fim de semana artesp - edição 24
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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 11 de setembro de 2015.TRANSCRIPT
EDIÇÃO 24 – 11 DE SETEMBRO DE 2015
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
09.09.2015
Demora faz Brasil perder investimentos em terminais para
outros países
O atraso no lançamento de licitações pelo governo para terminais portuários
públicos do Brasil está forçando a
migração de investimentos para
outros países. A APM Terminals, que
movimenta carga em portos e
pertence ao conglomerado
dinamarquês Maersk, tem aprovado
um plano de investimentos até 2017
de quase 10 bilhões de reais para
investir na América Latina. Nessa
previsão, estão terminais no Brasil,
sobretudo contêineres nas regiões
Norte e Nordeste. Eles fazem parte
de uma lista de 160 áreas dentro de portos administrados por estatais que o
governo ainda não colocou em leilão, inviabilizando investimentos. As
informações foram publicadas nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.
Enquanto isso, a empresa fará aquisições em outros países. No México, estão
sendo aplicados 3,5 bilhões de reais em um novo terminal para transporte de
contêineres em Michoacán. Em julho, a empresa assinou contrato para um novo
terminal em Cartagena, na Colômbia, por 750 milhões de reais.O maior problema
na demora dos leilões no Brasil é que investimentos em outras áreas fora do país
vão se consolidando e, com eles, as rotas dos navios que transportam cargas ao
redor do mundo. Para o diretor de Novos Negócios da APM na América Latina,
Julian Fernandéz, os investimentos que vêm sendo feitos em outras regiões não
impedirão que a empresa analise e invista nos terminais no país. "Gostaríamos de
ter os editais para analisar", afirmou.Segundo ele, o mais importante é que os
projetos no Brasil tenham viabilidade econômica e garantam segurança jurídica
para os investidores. "Se isso estiver garantido, vamos atrás de recursos para
investir", disse. Os leilões que estavam mais adiantados - cerca de 29 áreas em
Santos (SP) e na região de Belém (PA) - tiveram de ser reestudados. Para o restante
das 160 áreas os primeiros estudos ainda nem começaram.
Em nota, a Secretaria de Portos informou que foi necessário mudar a forma dos
arrendamentos devido a recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) e
também para que fosse possível racionalizar o formato das concorrências. Ainda
segundo a secretaria, oito áreas prioritárias devem estar prontas para
concorrência ainda este ano e outras 42 serão licitadas até 2016.
09.09.2015
FRANQUIA DE ASFALTOS É OPORTUNIDADE INÉDITA E SEM
CONCORRÊNCIA NO BRASIL
São Paulo - Com dois modelos de negócio - franquia fabril e microfranquia -, a
Único Asfaltos pode ser adquirida com um investimento a partir de R$ 18 mil e
promete ser a grande solução em tapa-buracos e pequenas pavimentações.
No ano passado, o empresário Jorge Coelho, que desde 2001 trabalha com
pedreiras e usinas de asfalto (nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São
Paulo e Amazonas), se tornou um dos maiores fornecedores deste mercado no
País e resolveu criar um modelo inédito de franquias: a Único Asfaltos, primeira
franquia deste modelo do mundo.
"Vamos popularizar o uso de asfalto e torná-lo mais acessível para obras de todos
os portes. Fizemos um asfalto que poderá ficar estocado, aplicado em qualquer
quantidade e até na chuva para facilitar as reparações emergenciais e
pavimentações interioranas. Hoje, a maioria das obras públicas em prefeituras,
concessionárias de rodovias, departamentos de água e esgoto, precisam de
soluções rápidas e eficientes, mas ainda perdem muito tempo com licitações e
concorrências para adquirir produtos com limitações operacionais - criados com o
objetivo de atender demandas rodoviárias de grande porte", explica Coelho.
"A Único Asfaltos vai divulgar e levar nosso produto e a qualidade de nossos
serviços mais rapidamente a todo o Brasil e proporcionará maior velocidade e
economia às obras, além de ser uma excelente oportunidade para quem quer
empreender em um mercado de tanta demanda", completa o franqueador.
Com 11 unidades em operação - 3 próprias e 8 franquias - a Único Asfaltos possui
dois modelos de negócio, com diferentes investimentos e estruturas necessárias:
a primeira é o modelo fabril, cujo investimento é de R$ 290 mil, em uma área de
300 metros quadrados. O segundo é a microfranquia, que possui investimento de
apenas R$ 18 mil e pode funcionar "home office".
Para a franquia fabril, o franqueador desenvolveu um equipamento, uma usina de
asfaltos inédita, menor que a convencional, do tamanho de um carro popular,
enquanto a usina tradicional pode ser do tamanho de várias carretas e caminhões.
Já a microfranquia é basicamente comercial e isenta de investimentos em
equipamento. Ambos os modelos possuem tíquete médio de R$ 12 mil e
rentabilidade de 30% para o franqueado.
Para este ano, a previsão é a abertura de mais cinco franquias e as cidades
prioritárias para expansão são São Paulo, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre. A rede
usinou 165 mil toneladas de asfalto no ano passado e obteve um faturamento de
R$ 31 milhões.
09.09.2015
Alckmin "pede" AutoBan, CCR despenca, mas analistas
minimizam: o que fazer com a ação?
Companhia pode perder uma de suas principais concessões de forma
antecipada, mas isso não irá tirar o título de "boa empresa" da CCR
SÃO PAULO - Maior queda da sessão desta terça-feira (8), a CCR (CCRO3) voltou
do feriado com uma péssima notícia que pode afetar grande parte de seu
negócio. Mas enquanto investidores penalizam os papéis da companhia, casas de
análise mostram que a notícia pode não ser tão negativa assim e seria muito cedo
para desistir das ações, consideradas "defensivas" na Bolsa.
Para resumir o caso, a Justiça cancelou um aditivo no contrato com a Autoban,
que causaria o vencimento antecipado da concessão de 2026 para 2018, por conta
de R$ 2 bilhões em benefício econômico indevido, segundo auditoria, que serviria
para imputar ganhos de R$ 600 milhões só na Anhanguera-Bandeirantes. O pedido
de anulação foi feito pelo governo Geraldo Alckmin e pela Artesp, a agência
estadual responsável pelas rodovias.
Diante desse risco de "perder" a concessão, os papéis CCRO3 desabaram 6,76%,
para R$ 13,10 - mínima em 3 anos -, levando o acumulado do ano para negativo
em 14,70%.
As concessões que o governo aponta ganhos indevidos responderam no segundo
trimestre por 62% da receita bruta com pedágios da CCR, cerca de R$ 858
milhões. Além da AutoBan, SPVias e ViaOeste também estão entre o grupo de
concessões que o governo estadual aponta ganhos indevidos de R$ 2 bilhões.
Apenas a AutoBan corresponde a 34% das receitas com pedágio e 30% da receita
total da empresa.Quem se mostra mais preocupado com a notícia é o Goldman
Sachs, que em relatório para clientes apontou uma perda de R$ 7 bilhões em valor
presente líquido. Segundo a instituição, as ações podem perder R$ 4,30 no
processo, ou 25% de seu valor total, segundo o fluxo de caixa descontado.
"De nossas estimativas de 2019 para frente, a perda seria substancialmente maior
do que o que calculamos que tenha sido o benefício indevido", afirmam os
analistas Marcio Prado e Renata Stuhlberger. Para o Goldman, a diferença entre
esses valores deveria retornar a favor da concessionária.
Não é o fim do mundo
A equipe do Itaú BBA, liderada pela analista Renata Faber, ressalta a importância
da concessão para a CCR: "se fôssemos simplesmente remover a AutoBan do
nosso modelo a partir de 2019 (respeitando a data de vencimento original do
contrato), o impacto sobre o preço-alvo seria de R$ 5,70 por ação". Porém, os
analsitas destacam investimentos realizados pela companhia em 2006 e que não
foram considerados no contrato de concessão original.
