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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 278 * Fevereiro de 2014 Págs. 04 e 05 Terço dos Homens O amor que transbordou das entranhas de um Deus Amor fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. A mesma mão divina apontou-nos a felicidade, a plena reali- zação no jardim do Éden. Mãos que constroem! Pág. 10 Veja a entrevista que o Jornal Santa Edwiges fez com o Pe. Bennelson Barbosa. Ele nos conta como foi trabalhar no Santuário Santa Edwiges. Entrevista com o Pe. Bennelson Barbosa Primeiro dia da Novena Anual de Santa Edwiges Notícias No primeiro dia da Novena de Santa Edwiges, contamos com a partici- pação do cantor Caco Soares em todas as celebrações, homenageando nossa Padroeira. Pág. 09 Vocações Manter a Chama da Vocação Pág. 11 Pág. 08 “Antes de mais nada, se quisermos possuir a energia e a fortaleza necessária para o nosso propósito, deveremos buscar a nossa fortaleza no Céu”. (São José Marello) Entrevista Vigília de Natal No dia 24 de dezembro a Comunidade Paroquial participou no Santuário Santa Edwiges da Vigília de Natal, uma festa de alegria e de encontro.

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STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 278 * Fevereiro de 2014

Págs. 04 e 05

Terço dos Homens

O amor que transbordou das entranhas de um Deus Amor fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. A mesma mão divina apontou-nos a felicidade, a plena reali-zação no jardim do Éden.

Mãos que constroem!

Pág. 10

Veja a entrevista que o Jornal Santa Edwiges fez com o Pe. Bennelson Barbosa. Ele nos conta como foi trabalhar no Santuário Santa Edwiges.

Entrevista com o Pe. Bennelson Barbosa

Primeiro dia da Novena Anual de Santa Edwiges

Notícias

No primeiro dia da Novena de Santa Edwiges, contamos com a partici-pação do cantor Caco Soares em todas as celebrações, homenageando nossa Padroeira.

Pág. 09

VocaçõesManter a Chama da Vocação

Pág. 11

Pág. 08

“Antes de mais nada, se quisermos possuir a energia e a fortaleza necessária para o nosso propósito, deveremos buscar a nossa fortaleza no Céu”. (São José Marello)

Entrevista

Vigília de NatalNo dia 24 de dezembro a Comunidade Paroquial participou no Santuário Santa Edwiges da Vigília de Natal, uma festa de alegria e de encontro.

Após um período de férias coletivas e es-colares, ou mesmo alguns dias de descanso, nós tivemos um tempo para estarmos com a

família e amigos, colocar os assuntos em dia e recar-regar as baterias. Iniciamos o mês de fevereiro cheio de energias para batalharmos por nossos objetivos no intuito de alcançarmos nossas metas propostas para ao longo do ano de 2014. Esse ano de 2014 promete!

O nosso país, terá vários compromissos em que serão necessárias mudanças na rotina dos brasilei-ros em relação ao calendário escolar e de trabalho. O maior deles é a tão almejada Copa do Mundo, que é o assunto em todas as localidades, inclusive internacionalmente. Será uma experiência e tanto no país onde se respira futebol.

Mas, não devemos descuidar dos nossos propósi-tos cristãos em função de tais euforias momentâneas e termos principalmente a consciência dos proble-mas que o nosso país enfrenta em relação ao gritante desfavorecimento das classes sociais.

Por ser um ano de eleição, somos instigados a reflexões e análises das propostas dos candidatos em que serão votados para cuidar da nossa socie-dade, em todos os aspectos.

Uma reflexão da homília do Papa Francisco, me fez levantar essas questões em relação aos “ditos” donos do poder e os que colocam o dinheiro acima de tudo, visando o lucro demasiado e não se importando com os miseráveis que lutam somente para ter o ali-mento para colocar à mesa. Esta é a reflexão do Papa Francisco: “A ganância é um instrumento da idola-tria, porque vai pelo caminho contrário que Deus fez conosco. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, fez-se pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o rebaixar-se para servir, permaneça em nossos corações a Palavra do Senhor: Tenham cuidado e se mantenham longe de toda ganância, porque mesmo se uma pessoa está na abundância, a sua vida não depende daquilo que ela possui”. (http://regiaoipiranga.com.br/a-ganancia-e-um-instrumento-da-idolatria-afirma-papa).

Fiquemos atentos às palavras do Santo Papa, só as-sim enfrentaremos quaisquer mudanças, e não nos esqueceremos do lado espiritual que dá forças, para refletirmos em cada situação da sociedade e termos um olhar de auxílio mútuo para aqueles que estão à mercê de uma exclusão de vida digna.

Bom mês para todos!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicação.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 05/02/2014Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Karina [email protected]

editorial

3 Seg Memória de São Brás (Bênção das gargantas) Santuário 15h e 19h30

6 QuiApostolado da Oração (Encontro)SAV (Adoração Vocacional)

Salão São JoséSantuário

14h19h30

7 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira) Santuário 15h

8 SabMinistros de Eucaristia da Região Episcopal (Encontro)Infância Missionária (Encontro de realidade missionária)Grupo Emmanuel (Encontro)

A definirSalão Pe. SegundoSalão São José

8h30 às 12h14h às 15h3020h

9 DomCatequese (Venda de bolos)Comunidade N.Sra. Aparecida (CPC)

Salão dos SonhosSede da Comunidade

7h15h

13 Qui Pastoral do Dízimo (Reunião) Salão São José 20h

14 Sex Reunião do Presbitério do Setor Anchieta Par. N.Sra. das Mercês 8h30 às 12h

15 SabSetor Juventude da Região Episcopal Ipiranga (Retiro)Infância Missionária (Espiritualidade missionária)Grupo Emmanuel (Encontro)

A definirSalão Pe. SegundoSalão São José

—14h30 às 15h3020h

16 Dom Setor Juventude da Região Episcopal Ipiranga (Retiro) A definir —

19 Qua Terço dos Homens (Comemoração de aniversário) Salão São José 20 às 21h

20 Qui Catequese (Encontro com Pais) Santuário 20h

21 Sex Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas) Salão São José Marello 7h às 10h

22 Sab

Conferência Vicentina (Entrega de cestas básicas)Pastoral do Dízimo Regional (Coordenação Paroquial)Infância Missionária (Encontro de realidade missionária)Pastoral Missionária (Reunião)Ministros da Palavra (Reunião)Ministros Extraordinários Sagrada Comunhão (Reunião)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Grupo Emmanuel (Encontro)

Salão São José MarelloSede da RegiãoSalão Pe. SegundoSala São PedroSala São FranciscoS. Pe. Pedro MagnoneSalão São JoséSalão São José

8h às 10h308h30 às 11h3014h30 às 15h3017h às 18h17h3017h3017h30 às 21h3020h

23 Dom

Catequese com Adultos (Retiro para a Profissão de Fé)Catequese (Retiro de catequistas)Pastoral do Batismo (Celebração)SAV (Reunião)Pastoral da Acolhida (Encontro)

A combinarItapecerica da Serra—SPSantuárioSala São FranciscoSalão São José

O dia todoO dia todo16h16h16h às 18h

25 Ter Terço dos Homens (Adoração aos Ssmo. Sacramento) Santuário 20h

Calendário Paroquial Pastoral 2014Reflexões

osse 03santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

`

Uma mulher, desesperada com a morte do pai, procurou um Mestre muito sábio. E pedia que a curasse da dor que a perda provocava em seu íntimo.

Disse o mestre: a cura é simples. Tome um chá com semente de mostarda.

Mais tranquila, a mulher se preparava para ir ao mercado comprar as sementes, quando mestre voltou para ela e a advertiu: “Mas as se-mentes têm que ser colhidas no jardim de uma casa onde seus habitantes nunca tenham perdi-do alguém que amavam”. E lá foi ela em busca destas sementes.

Dois anos depois, a mulher voltou. - Então, encon-trou as sementes de mostarda? Perguntou o mestre.

A mulher respondeu: - Eu estava fechada em minha dor, não entendia que a morte faz parte da

vida. E acrescentou ela: Mas descobri que tal jar-dim não existe; todo mundo já perdeu uma pessoa querida. E todos sobreviveram ao sofrimento. Meu coração está em paz. Sei que posso conviver com a dor, e seguir adiante.

Moral da história:

Quando perdemos alguém e nos fechamos ao mundo e aos outros, a dor nos provoca um forte sen-timento de perda quase insuportável. Porém, quan-do olhamos do lado e nos possibilitamos ver a dor do outro, tudo fica mais fácil. Pois muitas vezes o meu sentimento nasce de um egoísmo pessoal e de uma fragilidade enraizada no medo de viver. Desco-brimos que na verdade a dor e o sofrimento existem, mas não é algo que nos mata e por isso vivemos para homenagear a vida daquele que já partiu.

para refletirCura para a dor da perda de um ente querido

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

As estatísticas têm mostrado que o Brasil está ficando cada vez mais maduro. Isto porque, as pessoas estão vivendo mais, tanto que, a média etá-ria do povo tem passado, e muito, dos sessenta anos.

Este é um dos melhores momentos da existência do ser humano, pois já viu e viveu muitas coisas, experiên-cias que culminam na sabedoria. Por-tanto, o idoso deve ser respeitado e enaltecido, ter o carinho e considera-ção dos mais jovens, ante a vasta ba-gagem adquirida ao longo dos anos.

