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EDIÇÃO 16 – 17 DE JULHO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 17 de julho de 2015.

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EDIÇÃO 16 – 17 DE JULHO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

10.07.2015

Para especialistas, papel de algumas estatais é incerto

Lista inclui empresas com a Companhias Docas, que administram os

portos; a Valec, que cuida das obras ferroviárias; e a EPL, criada para

planejar a logística nacional

O papel de algumas estatais virou uma incógnita nos últimos anos, segundo

especialistas. A lista inclui as Companhias Docas, que administram os portos; a

Valec, que cuida das obras ferroviárias; e a EPL, criada para planejar a logística

nacional. “O problema é que não há planejamento e falta transparência nas

estatais. A Valec, por exemplo, não tem futuro. Até quando vai perder dinheiro?”,

questiona a economista Elena Landau. Segundo ela, é preciso mudar a filosofia

nas estatais, vender o que não é prioritário e dar lucro.

A exemplo da Infraero, a Valec tem sofrido com o atraso nos repasses federais. A

construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia, tem alguns trechos

praticamente parados, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores

da Construção (Sintepav-BA), Irailson Warneaux. Segundo ele, dos sete lotes da

obra, três estão parados ou em ritmo lento. “Do ano passado pra cá, 1,6 mil

trabalhadores foram demitidos nos canteiros da Fiol. Em alguns casos, as

rescisões nem foram pagas.” Uma vez que o novo modelo do setor ferroviário não

decolou, especialmente pela falta de confiança do empresariado na estatal, não se

sabe qual será seu papel nas novas concessões.

Nas Docas, a situação não é muito diferente. Nos últimos três anos, o orçamento

das empresas caiu pela metade. Recentemente, a Agência Nacional de Transportes

Aquaviários (Antaq) autorizou a revisão das tarifas das principais autoridades

portuárias. O aumento nas estatais chegou a 31,7%, como foi o caso da

Companhia Docas de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos.

Especialistas dizem que o futuro das Docas é incerto, especialmente depois dos

planos do governo de transferir para a iniciativa privada os serviços de dragagem

dos canais de acesso.

A Secretaria de Portos nega que a medida esvaziaria as Docas. Em nota, afirma

que o principal papel das empresas é o de administrar os portos e coordenar

todos os atores envolvidos na atividade portuária. Mas, para o presidente da

Associação Brasileira de Terminais Portuários (BTP), Wilen Manteli, as Docas

perderam a capacidade de gerir os portos há muitos anos. “São estruturas

pesadas, com passivo trabalhista bilionário, que corrói boa parte da arrecadação.”

Na opinião dele, a solução é privatizar toda a gestão dos portos. “Não adianta

transferir apenas uma parte (a dragagem) para a iniciativa privada. Essa é uma

solução meia-sola.”

16.07.2015

Governo eleva taxa de retorno para investidor em leilões

de aeroportos

JULIA BORBA

DE BRASÍLIA

O Ministério da Fazenda elevou a taxa de retorno para o investidor que estiver

disposto a participar dos leilões de aeroportos, passando de 6,63% para 8,5%.

O novo parâmetro deve ser usado para balizar as licitações de aeroportos em

Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA), que estão

previstas no segundo PIL (Programa de Investimentos em Logística).

A mudança no percentual faz parte de uma estratégia do governo para tornar os

pregões mais atrativos e cobrir o aumento do custo do capital no país.

Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda também anunciou o aumento da taxa de

retorno nas novas concessões de rodovias, de 7,2% para 9,2% ao ano; e nas de

portos, passando de 8% para 10% ao ano.

Ainda há expectativa de que a pasta divulgue o novo percentual para as ferrovias.

No anúncio do novo pacote de concessões, o governo estimou os projetos em R$

198 bilhões.

A intenção é de alcançar R$ 69 bilhões até 2018 e o restante após esta data.

A maior parte dos investimentos deve ser em ferrovias (86,4%). A previsão para as

rodovias é de 66,10% do total, seguida por gastos em portos, 37,4%, e, por último,

aeroportos, 8,5%.

Pedro Ladeira/Folhapress

O aeroporto internacional de Brasília, que foi concedido a uma empresa privada

10.07.2015

Governo apresenta projeto da ferrovia que vai ligar o Rio

ao Espírito Santo

Projeto de R$ 7,6 bilhões prevê a construção de 577 quilômetros de

trilhos.Ferrovia Rio-Vitória faz parte do Programa de Infraestrutura e

Logística

O governo do Estado apresenta nesta sexta-feira (10), numa audiência pública, o

projeto da ferrovia que vai ligar o Rio de Janeiro ao Espírito Santo (EF-118). Na

evento será apresentado em detalhes o projeto de engenharia de implantação da

nova ferrovia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial

logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos do Rio de

Janeiro e do Espírito Santo, e o potencial de geração de negócios.

As audiências são a última etapa a ser vencida para que o projeto da nova ferrovia

seja encaminhado para apreciação do Tribunal de Contas da União (TCU) e,

posteriormente, colocado em licitação pública pelo Governo Federal para

concessão por meio de Parceria Público Privadas (PPP). O orçamento previsto para

a construção da ferrovia é de R$ 7,6 bilhões.

A nova ferrovia Rio-Vitória faz parte do Programa de Infraestrutura e Logística

(PIL), lançado pela presidente Dilma no mês passado, que prevê a concessão, por

parte da União, de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos em todo o país. A EF-

118 terá 577,8 km de extensão, sendo 169,2 Km no Espírito Santo e 404,6 Km no

Rio de Janeiro, e interligará os complexos portuários dos dois estados. O projeto

prevê a implantação de seis túneis, 171 viadutos rodoviários, 130 pontes

ferroviárias, 117 passagens inferiores e 60 passagens de pedestres.