Para eles, esses investimentos precisam ser considerados caso a companhia
precise devolver a concessão. "Mesmo que a justiça considere que o governo de
São Paulo e a Artesp estejam certos, a empresa e o governo provavelmente irão
chegar a um acordo e a concessão provavelmente será prorrogada", afirmam.
A equipe do banco espera um reação negativa nestes primeiros pregões pós-
notícia, mas ressaltam ser muito cedo "para incorporar um prazo de concessão
mais curto ou uma nova metodologia em nosso modelo".
Os analistas Victor Mizusaki e Leandro Fontanesi, do Bradesco, dizem acreditar
que a CCR irá reverter esta decisão e ressaltam um impacto pequeno mesmo se
isto não ocorrer: "No pior cenário, o nosso preço-alvo passaria para R$ 16,30, ante
os atuais R$ 17,00", afirmam em relatório. Ou seja, mesmo se a companhia perder
o caso, seu potencial de alta, segundo o Bradesco, chega a 24,5%, enquanto em
caso de reversão da decisão a alta poderia chegar a 29,8%.
Ótima empresa, mas ritmo deve diminuir
Conhecida por ter um perfil mais defensivo - já que além de ter a maior parte de
sua receita vinda de pedágios (ou seja, é previsível) e ter seus preços reajustados
com a inflação -, a CCR poderia ser uma ótima oportunidade considerando o atual
momento do País. Porém, após ótimos resultados até o início deste ano, o ritmo
de crescimento do lucro da empresa está começando a diminuir.
Segundo o analista Luiz Fransisco Caetano, da Planner Corretora, "a CCR é uma
excelente empresa, cujos lucros cresceram fortemente nos últimos anos". Apesar
disso, por conta da grande evolução do Ebitda e do próprio lucro nos últimos
cinco anos - período que as ações subiram 66,5%, enquanto o Ibovespa caiu 31,9%
-, os papéis hoje têm baixo potencial de alta.
"No primeiro semestre de 2015, o resultado financeiro foi equivalente a 25,5% da
receita líquida. A empresa está em fase adiantada de construção em vários
projetos, o que tem demandado investimentos crescentes. Nos últimos cinco anos
foram investidos R$ 5,7 bilhões, sendo que R$ 2,2 bilhões somente em 2014 e
neste ano devem ser R$ 3,0 bilhões", ressalta o analista. Com a grande quantidade
de investimentos, a dívida da companhia também está subindo bastante: ao final
do segundo trimestre, a dívida líquida da CCR era 32,7% maior que em junho de
2014.
Caetano ainda destaca o crescimento consistente nos resultados da companhia, o
que tem feito os investidores aceitarem pagar múltiplos elevados pela ação. "Nos
últimos cinco anos a geração de caixa medida pelo EBITDA cresceu numa taxa
média anual composta de 12,4% e o lucro líquido de 23,2%", afirma.
Porém, a perspectiva é mais cautelosa, o que leva a Planner a ter uma
recomendação neutra do papel: "a CCR tem perspectivas interessantes para o
segundo semestre deste ano para elevação de suas receitas com o aumento no
pedágio em várias rodovias, mas deverá incorrer em mais custos financeiros. O
aumento das despesas financeiras deve vir em função do aumento da dívida, alta
dos juros no mercado interno e a desvalorização do real", conclui.
09.2015
Impulso com o setor privado
09.09.2015
Franquia de asfaltos é oportunidade inédita e sem
concorrência no brasil
Com dois modelos de negócio - franquia fabril e microfranquia -, a Único Asfaltos
pode ser adquirida com um investimento a partir de R$ 18 mil e promete ser a
grande solução em tapa-buracos e pequenas pavimentações.
No ano passado, o empresário Jorge Coelho, que desde 2001 trabalha com
pedreiras e usinas de asfalto (nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São
Paulo e Amazonas), se tornou um dos maiores fornecedores deste mercado no
País e resolveu criar um modelo inédito de franquias: a Único Asfaltos, primeira
franquia deste modelo do mundo.
"Vamos popularizar o uso de asfalto e torná-lo mais acessível para obras de todos
os portes. Fizemos um asfalto que poderá ficar estocado, aplicado em qualquer
quantidade e até na chuva para facilitar as reparações emergenciais e
pavimentações interioranas. Hoje, a maioria das obras públicas em prefeituras,
concessionárias de rodovias, departamentos de água e esgoto, precisam de
soluções rápidas e eficientes, mas ainda perdem muito tempo com licitações e
concorrências para adquirir produtos com limitações operacionais - criados com o
objetivo de atender demandas rodoviárias de grande porte", explica Coelho.
"A Único Asfaltos vai divulgar e levar nosso produto e a qualidade de nossos
serviços mais rapidamente a todo o Brasil e proporcionará maior velocidade e
economia às obras, além de ser uma excelente oportunidade para quem quer
empreender em um mercado de tanta demanda", completa o franqueador.
Com 11 unidades em operação - 3 próprias e 8 franquias - a Único Asfaltos possui
dois modelos de negócio, com diferentes investimentos e estruturas necessárias:
a primeira é o modelo fabril, cujo investimento é de R$ 290 mil, em uma área de
300 metros quadrados. O segundo é a microfranquia, que possui investimento de
apenas R$ 18 mil e pode funcionar "home office".
Para a franquia fabril, o franqueador desenvolveu um equipamento, uma usina de
asfaltos inédita, menor que a convencional, do tamanho de um carro popular,
enquanto a usina tradicional pode ser do tamanho de várias carretas e caminhões.
Já a microfranquia é basicamente comercial e isenta de investimentos em
equipamento. Ambos os modelos possuem tíquete médio de R$ 12 mil e
rentabilidade de 30% para o franqueado.
Para este ano, a previsão é a abertura de mais cinco franquias e as cidades
prioritárias para expansão são São Paulo, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre. A rede
usinou 165 mil toneladas de asfalto no ano passado e obteve um faturamento de
R$ 31 milhões.
04.09.2015
Motociclistas poderão usar rodovias privatizadas sem
pagar pedágio
Motociclistas poderão ficar
livres do pagamento
de pedágio em rodovias
brasileiras. A proposta, que
tramita na Câmara dos
Deputados, avançou com a
aprovação do Projeto de Lei
6753/06pela Comissão de
Finanças.
De autoria da ex-deputada
Laura Carneiro, do Rio de
Janeiro, a redação recebeu
parecer favorável da relatora, a parlamentar Soraya Santos (PMDB-RJ), que
apresentou emenda na qual determina que a isenção só terá início após assinatura
ou renovação do contrato de concessão da rodovia. Desta forma, segundo a
relatora, evita-se que a isenção afete o equilíbrio econômico-financeiro dos
contratos.
“A proposição atende a uma camada social que traz pouco prejuízo às empresas
que operam as concessões de rodovias, em função do baixo impacto no desgaste
do asfalto”, disse Soraya Santos.
O PL 6753/06 tramita em caráter conclusivo e será analisado agora na Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Eixo suspenso
A isenção de caminhoneiros de pagamento de pedágio por eixo suspenso de
veículos sem cargas já foi tema de discussões do setor e chegou a parar na
Justiça. Contra a medida e alegando prejuízos, concessionárias que administram
trechos rodoviários em São Paulo tentaram ressarcimento por parte do governo
estadual, mas o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Lei do Caminhoneiro, regulamentada em abril pela presidente Dilma Rousseff,
determina aos estados adotarem medidas técnicas e operacionais para que os
veículos de transporte de carga que circularem vazios tenham isenção nas praças
de pedágios sobre os eixos suspensos. O decreto destaca ainda que a dispensa da
cobrança fica condicionada a fiscalização por autoridade com circunscrição sob a
via.