A Obra Social Santa Edwiges acre-dita nessa ideia, e luta por isso, tanto que, dirige um lar para senhoras ido-sas e carentes.

Este local, carinhosamente chama-do de “Lar das Vovozinhas”, abriga dezesseis lindas e prendadas senho-ras, que tem muita história para contar e experiência de vida para passar.

Elas vivem no lar, cuidam do jar-dim, gostam de conversar, fazem pe-ças de crochê como boas vovós, cos-

A mais bela idade... turam roupas, inclusive para serem vendidas nos bazares realizados na Paróquia.

A OSSE cuida destas senhoras com todo carinho e amor que somente fi-lhos queridos podem oferecer.

Todavia, para a continuidade desse atendimento, a Obra Social necessita de auxílio da comunidade, precisam de voluntários, pessoas que estejam dispostas a doar parte de seu tempo, para proporcionar mais alegria e con-forto a mulheres que lutaram sua vida inteira em benefício de outros.

Os brasileiros estão descobrindo a mais bela idade, estão aprendendo que o idoso é um ser humano que foi criança, jovem e adulto, que juntou ao longo de toda sua existência gran-de sabedoria e tem o direito de par-ticipar da vida e ser feliz como todo mundo e precisa de amor, carinho e compreensão.

Veja o texto na integra: http://obra-socialstaedwiges.blogspot.com.br

entrevista04 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

EntrEvista Com o PE. BEnnElson BarBosa

JSE- Pe. Bennelson, como foi tra-balhar nesse período no Santuário Santa Edwiges?

Pe Bennelson- Creio que foi uma experiência de crescimento huma-no e espiritual. As pessoas que fre-quentam o Santuário são diversas e com isso o Padre precisa ter mais tato para lidar com as realidades diversas. Aprendi o quanto é neces-sário um padre escutar e dar mais atenção às pessoas, ser pastor e ser do povo. Muitas foram as atividades que assessoramos e com a graça de Deus foram boas. Primeiro porque as pessoas acreditavam no trabalho e segundo porque sentiam confiança em nós. Eu não tenho que reclamar de ninguém e de nenhuma pastoral/movimento. Pelo contrário, tenho que agradecer a todos pelo apoio que foi dado em cada atividade, de ma-neira especial agradeço a Pastoral da Acolhida pelo bom desempenho e na formação de novos ministros. Os mi-nistros da Palavra pelas formações que aconteceram e pela convivência. Os ministros da Eucaristia pelas for-mações e principalmente pelos nos-sos retiros inesquecíveis. A cateque-se pelos diversos momentos com os pais, crianças e com os catequistas. A Juventude em geral pelos diversos momentos de formação, passeios, convivências, Jornada, Missão Jo-vem e tantas atividades. Em 2013 de maneira especial a Pastoral da Família pelos encontros mensais e formações para casais. Aprendi muitas coisas nas partilhas das famí-lias. Agradeço todo apoio oferecido pelos funcionários da paróquia que sempre estiveram disponíveis para o desenvolvimento das nossas ativida-des paroquiais. Outro destaque foi o acompanhamento breve das nossas Obras Sociais, descobri a importân-cia do padre e de toda a comunidade

ao dar a devida atenção e presença no aspecto social da nossa Igreja. Agradeço a minha Comunidade Re-ligiosa por todo apoio e confiança.

JSE- Em relação às pastorais e movimentos, quais foram os desa-fios encontrados?

Pe Bennelson- A vida do cristão é sempre um desafio. Quando chega-mos ao Santuário, o nosso Pároco Padre Paulo, pediu que cuidássemos mais da formação e animação das pastorais e movimentos. No começo foi difícil porque as lideranças não

tinham muito claro as propostas das atividades formativas. Mas com o tempo foram percebendo a riqueza e a importância de participar, de não perder a oportunidade. Assim, acon-teceu muitas semanas significativas em nosso Santuário como a Semana Catequética, de Espiritualidade, da Família, Missão, Novenas de San-ta Edwiges e Natal, Auto de Natal, Missas nas ruas.

Outro desafio era encontrar tempo e local para acompanhar as pastorais e movimentos. O Santuário é muito grande e temos muitas pastorais e movimentos, às vezes faltava tempo,

pois muitas atividades aconteciam simultaneamente, dificultando a pre-sença em tudo.

JSE- Quais as mudanças que o se-nhor percebeu nos jovens de nossa paróquia antes, durante e depois da Jornada Mundial da Juventude?

Pe Bennelson- A juventude do Santuário Santa Edwiges sempre foi uma referência para a nossa região Episcopal e também na Congregação dos Oblatos de São José. Percebe-mos durante a nossa permanência no Santuário, que houve uma gran-de mudança nas lideranças juvenis e um aumento na participação dos adolescentes e diminuíram um pou-co os jovens, uma vez que o grupo de jovens havia acabado. Mas agora com retomada do grupo (que se cha-ma Emmanuel) acreditamos que em breve teremos uma presença maior de jovens. As atividades de 2013 foram bem animadas e motivadoras para a nossa juventude e acredito que ajudaram na formação de cada um deles. Agora é necessário dar continuidade no acompanhamento, principalmente das nossas lideran-ças juvenis. É necessário cobrar, mas também ser uma presença de apoio e motivação. Antes da Jornada, mui-tos jovens não deram muita impor-tância em participar. Quando viram o movimento em nossa paróquia já era tarde para dar nome, ficaram sen-tidos por não participar de um mo-mento forte da juventude católica. Durante a jornada, a juventude deu um show na participação sejam cul-turais, litúrgicas, missionárias e nas convivências. A presença dos jovens estrangeiros enriqueceu mais ainda o nosso trabalho de evangelização. Fico bem claro que é possível sim

No dia 29 de dezembro, tivemos no Santuário Santa Edwiges, uma celebração de Despedida para o Pe. Bennelson Barbosa (Vigário paroquial), que foi transferido para a Vila Sabrina- Zona Norte de São Paulo.

Antes de ir embora, o Jornal Santa Edwiges fez uma entrevista com ele, para saber como foi trabalhar 3 anos no Santuário Santa Edwiges.

entrevista 05santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

desenvolver um acompanhamento da nossa juventude, não simples-mente pelos resultados alcançados, mas pelo desenvolvimento pessoal e espiritual de cada jovem. Foi tão boa à experiência da Jornada que resul-tou numa Missão Jovem na cidade de Porecatu, Norte do Paraná.

JSE- Conte-nos como foi sua ex-periência como formador.

Pe Bennelson- Antes de dizer como foi, quero agradecer a Congregação dos Oblatos de São José pela con-fiança que deram a nós para acom-panhar os futuros padres e irmãos da nossa Igreja. Ser formador é uma tarefa árdua, pois é necessário ficar quase 24 horas ligado. Mas creio que foi feito o melhor no acompa-nhamento, apesar da pouca idade e da experiência do formador. Talvez o que dificultava eram diversas tare-fas que foram acumulando durante esses três anos (formador, vigário, assessor provincial da Juventude e estudante de psicologia).

JSE- Para finalizar, qual a mensa-gem que o senhor deixa para os paro-quianos, os devotos de Santa Edwiges e para a Comunidade de Heliópolis.

Pe Bennelson- Irmãos e irmãs! Continuem a seguir o Cristo, mesmo

com as dificuldades que podemos encontrar. Maior é a graça que nos acompanha, dada pelo Pai do céu. Cuidem do nosso Santuário Santa Edwiges, das nossas crianças, dos nossos jovens e das nossas famí-lias. Preservem o clima de anima-ção e motivação que só encontrar-mos aqui. Agradeçam a Deus por ter uma Igreja tão viva e acolhedo-ra. Lembrem-se! Estarei em oração por cada um. Em clima de sauda-des, fica aqui o meu muito obrigado e o meu abraço fraterno.

o Santuário Santa Edwi-ges agradece o seu tra-

balho prestado em nossa Paróquia ao longo desses

três anos.

Que Deus o guie, ilumi-ne e lhe dê forças nessa

nova caminhada que está por vir.

Padre Bennelson,

palavra do pároco-reitor06 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Caro amigo (a), devoto (a), paroquiano (a), leitor (a) do Jornal Santa Edwiges.

Ao andar por alguns lugares no início de 2014, e um pouco antes ainda, sempre escutei uma afirma-ção importante para os que estão focados no capi-tal, no lucro ou centrados em aproveitamentos. De modo geral, se fala com um acento tônico de pessi-mismo centrado na perspectiva do Ano de 2014, ba-seando-se na seguinte frase: “O ano mal começou e já tem o carnaval, acaba o carnaval começa a copa, encerra a copa tem as eleições e o ano termina”. De certo modo há razão, mas olhando com outro olhar, vamos mudar o nosso foco e perceber o quanto este ano poderá ser o diferencial!

Reflita comigo!Começamos o ano animado, ano novo vida nova

e, temos a alegria de chegar ao término do primeiro trimestre e dar uma descansada, festejar sem exa-geros e voltar animados para o trabalho. Imagine como seria um carro sem combustível e precisando de ajustes, primeiro pararíamos para fazer os ajus-

tes necessários, logo após o abastecimento seria só alegria e bola pra frente, que virá mais um tempo de trabalho. Se planejado e com metas, chegaremos ao mês de junho/julho tempo da copa, com uma boa produção, um bom rendimento e ainda poderemos ver bons jogos, boas programações e certamente o Brasil vai desejar fazer o melhor no fechamento do segundo trimestre ou primeiro semestre com duas paradinhas e muito ânimo para retomar ao fim de julho e caminhar avante.

Com o fim da copa do mundo de futebol, começa o tempo dos candidatos a falar, nós não devemos nos calar. Devemos com muita seriedade cami-nhar e olhar para o cenário nacional, ser sincero e analisar o que não está bem e o que merece uma atenção especial para dialogar com os candidatos, e por fim em outubro votar consciente de que a mudança será realizada. Ao final na balança, nós poderemos olhar como foi bom 2014! Você imagi-nou, dançamos no Carnaval, comemoramos o Bra-sil campeão do Mundo na Copa, e ainda ter mu-

dado os que governam dando uma nova esperança para as realizações de 2015?

O ano depende de cada um, de cada esforço e de cada dedicação para a realização de seu objetivo. A diferença que devemos aplicar é a de realizar, de não perder a oportunidade de mudar, de olhar com perspectiva de viver, de alegrar-se, adequar-se, de ser um resiliente, e adaptável às circunstâncias e avançar nas probabilidades que a vida nos oferece com alegria e firmeza, o maior projeto não é o que os outros farão, e sim o que eu me dedicar a realizá--lo com sucesso e dedicação.

Que 2014 seja um tempo de alegria e de festa, e todos os eventos que aconteceram neste ano seja um tempo de celebração e motivo de felicidade para viver com os que estão a nossa volta.

Façamos a diferença e avancemos com as nossas metas.

o Diferencial...

terço dos homens

Pe Paulo Siebeneichler – [email protected]

A mão divina e humana afagou as crianças e ex-pulsou os vendilhões do templo, estendeu e aben-çoou os doentes e libertou os oprimidos. A mesma mão divina e humana segurou a cruz e nela se es-tendeu para nossa salvação, tão desejosa salvação. E também apontou e sua voz clamou: “Ide!”.

Mãos da Mulher de Nazaré que embalou o menino

mãos que constroem!

Jesus e o acolheu no alto da Cruz. Mãos suplicantes que apontaram: “Eles não tem mais vinho!”, eles não têm mais vida, estão à mercê da própria sorte.

Mãos dos pescadores que tiraram o lodo do char-co de uma pequenina imagem negra, e acolheram os peixes para matar a fome. Mãos postas e olhar sereno que nos amparam e acolhem as preces que brotam de um coração sincero. Presença que nos fala sem dizer nenhuma palavra: diante de Deus devemos ser todos humildes.

Mãos humanas que se levantam para construir e indi-car o caminho da paz para libertar os que são oprimidos pela corrupção e ausência de ética em nossas relações humanas. Mãos humanas que se estendem e convidam o irmão: “venha para o meio” (Lc 6,8), como fez Jesus.

Mãos da mãe de família que se erguem para segurar uma vela para iluminar o caminho do filho, do pai que fez seu trabalho com dignidade para ganhar o pão.

Mãos benditas são as que respeitam as crianças, os jovens, os idosos... Mãos assim são as que en-

A mão divina estendeu-se silenciosamente e fez astros, estrelas, plantas, galáxias... O amor que transbordou das entranhas de um Deus Amor fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. A mesma mão divina apontou-nos a felicidade, a plena

realização no jardim do Éden.

Marcos Antonio [email protected]

contram Jesus no pobre, no sofredor, no excluído do mundo. Benditas as mãos que cultivam as flo-res, as que trazem o futuro e as que despertam a aurora e abraçam a paz, as que acenam dizendo

não para a guerra, para o tráfico, e in-diferença e se abrem para a ternura e o afago sem malícia.

Benditas as mãos de Maria que nos consolam e nos con-fortam.

Quem espera com Maria encontrar Jesus, só precisa ter em suas mãos o Evangelho de Jesus!

Batismo 24 de novembro de 2013

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

batismo 07santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Ana Clara Sousa dos Santos Andressa Vitória Costa da Silva Camila Galdini Lima

Davy Tenorio dos Santos Emanuelle Gonçalves Lima Fernanda dos Santos Soares

Flávio Henrique A. Vasconcelos Livia da Silva Assis Lucas Romão L. Benicio

notícias08 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

No dia 14/01 alguns paroquianos do Santuário Santa Edwiges, fize-ram uma excursão para o Santuário da Rede Vida. Eles participaram de uma missa onde o nosso pároco Pe. Paulo Siebeneichler presidiu e o co-ral do Santuário Santa Edwiges, par-

Celebração na rede vida

ticipou durante a celebração.

Esta celebração foi vista mundial-mente através do canal de televisão da Rede Vida. Foi uma celebração muito bonita. Parabéns a todos que participaram!

Assim disse o anjo aos pastores: “Eu vos anuncio uma grande ale-gria, que o será para todo povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nas-cido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2, 10-12).

No dia 24/12 aconteceu no San-tuário Santa Edwiges, a Vigília de Natal, uma festa de alegria e de encontro. A celebração foi presi-dida pelo Pe. Bennelson Barbosa.

A igreja estava repleta com a presença da comunidade, dos pa-

vigília de natalroquianos e de famílias, que par-ticiparam alegremente da chegada do menino Jesus.

notícias 09santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

O Pe. Paulo Siebeneichler, pároco e reitor do Santuário Santa Edwiges, teve a ideia de trazer todo o dia 16 de cada mês um cantor para homenage-ar nossa Padroeira Santa Edwiges.

Nós iniciamos o Primeiro dia da Novena Anual de Santa Edwiges, no dia 16 de janeiro com a participação do cantor Caco Soares. Ele cantou ao final de todas as missas e, todos que estiveram presente nas celebrações, se encantaram com sua voz.

Para o Segundo dia da Novena Anual de Santa Edwiges, dia 16 de fevereiro, contaremos com a partici-pação do cantor Allexandre Aguiar, não deixe de participar.

Esperamos por você!

Primeiro dia da novena anual de santa Edwiges

No exercício de acolher, o pri-meiro passo é enxergar os irmãos da forma como Jesus os enxerga-ria. Isso é atitude cristã que requer disposição e muita vontade em cumprir com as ordens do Mestre.

Em nossas famílias, em nossa cul-tura, a acolhida aos hóspedes, às visitas que chegam à nossas casas, sempre foi uma atitude alegre e de muita atenção a quem nos recorre.

O serviço prestado pela Pasto-ral da Acolhida é um trabalho de muita dedicação com o objetivo de fazer com que os paroquianos e romeiros se sintam à vontade em nosso Santuário.

As principais funções desta pas-toral são acomodar as pessoas nos bancos, dar informações, entregar folhetos ou jornais, acompanhar

Pastoral da acolhida

os padres e ministros na distribui-ção da comunhão e outras mais. As ministras e ministros da Acolhida têm bem claro que é preciso sem-pre receber a todos com alegria, dar boas-vindas, dirigir a todos palavras de conforto e esperança tendo sempre estampado no rosto o amor próprio dos cristãos.

Certamente as pessoas quan-do são bem recebidas em nossas Igrejas, retornam às suas casas

mais felizes e agradecidas, com vontade de participar e ser mem-bro da comunidade.

Os agentes da Pastoral da Acolhi-da articulam a comunicação na co-munidade; garantem uma imagem da Igreja como Mãe acolhedora, além de estar em contato direto com os sentimentos e desejos do povo de Deus.

É evangélico o acolhimento que se presta à comunidade e por isso, deve ser orientado e embasado na palavra de Deus, que motiva e dá animo aos acolhedores fazendo--os desempenharem um bom tra-balho de pastoral.

Portanto, o convite está sempre aberto a todas as pessoas que quei-ram colaborar neste importante ministério.

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

“Acolhei – vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom. 15,7).

Para participar da equipe é pre-ciso ter atitude de ouvinte. Quem fala é aqueles que entram e a equi-pe deve aprender a ouvi-los. Saber ouvir é aprender a evangelizar. Isto é acolher e amar

são josé10 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

o quE os PaDrEs E EsCritorEs antigos DizEm soBrE a PatErniDaDE DE são José?

Ao fazer teologia os Pa-dres e Escritores do pas-sado se depararam diante dos tratados sobre o Verbo Encarnado e a Mariolo-gia e, consequentemente, tiveram de fazer conside-rações de São José como esposo legítimo de Maria, mãe de Jesus, o qual era tido publicamente filho de José. Assim, para o perfei-to conhecimento da mãe de Jesus e da concepção, assim como da infância, juventude, vida, direitos messiânicos e cidadania de Jesus, é necessário co-nhecer a participação de São José na mariologia que na cristologia.

É preciso afirmar que desde a revelação da con-cepção virginal de Jesus por Maria, a paternidade de São José sobre Jesus foi entendida no sentido de ex-clusão da geração natural, mas compreendendo todos os outros direitos e deveres de José sobre Jesus e sobre sua esposa, e esta verdade é uma das razões que mais ilustram a pessoa e a mis-são de São José.

O grande escritor sobre São José chamado Corné-lio Lápide, fez uma sín-tese dos elementos que constituem a sua pater-nidade sobre Jesus e de suas funções com essas palavras: ”Cristo chama-va José de seu pai, não apenas porque o povo pensava que ele era o pai de Cristo, mas porque era verdadeiramente seu pai

no sentido de que Cris-to nasceu para ele (para José) milagrosamente e de maneira divina, e lhe foi dado por Deus como filho por estar unido em legítimo matrimônio com a Mãe de Deus. Dessa maneira, Cristo era ver-dadeiramente filho de José e José era verdadei-ramente pai de Jesus”`.

Tomando em conside-ração as palavras acima, podemos constatar que para os escritores antigos a paternidade de São José sobre Jesus é inquestioná-vel, embora tenha havido erros na perspectiva dessa paternidade por alguns, a começar pelos contempo-râneos de Jesus que acre-ditavam que ele era filho de José e Maria por meio da geração natural de to-dos os homens. “Pai” era a palavra que Jesus usa-va para chamar José; “teu pai” dizia Maria a Jesus ao se referir a José; “o pai de Jesus” dizia o povo ao referir-se a José. De fato, José era pai de Jesus em tudo, menos na sua gera-ção natural ou física. Os inimigos de Jesus e da Igreja nascente que não admitiram a virgindade de Maria afirmavam que Jesus era filho carnal de José e Maria. Esse erro so-bre a concepção virginal de Jesus se transformou em heresia defendida pe-los ebionitas, por Cerinto, Joviano, Helvídio, etc. Da mesma maneira procede-

ram erroneamente os apó-crifos que interpretaram as expressões evangélicas sobre os “irmãos de Jesus” como se referissem a su-postos filhos que São José teria tido num casamento anterior, o que não é ver-dade, pois São José não foi um viúvo e nem um velho de barba branca noi-vo de Maria. Estes escri-tos “apócrifos” receberam enérgica intervenção de São Jerônimo e de Santo Agostinho.

Desde o início os cris-tãos defenderam o dog-ma da virgindade de Ma-ria contido explícito na Revelação como afirma Mateus 1,18-25 e Lucas 1,34ss. Dessa maneira, a tradição primitiva da Igreja, fundamentada nos evangelhos, nega uma pa-ternidade natural a São José sobre Jesus, embora o chame de pai de Jesus. Nessa linha os Padres e Escritores antigos foram progredindo em suas re-flexões sobre a paterni-dade de São José tendo alguns no início defendi-do que São José por sua santidade foi digno de ser chamado pai de Jesus, contudo essa é uma inter-pretação sobre sua pater-nidade pouco suficiente para explicar os textos dos evangelhos. Depois teremos Origines que deu uma explicação sobre sua paternidade, mas também insuficiente quando afir-ma que “O Espírito Santo

o honrou São José como o nome de pai de Jesus, por-que o alimentou”. Sua ex-plicação fica apenas nas funções da paternidade desempenhada por José, o que é muito pouco.

Na verdade, foi São Je-rônimo que teve a glória de ter procurado escla-recer os pontos sobre a paternidade de José, já que antes dele os Padres e Escritores se limitaram em negar a São José a qualidade de pai natural de Jesus. Jerônimo depois de provar contra Helvidio que José não é pai natural de Jesus, ensina que a sua paternidade foi putativa, pois assim ele era tido pelos judeus. Sua pater-nidade. Depois de Jerôni-mo será Santo Agostinho que com mais ênfase de-fenderá a paternidade de São José e a defenderá em razão de seu casamento com Maria dentro do qual o Espírito Santo dará o filho a ambos e por isso José é tanto mais intima-mente pai, quanto mais casto é. Sua paternidade é real e verdadeira, tanto é verdade que Jesus tinha a origem davídica por ser filho de São José. O que determina a sua paterni-dade sobre Jesus foi a sua união matrimonial com Maria, por isso, José é mais que pai adotivo de Jesus. A simples paterni-dade adotiva de José não pode explicar nem o seu privilégio, nem a sua dig- Pe. José Antonio Bertolin, OSJ

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nidade e nem menos a sua relação íntima com Jesus. Sua paternidade sobre Jesus lhe provém de sua união matrimonial com Maria, e Jesus é fruto des-se matrimônio não nasci-do dele, mas nele.

Para sermos mais com-pletos em nossa exposi-ção, além de Jerônimo e Agostinho acrescentamos também São Bernardo de Claraval o qual confirma que a paternidade de São José não foi física, mas putativa. Contudo essa sua paternidade foi eminente-mente ministerial porque a ele foi dado Jesus não apenas para vê-lo e ouvi--lo, o qual, muitos reis e profetas ansiaram por vê--lo e ouvi-lo e não conse-guiram, mas também para carregá-lo em seus braços, guiar os seus passos, abra-çá-lo, beijá-lo, alimentá--lo protegê-lo. Portanto, José não apenas cuidou de Jesus, mas também o ali-mentou, o ajudou, o prote-geu e lhe proporcionou o bem-estar.

Concluindo, se pode afirmar que tal concei-to de paternidade de São José lhe proporciona uma dignidade e preeminência sobre os demais santos, proveniente antes de tudo pela sua qualidade de pai de Jesus, ou seja, de sua proximidade com a ordem hipostática.

Era uma vez um Rei. Um homem muito abas-tado em riquezas, com uma multidão de servos ao seu dispor, morava num palácio estupenda-mente enorme e muito bem decorado. Servia-se de comidas finas e nada lhe faltava. Era feliz e sabia fazer todos ao seu lado também felizes.

Toda a sua riqueza e poder nunca o tornaram com ares superiores de arrogância, soberba ou vaidade. Ao contrário, usava sua riqueza para ajudar e beneficiar a todos no seu Reino.

Outra característica especial era a sua sabe-doria. Possuía o dom de ensinar, de fazer com que as pessoas enxergassem o lado bom da vida. Dava bons conselhos e ensinava a todos a bus-carem as respostas por si mesmas. Sua vida era realmente invejável por todos no reino!

Certa vez, outro sábio daquele mesmo palácio não contendo em si a inveja e a curiosidade em saber mais sobre a vida daquele rei, aproximou--se dele com uma pergunta ousada. Perguntou--lhe qual era o segredo para tanta riqueza, tanta sabedoria, tanta fama e ao mesmo tempo tanta simplicidade e bondade.

O rei sentiu-se surpreso com o atrevimento da-quele homem, mas sem perder o bom humor e fazendo bom uso de sua sabedoria, propôs ao ho-mem um desafio: entregou-lhe uma vela acesa, pediu que examinasse todos os cômodos de seu palácio: salas, quartos, terraços, jardins, salões de festas... com uma condição: não deveria por mo-mento algum deixar a chama da vela se apagar.

Para certificar-se ordenou que dois de seus melhores soldados o acompanhasse. Além de cuidar daquela chama, deveria observar todo o palácio e em algum lugar haveria de encontrar o segredo que tanta procurava e assim seria feliz como desejava.

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

mantEr a CHama Da voCaÇãoContudo, se deixasse a vela se apagar, seria

severamente castigado com prisão perpétua no calabouço.

Aquele homem teve o dia mais aflito de sua vida, pois com a vela nas mãos tremia só em pensar no risco de deixar aquele fogo discreto se apagar. Passou por quartos lindíssimos, por bibliotecas com estantes a perder de vista e refei-tórios fartos em manjares, mas não pôde desfru-tar de nada, sem sequer observar direito e buscar o tal do segredo, pois tinha uma obrigação para ser cumprida.

Ao final do dia o homem, exausto de tanta ten-são, chegou à presença do rei com apenas um restinho da vela com a chama ainda acesa, po-rém muito frustrado, por não poder descobrir qual o segredo da sabedoria, da riqueza e do po-der do Rei.

O rei deu uma forte gargalhada, abraçou com ternura o seu súdito e foi dizendo em tom paterno: - “Meu amigo! O segredo de tudo o que tenho e sou é este: Eu jamais em toda a minha vida deixei com que a chama do amor de Deus em mim se apagasse! Nem sempre foi fácil, sofri muito para chegar aqui, tive fraqueza e desânimo, mas soube sempre lutar e valorizar o amor de Deus por mim e o seu brilho em meu coração”.

Vocação é isso: A luz do amor divino um dia nos conquistou, nos invadiu, deixou uma chama em nós. Manteremos este sinal visível pelo mun-do e através dos tempos, com nossa vigilância e vontade de não deixar apagar esta chama.

Suportar as dores, o cansaço, a fadiga e a falta de coragem, mas colocar a confiança e audácia à frente e manter-nos firmes e resignados, pois quem tem Deus no coração AMA, quem ama MANTÉM ACESSA A CHAMA DIVINA QUE HABITA EM NÓS!

“Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-Lo, res-ponder à própria vocação é caminhar para a realização feliz de si mesmo. Deus nos chama todos à santidade, a viver a vida, mas tem um caminho para cada um”. (Papa Francisco)

“Antes de mais nada, se quisermos possuir a energia e a fortaleza necessária para o nosso propósito, deveremos buscar a nossa fortaleza no Céu”. (São José Marello) Pe. Marcelo Ocanha - OSJ

Animador [email protected]

Centros Vocacionais dos Oblatos de São José:

1 – Centro Juvenil VocacionalRua  Darcírio Egger, nº. 568 - Shangri-lá 

CEP 86070 070 - Londrina-PR Fone: (43) 3327 0123 

email: [email protected]

2 – Escola Apostólica de Ourinhos Rua Amazonas, nº. 1119

CEP: 19911 722 - Ourinhos-SPFone: (14) 3335 2230 

email: [email protected]

3 – Juniorato dos Oblatos de São José Rua Marechal Pimentel, nº. 24 - Sacomã

CEP: 04248 100 - São Paulo-SP Fone: (11) 2272 4475

email: [email protected]

No artigo de Janeiro meditamos o tema do Momento Presente. A aventura do Carisma Marelliano, dizíamos, começava com este ponto de partida claro e forte. Nes-te mês de fevereiro, somos convidados a um novo passo: FAZER A VONTADE DE DEUS. Nosso povo usa duas expressões: “Seja feita a vontade de Deus ”, e, “se Deus quiser”. Mas, perguntemo-nos: esta é vontade de Deus, ou mera resignação, ainda que cristã? Deus é Pai e Mãe, e, portanto, nós somos filhos (as), e isto muda por com-pleto o panorama da vida, portanto, a sua vontade não é já determinada, prevista, pronta, mas, é um designo de Deus Amor, que se desenrola maravilhosamente a cada dia, com a colaboração da nossa liberdade de filhos (as). Não há lugar para resignação, e a pessoa humana se torna protagonista do Reino, com sua adesão livre e ao mesmo tempo agarrada à graça de Deus. Aí sim faz sentido rezar no Pai Nosso: “seja feita a Vossa vontade, assim na ter-ra como no Céu!”. Convençamo-nos: Deus quer sempre o nosso bem, e “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28). Então vamos lá.

A VONTADE DE DEUS NA PALAVRA

Toda Bíblia é a manifestação da vontade de Deus, que é sempre amor, sobre a humanidade e a história. O texto cha-mado das “Bênçãos”, de Efésios 1,1-14, muito denso e pro-fundo, é esclarecedor neste sentido. Desvenda claramente o projeto divino, que abraça tudo, da criação à parusia (vinda final de Jesus), com os verbos: “nos abençoou” (ver. 3); “nos escolheu” (ver. 4); “nos predestinou” (ver. 5); “nos fez trans-bordar” (ver. 8); “nos havia predestinado” (ver. 11); “fostes selados como Espírito” (ver. 13); e tudo isso para tornarmos “santos e irrepreensíveis”(v.4), “filhos adotivos”(v.5). Va-mos aprofundar, apenas, algumas citações dos Evangelhos.

Todos nós conhecemos o texto de Mateus 7,21-27, onde se afirma que não basta profetizar, expulsar demônios, fa-zer milagres no nome de Jesus, mas é necessário escutar sua Palavra e pô-la em prática, ou seja, fazer a Vontade de Deus (v.26) e ser como uma casa construída sobre a rocha. Também, os leitores de Mateus sabem que a nova família de Jesus são aqueles que cumprem a “Vontade de meu Pai do Céu”(12,50). Mas em Mateus, acima de tudo ainda, o que vale é o testemunho de Jesus que aceita beber o cá-lice e fazer a Vontade do Pai até o fim (Mt 26,39.42). E ao testemunho de Jesus, podemos acrescentar em Mateus o exemplo de José (1,18-25), o justo de Nazaré, que no seu silêncio, grita com a vida o seu sim à Vontade de Deus.

Marcos, também retoma o tema da nova família ao lembrar a chegada de sua mãe e demais parentes. Era normal e rigoroso, no tempo de Jesus, que a vontade de um pai, fosse cumprida, e no texto podemos nos per-guntar: quem cumpriu melhor a vontade do Pai do que Maria? Por isso: “quem cumpre a vontade de meu Pai do Céu, esse é meu irmão, irmã e mãe” (3,32-35).

Lucas é o evangelista de Maria, apresentada como a discípula fiel e obediente: “faça-se em mim segundo a tua palavra” (1,38). Ele apresenta, igualmente, a parábola da casa sobre a areia e a rocha (6,47-49), e o texto da nova família (8,19-21). Assim fica bem evidenciado também em Lucas, que viver o amor é realizar a Lei e fazer a Vontade

a vontaDE DE DEusde Deus. A parábola do Bom Samaritano é uma confirma-ção. (10,30-37).

João é um teólogo originalíssimo, e o seu Evangelho põe o leitor diante de uma escolha: ou com Jesus ou con-tra Ele. Pecado é não aceitar Jesus! O tema da Vontade de Deus, em João é abordado mais como testemunho do próprio Jesus. De fato, Ele realiza a Vontade do Pai, a Obra, a glória do Pai. Em 4,34, o texto bem conhecido da Samaritana nós lemos: “Meu alimento é cumprir a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra”. Em 7,17 questiona os ouvintes: “Se alguém está dispos-to a cumprir a vontade dele, poderá distinguir se meu ensinamento procede de Deus ou se eu o invento”. Fazer a vontade de Deus é realizar a sua “Glória”. Os textos que mais apresentam Cristo como amante apaixonado da vontade do Pai são os capítulos de 15 a 17, sobretudo, a oração sacerdotal (17). E a sua vida termina, em João, com a frase “Tudo está acabado” (19,30), ou seja: a obra que o Pai lhe deu para cumprir, está realizada!

A VONTADE DE DEUS E SÃO JOSÉ MARELLO

“De resto, conservo-me sempre fiel àquele princípio tão apropriado à condição nossa e dos tempos: de vivermos o momento presente, esforçando-nos para reconhecer em cada evento a vontade do Senhor” (L. 71). “Trabalho com pureza de intenção. Oração confiante e perseverante, uni-formidade completa à Vontade de Deus; eis a nossa divisa” (L. 42). Por isso, podia rezar assim: “Senhor [...] concedei--nos a graça de adorar sempre os decretos de vossa von-tade” (L.210). Este era o conselho que dava ao seu amigo Pe. José Riccio, mas que, antes de tudo, ele mesmo colocava em prática, como escreveu ao Pe. Cortona em 20 de março 1890, de Acqui, quando já assinava: José, Bispo: “O homem propõe e Deus dispõe... Então me disponho a fazer a von-tade de Deus”(L.211). O Marello se mostra grande mestre de espiritualidade, quando escreve, na carta 97: “A união da nossa Vontade a Deus deve ser o nosso único trabalho na terra, como aprendizado da união perfeita que culminará no Céu. Tudo o mais deve depender dela”. E ainda: “Conformi-dade total com a Vontade de Deus: eis o grande meio para progredir no caminho da perfeição” (L.54). Portanto, “di-gamos sempre em concórdia: Seja feita a Vontade de Deus em tudo e, nesse meio tempo, meditemos sobre os fatos que se sucedem com a permissão divina” (L. 263). E ainda: “Se for para não cumprirmos a vontade de Deus, que a vida nos seja abreviada” (S.191). Explicando o Evangelho do grão de mostarda (Mt 13,31-35), lemos nas anotações da Irmã Alber-tina: “A resolução que devemos tomar é ter em grande conta as pequenas virtudes e cumprir momento por momento aqui-lo que Deus quer, no tempo, no modo, nas circunstâncias que Ele tem determinado”(S. 274). Na explicação do Evangelho dos falsos profetas (Mt7, 15-21), Marello afirma que, quan-do rezamos a Deus seja feita a tua vontade, “muitas vezes o Senhor poderia tomar essa nossa oração como um insulto e uma irrisão, porque é como se lhe disséssemos: seja feita a vossa vontade, mas como agrada a mim; seja feita a vossa vontade, porém não por mim, mas pelos outros; seja feita a vossa vontade, mas só até certo ponto e não mais além. E, no entanto, a Vontade de Deus deve-se cumprir sempre e intei-

ramente por todos” (S.286). E reparem nesta outra frase que é de verdade uma síntese de vida espiritual: “A verdadeira virtude consiste em manter-nos firmes e sólidos na parte su-perior da alma, segundo a Vontade de Deus, mesmo quando a parte inferior estiver triste. Sentir tristeza não causa dano quando nós nos mantemos, também nela, sempre fieis a Deus. [...] Façamos momento por momento, a santa Vontade de Deus, sigamos fielmente as pistas de Jesus”(S.206-207). E quando devemos fazer a Vontade de Deus? Eis o que ele ensina: “Hoje farei aquilo que vós quereis meu Deus, e ama-nhã também, no tempo, no modo e nas circunstâncias em que me quiserdes” (S.228).

A VONTADE DE DEUS NA NOSSA VIDA COTIDIANA

Apresentamos algumas pistas para viver a Vontade de Deus, no nosso cotidiano, sabendo que o Espírito Santo na sua infinita fantasia age em cada um de nós e nos ilumina.

• A primeira Vontade de Deus que vale para todos é o amor. Amar a Deus e ao próximo, não é sentimenta-lismo, mas é algo de concreto e, portanto, amar a Deus é fazer a cada momento a Sua vontade. Nunca erramos quando amamos de verdade, como dizia S. Agostinho: “Ama, et quod vis fac!” – “Ama e faze o que quiseres!”.

• Convença-se de que Deus, muitas vezes, mostra Sua vontade na orientação espiritual, sobretudo, quando se trata de assunto vocacional ou de escolhas importantes da vida. Nunca decidir, nestas situações, com leviandade.

• A Vontade de Deus que nos é expressa pelos Manda-mentos, pelos deveres do nosso estado de vida, até pelas leis civis. (ex.: as leis do trânsito) é a Vontade de Deus, chamada de “significada”, que nunca deve ser algo de frio, mas oferecida a Ele com amor.

• Já a Vontade de Deus de “beneplácito”, é tudo o que é imprevisto, não marcado pelos deveres do dia: um en-contro, um imprevisto doloroso, uma alegria inespera-da, uma circunstância nova, mudanças de compromis-sos... Isto exige estarmos abertos continuamente para mudar o nosso programa, quando assim Ele mostrar para nós e, sobretudo, mudar nosso coração.

• “Escutar” a Vontade de Deus combina e muito, com a oração. Que tal aprender de cor esta oração que o Fun-dador aconselhava à jovem Bice:

“Diga ao Senhor: ‘Eu sou toda vossa, e nada mais de-sejo senão que se cumpra a vossa santa vontade, mesmo a custo de sacrifícios, também privada de consolações e cheia de aflições; estou pronta a tudo, ó Senhor: fazei de mim o que vos aprouver” (S. 237).

Sim, a vontade de Deus é um caminho fácil para a santi-dade, para todas as vocações, todos os tempos e todos os lu-gares. Que tal, hoje, amanhã “fazer momento por momento a vontade de Deus”?

Vale a pena tentar.

Padre Mário Guinzoni, OSJCongregação Nossa Senhora do Rócio

osj12 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Na vila de Arenys de Mar, perto de Barce-lona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo. Paula passou a infân-cia e a juventude em sua cidade natal, traba-lhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espi-ritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria.

Paula Montal, durante este período, cons-tatou por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e edu-cação para as mulheres eram quase nenhu-ma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio intei-ramente dedicado à formação e educação feminina.

Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para

Santa Paula M. Fornés de São José de Calazans26 de Fevereiro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

meninas, com amplos programas educati-vos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova.

Assim, Paula Montal com o seu apostola-do totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família reli-giosa, inspirada no lema de São José de Ca-lazans: “piedade e letras”. Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A es-tas religiosas transmitiu seu ideal de: “Sal-var a família, educar as meninas no santo temor de Deus”. E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.

Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta épo-ca, Paula Montal decidiu seguir os regula-mentos da Congregação dos Padres Esco-lápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Pau-la Montal conseguiu a autorização canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia. Em 1847, a con-gregação passou a ser Congregação das Fi-lhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha.

Paula Montal deu a prova final de autenti-cidade, da coragem e da ternura do seu es-pírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pes-soal: um colégio ao lado do mosteiro da Vir-gem de Montserrat. Ali ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado. Morreu aos 26 de fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha.

Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a ca-nonizou em Roma, no ano de 2001. A mensa-gem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milênio cristão.

será?Mensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Será que se fosse amanhã, seria melhor do que hoje?Por que não deixar para amanhã quando terei mais tem-

po para decidir, para resolver o que e como fazer? Talvez seja o mais certo. Talvez... Por que não?

Descontente que era, estava sempre a se questionar, sempre a querer que tudo fosse bem diferente do que a ele se apresentava.

A indecisão o acompanhava desde sempre, era sua com-panheira de caminhada. Fazia parte de seus dias, que se apresentavam distorcidos, trazendo sempre as mesmas dúvidas. Nunca respondidas. Nunca.

Estava sempre a querer saber, que se realmente deixasse algo para amanhã, talvez fosse a melhor maneira de resolver o que o acabrunhava, embora não entendesse quais as razões que o levavam a ter esse pensar, esse sentimento de incerteza. Seria a falta de confiança em si mesmo? Na vida? No outro?

Um dia a mais seria suficiente para resolver suas pen-dencias há tanto tempo acumuladas, conseguir dosar sua ansiedade, fazê-lo manifestar-se com as palavras que pensava serem as mais certas? Será?

Ao ler um livro, cuidava de grifar o que mais lhe cha-mava a atenção. Quem sabe um dia precisasse ler nova-mente essas palavras... Mas esse dia nunca chegava e se chegasse não se lembraria em que página de que livro foi. Onde será que estariam aquelas palavras que chamaram tanto sua atenção?

Gostava de olhar vitrines sempre a imaginar que aque-la roupa que tanto queria, poderia ser comprada quando estivesse mais magro, ou quando fosse a uma festa onde precisasse mostrar seu melhor exterior. Mas acontece que essa roupa vestiria outros corpos, que não deixavam a compra para ser feita num outro dia.

Era um eterno sonhador, que sequer sabia que quando seus sonhos fossem realizados, dariam lugar a outros mais. E en-tão sonhava com o amanhã, enquanto o presente dele se dis-tanciava a olhos vistos. Eram sonhos e mais sonhos presentes em sua vida, sonhos que ao chegarem ao primeiro lugar da fila, eram colocados de volta ao lugar de onde nunca deve-riam ter saído. Vida feita de procrastinações infindas.

Por que não se contentava com a realidade tal qual ela se apresentava e resgatava a alegria, a aceitação? Por quê? Não sabia, ou não queria saber?

Será que precisava criar novos hábitos, mudar seu estilo de vida e fazer as substituições necessárias para manter--se no presente? Será? Mas como?

O protelar fazia parte de seus dias, vazios de uma análi-se clara e objetiva, que o fizessem entender os seus por-quês, sem se melindrar, e lhe dessem plena certeza de que cada dia deve ser vivido antes que o outro se apresente. Cada um no seu tempo.

Ou não?

especial14 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

noé, um homem longevoSobre Noé encontramos tradições literárias no

livro do Gênesis. Quando dizemos tradições li-terárias, indicamos que o personagem é apresen-tado por fontes diferentes e em textos distintos. Às vezes os textos podem se complementar e às vezes podem até se contradizer.

Um patriarca de antes do dilúvio. Seguindo o texto bíblico Noé é o décimo dos chamados “pa-triarcas de antes do dilúvio”. São eles: Adão, Set, Enós, Cainã, Malaleel, Jared, Henoc, Matusalém e Lamec; o décimo é Noé. Encontramos isso em Gênesis 5,1–32. Em Gênesis 9,20–27, depois do dilúvio, Noé é o primeiro vinicultor, isto é, plan-tador de uvas. Ele é pai de Sem, Jafé e Cam.

Sem dúvida que estes textos são inspirados pelo Espírito Santo. Mas eles têm uma função específica: devem colocar ordem nas memórias ancestrais do Povo da Aliança e leva-lo a aceitar sua vocação à Santidade, que é amizade com seu Deus. Israel, Povo da Aliança, é o Povo escolhido pelo Deus Único para fazer uma história também única. Mas Israel precisa começar, como todos os outros povos. Estes textos tentam explicar as origens dos povos dentro dos limites de uma fa-mília. Dentre os irmãos de uma família há aquele que deverá originar o Povo de Israel.

Os filhos de Noé. Sabemos que todas as famí-lias têm dificuldades, diferenças, brigas, compro-missos, pactos, etc. Assim também esta grande família: os pactos, alianças e situações, vividos pelos ancestrais, indicam os motivos das dificul-dades vividas pelos descentes. É deste modo que supostos parentescos entre povos, dificuldades, acordos e tantas outras situações humanas são explicadas pela Escritura.

No caso dos filhos de Noé, temos a explicação para povos diversos. O filho chamado Sem seria, na visão da Bíblia, o antepassado dos povos cha-mados “semitas”. Entre eles está o povo de Israel, identificados como semitas, uma espécie de “pa-rentes” de diversos pequenos grupos humanos daquelas regiões do Oriente Médio. Veja Gênesis 10,24–30 os diversos povos que descenderiam de Sem. Os filhos de Cam, que por sua vez também teriam gerado povos, estão elencados em Gêne-sis 10,6–20. Estes povos seriam os antepassados das nações ao sul do Oriente Médio, inclusive os egípcios. O outro filho de Noé, Jefé fez surgir também muitos povos como podemos ler em Gê-nesis 10,2–5. Eles compõem os povos do Ásia Menor e da bacia do Mediterrâneo.

Mas qual a historicidade destas indicações? Do ponto de vista histórico, real, podemos dizer que praticamente nada! O que interessa aqui é a inter-pretação que os autores bíblicos davam a respeito das relações entre os povos, suas diferenças e se-melhanças. Em linguagem literária isto se chama “etiologia”, e é um recurso que se usa para com-por histórias de povos e nações. Usam-se perso-nagens apresentados os antepassados dos povos atuais. Suas semelhanças de pensamento e ação estão diretamente relacionadas com as semelhan-ças ou diferenças, bem como amizade ou inimi-zade, entre os seus antepassados.

Noé, alguém especial para uma missão espe-cial. Estas três figuras, Sem, Cam e Jafé são os filhos de Noé, como dizíamos antes, repetindo as indicações bíblicas. Contudo o mais importante aqui é o pai, Noé. O imaginário religioso e até o folclore encontra neste personagem muitos desenvolvimentos, alguns interessantes, outros curiosos e até cômicos. Muitos já viram comédias que apresentam Noé como refém de uma missão praticamente impossível. Como lemos em Gê-nesis 6,13–22, Deus ordenou que Noé constru-ísse uma grande arca, em forma de navio, para o transporte de grande quantia de seres vivos. Ele cumpre a missão e logo chegam as chuvas.

O mais importante aqui não são as imagens, que realmente impressionam. As chuvas, a morte de todos os seres, exceto os que estão na arca, o final das chuvas, o tempo que se passou, o sinal do ramo de oliveira, indício de que havia terra seca. Sim, é tudo bonito, interessante e imagina-tivo. Mas é o conjunto do texto, no qual Noé e o dilúvio são apresentados, que é importante. Fale-mos de três pontos principais.

Primeiro, a terra, isto é, a sociedade, os rela-cionamentos humanos, os relacionamentos do homem com a natureza, a história… Enfim, tudo está corrompido, como lemos em Gênesis 6,5–7. No versículo 6 encontramos a afirmação O Se-nhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e afligiu-se o seu coração. O arrependi-mento de Deus é sinal de que o mundo seguiu um rumo diferente da ideia original. E é assustador que, também hoje, mais do que na antiguidade, vejamos situações iguais e até muito piores. A devastação ambiental, com muita agressão, in-tensa, constante, múltipla ao meio ambiente; as inimizades entre povos e culturas, as amea-ças de destruição, não somente localizadas, mas globais; os ditadores que interferem na história

não somente de sua nação mas de todo o mundo, como aqueles do século passado… Tudo isso é muito pior do que a situação na qual se encon-trava o mundo, segundo este relato mítico, mas muito coerente com a história.

Havia, no entanto, um homem que justificava a humanidade e sua preservação: Noé era ele. Le-mos em Gênesis 6,8: Mas Noé encontrou graça aos olhos do Senhor. Recebida a missão da cons-trução da arca, Noé a leva diante. O décimo ho-mem de Deus, desde Adão, conforme já vimos, é fiel a Deus.

Segundo, Noé, sua família e os poucos seres vivos, representantes dos animais, estão na arca e são salvos do dilúvio que a todos destrói. Esta imagem é forte e será usada como símbolo do Povo da Aliança, os Judeus, que entre as tem-pestades da história, horrendas e recorrentes, são preservados, quando outros mais fortes sucum-bem. É uma imagem usada pela Igreja, o Corpo de Cristo, que nas tempestades e revoluções da história, apesar de seus próprios pecados, sem-pre se renova, pois está alicerçada em Cristo. A arca é um sinal de salvação, é um sinal de Cristo Jesus. Na carta aos Hebreus 11,7 lemos que foi a Fé que determinou as ações de Noé em função da salvação de sua família e do futuro do mundo. Assim é Jesus.

A nova Criação. Este é nosso terceiro ponto. Depois do dilúvio, Noé e sua família, acompa-nhados dos seres vivos transportados pela arca, iniciam a nova humanidade, agora sem a inge-nuidade inicial de uma suposta inocência, como estava incluso na imagem mítica do paraíso. Em Gênesis 8,21 lemos a afirmação de Deus: “…os desígnios do coração do homem são maus desde a infância. A história deverá ser feita com o que existe: a liberdade humana limitada pelo pecado.

É aqui que nós nos encontramos. A nova cria-ção, que é uma Aliança com todos os seres vivos e é representada pelo arco-íris é chamada a reto-mar o projeto original. É como “reconquistar o Paraíso perdido”. O Homem não pode, sozinho, levar isto a termo, mas precisa de um Redentor. É assim que, já nestes primeiros capítulos do Livro do Gênesis encontramos a imagem laten-te de Jesus Cristo e de sua ação salvífica. Noé, o homem que encontrou graça diante de Deus, é uma espécie de “ponte” entre o mundo antigo e a nova criação. Ele é tão especial que viveu 950 anos (Gênesis 9,29). E o curioso é que em Gênesis 6,3 Deus havia afirmado que não seria

especial 15santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2014

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

possível a vida humana além de 120 anos. O que isto tudo significa?

Primeiro, lembremos que estas quantias são simbólicas. Ninguém viveu assim, tanto tempo. Ninguém. Nem adianta dizer que o tempo era contado de modo diferente no passado. Não! Ano é sempre ano, com 365 dias. Pode variar de 360 a 370 dias, mas a média é sempre a mesma, pois o ano é uma quantia de tempo determinada pela rotação da terra em torno ao sol. Então, não é um modo diferente de contar tempo. É uma hipérbo-le, um exagero proposital para evidenciar algo. No caso, a ação de Deus em um personagem. De fato uma das explicações para o nome Noé é “lon-gevo”, que viveu muito. E isto mesmo com o li-mite divino dos 120 anos. Ele passou desta marca pois tinha graça diante de Deus.

O dilúvio. Muito já se falou sobre este aconte-cimento terrível para a humanidade, como o rela-ta a Bíblia judaica e cristã. O curioso é que mui-tos povos, de regiões e origens muito diferentes, que desconhecem a Bíblia, recordam-se também de um acontecimento de destruição envolvendo água. O dilúvio, como lemos na Bíblia, não é o relato mais antigo de uma destruição tão grande. É certo que a base do relato bíblico do dilúvio está em um poema mais antigo, chamado “Quan-do lá no céu”, que tem o nome em língua acádica adaptado para nossa leitura: Enumah Elish.

Entre algumas hipóteses a respeito de um pos-sível dilúvio histórico há uma que merece aten-ção. Durante as glaciações (as chamadas “eras do gelo”) o nível de água dos mares abaixava muito. No final da última glaciação, há cerca de dez mil anos, a água foi, aos poucos, com o aquecimento da temperatura e o derretimento dos gelos, subin-do. Em dado momento, na região que hoje é o cha-mado Estreito do Bósforo, houve uma grande va-são de água do Mediterrâneo que irrompendo com força criou uma passagem para o Mar Negro. Esta é a atual passagem que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro, que divide a cidade de Istambul, antiga Constantinopla. É provável que o Mar Ne-gro tivesse o nível das águas bem mais baixo que o Mediterrâneo. Então, com a vasão das águas, ele foi subindo de um modo assustador. Pensemos em algo em torno de um metro por dia! Aldeias e povoamentos, sempre às margens da água, foram tomados por elas. Perdas totais, mortes por afoga-mento de animais e pessoas. Isto pode ter marcado profundamente a memória dos homens e mulheres daqueles tempos. Os sobreviventes se espalharam e, aos poucos, em todos os lugares, levaram con-sigo a memória deste acontecimento inexplicável para eles. Esta pode ser a origem do que na Bíblia se chama de dilúvio e que encontramos, com dife-renças, em muitas outras civilizações.

O que fica para nós é que Noé, homem que encontrou graça aos olhos de Deus, tornou-se o

sinal da salvação e de uma nova criação. E pode-ríamos falar ainda mais dele aqui. Ficamos com estas reflexões.

Bibliografia Recomendada

Existem muitos textos interessantes a respeito da teologia de Noé. Indico aqui alguns que me parecem mais acessíveis.

BRIEND, Jacques. Uma leitura do Pentateuco. Tradução: Benôni Lemos. São Paulo : Paulinas, 1980. (Coleção Cadernos Bíblicos, nº 3)

UEHLINGER, Christoph. Gênesis 1—11. In: RÖMER, Thomas; MACCHI, Jean-Daniel; CHRISTOPHE NIHAN. Antigo Testamento: his-tória, escritura e teologia. Tradução: Gilmar Saint Clair Ribeiro. São Paulo : Loyola, pág.144–167.

VV.AA. A criação e o dilúvio: segundo os tex-tos do Oriente Médio Antigo. Tradução: M. Ce-cília de M. Duprat. São Paulo : Paulinas, 1990. (Coleção Documentos do Mundo da Bíblia, nº 7)

Muitos amigos e devotos de Santa Edwiges têm lido meus artigos por muitos anos, desde antes do período em que fui editor deste Jornal Santa Edwiges e até agora. Isto me deixa feliz e reali-zado como biblista. Comecei minha colaboração com este Jornal em 1998, com artigos e assesso-ria à editora. Depois, de 2005 a 2009 fui o editor. Desde então, participo com meus humildes arti-gos, o que desejo fazer até quando for interessan-te a este querido Jornal e ao Santuário.

Desejo neste ano de 2014 partilhar com os lei-tores impressões e possibilidades de alguns per-sonagens bíblicos. De fato, é comum que se fa-çam leituras simplistas de personagens presentes nas Sagradas Escrituras. Por “leituras simplistas” eu entendo aquelas que destacam o personagem

ver mais de perto os personagensem sua história como está lá, sem qualquer refle-xão ou ligação com os episódios ao redor, com as ideias teológicas que podem ser lá expressas e com o sentido que se deve buscar nos textos bíblicos.

Assim é que vamos tentar compreender alguns personagens, uns mais comentados e outros mais obscuros. Deles iremos entender o contexto em que aparecem, a função que exercem no texto bíblico, sua teologia e as propostas que podem surgir disto tudo. Possivelmente vamos também olhar uma ou duas passagens relativas a estes personagens. Claro que, pelo espaço e pela ín-dole de nosso Jornal isto não será aprofundado, mas tentaremos dar algumas noções.

04/fev Adália Maria Lima20/fev Ademar Oliveira Franca03/fev Adriana Fresmeda S. Rogerio05/fev Agda Queiroz11/fev Ailton Domingos da Silva07/fev Alessandro Melzani Pinto10/fev Ana Carina C. de Proença17/fev Ana Carla Galvão01/fev Ana Cristina de Lima Silva17/fev Ana Maria Costa Santos17/fev Ana Maria dos Santos Rodrigues23/fev Andrea Inácio dos Santos05/fev Andréia Duarte da Silva04/fev Antonia Pereira dos Santos10/fev Antonio Frota03/fev Antonio José do Nascimento17/fev Antonio Marcos C. de Oliveira22/fev Auricério Inácio da Silva20/fev Auzeni de Carvalho Pereira12/fev Breno Quaresma de Sousa01/fev Bruno Rafael da Silva20/fev Carmem Aparecida L. Simioni19/fev Celia Ogi Sato06/fev Cenira Soares de Almeida28/fev Cícera Ferreira de Almeida21/fev Claudeli Belarmino da Silva23/fev Claudia Maria Santos Morais01/fev Claudiana da Silva04/fev Claudio Chales P. da Silva15/fev Claudio Soares da Silva08/fev Cleusa de Fátima P. Teixeira287/02 Cleusa Maciel Ferreira26/fev Cosme Cardoso dos Santos19/fev Cristina Viera da Silva05/fev Dalva Maria Bellato25/fev Daniele Gomes de Brito28/fev Dario de Souza Dantas13/fev Deusimar Chagas Oliveira25/fev Edileusa Lima Xavier10/fev Eliana Aparecida M. Nunes16/fev Eliege Bastos dos Santos

27/fev Elivanda Monteiro David16/fev Estrela Perrone12/fev Eulália M. da Silva Costa19/fev Euzita Dias de Azevedo27/fev Eva Catarina Fernandes24/fev Fagner M. Souza Alemida12/fev Fernanda Inácio de Cardoso13/fev Flávia M.G.Pereira14/fev Francisca Alexandre Duarte03/mar Francisca de Assis C. Souza11/fev Francisca Ines de Jesus13/fev Francisca P. Miranda Silva20/fev Francisco Amancio Sobrinho23/fev Francisco Clodoaldo P. Sousa12/fev Francisco de A. Silva17/fev Francisco Nunes Pereira26/fev Gênia G. Evangelista Silva18/fev Geralda Francisca Amorim09/fev Gilza Maria dos Santos18/fev Gislaine Marto Dias28/fev Givanildo Pedro Vailante12/fev Hélio Lucilo de Souza01/fev Heráclito Soares de Melo03/fev Ilda Meotto de Carmargo09/fev Inês Schrolder27/fev Iraci Barbosa Nascimento27/fev Ivaneide Maria S. Nascimento09/fev Ivone Vicente Dias15/fev Jane Lucia de Jesus Sousa14/fev Jarle Pereira R. Santos25/fev João Firmino S. Neto 28/fev Joelma Ferreira da Silva26/fev José Bezerra Galvão07/nov Josineide S. dos Santos11/fev Juarez Dias de Oliveira21/fev Juarez Feliz Baig03/fev Juvencilia Sousa Pereira08/fev Kely Cristina O. Silva20/fev Leandro Santos da Silva22/fev Leandro Valério Palmeira03/fev Lourdes Ferreira Santana

01/fev Lucia Gil Ferreira28/fev Luciene Guedes de Lima28/fev Lucilene Cavalcante Araujo26/fev Luzia Bicudo V. de Andrade18/fev Luzia Rodrigues Almeida15/fev Luzia Souza da Silva02/fev Marcos Antonio Mendes08/fev Maria Antonia Alves Toledo12/fev Maria Crizeuda Ventura17/fev Maria Soledade O. Molina10/fev Maria das Marcês Correia13/fev Maria de Fátima L. de Andrade14/fev Maria de Jesus A. Sousa18/fev Maria de Lourdes da Conceição03/fev Maria de Lourdes Silva17/fev Maria do Carmo Leal Costa08/fev Maria do Socorro A. Santos02/fev Maria Edna X. dos Santos05/fev Maria Geralda L. Rocha28/fev Maria Graciete Santos Costa05/fev Maria Helena Ribeiro12/fev Maria Izoneide P. de Lima25/fev Maria Lucia da Silva10/fev Maria Lucimar Domiciano12/fev Maria Luzineide S. Ferreira25/fev Maria Terezinha Gomes23/fev Maria Zelda S. Araujo28/fev Maria Zélia dos Prazeres10/fev Mariana Batista dos Santos28/fev Marilene O. Antunes18/fev Marina Vieira de Morais07/fev Marinalva Conceição de Brito05/fev Marlene Nunes28/fev Martha Barboza R. Zarza07/fev Mauro Braz Ballestero11/fev Miriam Sampaio Guedes Amaral15/fev Mirian Cristina Mascarenhas01/fev Natalino de Oliveira22/fev Nilce Aparecida Valentin25/fev Noemia de Oliveira Monerato06/fev Osnei Soares de Oliveira

09/fev Paulo Cesar Mota Dias16/fev Raimunda Maria S. Lima28/fev Regina Alves de Alemida Ferreira01/fev Regina Felix Lopes27/fev Renata Portela19/fev Rita Alves Rodrigues12/fev Rosemeire Lima Carneiro28/fev Silvano Pereira Rodrigues28/fev Solange Ana Santana05/fev Tania Maria B. Evangelista06/fev Teresa Pedro dos Santos26/fev Teresa Teixeira Souza24/fev Terezinha Dias Vasconcelos26/fev Terezinha Eufrasio F. dos Santos19/fev Terezinha Oliveira Silva10/fev Thais da Silva08/fev Vanessa Cristina F. Vicente10/fev Vera Lucia Carnaúva27/fev Wagner Rodrigues da Costa25/fev Wilson Roberto G. Santana26/fev Zeni Sousa Braga Reis

PARABéNS AOS DIzIMISTAS QuE FAzEM ANIVERSáRIO NO MêS DE FEVEREIRO

quitARAM O CARNêESSE MêS

CAMPANhA dO tERRENO

mais informações na secretaria ou no nossosite www.santuariosantaedwiges.com.br

Ilma Moreira Mafforte de Moura

Zilda Helena Barbosa e

Sideny Benedito Mecca

Certamente, o mundo necessita de pessoas que te-nha esse dom: o acolhimento das pessoas em todas as suas situações. Acolher não é tão simples como às vezes imaginamos. Ele supõe de certo preparo e de uma vocação especial para esse tarefa.

Na Constituição cap. IV vida apostólica, do Instituto Secular Maria de Nazaré esta escrito: O nosso caris-ma ‘nazaretano é um carisma de serviço e, portanto, a exemplo de Jesus, seremos acolhedoras com todos sempre. No respeito ao outro, prestaremos um servi-ço discreto, alegre e desinteressado, sinal de atenção providencial de Deus pelo homem (nº. 32).

Esta é a missão primaria do Instituto. A missão da Tra Noi acena a sua importância nesse serviço desinteressa-do aos irmãos. Nada mais lindo nesse milênio que saber que existem pessoas que se dedicam ao acolhimento de forma a fazer a Igreja ser mais presente entre as pessoas.

Dom Orione ava: Devemos ser os carregadores de Deus: grandes trabalhadores, os trabalhadores da hu-mildade, da fé e da caridade . Certamente, ele tinha presente aquelas pessoas que por motivos diversos se sentiam solitárias diante do sofrimento humano.

Na maioria das vezes o sofrimento não é simples-mente uma questão econômica, social ou religiosa apenas. Existem aqueles sofrimentos da alma que machucam muitas pessoas e elas não sabem a quem recorrer. Sofrimento esse que faz as pessoas carrega-rem um fardo muito pesado.

O dom do acolhimentoO dom do acolhimento nos coloca na ordem de Cristo:

Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram (Mt 25,40). Aco-lher é descobrir, sem mesmo o saber, Jesus presente na pessoa humana; é viver a maior experiência de fé; é ser o portador da esperança em um mundo de tanta desesperan-ça; é a condição para participar da vida do Reino.

O acolhedor vai ao acolhimento com muita singeleza. Não é necessário técnicas, estudos sofisticados. Nada dis-so. Mas dá um pouco de sua pobreza também. Na maioria das vezes o faz de forma tão natural que ele mesmo não se dá conta do gesto libertador e provocante de Deus.

Acolher é um caminhar em direção ao outro. Colocar se na escuta de suas lamentações; é aprender a ouvir; é colocar se a serviço; é uma vocação.

O exemplo de Maria de Nazaré. Não teve uma duvida sequer quando se levanta e atravessando as montanhas da sua Palestina se dirige à sua prima Isabel. Que gesto grandioso daquela que, sem ser convidada, sente a ne-cessidade de sua presença naquele instante. Assim acon-tece o acolhimento. Não necessitamos ser convidados. Apenas estar disponíveis faz a diferença do convite.

Tra Noi revela um carisma diferente dentre os tantos conhecidos. O mundo espera por vocês como consagra-das seculares para fazer presente a Igreja. Uma pessoa, uma família acolhida nunca mais será a mesma.

O gesto de acolher traz a Santíssima Trindade para den-tro de cada um. Há um novo nascimento. O mundo novo

nasce naqueles que se sentem acolhidos em suas neces-sidades. O acolhimento reconforta, renova as energias perdidas pelas dificuldades da vida.

Desejo uma palavra de estimulo por todas as irmãs que vivem esse carisma para que se esmerem nesse trabalho. Façam do acolhimento um verdadeiro gesto divino. Carreguem Deus para dentro dos lares, nas es-colas, na Igreja, nas periferias abandonadas, nos hospi-tais, nas maternidades, nos asilos, enfim, onde há sofri-mento vocês deve ser a presença de Deus que faltava.

Pe. Jerônimo Gasques

www.saojosepp.org.br