Segundo o secretário Estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, em um

primeiro momento não estava previsto o transporte de passageiro na ferrovia,

mas esse pedido será feito. “O governo federal desenhou esse projeto

originalmente para ferrovia de carga, mas nós já temos notícia que na audiência

pública de hoje será feita uma sugestão para que seja incluído o transporte de

passageiro”, afirmou o secretário, ressaltando que entre os dois estados há várias

cidades importantes como, por exemplo, Macaé e Campos.

Com potencial de carga de 100 milhões de toneladas por ano,EF-118 interligará a

Região Metropolitana do Rio com Vila Velha, na grande Vitória. A ferrovia se

articulará com a futura EF-354 (Estrada de Ferro Transcontinental - ligação ao

Peru), a partir de Campos dos Goytacazes, atravessando as regiões minerais e

agrícolas de Minas Gerais e do Centro Oeste brasileiro, e possibilitando a conexão

com os mercados europeu e asiático. Além disso, a nova ferrovia estará

interligada com a rede da concessionária MRS, que liga o Rio de Janeiro a São

Paulo e Minas Gerais. E, no Espírito Santo, com a estrada de ferro Vitória-Minas.

A EF-118 atenderá a demanda da rede portuária dos dois estados, incluindo os

portos de Sepetiba, Itaguaí, Macaé, Barra do Furado e Açu, no Rio de Janeiro, e os

portos Central, Ubu, Tubarão e Vitória, no Espírito Santo e posicionará o Rio de

Janeiro como a plataforma logística de classe mundial.

Ainda de acordo com o secretário, em um estudo inicial foi identificado que para

implantar o transporte de passageiro será necessário empregar cerca de 3% a mais

do valor previsto para o orçamento da ferrovia, que é de R$ 7,6 bilhões.

Segundo Osório, além de emprego a ferrovia vai gerar competitividade. “A nossa

infraestrutura de logística é deficiente. Uma nova ferrovia, ligando os principais

portos, vai fazer o Rio muito competitivo. E não são apenas os empregos na obra,

são os empregos que vão ser gerados após a obra”, afirmou o secretário.

16.07.2015

Governo federal eleva para 8,5% taxa de retorno para

próximos leilões de aeroportos

SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal elevou a taxa interna de retorno para as

próximas concessões de aeroportos de 6,63 para 8,5 por cento ao ano, informou o

Ministério da Fazenda nesta quinta-feira, prosseguindo com aumentos da taxa já

anunciados para rodovias e portos.

A taxa, também conhecida pela sigla em inglês WACC, será utilizada nos leilões

das concessões dos aeroportos de Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e

Salvador, integrantes do Segundo Programa de Investimentos em Logística (PIL).

Na semana passada, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo

Oliveira, tinha afirmado à Reuters que o governo elevaria a taxa de retorno ao

investidor nas concessões de portos, aeroportos e ferrovias, afirmando que a

medida reflete o aumento do custo do capital no Brasil.

(Por Flavia Bohone, com reportagem adicional de Luciana Otoni)

09.07.2015

Isenção a caminhoneiro eleva pedágio em até 15% para

demais motoristas

DIMMI AMORA

Para compensar um benefício dado a grandes transportadores de carga,

motoristas vão pagar um pedágio 15% maior para percorrer mil quilômetros das

BR-060/153/262 em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Por causa de uma nova

lei -que permitiu que caminhões vazios não paguem pelas rodas que não

estiverem no chão ao passar pela praça de pedágio, o chamado eixo suspenso-, a

concessionária da rodovia teve que ser compensada pela perda dessa receita

prevista em seu contrato. Os motoristas que passarem pelas 11 praças do trecho

vão pagar R$ 47,70. Se o reajuste fosse apenas pela inflação, a estimativa é que

pagariam R$ 41,30. A cobrança começou em 27 de junho.

Essa é a segunda rodovia federal que foi reajustada com valores acima da inflação

para compensar a perda de receita provocada pelo benefício do eixo suspenso. A

primeira, a BR-101/ES, passou a cobrar 10% a mais para compensar a perda. O

pedágio passou a custar R$ 25,80 em toda a estrada. Seria de R$ 23,50 sem o

reajuste a mais.

Outras 19 concessões federais ainda vão passar por reajuste a partir de agosto.

Entre elas, estão a Dutra (SP-RJ), a Régis Bittencourt (SP-PR) e a Fernão Dias (SP-

MG). A expectativa é que nessas estradas os reajustes possam ser até superiores

devido ao grande fluxo de veículos pesados que seriam beneficiados.

BENEFÍCIO

A isenção por eixo suspenso foi concedida durante a tramitação de uma lei que

mudava o período de descanso dos caminhoneiros, no início deste ano. A

aprovação da lei era um dos compromissos assumidos pelo presidente da

Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para ter apoio da bancada ruralista à sua

eleição.

A Folha revelou em fevereiro que haveria aumento de pedágio por causa do

benefício. Em março, o governo Dilma sancionou a lei após uma greve de

caminhoneiros. Na ocasião, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse

que apuraria suspeitas de que a paralisação era patrocinada por empresas para

pressionar o governo.

Os caminhões beneficiados são em geral de grandes transportadores de produtos

agrícolas. Pela lei, a empresa dona da carga, e não o caminhoneiro, tem que pagar

o pedágio através de um vale. Mas na prática é o caminhoneiro quem paga, já que

as empresas descontam esse valor do pagamento devido ao motorista.

Em 2014, os pedágios federais arrecadaram R$ 3,7 bilhões. Com as concessões

deste ano, a projeção é que esse valor de arrecadação suba para mais de R$ 6

bilhões.

Se os reajustes a mais forem de 10%, valor mínimo até agora, pelo menos R$ 600

milhões anuais vão pesar no bolso dos motoristas não beneficiados.

A ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) diz que está dando os

reajustes baseado nos estudos das empresas. Nos próximos aumentos, os preços

podem ser revistos se a estimativa de perda não se concretizar.

14.07.2015

Holanda estuda substituir asfalto por plástico na

pavimentação das ruas

Entre as vantagens apresentadas estão a facilidade na instalação e a

durabilidade

A pavimentação de ruas e estradas com asfalto pode — em um futuro não muito

distante — virar coisa do passado. A alternativa? Plástico reciclado. E a Holanda

pode ser o primeiro país a usar a nova técnica.

O modelo, batizado de PlasticRoad foi desenvolvido por uma subdivisão da

empresa holandesa VolkerWessels e usa apenas material reciclado como matéria-

prima para a produção das seções da estrada, que podem ser pré-fabricadas.

Para aqueles que acham que a ideia só poderia mesmo ser adotada no frio dos

países que ficam mais distantes do Equador, a empresa garante que o material

aguenta temperaturas mais elevadas, resistindo a calor de até 80°C.

Entre as vantagens prometidas estão menos manutenção e até três vezes mais

durabilidade, o que significa menos obras e, consequentemente, menos

engarrafamentos (os motoristas agradecem!). A construção também seria mais

rápida, reduzindo de meses para semanas o tempo necessário.

Material seria até três vezes mais durável do que o asfalto -

Divulgação/VolkerWessels

Outro benefício indicado é que a estrutura oca das seções, o que cria um espaço

que pode ser usado para a passagem de cabos de energia ou encanamento de

esgoto, por exemplo.

A ideia ainda é um conceito, mas a VolkerWessels espera concluir a primeira via

pública totalmente pavimentada com plástico reciclado em um prazo de três

anos, de acordo com o jornal "The Guardian".

Mas, antes podermos passar em ruas feitas de plástico, é preciso produzir e testar

o projeto, por isso a empresa responsável pela ideia está à procura de parceiros.

A cidade de Roterdã já se mostrou interessada e disponibilizou uma espécie de

laboratório para que a PlasticRoad seja testada.

ROTERDÃ VAI RECEBER TESTES DO PROJETO

Estrutura oca permite a passagem de cabos de energia ou tubulação de esgoto ou

água - Divulgação/VolkerWessels

16.07.2015

Editorial

Governo tenta tornar atraentes as concessões

Para acelerar o ainda lento processo de retomada das concessões de obras de

infraestrutura, de importância fundamental para estimular investimentos de que

o País tanto necessita, o governo deu um primeiro passo na semana passada, ao

estabelecer que a taxa interna de retorno (TIR) nos investimentos em rodovias,

ferrovias, portos e aeroportos, antes fixada em 7,2%, será de 9,2% ao ano.

O ideal, segundo analistas privados, seria deixar a TIR em aberto, ou fixada de

acordo com a rentabilidade de cada empreendimento, aliada ao acesso a

financiamentos, bem como seu volume e custo. Mas, ao aceitar elevar a TIR, o

governo afinal mostrou ter entendido o problema.

As empresas de construção pesada vinham reivindicando uma TIR de dois dígitos,

considerando que a inflação já beira os 9% nos últimos 12 meses e que os

rendimentos oferecidos por aplicações diversas no mercado financeiro rendem

muito mais. Se isso é verdade, não se pode deixar de considerar que os contratos

para obras de infraestrutura são de longo prazo, geralmente por 30 anos, não

podendo sua lucratividade ao longo desse período se basear em uma situação

excepcional.

Mesmo assim, segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do

Ministério da Fazenda, Paulo Corrêa, a preocupação do governo continua sendo o

valor do pedágio a ser cobrado nas rodovias a serem concedidas, que não deve

ser pesado para os usuários.

Corrêa reconhece que, nos leilões anteriores, havia exagero no cálculo do

pedágio, fixado em valores muito baixos. A TIR agora anunciada foi ajustada para

refletir mais precisamente o valor do custo médio ponderado de capital, índice

usado na definição da tarifa máxima que poderá ser cobrada. Assim, o aumento

do custo médio do pedágio para os usuários será pequeno, assegurou.

Corrêa admitiu que a estimativa de retorno do projeto também depende de outros

fatores, como a estrutura de capital do grupo que vencer o leilão. Este pode ser

um elemento importante. Por causa dos problemas que as grandes empreiteiras

enfrentam, em consequência da Operação Lava Jato, espera-se, no mercado, maior

participação de médias empresas nos leilões.

Seja como for, a decisão revela que as autoridades finalmente se convenceram de

que o modelo anteriormente proposto para concessões era falho e não se

adequava à situação em que se encontra a economia do País, pois afugentava os

investidores.

17.07.2015

Viajante já pode testar aeroporto do futuro

Tecnologia Rôbos e sinalizadores por Bluetooth tornam experiência dos

passageiros mais eficiente e prazerosa

Por SCOTT MCCARTNEY

Como um bom maître, o aeroporto do futuro reconhecerá você, irá saudá-lo pelo

nome e saberá exatamente onde colocá-lo. Aeroportos do mundo todo já

começam a se mover nessa direção. No Aeroporto Gatwick, em Londres,

“beacons”— aparelhos que emitem informações a dispositivos móveis por

tecnologia Bluetooth — identificam o viajante através do smartphone e o

direcionam para o portão de embarque, como um GPS, mostrando lugares para

comer e fazer compras no caminho. Na Alemanha, robôs no aeroporto de

Düsseldorf estacionam seu carro e o entregam na calçada no seu retorno,

vinculando seu itinerário à placa do automóvel. Pesquisadores estão

desenvolvendo robôs que poderão despachar suas malas no embarque e entregá-

las de volta minutos depois da aterrissagem de seu voo.

Sistemas de reconhecimento facial aceleram sua passagem pelo controle de

passaporte em lugares como Aeroporto Internacional de Dulles, perto de

Washington D.C. Alguns aeroportos usam esses sistemas de reconhecimento

facial para monitorar seus movimentos dentro dos terminais. Os portões de

embarque em alguns aeroportos são automatizados com portas que se abrem

sozinhas como as catracas do metrô quando você escaneia seu cartão de

embarque ou smartwatch.

A tecnologia de reconhecimento facial já acelera o

controle de passaportes em vários aeroportos do

mundo. Boris Roessler/Associated Press

No aeroporto do futuro, placas de direcionamento serão apenas uma garantia

extra. Os quiosques de check-in se espalharão. Agentes humanos talvez sejam

ainda menos necessários. A ideia é cortar custos, acelerar as viagens e tornar os

aeroportos mais acolhedores. Em teoria, os viajantes ficarão mais tranquilos, com

tempo para trabalhar, fazer compras ou se divertir porque o aeroporto irá

monitorar seu tempo e localização e informá-los onde precisam estar. Os

viajantes podem ficar menos ansiosos sobre atrasos de voos se estiverem em um

bom restaurante em vez de acampados no portão de embarque.

O aeroporto “vai ficar divertido novamente”, diz Terry Hartmann, diretor de

transporte e aplicações industriais da Unisys UIS -1.91% Corp, que fabrica a

tecnologia para alguns dos novos recursos dos aeroportos. “Você sente que sabe

o que está acontecendo, interage com o ambiente e a viagem é uma experiência

agradável.” Claro que os aviões ainda terão assentos apertados e os voos sairão

rotineiramente com atraso. Mas o passageiro não precisará chegar 90 minutos

adiantado se souber que não há filas e que o percurso até o portão de embarque

será curto. O viajante que não quiser ser bombardeados com um excesso de

informação pode optar por desligar o Bluetooth.

Em junho, a Unisys anunciou a conclusão da fase inicial de testes de um sistema

de reconhecimento facial em Dulles para ajudar a agência de proteção de

fronteiras e a alfândega dos Estados Unidos a identificar impostores tentando

entrar no país. Os novos passaportes possuem um chip com dados e foto do

portador. O sistema de reconhecimento facial, também usado no Reino Unido,

Portugal, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e outros países, compara o rosto do

passageiro com a foto do passaporte e atribui uma pontuação. Se a pontuação for

alta, o oficial de controle de passaporte pode ter mais certeza na identificação do

que simplesmente olhando para a pessoa, como acontece hoje.

No aeroporto de Düsseldorf, robôs remanejam

carros na garagem e os entregam ao passageiro no

desembarque. Andreas Wiese

No Brasil, o Aeroporto Internacional de Guarulhos já opera com 16 portões

equipados com o sistema de reconhecimento facial que permitem a liberação de

passageiros que tenham passaportes com o chip eletrônico, sem a necessidade de

um agente da Polícia Federal. Os portões estão no novo terminal 3 — inaugurado

em 2014 — e no terminal 2, segundo porta-voz da GruAirport. O operadora de

Guarulhos informou também que, desde o ano passado, o aeroporto conta com

portões eletrônicos de embarque em todos os terminais. No total, são 16

aparelhos que escaneiam os códigos de barras dos cartões de embarque dos

passageiros acelerando o acesso em até 20%, segundo a empresa.

No Aeroporto de Gatwick, sistemas estimam o tamanho das filas em tempo real

em postos de segurança e imigração. E alguns países possuem instalações de

controles de fronteiras automatizadas onde o reconhecimento facial

automaticamente libera pessoas pré-aprovadas para entrar no país sem a

necessidade de se apresentar a uma autoridade.

O Terminal 2 do Aeroporto Internacional de San Francisco tem 350 beacons para

smartphones e está testando um aplicativo que dá direções de áudio para

passageiros com problemas de visão. A American Airlines vai começar a usar

beacons para ajudar seus clientes a achar o caminho, começando pelo Aeroporto

Internacional de Dallas-Fort Worth.

As salas VIP da Virgin Atlantic em Londres e da Cathay Pacific 0293.HK +1.05% em

San Francisco possuem sistemas que podem reconhecer seus membros quando

eles entram pela porta e que oferecem informações como o cardápio de comida e

bebidas. O Aeroporto Internacional de Miami tem feito testes limitados. Um uso

potencial: medir o tempo que o passageiro espera a bagagem nas esteiras depois

do desembarque.

Até 2018, 44% das companhias aéreas ao redor do mundo planejam usar esses

emissores de sinais, comparado com 9% delas que já experimentam essa

tecnologia hoje, segundo pesquisa realizada este ano pela Sita, empresa de

comunicação e dados sobre aviação. Com sede em Genebra, a Sita pertence a 430

empresas de transporte aéreo e desenvolve tecnologia para a indústria.

Na Alemanha, o tráfego de passageiros do aeroporto de Düsseldorf está

crescendo, mas não há espaço para expandir o estacionamento. A resposta: um

robô que estaciona carros. No site do aeroporto, o viajante faz uma reserva e

informa dados sobre o voo. Logo, dirige até uma vaga na garagem e tranca o

carro. O sistema lê a placa do veículo e decide onde ele será estacionado. Um

robô apelidado de Ray, que parece uma empilhadeira gigante, pega o carro pelas

rodas e o transporta pelo estacionamento. Durante a noite, os robôs rearranjam

os carros na garagem para que aqueles que serão devolvidos no dia seguinte

possam ser acessados facilmente. O sistema monitora se os voos dos passageiros

estão atrasados ou cancelados e deixa os carros prontos para quando eles

chegarem.

Os robôs estão operando há quase um ano e elevaram a capacidade da garagem

em 32%, diz o diretor administrativo da Sita, Christian Jahncke, que supervisiona

o projeto. Eles só causaram um amassadinho em um dos 40 mil carros que

passaram por ali. O único problema é que às vezes os robôs acionam o alarme

antifurto, mas em algum momento o alarme para. “Carros de alto padrão são

muito sensíveis quando são erguidos”, diz Jahncke.

O estacionamento coberto com manobristas-robôs custa 29 euros, ou cerca de

US$ 32 por dia, comparado com 24,5 euros de estacionamentos de alta qualidade

na mesma distância do terminal, sem o serviço. Cada robô custa cerca de US$ 250

mil e Düsseldorf já usa três. Ao todo, o aeroporto já gastou cerca de US$ 1 milhão,

muito menos do que gastaria se tivesse que construir uma nova garagem, diz

Jahncke.

Em alguns aeroportos, portões automatizados se

abrem quando o cartão de embarque é escaneado no

credit available

A Sita também estuda se pode fazer um robô para despachar bagagens, diz Jim

Peters, diretor de tecnologia da empresa. Os viajantes poderiam etiquetar suas

próprias malas ou usar etiquetas permanentes de identificação. Os robôs iriam

pegar as malas e talvez até entregá-las, acelerando o processo e reduzindo os

custos trabalhistas. “Administrar sua bagagem e não torná-la uma dor de cabeça é

parte do aeroporto do futuro”, diz Peters.

No Aeroporto de Guarulhos, o novo Terminal 3 conta com um sistema de

bagagem totalmente automatizado, com cinco níveis de segurança e possibilidade

de rastrear a mala em qualquer lugar do sistema.

O número de empresas aéreas que deixam a etiquetagem nas mãos dos

passageiros — mas sem robôs — subiu de 9% no ano passado para 17%. A

expectativa é que a proporção chegue a 74% até 2018, segundo pesquisa da Sita.

(Colaborou Eduardo Magossi.)

16.07.2015

PESSIMISMO

A crise econômica na qual o país está mergulhado é grave, mas, na avaliação do

economista Raul Velloso, há um pessimismo exagerado que acaba

superdimensionando os problemas. Segundo ele, o Brasil está numa posição bem

mais confortável para superar as adversidades do que num passado recente. Mas

é preciso ação.

Velloso cita um conjunto de fatores que o levam a ver o país saindo do atoleiro

mais cedo do que prevê a maioria do mercado: o Banco Central está efetivamente

comprometido com o combate à inflação; o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é

responsável do ponto de vista fisca; o país adotou o realismo tarifário, está

retomando o programa de concessões e as contas externas estão passando por

um ajuste.

Mesmo o quadro internacional, que não é dos melhores, tem jogado a favor do

país, acredita o economista. Como os Estados Unidos vêm adiando o aumento das

taxas de juros, há dinheiro de sobra para irrigar a economia brasileira e evitar

saltos expressivos na cotação do dólar. "A desvalorização do real está criando

demanda externa pelos produtos brasileiros. Quando esse ponto ficar mais

evidente, os investimentos devem ser destravados", diz.

Especialista em contas públicas, Velloso reconhece que boa parte do pessimismo

que agiganta os problemas da economia decorre do desastre herdado do primeiro

mandato de Dilma Rousseff. Ressalta que o ajuste fiscal necessário hoje para

trazer a confiança de volta será muito mais doloroso porque, em vez de se

recuperar rapidamente, como ocorreu em 2003, a atividade está indo para o

fundo do poço.

Na visão do economista será possível arrumar as finanças do país, mas é preciso

estar atento pois, antes de melhorarem, indicadores como os da dívida bruta, que

está em 62,5% do Produto Interno Bruto (PIB), vão piorar muito. "Nesse contexto, a

presidente Dilma terá que, todos os dias, reforçar seu apoio a Levy. Terá que

pedir paciência aos investidores até que os resultados comecem a aparecer",

afirma.

Para Velloso, o governo não tem mais qualquer espaço para errar. A situação está

tão frágil, sobretudo porque há uma crise política grave atropelando o Palácio do

Planalto, que qualquer ponto fora da curva fará a engrenagem desandar. Sendo

assim, para evitar o pior, a presidente Dilma deveria unificar o discurso do

governo, especialmente quando o assunto for o ajuste fiscal. É dentro do governo

que está a maior ameaça ao setor público.

Divisão

Um governo dividido é alvo fácil para o Congresso. Não à toa, os técnicos da

agência de classificação de risco Moody's ressaltaram ontem ao ministro da

Fazenda a preocupação com as dificuldades de a presidente Dilma reorganizar a

sua base aliada. Segundo a Moody's, é incompreensível que o líder do governo no

Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), seja o principal adversário do projeto que prevê

a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),

defendido com unhas e dentes por Levy.

Nos últimos dias, o ministro fez uma grande maratona para conseguir o aval do

Senado aos projetos do ICMS e de repatriação de recursos enviados ilegalmente

pelos brasileiros ao exterior. Falou com parlamentares de todos os partidos,

conversou com pelo menos 14 governadores, aglutinou apoio. Mas o partido da

presidente acabou por impor a barreira que levou a discussão sobre a mudança na

tributação para agosto, quando o Congresso voltará do recesso.

O grande temor da agência de classificação de risco e de técnicos da equipe

econômica é de que, com o acirramento da disputa política, toda a reforma

tributária pensada por Levy, que inclui a unificação do PIS e da Cofins e a criação

de dois fundos para compensar perdas aos estados com a redução do ICMS para

4%, vá para o ralo. O ministro da Fazenda acredita que, com a ampliação do

debate, conseguirá reverter os obstáculos que tanto incomodam os investidores.

Levy detalhou aos técnicos da Moody's as dificuldades estruturais e, sobretudo,

as de curto prazo, para que o país possa retomar a agenda do crescimento

econômico. Assinalou que o governo está empenhado em cortar gastos, mas, com

as dificuldades atuais de arrecadação, ainda dependerá de receitas

extraordinárias para fechar as contas e cumprir o superavit primário de 1,1% do

Produto Interno Bruto (PIB).

A manutenção da meta fiscal, porém, continua sendo dúvida. E isso é um grande

problema, reconhece Raul Velloso. Para ele, o governo deve insistir ao máximo

que alcançará tal objetivo, com toda a transparência possível. Apesar de a

Moody's ter admitido, nas reuniões com integrantes da equipe econômica, que o

esforço do governo para arrumar a casa é importante, o rebaixamento do país

ainda está a um passo de ser decretado.

Governo não pode errar. Se não conseguir recompor a base aliada rapidamente

para reforçar o ajuste fiscal, jogará o país em uma crise sem precedentes

Economista do ano

Raul Velloso foi eleito economista do ano de 2015 pela Ordem dos Economistas

do Brasil. A premiação está marcada para 10 de agosto.

01.07.2015

ANTT regulamenta autorização das linhas interestaduais e

internacionais

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial

da União desta terça-feira (30.06) a regulamentação do regime de autorização para

a prestação do serviço do transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros. As empresas interessadas em operar essas linhas têm agora 90 dias

para apresentar a documentação descrita na Resolução nº 4.770 e comprovar que

atendem às exigências definidas pela ANTT, que terá 120 dias para analisar os

pedidos.

Para comprovar sua qualificação técnico-profissional a empresa interessada

deverá indicar o responsável por sua gestão, com experiência mínima de 12

meses em gestão de transporte coletivo rodoviário de passageiros, e também

deverá apresentar um atestado emitido por ente público, em nome da

transportadora, que comprove o volume de passageiro-quilômetro produzido em

serviço coletivo de transporte rodoviário de passageiros, outorgado por ato ou

contrato administrativo. O volume de passageiro-quilômetro produzido deverá

ser referente a um período de 12 meses consecutivos, dentro dos últimos cinco

anos, contados a partir da data de encaminhamento dos documentos.

O texto define que não haverá limite para o número de autorizações para o

serviço regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros, salvo no caso de inviabilidade operacional. Quanto à frota, entre

outras exigências, os ônibus deverão atender a especificações de potência mínima

do motor, conforme a extensão da linha a ser operada. Para extensão de até 150

km, os veículos têm que ter potência mínima de 200 cv; para distâncias acima de

150 km até 800 km, a potência mínima tem que ser de 300 cv; e em extensões

com mais de 800 km, os veículos devem ter potência mínima de 340 cv. Serão

admitidos somente veículos com até dez anos de fabricação, considerando a

idade a partir da data de 31 de dezembro do ano de fabricação do chassi. O texto

destaca também que não será permitido o transporte de passageiros em pé, salvo

em caso de prestação de socorro.

A ANTT também vai exigir que todas as empresas tenham sistemas automatizados

de monitoramento, ou seja, equipamentos e softwares que permitam coletar e

disponibilizar para a todos dados referentes à prestação dos serviços. A agência

exigirá que as empresas autorizatárias implantem o Sistema de Monitoramento do

Transporte Interestadual e Internacional de Passageiros, a partir de 1º de janeiro

de 2016, nos termos de Resolução específica da ANTT.

02.07.2015

Tecnologia de pesagem de carga será aplicada nas

rodovias brasileiras em 2017

DNIT prevê investimentos em 35 postos que melhoram as

fiscalizações de excesso de peso nas estradas.

Um novo modelo de posto de pesagem desenvolvido pelo DNIT (Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transporte), em parceria com o LabTrans

(Laboratório de Transportes e Logística) da UFSC (Universidade Federal de Santa

Catarina), será implementado nas rodovias federais das cinco regiões do Brasil.

A expectativa é que os 35 primeiros PIAFs (Postos Integrados Automatizados de

Fiscalização) entrem em operação no início de 2017.

De acordo com o DNIT, atualmente, há 73 PPVS (Postos de Pesagem Veicular) em

funcionamento no país, que foram construídos na década de 1970 e fazem o

controle de pesagem manualmente por agentes de trânsito. Destes, 41 são fixos e

32 móveis.

Os 35 PIAFs licitados serão instalados em rodovias administradas pelo governo

federal em 14 estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará,

Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os postos devem ser instalados o mais próximo possível das regiões geradoras de

carga para impedir que veículos trafeguem com excesso de peso e danifiquem o

pavimento das rodovias. Além dos 35 postos licitados, outras 27 unidades já

foram validadas e 64 potenciais locais foram identificados pelo DNIT.

De acordo com o coordenador-geral de Operações Rodoviárias do DNIT, o objetivo

da instalação dos postos é otimizar a fiscalização do excesso de peso em veículos

de carga. “A tecnologia envolvida garante mais agilidade no controle do excesso

de peso ao fiscalizar os veículos enquanto trafegam na rodovia na velocidade

normal da via”, afirmou Fernandes, durante o Workshop Controle de Sobrepeso:

Políticas e soluções tecnológicas, realizado nos dias 24 e 25 de julho no auditório

do DNIT.

PIAFs

O novo modelo de fiscalização dos PIAFs poupa tempo dos caminhoneiros que

transportam a quantidade de carga correta e possibilita a operação sem a

presença física do agente de trânsito, que passa a exercer suas atividades em

Centros de Controle Operacionais. A tecnologia do sistema de pesagem em

movimento por meio de sensores de escâner a laser e as câmeras instaladas nas

rodovias garantem mais agilidade no controle do excesso de peso ao fiscalizar os

veículos enquanto trafegam sem a necessidade de reduzir a velocidade dos

caminhões.

Além disso, os postos também diminuem o tempo de parada dos veículos nas

balanças, pois os agentes da Estação de Controle selecionam, previamente, os

caminhões com indicativo de excesso de peso, de dimensões ou outras

irregularidades que serão orientados por meio de painéis eletrônicos a reduzir a

velocidade e passar pela balança de precisão no posto de fiscalização. O sistema

conta, ainda, com unidade de Controle de Fuga em pista.

08.07.2015

Passageiros de linhas intermunicipais do RJ vão registrar

queixas do serviço pelo celular

A Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro, por meio do Departamento de

Transportes Rodoviários (Detro), acaba de lançar um aplicativo que permite ao

passageiro de ônibus e vans intermunicipais registrar queixas do serviço pelo

celular. O “Fiscal de Bolso”, como foi batizado, prevê o envio instantâneo a

equipes de fiscalização de reclamações, sugestões e comentários dos cidadãos.

Para utilizar o aplicativo, o passageiro deverá informar o número de registro de

veículo e o tipo de reclamação ou comentário. A ferramenta permite ainda o envio

de fotos. As informações enviadas passam a integrar o Sistema de Inteligência e

Monitoramento do Detro e são transmitidas à fiscalização. O app está disponível

para smartphones com os sisemas Android, iOS, da Apple e Windows Phone e

pode ser baixado App Store e na Play Store.

WhatsApp

Além do aplicativo, os usuários do sistema de transporte intermunicipal também

podem mandar mensagens para o WhatsApp Fale Detro. O número disponível para

contato é o (21) 9-8596-8545. Na primeira mensagem, é preciso enviar o nome

completo, e-mail, cidade e bairro em que mora, para que os dados sejam incluídos

no sistema, o que gerará um protocolo de atendimento.

Atualmente, para atender aos passageiros do transporte intermunicipal, o Detro

também disponibiliza o canal da Ouvidoria, que recebe reclamações e sugestões

via telefone (3883-4141), e-mail ([email protected]) e site

(www.detro.rj.gov.br), e a Ouvidoria Itinerante, que, desde março desse ano, visita

os terminais rodoviários do estado para ouvir as colocações dos passageiros que,

no ato, podem direcionar estrategicamente as ações da fiscalização.

13.07.2015

Governo recebeu 314 propostas para concessão de

rodovias, diz ministro

O ministro Eliseu Padilha afirmou que 92 propostas foram feitas

aeroportos

O ministro da secretaria de aviação civil (sac), Eliseu Padilha,

comemorou o número de empresas e consórcios interessados em

realizar projetos de viabilidade econômica

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, comemorou nesta

segunda-feira (13) o número de empresas e consórcios interessados em realizar

projetos de viabilidade econômica. Segundo o ministro, foram 314 propostas para

concessão de rodovias e 92 para aeroportos.

O processo faz parte da nova etapa do Programa de Investimentos em Logística,

que concederá à iniciativa privada projetos de infraestrutura, entre eles de

rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

“É a confirmação da nossa expectativa. É o coroamento do Programa de Concessão

de Aeroportos”, disse Padilha, durante entrevista no Palácio do Planalto. O

ministro disse que acredita na duração do modelo de concessão para aeroportos e

que, após o fim das concessões, novos contratos serão firmados.

“Sabemos que [com] a concessão, ao fim do prazo, [o aeroporto] volta à

disponibilidade da União, para nova concessão ou exploração direta, o que eu

acho improvável”, explicou Padilha.

O programa prevê também a concessão de linhas de crédito do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas vencedoras de

alguns leilões. Parte dos empréstimos seguirá a Taxa de Juros de Longo Prazo

(TJLP), que é subsidiada e serve de base para financiamentos do banco de

fomento.

Após a fase de projetos de viabilidade econômica, o governo terá um quadro de

quantas empresas realmente estão interessadas em disputar as concessões e,

assim, poderá elaborar os editais de licitação.

02.07.2015

Para especialista, governos falham na gestão de contratos

de PPPs para obras de infraestrutura

As obras de infraestrutura por meio de parcerias público-privadas (PPPs)

poderiam ser uma solução rápida para eliminar os gargalos existentes no país

pela falta de recursos nos cofres públicos. No entanto, na avaliação do

economista Rodrigo De Losso, professor associado do Departamento de Economia

da USP, e que já chefiou equipes em mais de 10 projetos de PPPs e concessões

públicas, um dos entraves é a falta de capacidade técnica dos governos em gerir

os contratos de concessão.

Entre as dificuldades enfrentadas pelo poder público estão também a falta de

apoio político institucional e pouca informação sobre os reais custos dos

projetos. “Para o sucesso das PPPs, é preciso que o parceiro público saiba gerir

bem contratos e fiscalizar efetivamente o desempenho. Em vez de fazer obras, os

governos precisam terceirizar essas obras e gerir bem os contratos. Mas eles não

têm capacidade técnica e dificilmente entendem o que falamos”.

Ainda segundo o especialista, o governo federal desfez em 2015 a unidade de PPP

que foi projetada durante três anos no Ministério do Planejamento. Atualmente,

segundo o economista palestrante, demora-se de 270 a 300 dias para a

estruturação de um projeto de PPP, tempo relativamente normal. Contudo, a falta

de conhecimento técnico por alguns órgãos, como o Tribunal de Contas e o

Ministério Público, atrasa substancialmente esse tempo em função da interrupção

do processo ou de sua judicialização.

Por se tratar de um empreendimento ainda considerado de baixa escala no país,

as PPPs apresentam eventuais complicações que, ainda segundo o especialista,

estão longe de comprometer as vantagens tanto aos parceiros públicos quanto

aos privados. “Para o poder concedente, o principal benefício é que ela não

precisa disponibilizar os recursos públicos imediatamente: é a iniciativa

particular que arca com todas as obras, recebendo depois o dinheiro. Além disso,

essa remuneração é feita com base em critérios de desempenho. Com isso, de

forma geral, as PPPs resultam em menor tempo de execução dos projetos, e as

metas de prazo são atingidas com mais frequência”, explica.

O ganho de eficiência das parcerias se comparado à execução dos projetos pelo

poder público, decorre da conclusão em tempo menor e do cumprimento aos

requisitos orçamentários e de qualidade. No Reino Unido, 83% das obras feitas

com PPP foram entregues dentro do prazo entre 1999 e 2013. Já as sem PPP foram

entregues dentro do prazo em apenas 25% dos casos.

Concessões

O governo federal anunciou recentemente a nova fase do Programa de

Investimento e Logística (PIL), que prevê investimentos de R$ 66,1 milhões em

rodovias e R$ 86,4 bilhões em ferrovias, totalizando R$ 152,5 bilhões. Somando

outros modais, o montante anunciado chega perto dos R$ 200 bilhões.

O lançamento dos editais de concessão de onze rodovias representa uma das

etapas do plano de investimentos para o setor rodoviário. Também serão feitos

cinco leilões neste ano e de outros quatro de projetos iniciados em 2014: BR-

476/153/282/480/PR/SP; BR-163/MT/PA; BR-364/060/MT/GO e BR-364/GO/MG.

O novo pacote é visto com otimismo e, ao mesmo tempo, com cautela por

entidades ligadas ao setor consultadas pela Confederação Nacional do Transporte

(CNT). O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, avalia que o valor anunciado é

bem abaixo do necessário para solucionar os gargalos da logística nacional. A

entidade divulgou estudo recentemente que aponta a necessidade de

investimentos que chegam à quase R$ 1 trilhão.

06.07.2015

ANTT implanta novo sistema de fiscalização de transporte

de passageiros

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) implantará, neste mês, o

Sifama (Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação), que

tornará informatizado o processo de notificação de autuações aplicadas a partir

da fiscalização do transporte rodoviário interestadual de passageiros.

Conforme a Agência, o objetivo é aumentar a agilidade no processamento dos

autos de infração. A projeção é que o tempo, que atualmente pode ultrapassar um

ano, considerados todos os prazos, será reduzido em 50%. A partir do Sifama, as

notificações poderão ser enviadas para o correio eletrônico dos operadores do

serviço cadastrados na Agência. Eles serão considerados notificados quando as

mensagens forem recebidas pela caixa de e-mail, independentemente de serem

lidas ou não. Conforme a ANTT, os endereços devem estar atualizados e o e-mail

[email protected] não poderá ser considerado spam.

O órgão diz, ainda, que o sistema facilitará o pagamento de multas pelo usuário e

desburocratizará procedimentos como notificação e interposição de defesas e

recursos administrativos. Segundo a ANTT, o uso da tecnologia economizará um

milhão de folhas de papel até ao final de 2015.

02.07.2015

Governo publica novas regras para pontos de descanso de

caminhoneiros

Texto trata das condições de conforto, de segurança, sanitárias e de

repouso para os motoristas; prazo para os locais que já existem serem

adequados às normas é de um ano

Victor José, repórter do Portal Transporta Brasil

A portaria 944 de 2015 foi publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no

dia 9/7, no Diário Oficial da União. Com isso, passam a valer as novas regras para

estabelecimentos que funcionam como ponto de parada, descanso e repouso de

motoristas profissionais do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

As regras substituem a portaria

510, que havia entrado em vigor

em abril desse ano. O texto trata

das condições de conforto, de

segurança, sanitárias e de

repouso para os caminhoneiros.

De acordo com o ministério

responsável, o novo texto

complementa e retifica o texto

anterior. O prazo para os locais

que já existem serem adequados

às normas é de um ano. Dentre outros aspectos, o texto estabelece que não

podem mais ser utilizados banheiros químicos, que por sua vez devem ser

privativos e com porta. Também deve haver um gabinete sanitário, um lavatório e

um chuveiro por sexo, com água quente e fria, a cada 20 vagas destinadas a

caminhões. As condições de higiene e conservação devem estar adequadas.

Os motoristas de caminhão profissionais devem ter um período de descanso de

11 horas entre duas jornadas de trabalho, sendo que pelo menos oito horas

devem ser sucessivas. Também está estabelecido que a cada cinco horas e meia

devem dar uma pausa na direção para repousar.

AGENDA 2015

Agosto

IX Congresso Brasileiro de Regulação – ABAR

De 17 a 20 de agosto em Brasília

Setembro

5a edição do Salão de Inovação ABCR

14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília

XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego

10 a 13 de setembro em Gramado (RS)

Novembro

TranspoQuip Latin America

10 e 12 de novembro em São Paulo

2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP

17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo