zona Sul, em janeiro (em execução)

– Binário Santo Amaro, zona Sul,em fevereiro. (em execução)

Somando esses corredores, São Paulo passa ter 63,3 quilômetros em obras. Os 33

quilômetros prometidos representam menos de um terço da meta de 173,4

quilômetros apresentada no primeiro trimestre da gestão de Fernando Haddad,

que contemplariam 23 corredores exclusivos para ônibus. O número é maior

ainda que os 150 quilômetros prometidos na campanha eleitoral de Haddad.

Mas esta meta mudou e o prefeito agora promete que não mais 150 quilômetros

de corredores sejam entregues, mas que 150 quilômetros de corredores de ônibus

estejam em obras.

Page 12: Fim de Semana ARTESP - edição 43

01.02.2016

Justiça autoriza São Paulo a não exigir exame toxicológico

para motoristas profissionais

Estado obteve autorização prévia da Justiça para não implantar norma federal que

impõe teste nas categorias C, D e E

A Justiça Federal autorizou o Estado de São Paulo a não exigir o exame

toxicológico para renovação ou obtenção da Carteira Nacional de Habilitação

(CNH) nas categorias C, D e E, voltadas para motoristas profissionais. Resolução

529 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prevê a realização do teste em

todo o país a partir desta sexta-feira, 1º de janeiro de 2016.

A pedido do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), o Estado

de São Paulo, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), ingressou com uma

ação na Justiça contra a medida e conseguiu autorização prévia (tutela

antecipada) para não condicionar a concessão da CNH ao teste. O processo

continua em curso na Justiça Federal - 9ª Vara Cível da Capital de São Paulo.

“Todo dia fazem leis, criam normas para onerar o povo. No passado foi aquele kit

de primeiros socorros. Todo mundo gastou um dinheirão e ele depois foi

dispensado. Depois era para trocar o extintor. Agora inventaram que tem que

fazer um exame toxicológico. É um exame inútil. As entidades médicas e de

segurança no tráfego dizem que não tem nenhum sentido”, afirmou o governador

Geraldo Alckmin nesta quarta-feira (30/12), durante entrega de casas em

Sorocaba.

“Só no Estado são mais de 4 milhões de motoristas. São trabalhadores, motoristas

de caminhão, de ônibus, de van, de carreta, que teriam fazer esse exame”,

completou.

A comunidade médica e profissionais de trânsito de todo país são contrários à

medida. Entre as críticas mais recorrentes está o tipo de exame. Para os

especialistas, a exigência é discriminatória, inconstitucional, viola a ética médica

e não há evidências científicas que comprovem sua eficácia para a segurança no

trânsito. Além disso, o teste tem alto custo (cerca de 100 dólares) e não é feito

por nenhum laboratório brasileiro. Hoje, as amostras são enviadas para análise no

exterior.

A legislação federal prevê que o exame seja feito mediante a coleta de cabelo,

pelo ou unhas com o objetivo de detectar o consumo de substâncias psicoativas

que comprometam a capacidade de direção no momento de renovar ou obter a

habilitação. O resultado precisa dar negativo para os três meses anteriores ao

teste.

O resultado negativo, no entanto, não significa dizer que o cidadão não fará uso

de drogas posteriormente, já com a CNH renovada, e conduzirá veículo sob efeito

dessas substâncias. Além disso, conforme alerta da Associação Brasileira de

Medicina de Tráfego (Abramet), o motorista pode, por exemplo, burlar o teste ao

deixar de usar drogas no período que é coberto pela janela de detecção (90 dias

Page 13: Fim de Semana ARTESP - edição 43

retroativos).

“Seria mais eficiente um exame realizado na própria via, o que comprovaria que o

condutor realmente dirige sob efeito de drogas”, afirma Daniel Annenberg,

diretor-presidente do Detran.SP.

“O exame tem brechas e tornará o processo de habilitação mais demorado, uma

vez que a coleta será encaminhada para o exterior e posteriormente ainda deverá

ser avaliada por um médico. O teste também não tem como aferir se o motorista

utilizou a droga enquanto dirigia ou se fez uso em um momento particular, fora

da condução de veículos. Impedir que um motorista profissional que depende da

habilitação para trabalhar renove o documento pela interpretação de um exame

falso positivo poderá resultar em demandas judiciais tanto para o Estado quanto

para os médicos”, ressalta Annenberg.

É importante frisar que a realização do exame e a identificação de substâncias

psicoativas não constitui por si a inaptidão do motorista à renovação ou à

habilitação nas categorias C, D e E. O cidadão pode ter utilizado medicamentos

que tenham em sua composição algum elemento detectado pelo exame, por

exemplo. Por esta razão, a quantidade e a duração do uso identificadas no exame

deverão ser submetidas à avaliação de um médico credenciado pelo Detran.SP,

que emitirá um laudo final de aptidão do candidato.

