atps gestão neg.internac

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INTRODUÇÃO Nesse cenário iremos compreender como as tecnologias associadas aos instrumentos, técnicas e estratégias utilizadas na busca da qualidade, produtividade e competitividade nas empresas são de extrema importância tanto na introdução no mercado quanto à sua permanência. Também poderá ser compreendido como é feita a produção de um plano de internacionalização. Além do objetivo de apresentar os planos estratégicos e as conquistas de uma empresa dentro do mercado exportador. Com a elaboração deste trabalho, pretendesse informar um pouco mais sobre o "imenso" mundo das exportações, e assim poder cooperar para que outras empresas busquem as características, estratégias e informações necessárias, para que a exportação seja uma oportunidade de crescimento e otimização dos lucros.

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Atps Gestão Neg.internac

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INTRODUO

Nesse cenrio iremos compreender como as tecnologias associadas aos instrumentos, tcnicas e estratgias utilizadas na busca da qualidade, produtividade e competitividade nas empresas so de extrema importncia tanto na introduo no mercado quanto sua permanncia. Tambm poder ser compreendido como feita a produo de um plano de internacionalizao.Alm do objetivo de apresentar os planos estratgicos e as conquistas de uma empresa dentro do mercado exportador.Com a elaborao deste trabalho, pretendesse informar um pouco mais sobre o "imenso" mundo das exportaes, e assim poder cooperar para que outras empresas busquem as caractersticas, estratgias e informaes necessrias, para que a exportao seja uma oportunidade de crescimento e otimizao dos lucros.

APRESENTAO DA EMPRESA

Razo Social: NATURA COSMTICOS S/ANome Fantasia: NATURA

Atividade: Comrcio atacadista de cosmticos e produtos de perfumaria, sendo seus produtos de perfil internacional onde atinge o padro mnimo de qualidade, no sendo necessrias modificaes para se adequar ao mercado global. A Natura atua no competitivo mercado de cosmticos desde o final da dcada de 60, em um ramo de negcio caracterizado originalmente no Brasil pela comercializao em grandes varejos como supermercados e farmcias com produtos mais populares e produzidos em grande escala por empresas multinacionais ou por sofisticadas lojas de perfume com produtos importados. A empresa cresceu neste ambiente at os anos 80, quando a competio ficou mais acirrada principalmente com o incio do processo de globalizao. Como forma de sobreviver, a empresa optou por internacionalizar-se e abrir seu capital, mas mantendo sempre sua caracterstica voltada para a diferenciao de seus produtos. Sendo a Natura hoje definida como empresa de Marketing.

Histria da empresa com base em fontes do relatrio anual de 2006 (Natura, 2007):

1969 Antonio Luiz da Cunha Seabra funda a Natura, empresa constituda por uma loja e um laboratrio em So Paulo;

1974 A empresa decide optar pela venda direta por meio das Consultoras;

1979 A Natura entra no mercado masculino, com o lanamento da linha Sr. N. Com a criao de novas empresas, formado o Sistema Natura;

1981 Entra no mercado de maquiagem e perfumaria;

1982 Inicia suas operaes no Chile, marcando a primeira tentativa da empresa no exterior;1983 Torna- se pioneira entra os fabricantes brasileiros de bens de consumo de uso continuo, em venda de produtos com refil. Com o lanamento da linha Sve abre um nicho de leos para banho;

1984 Lanamento da linha Erva Doce;

1986 - Lanamento do Chronos, tratamento anti-sinais, primeiro produto de uma linha de hidratantes para o rosto;

1989 Fuso das empresas que formavam o Sistema Natura;

1990 - A Natura explicita sua Razo de Ser e suas Crenas: a importncia das relaes, o compromisso com a verdade, o aperfeioamento contnuo, o estmulo diversidade, a valorizao da beleza sem esteretipos ou manipulaes e a empresa como promotora do enriquecimento social;

1992 Surge o conceito Mulher Bonita de Verdade;

1994 - Lanamento da linha Mame e Beb, com a misso de contribuir para o fortalecimento do vnculo entre pais e filhos;

1995 - Criao do Programa Crer para Ver, com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino pblico no Brasil;

1998 Criao do Conselho de Administrao;

2000 - Lanamento da linha Natura Ekos, com o uso sustentvel de ativos da biodiversidade brasileira;

2001 - Inaugurao do Espao Natura Cajamar, municpio da Regio Metropolitana de So Paulo. A Natura publica o primeiro Relatrio Anual da Amrica Latina seguindo o modelo da Global Reporting Initiative (GRI), que desenvolve modelos de relatrios voluntrios sobre o impacto social e ambiental das atividades das empresas; 2004 - Abertura de capital, com aes negociadas no mercado da Bovespa. Obteno da certificao NBR ISSO 14001;

2005 - Inaugurao da Casa Natura em Paris e incio das operaes no Mxico. Lanamentodo Chronos Spilol, o primeiro cosmtico anti-sinais que utiliza um ativo originrio da biodiversidade brasileira, extrado do jambu (Spilanthes oleracea), planta daAmaznia. Obteno da certificao NBR ISSO 9001;

2006 - Fim dos testes em animais. Inaugurao do Centro de Tecnologia e incio das vendas em Paris. Inaugurao da primeira Casa Natura do Brasil, em Campinas (SP). Incio da operao de fbrica de massa de sabonete em Benevides (PA). Acordo de repartio de benefcios por acesso ao conhecimento tradicional difuso associado ao patrimnio gentico, pioneiro no Brasil. Os produtos Natura so as mais importantes expresses do conceito Bem Estar Bem, por isso, manter seu alto padro de qualidade uma prioridade absoluta. Trabalhamos para garantir a segurana dos ingredientes, produtos e processos de fabricao, com foco sempre na sade e segurana dos consumidores. Com o avano da cincia, novos e diferentes estudos surgem frequentemente, levantando controvrsias que no alcanam um consenso na comunidade cientfica. Nesses casos, optamos por nos posicionar publicamente, reforando a transparncia das nossas escolhas, feitas com base na tica e na coerncia. Queremos assegurar aos consumidores que, ao adquirir um produto Natura, ele dispe do que h de melhor e mais inovador, tanto em termos de eficcia quanto de segurana. Sobre a Natura h diferentes temas controversos relacionados segurana de produtos. Mais do que dar respostas aos consumidores, a Natura acredita que preciso direcionar aes para o desenvolvimento da sociedade como um todo, construindo um futuro sustentvel.

PRODUTOS Portflio de produtos que inclui solues para diversas necessidades dos nossos consumidores, homens e mulheres de todas as idades, tais como produtos de tratamento da pele do rosto e do corpo, cuidado e tratamento dos cabelos, maquiagem, perfumaria, produtos para o banho, proteo solar, higiene oral e linhas infantis.

Principais linhas de produtos so:Mame e Beb uma linha de produtos para higiene pessoal foi desenvolvida para afirmar o valor do vnculo existente entre me e filho, que se inicia na gravidez, inclusive no tocante importncia desse relacionamento na formao da personalidade e na contribuio para a felicidade. Os ingredientes, texturas, fragrncias, cores, formas e funes desses produtos so desenvolvidos para evocar a ternura do cuidado da me para com seu filho. Inclu produtos para o beb e para a mulher grvida.

Fragrncias e perfumes, onde h uma ampla e variada seleo em que se oferecem alternativas para ambos os sexos, todas as idades e estilos, contemplando as diferenas nas preferncias dos consumidores. Fragrncias, perfumes, desodorantes e emulses hidratantes perfumadas, com ampla variao de preo, embalagem e modo e utilizao.

Chronos, essas linha oferece uma gama completa de opes para tratamento da pele do rosto, desenvolvidas para mulheres com mais de 30 anos. Chronos afirma a beleza das mulheres em todos os estgios de suas vidas e alinha tecnologia para tratamento da pele com a rejeio de esteretipos sobre beleza. Esta linha inclui uma variedade de produtos de limpeza, tonificao e hidratao da pele, alm de produtos anti-sinais, divididos em categorias para mulheres de diferentes faixas etrias.

Natura Ekos, produtos de perfumaria, higiene pessoal e ambientao onde utilizam recursos da rica biodiversidade brasileira e inspirada pelo conhecimento tradicional das propriedades e usos de nossas plantas. Com esta linha buscamos aumentar a conscincia da riqueza de nosso patrimnio ambiental e obter ingredientes naturais de maneira sustentvel, de modo a preservar esse patrimnio para as geraes futuras e estimular o desenvolvimento e a qualidade de vida nas comunidades que cultivam ou extraem esses ingredientes. Em linha com o conceito de sustentabilidade, os produtos Natura Ekos so biodegradveis e utilizam vidros e embalagens que contm material reciclado e refis que, alm da diminuio do impacto ambiental, aumentam nossa competitividade, oferecendo economia e aproveitamento de embalagens. Natura Ekos cobre a maior parte dos segmentos de mercado nos quais atuamos, incluindo sabonetes, shampoos, condicionadores, hidratantes e perfumes. Onde recentemente foi lanado o Perfume do Brasil e a gua de Banho.

Tododia, essa linha oferece uma grande variedade de produtos desenvolvidos para uso dirio em diversos segmentos. Esta linha segue uma tendncia mundial no uso cosmtico de ingredientes naturais, como leite, acar e o mel.

Faces de Natura, linha completa de cosmticos e produtos de higiene pessoal, desenvolvidos para refletir o ritmo de vida da jovem mulher moderna. Gama de produtos para tratamento de pele, cosmticos e fragrncias todos prticos, fceis de usar e facilmente combinveis com outros produtos dentro da linha, de acordo com as preferncias pessoais e inspirao da mulher jovem.

Natura nica uma linha de produtos de maquiagem premium Natura nica estimula a auto-realizao e a descoberta da beleza nica de cada mulher, valorizando diversas belezas, raas e estilos. Utilizando tecnologia por ns desenvolvida, estes cosmticos contm ingredientes que tratam e protegem a pele, e usam frmulas testadas. Essa linha inclui produtos para o rosto, olhos e lbios.

Com o mesmo cuidado com que desenvolvemos nossas frmulas, nos ocupamos das embalagens de nossos produtos, para que elas reflitam a atratividade e o impacto positivo dos valores de nossa Companhia, bem com nossa preocupao com a responsabilidade ambiental. Fomos pioneiros, em 1983, no uso de refis para nossos produtos de maior consumo. Essa medida reflete expressivamente nosso comprometimento com a questo ambiental.

PREO DE EXPORTAOPara determinar o preo de exportao necessita de um estudo detalhado das condies de mercado, respeitando as peculiaridades de cada pas alvo, viabilizando o esforo exportador sem acarretar prejuzos empresa. No deixando de salientar que o preo um fator fundamental para as condies de competio do produto a ser exportado. Vamos verificar normalmente a influncia na sua determinao:

o custo de produo e a aplicao de lucro mximo, que tendem a elev-lo. Por outro lado, as presses competitivas no mercado internacional levam sua reduo; os benefcios fiscais e financeiros aplicveis exportao, no sentido de proporcionar maior competitividade externa;

conhecimento da estrutura de custos internos da empresa, que imprescindvel para a formao do preo de exportao; estratgia de comercializao do produto;

competio imposta pelo mercado internacional o principal fator de controle do preo de exportao e da qualidade do produto;

custo de produo;

esquema de financiamento exportao;

despesas de exportao (paletizao, embalagem especfica para exportao, armazenagem, despesas com despachantes, transportes e seguros internos da empresa at o local do embarque, despesas cambiais / financeiras, certificaes etc);

excluir as parcelas que compem normalmente o preo do produto no mercado interno, mas que no estaro presentes no preo de exportao.Como por exemplo: ICMS, IPI, PIS, COFINS, etc;

o exportador ser responsvel por todas as despesas at o embarque da mercadoria a bordo, incluindo despesas com emisso de documentos, transporte seguro at o local de embarque, desembarao etc.

PRODUTO: Colnia infantil Linha Mame e BebPreo mercado interno: Preo de exportao do produto (EXW):

A marca no mercado-alvo Natura amplia produo no exterior e diz que Custo Brasil alto.A Natura, lder brasileira do segmento de cosmticos, comeou a produzir ao longo de 2011, algumas linhas de seus produtos na Colmbia e Mxico. A produo estrangeira da companhia tambm comeou na Argentina.

Segundo Alessandro Carlucci, presidente da empresa, a princpio a produo vai atender os pases da Amrica Latina, onde a Natura est presente.

A produo nos dois pases inicialmente foi feita por meio de parcerias. Neste primeiro momento, a Natura descarta qualquer possibilidade de instalar fbricas nas regies. Na Colmbia, sero produzidas as linhas de maquiagem, sabonete e cremes, perfumes e protetor solar e, no Mxico, xampus e perfumaria. "A produo visa reduo de custos e tambm diminuio do impacto ambiental, afirmou Carlucci.

Balano

Em 2010, as operaes da Natura na Argentina, Chile e Peru, pases onde os negcios j esto consolidados, somaram receita lquida de quase 256 milhes de reais, alta de 17% na comparao com o ano anterior. "Este foi o primeiro ano em que os trs pases registraram resultados positivos para a Natura", disse o executivo. O resultado dividido por cada regio, no entanto, a Natura no divulga.No ano passado, a Natura somou receita lquida de 5, 1 bilhes de reais. Na comparao com o ano anterior, houve crescimento de 21% no faturamento da companhia. O lucro lquido atingiu 744 milhes de reais, alta de 8,8 em relao a 2009.

PLANO DE INTERNACIONALIZAO

O comrcio em mercados estrangeiros no uma novidade, alis, j existia desde a antiguidade e em uma verso mais contempornea o prprio perodo conhecido como mercantilismo, termo criado por Adams Smith em 1776 que retrata o conjunto de prticas e ideias econmicas desenvolvidas na Europa entre o sc. XV e XVIII, j corroboravam com essa ideia na quais diversas naes e empresas que participaram ativamente nas atividades vinculadas ao comrcio exterior enriqueceram vertiginosamente. Temos exemplos deste perodo, no qual naes como Portugal, Espanha, Holanda, Frana e Inglaterra, ou mesmo organizaes como a Companhia das ndias Orientais tiveram papel de destaque na histria. O economista David Ricardo (1772-1823) atravs do conceito de vantagens comparativas demonstrou claramente as vantagens obtidas pelo comrcio aos pases ou reinos envolvidos nesta atividade. Atualmente, a partir da nova estrutura socioeconmica conhecida como Globalizao, verifica-se o aumento da competio entre empresas e mesmo pases onde se requer cada vez mais, que as organizaes estejam preparadas para atuarem em um mercado que demanda por: aumento da produtividade, conquista de mercados mais slidos, e agregao de valor aos produtos, como forma de perpetuao frente a este mercado to disputado. O Brasil durante muito tempo foi um mercado fechado e com uma poltica protecionista em relao a suas empresas nacionais e hoje um pas em desenvolvimento, uma economia emergente, e algumas de suas empresas esto entrando gradualmente em mercados nos quais firmas de outros pases j esto estabelecidas.

Diversas publicaes, tanto empresariais como acadmicas, destacam as presses crescentes sobre o mercado domstico brasileiro que entre outros fatores resultam na escolha da internacionalizao como estratgia de sobrevivncia, entretanto, o incio do processo de internacionalizao um desafio para as empresas brasileiras devido defasagem tecnolgica e ao desconhecimento sobre mercados internacionais, aliado a isso temos tambm outro entrave que a questo da marca Brasil, na qual habitualmente somos identificados com a imagem do futebol e do carnaval, alm de ser um pas subdesenvolvido. Para as empresas nacionais que buscam a internacionalizao, alm dos desafios naturais que uma empresa enfrenta neste processo, as organizaes brasileiras precisam construir uma imagem positiva do produto no exterior. O processo de internacionalizao de uma empresa traz muitas vantagens, entre elas o crescimento da competitividade, ampliao e diversificao de mercado, dentre outras.PESQUISA E OBJETIVO

Devido tmida atuao das empresas brasileiras no sentido de enfrentar a concorrncia por meio da internacionalizao de suas operaes surgem vrias indagaes sobre os casos existentes, entre elas, se a prtica adotada por empresas brasileiras retrata as teorias existentes ou se seguem por caminhos distintos. Delimitando este tema focamos na questo de pesquisa de como mercados diferentes afetam a estratgia de posicionamento da marca no processo de internacionalizao da empresa. Nosso objetivo, portanto, entender como a varivel tipo de mercado afeta a estratgia de posicionamento da marca no processo de internacionalizao das empresas.

POSICIONAMENTO E MARCA A criao de valor, para um produto ou marca, e o posicionamento da empresa no mercado so estratgias empresariais amplamente utilizadas pelas organizaes e no processo de internacionalizao de empresas estas questes so retomadas em funo do novo mercado a ser atingido.

INTERNACIONALIZAO COMO ESTRATGIA DA EMPRESA

Estratgia ligada internacionalizao de suas operaes, primeiramente no mercado latino americano e posteriormente no europeu com vistas a expanso de mercado e como forma de adquirir competncias competitivas para manter o mercado domstico frente aos grandes grupos internacionais que disputam o mercado. Destaque para a diferenciao no canal de distribuio adotado no mercado europeu, por meio de venda em loja fsica, por no fazer parte da cultura da empresa.

DESAFIOS

Continuar inovando sua linha de produtos; manter crescimento de mercado; manter seu compromisso de sustentabilidade junto s comunidades extrativistas; continuar investindo no processo de internacionalizao das operaes; recuperar o desempenho financeiro; promover mudanas organizacionais.

PROCESSO DE INTERNACIONALIZAO DA EMPRESA NATURA

A Natura buscou por meio do processo de internacionalizao resistir investida das empresas estrangeiras no mercado nacional, bem como expandir para um novo mercado e adquirir o conhecimento que ela no possua em relao aos seus concorrentes internacionais.ATUAO NO MERCADO LATINO AMERICANO

Conforme dados da Natura (2007), e demais fontes como Siqueira (2007), Cardoso (2007), Paavola (2007), entre outros, mostram que o processo de internacionalizao da Natura comeou no mercado latino americano, mais especificamente no Chile em 1982 por meio de distribuidores terceirizados, seguindo depois com uma curta experincia em Miami em 1983 e nos cinco anos seguintes o desenvolvimento de parcerias com distribuidores na Bolvia, Argentina e Peru. Segundo Gracioso e Najjar (2000), a partir de 1994 a Natura deixou de exportar produtos para parceiros internacionais e passou a desenvolver operaes prprias de comercializao, com a criao de centros de distribuio e a formao de Consultoras na Argentina, Chile e Peru. De acordo com Ghoshal e Tanure (2004), as operaes no Peru foram por meio de parceria com o intuito de conhecer melhor o mercado, mas conforme estes autores esta parceria foi logo desfeita. Observa-se nesta primeira fase de internacionalizao da Natura, que o processo se inicia com operaes mais simples de exportao, conforme Forte (2004).No entanto fica claro que o processo de iniciao esta vinculado a uma estratgia gradual e incremental por falta de conhecimento do novo mercado, seguindo assim pela viso da Escola de UPPSALA apresentada neste trabalho com base em Hilal e Hemais (2003), onde se verifica a necessidade de aprendizagem sobre o novo mercado para poder reduzir as chamadas distncias psquicas. Corroborando com essa avaliao Alem e Cavalcanti (2005) confirma que as empresas brasileiras tm seguido por esse caminho a partir da dcada de 90.

Apesar dos primeiros passos rumo internacionalizao terem sido feitas em mercados prximos e com relativa compatibilidade sociocultural, os mesmos no tiveram sucesso, e segundo as evidncias coletadas, boa parte da explicao reside na escolha inadequada de gerentes para atuarem nestes mercados e a falta de coordenao entre matriz e subsidirias e ou representantes de venda. De acordo com Bartlett e Ghoshal (2000), as pessoas responsveis pelo negcio no exterior no tinham credibilidade e capacidade de mobilizar recursos para gerir adequadamente as operaes internacionais, demonstrando aqui mais um ponto da Escola de UPPSALA relacionado centralizao das decises na matriz.A partir de 2000, a Natura retomou as operaes na Argentina com nova estratgia, transferindo o diretorde vendas para Buenos Aires e criando relacionamentos locais a exemplo de anncios na televiso criados por uma empresa argentina. Fica claro tambm neste ponto a evoluo da escola nrdica para a Teoria das Redes, onde as subsidirias passam a ter um papel maior, gerando contribuies importantes para o processo de internacionalizao, conforme descrito por Rezende (2003), Hilal e Hemais (2003).

Aps a primeira fase de aprendizado e o estabelecimento de subsidirias prprias dentro do mercado latino americano, observa-se no site disponvel na internet que existe uma forte governana corporativa e um alinhamento das operaes neste mercado. Verifica-se um padro de atuao muito semelhante ao adotado pela matriz, com a mesma linha de produtos e o mesmo canal de distribuio, incluindo forte atuao no relacionamento com as Consultoras.As experincias que a Natura obteve no seu processo de internacionaliza no mercado latino americano, mostraram a importncia de possuir ativos comerciais no mercado-destino dos produtos. Estes ativos esto relacionados a bens tangveis ou intangveis, tais como a marca e canais de comercializao, bem como a maior contribuio dos relacionamentos criados pela subsidiria na rede local, caracterizando assim a utilizao do modelo da Escola de UPPSALA e a sua evoluo para a Teoria das Redes.

ATUAO NO MERCADO EUROPEUA Natura iniciou seu processo de internacionalizao no mercado europeu em Portugal, em 1994, j na fase de operaes prprias de comercializao, porm pelos mesmos motivos apontados no seu processo de internacionalizao no mercado latino americano, esta operao no evoluiu sendo encerrada quatro anos depois. A segunda investida foi iniciada em 2005 com a inaugurao de uma loja em Paris, sendo uma operao destinada a aprender sobre esse novo mercado que possu caractersticas distintas em relao ao mercado latino americano e tambm com o objetivo de construir a marca Natura na Europa.A Natura teve que rever sua estratgia de internacionalizao, uma vez que decidiu entrar em um mercado fisicamente distante e culturalmente mais sofisticado. Nestes casos Ghoshal e Tanure (2004) apontam a desvantagem de origem como um obstculo entrada em mercados sofisticados, onde existe uma percepo dos consumidores internacionais que acreditam que produtos de empresas desconhecidas de pases emergentes sejam produtos inferiores. Outro ponto que impactou a deciso da Natura em relao ao mercado europeu foi com relao ao canal de distribuio, pois na Europa a venda direta associada a produto de qualidade inferior, motivo esse que levou a Natura a estabelecer uma loja fsica em Paris. Esta necessidade de mudana na estratgia de distribuio tambm foi apontada por Alem e Cavalcanti (2005) como forma de adequao e aprendizado do novo mercado. Observa-se tambm que o objetivo estratgico inicial com esta loja em Paris a construo da marca e conquista da confiana deste mercado e a possibilidade de expanso para outros pases da Europa, conforme Neto (2007).Verificamos que a Natura esta seguindo a risca o que preconiza a literatura existente na rea de estratgia de marketing quanto criao da marca e o posicionamento da mesma junto ao novo mercado. A Frana possui como uma de suas vrias competncias o forte conhecimento na rea de perfumes e cosmticos em geral, possuindo vrias grifs sofisticadas e internacionalmente reconhecidas e a Natura para entrar neste mercado distinto optou por manter sua estratgia de diferenciao, apostando na linha de produtos Ekos, baseada em componentes naturais do Brasil. Estes compostos esto relacionados biodiversidade da natureza brasileira, tais como extrato de guaran, castanha-do-par e diversas essncias extradas de rvores da Amaznia. Esta linha foi ampliada de 45 produtos para 80, de modo a permitir que a empresa entregasse uma proposta de conceito de marca no mercado externo.A loja parisiense da Natura tem uma misso muito maior do que vender produtos, ela neste momento esta vendendo um conceito de marca original, extica, com qualidade superior, vinculada a produtos naturais. Mas por trs de todo esse apelo existe a preocupao de passar a percepo aos clientes europeus que a explorao do meio ambiente est sendo conduzida por uma gesto responsvel vinculada com questes de sustentabilidade e responsabilidade social. Esta viso da loja em Paris est alinhada com as afirmaes de Neto (2007) com relao adoo da estratgia de posicionamento por diferenciao, focando em biodiversidade, sustentabilidade e responsabilidade social.CONCLUSO

Esta atividade foi de extrema importncia para o aprendizado de como deve ser inicializado um Plano de Internacionalizao de uma empresa nacional.Com as pesquisas realizadas para a elaborao desse trabalho pode-se concluir que a Internacionalizao um conceito com aplicao em vrias reas, sendo esse processo podendo ser considerado como um excelente negcio para empresa.Mas para essa excelncia tudo deve ser feito de forma planejada, de maneira consciente principalmente com as regras de uso do comrcio exterior, pois caso isso no seja seguido de maneira cautelosa podem apresentar prejuzos e podendo ser uma pssima experincia para a empresa.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS http://www.aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/simulador/simula.htmhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/FDB848990E28A824032571460066B61D/$File/NT000AFA82.pdf http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/natura-amplia-producao-no-exterior-e-diz-que-custo-brasil-e-altohttp://www.brasilglobalnet.gov.br/frmprincipal.aspxhttp://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5http://www.fiesp.com.br/derex/default.aspxhttp://scf.natura.net http://www.internacionalizacao.sebrae.com.br/PLT (Programa Livro Texto) 480 Manual de economia e negcios internacionais/organizadores Marco Antnio Sandoval de Vasconcelos, Miguel lima, Simo Davi Silber. Ed. Especial Anhanguera So Paulo: Saraiva, 2011. Minervin, Nicola. O exportador: ferramentas para atuar com sucesso no mercado internacional / Nicola Minervini. 5. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.