05.09.2015
ANTT justifica aumentos dos pedágios mas omite como
chega aos índices absurdos
A ANTT- Agência Nacional de Transportes Terrestres publicou explicação sobre os
aumentos autorizados para novas concessionárias de rodovias quando começam
a operar as praças de pedágio. Muitos usuários ficam surpresos que sejam
concedidos aumentos mas existem explicações para isso devido ao tempo entre a
assinatura do contrato de concessão, execução das obras e início da cobrança.
Essas justificativas os usuários das rodovias podem entender, o que a maioria
não aceita são índices de aumento muito maiores que os indicadores econômicos
utilizados nos contratos, sob a justificativa de garantir o equilíbrio econômico
dos contratos, como está ocorrendo com a “compensação aos prejuízos
econômicos em virtude da Lei 13.103/15″, conhecida como Lei dos
Caminhoneiros.
Isto porque a nova lei prevê a isenção de cobrança de pedágio dos eixos
suspensos de caminhões vazios mas a ANTT não apresenta os cálculos que
justificam aumentos de até mais do dobro do previsto na tarifa, como está
ocorrendo em várias rodovias federais. Enquanto isso, rodovias estaduais, como
as do Rio de Janeiro, onde também não é cobrado o eixo suspenso o reajuste tem
sido de menos da metade do que a ANTT autoriza.
O que a ANTT não explica e o Estradas já solicitou várias vezes esses, sem
resposta, é porque não mostra os números, os cálculos que baseiam esses
aumentos. Ao final das suas explicações a ANTT diz que “Esse cálculo será
revisado posteriormente com base nos dados reais de isenção e de receita”. Ora, a
Lei entrou em vigor em 17 de abril e 4 meses depois eles ainda precisam revisar
os valores em rodovias que operam há 20 anos sob concessão como a Dutra, BR-
040 (Rio-Juiz de Fora)? Vão aprender a calcular depois do aumento? Estamos na
época da transparência mas parece que essa lei a ANTT desconhece por isso não
mostra os números ou então, são cálculos feito pela concessionária que a ANTT
aceita sem cerimônia e promete revisar depois. Enquanto isso os usuários pagam.
Vejam a explicação da ANTT:
Revisões e reajustes
A ANTT, por força de lei, realiza, anualmente, o reajuste e a revisão das tarifas de
pedágio das rodovias federais concedidas. Essas alterações tarifárias são
aplicadas no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As alterações de tarifa são calculadas a partir da combinação de três itens
previstos em contrato:
. Reajuste: tem por intuito a correção monetária dos valores da tarifa e leva em
consideração a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de
pedágio.
. Revisão: visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no contrato
de concessão
Nas revisões ordinárias, são feitas as compensações, na tarifa de pedágio, por
descumprimentos ou postergação de cláusulas contratuais, caso existam. Neste
caso, pode haver, inclusive, decréscimo na tarifa básica, caso a fiscalização da
ANTT verifique que a concessionária deixou de cumprir alguma obrigação
prevista para aquele ano. Assim como o reajuste, a revisão ordinária acontece
uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores
de desequilíbrios derivados da inclusão de novas obrigações, não previstas
inicialmente no contrato, a exemplo de inclusão de novas obras ou como foi o
caso da Lei dos Caminhoneiros
. Arredondamento tarifário: tem por finalidade facilitar a fluidez do tráfego nas
praças de pedágio e prevê que as tarifas devem ser múltiplas de R$ 0,10. Os
efeitos econômicos do arredondamento são sempre compensados no processo de
revisão subsequente. Ou seja, se neste ano a tarifa foi arredondada para cima, no
próximo, o arredondamento será decrescente.
Os efeitos da “Lei dos Caminhoneiros” nas tarifas
Conhecida por “Lei dos Caminhoneiros”, a Lei 13.103/2015 entrou em vigor no
dia 17 de abril, trazendo para o mercado regulado de rodovias dois impactos.
Segundo a norma, se o caminhão estiver vazio e com eixo suspenso, não se cobra
o pedágio. Até a edição da lei, as concessionárias podiam cobrar pedágio por eixo
suspenso. Além disso, a lei aumenta a tolerância de peso por eixo, o que pode
trazer um desgaste maior no pavimento.
Ambas as alterações resultaram no pedido de reequilíbrio do contrato pelas
concessionárias. Este é um caso de revisão extraordinária, pois não havia como
prever a edição de uma lei federal. Dessa forma, a recomposição das perdas de
receita poderia ser feita a qualquer tempo ou junto com o reajuste, de modo a
alterar a tarifa uma única vez ao ano
O cálculo considera os fluxos históricos de caminhões em cada concessão e, por
isso, apresenta resultados diferentes para cada rodovia. Esse cálculo será
revisado posteriormente com base nos dados reais de isenção e de receita
26.08.2015
Dilma reduz prazo para veículo apreendido ir a leilão
A presidente Dilma Rousseff
sancionou a Lei nº 13.160,
que altera o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) em
questões relacionadas à
apreensão, remoção e leilão
de veículos. Entre as
medidas, o prazo para que
automóveis recolhidos em
pátios sejam encaminhados
para leilão foi reduzido de 90
para 60 dias.
Publicada na edição desta
quarta-feira, 26, do Diário Oficial da União (DOU) a nova lei passa a valer em
janeiro do ano que vem. A alteração do artigo 328 do CTB, que trata do prazo para
que o proprietário do veículo o retire do depósito, prevê que, em caso de ir a
leilão, os lances serão recebidos preferencialmente por meio eletrônico.
A preparação do veículo não reclamado será feita após a publicação de edital em
um período de 30 dias. Os automóveis serão classificados nas categorias
“conservado”, ou seja, quando apresenta condições de segurança para trafegar, e
“sucata”, quando só pode ser vendido para desmanches. O veículo, mesmo em
condições de circulação, que não for arrematado em até dois leilões, será leiloado
como sucata no evento seguinte.
Além do custeio dos leilões, os valores arrecadados com os arremates serão
usados para sanar as despesas com remoção e estada, multas devidas aos órgãos
de trânsito, entre outros créditos. Se houver saldo após a quitação dos débitos, o
montante será destinado ao antigo proprietário do veículo.
Outra novidade da lei vai eliminar fraudes comuns de proprietários que
arrematam os próprios veículos para se livrarem dos débitos. Se isso acontecer,
os valores continuam vinculados ao dono do automóvel.
Lotados
Pátios cheios de veículos recolhidos por multas ou documentação irregular são
um problema no Brasil. O custo de manutenção dos espaços é alto e, além disso,
transformam-se em focos para a proliferação do mosquito da dengue.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), segundo o Ministério da Justiça, possui mais de
58 mil veículos que podem ir a leilão. “A aprovação do PLC é mais um avanço da
legislação para acabar com os problemas que os pátios abarrotados de veículos
geram. Com essa alteração na lei, reduzimos o gasto público e evitamos a
deterioração do bem que está sob nossa guarda, evitando sua depreciação”, avalia
a diretora-geral da PRF, Maria Alice Souza.
Remoção
A nova lei também inclui novas medidas no artigo 270 do CTB, que trata da
retenção e remoção de veículos do local da infração. Entre elas, estabelece que,
caso o proprietário não esteja no momento da remoção do veículo, a notificação
deverá ser expedida no prazo de dez dias pela autoridade de trânsito por meio de
carta ou mensagem de texto pelo celular.
Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação será feita por edital. Nas
situações em que a irregularidade puder ser resolvida no local, não caberá
remoção do veículo.
04.09.2015
Eixo suspenso volta a ser cobrado no Paraná
Desde que a isenção começou a valer, desequilíbrios contratuais têm sido
verificados. Para evitar reajuste de tarifa para todos os usuários, a AGEPAR
decidiu pela revogação da isenção.