Classe médica não foi ouvida

Na elaboração dessa exigência, não foram consultadas as entidades médicas, nem

mesmo a Câmara Temática de Saúde e Meio Ambiente no Trânsito do próprio

Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Entre as entidades que são contrárias à obrigatoriedade do exame toxicológico

estão: Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Sociedade

Brasileira de Toxicologia (SBTOx), Conselho Federal de Medicina, Sociedade

Brasileira de Ciências Forenses (SBCF), Associação Nacional de Medicina do

Trabalho (ANAMT), Conselho Regional de Biomedicina, Conselho Regional de

Farmácia do Estado de São Paulo, Departamento de Análises clínicas e

Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São

Paulo (USP), Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT), além do

próprio Ministério da Saúde.

"De fato, não há qualquer evidência científica de que a obrigatoriedade da

realização desse exame durante o processo de habilitação ou de renovação tenha

algum impacto positivo na redução de lesões e mortes no trânsito", ressalta o

presidente da Abramet, Dr. José Heverardo da Costa Montal.

Profissionais da área médica fazem ainda outro alerta: por meio do exame de

larga janela de detecção feito a partir do cabelo não é possível determinar com

exatidão quando o indivíduo fez uso de droga, mas apenas estimar esse tempo.

Vale ressaltar que nenhum dos 185 países signatários da Década de Ação para

Segurança Viária 2011-2020, estabelecida pela Organização das Nações Unidas

(ONU) para reduzir pela metade o número de acidentes e mortes no trânsito,

realiza exames em cabelo, pelo ou unha dos motoristas.

Page 14: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

Câmara aprova isenção de IPI para vans e micro-ônibus de

turismo

ADAMO BAZANI

Vans e micro-ônibus zero-quilômetro

comprados por empreendedores

individuais e destinados ao turismo

podem ser isentos do IPI – Imposto

sobre Produtos Industrializados.

A Comissão de Constituição e Justiça

e de Cidadania da Câmara dos

Deputados aprovou nesta quinta-

feira, 4 de fevereiro de 2016 ,o

projeto de lei 4642/04 que prevê a isenção.

No entanto, a proposta aprovada em caráter conclusivo, ou seja, não precisa ser

votada no plenário da Câmara, ainda vai ser analisada pelo Senado. Não há prazo

para os senadores darem um parecer.

Pela proposta, só terão direito à isenção, os motoristas que tiverem certificação

emitida pelo Ministério do Turismo.

O projeto de lei, de autoria do deputado Alex Canziani, altera a legislação do IPI –

lei 8.989/95 que hoje concede isenção

para os automóveis de portadores de

deficiência, de taxistas autônomos e de

cooperativas de trabalho que sejam

concessionárias de táxi.

De acordo com a Agência Câmara, houve

na casa um rito para a aprovação e para a

matéria seguir para o Senado.

“O parecer do relator, deputado Sandro

Alex (PPS-PR), foi favorável ao PL 4642/04

e aos substitutivos da Comissão de

Turismo e Desporto; e da Comissão de

Finanças e Tributação. A Comissão de

Turismo substituiu a Embratur (Instituto

Brasileiro do Turismo) pelo Ministério do Turismo na comprovação da atividade

de transporte turístico. Já a Comissão de Finanças aperfeiçoou a técnica

legislativa.”

Page 15: Fim de Semana ARTESP - edição 43

03.02.2016

BNDES reduz custos de financiamentos e amplia

possibilidades para renegociação de dívidas

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou,

nessa terça-feira (2), uma série de medidas com o objetivo de facilitar as

condições de financiamento ao setor produtivo e dar fôlego ao caixa das

empresas.

Conforme a instituição, as cartas circulares que informam os agentes financeiros

credenciados já foram enviadas. No entanto, devido à necessidade de um prazo

para adaptar as plataformas às novas taxas e possibilidades, a estimativa é que os

programas estejam operantes até o final de fevereiro.

Refin PSI

Quem realizou financiamento de máquinas, equipamentos e ônibus pelo PSI

(Programa de Sustentação de Investimentos) poderá renegociar de seis a 12

parcelas que estão por vencer. O novo subcrédito poderá ter até 24 parcelas.

O custo a ser pago ao BNDES é de 15,73% ao ano. A taxa não considera a

remuneração do banco com quem foi assinado o contrato.

Page 16: Fim de Semana ARTESP - edição 43

No caso dos caminhoneiros, a adesão ao Refin PSI só ocorrerá se os interessados

não estiverem contemplados em outros programas de refinanciamento do

BNDES.

Capital de giro

O BNDES também baixou as taxas para financiamento de capital de giro, por meio

do BNDES Progeren (Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de

Geração de Emprego e Renda). As menores são para micro e pequenas empresas

(com receita operacional bruta de até R$ 16 milhões/ano), de 11,67% ao ano. Para

as médias (de receita operacional bruta entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões/ano),

a taxa ficou em 14,71% ao ano. Sobre esses custos incidirá, ainda, a remuneração

do agente financeiro.

