fim de semana artesp - edição 49
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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 24 de março de 2016.TRANSCRIPT
21.02.2016
ANTT torna disponíveis os documentos sobre novos
investimentos na NovaDutra
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tornou disponíveis hoje
(21/03) os documentos que subsidiarão as discussões da Audiência Pública nº
005/2016, que colherá sugestões e contribuições à proposta de inclusão de novos
investimentos no contrato de concessão da Concessionária NovaDutra. A
audiência está aberta a contribuições desde as 9h de hoje.
Investimentos – Após vistoria na rodovia Presidente Dutra, a fim de identificar os
principais gargalos e pontos de conflito na rodovia, a equipe técnica da ANTT
especificou onze obras cujos investimentos atingiram o montante de
aproximadamente R$ 2,3 bilhões, valor inicialmente previsto no Programa de
Investimento em Logística, lançado em 2015. Na lista de prioridades, o
investimento que ocupa o topo é a implantação de nova pista na Serra das Araras
no município de Piraí (km 219,2 ao 227,2 da BR-116/RJ), que consumiria R$ 1,7
bilhão.
A construção, além de estar no trecho que possui o menor índice de satisfação
dos usuários no atributo segurança, é tida como projeto prioritário para entidades
representantes dos empresários, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
e o Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
Também estão na lista o trevo de acesso à avenida Jacu-Pêssego e a implantação
de via marginal entre os km 210,6 e 212, com previsão de investimentos de R$
24,7 milhões e de R$ 41,1 milhões respectivamente, ambos no município de
Guarulhos/SP. Em Nova Iguaçu/RJ, a proposta é de implantação de vias marginais
nos trechos entre os km 176,0 e 178,6, 178,5 e 180,2, 177,9 e 180,2, com um
investimento de aproximadamente R$ 244 milhões.
Reequilíbrio econômico-financeiro – De acordo com o contrato de concessão
firmado com a NovaDutra, a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
poderá ser realizada por aumento da tarifa de pedágio, extensão de prazo ou
aporte de recursos. No entanto, considerando as restrições fiscais atualmente
presentes, serão avaliadas, preferencialmente, as duas primeiras opções de
recomposição.
Caso o aumento de tarifa seja a forma de equilíbrio contratual, num cenário com
a inclusão apenas da obra da Serra das Araras, o maior valor da tarifa de pedágio,
que atualmente é de R$ 12,70 para veículos de categoria 1, atingiria o montante
de R$ 18,60. Caso a forma de equilíbrio seja a extensão de prazo, nesse mesmo
cenário, o resultado seria de 6 anos e 2 meses adicionais de concessão.
Audiência Pública - O período para envio das contribuições para a Audiência
Pública nº 5/2016 vai até as 18h do dia 22 de abril de 2016 (horário de Brasília). A
audiência contará com duas sessões públicas. A primeira ocorrerá em São Paulo,
em 31 de março. A segunda, no Rio de Janeiro, em 7 de abril.
22.03.2016
Concessão de rodovias gera divergências em SC
Divergências entre lideranças catarinenses em relação ao projeto de concessão
das rodovias BRs 480, 282, 153 e 476 ficaram evidentes no Fórum Sobre Rodovias
no Oeste Catarinense, realizado nesta segunda-feira, no Centro Empresarial de
Chapecó. O projeto, conhecido como ¿Rodovia do Frango¿, deve duplicar a BR
282 de Chapecó até o trevo do Irani, subindo pela BR 13 até a 476, no Paraná.
A proposta foi aprovada em fevereiro pelo Tribunal de Contas da União mas
contou com 44 adequações que a Agência Nacional de Transportes Terrestres terá
que fazer em 120 dias.Depois disso poderá ser lançado o edital de concessão, que
será válido por 30 anos.
O deputado federal e integrante da Frente Parlamentar de Transportes da Câmara
Federal, Esperidião Amin (PP), disse que desde o início foi contra o projeto pois
ele contraria os interesses de Santa Catarina, prejudicando os portos do Estado
em favor de Paranaguá-PR. Ele classificou o projeto como um ¿Cavalo de Tróia¿,
que parece bom no início mas depois revela-se prejudicial.
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de
Santa Catarina, Pedro Lopes, disse que o estudo foi realizado por uma empresa
paranaense e que o projeto encaminha o fluxo catarinense que terá que pagar
pedágios em três praças no Paraná, em General Carneiro, Paulo Frontin e Lapa. O
custo para um caminhão de seis eixos saindo de Chapecó até Lapa ficaria em R$
360. Lopes disse que há necessidade de uma auditoria de tráfego e um
cronograma de obras para garantir que a população não pague um valor de
pedágio sem o benefício da duplicação. Em Xanxerê os valores poderiam
ultrapassar R$ 14.
Oeste quer duplicação
Lideranças do Oeste Catarinense são favoráveis à integração catarinense mas
querem também a duplicação para o Paraná. O presidente do Sindicato do
Comércio Varejista (Sicom), Marcos Barbieri, disse que 80% da produção da região
vai para o centro do país e, com a duplicação, uma viagem até Curitiba diminuiria
de sete para cinco horas.
O empresário do ramo de transporte Valdir Tombini disse que a região precisa de
estradas duplicadas urgentemente. Por isso não quer que o atual processo seja
interrompido. No entanto todos concordam em brigar por redução de preços e
que a duplicação comece pela BR 282.
Paralelo a isso concordam em agilizar a duplicação da BR 470 e da BR 282, entre
Irani e Campos Novos, cujo edital está previsto para maio.
Nova proposta para a BR 282
A deputada estadual Luciane Carminatti e o deputado federal Esperidião Amin
informaram que e o Ministério dos Transportes deve abrir nos próximos dez dias
uma proposta de manifestação de interesse, para concessão de toda a BR 282 e da
BR 163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira. Esse processo poderia
correr paralelamente aos demais.
22.03.2016
Rio-Petrópolis é hoje a mais violenta das 10 rodovias
federais que cortam estado
Rio – Pelo menos um assassinato a cada dois dias e meio. Essa é a rotina macabra
que motoristas são obrigados a conviver nas dez rodovias federais que cortam o
estado do Rio de Janeiro. Nos 1.470 quilômetros dos trechos fluminenses dessas
estradas, conforme estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 152 pessoas
foram vítimas de homicídios no ano passado, 61 a mais que em 2014. A mais
perigosa é a BR-040 (Rio-Petrópolis), no trecho da Rodovia Whashington Luiz, na
Baixada Fluminense, onde no último dia 9, na altura de Santa Cruz da Serra, o
presidente da Editora Vozes, frei Antônio Moser, de 75 anos, foi assassinado a
tiros durante tentativa de assalto.
No dia seguinte, X., de 45 anos, motorista de uma transportadora, sofreu tentativa
de assalto no mesmo local onde Moser foi executado por desconhecidos. “Os
bandidos estavam num Corola e num Cruiser. Acelerei e consegui escapar por
uma agulha, mas o meu veículo foi atingido por dois tiros. Graças a Deus saí
ileso”, relatou a vítima, em registro feito na 60ª DP (Campos Elíseos).
De acordo com quem trafega pela Washington Luiz, com frequência, tiroteios,
arrastões e sequestros-relâmpago são comuns. “Meu irmão foi rendido próximo a
Duque de Caxias na semana passada e só foi liberado uma hora depois na Favela
do Lixão. Ano passado, meu primo também foi vítima de sequestro. Além de
roubado, foi espancado e quase morreu”, lamentou o advogado R., de 42 anos.
Nessa mesma via, a subida da Serra de Petrópolis virou uma armadilha,
principalmente para caminhoneiros. “Já fui assaltado duas vezes naquela região.
Somos obrigados a subir devagar e, sem policiamento, viramos presas fáceis para
as quadrilhas que roubam cargas”, testemunha Messias Lima do Amaral, de 32
anos, reclamando do preço do pedágio. “Pagamos caro para não termos segurança
alguma”, desabafou.
A PRF afirma que além da BR-040, os outros pontos mais críticos em relação à
violência são a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), em toda a extensão da Baixada
Fluminense, e Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), em São Gonçalo. Em nota, a PRF
destaca a ousadia dos bandos. “Em quase todas as ocorrências há
enfrentamentos, com bandidos atirando contra os policiais”, diz o texto.
A Polícia Civil não informou sobre o andamento de investigações de assassinatos
nas rodovias. Sobre a morte de frei Moser, a Delegacia de Homicídios da Baixada
Fluminense (DHBF) ainda não tinha pistas dos matadores até sexta-feira.
Em 12 meses, 470 veículos roubados
Nas dez rodovias federais do Rio, 470 veículos foram roubados e recuperados ano
passado, 196 a mais que em 2014. Embora, segundo testemunhas, assaltos a
motoristas e, inclusive, passageiros de ônibus, sejam diários, poucos registram os
casos. Nos últimos dois anos, pouco mais de 120 vítimas procuraram delegacias.
“Os 19 mil petropolitanos que descem e sobem a serra todos os dias estão
apavorados. São reféns do medo, numa rodovia que cobra o segundo pedágio
mais caro do país (R$ 11,20)”, critica Fernando Varella, diretor da NovAmosanta,
uma Ong que cobra mais segurança e mobilidadade urbana. A Concer,
concessionária que administra a BR-040, alega não ter poder de polícia para coibir
crimes.
PRF prende 897 em um ano
A PRF conta atualmente com 750 policiais nas estradas federais do Rio, o
equivalente a um para cada dois quilômetros de malha. Em 2015, esse efetivo foi
responsável pela prisão de 897 acusados de diversos tipos de crimes (o dobro do
ano passado), incluindo homicídios, roubos e furtos de veículos, exploração
sexual e tráfico de drogas.
“O efetivo ainda não é o ideal. Mas, se necessário, a Coordenação Geral de
Operações, em Brasília, reforça o policiamento, com grupos de respostas rápidas”,
informou nota da assessoria de comunicação da corporação, que conta com um
helicóptero no Rio.
Ainda conforme a nota, 800 alunos estão sendo formados na Academia Nacional
da PRF, em Santa Catarina. Eles irão atuar nas fronteiras, mas parte do grupo será
enviado para o Rio.
De acordo com vítimas, os bandidos usam, além de fuzis e pistolas, armas de
choque elétrico para imobilizar motoristas.
22.03.2016
Estado de SP tem redução de mortes no trânsito
Dados divulgados pelo governo paulista nesta terça-feira, 22, apontam que as
mortes por acidentes de trânsito caíram 8% em fevereiro em todo o Estado. O
Índice do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado
de São Paulo (Infosiga-SP) registrou 414 óbitos no segundo mês do ano contra 449
em igual período do ano passado.
Dos óbitos registrados, 61% estão relacionados a colisões e atropelamentos. Em
78% dos casos as vítimas eram do sexo masculino e em 27%, jovens entre 18 e 29
anos. A maior parte das vítimas estava em motocicletas (29%), ou era pedestre
(26%).
Os acidentes tiveram queda expressiva de 22% – 14.678 contra 18.776. Lançado
no ultimo dia 23 de fevereiro, o Infosiga-SP é um relatório que traz informações
mensais sobre acidentes e óbitos em consequência de ocorrências no trânsito, em
todo o Estado. A publicação refere-se a dados do mês anterior e os informes dos
645 municípios do Estado de São Paulo ficam disponíveis na internet, no
endereçowww.infosiga.sp.gov.br. O documento apresenta faixa etária, gênero da
vítima, tipo do veículo envolvido e perfil do acidente.
Redução da violência
O governo atribui a queda da violência no trânsito às ações educativas e à Lei
Seca. A Operação Lei Seca, realizada conjuntamente pelo Detran-SP, polícias Civil,
Militar e Científica, já aplicou 74,1 mil testes de bafômetro em três anos. Os
exames resultaram em 7.651 autuações por embriaguez ao volante, sendo que
1.262 destes motoristas autuados cometeram crime de trânsito.
Entre 15 cidades conveniadas, São José do Rio Preto, Piedade e Catanduva já
apresentaram redução no número de mortes no trânsito. Em fevereiro de 2016,
foram 4, 3 e 1 mortes a menos, respectivamente, se comparadas a fevereiro de
2015. Catanduva, São Roque, São José do Rio Preto e Praia Grande, por ua vez,
também tiveram queda nos números, comparando-se fevereiro com janeiro deste
ano: 3, 3, 2 e 1. “Não podemos afirmar que esses resultados estão diretamente
ligados a operações realizadas após os convênios assinados, afinal não se
completou nem um mês da iniciativa, mas, certamente, são consequência do
comprometimento desses municípios com o objetivo do nosso programa”,
destacou Annenberg.
Os 15 municípios selecionados foram Amparo, Atibaia, Barretos, Catanduva,
Fernandópolis, Itanhaém, Jacareí, Piedade, Praia Grande, Registro, Ribeirão Preto,
São Carlos, São José do Rio Preto, São Roque e Sorocaba. No total, serão
destinados cerca de R$ 10,5 milhões de recursos do Estado para investimentos
nesses municípios, em iniciativas voltadas para fiscalização, sinalização e
educação no trânsito.
23.03.2016
Empresas de fretamento de São Paulo derrubam taxa de
fiscalização da ANTT
ADAMO BAZANI
Transportadores por fretamento do Estado de São Paulo estão momentaneamente
desobrigados a pagar taxa anual de R$ 1800 por veículo da frota cobrada pela
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres para serviços de transporte
rodoviário coletivo interestadual e Internacional de passageiros, seja em ônibus
ou vans.
A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do
Estado de São Paulo – Fresp afirma que conseguiu uma liminar (decisão
provisória) na Justiça contra a cobrança de taxa de fiscalização instituída pela Lei
12.966/14. O instrumento jurídico foi uma antecipação de tutela na Justiça
Federal
Cabe recurso da decisão.
Estão desobrigadas a pagar somente os transportadores associados aos sete
sindicatos que compõem a Fresp: Setfret, Sinfrecar, Sinfrepass, Sinfresan, Sinfret,
Sinfrevale, Transfretur. Com isso, as empresas associadas deverão pagar somente
o taxa de registro e renovação como era feito anteriormente.
Enquanto a decisão estiver valendo, a ANTT além de não cobrar a taxa, não
poderá incluir nenhuma dessas empresas no Cadin e no Serasa, nem impedir a
renovação de registro, autorização de viagem ou inclusão de veículo até decisão
final do processo.
Em nota, a diretora executiva da Fresp, Regina Rocha, diz que a cobrança era
injusta e que o valor deve ser proporcional ao número de viagens realizadas pelo
segmento.
“Os veículos de fretamento estão muito menos expostos à ação de fiscalização
principalmente em função da quantidade de viagens realizadas pelo setor. Ao
contrário do serviço regular que realiza centenas de viagens interestaduais e
internacionais diariamente Quem realiza mais viagens passíveis de fiscalização
paga mais do que aquele que realiza menos viagens. É o principio da
proporcionalidade. Também não houve nenhuma demonstração de como se
chegou a esse valor. Antes o setor pagava apenas R$ 200 para registro e
renovação (a cada dois anos) e R$ 10 por veículo. Mesmo com todas as
dificuldades que tivemos no início e que retardaram o resultado, conseguimos
essa antecipação de tutela que é muito importante para o setor e para os
deslocamentos turísticos, principalmente ”
24.03.2016
Estradas ruins fazem agricultores de MT pagarem mais
para escoar grãos
Escoar os grãos pelo trecho de 100 km de estrada de chão da MT-358 tem sido um
desafio para os produtores rurais da região de Tangará da Serra, a 242 km de
Cuiabá. Por causa das más condições na pista e dos atoleiros em consequência
das últimas chuvas, os caminhoneiros têm cobrado mais caro para transportar os
grãos produzidos. O preço, segundo eles, tem relação com a dificuldade para
trafegar no trecho.
De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), foram
realizadas manutenção nas rodovias não pavimentadas do estado, inclusive na
região de Tangará da Serra. Ainda segundo o órgão, no período chuvoso patrulhas
devem atuar de forma emergencial nos possíveis atoleiros.
O caminhoneiro Juarez Zambone se arriscou a fazer o trajeto. Depois de ficar dois
dias atolado em um trecho da rodovia, ele tenta retirar o barro dos pneus do
caminhão. Há seis anos, ele transporta grãos produzidos nas fazendas da região.
Segundo ele, na época em que a chuva não cessa, ficar atolado na rodovia é quase
certo.”
A maioria atola. Não tem como evitar. E, se conseguir evitar, o companheiro fica
atolado e você não passa”, conta.
No entanto, a produção precisa ser transportada. Os motoristas que resolvem se
arriscar na região acabam cobrando um preço maior pelo frete. Em relação ao
custo, o custo normal passou de R$ 30 para R$ 45 por tonelada.
André Ricardo Silva, que é gerente de uma propriedade rural, diz que não vê outra
alternativa se não pagar o valor cobrado. “O armazenamento na região é limitado.
E, se não consegue escoar, a soja acaba ficando ‘ardendo’ na roça”, afirma.
Há poucos metros do caminhão de Juarez, outro veículo está parado. O motorista
Fábio Fernandes fazia o primeiro frete na região e já teve prejuízos logo no início.
“Não vale a pena voltar aqui [na região]. E, se não melhorar, nenhum
caminhoneiro vai querer voltar”, afirma.Lucas Farias também é caminhoneiro. Já
fez o trajeto outras vezes e preferiu não se arriscar devido às condições da pista.
Segundo ele, a viagem não vale a pena. “É pneu que corta, calota que quebra,
lanterna que vai embora, mola que torce. No final das contas, não compensa”,
avalia.
Em uma fazenda da região, Isaías Henrique Neves monitora o clima para poder
liberar os caminhões carregados com a soja produzida. Segundo ele, na
propriedade mil hectares ainda não foram colhidos porque não há
escoamento.“Ninguém quer vir para cá”, argumenta, completando que sabendo
das condições da pista, os caminhoneiros desistem da viagem. “Tem gente que
vem e fica com a família quase uma semana sofrendo na estrada. Do jeito que
está, ninguém vem mesmo”, afirmou.
22.03.2016
ANTT abre chamamento para autorização especial no
transporte semiurbano de Timon (MA) e Teresina (PI)
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a abertura do
Chamamento Público nº 001/2016 para autorizar empresas a prestarem serviço
de transporte regular interestadual semiurbano de passageiros, operado com
ônibus urbano entre as localidades de Timon (MA) e Teresina (PI), sob o regime de
autorização especial, até finalização do processo licitatório, que se dará por meio
de um convênio de delegação.
O chamamento está aberto até o dia 5 de abril de 2016. Informações acerca do
processo e documentos necessários estão disponíveis no site da ANTT.
Toda a documentação para fins de habilitação ao chamamento deverá ser
endereçada à Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros (Supas),
mediante protocolo na ANTT (Setor de Clubes Esportivos Sul - SCES, lote 10,
trecho 03, Projeto Orla Polo 8 – Brasília (DF).
Os representantes legais das empresas interessadas participarão da sessão
pública, para abertura dos envelope, no dia 6 de abril de 2016, na sede da
Agência em Brasília, a partir das 14h.
Convênio – No último dia 18, a agência reguladora autorizou a formalização de
convênio de delegação entre a ANTT e o Consórcio Intermunicipal de Mobilidade
Urbana (Cimu/Timon-MA/Teresina-PI), para gestão, planejamento, regulação e
fiscalização do serviço de transporte rodoviário interestadual semiurbano
coletivo de passageiros, operado por ônibus do tipo urbano, no território dos
municípios de Timon e Teresina.
No segundo semestre de 2015, foram publicadas leis municipais de Timon e
Teresina que autorizam a constituição do Consórcio Intermunicipal de Mobilidade
Urbana entre os municípios (Lei Municipal nº 1.996, de 23 de outubro de 2015, e
Lei nº 4.857, de 29 de dezembro de 2015, respectivamente). Com isso, o
consórcio público vai administrar os serviços de transporte semiurbano de
passageiros entre essas localidades.
O convênio de delegação terá prazo de duração de 15 anos e não implicará
qualquer transferência de recursos financeiros entre seus participantes, devendo
cada um assumir as despesas e encargos decorrentes de sua participação
conforme o acordo.
Um plano de trabalho descreverá como se dará a execução do convênio. Nele
estarão previstas as etapas, objetivos e metas a serem atingidos e as datas
referenciadas a partir da assinatura do convênio de delegação. Além da transição
dos serviços, as principais etapas descritas no plano são: a assunção dos serviços
delegados pelo consórcio; a elaboração dos estudos para a licitação; a realização
da licitação dos serviços em até 18 meses, a contar do início da vigência do
convênio; a assinatura do contrato de permissão; o início da operação; e o
acompanhamento dos serviços.
Caberá também ao Cimu a elaboração e execução da política tarifária para os
serviços delegados, promovendo estudos, definindo os parâmetros tarifários e
realizar as revisões e os reajustes devidos. Deverá ainda gerir eventuais
reclamações sobre o sistema e acolher as sugestões, bem como fiscalizar o devido
cumprimento das obrigações delegadas, apurando infrações, aplicando
penalidades, realizando medidas administrativas e recolhendo multas.
A ANTT realiza a delegação conforme as diretrizes do art. 12, I, e art. 24,
parágrafo único, I, da Lei nº 10.233/2001.
20.03.2016
Caminhoneiro perde a CNH após evadir o pedágio mais de
3.400 vezes
Um caminhoneiro recordista em ‘furar’ pedágios foi detido, na noite de sexta-feira
(18), na rodovia Presidente Dutra, no trecho de Jacareí. Segundo a PRF (Polícia
Rodoviária Federal), os policiais receberam a informação de que um veículo teria
furado a praça de pedágio na cidade, sem efetuar o pagamento.
O caminhoneiro ainda tentou fugir da polícia. Ao abordar o motorista, a PRF
constatou que o veículo possuía 3.433 registros de evasões das praças de
pedágio. O valor dos ‘furos’ chega a mais de R$ 34 mil. Os policiais também
tentaram realizar o teste do bafômetro, mas o motorista se recusou. Ainda
segundo a PRF, o veículo foi apreendido.
Com a recusa no teste do bafômetro, o motorista foi autuado pela infração. Ele foi
multado em mais de R$ 4 mil e teve a carteira de habilitação apreendida. A PRF
informou que a CNH será suspensa. O caminhoneiro também responderá
judicialmente por infração grave de trânsito.
21.03.2016
Percalços nos trilhos dos VLT
Pontos-Chave:
1) Será a Resolução CONTRAN, ora em discussão, mais um percalço nos trilhos
dos VLTs brasileiros?
2) Será mesmo necessário emplacamento, retrovisor, retrorrefletores,
detalhadas especificações de treinamento, CAT, etc. etc?
3) A preocupação de fabricantes e concessionários é com o aumento de custos
e, principalmente, com o alargamento e imprevisibilidade dos cronogramas
de implantação: Eventualmente uma má notícia para a mobilidade (ou
imobilidade!) urbana brasileira. Acalentados há algumas décadas, e esperança do
tal legado da Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), os veículos leves sobre
trilhos – VLT entraram no cardápio de soluções para o transporte público das
cidades brasileiras; mormente nas suas regiões metropolitanas.
Trata-se de alternativa de média capacidade, largamente
adotada mundo afora. No caso brasileiro, eles vêm
sendo concebidos e implementados como opção
estruturante de sistemas integrados (em companhia de
metrôs, trens metropolitanos e regionais, e BRTs).
Os cronogramas de implantação dos VLTs brasileiros
não são exceção: como o de diversos projetos de metrôs
e ferrovias nacionais, vêm passando por inúmeras paralizações, retomadas,
modificações, adiamentos, paralizações...
Mas, agora, começam a ser concluídos, ainda que parcialmente, e a entrar em
operação. É o caso do VLT da Baixada Santista e do VLT Carioca. Mas há, ainda,
uma barreira a ser ultrapassada: A regulamentação do DENATRAN, ora em
discussão.
Destarte, uma inevitável pergunta: Por que tal norma já não está em vigor? Não
teria sido mais adequado que já fosse realidade enquanto os projetos estavam
sendo implantados?
Por ser “... veículo que compartilha a mesma via, concorrendo com outros tipos
de veículos e pedestre, em faixas segregadas ou não” (Art. 2º), tal regulamentação
é imprescindível; inclusive para compatibilizar o novo sistema com as regras de
operação, circulação e de convívio hoje vigentes. Seu Anexo-II, aliás, já adianta
novos itens pictóricos a serem agregados à existente sinalização.
Mas a norma avança, também, sobre aspectos relacionados ao veículo. E, aí, a
impressão que fica é que sua concepção não distingue o novo-tradicional
equipamento/sistema de veículos singulares e de condução autônoma no nosso
trânsito diário: automóveis, ônibus, caminhões, vans, motos, bicicletas, etc.
Tampouco que tais sistemas são objeto de concessões, geridos por pessoas
jurídicas (claramente identificadas), operados centralizadamente (com concurso
de moderna tecnologia), e envolvendo apenas veículos guiados (portanto
facilmente identificados e localizáveis).Qual o sentido, p.ex., de placas veiculares
(Art. 3º; XXIII e XXIV)? Essa não é prática usual ao menos nos principais VLTs
europeus. Multa? Não haveria a menor dificuldade para se identificar o veículo
(sempre numerados/codificados) e enviá-la à empresa concessionária/operadora.
Aliás, por que não excepcionalizá-los como “tratores, veículos protótipos
utilizados exclusivamente para competições esportivas e viaturas militares
operacionais das Forças Armadas”, como o faz a Resolução CONTRAN nº 24, de
21/MAI/1998 (Art.1º; § único), mencionada na própria minuta de resolução (Art.
4º)? Ou, mesmo, veículos metro-ferroviários? Ou, ainda, a bondes (pais/avós dos
VLTs), conforme estatui também a própria minuta de Resolução (art. 17)?
Na mesma linha, para que espelhos retrovisores (Art. 3º; II) em veículos de 30 a
40 metros? Por que exigir-se retrorrefletores (Art. 3º; XII) em veículos que tem
toda a iluminação de uma cabine em cada extremidade? Será que as empresas não
teriam cuidado suficiente para capacitar seus operadores: para que as detalhadas
exigências de treinamento (Anexo-I)? Em tempo: A tradição metro-ferroviária
indica justamente o contrário!Por outro lado, pelo art. 7º o VLT “deverá obter
código de marca/modelo/versão específico, o qual deve ser concedido
conjuntamente à emissão do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito –
CAT... para efeito de registro e licenciamento no Sistema Nacional de Trânsito”.
Não se trata de uma exigência desnecessária para um veículo de tecnologias
consagradas e, que mesmo assim, passa por longos de períodos (vários meses) de
teste dos seus “cabeça de série”?
Vale lembrar que, posteriormente, cada veículo é ainda submetido a teste de
série, seguindo as diversas normas brasileiras e internacionais aplicáveis (ABNT,
EN, ISO, IEC, NF F, STM UIC...). Além disso, se não todos, os principais fabricantes
possuem as diversas certificações do Padrão-ISO de qualidade.Difícil entende-lo!
Há, ainda, diversos aspectos, mais complexos, que fabricantes e concessionários
vêm como excessivos ou inadequados para o caso; com os testes de flamabilidade
(Art. 6º). Propõem soluções alternativas.
Vale registrar, ainda, que tais normas estão previstas não apenas para os veículos
e sistemas em projeto; mas, também, para aqueles “já implantados no País ou em
fase final de implantação que fazem uso do VLT” (Art. 16). Ainda que tendo prazo
para se adequar, será que este não é mais um exemplo a confirmar a clássica frase
do ex-Ministro Malan: “No Brasil, até o passado é incerto”?
A preocupação, em todos os casos, é que tais exigências, muitas delas até
discutíveis sob aspectos técnicos e operacionais, possam aumentar custos e,
principalmente alongar e introduzir mais imprevisibilidade nos cronogramas de
implantação: Eventualmente uma má notícia para a mobilidade (ou imobilidade!)
urbana brasileira.
Frederico Bussinger é Engenheiro, Consultor Técnico e ex-Secretário
Municipal dos Transportes de SP
24.03.2016 Campanha Educativa pela segurança de todos
Via 040 e ANTT levarão aos usuários conceitos para condutas responsáveis na
BR-040
Oferecer aos usuários uma estrada segura e com boas condições de tráfego,
fatores que garantem uma viagem tranquila, é um trabalho diário da Via 040. No
entanto, a segurança viária depende também de esforços conjuntos de
motoristas, passageiros e pedestres. Buscando ampliar essa conscientização, a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Via 040 promovem uma
campanha educativa que reforça, por exemplo, a prudência ao volante e o
respeito à sinalização. A mobilização ocorrerá entre 24/03 e 15/04 e será
realizada em postos de combustíveis e restaurantes localizados em pontos
estratégicos da rodovia, além de escolas públicas da rede municipal das cidades
ao longo da BR-040.
José Aparecido de Oliveira, diretor de operações da Via 040, afirma que o objetivo
da parceria entre Concessionária e ANTT é ampliar o conhecimento em relação às
boas práticas de trânsito e trafegabilidade. “A ação visa a reforçar
comportamentos seguros e indispensáveis para os usuários da BR-040. Tendo em
mente que a segurança se faz também com consciência e respeito, todos devem
trabalhar em prol desses conceitos”, destaca.
As ações serão segmentadas e incentivarão a adoção de comportamentos
indispensáveis para a segurança viária a cada um dos públicos-alvo da rodovia:
motoristas profissionais, condutores de veículos de passeio e comunidades,
convidando-os a participarem de forma ativa. A ideia é que os usuários
compartilhem o aprendizado repassado e reforcem a conscientização sobre o
tema.
Para Marcelo Alcides dos Santos, coordenador da ANTT em Minas Gerais, o
trabalho em conjunto com a Via 040 enfatiza que a segurança e o respeito às leis
de trânsito são fundamentais para os padrões que estão sendo implantados na
rodovia.“Essa mobilização alcançará os diversos públicos da BR-040 destacando
os princípios que incentivam o respeito entre as partes integrantes da rodovia.
Segurança é sinal de cuidado, por isso, todos são responsáveis”, alerta.
Estratégias da campanha
Colaboradores da Via 040 convidarão os usuários a participar de um jogo de
perguntas e respostas sobre segurança viária. Além de relembrar regras de
trânsito importantes, os participantes ganharão brindes educativos. Nas
comunidades atendidas pela rodovia, a campanha visitará escolas, incentivando o
comportamento responsável por meio de brincadeiras e jogos. Os estudantes
ganharão um álbum de figurinhas com dicas de segurança para levarem para casa
e envolver toda a família no aprendizado.
22.03.2016 Setor do transporte investe mais para racionalizar
consumo da água
A escassez de água é um
problema que preocupa o
mundo. Relatório da ONU
(Organização das Nações
Unidas), publicado em 2015,
alerta que, até 2050, duas em
cada três pessoas serão
afetadas pela insuficiência de
recursos hídricos no planeta.
No setor de transporte, o
cuidado com o tema tem
levado empresas a ampliarem
investimentos e adotarem
medidas para racionalizar o
uso da água, entre outros recursos naturais, e, assim, reduzir os impactos
ambientais da atividade.
A Sondagem CNT de Eficiência Energética no Transporte Rodoviário de Cargas,
elaborada pela Confederação Nacional do Transporte, aponta que 44,5% das
empresas do segmento implementa algum tipo de ação para reaproveitar os
recursos. Dessas, 83,1% têm medidas para reuso de água.
Reuso gera economia
Exemplo disso é a Auto Viação Urubupungá, que opera com o transporte coletivo
urbano e interurbano de passageiros na Grande São Paulo. A empresa tem a
primeira garagem de ônibus do Brasil (e o 100º empreendimento do país) a
receber a certificação LEED, (Liderança em Energia e Design Ambiental, na sigla
em inglês), um reconhecimento internacional pela sustentabilidade da edificação.
A garagem foi projetada para otimizar recursos hídricos e energéticos.
“O investimento ficou 4,2% acima do valor de uma obra normal, mas isso se
compensa ao longo dos anos”, explica o gerente geral da unidade, Miguel Batista
de Albuquerque. A estrutura conta com um sistema de coleta e armazenamento
de água da chuva, com 700 mil litros de capacidade. Também há um sistema de
tratamento, com capacidade para recuperar até 14 mil litros por hora. É daí que
vem a água utilizada na lavagem diária dos 260 ônibus da empresa (20% dos quais
trafegam em vias sem pavimentação).
Com isso, 80 mil litros de água deixam de ser captados da rede de abastecimento
todos os dias (são 2,4 milhões de litros por mês). “Nós utilizamos a água da chuva
para a manutenção da frota. Depois, ela passa por novos tratamentos. Quando
chega num ponto de estagnação, após 20 ou 25 dias, tratamos pela última vez e
descartamos”, explica Miguel. Segundo ele, o custo de manutenção mensal desse
sistema equivale a um terço do valor que a empresa desembolsaria se utilizasse a
rede de abastecimento que hoje alimenta somente bebedouros, cozinha e
vestiários. Isso significou uma redução de quase 50% no consumo de água
potável.
Pesquisa de autoria do engenheiro Eduardo Bronzatti Morelli para a Poli-USP
(Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) indica que, na lavagem de
veículos, é possível reutilizar a água até seis vezes. Isso permite uma redução de
70 a 80% nesse custo.
Na HP Transportes Coletivos, em Goiânia (GO), o sistema de reuso da água
permite uma economia de aproximadamente 5,2 milhões de litros por mês. A
empresa tem uma frota de 430 ônibus. “Toda água do lavador escoa para um
sistema que a leva para o reciclador. Então ela é armazenada e reaproveitada,
reduzindo o consumo”, explica Grace Cury, coordenadora de Segurança e Meio
Ambiente. Ela afirma, ainda, que há um compromisso, também, com a redução na
geração de resíduos e na destinação correta do que não se pode diminuir. “Gera-
se muito resíduo contaminado, pela essência do processo, como óleos. Então,
buscamos diminuir essa geração e destinar o máximo possível para reciclagem”,
reforça.
Consciência da escassez
Para o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB
(Universidade de Brasília) Oscar Cordeiro Netto, no Brasil, com exceção de quem
vive no semiárido nordestino, a noção de escassez da água é algo recente. Ele
critica a forma individualizada com que os diferentes segmentos sociais tratam
do tema: “essa tomada de consciência ainda não aconteceu. As visões não podem
ser distintas, elas têm de ser complementares”. Afinal, a mesma água que chega
na torneira de casa é utilizada na agropecuária, na indústria, no transporte, na
geração de energia elétrica, entre outros. “O que temos que aprender é a conviver
com esse recurso ambiental sabendo que ele é limitado, que será cada vez mais
valorizável e que temos que gerir de uma forma integrada”, defende
Miguel Batista, da Urubupungá Transportes, lembra que, para além da economia
financeira, está o impacto social das medidas que racionalizaram o uso desse
recurso. “Imagina, com essa crise de água o estado de São Paulo, retirar 80 mil
litros, diariamente, da comunidade que está no entorno. Iria criar um problema
social muito grande”, diz. “É importante ter essa consciência, porque chega uma
hora que o recurso esgota. E alguém vai pagar essa conta. Então, todos
começarem a olhar um pouco para o seu negócio e ver o que podem otimizar para
trazer algum retorno para a sociedade, para a comunidade e para o planeta, é algo
fundamental”, complementa.
23.03.2016
Dilma sanciona lei que permite aumento de biodiesel no
óleo diesel
ADAMO BAZANI
A presidente Dilma Rousseff
sancionou nesta quarta-feira,
23 de março de 2016, o
projeto de lei que autoriza a
mistura maior de biodiesel
ao óleo diesel vendido no
país ao consumidor final.
O plenário da Câmara já
tinha aprovado o projeto de
lei do Senado Federal PLS
3834 de 2015 no último dia 3 de março.
Atualmente são adicionados 7% de biodiesel ao óleo diesel convencional. Este
percentual poderá subir para 8% até 2017, para 9% até 2018 e para 10% até 2019.
O texto ainda permite que o percentual suba para 15% se os testes nos motores de
ônibus e caminhões mostrarem viabilidade. Para isso também é necessário ter o
aval do Conselho Nacional de Política Energética.
O Conselho Nacional de Política Energética também pode autorizar pela lei que,
de maneira voluntária, empresas de ônibus urbanos e metropolitanos, adicionem
uma quantidade ainda maior de biodiesel ao óleo diesel. A possibilidade também
é prevista nos setores de navegação interior, equipamentos de extração material,
geração de energia elétrica, tratores e outros equipamentos agrícolas.
ECONOMIA E MENOS POLUIÇÃO:
O Ministério de Minas e Energia diz que o aumento do percentual de biodiesel no
óleo diesel convencional pode fazer com que os níveis de poluição de veículos de
grande porte sejam reduzidos. Além disso, de acordo com a pasta, entre os anos
de 2007, quando o governo lançou o Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel – PNPB e 2014, o país economizou US$ 5,3 bilhões com importação de
óleo diesel.
24.03.2016
Em Londres, quantidade de ciclistas triplica enquanto a de
motoristas cai pela metade
A tendência é mundial e já foi até comprovada por estudos científicos: faça
ciclovias que os ciclistas virão! Trocar o carro pela bicicleta nos afazeres do dia a
dia ajuda a melhorar o trânsito, sua saúde e o ar da cidade. Ou seja, todos saem
ganhando!
A Noruega declarou recentemente que irá investir US$ 1 bilhão em ciclovias.
Londres também já investiu muito em infraestrutura para ciclistas no passado e
hoje colhe os frutos positivos. Os esforços começaram no início dos anos 2000, e
de lá para cá o número de motoristas caiu de 137 mil para 64 mil — menos que a
metade. Enquanto isso, a quantidade de ciclistas aumentou de 12 mil para 36 mil,
no mesmo período.
Os números são do Transport for London, órgão responsável pela mobilidade da
capital da Inglaterra, e comprovam: os usuários dos carros migraram para a bike
ou transporte público em massa. “Conquista pioneira para cidades grandes”,
celebra a entidade.
Apesar dos bons números, por lá ninguém se acomoda e os investimentos no
setor estão longe de acabar. Existe uma nova ciclovia que atravessa a ponte
Vauxhall, recém-inaugurada, e outras estão previstas para ficar prontas durante o
verão local (nosso inverno).
Há quem reclame de tantos investimentos e acredita que as ciclovias pioram o
trânsito para os motoristas. Mas é exatamente por causa dessas políticas públicas
que aos poucos os cidadãos mudam o seu modo de pensar e de se locomover pela
cidade. Uma coisa leva a outra e, quando se vê, novos (e melhores) hábitos
surgem.
AGENDA 2016
Março
87ª Reunião do Fórum Nacional de
Secretários e Dirigentes Públicos de
Mobilidade Urbana
28 de março - em Curitiba
Seminário “Desafios e Oportunidades
para a Adaptação da Mobilidade Urbana às Mudanças Climáticas
30 de março- em Brasília, DF
Audiência sobre “Novos Investimentos nos contratos de
Concessão Nova Dutra”
31 de março- São Paulo – (Auditório do Instituto de Engenharia)
9h às 13h
Audiência sobre “Novos Investimentos nos contratos de
Concessão Nova Dutra”
7 de abril – Rio de Janeiro (Salão de eventos da Associação Comercial
do Rio de Janeiro)
Data: 7 de abril de 2016
14h às 18h