Seguindo São Paulo e Mato Grosso do Sul, o Paraná, por meio da Agência
Reguladora (AGEPAR), decidiu pela retomada da cobrança do eixo suspenso.
Desde que a isenção começou a valer, desequilíbrios contratuais têm sido
verificados. Para evitar reajuste de tarifa para todos os usuários, a Agência
decidiu pela revogação da isenção.
A lei 13.103/2015 em seu artigo 17 prevê a isenção do eixo suspenso mediante
reequilíbrio de contrato, que significa que as perdas devem ser distribuídas com
todos os usuários.“A atitude da AGEPAR torna a tarifa mais justa, nestes seis
meses a Agência verificou que a isenção causaria impacto considerável na tarifa,
o que prejudicaria todos os usuários.” declara João Chiminazzo Neto, Diretor
Regional da ABCR.
Os eixos suspensos voltarão a ser cobrados a partir do dia 08 de setembro de
2015 nas praças de pedágio do programa estadual de concessão, nas
concessionárias Econorte, Viapar, Ecocataratas, Caminhos do Paraná, CCR
Rodonorte e Ecovia. Nas concessionárias federais, Autopista Planalto Sul,
Autopista Litoral Sul e Autopista Régis Bittencourt a isenção para eixos suspensos
continua valendo.
Setembro.2015
Chance para as pequenas
Com a Lava-Jato, licitações abrem espaço para empresas
menores e líder do consórcio poderá ser estrangeiro
Por Roberto Rockman
02.09.2015
ANTP premia melhores empresas de transportes em 2015
A Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) promoveu nesta semana o
Prêmio ANTP de Qualidade, onde empresas do setor de transportes, após serem
inscritas, foram submetidas a rigorosas avaliações realizadas por juízes
independentes. Para chegar ao resultado foram analisados das empresas a
viabilidade financeira, situação tributária, comunicação interna e com a
comunidade, satisfação dos funcionários e passageiros, ambiente de trabalho e
formas de operação.
As vencedoras foram:
TROFÉU OURO:
HP Transportes Coletivos (Goiânia/GO) – categoria Operadora Rodoviária Urbana
e/ou Metropolitana
BHTrans – Empresa de Transportes e Trânsito e Belo Horizonte (Belo
Horizonte/MG)– categoria órgão Gestor de Transportes Públicos
TROFÉU PRATA:
Leblon Transporte de Passageiros (Fazenda Rio Grande/PR) – categoria Operadora
Rodoviária Urbana e/ou Metropolitana.
Trensurb – Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Porto Alegre/RS)–
categoria Operadora Metroferroviária.
TROFÉU BRONZE:
Medianeira Dourados Transportes
Ltda (Dourados/MS) – categoria
Operadora Rodoviária Urbana e/ou
Metropolitana.
Rouxinol Viagens e Turismo Ltda
(Contagem/MG) – categoria Operadora
de Serviços de Fretamento.
09.09.2015
Implantação do Siniav será feita em etapas, segundo
Denatran
O Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), terá uma
nova versão desenvolvida que entrará em vigor a partir de janeiro do ano que
vem. Em encontro com dirigentes de Detrans em Brasília, Antonioni Lopes,
coordenador responsável pelo projeto, informou que a implementação do sistema
será gradativa.
De acordo com o Denatran, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
deve, já neste mês, a recadastrar os veículos de cargas no Registro Nacional das
Transportadoras de Cargas (RNTC) e, assim, instalar – em parceria com o
Denatran – as etiquetas padrão Siniav. Outra proposta é realizar um projeto-
piloto com a Prefeitura de São Paulo para o controle de cargas perigosas.
“A dificuldade que encontrávamos era muito em função do planejamento feito
para o sistema de forma completa. Só que para uma frota tão grande como a
brasileira, com mais de 90 milhões de veículos, é preciso pensar em iniciativas
práticas e viáveis”, conta Antonioni Lopes, coordenador responsável pelo projeto.
Lopes calcula que o Siniav deverá ter resultados no final do ano que vem. Os
Detrans terão participação neste processo, a partir de um grupo formado por seus
representantes que irá acompanhar e sugerir melhorias ao modelo. “Sem os
Detrans o Siniav não funciona. A criação de um grupo de trabalho é essencial para
discutir temas mais delicados para viabilização nos Estados”, disse.
O Siniav é a promessa de aumento na segurança de motoristas e proprietários de
veículos. Atualmente está sendo criado o modelo específico para ANTT, além da
retificação das normas existentes, realização de testes de operabilidade e
certificados.
Duas empresas já homologadas vão oferecer os equipamentos, quatro vão fazer a
certificação e outras 25 já estão consideradas aptas para a prestação do serviço.
De quem é a conta?
A dúvida lançada pelos Detrans durante o encontro é sobre os custos de execução
do projeto. Os órgãos são favoráveis ao Siniav, mas o ponto alto da discussão se
deu em torno da possibilidade de onerar os cidadãos e sobrecarregar os estados.
Marcos Traad, presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND) e diretor do
Detran do Paraná, defendeu a criação de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
“Entendemos que é o ideal. A conta não pode ir para o bolso do cidadão e este
ponto é crucial para a AND”, reforçou.
“Entendemos as PPPs como o melhor modelo e somos a favor do projeto, mas o
momento é difícil para as administrações estaduais. Preocupa-nos a situação
financeira do país e a capacidade de cada Estado investir neste momento”, explica
a diretora do Detran de Minas Gerais, Andreia Vacchiano.
16.04.2014
Identificação de passageiros dos transportes rodoviários e
ferroviários regulados pela ANTT
Resolução nº 4308, de 10 de abril de 2014
Dispõe sobre a sistemática de
identificação dos passageiros
dos serviços de transporte
rodoviário e ferroviário de
passageiros regulados pela
Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT.
A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, no uso das
atribuições que lhe conferem o inciso VIII do art. 25 do Regimento Interno da
ANTT, aprovado pela Resolução nº 3.000, de 28 de janeiro de 2009,
fundamentada no Voto DAL - 041, de 7 de abril de 2014, e no que consta do
Processo nº 50500.124976/2012-56, RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer a sistemática de identificação dos passageiros dos serviços de
transporte rodoviário e ferroviário de passageiros regulados pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres - ANTT.
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, considera-se:
I – criança: pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos;
II – adolescente: pessoa entre 12 (doze) anos e 18 (dezoito) anos de idade
incompletos;
III – índio: pessoa de origem pré-colombiana que se identifica e é identificada
como pertencente a grupo étnico cujas características culturais o definem como
uma coletividade distinta do conjunto da sociedade nacional, independentemente
de idade; e
IV- responsável: aquele que, não sendo pai ou mãe, detenha, por ato legal ou
judicial, poderes para autorizar ou acompanhar viagem de menor de idade.
Art. 3º A identificação do passageiro de nacionalidade brasileira, maior ou
adolescente, será atestada por um dos seguintes documentos:
I – Carteira de Identidade (RG) emitida por órgãos de Identificação dos Estados ou
do Distrito Federal;
II – Carteira de Identidade emitida por conselho ou federação de categoria
profissional, com fotografia e fé pública em todo território nacional;
III – Cartão de Identidade expedido por ministério ou órgão subordinado à
Presidência da República, incluindo o Ministério da Defesa e os Comandos da
Aeronáutica, da Marinha e do Exército;
IV – Registro de Identificação Civil - RIC, na forma do Decreto nº 7.166, de 5 de
maio de 2010;
V – Carteira de Trabalho;
VI – Passaporte Brasileiro;
VII – Carteira Nacional de Habilitação – CNH com fotografia; ou
VIII – outro documento de identificação com fotografia e fé pública em todo
território nacional.
§1º Em se tratando de viagem em território nacional, os documentos referidos
neste artigo podem ser aceitos no original ou cópia autenticada em cartório,
independentemente da respectiva validade, desde que seja possível a
identificação do passageiro.