O orçamento disponível do Progeren será de até R$ 5 bilhões. Essas operações

podem contar com apoio do BNDES FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), o

que amplia a possibilidade dos agentes repassadores concederem financiamento.

Cartão BNDES

O prazo de amortização do Cartão BNDES para as micro, pequenas e médias

empresas foi ampliado de 48 para 60 meses. No ano passado, os desembolsos do

Cartão BNDES atingiram R$ 11,2 bilhões, com cerca de 750 mil operações

contratadas.

Bens de capital

Para aquisição de bens de capital, como ônibus e caminhões, o BNDES reduziu o

custo do financiamento de 12,94% para 11,80%. Sobre essas operações incidirá,

também, a remuneração do agente financeiro, além da taxa de intermediação

financeira, que varia de 0,1% a 0,5%, dependendo do porte da empresa.

05.02.2016

DNIT recupera Rodovia das Cataratas

A Superintendência Regional do DNIT no Paraná, através de sua Unidade Local de

Foz do Iguaçu, iniciou os trabalhos de manutenção da rodovia BR-469. Conhecida

como Rodovia das Cataratas, ela é considerada um cartão de visitas do município

de Foz por ligar o Centro da cidade ao Parque Nacional onde estão as famosas

quedas d´água. Também é acesso ao Aeroporto Internacional e a uma série de

atrações turísticas.

Atualmente as obras ocorrem no segmento de 12 quilômetros dentro do Parque.

Devido à necessidade de preservação ambiental, o tráfego é restrito no local.

Segundo a administração do Parque, em 2015, o número de visitantes foi de

1.642.093 turistas, de 172 nacionalidades.

As obras, avaliadas em R$ 3 milhões, são referentes ao contrato de manutenção e

o prazo de conclusão é novembro de 2017. Os serviços incluem: roçada na faixa

de domínio, limpeza das Pontes da Amizade e Tancredo Neves, manutenção

rodoviária com limpeza e desobstrução de bueiros e canaletas, além de

drenagem, fresagem e pavimentação asfáltica.

Page 17: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

Montadoras começam o ano com queda de vendas e demissões

O ano de 2016 começou para a indústria automobilística da mesma forma que

2015 terminou: com queda nas vendas, suspensão de contratos de trabalho ( lay-

offs) e demissões. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos

Automotores ( Fenabrave) mostram que as vendas do segmento de automóveis e

comerciais leves recuaram 32,15% em janeiro em relação ao mês anterior. Foram

emplacadas 149.699 unidades, contra 220.640 em dezembro de 2015. Se

comparado a janeiro do ano passado, o resultado aponta retração de 38,62%.

Em relação ao emprego, as notícias não são boas. A fábrica da Volkswagen em São

Bernardo do Campo vai suspender os contratos de trabalho de mais 800

funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Eles

entrarão em férias coletivas no dia 15, por 20 dias, e depois ficam em lay- off por

cinco meses. Com mais este grupo, o total de empregados com o contrato de

trabalho suspenso na Volks do ABC chega a 2 mil, o equivalente a 10% do quadro

de funcionários. Procurada, a montadora não se pronunciou.

Também em São Bernardo, a fabricante de caminhões e chassis para ônibus

Mercedes- Benz vai colocar em licença remunerada 1.500 trabalhadores de sua

linha de produção a partir do dia 17, o equivalente a 21,7% dos 7.000

funcionários que trabalham no chão de fábrica. A licença vai até maio, quando

será reavaliada. Em janeiro, a queda nas vendas de caminhões foi de 43,36% em

relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Fenabrave. A venda de ônibus

encolheu no mesmo ritmo — 43,79% — em relação a janeiro de 2015. A

montadora confirma o número de licenças e atribui a medida ao fraco

desempenho do segmento em janeiro.

Este ano, a General Motors foi a primeira a fazer dispensas. Por telegrama, a

montadora comunicou o desligamento a 517 funcionários que estavam em lay- off

na unidade da montadora de São José dos Campos, interior de São Paulo. Desde

2013, quando a crise econômica começou a se aprofundar e o governo suspendeu

os incentivos ao setor ( a redução do IPI terminou em dezembro de 2014), 27,1

mil trabalhadores das montadoras perderam o emprego, sem incluir nesta conta

as fábricas de autopeças. Só no ano passado, 1.047 concessionárias fecharam, e

32 mil trabalhadores foram demitidos.

MÊS MAIS FRACO

Tanto a Volks quanto a Mercedes aderiram, no ano passado, ao Programa de

Proteção ao Emprego ( PPE), uma medida criada pelo governo para evitar mais

demissões no setor. No PPE, os salários são reduzidos em 10%, e a jornada

mensal, em um dia por semana. Além disso, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (

FAT) banca o percentual cortado dos rendimento enquanto o segmento enfrenta

queda de vendas.

Page 18: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

Produção de veículos cai quase 30% em janeiro e volta a níveis de 2003

Após terminar 2015 com uma queda de 22,8%, a produção de veículos no Brasil

começou 2016 com um tombo de 29,3% em janeiro, na comparação com igual mês

do ano passado, ao contar um total de 145.064 unidades fabricadas, informou

nesta quinta-feira, 4, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos

Automotores (Anfavea). Já em relação a dezembro de 2015, houve alta de 1,6%.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que o ritmo de produção de

veículos em janeiro deste ano foi semelhante ao patamar registrado em janeiro de

2003. "Estamos regredindo 13 anos", lamentou o executivo.

O menor ritmo de produção tem efeito direto no nível de emprego do setor.

Segundo Moan, as montadoras contam hoje com 6,3 mil empregados em lay-off,

enquanto outros 35,6 mil estão cadastrados no Programa de Proteção ao Emprego

(PPE), do governo federal.

Na soma, são 41,9 mil trabalhadores incluídos em algum tipo de mecanismo para

evitar demissões. O número representa um quarto do total dos 129.397

trabalhadores empregados na indústria automotiva brasileira.

Estoque. Outro efeito provocado pela redução da produção das fábricas é a queda

do estoque total de veículos nos pátios das concessionárias e das montadoras,

que passou de de 271,1 mil unidades em dezembro do ano passado para 254,3

mil em janeiro deste ano.

Com a queda, o estoque era, em janeiro, suficiente para 49 dias de vendas, ante

52 dias em dezembro (considerando o ritmo de vendas de janeiro). O número,

contudo, permanece acima do patamar considerado ideal pelo setor, com

estoques equivalentes a 30 dias de vendas.

Vendas. Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus

caíram 38,8% em janeiro na comparação com igual mês do ano passado e recuou

31,8% ante dezembro de 2015. No primeiro mês de 2015, foram emplacadas

155.283 unidades em todo o País.

As exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas, por sua vez,

somaram US$ 547,672 milhões em janeiro, queda de 18,3% na comparação com

igual mês do ano passado e recuo de 32,9% ante dezembro.

No primeiro mês do ano, foram exportadas 22.347 unidades de automóveis,

comerciais leves, caminhões e ônibus, alta de 37,1% na comparação com um ano

antes, mas retração de 51,7% ante o último mês de 2015.

Page 19: Fim de Semana ARTESP - edição 43

04.02.2016

Produção de ônibus começa o ano de 2016 com queda de

quase 50%

ADAMO BAZANI

A produção de ônibus no Brasil neste mês de janeiro registrou queda de 48,9% em

comparação a janeiro do ano passado.

De acordo com balanço da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de

Veículos Automotores, divulgado nesta quinta-feira, 04 de fevereiro de 2016, em

janeiro foram produzidos 1 mil 176 ônibus e no mês de janeiro de 2015, a

produção chegou a 2 mil 302 chassis.

A maior queda foi no segmento de ônibus rodoviários. Na comparação entre

janeiro de 2015 e janeiro de 2016, a baixa foi de 62,8% com 130 veículos

produzidos.

Já a produção de chassis de ônibus urbanos teve queda em relação a janeiro do

ano passado de 46,4% com 1 mil 046 unidades.

Na comparação entre janeiro e dezembro, a indústria de ônibus registrou alta de

117,4%. O número não é visto de maneira otimista, apesar de o percentual ser

significado, pelo fato de dezembro ter sido um mês muito fraco.

A produção total de veículos automotores, incluindo carros de passeio,

comerciais leves, caminhões e ônibus teve queda em janeiro de 29,3%. A

produção total de 145,1 mil veículos, de acordo com a Anfavea, representa o pior

janeiro dos últimos 13 anos para indústria automotiva.

O segmento de caminhões também registrou expressiva queda: 50,5%, com 4 mil

106 unidades em janeiro de 2016 ante 8 mil 291 de janeiro de 2015.

MARCAS E LICENCIAMENTOS:

Todas as marcas de ônibus tiveram queda nos licenciamentos neste mês de

janeiro em comparação com janeiro de 2015. De acordo com a Anfavea, a média

de licenciamentos teve queda de 44,9%, com 1 mil 033 unidades neste ano ante 1

mil 875 de Janeiro de 2015.

Confira o ranking das marcas:

1º) Mercedes-Benz: 508 ônibus – queda de 35,4% em comparação com o mesmo

período do ano passado.

2º) MAN/ Volkswagen Caminhões e Ônibus: 230 ônibus – queda de 57,8% em

comparação com o mesmo período do ano passado.

3º) Agrale – incluindo miniônibus Volare: 1888 ônibus – queda de 39,2% em

comparação com o mesmo período do ano passado.

4º) Volvo: 69 ônibus – queda de 47,3% em comparação com o mesmo período do

ano passado.

5º) Iveco – incluindo o minônibus CityClass: 29 ônibus – queda de 58,6% em

comparação com o mesmo período do ano passado.

6º) Scania: 08 ônibus – queda de 61,9% em comparação com o mesmo período do

ano passado.

Page 20: Fim de Semana ARTESP - edição 43

01.02.2016

ANTT autoriza reajuste nas tarifas de pedágio da BR-

101/RJ

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (1º/2), a 8ª

revisão ordinária, a 8ª revisão extraordinária e o reajuste da tarifa básica nas

praças de pedágio da BR-101/RJ, no trecho entre a divisa RJ/ES e o km 320,1

(acesso à Ponte Presidente Costa e Silva), administrado pela concessionária

Autopista Fluminense. As novas tarifas entram em vigor à 0h do dia 2/2/2016.

A tarifa reajustada passa de R$ 3,80 para R$ 4,50 em todas as praças de pedágio

da rodovia. O objetivo da revisão tarifária consiste em manter o equilíbrio

econômico-financeiro do contrato e atender à Lei nº 13.103/2015. A alteração foi

calculada a partir da combinação de três itens previstos em contrato: reajuste,

revisão e arredondamento.

Revisões e reajustes

A ANTT, por força de lei, realiza, anualmente, o reajuste e a revisão das tarifas de

pedágio das rodovias federais concedidas. Essas alterações tarifárias são

aplicadas no aniversário do início da cobrança de pedágio.

As alterações de tarifa são calculadas a partir da combinação de três itens

previstos em contrato:

· Reajuste: tem por intuito a correção monetária dos valores da tarifa e

leva em consideração a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de

pedágio.

· Revisão: visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no

contrato de concessão.

Nas revisões ordinárias, são feitas as compensações, na tarifa de pedágio, por

descumprimentos ou postergação de cláusulas contratuais, caso existam. Neste

caso, pode haver, inclusive, decréscimo na tarifa básica, caso a fiscalização da

ANTT verifique que a concessionária deixou de cumprir alguma obrigação

prevista para aquele ano. Assim como o reajuste, a revisão ordinária acontece

uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.

As revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores

de desequilíbrios derivados da inclusão de novas obrigações, não previstas

inicialmente no contrato, a exemplo de inclusão de novas obras ou como foi o

caso da Lei dos Caminhoneiros.

· Arredondamento tarifário: tem por finalidade facilitar a fluidez do

tráfego nas praças de pedágio e prevê que as tarifas devem ser múltiplas de R$

0,10. Os efeitos econômicos do arredondamento são sempre compensados no

Page 21: Fim de Semana ARTESP - edição 43

processo de revisão subsequente. Ou seja, se neste ano a tarifa foi arredondada

para cima, no próximo, o arredondamento será decrescente.

Os efeitos da “Lei dos Caminhoneiros” nas tarifas

Conhecida por “Lei dos Caminhoneiros”, a Lei 13.103/2015 entrou em vigor no

dia 17 de abril, trazendo para o mercado regulado de rodovias dois impactos.

Segundo a norma, se o caminhão estiver vazio e com eixo suspenso, não se cobra

o pedágio. Até a edição da lei, as concessionárias podiam cobrar pedágio por eixo

suspenso. Além disso, a lei aumenta a tolerância de peso por eixo, o que pode

trazer um desgaste maior no pavimento.

Ambas as alterações resultaram no pedido de reequilíbrio do contrato pelas

concessionárias. Este é um caso de revisão extraordinária, pois não havia como

prever a edição de uma lei federal. Dessa forma, a recomposição das perdas de

receita poderia ser feita a qualquer tempo ou junto com o reajuste, de modo a

alterar a tarifa uma única vez ao ano.

O cálculo considera os fluxos históricos de caminhões em cada concessão e, por

isso, apresenta resultados diferentes para cada rodovia. Esse cálculo será

revisado posteriormente com base nos dados reais de isenção e de receita.

Concessão – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), criada em

2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e prestação de serviços de

transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua criação,

resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos

respectivos acordos.

Com 320 quilômetros de extensão, a BR-101/RJ foi concedida para iniciativa

privada com o objetivo de exploração da infraestrutura. A concessão iniciou em

18 de fevereiro de 2008, pelo período de 25 anos. A licitação fez parte da 2ª etapa

do programa de concessões rodoviárias.

05.02.2016

DNIT libera tráfego na BR-235/BA entre Remanso e Casa

Nova

O DNIT liberou o tráfego na rodovia BR-235/BA, na altura do km 350, entre as

cidades de Remanso e Casa Nova, por meio de desvio construído

provisoriamente, até que se faça o aterro definitivo.

Em janeiro as fortes chuvas que caíram na região provocaram a interdição total da

rodovia.

Page 22: Fim de Semana ARTESP - edição 43

02.02.2016

ANTT discute subconcessão de ferrovia em sessão pública

de audiência no Mato Grosso do Sul

A Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT) realizou, nesta terça-feira (2/2), a segunda

sessão presencial da Audiência Pública nº

001/2016, em Três Lagoas (MS). O objetivo é

colher subsídios para aprimorar os estudos

técnicos e as minutas de edital e de contrato que

disciplinarão as condições em que se dará a

subconcessão do trecho ferroviário

compreendido entre os municípios de Ouro Verde

de Goiás (GO) e Três Lagoas (MS). O terceiro encontro será realizado em Brasília,

no dia 16/2.

A sessão contou com a participação de 33 pessoas, que apresentaram quatro

contribuições. Os interessados podem encaminhar suas sugestões por meio do

site http://pilferrovias.antt.gov.br, até as 18h do dia 19/2/2016. Também está

disponível toda a documentação para consulta na página eletrônica.

Concessão – O projeto, que integra a segunda etapa do Programa de

Investimentos em Logística (PIL) do governo federal, tem valor aproximado a R$

2,3 bilhões em investimentos para sua construção. A extensão da ferrovia será de

cerca de mil quilômetros e o período da subconcessão será de 35 anos.

Ao todo, serão contemplados 33 municípios nos estados de Goiás (Acreúna,

Brazabrantes, Damolândia, Goianira, Indiara, Jandaia, Nova Veneza, Ouro Verde

de Goiás, Palmeiras de Goiás, Paranaiguara, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Bárbara

de Goiás, Santa Helena de Goiás, São Simão, Trindade e Turvelândia), Minas Gerais

(Santa Vitória, União de Minas e Iturama), São Paulo (Ouroeste, Guarani d’Oeste,

Fernandópolis, Estrela d’Oeste, São João das Duas Pontes, Pontalinda, Guzolândia,

Sud Mennucci, Pereira Barreto, Itapura e Ilha Solteira) e Mato Grosso do Sul

(Selvíria e Três Lagoas). O trecho ferroviário atravessará uma região que possui

vocação agrícola e industrial, com destaque para a produção de celulose.

Em fase final de construção pela Valec, o trecho é a continuação da Ferrovia

Norte-Sul nos estados de Goiás e São Paulo. A chegada ao município de Estrela

d’Oeste (SP) permitirá a conexão da Norte-Sul com a ALL Malha Paulista,

possibilitando o acesso ao Porto de Santos.

Mais esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail [email protected].

Page 23: Fim de Semana ARTESP - edição 43

29.01.2016

Demanda externa e concessões em infraestrutura devem

resgatar economia em 2017

São Paulo, 29 - Após dois anos de recessão, a economia brasileira deve voltar a

registrar crescimento em 2017, graças à ajuda do setor externo e, caso seja bem

sucedido, ao plano de concessões em infraestrutura do governo. Esta é a

avaliação de boa parte dos profissionais do mercado financeiro que acredita em

um Produto Interno Bruto (PIB) positivo, ou pelo menos, não negativo, no próximo

ano. Por outro lado, há riscos para a concretização deste cenário, como os de

ordem política e também a implantação de medidas econômicas que já deram

errado no passado recente.

Conforme analistas afirmaram ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da

Agência Estado, a base de comparação fraca com o PIB de 2016, que segundo o

mais recente Boletim Focus deve cair 3%, pode favorecer a expectativa de

recuperação em 2017. Além disso, já existem evidências de que a queda da

atividade chegou ao fundo do poço, como a estagnação da piora da confiança dos

empresários e da alta nos níveis dos estoques da indústria. A recuperação,

contudo, deverá ser lenta uma vez que a indústria, bastante debilitada, ainda tem

de se reestruturar, retomando investimentos, para reconquistar mercados no

exterior.

"Nos próximos anos o que vai puxar o crescimento é a demanda externa. Alguns

indicadores antecedentes já mostram alguma estabilidade do pessimismo, entre

eles os de demanda por exportação", diz o presidente da Sociedade Brasileira de

Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet), Luis

Afonso Lima, cuja previsão para o PIB de 2017 é de alta de 1,5%. "Alguns

empresários já estão conseguindo fazer a transição para mercado externo, diante

do consumo interno baixo. O câmbio desvalorizado também ajuda", completou.

Num primeiro momento, diz o economista, a retomada das exportações deve vir

pelos produtos básicos, commodities agrícolas e metálicas, em que o País já tem

tradição, uma vez que itens de maior valor agregado exigem investimentos que

levam tempo para maturar.

Lima também vê o plano de concessões em infraestrutura como uma boa janela

de oportunidade para o crescimento, que deve estimular o investimento

estrangeiro. "No mundo todo, as empresas estão buscando oportunidades de

expansão. Em 2015, o volume de IDP (Investimento Direto no País) foi elevado e

houve melhora qualitativa, passando de serviços para indústria e agropecuária. O

plano de concessões em 2016 abre as portas para estes investimentos", disse.

Para o economista-chefe da Kinea Investimentos, Luis Fernando Horta, "sem

sombra de dúvida", o setor externo deve evitar uma deterioração adicional do PIB

à frente. "A alta do dólar ajuda um pouco, já que aumenta a competitividade das

Page 24: Fim de Semana ARTESP - edição 43

empresas brasileiras, mesmo diante de problemas com custo Brasil, que se

mantém elevado", avaliou.

A partir do segundo trimestre deste ano, Horta estima que a economia brasileira

começará a dar algum sinal de melhora, com o PIB se estabilizando até o quarto

trimestre. "A confiança da indústria e do consumidor parou de piorar. Parece que

há um início de melhora nas variáveis de confiança", justificou. Apesar de

reconhecer que o nível dos estoques ainda está elevado, o economista da Kinea

ressalta que o setor industrial sinaliza estar fazendo alguma correção, na

tentativa de retomar a produção.

Para a Kinea, o PIB deve fechar este ano com queda de 3,00% e pode voltar a

crescer em 2017, com taxa positiva estimada entre 0,80% e 1,00%. No entanto,

pondera que há risco de a estimativa ser revisada para baixo. Horta afirma que se

algumas medidas implementadas pelo governo no passado, que "não deram

certo", como as de estímulo ao crédito e as demais medidas "não convencionais"

de estímulo à economia, forem retomadas, pode prevalecer o chamado 'voo de

galinha'.

Simão Silber, professor da Faculdade de Economia e Administração da

Universidade de São Paulo (FEA-USP), acredita que a economia irá atingir o fundo

do poço em algum momento do terceiro trimestre deste ano para, depois, dar

início a um processo de melhora paulatina. "As empresas estão começando a se

organizar para aumentar as exportações, por causa do câmbio e devido ao

enfraquecimento da demanda interna", disse. Em sua visão, o País também conta

com alguns estímulos em andamento, por meio de concessão de aeroportos,

rodovias e ferrovias, além de gastos do governo que podem injetar recursos no

longo prazo.

Trava política

Mas Silber, por enquanto, não enxerga possibilidade de grande virada de 2016

para 2017, dada a condição econômica e política frágeis. "Do ponto de vista

político, o País tem uma estratégia estritamente de sobrevivência. Nessas

condições, o setor privado se retrai", sugeriu.

E, na contramão do mercado, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale,

não vê retomada em 2017 "em um cenário que a presidente não saia". "Temos

queda de pelo menos 1% no ano que vem e isso continuará sendo dado pelas

dificuldades políticas que estarão ainda mais escancaradas caso a presidente

Dilma Rousseff passe este ano", disse. "São tantos riscos em conjunto que será

muito difícil reconquistar a confiança e, por isso, a razão de acreditar que a

recessão se mantém ano que vem", afirmou. Entre os riscos, Vale cita as

dificuldades na área fiscal - "Ela não conseguirá aprovar absolutamente nada no

Congresso".

Em seu cenário, caso haja mudança de presidente, "tudo muda". "Em 1992,

quando o Collor saiu houve uma expectativa tão positiva que a indústria disparou

no ano seguinte. Por isso, uma saída da presidente poderia melhorar um pouco a

economia, nada demais, mas poderia ser um modesto crescimento de 0,5%",

comentou.

Page 25: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

ANTT ganha 12 balanças nas estradas, mas não tem fiscais

para operar

São, por ora, literalmente balanças fantasmas.

Obrigados pela Justiça, as concessionárias e Governo concluíram a construção de

12 balanças para caminhões e carretas nas estradas federais. Avanços? Não.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres avisou ao Palácio do Planalto e ao

Ministério dos Transportes que não tem fiscais para operá-las.

“A ANTT está efetuando o remanejamento de servidores, a fim de viabilizar a

operação'', informa a assessoria.

Mas fontes da agência apontam que há dezenas de técnicos em regulação – os

fiscais para estes quadros – que podem fazer o serviço, mas não querem deixar

Brasília.

Esses técnicos atuam em áreas burocráticas da ANTT na capital, e relutam em

deixar a cidade, com suas famílias, para morarem em outros Estados. O problema

torna-se maior com a notícia confirmada de que a presidente Dilma barrou novos

concursos por tempo indeterminado, por cortes de despesas.

A ANTT é a agência que, no apagar das luzes de 2015, renovou aluguel da sede

por R$ 120 milhões (!!), por cinco anos, num luxuoso prédio, num aumento de

900% do contrato anterior.

Page 26: Fim de Semana ARTESP - edição 43

04.02.2016

Metrô de Guadalajara implanta serviços de trólebus para

formar rede de transportes

Enquanto muitos dizem que sistema

de trólebus é ultrapassado e que

existem outras alternativas mais

modernas para transportes, o Siteur

– Sistema de Trem Elétrico Urbano,

que engloba o Metrô de Guadalajara,

no México, investe justamente neste

tipo de veículo como solução

moderna de mobilidade.

Desde esta segunda-feira, 1º de

fevereiro de 2016, estão em

circulação 25 trólebus na recém-

criada linha 3 SiTren, cujo trajeto integra as linhas da rede de transportes, sendo

uma extensão do Sistema Light Rail Integral. A nova linha possui 34 quilômetros

entre ida e volta.

O sistema Siteur é uma das provas de opção que se pode fazer entre o transporte

individual e o transporte coletivo. Ele foi criado em 1974, já voltado para uma

rede de transportes e não para um modal. Para a construção da primeira linha

férrea, o poder público decidiu suprimir uma rota de alta capacidade para carros.

E com os trólebus, continua o objetivo de prestar serviços de mobilidade urbana

com qualidade e respeito ao meio ambiente. De acordo com o diretor da Siteur,

Guadalajara Rodolfo Gutierrez, na página oficial do sistema, a presença dos

trólebus pode reduzir a emissão de dióxido de carbono em 16,75 toneladas por

semana 3900 toneladas por ano em comparação com o ônibus a diesel

( http://www.siteur.gob.mx/ )

Os 25 trólebus comprados possuem um sistema de Tecnologia Tcheco Skoda. Os

ônibus possuem um sistema de armazenamento de energia que permite com que

os veículos circulem por até 30 quilômetros desconectados da rede aérea em caso

de eventualidade.

Cada trólebus com 12,3 metros de comprimento pode transportar até 100

pessoas. Os veículos são dotados de rampas para acesso de pessoas com

deficiência. O trajeto possui 54 paradas na ida e na volta e a frequência é de um

trólebus a cada cinco minutos nos horários de pico e a cada 12 minutos nos

demais horários.

Os ônibus possuem sistemas de GPS para monitoramento dos serviços, rádios

comunicadores e câmeras de vigilância que também estão nas paradas.

Bilhetagem eletrônica com o sistema pré-pago também é outra característica desta

linha de trólebus que inicialmente deve transportar 10 mil pessoas por dia.

Page 27: Fim de Semana ARTESP - edição 43

05.02.2016

Obama pretende propor imposto de US$ 10 sobre barril de

petróleo

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai propor um

imposto de US$ 10 por barril no plano para o ano fiscal de 2017, informou a Casa

Branca nesta quinta-feira. A medida, que busca investir a tributação em

transporte limpo, deve enfrentar rejeição por parte do lado republicano no

Congresso a respeito dos gastos do governo.

A proposta de direcionar os recursos para iniciativas de transporte movidos por

energia limpa parece destinada a intensificar a pressão do presidente americano

durante seu último ano de mandato sobre ações agressivas para amenizar as

mudanças climáticas globais.

"Ao implementar uma tarifa sobre o petróleo, o plano do presidente cria um

incentivo claro à inovação do setor privado para reduzir nossa dependência do

petróleo e ao mesmo tempo investir em tecnologias de energia limpa para equipar

nosso futuro”, anunciou a Casa Branca em comunicado.

O imposto, que atraiu rápidas ressalvas de grupos da indústria do petróleo, é

parte de um plano mais amplo da gestão de Obama para afastar o país de

sistemas de transporte que dependam de motores de combustão interna e

combustíveis fósseis. A proposta visa investir US$ 20 bilhões para reduzir o

tráfego nas cidades e aprimorar trajetos pendulares, US$ 10 bilhões para

transporte local e estatal e programas climáticos e US$ 2 bilhões em pesquisa em

veículos e aeronaves movidos à energia limpa.

A suposta nova taxa, que seria aplicada gradualmente em cinco anos,

provavelmente vai ignorar os republicanos que controlam as duas Casas do

Congresso dos EUA.

Embora a taxa seja possivelmente cobrada sobre empresas do setor petroleiro, a

tributação seria certamente repassados aos consumidores que atualmente se

beneficiam de preços baixos da gasolina devido aos altos da commodity e de

combustível no país.

"Não tenha dúvida, essa é uma taxa de energia para o consumidor disfarçada de

imposto sobre companhias de petróleo”, afirmou Neal Kirby, porta-voz da

Associação Independente de Petróleo dos EUA, em e-mail à Bloomberg. "Em uma

época nas quais as companhias de petróleo enfrentam a maior crise financeira

nos últimos 25 anos, não faz sentido aumentar custos da indústria”.

A proposta de Obama acompanha a queda de 13% nos preços do petróleo este

ano, explicada principalmente pelo aumento da oferta global. Na semana passada,

os estoques americanos de barris petróleo aumentaram em 7,79 milhões unidades

para 502,7 milhões, maior nível desde 1930, segundo dados da Agência de

Informação sobre Energia (EIA, em inglês). A ideia do presidente poderia aumentar

o preço do galão de gasolina em até US$ 0,25 para motoristas.