o centro - n.º 9 – 2.08.2006

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DIRECTOR JORGE CASTILHO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Cães à espera de quem os adopte Os perigos do calor PÁG. 10 DESPORTO Académica: novos equipamentos provocam polémica PÁG. 16 e 17 ASSINE O “CENTRO” E GANHE OBRA DE ARTE | Taxa Paga | Devesas – 4400 V. N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado Carlos Carranca Renato Ávila Rui Lucas Santos Cardoso Sertório P. Martins Varela Pècurto PÁG. 16, 20 e 21 OPINIÃO ANO I N.º 9 (II série) 2 de Agosto de 2006 € 1 euro (iva incluído) Assinantes do “Centro” com 10% de desconto na compra de livros PÁG. 2 e 3 Marinhas de sal da Figueira da Foz podem desaparecer Chefe de cozinha de Coimbra contribuiu para êxito da Selecção PÁG. 11, 12 e 13 PÁG. 14 e 15 PÁG. 5 PÁG. 4 e 5 Jovem de Coimbra eleita presidente dos Estudantes Democratas Europeus PROFESSOR DA GUARDA CORRE A EUROPA EM AUTO-CARAVANA Mais de 130 mil km em “Pão-de-Forma” para ir alimentando o espírito Ana Janine com a Chefe do Governo alemão, Chanceler Angela Merkl

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Versão integral da edição n.º 9 do quinzenário “O Centro”, que se publica em Coimbra. Director: Jorge Castilho. 2.08.2006. Não se esqueça de que pode ver o documento em ecrã inteiro, bastando para tal clicar na opção “full” que se encontra no canto inferior direito do ecrã onde visualiza os slides. Também pode descarregar o documento original. Deve clicar em “Download file”. É necessário que se registe primeiro no slideshare. O registo é gratuito. Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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  • 1. DIRECTOR J O R G E C A S T I L H OOPINIO Carlos Carranca Renato vila Rui Lucas Santos Cardoso Sertrio P. Martins Varela Pcurto PG. 16, 20 e 21| Taxa Paga | Devesas 4400 V. N. Gaia | Autorizado a circular em invlucro de plstico fechadoANO IN. 9 (II srie) 2 de Agosto de 2006 1 euro (iva includo) Marinhas de salChefe de cozinhade Coimbracontribuiuda Figueira da Foz para xitoda Seleco podem desaparecerPG. 14 e 15 Jovem de Coimbraeleita presidentedos EstudantesDemocratasEuropeusPG. 11, 12 e 13 PROFESSOR DA GUARDACORRE A EUROPA EM AUTO-CARAVANA Mais de 130 mil kmem Po-de-Formapara ir alimentandoAna Janine com a Chefe do Governoo espritoalemo, Chanceler Angela MerklPG. 4 e 5PG. 5 DESPORTOANIMAIS DE ESTIMAO ASSINE O CENTRO E GANHE OBRA DE ARTEAssinantes Acadmica:Ces espera do Centro novos de quem com 10% equipamentosos adopte de desconto provocamOs perigosna compra polmicado calorde livrosPG. 2 e 3 PG. 16 e 17 PG. 10

2. 22 DE AGOSTO DE 2006 EDITORIALO Centro faz pausa Jorge Castilho [email protected] na estao patetaE pronto! C estamos chegados a mais dois pargrafos, mas que nesta poca so No para descansar embora o esforo a pensar em vs que nos empenhamos um ms de Agosto, que conotado compromovidos a acontecimentos com honrasdestes ltimos meses o justificasse em preencher as nossas pginas com temas aquilo que em ingls se define como sillyde primeira pgina (nos jornais) ou de aber-mas antes para preparar a reentrada em interessantes, sempre com a preocupao season o que, nesta riqussima lngua queturas de noticirios (nas televises e rdios). Setembro, planeando contedos, progra- de evitar o sensacionalismo inconsequente, Cames genialmente soube utilizar, se po-No preciso ser adivinho para prever mando iniciativas, tentando dar maior con- apostando antes em divulgar pessoas e ins- der designar por estao pateta. que os espaos noticiosos voltaro a sersistncia a um projecto jornalstico que tituies que, quase sempre de forma dis-Digamos que aquela poca do ano em preenchidos em larga medida, infelizmente,tem enfrentado grandes obstculos para creta, desenvolvem trabalho muito merit- que vai para frias quase toda a gente quecom as vagas de fogos florestais que este conseguir singrar. E isto porque no em- rio, que bem merece o reconhecimento p- costuma gerar notcias com que a comuni-ano j deixaram marcas trgicas.barca em cmodos facilitismos, porqueblico. cao social alimenta, quotidianamente, os E tambm no difcil adivinhar que no se rende aos poderes vigentes, porqueEssa continuar a ser a nossa linha edito- seus vidos consumidores de escndalos. voltaremos a ser massacrados, todos osno faz fretes nem se deixa instrumentali- rial, mesmo sabendo que tal opo no nosAssim, com os polticos a molhar os psdias, com as declaraes, to vazias de con-zar, porque preza, acima de tudo, a sua li-facilitar a existncia, antes a tornar mais nas salsas guas algarvias ou brasileiras, atedo como repetitivas, dos senhores trei-berdade e independncia, e faz da isenocomplexa e atribulada. deleitarem-se em cruzeiros pelo Mediter-nadores do Sporting, do Benfica, do FCP...e pluralismo a cartilha que rege a sua acti- Mas tal no nos desviar do rumo que h rneo ou pelas Carabas, ou a adrenalina-Perante esta inelutvel realidade, e consi-vidade do dia-a-dia. dcadas nos norteia, e que o de honrar a rem-se em safaris no Qunia, mais no resta derando que a maior parte dos nossos assi- Nesta pausa para retemperar foras e re-confiana que os Leitores em ns deposi- aos jornais, rdios e televises do que ir des- nantes e leitores fiis foram levados pelaorganizar projectos, voltamos a apelar aos tam. cobrindo factos mais ou menos inslitos,onda estival, decidimos ns prprios fazernossos Leitores para que nos faam chegar que noutra altura no mereceriam sequer uma paragem neste ms de Agosto.sugestes e crticas construtivas.Boas frias e at Setembro! COOPERATIVA CRIADA EM BRAGA Portugueses voSociedade Portuguesa para fora c dentrode Autores tem concorrente Um grupo de autores, artistas e produtores ca, que no os autores. O novo organismo, quePortugal dos Estados-membros dacento) viajam para outro pas da Uniode eventos de Braga fundou uma entidade de tem j uma sede aberta ao servio dos autores Unio Europeia (UE) onde mais se gozamEuropeia e somente um tero (7,4 porregisto de direitos de autor para concorrer comda regio e do resto de Portugal, actuar, tam- frias domsticas, com praticamente qua-cento) deixa o espao comunitrio.a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), disse bm, com servios de apoio aos jovens autores tro em cada cinco portugueses a viajarem A preferncia por frias domsticas Lusa o seu presidente. e artistas, quer no domnio do registo de obras em turismo dentro do pas, indica um estu-ainda mais acentuada em quatro Estados- Segundo Antnio Peixoto, a Daicoop - quer no apoio edio e divulgao. do divulgado em Bruxelas pela Comissomembros, designadamente Grcia (90 porCooperativa de Direitos de Autor e Imagem -Nos termos legais e com o avano do pro- Europeia. cento), Espanha (88), Frana (83) e Polnia iniciou j a actividade, tendo registado a adesocesso de angariao de associados - que deveroO estudo do gabinete oficial de estatsti- (82), sendo que em termos gerais 60 por de vrias dezenas de associados, quer a ttulo in- atingir os 500 em finais de Outubro - a Daicoop cas da UE, Eurostat, sobre os europeus cento dos cidados da Unio Europeiadividual (msicos, cantores, actores, escritores,vai arrancar com a cobrana de direitos de autor, em frias revela que Portugal o quinto gozam frias nos respectivos pases.designers, e jornalistas), quer a nvel colectivo, mas praticando uma tabela de preos mais mo- pas entre os Vinte e Cinco onde mais se O estudo elaborado pelo Eurostat, com(grupos rock, pop e folclricos, bandas de m- derada do que a da SPA que - acusa - penaliza privilegia o turismo nacional, com 77,4 por dados relativos a 2004 e 2005, avalia tam-sica, tunas acadmicas e grupos de teatro).os empresrios da cultura e do espectculo e da cento dos cidados a fazerem frias (via- bm os meios de transporte utilizado pelosDefendemos uma maior aproximaorestaurao. gens tursticas com pelo menos quatro noi-turistas europeus, concluindo que o auto- entre quem cobra e gere os direitos de autor e O vice-presidente da SPA, Jos Jorge Letria tes de estadia) dentro do pas. mvel particular o mais utilizado no con- quem beneficirio, o autor, em sentido lato,disse que o organismo no teme a concorrn-Apenas 22,6 por cento dos portugueses, junto da Unio Europeia (57,5 por cento), afirmou Antnio Peixoto, frisando que acia de outras entidades, j que abarca um uni- ou seja praticamente um em cada cinco, es-sendo o transporte eleito por praticamenteDaicoop vai tambm actuar no domnio dos verso de dezenas de milhares de autores e est colhe o estrangeiro como destino turstico, dois teros dos portugueses (64,6 por chamados direitos conexos, relativos aos intr-presente, atravs de delegaes e corresponden- sendo que, destes, dois teros (15,1 porcento). pretes e outros participantes numa obra artsti- tes, em 300 cidades e vilas de Portugal.Assinantes do Centro com 10% de desconto Director: Jorge Castilho (Carteira Profissional n. 99)na compra de livros Propriedade: AudimprensaNo sentido de proporcionar mais alguns to que proporcionamos aos assinantes doligar para o 239 854 150 para fazer a sua Nif: 501 863 109benefcios aos assinantes deste jornal, o Centro assume especial significado (isto assinatura, ou solicit-la atravs do e-mail Centro acaba de estabelecer um acordo , s com o que poupa por um filho [email protected]. Scios: Jorge Castilho e Irene Castilho com a livraria on line livrosnet.com (ver pago o valor anual da assinatura). So apenas 20 euros por uma assinatura rodap na ltima pgina desta edio).Mas este desconto no se cinge aos anual uma importncia que certamente Inscrito na DGCS sob o n. 120 930Para alm do desconto de 10%, o assi-manuais escolares. Antes abrange todos osrecuperar logo na primeira encomenda de Composio e montagem: Audimprensa -nante do Centro pode ainda fazer a en-livros e produtos congneres que esto livros. Rua da Sofia, 95, 3. comenda dos livros de forma muito cmo- disposio na livraria on line livrosnet.E, para alm disso, como ao lado se in- 3000-390 Coimbra - Telefone: 239 854 150da, sem sair de casa, e nada ter a pagar deAproveite esta oportunidade, se j assi- dica, receber ainda, de forma automtica e Fax: 239 854 154custos de envio dos livros encomendados.nante do Centro. completamente gratuita, uma valiosa obra e-mail: [email protected] altura em que se aproxima o in-Caso ainda no seja, preencha o boletimde arte de Z Penicheiro trabalho original Impresso: CIC - CORAZE cio de um novo ano lectivo, e em que as que publicamos na pgina seguinte e envie-osimbolizando os seis distritos da Regio Oliveira de Azemis famlias gastam, em mdia, 200 euros em para a morada que se indica. Centro, especialmente concebido para este Tiragem: 10.000 exemplares material escolar por cada filho, este descon- Se no quiser ter esse trabalho, bastar jornal pelo consagrado artista. 3. 2 DE AGOSTO DE 2006NACIONAL 3 CONSTITUDOS NO PASSADO DOMINGO EM CJA (ARGANIL) Fundao e Centro de Estudos homenageiam Fernando Vale A Fundao Beatriz Vale e o Centro deponibilizam em patrimnio e dinheiro um Estudos e Documentao Fernando Vale valor total de 392.450 euros. foraam constitudos no passado domingoO meu pai deixou escrito que o seu es- (dia 30 de Julho) em Cja, concelho de Ar- plio seria aquilo que os filhos quisessem. ganil. O seu principal objectivo a promo-Pensmos em criar a fundao e demos o o de aces de carcter cultural, educati- nome da minha me porque foi um grande vo cientfico, social e filantrpico.amparo do meu pai e de todos ns, expli- A cerimnia decorreu na casa do mdico cou Mrio Vale. e anti-fascista Fernando Vale, um dos funda-A Fundao e do Centro de Documen- dores do Partido Socialista, de que foi presi- tao vai localizar-se na Quinta do Casal, dente honorrio, falecido em 2004, com maispropriedade da famlia, que ser alvo de de cem lcidos anos (no passado domingouma interveno a cargo dos arquitectos passaram 106 anos do seu nascimento).Miguel Pinheiro e Pedro Mendona. A fundao tem objectivos fundamen-Em Setembro vamos tentar apresentar talmente culturais, englobando aspectos ar-a ideia concreta do edifcio Fundao e tsticos, tcnicos e cientficos. Atravs do at ao final de 2006 o projecto estar con- centro de documentao penso que no es-cludo e ser apresentado, explicou Miguel plio que o meu pai legou poder haver Pinheiro, que no adiantou qualquer prazo algo de importante para os investigadores,para a concluso das obras. sublinhou Mrio Vale, um dos quatro filhosDos rgos sociais da Fundao fazem de Fernando Vale.parte os herdeiros fundadores, Lus Vale, A criao da Fundao e do Centro de Maria Teresa Vale, Fernando Maia Vale eLus Valle, Mrio Valle, Fernando Valle e Teresa Valle, filhos do fundador histrico do Documentao surge como uma homena-Mrio Vale, entre personalidades da vida Partido Socialista Fernando Valle, assinam a escritura de criao da Fundao Beatriz gem dos filhos de Fernando Vale, que dis-pblica, social, cultura e cientfica do pas. Valle, instituio de homenagem ao mdico APENAS 20 EUROS POR UMA ASSINATURA ANUAL!Jornal CENTRO Rua da Sofia. 95 - 3. 3000390 COIMBRA Assine o jornal Centro Poder tambm dirigir-nos o seu pedi-do de assinatura atravs de:telefone 239 854 156 e ganhe valiosa obra de arte fax 239 854 154ou para o seguinte endereo Nesta campanha de lanamento do jor- nio arquitectnico, de deslumbrantes pai-ter sempre bem informado sobre o quede e-mail:nal Centro temos uma aliciante propos-sagens (desde as praias magnficas at sde mais importante vai acontecendo nesta [email protected] para os nossos leitores. serras verdejantes) e, ainda, de gente hos-Regio, no Pas e no Mundo. De facto, basta subscreverem uma assi- pitaleira e trabalhadora. Tudo isto, voltamos a sublinh-lo, por Para alm da obra de arte que desde j lhenatura anual, por apenas 20 euros, para au-No perca, pois, a oportunidade de rece-APENAS 20 EUROS! oferecemos, estamos a preparar muitas ou-tomaticamente ganharem uma valiosa obra ber j, GRATUITAMENTE, esta magn-No perca esta campanha promocional,tras regalias para os nossos assinantes, pelode arte.fica obra de arte, que est reproduzida na e ASSINE J o Centro.que os 20 euros da assinatura sero um ex- Trata-se de um belssimo trabalho da primeira pgina, mas que tem dimensesPara tanto, basta cortar e preencher ocelente investimento.autoria de Z Penicheiro, expressamente bem maiores do que aquelas que ali apre- cupo que abaixo publicamos, e envi-lo,O seu apoio imprescindvel para que oconcebido para o jornal Centro, com o senta (mais exactamente 50 cm x 34 cm).acompanhado do valor de 20 euros (de Centro cresa e se desenvolva, dandocunho bem caracterstico deste artista pls- Para alm desta oferta, passar a receber preferncia em cheque passado em nomevoz a esta Regio.tico um dos mais prestigiados pintoresdirectamente em sua casa (ou no local quede AUDIMPRENSA), para a seguinteportugueses, com reconhecimento mesmo nos indicar), o jornal Centro, que o man-morada: CONTAMOS CONSIGO!a nvel internacional, estando representadoem coleces espalhadas por vrios pontosdo Mundo. Neste trabalho, Z Penicheiro, com o Desejo receber uma assinatura do jornal CENTRO (26 edies).seu trao peculiar e a inconfundvel utiliza-o de uma invulgar paleta de cores, criouPara tal envio: chequevale de correiono valor de 20 euros.uma obra que alia grande qualidade artsti-ca a um profundo simbolismo. De facto, o artista, para representar aNome:Regio Centro, concebeu uma flor, com-posta pelos seis distritos que integram estaMorada:zona do Pas: Aveiro, Castelo Branco,Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.Localidade:Cd. Postal:Telefone: Cada um destes distritos representadopor um elemento (remetendo para respec- Profisso: e-mail:tivo patrimnio histrico, arquitectnicoou natural). A flor, assim composta desta forma to Desejo receber recibo na volta do correioN. de contribuinte:original, est a desabrochar, simbolizandoo crescente desenvolvimento desta RegioAssinatura:Centro de Portugal, to rica de potenciali-dades, de Histria, de Cultura, de patrim- 4. 4 ENTREVISTA2 DE AGOSTO DE 2006 Mais de 130 mil km em Po-de-Forma PROFESSOR DA GUARDA CORRE A EUROPA EM AUTO-CARAVANA QUE J TEM 37 ANOSUm professor da Guarda h 20 anos que aproveita as frias para viajar pela Europa, sozinho, ao volante de uma emblemtica auto-caravana (conhecida por po-de-forma) de que restam raros exemplares, e com o objectivo primordial de visitar museus, conhecer outras terras e outras gentes. J percorreu com ela mais de 130 mil km, visitando muitas dezenas de Museus e quase todos os pases da Europa Jos Antnio Alves Ambrsio profes- sor na Guarda, onde ele prprio fez os es- tudos liceais antes de vir para a Univer- sidade de Coimbra, em cuja Faculdade de Letras se licenciou em Histria (tendo de- pois feito uma ps-graduao em Sala- manca).Para alm das coisas da cultura, tem uma outra paixo: os Volkswagen.Foi no mais clebre modelo dessa marca alem (que significa carro do povo) que fez a sua primeira grande viagem de turismo cul- tural, em 1986, em busca do que restava da presena portuguesa em Marrocos. E nessa (que se publica aos sbados) d-me uma in- olina saiu do lugar e a carrinha est beira co tinha fato-macaco, pois os outros dois incurso pelo Norte de frica, o Carocha formao preciosa. Outra -me dada in loco,da estrada a um quilmetro daqui. Tenho senhores estavam de gravata. Trs homens (designao dada a esse famoso modelo da nos prprios museus ou equivalentes, que,que l passar a noite. Vamos j a reboc- a trabalhar durante meia-hora e no paguei marca) rodou mais de 5 mil km sem qualquer em convnio com outros, publicitam expo- -la para aqui, respondeu prontamente. Eum centavo de forma nenhuma quiseram problema. E ainda no Carocha foi depoissies e acontecimentos. Um exemplo: emassim foi. Terminada a operao dei-lhe levar nada. Com uma garrafa cada um foi conhecer toda a Pennsula Ibrica. Uma es- 2005 o Palcio-Residncia do Arcebispo uma caixa com seis garrafas de vinho do como se um tesouro os abenoasse. pcie de aperitivo a aguar o apetite para via-em Vurtzburgo, anunciava uma srie dePorto. (Chego a levar meia centena de gar- Sempre que vou para Augsburgo ou gens muito mais longas.importantes exposies na Alemanha.rafas para agradecer gentilezas, como sejaMunique deixo-lhes o mesmo presente.Como confessa na entrevista ao jornal Ademais, e ainda antes, enquanto curioso,mudarem-me o leo na VW-Oslo e no meSo amigos de peito e, s vezes, mudo l Centro:esteta, professor de Histria da Arte, hquererem um centavo. Eu levo o leo). o leo.Sou do signo Sagitrio, e os Sagitrios gos- objectivos que me proponho desde h Em Mnster, da ltima vez, quando Em Friburgo da Brisgvia, enquanto es- tam de viagens, quanto mais longe melhor. muito: h anos visitei Clnia, em 2005 vinha a sair da Sala do Tratado, a funcion-pervamos num semforo para pees, metiContudo, sublinha que ter de andar aConques e, dentro de dias, visitarei Mois- ria da recepo, ao ver-me com a minha lei- conversa com uma rapariga com uma bici- pernoitar em hotis era uma maada e to- sac e a Cartuxa de Dijo, tal qual Munique tura debaixo do brao (um livro de Thomas cleta pela mo. Decidimos ir jantar e eu fi- lhia a liberdade que tanto preza nas viagens.(pela segunda vez), Linderhof, Regens- Moore), insistiu em que, por ser to inc-quei a saber por que que o Japo e a Assim, em 1991 decidiu adquirir uma auto-burgo, Dresda e Berlim.modo para mim, devia traz-lo num saqui-Coreia do Sul tinham uma tal quantidade de caravana em segunda-mo, que lhe servisse nho de plstico. Com tocante carinho deu- crdito mal- parado. A Ute era economista de casa nas suas deambulaes. E a escolha RAZES DA PREFERNCIA-me um. e acabara de fazer um estgio na Coreia e de recaiu sobre uma Volkswagen Kombi - PELA ALEMANHA Chegado a Kiel s 22,30 , um rapaz, na visitar o Japo. 23, fabricada em 1969 um modelo cujo casa dos 20, disse-me: Todo o patrimnioEm Tubinga realo o acolhimento na bi- desenho invulgar levou a que fosse apelida- A Alemanha parece ser o seu pasfoi destrudo durante a 2 Grande Guerra.blioteca universitria, na qual precisei de da de Po-de-Forma. Mas passemos a re- preferido. Por qu?No foi isso que o impediu de me mostrartrabalhar durante um bocado. produzir o essencial da entrevista: Estar em Portugal ou Espanha igualo que, em seu criterioso entender, eu deviaEm Flensburgo, a pegar com a fronteiraparar mim, mesmo se a Catalunha, a estever. Sabem todos como os alemes se dei-danesa, a simpatia do guarda de armazmO que o motiva para empreender todasrespeito, peculiar. Alm-Pirinus, a Ale-tam com as galinhas.que me indicou um lugar para estacionar e estas viagens, desde h tantos anos? manha soberba. Simplesmente soberba!Descia os Alpes da Subia e o motor d dormir.O que a Vida postula para cada um deApenas alguns exemplos.arranque acoplou ao volante do motor (di-E no me alongo mais. A Alemanha ns e as possibilidades que nos propicia soSado da Holanda na direco de Ham-reco Munique-Estugarda). Parei num re-soberba, porque hiertica. Duas teologias infinitas. Mas so infinitas como resultadoburgo, a escassos 60 quilmetros da fron-fgio beira da auto-estrada. Escassos mi- em confronto fizeram um pas mpar. do esforo, do optimismo, portanto. Quan-teira, est Haselnne. O acolhimento e a nutos passados chega uma VW Trans-Talvez tambm para o nazismo do se conhece a si prprio, o homem sabe qualidade da rea de servios levaram-me a,porter com uma famlia. Explicada a situa- que, para ele, no h outro lugar excepto ologo da primeira vez, oferecer uma garrafa o ao chefe de famlia, foi-me deixar naQual o critrio para a escolha dos mais alto, a maior exigncia. Museus, patri- de vinho do Porto ao proprietrio, o senhorVW mais prxima (Kircheim-unter-Teck).museus que visita? mnio, arte, Histria, conversar com pesso-Josef Brmmer. A minha auto-vivenda fez 36 anos no pas- Desde logo procuro tudo o que minha as extremamente interessantes, falarmos Isto repete-se sempre e, entretanto, tor- sado Dezembro. H uma tocante solidarie-rea toque. E, como j antes referi, no ape- vrios idiomas, sentirmo-nos cosmopoli-nmo-nos amigos. Numa ocasio, chegado dade entre os proprietrios VW e, junto donas museus. tas Isto o mais alto e uma feliz exign-sexta- feira tarde, perguntou-me: Qual oagente oficial, senti-me absolutamente se- cia no uso do tempo. 30 dias de Agosto no seu programa para o fim-de-semana?. A guro. quele amigo dei uma garrafa de OS DIRIGENTES DESTE PAS podem para mim, claro ser usados deminha resposta foi: Amanh vou aPorto, claro. Todos os que a recebem ficamSO GENTE DEPLORVEL outro modo.Mnster ver a Sala do Tratado (onde se as- deliciados.Como decide o que vai visitar?sinou o tratado que ps fim Guerra dosNa agncia-oficina estavam apenas oPerante o vasto conhecimento queNo princpio ia um pouco sem destino. Trinta Anos); domingo vou a Bremen. Chefe de Servio de Clientes, outro senhor, tem da Europa, como v Portugal neste Agora preparo as viagens, embora a pro- Cerca do meio-dia de domingo, ao ver- e um mecnico. Era o fim do dia.conjunto? gramao delas no seja rgida. Leitor do-me sentado a ler, numa mesa corrida, noDescarregada a carrinha do pronto-so-Em toda a Europa que conheo, dirio espanhol El Pas, desde h dca-exterior, perguntou-me: Que que secorro substituram o sistema de ignio e Portugal destaca-se por uma idiossincrasia das, o seu suplemento cultural Babelia passa?. Um tubo de alimentao de gas- no me levaram um centavo. S o mecni- muito forte, nica. Mas est condenado a 5. 2 DE AGOSTO DE 2006ENTREVISTA 5 para ir alimentando o esprito ser fonte de dissabores para os seus filhos. Igreja , igualmente, muita fraca; a Im- e, assim, as pessoas nem se situam, nemA sua auto-caravana deve despertar a Os dirigentes deste Pas so tradicional e prensa mal apresenta gente em condies. identificam o que os prprios olhos vem. ateno, pela raridade actualmente gente deplorvel. umaNo lamria. Tenho muito m impresso Trabalhar para alm do sistema, um facto. Em Portugal, Espanha, pena. Mais: quem tiver o mnimo de desta-da imprensa francesa.identific-lo na perfeio e ser domina-Frana, Sucia, as pessoas acham-na muito que ser pasto de maledicncia. Universi- Aqui em Portugal, o laicismo, a boalida- do por i n c o e r c v e l o p t i m i s m o, e i s bonita, ou excepcional. s vezes pedem-me dade, Liceu, Primria, so debilssimos, a de e o vale tudo imperam, avassaladores, a s o l u o.para a fotografar. Ana Janine Presidente de Associao JOVEM JURISTA DE COIMBRA ELEITA COM 83% DOS VOTOSque representa 400 mil estudantesAna Janine, 23 anos, recm-licenciada svel, em 2004/2005, pelo Pelouro de em Direito pela Universidade de Coimbra ePoltica Educativa Internacional da Direc- dirigente nacional da JSD, foi eleita Pre- o-Geral da Associao Acadmica de sidente dos Estudantes Democratas Eu-Coimbra. Fez tambm parte da tuna femi- ropeus (EDS).nina Mondeguinas e do Orfeon Acad-A eleio realizou-se durante a Univer-mico de Coimbra. No ltimo ano lectivo sidade de Vero dos EDS, que decorreu at estudou, ao abrigo do Programa Erasmus, ao passado domingo na zona de Lisboa, comna Universidade de Siena (Itlia). a presena de cerca de uma centena de dele- A JSD foi admitida nos EDS em 2001. gados de toda a Europa. Ana Janine recolheuDiogo Freitas do Amaral foi Presidente 83% dos votos expressos. Honorrio dos EDS, por nomeao, entre a primeira vez que um estudante por-1978 e 1981. Outros dois portugueses de- tugus assume a presidncia da organizao,sempenharam funes como Vice- fundada em 1962. Os EDS agrupam estru- Presidentes: Antnio Correia de Oliveira, turas representativas de 34 pases europeus, em 1975/76, e Lus Queir, em 1980/81 e num total superior a 400 mil estudantes. 1981-82.Ana Janine, natural de Coimbra, foi elei-Ana Janine sucede na presidncia dos ta presidente depois de trs anos como EDS ao alemo Sven Henrik. Vice-Presidente da organizao. Nos lti- mos dois anos, dirigiu o rgo oficial dos Informaes adicionais: EDS, a revista Bullseye.Directora do Gabinete de Relaes Site dos EDS: Internacionais da Juventude Social www.edsweb.org Democrata (JSD), a estudante portuguesaSite da Universidade de Vero (EDS): tinha sido eleita Vice-Presidente dos EDSwww.summeruniversity2006.eu nas assembleias realizadas na Crocia (2003), Inglaterra (2004) e Bulgria (2005). Contactos:Durante o percurso universitrio, e para alm das responsabilidades que assumiu 913 463 816 (JSD) nos EDS e na JSD, Ana Janine foi respon- [email protected] 6. 6 NACIONAL 2 DE AGOSTO DE 2006 Pedro Machado preside Regio de Turismo do CentroPedro Machado foi eleito na passada reza, sade e bem-estar, gastronomia e vi- sexta-feira para a presidncia da Regio denhos e turismo nutico, adiantou. Turismo do Centro (RTC), num sufrgio O novo Presidente da RTC salientou em que votaram cerca de 80 por cento dos tambm o esforo de harmonizao e de- inscritos no caderno eleitoral.senvolvimento do turismo para combaterVice-presidente (PSD) da Cmara deas assimetrias entre o litoral e o interior nos Montemor-o-Velho, Pedro Machado enca-distritos que integram a RTC. beava a lista nica para a presidncia daLicenciado em Filosofia e mestrando em comisso executiva da RTC, que teve 29 Psicologia Educacional, Pedro Machado, 39 votos favorveis e um negativo, alm de trs anos, integra a Comisso Poltica Nacional brancos. do PSD, foi director de campanha de CavacoEm declaraes agncia Lusa, o novo Silva, no distrito de Coimbra, nas ltimas Presidente da RTC expressou a sua home- eleies presidenciais, e chefe de gabinete de nagem e respeito pelo anterior Presidente Jos Cesrio quando este foi Secretrio de do organismo [Jos Manuel Alves, que fale- Estado da Administrao Local. ceu no ms passado] e pela sua equipa.A RTC integra cerca de quatro dezenasSobre a orientao para os prximos qua-de associados, sendo a maioria Cmaras dos tro anos, Pedro Machado afirmou tencionardistritos de Coimbra, Viseu e Leiria, orga- cumprir e desenvolver o projecto da ante-nismos desconcentrados da administrao rior equipa, nomeadamente apostando na central, associaes e sindicatos, entre ou- promoo do Centro de Portugal a nvel ex- tras entidades. terno, em pases como a Alemanha, Itlia, Da nova Comisso Executiva fazem parte Espanha e Holanda. ainda Lus Vilar, vereador da Cmara deNo plano estratgico nacional para o Coimbra actualmente com o mandato sus- turismo, a regio Centro encontra-se bem penso, Jos Reis, Lus Antunes e Jos Elsio posicionada, com cinco produtos basilares: (autarcas das Cmaras de Penela, da Lous e Pedro Machado o turismo natural e de patrimnio, de natu-da Figueira da Foz, respectivamente). LANADA CAMPANHA DE PREVENO DEFENDE A CDU DE COIMBRADA SINISTRALIDADE RODOVIRIACentro de Educao preciso diminuir Ambiental na Mata a tragdia nas estradas A campanha de preveno da sinistralidadecorrecta, numa altura em que muitas famlias de Vale de Canasrodoviria lanada na passada sexta-feira, em resultado de uma parceria Ministrio da Admi-vo para frias, com as suas crianas.Por sua vez, o Presidente da Galp Ener-A CDU de Coimbra defendeu na passada semana a aprovao da candidatura emnistrao Interna/Galp Energia, visa a reduo gia, Jos Marques Gonalves, afirmou que a anlise no Instituto da Conservao da Natureza (ICN) para reflorestao e instala- da velocidade nas estradas e tem como cliqueempresa patrocinou a campanha no quadro o de um Centro de Educao Ambiental na Mata de Vale de Canas.emotivo as crianas.da sua poltica de responsabilidade social,Numa visita mata, que foi atingida no Vero de 2005 por um violento incndio,Todos os anos a velocidade nas estradas com o objectivo de mitigar a sinistralidade autarcas e dirigentes da CDU alertaram para o facto de estar em causa a candidatu-vitima um avio cheio de crianas. Este anorodoviria. ra para a reflorestao e criao do Centro de Educao Ambiental.ajude-nos a evitar uma tragdia. Reduza a velo-Queremos contribuir para uma reduoEra importantssimo aproveitar a Mata de Vale de Canas para aqui se fazer edu-cidade, esta a mensagem de suporte da cam-significativa at 2010 do nmero de mortos e cao ambiental, preveno de incndios e conhecimento das espcies, afirmou panha multimdia, que tem um enfoque nas feridos nas estradas portuguesas, frisou o res- Francisco Queirs, da Comisso Poltica Concelhia, preocupado com notcias recen- crianas, para mais facilmente despertar as ponsvel, que alertou os condutores para as tes de que o ICN teria desistido do projecto. conscincias para o problema dos acidentesboas prticas de conduo.Com 16 hectares de extenso, a Mata de Vale de Canas est encostada a Coimbrade viao. Concebida e produzida pela BBDO, em- e recebe anualmente a visita de 5.000 a 6.000 crianas das escolas do concelho, de- O Ministro de Estado e da Administraopresa de servios na rea de comunicao, para vido sua biodiversidade.Interna, Antnio Costa, realou na confern- a Galp Energia, a campanha forte, chocan-No h no pas muitas cidades com a nossa dimenso que tenham junto de si cia de imprensa de apresentao da campanhate e no deixar ningum indiferente ao manchas florestais com a potencialidade para educao ambiental que tem Vale de que 59 mil pessoas foram vtimas de acidentesdrama da sinistralidade rodoviria, segundo Canas, sublinhou o vereador Gouveia Monteiro, nico eleito da CDU na autarquia.de viao em Portugal nos ltimos cinco anos,Jos Marques Gonalves, que defendeu a ne- A candidatura apresentada ao Programa Operacional do Ambiente representa um sendo que entre 300 e 400 crianas morrem ou cessidade de promover valores de respeito investimento de 400 mil euros, dos quais 300 mil corresponderiam a financiamentoficam feridas por ano devido sinistralidadepelo prximo. comunitrio e o restante ao Estado portugus. rodoviria.A campanha comeou j a ser divulgada naO projecto prev o apetrechamento e ampliao da Casa do Fogo, melhoramen- Muitas pessoas nesta altura vo partir para televiso, na rdio, em outdoors e nos 800 pos- tos no Centro de Informao, arranjo de caminhos, infra-estruturas, jardim e bene-frias.tos da Galp existentes no pas, principalmente ficiao do Centro de Acolhimento de Aves, colocao de painis informativos eH que lembrar-lhes a necessidade de cum-nos situados nas vias de maior trnsito. melhoramentos no parque de merendas.prir o Cdigo da Estrada, nomeadamente noA Galp custeou a produo da campa-Temos de deixar um alerta s instituies de Coimbra para fazerem voz connos- que se refere velocidade, referiu o gover-nha com 500 mil euros, enquanto o co para que esta oportunidade seja aproveitada e a candidatura consolidada, insis- nante, que se regozijou por a campanha ter Ministrio da Administrao Interna inves- tiu Gouveia Monteiro. sido iniciada agora, em que a circulao auto- te um milho de euros na divulgao daAos jornalistas, os dirigentes da CDU adiantaram que ser preparada uma moomvel mais intensa.mesma, provenientes do Fundo de Ga- para apresentar nos rgos autrquicos, de modo a que se aumente a fora reivindi-Questionado pelos jornalistas sobre a razorantia Automvel. cativa de Coimbra em torno da aprovao da candidatura. de a aco incidir sobre as crianas, AntnioOs acidentes de viao em Portugal esteSegundo o autarca, fundamental transformar Vale de Canas, puxando paraCosta explicou: A campanha tem um cliqueano j causaram 436 mortos, 1.870 feridos gra- Coimbra um grande Centro de Educao Ambiental, que ensine a prevenir o fogo emotivo, que a questo das crianas vtimasves e 22.878 feridos ligeiros, num total de na floresta de acidentes de viao. O objectivo reforar 25.184 vtimas, segundo os dados mais recen- a ateno dos condutores para uma conduo tes da Direco-Geral de Viao. 7. 2 DE AGOSTO DE 2006 NACIONAL 7 JOS SCRATES NO DIZ SE VOLTA AO QUNIA As frias dos polticos A costa alentejana destronou este ano as que habitualmente se muda com a famliaPelo Parlamento, os destinos no so cilmente evitar cruzar-se em Agosto com praias algarvias entre os destinos de eleiopor esta altura para a casa de Vero, emmuito diferentes, com os deputados e lde-o lder parlamentar do CDS-PP, j que para as frias de Vero dos lderes partid- Odemira, no litoral alentejano. res parlamentares a seguirem o conselho Nuno Melo escolheu tambm Moledo para rios e parlamentares, com as ilhas e Espa-Este ano, o plano do Presidente demo-publicitrio v para fora c dentro.gozar as suas frias. nha a converterem-se no top nos destinos crata-cristo inclui ainda uma volta de carroO Presidente da Assembleia da Rep- No grupo parlamentar do CDS, a maio- mais longnquos. por Portugal e por algumas capitais euro- blica, Jaime Gama, estar de frias durante ria ir a banhos no Algarve, mas o ex-lder Se o Primeiro-Ministro e lder do PS, Jos peias, que dever acontecer na primeira todo o ms de Agosto, a maior parte doPaulo Portas preferiu no revelar o seu des- Scrates, continua a manter secreto o seu desti- quinzena de Agosto. tempo na sua casa de Sesimbra. Mas, detino de eleio. no de frias - na segunda quinzena de Agosto -Pela costa alentejana j anda o Se-acordo com o seu gabinete, provvel quePelo PSD, o lder parlamentar Marques , o lder do maior partido da oposio, do PSD,cretrio-Geral do PCP, Jernimo de Sousa, d ainda um salto aos Aores, de onde Guedes partiu com a famlia para o Marques Mendes, repetir a rotina habitual noque se manter de frias at meados de originrio. Alentejo, o mesmo destino escolhido pelo Vero: frias durante as duas primeiras semanasAgosto, de acordo com o seu gabinete. J o lder parlamentar do PS, AlbertoPresidente da bancada comunista, de Agosto na sua casa em Vilamoura, Algarve.Um pouco mais longe estar o coorde- Martins, tirar frias tambm durante o ms Bernardino Soares, para parte das suas f- No entanto, Mendes ser o nico ldernador da comisso permanente do Bloco de Agosto, primeiro rumo s praias de rias. partidrio a passar frias no Algarve. de Esquerda, Francisco Lou, que tam-Moledo do Minho e, depois, com destino No entanto, Bernardino Soares no se fi- Um pouco mais acima vai estar o Pre- bm j se encontra de frias, na ilha Galiza. car por Portugal e gozar uma parte do pe- sidente do CDS-PP, Jos Ribeiro e Castro,Graciosa (Aores), onde tem famlia. O Presidente da bancada socialista difi- rodo de descanso no sul de Espanha PSP VIGIA A SUA CASA GRATUITAMENTE Alunos portugueses brilharam V para friasnas Olimpadas da Matemticadescansado Alunos portugueses arrebataram uma medalha de ouro, duas de prata e vrias de bronze nas Olimpadas de Maio de Matemtica - anunciou a Faculdade deCarreira Pereira, de Souto do Meio, arre-bataram medalhas de prata. Os jovens portugueses foram tam-bm distinguidos com oito medalhas de At ao prximo dia 30 de Setembro a A PSP recomenda tambm a quem vai Cincias e Tecnologia da UC (FCTUC). bronze e uma meno honrosa. PSP vigia, de forma gratuita e regularmen- de frias que faa uma lista dos objectos deSegundo uma nota divulgada na pas- Dirigidas a jovens alunos com inte- te, as residncias das pessoas que se ausen- valor com os respectivos nmeros de srie, sada semana pela FCTUC, este foi oresse por esta disciplina, as Olimpadas tam para veranear, no mbito dautilizando um impresso disponibilizado melhor resultado de sempre obtido por de Maio so organizadas, desde 2001, Operao Frias 2006.pela polcia.Portugal nesta prova, que se realizou em pelo Departamento de Matemtica da O objectivo combater a criminalidadeE, lembra a PSP, quem decidir antecipar simultneo em vrios pases latinos. FCTUC, com o apoio da Sociedade Por- associada s alteraes demogrficas verifi- o regresso das frias deve avisar esta foraPela primeira vez, alunos do nvel 1 tuguesa de Matemtica. cadas na poca balnear, especialmente opolicial, para evitar situaes constrangedo-(menores de 13 anos) receberam meda-Embora a competio tenha decorri- furto no interior de residncias desocupa- ras como algumas que j aconteceram no lhas e, no nvel 2 (entre os 13 e os 15do em Maio deste ano, s agora os resul- das. passado, em que pessoas quase foram pre- anos), o destaque para a primeira me-tados foram divulgados. Quem pretenda aderir a esta operao sas nas suas prprias casas. dalha de ouro obtida, l-se na nota. Os diplomas referentes s medalhas tem de preencher um formulrio confiden-A Operao Frias executada desdeAlm da medalha de ouro, conquista- sero entregues em Novembro, no cial que est disponvel nas Unidades1977, abrangendo desde 1985 todo o terri-da por Miguel Neto Afonso Villa de mesmo departamento da Universidade Policiais, no site da PSP (www.psp.pt) e notrio. Brito, Lisboa, os participantes Slvia Mo- de Coimbra, no dia da realizao das Portal do Cidado (www.portaldocida-Nos ltimos trs anos foram vigiadasreira Cavadas, de Paredes, e Joo Morais Olimpadas Paulistas de Matemtica. dao.pt), indicando o perodo de ausncia.20.384 residncias. 8. 8SADE2 DE AGOSTO DE 2006 H falta de mdicos nos Centros de Sade?Neste contexto, interessar conhecer a re-QUADRO IIsulta normal pelo seu mdico de famlia oualidade actual dos meios disponveis no pas,Regio de Sade % de utilizadores por outro mdico da equipa que o substitua,no sentido de conhecer se h falta de meiosNorte 61,2mas com acesso ao seu processo clnico, aohumanos ou se h organizao inadequada. Centro66,1contrrio do que sucede nos SAP.Pelos dados disponveis nos stios daLisboa e VT 56,1Concomitantemente, pretende-se com oInternet da Direco Geral de SadeAlentejo64,1encerramento dos SAP, que a libertao dasSantos Cardoso(DGS) e do Instituto de Gesto FinanceiraAlgarve 51,7horas de trabalho mdico nos mesmos per-Administrador hospitalar(IGIF), constata-se que o nmero de inscri-Continente60.3mitam prolongar o tempo de atendimentotos nos Centros de Sade superior ao n- pelas USF e, concomitantemente, a organi-A reestruturao dos Cuidados de Sademero de residentes por Regio de Sade eNo sistema actual, o nmero de utentes zao de Unidades Bsicas de Urgncias Primrios (Centros de Sade) est na ordem no Continente, conforme quadro seguinte: inscritos por mdico no deve exceder (UBU) em locais estratgicos, dispondo do dia. A necessidade de reestruturao bem 1500. Considerando o nmero de residen- estas de meios complementares de diagns- patente nos dados obtidos no inqurito recen- tes (inscritos + no inscritos nos Centrostico essenciais. te efectuado pelo Centro de Estudos e In- de Sade), os nmeros mdios de residen- Os custos actuais com remuneraes QUADRO I vestigao em Sade (CEIS) da Faculdade de RegioResidentes Inscritos%tes por mdico (considerando somente cl- nos SAP (horas extraordinrias, tempo noc- Economia da Universidade de Coimbra, ondeNorte 3251,23283,5 101 nicos gerais e de medicina geral e familiar)turno e fins de semana) serviriam para ins- se conclui que 67% dos Utentes dos Centros Centro2399,82591,0 108 e por enfermeiro constam no seguintetituir o pagamento de incentivos aos mdi- de Sade no conseguem marcar uma consul-Lisboa e VT 3456,0 3739,9108 quadro: cos das USF, segundo sistema de remunera- ta para o prprio dia, o tempo mdio de espe-Alentejo450,8475,6 106 es experimental j em vigor nalguns ra por uma consulta de 27 dias, o tempoAlgarve 401,9444,2 111 Centros de Sade. mdio de demora na sala de espera para alm Pelos dados disponveis e constantes nosQUADRO IIIContinente9959,510534,2106 da hora marcada de 1,16 horas e s 17,8%RegioResidentes/Residentes/quadros anteriores penso que a prometida/Mdico /Enfermeiro conseguem marcar uma consulta pelo telefone.As primeiras consultas em cada ano so re-reforma possvel, criando um sistema dePara alm desta realidade, frequente- gistadas como primeiras consultas, mesmo Continente 1.542 1.430transporte de doentes adequado para as mente referido pelos meios de comunica-quando estas sejam consultas seguintes s do Reg. Norte 1.584 1.369consultas urgentes nas UBU, com interco- o social haver centenas de milhares de ano anterior, o que permite contabilizar o n- Reg. Centro1.418 1.418municao directa entre as USF e os seus portugueses sem mdico de famlia atribu- mero mdio de utilizadores ou inscritos acti-Reg. LVT 1.637 1.697utentes, possibilidade de marcao de con- do e, por isso, poderia ser aceitvel o recur- vos. Acresce, que para obter a renovao deReg.Alentejo 1.387887 sultas no prprio dia ou no dia seguinte e a so aos Servios de Atendimento Perma-receitas (patologias crnicas) os utentes noReg. Algarve 1.440 1.139organizao de visitas mdicas e/ou de en- nente (SAP), atendimentos efectuados pelopassam do balco administrativo do Centrofermagem domicilirias. mdico que estiver de servio, o qual, na ge-de Sade, mas pagam taxas moderadoras e O actual Ministro da Sade iniciou umTodavia, o encerramento de SAP e de al- neralidade dos casos, no o mdico de fa-contam como consultas normais. Vejamos a processo de criao de Unidades de Sadegumas extenses de sade antes da anuncia- mlia do utente, este sim conhecedor dos percentagem de utilizadores ou inscritos acti- Familiares (USF), que, sucintamente, podemda reforma dos Centros de Sade e criao seus antecedentes atravs das consultas an-vos, (incluindo as designadas consultas para ser referidas por medicina de grupo ou de das UBU , necessariamente, um contra- teriores e do respectivo processo clnico. renovao de receitas):equipa o utente deve ser atendido em con- senso. Portugal em 16. ALERTA DO MOVIMENTO DOS UTENTES DA SADE Quem paga os cuidados no ranking europeu da SadePortugal ocupa o 16 lugar no ranking que avalia os servios de sade dos 25 pases da Unio Europeia (UE), mais a Sua, no qual so- bressai pelas medidas contra a mortalidade infan- til. De acordo com um relatrio elaborado pelacontinuados? organizao europeia Health Consumer Power- O Movimento dos Utentes da SadeAvelar para pagar a importncia de 762,09 nome do utente, so os normais, devendo house, a Frana o pas com o melhor sistema(MUS) enviou-nos, com o pedido de publi- euros.este efectuar o pagamento e remete-lo de sade pblico dos 26 pases avaliados (os 25cao, um alerta relativo ao pagamento dosA pedido do utente, o MUS levantou a ADSE para a competente comparticipao. da UE, mais a Sua).cuidados continuados, que se baseia numquesto Administrao Regional de SadeSegundo o MUS, o desinteresse daEm segundo lugar neste ranking est a Ho- caso concreto que assim relata:do Centro com o objectivo do ServioARSC perante este caso reprovvel: des- landa, seguida da Alemanha e da Sucia. PortugalEm Setembro de 2004 um idoso de (68Nacional de Sade proceder ao referido pa-prezo por saber se o utente tem capacidade ocupa o 16 lugar. anos), beneficirio da ADSE, sofreu um gamento, dado o interesse de desocupaoeconmica para adiantar a importncia emNo relatrio, o sistema de sade pblico por- acidente de viao tendo sido conduzido ao de camas hospitalares, razo de ser do acor-causa desprezo pelo facto do utente nem tugus (Servio Nacional de Sade) interpreta- Hospital Geral dos Coves, onde foi trata- do presumidamente existente entre o SNS e sequer ter sido previamente avisado de que do como no to avanado como o espanhol.do de um traumatismo craniano e fractura o Hospital do Avelar. teria de adiantar o pagamento mesmo queAs medidas implementadas em Portugal con- da coluna. Finda a primeira fase dos trata- Aps vrias insistncias recebemos in- a ADSE viesse a comparticipar o pagamen- tra a mortalidade infantil so salientadas neste re- mentos, a famlia foi informada de que de- formao da ARS do Centro (ofcio nto, mostra ainda desconhecimento de que a latrio, o que para a presidente da Comisso vido a outras prioridades no podia conti- 7929 de 2006-06-02), a qual, embora con-comparticipao, dado no haver conven- Nacional da Sade da Criana e do Adolescentenuar ali internado, embora carecesse de cui- firmando a existncia de acordo entre o o entre a ADSE e o Hospital do Avelar, (CNSCA) totalmente justificado.dados hospitalares durante cerca de duas SNS e o Hospital do Avelar, diz o seguinte: muito provavelmente, no deveria ultrapas-Em declaraes Lusa, Maria do Cu semanas, pelo que o doente ia ser transferi-Conforme informao da Senhorasar 40%. Machado referiu que este declnio da mortalida-do para o Hospital da Fundao de NossaDirectora do Centro de Sade de Condeixa,Por isso, o MUS alerta os utentes do de infantil (at um ano de idade) em Portugal temSenhora da Guia, no Avelar, o que veio a foi emitido boletim de referncia solicitando SNS para eventuais casos semelhantes que sido constante e que se deve s medidas levadasacontecer atravs de solicitao do Hospital ao Hospital da Fundao Nossa Senhora dapodem vir a acontecer com a to propagan- a cabo desde os anos 80. dos Coves e do Centro de Sade de Guia do Avelar o internamento Nodeada rede de cuidados continuados queEm 1980, por cada mil crianas que nasciam, Condeixa-a-Nova, onde esteve internado tendo aquele Hospital conveno com a anunciam para breve. cerca de 24 morriam antes de completar um anodurante dez dias.ADSE, mas apenas com o SNS, os procedi-Mais informaes sobre o MUS po- de idade. No ano 2000, esse valor situava-se nosPosteriormente, o mesmo utente rece-mentos subsequentes ao internamento,dem ser obtidas em www.mus-portugal.org 5,5 (por cada mil crianas). beu a factura n 2.832 do Hospital docomo o caso de emisso da factura emou atravs do e-mail [email protected]. 9. DE 20 DE SETEMBRO A 3 DE OUTUBRO DE 2006MUNDO ANIMAL9 NA ZONA DA FIGUEIRA DA FOZ, SITUAO INDITA NA EUROPABaleia-Piloto beb sobrevive graas a exemplar tratamento- equipa precisa de apoios para ser bem sucedida Uma Baleia-Piloto beb que deu costa no Centro de Portugal no fim do passado ms de Agosto est a sobreviver na zona da Figueira da Foz, num caso indito na Europa, que fica a dever-se ao esforo de uma equipa que a acompanha 24 horas por dia. Mas para alm da voluntria e desinteressada dedicao pessoal, esta equipa precisa de auxlio material de amigos dos animais, j que o tratamento tem custos muito elevados. Foi no passado dia 27 de Agosto que ar- rojou costa portuguesa uma Baleia- Piloto beb, com cerca de 1,70 de compri- mento e que se supe ter ento apenas um ms de idade. Chamaram-lhe Nazar, por ter dado costa prximo dessa praia. Mas a verdade que se trata de um mamfero macho e no baleia, mas golfinho.Globicephala o nome cientfico desta espcie de golfinho que na idade adul- ta atinge uma imponente envergadura de especialista referiu ao Centro, esta esp- como sublinha o veterinrio) para obter aApesar de ser muito difcil levar essa cerca de 7 metros, razo pela qual vulgar- cie de golfinho tem um tempo de amamen-mistura mais adequada para alimentarrdua tarefa a bom porto, os membros da mente conhecida como Baleia-Piloto.tao de cerca de 20 meses. Por isso, quan-Nazar e tentar que sobrevivesse. E a equipa de recuperao do Nazar tm tra-Nazar ter perdido a me por razesdo Nazar deu costa, foram pondera- verdade que a frmula tem dado bons re- balhado afincadamente dia e noite, com um que se desconhecem. Quando tal sucede, a das as graves questes da impossibilidadesultados, a par da assistncia mdico-veteri- apoio extraordinrio dos tcnicos de outros morte , quase sempre, o inevitvel desfe- estatstica em recuperar um cetceo beb. nria que feita a Nazar e do acompa- centros de recuperao nacionais e estran- cho. Mas Nazar teve sorte, j que houve O caso foi entregue aos tcnicos danhamento constante, 24 horas por dia. geiros, atravs de conselhos e sugestes re- quem se apercebesse do seu inslito apare- Sociedade Portuguesa da Vida Selvagem De acordo com Salvador Mascarenhas,sultantes da sua experincia acumulada. cimento, tendo promovido imediata ajuda. (SPVS) que resolveram tentar o (quase) im- decorrido todos estes dias o beb est noDiversos tcnicos de renome internacional Uma ajuda que se mostrou vital, j que, trs possvel. Assim, lanaram mos obra, le- Centro de Recuperao da SPVS a recupe- nesta rea so unnimes em afirmar que, semanas volvidas, o beb continua vivo.vando Nazar para um recinto apropria- rar bem, a ganhar peso, a nadar com destre- apesar das graves dificuldades decorrentesUm caso de sobrevivncia que se julga do, na zona da Figueira da Foz, e procuran-za e a brincar. E acrescenta: Exceptuan-dos parcos meios de que a SPVS dispe, ser nico na Europa, como nos referiu odo a melhor frmula para o leite do beb.do alguns achaques naturais do crescimen- este trabalho tem sido extraordinrio. veterinrio Salvador Mascarenhas, um dos Essa era uma medida de extrema urgncia eto, ele continua a sua caminhada, que resul- Salvador Mascarenhas confessa que ele e abnegados elementos da equipa que temdecisiva, pelo que estabeleceram muitosta da batalha dia-a-dia, devido delicadezaos seus colegas da clnica veterinria conseguido este milagre. Segundo estecontactos (literalmente com meio mundo da sua reabilitao. Vetcondeixa sentem muito orgulho por fazer parte da equipa multidisciplinar que tem acompanhado o golfinho beb, ajudan- do a avaliar as anlises sanguneas regulares, bem como na assistncia mdica em cola- borao com outros elementos da equipa.Muitas pessoas tm sacrificado o seu tempo para poderem ajudar nos turnos 24/24H junto do baby Globicephala. Mas para alm dessa preciosa ajuda, preciso pagar as anlises, a alimentao, os filtros, os medicamentos, os equipamentos dispendio- sos e essenciais para a recuperao do beb, etc, etc, sendo uma conta que no pra de crescer devidos aos parcos apoios financei- ros disponibilizados para a proteco da Natureza. Por isso a SPVS necessita de apoio financeiro urgente para poder ajudar o beb a recuperar e a voltar ao oceano.Por isso aqui deixamos o apelo: Ajudem o golfinho-beb!Quem quiser dar essa ajuda poder faz- -lo contactando a Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem atravs do telemvel nmero 913 241 188. 10. 10MUNDO ANIMAL Calor perigoso2 DE AGOSTO DE 2006 para animais de estimaoO Hospital Veterinrio do Porto alertouaponta a preveno como a melhor formaA respirao ofegante e salivao, o Alm das altas temperaturas, o HVP para o perigo dos golpes de calor nos ani-de evitar os golpes de calor.olhar arregalado ou ansioso, a ausncia deaponta as praganas existentes na relva e os mais de estimao, apontando os mais jo- Nunca deixe o seu animal de estimaoresposta s ordens do dono, a pele muitoqumicos usados para embelezar os jardins vens e idosos e os que tm focinho acha-fechado num carro estacionado e mantenha seca e quente, febre alta, batimento carda-e controlar pestes como os principais peri- tado e excesso de peso como os mais sus-sempre disponvel gua limpa e fresca,co acelerado, fadiga e fraqueza muscular ou gos do Vero para os animais. ceptveis.aconselha. colapso so os principais sinais de que o As praganas podem causar infeces do-Entre os animais mais predispostos a so-Quando o animal mantido num canil animal pode ter sofrido um golpe de calor.lorosas e os qumicos podem envenenar o frer golpes de calor, o Hospital Veterinrioou num recinto fechado, o HVP recomen-Neste caso, alerta o HVP, o dono deve ten- seu animal, explica o HVP no comunicado. do Porto (HVP) destaca ainda os que so- da a verificao de que existem ventilao e tar reduzir a temperatura do animal, imergin-Tambm perigosa nesta altura do ano a frem de problemas cardiovasculares e respi- circulao do ar adequadas, enquanto forado-o gradualmente em gua fria ou usandoleishmaniose, uma doena potencialmente ratrios e os que possuem j um historial dede casa aconselha a preferncia por locais sacos de gelo na cabea e no pescoo.fatal transmitida por um mosquito, assim Quem quer ganhar susceptibilidade s altas temperaturas. com sombra e a no realizao de exerccioDepois o animal de estimao deve sercomo as mais frequentes pulgas e carraasEm comunicado, o Hospital Veterinrioexcessivo nas horas de maior calor.levado ao veterinrio.e as mordidas e picadas de outros animais. um grande amigo?CMARA DE LISBOAIntercmbioD EXEMPLO A SEGUIR de animaisdomsticosQuem tem, ou j teve, ces, sabe que no h amigo mais para contar. Agora alimentada e acarinhada por al- para evitar mais dedicado, companheiro mais fiel.gum que tenta fazer-lhe esquecer a maldade humana.Quem nunca foi dono de um desses excelentes animaisVamos tentar repetir a histria com os outros sobrevi- tem agora oportunidade de confirmar o que se diz acima.ventes. Contamos convosco para ajudar a passar a palavra. abandonoDe facto, h vrios ces espera de que algum queiraBem hajam. adopt-los. O apelo aqui fica, esperando que encontre eco junto deEntre estes, alguns que vivem bem perto de Coimbra ealguns dos leitores do Centro. que esto a precisar urgentemente de algum que deles Os interessados em adoptar um destes companheiros, tome conta.podero ligar para o telemvel 912 454 122.Trata-se de uma situao que h algum tempo foi de- A Cmara Municipal de Lisboa est a levar a cabo uma orig- nunciada por um colaborador do Centro, o veterinrio Labradoresinal campanha de intercmbio de animais domsticos destinada Salvador Mascarenhas, que tem uma clnica em Condeixa. na zona de Lisboa a evitar que estes sejam abandonados pelos donos no perodoA verdade que em Eira Pedrinha, local onde os ani-de frias como, infelizmente, todos os anos acontece de Norte mais estavam em pssimas condies, ainda hoje ali se en- Mais longe da Regio Centro, na zona de Lisboa, h tam-a Sul do Pas. contram seis ou sete a precisar de quem cuide deles. bm uma ninhada de lindos Labradores, pretos, que sero No mbito da campanha, foi criada uma bolsa de voluntriosO que lhes tem valido um pequeno grupo de pessoas oferecidos a quem os tratar bem.que tomam conta do animal de estimao de outra pessoa enquan- amigas dos animais, que regularmente lhe levam alimento Quem tiver o desejo de assim conquistar um fiel amigo, to ela se encontra ausente, por motivo de frias ou outros. e gua.poder entrar em contacto com Paulo Alves Costa, atravsPor outro lado, esses voluntrios tm a garantia de que quandoDe uma dessas pessoas recebemos uma enternecedora do telefone 214 706 200 ou do telemvel 968 776 532.eles prprios se ausentarem, algum cuidar do seu animal de esti- imagem acompanhada do texto que a seguir transcreve- mao. Iniciado em 2003, este exemplar programa desenvolvido mos: pelo Departamento de Higiene Urbana e Resduos Slidos daCmara Municipal de Lisboa e pela Liga Portuguesa dos Direitosdos Animais, contando ainda com a colaborao da SOS Animal.Com a adeso da SOS Animal campanha, vo ser criadasFamlias de Acolhimento Temporrio que aceitam acolher ani-mais durante as frias dos seus donos mesmo sem necessidade dereciprocidade de acolhimento.Ora aqui est um excelente exemplo, que bem poderia serseguido no resto do Pas, onde o abandono de animais, especial-mente no Vero, prtica habitual. Embora sempre condenvel,este abandono muitas vezes justificado pelos donos dos animaiscom o facto de no os poderem levar consigo e no terem alter-nativas, preferindo larg-los na rua, espera de que algum os ali-mente, do que deix-los fechados em casa, condenados a mortecerta.Enquanto este exemplo de Lisboa no posto em prticanoutros pontos do Pas, aqui deixamos os contactos, pois podehaver donos mais escrupulosos que optem por ir deixar os seus Esta a Rosinha. Uma cadela sobrevivente do terrvel fiis companheiros para umas frias na capital, em vez de os aban- caso de Eira Pedrinha, Condeixa. Foi abandonada pelo donar sua sorte na rua. dono fora do canil onde ainda se encontram outros ces Quem quiser aderir a esta iniciativa basta telefonar para o que, apesar de tudo, tiveram a sorte de escapar ao pesade- Departamento de Higiene Urbana e Resduos Slidos (21 325 35 lo dos seus iguais e ainda no foram levados (e abatidos)55) ou atravs do correio electrnico: [email protected] pela edilidade.As inscries sero encaminhadas para a Diviso de Higiene e Os ces dentro do canil precisam de quem os alimente Controlo Sanitrio deste Departamento que, por sua vez, se artic- e estime. Quem adoptar qualquer um deles, ter um amigoular com a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal e SOS fiel e reconhecido para a vida.Animal. Se no tivesse sido salva, a Rosinha no teria muito 11. REPORTAGEM11 Marinhas de sal 2 DE AGOSTO DE 2006NA FIGUEIRA DA FOZ AINDA H 5 MIL TONELADAS DO ANO PASSADO POR ESCOAR podem desaparecer Enquanto que no sculo passado muitas famlias sobreviviam do sal, actualmente, dos quase 2000 marnotos que laboravam na Figueira da Foz, no sobram mais de umas poucas dezenas que vendem o produto do seu trabalho a um preo que consideram insignificanteTexto e fotos de Jos Manuel Simes Convenhamos que quem vende o sal a nove cntimos o quilograma no tem uma actividade muito rentvel. Como, em mdia, uma marinha com um hectare produz, por poca, 100 toneladas, sobra muito sal. Na Figueira da Foz, a safra de 2005 ainda no foi escoada, existindo quase 5000 toneladas acumuladas em armazns. Os mais pessi- mistas receiam que as marinhas de sal ve- nham a desaparecer e que os marnotos te- nham que se dedicar a outras actividades.Pese embora os esforos que tm sido feitos para salvar esta secular profisso, a verdade que os marnotos esto a ter difi- culdades em sobreviver. Cada vez so menos os interessados em se dedicar a esta funo, como o comprova o facto de, das cerca de trs centenas de marinhas que compem o salgado figueirense, actual- mente s funcionarem 44. E nem a tentati- va de comercializarem outros produtos de- rivados do sal (por exemplo ervas aromti- essa concorrncia, que os marnotos as pessoas, e est a devorar o nosso, quebarraces em madeira enquanto eles dei- cas e sais-de-banho) parece conseguir ame- consideram desleal, que representa um dos no leva nenhuma mistura, diz, aconse-xam o sal na rua coberto com uns plsticos, nizar a crise do sector. maiores problemas para os produtores de lhando que o sal de mina seja usado na in-o nosso sal branquinho e brilhante, pare-Para piorar as coisas, as chuvas que se fi- sal da Figueira da Foz. verdade que em dstria e o das salinas na culinria. Digo ce neve, enquanto o deles amarelado por- zeram sentir em meados o passado ms depases como a Frana os marnotos estoisto com conhecimento de causa, pois j fuique tem argila, denuncia. Julho, associadas falta de vento, provoca- mais desenvolvidos que ns, que continua- a Frana ver como eles trabalham, pensan- Se a situao no for invertida a tendn- ram uma quebra na produo relativamente mos muito atrasados. Tm grandes coope- do eu que ia descobrir alguma coisa. Afinal, cia para a nossa actividade morrer, consi- ao ano passado. Todavia, o maior problemarativas e esto bem associados, explica. percebi que tudo o que ns temos melhor. dera. Porque o sal est barato e tem cada dos marnotos o escoamento. Os revende- Mas o pior que eles esto envolvidos As nossas salinas esto preparadas com ma- vez menos sada. Antigamente, o sal servia dores preferem o sal industrial francs ecom sal de mina, que prejudica gravemente deira, enquanto eles tudo em terra, temospara conservar o peixe e a carne, era utiliza- turco por ser adquirido a preos bastante do em barcos e navios bacalhoeiros, enquan- inferiores. A reportagem do jornal Cen-to que hoje tudo congelado. Com isto, per- tro comprovou que os armazns estodeu muito, afirma, dando a entender que a cheios e os marnotos gente que se levan-sua salvao o que vende a 22 cntimos ta ainda de madrugada para retirar o sal quepara a Serra da Estrela, para fazer queijo. j est produzido e colocar gua nas mari- nhas esto deveras preocupados. Isto est a perder-se!Z do sal:Apesar de ter sido criada a associao de de Frana Serra da Estrelaprodutores figueirense Fozsal, Z do sal opina: No estou a ver muito bem que comH quase duas dcadas que todos conhe- isso a gente chegue l. um bocadinho com- cem na Figueira da Foz o marnoto Jos plicado. Fala-se muito mas para se chegar Brito Jacinto por Z do sal. Foi um realidade muito custoso. E, como as coisas amigo que o chamou para esta actividade no comeam a andar para a frente as pesso- que de l para c no se desenvolveu as desanimam, explica, para, de seguida, vol- muito. Pode ser, acredita, que as coisas ve- tar a denunciar: Nunca tive o apoio de nin- nham a mudar se as pessoas compreende-gum, nem da associao, nem do Governo. rem que este nosso sal totalmente puro,Tudo o que consegui foi minha custa. que vem do mar, que no tem nada a verAntigamente havia o hbito de famlias in- com o sal de mina que faz mal sade e teiras trabalharem em conjunto nas salinas. no tem nada de natural, considera. Continua na pgina seguinte 12. 12 REPORTAGEM2 DE AGOSTO DE 2006 Marinhas de sal da Figueira Continuado da pgina anterior Agora, isso est a perder-se cada vez mais. Cada um tem que defender-se a si prprio. Noutros tempos, quando era para esgotar as salinas, ajudvamo-nos uns aos outros. Per- deu-se tudo isso. A justificao prende-se com o rendimento obtido. Por isso, da ma- neira como eu ando l e vejo, pelos muitos meses que a gente passa sem ganhar nenhum dinheiro, no se vislumbra nenhuma luz no horizonte. Uma pessoa que ganha o salrio mnimo passa por dificuldades mas, no nosso caso, a situao ainda pior. E depois isto joga tudo com o tempo que, se corre bem, ainda nos podemos safar. O pior que, se corre mal, vemos tudo a andar para trs. Para se proceder a uma correcta manu- teno, fundamental manter os barraces e as madeiras em perfeitas condies de hi- giene. O que nem sempre feito pois, co- mo os lucros so poucos as pessoas no podem fazer investimentos.Tratados como escravosZ do sal s v uma soluo para que a sua profisso no morra: Aumentar o preo do sal. Se isso no acontecer, no vamos conseguir andar para a frente. Por outro lado, como as grandes empresas, multinacionais, como a Vatel, nos tm na mo, tratam-nos como escravos. Isto devia dar para toda asal no tem ningum na famlia que se in- gratificada por viver na regio?rato que um quilo de fruta. E d para muito gente, mas a verdade que uns vivem bem de- teresse por dar continuidade sua profis-Outro marnoto, Jos Augusto Pedrosatempo. Jos da Silva vende 1000 quilos de mais e outros esto na misria. E a que estso. Eles sabem que aquilo muito traba- da Silva diz que gosta muito da sua terra.sal por 90 euros. A dividir por dois so 45 o mal. Porque se ns formos oferecer o nosso lhoso, mal remunerado e muito dependente Comeou a trabalhar com 13 anos, quando euros a cada um. com isso que eu me vou sal a essas grandes empresas, s o aceitam sedo clima. Quando chove, o servio atrasa e as Abadias ainda eram uma enorme quinta.governar?, questiona. for ao desbarato. E no pode ser, porque a qualidade do produto diminui drastica- Hoje, com 68, continua dedicado a uma assim ns ficamos cada vez mais decadentes e mente, porque a chuva, ao cair, suja e turva vida que no presta para nada. No presta eles cada vez mais ricos. Quem perde oo sal, e a gente j no o consegue apurar. porque se trabalha e nem sempre se rece- Quando a Lua comanda o sal consumidor. O sal que eles compram nosempre prejuzo.be. A gente vende uma tonelada de sal, me- Eu j tenho andado por a em jornais a tem qualidade nenhuma, pois leva branquea-tade para mim e outra metade para o donodizer que esta vida dura e ningum a mentos e outros preparos qumicos. da salina. Nunca se chega a arranjar nada.quer, afirma, tambm ele apontando oSe fosse hoje, Z do sal teria pensado Andamos aqui seis ou sete meses sem rece- dedo concorrncia. O sal daqui aUma tonelada de sal duas vezes antes de ter escolhido esta pro- bermos nem um tosto. sua volta, j se Natureza que o faz e que o derrete. feitos rende 45 euros fisso. S vim para esta actividade porque A Figueira da Foz continua a ser a rainhavem salinas em pousio por no haver quem para a gua. No leva qumica nenhuma. na altura era pedreiro e andava de um lado das praias de Portugal. Possui uma oferta di-as queira trabalhar. H cada vez menos As anlises comprovam que o seu sal de para o outro. Fartei-me. Pelo menos, assim,versificada de animao turstica e cultural e pessoal interessado nesta arte. Quando os qualidade. Depois de ter tirado umas pin- trabalho sempre no mesmo lugar, conta.um extraordinrio meio ambiente (serra, riovelhos acabarem no vai haver quem venhagas de guas velhas, que ficam chocas e noPai de dois filhos, uma rapariga, quee praias de qualidade) mpar no panorama para aqui. Porque a rapaziada nova no quer apuram o sal, mostra-nos o certificado de est a acabar o curso de Engenharianacional, afirma Duarte Silva, Presidente trabalhos muito puxados. Isto duro e nogarantia. Qumica na Universidade de Aveiro, e umda Cmara local. E isso chega para que a sua d para a gente poder viver. Esta vida Jos da Silva comea a livrar os traba- rapaz que est bem empregado, Z dopopulao, sobretudo a mais idosa, se sintamuito m. Um quilo de sal ainda mais ba-lhos a partir de Abril. Dois meses depois O cartel do salSal tradicional H oito anos que um sofisticado cartel presas que excedessem essa quota teriam do sector do sal vinha funcionando na per- feio. At que, recentemente, a autoridadeque pagar uma penalizao s restantes ouento tinham que comprar sal s que ti-nos supermercados da concorrncia desmantelou um acordonham uma quota inferior estabelecida. feito margem da lei, que ter lesado con- Os membros deste cartel encontravam-Uma boa notcia para os marnotos. Tudo indica que, no prximo ano, o sal tra- sumidores e indstria em mais de 5,6 mi- se regularmente entre 1997 e 2005 paradicional vai poder ser vendido nos supermercados. Depois de uma luta que durou lhes de euros. As quatro principais em- trocarem informaes de forma a contro- seis anos, os produtores de sal tradicional da Figueira da Foz vo poder certificar o presas da indstria do sal (Vatel, Salexpor, lar as suas vendas para poderem restringirfruto do seu trabalho e, consequentemente, poder vend-lo a retalho, em embala- Sociedade Aveirense e Salmex), que repre-as quantidades colocadas no mercado degens prprias e com o selo de certificao de origem. O processo j foi aprovado sentam entre 75 a 90% do mercado, foramforma a fazerem subir os preos, informa na Assembleia da Repblica, faltando agora o parecer do Parlamento Europeu. multadas em mais de 910 mil euros. o Presidente da Autoridade da Concorrn-Segundo a associao de produtores figueirense Fozsal (entidade que defende os in- Acordavam a fixao de quotas de merca- cia. A empresa mais penalizada foi a multi- teresses dos marnotos e tenta contribuir para escoar o sal) existem trs pases inte- do, fixao directa de preo e clientela e de- nacional Vatel, que vai ter que pagar maisressados nesta certificao: Portugal, Espanha e Frana. Assim, a comercializao finio de condies de comercializao. de 540 mil euros, enquanto que a Salexpor do sal tradicional ir comear em simultneo nestes pases, representando uma Um esquema que comeou a ser investiga-foi multada em 225 mil euros. Caso discor-mais-valia econmica para todas as entidades envolvidas. do no incio do ano passado na sequncia dem da deciso da Autoridade daAs 30 salinas da Figueira da Foz que se candidataram a este projecto receberam de uma denncia e que visava manter alto Concorrncia, as empresas podem recor-certificao de qualidade, o que confirma que o sal figueirense, a par do algarvio, o preo do produto no mercado. As em-rer ao Tribunal do Comrcio.so os que tm mais qualidade no nosso pas. 13. 2 DE AGOSTO DE 2006 REPORTAGEM 13da Foz inicia o processo de limpeza, retirando as lamas. A partir de Julho comea a retirar o sal. O pior quando chove no Vero que atrasa tudo e no deixa apurar.Jos recorda-se da sua infncia. Saa da escola e vinha para as salinas. Quando no fazia o trabalho de forma conveniente, ou se esquecia dos nomes das marachas, o pa- tro puxava-lhe as orelhas. Foi para o Brasil trabalhar em salinas. J morreu. Deixou isto tudo aos sobrinhos e nunca mais voltou. Eu que nunca daqui sa. Recorda, saudoso, outros tempos, outras luas. Sabia que a gente s abastece de 15 em 15 dias quando a lua est cheia?, inter- roga. quando as mars so mais altas e a melhor gua chega do rio, porque a mais doce empurrada para o cima, explica.Z do sal confirma isso enquantoproblema que ningum valoriza isto. aponta as suas salinas. Isto tudo por prai- Ningum quer pagar o preo que o sal me- as. Praia de baixo, praia do meio, talhes, sertes, cabeceiras, meias cabeceiras, vivei-rece. E, uma vez que em termos econmi-cos no lucrativo, muito duro e d cabo Para alm da cozinha ros. H atalhos, caneiros, carreiras, tudo da coluna, ningum quer vir para aqui. IstoFalar de sal muito mais do que falar de cozinha. Para alm do consumo ali- tem nome, explica.est a acabar. uma funo em extino, mentar, o sal tem muitas outras aplicaes, sendo um dos produtos mais utilizadosSua esposa, Maria do Rosrio, chega das cr a estudante de Engenheira Qumica que na indstria, desde a construo civil at ao fabrico de vidro, passando pela produ- suas actividades para ajudar nas tarefas doexplica que o principio bsico da sua futura o de tintas e pela metalomecnica. O sal tambm uma importante matria- marido. H 17 anos que coopera com ele.profisso poder verificar-se numa salina. prima no fabrico de sabo e de detergentes, bem como na produo de cloro. Trabalho numa fbrica e depois venhoAo seu lado, o seu pai, olhar pousado em para c. Gosto de aqui andar, diz, enquan-parte incerta, lamenta que as suas marinhasTambm a indstria qumica, nomeadamente a farmacutica, utiliza muito este to pega no rodo. No tm empregados. de sal no possam ser reconvertidas noutra produto. Numa leitura atenta aos folhetos informativos que acompanham os me- So os filhos e o namorado da filha que actividade. Qualquer dia ningum mais sedicamentos, percebe-se que na composio de muitos comprimidos h sal, certa- nos vm ajudar. Dulce Brito, a filha, cr vai lembrar da nossa profisso, afirma, mente designado no texto por cloreto de sdio. O mesmo cloreto de sdio que que a actividade do pai qualquer dia no algo desolado. Ento, o marnoto ser ape-aparece na composio de uma gua com gs ou at de um perfume. ser mais do que uma grata recordao. Onas uma saudosa recordao. 14. 14DESPORTO2 DE AGOSTO DE 2006CHEFE DE COZINHA DE COIMBRA AUTOR DE GOLOS DA SELECO NO MUNDIALFrangos de Lus Lavrador ajudaram Os frangos que consentiuFrancisco Parasos fizeram bem Seleco portuguesa que to boa figura fez no recente Campeonato Mundial. Ele foi um dos melhores jogadores dessa Seleco, pois em todos os jogos esteve em campo, tanto actuando na defesa (da sade e boa forma fsica dos futebolistas), como no ataque ( fome e ao desgaste dos atletas), conseguindo, com os seus companheiros de equipa, deliciosas fintas rotina e surpreendentes remates. Falamos de Lus Lavrador, chefe de cozinha do INFTUR, que com outro craque da gastronomia, o chefe Hlio Loureiro, lideraram uma equipa que, embora jogando nos bastidores, foi de enorme importncia para o bom desempenho que os futebolistas portugueses tiveram neste Campeonato, onde conseguiram um muito honroso 4. lugar.Jorge Castilho Tal como sucede na maior parte dos es- pectculos, tambm no futebol quem se evidencia so ao atletas que em campo andam aos pontaps bola, os tcnicos que orientam as equipas e os rbitros.Mas para que essas estrelas possam brilhar, nos bastidores muita gente tem deLus Lavrador entre dois craques da Seleco Nacional trabalhar, de forma competente, para que nada falte aos atletas. Desde os roupeiros vio, mas que de uma forma geral ele se- porcionar-lhes boa alimentao, que os aju- Mas, de uma forma geral, todos comiam que lhes preparam os equipamentos at aosguido risca.dasse a compensar o esforo de treinos e as mesmas coisas. Contudo, h algumas re- mdicos e massagistas, passando pela equipaUma das excepes aconteceu porque, jogos.gras curiosas, que Lus Lavrador nos revela. de cozinha, que tem a seu cargo a enorme por uma feliz coincidncia, na localidadeLus Lavrador refere que no Hotel onde Por exemplo, em dia de jogo, o almoo responsabilidade de os manter em forma.alem onde se situa o hotel de que aa equipa permaneceu mais tempo tiveram a era constitudo por massas, carnes brancasE no se pense que isso coisa fcil.Seleco Portuguesa fez seu quartel-gene-sorte de ter uma cozinha s para eles, con-e secas (por exemplo frango ou peru).O jornal Centro foi ouvir o Chefe Lusral, vive um cidado portugus que com-tando com a ajuda de trs alemes muitoQuatro horas antes do jogo era servida uma Lavrador, monitor de cozinha e pastelaria do ercializa produtos importados do nossocooperantes. Mas nos outros locais tinhammerenda aos atletas, composta por bis- INFTUR, que juntamente com outro presti- Pas. de partilhar a cozinha, o que se torna mais coitos aucarados, po, caf, ch, sumos. giado profissional, o Chefe Hlio Loureiro,Assim, tal tornou possvel, por exemp- complicado, mas acaba sempre por fun- Depois dos jogos, a refeio talvez h muitos anos integra a equipa de cozinha lo, que no dia de Santo Antnio tivssemoscionar. ainda mais importante, para recuperar ener- que acompanha as Seleces Nacionais defeito uma tpica sardinhada portuguesa, as-Lavrador diz-nos ainda que o Chefe H-gias. Assim, ainda no balnerio os esgota- Futebol por esse Mundo fora, tratando de sando sardinha fresca acabada de chegar delio Loureiro ia sempre frente, de molde ados atletas tm sua disposio fruta, manter os jogadores em forma atravs dePeniche. Foi uma festa!. que tudo estivesse organizado quando a Se- iogurte, frutos secos. Uma hora depois a uma alimentao adequada, mas apetitosa. leco Nacional chegava. vez dos hidratos de carbono. A refeio Porque a nossa funo era adquirir osprincipal. depois do jogo, constituda poralimentos, prepar-los, confeccion-los epeixe (rodovalho, linguado, robalo).GASTRONOMIA PORTUGUESAdistribu-los pelos vrios elementos da Lus Lavrador refere ainda que, na maior EMENTAS SO PLANEADASAJUDA A MANTER A FORMA O Chefe Lus Lavrador revela que deSeleco.parte dos casos, os jogadores no tm fome AINDA EM PORTUGALNa informal conversa com o jornal Portugal levaram alguns gneros - como,logo aps o grande esforo fsico, mas ape- Centro, o Chefe Lus Lavrador comeoupor exemplo, o indispensvel bacalhau, nas horas depois. por nos revelar: queijos, enchidos. E tambm azeite e alguns Quando lhe perguntmos se no haviaALGUNS SEGREDOSAs ementas so todas elaboradas em bons vinhos nacionais. Depois, ele e o alguns jogadores mais exigentes, ou queDA ALIMENTAO Portugal, antes da partida das seleces.chefe Hlio Loureiro iam s compras nosprevaricassem, Lus Lavrador afirmou:DOS CRAQUES Assim aconteceu agora neste Campeonato mercados alemes, para escolher produtos O Chefe Lus Lavrador esclarece que, Os jogadores so profissionais, e quan- do Mundo da Alemanha. Tnhamos asfrescos de qualidade. como natural, o planeamento das refei- do chegam a esta altura sabem que tm de ementas programadas para os dias todos, Apesar de grande parte dos jogadoreses era feito em conjunto com a equipater este tipo de alimentao. Por isso todos desde o da chegada at ao da final. E isto da Seleco estarem habituados a outro tipo mdica.a aceitam sem protestos. Alis, ns tenta- porque sempre admitimos que Portugal de gastronomias, porque jogam em equipas Em casos pontuais, havia um jogador mos que, atravs da forma como as coisas no s podia chegar final, como ganh-la estrangeiras, em pases com hbitos ali-que precisava de perder um bocadinho deso confeccionadas, dos temperos, as e tornar-se campeo do Mundo!.mentares muito diferentes, a verdade quepeso, outro que precisava de recuperar umrefeies agradem a todos.Acrescentou que s vezes se fazem al- todos eles continuam a preferir a cozinha pouco mais e isso condicionava o queNo que toca a vinhos, a maior parte dos gumas alteraes a esse planeamento pr- portuguesa. E a nossa preocupao era pro-lhes era servido.jogadores no os consumia, apesar de 15. 2 DE AGOSTO DE 2006DESPORTO15 DE FUTEBOLPortugal a ganharFrancisco Paraso O chefe Lavrador proporcionou uma sardinhada Seleco no dia de Santo Antnio terem disponveis excelentes vinhos por-sintam bem e at para os estimular, em ter- pusesse bandeiras nacionais a esvoaar, das 50 dias. E que em todo esse perodo tudo tugueses. mos psicolgicos. janelas aos automveis, passando pela indu- correu de forma exemplar.Esta malta jovem prefere outro tipo de Assim, a preparao da sala de refeies mentria das senhoras. Felipo dava o exemplo, e mesmo bebidas comenta Lus Lavradorera feita com grandes cuidados. aps as vitrias, nos balnerios, festejava-sePor exemplo, os atoalhados muitas vezescom muita alegria mas sem excessos. exibiam as cores da seleco.Um ambiente extraordinrio! sublinha. EXPERINCIAE a decorar as mesas havia sempre arran-Como extraordinrio, dizemos agora ns A PSICOLOGIA MESA ENRIQUECEDORAMas no se pense que a funo desta ex-jos de flores, preparados com muito cari- que com ele falmos, tem sido o trabalho NUMA FAMLIA FELIZ periente equipa de profissionais de cozinha nho, e que a maior parte das vezes recor-Lus Lavrador no esconde o seu entu-de Lus Lavrador (cujo curriculum, que se fica apenas pela confeco dos alimen- riam a flores de em tons de verde, vermelho siasmo pelo xito obtido pela Seleco. Ele junto se publica, bem eloquente). tos.e amarelo, a evocar a bandeira nacional.assistiu a todos os jogos, esteve nos bal- Assim, e glosando um outro Lus (o deSegundo nos relata o Chefe Lus La- Um gesto simptico, certamente aprecia-nerios a festejar todas as vitrias e a parti- Cames), bem se pode dizer que Lus vrador, h toda uma srie de pequenos por-do por todos, mas sobretudo por Felipelhar alguma tristeza com as derrotas. Lavrador cozinhando tem espalhado por toda menores que no so descurados, no senti- Scolari, o seleccionador que desde o Lembra que aquele grupo que constitua a parte as glrias gastronmicas lusitanas, do de contribuir para que os jogadores se Europeu conseguiu que Portugal inteiroa Seleco Nacional coabitou durante quaseporque a tanto o ajudam o engenho e a arte... Mais de duas dcadas a cozinhar Jos Lus Pimentel Lavrador nasceu em Seixo de Mira Entre 1988 e 1991 foi Monitor-Chefe no Institutoreciclagem por todo o Pas, mas com o mesmo gosto eem 3 de Maro de 1959.Nacional de Formao Turstica. Em 1991 vem para a entusiasmo tem orientado muitos cursos de formao ini- Concludo o curso complementar dos liceus (rea de recm-criada Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, cial de cozinha /pastelaria para desempregados e para co-Cincias) na Escola Secundria de Cantanhede, decidiu onde se mantm at hoje, como Monitor-Coordenador de zinheiras de instituies de solidariedade social.enveredar por uma actividade de que gostava: a cozinha. Cozinha.Tem participado em jris de prestigiados concursos in- Assim, matriculou-se no curso de cozinha/pastelaria,Ao longo de todos estes anos tem procurado valorizar-se ternacionais, em Portugal e noutros pases (como Canadconcludo em 1983, com a classificao de 17 valores, naem muitas outras reas, tendo frequentado um curso dee Suia), e na divulgao da gastronomia portuguesa emEscola de Hotelaria do Porto (Ncleo Escolar de Vidago).ps-graduao em gesto hoteleira, aces de formaodiversos pontos do Mundo, desde a Holanda at Macau. Estagiou no Hotel das Termas da Curia e iniciou a suapsico-pedaggica para formadores, formao em gesto deTem ainda feito diversas palestras sobre alimentao, gas-carreira como cozinheiro do Hotel Palace de Vidago em equipamentos, em informtica, um estgio profissional na tronomia e sade.1983. Escola de Hotelaria e Turismo de S. Nazaire (Frana). Para alm disso, h muitos anos que faz parte da briga- Logo no ano seguinte comeou a ensinar aos mais Mas a sua grande paixo mesmo a cozinha, a sua pr- da de cozinha responsvel pela pela alimentao das vriasnovos (e tambm a muitos mais velhos): foi monitor de tica e o seu ensino. equipas da Seleco Nacional de Futebol.cozinha no Ncleo Escolar de Vidago e chefe de cozinha E tem ensinado muitas geraes de cozinheiros, hojeCom este brilhante curriculum, no surpreende queno Hotel Afonso V (Restaurante A Cozinha do Rei), emespalhados por alguns dos mais reputados hotis do Pastenha sido justamente condecorado pelo Presidente daAveiro, onde se manteve at 1988. e do estrangeiro. Tem ministrado cursos de formao eRepblica. 16. 16DESPORTODE 20 DE SETEMBRO A 3 DE OUTUBRO DE 2006CAPITO DA NAVAL AMBICIONA JOGAR MAIS TRS POCAS Gostava de terminar a minha carreira na Naval Fernando afina pelo do treinador. Subiu a Naval, depois veio nova- discurso dos responsveisOS MELHORES MOMENTOS, mente salvar o clube da despromoo, do clube e aponta a manutenoNO FUTEBOL, ento o seu mtodo de trabalho j co- como objectivo, reforando,FORAM PASSADOS nhecido e isso meio caminho andado ao mesmo tempo, que para o sucesso. NA NAVALa permanncia de RogrioComo a sua relao com Certamente que, ao longo destas Gonalves e da maioriaele? oito pocas que j leva de Naval, do plantel da poca transactaTenho uma relao espec- teve diversas propostas para aban- so factores preponderantes tacular com ele. Esta ser a donar o clube, Por que nunca o para o sucesso que deseja terceira poca que fao comfez? para a Naval. Os seus 32 anos ele e temos mesmo uma re- Para abandonar o clube, finan- lao fantstica. Alm de ser ceiramente teria que valer a pena. j lhe permitem, tambm, meu treinador, uma pes-Logicamente, o jogador tem que deitar um olhar sobre o futurosoa muito amiga, princi-pensar na sua vida e ver a parte ps-futebolpalmente fora de campo. financeira. Tive algumas pro- No existe, hoje, ne-postas, vrios anos, mas no jus- Bruno Garrido nhum jogador da Naval tificavam a minha sada do clube, que no goste dos mto-em primeiro pelo prprio estatuto Como capito de equipa, obviamente, dos do treinador. que j tenho aqui. J conheo a desempenha um papel importante na inte-casa e j estou adaptado pelo que a grao dos novos reforos. Como que seA liga bwin.com sofreu, minha sada teria que ser justificada tem processado essa mesma integrao? esta poca, uma reduo dos pela parte financeira, s que a Naval d- Tem corrido super bem. Os jogadores clubes participantes. Serme todas as condies, tenho um con- que vieram, chegaram com o pensamento que a Naval poder retirar da al- trato com o qual estou satisfeito, ento de ajudar a Naval, isso tambm j foi faladogum benefcio?para sair do clube teria que ser uma situa- antes de assinarem contrato. Tive a vida fa-As maiorias das pessoas esto en-o muito tentadora. cilitada nesse sentido, pois os novos joga- ganadas ao achar que o cam- dores, para alm da sua qualidade, so pes- peonato fica mais faci-Com 32 anos j v o final da carreira soas de bom carcter. Nesses quinze diaslitado com a re- mais prximo. Pretende continuar liga- deu para provar isso.do ao futebol? Enquanto puder jogar e ser tilO que podemos esperar da ao clube, vou jogar. Penso que Naval esta poca?poderei jogar mais trsO objectivo da Naval , de anos, contando com novo, a manuteno. Oesta poca, de- clube tem como objecti- p e n d e n d o, vo cimentar a sua posi- tambm, de o na primeira ligaoutros fa- para depois poderctores, almejar um poucocomo mais, melhorar aleses, classificao, que, mas o objecti-gra- vo principal as mesmo a manuten- o no campeo- nato.Falar de Taa UEFA ou algo maisduo das equipas. A concorrncia maior,H, em Portugal, a ideia de que os a deus, nunca tive nenhuma grave. Estou a ambicioso , ento surrealista h mais jogadores disponveis, ento asclubes vivem acima das suas possibili-terminar um curso de Educao Fsica eIsso no passa pela cabea de nenhum equipas tornam-se ainda mais equilibradas. dades. Sente que isso tambm acontece tenho como objectivo seguir ligado parte jogador, nem dos dirigentes da Naval. Eu, particularmente, no sou a favor da re-na Naval? fsico, como preparador fsico e continuar Logicamente que, conseguindo a manuten- duo de clubes, acho que teria, isso sim,Esta a oitava poca que fao na Navalligado ao futebol. o, o que vier ser lucro. que haver um incentivo dos clubes, tornan- e sei um pouco da realidade do futebol por- do-se mais organizados, melhores no cap-tugus. A Naval posso dizer que uma ex-Pretende terminar a carreira na Naval?A manuteno do tcnico Rogriotulo financeiro. cepo, pois, no existem salrios em atra-Gostava que assim fosse porque passei Gonalves um factor importante para Assim, o campeonato seria mais longo e so, nem nunca existiram. Nesse captulo,metade da minha vida futebolstica na o sucesso desta poca?com maior tempo para uma possvel recu-acho que dos melhores clubes que exis-Naval e os melhores momentos que passeiCom certeza! Acho que um dos factosperao, porque, da forma que est, um tem na liga. No um clube que pague no futebol foram aqui, na Naval. Ento, preponderantes. Primeiramente, a manuteno clube que perca dois ou trs jogos, possi- muito, s que aquilo que promete cumpre!seria muito gratificante terminar a minha da maioria do grupo de trabalho, a espinhavelmente, pode no ter tempo de se reabi-Ao longo destas oito pocas que aqui estou, carreira na Naval e, de preferncia, em dorsal, como se costuma dizer e, logicamente, litar. foi sempre dessa maneira. grande plano. 17. 2 DE AGOSTO DE 2006 DESPORTO17Antigos jogadores e dirigentes da Acadmica muito crticos para a actual Direco O Presidente dos Veteranos da Acad- Na opinio de Jos Belo urgente re- O equipamento da Acadmica estatuta- Fernando Pompeu vai mais longe, ao mica de Coimbra, Jos Belo, manifestou na flectir sobre a reorganizao da Acadmica riamente preto e em alternativa branco eafirmar que a Briosa est a prostituir- passada semana a sua preocupao peranteno sc.XXI, a fim de inverter o processo deos nmeros nas camisolas devem seguir a se, ao permitir a insero de nmeros a gradual descaracterizao da AAC/OAF, fragilizao crescente que se acentua.mesma norma. Fora disto uma violaodourados nos equipamentos de jogo. relativamente poltica desportiva e histri- Acho que h uma crise de identidadedos estatutos, afirmou o ex-dirigente.Com esta medida, fica claro que a ca do clube de futebol. preocupante e sem a dimenso humana, aFernando Pompeu, Vice-Presidente daBriosa est venda e que no deliberado Temos que ser os guardies do templo.Acadmica anda deriva, reiterou o Direco de Campos Coroa, em artigo que conspurcar da sua centenria e prestigiads- A Direco tem que respeitar os estatutos Presidente dos Veteranos, dando como publicou, afina pelo mesmo diapaso e con-sima camisola, est a leilo tambm a sua do clube e, se alguma vez vir a Acadmica exemplo os tempos de homens verdadeira-sidera que a colagem da actual Direco a alma de instituio sui generis, ora meta- vestida de outra cor que no o preto e omente acadmicos como Mal, Marques, estratgias de marketing no desculpa o morfoseada em banal meretriz, que sobe ou branco, saio imediatamente do Estdio, Vasco Gervsio, entre muitos outros. atropelo aos estatutos de um clube que ul-desce a saia, sem pudor ou vergonha, ao frisou o dirigente, referindo-se a eventuais A Acadmica tem actualmente no seutrapassou os 100 anos de histria.sabor das suas convenincias e necessidades alteraes nos equipamentos do clube. plantel 26 jogadores, quase metade dosSei que desde que haja a garantia dafinanceiras, acrescentou o ex-dirigente. Apesar de sossegado e tranquilizado pelas quais so estrangeiros: 10 brasileiros, um bola na rede, muitos dos scios da Em causa est a utilizao de equipa- palavras do actual Vice-Presidente, Vasco argentino e outro senegals. Acadmica encolhero os ombros se a mentos cinzentos e a cor escolhida para o Gervsio, que j considerou que o tradicionalequipa jogar de azul, como o faro se actu- terceiro equipamento, o azul, com nmeros traje (preto ou branco) deve imperar no clube, ar de verde ou de vermelho. Sei finalmenteamarelos. Jos Belo discorda de algumas polticas despor-que, com os dirigentes que temos, unica- No seu artigo de opinio, Fernando ANTIGOS DIRIGENTES tivas que esto a ser implementadas na Briosa. mente virados para a estratgia do negcioPompeu acusa o actual presidente, Jos MUITO CRTICOS A formao est a ser descurada e o es-Tambm na semana passada, Campos e completamente insensveis aos princpios, Eduardo Simes, de descaracterizar a trangeiramento est a ser exagerado. TemosCoroa, ex-Presidente da Acadmica, consi-ao iderio, imagem histrica da instituio Briosa, no s nos smbolos histricos, que manter a diferena. O nosso produto derou que a utilizao de equipamentos dee aos seus sagrados smbolos, tudo, mas como nas promessas no cumpridas: os muito especial e da sermos o clube maiscores diferentes do preto e do branco tudo mesmo, hoje possvel, salientou o campos do Bolo, o saneamento do passi- consensual a nvel nacional, disse.uma violao dos estatutos do clube. ex-dirigente. vo, entre outras. Campos Coroa indignado comAvanado brasileiro modernices nos equipamentos Anderson CostaCampos Coroa, ex-presidente da Acadmica, con-e aos seus sagrados smbolos, tudo, mas tudo mesmo, o 13. reforosiderou hoje que a utilizao de equipamentos de hoje possvel, salientou o ex-dirigente.O avanado brasileiro Anderson da vinda de Bruno Moraes, avana-cores diferentes do preto e do branco uma violao Fernando Pompeu vai mais longe, ao afirmar que aCosta, de 22 anos, mais um refor-do brasileiro do FC Porto que esta-dos estatutos do clube. Briosa est a prostituir-se, ao permitir a insero o da Acadmica, para a disputa da giou na Holanda at sexta-feira pas-O equipamento da Acadmica estatutariamente de nmeros dourados nos equipamentos de jogo. I Liga portuguesa de futebol.sada, pelo que s agora o treinadorpreto e em alternativa branco e os nmeros nas cami- Com esta medida, fica claro que a Briosa est Anderson proveniente doholands dos drages, Co Adria-solas devem seguir a mesma norma. Fora disto umavenda e que no deliberado conspurcar da sua cente- Dnamo de Zagreb, mas j actuouanse, dar o seu aval para vir paraviolao dos estatutos, afirmou o ex-dirigente.nria e prestigiadssima camisola, est a leilo tambmnum dos mais prestigiados emble- Coimbra.Fernando Pompeu, vice-presidente da direco de a sua 'alma' de instituio 'sui generis', ora metamor-mas do seu pas, o Vasco da Gama.Com este reforo, passam a 13 osCampos Coroa, em artigo hoje publicado, afina pelofoseada em banal meretriz, que sobe ou desce a saia, Depois, representou o Crdoba, deat