§2º No caso de viagem internacional, o passageiro deverá observar o rol de
documentos elencados no Anexo do Decreto nº 1.983, de 14 de agosto de 1996.
§ 3º Caso o adolescente não possua um dos documentos elencados no caput deste
artigo, será aceito, como documento de identificação, até 1º de setembro de 2015,
a certidão de nascimento (original ou cópia autenticada em cartório). (Incluído
pela Resolução nº 4.511, de 16.12.14)
Art. 4º A identificação da criança será atestada da seguinte forma:
I – no caso de viagem nacional deve ser apresentada a carteira de identidade,
passaporte ou certidão de nascimento da criança (original ou cópia autenticada
em cartório); e
II – no caso de viagem internacional, deve ser apresentada a carteira de
identidade, nas viagens para os países integrantes do MERCOSUL, ou o passaporte
da criança.
Art. 5º Quando se tratar de viagem nacional, nenhuma criança poderá viajar para
fora da Comarca de onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem
expressa autorização judicial.
Parágrafo único. A autorização não será exigida quando:
I - tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade
da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana ou região integrada de
desenvolvimento (Ride);
II - a criança estiver acompanhada:
a) de ascendente ou colateral, até o terceiro grau, ambos maiores, comprovado
documentalmente o parentesco;
b) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
Art. 6º Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a
criança ou adolescente:
I – estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; ou
II – viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro
através de documento com firma reconhecida.
Parágrafo único. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou
adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de
estrangeiro residente ou domiciliado no exterior, que não sejam pais ou
responsável pelo menor.
Art. 7º A identificação do índio será atestada da seguinte forma:
I – no caso de viagem nacional, além dos documentos previstos no art. 3º desta
Resolução, incluem-se a autorização de viagem expedida pela Fundação Nacional
do Índio - FUNAI ou outro documento que o identifique, emitido pela mesma
entidade; e
II – no caso de viagem internacional, deve ser apresentado o passaporte
brasileiro, ou a carteira de identidade para os países integrantes do MERCOSUL,
observada a necessidade de outros procedimentos.
Art. 8º Constituem documentos de identificação de passageiros de outras
nacionalidades, considerada a respectiva validade:
I – Passaporte Estrangeiro;
II – Cédula de Identidade de Estrangeiro – CIE;
III – identidade diplomática ou consular; ou
IV – outro documento legal de viagem, em conformidade com acordos
internacionais firmados pelo Brasil.
§1º No caso de viagem em território nacional, poderá ser apresentado o protocolo
de pedido de CIE expedido pelo Departamento de Polícia Federal em substituição
ao documento original, pelo período máximo de 180 (cento e oitenta) dias
contados da data de sua expedição.
§2º Será aceita a CIE com a data de validade vencida no caso de estrangeiros com
deficiência física ou estrangeiros que tenham completado 60 (sessenta) anos de
idade até a data do vencimento do documento, e que sejam portadores de visto
permanente e tenham participado de recadastramento anterior, nos termos do
Decreto-Lei nº 2.236, de 23 de janeiro de 1985.
§3º No caso de viagem internacional, o passageiro deve apresentar passaporte ou
outro documento de viagem válido, observado o rol constante no art. 1º do
Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006.
Art. 9º No caso de extravio, furto ou roubo do documento de identificação do
passageiro e em se tratando de viagem em território nacional, poderá ser
apresentado o correspondente Boletim de Ocorrência, desde que emitido há
menos de 30 (trinta) dias.
Art. 10. O controle dos passageiros será realizado no embarque por meio da
verificação entre as informações contidas nos documentos de identificação do
passageiro e nos seguintes documentos:
I – Bilhete de Passagem, no caso de transporte rodoviário e ferroviário regular de
passageiros regulado pela ANTT;
II - Bilhete de Embarque ou Bilhete de Embarque Gratuidade, quando houver a
utilização do Emissor de Cupom Fiscal – ECF ou similar, no caso de transporte
rodoviário e ferroviário de passageiros regulado pela ANTT;
III - Lista de passageiros contida na Autorização de Viagem, no caso de transporte
rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de
fretamento.
§1º Até que se implemente o novo modelo de Bilhete de Passagem previsto na
Resolução ANTT n.º 4.282, de 17 de fevereiro de 2014, o Bilhete de Passagem de
que trata o inciso I deverá estar acompanhado da Ficha de Identificação de
Passageiros – FICHA, que deverá conter os seguintes campos:
I – nome da transportadora
;
II – cidade de origem
III – cidade de destino
IV – nome do passageiro
V – número do bilhete de passagem
VI – número da poltrona
VII – número do documento de identidade; e
VIII – órgão expedidor.
§2º Constatada divergência entre os dados inscritos nos documentos previstos
neste artigo e o documento de identificação do passageiro, a falha deverá ser
sanada, sob pena de o passageiro ser impedido de embarcar.
§3º O agente de fiscalização e o preposto da transportadora poderão solicitar ou
realizar, a qualquer tempo, a identificação dos passageiros.
Art. 11. O controle dos passageiros previsto nesta Resolução é dispensado no
transporte rodoviário semiurbano interestadual e internacional de passageiros.
Art. 12. Os bilhetes de passagem, os bilhetes de embarque e a Ficha de
Identificação de Passageiros - FICHA deverão ser arquivados por viagem, de forma
a possibilitar, sempre que necessário, a elaboração de lista dos passageiros,
permanecendo em poder da transportadora e à disposição da ANTT, nos 90
(noventa) dias subsequentes ao término da viagem.
Parágrafo único. Ocorrendo qualquer evento de natureza criminal ou acidente, no
curso da viagem, o prazo referido no "caput" deste artigo passará a ser de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 13. As transportadoras deverão dar conhecimento aos usuários das
exigências constantes nesta Resolução no ato da venda do bilhete ou da
assinatura do contrato de fretamento.
Art. 14. A inobservância das disposições constantes nesta Resolução sujeitará a
empresa infratora às penalidades previstas nas Resoluções ANTT nº 233, de 25 de
junho de 2003, e nº 3.075, de 26 de março de 2009.
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 16. Revoga-se o Título IX da Resolução ANTT nº 18, de 23 de maio de 2002.
JORGE BASTOS
Diretor-Geral, em Exercício
04.09.2015
Governo federal quer regularizar as margens de 120 mil
quilômetros de rodovias
Diretor de planejamento do Dnit explica programa de regularização
das faixas de domínio, que
também deve chegar às
ferrovias
O Dnit (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes) deu
início ao ProFaixa, programa que tem
como objetivo regularizar as faixas de
domínio de rodovias e ferrovias em
todo o país. O programa tem prazo de
execução de 20 anos, com a finalidade de otimizar o aproveitamento dessas áreas
em favor da União e facilitar a execução de intervenções na infraestrutura de
transportes.
Em entrevista à Agência CNT de Notícias, o diretor de Planejamento e Pesquisa do
órgão, Adaílton Dias, falou sobre a implementação e os principais objetivos do
programa.
Como o ProFaixa será realizado?
Primeiro, vamos iniciar com a visita aos trechos, para caracterizar, de forma bem
clara, qual faixa de domínio deve ser levada em consideração. Tentaremos, desde
já, identificar possíveis invasões da área. Na sequência, o Dnit fará uma pesquisa
cartorária sobre trechos ou lotes que já estejam com certidões de registros
regularizadas. Faremos pesquisas em nossos documentos, para saber, quando da
implantação da rodovia, qual foi a faixa de domínio estabelecida no projeto.
Pesquisaremos junto aos órgãos estaduais de infraestrutura e transportes
também. Isso porque, em algumas situações, os trechos foram implantados pelos
governos estaduais. Ou seja, iniciaremos com uma série de pesquisas, para que
tenhamos elementos suficientes para caracterizar os trechos devidamente
regularizados. Com isso, montaremos um banco de dados. Nos casos dos que não
estão efetivamente regularizados ou não documentados, iremos determinar qual
será a nova faixa de domínio e, a partir daí, propor a regularização junto a nossa
procuradoria e aos donos de propriedades limítrofes da rodovia.
Isso deve envolver ações judiciais de desapropriação e remoção de pessoas?
Numa segunda etapa, depois que as faixas estiverem bem definidas, vamos
identificar se tem alguma ocupação irregular. Ou seja, no primeiro momento,
teremos somente a caracterização da faixa de domínio, da largura, onde ela passa,
quais os locais que a gente consegue visualizar com precisão. Faremos o
georreferenciamento da faixa de domínio e, a partir daí, vamos para a segunda
etapa, buscando identificar possíveis invasões.
Qual o tamanho das faixas?
A faixa varia de acordo com a classe da rodovia. Temos de 100 metros, 80 metros,
40 metros. Isso varia muito em função do relevo, da localização da rodovia.
Então, não é linear nem padrão. Para cada uma existe uma faixa de domínio pré-
definida.
E as ferrovias também são alvo dessa atuação?
Na primeira etapa faremos a parte rodoviária. Como o Dnit é responsável também
por essa malha, vai estabelecer a faixa de domínio dos trechos ferroviários, em
uma segunda etapa. Serão 28 mil quilômetros.
Como será a intervenção em áreas urbanas, especialmente de ferrovias, onde
há muito problema com invasão de faixa de domínio?
Isso vai depender da faixa que será estabelecida para ferrovias. Mesmo sabendo
que elas, em vários pontos, têm conflitos com área urbana, vamos levar em
consideração a possibilidade de manter aquela faixa de domínio estabelecida
originalmente, ou estabelecer uma nova, que gere a menor possibilidade de
conflitos possível.
O Dnit já sabe quantos quilômetros devem ser regularizados?
A nossa expectativa, em rodovias, é de 120 mil quilômetros. Assim,
trabalharemos com todas as rodovias federais pavimentadas, inclusive as
concedidas, e também as que não são pavimentadas, mas estão implantadas e têm
condição de receber tráfego de forma segura.
Qual a relevância do programa?
A relevância do programa é que, uma vez que tenhamos a faixa bem definida,
caracterizada e registrada em nome da União, temos condições de fazer uma
possível adequação de capacidade, uma duplicação, algo nesse sentido. Reduz a
possibilidade de gerar conflitos. Geralmente, quando a faixa de domínio não está
bem definida, existem conflitos com potenciais ocupantes irregulares da faixa, o
que demanda ações judiciais, algum tipo de trabalho que o Dnit tem que fazer de
remoção e realocação dessas pessoas. Isso acaba interferindo no cronograma dos
projetos, o que significa, com certeza, aumento de custos, atrasos nas obras e
também na entrega dos trechos rodoviários. Isso provoca uma série de
complicações para os usuários, porque eles deixam de usufruir do patrimônio em
um tempo mais reduzido.
Tem algum exemplo emblemático dessas dificuldades?
Um exemplo recente é a BR-381, em Minas Gerais. Nós estimamos que teremos
que remover e realocar cerca de cinco mil famílias, que estão na faixa de domínio.
É um trabalho gigante que tem que envolver Ministério Público Federal, Justiça
Federal, Defensoria Pública da União, além dos órgãos ambientais, sociais e as
famílias que estão nesses locais. Isso dá uma noção da complexidade.
O programa começa na forma de um projeto-piloto, pela BR-070 (DF/GO/MT).
Por que? E quantos quilômetros devem ser regularizados?
Ele terá início pela BR-070 pela proximidade da rodovia com a sede do Dnit, uma
vez que esse projeto está sendo desenvolvido pela equipe da sede do órgão, com
participantes das superintendências regionais de Goiás e do Distrito Federal. São
460 quilômetros que devemos monitorar, avaliar e buscar a regularização.
Serão 20 anos de execução, que é um prazo longo. Seus efeitos são de longo
prazo? E já tem orçamento definido?
É interessante porque esse é um dos projetos que denominamos de estruturantes.
Eles vão dar condições de a União explorar melhor a faixa de domínio, com
condição de gerar uma série de arrecadações. Por exemplo, através de
concessionárias de telefonia, que podem passar seus cabeamentos óticos nessas
áreas, o que gera receita. Hoje, sem a regularização, ficamos limitados. É um
potencial de receita considerável, que deve pagar esse projeto, depois que estiver
estabelecido. O projeto-piloto é que vai estabelecer o tamanho do orçamento a ser
utilizado em 20 anos. No primeiro momento, estamos fazendo o projeto-piloto, e
por isso a decisão de usar a BR-070, para tornar menos dispendioso. Isso permite
que os técnicos do próprio Dnit o executem. Também tem a equipe de uma
empresa de consultoria, que já está prestando serviço para o Dnit. Então, nesse
projeto-piloto, o custo é irrelevante. Mas um dos seus produtos será o custo
médio por quilômetro para executar todas as etapas.
09.09.2015
Governo estuda PPPs para fazer manutenção de rodovias
federais
Antônio Carlos Rodrigues, ministro dos Transportes: "É uma solução criativa"
Diante de fortes restrições orçamentárias, o governo resgatou um projeto que
altera de forma significativa o modelo de contratação de obras de manutenção
nas rodovias federais. A ideia, engavetada havia cinco anos, prevê a formação de
parcerias público-privadas (PPPs) para fazer a conservação das estradas sob
responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit). Como a maioria dos trechos administrados pela autarquia tem baixo
volume de tráfego e não apresenta viabilidade econômica para uma concessão
"pura" ao setor privado, o plano em análise contempla a assinatura de contratos
de longo prazo, nos quais as empresas cuidam da manutenção das vias e recebem
uma remuneração fixa do governo para isso - sem a cobrança de pedágio dos
usuários.
Pelo modelo em vigência, o Dnit se encarrega da conservação de toda a malha que
ainda não foi concedida à iniciativa privada, gerindo dezenas de contratos com as
empreiteiras para a execução desses serviços. Atualmente, há trabalhos de
manutenção em 47 mil quilômetros de rodovias federais, sendo 52% cobertas por
uma modalidade conhecida como Crema. Trata-se de um contrato de cinco anos -
limite máximo praticado pela autarquia - em que as empreiteiras recebem pelo
volume de intervenções e ficam sujeitas, como toda obra pública, à súbita
interrupção dos pagamentos em momentos de crise. Esse modelo também
dificulta a fiscalização do Dnit, que se vê obrigado a inspecionar cada buraco
tapado nas estradas, antes de liquidar suas faturas.
Um dos principais benefícios apontados nas "concessões administrativas" é
justamente a possibilidade de firmar contratos mais longos de manutenção das
estradas. Isso permitiria simplificar a fiscalização e estabelecer um sistema de
remuneração das empresas pelo cumprimento de indicadores como a qualidade
do pavimento e da sinalização nas vias. Por esse formato, as concessionárias
ficam apenas com os serviços de manutenção - obras como novas faixas e
construção de pontes ou viadutos, por exemplo, continuam como
responsabilidade da União.
O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, confirmou ao Valor a
realização dos estudos. Apesar de estar em estágio inicial, segundo ele, o plano
pode dar mais eficiência aos contratos em um momento de escassez de recursos.
"É uma solução criativa, pode representar um novo avanço, mas precisamos ver se
isso para em pé", afirma Rodrigues. O ministro pondera que a ideia está sendo
avaliada pela equipe técnica e pela consultoria jurídica da própria pasta antes de
ser levada ao colega do Planejamento, Nelson Barbosa, encarregado pelo Palácio
do Planalto de gerenciar as novas concessões.
O uso das concessões administrativas já havia sido mencionado no Plano
Nacional de Logística de Transportes (PNLT). "Tal aperfeiçoamento se faz
necessário, uma vez que o modelo tradicional de restauração e manutenção
rodoviária tem se revelado ineficiente e tem contribuído de modo significativo
para a deterioração da rede de estradas nos últimos anos", afirmava o documento,
lançado em 2007.
Em 2010, na gestão de Luiz Antônio Pagot à frente do Dnit, um plano semelhante
esteve perto de ser levado adiante. No entanto, segundo o ex-diretor-geral da
autarquia, houve te resistência das empreiteiras. Naquela época, um grupo de
apenas 14 construtoras tinha porte suficiente para dar conta das garantias
financeiras exigidas em uma PPP. Pagot, hoje consultor, ainda defende o modelo.
"O governo está sem dinheiro, as estradas logo vão ficar sucateadas e é preciso
encontrar uma solução para esse quadro."
Um funcionário do governo lembra que as PPPs para manutenção das rodovias
podem ter prazos distintos, conforme as necessidades de cada estrada. Em
muitos casos, segundo ele, o tempo de vida útil do pavimento gira em torno de
oito anos. Com isso, pode haver espaço para a contratação dos serviços de
manutenção por uma PPP de 16 anos, que envolva dois ciclos inteiros de vida,
conforme exemplifica essa fonte.
Em 2015, o limite orçamentário do Dnit foi fixado em R$ 7,5 bilhões - 40% menos
do que os investimentos do ano passado.
Um dos potenciais entraves que as concessões administrativas podem enfrentar
na equipe econômica é a dificuldade em controlar o fluxo de pagamentos, pelo
Tesouro, na boca do caixa.
09.09.2015
Portos mais ágeis podem aumentar exportações brasileiras
Uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP aponta que a redução do tempo
dos procedimentos portuários pode aumentar em até 5,14% as exportações
brasileiras. De acordo com o estudo, a redução do tempo pode representar ao
exportador uma diminuição de custos, fazendo com que o produto chegue ao
mercado de destino com maior qualidade e a um custo final menor. O estudo foi
desenvolvido por Vinícios Poloni Sant’ Anna, em pesquisa de mestrado sob a
orientação do professor Sérgio Kannebley Júnior.
O trabalho usou como base
os dados de 16 portos
brasileiros, no período de
2010 a 2012, e concluiu que
uma redução de 10% no
tempo de estadia total do
navio nos portos pode
aumentar as exportações
municipais relativas em
torno de 5%. Nesse sentido,
cada hora adicional de atraso
no procedimento portuário
como um todo representa
uma redução de 2% nas
exportações.
Analisando-se a importância relativa de cada uma das etapas do procedimento, o
estudo aponta também que uma redução de 10% no tempo de espera para
atracação aumentaria as exportações em cerca de 1%. Uma redução equivalente,
mas no tempo de inoperância (tempo de espera para atracar e de espera para
início da operação de embarque/desembarque) ou no tempo de desatracação do
navio, aumentaria as exportações municipais relativas em torno de 3,5%. O tempo
no porto também pode afetar a variedade de produtos que um determinado
município pode exportar.
De acordo com os resultados da pesquisa, uma redução de 10% no tempo de
estadia relativo do navio no porto pode aumentar o número de categorias de
produtos exportados em 1%. “Esse resultado, embora mais modesto, é
estatisticamente significativo e permite concluir que o tempo despendido no
porto também é importante na determinação da variedade de setores que
participam do comércio internacional”, afirma Sant’ Anna.
Estadia nos portos
A pesquisa Infraestrutura portuária no Brasil: Uma análise do impacto do tempo
dos procedimentos portuários sobre as exportações brasileiras foi desenvolvida
por Sant’Anna no Programa de Pós-Graduação em Economia, área de Economia
Aplicada, da FEARP, sob a orientação do professor Sérgio Kannebley Júnior. O
estudo mostra que, em média, os portos brasileiros apresentam um tempo de
estadia de 28 horas e 12 minutos. Desse total, 15 horas e 42 minutos são gastos,
em média, com o navio atracado e o restante são perdidos em esperas.
Enquanto existem portos cujo tempo de inoperância é igual a zero, ou seja, não
existem esperas, outros portos chegam a apresentar até 60 horas e 12 minutos
com o navio parado no porto sem realizar qualquer operação. Com relação ao
tempo de operação, os resultados também variam bastante entre os portos.
Enquanto o porto mais ágil gasta 4 horas e 24 minutos para realizar as operações,
o porto mais lento demora cerca de 44 horas para realizar a mesma etapa do
procedimento.
De acordo com a pesquisa, os portos mais eficientes são os do Rio de Janeiro (RJ),
Belém (PA) e Vila do Conde (PA), nos quais o tempo de inoperância não atinge 10%
do tempo total dos procedimentos. Por outro lado, dos 16 portos da amostra, 11
deles apresentaram tempo de inoperância superior a 40% do tempo total. Desses,
os portos de Fortaleza (CE), Vitória (ES), Itaguaí (RJ), Santos (SP), Rio Grande (RS),
Paranaguá (PR), Salvador (BA) e São Francisco do Sul (SC) apresentaram valores
percentuais superiores a 50%. Em outras palavras, nesses portos, na maior parte
do procedimento portuário de embarque/desembarque, o navio está inoperante.
“Esses resultados indicam a presença de um gargalo no escoamento da produção
brasileira para o mercado internacional”, afirma o pesquisador. Ainda segundo
ele, por conta do crescimento dos fluxos comerciais brasileiros ocorridos na
última década, essas limitações tornam-se ainda mais evidentes e apontam para a
necessidade de investimentos que ampliem a capacidade portuária, reduzindo as
ineficiências que geram as elevadas porcentagens do tempo de inoperância nos
portos brasileiros.
09.09.2015
Pedágio ficou 47% mais caro com lei do caminhoneiro,
inflação e prefeituras
O valor do pedágio teve aumento de 47% em Mato Grosso do Sul, com o preço
médio a cada 100 quilômetros oscilando de R$ 4,38 para R$ 6,48. A partir de
segunda-feira (14), nos mais de 800 quilômetros de rodovia duplicados, as
praças de pedágio vão cobrar valores que variam entre R$ 4,70 até R$ 7,20.
O diretor-presidente da CCR MSVia, Maurício Soares Negrão, apontou que o
valor inicial foi estimado em R$ 4,38 , em maio de 2012, quando foi atribuída
a concessão para a concessionária. Desde então, o valor médio cobrado nos
pedágios, calculados a cada 100 km, subiu 47,9%
O aumento levou em conta o reajuste com base do IPCA, com acréscimo de R$
1,33, as perdas provocadas a partir da Lei dos Caminhoneiros, onde os eixos
suspensos não pagarão pedágio, o que gerou um aumento de R$ 0,66 na
tarifa. As despesas que ocorreram fora de contrato também originaram novos
gastos, somando R$ 0,12 no valor pago pelo motorista.
Das nove praças de pedágio, as mais caras estão nos trechos de Campo
Grande e no município de Rio Verde de Mato Grosso, onde serão cobrados R$
7,20. "O preço é cobrado a cada 100 quilômetros, porém estes locais as
praças estão mais distantes das outras", comentou o diretor-presidente. A
tarifa mais barata é em Mundo Novo, sendo cobrado R$ 4,70.
A CCR estima que aproximadamente 50 mil veículos devem passar nos nove
pedágios da rodovia, sendo arrecadado uma receita de R$ 30 milhões
mensais. Do total, 5% será revertido para os 21 municípios às margens da BR-
163.
Maurício afirmou que os valores podem sofrer reajustes, porém não
apresentou limites para os preços. "O limite será até onde a empresa acredita
que deve aumentar a tarifa", explicou.
Até o momento foram duplicados 804,3 quilômetros de rodovia, sendo
injetados R$ 730 milhões até setembro deste ano. Conforme a concessionária,
foram registrados 50% a menos de mortes em acidentes na BR.
10.09.2015
Índice ABCR tem queda de 0,1% em agosto, na comparação
com julho
Na comparação agosto/15 com agosto/14, índice caiu 3,3%, com
queda de 4,9% no movimento de veículos pesados e 2,7% no de leves.
São Paulo, 10 de setembro de 2015 - O índice ABCR de Atividade de agosto
registrou queda de 0,1%, na comparação com o mês anterior, considerando dados
dessazonalizados. No período, o fluxo de veículos
pesados caiu 0,7% e o de veículos leves subiu
0,3%. O índice que mede o fluxo de veículos nas
estradas concedidas à iniciativa privada é
produzido pela Associação Brasileira de
Concessionárias de Rodovias em conjunto com a
Tendências Consultoria Integrada.
Na comparação de agosto de 2015 com agosto de
2014, o Índice ABCR caiu 3,3%, com queda de
4,9% no fluxo de veículos pesados e de 2,7% no movimento de veículos leves
“Os dados do indicador da ABCR, especialmente na comparação ano a ano,
mostram claramente a situação econômica de trajetória de queda de produção e
de renda da população, que acaba por resultar num menor movimento nas
rodovias. A produção industrial, por exemplo, acumula variação de -6,6% ano. A
PME de julho mostrou forte elevação da taxa de desemprego, que atingiu 7,5% da
força de trabalho (ante 6,9% em junho). O rendimento médio real também
manteve a tendência de queda”, analisa Rafael Bacciotti, economista da
Tendências Consultoria.
Nos últimos doze meses, o indicador caiu 0,3%, com decréscimo de 4,6% no
tráfego de veículos pesados e aumento de 1,3% no de veículos leves. Na
comparação do acumulado do ano (janeiro a agosto de 2015, contra janeiro a
agosto de 2014), o índice registrou queda de 1,0%, com declínio de 5,5% em
pesados e alta de 0,5% em leves.
“Avaliando a curva de dados históricos (veja abaixo), podemos perceber que os
dados de veículos leves começaram a captar a tendência (média móvel) de queda
depois dos pesados, que já registram inversão da curva há mais tempo. Isso é
normal, já que a crise começou pela cadeia produtiva e agora avança também para
afetar salários, renda e emprego. Como o ajuste sobre o mercado de trabalho tem
sido muito intenso, a tendência é que o fluxo de veículos leves continue a
arrefecer nos próximos meses”, explica Bacciotti.
Índice ABCR Brasil
Período LEVES PESADOS TOTAL
Agosto/15 sobre agosto/14 - 2,7% - 4,9% - 3,3%
Agosto/15 sobre Julho/15 c/ ajuste sazonal 0,3% - 0,7% -0,1%
Últimos doze meses 1,3% - 4,6% - 0,3%
Acumulado no ano (Jan-Ago/15 sobre Jan-
Ago/14)
0,5% -5,5% - 1,0 %
Fonte: ABCR e Tendências
10.09.2015
ANTT divulga novas determinações acerca de benefício de
viagem para idosos
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, no Diário Oficial
da União de hoje (10/9), a alteração da Resolução nº 1.692/2006, inserindo a
obrigatoriedade das empresas de transporte rodoviário interestadual de
passageiros a emitirem documento quando da negativa de concessão do benefício
de gratuidade aos idosos. Novas determinações entram em vigor em 90 dias.
De acordo com o texto, as empresas prestadoras do serviço deverão, em qualquer
caso, emitir documento ao negar a concessão do benefício de gratuidade aos
idosos, indicando dados como data, hora, local e o motivo da recusa.
O beneficiário, para fazer uso da reserva, deverá solicitar um único bilhete de
viagem do idoso nos pontos de venda próprios da empresa prestadora do serviço,
com antecedência de pelo menos três horas em relação ao horário de partida da
viagem, podendo solicitar a emissão do bilhete para o retorno.
11.09.2015
Setor avalia repercussões da inclusão do transporte como
direito previsto na Constituição
Demandas sociais pela melhoria na qualidade do transporte público
devem ganhar força para que medida apresente resultados efetivos
A inclusão do transporte entre os direitos sociais previstos no Artigo 6º da
Constituição Federal deve alterar a forma como o tema é tratado pelo estado na
definição de políticas públicas. É o que avaliam duas das entidades que
representam o setor transportador de passageiros, a NTU (Associação Nacional
das Empresas de Transportes
Urbanos) e a ANPTrilhos
(Associação Nacional dos
Transportadores de
Passageiros sobre Trilhos).
Com a mudança no texto
constitucional, aprovada pela
Câmara dos Deputados e pelo
Senado, ficará expressa, na
lei, a obrigação do poder
público de garantir o serviço
com qualidade e de forma universal. O entendimento das associações é que,
agora, a sociedade passa a ter mais poder para exigir investimentos e melhorias
na prestação do serviço.
Para o diretor-executivo da NTU, Marcos Bicalho, do ponto de vista estratégico,
essa é “uma medida de suma importância, porque abre alguns caminhos para que
possa haver recursos do orçamento da União alocados à área de transporte
público urbano”. Ele faz um paralelo com saúde e educação, por exemplo, com a
existência do SUS (Sistema Único de Saúde) e do FNDE (Fundo Nacional para
Desenvolvimento da Educação). “Vislumbramos, no futuro, a possibilidade de ter
um fundo que possa ser alocado em investimentos em infraestrutura e, também,
na subvenção dos custos operacionais”, explica. Segundo Bicalho, essa seria uma
das alternativas para melhorar a qualidade do serviço, sem elevar a tarifa. Essa
fórmula tem sido difícil de solucionar, já que, na maioria das cidades, é a tarifa
paga pelos usuários a principal fonte de custeio das operações.
“Agora, a mobilidade ganha um peso maior na definição de políticas públicas”,
diz a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi. Para ela, com essa
exigência constitucional, “os governantes devem começar a analisar ações
específicas para a área de transportes, que possam privilegiar investimentos e
priorizar recursos para o setor”.
Os dois consideram que a pressão da sociedade civil continuará a ser
fundamental para que se faça valer o texto constitucional. “São conquistas que
têm que ser construídas, não são imediatas. Será um trabalho de mobilização em
torno do tema”, avalia Bicalho. O diretor-executivo da NTU destaca que a forma
como o transporte urbano é tratado, atualmente, tem ocasionado diversos
problemas, com impactos na saúde física e mental das pessoas e na economia das
cidades. “A gente tem uma mobilidade irracional. Quase um terço dela é baseada
no deslocamento individual, por automóveis. E o que a gente precisa fazer para
mudar isso é melhorar a qualidade do transporte público”, complementa.
A superintendente da ANPTrilhos complementa que, sem transporte, o acesso a
outros direitos fundamentais fica prejudicado. “Sem transporte não tem como ter
educação, saúde, trabalho, lazer. Transporte é a base para a liberdade de ir e vir
do cidadão. Você tirar o direito ao transporte é como impor, especialmente aos
mais desfavorecidos, uma condenação à imobilidade, seja pela distância, pelo
valor da tarifa, ou tempo que o cidadão gasta para conseguir se deslocar. Garantir
o direito ao transporte como direito constitucional é garantir os demais direitos”,
diz Roberta Marchesi.
AGENDA 2015
Setembro
5a edição do Salão de Inovação ABCR
14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília
XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes
e Medicina de Tráfego
10 a 13 de setembro em Gramado (RS)
Novembro
2ª Conferência Global De Alto Nível Sobre Segurança No Trânsito
(ONU)
18 e 19 de novembro em Brasília
2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP
17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo